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por Clarissa Rios

IV JOEFSUL
Quase 590 mil mortes no Brasil.
Dietas com alto valor calórico “Tipo Ocidental” e obesidade estão classificados como principais fatores de risco
para casos mais graves de COVID-19.

Estilo de vida apropriado no que diz respeito a nutrição, exercício, sono, tabagismo e consumo de álcool podem
ajudar na redução do risco de infecção e no desenvolvimento de casos graves da doença.
Smoking, obesity, metabolic syndromes,
reduced respiratory muscle mass,
lowered immunity such as decreased natural
killer cell and T cell activity were significantly
correlated with the COVID-19 infection.

Multicomponent exercise program is considered especially for


the elderly people, 5 days per week, 40-60% HRR (heart
rate reserve) intensity, and 150-300 minutes aerobic and resistance
training (200-400 minutes/week under the quarantine period) were
recommended.
O exercício é um estímulo potente
do sistema imunológico que atenua
muitos fatores de risco à saúde
associados à hospitalização por
COVID-19.

The prospects of Ex against COVID-


19 infection, outlined in this
manuscript, lead us to believe that the
implementation of Ex programs
appropriate to individuals is a useful
complementary tool for prevention,
enhancing recovery, improving quality
of life, and providing immune
protection in the long term. The
intensity should be adjusted to the
patient’s current situation and
previous sports history. Therefore, Ex
programs should be individualized.
Booster natural: Evidências da literatura científica dão conta de
O exercício físico exerce efeito imunorreguladores; que uma única sessão de exercícios físicos pode mobilizar bilhões
de células responsáveis por fazer a imunovigilância do organismo.

O exercício físico controla o portal viral modulando a inflamação;


O exercícios físico estimula as vias de produção de óxido nítrico e estabelece controle sobre o estresse
oxidativo.

O óxido nítrico (NO) é um potente vasodilatador e


tem papel importante na prevenção da capacidade
funcional do endotélio vascular, prevenindo
aterosclerose, lesão vascular, hipertensão e outras
complicações cardiovasculares.
O exercício físico exerce efeito principalmente sobre a imunidade inata e adaptativa, e melhora a
imunidade humoral com aumento da resposta à vacinação!
Pessoas fisicamente ativas respondem melhor
à vacina contra Covid-19. Em estudo, quem
mantinha ao menos 150 minutos de exercícios
Essa é a conclusão de um estudo feito com
por semana, sem passar longos períodos
1095 voluntários por pesquisadores da
parado, desenvolveu mais anticorpos.
Universidade de São Paulo (USP) e
colaboradores.

Já entre os voluntários sem doença autoimune, a chance de


soroconversão foi 9,9 vezes maior entre os fisicamente ativos e
observou-se um aumento de 26% na quantidade de anticorpos
contra a proteína spike.

“Os resultados nos permitem concluir que a atividade física


potencializa a resposta vacinal contra a Covid-19
independentemente de fatores como idade, sexo e uso de
imunossupressores”.
O exercício físico parcialmente neutraliza o efeito prejudicial da ligação do SARS-COV-2 ao receptor ECA2.

O fato de ser fisicamente ativo também foi associado a um


aumento de 32% na quantidade de anticorpos contra as
regiões “S1” e “S2” da proteína spike (S) – usada pelo vírus para
se conectar ao receptor ACE2 e entrar na célula humana.
Entre os sintomas persistentes temos: fadiga aos pequenos
esforços, fala de ar, tosse seca persistente, dores articulares,
musculares e no peito, alterações de ritmo cardíaco, glicemia e
pressão arterial, perda ou disfunções do olfato e paladar,
problemas de memória, concentração e sono, erupções cutâneas
ou queda de cabelo.

Embora saibamos que os pulmões são o órgão alvo da infecção


por SARS-COV 2, o vírus é capaz de se acumular em diferentes
órgãos, incluindo o coração, vasos sanguíneos, rins, intestino,
cérebro e as terminações nervosas musculares.
1.Em curso do quadro viral não realizar esforços físicos de moderada ou alta intensidade, permanecendo em
repouso domiciliar, independente da gravidade dos sintomas.

2.Com sintomas brandos limitar-se a caminhadas leves com períodos de descanso, em domicílio, nos
primeiros dias e, se boa evolução, a passar para exercícios de mobilidade articular, e aumento do tempo de
caminhada. A partir do 10º dia, se permanência dos sintomas leves, retomar a prática de exercício físico com
supervisão do profissional de educação física.

3.Com sintomas moderados (presença de tosse, fadiga, falta de ar ou febre), não realizar esforços físicos,
restringindo-se as atividades de higiene pessoal e demandas de baixa energia em domicílio. Qualquer sinal
de piora no quadro necessitará de avaliação médica em unidades hospitalares. Se houver evolução gradativa
para melhora, após uma semana do final dos sintomas, retomar com os esforços de baixa intensidade,
preferencialmente com exercícios respiratórios, ativação muscular e aeróbicos leves (caminhada, corrida ou
exercícios aquáticos).
4.Com sintomas graves [pacientes que necessitaram de oxigenioterapia e internação hospitalar] deverão
retornar as atividades de baixa intensidade somente após 30 dias do final dos sintomas e após reavaliação
médica. Os exercícios deverão ser progressivos em intensidade e volume, respeitando as condições de base
e os sintomas persistentes. Não se deve voltar a realizar esforços físicos sem avaliação médica e sem
acompanhamento de um profissional.

5.Para indivíduos com altos níveis de exercício físico, prévios à infecção, independente da gravidade dos
sintomas, é indicada avaliação médica com cardiologista, realização de exame de esforço físico
supervisionado (teste ergométrico ou ergoespirométrico), e retorno ao treinamento com redução de 30% do
volume e 50% da intensidade em que se encontrava antes da doença. A progressão do treinamento também
deve ser realizada em uma escala mais branda do que de costume.
@dra.clarissa_rios

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