1 PP – Nicolau Maquiavel
Aluno 2061 Martins
5- “Não ignoro a opinião antiga é muito difundida de que o que acontece no mundo
é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias,
devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais
escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o
nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos
atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade.”
Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No
trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o
humanismo renascentista ao
A) valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo
B) rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos.
C) afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana.
D) romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem.
E) redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão.
6- “Em si mesmo, o homem não é bom nem mau, mas, de fato, tende a ser mau.
Consequentemente, o político não deve confiar no aspecto positivo do homem, mas,
sim, constatar o seu aspecto negativo e agir em consequência disso. Assim, não
hesitará em ser temido e a tomar as medidas necessárias para tornar-se temível.
Claro, o ideal seria o de ser ao mesmo tempo amado e temido. Mas essas duas
coisas são muito difíceis de ser conciliadas e, assim, deve fazer a escolha mais
funcional para o governo eficaz do Estado.”
Considerando a filosofia renascentista, o pensamento descrito anteriormente
deve-se a:
A) Erasmo de Roterdã.
B) Miguel de Cervantes.
C) Michel de Montaigne.
D) Nicolau Maquiavel.
E) Comal Marimbondo.
7- “Não ignoro que muitos tiveram e têm a convicção de que as coisas do mundo
sejam governadas pela fortuna e por Deus, sem que os homens possam corrigi-las
com sua sensatez, ou melhor, não disponham de nenhum remédio; e por isso
poderiam julgar que não vale a pena suar tanto sobre as coisas, deixando-se
conduzir pela sorte (…). Entretanto, para que nosso livre-arbítrio não se anule,
penso que se pode afirmar que a fortuna decide sobre metade de nossas ações,
mas deixa a nosso governo a outra metade, ou quase”. Maquiavel, O Príncipe.
De acordo com as ideias de Maquiavel, a passagem apresentada se refere
A) ao modo como ele compreende a ação humana, tensionada pela relação entre
as circunstâncias que cercam o homem (fortuna) e seus atos voluntários (virtù).
B) à negação completa dos desígnios de Deus como fundamento das nossas
ações, modo pelo qual ele prega a radical separação entre o estado e a igreja.
C) a sua crítica ao modelo antropocêntrico de governar, que coloca o arbítrio
humano acima das leis de Deus.
D) ao modelo teocêntrico de governar, cuja ascensão devia, segundo ele, ser
fortalecida pela primazia da fortuna sobre o arbítrio humano.
E) ao fortalecimento da integração entre Estado e Igreja, a partir do equilíbrio entre
as duas forças confluentes que governam as ações humanas.
8- [Maquiavel] elogia a República romana como tendo sido a mais perfeita forma de
governo e um verdadeiro Estado unido pelo espírito público de seus cidadãos; no
entanto, numa época como a sua, seria necessário um líder que utilizasse a força
como princípio, tese que desenvolve em O Príncipe.
A obra O Príncipe foi escrita por Maquiavel em 1513 e publicada em 1532. Nela, o
pensador florentino
A) rejeita a noção de república, valorizando o princípio de participação política
direta de todos os cidadãos.
B) defende a submissão do poder secular ao poder atemporal, reconhecendo a
Igreja como o centro da vida política.
C) analisa experiências políticas do passado e do presente, propondo um modelo
de atuação do governante.
D) celebra o princípio da experiência do indivíduo, identificando os conselhos dos
anciãos como origem de todo poder.
E) questiona o militarismo da Roma Antiga, sugerindo aos governantes abandonar
projetos imperiais e expansionistas.
9- É necessário ao príncipe ser tão prudente, que possa fugir aos vícios que lhe
fariam perder o governo e acautelar-se, se possível, quanto aos que não oferecem
tal perigo. Não conseguindo, entretanto, fazer isso, pode, sem atormentar-se, deixar
que as coisas sigam o seu curso. Não se importe o príncipe, ainda, de incorrer na
prática daqueles vícios sem os quais dificilmente pode salvar o Estado. Nas ações
de todos os homens, especialmente os príncipes, contra os quais não há tribunal a
que recorrer, os fins é que contam”. “Faça, pois, o príncipe tudo para alcançar e
manter o poder; os meios de que se valer serão sempre julgados honrados e
louvados por todos.
A formação do Estado e do poder político sempre foi alvo de discussões e de
diversas teorias, no decorrer da história da humanidade, sendo que o fragmento de
texto indica concepções
A) absolutistas.
B) liberais.
C) democráticas.
D) anarquistas.
E) Socialistas.
10- Entre os séculos XVI e XVII, alguns pensadores políticos europeus escreveram
obras sobre a natureza do Estado e suas finalidades. Dentre eles, destaca-se o
italiano Maquiavel (O Príncipe, 1532), cujas ideias justificavam uma forma específica
de organização política que vigorou, na Europa Moderna, e pela qual
A) enfatizava-se a necessidade de submissão do monarca aos interesses da Igreja.
B) defendia-se a centralização política na pessoa do monarca.
C) a vontade do monarca deveria subordinar-se às necessidades dos súditos.
D) o Estado seria laico, separando-se o poder civil do eclesiástico.
E) criticava o poder do Príncipe e destacava a redução da interferência do Estado.
15- “Aquele que trocar o que se faz por aquilo que se deveria fazer aprende antes sua
ruína do que sua preservação; pois, um homem que queira fazer em todas as coisas
profissão de bondade deve arruinar-se entre tantos que não são bons. Daí ser
necessário a um príncipe, se quiser manter-se, aprender a poder não ser bom e a se
valer ou não disto segundo a necessidade”.
A partir da citação acima, considere as seguintes afirmativas:
I. Maquiavel expressa de forma realista as tendências políticas da era moderna. Com
base na sua experiência histórica, sugeria as regras de conduta necessárias à
preservação do poder pelo novo príncipe;
II. Defendia que o Soberano incorporasse princípios e valores expressos por S.
Tomás de Aquino face às crises e os dilemas que inauguram a emergência da época
moderna;
III. Maquiavel expõe teses que permitem compreender em profundidade a divisão da
península itálica e os novos métodos necessários à sua unificação;
IV. Maquiavel exprime a existência de uma moralidade dualista na vida política, a
moral que se regia segundo as normas, e a que o fazia segundo a conveniência.
Assinale a alternativa correta.
A) Apenas I, III e IV são verdadeiras.
B) Apenas I, II e III são verdadeiras.
C) Apenas II, III e IV são verdadeiras.
D) Apenas I, II e IV são verdadeiras.
E) Apenas II e III são verdadeiras.
16- “Daqui nasce um dilema: é melhor ser amado do que temido, ou o inverso?
Respondo que seria preferível ambas as coisas, mas, como é muito difícil conciliá-
las, parece-me muito mais seguro ser temido do que amado, se só se puder ser uma
delas. [...]
Os homens hesitam menos em prejudicar um homem que se torna amado do que
outro que se torna temido, pois o amor mantém-se por um laço de obrigações que,
em virtude de os homens serem maus, quebra-se quando surge ocasião de melhor
proveito. Mas o medo mantém-se por um temor do castigo que nunca nos abandona.
Contudo, o príncipe deve-se fazer temer de tal modo que, se não conseguir a
amizade, possa pelo menos fugir à inimizade, visto haver a possibilidade de ser
temido e não ser odiado, ao mesmo tempo.
MAQUIAVEL, Nicolau (1469-1527). O Príncipe. Lisboa: Europa-América, 1976.
O documento embasa
A) a organização de uma sociedade liberal, precursora dos ideais da Revolução
Francesa.
B) o direito divino dos reis, reforçando as estruturas políticas e religiosas medievais.
C) o absolutismo monárquico, sob a ótica de um escritor renascentista.
D) a origem do Estado Moderno, através do Contrato Social.
E) o republicanismo como regime político, apropriado para os Estados Modernos.
17- “O príncipe” atormentou a humanidade durante quatro séculos. E continuará a
atormentá-la.
Dentre as ideias de Maquiavel, que foram explicitadas durante o contexto da formação
dos Estados Nacionais, destacam-se
A) "os fins justificam os meios" e "a razão do Estado deve sobrepor-se a tudo".
B) “a força é justa quando necessária” e “cabe ao Parlamento a decisão final”.
C) “o governante deve ser amado e não temido” e “o poder está na força de Deus”.
D) “um déspota deve ser deposto” e “os três poderes garantem o equilíbrio de poder”.
E) “é mais seguro ser temido do que amado” e “a legitimidade é fruto do contrato
social”.
18- O príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso, bastando
que aparente possuir tais qualidades. [...] Um príncipe não pode observar todas as
coisas a que são obrigados os homens considerados bons, sendo frequentemente
forçado, para manter o governo, a agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a
religião [...]. O príncipe não deve se desviar do bem, se possível, mas deve estar
pronto a fazer o mal, se necessário.
Sobre o pensamento político de Maquiavel e o contexto histórico em que se insere,
assinale a alternativa correta.
A) Os reis precisavam de autonomia e não poderiam estar submetidos a nenhuma
instituição para alcançar a plenitude política.
B) Os princípios da representação popular e dos ideais democráticos eram
amplamente defendidos.
C) A ação violenta por parte dos governantes contra os seus súditos era censurada.
D) A política estava desvinculada dos princípios cristãos, mantendo-se a legitimidade
dos reis pelos princípios da representatividade.
E) As ações a serem tomadas pelo príncipe devem passar por um conselho de
avaliação antes de se realizarem.
GABARITO
1- E
2- D
3- C
4- C
5- C
6- D
7- A
8- C
9- A
10- B
11- E
12- E
13- D
14- C
15- A
16- C
17- A
18- A
Questões de Sociologia
1 PP - Estado
Aluno 2061 Martins
A) a centralização do poder.
E) a democracia direta.
3- Sobre o conceito de legitimidade em relação ao Estado é correto afirmar:
D) Têm-se como Forma de Governo um conjunto de instituições políticas, por meio das
quais um Estado se organiza, a fim de exercer seu poder sobre a sociedade. A Forma de
Governo pode assumir Confederação, Estado Unitário ou Federação.
B) todos os membros do Poder Judiciário são nomeados pelo próprio Poder, em razão de
sua autonomia administrativa.
D) a permanência nos órgãos de um dos Poderes políticos não depende da confiança nem
da vontade dos outros.
A) Presidencialismo e Parlamentarismo.
b) Monarquia e República.
E) Democracia e totalitarismo.
A) Federação.
B) Parlamentarismo.
C) República.
D) Presidencialismo.
E) Confederação.
E) suas funções privativas, todas indelegáveis, como sendo o titular da área política-partidária
11- Marque a alternativa ERRADA a respeito de Estado:
DISCURSIVAS
1- Explique por que Hobbes dizia a seguinte frase: “O homem é o lobo do próprio
homem”.
3- Qual é a função do estado para Hobbes? Como o governante deve agir para
manter sua liderança?
7- A maior causa para o conflito humano é quando dois seres humanos querem ter
algo que não podem ter ao mesmo tempo.
OBJETIVAS
1- B 4- A
2- C 5- B
3- B