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Nestes termos,
Pede deferimento.
I DA TEMPESTIVIDADE
IV.I DO PREQUESTIONAMENTO
Percebe-se também que o acórdão combatido não
comporta naquele Tribunal JUSTIÇA mais nenhum recurso, sendo,
portanto, uma decisão de última instância.
Neste ponto merece destaque o PREQUESTIONAMENTO
no tocante a necessidade de que a matéria veiculada no Recurso Especial
tenha sido exaustivamente decidida pelo Tribunal de Origem. Necessita
que fique claro o enfretamento pelo Tribunal a quo da matéria recursal,
fazendo alcançar o real sentido da expressão legal “proferido em única ou
última instância”.
O cumprimento do prequestionamento, entretanto, não está
condicionado à menção expressa, no acórdão recorrido, do preceito
tido por violado pelo recorrente1
Por sua vez, o doutrinador BERNARDO PIMENTEL
expressa de forma bastante inteligente a correta compreensão e limites
do prequestionmento, em seu livro, Introdução aos Recursos Cíveis, 2011,
p. 632/633, in verbis:
“O que importa para a satisfação do prequestionamento
é ter sido a matéria jurídica alvo de discussão no
recurso dirigido ao tribunal superior previamente
solucionada no julgado recorrido. É, aliás, o que se
infere dos enunciados ns. 282 e 356 da Súmula do
Supremo Tribunal Federal, aplicáveis por analogia ao
recurso especial”.
Por tudo, é evidente o prequestionamento quando há
menção expressa ao preceito de regência da questão federal, no bojo da
decisão recorrida. Também há prequestionamento quando a questão
federal é resolvida no julgado recorrido, ainda que sem a menção ao
respectivo preceito legal de regência. Em contraposição, não há
prequestionamento quando a questão federal não é solucionada na
decisão recorrida, apesar de previamente veiculada em peças processuais,
por exemplo, na petição inicial, na contestação, nas razões recursais, nas
contrarrazões.
Conforme maiores detalhes abaixo transcritos, verificar-se-á
o equívoco quanto à aplicação dos o art. 783 e 803, I, do nCPC.
1
Em sentido idêntico, na doutrina: ATHOS CARNEIRO. Requisitos. 1999, p. 107 e 111; e EDUARDO
RIBEIRO. Prequestionamento. 1999, p. 248, 249 e 252. Assim, na jurisprudência: RE n. 234.979/SP
— AgRg, 2ª Turma do STF: “O prequestionamento prescinde da referência, no acórdão proferido, a
números de artigos, parágrafos, incisos e alíneas. Diz-se prequestionado certo tema quando o órgão
julgador haja adotado entendimento explícito a respeito”. Ainda no mesmo sentido: EREsp n.
162.608/SP, Corte Especial do STJ, julgado em 16 de junho de 1999. Também no sentido do texto:
EREsp n. 165.212/MS, Corte Especial do STJ
Com efeito, o Acórdão recorrido diverge de outros arestos,
notadamente, de acórdãos deste Egrégio Tribunal Superior e de outros
Tribunais, que servem de paradigma para os fins do presente Recurso, e
que se refere à lei federal invocada, estando presente a interpretação
divergente, ao passo que são adotados critérios e parâmetros diferentes
quanto a dispensa liquidação de sentença anterior ao ajuizamento da ação
de cumprimento de sentença, tendo em vista tratar-se de cálculos
meramente aritméticos e de fácil produção.
Assim, analisando o Acórdão impugnado que deu a Lei
Federal interpretação divergente daquelas que lhe foi emprestada em
outras decisões de outros Tribunais pátrios, com a permissa venia, estas
devem prevalecer também para a hipótese dos autos.
IX DO REQUERIMENTO
PEDEM JUSTIÇA!
Nestes termos,
Pede deferimento.