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Aluna: Ingrid Alessa Nogueira de Soares

Disciplina: Psicologia e Estudos da Deficiência

A maior minoria do mundo


é a deficiência
rara experiência?
ou seria raramente vista por alguém o deficiente quer é ser ouvido
em meio a tantos olhos que julgam quer seu direito garantido
ver tão bem? viver em comunidade
e não alvo da piedade
é a deficiência
um estigma, estereótipo do anormal eu não sou problema médico
não é preciso ver no microscópio porque careço de cura e de remédio?
que é uma construção social porque preciso ser consertado?
porque tenho que ser padronizado?
no viés biológico
são inadequados, dependentes você também não carrega suas dores
pouco experientes e memórias?
não capacitados, coitados é exatamente isso que compõe a sua
história
o capacitismo prega uma visão esse é você e esse sou eu
ou você é capaz ou sua vida é em porque é tão difícil aceitar o que é
vão meu?
é deficiente, quebrado
incompetente, aleijado será eu o paralítico ou a sociedade
que me paralisa?
mas você, “crip”, pode se superar será eu o louco ou a sociedade que
pode pintar um quadro, dançar ou me enlouquece?
desenhar será eu o cego ou a sociedade que
escrever um livro, até sair e namorar não me vê?
e pode fazer algo extraordinário será eu o surdo ou a sociedade que
também: estudar! não me ouve?

“você é super, incrível, inspirador" onde estão as rampas?


interessantemente, o elogio não tem e as boas relações?
nada de motivador onde está a acessibilidade?
o que um corpo pode, o que o outro o lugar das minhas opiniões?
não poderia?
ele realiza o mesmo que eu e porque querem responder por mim
isso é motivo de euforia? como se eu não fosse
capaz é, o capacitismo, o pano de fundo por
trás.

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