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PROCEDIMENTO OPERACIONAL

POP SMU - 015


PADRÃO

TÍTULO: ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO – PROTOCOLO DE MANCHESTER

I - CONTROLE HISTÓRICO

HISTÓRICO
REVISÃO DATA Nº PÁGINAS ELABORAÇÃO VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO
ALTERAÇÃO
Emissão
00 Dezembro/2017 09 José Inácio Andreia Lidiane Iranice Santos
Inicial

1. Introdução
A classificação de risco é uma ferramenta utilizada nos serviços de urgência e emergência,
que visa avaliar e identificar os pacientes que necessitam de atendimento prioritário, de
acordo com a gravidade clínica, potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento.

Assim como a forma de “selecionar” os pacientes a serem atendidos evoluiu, o termo


“Triagem” foi substituído por “Classificação de risco”, e esta, deve ser realizada por meio de
protocolos, para tornar o trabalho mais sistemático, garantindo que diferentes profissionais
obtenham o mesmo resultado na avaliação do paciente, aumentando a agilidade e a
segurança nos serviços de urgência, reduzindo mortes evitáveis, além de fornecer um
respaldo legal aos profissionais.

Antigamente, a entrada dos pacientes aos Serviços de Urgência e Emergência aconteciam


por ordem de chegada ou era realizado uma seleção/triagem por profissional não
capacitado, levando a graves danos à saúde do paciente, aumentando o risco de morbidade
e mortalidade.

Conforme o Grupo Brasileiro de Classificação de Risco (GBCR), os protocolos mais


utilizados mundialmente são:

 Modelo Australiano – Australian Triage Scale (ATS);

 Modelo Canadense – Canadian Triageand Acuity Scale (CTAS);

 Modelo de Manchester – Manchester Triage System (MTS);

 Modelo Americano – Emergency Severity Index ( ESI);

O Serviço Médico de Urgência do Hospital Governador Israel Pinheiro – SMU/HGIP, utiliza o


Protocolo de Manchester como ferramenta, que foi formado em novembro de 1994 com o
objetivo de estabelecer um consenso entre médicos e enfermeiros do serviço de urgência
para um padrão de triagem ou classificação de risco. (Classificação de Risco na Urgência,
2010).

A Classificação de Risco é focada em cinco pilares, como a seguir:


ASSINATURA E CARIMBO 1
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 Desenvolvimento de uma nomenclatura comum;

 Desenvolvimento de definições comuns;

 Desenvolvimento de uma sólida metodologia de triagem;

 Desenvolvimento de um programa de capacitação;

 Desenvolvimento de um guia de auditoria para a triagem;

2. Objetivo
 Identificar os pacientes com maior risco e dar prioridade ao atendimento

 Priorização do atendimento do paciente, após avaliação realizada por um profissional


devidamente capacitado, do ponto de vista técnico e científico.

3. Campos de aplicação
 Este POP se aplica ao Serviço Médico de Urgência - SMU.

4. Referências normativas
 Conforme o Grupo Brasileiro de Classificação de Risco (GBCR), protocolo de Manchester.

 Resolução COFEN 2079/2014.

 Resoluções do Conselho Federal de Medicina nº 2.077/2014 e nº 2.079 de 2014 art 3º.

 Portaria GM/MS nº 2.048 de 2002.

 Resolução Cofen Nº 423/2012, art 1º.

5. Responsabilidade/ competência
 Os profissionais aptos a aplicarem a metodologia do Sistema Manchester de Classificação
de Risco são médicos e enfermeiros.
ASSINATURA E CARIMBO 2
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 Segundo Art. 1º da RESOLUÇÃO COFEN Nº 423/2012, o Enfermeiro é o único


profissional da equipe que pode atuar no processo de classificação de risco e priorização
da assistência à saúde, desde que tenha a devida qualificação.

6. Definições
 De acordo com as respostas apresentadas na aplicação do protocolo de Manchester,
Grupo Brasileiro de Classificação de Risco (GBCR), o fluxograma leva a um resultado e o
paciente é classificado em uma das cinco prioridades identificadas por número, nome, cor
e tempo alvo para a observação médica inicial:

Prioridade Cor Tempo


1 Emergência Vermelho 0 minutos
2 Muito Urgente Laranja 10 minutos
3 Urgente Amarelo 60 minutos
4 Pouco Urgente Verde 120 minutos
5 Não Urgente Azul 240 minutos

7. Conteúdo do padrão
7.1 Recursos necessários
 Manual de Classificação de Risco (manual do serviço adquirido do GBCR)

 Termômetro

 Glicosímetro

 Monitor (saturímetro e FC)

 Relógio

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 Material para identificação da prioridade clínica do usuário (ex: pulseiras, adesivos, etc.)

 Ficha de registro da classificação de risco (a instituição pode solicitar modelo ao GBCR e


adaptá-la preservando registros obrigatórios)

 OBS: Esfignomanômetro e estetoscópio (Nos casos de queixas relacionadas a


hipertensão arterial, verifica-se PA)

Em caso de “Dor torácica” Realiza-se o Eletrocardiograma.

7.2 Principais passos


 Beneficiário faz a ficha de entrada no Serviço de urgência, nos Guichês de atendimento
após pegar senha na entrada no SMU;

 O enfermeiro chama o beneficiário mediante o nome aparecer na tela do computador no


módulo SACR da Classificação e Risco;

 O beneficiário apresenta a queixa, relata os sintoma;

 O enfermeiro classificador segue o fluxograma disponível no protocolo de Manchester,


evoluindo as queixas no Sistema Soul MV, seguindo o fluxograma que contém
discriminadores que orientarão a coleta de dados e análise de informações para a
definição da prioridade clínica do beneficiário;

 Se necessário, solicita exames de glicemia e Eletrocardiograma (ECG) sempre que as


queixas do beneficiário indicar a necessidade de algum desses exames;

 Na aplicação do Protocolo de Manchester, o fluxograma leva a um resultado e o paciente


é classificado em uma das cinco prioridades identificadas por número, nome, cor e tempo
alvo para a observação médica inicial;

 Após classificado, colocar a pulseira referente a cor determinada no fluxograma e o


beneficiário será encaminhado para os locais previamente determinados, sendo:

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 Classificação Vermelho: encaminhamento direto para o leito de emergência e comunicado


com a equipe ali escalada para prestar os cuidados devidos.

 Classificação Laranja: encaminhar o beneficiário para a parte interna do SMU, realizar


exames de sua competência e comunicar ao médico da emergência a presença do
paciente com classificação laranja e encaminha-lo para a emergência, se for o caso;

 Classificação Amarela: acolher o beneficiário na parte interna do SMU, orienta-lo do


tempo estimado de espera para o atendimento médico e manter observação quanto aos
sinais apresentados para não haver agravamento do quadro. Orientá-lo a retornar à sala
de Classificação de Risco para reavaliação, caso haja alteração das queixas
apresentadas inicialmente;

 Classificação Verde: encaminhar o paciente para a área externa de atendimento onde o


mesmo aguardará ser chamado no monitor de TV ali instalado e será direcionado ao
consultório médico. Orientá-lo a retornar à sala de Classificação de Risco para
reavaliação, caso haja alteração das queixas apresentadas;

 Classificação Azul: encaminhar o paciente para a área externa de atendimento onde o


mesmo aguardará ser chamado e encaminhado ao consultório médico. Orientá-lo quanto
ao tempo estimado para atendimento, retornar-se à sala de classificação de Risco caso
haja alteração das queixas apresentadas e informa-lo o tempo estimado para
atendimento, uma vez que a sua classificação de risco não evidenciou urgência no
atendimento.

7.3 Cuidados especiais


 Quando a Classificação de risco for realizada por enfermeiros, o protocolo adotado
obrigatoriamente deverá ser baseado em sintomas, não podendo envolver diagnóstico
médico. (Resolução COFEN 2079/2014).

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 O enfermeiro, após avaliar/classificar o paciente, ele não pode liberá-lo para o domicilio,
ou seja, é proibido a dispensa de pacientes antes que estes recebam atendimento
médico, conforme Resoluções do Conselho Federal de Medicina nº 2.077/2014 e nº
2.079 de 2014 art 3º, e portaria GM/MS nº 2.048 de 2002;

 Deve-se comunicar ao médico plantonista ou ao emergencista sempre que receber um


paciente em condições que necessitem intervenção imediata diante da avaliação de
classificação de risco.

 Atentar para o estado geral dos pacientes já classificados para possíveis alterações do
quadro apresentado inicialmente.

 Reavaliar os pacientes quando necessário, mantendo a classificação atual ou


substituindo-a por nova classificação que vier apresentar diante do seu quadro de saúde
atual.

 No caso do SMU Pediátrico, como plano de contingência, se no momento que a criança


chegar o enfermeiro do setor não estiver disponível para realizar a classificação de risco,
a equipe de técnicos de enfermagem realizará o acolhimento dessa criança juntamente
com os pais, ouvindo a queixa, acionará o enfermeiro de referência e encaminhará para o
atendimento médico.

8. Siglas
 ECG: Eletrocardiograma

 SACR: Programa de Acolhimento e Classificação de Risco do Protocolo de Manchester

 HGIP: Hospital Governador Israel Pinheiro

 SMU: Serviço Médico de Urgência

 PEP: Prontuário Eletrônico do Paciente

 TE: Técnico de Enfermagem

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 Soul MV – Sistema de Gestão da Classificação de Risco.

9. Indicadores
 Tempo Médio para o Acolhimento com Classificação De Risco.

 Tempo Médio para o Atendimento Médico dos Beneficiários Classificados Amarelos.

 Tempo Médio para o Atendimento Médico dos Beneficiários Classificados Laranja.

 Tempo Médio para o Atendimento Médico dos Beneficiários Classificados Verdes.


 Tempo Médio para o Atendimento Médico dos Beneficiários Classificados Vermelhos.

10. Gerenciamento de riscos

Falhas potenciais
Categoria de Ações de Ações frente ao
geradoras de Evento
risco prevenção evento
riscos
Assistencial Não avaliar o Direcionar o Reavaliar o Aplicar o correto
beneficiário na sua beneficiário para beneficiário de Fluxograma de
admissão de atendimento acordo com a Classificação de
acordo com a diferente da queixa Risco
queixa prioridade apresentada
apresentada correta

Assistencial Não identificar Agravamento do Orientar a equipe e Avaliar o beneficiário


rapidamente os quadro de saúde aplicar treinamento e encaminha-lo para a
pacientes em apresentado de avaliação na sala de emergência
situação de risco pelo beneficiário Classificação de
de morte Risco

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Assistencial Não assegurar as Não aplicar o Orientar a equipe e Avaliar o beneficiário


prioridades em fluxograma de aplicar treinamento e encaminha-lo ao
função do nível de Classificação de de avaliação na local devido de
Classificação de Risco Classificação de acordo com a
Risco Risco Classificação de
Risco

Assistencial Não informar aos Descontentame Orientar a equipe a Informar o beneficiário


pacientes e nto do necessidade de a Classificação dele e
famílias a beneficiário em passar informação tempo de espera
Classificação relação a ao beneficiário previsto
adequada e o Classificação de
tempo estimado de Risco
espera

Assistencial Não encaminhar os Congestioname Determinar a área Reduzir o


beneficiários aos nto nas áreas de adequada de congestionamento
locais devidos após atendimento do encaminhar o nas áreas de
serem classificados serviço de beneficiário após a tratamento do serviço
emergência Classificação de de emergência com
Risco melhoria do fluxo de
beneficiários

11. Referências
 Classificação de risco em serviços de emergência: uma discussão da literatura sobre
o Sistema de Triagem de Manchester; disponível em
http://www.rmmg.org/artigo/detalhes/101, acessado em 29/05/2017.

 Sistema Manchester de Classificação de Risco - Grupo Brasileiro de Classificação de


Risco (GBCR), protocolo de Manchester, 1ª edição brasileira, SETEMBRO/2010;

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12. Anexos
 Não se aplica.

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