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29/07/2009 - quarta-feira
Matéria:
• Sentença;
• Coisa julgada;
• Recursos (esta matéria será cumulativa, ou seja, cairá no 1º e 2º Bi);
• Ações de impugnação;
• Nulidades;
• Lei de execuções penais (vai ser pouco falado, pois possui uma matéria específica, vai
ser tratado somente quando se tratar de recurso).
Bibliografia:
Paulo Rangel – Direito Processual Penal (melhor para o professor);
Eugênio Pacelli – Curso de Processo Penal;
Torinho Filho – Manual de Processo Penal (o que o professor menos gosta);
SENTENÇA
Conceito – ato pelo qual o Juiz põe fim a etapa cognitiva ou executória (a partir do momento
que tem sentença condenatória transitado em julgado a fase executória é toda ex officio, o
querelante não tem mais como interferir. Na fase executória existe decisão interlocutória que
é quando defere um indefere alguns pedidos, e também existe decisão que é sentença, no
caso, por exemplo, de o Juiz perceber a prescrição, acabando com o processo), resolvendo ou
não o mérito.
A finalidade de definir qual a natureza jurídica de uma decisão, por exemplo, o que é
sentença, decisão, despacho, é saber qual o remédio recursal que pode utilizar.
Mas, o CPP não possui uma sistemática boa, pois não define bem o que é sentença, decisão e
etc. A apelação é um recurso subsidiário, ou seja, é aplicado quando não está incluso no rol
do RESE.
O júri possui 2 fases dentro da fase Cognitiva, as decisões que acabam com a primeira fase
são: pronúncia (que leva ao plenário), desclassificação, impronúncia e absolvição sumária
(todas eram impugnadas via recurso em sentido estrito). Mas toda a doutrina entendia que
todas se tratavam de interlocutórias mistas, apesar do Código utilizar o termo “sentença de
pronúncia, de impronúncia...”.
Todos os casos de absolvição eram resolvidos com sentença, mas o legislador optou para,
neste caso (do júri), ser um recurso em sentido estrito, e não apelação. No caso da
impronúncia o processo vai ser arquivado, o que no Civil seria uma sentença terminativa.
Antes da reforma era cabível RESE para todos os 4 casos. Com a reforma do CPP cabe o RESE
no caso de pronuncia e desclassificação, mas no caso de impronuncia e absolvição sumária
cabe apelação (que para o professor, as duas são sentenças e não interlocutória).
Art. 416, CPP. Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação.
Art. 421, CPP. Preclusa a decisão de pronúncia, os autos serão encaminhados ao juiz
presidente do Tribunal do Júri.
§ 1º Ainda que preclusa a decisão de pronúncia, havendo circunstância superveniente que
altere a classificação do crime, o juiz ordenará a remessa dos autos ao Ministério Público.
(Na doutrina vai estar diferente, pois os doutrinadores não modificaram isso ainda. Isso não
será cobrado em prova).
Classificação das sentenças:
a) Condenatórias – é aquela que o juiz julga procedente a pretensão acusatória.
b) Absolutórias (declaratórias) – é aquela que o juiz julga improcedente a pretensão
acusatória.
c) Constitutivas ou desconstitutiva/constitutiva negativa – é aquela que vai criar,
extinguir ou modificar a situação jurídica de uma pessoa. Ex.: ação de revisão criminal
(que é a ação rescisória do cível, ou seja, é para desconstituir uma sentença
ELABORADA POR SUELEN CRISTINA MEDEIROS MENDES – suelencmm@hotmail.com
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condenatória que já transitou em julgado. Vai desconstituir um julgado e depois vai
constituir um novo julgamento). Ex.²: Habeas Corpus para trancar/arquivar inquérito
policial ou ação penal/processo.
d) Mandamentais – Ex.: Mandado de Segurança, Habeas Corpus (quando pede ao
tribunal a sua liberdade por excesso de prazo, por exemplo).
Outras classificações doutrinárias:
e) Sentença vazia – é aquela desprovida de fundamentação (sentença nula, pois precisa
ter fundamentação, relatório e dispositivo, salvo juizado que não precisa do relatório).
f) Sentença suicida – é a sentença em que não há a devida correlação entre a
fundamentação e o dispositivo. Se não sanável via recurso de Embargos de Declaração
com efeito infringente torna-se uma sentença nula.
g) Sentença autofágica – é a sentença em que na fundamentação o juiz acena com o
reconhecimento de um fato típico, antijurídico e culpável, porém com permissão legal,
no dispositivo deixa de aplicar a pena, ou extingue a punibilidade. Ex.: art. 180, CP –
Receptação, pena de 1 a 4 anos, mas o Juiz entende que foi culposo, e a pena é de 1
mês a 1 ano. E o juiz percebe que já prescreveu, mesmo sendo o fato típico,
antijurídico e culpável, mas está extinta a punibilidade. A fundamentação é
“contraditória” com o dispositivo, a fundamentação é condenatória, mas o dispositivo é
extinguindo a punibilidade (sentença declaratória de extinção da punibilidade). Ex.²:
Perdão Judicial – Súmula 18, STJ – A sentença concessiva do perdão judicial e
declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório.
A sentença absolutória imprópria é aquela que o Juiz absolve o acusado, mas aplica-lhe
medida de segurança
31/07/2009 - sexta-feira
SENTENÇA PENAL
Requisitos Formais da Sentença (art. 381, CPP) – a falta de qualquer destes termos
torna a sentença nula (art. 564, III do CPP, a única exceção é que o relatório é dispensável no
juizado especial).
I. Relatório – diz quais são as teses de acusação e defesa, quais provas produzidas,
quais diligências e etc., ou seja, tudo que aconteceu no processo.
II. Fundamentação (art. 93, IX, CF) – é a exteriorização do convencimento do juiz (é
qual a tese que o Juiz escolheu e o porquê do seu julgamento). Tem como fazer um
controle difuso sobre a acusação da atividade judiciária, e a parte do processo tem
como saber qual a base da fundamentação do juiz caso queira recorrer, da mesma
forma o Tribunal precisa saber da fundamentação caso o processo suba.
III. Dispositivo – é quando o juiz diz realmente qual é a decisão, e se for sentença
condenatória faz a dosimetria da pena, e ainda, no caso de indenização, fica o quantum
mínimo devido.
Princípio da correlação entre imputação e sentença (naha mihi factum dabo tibi jus
– “narra-me o fato que eu te direi o direito”) – a sentença que o juiz vai prolatar tem que ser
de acordo com o fato narrado/apresentado, e não ao que foi capitulado. A capitulação não é a
parte mais importante, pois o juiz não se vincula, todavia o fato narrado é o mais importante.
Ex.:
FATO REAL/DA FATO CAPITULAÇÃO/TIPIFIC SENTENÇA
VIDA NARRADO AÇÃO
Art. 168, CP – Art. 168, CP – Art. 171, §3º, CP – O juiz pode discordar do
apropriação apropriação estelionato contra crime capitulado, e julgar de
indébita. indébita. entidade de direito acordo com o fato narrado
público. (emendatio libelli)
Art. 303, CTB – Art. 303, CTB. Art. 303, §ú, CTB – 6m a O juiz pode remeter para o
6m a 2 anos 2 anos + 1/3 (Justiça Juizado se entender que o
(Juizado comum) crime não é o capitulado,
Especial). dizendo que é incompetente.
Emendatio Libelli (art. 383, CPP) – é a correção do juiz na capitulação da peça inicial feita
contra o réu.
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Art. 383, CPP. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa,
poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar
pena mais grave.
O juiz condenou pelo crime “errado” conforme a capitulação, e somente o Réu recorreu, neste
caso, não pode agravar a pena (art. 617), ou seja, só cabe a modificação para benefício do
réu.
Art. 617, CPP. O tribunal, câmara ou turma atenderá nas suas decisões ao disposto nos arts.
383, 386 e 387, no que for aplicável, não podendo, porém, ser agravada a pena, quando
somente o réu houver apelado da sentença. (proibição da reformatio in pejus).
05/08/2009 - quarta-feira
Mutatio Libelli – Ex.: o crime é de apropriação indébita, mas o Autor narra como furto,
assim, o promotor vai capitular de acordo com o fato narrado. E o Juiz julga conforme o fato
narrado e a capitulação, condenando por fato que o Réu não cometeu. Mas, se condenar pela
apropriação indébita ele estará condenando por um crime que não foi narrado e que o Réu
não se defendeu (sentença extra petita, ou seja, nula). Assim, este problema deve ser
resolvido antes da sentença. O Promotor quando perceber o equívoco deve parar a AIJ (pois,
normalmente ele percebe isso na Audiência, no momento do depoimento do Réu, e das
testemunhas), para que ele adite a inicial, pois o fato narrado não é o fato real, para que
depois ele possa sentenciar.
Súm. 453, STF - Não se aplicam à segunda instância o artigo 384 do Código de Processo
Penal, que possibilitam dar nova definição jurídica ao fato delituoso, em virtude de
circunstância elementar não contida, explícita ou implicitame
nte, na denúncia ou queixa. (pois haveria supressão de instância).
Súm. 160, STF - É nula a decisão do Tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não argüida
no recurso da acusação, ressalvados os casos de recurso de ofício.
O Tribunal fica de “mãos atadas”, pois só resta absolver (desde que o advogado de defesa
fique quieto e não peça nada, só espere).
O Juiz pode aplicar o art. 28, CPP, ou seja, remeter ao Procurador-geral, caso haja
discordância entre ele e o Promotor, por ser questão de ordem pública.
Art. 384, CPP. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica
do fato, em conseqüência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da
infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou
queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em
crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente.
§ 1º Não procedendo o órgão do Ministério Público ao aditamento, aplica-se o art. 28 deste
Código.
§ 2º Ouvido o defensor do acusado no prazo de 5 (cinco) dias e admitido o aditamento, o juiz,
a requerimento de qualquer das partes, designará dia e hora para continuação da audiência,
com inquirição de testemunhas, novo interrogatório do acusado, realização de debates e
julgamento.
§ 3º Aplicam-se as disposições dos §§ 1º e 2º do art. 383 ao caput deste artigo.
§ 4º Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) testemunhas, no prazo de 5
(cinco) dias, ficando o juiz, na sentença, adstrito aos termos do aditamento.
§ 5º Não recebido o aditamento, o processo prosseguirá.
06/08/2009 - quinta-feira
Art. 385, CPP – o juiz pode, discordando do MP, condenar o Réu mesmo com pedido e
absolvição. (na prática os Juízes aplicam isso, mas existem cabeças inovadoras que
discordam, e que o Juiz deve absolver).
SENTENÇA ABSOLUTÓRIA – julga improcedente a pretensão acusatória.
Art. 386, CPP. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que
reconheça:
I - estar provada a inexistência do fato; (prova de que o fato não existiu)
II - não haver prova da existência do fato; (falta de prova quanto à existência do fato)
III - não constituir o fato infração penal; (fato não constitui infração penal)
IV – estar provado que o réu não concorreu para a infração penal; (prova de que o Réu não
concorreu para a infração)
V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal; (falta de prova quanto a
participação ou autoria do Réu)
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22,
23, 26 e § 1º do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre
sua existência; (existência de circunstância que exclua o crime ou isente o Réu de pena ou
dúvida quanto existência destas)
VII – não existir prova suficiente para a condenação. (falta de prova para a condenação)
07/08/2009 - sexta-feira
12/08/2009 - quarta-feira
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Ex.¹:
Art. 69, CP Art. 121, §2º, V, CP – 12 a 30 anos (analisa as 3 fases) – 18 anos.
(concurso +
material) Art. 213, CP – 06 a 10 anos (analisa as 3 fases) – 08 anos.
+
Art. 211, CP – 01 a 03 anos (analisa as 3 fases) – 02 anos. (se esse crime
prescrever, por exemplo, diminui no somatório das penas a pena dele.
Ficando o total em 26 anos)
Total da soma das penas: 28 anos.
Ex.²:
Art. 70, CP Art. 129, §2º, IV, CP – 02 a 08 anos – o juiz condena a 06 anos (se fosse
(concurso formal) utilizar a regra do concurso formal e aumentasse a pena de 1/6, ele
– instituto aumentaria de 1 ano, e pode ser que ele não desse 1 ano no outro crime,
benéfico para o então quando o Juiz perceber que não é mais benéfico para o Réu, ele
réu utiliza a regra do concurso material. Continua sendo concurso formal,
mas utilizando a regra do concurso material)
+
Art. 129, caput, CP – 03 m a 01 ano – o juiz condena a 8 meses.
Ex.³:
Art. 70, CP Art. 129, §1º, II, CP – 01 a 05 anos – o juiz condena a 3 anos (1/6 de 3
(concurso formal) anos é 6 meses, assim a pena seria menor do que a que ele iria aplicar
neste exemplo para o segundo crime, sendo assim, ele utiliza a regra do
concurso formal) – a prescrição para este crime é de 08 anos. Para o 2º
crime é de 1 ano. Se o juiz simplesmente fizer o aumento e não disser de
quanto é a pena do segundo crime a prescrição vai incidir sobre a pena
máxima que é de 1 ano, e a prescrição seria de 4 anos. O que é menos
benéfico para o Réu. Ou seja, é muito importante que conste na
sentença qual é a pena do 2º crime, mesmo que seja utilizada a regra do
aumento de 1/6 do art. 70.
+
Art. 129, caput, CP – 03 m a 01 ano – o juiz condena a 8 meses.
RECURSO
1) Conceito: “Remédio voluntário, idôneo a ensejar dentro do mesmo processo, a reforma, a
invalidação, o esclarecimento ou a integração da decisão impugnada” (José Carlos Barbosa
Moreira).
Recurso de ofício: O Legislador está querendo referir-se a “Remessa Necessária”, é uma
condição de eficácia da Sentença no plano jurídico, não tendo qualquer efeito até a nova
análise do TJ. Não existe nesse caso, o princípio da “refortio in pejus”, pois é apenas uma
continuidade de um mesmo empreendimento.
Remessa Necessária – é uma forma de exercer o controle do órgão jurisdicional superior para
a decisão proferida no órgão inferior. É uma condição para que a sentença surta seus efeitos.
A sentença do Tribunal pode prejudicar o réu, melhorar sua situação ou manter a decisão do
juízo de primeiro grau. Não se aplica o Princípio da Proibição da Reformatio in pejus.
Hipóteses: (CPP)
Art. 574. Os recursos serão voluntários, excetuando-se os seguintes casos, em que deverão
ser interpostos, de ofício, pelo juiz:
I - da sentença que conceder habeas corpus;
II - da que absolver desde logo o réu com fundamento na existência de circunstância que
exclua o crime ou isente o réu de pena, nos termos do art. 411. (ESTÁ REVOGADO
TACITAMENTE)
Art. 746. Da decisão que conceder a reabilitação haverá recurso de ofício.
OBS: Parte da Doutrina sustenta de qualquer forma, mesmo nestes casos, não a recepção
pela Constituição Federal, pois não existia em 41 a figura do MP, cabendo hoje ao MP a
titularidade e guarda da Ação Penal, não sendo necessária que outro juiz faça o controle;
como segundo argumento a Remessa Necessária deveria ser ao contrario, existindo a favor
do réu e não contra ele, violando o princípio da isonomia uma vez que se conclui que o Réu é
culpado; (mais na prática se aplica.)
19/08/2009 - quarta-feira
Divergência: Quando o réu é absolvido ninguém discorda que a vítima pode recorrer, pois não
possui o título executivo. E também não há divergência de que se o réu for condenado pode
executar no cível. É evidente que a vítima possui interesse em recorrer quando não há a
condenação. O promotor que pediu absolvição não pode tentar manejar um recurso, pois vai
faltar interesse recursal.
Mas, e quando é condenada a uma pena mínima, a vítima ainda tem interesse em recorrer?
(uns entendem que só pelo fato de condenar, já possui título executivo, e é isso que a vítima
quer e não há interesse da vítima em recorrer; mas outros entendem que a vítima quer
buscar fazer Justiça, e que só o titulo executivo não basta). Esta que é a discussão.
20/08/2009 - quinta-feira
Exercício.
21/08/2009 - sexta-feira
26/08/2009 – quarta-feira
28/08/2009 - sexta-feira
02/09/09 - quarta-feira
• Objetivos:
o Gerais
Cabimento/adequação – está ligado a taxatividade. Significa que para o
recurso ser cabível tem que examinar a decisão que quer impugnar e se
existe uma previsão legal de um recurso para aquela decisão. Existem
hipóteses em que é aceito analogia, que pode ser usada quando a
omissão do legislador for involuntária.
Ex.: art. 581, CPP.
i. Rejeita denúncia ou queixa (é claro que essa exclusão é expressa de
quando recebe a denúncia, pois o legislador no mesmo artigo utilizou a
expressão “concede ou nega Habeas corpus”, ou seja, no mesmo artigo
ele colocou as 2 hipóteses, e no outro inciso o legislador não colocou
“rejeita ou recebe”).
ii. Admite-se a analogia neste mesmo artigo no caso de rejeição de
aditamento de denúncia, apesar de não estar expresso no artigo, o
aditamento é também uma denúncia, por isso cabe RESE caso seja
rejeitada.
Tempestividade:
• Apelação JECRIM – 10 dias para as 2 peças.
• Apelação no CPP – prazo de 05 + 08 dias. É peça que define a
tempestividade é a primeira, ou seja, nos 05 dias.
• RESE – prazo de 05 + 02 dias. É peça que define a tempestividade
é a primeira, ou seja, nos 05 dias.
• Embargos de declaração – 02 dias.
• Embargos infringentes – 10 dias.
• Agravo em execução – 05 dias.
• Entre outros....
Inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer
– o MP pode até não recorrer, mas não pode desistir do recurso. Parte da
doutrina entende que o MP pode renunciar ao recurso, mas não desistir
(princípio da indisponibilidade da ação, ou seja, do recurso). Ex.: se o MP
renunciar ao recurso, ele não pode recorrer mais, se recorrer isso será um
fato impeditivo do recurso. O Réu pode desistir do recurso (fato extintivo).
No informativo nº 537, o art. 594, CPP foi considerado inconstitucional,
pelo Pleno, pelo HC 85961/SP.
Motivação – existem recursos que tem fundamentação vinculada (teoria
da asserção).
Ex.:
Tribunal do Júri – fato e direito – art. 593, III “a” e “d” (anulação);
Juiz Togado – Sentença – art. 593, III “b” e “c” (reforma)
Para recorrer tem que fazer razões, pois não será conhecido, tem que
mostrar a vinculação com o artigo. É uma exceção.
Ex.²: RESP e RE – tem que apontar qual a Lei que foi infringida. Não basta
mero inconformismo, pois o recurso não será nem conhecido.
Ex.³: Embargos de Declaração – tem que dizer o que está obscuro,
contraditório...
o Específicos
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Prequestionamento – a questão já tem que ter sido ventilada para
chegar ao STJ e STF. A questão já deve ter sido analisada para que não
haja supressão de instância.
Repercussão geral da questão constitucional – é a análise que vai
fazer a questão fora do processo. Para que o Tribunal aprecie uma
questão do ponto de vista social, econômico, político... vai ter efeitos erga
omnes e não inter parts.
Recursos em espécie
a) Recurso em sentido estrito (RESE).
a. Cabimento – art. 581, CPP.
i. Rejeita denúncia ou queixa (é claro que essa exclusão é expressa de
quando recebe a denúncia, pois o legislador no mesmo artigo utilizou a
expressão “concede ou nega Habeas corpus”, ou seja, no mesmo artigo
ele colocou as 2 hipóteses, e no outro inciso o legislador não colocou
“rejeita ou recebe”).
ii. Admite-se a analogia neste mesmo artigo no caso de rejeição de
aditamento de denúncia, apesar de não estar expresso no artigo, o
aditamento é também uma denúncia, por isso cabe RESE caso seja
rejeitada.
Riscar no código (pois foram revogados tacitamente):
Art. 581, a palavra “despacho”.
Inc. VIII – o art. 397, inc. IV disse que a decisão do juiz que extingue a punibilidade pode ser
feita através de uma sentença de absolvição sumária. Então a lei equiparou uma sentença
meramente declaratória de extinção da punibilidade com uma sentença absolutória, que cabe
recurso de Apelação.
Incs. XI, XII, XVII, XIX, XX, XXI, XXII, XXIII – a Lei 7.210/84 – LEP, art. 197, diz que toda decisão
da execução penal deve ser impugnada por meio do Agravo em Execução, antigamente era
impugnado pelo RESE. Ou seja, destas decisões cabe agravo em execução, funciona igual o
RESE, só mudou o nome.
Inc. XXIV – revogado pelo art. 51 do CP, pois não existe mais conversão de multa em pena
privativa, multa vai ser sempre multa.
09/09/09 - quarta-feira
16/09/09 - quarta-feira
b. Processamento do RESE.
Pode ser retido ou em autos apartados/de instrumento (art. 583, III, CPP).
Ex.: pronúncia dos Réus (corréus) “a” e “b” pelo art. 121, caput, CP, sendo
apenas o Réu “a” Recorrente.
Pronúncia intimação das partes RESE peça de interposição em 05 dias,
acompanhada das peças necessárias à formação do instrumento. Sendo
obrigatórias (é como a apelação não sobe como o agravo do cível):
a) Cópia da decisão recorrida;
b) Certidão de intimação da decisão recorrida;
c) Peça de interposição do RESE
Concluso ao Juiz:
- Não recebe o recurso – neste caso cabe carta testemunhável (não cai na
prova, vai ser explicado depois. É um recurso em cima de outro/do RESE pra
destrancar);
- Recebe e manda intimar o recorrente para apresentar razões;
Intimação do recorrente para razões razões do recorrente (02 dias)
intimação do recorrido para contrarrazões (não precisa voltar pro juiz, o cartório
já intima pra contrarrazões de ofício) contrarrazões do recorrido (02 dias)
concluso ao Juiz:
- Reforma a decisão, exercendo juízo de retratação (não há defeito a
decisão, o juiz decide julgar de outra maneira, é convencido de julgar de outra
forma); e o juiz vai:
- Desclassificar;
- Impronunciar; ou
- Absolver sumariamente.
- Mantém a decisão e determina a remessa do RESE ao TJ;
Art. 589, CPP. Com a resposta do recorrido ou sem ela, será o recurso concluso
ao juiz, que, dentro de dois dias, reformará ou sustentará o seu despacho,
mandando instruir o recurso com os traslados que Ihe parecerem necessários.
(o juiz se quiser poder pedir ao escrivão que envie as peças que entender
necessário, caso ele não se retrate).
30/09/09 – quarta-feira
CORREÇÃO DA PROVA.
02/10/2009 - sexta-feira
07/10/2009 - quarta-feira
Tribunal Taquígrafos
Público
09/10/2009 - sexta-feira
21/10/2009 - quarta-feira
Ex.: Sentença condenatória pelo art. 155, CP a uma pena de 02 anos de reclusão sem
substituição por restritiva ou SURSIS apelação do Réu pleiteando a substituição ou
eventualmente a aplicação do SURSIS 1ª Câmara isolada:
• Relator – nega provimento;
• Revisor – nega provimento;
• Vogal – dá provimento;
Embargos infringentes interposto perante o relator para a Câmara reunida concluso ao
relator:
• Nega seguimento (neste caso o regimento interno do TJ/ES admite um novo recurso
que é o Agravo Regimental – art. 323, §1º, RITJ/ES; quase todos os Tribunais do Brasil
tem esse agravo); ou
• Admite;
Depois do Agravo Regimental o recurso que pode ser interposto é o RESP:
• Nega provimento (cabe agravo de instrumento em 05 dias – art. 28, L. 8038/90);
• Determina remessa ao STJ;
RECURSOS CONSTITUCIONAIS
1) Recurso Ordinário Constitucional (ROC) – na prática não é utilizado (mas, é
cobrado em provas).
a. STF – art. 102, II, “a” e “b”, CR. – Tribunais Superiores; (o que é utilizado na
prática é o da alínea “b” – crimes políticos – previstos na Lei 7.170/83);
b. STJ – art. 105, II, “a”, CR. – Tribunais (Federais e Justiça);
2) Recurso Extraordinário (RE) – dirigido ao STF quando a decisão recorrida violar
dispositivo da Constituição. O objetivo é a uniformização da interpretação da prova
constitucional em todo o território nacional.
Causas decididas em única ou última instância quando a decisão...
Art. 102: Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,
cabendo-lhe:
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última
instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição (existem princípios que não são expressos, mas
que estão implícitos na CF, ou seja, decorre de outros princípio da CF, e é cabível da mesma
maneira);
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal (controle difuso – julgamento de
cada causa isolada);
c) julgar válida lei (local – mucicipal ou estadual) ou ato de governo local contestado em face
desta Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal; (alterada pela emenda
Constitucional –
Súm. 690, STF - Compete originariamente ao Supremo Tribunal Federal o julgamento de
habeas corpus contra decisão de turma recursal de juizados especiais criminais. (não houve
28/10/09 - quarta-feira
04/11/2009 - quarta-feira
06/11/2009 - sexta-feira
2) HABEAS CORPUS
Art. 5, LXVII, CF – “Conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar
ameaçado de sofrer coação em sua liberdade de locomoção por ilegalidade ou abuso de
poder”. (Só pelo fato de ter algum processo contra a pessoa já há uma ameaça de sofrer
coação em sua liberdade de locomoção, pois a qualquer momento pode ser pedida a prisão
preventiva, por exemplo, sendo assim, já pode impetrar com Habeas Corpus. Não cabe em
testes de bafômetros).
11/11/2009 - quarta-feira
13/11/2009 - sexta-feira
NULIDADES
Conceito – é a conseqüência (para alguns sanção) que recai sobre o ato processual eivado
de vício, porquanto e desconformidade coma ordem jurídica (atipicidade penal).
Classificação dos vícios quanto à relevância, a intensidade e a repercussão sobre o
ato processual:
• Ato meramente irregular
o Viola norma infraconstitucional;
o Não causa prejuízo a qualquer das partes;
o Geralmente a norma funciona como orientação para o procedimento;
o Não gera invalidação do ato;
o Ex.: Prazo impróprio – O juiz que tem prazo de 10 dias para sentenciar e
sentencia em 60 dias. Não há prejuízo algum ao processo (não há mácula para o
processo). Ou prazo para o MP denunciar, por exemplo.
• Nulidades
o Relativa
Viola norma infraconstitucional (uma norma infraconstitucional Pode ser a
reprodução de uma norma constitucional, se for este caso, será nulidade
absoluta e não relativa);
Causa prejuízo a uma das partes;