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Espanha perde o terreno político na Europa

Podemos atribuir a perda dessa vantagem ao lento desenvolvimento de uma


classe burguesa espanhola. Ao contrário da França, por exemplo, a burguesia
espanhola se consolidou tardiamente e os vínculos que a ligavam ao estado
espanhol nunca foram tão sólidos como a aliança entre o rei e a burguesia
francesa e inglesa. Sejam quais forem as razões, é certo que o rei da Espanha
não obteve o sucesso na concentração de poderes em suas mãos, uma das
principais características absolutistas, que tem na França seu exemplo
máximo.

Apesar do absolutismo inglês e francês ter se desenvolvido de forma plena,


Inglaterra e França passaram por uma crise que a península ibérica nunca
conheceu: as guerras religiosas.

O caso mais emblemático é o da Inglaterra, no qual o estado rompe com a


Igreja Católica, como veremos mais adiante.

Na antiguidade, a região da Inglaterra pertencia ao Império Romano e era


conhecida como Bretanha. Quando houve a queda deste império, a região foi
tomada pelos povos bárbaros, anglo-saxões, mantendo o território dividido e
sem um poder central. A unificação inglesa começa no século XI, mas as
sucessivas crises e disputas da nobreza impediram o desenvolvimento de um
estado inglês propriamente dito.

Um dos mais famosos reis do período foi Ricardo Coração de Leão, cuja
história nos chegou através de diversas lendas, como a de Robin Hood. Na
verdade, esse rei não era muito popular no seu tempo, e teve um governo
breve, durante o qual ele aumentou impostos para financiar o movimento
cruzadista , do qual fazia parte. É interessante perceber que Ricardo Coração
de Leão participou da Cruzada dos Reis, a terceira cruzada, cujo objetivo era
retomar a terra santa, Jerusalém, das mãos dos mouros. Séculos depois, outro
rei, Henrique VIII, romperia com a igreja católica fundando sua própria
religião, o anglicanismo.

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