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INTRODUÇÃO
Este artigo apresenta os resultados sobre a legislação que trata da formação de professores da
educação especial em Goiás, bem como, os processos formativos dos professores do
atendimento educacional especializados das salas de recurso multifuncionais do sudeste
goiano. De acordo com uma consulta realizada no sítio do Ministério da Cultura e Educação,
no período de 2005 a 2011, foram distribuídas para todo país 24.301 salas de recursos
multifuncionais para rede pública de ensino do país. Desse total, 3.678 foram destinadas ao
centro oeste. O Estado de Goiás foi contemplado com 174, e para o sudeste goiano foram
encaminhadas 46 salas. Diante desses dados o presente estudo propõe as seguintes questões:
O que prevê a legislação de Goiás para a formação do professor da educação especial? Qual o
perfil do profissional do atendimento educacional especializado? Quais os processos
formativos vivenciados pelos professores do sudeste goiano. Para responder esses
questionamentos elegemos como objetivo investigar os processos formativos dos professores
do atendimento educacional especializado das salas de recursos multifuncionais do sudeste
goiano no período de 1999 a 2011.
O atendimento educacional especializado é um dos serviços ofertados aos alunos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação,
nomeados pela Nota Técnica nº55 de 2013 como público alvo da educação especial, que e
tem como objetivo complementar ou suplementar a formação escolar do aluno, através de
serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua
participação na sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem. (BRASIL. 2009).
Nesse sentido, a formação inicial e continuada dos professores se constituem em um pré-
requisito para a escolarização desses estudantes. Essa exigência está prevista na Portaria
Ministerial nº 1.793/1994, que recomenda aos cursos de Ciência da Saúde, Serviço Social e
nos demais cursos superiores, a inclusão da disciplina “aspectos éticos-políticos-educacionais
que trata da normalização e integração da pessoa portadora de necessidade especial”,
prioritariamente nos cursos de Pedagogia e Psicologia e em todas as Licenciaturas.
Com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN Nº
9.394/1996) e as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica aprovada
1
Pedagoga e Mestranda em Educação. Endereço: Rua: 13 de maio, nº 149, Vila Erondina – Catalão Goiás. CEP:
75711350 Email: marciarosis@gmail.com
2
Professora Doutora e Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEDUC) da Universidade
Federal de Goiás-Câmpus-Catalão. Endereço: Rua: 532 nº. 639 – Setor Santa Cruz – Catalão-GO - CEP: 75706-
610. Email: dutartuci@gmail.com
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pela Resolução nº 02/ 2001, os documentos apontam dois tipos distintos de professores para
trabalharem com alunos, até então chamados “portadores de necessidades educacionais
especiais”. São eles, os capacitados e os especializados.
O primeiro trata do professor que atuam na sala de aula do ensino regular e admite-se
formação em nível médio ou superior e que comprovem em sua formação, conteúdos sobre
educação especial (BRASIL, 2001). O segundo refere-se ao professor especialista em
Educação Especial, isto é, aqueles formados em nível superior nos cursos de licenciatura em
Educação Especial. Poderá ser formados também, nos cursos de complementação de estudos
ou pós-graduação em áreas específicas da Educação Especial. A formação em nível superior
licenciará o professor para atuar nas salas de recursos multifuncionais do ensino regular, e
lhes permitirá identificar as necessidades educacionais especiais, definir, implementar
estratégias de flexibilização, adaptando currículo e criando práticas alternativas adequados ao
trabalho com os estudantes da educação especial.
Não obstante, a legislação apontar essas exigências para a formação, Almeida (2004) chama a
atenção para algumas questões importante em relação à forma como a LDBEN (9394/96) trata
tanto da formação do professor capacitado e da formação do especialista, pois, segundo a
autora, a lei não esclarece a natureza, o conteúdo e, nem mesmo, se o curso deve ser mais
específico para uma área ou mais generalista,
Outro aspecto que deve ser analisado com cuidado é o que está disposto no artigo 62, onde a
legislação flexibiliza a oferta de formação, a qual pode ocorrer tanto o âmbito do ensino
superior, ou apenas em nível médio.
Essa abertura para formação nesse nível de ensino tem suscitado críticas de pesquisadores da
área, pois, de acordo com Mendes (2010), isso pode se tornar um agravante para a inclusão
escolar, visto que o maior contingente de alunos com deficiência ainda estão presente no
ensino básico. Não obstante as exigências legais estarem postas, Mendes (2011) afirma que
até no ano 2000, foi registrado 31 cursos de Pedagogia com habilitação em Educação
Especial, e somente a Universidade de Santa Maria mantinha a Licenciatura Plena em
Educação Especial, posteriormente, após a extinção da habilitação nos cursos de Pedagogia,
foi implementado na Universidade de São Carlos.
Mesmo diante destes dados, Conselho Nacional de Educação (CNE/CP) através da Resolução
nº 01, de 15 de maio, aprovou as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de
Graduação em Pedagogia – Licenciatura (DCN nº1/2006), que propunha reformas nos
currículos dos licenciados em pedagogia.
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Para se trabalhar na educação especial o professor deve ter como base da sua
formação inicial e continuada, conhecimentos gerais para o exercício da docência e
conhecimentos específicos da área. Essa formação possibilita a sua atuação no
atendimento educacional especializado, aprofunda o caráter interativo e
interdisciplinar da atuação nas salas comuns do ensino regular, nas salas de recursos,
nos centros de atendimento educacional especializado, nos núcleos de acessibilidade
das instituições de educação superior, nas classes hospitalares e nos ambientes
domiciliares para a oferta dos serviços e recursos de educação especial. (BRASIL,
2008)
O texto acima aponta que de modo geral a formação do professor deve se amparar em
conhecimentos gerais sobre a docência e não especificamente sobre a educação especial. Essa
indefinição aponta que uma falta de uma diretriz política de formação que de conta de suprir
as reivindicações que a educação inclusiva demanda. (PLESTCH, 2009).
Tendo em vista que a formação do professor da educação especial ainda permanece sem um
direcionamento político, essa pesquisa buscou contribuir com a avaliação nacional do
programa de implantação de salas de recursos multifuncionais no ensino regular.
2. METODOLOGIA
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2.1 Participantes
O processo de seleção dos sujeitos iniciou no segundo semestre do ano de 2011, quando a
coordenação do Observatório Goiano de Educação Especial enviou um ofício a Subsecretaria
Regional de Catalão convidando as professoras das salas de recursos multifuncionais para
compor com a Universidade na execução da pesquisa. O grupo de participantes é composto
por dezessete (17) professoras que participaram da pesquisa no ano de 2011 e catorze (14)
professoras que participaram em 2012, todas atuam nas salas de recursos multifuncionais da
rede pública estadual. Como procedimento ético os participantes foram devidamente
informados sobre os objetivos da pesquisa e assinaram o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido, afirmando estar cientes e de acordo com as etapas previstas pela pesquisa.
A pesquisa foi realizada com os professores dos dez (10) municípios que compõe o sudeste
goiano os quais estão sobre a jurisdição da Subsecretaria Regional de Educação de Catalão.
São eles: Anhanguera, Campo Alegre de Goiás, Catalão, Corumbaíba, Cumari, Davinópolis,
Goiandira, Nova Aurora, Ouvidor, Três Ranchos.
2.3 Procedimentos
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
3
Instrumento disponibilizado pelo Oneesp e adaptado pelo Ogeesp para a pesquisa em Goiás.
4
Instrumento criado por Carlos Eduardo Mazzini, e apresentado no Seminário Internacional Sobre Pesquisas e
Estudos Qualitativos em Bauru/SP.
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Programa legitimado pelo Programa Estadual de Educação de 1999 e pelo Plano Plurianual 2000/2003, lançado
em 9 de outubro de 2000, sob a coordenação, diretriz, gerenciamento e acompanhamento da SUEE.
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Com as mudanças na política da educação especial de Goiás, no ano de 2012, do total de vinte
e uma (21) professoras, permaneceram catorze (14). Sendo que sete (7) foram remanejadas
para outros espaços da escola, ao passo que quatro (4) professoras iniciaram no atendimento
educacional especializado. Todas as participantes são do sexo feminino. Em relação ao
vínculo empregatício três (3) são contratos temporários e dezoito (18) são efetivas. Catorze
(14) professoras são formadas em pedagogia, as demais são formada em áreas específicas e
apenas três (3) tem especialização na área.
Os dados apontam que um número considerável de professoras já completaram o tempo
médio de atuação no magistério e estão aguardando a aposentadoria, as que não estão em
processo de aposentar, vão completar o tempo de serviço ainda nessa década. Diante desses
dados surge um questionamento: Em um país onde as habilitações para a educação especial
foram extintas e a formação continuada é problemática, onde serão formados os professores
que irão substituir os profissionais que estão se aposentando? Esses dados são é relevante na
medida em que confirmam a preocupação de Mendes (2011), quando problematiza a
substituição desses professores, num contexto em que a formação acadêmica não tem
respondido as demandas da educação especial. Outra análise é que as demais são iniciantes
magistério, na educação especial e no atendimento educacional especializado. Isso é uma
mostra significativa para se avaliar a qualidade do trabalho pedagógico que é realizado dentro
da sala de recurso multifuncional do sudeste goiano.
A análise da entrevista coletiva sobre a formação dos professores nos permitiu levantar os eixos
temáticos: Processos Formativos vivenciados pelos Professores de AEE em SRMs: Formação
inicial e formação continuada.
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Esses relatos validam a pesquisa de Chacon (2004), e confirmam que até o ano de 2012, o que
se percebe é que não houve mudanças significativas na base da formação inicial e as
universidades não atentaram para reformar o projeto político dos cursos disciplinas e
conteúdos pertinentes a formação do professor da educação especial.
Pletsch (2009) justifica as queixas das professoras considerando que a formação inicial, as
licenciaturas não estão preparados para formar o profissional da educação inclusiva e com o
desconhecimento das capacidades e individualidades dos alunos, incorre-se no risco de se
perpetuar práticas que contrariam os princípios de uma educação inclusiva proclamada pelos
documentos oficiais tanto nacionais como internacionais.
Associada a formação deficitária, as professoras reclamam do como são inseridas nas salas de
recursos multifuncionais, segundo as participantes critério de seleção é quase sempre pautado
pelo tempo de profissão, ora por serem iniciantes na carreira do magistério, ora por já estarem
perto de se aposentar, ou ainda mediante uma readaptação, isto é, quando o professor é não
pode exercer sua atividade docente por motivos de saúde, ele é encaminhado para
atendimento educacional especializado. Fica evidente que a maior dificuldade é o despreparo
advindo da formação.
Essa reclamação aparece em todos os relatos das professoras.
Ai eu falei, gente não tenho nenhuma preparação para trabalhar com esse tipo de aluno (Laura – I
Encontro/2011).
Eles implantaram a escola inclusiva e não preparam os professores. Jogaram assim, sem a gente ter
preparação nenhuma, os professores que eu me lembro estamos despreparados (Amanda – I
Encontro/2011).
No relato abaixo, a professora readaptada expressa seu desconforto ao ser encaminhado para
atuar no atendimento educacional especializado.
Eu vejo assim a grande irresponsabilidade de quem me colocou lá porque eu não tenho nenhum tipo de
formação na área (Nathália – I Encontro/2011).
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Ao refletir sobre uma proposta de formação inicial, a professora sinaliza com clareza que a
formação deve partir do âmbito do ensino superior o qual lhe dará elementos necessários para
subsidiar o trabalho com os alunos com necessidades educacionais especiais.
Para finalizar a discussão sobre a formação inicial, concordamos com Mendes (2011, p. 144)
quando defende que a “responsabilidade pela formação de quadro para a Educação Especial
nacional compete ao sistema de Ensino Superior brasileiro, que infelizmente tem tido poucas
reações pró-ativas na direção de definir quais são as prioridades para a área.”.
Mendes (2011, p.137) chama a atenção, pois, “alguns programas são definidos, mas
contemplam apenas determinadas categorias, sem abranger o conjunto dos alunos com
necessidades educacionais especiais”, o que significa dizer que, se algumas categorias são
privilegiadas, outras são omitidas nos cursos de formação. Percebemos também que houve
uma valorização dos cursos que enfatizam o uso das técnicas e recursos específicos
relacionados à deficiência,
Porque eu acho que eu deveria estar aprendendo é as atividades técnicas e pedagógicas que eu alcance
meu aluno (Wanda – I Encontro/2011).
Nesse sentido, cabe uma reflexão com Michels (2011) argumenta que nessa perspectiva a
formação tem um caráter instrumental em detrimento de um aporte teórico para viabilizar o
processo de construção do conhecimento. Essa discussão foi sustentada durante grande parte
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da pesquisa, mas com o debate e a reflexão sobre a necessidade de se aliar teoria e prática
durante o trabalho pedagógico as professoras compreenderam a importância da se pensar
sobre a prática cotidiana dentro de um referencial teórico e elas apontaram que pesquisa
colaborativa oferece essa oportunidade.
Com o passar do tempo e com os questionamentos que está sendo provocado aqui, vamos ter uma
melhora no nosso próprio comportamento, porque nunca ninguém parou pra discutir isso com a gente.
Então assim pra gente crescer a gente precisa ter diálogo (Sandra II Encontro/2011).
Essa ausência de formação continuada sinaliza que, não obstante, Goiás ser pioneiro em
adotar o paradigma educação inclusiva, ainda não uma construiu uma proposta de formação
continuada que assegurasse ao professor oportunidade de buscar sua própria formação.
Na medida em que as professoras não têm acesso a essas informações e não lhes é facultado o
ingresso, o programa de formação continuada a distancia deixa de cumprir sua finalidade, que
é democratizar e oportunizar o acesso aos cursos que supostamente vão garantir efetividade ao
processo de inclusão escolar.
Embora poucas professoras conseguiram realizar os cursos pela plataforma freire, ao serem
questionadas sobre como foi viabilizado o processo, não souberam esclarecer com precisão.
Algumas argumentaram que se inscreveram pelos sítios do programas, outras, no entanto,
foram indicadas pelos gestores. Uma vez que elas, não é garantido a formação do governo,
elas vão à busca dos cursos de formação oferecidos pelas universidades privadas e devido aos
altos custos financeiros, as professoras são desestimuladas a procurar formação.
essa denúncia fica explicita no relato abaixo,
O limite é porque atualmente os cursos estão muitos caros em relação a .alguns anos atrás, ganhávamos
os cursos. Esse acesso hoje não conseguimos, mas temos que buscar, pagar se quiser fazer, tudo dos
nossos custos (Michele, I Encontro – 2012).
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Outro limitador da formação continuada a distância, é que nem todas têm acesso ao
computador em casa, e as poucas que possuem a máquina, sentem dificuldade de operar os
programas, outras se queixam que não estão familiarizadas com as redes da internet e
avaliaram que os ambientes virtuais dos cursos são complexos e dificulta a interação entre o
aluno e os tutores e monitores.
Em relação às vantagens da formação continuada à distância, as professoras consideraram
relevante, à possibilidade e conhecer o trabalho e a realidade dos diferentes estados.
A formação à distância mesmo sobre a premissa de democratizar o acesso à formação
continuada (ou inicial) do professor da educação especial, não tem cumprido sua tarefa, uma
vez que, a burocracia e os valores onerosos inviabilizam o ingresso, o acesso e permanência
com sucesso.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto, consideramos que a legislação que trata da formação de professores para a
educação especial é vasta, porém não tem demonstrado muita efetividade. A forma de
ingresso e atuação dos professores que estão atuando no atendimento educacional
especializado nem sempre segue as prerrogativas legais. Grande parte são professores
iniciaram no magistério muito recentemente, por isso sem respaldo teórico para trabalhar com
os alunos público avo da educação especial. No que se refere a formação inicial, os
professores deixaram claro que não atendem as demanda inclusão escolar. De igual modo, a
formação continuada presencial tem centralizado o trabalho nas técnicas e nos recursos como
um fim em si mesmo, deixando de lado a importância de se pensar essa prática a partir de um
referencial teórico que sustente a prática educativa. No que diz respeito à formação
continuada a distância, o que se percebe os mecanismos criados pelo governo não foram
capazes de democratizar o acesso dos professores aos programas de formação e falta de
manejo com as tecnologias da informação dificultam o processo de inserção. Soma-se a esses
agravantes, o fato de que ao não conseguirem ingressar no programa do governo, procuram
as instituições privadas, mas são desmotivadas pelos valores onerosos que são cobrados.
Os resultados apontados por esse estudo revelam que do modo como a formação do professor
vem ocorrendo no país, ela não viabilizará o processo de escolarização dos alunos público
alvo da educação. Esperamos as reflexões apontadas por esse estudo, ajude a construir uma
diretriz política que direcione a formação a formação do professor da educação especial no
país, para que a inclusão escolar de fato se efetive.
5. REFERÊNCIAS
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