GEOGRAFIA GERAL

A história do meio ambiente mundial e seus impactos

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A HISTÓRIA DO MEIO AMBIENTE MUNDIAL E SEUS IMPACTOS

Nesta aula será dada continuidade ao estudo do meio ambiente. O tema encerrado na
aula passada é ECO-92, também chamada de Rio-92, ECORIO ou Conferência da Terra.
Durante essa reunião de 40 dias, foram diagnosticados três problemas: a escassez da água
potável; a percepção da destruição da camada de ozônio pela ação do CFC (monóxido dió-
xido de carbono nitroso e o metano) e a promoção do aquecimento global.
O efeito estufa é um fenômeno natural e necessário para o aquecimento do planeta, e o
aquecimento global seria a potencialização do efeito estufa a partir da diminuição da camada
de ozônio, penetrando mais raios solares e estes tendo dificuldades para sair devido partícu-
las de poluição presentes na atmosfera. Na aula foi feita a indagação: quem é responsável
pela elevação do nível do mar? Seria o derretimento do Polo Sul Norte, do Polo Sul, dos dois
polos ou nenhum deles?
Observe a seguinte comparação: o Polo Norte é água e gelo; no Polo Sul há água e em
cima dessa água há um continente com gelo. Ao se pensar na elevação do nível do mar, ima-
gina-se o aumento de volume. Então, imagine um copo com 10 ml de água no estado sólido
(gelo) e 100 ml de água no estado líquido representando os Polos.
Se, ao analisar os copos, constatar o aumento do volume de água, percebe-se como
ocorre a elevação do nível do mar. Antes do derretimento, o copo que representa o Polo
Norte possui 110 ml de água (100 ml líquido e 10 ml sólido). Com o derretimento, o copo fica
com 110 ml. Houve apenas mudança de estado físico, não houve aumento do volume.
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Antes do derretimento, o copo que representa o Polo Sul possui 100 ml. Quando acon-
tecer o derretimento desse gelo, irá entrar em contato com a água chegando a 110 ml. Por-
tanto, o Polo Sul é responsável por elevar o nível do mar. Obvio que não é apenas o Polo
Sul. Por exemplo, a neve que derrete do Everest acaba abastecendo o rio; a Cordilheira dos
Andes derrete e torna a bacia amazônica uma bacia mista de regime misto que é abastecida
pela precipitação e também por meio do derretimento da neve. A elevação do nível do mar é
responsabilidade do Polo Sul, chamada de Neves Eternas.
Qual seria a solução proposta na ECO-92? Dentre outras, o uso de fontes alternativas de
energia, a reciclagem. Por isso, os itens que mais aparecem nas obras são a Agenda 21 e a
ideia do desenvolvimento sustentável. A Agenda 21 é um conjunto de ações que devem ser
tomadas até o início do século 21 com o objetivo de preservar os recursos naturais.
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O desenvolvimento sustentável sugere que o homem busque o progresso com preocu-

pação na preservação máxima dos recursos naturais, para que estes estejam disponíveis às
gerações futuras.
Passados cinco anos, ocorreu uma nova reunião ambiental global chamada Rio+5 no
Japão, em 1997. É nesse evento que surge o Protocolo de Kyoto e também os créditos de
carbono. O protocolo é uma proposta que consiste na redução de, no mínimo, 5,2% dos gases
estufa até 2012, tendo como referência os gases presentes na atmosfera no ano de 1990.
Esse protocolo está voltado à adesão de países, porém, se um país desenvolvido ratifica
sua adesão e não cumpre o estabelecido, há punições que seriam discutidas posteriormente.
No caso de um país em desenvolvimento, não ocorreriam punições.
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Nesse primeiro momento, não houve um número mínimo de assinaturas e os Estados
Unidos e o Japão (anfitrião) perdem o prazo de avaliação, porque alegam que se diminuí-
rem a poluição, irão desacelerar as suas economias, promovendo enormes prejuízos. Dessa
forma, pedem um prazo para análise se vão ou não aderir. Decidiram por não aderir.
Isso serviu de propaganda para que outras nações também se sintam à vontade em dizer
não, gerando uma atuação muito marcante de três organismos: WWF, Greenpeace, e, no
Brasil, SOS Mata Atlântica. Eles pressionam seus governos a aderirem, uma vez que a ação
ambiental global é de suma importância para o país que busca promover o seu desenvolvi-
mento atrelado ao respeito à natureza, buscando sempre qualidade de vida.
No ano de 2005, esses organismos conseguiram 148 adesões entre países desenvolvi-
dos e países em desenvolvimento. Este era o número mínimo necessário para por em fun-
cionamento o Protocolo de Kyoto.
Atrelado ao protocolo, há os chamados créditos de carbono, o “direito de poluir”. Cada
20m país tem um limite de poluição renovado anualmente. Os países podem negociar entre si o
direito de poluir em seu nome. Segue uma comparação para melhor entendimento: o Brasil e
a Inglaterra são dois países com limites diferenciados de poluição por terem diferentes níveis
de industrialização. O Brasil polui “x” e a Inglaterra “3x”.
Em dezembro, o Brasil poluiu 20% do que poderia e a Inglaterra, 99%. Como as multas
são extremamente rígidas, uma vez que os países aderiram por vontade própria, a Inglaterra
negocia com o Brasil comprar o seu direito de poluir, ou seja, negocia a compra de créditos
de carbono.
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Cinco anos depois, em 2002, ocorreu uma nova reunião (Rio +10) realizada na África do
Sul, exatamente 10 anos depois da ECO-92. É feito um diagnóstico de houve uma piora em
relação à proteção ambiental.
Logo em seguida, a Conferência de Copenhague, na Dinamarca. Nesse evento houve
um grande atrito entre países desenvolvidos versus países em desenvolvimento. Era ano de
2009. Essa reunião foi convocada com um objetivo bem definido: estabelecer as punições
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para aqueles que não cumprirem o Protocolo de Kyoto. Perceba que Kyoto termina em 2012
e até o momento não há clareza em relação à punição. Caso não tivesse punição estabele-
cida até 2012, o Protocolo de Kyoto perderia seus efeitos.
O motivo do atrito entre os países refere-se aos desenvolvidos afirmarem ser fundamen-
tal uma penalidade àqueles que aderiram ao contrato e os países em desenvolvimento ale-
garem que só estão nessas condições pois preservaram os seus recursos naturais, fato que
não aconteceu nos países desenvolvidos.
Assim, o grande objetivo era votar quais medidas os países que não cumpririam iriam
receber. Nada foi votado. No ano seguinte, 2010, foi feito, às pressas, uma convocação por
uma nova reunião, a Conferência de Cancún. A ideia era discutir a multa para quem não cum-
prisse Kyoto.
Houve o chamado de Fundo Verde. Era um pensamento desde a concepção de Kyoto.
Trata-se de 100 bilhões de dólares que seriam divididos em 2020 entre os países que cum-
30m prissem as metas.
Mais uma reunião com caráter de urgência: Conferência de Durban, na África do Sul, em
2011. Nessa ocasião foram estabelecidos novos prazos e novas metas para Kyoto de 20%
até 2020 (não oficial). Lembrando que em 1997, quando aconteceu o Protocolo, a meta foi
de 5,2% até 2012.
No ano de 2012, ocorreu a Rio+20, no Rio de Janeiro. A reunião serviria para um diag-
nóstico, sendo considerada um fracasso para ambientalistas e um sucesso para os políticos.
Dentre as propostas dessa reunião, havia itens como preservar a flora e a fauna; tratar a
poluição hídrica etc. Porém, não era sobre o que deveria ser feito, mas como seria feito. Os
ambientalistas afirmam ser um fracasso, pois as metas eram gerais, sendo necessárias as
35m ferramentas para que fossem alcançadas.
Para os políticos, foi um sucesso, pois segundo eles eram os primeiros passos para
ações futuras. Também durante essa reunião houve um esvaziamento de quem não partici-
pou: Obama (EUA), Jun Hun Tao (China), Angela Merkel (U.E), Gordon Brown (Reino Unido).
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Por que eles não participaram? Devido a uma crise sem precedentes. A Crise Imobiliária
dos Estados Unidos. Esse momento demonstra uma plena interação de mercados. Isso tudo
aconteceu em um momento de juros extremamente baixos atrelado a uma competitividade
das instituições financeiras dos Estados Unidos, o que acarretou na não participação desses
40m membros nessa reunião tão importante dentro do contexto ambiental global.
Os detalhes serão discutidos num próximo encontro. Leia, releia e faça muitos exercícios
para fixação, análise e verificação das informações que são trabalhadas em aulas.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Júlio Santos.

A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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