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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ABAETETUBA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA LINGUAGEM – FCL

DISCIPLINA: PRODUÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICOS

DOCENTE: GLÓRIA AMARAL

DISCENTES: ALINE LISBOA; ÂNGELA SILVA; GABRIELLY SANTOS; JANICE MACHADO; RUAN
PINHEIRO.

TURMA: 02 (TARDE)

ATIVIDADE 01

1 – Leia atentamente o plano da disciplina

2 – Assista ao vídeo da palestra “Ler é Viver” (Karnal)

3 – Estabeleça um confronto entre o tema da palestra “Ler é Viver” e as atividades a serem


desenvolvidas durante o curso.

A palestra em questão estabelece um importante posicionamento acerca da leitura. Segundo


Karnal, quem lê, vive, pois isto envolve aspectos que vão além de somente o ‘ato de ler’,
abrangendo o desenvolvimento da inteligência emocional e intelectual, o aumento da
empatia, da imaginação, bem como a criação de novas válvulas de escape que ajudam na
saúde mental e física do leitor. A leitura ajuda, mais especificamente, na aprimoração do
domínio da língua materna, na compreensão, na produção, na análise, na esquematização, na
argumentação e na utilização das normas adequadas à correção gramatical de textos, fatores,
esses, que fazem parte do plano de atividades da disciplina Leitura e Produção de Textos
Acadêmicos. No geral, é bastante visível que o ato de ler diversos gêneros textuais, analisá-los
e reproduzi-los, será muito recorrido na disciplina em questão.

4 – Karnal cita diferentes saberes. Cite-os e comente-os.

Saber Intuitivo: É o saber que se constrói na ausência de reflexão ou análise, o qual é de forma
diretamente baseado apenas na intuição e na consideração das coisas e de fatos.

Saber Intelectual: É aquele com raciocínio elaborado, que não se estabelece no conhecimento
popular, mas, sim, quem segue uma lógica ou um pensamento racional e científico.

Saber Mágico/Popular: É consistido no senso comum, nas histórias, crenças, experiências, e


práticas passadas de geração em geração e não possui comprovação científica.
5 – Elabore um quadro com ideias com as quais você concorda ou discorda de Karnal, se
assim ocorrer. Exponha seus posicionamentos.

- “Para conviver bem com as pessoas é preciso estar mais ou menos no mesmo plano
civilizado que elas; quanto mais inteligente, menos sociável”

Concordo com tal ideia em partes. De fato, ao obtermos mais conhecimento intelectual, mais
ampliamos a nossa forma de ver e entender o mundo e, por isso, nos tornamos mais
exigentes. Porém, por outro lado, quanto mais sabedoria possuímos, mais adaptável ficamos
diante dos desafios da vida e com mais consciência e clareza podemos enxergar a situação do
outro, fatos esses que se relacionam com o nosso comportamento para com o mundo. Desse
modo, é preciso saber gerenciar nosso conhecimento pois, para nos relacionarmos com o
mundo, é necessário ter não só a inteligência intelectual, mas também a inteligência
emocional, sabendo perceber e respeitar a diferença de cada indivíduo, entendendo que nem
todos tem o mesmo acesso ao conhecimento e muito menos a mesma capacidade de
aprendizagem.

- “Todo racista é alguém com limitação intelectual profunda”

Concordo com tal ideia, visto que ter aversão a outros seres humanos, por estes serem negros,
não tem nenhum fundamento científico ou qualquer fundamento lógico e racional que sirva de
base para tais ações. Assim, racistas encontram-se em um estado de limitação intelectual por
não compreenderem que a única diferença entre negros e brancos se restringe apenas a cor
de sua pele.

- “Conhecimento não implica autoridade, implica competência”

Concordo, pois em decorrência do abrangimento do conhecimento de alguém, surge com isso


a responsabilidade de não se tornar uma pessoa arrogante em relação aos outros indivíduos,
mas sim, se aprimorar em seu conhecimento para tornar-se um bom auxiliador em benefício
do melhor desenvolvimento social.

- “Livros são sempre, sem exceção, sementes, garrafas lançadas ao oceano”

Concordo. Pois o processo da leitura se torna algo imprescindível na vida do ser humano,
ajudando a produzir competências que nos acompanham por toda vida, formando bons
profissionais de pensamentos críticos sendo atuantes nos serviços sociais, contribuindo para o
desenvolvimento próprio e seu meio social.

- “Preconceito é um erro, mas um erro que leva a morte”

Concordo. De fato, não importa qual o tipo de preconceito, todos tem uma mesma origem: um
sentimento hostil motivado por hábitos de julgamento ou generalizações apressadas. O qual
não tem base, é um erro, seja preconceito racial, religioso, social... São erros que mostram que
na verdade o problema não está na vítima, e sim no acusado, e esse erro leva a morte. O erro
do preconceito deixa clara a limitação intelectual do ser humano.

ATIVIDADE 02

QUESTÃO 01

• De que se trata o texto?


O texto científico, que expõe detalhes sobre a relação do aluno com a escrita científica na vida
acadêmica, esclarece a importância do domínio textual para a vida universitária dos discentes,
se tratando, de um modo geral, das formas em que eles podem construir seus textos
acadêmicos, bem como da maneira a se utilizar da intertextualidade em suas produções, pois,
esses, são de suma importância para beneficiar o desenvolvimento acadêmico e social em
relação ao gênero textual científico.

• Qual os objetivos do autor?

Mostrar, em primeiro lugar, a importância da produção de texto, a preparação e cuidado que


se deve ter para produzir, como fazer e o que deve ter em um texto científico. A diferença no
conteúdo do texto, suas características; a importância de conhecer a estrutura, tão quanto
entender o objetivo do texto produzido.

• Houve a necessidade de inferir algum significado? Qual (is)?

Sim. Dialógica, “intertextualidade” (É um recurso realizado entre textos, ou seja, é a influência


e relação que um estabelece sobre o outro); “redistributiva” (redistribuir – tornar a distribuir
algo); “fidedignidade” (qualidade, atributo, caráter do que é fidedigno)

• Qual a estrutura que apresenta?

Estrutura de texto científico

QUESTÃO 02

• A finalidade de um texto de divulgação científica é:

( x ) Expor um conteúdo de natureza científica;


( ) Relatar experiências pessoais;
( ) Convencer o interlocutor do ponto de vista defendido pelo autor.

QUSTÃO 03
• O autor cita fontes científicas, institucionais ou pesquisadores?
Sim.

• Em caso positivo, quais?


Bakhtin; Bazerman; Koch; Portugal; Bentes; Cavalcante; Meurer; Motta Roth; Travaglia;
Maingueneau; Coseriu; Palomo; Charaudeau; Kleiman; Kristeva; Marcuschi; Ferreira; Silveira;
Le Coadic; Silva; Lovisolo; Swales; Barros; Dorsa & Castilho; Marinho; Figueiredo & Bonini;
Guiraldelo; Zamel; Ramires; Motta-Roth e Hendges; Beaugrande e Dressler; Dorsa & Silva.

• Qual a importância dessas referências?


As referências permitem a identificação das informações expostas, o que possibilita a
confirmação da fonte de onde foram extraídas as informações usadas no texto, facilitando a
verificação e veracidade dos dados quando for necessário.

QUESTÃO 04
• Que tipo de linguagem foi utilizada nesse artigo científico?
( ) Linguagem específica, repleta de termos científicos e de difícil entendimento para pessoas
que não são da área;
( x ) Linguagem clara, objetiva e acessível;
( ) Linguagem figurada, repleta de termos conotativos

QUESTÃO 5

• Um texto de divulgação científica geralmente apresenta uma ideia principal que


aborda um conceito ou um ponto de vista sobre ele. A fundamentação da ideia
principal se faz por meio de evidências/exemplos, comparações, relações de causa e
efeito, dados estatísticos, infográficos, resultados, etc. De acordo com o texto lido,
complete o quadro abaixo, fazendo um resumo do texto com as suas palavras.
INTRODUÇÃO DADOS DA PESQUISA RESULTADO CONCLUSÃO
E METODOLOGIA

Voltado para o campo O método de pesquisa Como resultado, o artigo Como conclusão, este
da pesquisa científica, o utilizado tem propósito afirma que os textos artigo apresentou, de
minicurso apresenta os exploratório/descritivo, científicos devem ser maneira sintetizada, a
estudos, a onde foram usadas as escritos com muito rigor, estruturação e os pontos
conceituação, bem técnicas de coleta de de modo a possuir mais relevantes para
como as diversas dados através da aplicabilidade na vida elaboração de um
formas que um texto análise de documentos profissional e acadêmica trabalho científico e o
científico pode ter. e abordagem qualitativa. do estudante, assim uso da intertextualidade
Através da análise e da O autor utiliza de como destaca o no mesmo. No entanto,
materialização de pesquisas e estudos já relevante papel seu uso não dispensa
diferentes gêneros realizados por pedagógico na interação outras bibliografias
textuais, o trabalho do pensadores da área, na com os alunos. Também sobre o assunto em
autor “justifica-se na busca de materializar é verídico que o uso das questão, que visa o
medida em que o seus pontos por meio práticas discursivas na aprofundamento na área
envolvimento da escola deles. As citações a elaboração de diversos tratada. Ademais, o
e da universidade no pesquisadores como textos científicos texto expõe que “Não
ensino-aprendizagem da Bakhtin, Bazerman, “contribuirá basta apenas o aluno
escrita do texto científico Koch, Bentes, decisivamente para que escrever, é preciso
demanda pesquisas e Cavalcante, Meurer, a produção acadêmica saber comunicar. Assim,
habilidades sobre as Motta Roth, Travaglia, de seus alunos alcance a eficiência e a clareza
competências textuais e Maingueneau, Coseriu, a efetividade textual são elementos
gramaticais que Palomo, Charaudeau, necessária” (p. 21), pois, imprescindíveis para a
possibilitem a Kleiman, Kristeva, ao utilizar os diferentes transmissão do
elaboração de textos Travaglia, Marcuschi, gêneros textuais conhecimento
sistematizadores do Simões, Ferreira, acadêmicos, alcançam produzido” (p. 26).
conhecimento de forma Silveira, Le Coadic, uma eficiência e Igualmente, evidencia
mais aprofundada e Silva, Lovisolo, Swales, desenvolvem que o domínio das
complexa” (p. 19). Barros, Dorsa & habilidades discursivas habilidades mostradas
Assim como, à medida Castilho, Marinho, podendo, assim, ser pode proporcionar a
em que a leitura e a Figueredo e Bonini, capaz de construir participação em
escrita de gêneros de Guiraldelo, Zamel, textos resultados de inovações científicas e
referência na escola e Ramires, Motta-Roth e observações com tecnológicas, assim
na academia passam de Hendges, Beaugrande e consciência crítica e como o uso adequado
trabalhos que somente Dressler, Dorsa & Silva autonomia da linguagem
exigem práticas e Portugal dão intelectual/social. desenvolve a
discursivas e referência e Posteriormente, revela- capacidade de
intertextuais a trabalhos fundamentam o trabalho se que a importância de expressão. Por fim, o
que agora requerem do autor. ter competência nas autor salienta que o
pesquisas e produções habilidades citadas no domínio da
rigorosamente artigo aumenta à intertextualidade é
científicas. As proporção que o fundamental para a
demandas que a pesquisador participa elaboração textual
produção de um texto das inovações acadêmica, pois servem
científico necessita científicas e como mediadoras das
também é um fato a ser tecnológicas, pois são diversas vozes
pautado pelo autor. O recorrentes o uso discursivas na hora da
texto também traz à correto da língua escrita, elaboração de um texto
tona questões acerca da bem como um bom científico pelo
pluralidade discursiva de desenvolvimento das pesquisador.
alguns estudiosos. Bem capacidades de
como explica a expressão. Outrossim, a
relevância da composição do artigo de
intertextualidade nas pesquisa como uma
formas de leitura e prática social e o acesso
linguagem, citando de conhecimentos
Bazerman com o dentro da sociedade
propósito de explicar discursiva acadêmica
mais a fundo o são problemáticas
fenômeno intertextual enfrentadas pelos
que “é uma das bases acadêmicos no
cruciais para o estudo reconhecimento dos
da prática da escrita e gêneros textuais. Ainda,
dá suporte para a a falta de conhecimento
observação de como textual e gramatical
ocorre a apropriação apontam graves
das diferentes vozes causadores da
discursivas nas construção de textos
produções dos alunos” que não possuem
(p. 19). Por fim, o autor legibilidade pela falta de
tem a pretensão de clareza, coesão,
estimular novos coerência e correção
pesquisadores a gramatical, devido ao
realizarem futuras uso de parágrafos
pesquisas na área em longos, vagos e
questão e expor mais entrecortados. O texto
sobre assuntos como a também destaca o
pluralidade discursiva emprego da
dos sujeitos envolvidos, intertextualidade, que
a relevância da serve para o professor
intertextualidade nas averiguar a capacidade
diferentes formas de dos alunos de
leitura e linguagens relacionarem textos de
assim como o papel do modo mais criativa, bem
docente nessa como cientificar os
construção. alunos quanto à
existência e o uso desse
mecanismo.

O artigo é apresentado para auxiliar nos estudos, nas pesquisas e elaborações de textos
científicos, principalmente no que abrange o conhecimento das competências textuais no
ambiente acadêmico. Nele, é exposto os sistemas intertextuais de completo rumo científico;
assim, dar-se a devida importância para a intertextualidade na vida estudantil, visto se tratar
da expansão intelectual da leitura e domínio sobre várias formas de textos. A exposição de
inúmeros outros pesquisadores, cientes do assunto, de fato, auxiliaram para a sustentação do
tema em questão, sendo de forma qualitativa, a metodologia bibliográfica faz-se essencial para
subsidiar os trabalhos apresentados. O texto científico, deve ser produzido com muito cuidado
e dedicação, pois o intuito de sua exposição é beneficiar não somente os meios acadêmicos,
mas principalmente o ambiente social. Por isso, o minicurso destaca uma atenção às
dificuldades que alunos possuem em manter o domínio textual, e alerta para o papel
importante do docente na avaliação acadêmica, com objetivo de fornecer as devidas
orientações intertextuais ao discente; para que assim, não haja complicações e falta de coesão
textual nos trabalhos científicos que serão produzidos. Desse modo, de forma clara e objetiva,
o minicurso oferece instruções não somente para a produção do texto científico, além disso,
desperta o aprofundamento no assunto e a dedicação na busca por novas formas de pesquisa,
pois o aluno deve ter em mente que a expansão intelectual o auxiliará em ter domínio não
apenas na escrita dos termos, porém essencialmente na melhor maneira de comunicação
textual. Toda dedicação e cuidado com a produção dos textos, demonstrará habilidades
inovadoras para o uso da linguagem, da expressão e da adequação do vasto conhecimento
exposto na elaboração do trabalho científico, para serem feitas publicações de qualidade no
ambiente acadêmico e social.

QUESTÃO 06
• O avanço da ciência linguística textual tem conduzido muitos professores de língua
portuguesa a repensarem suas práticas docentes. Assim sendo, de que forma esse
artigo pode contribuir com sua formação acadêmica neste curso?
O presente artigo contribui para a minha formação acadêmica, uma vez que essa auxilia não só
na produção de textos científicos, os quais são bastante recorridos na vida universitária, mas
também na análise e na sistematização textual, na pesquisa científica, bem como na inclusão
do uso da intertextualidade como peça fundamental de um texto.

PESQUISA SOBRE PERIÓDICOS E REVISTAS DA ÁREA DE LETRAS

De acordo com a norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), um periódico


científico se define como “uma publicação em qualquer tipo de suporte, editada em unidades
físicas sucessivas, com designações numéricas e/ou cronológicas e destinada a ser continuada
indefinidamente”. Desse modo, é importante dizer que os periódicos são um dos principais
veículos difusores da ciência, pois são eles que divulgam e dão maior visibilidade a muitos
resultados, revisões e análises de produções científicas escritos pelos pesquisadores,
professores, alunos e cientistas dos mais diversos âmbitos. Na área de Letras não é diferente,
uma vez que as revistas e os periódicos científicos conferem a publicação de artigos, resenhas
e ensaios que, posteriormente, são discutidas entre especialistas, os quais muito contribuem
para o avanço das pesquisas na área em questão. Dentre os principais periódicos e revistas do
setor de Letras encontram-se: a Revista de Letras; Cadernos de Estudos Linguísticos
(UNICAMP); Alfa: Revista de Linguística (UNESPR); Letras Raras e a Revista da ANPOLL (Online).

FICHA DE LEITURA

REFERÊNCIA:

FRANCELIN, Marivalde Moacir. Fichamento como método de documentação e estudo. In:


Tópicos para o ensino de biblioteconomia: volume I [S.l: s.n.], p. 190 , 2016. Disponível em:
http://www3.eca.usp.br/sites/default/files/form/biblioteca/acervo/producao-
academica/002749741.pdf .

INFORMAÇÕES SOBRE O AUTOR:


O brasileiro Marivalde Moacir Francelin é graduado em Biblioteconomia pela Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1998), possui mestrado em Biblioteconomia e
Ciência da Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2004) e realizou
doutorado em Ciência da Informação pela Universidade de São Paulo (2010). Hoje, trabalha
como professor doutor da Universidade de São Paulo, com experiência na área de
Biblioteconomia e Ciência da Informação, atuando principalmente em temáticas como: Ciência
da Informação; Biblioteconomia; Estudos epistemológicos e metodológicos da Biblioteconomia
e da Ciência da Informação; Pesquisa e metodologia do Trabalho Científico; Organização do
Conhecimento; Organização e representação da informação; Estudos de informação; Teoria do
conceito. (Fonte: Currículo Lattes)

ESTRUTURA EXTERNA:

1. INTRODUÇÃO;

2. FORMAS DE ANÁLISE;

3. ETAPAS DA ANÁLISE DO DOCUMENTO ACADÊMICO;

4. OBSERVAÇÕES SOBRE OS FICHAMENTOS.

TEMA:

Fichamentos como método de pesquisa pessoal e as maneiras que podem ser realizados.

RESUMO:

O artigo aborda o fichamento quanto modo de documentação e pesquisa pessoal, a partir dos
procedimentos da produção dos fichamentos, desde a diferença entre as formas básicas de
apresentação da análise de um texto acadêmico, como resumo, resenha e fichamento, às
definições dos tipos de fichas, das dificuldades e das formas e etapas de estudo do
documento, até a exibição de alguns exemplos de fichamento.

CITAÇÕES RELEVANTES:

“1. O fichamento é o primeiro passo na realização de uma pesquisa [...] 2. O resumo é uma
atividade, um exercício de raciocínio que visa entendimento e síntese de uma obra a partir de
regras pré-estabelecidas ou não. 3. Já a resenha é uma atividade de análise e síntese que
permite maior elasticidade na abordagem, porém, exige, além das características já
mencionadas, um certo domínio sobre assunto tratado na obra que está sendo resenhada.” (p.
123)

“Em síntese, podemos dizer que o fichamento é um método de pesquisa pessoal, portanto
pode ser realizado de várias maneiras [...] Sua função é de organizar ideias através do material
consultado para a realização de uma pesquisa [...] Não há limite para se fazer fichamento, mas
isso depende de coerência.” (p.122)

“Por que estou lendo esse documento?” e “Do que se trata esse documento?” são perguntas
que sevem, primeiro, como ponto de partida, motivação, compreensão de uma ação diante de
um documento e, segundo, como integração com o conteúdo do documento e a apropriação
de suas informações. Antes de passar ao tópico seguinte, destaca-se que essa apropriação de
informações segue objetivos prévios do estudante pesquisador, mas, também, é influenciada
pelos objetivos do próprio documento. Reflete, portanto, um processo dialético, de extrema
importância, pois, conduzirá leitor e documento para novas sínteses, conclusões, análises,
perguntas e relações.” (p. 126)

“O fichamento é o primeiro exercício que fazemos quando entramos em contato com novos
ambientes de pesquisa, quando temos novas ideias e/ou quando precisamos “escavar”
subsídios para sustentar pontos de vista.” (p. 128)

“No fichamento é possível registrar as anotações em fichas, cadernos, blocos de anotações;


também pode digitar no computador, montar pastas e fazer arquivos online.” (p. 130)

COMENTÁRIO PESSOAL:

A central ideia do autor é tratar, definir e diferenciar as principais técnicas de aprendizagem e


de pesquisa. No entanto, o texto trata, em especial, acerca dos fichamentos, e, devido a isso, o
conteúdo não aprofunda as informações em relação aos outros métodos de documentação
pessoal, como a resenha e o resumo. Apesar disso, o artigo é de bastante utilidade para
aqueles que querem adquirir informações gerais rem relação ao fichamento.

FICHAMENTO DE CITAÇÃO

REFERÊNCIA:

BENTES, Anna Christina. Linguística textual. In: MUSALIM, Fernanda; BENTES, Anna Christina
(orgs.). Introdução à linguística: domínios e fronteiras, v. 1. São Paulo: Cortez, 2001. p. 259-
301.

INFORMAÇÃO SOBRE A PESSOA DA AUTORA:

Atualmente pesquisadora da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp)

e professora no Departamento de Linguística do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), Anna


Christina Bentes graduou-se na Universidade Federal do Pará (1986), realizou mestrado em
Linguística pela Universidade de Santa Catarina (1992), doutorado em Linguística pela
Universidade Estadual de Campinas (2000) e pós-doutorado no Departamento de Antropologia
da Universidade da California, Berkeley (2006). Atuante nas áreas de Sociolinguística,
Linguística do Texto e do Discurso e Linguística Aplicada, Anna é líder do Grupo de Pesquisa no
CNPq intitulado Linguagem como prática social: analisando a produção, a recepção e a
avaliação de interações, gêneros do discurso e estilos linguísticos, coordena o Centro de
Pesquisa Margens (IEL/Unicamp) e, como membro do Comitê Gestor e Editorial da Cortez
Editora, é organizadora de várias obras, bem como autora de livros e artigos científicos.
(Fonte: Currículo Lattes)

ESTRUTURA EXTERNA:

1. UM BREVE PERCURSO HISTÓRICO


2. CONCEITO DE TEXTO
3. A CONTRUÇÃO DOS SENTIDOS NO TEXTO
3.1. A COERÊNCIA TEXTUAL
3.2. A COESÃO TEXTUAL
4. CONCLUSÃO

TEMA: A linguística do texto

CITAÇÕES RELEVANTES:
1. UM BREVE PERCURSO HISTÓRICO

“Na história da constituição do campo da Linguística de Texto, podemos afirmar que não
houve um desenvolvimento homogêneo.” Segundo Marcuschi (1998a), “seu surgimento deu
se de forma independente, em vários países de dentro e de fora da Europa Continental,
simultaneamente, e com propostas teóricas diversas”. Mas, de uma forma geral, é possível
distinguir três momentos que abrangeram preocupações teóricas bastante diversas entre si.
(p. 260)

“Não há consenso entre os autores de que houve uma certa cronologia na passagem de um
momento para outro. Podemos afirmar, no entanto, que houve não só uma gradual ampliação
do objeto de análise da Linguística Textual, mas também um progressivo afastamento da
influência teórico-metodológica da Linguística Estrutural saussuriana.” (p. 260 - 261)

“As mudanças ocorridas em relação às concepções de língua (não mais vista como um sistema
virtual, mas como um sistema atual, em uso efetivo em contextos comunicativos), às
concepções de texto (não mais visto como um produto, mas como um processo), e em relação
aos objetivos a serem alcançados (a análise e explicação da unidade texto em funcionamento
em vez da análise e explicação da unidade texto formal, abstrata), fizeram com que se
passasse a compreender a Linguística de Texto como uma disciplina essencialmente
interdisciplinar, em função das diferentes perspectivas que abrange e dos interesses que a
movem.” (p. 266)

2. CONCEITO DE TEXTO

“Segundo Koch (1997), [...] os conceitos de texto variam desde ‘linguística (do sistema)
superior à frase’ até ‘complexo de proposições semânticas’.” (p. 267)
“Nesse sentido, o texto é encarado como uma unidade que, apesar de teoricamente poder ser
de tamanho indeterminado, é, em geral, delimitada, com um início e um final mais ou menos
explícito.” (p. 267)
“Já para “Leontév (1969), afirma ser essencial: o fato de que ‘o texto não existente fora de sua
produção ou de sua recepção’.” (p. 268)
“Considerar as condições de produção e de recepção dos textos significa, então, passar a
encarar o texto não mais como uma estrutura acabada (produto), mas como parte de
atividades globais de comunicação.” (p. 268)
“Não poderíamos deixar de seguir a forma como Koch (1997), [...] sinaliza para o fato de que
sempre teremos à nossa disposição mais de uma definição de texto ou daquilo que se postula
ser o objeto da Linguística Textual, [...]” (p. 269)
“Para concluirmos esta seção, apresentaremos duas definições de textos mobilizados pela
autora [ Koch] [...]:” (p. 269)
“Poder-se-ia, assim conceituar o texto, como uma manifestação verbal constituída de
elementos linguísticos selecionados e ordenados pelos falantes durante a atividade verbal [...]”
(p. 269)
“[...] a Linguística Textual, trata o texto como um ato de comunicação unificado num complexo
universo de ações humanas [...]” (p. 270)
3.1 A COERÊNCIA TEXTUAL.
" Para Koch e Travaglia (1989) " a textualidade ou a textura é aquilo que faz de uma sequência
linguística um texto e não um amontoado de palavras". (pg.13)

" O texto será incoerente se seu produtor não souber adequá-lo à situação, levando em conta
intenção comunicativa, objetiva, destinatária, regras socioculturais, outros elementos da
situação, uso dos recursos linguísticos etc." (P.14)

" A incoerência de um texto é um "princípio de interpretabilidade". CHARLLES. (P.14)

Para Beaugrande E Dressler (1981), " texto incoerente e aquele que o receptor (leitor ou
ouvinte) não consegue descobrir qualquer continuidade de sentido [...] (p.13)

3.2 A COESÃO TEXTUAL

"[...] Koch (1989) Chamará de coesão referencial: " aquela em que um componente da
superfície do texto faz remissão a outro(a) elemento(s) do universo textual[...] (p.34)

[...] uma das regras para o emprego dos artigos como forma remissivas é aquela em que um
referente, ao ser introduzido para um artigo, indefinido, somente pode ser retomado por um
artigo definido[...] (p.35).

" A progressão do texto pode ser percebida pela forma como o tema é, ao mesmo tempo,
mantido é renovado" (p.36)

CONCLUSÃO

"Alguns artigos trabalham com textos escritos, outros com conversação infor-

mal ou institucional em múltiplos contextos sociais. Alguns trabalhos enfocam

as estruturas abstratas do discurso, outros, a organização ordenada da fala, assim

como outros discutem as implicações sociais, políticas e culturais do discurso" (p. 296)

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