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Introdução
Falar do paciente 2.0 é, antes de tudo, pensar no contexto Sobre isso, um infográfico da Healthcare CommunIT
em que estamos inseridos. mostrou comportamentos interessantes. Só para
começar, identificou-se que 86% dos pacientes fazem
Afinal, nos últimos anos, parece impossível falar de pesquisas relacionadas à saúde antes de agendar um
CM TECNOLOGIA | Paciente 2.0: como lidar com o paciente na era digital?
qualquer mercado sem considerar a adesão das pessoas à procedimento médico. Além disso, mostrou que mais de
tecnologia. No ramo alimentício, por exemplo, as grandes 33% dos norte-americanos usam as redes sociais para
redes de fast food já começaram a perceber que o trabalho pesquisar sobre suas situações de saúde, enquanto 41%
tradicional talvez não bata com o esperado pelos clientes. afirma que tais redes impactam diretamente na escolha
Por tal motivo, algumas vão além e investem em soluções dos hospitais. Mesmo que o estudo se refira ao contexto
high tech, como pedir o próprio sanduíche por meio de estadunidense, seu resultado reflete bastante a
um totem e apresentar certos descontos por aplicativos. realidade dos pacientes brasileiros, cada vez mais
Em outra direção, as novas formas de se consumir livros, exigentes… e também apressados. É deles que iremos
como os e-books, atestam: até mesmo o mercado editorial falar a seguir.
tem compreendido que as coisas estão mudando…
cliques, dores de cabeça se tornam indicativos de gripe, os próprio médico. O 2.0 da expressão remete ao começo dos
motivos da tosse são descobertos e até grandes doenças anos 2000, momento no qual surgiu a Web 2.0, com todas
vem à tona. Isso tudo graças aos canais médicos no as suas ferramentas. Foi com a ajuda dela que, aos poucos,
Youtube, portais da área da saúde e artigos científicos do paciente que obedece às instruções emergiu uma nova
acessíveis. figura — mais ativa e responsável quanto à sua saúde.
Dentro das instituições, o básico não os satisfazem. Nas Pensando na instituição, o que muda com ele? Do
salas de espera, a pressa pode resultar em situações marketing hospitalar, cada vez mais digital, ao
desconfortáveis para ambas as partes. Já dentro do atendimento nas salas de espera, é preciso apostar na
consultório, é provável que ele chegue dizendo algo como agilidade para agradar o novo perfil. O fenômeno também
“doutor, eu dei uma olhada no Google e...”. Filas demais e requer uma mudança nos paradigmas dos médicos, que
muito tempo esperando? Esqueça-os se quiser fazer deles devem compreender como natural a ânsia do paciente por
seus fieis clientes. respostas… que às vezes não virão dele, mas apenas a sua
confirmação.
Agora, se você reconhece seus atuais pacientes nas
características acima, saiba que provavelmente está
lidando com o famoso paciente 2.0. Fruto da evolução no
comportamento digital das pessoas, esse é um perfil que
tem tudo para se ampliar com o aumento do acesso à
informação. Afinal, boa parte do Brasil está na Internet já
faz um tempo (ao todo, mais de 100 milhões!), obtendo
resultados imediatos e se automedicando.
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portal afirmou que, diante do novo perfil do paciente, fato, o assunto ganhou novas proporções, isso porque o
clínicas e hospitais deveriam ser mais transparentes em estudo identificou uma série de padrões entre os
relação ao que circula dentro de seus ambientes, além de beneficiários de saúde contemporâneos.
oferecerem as informações que os indivíduos quisessem.
Para alguns gestores, essa pode parecer uma afirmação Inicialmente, traçou-se um panorama sobre a expressão
ousada, mas reflete uma das grandes necessidades do saúde 2.0 — que define a transição do tradicional para
nosso tempo: o desejo de saber. cuidados de saúde mais participativos. Para seus autores,
é dentro deste contexto que se observa o envolvimento
De forma similar, uma pesquisa da Accenture Life Sciences dos sujeitos com seu próprio cuidado, bem como o
se propôs a trabalhar o atual comportamento dos sistema de saúde geral, acrescentando ideias para sua
pacientes, revelando números interessantes. No geral, melhoria. E a partir daí, elencaram diversos
concluiu-se que 60% dos pacientes que possuem acesso a comportamentos comuns aos e-pacientes, dos quais
serviços médicos pela Internet (como informações sobre trataremos e comentaremos a seguir.
exames/resultados) fazem uso do disponibilizado pelos
sites de hospitais.
1 https://bmchealthservres.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12913-016-1285-x
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instituição tem se questionado sobre o tema, abaixo, nós agendar seu procedimento pelo site em vez de ligar.
separamos quatro tópicos-chave para checar se você está
indo ao encontro deste usuário… ou fazendo com que ele
corra para a clínica ao lado.
Esteja onde seu paciente está
Independente da hora ou local, se de uma coisa nós temos
certeza, ela é a presença dos seus pacientes na Internet.
Invista na tecnologia!
Segundo a 19ª Pesquisa Global com CEOs, da PwC, 64% dos
líderes do setor de saúde demonstraram preocupação com
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