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PORTFÓLIO ACADÊMICO
PRESÍDIO FEMININO:
ARQUITETURA COMO FERRAMENTA DE RESSOCIALIZAÇÃO DE
MULHERES ENCARCERADAS NO BRASIL
LAVRAS-MG
2020
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PORTFÓLIO ACADÊMICO
PRESÍDIO FEMININO:
ARQUITETURA COMO FERRAMENTA DE RESSOCIALIZAÇÃO DE
MULHERES ENCARCERADAS NO BRASIL
PROFESSORA
Profª. Drª. Luciana Aparecida Gonçalves Oliveira
ORIENTADORA
Profª. Ma. Bruna Resende Fagundes Pereira
LAVRAS-MG
2020
Ficha Catalográfica preparada pelo Setor de Processamento Técnico
da Biblioteca Central do UNILAVRAS
PORTFÓLIO ACADÊMICO
PRESÍDIO FEMININO:
ARQUITETURA COMO FERRAMENTA DE RESSOCIALIZAÇÃO DE
MULHERES ENCARCERADAS NO BRASIL
Aprovado em ___/___/___
PROFESSORA
Profª. Drª. Luciana Aparecida Gonçalves Oliveira
ORIENTADORA
Profª. Ma. Bruna Resende Fagundes Pereira
LAVRAS-MG
2020
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AGRADECIMENTOS
RESUMO
LISTAS DE ABREVIATURAS
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Evolução da população prisional por sistema. Brasil. 2000 a 2014. ........ 20
Tabela 2 – Tabela de pessoas privadas de liberdade no Brasil em junho de 2016
(homens e mulheres). ............................................................................................... 21
Tabela 3 – População prisional feminina. Junho 2016. ............................................. 23
Tabela 4 – Evolução da população de mulheres no sistema penitenciário. Junho de
2017. ......................................................................................................................... 23
Tabela 5 – Etnia/ cor das mulheres privadas de liberdade por cor de pele/etnia e UF.
.................................................................................................................................. 28
Tabela 6 – Pessoas com deficiência privadas de liberdade no Brasil. ...................... 31
Tabela 7 – Parâmetros Urbanísticos – Prefeitura de Lavras. .................................... 85
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LISTA DE SIGLAS
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 29
CAPÍTULO I – REVISÃO DE LITERATURA ............................................................ 17
1.1. Arquitetura penitenciária no Brasil ................................................................... 17
1.2. Gênero e prisão: O crescimento do encarceramento feminino no Brasil ......... 18
1.3. O perfil e a realidade das mulheres que estão inseridas no sistema prisional
brasileiro .................................................................................................................... 25
1.4. A importância da humanização na arquitetura penitenciária para o processo de
ressocialização da mulher dentro da prisão .............................................................. 34
1.5. A educação e atividades sociais internas como meios de ressocialização do
indivíduo .................................................................................................................... 35
CAPÍTULO II – ESTUDOS DE CASOS .................................................................... 37
2.1. Prisão Storstrom / C.F. Moller ......................................................................... 37
2.2. Prisão de Halden ............................................................................................. 48
2.3. Prisão ADX Florence ....................................................................................... 60
CAPÍTULO III – PROBLEMÁTICA ........................................................................... 70
CAPÍTULO IV – PROPOSTA.................................................................................... 82
4.1. Diretrizes projetuais ......................................................................................... 82
4.2. Conceito e partido arquitetônico ...................................................................... 83
4.3. Análise e diagnóstico do terreno ..................................................................... 84
4.4. Programa de necessidades e pré dimensionamento....................................... 89
4.5. Fluxograma e Setorização ............................................................................... 96
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 98
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 99
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INTRODUÇÃO
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Segundo dados registrados pelo Infopen Mulheres (2014), dos anos 2000 até
2014, a população carcerária masculina cresceu 220,2%, número equivalente a
542.401 homens, enquanto que, no mesmo período, o número de mulheres
encarceradas aumentou 567,4%, o equivalente à 37.380 mulheres em sistema de
privação de liberdade, ou seja, a população carcerária masculina no período em
questão, apresentou um dígito significativamente maior do que a feminina. Esse
crescimento da população prisional segundo gênero, pode ser compreendido
também por meio do Gráfico 2.
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Desse total, 3.133 dessas pessoas presas, são mulheres, o que equivale à
4,19%, (Infopen, 2019).
De acordo com o Infopen (2019), na cidade de Lavras, o total de vagas no
presídio da cidade é de 122. Todas as vagas são destinadas ao público masculino.
1.3. O perfil e a realidade das mulheres que estão inseridas no sistema prisional
brasileiro
A população jovem chega na marca dos cem mil, enquanto a não jovem
ultrapassa um pouco os vinte mil. (INFOPEN, 2017).
De acordo com dados levantados pelo Infopen (2017), em relação aos dados
sobre etnia e cor da população carcerária feminina no Brasil, o gráfico abaixo indica
que 48,08% das mulheres em situação de cárcere privado com informação sobre
raça/etnia no Brasil, são de cor/etnia pardas, seguido de 35,59% da população
carcerária de cor/etnia branca e 15,51% de cor/etnia preta, como mostra o Gráfico 9.
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Tabela 5 – Etnia/ cor das mulheres privadas de liberdade por cor de pele/etnia e UF.
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De acordo com a Lei de Execução Penal, a sanção penal deve ter, além do
caráter retributivo, a função de “reeducar”, de forma a proporcionar, também,
condições que possibilitem a “harmônica integral social do condenado ou do
internado” (BRASIL, 1984).
É necessário proporcionar aos presos meios que possibilitem que os mesmos
saiam do estado de privação de liberdade melhores do que entraram. É de
responsabilidade do Estado promover instrumentos que ajudem aquele indivíduo,
que ora era criminoso, a viver em harmonia na sociedade, de forma a agir
corretamente de acordo com os preceitos sociais, legais e morais. A educação na
prisão não é benefício e sim um direito humano previsto na legislação internacional e
brasileira (JULIÃO, 2011).
Para Andrade et al. (2015), as instituições penitenciárias tem a função de
realizar um conjunto de atividades que se dirijam à reabilitação do apenado, criando
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assim, condições que auxiliem seu retorno ao convívio em sociedade, de forma com
que essas atividades promovam o “tratamento” penal baseado em assistências de
caráter jurídico, educacional, psicológico, religioso e também da saúde, trabalho e
profissionalização.
Esses serviços são essenciais para manter a ordem “dentro das grades”, pois
mantém os presos calmos, na medida em que não são isolados totalmente da
sociedade. É o meio pelo qual o preso se comunica com o mundo exterior. Essa
questão é fundamental e se caracteriza como o elo da instituição total com o
universo externo (SHELLA, 2007).
Segundo Cunha (2010), a produção de “saberes” realizada pelo papel da
normalização, também faz com que o sistema prisional por meio de sua ação
disciplinadora e reguladora, obtenha uma rede de “poderes” sobre o corpo e a vida
do interno.
Já o trabalho, de acordo com Cabral e Silva (2010), é a reeducação do preso
através do desenvolvimento de uma atividade, a fim de se atingir sua
ressocialização.
No entanto, apesar de existirem pressupostos normativos e legais, que tratam
das políticas de ressocialização, os ideais estabelecidos nas diretrizes institucionais
na realidade não são atendidos. Pelo contrário, o que se pode perceber no sistema
penitenciário do Brasil, é que as atividades exercidas pelos presos não atendem as
exigências socioeconômicas externas (GUIMARÃES, 2014).
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Fonte: "Prisão Storstrom / C.F. Moller" 14 de Janeiro de 2018. ArchDaily Brasil. Acessado 2 de Maio
de 2020. Fotografias: Torben Eskerod.
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Fonte: "Prisão Storstrom / C.F. Moller" 14 de Janeiro de 2018. ArchDaily Brasil. Acessado 2 de Maio
de 2020. Fotografias: Torben Eskerod.
Fonte: "Prisão Storstrom / C.F. Moller" 14 de Janeiro de 2018. ArchDaily Brasil. Acessado 2 de Maio
de 2020. Fotografias: Torben Eskerod.
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Fonte: "Prisão Storstrom / C.F. Moller" 14 de Janeiro de 2018. ArchDaily Brasil. Acessado 2 de Maio
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Fonte: "Prisão Storstrom / C.F. Moller" 14 de Janeiro de 2018. ArchDaily Brasil. Acessado 2 de Maio
de 2020. Fotografias: Torben Eskerod.
Fonte: "Prisão Storstrom / C.F. Moller" 14 de Janeiro de 2018. ArchDaily Brasil. Acessado 2 de Maio
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Fonte: "Prisão Storstrom / C.F. Moller" 14 de Janeiro de 2018. ArchDaily Brasil. Acessado 2 de Maio
de 2020. Fotografias: Torben Eskerod.
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de 2020. Fotografias: Torben Eskerod.
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Fonte: "Prisão Storstrom / C.F. Moller" 14 de Janeiro de 2018. ArchDaily Brasil. Acessado 2 de Maio
de 2020. Fotografias: Torben Eskerod.
Fonte: "Prisão Storstrom / C.F. Moller" 14 de Janeiro de 2018. ArchDaily Brasil. Acessado 2 de Maio
de 2020. Fotografias: Torben Eskerod.
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Figura 11 – Interior de uma cela da Prisão Storstorm, com entrada de luz natural.
Fonte: "Prisão Storstrom / C.F. Moller" 14 de Janeiro de 2018. ArchDaily Brasil. Acessado 2 de Maio
de 2020. Fotografias: Torben Eskerod.
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Fonte: "Prisão Storstrom / C.F. Moller" 14 de Janeiro de 2018. ArchDaily Brasil. Acessado 2 de Maio
de 2020. Fotografias: Torben Eskerod.
As celas contam também com banheiros bem iluminados, assim como exibe a
Figura 13.
Fonte: "Prisão Storstrom / C.F. Moller" 14 de Janeiro de 2018. ArchDaily Brasil. Acessado 2 de Maio
de 2020. Fotografias: Torben Eskerod.
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Fonte: "Prisão Storstrom / C.F. Moller" 14 de Janeiro de 2018. ArchDaily Brasil. Acessado 2 de Maio
de 2020. Fotografias: Torben Eskerod.
Fonte: "Prisão Storstrom / C.F. Moller" 14 de Janeiro de 2018. ArchDaily Brasil. Acessado 2 de Maio
de 2020. Fotografias: Torben Eskerod.
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Fonte: "Prisão Storstrom / C.F. Moller" 14 de Janeiro de 2018. ArchDaily Brasil. Acessado 2 de Maio
de 2020. Fotografias: Torben Eskerod.
O espaço reservado para meditação dos detentos conta com aberturas que
permitem a entrada de luz natural e que geram uma sensação de bem estar e
aconchego. Outros ambientes contam esses mesmos recursos, como a capela, por
exemplo, assim como mostra a Figura 17.
Fonte: "Prisão Storstrom / C.F. Moller" 14 de Janeiro de 2018. ArchDaily Brasil. Acessado 2 de Maio
de 2020. Fotografias: Torben Eskerod.
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Fonte: “Prisão de Halden/ Erik Moller Architects e HLM Arkitektur AS” 14 de Agosto de 2016. Terrapin
Bright Green. Acessado dia 15 de Maio de 2020.
Fonte: "Prisão de Halden / Erik Møller Arkitekter + HLM arkitektur - A prisão mais humana do mundo"
29 de julho de 2011. ArchDaily. Acessado em 15 de maio de 2020 .
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Fonte: "Prisão de Halden / Erik Møller Arkitekter + HLM arkitektur - A prisão mais humana do mundo"
29 de julho de 2011. ArchDaily. Acessado em 15 de maio de 2020.
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Fonte: "Prisão de Halden / Erik Møller Arkitekter + HLM arkitektur - A prisão mais humana do mundo"
29 de julho de 2011. ArchDaily. Acessado em 15 de maio de 2020.
Fonte: "Prisão de Halden / Erik Møller Arkitekter + HLM arkitektur - A prisão mais humana do mundo"
29 de julho de 2011. ArchDaily. Acessado em 15 de maio de 2020.
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As aberturas além proporcionar aos detentos uma boa vista para a floresta
que rodeia o presídio, proporcionam também, de forma eficaz, a entrada de luz
natural.
Os interiores foram pintados para facilitar a diferenciação de ambientes como,
“casa”, escola e local de trabalho, como mostra a Figura 26.
Fonte: Prisão de Halden. The Story Institute. Acessado dia 15 de Maio de 2020.
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As celas são compostas por cama, estante de livros, televisão, uma geladeira
pequena, mesa com cadeira para estudo e banheiro privativo que contém uma pia,
sanitário e chuveiro. São aconchegantes e se remetem fortemente a um quarto
residencial, o que gera muito conforto aos usuários.
Salas de estar e cozinhas são compartilhadas a cada 12 células, como exibe
a Figura 27.
Fonte: Prisão de Halden, 20 de maio de 2014. Blog Marte é para os fracos. Acessado dia 15 de Maio
de 2020.
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Fonte: Prisão de Halden, 20 de maio de 2014. Blog Marte é para os fracos. Acessado dia 15 de Maio
de 2020.
Fonte: Prisão de Halden, 20 de maio de 2014. Blog Marte é para os fracos. Acessado dia 15 de Maio
de 2020.
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Fonte: Prisão de Halden, 20 de maio de 2014. Blog Marte é para os fracos. Acessado dia 15 de Maio
de 2020.
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Fonte: Prisão de Halden, 20 de maio de 2014. Blog Marte é para os fracos. Acessado dia 15 de Maio
de 2020.
Fonte: Prisão de Halden, 20 de maio de 2014. Blog Marte é para os fracos. Acessado dia 15 de Maio
de 2020.
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Fonte: Prisão de Halden, 20 de maio de 2014. Blog Marte é para os fracos. Acessado dia 15 de Maio
de 2020.
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Fonte: Prisão de Halden, 20 de maio de 2014. Blog Marte é para os fracos. Acessado dia 15 de Maio
de 2020.
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Fonte: Prisão ADX Florence, 18 de julho de 2019. BBC New Brasil. Acessado dia 15 de Maio de
2020.
Fonte: Prisão ADX Florence. Perimetral segurança. Acessado dia 15 de Maio de 2020.
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Fonte: Prisão ADX Florence, 18 de julho de 2019. BBC New Brasil. Acessado dia 15 de Maio de
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Não existe uma instalação designada para mulheres. As detentas que são
consideradas “mais perigosas” estão confinadas em Fort Wort, Texas, na unidade
administrativa do Federal Medical Center Carswell (SALEM, 2019).
Os prisioneiros vivem em celas de 3,6 por 2,1 metros. As paredes são de
betão, e bastante densas (SALEM, 2019). A figura 38 mostra o interior de uma
dessas celas.
Fonte: Prisão ADX Florence, 25 de janeiro de 2016. IHODL.com. Acessado dia 15 de Maio de 2020.
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Fonte: Prisão ADX Florence, 25 de janeiro de 2016. IHODL.com. Acessado dia 15 de Maio de 2020.
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A figura acima mostra uma cela vista do lado de fora. Observa-se que ao
fundo existe uma porta metálica que tem a função de isolar um detento de outro. Ao
lado contrário, existe uma grade que permite aos detentos visualização daquilo que
acontece ao lado externo de sua cela. A Figura 39 mostra uma perspectiva interna
dessa mesma cela.
Fonte: Prisão ADX Florence, 25 de janeiro de 2016. IHODL.com. Acessado dia 15 de Maio de 2020.
Fonte: Prisão ADX Florence, 25 de janeiro de 2016. IHODL.com. Acessado dia 15 de Maio de 2020.
Nota-se que não existem preocupações com a estética e com o conforto dos
usuários. A iluminação é precária e nenhuma cor é empregada no intuito de quebrar
a rigidez do lugar. Esses compartimentos são criados com um único intuito, que é o
de “abrigar” o detento e nada mais. Os prisioneiros passam até 24 horas dentro
desses espaços, o que pode agravar ainda mais o quadro psíquico/emocional dos
reclusos (SALEM, 2019).
Como dito anteriormente, as celas são projetadas de forma a não permitir que
um preso tenha contato com o outro. No entanto, eles arranjam outros meios de se
comunicar. A Figura 42 exemplifica bem como isso acontece.
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Fonte: Prisão ADX Florence, 25 de janeiro de 2016. IHODL.com. Acessado dia 15 de Maio de 2020.
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Fonte: Prisão ADX Florence, 25 de janeiro de 2016. IHODL.com. Acessado dia 15 de Maio de 2020.
Fonte: Prisão ADX Florence, 25 de janeiro de 2016. IHODL.com. Acessado dia 15 de Maio de 2020.
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A zona de recreação fora do setor de “unidade geral” tem apenas uma barra
fixa.
Os prisioneiros podem ter seu direito de participação de treinos suspensa por
até três meses, ao cometer violação pequenas, como, por exemplo, dar migalhas
aos pássaros (SALEM, 2019).
As visitas são realizadas em uma sala pequena. Uma janela de vidro separa
os detentos dos visitantes (SALEM, 2019). A figura 45 mostra o espaço em questão.
Fonte: Prisão ADX Florence, 25 de janeiro de 2016. IHODL.com. Acessado dia 15 de Maio de 2020.
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A imagem acima retrata o tipo de local em que as detentas passam seus dias.
Um ambiente hostil e desprovido de condições adequadas para habitação das
mesmas.
As prisões que "acolhem" mulheres no Brasil não foram projetadas para
atender as necessidades e peculiaridades femininas. É comum que as detentas
sejam alocadas em presídios que antes foram construídos para receber homens,
mas que depois foram “adaptados” para abrigar mulheres.
A execução penal cria poucas condições e alternativas para o cumprimento
de pena das presidiárias, uma vez que os contextos familiares/sociais dessas
mulheres são completamente ignorados.
Vários dos problemas citados anteriormente podem ser encontrados no
sistema penitenciário de Lavras, cidade brasileira localizada no estado de Minas
Gerais. Para uma melhor compreensão a respeito do contexto em que o presídio de
Lavras está inserido, torna-se imprescindível situar e analisar o local em que o
mesmo se encontra. A figura 47 exibe bem essa localização.
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Fonte: Google Earth Pro. Imagens adaptadas. Acessado dia 25 de Maio de 2020. 2020.
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Fonte: Google Street View e Google Earth. Imagens adaptadas. Acessado dia 25 de Maio de 2020.
A avenida Matioli é bastante extensa como pode ser observado na figura 50.
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Fonte: Prefeitura Municipal de Lavras. Mapa adaptado. Acessado dia 25 de Maio de 2020.
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Dentre esses órgãos podem ser citados: Justiça Eleitoral, Ministério Público,
Fórum, Prefeitura Municipal de Lavras e Cartório da 160º Zona Eleitoral de Lavras.
cidade.
Instituições e edificações comerciais também podem ser encontrados
próximos a penitenciária de Lavras, como demonstra a Figura 54.
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Fonte: 22 de março de 2018. Exame.com. Fotografia: Mario Tama/Getty Images. Acessado dia 23 de
Maio de 2020.
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Fonte: 31 de dezembro de 2018. Jota. Fotografia: Silveira. Acessado dia 23 de Maio de 2020.
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CAPÍTULO IV – PROPOSTA
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• Localização:
O terreno em análise situa-se na cidade de Lavras, Minas Gerais, no bairro
Ouro Preto, na Avenida Doutor Francisco Martins de Andrade, Zona Mista.
Figura 62 - Localização do terreno em estudo.
Fonte: Prefeitura de Lavras – Lei de Uso e Ocupação do Solo. Tabela adaptada. Acessado em 23 de
Junho de 2020.
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3- Administração:
• Secretaria – 13,30m²
• Arquivo – 7,56m²
• Sala vice-diretor – 8,95m²
• Banheiro diretor – 2,90m²
• Sala diretor- 15,60m²
• Administração equipe técnica – 13,40m²
• Copa/cozinha – 12,90m²
• Sala para descanso – 9,70m²
• Sala de reuniões – 18,60m²
• Central de monitoramento – 23,12m²
• Administração – 14,75m²
• Almoxarifado – 10,72m²
• DML – 2,50m²
• Banheiro masculino e feminino – 2,75m²
• Banheiro PCD – 4,12m²
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4- Módulo de triagem/inclusão:
• Desembarque detentas – 39,75m²
• Setor revista de detentas – 29,45m²
• Guarda de pertence de detentas – 23,20m²
• Espera biométrica – 15,20m²
• Identificação biométrica – 14,55m²
• Refeitório – 15,52m²
• DML – 2,40m²
• Banheiro PCD – 3,65m²
• Cozinha – 10,50m²
• Lixo – 4,40m²
• Cela de espera – 7,00m²
• Solário cela de espera – 6,95m²
• Cela de espera PCD – 12,80m²
• Solário cela de espera PCD – 12,42m²
• Posto de controle da guarda – 11,45m²
• Sala de agentes – 21,22m²
• Chefia de agentes – 13,50m²
• Copa/cozinha – 11,30m²
• Estar agentes – 9,00m²
• Arquivo – 10,42m²
• Banheiro PCD masculino e feminino
• DML – 4,20m²
• Raio X – 10,90m²
• Farmácia – 6,90m²
• Lixo – 4,10m²
• Expurgo – 9,42m²
• Esterilização – 9,90m²
• Curativo/suturas – 12,30m²
• Consultório médico – 10,55m²
• Internação – 43,55m²
• Banheiro PCD internação – 9,00m²
• Cozinha/copa funcionários – 9,95m²
• Banheiro feminino e masculino – 3,22m²
• Banheiro PCD – 5,30m²
• DML – 2,95m²
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12- Estacionamento:
• Estacionamento para visitantes: 26 vagas
• Estacionamento para funcionários: 36 vagas
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14- Loja/palestras:
• Loja venda de artigos produzidos por detentas: 42,85m²
• Banheiro: 2,52m²
• Banheiro PCD: 3,60m²
• Estoque: 14,82m²
Fonte: autoral.
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O projeto será divido em setores, a começar pelo setor externo, até chegar no
mais íntimo, onde estarão abrigadas as detentas, que é o setor interno.
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/internacional-48755639>. Acesso
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(Mestrado) - Curso de Psicologia, Instituto de Estudos de Saúde Coletiva,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016. Disponível em:
https://www.scielo.br/pdf/physis/v27n3/1809-4481-physis-27-03-00727.pdf. Acesso
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INFOPEN MULHERES. Etnia/ cor das mulheres privadas de liberdade por cor
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Federal de Alagoas, Maceió, 2005. Disponível em:
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ateCap4.pdf. Acesso em: 19 abr. 2020.
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Disponível em: <https://psicoter.com.br/mulher-sensivel-por-que/>. Acesso em: 08
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Mulheres sofrem com repressão estatal em prisões. 2017. 1 fotografia color.
Disponível em: <https://www.causaoperaria.org.br/acervo/blog/2017/09/18/mulheres-
sofrem-com-repressao-estatal-em-prisoes/#.Xsrg9mhKjI>. Acesso em 23 Mai. 2020.
MUSUMECI, Bárbara. Mulher e violência no sistema de justiça criminal. 2. ed.
Rio de Janeiro: IETS, 2001. 6 p. Disponível em:
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“Por dentro da 'prisão de luxo' da Noruega, que divide opiniões por tratamento a
detentos”. BBC News Brasil, 23 Mar. 2018. Disponível em:
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POLON, L. Rosa dos ventos: como é e como funciona. 2018. 1 fotografia p & b.
Disponível em: https://www.estudopratico.com.br/rosa-dos-ventos-o-que-e-e-
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Prisão de Halden. (Otsfold, Noruega). Erik Moller Architects e HLM Arkitektur AS:
foto aérea. Noruega, 2016. 1 fotografia aérea. Disponível
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“Prisão Halden na Noruega - A prisão que realmente parece uma colônia de férias.”
Marte é para os fracos, 20 Maio 2014. Disponível em:
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“Prisão Storstrøm / C.F. Møller" [Storstrøm Prison / C.F. Møller]. ArchDaily Brasil,
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Prison in the World”. ArchDaily Brasil, 29 Jul 2011. Disponível em:
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