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/  Trader - Trailing Stop e Break-even: Quando utilizar?  (/topic/715.rss)

 Sasaki (/user/sasaki) 12 de dez. de 2016 16:23 (/post/5686) 


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Se você já tem algum tempo de mercado, certamente já sabe que não existe uma regra uníssona que se aplica
em 100% das situações. Nada é tão simples (e felizmente também não é tão complexo a ponto de
considerarmos impossível), e acredito que seja justamente isto que torna o mercado tão fascinante e
democrático para os mais diferentes tipos de pessoas. Partindo deste princípio, vou apresentar a seguir o meu
ponto de vista sobre a utilização de “ trailing stop” e “break-even”, e que talvez não faça sentido para traders
que operam o mercado de uma forma diferente de mim (sou basicamente focado em curtíssimo prazo). Mas,
antes disso, o que é Trailing Stop e o que é Break-even?

Trailing Stop nada mais é que “progredir” o seu stop loss conforme a sua operação se desenvolve
favoravelmente, seja na compra ou na venda. Esta progressão precisa ser necessariamente na mesma direção
da operação, e nunca o contrário. Aliás, no caso oposto, se um sujeito entra numa operação e começa a
deslocar (aumentar) o stop loss para evitar uma saída com perda, na esperança do movimento reverter e se
tornar positivo, o nome para isso é suicídio, não trailing stop. Lembra que o stop loss dói no ego, mas preserva
o bolso!

O critério para definir o deslocamento do trailing stop pode variar de acordo com a criatividade do trader, por
exemplo: em função de uma média móvel, mínima ou fechamento do candle anterior, ou simplesmente uma
quantidade de ticks (ou porcentagem) em relação à máxima/mínima.Sobre este último critério, vou dar um
exemplo: suponhamos que eu tenha comprado uma ação a 14,00 e estabelecido um trailing stop de 0,50. Isto
significa que se a ação não subir a partir do momento que eu a comprei e acabar caindo até 13,50, meu stop
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loss será acionado, mas, por outro lado: se ela subir até 14,30, meu stop será de 0,50 para trás, ou seja, em
13,80; se a ação subir até 14,50, meu stop loss fica no ponto de entrada, ou seja, em 14,00; se a ação subir até
16,00, meu stop será em 15,50... e assim segue até que uma hora o stop seja acionado.

O trader pode, inclusive, optar por não ter um preço de saída e utilizar este método como único critério de
saída da operação. Isto nada mais é do que uma tática dinâmica de gestão de risco, ideal para tirar proveito de
movimentos tendenciais. A ideia surgiu para administrar posições em operações de longa duração, seguidoras
de tendência e, neste contexto, é bastante comum um trader tomar vários stops pequenos (pequenas perdas e
pequenos ganhos que se anulam) até “surfar” um grande movimento que compensaria as diversas operações
pequenas. Porém, embora muitas pessoas tentem adaptar a técnica para o curto prazo, acredito que já esteja
claro que esta tática não funciona muito bem para operações muito curtas, pois é mais difícil o mercado
engatar uma tendência intradiária sem antes oscilar indefinidamente. Logo, o trailing stop para day tardings
curtos amarga muitas perdas com as oscilações bruscas comparadas ao range de oscilação de uma única
sessão. Por isso, para os day traders de plantão, é melhor utilizar outra técnica: break-even.

Break-even (com variações entre “break even” ou “break-even”) consiste em mover o stop loss para o ponto de
entrada sempre que a operação se desenvolve favoravelmente e atinge um ponto pré-estabelecido, seja na
compra ou na venda. Por exemplo, suponhamos que eu tenha comprado uma ação a 25,00 com objetivo em
30,00, stop loss em 23,50 e break-even em 27,00. Isto significa que se a operação avançar e atingir 27,00 eu
movo o meu stop para o ponto de entrada, desta forma, na pior das hipóteses, saio no zero a zero. Não existe
critério para definir o ponto de acionamento do break-even - pode ser na metade do caminho para o objetivo
final da operação ou de acordo com um percentual/pontos/centavos pré-estabelecido. E ainda existem
pequenas variações desta tática como: mover o stop loss para um preço ligeiramente melhor que o preço de
entrada, para compensar os custos da operação; ou fazer uma realização parcial no preço em que o break-even
é acionado. A ideia é não deixar que uma operação parcialmente vencedora se transforme em uma operação
perdedora e este método se aplica muito bem tanto para operações mais longas (swing e position trading),
como para day trading.

Para concluir, é comum também ouvirmos termos como “auto-trainling” ou “auto-break-even” que consistem
basicamente na execução automatizada destas táticas – disponível em diversas plataformas de operação.
Contudo, nenhuma destas duas técnicas se aplica com eficiência ao scalping trading (operações com o
objetivo de buscar poucos pontos/centavos), pois os objetivos são pré-definidos e curtos demais para se
considerar a movimentação de um stop loss durante a operação. Portanto, se você é um desses traders que
almeja fazer operações curtíssimas utilizando Tape Reading (ou qualquer outra técnica), dificilmente vai
conseguir encaixar estas táticas de gestão de risco na sua estratégia.

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Boas reflexões e a gente se vê no mercado!

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