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Economia Monetária

Modelos de Demanda por Moeda


Objetivo

Objetivos centrais da aula:

i. Revisar algumas ideias sobre moeda;

ii. Revisar o modelo clássico da demanda por moeda TQM ;

iii. Apresentar o modelo keynesiano de demanda por moeda;

iv. Apresentar a contribuição de Baumol e Tobin ao modelo keynesiano;

v. Apresentar a contribuição de Friedman à TQM;

vi. Crítica de Milton Friedman ao modelo de Preferência por Liquidez


Teoria Quantitativa da Moeda

O modelo clássico de demanda por moeda, foi desenvolvido com base em


duas ideias básicas:

a. Falta de sincronização dos recebimentos e pagamentos;


b. Imprevisibilidade de certas despesas.

No modelo, os agentes buscam reter uma proporção média da sua renda


como moeda para atender as necessidades de transação (k).

Quais os fatores que afetam essa proporção?


Teoria Quantitativa da Moeda

Fatores que afetam k:

i. distribuição das despesas no tempo (famílias e firmas);


ii. intervalo entre recebimento e pagamento;
iii. facilidades bancárias (crédito);
iv. eficiência do sistema de compensação e processo de comunicação
(Quais podemos pensar, considerando o processo de digitalização do
sistema de trocas?)
v. Integração do sistema econômico.
vi. Existência de quase-moeda.
vii. Custo de oportunidade de retenção da moeda.
viii. Inflação?

É possível considerar que k é constante no curto prazo? Por quê?


Demanda Agregada por moeda

Na perspectiva dos clássicos, e da escola de Cambrigde, o modelo de


demanda agregada pode ser dado por:

𝑀𝐷 = 𝑘. 𝑃. 𝑅𝑁

RN: renda nacional

Pressupostos importantes: produto nacional constante no pleno emprego,


oferta cria sua própria demanda, concorrência perfeita, flexibilidade de P e
salários.

Resultado: relação direta entre demanda por moeda e preços.

Oferta x demanda na perspectiva clássica.


Modelo de Preferência por Liquidez
Versão keynesiana da demanda por moeda

O MPL surge da seguinte crítica:

“moeda não é apenas instrumento de troca, que não afeta as outras


variáveis econômicas como juros e emprego”.

Nesse modelo, incorpora-se a incerteza quanto às variações futuras na


taxa de juros.

Motivos da demanda por moeda

1. Transação (renda e giro de negócios);


2. Precaução;
3. Especulação.
Modelo de Preferência por Liquidez

Na análise keynesiana:

- Em período de desemprego (maior rigidez de preços e salários).

- Velocidade da moeda é variável devido à demanda por especulação.

- Demanda para especulação varia com as expectativas de alteração do


preço dos títulos.

- Relação simples entre os preços de mercado dos títulos de renda fixa.

- Demanda por especulação tem relação inversão com a taxa de juros.


Contribuição (crítica de Tobin)

Segundo Tobin, existem 3 dificuldades não abordadas na visão keynesiana:

- Decisão de reter moeda x títulos, não são questões excludentes.

- A decisão especulativa vem das taxas, mas e se o mercado estiver


estabilizado?

- Incerteza versus comportamento real dos agentes.


Modelo de Baumol-Tobin

A ideia centra do modelo, consiste em propor que uma parcela da


demanda de ativos monetários pode ser influenciada por mudanças na
taxa de juros.

Hipóteses básicas:

- Saldo de moeda = estoque de instrumento de troca (mercadoria)


- Manutenção de lotes mínimos (custo de oportunidade).
- Agentes consegue prever com certa segurança as suas transações e
distribuí-las (igualmente) em um período.
TQM x Friedman

Segundo o autor, a demanda por moeda, seja pelas famílias, ou pelas


firmas, não depende apenas do nível de transações, mas irá depender de
fatores como:

- Riqueza total,
- Proporção da riqueza humana e material
- Taxa de juros real e nominal
- Preços presentes e expectativa inflacionaria.
Referencia

MISHKIN, Frederic S. The economics of Money, Banking & Financial


Markets. 9 ed. Editora Pearson, 2009. Capítulos 5, 6 e 21.

SIMONSEN, Mario H.; CYSNE, Rubens P. Macroeconomia. 4 ed.


Editora Atlas, 2009. cap. 1 e 6.

LOPES, João do C.; ROSSETTI, José P. Economia Monetária. 8 ed. Editora Atlas,
2002. cap. 3 e 4.
Obrigado!

Prof. Gercione DS
gercione@fucape.br

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