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FACULDADE DE ENGENHARIA
ENGENHARIA INDUSTRIAL MECÂNICA
DISCIPLINA: SEGURANÇA
APOSTILA DE
SEGURANÇA
Sumário
1. Segurança e Higiene do Trabalho ...................................................................3
1.1. Introdução ................................................................................................3
2. Acidente do Trabalho.....................................................................................11
2.1. Definição.................................................................................................11
2.2. Por que o Acidente do Trabalho deve ser evitado..................................11
2.3. Identificação das Causas do Acidente ...................................................13
2.4. Classificação do Acidente ......................................................................15
3. Equipamentos de Proteção............................................................................16
3.1. Introdução ..............................................................................................16
3.2. Equipamento de Proteção Coletiva - EPC .............................................16
3.3. Equipamento de Proteção Individual - EPI ............................................16
4. Riscos Ambientais .........................................................................................20
4.1. Introdução ..............................................................................................20
4.2. Classificação dos Riscos........................................................................21
4.3. Fatores que colaboram para que os Produtos ou Agentes causem
danos à Saúde ..................................................................................................21
4.4. Vias de Entrada dos Materiais Tóxicos no Organismo ..........................22
4.5. Riscos Químicos ....................................................................................22
4.6. Riscos Físicos ........................................................................................24
4.7. Riscos Biológicos ...................................................................................43
4.8. Principais Medidas de Controle dos Riscos Ambientais ........................43
5. Riscos de Eletricidade ...................................................................................45
5.1. Introdução ..............................................................................................45
5.2. Riscos da Eletricidade ..........................................................................46
5.3. Principais Sintomas Causados pelo Choque..........................................47
5.4. Riscos Elétricos ......................................................................................48
5.5. Medidas Preventivas em Instalações Elétricas.......................................48
5.6. Aterramento Elétrico ...............................................................................49
6. Noções Básicas de Combate à Incêndio .......................................................50
6.1. Princípios Básicos do Fogo....................................................................50
6.2. Condições Propícias para a Combustão................................................53
6.3. Combustão .............................................................................................55
6.4. Combate à Incêndio ...............................................................................62
6.5. Tipos de Equipamento para Combate a Incêndios ................................64
7. Ventilação Industrial..........................................................................................68
SEGURANÇA 3
1.1. Introdução
A nossa formação escolar não nos enseja qualquer contato com técnicas de Prevenção
de Acidentes, nem ao menos com a sua necessidade. Daí, a grande necessidade que a
empresa moderna tem de aplicar recursos, investir em treinamento, em equipamentos e
em métodos de trabalho para incutir em seu pessoal o Espírito Prevencionista e,
através de técnicas e de sensibilização, combater em seu meio o Acidentes do
Trabalho que, conforme tem sido demonstrado, atinge forte e danosamente a
Qualidade, a Produção e o Custo.
dos cidadãos. Esta legislação constitucional pode ter aplicação imediata ou necessitar de
leis chamadas ordinárias que especificam e detalham os direitos assegurados pela
Constituição. As leis ordinárias, por sua vez devem ter a sua aplicação definida através
de regulamentos ou portarias estabelecidas pelos poderes públicos responsáveis.
A Constituição Brasileira, que entrou em vigor em 5 de outubro do 1988, estabelece em
seu artigo 6º. que são direitos sociais: a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, e em seu artigo 7º. direitos para os trabalhadores urbanos e rurais quanto
aos riscos no trabalho. Na alínea 22 desse artigo define-se o direito dos trabalhadores a
redução dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de saúde, higiene e
segurança. A alínea 23 assegura o direito ao adicionaI de remuneração para as
atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei.
Apesar destes direitos estarem definidos na Constituição Brasileira, já constavam da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) – instituída pelo Ministério do Trabalho e
Emprego (anexo I) em 1º. de maio de 1943 - o direito ao adicional de insalubridade para
aqueles que trabalham em atividades consideradas insalubres (que causam doenças) e o
adicional de periculosidade para trabalhadores sujeitos a atividades perigosas no
trabalho.
O artigo 39, parágrafo 2º, estende aos servidores públicos federais, estaduais e
municipais os direitos previstos nas alíneas 22 e 23 do artigo 7º.
A alínea 33, do mesmo artigo 7º., estabelece a proibição de trabalho noturno, perigoso ou
insalubre aos menores de dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de dezesseis
anos, exceto na condição de aprendiz. Também neste caso a CLT prevê a proibição do
trabalho do menor em condições insalubres ou perigosas (art. 405).
A legislação ordinária sobre a proteção dos trabalhadores diante dos riscos no trabalho
faz parte da legislação trabalhista e está contida na CLT, vez que abrange todos os
empregados em empresas privadas.
Não estão cobertos por esta legislação os funcionários públicos estatutários, isto é,
aqueles que estão submetidos aos estatutos do funcionalismo em nível federal, estadual
ou municipal. Entretanto, existem muitos órgãos púbicos que tem funcionários
contratados pelo regime da CLT, sendo, então, obrigados a cumprirem a legislação
celetista.
A redação atual do capitulo da CLT que abrange a parte de segurança e medicina do
trabalho (TÍTULO II, CAPÍTULO V, "DA SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO") foi
estabelecida pela Lei nº. 6514 de 22/12/1977 e se estende do artigo 154 ao artigo 201 da
CLT.
O detalhamento e a aplicação desta lei estão contidos em 31 Normas
Regulamentadoras (NR) estabelecidas pela Portaria nº. 3214, de 8 de junho de 1978, do
Ministério do Trabalho e Emprego. Estas Normas são bastante abrangentes e o seu
conteúdo, em determinadas Normas e partes delas, tratam de aspectos muito
especializados e que envolvem setores de trabalhos restritos. As Normas
Regulamentadoras, são:
⇒ NR-1 Disposições Gerais
⇒ NR-2 Inspeção Prévia
⇒ NR-3 Embargo ou Interdição
⇒ NR-4 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho – SESMT
⇒ NR-5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA
⇒ NR-6 Equipamentos de Proteção Individual – EPI
⇒ NR-7 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO
⇒ NR-8 Edificações
⇒ NR-9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA
⇒ NR-10 Instalações e Serviços em Eletricidade
⇒ NR-11 Transportes, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
⇒ NR-12 Máquinas e Equipamentos
SEGURANÇA 5
ocorrência do acidente, podendo ser exigida a presença do responsável pelo setor onde
ocorreu o acidente, para avaliar o ocorrido e tomar outras providencias necessárias.
Enfim, a CIPA deverá ser entendida como um benefício para a empresa e seus
empregados, pois o empregador poderá contar com seus Cipeiros para disseminar a
prevenção de acidentes, qualidade e satisfação nas tarefas executadas, redução ou
eliminação de acidentes, tranqüilidade e aumento na produção e outros benefícios mais.
A NR-5 diz no seu item 5.16:
"5.16 A CIPA terá por atribuição:
a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a
participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde
houver;
b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas
de segurança e saúde no trabalho;" (...)
Ministério do Trabalho e Emprego, ao fiscalizar Segurança e Saúde, antes de qualquer
ação, faz um levantamento dos riscos do local em inspeção.
Para controlar o perigo, necessário se faz conhecê-lo, suas causas, suas razões, seus
porquês.
E o que é risco e perigo? Segundo o Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa,
RISCO – perigo ou possibilidade de perigo; possibilidade de perda ou de
responsabilidade pelo dano.
PERIGO – circunstância que prenuncia um mal para alguém ou para alguma coisa; aquilo
que provoca tal circunstância; risco; estado ou situação que inspira cuidado; situação de
fato pela qual decorre o temor de uma lesão física ou moral a uma pessoa ou de uma
ofensa aos direitos dela.
O modelo adotado no Brasil é o "Modelo Operário Italiano", cujo princípio era o de não
delegar questões relacionadas à saúde do trabalhador a terceiros, sendo o Mapa de
Riscos a representação gráfica do conhecimento do trabalhador das áreas e substâncias
insalubres e perigosas, não apenas de determinada empresa e sim um mapa global, de
toda uma região.
Fazer o mapeamento de riscos na empresa, no setor ou local de trabalho é o
levantamento dos riscos daquele ambiente para posterior representação gráfica no mapa,
que se tornará de conhecimento público aos seus empregados, colaboradores e
visitantes.
O primeiro aspecto a ser analisado é a vontade, a participação do empregador, de vez
que cabe a ele permitir que o mapeamento dos riscos seja feito com liberdade e
independência. Ele, empregador, é o responsável pelos riscos no ambiente de trabalho e,
portanto, também responsável pela eliminação desses riscos.
O empregador precisa ter em mente que não é mais possível manter em segredo
substâncias e locais perigosos da empresa, portanto, é necessário que ele autorize os
membros da CIPA a deixarem seus locais de trabalho, a fim de que possam caminhar por
toda a empresa, conversar livremente com os demais trabalhadores, ir e vir de setor em
setor para o levantamento necessário.
O segundo passo é a preparação dos Cipeiros, bem como dos membros do SESMT para
que se tornem aptos a fazer o Mapa de Riscos, através da leitura e discussão da Norma
Regulamentadora nº. 5 (NR-5), da Portaria nº. 25, de 29 de dezembro de 1994 e, se
possível, através de treinamento especifico para tal fim.
Devidamente preparados, os membros da CIPA e do SESMT estabelecem o caminho e
os critérios a serem seguidos, quais as áreas onde os riscos serão mapeados
primeiramente, de que forma será feito este mapeamento, comunicarem aos
trabalhadores dos objetivos do trabalho a ser realizado enfatizando a importância do
levantamento correto, da responsabilidade deles em todo o processo e, finalmente,
solicitando a cooperação de todos para o bom desenvolvimento do processo de
elaboração do Mapa de Riscos na empresa.
SEGURANÇA 8
Todos os trabalhadores devem ter em mente que os riscos a serem levantados não se
constituem em críticas ou denúncias à empresa, mas uma constatação dos fatores que
prejudicam o bom andamento dos trabalhos na seção, e que, por isso, precisam ser
identificados, analisados e controlados.
Os riscos devem ser mapeados através da observação atenta e da avaliação sensitiva
dos colaboradores, sem a preocupação de diferenciá-los através de cores, de classificá-
los ou mesmo com a existência ou não de medidas de proteção, pois pode ser que
algumas dessas medidas não sejam mais adequadas. A preocupação deve ser em saber
como o trabalhador sente o risco, no quanto aquele risco o incomoda, se muito, mais ou
menos ou se pouco, portanto, cabe a ele – trabalhador – mensurar ou definir conceitos
de grande, médio ou pequeno; agirem com absoluta independência, com seriedade,
ouvindo e respeitando a opinião dos demais, afinal trata-se de um trabalho conjunto
visando a segurança coletiva.
É louvável que o mapeamento de riscos seja feito em duas etapas, onde na primeira
delas, os riscos sejam mapeados da forma mais livre possível, sem levar em conta
qualquer técnica de abordagem ou roteiros predeterminados. Uma vez apurados,
identificá-los em quais grupos se enquadram, para que depois sejam discutidos os
perigos de cada um deles, a razão e os porquês de estarem presentes. A segunda etapa
será, na verdade, uma checagem dos riscos nas diversas seções quando, então, os
Cipeiros poderão se munir de roteiro de abordagem.
Depois de analisados e discutidos todos os riscos, os mesmos são representados
graficamente no mapa, ou seja, numa planta baixa ou croqui do setor levantado.
Os riscos ambientais considerados pela Portaria nº. 25, de 29 de dezembro de
1994, foram divididos em cinco grupos, sendo a cada um deles atribuída uma cor
conforme quadro abaixo:
HIGIENE DO TRABALHO
É fundamental prestar atenção apropriada à limpeza, higiene e demais fatores que
acondicionam os lugares de trabalho para evitar as doenças do trabalho.
Os ambientes de trabalho podem conter, dependendo da atividade que neles é
desenvolvida, um ou mais fatores ou agentes chamados riscos ambientais.
O controle dos riscos ocupacionais representa hoje um dos desafios mais importantes
para os profissionais do SESMT – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança
e em Medicina do Trabalho, pois novas tecnologias geram novos produtos e exposições
adicionais que, combinados com processos e métodos de produção industrial, sintetizam
uma série crescente de situações que devem ser controladas para evitar reações
adversas às pessoas e ao meio ambiente. O trabalhador diretamente ligado ao processo
poderá dar sua contribuição, reconhecendo, mesmo que de forma subjetiva, os riscos do
ambiente do trabalho.
A Higiene do Trabalho é a ciência que se incumbe do estudo dos riscos ambientais dos
postos de trabalho que podem causar enfermidade ou prejuízo à saúde ou ao bem-estar
dos trabalhadores através dos agentes e de recomendar medidas de controle para
eliminação ou redução dos riscos em níveis aceitáveis.
Os artigos 157 e 158, dizem:
"Art. 157. Cabe às empresas:
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2. ACIDENTE DO TRABALHO
2.1. Definição
Tipo: Classifica o acidente quanto à sua espécie, como Impacto de Pessoa Contra
(que se aplica aos casos em que a lesão foi produzida por impacto do acidentado
contra um objeto parado, exceto em casos de queda); Impacto Sofrido (o movimento é
de objeto); Queda com Diferença de Nível (ação da gravidade, com o objeto de contato
estando abaixo da superfície em que se encontra o acidentado); Queda em
Mesmo Nível (movimentado devido à perda de equilíbrio, com o objeto de contato
estando no mesmo nível ou acima da superfície de apoio do acidentado); Atrito ou
Abrasão; Aprovisionamento, etc.
Sob todos os ângulos em que possa ser analisado, o acidente do trabalho apresenta
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Aspecto Social
Em referência a este aspecto, vamos analisar o acidente do trabalho e suas
conseqüências sociais, visando a estes dois aspectos:
Pode-se considerar o acidente do trabalho como efeito quando ele resulta de uma ação
imprudente ou de condições inadequadas, isto é, quando ele resulta de uma
inobservância das normas de segurança; pode-se considerá-lo como causa quando se
tem em vista as conseqüências dele advindas.
Como se deduz, são imensuráveis, em termos de extensão e proporção, as
conseqüências dos acidentes do trabalho. Mas, o importante diante de todos os aspectos
que possam ser apresentados, é que as pessoas se inteiram dessa realidade,
interessando-se pela aplicação correta das medidas de prevenção do acidente, para não
se tornarem vítimas do mesmo.
Aspecto Econômico
A Análise das Causas dos Acidentes do Trabalho consta de estudos que nos levam ao
conhecimento de como e por que os acidentes ocorreram, facilitando a compreensão das
suas causas e possibilitando assim a atuação e a implantação de medidas preventivas
que protejam e impeçam a ocorrência de novos acidentes.
I ) - ATOS INSEGUROS:
Os atos inseguros são geralmente definidos como causas de acidentes do trabalho que
residem exclusivamente no fator humano, isto é, aqueles que decorrem da execução de
tarefas de forma contrária as normas de segurança.
Falta de atenção;
Excesso de autoconfiança;
Outros.
As causas dos atos inseguros por sua vez podem ser devidas:
B ) - Fatores Constitucionais
C ) - Fatores Circunstanciais
II ) - CONDIÇÕES INSEGURAS:
Ex: Máquinas sem proteção, fiação elétrica exposta, piso defeituoso, etc.
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Além das causas primárias das ocorrências ligadas aos Acidentes do Trabalho como as
acima colocadas podemos identificar outros fatores que favoreceram a ocorrência e o
incremento dos acidentes do trabalho, os quais não podemos ignorar:
A terceirização por sua vez quase sempre veio acompanhada pela perda dos direitos por
parte dos trabalhadores, bem como, da diminuição do poder de negociação dos
Sindicatos, os quais tinham antes condições de lutar e defender os direitos dos
trabalhadores e atualmente encontram-se enfraquecidos, dado os elevados índices de
desemprego ainda existentes em nosso pais.
Sem generalizar, com raras exceções, podemos constatar que os índices de acidentes do
trabalho são mais elevados aonde o trabalho foi terceirizado.
Além disto a política da “globalização” dos mercados, tida como o “supra sumo” da
economia mundial, revelou-se agora em sua face oculta e mais cruel, ou seja, a da
competividade desigual, a qual favorece sobretudo as potências economicamente mais
fortes, em detrimento dos povos e economias das Nações emergentes e em
desenvolvimento.
Estas condições inseguras por sua vez, em grande parte são causadas pela falta de
investimentos que permitam a execução de manutenção adequada, de melhorias e de
modernização das instalações.
Falta de uma fiscalização mais intensa , severa , contínua, preventiva e efetiva por
parte dos Órgãos Públicos e Privados e pelos Sindicatos e o conseqüente descaso e
desrespeito às leis específicas relativas Segurança no Trabalho por parte de empresas
sem estrutura e sem qualquer compromisso social.
Alguns países desenvolvidos, por exemplo, tomam medidas mais adequadas no caso da
ocorrência do desemprego:
3. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
3.1. Introdução
Definição
O equipamento de proteção individual (EPI) é todo dispositivo de uso individual, de
fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do
trabalhador.
Seleção do EPI
A seleção deve ser feita por pessoal competente, conhecedor não só dos equipamentos
como, também, das condições em que o trabalho é executado.
É preciso conhecer as características, qualidade técnicas e, principalmente, o grau de
proteção que o equipamento deverá proporcionar.
Proteção da Cabeça
Capacete: Protege de impacto de objeto que cai ou é projetado e de impacto contra
objeto imóvel e somente estará completo e em condições adequadas de uso se composto
de:
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Proteção Facial
Protetor facial: Protege todo o rosto de impacto de materiais projetados e de calor
radiante, podendo ser acoplado ao capacete. É articulado e tem perfil côncavo e
tamanho e altura que permitem cobrir todo o rosto, sem tocá-lo, sendo construído em
acrílico, alumínio ou tela de aço inox.
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Proteção Respiratória
Máscaras: Protegem as vias respiratórias contra gases tóxicos, asfixiantes e contra
aerodispersóides (poeira). Elas protegem não somente de envenenamento e asfixias,
mas, também, da inalação de substâncias que provocam doenças ocupacionais
(silicose, siderose, etc.).
Há vários tipos de máscaras para aplicações específicas, com ou sem alimentação de ar
respirável.
*Tipo Concha, que cobre todo o aparelho auditivo e protege também o sistema auxiliar
de audição (ósseo).
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O protetor auricular não anula o som, mas reduz o ruído (que é o som indesejável a
níveis compatíveis com a saúde auditiva. Isso significa que, mesmo usando o protetor
auricular, ouve-se o som mais o ruído, sem que este afete o usuário.
Proteção do Tronco
Paletó: Protege troncos e braços de queimaduras, perfurações, projeções de materiais
particulados e de abrasão, calor radiante e de frio.
Avental: Protege o tronco frontalmente e parte dos membros inferiores - alguns modelos
(tipo barbeiro) protegem também os membros superiores - contra queimaduras, calor,
radiante, perfurações, projeção de materiais particulados, ambos permitindo uma boa
mobilidade ao usuário.
Proteção da Pele
Luva química: Creme que protege a pele, membros superiores, contra a ação dos
solventes, lubrificantes e outros produtos agressivos.
4. RISCOS AMBIENTAIS
4.1. Introdução
Algumas substâncias só são capazes de entrar no organismo por inalação ou, então,
pela pele.
Deve-se acentuar que é importante conhecer cada caso em separado. Havendo dúvida
quanto à existência ou não de perigo, o interessado deve procurar um membro da CIPA
ou do Serviço Especializado ou, ainda, o seu gerente.
Três são as formas pelas quais os materiais tóxicos podem penetrar no organismo
humano:
Por inalação
Quando se está num ambiente contaminado, pode-se absorver uma substância nociva
por inalação, isto é, pela respiração.
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Névoas ou neblinas
Nos banhos de galvanoplastia, fosfatização e outros processos, onde se formam névoas
ou neblinas de ácidos.
Fumos
Nos banhos de metais fundidos como o chumbo. Os f
SEGURANÇA 24
tipografias).
Pneumoconiose
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• Temperatura do ar
• Umidade relativa do ar – Se a umidade é muito grande, dificulta a evaporação do suor
para o meio ambiente, neste caso, a perda por evaporação será reduzida.
• Velocidade do ar
• Calor radiante – isto é, próximo de fontes que estejam emitindo considerável
quantidade de radiação infravermelha, o organismo ganhará calor por radiação;
• Tipo de atividade física;
Avaliação do calor
Na avaliação do calor, deve-se levar em consideração todos os parâmetros que influem
na sobrecarga térmica a que estão submetiios os tra balhadores, conforme citado
anteriormente.
Os quatros primeiros são fatores ambientais e podem
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Onde:
M = M t .Tt + Md .Td
60
85 & 83 & 91 =
86 & 92 & 99 & 104 =
Dose de Ruído
A exposição está acima do Limite de Tolerância, tendo em vista que o valor encontrado
de Cn/Tn,Cexcedeu a unidade
,do
d(/)6.09787(T)--4.7777.84792.9410tExde
1)
SEGURANÇA 34
acústica total que o ruído real, flutuante, no mesmo período de tempo. Baseia-se no
princípio de igual energia. No caso dos limites de tolerância da NR-15, a fórmula
simplificada de cálculo é :
Lavg ou Leq = 80 + 16,61 log (0,16.CD/TM)
sendo:
Outra maneira de se obter o Lavg ou Leq, com menor precisão, porém com mais
agilidade é através da utilização do nomograma.
Imaginemos que pelo método do cálculo de dose manual, chegamos ao resultado final da
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Me
dida
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SEGURANÇA 48
5.4. Risco
SEGURANÇA
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SEGURANÇA 53
aquecimento
a) sólido ----------------------------------> vapor
Exemplo: Papel
aquecimento aquecimento
b) sólido -------------------------> líquido --------------------------> vapor
Exemplo: Parafina
aquecimento
c) líquido ----------------------------------> vapor
Exemplo: Óleos combustíveis
d) gás (já se apresenta no estado físico adequado à combustão) Exemplo: Acetileno
Reação em Cadeia
Toda reação química envolve troca de energia. Na combustão, parte da energia
desprendida é dissipada no ambiente, provocando os efeitos térmicos derivados do
SEGURANÇA 55
Essa reação vai ter uma velocidade de propagação relacionada com diversos fatores,
tais como temperatura, umidade do ar, características inerentes ao material combustível,
forma física desse material (sólido bruto ou particulado, líquido, etc.), condições de
ventilação aspectos que serão adiante analisados:
Triângulo do Fogo
Os três elementos básicos para que um fogo se inicie são, portanto, o material
combustível, o comburente e a fonte de ignição ou fonte de calor. A representação
gráfica desse conjunto é tradicionalmente chamada de Triângulo do Fogo.
6.3. Combustão
A combinação dos três elementos do triângulo do fogo sob condições propícias permite a
ignição e a continuação das reações químicas, as quais podem ser classificadas em:
SEGURANÇA 56
• oxidação lenta,
• combustão simples,
• deflagração,
• detonação,
• explosão.
Classificação
Oxidação lenta - A energia despendida na reação é dissipada no meio ambiente sem
criar um aumento de temperatura na área atingida (não ocorre a reação em cadeia). É
o que ocorre com a ferrugem (oxidação do ferro) ou com o papel, quando fica
amarelecido. A propagação ocorre lentamente, com velocidade praticamente nula.
Comportamento do Combustível
Pelos efeitos possíveis de uma combustão em função da velocidade de propagação, fica
evidente a necessidade de se conhecerem os fatores que influem na velocidade de
propagação, para que o técnico prevencionista possa calcular os riscos oriundos de
determinada mistura combustível-comburente.
Estado Físico
Para avaliação do risco de incêndio, o estado físico do combustível é o primeiro aspecto a
ser analisado:
Combustível sólido - em condições normais, o aquecimento de um combustível no
estado sólido provoca inicialmente a vaporização da umidade, obtendo-se um resíduo
sólido (carbono fixo); posteriormente, pela ação do calor, são liberados compostos
SEGURANÇA 57
gasosos que reagirão com o oxigênio em presença do calor, até que seja consumida
toda a matéria combustível.
Teoria da Hidroxilização
Os hidrocarbonetos pulverizados são decompostos, quando sob a ação do oxigênio e do
calor, em compostos hidroxilados (tipo aldeído) de cadeia menor. A ação contínua do
calor e do oxigênio acaba por transformar estes compostos em espécies químicas mais
simples, como monóxido de carbono e hidrogênio, que sofrerão nova combustão,
produzindo, finalmente, dióxido de carbono e água. Assim, a chama azul produzida no
Bico de Bunsem, indicativa de combustão de monóxido de carbono e hidrogênio, teria
explicação através desta teoria, pois no interior do Bico teríamos um gradiente de
temperatura e a conseqüente formação de compostos hidroxilados complexos.
Teoria do "Craking"
Os hidrocarbonetos pulverizados, em mistura com o ar, ao serem submetidos a um
aquecimento brusco, cindem, produzindo diretamente carbono e hidrogênio, que reagirão
com o oxigênio, resultando dióxido de carbono e água como produtos finais. Esta teoria
pode ser explicada através da queima de uma vela, pois a parafina liqüefeita, ao se
vaporizar no pavio, cinde diretamente em carbono e hidrogênio, quando em contato com
a chama. A presença do carbono pode ser facilmente detectada por meio de introdução
de uma superfície fria no interior da chama, o que implicará um deposito de fuligem
(carbono) sobre aquela.
Convém notar que na prática, esses dois processos ocorrem simultaneamente, com
predominância de um ou outro, dependendo do caso.
• ponto de fulgor;
• ponto de combustão;
• temperatura de ignição.
SEGURANÇA 58
É por esse motivo que se recomenda à pessoa cujas roupas estejam em chamas,
que não corra, pois, dessa forma, aumentará a ventilação e, consequentemente, as
chamas. A pessoa deve deitar-se e rolar pelo chão até abafarem-se as chamas.
Forma física
Quanto mais subdividido estiver o material, mais rapidamente entrará em combustão. A
figura mostra um exemplo clássico, pois a velocidade de propagação é muito maior na
serragem do que na madeira maciça, embora a composição seja a mesma.
Isso se deve a maior superfície de contato entre combustível e comburente.
Outro exemplo é o da gasolina em recipientes com aberturas de dimensões diferentes.
Na figura seguinte a queima será muito mais rápida e intensa no 2º caso, embora a
quantidade de líquido seja a mesma.
Comportamento do Comburente
Considerando genericamente a combustão como uma reação de oxidação, a
composição química das substâncias determinará o grau de combustibilidade do
material.Há substâncias que liberam oxigênio em certas condições, como o cloreto de
potássio. Outras podem funcionar como comburentes: por exemplo, uma atmosfera
contendo cloro. Tais casos são mais esporádicos e seu estudo envolveria uma
complementação de conhecimentos.Em condições normais, a maior fonte de comburente
é ao próprio ar atmosférico que em sua composição, possui cerca de 21% de oxigênio.
A partir de 16% de O2 (oxigênio) no ambiente, já pode haver combustão com
labaredas, e quanto maior a presença de oxigênio, mais via será essa combustão.Com a
presença de oxigênio numa proporção entre 8 e 16%, não haverá labaredas, e numa
proporção ainda menor, praticamente não haverá combustão.Em ambientes hospitalares
ou industriais, onde se manipule oxigênio puro (100%), deve ser feita uma análise de
SEGURANÇA 60
riscos mais severa.Na presença de gases combustíveis, como propano, butano, metano,
o limite inferior de concentração de oxigênio necessário para a combustão está próximo
a 12%, e para o hidrogênio esse limite está próximo a 5%.
Dessa forma, as medidas de prevenção devem ser intensificadas.
Fontes de Calor
As fontes de calor em um ambiente podem ser as mais variadas:
• a chama de um fósforo;
• a brasa de um cigarro aceso;
• uma lâmpada;
• a chama de um maçarico, etc.
A própria temperatura ambiente já pode vaporizar um material combustível; é o caso da
gasolina, cujo ponto de fulgor é de, aproximadamente, -40ºC. Considerando-se que o
ponto de combustão é superior em apenas alguns graus, a uma temperatura ambiente de
20ºC já ocorre a vaporização.
O calor pode atingir determinada área por condução, convecção ou radiação.
Condução
A propagação do calor é feita de molécula para molécula do corpo, por movimento
vibratório. A taxa de condução do calor vai depender basicamente da condutividade
térmica do material, bem como de sua superfície e espessura. É importante destacar
a necessidade da existência de um meio físico.
Convecção
É uma forma característica dos fluídos. Pelo aquecimento, as moléculas expandem-se e
tendem a elevar-se, criando correntes ascendentes a essas moléculas e correntes
descendentes às moléculas mais frias. É um fenômeno bastante comum em edifícios,
pois através de aberturas, como janelas, poços de elevadores, vãos de escadas, podem
atingir andares superiores.
Radiação
É a transmissão do calor por meio de ondas. Todo corpo quente emite radiações que
vão atingir os corpos frios. O calor do sol é transmitido por esse processo. São
radiações de calor as que as pessoas sentem quando se aproximam de um forno quente.
Classes de Incêndio
Os incêndios em seu início, são muito mais fáceis de serem controlados e extintos.
Quanto mais rápido for a ataque às chamas, maiores serão as possibilidades de reduzi-
las, de eliminá-las. E a principal preocupação, no ataque, consiste em desfazer, em
romper o triângulo do fogo. Mas que tipo de ataque se faz ao fogo em seu início? Qual a
solução que deve ser tentada? Como os incêndios são de diversos tipos, as soluções
serão diferentes e os equipamentos de combate também serão de tipos diversos.
É preciso conhecer, identificar bem o incêndio que se vai combater, para escolher o
equipamento correto. Um erro na escolha de um extintor pode tornar inútil o esforço de
combater as chamas ou pode piorar a situação, aumentando as chamas, espalhando-as
ou criando novas causas de fogo (curtos-circuitos). Os incêndios são divididos em quatro
(4) classes:
SEGURANÇA 61
Riscos Inerentes
A avaliação dos riscos deve considerar ainda características inerentes a cada substância.
As principais são:
Combustão Expontânea
Reação exotérmica que ocorre com algumas substâncias como os metais piróforos ou
pirofóricos, ao entrarem em contato com o oxigênio do ar ou com agentes oxidantes.
Por um processo de aquecimento espontâneo, ao atingir a sua temperatura de ignição,
entram em combustão.
Esse aquecimento, na maioria dos casos, processa-se lentamente, como, por exemplo,
em estopas embebidas em graxa. O controle de elevação da temperatura e a
armazenagem em recipientes de segurança são medidas recomendadas.
Métodos de Extinção
Consideremos o triângulo do fogo:
queima, por abafamento, introduzindo outro gás que não seja comburente.
O triângulo do fogo é como um tripé; eliminando-se uma das pernas, acaba a sustentação,
isto é, o fogo extingue-se.
De tudo isso, conclui-se que, impedindo-se a ligação dos pontos do triângulo, ou seja,
dos elementos essenciais, indispensáveis para o fogo, este não surgirá, ou deixará de
existir, se já tiver começado.
Quando num poço de petróleo que está em chamas é provocada uma explosão para
combater o incêndio, o que se deseja é afastar momentaneamente o oxigênio, que é o
comburente, um dos elementos do triângulo do fogo, para que o incêndio acabe, se
extinga.
Em lugares onde há material combustível o oxigênio, lê-se um aviso de que é proibido
fumar; com isso, pretende-se evitar a formação do triângulo do fogo, isto é,
combustível, comburente e calor. O calor, neste caso, é a brasa do cigarro. Sem este
calor, o combustível e o comburente não poderão transformar-se em fogo.
Basicamente, a extinção de um incêndio é feita por uma ação de resfriamento ou
abafamento, ou por uma união das duas ações.
• água;
• espuma;
• pó químico seco;
• gás carbônico;
• gases halogenados.
A água apresenta como característica principal a capacidade de diminuir a temperatura
dos materiais em combustão, agindo, portanto, por resfriamento, quando utilizada sob a
forma de jato. Pode também combinar uma ação de abafamento, se aspergida em
gotículas, isto é, sob a forma de neblina.
A espuma pode ser química, quando resultante da mistura de duas substâncias (p.
ex., bicarbonato de sódio e sulfato de alumínio, ambos em solução aquosa) ou mecânica
(extrato adicionado à água, com posterior agitação da solução para formação da
espuma). Sua ação principal é de abafamento, criando uma barreira entre o material
combustível e o oxigênio (comburente).
Outro agente que atua por abafamento é o gás carbônico, também conhecido por dióxido
de carbono ou CO2. É mais pesado que o ar; no entanto, não é eficiente em locais
abertos e ventilados.
O pó químico seco comum (bicarbonato de sódio) atua por abafamento; é preferível ao
CO2 em locais abertos. Quando se trata de pós-especiais, utilizados na chamada
"classe D", eles se fundem em contato com o metal pirofórico, formando uma "camada
protetora" que isola o oxigênio, interrompendo a combustão.
SEGURANÇA 64
Extintor de água
O agente extintor é a água. Há dois tipos comerciais:
Pressurizado
É um cilindro com água sob pressão. O gás que dá a pressão, que impulsiona a água,
geralmente é o gás carbônico ou o nitrogênio. Existem alguns a ar.
Pressurizado
Ao pressurizar
• O operador leva o extintor ao local do fogo;
• Abre o cilindro de gás;
• Empunha a mangueira;
• Ataca o fogo procurando formar uma nuvem de pó, a fim de cobrir a área atingida.
Há outros tipos de extintores de pó químico seco, que podem ser utilizados com
eficiência nos incêndios classe A. São chamados extintores de pó tipo ABC ou Monex.
SEGURANÇA 68
Utilização de Extintores
Tipos de Extintores
Casse de incêndio
Água Espuma CO2 Pó Químico
Seco
Papel
Madeira
"A" SIM SIM NÃO NÃO
Tecido
Fibras
Óleo
Gasolina
"B" Graxa NÃO SIM SIM SIM
Tintam GLP
Equipamentos
Elétricos
"C" Energizados NÃO NÃO SIM SIM
Magnésio
Zircônio SIM
"D" NÃO NÃO NÃO Obs: um pó
Titânio químico especial
NOTA: Variante para classe "D": usar o método de abafamento por meio de areia seca
ou limalha de ferro fundido.
* Não é utilizada como jato pleno, porém pode ser usada sob a forma de neblina.
** Pode ser usado em seu início.
*** Existem pós químicos especiais (tipo ABC)
Hidrantes
As empresas que possuem sistemas de hidrantes - instalações de água com
reservatórios apropriados - normalmente têm direito a descontos na tarifa de seguro-
incêndio. Para tanto, devem estar enquadrados nas especificações do IRB (Instituto de
Resseguros do Brasil) e posteriores recomendações da Susep.
Devem ser distribuídos de forma que protejam toda a área da empresa por meio de
dois jatos simultâneos, dentro de uma raio de 40 metros (30m das mangueiras e 10m do
jato).
Além da tubulação 1 1/2" ou 2 1/2"), dos registros e das mangueiras (30 m ou 15 m),
devem-se escolher requintes que possibilitem a utilização da água em jato ou sob a forma
de neblina (requinte tipo universal).
7. VENTILAÇÃO INDUSTRIAL
1. Objetivos da ventilação industrial
- hipertensão arterial;
- doenças do fígado;
- dermatites;
- câncer do sangue (leucemia) num processo inexorável, que pode levar de 10 à 20 anos
até o desenlace;
- anomalias congênitas:
Projeto adequado, compatível com o grau de risco dos poluentes envolvidos nos
processos. A preocupação exclusiva com a economia pode conduzir a soluções paliativas
ou ilusórias. O projeto deve ser entendido como o do processo industrial em si, e o da
ventilação correspondente.
Pode ser:
Natural, quando não são empregados recursos mecânicos para provocar o deslocamento
do ar. A movimentação natural do ar se faz através de janelas, portas, lanternins etc.
SEGURANÇA 71
- insuflação
- exaustão;
Estes objetivos são conseguidos da forma mais perfeita nas denominadas instalações de
ar condicionado.
Ventilação Geral
Restabelece, para isso, as condições desejáveis para o ar, alteradas pela presença do
homem; pelo aquecimento devido a equipamentos ou a condições climatéricas; ou pelo
resfriamento do ar devido a certas instalações ou ao clima. É designado também como
ventilação geral de ambientes normais.
a) O fluxo de ar que penetra ou sai pelas aberturas de um prédio por ventilação natural
depende:
- A superfície iluminante natural dos locais de trabalho deve ser no mínimo de um sexto
ou um quinto do total da área do piso (conforme o município).
Quando não for possível adotar os sistema de ventilação natural, seja pelas
características das atividades, presença de poluentes, exigência de que o ambiente seja
fechado, seja por imposição arquitetônica, que não aceite lanternins, brise-soleil e outras
aberturas, tem-se que adotar a ventilação mecânica.
Observações:
- Qualquer que seja o sistema de ventilação que se aplique, deverá prever a remoção do
ar contaminado do recinto, mas de modo a não causar prejuízo à vizinhança.
- A diferença de elevação entre a altura média das tomadas e das saídas de ar (janelas)
em relação ao piso do prédio deve ser a máxima possível, para que o resultado obtido
seja bom.
Para que se possa tirar partido da ação do vento devem-se projetar as aberturas de
entrada do vento voltadas, evidentemente, para o lado dos ventos predominantes (zona
de pressão positiva).
SEGURANÇA 74
As saídas de ar devem ser colocadas em regiões de baixa pressão exterior, como por
exemplo:
-nas paredes laterais à fachada, que recebe a ação dos ventos predominantes;
-na parede oposta aquela que recebe a ação dos ventos predominantes.
Q=∂.A.ν
A grandeza ∂ é um fator que depende das características das aberturas. Pode-se adotar:
Exemplo:
Solução:
A menor densidade do ar quente faz com que o mesmo se eleve e tenda a escapar por
aberturas colocadas nas partes elevadas, em lanternins etc. Esse escoamento se realiza
pelo chamado efeito de chaminé e proporciona uma vazão dada por:
Sendo:
QT = Qv + Qt
Ventiladores
Definição
O ventilador é estudado como uma máquina de fluido incompreensível, uma vez que o
grau de compressão que nele se verifica é tão pequeno, que não é razoável analisar seu
comportamento como se fosse uma máquina térmica. Quando a compressão é superior a
aproximadamente 2,5 kgf . cm-², empregam-se os turbocompressores, cuja teoria de
funcionamento, em princípio, é a mesma que a dos ventiladores, havendo porém
necessidade de levar em consideração os fenômenos termodinâmicos decorrentes da
compressão do ar e os aspectos inerentes ao resfriamento dessa máquinas.
Classificação
- baixa pressão: até uma pressão efetiva de 0,02kgf . cm-² (200mmH2 O).
Ex., Ventilador Higrotec Radial TIP série 1.800 e 4.800 IRT. Pressões de 125 a
890mmH2O;
Ex., Ventilador Higrotec PA-série 2.300. Pressões de 125 a 2.413 mmH2O e vazões
até 101.000 m³/h;
- muito alta pressão: para pressões de 0,250 kgf . cm-² a 1,00kgf . cm-² (2.500 a
10.000 mmH2O). São os turbocompressores.
- axiais, quando a trajetória descrita por uma partícula em sua passagem pelo rotor é
uma hélice descrita em uma superfície de revolução aproximadamente cilíndrica (fig.
3.2 d).
SEGURANÇA 78
- pás inclinadas para trás, planas (fig. e) ou curvas (fig. b). Podem ser de chapa lisa
ou com perfil em asa (airfoil) (fig. b);
- de duplo estágio, com dois rotores montados num mesmo eixo. O ar, após passar
pela caixa do 1º estágio, penetra na caixa do 2º estágio com a energia proporcionada
pelo 1º rotor (menos as perdas) e recebe a energia do 2º rotor, que se soma à do 1º
estágio. Conseguem-se assim pressões elevadas, da ordem de 3.000 a
4.000 mmH2 O
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