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1. DESCRIÇÃO DO CASO
De acordo com LIMA (2021), diante de uma ampla janela de complicações que podem
provocar a amputação - como as vasculares, os traumatismos, os tumores, a diabetes, as
deformidades congênitas e os processos infecciosos derivados ou não de cirurgias - a incidência
mundial de amputação chega a 1 milhão de pessoas por ano que, além de sofrerem pela perda de
uma parte do seu corpo, podem sofrer com o comprometimento das condições fisiológicas,
psicológicas e físicas.
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Case apresentado da disciplina de Prótese e Órtese do Aparelho Locomotor do Centro Universitário UNDB.
² Aluna do 4° Período de Fisioterapia do Centro Universitário UNDB.
³ Professora, Orientadora.
proporcionando a melhoria na qualidade de vida do paciente. (LIMA, 2021) (MAGGI; ACQUA;
CURADO; LEMES, 2010)
Neste case, será discutida a situação de uma paciente de 26 anos de idade, com epilepsia
e diabetes, pós acidente automobilístico, com grande comprometimento vascular, há 38 dias de
amputação de 1/3 médio de fíbula e tíbia (sinistro). Diante disso, caso a paciente seja candidata ao
uso de prótese, alguns dos pontos básicos que devem estar presentes na ficha de avaliação devem
ser a identificação das principais dificuldades encontradas no processo de protetização e a
explicitação das estratégias de tratamento utilizadas no processo de reabilitação protética. (LIMA;
MEJIA, 2021).
De maneira a se propor uma melhor qualidade de vida e uma maior funcionalidade nas
tarefas diárias do amputado, sugere-se que ele se candidate ao uso de próteses e, neste caso,
segundo Souza (2020), deve-se dividir a reabilitação em etapa pré-protética, onde ocorre a
preparação para recebimento da prótese, e pós-protética, onde será feita uma adaptação do paciente
à prótese que irá substituir a tíbia e a fíbula previamente amputadas. O conjunto de formação de
uma Prótese Transtibial é composto pelo encaixe - ou soquete (é o que engloba a parte do coto com
a prótese e auxilia no a controle do movimento, sendo por onde o processo de protetização é
iniciado), pelo corpo (é a parte abaixo do joelho, que substitui a canela e a panturrilha) e pelo pé
(responsável por apoiar todo o conjunto do encaixe e do corpo da prótese, substituindo literalmente
o pé do amputado), no qual deve ser todo adaptado às medidas e às necessidades do paciente.
(LUIZ, 2021)
Para isso, faz-se necessário o tratamento do coto sem que haja dor, com o
desenvolvimento de boa força muscular, sem edema e, portanto, apto para receber o soquete
protético. Depois disso, inicia-se o aprendizado de como usar a prótese ao caminhar ou, assim que
possível, até mesmo correr, pois quanto mais o paciente se tornar ativo melhor (AMPUTAÇÃO,
2021); e inicia-se também a reeducação da marcha funcional para o desempenho normal da pessoa
em suas atividades da vida diária (ARAÚJO, 2021). A marcha após amputação implica em redução
da força de reação do solo e na tendência de redução da fase de apoio e maior fase de balanço, além
da queda na velocidade, na cadência e no comprimento da passada. Para que se reestabeleça, deve-
se trabalhar o equilíbrio estático, o deslocamento de peso lateral e ântero-posterior, a dissociação
de cinturas, a marcha lateral, a passada e o treino de coordenação. (BALBI, 2021)
Naturalmente, ocorrem alterações de postura, de equilíbrio e de coordenação motora
que podem ser corrigidas em uma reabilitação ativa, por meio de um programa de exercícios que
mantenha uma sequência para ganhos no controle motor, coordenação, função e força (LIMA;
MEJIA, 2021). Por exemplo, os treinos de propriocepção, que, de acordo com Souza (2020), devem
ser realizados tanto em pacientes recém protetizados como em pacientes que já fazem uso da
prótese há algum tempo, possibilitam treinar o equilíbrio estático e dinâmico, assim dando mais
estabilidade e confiança ao paciente, que começa a entender como realizar suas atividades diárias
da melhor maneira possível e, consequentemente, melhora a sua qualidade de vida.
Diante de tudo o que foi analisado, observa-se que os pontos básicos necessários em
uma ficha de avaliação cinético funcional devem ser feitas de modo a recolher todos os dados
necessários para uma reabilitação completa, dados estes coletados por meio de seções: a 1ª é a de
IDENTIFICAÇÃO, subdividida em 3 partes: 1.1 – do paciente, onde são coletados dados gerais
do paciente tais (nome, idade, data de nascimento, etc); 1.2 – do paciente quando sofreu a
amputação, muito importante para visualizar a diferença entre o estado atual do paciente e de
quando ele sofreu a amputação; 1.3 – diagnóstico médico, que descreve o diagnóstico clínico, o
nome do médico responsável e seu CRM, e medicamentos em uso; a 2ª seção é a de ANAMNESE,
subdividida em 7 partes e aborda a Queixa Principal, o Histórico da Doença Atual e Pregressa, o
Histórico Social e Familiar, a Etiologia da Amputação e o Nível da Amputação; a 3ª seção é a do
EXAME FÍSICO, que constitui a maior parte da ficha de avaliação, abordando o Exame Físico
Geral, do Coto, Avaliação da Articulação, Postural e da Marcha, Força Muscular e Esquema
Corporal; e a última e 4ª seção da ficha é o PARECER FINAL do fisioterapeuta que avalia as
limitações funcionais e incapacidades, diagnóstico cinético-funcional e descreve os objetivos e
planos de tratamento. Além disso, em casos como o deste case, em que o paciente sofre de
distúrbios como a epilepsia e a diabetes, torna-se ainda mais conveniente avaliar antecedentes
pessoais e familiares, hábitos de vida e aspectos psicoemocionais. (MAGGI; ACQUA; CURADO;
LEMES, 2010)
2.3 Decisões dos critérios e valores (explícitos e/ou implícitos) contidos em cada decisão
possível
2.3.1 Por meio de artigos, que visam relatar a respeito das consequências pós
amputação e dos mecanismos envolvidos para a reabilitação e uso da prótese, como o
estabelecimento de uma boa ficha técnica, o reconhecimento dos principais dados que guiam o
processo de reabilitação e a preparação da equipe multidisciplinar para trabalhar em todos os
aspectos do paciente amputado, foram respondidas as perguntas, fundamentadas através da
contextualização e integração entre os temas pesquisados.
REFERÊNCIAS
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LEMES, Thais Teixeira. FICHA DE AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA PADRONIZADA
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4, p. 150-162, 2010. Disponível em: file:///C:/Users/Amanda/Downloads/7188-
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LIMA, Bruna Silva de; MEJIA, Dayana Priscila Maia. A importância da fisioterapia no processo
de protetização. 2021. 14 f. Monografia (Especialização) - Curso de Pós-Graduação em Ortopedia
e Traumatologia, Faculdade Ávila, Goiânia, 2010. Disponível em:
https://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/33/194_-
_A_importYncia_da_fisioterapia_no_processo_de_protetizaYYo.pdf. Acesso em: 01 set. 2021.
LIMA, Jacqueline Maria Maranhão Pinto. PRÓTESES e ÓRTESES - INTRODUÇÃO. São Luís:
UNDB, 2021. 23 slides, color.
LUIZ. O que é amputação transtibial?: principais causas, próteses. Principais Causas, Próteses.
2021. Disponível em: https://bionicenter.com.br/o-que-e-amputacao-transtibial-principais-causas-
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AMPUTAÇÃO, Causas e Reabilitação. 2021. Elaborada pela Equipe Boa Saúde. Disponível em:
https://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/3903/-1/amputacao-causas-e-reabilitacao.html.
Acesso em: 01 set. 2021.
BALBI, Me. Larissa. Alterações na Marcha do Paciente com Amputação de Membro Inferior. São
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SANTOS, Roniery Correia; CASTRO, José Gerley Diaz. AMPUTAÇÃO E SEUS ASPECTOS
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https://www.saude.go.gov.br/files/escola-saude/pesquisas-
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KORB, Arthiese; MOREIRA, Cleonice Pereira; SIQUEIRA, Laise Avila de. IDENTIFICANDO
POSSÍVEL PRESENÇA DE ALTERAÇÕES POSTURAIS NOS PACIENTES COM
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