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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO

IALLY VANESSA DE OLIVEIRA

JHONNATHAH XAVIER DE MELO

KAROLINE BARBOSA DE AZEVEDO

A POESIA COMO ESTRATÉGIA DE APRENDIZAGEM PARA


ALUNOS COM DISTÚRBIOS DE AQUISIÇÃO

NAZARÉ DA MATA

2021
1. INTRODUÇÃO

A literatura é um importante instrumento na vida cultural da sociedade, capaz


de suscitar questões inerentes ao ser humano e gerar reflexões. A poesia, por sua
vez é um elemento imaterial, abstrato. Ela independe do poema para a sua
existência, pois está no mundo antes de estar no poema. Dessa realidade etérea,
passa ao concretismo através do poeta, que por meio dela, oferece um resultado
estético – o poema. O emprego de poesias no universo escolar fornece-nos um
vasto conjunto de cenários a serem exploradas pelo professor, pois esta, como
expressão de arte, propicia infinitas interpretações, sensações, imaginários e
identificações.

A poesia é uma das formas mais radicais que a educação pode oferecer de
exercício de liberdade através da leitura, de oportunidade de crescimento e
problematização das relações entre pares e de compreensão do contexto
onde interagem. (FILIPOUSKI, 2006).

Dessa forma, esse projeto de intervenção tem como objetivo pautar o


letramento literário através da poesia, como instrumento para auxiliar do processo
de aquisição de alunos com distúrbios de aprendizagem. De acordo com Brites
(2019), o processo de aprendizado tem como “consequência”, o estabelecimento de
habilidades que serão importantes nas próximas etapas da vida da criança. Dessa
forma, torna-se imprescindível a aprendizagem escolar na vida de crianças, visto
que, com ela, os pequenos conseguem desenvolver certas competências, e o
ambiente escolar é essencial para que essas capacidades sejam possibilitadas
(BRITES, 2019).

Além disso, o letramento literário, que caminha lado a lado com a aprendizagem
escolar, tem como um de seus objetivos, a formação de leitores com o uso de
clássicos da literatura, que são essenciais no desenvolvimento estudantil.
Entretanto, o mais comum é que dentro da comunidade escolar, os professores
utilizem de textos em prosa para o desenvolvimento das aulas, o que resulta na
pouca valorização da poesia, que, por sua vez, possui meios de aflorar o sentimental
e o intelectual do estudante.

Dessa forma, a motivação desse estudo é resultado da identificação dos benefícios


do uso da poesia em sala para o desenvolvimento intelectual e, além disso, de
comunicação de estudantes. Associando esse conhecimento ao número crescente
de diagnósticos de crianças com complexidades no aprendizado da escrita e da
leitura, fez-se necessário e promissor desenvolver esse estudo.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Os distúrbios de aprendizagem podem ser facilmente identificados como


causadores dos maiores problemas de adaptação do aprendizado escolar, pois,
possuindo essas disfunções, a criança tende a sentir dificuldade nas mais simples
atividades, como, leitura, escrita e até cálculos matemáticos. Há significados para
esse mau desenvolvimento que envolva as questões sociais e culturais aos quais os
portadores estejam inseridos. Dessa forma, para Fonseca (1995):

Dificuldades de Aprendizagem (DA) é um termo geral que se refere a um


grupo heterogêneo de desordens manifestadas por dificuldades
significativas na aquisição e utilização da compreensão auditiva, da fala, da
leitura, da escrita e do raciocínio matemático. Tais desordens, consideradas
intrínsecas ao indivíduo, presumindo-se que sejam devidas a uma disfunção
do sistema nervoso central, podem ocorrer durante toda a vida. Problemas
na autorregulação do comportamento, na percepção social e na interação
social podem existir com as DA. Apesar das DA ocorrerem com outras
deficiências (por exemplo, deficiência sensorial, deficiência mental,
distúrbios socioemocionais) ou com influências extrínsecas (por exemplo,
diferenças culturais, insuficiente ou inapropriada instrução, etc.), elas não
são o resultado dessas condições. (1995, p.71)

Além disso, segundo Rodrigues (2016), as causas das dificuldades de


aprendizagem podem ser causadas não só por questões sociais e culturais, mas
também por questões econômicas, afetivas e pedagógicas. Por outro lado, os
estudantes que possuem essas dificuldades podem possuir, além desses problemas
com o aprendizado, o isolamento escolar. Visto que, as outras crianças podem
observá-los como “inferiores” por não possuírem a mesma capacidade intelectual.
Por isso, torna-se imprescindível que haja uma interferência por parte do professor
para que o aluno consiga desenvolver melhor dentro do espaço escolar.

Em contrapartida, observando o viés literário e suas contribuições à vida, Tzvetan


Todorov (2009) pontua que:

(...) a literatura amplia o nosso universo, incita-nos a imaginar outras


maneiras de concebê-lo e organizá-lo. Somos todos feitos do que os outros
seres humanos nos dão: primeiro nossos pais, depois aqueles que nos
cercam; a literatura abre ao infinito essa possibilidade de interação com os
outros e, por isso, nos enriquece infinitamente. Ela nos proporciona
sensações insubstituíveis que fazem o mundo real se tornar mais pleno de
sentido e mais belo. Longe de ser um simples entretenimento, uma
distração reservada às pessoas educadas, ela permite que cada um
responda melhor à sua vocação de ser humano (TODOROV, 2009, p. 23-
24).

Portanto, oferecendo leitura literária aos seus alunos, o professor estará


proporcionando-os maiores possibilidades de interação e sensações que possam vir
a melhoras seu desenvolvimento mental. Acerca dessa temática, Ana Elvira Gebara
diz que:

Dessa forma, ensinar poesia (em todos os seus subgêneros) é trabalhar o


texto como resposta a uma necessidade, a alguém (o leitor), a um tempo
definido. A poesia dentro dessa concepção é um modo de viver o mundo
(ver, sentir, experimentar e projetar) e cada composição poética reflete
quem somos, o que pensamos, sentimos e buscamos. Gebara (2011, p. 10-
11, apud Silva e Jesus, 2011)

Sob esse viés, a poesia é extremamente importante no desenvolvimento do aluno,


pois contribui com suas escolhas de vida. Além disso, o ensino da poesia contribui
para o desenvolvimento intelectual, contribuindo para sua capacidade de escrita e
leitura.

Ao apresentar poemas com conteúdos escolhidos pelos alunos, o professor vai


possibilitar que o estudante desperte certo interesse pelo texto, pois, nele, serão
retratados assuntos do seu gosto. Dessa forma, acredita-se que, por se identificar
com o tema do texto literário, os alunos com dificuldades de aprendizagem, talvez,
deem mais atenção ao poema apresentado pelo professor.

3. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Tendo em vista os pressupostos aqui já ressaltados, essa proposta de intervenção


pretende alinhar a poesia como recurso edificador na aprendizagem de alunos com
transtornos de dificuldade nesse processo, colaborando no desenvolvimento da
aquisição da leitura e da escrita e, também, como auxiliar na evolução da
consciência fonológica.

3.1. Apresentação do cenário

Em um panorama geral, o problema intercorre em uma turma de 9° ano, ensino


fundamental ll, de uma instituição pública de ensino localizada na zona rural. A
escola em que tal problemática desenrola-se não possui uma estrutura psicológica,
ou seja, a escola não dispõe de profissionais especializados, como, psicólogos e
psicopedagogos que auxiliem nas adversidades e estejam à disposição do alunado.
A sala de aula em questão possui 20 alunos, sendo cinco deles com distúrbios de
aprendizagem diagnosticados. A motivação dessa proposta de intervenção dá-se,
pois os estudantes que foram identificados com essas disfunções não possuem o
mesmo aproveitamento da turma, ficando assim prejudicados e atrasados,
independente das suas vontades de avançarem, podendo, além disso, sofrer
pressão psicológica por parte de seus colegas de sala.

3.2. Objetivo geral

Este projeto tem como proposta um maior aproveitamento dos conteúdos por esses
alunos através do letramento literário com a poesia. Ao revelarem seus gostos e
terem poemas sobre essas preferências apresentadas, os estudantes conseguirão
entender que suas opiniões também são importantes e, além disso, poderão
conhecer mais seus colegas de turma e, também, serem mais conhecidos por
esses.

3.3. Objetivos específicos

 Evidenciar a relevância da poesia associada aos alunos diagnosticados com


distúrbios de aquisição, e a função de mediação consciente do professor em uma
relação de ensino-aprendizagem voltada ao desenvolvimento desses alunos.
 Reconhecer a poesia, como um instrumento facilitador no condicionamento de
processos de aprendizagem, considerando o uso da criatividade e ousadia na
edificação desse método, tomando a arte como um caminho de admissão para a
sua realização.
 Estimular e valorizar a capacidade criadora do grupo em sincronia aos aspectos
sócio-econômico-culturais que interagem dialeticamente com o espaço escolar.
 Contribuir para a autorreflexão do educador, cooperando para a criação de
estratégias que abarquem as particularidades, os sentidos, as sutilezas, a
extensão e a profundidade de um texto literário, utilizando esses artifícios para a
formação de alunos capazes de reconhecê-los e senti-los.

3.3. Desenvolvimento

Essa proposta é pautada na interação e na inclusão entre os alunos portadores de


DA. A mediação do professor tem um importante papel no prolongamento das aulas,
segundo Vygotsky (2001) “O meio social é a verdadeira alavanca do processo
educacional, e todo o papel do mestre consiste em direcionar essa alavanca.”.
Assim, o mestre deve elaborar situações para o melhor desenvolvimento do
estudante, criando ambientes com a leitura e a compreensão de poesias. Além
disso, acerca da mediação do professor, Vygotsky (1991) apresenta o conceito de
Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), que consiste na distância entre o que o
aluno consegue realizar sozinho e aquilo que ele consegue efetuar apenas com
ajuda do professor ou dos colegas. Para Vygotsky (1991), quando a criança
consegue efetivar seu trabalho sozinho, ela está na chamada Zona de
Desenvolvimento Real e quando ela precisa de colaboração, ela está na Zona de
Desenvolvimento Potencial. Assim, a ZDP está presente entre a Zona de
Desenvolvimento Real e a Zona de Desenvolvimento Potencial. O professor, ao
identificar a ZDP, deve tornar-se mediador, ou seja, deve buscar estratégias para
que os alunos consigam atingir os resultados esperados, de forma que supere suas
dificuldades e atinjam sua Zona de Desenvolvimento Real (ZDR).

Dessa forma, a proposta de aula a seguir será construída em uma sequência


didática de 4 (quatro) aulas (sendo a quarta a avaliação e finalização do projeto),
pautando o uso da poesia como elemento transformador da realidade, servindo
como conectivo entre a arte e a linguagem. A poesia também age como elemento de
expressão pessoal, ajudando os alunos a se expressarem e se sentirem mais
incentivados e encorajados. Nesse caso, os alunos com DA participam de todas as
aulas inseridos normalmente, o papel do professor como moderador é fazer com que
todas as vozes sejam ouvidas, principalmente nos momentos de discussão e
conversa em que a pluralidade de vivências enriquece ainda mais o debate. As
aulas serão ministradas na disciplina de Língua Portuguesa sob o conteúdo de
Poema/Poesia.

A primeira aula se inicia com uma roda de conversa em que os alunos serão
questionados sobre o que eles entendem como poema e poesia e nela, o professor
pode estender a conversa para a poesia nas letras de música e em outros tipos de
arte. Esse primeiro encontro é direcionado especialmente para escuta dos alunos, o
professor pode usar a lousa para anotar pontos importantes das falas dos
estudantes. É importante lembrar que os alunos com DA devem participar e serem
igualmente ouvidos. Considerando o âmbito literário do estudo poético, após ouvir as
proposições dos estudantes, o professor deve conduzir a conversa para os
conhecimentos prévios dos educandos sobre seus gostos e preferências acerca dos
tipos de poema. Essa fase final deverá ser retornada na segunda aula.

A segunda aula é baseada nos elementos constituintes do poema, tantos os


elementos estruturais quantos os líricos. Como material de apoio, é sugerido que o
professor utilize o poema “Não te amo mais’’ de Clarisse Lispector, evidenciando a
diferença entre o eu-lírico (a voz do poema) e autor. Dando seguimento, a aula
tratará dos demais componentes do poema: versos, rimas, estrofes e etc. Poderão
ser utilizados diferentes recursos como projetor para apresentar o poema, vídeos de
declamação, entre outros.

Os alunos, incentivados pelo professor, terão espaço para falar sobre seus gostos
pessoais e conhecimentos prévios sobre poesia, pois é de extrema importância que
eles tenham voz dentro da realização da aula, Rego (1990) destaca a importância
desse estímulo: “É muito importante que surjam perguntas e comentários por parte
das crianças, para que a história não se transforme num ritual didático alheio aos
verdadeiros interesses delas”.

A terceira etapa é dedicada para produção de seus próprios poemas, na qual os


alunos poderão expressar tudo o que aprenderam e desenvolveram em conjunto.
Nessa parte, os alunos com DA devem ser acompanhados mais de perto, porém, de
uma forma que não os segregue dos demais. O professor pode utilizar de elementos
do cotidiano da sala de aula para ajuda-los, como as rimas com o nome dos objetos
e sua musicalidade.

3.4. Avaliação

A quarta e última aula desse projeto será a avaliação das aprendizagens adquiridas,
o professor fará uma roda com as carteiras e se posicionará no cento da classe. Os
alunos, um a um, apresentarão e comentarão sobre suas produções e como foi o
processo de construção de seus poemas. Nessa fase, todos os alunos, incluindo os
com DA, apresentarão seus projetos de forma semelhante. A finalidade dessa
exposição é fazer com todos tenham espaço para mostrar e expressar seus
sentimentos, portanto o profissional da educação deve desfrutar do caráter sensível
da poesia para estabelecer uma atmosfera lúdica de encantamento e envolvimento,
como posto por Abramovich, a criação desse espaço demanda que o professor

[...] saiba dar as pausas, criar os intervalos, respeitar o tempo para o


imaginário de cada criança construir seu cenário, visualizar seus monstros,
criar seus dragões, adentrar pela casa, vestir a princesa, pensar na casa do
padre, sentir o galope do cavalo, imaginar o tamanho do bandido e outras
coisas mais... (1989, p.21).

Além disso, através das atividades utilizadas, o docente conseguirá avaliar se suas
estratégias permitiram que os alunos com DA atingissem sua Zona de
Desenvolvimento Real.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A poesia é uma arte de expressão da vida. Ela se corporifica em diversas formas do


nosso dia a dia. Como dito por Ninfa Parreiras (2009) “É algo que nos afeta e, com
isso, encanta”’. É inegável que o trabalho com poesia na sala de aula, colabora em
demasia com a evolução, não só de capacidades linguísticas, como também
dimensões cognitivas, motoras e emocionais, tornando os alunos aptos a absorvê-
las e desenvolvê-las. Através do contato com o teor simbólico da poesia e a
linguagem conotativa, o estudante se sensibiliza e se familiariza, tornando esse
gênero uma ponte de comunicação para o mundo. Assim sendo, diante de todo
percurso explorado em torno das formulações no tocante da utilização da poesia
como mecanismo facilitador no processo de ensino-aprendizagem de alunos com
DA, ressaltamos a importância do ambiente escolar possibilitar esse encontro,
utilizando-a como parte primordial de um processo de inclusão e apoio para esses
alunos, que descobrirão um mundo de sentimentos e desejos e construção de
sentidos próprios. Vale ressaltar, que devem ser respeitados a idade, o ritmo e as
colocações pessoais de cada indivíduo, uma vez que o leitor, por mais iniciante que
seja, fará ligações com o cotidiano, permitindo uma compreensão de muitas facetas,
subjetividades, individualidades e inferências. Por fim, olhar a poesia como
instrumento facilitador da inteligência e condutor da aprendizagem, favorecendo os
alunos com disfunções de aprendizagem, é uma estratégia sensível e
transformadora.

REFERÊNCIAS

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Luciana. A importância do processo de aprendizagem na Educação Infantil.
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OLIVEIRA, M. K. de. O pensamento de Vygotsky como fonte de reflexão sobre
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