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Escritório Experimental de Assistência Jurídica Dom Bosco

EXCELENTÍSSIMO(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA


___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE LINS/SP

JANAINA CRISTINA CHAVES SIQUEIRA


DOS SANTOS, brasileira, casada, auxiliar de cozinha, portadora da CI-RG nº
48.165.877-4-SSP/SP e do CPF/MF nº 396.192.708-19, e-mail:
siqueirajanaina73@gmail.com, com domicílio residencial na Rua Dr. Mohana Adas nº
162, Jardim Santa Maria, CEP 16402-308 – Lins/SP, por intermédio de seu advogado
com escritório na Rua Dom Bosco, nº 265 – Bro. Centro – CEP 16400-505 – Lins/SP,
vem perante Vossa Excelência para com fundamento no artigo 226, § 6º da
Constituição Federal e artigo 1.571, inciso IV do Código Civil propor ação de

DIVÓRCIO LITIGIOSO em face de


EMERSON SIQUEIRA DOS SANTOS, brasileiro, casado, pedreiro, RG N/C, CPF N/C,
e-mail N/C, com domicílio residencial na Rua Doutor Paulo Magalhães, nº 70, Jardim
Bandeirantes - CEP 16401-207 – Lins/SP, pelos motivos fáticos e jurídicos a seguir
expostos: 
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I - DOS FATOS

1. A Requerente casou-se com o Requerido em 21 de setembro de 2013, sob o


regime de Comunhão Parcial de Bens, nos termos da certidão lavrada no Serviço de
Registro Civil das Pessoas Naturais, na cidade de Lins/SP, sob a matrícula nº
119131.01.55.2013.2.00053.173.0008013.92 (cópia em anexo).

1.1 A relação conjugal durou por 13 (treze) anos, e dessa união, nasceram dois filhos
chamados Erickson Gabriel Chaves Siqueira dos Santos nascido em 26/12/2010,
atualmente com 10 anos de idade e Ederson Emanoel Chaves Siqueira dos Santos
nascido em 15/12/2014, atualmente com 6 anos de idade.

1.2 O casal encontra-se separado de fato há 1 (um) ano e 8 (oito) meses,


aproximadamente, decisão esta que partiu dos mesmos pelo fato de não verem mais
possibilidades de continuar a relação conjugal.

1.3 Diante da ruptura fática da sociedade conjugal e da presente situação, não há


porque se perpetuar o vínculo conjugal e nem a manutenção do “status” de casada,
adquirida pela alteração do nome por ocasião do enlace matrimonial, uma vez que
este não existe mais de fato, trazendo assim constrangimentos e impedimentos legais
para que ambos possam contrair novas núpcias e a constituir nova família – se assim
quiserem.

1.4 Ressalta-se que o Requerido está de acordo com o divórcio, mas não concordou
com o valor que lhe foi imposto à época de um acordo realizado entre o casal para o
pagamento de alimentos aos seus filhos, e que o casal, na constância do casamento,
não adquiriu nenhum bem em comum.

II – DOS BENS COMUNS

2. Conforme acima citado, na constância do casamento as partes não adquiriram


bens comuns, exceto aqueles necessários e úteis à sobrevivência.

III – DOS ALIMENTOS ENTRE OS CÔNJUGES

3. Por ora, os cônjuges dispensam alimentos uns aos outros.


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IV – DA GUARDA E REGIME DE VISITAS

2. Conforme acima citado, na constância do casamento as partes não adquiriram


bens comuns, exceto aqueles necessários e úteis à sobrevivência.

FUNDAMENTOS JURÍDICOS DO PEDIDO

2. Toda relação conjugal que se chega ao fim é de direito dos cônjuges que não
existam mais vínculos legais entre eles.

2.1 Para tal feito, a Constituição Federal prescreve em seu § 6º do artigo 226, que “o
casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio”. No plano infraconstitucional o
Código Civil em seu artigo 1.571, inciso IV, reforça dizendo que a sociedade conjugal
termina pelo divórcio.

2.2 Dessa forma, a decretação do divórcio, nesse caso, é um direito da requerente,


ante o fato que se encontram separados de fato há meses.

Os filhos em comum do casal, atualmente com 10 anos e 6 anos de idade, estão sob
a guarda de fato de sua mãe e ora autora desta ação, desde que ocorreu a
separação de fato do casal e neste sentido, deverão permanecer.

No entanto, considerando que os filhos do casal são menores e inválidos para o


trabalho, estando em fase de estudos escolares, o requerido deve ser condenado no
pagamento de alimentos em favor dos menores. Segundo o art. 1.694 do Código
Civil, podem os parentes pedir uns aos outros, os alimentos de que necessitem para
viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às
necessidades de sua educação. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre
pais e filhos, conforme art. 1.696 do Código Civil.

Assim sendo, é dever do requerido pagar alimentos aos seus filhos menores, que
sobrevivem graças ao auxílio prestado pela autora, que os socorre em todas as suas
necessidades. Por força do §1º do art. 1.694 acima citado, “os alimentos devem ser
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fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa


obrigada”.

Considerando que a autora requer a regularização da guarda dos filhos menores, que
de fato, já é sua, nos termos do art. 1.589 do Código Civil, o requerido tem direito de
visitar os menores, bem como tê-los em sua companhia. Assim sendo, requer que
seja fixado o direito de visita livremente, mas preferencialmente aos fins de semana
para não atrapalhar os estudos dos menores.

Por final, a autora pretende voltar a usar o nome de solteira, conforme lhe faculta o
§2º do art. 1.571 do Código Civil, voltando a chamar JANAINA CRISTINA CHAVES
PEREIRA.

DOS PEDIDOS:

Ante todo exposto pede-se a decretação do divórcio do


casal, expedindo-se o mandado de averbação ao Cartório de Registro competente,
para que surta os efeitos legais.

Pede-se, também, a condenação do requerido no


pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, no importe de 20%
(vinte por cento) do valor atualizado da causa, nos termos do artigo 85, § 2º,
do Código de Processo Civil.

Pede-se, ainda, a concessão de tutela antecipada para


conceder provisoriamente a guarda de direito dos menores em favor da autora, bem
como, fixar alimentos provisórios no importe correspondente a ____% dos
rendimentos líquidos do requerido, mediante desconto em folha de pagamento e
depósito na conta bancária n° 01034169-4, Agência 0046 do Banco Santander,
figurando como correntista a autora.

Pede-se, finalmente, a expedição de ofício ao empregador


do requerido para desconto em folha de pagamento das pensões alimentícias e
depósitos na conta bancária acima apontada.
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REQUERIMENTOS

Diante do exposto, requer-se:

a) os benefícios da gratuidade da justiça, nos termos do


artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal e do art. 98 do Código de Processo Civil, vez
que a requerente não possui condições financeiras de custear a presente demanda,
sem prejuízo do próprio sustento, conforme declaração anexa;

b) seja citado o requerido, para caso queira, conteste a


presente ação no prazo legal;

c) que a requerente possa voltar a usar seu nome de


solteira;

d) que ocorra a audiência que retrata o art. 695 do Código


de Processo Civil.

DAS PROVAS

Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em


direito admitido, sem exceção, em especial a documental inclusa e a apresentação de
demais documentos que forem ordenados, depoimento pessoal do requerido e
testemunhas eventualmente arroladas, reservando-se o direito de usar os demais

recursos probatórios que se fizerem necessários ao deslinde da ação.

Dá à causa, o valor de R$ (_______).

Nestes termos,
Pede deferimento.
 
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Lins/SP, 11 de Maio de 2021

CRISTIAN DE SALES VON RONDOW


OAB/SP Nº 167.512

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