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Redutível:
Encarcerada/irredutível:
Diagnóstico:
- clínico!
Tratamento:
1. Abertura local:
- avaliação do conteúdo
- enterectomia se necessário
- hernioplastia
2. Laparotomia:
- se peritonite
- se complicações cavitária
3. Redução da hérnia:
- exceção!
- <2h de encarceramento
Estrangulada:
Diagnóstico:
- clínico
Tratamento:
1. Abertura local:
- avaliação do conteúdo
- enterectomia se necessário
- hernioplastia
2. Laparotomia:
- SE peritonite
- SE complicações cavitária
Hérnia Inguinal:
- mais frequente em homens
- ocorre mais no lado direito do paciente
- ocorre mais em sua forma indireta
Anatomia:
Anel
inguinal
profundo
Trígono de Hesselbach
(é uma região onde a
cobertura muscular da
parede é frágil)
Anel inguinal Vasos
Hérnia interno/profundo epigástricos
indireta inferiores
Borda lateral
do músculo
reto abdominal
Fáscia
transversalis
(reveste o Trígono
de Hesselbach)
Classificação de Nyhus:
Nyhus I:
- hérnia indireta
- anel inguinal interno normal
- é uma hérnia pediátrica (conduto do peritôniovaginal patente)
Nyhus II:
- hérnia indireta
- anel inguinal interno dilatado
- parede preservada
Nyhus III:
- defeito na parede posterior
Pode ser:
IIIa. Direta
IIIb. Indireta com parede posterior comprometida:
- dilatação do anel inguinal interno + defeito na parede posterior, ou seja, houve
uma dilatação tão grande que “rasgou” o anel inguinal interno e dilatou a
parede posterior adjacente, permitindo agora hérnias maiores
- pode ser inguinoescrotal
- desloca vasos epigástricos inferiores
IIIc. Femoral
Nyhus IV:
- quando ocorre recidiva da hérnia
Pode ser:
IVa. Direta
IVb. Indireta
IVc. Femoral
IVd. Mista:
- recidiva de mais de uma forma combinada
Hérnia de Littré:
- é um tipo de hérnia inguinal rara
- ocorre herniação do Divertículo de Meckel
Hérnia de Amyand:
- é um tipo de hérnia inguinal rara
- ocorre herniação do apêndice cecal
Tratamento conservador:
Indicações:
- homens
- idosos
- assintomáticos ou oligossintomáticos
- hérnia com pouco conteúdoqpouco volumosa
- hérnia de anel largo
Pré-requisito:
- orientação: alarmes (encarceramento/estrangulamento)
- acesso a pronto atendimento cirúrgico resolutivo
Conduta:
- “Watchful waiting” (conduta expectante e vigilante)
Tratamento:
Analgésicos simples;
Medicamentos específicos para neuralgia crônica:
- amitriptilina
- carbamazepina
- pregabalina
- gabapentina
Intervenções:
- bloqueio percutâneo associado a medicações como corticoide
- caso não funcione, pode-se realizar ablação nervosa (desfuncionalização
daquele nervo)
- se nada funcionar, faz-se uma neurectomia cirúrgica
Recidiva:
- paciente que já teve uma hernia inguinal, desenvolve uma nova hérnia no
MESMO lugar onde ela teve antes
- Nyhus IV
Fatores de risco:
- obesidade
- tabagismo (prejuizo da cicatrização)
- tosse recorrente
- esforço miccional
- esforço evacuatório
- massas intra-abdominais
- ascite
- infecção do sítio cirurgico (prejuizo da cicatrização)
Localização mais comum:
- normalmente a recidiva ocorre junto ao tubérculo púbico
Tratamento:
- controlar fatores de risco
- nova hernioplastia (técnica diferente)
Técnicas pré peritoneais:
- tem como foco o orifício miopectíneo de Fruchaud
- é colocada uma tela pré peritoneal (ou seja, mais profundamente), fechando o
orificio miopectineo de Fruchaud
- causa menos recidiva
- trata as mesmo tempo as hérnias inguinal direta, inguinal indireta e femoral
Stoppa:
- hernioplastia aberta
- em hérnias bilaterais pode ser a 1ª escolha
- excelente para hérnias inguinais recidivadas
Hernioplastia laparoscópica:
- hérnias TEP (totalmente extra peritoneal) e hérnias TAPP (transabdominal pré
peritoneal)
- igual à tecnica de Stoppa, porém por video
- melhor recuperação
- em hérnias bilaterais pode ser a 1ª escolha
- excelente para hérnias inguinais recidivadas
- 1ª escolha para as hérnias femorais
- risco de lesão de vasos iliacos (trígono de DUM/trígono do Desastre)
- risco de lesão de estruturas nervosas (trígono da dor: cutâneo femoral
lateral, genitofemoral), gerando dor crônica
Hérnia Femoral:
- por definição, é um Nyhus IIIc
Arco tendíneo
Ligamento
inguinal
Hérnia femoral
dentro do Anel
Femoral
Ligamento
Lacunar
Ligamento
de Cooper
Artéria Veia
Femoral Femoral
Dados clínicos:
- abaulamento sintomático
- abaixo do ligamento inguinal
- mais comum em mulheres
- risco maior de estrangulamento
Diagnóstico:
- clínico
- se dúvida: USG
Hérnia de Garengeot:
- é um tipo de hérnia femoral rara
- ocorre herniação do apêndice
Hérnia Umbilical:
- abaulamento na cicatriz umbilical
- ocorre igualmente em homens e mulheres
Diagnóstico:
- clínico
- definir o tamanho da hérnia
Tratamento:
Hérnia de até 2 cm OU estrangulada:
Técnica de Mayo:
- herniorrafia (apenas dá ponto)
- sem tela
Hérnia >2cm:
- hernioplastia umbilical com uso de tela
Infância:
- aguarda e vigia até 2-6 anos paraver se vai se resolver sozinha
Cirrótico grave:
- expectante
- controlar ascite
- vigiar
- paciente compensado, Child A pode fazer reparo com tela
*Se urgência (encarceramento, estrangulamento, ulceração/ruptura) = cirurgia
(mesmo com risco)
Hérnia de Richter:
- ocorre herniação de apenas uma parte da parede da alça (borda
antimesentérica), mantendo o lúmen desobstruido
- risco maior de estrangular e perfurar!!! Ou seja, a alça vai estrangular,
perfurar, sem nunca ter obstruído o intestino
- costuma ocorrer com hérnia inguinal e femoral
Manejo:
- avaliação da viabilidade
- enterectomia segmentar se necessário
- hernioplastia inguinal a Lichtenstein
*redução = risco! Como essa hérnia tem risco maior de perfuração, caso ela
esteja perfurada, ao reduzi-la você pode provocar uma peritonite entérica
Hérnia de Spiegel:
- é uma hérnia mais profunda, que causa um abaulamento paramediano
- a linha semilunar de Spiegel é uma linha curva ao longo da borda lateral do
musculo retoabdominal
- existe um ponto de confluência entre as aponeuroses dos músculos
retoabdominal, oblíquo interno e músculo transverso, que é um ponto de
fraqueza no abdome
Região ventral
do abdome
*corte tranversal
Linha semilunar
de Spiegel
Tratamento:
Hernioplastia de Spiegel:
- reparo muscular do musculo obliquo interno + musculo transverso
- é colocada uma tela de polipropileno na região acometida
Tela de
polipropileno
para reforçar
Sutura a região
defeituosa
Hérnia incisional:
- a cicatriz de uma cirurgia prévia na parede abdominal que teve uma
cicatrização inadequada é uma região enfraquecida que facilita o surgimento
de uma hérnia naquele local
- a hérnia incisional é justamente a hérnia que surge na cicatriz de uma cirurgia
anterior
Fatores de risco:
- obesidade
- tabagismo/tosse
- peso
- esforço à micção
- esforço à evacuação
- massas abdominais
- ascite
- infecção do sítio cirúrgico
- cirurgia de urgência
- reoperações
Diagnóstico:
- clínico
- USG ou TC de abdome se dúvida diagnóstica
Tratamento:
1. controlar fatores de risco (perda ponderal é primordial!)
2. hernioplastia incisional:
- tela de polipropileno
- posição pré aponeurótica, ou seja, por cima da aponeurose (onlay)
Se hérnia muito volumosa:
Hérnias Gigantes:
- hérnia que tem um volume protruído >25% do volume abdominal
- há perda de domicilio, ou seja, ela não comporta mais a cavidade abdominal
- TC: volumetria (medição do volume herniário)
Estratégias:
Controle de fatores de risco enquanto ganha espaço intra abdominal!
Aumento do volume abdominal (opções):
- indução de pneumoperitónio progressivo (joga gás de forma seriada na
cavidade abdominal para que ela distenda e ganhe esppaço)
- incisão relaxadora nas aponeuroses para que a musculatura relaxe e ganhe
mais espaço intra-abdominal
- separação dos componentes abdominais por incisão complexa (separação
posterior de componentes)
- viscerorredução – último caso (retirar órgão: omento, cólon direito...)
Hérnias Lombares:
- são hérnias raras
- ocorrem nos trígonos lombares superior (Grynfelt) e inferior (Petit)
- normalmente essa herniação é de gordura pré-peritoneal/extraperitoneal (pois
posteriormente não tem órgão livre)
- baixa taxa de complicações
Quadro clínico:
- dor e abaulamento na regiçao dorso-lombar
Diagnóstico:
- pode ser clínico, mas é difícil
- TC é o mais comum
Manejo:
Hernioplastia lombar com tela do trígono lombar superior (Grynfelt) ou inferior
(Petit)