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Rute Rabeca Lambo

Estudo das derivadas: aplicação das derivadas


(Licenciatura em Ensino de Química)

Universidade Rovuma
Lichinga
2021
Rute Rabeca Lambo

Estudo das derivadas: aplicação das derivadas

Trabalho de Matemática Básica, a


ser apresentado ao departamento
de Ciências Naturais, Matemática e
Estatísticas para fins avaliativos,
leccionado pelo: Msc: Vital
Napapacha.

Universidade Rovuma

Lichinga

2021
Índice
1. Introdução ......................................................................................................................... 3

1.1. Objectivos .................................................................................................................. 3

1.1.1. Geral ...................................................................................................................... 3

1.1.2. Específicos ............................................................................................................. 3

1.2. Metodologia ............................................................................................................... 3

2. Derivada ............................................................................................................................ 4

2.1. A recta tangente .......................................................................................................... 4

2.2. A derivada de uma função num ponto ......................................................................... 7

2.2.1. Derivadas laterais ................................................................................................... 7

2.2.2. Regra de Derivadas ................................................................................................ 7

2.3. Aplicação das Derivadas ............................................................................................. 9

2.3.1. Teorema de Rolle ................................................................................................... 9

2.3.2. Teorema do Valor Médio ....................................................................................... 9

2.3.3. Regra de L’ Hospital ............................................................................................ 10

2.3.4. Polinómio de Taylor............................................................................................. 11

3. Conclusão........................................................................................................................ 12

4. Referências Bibliográficas ............................................................................................... 13


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1. Introdução
O conceito de função que hoje pode parecer simples, é o resultado de uma lenta e
longa evolução histórica iniciada na Antiguidade quando, por exemplo, os matemáticos
Babilónios utilizaram tabelas de quadrados e de raízes quadradas e cúbicas ou quando os
Pitagóricos tentaram relacionar a altura do som emitido por cordas submetidas à mesma
tensão com o seu comprimento.

Nesta época o conceito de função não estava claramente definido: as relações entre as
variáveis surgiam de forma implícita e eram descritas verbalmente ou por um gráfico. Neste
sentido, de uma maneira geral, a derivada é a inclinação da recta tangente que passa por uma
determinada curva. Além disso, podemos utilizar a derivada em física, pois ela também é uma
taxa de variação, como por exemplo, a velocidade.

1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
 Conhecer a Aplicação das Derivadas.

1.1.2. Específicos
 Definir Derivadas;
 Descrever os Teorema do Valor Médio e o Teorema de Rolle;
 Aplicar a Regra de L’ Hospital.

1.2.Metodologia
O presente trabalho realizou-se com bases na leitura de várias referências
bibliográficas, antigos, obras literárias e manuais que abordam assuntos relacionados com o
tema do nosso trabalho. Recorreu-se também ao uso da internet.
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2. DERIVADA
2.1.A recta tangente
SERAFIM (2006, pág. 22), “suponha que a recta da figura vá se aproximando da
circunferência até tocá-la num único ponto.”

Fonte: SERAFIM (2006, pá. 22)

Na situação da figura 4, dizemos que a recta é tangente a circunferência no ponto .


De acordo com o autor, exemplos de rectas tangentes (no ponto ) a algumas curvas estão
apresentados abaixo:

 Fonte: SERAFIM (2006, pág. 22)

Ainda segundo o autor, na figura 7, apesar de a recta tocar a curva em dois pontos, ela
tangencia a curva em , como na figura 4. Estas rectas tocam suavemente as curvas nos
pontos indicados. Exemplos de rectas que não são tangentes (no ponto ) a algumas curvas:
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Fonte: SERAFIM (2006, pág. 22)

Segundo o autor, estas rectas não tocam suavemente as curvas nos pontos indicados
como no exemplo da circunferência (fig. 4). Elas cortam, penetram as curvas. Vamos
determinar a equação da recta tangente a uma função (uma curva) num ponto do seu domínio.

Seja uma curva definida no intervalo . Consideremos , sendo


, um ponto fixo e um ponto móvel, ambos sobre o gráfico de .

 Seja s a recta que passa pelos pontos e .


 Seja t a recta tangente ao gráfico de no ponto .

Fonte: SERAFIM (2006, pág. 22)

Considerando o triângulo rectângulo , obtemos o coeficiente angular da recta como:


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Fonte: Serafim (2006, p, 22)

Suponha que o ponto mova-se sobre o gráfico de em direcção ao ponto . Desta


forma, a recta se aproximara da recta . De acordo com o autor, o ângulo se aproximara
do ângulo , e então, a se aproximara da . Usando a notação de limite, é fácil
perceber que

Para o autor, mas quando temos que . Desta forma, o limite acima ficara

Assim

Definição: seja uma curva e um ponto sobre o seu gráfico. O


coeficiente angular da recta tangente ao gráfico de no ponto é dado pelo limite

Fonte: SERAFIM (2006, pág. 22)


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2.2.A derivada de uma função num ponto


Definição: seja uma função e um ponto do seu domínio. Chama-se
derivada da função no ponto e denota-se , o limite

Quando este existir. Se fizermos , obtemos a seguinte forma para :

2.2.1. Derivadas laterais


De acordo com SERAFIM (2006, pág. 26 – 27), “o limite de uma função num ponto
somente existe se os limites laterais existem e são iguais. Como a derivada de uma função
num ponto é um limite, esta derivada somente existirá em condições análogas. Segundo o
autor, uma função é derivável num ponto quando as derivadas laterais (a direita e a
esquerda) existem e são iguais neste ponto”.

Definição: seja uma função e um ponto do seu domínio. A derivada à


direita de em , denotada por é definida por

Definição: Seja uma função e um ponto do seu domínio. A derivada à


esquerda de em , denotada por é definida por

2.2.2. Regra de Derivadas


2.2.2.1.Derivada de uma função constante
Se , é uma constante real, então .
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2.2.2.2.Derivada da função potência


Se é um inteiro positivo e , então

Prova:

Usando o Binómio de Newton para expandir , obtemos

[ ]

[ ]

[ ]

2.2.2.3.Derivada do produto de uma constante por uma função


Se é uma função derivável e é uma constante real, então a função
tem derivada dada por .

Prova:

[ ]

2.2.2.4.Derivada de uma soma de funções


Se e são função deriváveis, então a função tem
derivada dada por .
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2.2.2.5.Derivada de um produto de funções


Se e são função deriváveis, então a função tem
derivada dada por .

2.2.2.6.Derivada de um quociente de funções

Se e são função deriváveis, então a função tem derivada dada

por [ ]
.

2.3.Aplicação das Derivadas


2.3.1. Teorema de Rolle
 Seja uma função continua em [ ] e derivável em .
 Se , então existe tal que .

Demonstração:
“Se é constante em [ ] então , para todo ]. Seja não
constante. Como é continua em [ ], pelo teorema de Weierstrass, atinge
seu máximo e seu mínimo em [ ]. Se ambos fossem atingidos nas
extremidades e sendo teríamos e, assim, seria
constante. Logo, atingido seu máximo ou seu mínimo em .
Como é derivável em , concluímos que ”. SERAFIM (2006,
pág. 27)

2.3.2. Teorema do Valor Médio


 Seja uma função continua em [ ] e derivável em .

 Então existe tal que .

Demonstração:

 Sejam e .
 A equação da recta que passa pelos pontos e e dada por:

Conforme SERAFIM (2006), “fazendo temos:

. Como e uma funcao polinomial, e continua e derivavel em todos os pontos.


Consideremos a função . Esta funcao determina a distância vertical
entre um ponto do gráfico de f e o ponto correspondente na recta secante ”.
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Temos: .

A função satisfaz as hipoteses do Teorema de Rolle em [ ] , pois:

 e continua em [ ] já que e sao continuas em [ ];


 e derivavel em já que e são deriváveis em ;
 .

Portanto, existe um ponto tal que . Como

, temos . Segue que .

De acordo com SERAFIM (2006, pág. 91), “geometricamente, o teorema do valor


médio estabelece que se a função e continua em [ ] e derivável em ,
então existe pelo menos um ponto onde a tangente a curva e paralela a recta que
passa pelos pontos e ”.

Fonte: SERAFIM (2006)


2.3.3. Regra de L’ Hospital
Conforme, SERAFIM (2006), “as Regras de L’Hospital apresentam um método geral
para levantar indeterminações do tipo ou . Sejam e funções deriváveis num intervalo

aberto , excepto possivelmente em um ponto . Suponhamos que para todo


em ”.

Se

Ou
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2.3.4. Polinómio de Taylor


A Formula de Taylor consiste num método de aproximação de uma função por um
polinómio, com erro possível de ser estimado. Seja uma função que admite
derivadas até ordem n num ponto c do intervalo . O polinómio de Taylor de ordem de no
ponto , que denotamos por , e dado por:

Dado o polinómio de Taylor de grau n de uma função , denotamos por a


diferença entre e , isto e, . Assim,

Para os valores de nos quais e pequeno, o polinómio da uma boa


aproximação de . Por isso chama-se resto.

Fonte: SERAFIM (2006)

 Seja [ ] uma função definida no intervalo [ ].

Suponhamos que as derivadas existam e sejam continuas em [ ]e


que exista em . Seja um ponto qualquer fixado em [ ]. Então para cada
[ ], , existe um ponto entre e tal que
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3. Conclusão
Para concluir, Seja uma função e um ponto do seu domínio. Conclui-se
que derivada da função no ponto e denota-se , o limite

. O teorema de Rolle afirma que se é constante em [ ] então

, para todo ]. Seja não constante. Como é continua em [ ], pelo


teorema de Weierstrass, atinge seu máximo e seu mínimo em [ ]. Se ambos fossem
atingidos nas extremidades e sendo teríamos e, assim, seria constante.
Logo, atingido seu máximo ou seu mínimo em . Como é derivável em
, concluímos que .

Contudo, o teorema de valor médio, seja uma função continua em [ ] e derivável

em ; Então existe tal que . Sejam e .

A equação da recta que passa pelos pontos e e dada por: .

Fazendo temos: . Como e uma funcao

polinomial, e continua e derivavel em todos os pontos. Consideremos a função


. Esta funcao determina a distância vertical entre um ponto do
gráfico de f e o ponto correspondente na recta secante .
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4. Referências Bibliográficas
ANDRINI, Álvaro & ZAMPIROLO, Maria José C. de V. Novo Praticando Matemática.
Editora do Brasil. São Paulo. 2002

BARANENKOV, G. & DEMIDOVITCH, B. Problemas e exercícios de análise magmática.


4ª edição. Editora Mir. 1977

DANTE, L. R. Matemática Contexto & Aplicações. 2ª Edição. Ed. Ática. São Paulo. 2002

FERREIRA, C. Introdução a análise matemática. Editora fundação Calouste Gibenkian.


Lisboa. 1985

PISKONOUV. Cálculo diferencial e integral – Vol. I, II. Edições Lopes da Silva, port. 1984

SERAFIM, A. F. Cálculo Diferencial e Integral I. Faculdade de Ciência e Tecnologia Cursos


de Engenharia – ÁREA 1. Apostila de limites e derivadas. 2006. Pp 22-91

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