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A COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA

A colonização da América obedeceu a mais um capítulo dos interesses


europeus, para desafogar excedentes demográficos, escapar de conflitos político-
religiosos e principalmente atender as práticas mercantilistas, enriquecendo os estados e
a burguesia européia.
As terras do novo mundo, recém descoberto, representavam a fonte de riqueza
para os povos europeus, necessitados de metais preciosos, excedentes agrícolas e de
todos os produtos que antes vinham das Índias Orientais.
Neste capítulo vamos analisar os motivos e os mecanismos que a Espanha e a
Inglaterra desenvolveram na colonização da América, como foi o trabalho, a
organização social e econômica que exigiram habilidade dos colonizadores.

COLONIZAÇÃO INGLESA

Os historiadores identificaram que foram os puritanos que primeiro


colonizaram a América do Norte, nas terras que hoje chamamos de Estados Unidos. Os
principais motivos apontados foram os conflitos político-religiosos que ocorriam na
Inglaterra dos séculos XVI e XVII. Porém, somam-se a essa outras razões de menor
proporção. Precisamos observar também que os cercamentos dos campos ingleses
(expulsão dos camponeses das terras que trabalhavam e dos feudos), formaram um
grande contingente populacional nas cidades, gerando miséria entre outros problemas
sociais. Isso exigiu que se encontrasse uma saída para desafogar o excedente
demográfico.
Mesmo assim foram os conflitos entre os anglicanos, puritanos e católicos que
levavam a verdadeira guerra civil com inúmeras prisões e mortes, promoveram a saída
dos colonos da Europa em direção a América.
Os protestantes partiram da Inglaterra em 1620 no navio Myflower em direção
ao continente americano. Ficaram conhecidos como Pilgrim Fathers (pais peregrinos).
Não eram ricos, mas representantes da pequena burguesia. Seu pensamento estava
baseado no êxodo que os judeus fizeram quando saíram do Egito em direção a terra
prometida. A idéia de que saiam de um lugar de dificuldades para uma “terra que mana
leite e mel”. A importância desse pensamento era que os colonos queriam fazer da
América uma nova Inglaterra, um lugar construído segundo os moldes britânicos, com
muito trabalho, que era uma das características do calvinismo que tanto predominava
entre os britânicos.
Na América foram organizadas, ao longo do século XVII, 13 colônias
divididas entre norte, centro e sul.

As colônias do norte

Iniciaram com a Nova Inglaterra. A região desenvolveu pequenas propriedades com


trabalho familiar. Seu clima frio não permitiu a formação da grande propriedade como
no sul e nas colônias espanholas. Na economia eram manufatureiros e construtores de
navios entre outras atividades. Foram também os primeiros a se industrializar. Nessa
atividade não dependiam de trabalho escravo, mas de assalariados.
Logo se formou no norte um mercado interno que fortificou sua economia.
Os nortistas faziam o comércio triangular que significava viagens mercantis que partiam
de Boston, carregados de Rum, para as Antilhas (colônias da Espanha na América
Central). Compravam cana-de-açúcar, levando para a África onde descarregavam o
Rum e compravam escravos. No retorno esses eram deixados nas Antilhas para o
trabalho nos canaviais e no sul da América do Norte.
No norte predominou a intolerância religiosa. Os puritanos governavam misturando
política e religião. Tudo era vigiado e qualquer denúncia era apurada, podendo condenar
as pessoas por bruxaria, mandando-as para a prisão ou pena de morte na fogueira. Esse
episódio ficou conhecido como caça as bruxas.

As colônias do sul

Nas colônias do sul o clima era mais tropical o que permitia a produção agrícola de
gêneros que interessavam a Europa. Assim, predominou o sistema de plantation, que era
uma grande plantação monocultura para a exportação e com mão-de-obra escrava. Seus
principais produtos foram o tabaco e o algodão. Isso fez com que a economia sulista
fosse frágil porque dependia do mercado internacional e de suas oscilações. A sociedade
formou uma aristocracia nos moldes da inglesa.
Os historiadores dividem as colônias americanas em dois tipos: as de
povoamento e as de exploração. O norte era de povoamento devido a falta de riquezas
que interessasse aos europeus, enquanto que o sul era colônia de exploração porque
continha clima adequado para os produtos tropicais que os europeus buscavam. Outra
diferença observada era a maior concentração populacional concentrada no norte,
enquanto que no sul os colonos estavam mais desconcentrados e em menor proporção.

As colônias do centro

Essas tiveram semelhanças mais próximas das do norte, mesmo guardando diferenças
que as faziam distintas. Podemos citar como exemplo a Pensilvânia, fundada por
Willian Penn. Enquanto o norte foi colonizado pelos puritanos, as colônias do centro
foram organizadas pelos Quakers que eram separatistas do movimento protestante
inglês.
A principal característica dessas colônias era a tolerância ou mesmo a
liberdade religiosa que tinham. Seus colonos vinham de várias nações como Alemanha,
Suécia, Holanda, Escócia e Inglaterra. Não só protestantes, mas também católicos.
O que separava essas regiões americanas eram os recortes naturais, os
acidentes geográficos e a distância.

Pacto Colonial

O pacto colonial entre a Inglaterra e as colônias americanas era fraco. A própria


colonização foi feita por particulares contando somente com a permissão da coroa, mas
sem seu apoio. Os ingleses saíram tarde para as navegações deixando que Portugal e
Espanha ganhassem a liderança e se tornassem as primeiras potencias da Europa. Isso
ocorreu pelos seguintes motivos:
- A Inglaterra viveu a Guerra dos Cem anos contra a França, (1337-1453);
- Guerra das Duas Rosas entre as famílias York e Lancaster pela sucessão do
trono inglês (1455-1485);
- E, quando os ingleses pareciam se estabilizar, apareceram os problemas
político-religiosos entre católicos, protestantes e suas dissidências.
Comparando com a Espanha e Portugal, os ingleses não conseguiram
gerenciar suas colônias. O norte da América nem mesmo os interessava devido as
questões já mencionadas ligadas ao clima. Podemos exemplificar esse fenômeno
observando o chamado self govenment (autogoverno), os governadores das colônias do
norte eram nomeados pelos próprios colonos, enquanto os do sul, que interessava mais a
exploração inglesa, eram nomeados pela coroa metropolitana.
Devido a esse mau gerenciamento a autonomia dos colonos ficou evidente e,
mais tarde, quando os ingleses exigiram o fiel comprimento do pacto colonial, os
americanos promoveram sua independência.
Expansão para o Oeste

Quando os colonos americanos precisaram de mais terras para a produção


agrícola, resolveram penetrar o interior do continente. O problema, que não era novo,
foram os índios e os franceses que eram colonos no Canadá. Os índios foram
empurrados cada vez mais para o interior através de combates diretos que os
expulsavam de suas terras. O genocídio foi a forma de eliminar os nativos. O caso dos
franceses foi resolvido com guerra onde os colonos foram ajudados pela metrópole
inglesa.

Anne Bradstreet

Anne Dudley Bradstreet nasceu em Northamptons, Inglaterra, em 1612 ou 1613


é uma das figuras mais importantes na história da literatura americana e por muitos
considerada como a primeira poetisa americana. Morreu em 16 de setembro de 1672 em
Andover, Massachusetts.

Foi a primeira filha e a segunda de cinco filhos de Thomas Dudley e Yorke


Dorothy Dudbley. Quando tinha apenas setes anos, Thomas Dudley mudou com sua
familia de Northampton para Sempringham em Lincolnshire na mansão do Conde de
Lincoln, o puritano Theophilus Clinton, onde Thomas passou a administrar seus
negócios.

Anne viveu em uma época em que a educação dispensada às mulheres era quase
nula e mesmo ela não tendo frequentado a escola recebeu uma boa educação, tinha oito
professores particulares e de seu pai (que amava história) que a encorajou em seus
estudos sempre se mostrando disposto a lhe ensinar algo novo.

Graças à posição do pai como administrador dos negócios de Lincoln, teve


acesso ilimitado a biblioteca da mansão, onde ficou exposta aos escritos de muitos
autore bem conhecidos. Ela provavelmente leu as obras de Willian Shakespeare, Sir
Philip Sidney, Sir Walter Raleigh, Du Bartas, Cervantes e muitos outros. Aprendeu
literatura, história, grego, latim, francês, hebraico, além do inglês.

Em 1624 os Dubleys se mudaram para Boston, Lincolnshire e Anna Bradstreet


quatro anos mais tarde casa-se, após se recuperar de uma febre reumática, com Simon
Bradstreet, filho de um ministro e graduado em Emmanuel College, em Cambridge.
Enquanto a história não mostar o contrário a relação entre os dois era de um casamento
extremamente feliz.

Dois anos mais tarde (29 de março de 1630), agora com dezoito anos, para
escapar da persiguição da igreja da Inglaterra e de pessoas como Bispo de Laud, Anne
Bradstreet e sua família emigram para o Novo Mundo, juntamente com outros puritanos
como John Winthrop e John Cotton, com a Massachusetts Bay Company , a bordo do
Arbella, a principal embarcação que início ao exôdo puritano.

A viagem no Arbella levou três meses e foi bem difícil. Os puritanos passaram
por condições adversas como: doenças em alto mar, sobreviveram comendo carne seca e
muitos morreram devido as severas e nás condições de vida.

Após três meses de tribulações os sobreviventes, chegaram à Nova Inglaterra.


Em 12 de junho de 1630, Anne desembarcou em solo americano no que é hoje Pionner
Village (Salem, Massachusetts). Dez outras embarcações chegaram ao porto de Salem
logos depois do Arbella.

Os novos imigrantes, incluindo Anne Bradstreet encontraram condições muito


piores do que eles esperavam. Anne e sua família tinham uma vida relativamente
confortável na Inglaterra, e agora, a vida seria mais dura. E confrontada com a realidade
brutal da vida ela se juntou a outros puritanos em sua luta contra a fome, doenças,
isolamento e morte quase certa.

No início , Anne Bradstreet, não se acostumou com a nova vida na Nova


Inglaterra, pois tinha um estilo de vida aristocrática da Inglaterra. Bradstreet confessou
que a escassez de alimento, doenças e “ as primitivas condições de vida da Nova
Inglaterra”, fez seu coração protestar contra o “novo mundo e as novas condições”.

Um ano após a chegada ao Novo Mundo, seu pai avisou os amigos que ainda
moravam na Inglaterra:

If there be any endued with grace, let them come over.


Se houver alguém dotado de graça, deixe-os vir.
For others, I conceive they are not yet fitted for this business.
Para os outros, eu considero que ainda não estão equipados para este negócio.

Independentemente de todas a dificuldades, ela se recusou a desistir e voltar para


a Inglaterra. No entanto, como ela mesma deixa claro em um de sus poemas estive
“submetida” à vontade de Deus.

A família de Anne Bradstreet não permanecem muito tempo em Salem, logo


mudam-se e estabelem-se ao longo de Charlestown, Massachusetts, para em seguida se
mudarem ao longo do rio Charles para fundarem o “City on the Hill”, em Boston,
Massachusettes.

E novamente se mudam em 1631, primeiramente para terras chamadas Newtown


e que mais tarde passaram a ser chamadas de Cambridge. Durante essas mudanças Anne
Bradstreet encontrou tempo para colocar a caneta no pergaminho.

Em 1633 Anne e Simon Bardstreet tiveram seu primeiro filho, chamado Samuel.
E a partir deste vieram mais sete filhos. Como escreveu em um de seus poemas, metade
eram meninas e a outra metade meninos.

I had eight birds hatched in one nest,


Four Cocks there were, and Hens the rest.

A família, após o nascimento do primeiro filho, por volda 1635 muda-se,


novamente, para Agawam (Ipswich), onde compõe a maioria de seus poemas, que
aparecem em The Tend Muse Lately Sprung up in America. Os poemas foram dedicados
a seu pai por ele encoraja-la a ler, educá-la e a alimentar sua inteligência. Os poemas
encontrados na primeira seção The Tend Muse são conhecidos como “Os Quatro
Elementos”, “ Os quatro humores do homem”, “As quatro didades do homem”, “As
Quatro Estações”.

Entre 1638 e 1644 os Bardstreet e Dudleys se mudam, pela últimas vez, para
uma casa em North Andover, onde Anne Bardstreet viveu o resto de sua vida.

Um dos primeiros admiradores de Anne foi o seu cunhado, o reverendo John


Woodbridge que em 1647 viajou de volta para a Inglaterra, levando com ele, alguns de
seus poemas. E em 1650, com ou sem o conhecimento ou permissão de Anne, publicou
um livro intitulado The Tend Muse Lately Sprung up in America. O volume foi bem
sucedido e tido como um dos mais vendidos em Londres. Anne ficou surpresa com a
recepção de seu trabalho, mas ficou envergonhada porque seu poemas não eram polídos.
Então fez as revisões necessárias e adicionou novos poemas, o que levou a uma edição
na América publicada quatro anos após a sua morte em 1678 sob novo título “Several
Poems Compiled with Great Variety of Wit and Learning.

O Novo Mundo não era apenas um refúgio seguro para a prática da religião, foi
também um terreno fértil para Anne Bardstreet escrever seus poemas e mostrar seu
talento. Ela era mais que uma esposa e mãe de oito filhos. Ela foi a primeira poestisa
americana que, atraves de sua poesia, sutilmente contestou a forma de vida puritana,
escreveu sobre as mudanças no desenvolvimento da infância à idade adulta.

Sua obra refletiu principalmente o emocional e os conflitos religiosos que ela


experimentou, tanto como escritora e como puritana. Sempre envolvida em questões
religiosas, como pecado, redenção, morte e imortalidade.

Assim após a publicação The Tend Muse, Bradstreet começou a escrever sobre
suas doenças, a morte de entes queridos, a ansiedade de seu marido em viagens de
negócios e as reuniões com seu filhos.

Ela escreveu poesia para si mesma, para seus familiares e amigos. Escreveu
poemas épicos, letras de amor, um longo poema mediativo e versos religiosos. Em um
poema, por exemplo, Anne Bardstreet escreveu sobre a revolta dos puritanos liderados
por Cromwell em 1642.

A fé de Anne era muito grande, assim como era o seu amor pelas crianças e o
marido, o governador Simon Bradstreet. Os poemas de Anne foram escritos
principalmente durante os longos períodos de solidão, enquanto Simon ficou afastado da
família por questões políticas, era governador da comunidade e necessitava viajar
constantemente, a negócios, da colonia para a Inglaterra e outros assentamentos.
Anne, que era uma mulher bem educada, também passava muito tempo com
suas oito crianças, lendo para elas, ensinando-lhes como o seu pai lhe tinha ensinado
quando era jovem.

Bradstreet viveu uma vida difícil, mas provou ser uma mulher forte e que esta
refletido em suas obras. Acredita-se que ela tinha Tuberculose.
Mas entre tudo isso ela encontrou tempo para escrever poesias, centrando-se
mais na experiência pessoal e na vida cotidiana.

Bradstreet foi incomodada pelo viés cultural que havia em relação as mulheres
comum no seu tempo, a crença de que lugar de mulher era em casa, atendendo |às
necessidades da família e do marido. As mulheres puritanas era vistas como
subservientes aos homens.

As mulheres foram muitas vezes consideradas inferiores intelectualmente e, por


isso, os críticos, segundo um autor, a profundidade e insight oferecido no trabalho
Bradstreet levou alguns homens da comunidade a acreditar que Bradstreet tinha roubado
trabalhos de outros estudiosos do sexo masculino para escrever seus poemas. Foi
severamente criticada por ser uma mulher escrevendo e recebeu um tipo diferente de
crítica.

Além do fato de Bradstreet ter enfrentado duras críticas por parte dos líderes
masculinos da sociedade puritana, pesquisadores também observam que ela enfretou
críticas da sociedade em geral, simplesmente pela natureza de seu trabalho.

Podemos ver a raiva que sente Bradstreet em relação a este tipo de crítica sobre
sua forma de secrever na seguintes linhas de sua obra “The Prologue”:

I am obnoxious to each carping tongue


Who says my hand a needle better fits;
A poet's pen all scorn I should thus wrong, p
For such despite they cast on female wits.
If what I do prove well, it won't advance;
They'll say it's stol'n, or else it was by chance.

Simon Bradstreet desempenhou um papel fundamental em muitas das obras


Bradstreet. Ela escreveu poemas de amor quando ele estava por perto, assim como
quando ele estava fora em viagens. Seus poemas mostram que ela amava seu marido
profundamente e um bom exemplo disso é o poema “ To My Dear and Loving
Husband” , que contém as seguintes linhas:
If ever two were one, then surely we.
If ever man were loved by wife, then thee;
If ever wife was happy in a man,
Compare with me ye women if you can.

Outro tema discutido em suas obras foi a experiencia religiosa, onde dá uma
visão puritana da salvação e da redenção. Ela escreve sobre Deus que a puniu com
enfermidades e problemas domésticos. Os puritanos acreditavam que o sofrimento era o
caminho para alcançar a Deus e de preparar o coração para aceitar sua Graça.

Em seus trabalhos iniciais ela tentou incorporar o estilo dos autores do sexo
masculino que ela respeitava. Ao fazer isso, ela estava limitando suas habilidades e
negando seus sentimentos. Mais tarde, ela começou a escrever em seu próprio estilo,
onde suas próprias emoções afloraram. Uma dessas obras é “ In Honor of That High
and Mighty Princess Queen Elizabeth of Happy Memory” no qual Bradstreet proclama
que as mulheres saõ algo que vale a pena.

Now say, have women worth, or have they none


Or had they some, but with our Queen is't gone?
Nay, masculines, you have taxed us long;
But she, though dead, will vindicate our wrong.
Let such as say our sex is void of reason,
Know 'tis a slander now, but once was treason.

Bradstreet escreveu epitáfios para sua mãe e pai, que mostram não só o seu amor
por eles, mas, também, os modelos de comportamento masculino e feminino na cultura
puritana.

An Epitaph on my dear and ever honoured mother, Mrs. Dorothy Dudley, Who deceased
December 27, 1643, and of her age, 61.
Here lies/ A worthy matron of unspotted life,/ A loving mother and obedient wife,/ A friendly neighbor,
pitiful to poor,/ Whom oft she fed, and clothed with her store;/ To servants wisely aweful, but yet kind,/
And as they did, so they reward did find:/ A true instructor of her family,/ The which she ordered with
dexterity,/ The public meetings ever did frequent,/ And in her closest constant hours she spent;/
Religious in all her words and ways,/ Preparing still for death, till end of days:/ Of all her children,
children lived to see,/ Then dying, left a blessed memory.

Comparando com o epitáfio que escreveu para o pai:


Within this tomb a patriot lies/ That was both pious, just and wise,/ To truth a shield, to right a wall,/ To
sectaries a whip and maul,/ A magazine of history,/ A prizer of good company/ In manners pleasant
and severe/ The good him loved, the bad did fear,/ And when his time with years was spent/ In some
rejoiced, more did lament./ 1653, age 77.

Anne Bradstreet morreu em 16 de setembro de 1672, em North Andover,


Massachusettes, com 60 anos de idade. Embora a causa da morte seja incerta, a
probabilidade é que ela sofria de tuberculose.

A localização exata de seu túmulo é incerta. Sua educação lhe permitiu escrever
com autoridade sobre política, história, medicina, teologia. Sua biblioteca pessoal
possuía em torno de 800 livros, antes de ter sua casa queimada. Este evento inspirou um
poema intitulado " Upon the Burning of Our House July 10th, 1666”. Ela rejeita a raiva e a
dor que esta tragédia proporcionou, e volta-se para Deus, como consolo, dizendo:
"And when I could no longer look, "
I blest His grace that gave and took,
That laid my goods now in the dust.
Yea, so it was, and so 'twas just.
It was his own; it was not mine.
Far be it that I should repine."

Grande parte da poesia Bradstreet é baseada na observação do mundo à sua


volta, concentrando-se fortemente sobre temas religiosos e nacionais. Ela ganhou
aceitação crítica no século XX como uma escritora de versos especialmente pela
seqüência de poemas religiosos "Contemplações", que foi escrita para sua família e não
publicada até meados do século XIX.

Sobre a Poesia Anne Bradstreet

A maioria dos poemas incluídos na é a primeira coleção de Anne Bradstreet, A


Décima Musa (1650), foram bastante convencional no estilo e na forma, e tratou a
história e a política.
Em um poema, por exemplo, Anne Bradstreet escreveu sobre a revolta de 1642
puritanos liderados por Cromwell. Em outra, ela elogia as realizações da rainha
Elizabeth.
O sucesso editorial de The Tenth Muse parece ter dado mais confiança Anne
Bradstreet em sua escrita. Seu estilo e sua forma tornaram-se menos convencional, e em
vez disso, passou a escrever de suas próprias experiências, da religião, da vida
cotidiana, de seus pensamentos, da paisagem da Nova Inglaterra.
Anne Bradstreet era na maioria dos aspectos tipicamente bastante puritana.
Muitos poemas refletem sua luta para aceitar as adversidades da colônia puritana,
contrastando perdas com a recompensa eterna do bem.
Em um poema, por exemplo, ela escreve sobre um acontecimento real: quando a
casa da família foi queimada.
Anne Bradstreet contrasta a natureza transitória do tesouro terreno com tesouros
eternos, e parece ver nestes ensaios, aulas de Deus.
De "Before the Birth of One of Her Children":
"All things within this fading world hath end."

E em "Here Follows Some Verses upon the Burning of Our House July 10th,
1666":

"I blest His name that gave and took,


that laid my goods now in the dust.
Yea, so it was, and so 'twas just.
It was His own, it was not mine....
The world no longer let me love,
My hope and treasure lies above."

Anne Bradstreet também alude o papel da mulher e às capacidades das mulheres


em muitos poemas, preocupa-se em defender a presença da razão nas mulheres.
Ela parece se referir à opinião de alguns sobre se ela deve escrever poesia:
"I am obnoxious to each carping tongue
Who says my hand a needle better fits."

Ela também se refere à probabilidade da poesia escrita por uma mulher não será aceita:
"If what I do prove well, it won't advance,
They'll say it's stolen, or else it was by chance."

Anne Bradstreet amplamente aceita, contudo, a definição puritana dos papéis do homem
e das mulheres, apesar de pedir mais a aceitação das conquistas das mulheres. Esta, a partir do
mesmo poema como a citação anterior:
"Let Greeks be Greeks, and Women what they are "
Men have precedency and still excel;
It is but vain unjustly to wage war.
Men can do best, and women know it well,
Preeminence in all and each is yours;
Yet grant some small acknowledgment of ours."
Em contraste, talvez, a sua aceitação da adversidade neste mundo, e sua esperança de
eternidade nos próximos, Anne Bradstreet também parece ter esperança de que seus poemas
trarão uma espécie de imortalidade terrena. Esses trechos são de dois poemas diferentes:
"Thus gone, amongst you I may live,
And dead, yet speak and counsel give."

"If any worth or virtue live in me, "


Let that live frankly in thy memory."

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