A EVOLUÇÃO DA GESTÃO DA
MANUTENÇÃO NAS INDÚSTRIAS
Edenilson Mossignato Pulz
Resumo
1. Introdução
A evolução da economia mundial de acordo com Costa (2013) é caracterizada pelo expansão
tecnológica, a globalização, o desaparecimento das fronteiras e a incorporação da
sustentabilidade e responsabilidade social dentro das empresas, o aumento da concorrência
entre as organizações obriga que o mercado apresente soluções baseadas na inovação e na
melhoria contínua.
Desta forma, foi necessário investir em atividades como a manutenção que no passado não
recebiam a atenção que deveriam sofrendo inúmeras mudanças ao longo do tempo.
Para Kardec & Nascif (2009) essas alterações são consequências de alguns fatores como: o
aumento do número e da diversidade dos itens físicos (instalações, equipamentos e
edificações), a complexidade dos projetos, novas técnicas de manutenção, novos enfoques
sobre a organização da manutenção e suas responsabilidades e pôr fim a importância da
manutenção como função estratégica para melhoria dos resultados do negócio e aumento da
competividade. O autor complementa que empresas de sucesso tem reagido rapidamente a
essas mudanças, proporcionando uma grande conscientização de quanto uma falha afeta a
segurança e o meio ambiente.
O estudo da gestão da manutenção visa explorar alguns princípios básicos relacionados com a
manutenção de equipamentos, sem a intenção de propor uma terminologia nova e definitiva,
organizando ideias sobre o gerenciamento da manutenção, deixando claras suas inter-relações,
em busca do entendimento da maneira de pensar por detrás de cada um dos termos (XENOS,
1998).
2. Revisão de literatura
A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, pela norma NBR 5462, definiu o
termo manutenção como sendo a combinação de todas as ações técnicas e administrativas,
incluindo as de supervisão, destinadas a manter ou recolocar um item em um estado no qual
possa desempenhar uma função requerida (ABNT, 1994). Ou seja, manter significa fazer tudo
que for preciso para assegurar que um equipamento continue a desempenhar as funções para
as quais foi projetado, num nível de desempenho exigido (XENOS, 1998).
O termo “manutenção” tem sua origem no vocabulário militar, cujo sentido era “manter, nas
unidades de combate, o efetivo e o material num nível constante”. É evidente que as unidades
que nos interessam aqui são as unidades de produção, e o combate é antes de tudo econômico.
O aparecimento do termo “manutenção” na indústria ocorreu por volta do ano de 1950 nos
Estados Unidos da América. Na França, esse termo se sobrepõe progressivamente à palavra
“conservação” (MONCHY, 1987).
Segundo Soeiro (2017), a evolução da manutenção pode ser dividida em três períodos, sendo
o primeiro na década de 40, onde as empresas possuíam relativa estabilidade e previsibilidade
dos negócios, em cuja os ativos financeiros (capital, edifícios, máquinas, equipamentos,
matérias-primas) predominavam como os mais relevantes patrimônios empresariais. O
mercado não exigia constante troca de produtos e os estoques de produtos não acabados não
refletiam em um custo elevado para a companhia. A mecanização era pouco desenvolvida, os
equipamentos não possuíam muita tecnologia e consequentemente eram lentos e
superdimensionados, a informação na área de produção era basicamente ditada pelos
superiores e o mantenedor não precisava fazer um trabalho muito elaborado. Sendo assim, não
era necessária a manutenção sistematizada, mas apenas serviços rotineiros como: limpeza,
lubrificação e reparos após a quebra, caracterizando essa era como sendo da manutenção
corretiva não planejada.
O segundo período da manutenção industrial surgiu nas décadas de 50 e 60. Em virtude das
grandes mudanças decorrentes da guerra, a demanda por qualquer tipo de mercadoria
aumentou, enquanto o contingente operacional diminuiu, refletindo assim em um grande
aumento da mecanização e da complexidade das plantas industriais.
Para Soeiro (2017) a quantidade de capital investido em itens físicos, em conjunto ao nítido
aumento do custo desse capital, levou as empresas a buscar meios para aumentar a vida útil
dos itens físicos. Foi necessário então, identificar novas técnicas de controle de equipamentos
e ferramentas que permitissem elevar a disponibilidade e confiabilidade, bem como reduzir
custos de produção por meio da manutenção.
O terceiro período surge na década de 70, por conta da aceleração no processo de mudança
das indústrias. A paralisação da produção, que sempre diminuiu a capacidade de produção,
elevou os custos e afetou a qualidade dos produtos, gerando assim uma preocupação
generalizada. Os processos de manufatura começaram a sentir os efeitos dos grandes períodos
de paralisações, houve uma enorme necessidade de garantir a confiabilidade, e foi por conta
disso que ferramentas de análise e combate às falhas foram desenvolvidas. Segundo Kardec &
Nascif (2009), reforçaram-se o conceito e utilização da manutenção preventiva, o avanço da
informática permitiu a utilização de computadores e o desenvolvimento de softwares eficazes
para o planejamento, controle e acompanhamento dos serviços de manutenção, o conceito de
confiabilidade começa a ser cada vez mais aplicado pela Engenharia de Manutenção, o
processo de Manutenção Centrada na Confiabilidade (MCC), apoiado nos estudos de
confiabilidade da indústria aeronáutica, tem sua implicação iniciada na década de 90 no
Brasil. Os novos projetos buscam uma maior confiabilidade, contudo a falta de interações
entre as áreas de engenharia, manutenção e operação, impediam que os resultados fossem
melhores e, em consequência, as taxas de falhas prematuras eram elevadas.
A prática de análise de falhas é uma metodologia reconhecida como sendo capaz de melhorar
o desempenho dos equipamentos e da empresa. Com o intuito de intervir cada vez menos na
planta, surge a manutenção preditiva e o monitoramento de condições de equipamentos do
processo, sempre evitando que ela promova a paralisação dos equipamentos e do sistema,
impactando negativamente a produção. A sistemática adotada pelas empresas de classe
mundial privilegia a interação entre as áreas de engenharia, manutenção e operação como
fator de garantia dos aspectos de confiabilidade, disponibilidade e custo de ciclo de vida da
instalação. Uma das grandes mudanças nas práticas da Manutenção é o aprimoramento da
contratação ou da terceirização buscando contratos de longo prazo, em uma relação de
parceria, com indicadores que medem os resultados que interessam ao negócio –
disponibilidade e confiabilidade.
As características dos tipos de manutenção são dadas pela forma como é feita a intervenção
no sistema. O presente trabalho descreve seis práticas básicas de manutenção, que são
consideradas como principais por diversos autores. Sendo elas: manutenção corretiva
planejada e não-planejada, manutenção preventiva, manutenção preditiva, manutenção
detectiva e engenharia de manutenção.
A definição técnica de manutenção corretiva, segundo a norma NBR 5462, é aquela efetuada
após a ocorrência de uma pane destinada a relocar um item em condições de executar uma
função requerida (ABNT, 1994). É a forma mais simples e mais primitiva de manutenção. De
acordo com Xenos (1998), a manutenção corretiva é sempre feita depois que a falha ocorre.
Em princípio, a opção por este método de manutenção deve levar em conta fatores
econômicos: é mais barato consertar uma falha do que tomar ações preventivas? Se for, a
manutenção corretiva é uma boa opção. Logicamente, não podemos nos esquecer de levar em
conta também as perdas por paradas de produção, pois a manutenção corretiva pode acabar
saindo muito mais cara do que imaginávamos no princípio. Os autores Kardec & Nascif
(2009), observaram que existem duas condições específicas que levam a manutenção
corretiva, sendo elas, desempenho deficiente apontado pelo acompanhamento das variáveis
operacionais e ocorrência de falha. Para eles a ação principal da manutenção corretiva é
corrigir ou restaurar as condições de funcionamento do equipamento ou sistema. Ela pode ser
dividida em duas classes: Manutenção corretiva não planejada e Manutenção corretiva
planejada.
Para Kardec & Nascif (2009), é a correção da falha de maneira aleatória, conhecida como
manutenção corretiva não programada ou simplesmente por emergencial, se caracteriza pela
atuação da manutenção em um evento já ocorrido, não havendo tempo para preparação do
serviço de manutenção. Sua prática infelizmente é a mais utilizada dentro das empresas e
implica altos custos, pois a quebra inesperada pode acarretar perdas de produção, perda da
qualidade do produto e elevados custos indiretos de manutenção. Esse tipo de manutenção é
aplicável para partes do equipamento que são menos críticas, todavia, é necessário dispor dos
recursos necessários para a manutenção como: peças de reposição, mão de obra e ferramental
para agir com rapidez, sempre em busca de não comprometer o sistema produtivo ou a
integridade física (segurança) do funcionário.
Esse tipo de manutenção, segundo Monchy (1987), é efetuada com a intenção de reduzir a
probabilidade de falha de um bem ou a degradação de um serviço prestado, sendo uma
intervenção de manutenção prevista, preparada e programada antes da data provável do
surgimento de uma falha.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, pela norma NBR 5462, definiu
manutenção preditiva como sendo a manutenção que permite garantir uma qualidade de
serviço desejada, com base na aplicação sistemática de técnicas de análise, utilizando-se de
meios de supervisão centralizados ou de amostragem, para reduzir ao mínimo a manutenção
preventiva e diminuir a manutenção corretiva.
A manutenção preditiva deve ser usada quando o custo de reparo for alto, a falha tiver
impacto relevante na produção, na segurança e no meio ambiente (SOEIRO, 2017, p.16).
A manutenção detectiva começou a ser discutida na literatura a partir da década de 90, como o
nome já sugere ela está ligada a palavra detectar e pode ser definida como sendo a atuação
efetuada em sistemas de proteção, comando e controle, buscando detectar falhas ocultas ou
não perceptíveis ao setor de operação e manutenção (KARDEC; NASCIF, 2009).
Souza (2003) cita alguns exemplos de testes para descobrir falhas, como: teste em alarmes de
níveis, teste em motogeradores reservas, testes em motobombas reservas e testes em válvulas
de segurança.
Kardec & Nascif (2009) cita as principais atribuições da engenharia de manutenção, sendo
elas: aumentar a confiabilidade, aumentar a disponibilidade, a segurança, melhorar a
capacitação do pessoal, gerir materiais e sobressalentes (spare parts), realizar a interface com
a engenharia na participação de novos projetos, dar suporte à execução, fazer análise de falhas
e estudos, elaborar planos de manutenção, de inspeção e fazer sua análise crítica, acompanhar
os indicadores e zelar pela documentação técnica.
A Manutenção Produtiva Total (Total Productive Maintenance) teve seu início no Japão, no
período pós Segunda Guerra Mundial no início dos anos 60, tinha como principal objetivo
melhorar a confiabilidade dos equipamentos e consequentemente aumentar a qualidade dos
processos, viabilizando assim o sistema Just in Time (NETTO, 2008).
Wyrebski (1997, p.198) explica que cada letra da sigla TPM possui seu significado e
importância dentro do conceito, a saber:
A letra "T" significa "TOTAL". Total no sentido de eficiência global, no sentido de
ciclo total de vida útil do sistema de produção e no sentido de todos os departamentos
e de participação;
A letra "P" significa "PRODUCTIVE". A busca do sistema de produção até o limite
máximo da eficiência, atingindo "zero acidente, zero defeito e quebra/falha zero", ou
seja, a eliminação de todos os tipos de perda até chegar ao nível zero;
A letra "M" significa "MAINTENANCE". Manutenção no sentido amplo, que tem
como objeto o ciclo total de vida útil do sistema de produção e designa a manutenção
que tem como objeto o sistema de produção de processo único, a fábrica e o sistema
de vendas.
De acordo com JIPM Japan Institute of Plant Maintenance (2002) apud MORAES (2004, p.
33), a respeito do TPM:
JIPM Japan Institute of Plant Maintenance (2002) apud Moreira (2003), propôs oito pilares de
sustentação para embasar a TPM, a saber:
a) Melhoria individual dos equipamentos para elevar a eficiência;
b) Elaboração de uma estrutura de manutenção autônoma do operador;
c) Elaboração de uma estrutura de manutenção planejada do departamento de
manutenção;
d) Treinamento para a melhoria da habilidade do operador e do técnico de manutenção;
e) Elaboração de uma estrutura de controle inicial do equipamento;
f) Manutenção com vistas a melhoria da qualidade;
g) Gerenciamento;
h) Segurança, higiene e meio ambiente.
A implementação da TPM é uma tarefa não só do departamento de manutenção, como
também dos departamentos de produção e da engenharia. Essa característica da metodologia
força a quebra da tradicional “competividade” entre as divisões de uma mesma empresa
(TAVARES, 2003).
A principal meta da TPM é a quebra zero que consequentemente causam a eliminação das
grandes perdas (paradas por quebra, preparação para ajustes, redução da taxa de produção;
ociosidade e interrupções; defeitos e retrabalho e perdas na partida), manutenção planejada,
manutenção autônoma; educação e treinamento.
Segundo Kardec & Nascif (2009), o termo teve origem nas análises de falha em equipamentos
eletrônicos para uso militar, durante a década de 50, nos Estados Unidos. Foi criado pela
Federal Aviation Administration em 1960, um grupo de estudo e desenvolvimento de um
programa de confiabilidade para a indústria aeronáutica, duas das várias conclusões
analisadas entre várias outras provocaram uma reorientação nos procedimentos até então em
vigor, sendo elas: se um item não possui um modo predominante e característico de falha,
revisões programadas afetam muito pouco o nível de confiabilidade e para muitos itens, a
prática da manutenção preventiva não demonstra ser eficaz.
Segundo Tavares (1999), para garantir os melhores resultados na aplicação desta ferramenta
procura-se analisar às sete questões básicas a seguir indicadas:
a) De que forma os equipamentos podem falhar no cumprimento das suas funções?
b) Quais as causas de cada falha operacional?
c) Quais os encargos financeiros derivados da ocorrência de uma falha?
d) Que deve ser feito para prevenir ou bloquear cada falha?
e) O que acontece quando cada avaria ocorre?
f) Que deve ser feito, se não se encontrar uma tarefa preventiva apropriada?
g) Quais as funções e performances do equipamento, no seu contexto operacional?
Para Souza (2003) essa ferramenta visa a utilização máxima dos recursos disponíveis, de
maneira viável, para garantir a confiabilidade do sistema de operação. O nível de informações
geradas permite que a empresa melhore seu desempenho operacional, aumentando a vida útil
dos equipamentos, melhorando a tomada de decisão em relação as manutenções. O
levantamento de riscos de falhas permite que os esforços sejam alocados com mais segurança
por conta de levar em conta os riscos que as máquinas representam a operação, tornando o
ambiente mais seguro.
A relação entre cada atividade e as características de confiabilidade dos modos de falha do
equipamento, determinam se a atividade é essencial do ponto de vista de segurança e do
ambiente; ou se é desejável do posto de vista de custo-benefício.
Os passos descritos por STONER & FREEMAN (1994), baseiam-se na definição de objetivos
e estudo dos ambientes interno e externo da companhia a fim de ajustar a concepção da
estratégia, bem como as mudanças que serão realizadas em função de sua escolha.
3. Considerações finais
A primeira observação que pode ser tirada a respeito da evolução da gestão da manutenção é
que até pouco tempo ela era tratada como desperdício de recursos de uma empresa, sendo
assim deixada de lado por um período de tempo considerável quando levamos em conta o
início dos primeiros estudos sobre o tema. Com o passar do tempo sua evolução foi
exponencial garantindo aos profissionais da manutenção novas habilidades, compatíveis com
a complexidade dos equipamentos. O estudo do tema proporcionou estabelecer diversas
caraterísticas de cada ferramenta de gestão da manutenção, a escolha não deve ser feita de
forma trivial, existem inúmeros fatores que influenciam na hora da tomada de decisão e
devem ser discutidos e tratados de forma minuciosa, não aceitando a ocorrência de falhas.
Após estudo histórico e reflexão sobre o tema, torna-se evidente que um bom planejamento é
indispensável para garantir que a manutenção seja executada de forma correta, através de
decisões gerenciais e integração de objetivos e metas da companhia.
Outro fator importante a ser destacado, é o fato das empresas trabalharem cada vez mais a
manutenção autônoma, assim a manutenção passa a ser encarada como responsabilidade de
todos os envolvidos no processo (operadores, gestão da produção e setor de manutenção),
criando em muitas empresas uma cadeia de treinamento e seleção dos colaboradores.
Entende-se que no que se refere a gestão da manutenção industrial, muito se melhorou com
relação a décadas passadas, porém ainda é preciso melhorar a cultura da manutenção
preventiva e preditiva, propagando suas vantagens em relação a manutenção corretiva e
isolada, principalmente em empresas de médio e pequeno porte.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Igor Mateus de; SANTOS, Crisluci Karina Souza. Manutenção elétrica industrial.
COSTA, Mariana de Almeida. Gestão estratégica da manutenção: uma oportunidade para melhorar o resultado
operacional. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia de Produção). Universidade
Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2013.
J. I. P. M. Japanese Institute of Plant Maintenance. TPM frequently asked questions. 2002. Disponível em
<www.jipm.or.jp/en/home> Acesso em 01 de abril de 2019.
KARDEC, A.; NASCIF, J. Manutenção: função estratégica. 3. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2009.
MOREIRA, Evandro Luís de Mello. Análise da Implementação da Manutenção Produtiva Total na Área de
Estamparia em uma Empresa do Setor Automobilístico. 2003. 52 f. Monografia (Especialização) -
Universidade de Taubaté, Taubaté, 2003.
MORAES, P.H.A. Manutenção Produtiva Total: estudo de caso em uma empresa automobilística. 2004. 90 f.
Dissertação (Mestrado em Gestão e Desenvolvimento Regional) – Departamento de Economia,
Contabilidade e Administração, Universidade de Taubaté, Taubaté.
SOEIRO, Marcus Vinícius A. OLIVIO, Amauri. LUCATO, André V. R. Gestão da manutenção. Londrina:
Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017.
SOUZA, S. S.; LIMA, C. R. C. Manutenção Centrada em Confiabilidade como Ferramenta Estratégica. In:
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STONER, J. A. F.; FREEMAN, R. E. Administração. 5ª edição. Rio de Janeiro: LTC Editora, 1994.
XENOS, H. G. Gerenciando a Manutenção Produtiva. 1ª edição. Rio de Janeiro: INDG, 1998. 302 p.