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Motivo, motivação, mover, movimentar e motor são todas as palavras modernas que têm a
mesma origem e estão associadas à mesma idéia: a palavra latina motivus, que significa aquilo
que movimenta, que faz andar.
A palavra motivação representa, então, uma causa que movimenta a natureza humana na
busca de algo, estando diretamente ligada com o comportamento das pessoas por oferecer a
energia necessária para a ação praticada.
As teorias de conteúdo motivacional estudam quais fatores agem sobre as pessoas para mover
seu comportamento. Seus estudos retroagem aos filósofos gregos, nas discussões sobre o
conceito de felicidade com base na teoria hedônica, que entende o comportamento do
homem voltado para o prazer.
As teorias motivacionais modernas ainda se inspiram nessas antigas idéias que identificaram
três tipos principais de motivos e hipóteses correspondentes sobre a natureza do homem: o
ganho material, o reconhecimento social e a realização pessoal.
Modelo de Comportamento
Este modelo permite interpretar o comportamento como qualquer ação ou manifestação que
pode ser observada entre os indivíduos – o estímulo, enquanto relação de causa e efeito – seja
própria do indivíduo (motivo interno) ou do ambiente (motivo externo) - e o objetivo, como o
resultado alcançado pelo comportamento.
Esta Teoria parte do princípio de que as pessoas se comportam de acordo com um mecanismo
similar, respeitadas as diferenças individuais, onde todas são influenciadas por motivos e
perseguem objetivos que podem encontrar obstáculos, tais como frustração (perder a hora,
ser derrotado), conflito (escolha entre trabalho e estudo) ou ansiedade (passar no concurso -
competição).
Teoria das Expectativas
Esta teoria introduz elementos que procuram explicar como a influência das diferenças
individuais produz algum tipo de motivação nas pessoas, convalidadas em suas crenças e
expectativas, com base em três pontos:
Esta teoria, ao colocar o esforço como variável dependente do valor percebido da recompensa
associa três conceitos, cujos elementos são os seguintes:
O cuidado a ser tomado, nestes casos, é que a punição possa parecer o oposto da recompensa,
na expectativa de que, ao castigar determinado comportamento aplicando-se uma punição,
ele tende a não se repetir. Contudo, o comportamento não se manifesta assim.
O castigo é um método ruim de motivação, porque seus resultados não são tão previsíveis
quanto os da recompensa. Os efeitos do castigo não são tão permanentes quanto os da
recompensa e são freqüentemente acompanhados por atitudes negativas em relação a quem
os aplicou e em relação à atividade que os produziu.
Será contínuo sempre que o reforço for oferecido quando ocorrer o comportamento desejado,
e intermitente quando oferecido algumas vezes e outras não, que caracteriza
imprevisibilidade, permitindo criar um efeito de expectativa, resistente à extinção.
Teoria da Equidade
Também chamada de Teoria do Equilíbrio, tem por base a crença de que as recompensas
devem ser proporcionais ao esforço e iguais para todos. Se duas pessoas realizam o mesmo
esforço, a recompensa deve ser igual à da outra.
- A própria pessoa, numa posição ou situação diferente na mesma organização, que pode ser
percebida como igual, melhor ou pior que a situação atual.
- A própria pessoa, numa situação diferente em outra organização, que pode ser percebida
como igual, melhor ou pior que a situação atual.
A motivação existe dentro de cada pessoa e se dinamiza através das necessidades humanas.
Onde cada pessoa possui suas próprias necessidades, desejos, aspirações. Essas necessidades
são forças internas que impulsionam e influenciam os pensamentos e atos das mesmas,
direcionando os comportamentos durante a vida.
Neste sentido, as pessoas são motivadas essencialmente pela necessidade humana; uma vez
satisfeita esta necessidade, exaure-se sua motivação, até que se sintam impelidas novamente
a repetir o comportamento. Exemplo típico ocorre com a sede ou a fome, consideradas
necessidades básicas.
Proposta por Abraham Maslow (1908-1970), esta Teoria parte da idéia das necessidades
subdivididas em grupos, que serão transpostos pelas pessoas à medida que forem satisfeitos
os níveis inferiores.
Bem por isso é representada por um triângulo configurado em níveis de hierarquia, sendo um
modelo rígido de desenvolvimento contínuo, onde as pessoas “sobem” ao nível mais alto,
alcançando a auto-realização.
As necessidades sociais, que são as relacionadas com a vida associativa do indivíduo com
outras pessoas, só serão consideradas para o comportamento humano quando as
necessidades anteriores - fisiológicas e de segurança - estiveram relativamente satisfeitas.
Exemplo deste nível são necessidades de associação, participação e aceitação por parte dos
colegas, tal como amizade, afeto e amor.
Teoria ERG
A Teoria ERG, denominada ERC em português, tem sua origem nos estudos de Clayton Alderfer
segundo o qual existem três grupos de necessidades: existence (E) ou existência, equivalente
às necessidades básicas, fisiológicas e de segurança de Maslow; relatedness (R) ou
relacionamento, correspondente às necessidades de relações pessoais e as de estima de
Maslow; e o growth (G) ou crescimento (C).
A Teoria ERC (ERG) contrapõe a de Maslow na idéia da rigidez hierárquica, segundo a qual o
ser humano segue linearmente a satisfação de suas necessidades, mudando de um nível
inferior para outro superior quando o mesmo foi substancialmente satisfeito.
Para Alderfer, a transferência de um nível para o outro não ocorre somente após a satisfação
do nível inferior:
Uma pessoa pode, por exemplo, estar registrando crescimento mesmo que as necessidades de
existência ou de relacionamento não estejam satisfeitas ou todas as três categorias de
necessidade podem estar operando ao mesmo tempo.
Neste sentido, a proposta de Alderfer aproxima-se mais de uma versão revista da teoria de
Maslow, onde acredita que a satisfação das necessidades não é seqüencial, mas sim
simultânea, com base em dois princípios:
- mais de uma necessidade pode funcionar ao mesmo tempo; na hipótese de uma necessidade
na parte superior permanecer insatisfeita;
Frustração
Daí a importância de o líder conhecer a si próprio, saber identificar o que causaria frustração
em sua equipe, conhecendo o ambiente, os temperamentos das pessoas com quem convivem
e procurar harmonizar estes fatores.