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OBJETIVOS
LEITURA RECOMENDADA
INTRODUÇÃO
δ δ
R Al2O3 O O Al O
R
N O Al C O HOAl
O H O Rδ δ R
H H C O
R
Figura 1. Algumas formas de visualizar as interações entre alumina e componentes orgânicos
de uma amostra. Estruturas similares poderiam ser escritas para a sílicagel.
Éter de petróleo
Ciclohexano
Tetracloreto de carbono
Benzeno
Cloreto de metileno
Clorofórmio
Éter etílico
Acetato de etila
Piridina
Acetona
Álcool n-propílico
Etanol
Água
Ácido acético
Tabela 1: Solventes cromatográficos em ordem crescente de polaridadea.
a
(polaridade, neste contexto, só tem sentido para a cromatografia e não coincide, necessariamente, com
a polaridade medida, por exemplo, pela constante dielétrica).
Figura 3. (1) Aplicação da amostra na cromatoplaca (2) Eluição de uma placa cromatográfica;
(3) Revelação de uma placa cromatográfica em cuba de iodo
Reagentes químicos podem também ser usados. Quase todas as classes de substâncias
orgânicas (exceto alcanos e haletos alifáticos) reagem com iodo formando complexos de
transferência de carga. Exposição da placa aos vapores do iodo (Figura 3.3) revelam manchas
marrom, tanto mais escuras quanto maior o tempo de exposição e a concentração da amostra. A
formação desses complexos é reversível (muitas vezes rapidamente), de modo que a posição das
manchas escuras deve ser marcada prontamente. A grande vantagem desse método é que, na
maioria dos casos, o iodo pode ser eliminado posteriormente por aquecimento da placa, a qual pode
ser borrifada, a seguir, com outro revelador (ácido sulfúrico, vanilina sulfúrica, tricloreto de antimônio,
permanganato de potássio/ácido sulfúrico, etc.). A literatura química traz uma série de referências a
reveladores para cromatografia em camada delgada, variando desde os de aplicação muito específica
até os mais gerais. Em geral os métodos químicos de revelação são destrutivos e aplicáveis a
separações analíticas, mas não em separações preparativas.
Quando as condições experimentais são completamente especificadas é possível
identificar uma substância pelo seu valor de Rf. Define-se Rf, como a razão entre a distância
percorrida na placa pela substância e a distância percorrida pelo solvente (medidas no centro da
mancha da substância e a frente do solvente, Figura 4b). Contudo, para fins de identificação de
uma substância o solvente escolhido para eluição deve carrear o composto a um Rf entre 0,3 e 0,6 e
uma amostra autêntica deve ser aplicada lado a lado na mesma placa, para assegurar igualdade de
condições experimentais. Além disso, como muitas substâncias podem ter o mesmo valor de Rf,
assim com podem ter o mesmo ponto de fusão, métodos adicionais devem ser utilizados para
identificação inequívoca do composto.
Marca da Marca da
frente do frente do
solvente solvente
Mancha
cromatográfica
∆y
Componente 1
∆x Rf = ∆x/∆y
Origem
Componente 2 Origem
(a) (b)
Figura 4. (a) Cromatograma de uma separação em coluna;
(b) Determinação de Rf no cromatograma em camada fina
Procedimento
1. As placas limpas e secas, não devem ser tocadas com os dedos. Segure-as pelas bordas.
2. Misture num béquer 30 g de sílica gel com 60 mL de água destilada até obter uma suspensão
homogênea.
3. Mantendo-se as placas em posição horizontal, transferir uma porção adequada da suspensão para
a superfície das placas, espalhando-a uniformemente com o auxílio de um bastão de vidro.
4. Para facilitar a distribuição homogênea da suspensão, manter a placa apoiada sobre a bancada,
erguendo-se alternadamente as extremidades até que visualmente toda a superfície esteja
uniforme. A espessura do recobrimento deve ser aproximadamente 0,3 mm.
5. Repousa-se a placa em uma superfície plana horizontal e deixa-se secar ao ar durante 15 a 30
minutos, quando o adsorvente adquire uma aparência opaca.
o
6. Para serem utilizadas, as placas devem ser ativadas por aquecimento em uma estufa a 110 C
durante 30 minutos . Este processo visa eliminar a toda a água adsorvida no suporte.
As placas assim preparadas estão prontas para uso e podem ser guardadas em lugar
protegido tomando-se cuidado para não tocar, contaminar ou ferir a camada de adsorvente.
Micro-placas, muito úteis na análise rápida de misturas reacionais, podem ser facilmente
obtidas por imersão de lâminas de microscópio numa suspensão de 35 g de sílica (para CCD) em
cerca de 100 mL de clorofórmio ou tetracloreto de carbono. Duas lâminas, arrumadas face a face, são
rapidamente imersas e, com um movimento constante, removidas da suspensão. Após a separação
das lâminas, e evaporação do CHCl3 (ou CCl4), umedecem-se as placas com vapor de água para
fixar o adsorvente. Obtém-se, assim, duas micro-placas com superfície homogênea de adsorvente em
um dos lados, prontas para uso.
6
Procedimento
Discussão
3. (Provão 2000) Uma mistura contendo os compostos I, II e III, representados abaixo, foi analisada
pela técnica de cromatografia em camada fina. A mistura foi aplicada em uma cromatoplaca de
sílica sem indicador de fluorescência. Após eluição com hexano:éter etílico (4:1) e revelação sob
luz ultravioleta (254nm), a cromatoplaca apresentou o seguinte aspecto:
7
O Rf = 0,77
Quando a cromatoplaca foi revelada com iodo, foram observadas três manchas. Pode-se afirmar
que as manchas obtidas nos Rf 0,34 e 0,77 correspondem, respectivamente, às estruturas:
(a) I e II.
(b) I e III.
(c) II e III.
(d) III e I.
(d) III e II.
Cromatografia em coluna
2. Empacotamento da coluna
As colunas de vidro utilizadas na técnica têm a configuração que lembra uma bureta. Suas
dimensões, obviamente, dependem da quantidade da amostra a ser processada. Dois métodos são
comumente usados para a introdução do suporte na coluna (empacotamento). No primeiro método o
8
suporte é introduzido seco (Figura 5a,b). Coloca-se uma pequena bucha de algodão na base inferior
da coluna para evitar a passagem do suporte sólido pela torneira e a mesma é preenchida até cerca
da metade com solvente. Com a ajuda de um funil adaptado na parte superior da coluna introduz-se,
lentamente, a fase estacionária que será empacotada com o solvente, tendo-se o cuidado de retirar
quaisquer bolhas de ar formadas. O empacotamento poderá ser auxiliado com a introdução e
escoamento de novas quantidades de solvente. Nunca deixe a superfície do suporte livre de
solvente. No segundo método o suporte é introduzido em suspensão no solvente, portanto, os
mesmos cuidados devem ser observados durante a preparação e o empacotamento da coluna.
Quando a coluna estiver preparada deixa-se escoar o solvente até que reste uma diminuta
quantidade de solvente na superfície (evitar a todo custo que a coluna seque!). Introduzir, na
sequência, uma solução concentrada (no solvente de eluição) do material que se deseja separar, com
a ajuda de uma pipeta de Pasteur, tendo cuidado para não perturbar a superfície do adsorvente. Se a
mistura for líquida ela poderá ser introduzida diretamente na coluna. Uma metodologia alternativa
envolve a impregnação da amostra em pequena quantidade do adsorvente, com o auxílio de um
solvente, seguida de evaporação e introdução do pó resultante (farofa) na coluna. Esse procedimento
é particularmente útil quando pelo menos um dos constituintes da amostra se dissolve apenas em
solventes muitos polares.
Inicialmente deixa-se eluir a amostra com um pouco de solvente até quase a secura
(evitando-se que a coluna seque!). Introduz-se uma nova quantidade de solvente e a operação
repetida. A coluna é, então, preenchida com o solvente, e iniciada a eluição propriamente dita. À
medida que as frações vão sendo recolhidas na base da coluna (usando vários Erlenmeyers
numerados) torna-se necessário adicionar mais solvente (Figura 6), cuja polaridade eventualmente
pode ser modificada mediante mistura com outro solvente polar. Faça um monitoramento das frações
recolhidas por CCD, para verificar se todos os componentes da amostra foram eluídos e quais as
frações podem ser combinadas, pois um componente individual pode estar presente em várias
frações contíguas. Algumas frações podem conter mais de um componente, essas frações não
devem ser reunidas com as que contém apenas um componente.
Posto que as frações recolhidas encontram-se diluídas, é necessário evapora-las para obter o
componente puro. Em alguns casos, a evaporação do solvente é indispensável, mesmo antes da
análise cromatográfica.
9
1
Cromatografia Rápida (flash-column chromatography, FC)
1
Still, W. C.; Kahn, M.; Mitra, A.; Rapid Chromatographic Technique for Preparative Separations with Moderate
Resolution. J. Org. Chem., 1978, 43, 2923.
10
2
Harwood, L. M.; “Dry-Column” Flash chromatography. Aldrichimica Acta, 1985, 18, 25; (b) Yau, E. K.; Coward,
J. K.; Filtering-Column Chromatography - A Fast, Convenient Chromatographic Method - Aldrichimica Acta,
1988, 21, 106.
11
OH OH OH
NO2
HNO3-H2O
+
NO2
Procedimento
1. Preparar três câmaras cromatográficas com alguns mL dos solventes em ensaio (por ex.
diclorometano, acetato de etila, hexano, metanol, puros ou com polaridades ajustadas por
misturas). Colocar meia folha de papel de filtro encostada à parede das câmaras para acelerar a
saturação das mesmas com o vapor do solvente.
2. Preparar três micro-placas com sílica gel para CCD (confira métodos descritos na parte teórica
sobre CCD). Com um tubo capilar, aplicar em cada micro-placa, devidamente espaçadas entre
si e a cerca de 10 mm da margem, as soluções autênticas de p-nitrofenol e o-nitrofenol, e a
solução da mistura reacional da nitração do fenol. As manchas resultantes não devem atingir
diâmetros superiores a 3 mm.
3. Marcar na placa o ponto até onde o solvente deve atingir - cerca de 10 mm da borda superior.
4. Mergulhar cuidadosamente cada micro-placa em cada solvente escolhido, de modo que os
pontos de aplicação das amostras fiquem acima do nível do solvente. Aguardar o
desenvolvimento dos cromatogramas. Atingido o ponto final, remover as placas.
5. Observar os resultados, estabelecendo qual solvente efetuou melhor separação (as manchas
devem ser visíveis!) Para fins de registro, desenhar as cromatoplacas.
Discussão
1. Com base nos resultados escolha o melhor solvente de desenvolvimento (melhor separação).
2. Determine os valores de Rf de cada componente, obtidos na melhor separação.
3. Você pode inferir inequivocamente que além do o- e p-nitrofenol, existe um outro componente
na solução 3? Em caso afirmativo, que impureza (contaminante) poderia estar presente na
solução reacional? Explique.
4. Qual (ais) dos eluentes testados você recomendaria para eluir a coluna cromatográfica?
Justifique.
Procedimento
1. Preparação da coluna
• Colocar um pequeno chumaço de algodão hidrófilo na base inferior da coluna (use bastão de
tamanho adequado). Encher a coluna até cerca de 1/4 com o primeiro eluente da série. Testar se a
torneira está estanque.
• Pesar aproximadamente 20 g de sílica-gel em béquer de 100 mL; adicionar o primeiro eluente em
quantidade bastante para formar uma papa homogênea; misturar bem removendo as bolhas de
ar.
13
• Encher a coluna com o solvente (ou mistura de solventes) menos polar, tomando extrema
precaução para não perturbar a superfície do adsorvente (a rodela de papel de filtro ou camada
de algodão são úteis nesse estágio!).
• Recolher as frações eluídas em Erlenmayers de 50 mL, previamente numerados. O volume de cada
fração deve, em média, ser de aproximadamente 1/10 do volume da coluna. Vigiar
constantemente o volume de solvente na coluna, a qual deve jamais secar!
• Monitorar a separação e pureza de cada fração por cromatografia em camada delgada (ccd). A
eluição deverá ser continuada até a saída total de todos os componentes.
• As frações contendo cada componente puro deverão ser reunidas em balões apropriados e o
eluente evaporado com auxílio de roto-evaporador.
Discussão
3. (Provão 2001) Um químico deseja separar os compostos abaixo por cromatografia em coluna,
utilizando sílica como adsorvente.
Para tal, percolou a coluna seqüencialmente com os solventes I, II e III, que formam uma série
eluotrópica. A primeira fração continha o composto X, a segunda fração, o composto Y, e a última
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fração, o composto Z. Qual dos sistemas de solventes abaixo serve como fase líquida para justificar
a ordem de eluição encontrada?
Solvente I Solvente II Solvente III
(A) hexano acetonitrila tolueno
(B) hexano tolueno CH2Cl2
(C) tolueno hexano acetonitrila
(D) acetonitrila CH2Cl2 hexano
(E) CH2Cl2 tolueno hexano
Alguns resíduos aquosos poderão ser descartados na pia com água corrente. O demais resíduos
líquidos e sólidos (solventes, mistura de solventes, sílica, etc.) deverão ser acondicionados em
frascos apropriados, segundo orientação do instrutor.
Os produtos sólidos e líquidos deverão ser reservados, após a purificação, para utilização como
insumos em práticas posteriores.