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Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF

PRESIDÊNCIA CNJ : 0023487-20.2006.4.02.5101


RELATOR : DES.FED. GUILHERME
GABINETE DE CONCILIAÇÃO DIEFENTHAELER
PAUTA : J.F. CONCILIADOR(A)
PRESIDÊNCIA GABINETE DE CONCILIAÇÃO APTE : ALAN FERREIRA DE SOUZA E OUTRO
ADV : LEANDRO FERREIRA DE MATOS
RES. Nº 15/11-PRES MAGALHÃES
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
DESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO/SFH, EM ADV : ANDRE PIRES GODINHO E OUTROS
REGIME DE MUTIRÃO, NO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL MUTUÁRIO:ALAN FERREIRA DE SOUZA
DA 2ª REGIÃO, RUA ACRE 80, 3º ANDAR, NOS SEGUINTES HORA:15:30
PROCESSOS: DATA:25.05.2012
LOCAL:TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO, RUA
25.05.2012 ACRE, 80, 3º ANDAR

00001 2009.51.01.016851-6 AC RJ 540904 00005 2006.51.01.020633-4 AC RJ 498756


CNJ : 0016851-33.2009.4.02.5101 CNJ : 0020633-53.2006.4.02.5101
RELATOR : DES.FED. GUILHERME RELATOR : DES.FED. GUILHERME
DIEFENTHAELER DIEFENTHAELER
PAUTA : J.F. CONCILIADOR(A) PAUTA : J.F. CONCILIADOR(A)
APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF APTE : JOAO CARLOS DA COSTA
ADV : BRUNO VAZ DE CARVALHO E OUTROS ADV : ADOLPHO DOS SANTOS MARQUES DE
APDO : JOSE MARTINS DE LIMA ABREU E OUTRO
ADV : LUIZ CARLOS FARIAS DE OLIVEIRA APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
MUTUÁRIO:JOSE MARTINS DE LIMA ADV : SERGIO RICARDO DE OLIVEIRA
HORA:15:00 ANDRADA
DATA:25.05.2012 MUTUÁRIO:JOAO CARLOS DA COSTA
LOCAL:TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO, RUA HORA:15:30
ACRE, 80, 3º ANDAR DATA:25.05.2012
LOCAL:TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO, RUA
00002 2007.51.01.015800-9 AC RJ 461360 ACRE, 80, 3º ANDAR
CNJ : 0015800-55.2007.4.02.5101
RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA 00006 2000.51.01.001429-7 AC RJ 539085
SILVA CNJ : 0001429-33.2000.4.02.5101
PAUTA : J.F. CONCILIADOR(A) RELATOR : J.F.CONV. GUILHERME
APTE : SEBASTIAO MACHADO DE FARIAS E DIEFENTHAELER
OUTRO PAUTA : J.F. CONCILIADOR(A)
ADV : ELIEL SANTOS JACINTHO E OUTROS APTE : GUILHERME JOSE RAMOS LOPES E
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF OUTRO
ADV : BRUNO VAZ DE CARVALHO E OUTROS ADV : NORMANDIA BARROSO UCHOA E
MUTUÁRIO:SEBASTIÃO MACHADO DE FARIAS E MARIA DA OUTROS
GLORIA PAIVA DE FARIAS APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
HORA:15:00 ADV : LETICIA MARQUES DO NASCIMENTO E
DATA:25.05.2012 OUTROS
LOCAL:TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO, RUA MUTUÁRIO:GUILHERME JOSE RAMOS LOPES E REGINA
ACRE, 80, 3º ANDAR CELIA GONÇALVES LOPES
HORA:15:30
00003 2004.51.01.018259-0 AC RJ 483588 DATA:25.05.2012
CNJ : 0018259-35.2004.4.02.5101 LOCAL:TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO, RUA
RELATOR : DES.FED. GUILHERME ACRE, 80, 3º ANDAR
DIEFENTHAELER
PAUTA : J.F. CONCILIADOR(A) 00007 2006.51.04.001759-0 AC RJ 525152
APTE : CELIA LENIR GONCALVES DA CUNHA CNJ : 0001759-11.2006.4.02.5104
ADV : HERBERTH MEDEIROS SAMPAIO E RELATOR : DES.FED. GUILHERME
OUTRO DIEFENTHAELER
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF PAUTA : J.F. CONCILIADOR(A)
ADV : SEM ADVOGADO APTE : ROGERIO ABELARDO DOS SANTOS E
MUTUÁRIO:CELIA LENIR GONÇALVES DA CUNHA OUTRO
HORA:15:00 ADV : ALCINETE NASCIMENTO DE SOUZA E
DATA:25.05.2012 OUTRO
LOCAL:TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO, RUA APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ACRE, 80, 3º ANDAR ADV : ALDIR GOMES SELLES E OUTROS
MUTUÁRIO:ROGERIO ABELARDO DOS SANTOS E ANA
00004 2006.51.01.023487-1 AC RJ 498753 GILDA MARIA DA SILVA SANTOS

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Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
HORA:16:00
DATA:25.05.2012
LOCAL:TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO, RUA
ACRE, 80, 3º ANDAR

00008 2003.51.01.020785-4 AC RJ 350863 Nome do Advogado Código OAB Número do Processo


CNJ : 0020785-09.2003.4.02.5101
RELATOR : DES. FED. GUILHERME CALMON ADOLPHO DOS SANTOS MARQUES DE ABREU RJ065963
NOGUEIRA DA GAMA 2006.51.01.020633-4
PAUTA : J.F. CONCILIADOR(A) ALCINETE NASCIMENTO DE SOUZA RJ059106
APTE : PAULO SERGIO APOSTOLO NOGUEIRA 2006.51.04.001759-0
DA GAMA ALDIR GOMES SELLES RJ083136 2006.51.04.001759-0
ADV : MONICA SALES CABRAL ANDRE DE ALMEIDA PEREIRA DA COSTA RJ088097
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF 2003.51.01.011605-8
ADV : ROBERTA MURATORI ATHAYDE E ANDRE PIRES GODINHO RJ100272 2006.51.01.023487-1
OUTROS BRUNO VAZ DE CARVALHO RJ097626 2005.51.01.006099-2
MUTUÁRIO:PAULO SERGIO APOSTOLO N DA GAMA 2007.51.01.015800-9
HORA:16:00 2009.51.01.016851-6
DATA:25.05.2012 ELIEL SANTOS JACINTHO RJ059663 2007.51.01.015800-9
LOCAL:TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO, RUA HERBERTH MEDEIROS SAMPAIO RJ101253
ACRE, 80, 3º ANDAR 2004.51.01.018259-0
LEANDRO FERREIRA DE MATOS MAGALHÃES RJ133208
00009 2005.51.01.006099-2 AC RJ 476615 2006.51.01.023487-1
CNJ : 0006099-41.2005.4.02.5101 LETICIA MARQUES DO NASCIMENTO RJ097702
RELATOR : DES. FED. GUILHERME CALMON 2000.51.01.001429-7
NOGUEIRA DA GAMA LUIZ CARLOS FARIAS DE OLIVEIRA RJ083291
PAUTA : J.F. CONCILIADOR(A) 2009.51.01.016851-6
APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF MONICA SALES CABRAL RJ122359 2003.51.01.020785-4
ADV : BRUNO VAZ DE CARVALHO E OUTROS NORMANDIA BARROSO UCHOA RJ022352
APDO : VALERIO DE SOUZA COSTA 2000.51.01.001429-7
ADV : ROMULO BARCELLOS DOS SANTOS ROBERTA MURATORI ATHAYDE RJ159444
MUTUÁRIO:VALERIO DE SOUZA COSTA 2003.51.01.020785-4
HORA:16:00 ROBERTO CARLOS MARTINS PIRES RJ056175
DATA:25.05.2012 2003.51.01.011605-8
LOCAL:TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO, RUA ROMULO BARCELLOS DOS SANTOS RJ125101
ACRE, 80, 3º ANDAR 2005.51.01.006099-2
SEM ADVOGADO 2004.51.01.018259-0
00010 2003.51.01.011605-8 AC RJ 520576
CNJ : 0011605-66.2003.4.02.5101
RELATORA : DES.FED. VERA LÚCIA LIMA SERGIO RICARDO DE OLIVEIRA ANDRADA RJ093742
PAUTA : J.F. CONCILIADOR(A) 2006.51.01.020633-4
APTE : LEONARDO DE SOUZA DOS SANTOS
ADV : ANDRE DE ALMEIDA PEREIRA DA
COSTA E OUTROS
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF E -------------------------------------------------------------------------------
OUTRO
ADV : ROBERTO CARLOS MARTINS PIRES E
OUTROS MUTUÁRIO:LEONARDO DE Fim do Relatório
SOUZA DOS SANTOS
MUTUÁRIO:LEONARDO DE SOUZA DOS SANTOS
HORA:17:00
DATA:25.05.2012
LOCAL:TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO, RUA
ACRE, 80, 3º ANDAR
VICE-PRESIDÊNCIA
NÚCLEO DE CONCILIAÇÃO
TRF 2ª REGIÃO ASSESSORIA DE RECURSOS

PÁG. : 01 BOLETIM: 126629


DATA : 10/05/2012

NÚCLEO DE MÉTODOS CONSENSUAIS DE SOL. DE IV - APELACAO CIVEL 89.02.01281-6


ÍNDICES POR ADVOGADO DA PAUTA DE 25.05.2012. Nº CNJ :0001281-82.1989.4.02.0000
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
PRESIDENTE
APELANTE :CIA/ METROPOLITANA DE ACOS
ADVOGADO :ROBERTO DONATO B. P. DOS REIS E
OUTROS
APELADO :UNIAO FEDERAL

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ORIGEM :SÉTIMA VARA FEDERAL DO RIO DE
JANEIRO (0004933125)

DECISÃO
Trata-se de recurso especial interposto pela União Federal (Fazenda
Nacional), com fundamento no artigo 105, inciso III, alínea “a”, da VICE-PRESIDENTE
Constituição Federal, em face de acórdão que, emanado da colenda
Quarta Turma Especializada deste Tribunal, restou assim ementado:
“TRIBUTÁRIO. IPI. DÍVIDA ATIVA.
Não deve ser provido o Agravo Retido interposto pela Embargante.
A impugnação da Fazenda Nacional foi apresentada após o prazo IV - APELACAO CIVEL 1996.50.01.005550-4
disposto no art. 740 c/c 181 do CPC. Nº CNJ :0005550-55.1996.4.02.5001
O desentranhamento da referida petição não importará em qualquer RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
resultado prático para o deslinde da questão dos autos. Os PRESIDENTE
documentos trazidos com a impugnação foram juntados, novamente, APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
após determinação do Juízo a quo. NACIONAL
O fato de que os efeitos previstos no art. 319 do CPC não são APELADO :ADIB JOSE FAICAL E OUTROS
aplicados à Embargada, eis que, em sendo o crédito tributário ADVOGADO :ROGER FAICAL RONCONI E OUTRO
caracterizado como direito indisponível, sobretudo diante do preceito ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE
inscrito no art. 97 e incisos do CTN, está inserido na exceção prevista VITÓRIA (9600055505)
no inciso II, artigo 320 do Código de Processo Civil.
Afasto a questão da configuração da denúncia espontânea, suscitada DECISÃO
pela Embargante. O que caracteriza a denúncia espontânea, a que Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA
alude o artigo 138 do CTN, é pagamento integral do tributo devido, NACIONAL), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da
acompanhado dos juros de mora, ou com o depósito da importância Constituição Federal, em face do V. Acórdão emanado da Colenda
arbitrada pela autoridade administrativa, quando o tributo dependa Quarta Turma Especializada deste Tribunal.
de apuração. Não houve o pagamento da exação em questão, não Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de
restando configurada a denúncia espontânea. pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
No mais, a questão cinge-se à verificação se houve a regular julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
constituição do crédito referente ao Imposto sobre Produtos Ministra ELLEN GRACIE, verbis:
Industrializados saídos do estabelecimento comercial, no período de “DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA –
apuração, exação que fundamentou a ação executiva . APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº
Em que pese o entendimento jurisprudencial em contrário, o 118/2005 – DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA
contribuinte, no sistema brasileiro, não pode realizar o lançamento no JURÍDICA – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO
sentido jurídico. De modo que qualquer documento que ele apresente LEGIS – APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA
tem caráter informativo, sem natureza jurídica de lançamento. REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS
Ainda, de acordo com as normas do Decreto-Lei nº 1.680/79, utilizado PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
pela Fazenda Nacional como fundamento para constituir o crédito em Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da
questão, a Parte Executada deveria ter sido notificada para realizar o Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a
pagamento do imposto no prazo de 30 (trinta) dias, antes de sua lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação
inscrição em dívida ativa. Nas cópias juntadas, verifica-se que não de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em
restou comprovado se esta intimação foi efetivada. conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e 168, I, do
Não tendo sido o título executivo regularmente constituído, a CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado interpretativa,
respectiva ação executiva é nula. implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos
Condenada Fazenda Nacional no reembolso das custas processuais e contados do fato gerador para 5 anos contados do pagamento indevido.
no pagamento de honorários advocatícios, estes últimos fixados em Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
5% (cinco por cento) do valor executado. jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
Negado provimento ao agravo retido e dado parcial provimento à à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
apelação.” expressamente interpretativa também se submete, como qualquer outra,
A parte recorrente sustenta, em síntese, que o acórdão impugnado ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e aplicação.
violou o artigo 535, II do CPC e o artigo 150,do CTN. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
Eis o relato do necessário. Decido. compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
O exame dos autos revela o preenchimento dos pressupostos genéricos, fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
tais como cabimento, legitimidade, interesse para recorrer, do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às pretensões
tempestividade e regularidade formal, em conformidade com o art. 541 pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, sem resguardo
do Código de Processo Civil. de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio da
De igual sorte, verifica-se que a matéria encontra-se devidamente segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de
prequestionada e a fundamentação permite a exata compreensão da garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as aplicações
controvérsia, com indicação dos dispositivos infraconstitucionais tidos inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da norma,
por violados, autorizando a admissão do recurso, na forma do aludido permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações
artigo 105, inciso III, alínea “a”, da Carta Política. ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento consolidado por
Por tais fundamentos, ADMITO o recurso especial. esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
Rio de Janeiro, 20 de abril de 2012. O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
lacuna na LC 118/05, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa

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em contrário.
Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos
tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
Recurso extraordinário desprovido.” jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e
o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do aplicação.
Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
dezembro de 2006. compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
Publique-se e intime-se. fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012. do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei,
VICE-PRESIDENTE sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao
princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às
IV - APELACAO CIVEL 98.02.29765-8 ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento
Nº CNJ :0029765-92.1998.4.02.0000 consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
PRESIDENTE apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
NACIONAL Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
APELADO :SOBAM SOCIEDADE BENEFICENTE lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
DE ASSISTENCIA MEDICO- maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
ODONTOLOGICA disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
ADVOGADO :CARLOS ALBERTO CALUMBY em contrário.
LISBOA E OUTROS Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 20A VARA-RJ 118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos
ORIGEM :VIGÉSIMA VARA FEDERAL DO RIO tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
DE JANEIRO (9700034364) dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados.
DECISÃO Recurso extraordinário desprovido.”
Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
NACIONAL), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão
Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Colenda proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO
Terceira Turma Especializada deste Tribunal e que se encontrava o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do
sobrestado por força da decisão de fls. 468. Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de
Eis o relato do necessário. Decido. dezembro de 2006.
Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de Publique-se e intime-se.
pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012.
julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908, VICE-PRESIDENTE
verbis:
“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS – XXXVII - EMBARGOS INFRINGENTES (AC)
APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU 1998.51.01.033258-4
COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A Nº CNJ :0033258-03.1998.4.02.5101
PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da PRESIDENTE
Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a EMBARGANTE :MED CAR ELETRO MECANICA LTDA
lançamento por homologação, o prazo para repetição ou E OUTRO
compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, ADVOGADO :CARLOS AUGUSTO SAMARY DA
tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e SILVA (RJ073449) E OUTRO
168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado EMBARGADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo NACIONAL
de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do ORIGEM :DÉCIMA VARA FEDERAL DO RIO DE
pagamento indevido. JANEIRO (9800332588)

DECISÃO
Trata-se de recurso extraordinário interposto pela União (Fazenda
Nacional), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da
Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Segunda Seção

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Especializada deste Tribunal que deu provimento parcial aos embargos
infringentes.
A Recorrente sustenta que o V. Acórdão violou os artigos 3º e 4º da
Lei Complementar nº 118/05.
Eis o relato do necessário. Decido.
Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012.
pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora VICE-PRESIDENTE
Ministra ELLEN GRACIE, verbis:
“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA –
APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº
118/2005 – DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA
JURÍDICA – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 1998.51.06.702346-1
LEGIS – APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA Nº CNJ :0702346-64.1998.4.02.5106
REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. PRESIDENTE
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a NACIONAL
lançamento por homologação, o prazo para repetição ou APELADO :JORGE ODIR STADLER MC KENZIE
compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, ADVOGADO :SEM ADVOGADO
tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE
168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado PETROPOLIS-RJ
interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo ORIGEM :1A. VARA JUSTIÇA FEDERAL -
de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do PETROPOLIS/RJ (9807023467)
pagamento indevido.
Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo DECISÃO
jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação Trata-se de recurso especial interposto pela UNIÃO (FAZENDA
à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei NACIONAL), com fundamento no art. 105, III, alínea “a” da
expressamente interpretativa também se submete, como qualquer Constituição Federal em face do V. Acórdão proferido pela Colenda
outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e Quarta Turma deste Egrégio Tribunal, que, por unanimidade, decidiu
aplicação. negar provimento ao recurso da ora Recorrente e à remessa necessária.
A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou Opostos embargos declaratórios, foram os mesmos rejeitados,
compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, mantendo-se íntegro o acórdão.
fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz Sustenta a Recorrente, em síntese, que o acórdão impugnado teria
do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às negado vigência ao artigo 535 do CPC, bem como aos artigos 219-§ 1º
pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, do CPC e 174 do CTN.
sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao É o relato do necessário. Decido.
princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da O exame dos autos revela o preenchimento dos pressupostos genéricos,
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as tais como cabimento, legitimidade, interesse para recorrer,
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da tempestividade e regularidade formal, em conformidade com o art. 541
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às do Código de Processo Civil.
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento Verifica-se, ainda, que a matéria encontra-se devidamente
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. prequestionada e a fundamentação permite a exata compreensão da
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não controvérsia, com indicação do dispositivo infraconstitucional tido por
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que violado, autorizando a admissão do recurso, na forma do aludido artigo
ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. 105, inciso III, alínea “a”, da Constituição Federal.
Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo Diante do exposto, ADMITO o recurso especial.
lacuna na LC 118/05, que pretendeu a aplicação do novo prazo na Rio de Janeiro, 26 de abril de 2012.
maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa VICE-PRESIDENTE
em contrário.
Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos
tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. IV - APELACAO CIVEL 2000.50.01.007599-5
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. Nº CNJ :0007599-30.2000.4.02.5001
Recurso extraordinário desprovido.” RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado PRESIDENTE
no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão APELANTE :UNICAFE CIA/ DE COMERCIO
proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO EXTERIOR E OUTRO
o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do ADVOGADO :LETICIA RANGEL SERRAO
Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de APELADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
dezembro de 2006. NACIONAL
Publique-se e intime-se. ORIGEM :2ª VARA FEDERAL CÍVEL DE
VITÓRIA/ES (200050010075995)

DECISÃO
Trata-se de recurso especial interposto por UNICAFÉ CIA DE
COMÉRCIO EXTERIOR E OUTRO, com fundamento no artigo 105,

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inciso III, alíneas “a” e “c”, da Constituição Federal, em face de
decisão monocrática proferida às fls. 245-248.
Eis o relato do necessário. Decido.
O presente recurso não reúne condições de admissibilidade.
Com efeito, não restou atendido o disposto no art. 105, III, da
Constituição Federal, que prevê como requisito para o julgamento do NACIONAL
recurso especial a definitividade da decisão atacada, que deve ser REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 1A VARA-RJ
proferida por última ou única instância, pois não foi interposto o ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DO RIO
competente agravo interno contra a decisão monocrática proferida, não DE JANEIRO (200051010152864)
havendo, destarte, o esgotamento de todas as vias na instância
ordinária, o que atrai, analogicamente, a incidência da Súmula nº 281 DECISÃO
do STF. Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA
Desta forma, INADMITO o Recurso Especial. NACIONAL), em face de acórdão de fls. 263-264 emanado da
Rio de Janeiro, 10 de abril de 2012. Colenda Quarta Turma Especializada deste Tribunal, com fundamento
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da Constituição Federal e que se
VICE-PRESIDENTE encontrava sobrestado por força de decisão de fls. 369.
Eis o relato do necessário. Decido.
Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de
pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
IV - APELACAO CIVEL 2000.50.01.007599-5 Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908,
Nº CNJ :0007599-30.2000.4.02.5001 verbis:
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE “DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
PRESIDENTE RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
APELANTE :UNICAFE CIA/ DE COMERCIO DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
EXTERIOR E OUTRO NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
ADVOGADO :LETICIA RANGEL SERRAO APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU
APELADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A
NACIONAL PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
ORIGEM :2ª VARA FEDERAL CÍVEL DE Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da
VITÓRIA/ES (200050010075995) Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a
lançamento por homologação, o prazo para repetição ou
DECISÃO compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador,
Trata-se de recurso extraordinário interposto por UNICAFÉ DE tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e
COMÉRCIO EXTERIOR E OUTRO, com fundamento no art. 102, III, 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado
alínea “a” da Constituição Federal, em face de decisão monocrática interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo
proferida às fls. 245-248. de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do
Eis o relato do necessário. Decido. pagamento indevido.
O presente recurso não reúne condições de admissibilidade. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
Com efeito, não restou atendido o disposto no art. 102, III, da jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
Constituição Federal, que prevê como requisito para o julgamento do à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
recurso extraordinário a definitividade da decisão atacada, que deve ser expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
proferida por última ou única instância, pois não foram interpostos outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e
embargos de declaração contra o acórdão que foi proferido apenas em aplicação.
sede de remessa necessária, não havendo, destarte, o esgotamento de A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
todas as vias na instância ordinária, o que atrai a incidência da Súmula compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
nº 281 do STF. fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
Desta forma, INADMITO o Recurso Extraordinário. do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às
Rio de Janeiro, 10 de abril de 2012. pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei,
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao
VICE-PRESIDENTE princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento
XII - APELACAO EM MANDADO DE SEGURANCA consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
2000.51.01.015286-4 O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
Nº CNJ :0015286-49.2000.4.02.5101 apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
PRESIDENTE Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
APELANTE :COMPANHIA CERVEJARIA BRAHMA lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
ADVOGADO :MARCIA LOURDES DE PAULA E maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
OUTRO disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
APELADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA em contrário.
Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos
tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados.

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Recurso extraordinário desprovido.”
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão
proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO
o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do
Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de acórdão recorrido,
dezembro de 2006. não permitem
Publique-se e intime-se. compreender a
Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012. correta extensão
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA da controvérsia.
VICE-PRESIDENTE Incide na espécie,
por analogia, o
princípio
estabelecido na
Súmula 284/STF"
IV - APELACAO CIVEL 2000.51.01.506960-4 (RMS 32.578/AM,
Nº CNJ :0506960-43.2000.4.02.5101 Rel. Min.
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE HERMAN
PRESIDENTE BENJAMIN,
APELANTE :WELIKSON INCORPORAÇOES E SEGUNDA
CONSTRUÇOES LTDA TURMA, julgado
ADVOGADO :GILBERTO DE MIRANDA AQUINO em 22/02/2011,
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO DJe 16/03/2011).
SOCIAL - INSS O Eg. Superior
PROCURADOR :LEONARDO CARDOSO M T MENDES Tribunal de Justiça
ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DE assim se
EXECUÇÃO FISCAL - RJ manifestou:
(200051015069604) PROCESSUAL
CIVIL E
DECISÃO ADMINISTRATIV
Trata-se de recurso especial interposto, às fls. 144/154, por O. RECURSO
WELIKSON INCORPORAÇÕES E CONSTRUÇÕES LTDA, com ESPECIAL.
fundamento no artigo 105, inciso III, alíneas “a” e “c” da Constituição RAZÕES
Federal, em face do v. Acórdão emanado da Colenda Sexta Turma DISSOCIADAS DA
Especializada deste Eg. Tribunal, às fls. 135/136 que, por unanimidade, FUNDAMENTAÇÃ
negou provimento ao recurso de apelação da ora Recorrente. O DO ACÓRDÃO
Sustenta a Recorrente a ilegalidade e inconstitucionalidade da RECORRIDO.
aplicação da Taxa Selic para fins tributários, bem como da Taxa AGRAVO
Referencial – TR. DESPROVIDO.
Contrarrazzões às fls. 161/168. 1. As razões do
Eis o relato do necessário. Decido. recurso especial
Em que pese o inconformismo da parte recorrente, a inadmissibilidade encontram-se
do recurso se impõe. dissociadas dos
Observa-se a falta do indispensável prequestionamento viabilizador da fundamentos do
instância especial, incidindo, mutatis mutandis, o enunciados das acórdão recorrido,
Súmulas 282/STF e 356/STF e 211/STJ. Ressalte-se que, para que haja não merecendo o
o prequestionamento da matéria, é preciso que a questão tenha sido recurso especial,
objeto de debate à luz da legislação federal indicada, sendo portanto, ser
imprescindível que o tribunal emita juízo de valor acerca do dispositivo conhecido.
legal supostamente ofendido, o que não ocorreu na espécie. Precedentes.
2. No caso ora
Por outro lado, as examinado, o
razões do recurso Tribunal de origem
encontram-se não conheceu do
dissociadas do que recurso de
decidido no v. apelação, em face
Acórdão, incidindo, da preliminar
por analogia, a levantada nas
Súmula 284/ STF. contra-razões da
Confira-se: "As apelação.
razões Entretanto,
apresentadas, pretende a ora
dissociadas da Recorrente discutir
fundamentação do o mérito que
sequer foi alvo de
análise no
acórdão.
3. Agravo
regimental

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desprovido.
(AgRg no Ag
704653 / RS;
Relatora Ministra
LAURITA VAZ;
QUINTA TURMA; expressamente interpretativa também se submete, como qualquer outra,
DJ 03/04/2006 p. ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e aplicação.
396) A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
Em face do compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
exposto, fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
INADMITO o do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às pretensões
Recurso Especial. pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, sem resguardo
Rio de Janeiro, 27 de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio da
de abril de 2012. segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de
garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as aplicações
inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da norma,
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações
VICE-PRESIDENTE ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento consolidado por
esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
IV - APELACAO CIVEL 2000.51.02.002224-2 Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
Nº CNJ :0002224-36.2000.4.02.5102 lacuna na LC 118/05, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
PRESIDENTE disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
APELANTE :CLINICA DE RADIOLOGIA E ULTRA em contrário.
SONOGAFIA ICARAI LTDA Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
ADVOGADO :CARLOS AUGUSTO SAMARY E 118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos
OUTROS tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.
SOCIAL - INSS Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados.
PROCURADOR :TERESA CRISTINA DE MELO COSTA Recurso extraordinário desprovido.”
OLIVEIRA Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
ORIGEM :1A. VARA FEDERAL - NITEROI/RJ no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão
(200051020022242) proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO
o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do
DECISÃO Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de
Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA dezembro de 2006.
NACIONAL), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da Publique-se e intime-se.
Constituição Federal, em face do V. Acórdão emanado da Colenda Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012.
Terceira Turma Especializada deste Tribunal. RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de VICE-PRESIDENTE
pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
Ministra ELLEN GRACIE, verbis:
“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA –
APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº XII - APELACAO EM MANDADO DE SEGURANCA
118/2005 – DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA 2001.02.01.034173-0
JURÍDICA – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO Nº CNJ :0034173-24.2001.4.02.0000
LEGIS – APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PRESIDENTE
PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da NACIONAL
Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a APELADO :A SAMARITANA CALCADOS S/A
lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação ADVOGADO :ALEXANDRE MARTINS FLEXA E
de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em OUTROS
conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e 168, I, do REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 2A VARA DE
CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado interpretativa, NITEROI-RJ
implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos ORIGEM :2A. VARA FEDERAL - NITEROI/RJ
contados do fato gerador para 5 anos contados do pagamento indevido. (9902067433)
Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação DECISÃO
à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA
NACIONAL), em face de acórdão emanado da Colenda Terceira
Turma Especializada deste Tribunal, com fundamento no artigo 102,
inciso III, alínea “b”, da Constituição Federal.
Eis o relato do necessário. Decido.
Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de

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pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908,
verbis:
“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS – XII - APELACAO EM MANDADO DE SEGURANCA
APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU 2001.50.01.008139-2
COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A Nº CNJ :0008139-44.2001.4.02.5001
PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da PRESIDENTE
Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
lançamento por homologação, o prazo para repetição ou NACIONAL
compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, APELADO :LUCIOS ROLAMENTOS COMERCIO E
tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e IMPORTACOES LTDA
168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado ADVOGADO :GABRIELA NEGRI CARLESSO E
interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo OUTROS
de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do REMETENTE :JUIZO DA 2A VARA FEDERAL CIVEL
pagamento indevido. DE VITORIA-ES
Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo ORIGEM :2ª VARA FEDERAL CÍVEL DE
jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação VITÓRIA/ES (200150010081392)
à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
expressamente interpretativa também se submete, como qualquer DECISÃO
outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA
aplicação. NACIONAL), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da
A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Colenda
compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, Terceira Turma Especializada deste Tribunal e que se encontrava
fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz sobrestado por força da decisão de fls. 273.
do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às Eis o relato do necessário. Decido.
pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de
sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908,
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da verbis:
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às “DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU
ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A
Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da
maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a
disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa lançamento por homologação, o prazo para repetição ou
em contrário. compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador,
Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e
118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado
tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo
dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. pagamento indevido.
Recurso extraordinário desprovido.” Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e
Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de aplicação.
dezembro de 2006. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
Publique-se e intime-se. compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
Rio de Janeiro, 19 de abril de 2012. fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às
VICE-PRESIDENTE pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei,
sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao
princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.

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Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da
disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a
em contrário. lançamento por homologação, o prazo para repetição ou
Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador,
118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e
tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado
dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do
Recurso extraordinário desprovido.” pagamento indevido.
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e
dezembro de 2006. aplicação.
Publique-se e intime-se. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012. compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
VICE-PRESIDENTE do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às
pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei,
sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao
princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
IV - APELACAO CIVEL 2001.51.01.004758-1 aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
Nº CNJ :0004758-19.2001.4.02.5101 norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento
PRESIDENTE consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
SOCIAL - INSS apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
PROCURADOR :RODRIGO GASPAR DE MELLO ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
APELANTE :CENTRO DO COM/ DE CAFE DO RIO Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
DE JANEIRO lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
ADVOGADO :VANY ROSSELINA GIORDANO E maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
OUTROS disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
APELADO :OS MESMOS em contrário.
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 18A VARA-RJ Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
ORIGEM :DÉCIMA OITAVA VARA FEDERAL 118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos
DO RIO DE JANEIRO tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
(200151010047581) dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados.
DECISÃO Recurso extraordinário desprovido.”
Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
NACIONAL), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão
Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Colenda proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO
Terceira Turma Especializada deste Tribunal e que se encontrava o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do
sobrestado por força da decisão de fls. 314. Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de
Eis o relato do necessário. Decido. dezembro de 2006.
Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de Publique-se e intime-se.
pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012.
julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908, VICE-PRESIDENTE
verbis:
“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS – IV - APELACAO CIVEL 2001.51.01.004946-2
APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU Nº CNJ :0004946-12.2001.4.02.5101
COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. PRESIDENTE
APELANTE :ECISA ENGENHARIA COMERCIO E
INDUSTRIA S/A E OUTROS
ADVOGADO :LUIZ GUSTAVO ANTONIO SILVA
BICHARA E OUTROS
APELANTE :SCGR EMPREENDIMENTOS E

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PARTICIPACOES S/A E OUTROS
ADVOGADO :ANDRE CANTERGIANI PANAZZOLO
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APELADO :OS MESMOS
ORIGEM :OITAVA VARA FEDERAL DO RIO DE Nº CNJ :0004946-12.2001.4.02.5101
JANEIRO (200151010049462) RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
PRESIDENTE
DECISÃO APELANTE :ECISA ENGENHARIA COMERCIO E
Trata-se de recurso extraordinário interposto por ECISA INDUSTRIA S/A E OUTROS
ENGENHARIA COMÉRCIO E INDÚSTRIA S/A, com fundamento ADVOGADO :LUIZ GUSTAVO ANTONIO SILVA
no artigo 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição Federal, em face BICHARA E OUTROS
em face do V. Acórdão emanado da Colenda Quarta Turma APELANTE :SCGR EMPREENDIMENTOS E
Especializada deste Egrégio Tribunal, verbis: PARTICIPACOES S/A E OUTROS
“TRIBUTÁRIO. LOCAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE ADVOGADO :ANDRE CANTERGIANI PANAZZOLO
IMÓVEIS. COFINS. INCIDÊNCIA. ATO DE CISÃO E SUA APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
REPERCUSSÃO NO PÓLO ATIVO DA DEMANDA. NACIONAL
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS PELA PARTE AUTORA. APELADO :OS MESMOS
CONVERSÃO DO DEPÓSITO EM RENDA DA UNIÃO. ORIGEM :OITAVA VARA FEDERAL DO RIO DE
A jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de que a COFINS incide JANEIRO (200151010049462)
sobre a comercialização e locação de imóveis, incluindo-se as
atividades de comércio e indústria da construção civil, engenharia civil DECISÃO
e incorporação, porquanto o imóvel é um bem suscetível de transação Trata-se de recurso extraordinário interposto por SGGR
comercial e se insere, pois, no conceito de mercadoria. EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S/A E OUTROS, com
Portanto, as sociedades ou empresas imobiliárias, incluindo as de fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição
incorporação, corretagem e vendas, empreitada, administração, Federal, em face em face do V. Acórdão emanado da Colenda Quarta
construção e locação de imóveis, estão obrigadas ao pagamento da Turma Especializada deste Egrégio Tribunal, verbis:
COFINS, pois ao negociarem ou comerciarem com imóveis, prestam “TRIBUTÁRIO. LOCAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE
um serviço, o que é suficiente para materializar o fato imponível e a IMÓVEIS. COFINS. INCIDÊNCIA. ATO DE CISÃO E SUA
base de cálculo da contribuição. REPERCUSSÃO NO PÓLO ATIVO DA DEMANDA.
No que se refere ao ato de cisão e sua repercussão no pólo ativo da HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS PELA PARTE AUTORA.
demanda, tendo sido a referida cisão parcial, não há que se falar em CONVERSÃO DO DEPÓSITO EM RENDA DA UNIÃO.
substituição da primeira autora por ECISA PARTICIPAÇÕES S.A., A jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de que a COFINS incide
tendo tal questão, inclusive, restado superada com a manifestação de sobre a comercialização e locação de imóveis, incluindo-se as
fls. 751-752, na qual ECISA PARTICIPAÇÕES S.A. requer a atividades de comércio e indústria da construção civil, engenharia civil
desistência de seu ingresso no pólo ativo da demanda e a conversão dos e incorporação, porquanto o imóvel é um bem suscetível de transação
depósitos por ela efetuados no feito em renda da União. comercial e se insere, pois, no conceito de mercadoria.
A parte autora deverá arcar com as custas e a pagar honorários Portanto, as sociedades ou empresas imobiliárias, incluindo as de
advocatícios que fixo em 10% sobre o valor da causa. incorporação, corretagem e vendas, empreitada, administração,
Os valores depositados deverão ser convertidos em renda da União.” construção e locação de imóveis, estão obrigadas ao pagamento da
Foram opostos Embargos de declaração, os quais restaram rejeitados COFINS, pois ao negociarem ou comerciarem com imóveis, prestam
(fls. 944/944), mantendo-se íntegro o V. Acórdão. um serviço, o que é suficiente para materializar o fato imponível e a
A parte recorrente sustenta, em síntese, que o acórdão impugnado teria base de cálculo da contribuição.
violado o artigo 195, I, b, da Constituição Federal. No que se refere ao ato de cisão e sua repercussão no pólo ativo da
Eis o relato do necessário. Decido. demanda, tendo sido a referida cisão parcial, não há que se falar em
O exame dos autos revela o preenchimento dos pressupostos genéricos, substituição da primeira autora por ECISA PARTICIPAÇÕES S.A.,
tais como cabimento, legitimidade, interesse para recorrer, tendo tal questão, inclusive, restado superada com a manifestação de
tempestividade, regularidade formal, bem como a arguição de fls. 751-752, na qual ECISA PARTICIPAÇÕES S.A. requer a
existência de repercussão geral, em conformidade com os artigos 541 desistência de seu ingresso no pólo ativo da demanda e a conversão dos
e 543-A, § 2º, ambos do Código de Processo Civil. depósitos por ela efetuados no feito em renda da União.
Verifica-se, ainda, que a matéria encontra-se devidamente A parte autora deverá arcar com as custas e a pagar honorários
prequestionada e a fundamentação permite a exata compreensão da advocatícios que fixo em 10% sobre o valor da causa.
controvérsia, com indicação dos dispositivos constitucionais tidos por Os valores depositados deverão ser convertidos em renda da União.”
contrariados, autorizando a admissão do recurso, na forma do aludido Foram opostos Embargos de declaração, os quais restaram rejeitados
artigo 102, III, alínea “a”, da Carta Magna. (fls. 944/944), mantendo-se íntegro o V. Acórdão.
Por tais fundamentos, ADMITO o recurso extraordinário. A parte recorrente sustenta, em síntese, que o acórdão impugnado teria
Rio de Janeiro, 18 de abril de 2012. violado o artigo 195, I, b, da Constituição Federal.
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA Eis o relato do necessário. Decido.
VICE-PRESIDENTE O exame dos autos revela o preenchimento dos pressupostos genéricos,
tais como cabimento, legitimidade, interesse para recorrer,
tempestividade, regularidade formal, bem como a arguição de
existência de repercussão geral, em conformidade com os artigos 541
e 543-A, § 2º, ambos do Código de Processo Civil.
IV - APELACAO CIVEL 2001.51.01.004946-2 Verifica-se, ainda, que a matéria encontra-se devidamente
prequestionada e a fundamentação permite a exata compreensão da
controvérsia, com indicação dos dispositivos constitucionais tidos por
contrariados, autorizando a admissão do recurso, na forma do aludido
artigo 102, III, alínea “a”, da Carta Magna.
Por tais fundamentos, ADMITO o recurso extraordinário.

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Rio de Janeiro, 18 de abril de 2012.
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
VICE-PRESIDENTE

princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da


confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
XII - APELACAO EM MANDADO DE SEGURANCA aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
2001.51.01.017246-6 norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às
Nº CNJ :0017246-06.2001.4.02.5101 ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
PRESIDENTE O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
APELANTE :DELISA PLASTICOS IND/ E COM/ apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
LTDA ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
ADVOGADO :LUIZ FERNANDO ALVES DOS REIS Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
SOCIAL - INSS maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
PROCURADOR :AUGUSTO FREDERICO C. DO C. disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
SOUTO MAIOR em contrário.
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 11A VARA-RJ Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
ORIGEM :DÉCIMA PRIMEIRA VARA FEDERAL 118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos
DO RIO DE JANEIRO tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
(200151010172466) dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados.
DECISÃO Recurso extraordinário desprovido.”
Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
NACIONAL), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão
Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Colenda proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO
Terceira Turma Especializada deste Tribunal e que se encontrava o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do
sobrestado por força da decisão de fls. 234. Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de
Eis o relato do necessário. Decido. dezembro de 2006.
Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de Publique-se e intime-se.
pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012.
julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908, VICE-PRESIDENTE
verbis:
“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS – IV - APELACAO CIVEL 2001.51.01.024061-7
APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU Nº CNJ :0024061-19.2001.4.02.5101
COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. PRESIDENTE
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da APELANTE :COMERCIAL WEISMANN LTDA
Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a ADVOGADO :NUNO VIEIRA LEAL
lançamento por homologação, o prazo para repetição ou APELADO :UNIAO FEDERAL
compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DO RIO
tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e DE JANEIRO (200151010240617)
168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado
interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo DECISÃO
de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do Trata-se de recurso extraordinário interposto por COMERCIAL
pagamento indevido. WEISMAN LTDA, com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea
Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo “a” da Constituição Federal, em face de acórdão emanado da colenda
jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação Quarta Turma Especializada deste Tribunal, que negou provimento ao
à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei recurso da ora Recorrente.
expressamente interpretativa também se submete, como qualquer Eis o relato do necessário. Decido.
outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e Em que pese o inconformismo da recorrente, a inadmissibilidade do
aplicação. recurso se impõe.
A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou O recurso carece de um dos requisitos de admissibilidade, uma vez que
compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, não foi interposto dentro do prazo legal, deixando, assim, de observar o
fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz prazo de 15 (quinze) dias do artigo 508, do Código de Processo Civil.
do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às Compulsando-se os autos, verifica-se, conforme certidão de fls. 279,
pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, que o V. Acórdão de fls. 277/278 foi disponibilizado no Diário
sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao Eletrônico da Justiça Federal da 2ª Região de 01/05/2011, ocorrendo
sua publicação no dia 02/05/2011 (quarta-feira), iniciando-se dessa
forma o prazo para interposição de recurso no dia 03/05/2011 (quinta-
feira), expirando-se em 17/05/2011 (quinta-feira).
Ora, o princípio ínsito no art. 183, da Lei de Ritos, é que o direito de
praticar o ato extingue-se, se decorrido o prazo legal.

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In casu, verifica-se que, conforme recibo do Protocolo Geral aposto às
fls. 281, o recurso sub examen foi interposto somente no dia
18/05/2011, extrapolando, dessa forma, a norma ínsita no art. 508, do
CPC.
Isto posto, NÃO CONHEÇO do Recurso Extraordinário, ante sua
comprovada extemporaneidade. REMETENTE :JUIZO DE DIREITO DA 1 VARA DE
Publique-se. Intime-se. SAO FIDELIS RJ
Rio de Janeiro, 27 de abril de 2012. ORIGEM :1A. VARA FEDERAL - SAO
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA FIDELIS/RJ (200051100104251)
VICE-PRESIDENTE
DECISÃO
Trata-se de recurso extraordinário interposto pela União (Fazenda
Nacional), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da
Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Terceira Turma
IV - APELACAO CIVEL 2002.02.01.010139-5 Especializada deste Tribunal que negou provimento ao agravo interno.
Nº CNJ :0010139-48.2002.4.02.0000 A Recorrente sustenta que o V. Acórdão violou os artigos 3º e 4º da
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE Lei Complementar nº 118/05.
PRESIDENTE Eis o relato do necessário. Decido.
APELANTE :ROBERTO GRANDMASSON Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de
SALGADO pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
ADVOGADO :MARCOS FELICIUS AYROSA julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
FERNANDINO DE MORAES E Ministra ELLEN GRACIE, verbis:
OUTROS “DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA –
APELADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº
NACIONAL 118/2005 – DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA
ORIGEM :DÉCIMA QUINTA VARA FEDERAL JURÍDICA – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO
DO RIO DE JANEIRO (0007123957) LEGIS – APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA
REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS
DECISÃO PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
Trata-se de recurso especial interposto pela União Federal (Fazenda Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da
Nacional), com fundamento no artigo 105, inciso III, alínea “a”, da Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a
Constituição Federal, em face de acórdão de fls. 142-143, emanado da lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação
colenda Terceira Turma Especializada deste Tribunal. de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em
A parte recorrente sustenta, em síntese, que o acórdão impugnado conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e 168, I, do
violou os artigos 535, II; 128; 460; 512 e 515 do Código de Processo CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado interpretativa,
Civil. implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos
Eis o relato do necessário. Decido. contados do fato gerador para 5 anos contados do pagamento indevido.
O exame dos autos revela o preenchimento dos pressupostos genéricos, Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
tais como cabimento, legitimidade, interesse para recorrer, jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
tempestividade e regularidade formal, em conformidade com o art. 541 à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
do Código de Processo Civil. expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
De igual sorte, verifica-se que a matéria encontra-se devidamente outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e
prequestionada e a fundamentação permite a exata compreensão da aplicação.
controvérsia, com indicação dos dispositivos infraconstitucionais tidos A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
por violados, autorizando a admissão do recurso, na forma do aludido compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
artigo 105, inciso III, alínea “a”, da Carta Política. fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
Por tais fundamentos, ADMITO o recurso especial. do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às pretensões
Rio de Janeiro, 20 de abril de 2012. pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, sem resguardo
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio da
VICE-PRESIDENTE segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de
garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as aplicações
inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da norma,
permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações
ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento consolidado por
IV - APELACAO CIVEL 2002.02.01.014401-1 esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
Nº CNJ :0014401-41.2002.4.02.0000 O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
PRESIDENTE ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
NACIONAL lacuna na LC 118/05, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
APELADO :GRAOS DE OURO COMERCIO maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
PRODUTOS ALIMENTICIOS LTDA disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
ADVOGADO :JULIO CESAR PROENCA PINHEIRO em contrário.
(RJ064838) Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos
tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados.
Recurso extraordinário desprovido.”

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DA JUSTIÇA FEDERAL DA 2ª REGIÃO
Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão
proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO
o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do
Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de
dezembro de 2006. do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às
Publique-se e intime-se. pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei,
Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012. sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
VICE-PRESIDENTE confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
IV - APELACAO CIVEL 2002.50.01.000511-4 O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
Nº CNJ :0000511-67.2002.4.02.5001 apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
PRESIDENTE Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
APELANTE :JOMAZA CONFECCOES E lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
ARMARINHOS LTDA maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
ADVOGADO :VLADIMIR CAPUA DALLAPICULA E disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
OUTROS em contrário.
APELADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
NACIONAL 118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos
ORIGEM :2ª VARA FEDERAL CÍVEL DE tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
VITÓRIA/ES (200250010005114) dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados.
DECISÃO Recurso extraordinário desprovido.”
Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
NACIONAL), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão
Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Colenda Quarta proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO
Turma Especializada deste Tribunal e que se encontrava sobrestado por o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do
força da decisão de fls. 388. Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de
Eis o relato do necessário. Decido. dezembro de 2006.
Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de Publique-se e intime-se.
pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012.
julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908, VICE-PRESIDENTE
verbis:
“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS – XII - APELACAO EM MANDADO DE SEGURANCA
APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU 2002.51.01.023616-3
COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A Nº CNJ :0023616-64.2002.4.02.5101
PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da PRESIDENTE
Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
lançamento por homologação, o prazo para repetição ou NACIONAL
compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, APELADO :MACHADO MEYER SENDACZ OPICE
tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e E BRANDÃO COUTO ADVOGADO
168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado ADVOGADO :SELEO ANDRADE BARBOSA PAIVA
interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo E OUTROS
de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DO RIO DE
pagamento indevido. JANEIRO (200251010236163)
Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação DECISÃO
à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei Trata-se de recurso especial interposto pela UNIÃO (FAZ\ENDA
expressamente interpretativa também se submete, como qualquer NACIONAL), às fls. 371-376, com fundamento no art. 105, inciso III,
outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e alínea “a”, da Constituição Federal, em face de Acórdão da Quarta
aplicação. Turma Especializada deste Tribunal que, por unanimidade, decidiu
A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou negar provimento ao recurso da ora Recorrente.
compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, Alega a Recorrente, em síntese, que o v. Acórdão violou o artigo 138
fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz do CTN.
Relatei. Decido.
Verifica-se que a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi
objeto de pronunciamento definitivo pelo Superior Tribunal de Justiça,
no julgamento do Recurso Especial nº 1.149.022/SP, submetido ao
regime do artigo 543-C, do Código de Processo Civil, introduzido pela

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Lei nº 11.672/2008.
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão
proferida pelo STJ no referido leading case, nego seguimento ao
recurso especial, na forma do disposto no artigo 543-C, § 7º, inciso I,
do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.672, de 08 de compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
maio de 2008. fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
Publique-se e intime-se. do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às
Rio de Janeiro, 20 de abril de 2012. pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei,
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao
VICE-PRESIDENTE princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2003.51.01.014517-4 consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
Nº CNJ :0014517-36.2003.4.02.5101 O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
PRESIDENTE ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
NACIONAL lacuna na LC 118/05, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
APELADO :BALPRENSA COMERCIO E maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
INDUSTRIA DE FERRO LTDA disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
ADVOGADO :RENATA ALOE (RJ088490) E OUTROS em contrário.
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 8A VARA-RJ Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
ORIGEM :OITAVA VARA FEDERAL DO RIO DE 118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos
JANEIRO (200351010145174) tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.
DECISÃO Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados.
Trata-se de recurso extraordinário interposto pela União (Fazenda Recurso extraordinário desprovido.”
Nacional), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Quarta Turma no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão
Especializada deste Tribunal que negou provimento à remessa proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO
necessária e à apelação. o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do
A Recorrente sustenta que o V. Acórdão violou os artigos 3º e 4º da Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de
Lei Complementar nº 118/05. dezembro de 2006.
Eis o relato do necessário. Decido. Publique-se e intime-se.
Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012.
pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora VICE-PRESIDENTE
Ministra ELLEN GRACIE, verbis:
“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS – IV - APELACAO CIVEL 2003.51.01.016124-6
APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU Nº CNJ :0016124-84.2003.4.02.5101
COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. PRESIDENTE
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da APELANTE :EDIO CARVALHO DA FONSECA E
Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a OUTROS
lançamento por homologação, o prazo para repetição ou ADVOGADO :GARY DE OLIVEIRA BON ALI
compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, (RJ004474) E OUTROS
tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e APELADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado NACIONAL
interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo APELADO :ESTADO DO RIO DE JANEIRO
de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do PROCURADOR :WALDEMAR DECCACHE
pagamento indevido. ORIGEM :VIGÉSIMA TERCEIRA VARA
Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação (200351010161246)
à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
expressamente interpretativa também se submete, como qualquer DECISÃO
outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e Trata-se de recurso extraordinário interposto pela União (Fazenda
aplicação. Nacional), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da
A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Quarta Turma
Especializada deste Tribunal que negou provimento aos embargos de
declaração.
A Recorrente sustenta que o V. Acórdão violou os artigos 3º e 4º da
Lei Complementar nº 118/05.
Eis o relato do necessário. Decido.

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Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de
pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
Ministra ELLEN GRACIE, verbis:
“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS – IV - APELACAO CIVEL 2003.51.01.028390-0
APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU Nº CNJ :0028390-06.2003.4.02.5101
COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. PRESIDENTE
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a NACIONAL
lançamento por homologação, o prazo para repetição ou APELADO :ANA MARIA POLESSO
compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, ADVOGADO :LUCIMAR DO ROSARIO SOARES E
tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e OUTROS
168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 18A VARA-RJ
interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo ORIGEM :DÉCIMA OITAVA VARA FEDERAL
de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do DO RIO DE JANEIRO
pagamento indevido. (200351010283900)
Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação DECISÃO
à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA
expressamente interpretativa também se submete, como qualquer NACIONAL), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da
outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Colenda
aplicação. Terceira Turma Especializada deste Tribunal e que se encontrava
A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou sobrestado por força da decisão de fls. 330.
compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, Eis o relato do necessário. Decido.
fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de
do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908,
princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da verbis:
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as “DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da
Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a
lacuna na LC 118/05, que pretendeu a aplicação do novo prazo na lançamento por homologação, o prazo para repetição ou
maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador,
disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e
em contrário. 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado
Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo
118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do
tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 pagamento indevido.
dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
Recurso extraordinário desprovido.” à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e
proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO aplicação.
o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
dezembro de 2006. fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
Publique-se e intime-se. do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às
Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012. pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei,
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao
VICE-PRESIDENTE princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que

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ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
em contrário. tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e
Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado
118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo
tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do
dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. pagamento indevido.
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
Recurso extraordinário desprovido.” jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e
o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do aplicação.
Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
dezembro de 2006. compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
Publique-se e intime-se. fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012. do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei,
VICE-PRESIDENTE sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao
princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às
IV - APELACAO CIVEL 2003.51.01.028938-0 ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento
Nº CNJ :0028938-31.2003.4.02.5101 consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
PRESIDENTE apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
NACIONAL Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
APELADO :MARINA DE FATIMA MIRANDA lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
VOURAKIS maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
ADVOGADO :MARIA AMELIA CORDEIRO LIMA disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
MAUAD E OUTRO em contrário.
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 17A VARA-RJ Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
ORIGEM :DÉCIMA SÉTIMA VARA FEDERAL 118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos
DO RIO DE JANEIRO tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
(200351010289380) dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados.
DECISÃO Recurso extraordinário desprovido.”
Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
NACIONAL), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão
Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Colenda Quarta proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO
Turma Especializada deste Tribunal e que se encontrava sobrestado por o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do
força da decisão de fls. 282. Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de
Eis o relato do necessário. Decido. dezembro de 2006.
Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de Publique-se e intime-se.
pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no Rio de Janeiro, 27 de abril de 2012.
julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908, VICE-PRESIDENTE
verbis:
“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS – IV - APELACAO CIVEL 2003.51.01.503113-4
APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU Nº CNJ :0503113-28.2003.4.02.5101
COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. PRESIDENTE
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a NACIONAL
lançamento por homologação, o prazo para repetição ou APELANTE :MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, PROCURADOR :DANIEL BUCAR CERVASIO
APELADO :OS MESMOS
ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DE
EXECUÇÃO FISCAL - RJ
(200351015031134)

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Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
DECISÃO
Trata-se de recurso extraordinário interposto pelo MUNICÍPIO DO
RIO DE JANEIRO, às fls. 234-261,com fundamento no art. 102, III,
alínea “a”, da Constituição Federal, em face do V. Acórdão emanado
da Colenda Quarta Turma Especializada deste Tribunal, versando
sobre imunidade tributária. Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA
A parte recorrente sustenta, em síntese, que o acórdão impugnado teria NACIONAL), às fls. 284-299, em face de acórdão emanado da
violado os artigos 150, VI, “a” e 2º da CR e os artigos 1º, 6º c/c art. 30, Colenda Terceira Turma Especializada deste Tribunal, com
V, VI e VII, todos da Constituição Federal de 1988. fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da Constituição
Eis o relato do necessário. Decido. Federal e que se encontrava sobrestado por força de decisão de fls. 319.
Em que pese o inconformismo da Recorrente, a inadmissibilidade do Eis o relato do necessário. Decido.
recurso se impõe. Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de
No que se refere à alegada violação ao artigo 150, VI da CF/88, e a pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
questão referente ao ônus da prova, observa-se, ainda, que o V. julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
Acórdão recorrido decidiu a vexata quaestio baseado, tão-somente, na Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908,
legislação infraconstitucional pertinente ao caso. verbis:
Desta forma, eventual violação da Constituição Federal, se ocorrente, “DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
seria indireta ou reflexa, o que não autoriza o cabimento de recurso RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
extraordinário, devendo incidir, na espécie, o enunciado da Súmula DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
636/STF , a qual dispõe que “não cabe recurso extraordinário por NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU
verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A
infraconstitucionais pela decisão recorrida”. PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
Reproduzo, neste sentido, a seguinte ementa do eg. Supremo Tribunal Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da
Federal: Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. lançamento por homologação, o prazo para repetição ou
TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE. IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador,
URBANO - IPTU. PREENCHIMENTO DE REQUISITOS. ART. 14 tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e
DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL. CONTROVÉRSIA SOBRE 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado
O ÔNUS DA PROVA. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo
LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do
CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL pagamento indevido.
SE NEGA PROVIMENTO. (AI 782139 AgR / MG Relator(a): Min. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, Julgamento: 24/08/2010, jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
PUBLIC 08-10-2010, PP-02282). à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
Quanto ao efeito ex nunc da inconstitucionalidade da legislação expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
municipal, a Suprema Corte, ao apreciar o RE 592.321, se posicionou outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e
quanto à ausência de repercussão geral da matéria discutida nos aplicação.
presentes autos. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
Em face do exposto, e de acordo com o artigo 543-B § 2º do CPC compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
(incluído pela Lei nº 11.418/06), INADMITO o recurso extraordinário. fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
Rio de Janeiro, 27 de abril de 2012. do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei,
VICE-PRESIDENTE sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao
princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às
IV - APELACAO CIVEL 2004.50.01.006150-3 ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento
Nº CNJ :0006150-95.2004.4.02.5001 consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
PRESIDENTE apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
SOCIAL - INSS Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
PROCURADOR :AFONSO CEZAR CORADINE lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
APELADO :CLINICA DE CIRURGIA PLASTICA maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
JOÃO CABAS NETO LTDA disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
ADVOGADO :HELENROSE PARASSOL PEREIRA E em contrário.
OUTRO Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 1A VARA-ES 118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos
ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL VITÓRIA tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
(200450010061503) dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados.
DECISÃO Recurso extraordinário desprovido.”
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão
proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO
o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do
Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de

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dezembro de 2006.
Publique-se e intime-se.
Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012.
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
VICE-PRESIDENTE
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento
IV - REMESSA EX OFFICIO EM AÇÃO CÍVEL consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
2004.51.01.008615-0 O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
Nº CNJ :0008615-68.2004.4.02.5101 apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
PRESIDENTE Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
PARTE :ADOLPHO JOSE FERNANDES E lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
AUTORA OUTRO maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
ADVOGADO :LUIZ CARLOS BARBARA disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
PARTE RÉ :UNIAO FEDERAL / FAZENDA em contrário.
NACIONAL Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 8A VARA-RJ 118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos
ORIGEM :OITAVA VARA FEDERAL DO RIO DE tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
JANEIRO (200451010086150) dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados.
DECISÃO Recurso extraordinário desprovido.”
Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
NACIONAL), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão
Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Colenda Quarta proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO
Turma Especializada deste Tribunal e que se encontrava sobrestado por o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do
força da decisão de fls. 353. Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de
Eis o relato do necessário. Decido. dezembro de 2006.
Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de Publique-se e intime-se.
pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012.
julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908, VICE-PRESIDENTE
verbis:
“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS – XII - APELACAO EM MANDADO DE SEGURANCA
APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU 2004.51.01.014403-4
COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A Nº CNJ :0014403-63.2004.4.02.5101
PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da PRESIDENTE
Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a APELANTE :JOSE ROBERTO GOMES DA SILVA E
lançamento por homologação, o prazo para repetição ou OUTROS
compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, ADVOGADO :JEFFERSON RAMOS RIBEIRO
tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e APELADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado NACIONAL
interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo ORIGEM :TRIGÉSIMA VARA FEDERAL DO RIO
de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do DE JANEIRO (200451010144034)
pagamento indevido.
Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo DECISÃO
jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA
à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei NACIONAL), às fls. 636-659, em face de acórdão de fls. 620-621
expressamente interpretativa também se submete, como qualquer emanado da Colenda Quarta Turma Especializada deste Tribunal, com
outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da Constituição
aplicação. Federal.
A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou Eis o relato do necessário. Decido.
compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de
fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908,
sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao verbis:
princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da “DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU
COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A

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Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da
Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a
lançamento por homologação, o prazo para repetição ou
compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador,
tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e APELADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado NACIONAL
interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo ORIGEM :TRIGÉSIMA VARA FEDERAL DO RIO
de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do DE JANEIRO (200451010144034)
pagamento indevido.
Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo DECISÃO
jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação Trata-se de recurso extraordinário interposto por JOSÉ ROBERTO
à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei GOMES DA SILVA E OUTROS, às fls. 716-727, em face de acórdão
expressamente interpretativa também se submete, como qualquer de fls. 620-621 emanado da Colenda Quarta Turma Especializada deste
outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e Tribunal, com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da
aplicação. Constituição Federal.
A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou Eis o relato do necessário. Decido.
compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de
fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908,
sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao verbis:
princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da “DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da
ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a
Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo lançamento por homologação, o prazo para repetição ou
lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador,
maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e
disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado
em contrário. interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo
Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do
118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos pagamento indevido.
tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
Recurso extraordinário desprovido.” expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e
no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão aplicação.
proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
dezembro de 2006. do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às
Publique-se e intime-se. pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei,
Rio de Janeiro, 19 de abril de 2012. sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
VICE-PRESIDENTE confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
XII - APELACAO EM MANDADO DE SEGURANCA O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
2004.51.01.014403-4 apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
Nº CNJ :0014403-63.2004.4.02.5101 ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
PRESIDENTE lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
APELANTE :JOSE ROBERTO GOMES DA SILVA E maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
OUTROS disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
ADVOGADO :JEFFERSON RAMOS RIBEIRO em contrário.
Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos
tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados.

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Recurso extraordinário desprovido.”
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão
proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO
o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do
Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
dezembro de 2006. do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às
Publique-se e intime-se. pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei,
Rio de Janeiro, 19 de abril de 2012. sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
VICE-PRESIDENTE confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
IV - APELACAO CIVEL 2004.51.01.015468-4 O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
Nº CNJ :0015468-93.2004.4.02.5101 apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
PRESIDENTE Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
APELANTE :ANTONIO BARBOSA DE SOUZA lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
ADVOGADO :GARY DE OLIVEIRA BON-ALI maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
APELADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
NACIONAL em contrário.
APELADO :ESTADO DO RIO DE JANEIRO Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
PROCURADOR :VERONICA PINHEIRO VIDAL 118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos
ORIGEM :VIGÉSIMA SÉTIMA VARA FEDERAL tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
DO RIO DE JANEIRO dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.
(200451010154684) Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados.
Recurso extraordinário desprovido.”
DECISÃO Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão
NACIONAL), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO
Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Colenda Quarta o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do
Turma Especializada deste Tribunal. Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de
Eis o relato do necessário. Decido. dezembro de 2006.
Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de Publique-se e intime-se.
pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no Rio de Janeiro, 30 de abril de 2012.
julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908, VICE-PRESIDENTE
verbis:
“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS – IV - APELACAO CIVEL 2004.51.01.024120-9
APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU Nº CNJ :0024120-02.2004.4.02.5101
COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. PRESIDENTE
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da APELANTE :FRANCO MIGLIARI
Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a ADVOGADO :NELSON HALIM KAMEL E OUTROS
lançamento por homologação, o prazo para repetição ou APELADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, NACIONAL
tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e ORIGEM :VIGÉSIMA SEGUNDA VARA
168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo (200451010241209)
de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do
pagamento indevido. DECISÃO
Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA
jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação NACIONAL), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da
à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Colenda Quarta
expressamente interpretativa também se submete, como qualquer Turma Especializada deste Tribunal e que se encontrava sobrestado por
outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e força da decisão de fls. 353.
aplicação. Eis o relato do necessário. Decido.
A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de
compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908,
verbis:
“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –

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DA JUSTIÇA FEDERAL DA 2ª REGIÃO
Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU
COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A
PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da PRESIDENTE
Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
lançamento por homologação, o prazo para repetição ou NACIONAL
compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, APELADO :SANITARIA FLUMINENSE S/A
tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e ADVOGADO :PEDRO SOLIA PAMPLONA
168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado (RJ126219) E OUTROS
interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 2A VARA DE
de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do NITEROI-RJ
pagamento indevido. ORIGEM :2A. VARA FEDERAL - NITEROI/RJ
Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo (200451020054996)
jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei DECISÃO
expressamente interpretativa também se submete, como qualquer Preliminarmente, cumpre esclarecer que o recurso paradigma (RE
outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e 561.908) foi substituído para julgamento de tema de repercussão geral
aplicação. pelo RE 566.621.
A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou Trata-se de recurso extraordinário interposto pela União (Fazenda
compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, Nacional), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da
fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Terceira Turma
do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às Especializada deste Tribunal que negou provimento aos embargos de
pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, declaração.
sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao A Recorrente sustenta que o V. Acórdão violou os artigos 3º e 4º da
princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da Lei Complementar nº 118/05.
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as Eis o relato do necessário. Decido.
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. Ministra ELLEN GRACIE, verbis:
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não “DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA –
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº
ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. 118/2005 – DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA
Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo JURÍDICA – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO
lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na LEGIS – APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA
maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS
disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
em contrário. Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da
Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a
118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação
tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em
dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e 168, I, do
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado interpretativa,
Recurso extraordinário desprovido.” implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado contados do fato gerador para 5 anos contados do pagamento indevido.
no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
dezembro de 2006. outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e
Publique-se e intime-se. aplicação.
Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
VICE-PRESIDENTE fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às pretensões
pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, sem resguardo
de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio da
segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de
XII - APELACAO EM MANDADO DE SEGURANCA garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as aplicações
2004.51.02.005499-6 inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da norma,
Nº CNJ :0005499-51.2004.4.02.5102 permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento consolidado por
esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo

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lacuna na LC 118/05, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
em contrário.
Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos expressamente interpretativa também se submete, como qualquer outra,
tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e aplicação.
dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
Recurso extraordinário desprovido.” fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às pretensões
no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, sem resguardo
proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio da
o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de
Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as aplicações
dezembro de 2006. inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da norma,
Publique-se e intime-se. permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações
Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012. ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento consolidado por
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
VICE-PRESIDENTE O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
lacuna na LC 118/05, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
IV - APELACAO CIVEL 2004.51.02.005601-4 maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
Nº CNJ :0005601-73.2004.4.02.5102 disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE em contrário.
PRESIDENTE Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
APELANTE :FERNANDO LEITE SIQUEIRA E 118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos
OUTRO tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
ADVOGADO :PAULO HENRIQUE TELES dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.
FAGUNDES E OUTROS Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados.
APELADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA Recurso extraordinário desprovido.”
NACIONAL Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
ORIGEM :2A. VARA FEDERAL - NITEROI/RJ no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão
(200451020056014) proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO
o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do
DECISÃO Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de
Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA dezembro de 2006.
NACIONAL), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da Publique-se e intime-se.
Constituição Federal, em face do V. Acórdão emanado da Colenda Rio de Janeiro, 20 de abril de 2012.
Terceira Turma Especializada deste Tribunal. RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de VICE-PRESIDENTE
pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
Ministra ELLEN GRACIE, verbis:
“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA –
APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº XII - APELACAO EM MANDADO DE SEGURANCA
118/2005 – DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA 2005.51.01.011666-3
JURÍDICA – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO Nº CNJ :0011666-53.2005.4.02.5101
LEGIS – APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PRESIDENTE
PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. APELANTE :SOUZA CRUZ TRADING S/A
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da ADVOGADO :SELEO DE ANDRADE BARBOSA
Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a PAIVA (RJ081439) E OUTROS
lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em NACIONAL
conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e 168, I, do APELADO :OS MESMOS
CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado interpretativa, REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 24A VARA-RJ
implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos ORIGEM :VIGÉSIMA QUARTA VARA FEDERAL
contados do fato gerador para 5 anos contados do pagamento indevido. DO RIO DE JANEIRO
Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo (200551010116663)
jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei DECISÃO
Trata-se de recurso extraordinário interposto pela União (Fazenda
Nacional), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da
Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Quarta Turma
Especializada deste Tribunal que negou provimento à apelação da
União e deu parcial provimento ao apelo da impetrante e à remessa

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necessária.
A Recorrente sustenta que o V. Acórdão violou os artigos 3º e 4º da
Lei Complementar nº 118/05.
Eis o relato do necessário. Decido.
Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de
pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no VICE-PRESIDENTE
julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
Ministra ELLEN GRACIE, verbis:
“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA –
APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº
118/2005 – DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA XII - APELACAO EM MANDADO DE SEGURANCA
JURÍDICA – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO 2005.51.01.011732-1
LEGIS – APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA Nº CNJ :0011732-33.2005.4.02.5101
REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. PRESIDENTE
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da APELANTE :TELOS - FUNDACAO EMBRATEL DE
Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a SEGURIDADE SOCIAL
lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação ADVOGADO :MARCOS ANDRE VINHAS CATAO E
de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em OUTROS
conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e 168, I, do APELADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado interpretativa, NACIONAL
implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 21A VARA-RJ
contados do fato gerador para 5 anos contados do pagamento indevido. ORIGEM :VIGÉSIMA PRIMEIRA VARA
Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação (200551010117321)
à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
expressamente interpretativa também se submete, como qualquer DECISÃO
outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA
aplicação. NACIONAL), em face de acórdão emanado da Colenda Terceira
A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou Turma Especializada deste Tribunal, com fundamento no artigo 102,
compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, inciso III, alínea “b”, da Constituição Federal.
fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz Eis o relato do necessário. Decido.
do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às pretensões Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de
pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, sem resguardo pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio da julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908,
garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as aplicações verbis:
inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da norma, “DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento consolidado por DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A
ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da
lacuna na LC 118/05, que pretendeu a aplicação do novo prazo na Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a
maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além lançamento por homologação, o prazo para repetição ou
disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador,
em contrário. tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e
Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado
118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo
tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do
dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. pagamento indevido.
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
Recurso extraordinário desprovido.” jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e
o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do aplicação.
Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
dezembro de 2006. compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
Publique-se e intime-se. fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012. do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei,
sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao
princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às

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ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a
lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na lançamento por homologação, o prazo para repetição ou
maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador,
disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e
em contrário. 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado
Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo
118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do
tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 pagamento indevido.
dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
Recurso extraordinário desprovido.” à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e
proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO aplicação.
o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
dezembro de 2006. fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
Publique-se e intime-se. do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às
Rio de Janeiro, 19 de abril de 2012. pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei,
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao
VICE-PRESIDENTE princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento
IV - APELACAO CIVEL 2005.51.01.011783-7 consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
Nº CNJ :0011783-44.2005.4.02.5101 O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
PRESIDENTE ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
NACIONAL lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
APELADO :CTI COR - CENTRO DE maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
TRATAMENTO INTENSIVO LTDA E disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
OUTRO em contrário.
ADVOGADO :ANDRE OSORIO GONDINHO E Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
OUTROS 118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos
ORIGEM :VIGÉSIMA VARA FEDERAL DO RIO tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
DE JANEIRO (200551010117837) dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados.
DECISÃO Recurso extraordinário desprovido.”
Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
NACIONAL), às fls. 314-352, em face de acórdão emanado da no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão
Colenda Terceira Turma Especializada deste Tribunal, com proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO
fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da Constituição o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do
Federal e que se encontrava sobrestado por força de decisão de fls. 398. Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de
Eis o relato do necessário. Decido. dezembro de 2006.
Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de Publique-se e intime-se.
pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012.
julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908, VICE-PRESIDENTE
verbis:
“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS – IV - APELACAO CIVEL 2006.50.01.006798-8
APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU Nº CNJ :0006798-07.2006.4.02.5001
COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. PRESIDENTE
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da APELANTE :LABORATORIO QUIMIPLAN LTDA
ADVOGADO :JAQUES MARQUES PEREIRA E
OUTROS
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APELADO :OS MESMOS

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ORIGEM :3ª VARA FEDERAL DE EXECUÇÃO
FISCAL DE VITÓRIA/ES
(200650010067988)

DECISÃO
Trata-se de recurso especial interposto por LABORATÓRIO b) “Direito civil e processual civil. Agravo no Agravo de instrumento.
QUIMIPLAN LTDA, com fundamento no art. 105, III, alínea “a”, da Recurso especial. Embargos de declaração. Fraude à execução.
Constituição Federal, em face do V. Acórdão emanado da Colenda Reexame de provas.
Quarta Turma Especializada deste Egrégio Tribunal, verbis: (...)
“EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. CONSTITUIÇÃO DO - Inadmissível o recurso especial quando, para a solução da
CRÉDITO TRIBUTÁRIO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO controvérsia, for necessário o reexame das circunstâncias fáticas e
POR HOMOLOGAÇÃO. PRAZO PRESCRICIONAL QUINQÜENAL. das provas apresentadas no processo.
CITAÇÃO VÁLIDA. TERMO FINAL. PARCELAMENTO DO - Não se impõe ao julgador a adoção de teses previamente
DÉBITO. INTERRUPÇÃO DO CURSO DO PRAZO DE estabelecidas pelas partes, bastando que ele examine a situação
PRESCRIÇÃO. jurídica posta nos autos e decida de forma motivada a lide.
1-Considerando que a citação da empresa ocorreu em 26 de julho de Agravo no agravo de instrumento não provido”.
2005 e que o crédito tributário foi constituído entre 10 de agosto de (AgRg no Ag 839.870/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI; pub.: DJ
1998 e 14 de janeiro de 2000, não há como afastar a ocorrência da 14.05.2007).
prescrição, posto que decorrido prazo superior ao qüinqüênio previsto c) “PROCESSUAL CIVIL – RECURSO ESPECIAL – VEDAÇÃO AO
no art. 174 do CTN. REEXAME DE PROVAS – SÚMULA 7/STJ – INTERESSE
2-Ocorre, porém, que deve ser dado prosseguimento à cobrança PROCESSUAL – INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO DO ART. 267 DO
relativa aos créditos que foram objeto de parcelamento pelo CPC.
contribuinte (CDA’s nºs. 72.2.03.001491-96, 72.6.03.008094-97 e 1. Inviável o recurso especial, se o exame da questão suscitada exige
72.6.03.008095-78), sendo certo que, a teor do art. 155, parágrafo revolvimento das premissas fáticas abstraídas pelo Tribunal de
único, do CTN, o tempo decorrido entre a sua concessão e revogação origem. Aplicação da Súmula 7/STJ.
não se computa para efeito da prescrição do direito à cobrança do (...)
crédito. A disposição ora citada, inclusive, guarda correspondência 3. Recurso especial parcialmente conhecido e, no mérito, improvido”.
com a regra inserta no art. 202, VI, do Código Civil, segundo o qual a (REsp 870.556/PE, Rel. Ministra ELIANA CALMON; pub.: DJ
prescrição será interrompida por qualquer ato inequívoco, ainda que 05.02.2007).
extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor. Diante do exposto, INADMITO o recurso especial.
3-Ainda que se trate de contribuições para a seguridade social, impõe- Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012.
se reconhecer que o prazo decadencial para a constituição do crédito RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
tributário e o prazo prescricional para sua cobrança é de 5 (cinco) VICE-PRESIDENTE
anos, na forma dos artigos 173 e 174 do CTN.
4- Apelações não providas.”
Foram opostos Embargos de Declaração que, entretanto, restaram
rejeitados (fls. 429/430), mantendo-se íntegro o acórdão.
Alega a recorrente, em síntese, que o acórdão guerreado teria negado IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2006.51.01.009287-0
vigência ao artigo 174, do CTN. Nº CNJ :0009287-08.2006.4.02.5101
Eis o relato do necessário. Decido. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
O recurso não reúne condições de admissibilidade. PRESIDENTE
Com efeito, as conclusões expostas no v. acórdão recorrido resultaram APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
do exame de todo o conjunto probatório carreado aos autos. Destarte, a NACIONAL
análise da suposta violação dos artigos invocados pela recorrente APELADO :LUIZ FERNANDO DIAS AGUIAR E
esbarra no enunciado da Súmula 07 do Egrégio Superior Tribunal de OUTROS
Justiça, por implicar no revolvimento do conjunto fático-probatório, o ADVOGADO :SERGIO RAMOS PACHECO
que significaria exceder o âmbito de cognição conferido ao recurso (RJ073226) E OUTRO
especial pela Constituição Federal. REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 28A VARA-RJ
Neste sentido é a orientação do Colendo Superior Tribunal de Justiça, ORIGEM :VIGÉSIMA OITAVA VARA FEDERAL
verbis: DO RIO DE JANEIRO
a) “TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL (200651010092870)
NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL.
APELAÇÃO RECEBIDA APENAS NO EFEITO DEVOLUTIVO. DECISÃO
MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. SÚMULA 7⁄STJ. AGRAVO NÃO Trata-se de recurso extraordinário interposto pela União (Fazenda
PROVIDO. Nacional), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da
1. As Turmas que integram a Primeira Seção do Superior Tribunal de Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Terceira Turma
Justiça firmaram entendimento no sentido de que a avaliação da Especializada deste Tribunal que negou provimento ao agravo interno.
presença ou não dos critérios autorizadores da atribuição de efeito A Recorrente sustenta que o V. Acórdão violou os artigos 3º e 4º da
suspensivo à apelação em embargos à execução fiscal demanda o Lei Complementar nº 118/05.
reexame fático-probatório dos autos, a atrair a incidência da Súmula Eis o relato do necessário. Decido.
7⁄STJ. Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de
2. Agravo regimental não provido.” pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
(AgRg no Ag 1351701/RJ – STJ; 1ªT.; Rel. Ministro ARNALDO julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
ESTEVES LIMA – pub.: DJe 26/05/2011) Ministra ELLEN GRACIE, verbis:
“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU

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COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A
PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da
Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a
lançamento por homologação, o prazo para repetição ou
compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, APELADO :CASA DE SAUDE LARANJEIRAS
tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e LTDA
168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado ADVOGADO :DANIEL DINIZ MANUCCI E OUTROS
interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 29A VARA-RJ
de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do ORIGEM :VIGÉSIMA NONA VARA FEDERAL
pagamento indevido. DO RIO DE JANEIRO
Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo (200651010136897)
jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei DECISÃO
expressamente interpretativa também se submete, como qualquer Preliminarmente, cumpre esclarecer que a matéria constitucional
outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e discutida nos autos corresponde ao RE nº 585.235 – Contribuição
aplicação. Social – PIS – COFINS – Alargamento da base de cálculo – Art. 3º, §
A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou 1º, da Lei nº 9.718/98.
compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA
fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz NACIONAL), com fundamento no artigo 102, inciso III, alíneas “a” e
do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às “b”, da Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Colenda
pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, Terceira Turma Especializada deste Tribunal, verbis:
sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao “TRIBUTÁRIO E PROCESSO CIVIL – MANDADO DE SEGURANÇA
princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da – VIA ADEQUADA - SÚMULA 213 DO STJ - PIS E COFINS - LEI
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as 9.718/98 - INCONSTITUCIONALIDADE DA BASE DE CÁLCULO
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da (ART. 3º, § 1º) - COMPENSAÇÃO – DESNECESSIDADE DE
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às DEMONSTRAÇÃO DE LIQUIDEZ E CERTEZA - POSSIBILIDADE
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento DE COMPENSAÇÃO COM TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES DE
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. ESPÉCIES DISTINTA E DISTINTA DESTINAÇÃO
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não CONSTITUCIONAL – ART. 74 DA LEI 9.430/95 – MP Nº 66 E LEI Nº
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que 10.637/2002 – CORREÇÃO MONETÁRIA – TAXA SELIC
ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. (APLICAÇÃO) – TAXA SELIC E JUROS DE MORA (NÃO
Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo CUMULATIVIDADE).
lacuna na LC 118/05, que pretendeu a aplicação do novo prazo na 1. O mandado de segurança é meio idôneo para o reconhecimento do
maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além direito à compensação tributária (Súmula 213 do STJ).
disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa 2. A declaração do direito à compensação independe da liquidez e da
em contrário. certeza do crédito.
Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC 3. “É inconstitucional o § 1º do artigo 3º da Lei nº 9.718/98, no que
118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos ampliou o conceito de receita bruta para envolver a totalidade das
tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 receitas auferidas por pessoas jurídicas, independentemente da
dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. atividade por elas desenvolvida e da classificação contábil adotada”.
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. (REs. 357.950/RS, 346.084/PR, 358.273/RS e 390.840/MG).
Recurso extraordinário desprovido.” 4. Impossibilidade de inovar em sede recursal, trazendo a exame deste
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado Tribunal matéria estranha ao feito, o que não é possível, sob pena de
no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão ofensa aos arts. 128 e 460, do CPC, e de suprimir uma instância.
proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO 5. A MP nº 66 de 29/08/2002, convertida na Lei 10.637 de 30/12/2002
o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do deu nova redação ao artigo 74 da Lei 9.430/96 que não mais exige
Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de autorização da Secretaria da Receita Federal para que quaisquer
dezembro de 2006. tributos e contribuições sob sua administração sejam compensados.
Publique-se e intime-se. 6. Correção do indébito pela Taxa Selic, na forma prevista na Lei nº.
Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012. 9.250/95, art. 39, § 4º, afastados quaisquer outros índices de
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA atualização ou juros.
VICE-PRESIDENTE 7. Apelação e remessa oficial improvidas.”
Foram opostos Embargos de Declaração que, entretanto, restaram
rejeitados (fls. 289), mantendo-se íntegro o acórdão.
Eis o relato do necessário. Decido.
Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de
XII - APELACAO EM MANDADO DE SEGURANCA pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
2006.51.01.013689-7 julgamento do Recurso Extraordinário nº 585.235, verbis:
Nº CNJ :0013689-35.2006.4.02.5101 “Tributo. Contribuição social. PIS. COFINS. Alargamento da base de
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE cálculo. Art. 3º, § 1º, da Lei nº 9.718/98. Inconstitucionalidade.
PRESIDENTE Precedentes do Plenário (RE nº 346.084/PR, Rel. orig. Min. ILMAR
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA GALVÃO, DJ de 1º.9.2006; REs nos 357.950/RS, 358.273/RS e
NACIONAL 390.840/MG, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, DJ de 15.8.2006)
Repercussão Geral do tema. Reconhecimento pelo Plenário. Recurso
improvido. É inconstitucional a ampliação da base de cálculo do PIS e
da COFINS prevista no art. 3º, § 1º, da Lei nº 9.718/98.”
(RE 585235 QO-RG, Rel.: Min. CEZAR PELUSO, julgado em
10/09/2008, Pub.: DJe-227 28/11/2008)

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Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
no v. acórdão impugnado encontra-se de acordo com a decisão
proferida pelo STF no referido leading case, JULGO PREJUDICADO
o recurso extraordinário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do
Código de Processo Civil, introduzido pela Lei nº 11.418, de 20 de
dezembro de 2006. DE ANISTIADO POLÍTICO.
Publique-se e intime-se. 1. O acórdão recorrido analisou todas as questões necessárias ao
Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012. desate da controvérsia, só que de forma contrária aos interesses da
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA parte. Logo, não padece de vícios de omissão, contradição ou
VICE-PRESIDENTE obscuridade, a justificar sua anulação por esta Corte. Tese de
violação do art. 535 do CPC repelida.
2. Esta Corte já se pronunciou no sentido de que não incide imposto
de renda sobre os auxílios alimentação e transporte, por possuírem
natureza indenizatória.
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2007.51.01.025598-2 3. Entendimento pacífico do STJ quanto à não incidência do imposto
Nº CNJ :0025598-40.2007.4.02.5101 de renda sobre proventos de anistiados políticos, nos termos da Lei n.
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE 10.559/2002. Registre-se que a referida isenção também se aplica aos
PRESIDENTE declarados anistiados antes da vigência da Lei n. 10.559/2002,
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA segundo disposto no Decreto n. 4.897/2002, ressalvado o dever de
NACIONAL retenção em caso de posterior indeferimento da substituição para o
APELADO :JOSE GUILHERME ROZA CABRAL E regime de prestação mensal, permanente e continuada.
OUTRO 4. Recurso especial não provido. (REsp 1278076/RJ, Ministro
ADVOGADO :JOAO NASCIMENTO DE SOUZA MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA,DJe
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 15A VARA-RJ 18/10/2011).
ORIGEM :DÉCIMA QUINTA VARA FEDERAL Desta forma, deve-se aplicar o enunciado da Súmula 83/STJ (“Não se
DO RIO DE JANEIRO conhece do recurso especial pela divergência, quando a orientação do
(200751010255982) tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida”), muito
embora tenha sido o recurso em tela fundamentado na alínea “a” do
DECISÃO permissivo constitucional. Neste sentido é o entendimento já
Trata-se de recurso especial interposto pela UNIÃO (FAZENDA pacificado pelo Colendo Superior Tribunal de Justiça, verbis:
NACIONAL) com fundamento no art. 105 , III, alínea “a”, da a) “PREVIDÊNCIA PRIVADA. AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO
Constituição Federal em face de acórdão proferido pela Quarta Turma DE INSTRUMENTO. SÚMULA 83 DO STJ. RECURSO ESPECIAL
Especializada deste Tribunal, in verbis: PELA ALÍNEA "A". PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. SÚMULA
“TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. AUXILIO-ALIMENTAÇÃO E 291⁄STJ.
AUXÍLIO TRANSPORTE. CARÁTER INDENIZATÓRIO. NÃO- 1. A jurisprudência do STJ entende que a Súmula 83 não se restringe
INCIDÊNCIA. LEI FEDERAL Nº 8.460/92 E MEDIDA PROVISÓRIA aos recursos especiais interpostos com fundamento na alínea "c" do
Nº 2.165/01. ISONOMIA ENTRE OS SERVIDORES PÚBLICOS permissivo constitucional, sendo também aplicável nos recursos
FEDERAIS E MUNICIPAIS. VALE TRANSPORTE PAGO EM fundados na alínea "a".
PECÚNIA NÃO AFETA CARÁTER INDENIZATÓRIO. 2. "A prescrição qüinqüenal prevista na Súmula do STJ⁄291 incide não
A jurisprudência já está assentada no sentido de que as verbas pagas apenas na cobrança de parcelas de complementação de
a título de auxílio-alimentação e auxílio-transporte não constituem aposentadoria, mas, também, por aplicação analógica, na pretensão a
acréscimo patrimonial, possuindo caráter indenizatório, não sendo diferenças de correção monetária incidentes sobre restituição da
passíveis, assim, do desconto do imposto de renda. reserva de poupança, cujo termo inicial é a data em que houver a
A Lei Federal nº 8.460/92 (art. 22) e a Medida Provisória nº 2.165/01 devolução a menor das contribuições pessoais recolhidas pelo
(art. 1º), reconhecem a natureza indenizatória do auxílio-alimentação associado ao plano previdenciário". Entendimento consolidado no
e do auxílio-transporte, não sendo incorporados aos vencimentos dos REsp 1111973⁄SP, submetido ao rito dos recursos repetitivos (CPC,
servidores públicos federais para fins de incidência do imposto de art. 543-C).
renda. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.”
Em face do princípio da isonomia tributária, previsto no artigo 150, II, (AgRg no Ag 1151950/DF – STJ, 4ªT.: Rel. Ministra MARIA ISABEL
da Constituição Federal, não se pode tratar de forma diferenciada os GALLOTTI - pub.: DJe 29/04/2011)
servidores municipais dos servidores públicos federais. b) “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL.
O pagamento do vale-transporte em pecúnia não afeta seu caráter não APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA. PROPOSITURA DA
salarial.” AÇÃO PENAL ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI INSTITUIDORA DO
Alega a recorrente, em síntese, que o v. acórdão recorrido teria REFIS. ARTIGO 15 DA LEI N. 9.964⁄2000. APLICAÇÃO
contrariado os artigos 43 e 111 do CTN. RETROATIVA. POSSIBILIDADE. SUSPENSÃO DA PRETENSÃO
Relatei. Decido. PUNITIVA DO ESTADO. CABIMENTO. SÚMULA N. 83 DO STJ
O presente recurso não reúne condições de admissibilidade. APLICÁVEL TAMBÉM AO APELO NOBRE PELA ALÍNEA "A" DO
Com efeito, verifica-se que o entendimento perfilhado pelo acórdão PERMISSIVO CONSTITUCIONAL.
recorrido está em consonância com a jurisprudência que emana do 1. A orientação jurisprudencial consolidada na Súmula n. 83 desta
Superior Tribunal de Justiça, confrome se lê da seguinte ementa: Corte é aplicável também aos recursos especiais fundados na alínea
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. INEXISTÊNCIA DE "a" do art. 105, III da Constituição da República. E isto, porque, se a
VIOLAÇÃO DO ART. 535 jurisprudência do Tribunal se firmou no mesmo sentido do acórdão
DO CPC. IMPOSTO DE RENDA. NÃO INCIDÊNCIA SOBRE recorrido, não há se cogitar de ofensa, por parte deste último, à lei
AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO, AUXÍLIO-TRANSPORTE E PROVENTOS federal.
2. "Nos termos do art. 5º, inciso XL, da Constituição Federal é de se
aplicar o art. 15 da Lei nº 9.964⁄2000 retroativamente às hipóteses em
que a adesão ao REFIS se deu após o recebimento da denúncia, mas a
persecutio criminis in iudicio teve início antes da entrada em vigor da
lei instituidora do referido programa (Precedentes desta Corte e do

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Pretório Excelso).Recurso desprovido." (EREsp n. 659.081⁄SP, Rel.
Min. FELIX FISCHER, DJ 30⁄10⁄2006).
4. Decisão que deve ser mantida pelos seus próprios fundamentos.
3. Agravo interno ao qual se nega provimento.”(AgRg no REsp
795184/SP – STJ, 6ªT.; Rel. CELSO LIMONGI
(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP) – pub.: DJe (juros de mora), devia ser aplicada imediatamente aos feitos em curso.
01/02/2011) 4. Assim, os valores resultantes de condenações proferidas contra a
Diante do exposto, INADMITO o recurso especial. Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem
Rio de Janeiro, 30 de abril de 2012. observar os critérios de atualização (correção monetária e juros) nela
disciplinados, enquanto vigorarem. Por outro lado, no período anterior,
tais acessórios deverão seguir os parâmetros definidos pela legislação
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA então vigente.
VICE-PRESIDENTE 5. No caso concreto, merece prosperar a insurgência da recorrente no
que se refere à incidência do art. 5º da Lei n. 11.960/09 no período
subsequente a 29/06/2009, data da edição da referida lei, ante o
princípio do tempus regit actum.
6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia,
BOLETIM: 126632 submetido ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ.
7. Cessam os efeitos previstos no artigo 543-C do CPC em relação ao
Recurso Especial Repetitivo n. 1.086.944/SP, que se referia tão
IV - APELACAO CIVEL 1991.51.02.057663-3 somente às modificações legislativas impostas pela MP 2.180-35/01,
Nº CNJ :0057663-47.1991.4.02.5102 que acrescentou o art. 1º-F à Lei 9.494/97, alterada pela Lei 11.960/09,
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE aqui tratada.
PRESIDENTE 8. Recurso especial parcialmente provido para determinar, ao presente
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO feito, a imediata aplicação do art. 5º da Lei 11.960/09, a partir de sua
SOCIAL - INSS vigência, sem efeitos retroativos.”
PROCURADOR :EDSON ROBERTO CELLEGHIM Diante do exposto e considerando que o entendimento encampado no
APELADO :DANIEL FRANCISCO TOME E v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no
OUTROS referido leading case, DETERMINO O RETORNO DOS AUTOS AO
ADVOGADO :CARLOS ERALDO LOPES ÓRGÃO JULGADOR ORIGINÁRIO, na forma do art. 543-C, §7º,
ORIGEM :1A. VARA FEDERAL - NITEROI/RJ inciso II, do Código de Processo Civil.
(9100576638) À DIDRA, para providenciar.
Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012.
despacho RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
Verifica-se que a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi VICE-PRESIDENTE
objeto de pronunciamento definitivo da Corte Especial do Egrégio
Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.205.946/SP,
de relatoria do Ministro BENEDITO GONÇALVES, cuja decisão foi
publicada em 02/02/2012, e dispõe:
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 1996.51.01.008497-0
ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS Nº CNJ :0008497-73.1996.4.02.5101
REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
MORA DEVIDOS PELA FAZENDA PÚBLICA. LEI 11.960/09, PRESIDENTE
QUE ALTEROU O ARTIGO 1º-F DA LEI 9.494/97. NATUREZA APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS PROCESSOS EM SOCIAL - INSS
CURSO QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO RETROATIVO. PROCURADOR :SHEILA DARDARI CASTANHEIRA
IMPOSSIBILIDADE. APELANTE :UNIAO FEDERAL
1. Cinge-se a controvérsia acerca da possibilidade de aplicação APELADO :ARAMIS MOREIRA DOS SANTOS E
imediata às ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar a OUTROS
redação do artigo 1º-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os critérios de ADVOGADO :JOSE MARIA APOLIANO LIMA E
correção monetária e de juros de mora a serem observados nas OUTROS
"condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 39A VARA-RJ
natureza", quais sejam, "os índices oficiais de remuneração básica e ORIGEM :TRIGÉSIMA NONA VARA FEDERAL
juros aplicados à caderneta de poupança". DO RIO DE JANEIRO (9600084971)
2. A Corte Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do
julgamento dos EREsp n. 1.207.197/RS, entendeu por bem alterar despacho
entendimento até então adotado, firmando posição no sentido de que a Verifica-se que a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi
Lei 11.960/2009, a qual traz novo regramento concernente à objeto de pronunciamento definitivo da Corte Especial do Egrégio
atualização monetária e aos juros de mora devidos pela Fazenda Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.205.946/SP,
Pública, deve ser aplicada, de imediato, aos processos em andamento, de relatoria do Ministro BENEDITO GONÇALVES, cuja decisão foi
sem, contudo, retroagir a período anterior à sua vigência. publicada em 02/02/2012, e dispõe:
3. Nesse mesmo sentido já se manifestou o Supremo Tribunal Federal, “PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO
ao decidir que a Lei 9.494/97, alterada pela Medida Provisória n. ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS
2.180-35/2001, que também tratava de consectário da condenação REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE
MORA DEVIDOS PELA FAZENDA PÚBLICA. LEI 11.960/09,
QUE ALTEROU O ARTIGO 1º-F DA LEI 9.494/97. NATUREZA
PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS PROCESSOS EM
CURSO QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO RETROATIVO.
IMPOSSIBILIDADE.

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1. Cinge-se a controvérsia acerca da possibilidade de aplicação
imediata às ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar a
redação do artigo 1º-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os critérios de
correção monetária e de juros de mora a serem observados nas
"condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua
natureza", quais sejam, "os índices oficiais de remuneração básica e NITERÓI (9600314110)
juros aplicados à caderneta de poupança".
2. A Corte Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do DECISÃO
julgamento dos EREsp n. 1.207.197/RS, entendeu por bem alterar Trata-se de pedido formulado pela CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
entendimento até então adotado, firmando posição no sentido de que a às fls. 976, requerendo a homologação da desistência do Recurso
Lei 11.960/2009, a qual traz novo regramento concernente à Especial interposto às fls. 955/965.
atualização monetária e aos juros de mora devidos pela Fazenda Sendo a desistência recursal ato unilateral e incondicional,
Pública, deve ser aplicada, de imediato, aos processos em andamento, HOMOLOGO a desistência do recurso, com fulcro no artigo 501 do
sem, contudo, retroagir a período anterior à sua vigência. CPC.
3. Nesse mesmo sentido já se manifestou o Supremo Tribunal Federal, Transitada esta em julgado, dê-se baixa na distribuição, remetendo-se
ao decidir que a Lei 9.494/97, alterada pela Medida Provisória n. os autos ao Juízo de origem.
2.180-35/2001, que também tratava de consectário da condenação P.I.
(juros de mora), devia ser aplicada imediatamente aos feitos em curso. Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012.
4. Assim, os valores resultantes de condenações proferidas contra a RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem VICE-PRESIDENTE
observar os critérios de atualização (correção monetária e juros) nela
disciplinados, enquanto vigorarem. Por outro lado, no período anterior,
tais acessórios deverão seguir os parâmetros definidos pela legislação
então vigente.
5. No caso concreto, merece prosperar a insurgência da recorrente no IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 1997.51.02.042440-9
que se refere à incidência do art. 5º da Lei n. 11.960/09 no período Nº CNJ :0042440-44.1997.4.02.5102
subsequente a 29/06/2009, data da edição da referida lei, ante o RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
princípio do tempus regit actum. PRESIDENTE
6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia, APELANTE :UNIAO FEDERAL
submetido ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ. APELADO :FERNANDO CESAR BUENO DE
7. Cessam os efeitos previstos no artigo 543-C do CPC em relação ao ALMEIDA E OUTRO
Recurso Especial Repetitivo n. 1.086.944/SP, que se referia tão ADVOGADO :PEDRO PAULO NOGUEIRA BRAVO
somente às modificações legislativas impostas pela MP 2.180-35/01, APELADO :WALDYR BRUNNET DE
que acrescentou o art. 1º-F à Lei 9.494/97, alterada pela Lei 11.960/09, FIGUEIREDO - ESPOLIO
aqui tratada. ADVOGADO :PAULO CEZAR DA SILVA MOREIRA
8. Recurso especial parcialmente provido para determinar, ao presente REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 3A VARA DE
feito, a imediata aplicação do art. 5º da Lei 11.960/09, a partir de sua NITEROI-RJ
vigência, sem efeitos retroativos.” ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE
Diante do exposto e considerando que o entendimento encampado no NITERÓI (9700424405)
v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no
referido leading case, DETERMINO O RETORNO DOS AUTOS AO DECISÃO
ÓRGÃO JULGADOR ORIGINÁRIO, na forma do art. 543-C, §7º, Trata-se de recurso especial interposto pela UNIÃO FEDERAL, às fls.
inciso II, do Código de Processo Civil. 311/319, com fundamento no art. 105, III, alínea “a” da Constituição
À DIDRA, para providenciar. Federal/88, em face da decisão de fls. 292/295, integrada pelo acórdão
Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012. do agravo interno de fls. 310, emanado da Sétima Turma especializada
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA deste Eg. Tribunal.
VICE-PRESIDENTE Sustenta a Recorrente, em síntese, que o acórdão impugnado não
observou o disposto no art. 3º da MP nº 2226/2001, art.7º da MP nº
2169-43/2001 e art. 26, §2º, do CPC.
Relatei. Decido.
O exame dos autos revela o preenchimento dos pressupostos genéricos,
IV - APELACAO CIVEL 1996.51.02.031411-9 tais como cabimento, legitimidade, interesse para recorrer,
Nº CNJ :0031411-31.1996.4.02.5102 tempestividade e regularidade formal, em conformidade com o art. 541
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE do Código de Processo Civil.
PRESIDENTE Sobre os argumentos de violação do dispositivo legal objeto das razões
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF do Resp, observa-se que a matéria encontra-se devidamente
ADVOGADO :CARLA DE CASTRO MACEDO DE prequestionada e a fundamentação permite a exata compreensão da
AMORIM (RJ135011) E OUTROS controvérsia, com indicação do dispositivo infraconstitucional tido por
APELANTE :EVERALDO SABINO DOS ANJOS E violado, autorizando a admissão do recurso, na forma do referido artigo
OUTROS 105, inciso III, alínea “a”, da Constituição Federal.
ADVOGADO :PAULO SERGIO DA COSTA Diante do exposto, ADMITO o recurso especial.
MARTINS (RJ020986) E OUTROS Rio de Janeiro, 20 de abril de 2012.
APELADO :OS MESMOS RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
ORIGEM :QUARTA VARA FEDERAL DE VICE-PRESIDENTE

IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 1997.51.02.042440-9

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Nº CNJ :0042440-44.1997.4.02.5102
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
PRESIDENTE
APELANTE :UNIAO FEDERAL
APELADO :FERNANDO CESAR BUENO DE
ALMEIDA E OUTRO sem, contudo, retroagir a período anterior à sua vigência.
ADVOGADO :PEDRO PAULO NOGUEIRA BRAVO 3. Nesse mesmo sentido já se manifestou o Supremo Tribunal Federal,
APELADO :WALDYR BRUNNET DE ao decidir que a Lei 9.494/97, alterada pela Medida Provisória n.
FIGUEIREDO - ESPOLIO 2.180-35/2001, que também tratava de consectário da condenação
ADVOGADO :PAULO CEZAR DA SILVA MOREIRA (juros de mora), devia ser aplicada imediatamente aos feitos em curso.
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 3A VARA DE 4. Assim, os valores resultantes de condenações proferidas contra a
NITEROI-RJ Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem
ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE observar os critérios de atualização (correção monetária e juros) nela
NITERÓI (9700424405) disciplinados, enquanto vigorarem. Por outro lado, no período anterior,
tais acessórios deverão seguir os parâmetros definidos pela legislação
despacho então vigente.
Petição de fls. 321/323: Nada a deferir nesta fase processual. 5. No caso concreto, merece prosperar a insurgência da recorrente no
Rio de Janeiro, 20 de abril de 2012. que se refere à incidência do art. 5º da Lei n. 11.960/09 no período
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA subsequente a 29/06/2009, data da edição da referida lei, ante o
VICE-PRESIDENTE princípio do tempus regit actum.
6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia,
submetido ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ.
7. Cessam os efeitos previstos no artigo 543-C do CPC em relação ao
Recurso Especial Repetitivo n. 1.086.944/SP, que se referia tão
IV - APELACAO CIVEL 1999.51.10.755757-0 somente às modificações legislativas impostas pela MP 2.180-35/01,
Nº CNJ :0755757-73.1999.4.02.5110 que acrescentou o art. 1º-F à Lei 9.494/97, alterada pela Lei 11.960/09,
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE aqui tratada.
PRESIDENTE 8. Recurso especial parcialmente provido para determinar, ao presente
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO feito, a imediata aplicação do art. 5º da Lei 11.960/09, a partir de sua
SOCIAL - INSS vigência, sem efeitos retroativos.”
PROCURADOR :IGOR AJOUZ Diante do exposto e considerando que o entendimento encampado no
APELADO :MARIA EMILIA ALMICO PINTO v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no
NEVES E OUTROS referido leading case, DETERMINO O RETORNO DOS AUTOS AO
ADVOGADO :FRANCELINO DA SILVA E OUTRO ÓRGÃO JULGADOR ORIGINÁRIO, na forma do art. 543-C, §7º,
ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DE SÃO inciso II, do Código de Processo Civil.
JOÃO DE MERITI (9907557579) À DIDRA, para providenciar.
Rio de Janeiro, 20 de abril de 2012.
despacho RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
Verifica-se que a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi VICE-PRESIDENTE
objeto de pronunciamento definitivo da Corte Especial do Egrégio
Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.205.946/SP,
de relatoria do Ministro BENEDITO GONÇALVES, cuja decisão foi
publicada em 02/02/2012, e dispõe:
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO IV - APELACAO CIVEL 2000.51.01.001582-4
ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS Nº CNJ :0001582-66.2000.4.02.5101
REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
MORA DEVIDOS PELA FAZENDA PÚBLICA. LEI 11.960/09, PRESIDENTE
QUE ALTEROU O ARTIGO 1º-F DA LEI 9.494/97. NATUREZA APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS PROCESSOS EM ADVOGADO :BRUNO VAZ DE CARVALHO
CURSO QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO RETROATIVO. (RJ097626) E OUTROS
IMPOSSIBILIDADE. APELADO :GILBERTO PEDRO XIMENES DA
1. Cinge-se a controvérsia acerca da possibilidade de aplicação SILVA E OUTRO
imediata às ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar a ADVOGADO :JOSELA FRANCO VIEIRA MACHADO
redação do artigo 1º-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os critérios de (RJ107642) E OUTROS
correção monetária e de juros de mora a serem observados nas ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DO RIO
"condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua DE JANEIRO (200051010015824)
natureza", quais sejam, "os índices oficiais de remuneração básica e
juros aplicados à caderneta de poupança". DECISÃO
2. A Corte Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do Trata-se de pedido formulado pela CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
julgamento dos EREsp n. 1.207.197/RS, entendeu por bem alterar às fls. 154, requerendo a homologação da desistência do Recurso
entendimento até então adotado, firmando posição no sentido de que a Especial interposto às fls. 143/149.
Lei 11.960/2009, a qual traz novo regramento concernente à Sendo a desistência recursal ato unilateral e incondicional,
atualização monetária e aos juros de mora devidos pela Fazenda HOMOLOGO a desistência do recurso, com fulcro no artigo 501 do
Pública, deve ser aplicada, de imediato, aos processos em andamento, CPC.
Transitada esta em julgado, dê-se baixa na distribuição, remetendo-se
os autos ao Juízo de origem.
P.I.
Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012.
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA

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VICE-PRESIDENTE

IV - APELACAO CIVEL 2000.51.01.018106-2 RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE


Nº CNJ :0018106-41.2000.4.02.5101 PRESIDENTE
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE APELANTE :IDHALIA BARCELLOS DA SILVA
PRESIDENTE ADVOGADO :PATRICIA MARANHAO B. PESSOA
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF MENDES (RJ098284) E OUTROS
ADVOGADO :BRUNO VAZ DE CARVALHO APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
(RJ097626) E OUTROS ADVOGADO :DANIELLE DE ALEXANDRE
APELADO :GILBERTO PEDRO XIMENES DA LOURENCO (RJ116610) E OUTROS
SILVA E OUTRO APELADO :OS MESMOS
ADVOGADO :JOSELA FRANCO VIEIRA MACHADO ORIGEM :DÉCIMA SEGUNDA VARA FEDERAL
(RJ107642) E OUTROS DO RIO DE JANEIRO
ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DO RIO (200151010087177)
DE JANEIRO (200051010181062)
despacho
DECISÃO Manifeste-se a CEF sobre fls. 525.
Trata-se de pedido formulado pela CAIXA ECONÔMICA FEDERAL Rio de Janeiro, 25/04/2012.
às fls. 363, requerendo a homologação da desistência do Recurso RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
Especial interposto às fls. 348/358. VICE-PRESIDENTE
Sendo a desistência recursal ato unilateral e incondicional,
HOMOLOGO a desistência do recurso, com fulcro no artigo 501 do
CPC.
Transitada esta em julgado, dê-se baixa na distribuição, remetendo-se
os autos ao Juízo de origem. IV - APELACAO CIVEL 2001.51.02.000111-5
P.I. Nº CNJ :0000111-75.2001.4.02.5102
Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA PRESIDENTE
VICE-PRESIDENTE APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADVOGADO :CRISTINA LEE (RJ160534) E OUTROS
APELADO :EDIBERTO MACHADO MARQUES E
OUTRO
ADVOGADO :JULIO CESAR LEMOS DOS SANTOS
IV - APELACAO CIVEL 2000.51.01.020254-5 (RJ101021) E OUTROS
Nº CNJ :0020254-25.2000.4.02.5101 ORIGEM :1A. VARA FEDERAL - NITEROI/RJ
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE (200151020001115)
PRESIDENTE
APELANTE :JOSE INACIO DOS SANTOS LIMA despacho
ADVOGADO :MARIA DAS GRACAS CORREIA Manifeste-se a CEF sobre fls. 391.
LIMA DE ANDRADE (RJ047754) E Rio de Janeiro, 19 de abril de 2012.
OUTROS RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF VICE-PRESIDENTE
ADVOGADO :SONIA LUCIA DOS SANTOS LOPES
(RJ045543) E OUTROS
ORIGEM :DÉCIMA OITAVA VARA FEDERAL
DO RIO DE JANEIRO
(200051010202545) IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2001.51.03.000300-5
Nº CNJ :0000300-50.2001.4.02.5103
despacho RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
Intime(m)-se o(s) recorrente(s) para proceder(em) à complementação PRESIDENTE
do preparo do(s) recurso(s) especial e/ou extraordinário interposto(s), APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
no prazo de cinco dias, na forma do Art. 511, § 2º, do CPC. SOCIAL - INSS
Rio de Janeiro, 26/04/2012. PROCURADOR :SANDRO JOSE DE OLIVEIRA COSTA
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA APELANTE :MARILANDA DA SILVA SANTOS
VICE-PRESIDENTE ADVOGADO :CEZAR AUGUSTO GOMES DOS
SANTOS E OUTRO
APELADO :OS MESMOS
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 2A VARA DE
CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ
IV - APELACAO CIVEL 2001.51.01.008717-7 ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DE
Nº CNJ :0008717-95.2001.4.02.5101 CAMPOS (200151030003005)

despacho
Verifica-se que a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi
objeto de pronunciamento definitivo da Corte Especial do Egrégio
Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.205.946/SP,

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de relatoria do Ministro BENEDITO GONÇALVES, cuja decisão foi
publicada em 02/02/2012, e dispõe:
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO
ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS
REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE
MORA DEVIDOS PELA FAZENDA PÚBLICA. LEI 11.960/09, PRESIDENTE
QUE ALTEROU O ARTIGO 1º-F DA LEI 9.494/97. NATUREZA APELANTE :MAURICEA VIANNA RIBEIRO E
PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS PROCESSOS EM OUTROS
CURSO QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO RETROATIVO. ADVOGADO :CHRISTIANE MARIA DE AZEVEDO
IMPOSSIBILIDADE. MARTINS (RJ121316) E OUTROS
1. Cinge-se a controvérsia acerca da possibilidade de aplicação APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
imediata às ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar a ADVOGADO :LUCIA MARIA CESAR MATOS
redação do artigo 1º-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os critérios de (RJ037512) E OUTROS
correção monetária e de juros de mora a serem observados nas APELADO :OS MESMOS
"condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua ORIGEM :DÉCIMA SEXTA VARA FEDERAL DO
natureza", quais sejam, "os índices oficiais de remuneração básica e RIO DE JANEIRO (200251010049727)
juros aplicados à caderneta de poupança".
2. A Corte Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do despacho
julgamento dos EREsp n. 1.207.197/RS, entendeu por bem alterar Manifeste-se a CEF sobre fls. 689.
entendimento até então adotado, firmando posição no sentido de que a Rio de Janeiro, 25/04/2012.
Lei 11.960/2009, a qual traz novo regramento concernente à RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
atualização monetária e aos juros de mora devidos pela Fazenda VICE-PRESIDENTE
Pública, deve ser aplicada, de imediato, aos processos em andamento,
sem, contudo, retroagir a período anterior à sua vigência.
3. Nesse mesmo sentido já se manifestou o Supremo Tribunal Federal,
ao decidir que a Lei 9.494/97, alterada pela Medida Provisória n.
2.180-35/2001, que também tratava de consectário da condenação IV - APELACAO CIVEL 2002.51.01.018894-6
(juros de mora), devia ser aplicada imediatamente aos feitos em curso. Nº CNJ :0018894-84.2002.4.02.5101
4. Assim, os valores resultantes de condenações proferidas contra a RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem PRESIDENTE
observar os critérios de atualização (correção monetária e juros) nela APELANTE :CARLOS ALEXANDRE VITORIA DE
disciplinados, enquanto vigorarem. Por outro lado, no período anterior, SOUZA E OUTRO
tais acessórios deverão seguir os parâmetros definidos pela legislação ADVOGADO :MARIA THEREZA MENGE E SILVA
então vigente. (RJ024153) E OUTRO
5. No caso concreto, merece prosperar a insurgência da recorrente no APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
que se refere à incidência do art. 5º da Lei n. 11.960/09 no período ADVOGADO :GERSON DE CARVALHO FRAGOZO
subsequente a 29/06/2009, data da edição da referida lei, ante o (RJ106445) E OUTROS
princípio do tempus regit actum. ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL RIO DE
6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia, JANEIRO/RJ (200251010188946)
submetido ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ.
7. Cessam os efeitos previstos no artigo 543-C do CPC em relação ao despacho
Recurso Especial Repetitivo n. 1.086.944/SP, que se referia tão Intime(m)-se o(s) recorrente(s) para proceder(em) à complementação
somente às modificações legislativas impostas pela MP 2.180-35/01, do preparo do(s) recurso(s) especial e/ou extraordinário interposto(s),
que acrescentou o art. 1º-F à Lei 9.494/97, alterada pela Lei 11.960/09, no prazo de cinco dias, na forma do art. 511, § 2º, do CPC.
aqui tratada. Rio de Janeiro, 25/04/2012.
8. Recurso especial parcialmente provido para determinar, ao presente RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
feito, a imediata aplicação do art. 5º da Lei 11.960/09, a partir de sua VICE-PRESIDENTE
vigência, sem efeitos retroativos.”
Diante do exposto e considerando que o entendimento encampado no
v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no
referido leading case, DETERMINO O RETORNO DOS AUTOS AO
ÓRGÃO JULGADOR ORIGINÁRIO, na forma do art. 543-C, §7º, IV - APELACAO CIVEL 2002.51.01.022577-3
inciso II, do Código de Processo Civil. Nº CNJ :0022577-32.2002.4.02.5101
À DIDRA, para providenciar. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
Rio de Janeiro, 20 de abril de 2012. PRESIDENTE
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA APELANTE :JORDAN ASSESSORIA EM
VICE-PRESIDENTE ENGENHARIA LTDA
ADVOGADO :JOAO LUIZ PINTO DA NOBREGA
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS
PROCURADOR :CATIA DA PENHA MORAES
IV - APELACAO CIVEL 2002.51.01.004972-7 ORIGEM :DÉCIMA PRIMEIRA VARA FEDERAL
Nº CNJ :0004972-73.2002.4.02.5101 DO RIO DE JANEIRO
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE (200251010225773)

DECISÃO
Trata-se de Embargos de Declaração opostos por JORDAN
ASSESSORIA EM ENGENHARIA LTDA, com fundamento no art.
535 do CPC, em face da Decisão de fls. 415/416, que admitiu o

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Recurso Especial interposto pela ora Recorrente.
A parte embargante sustenta que a decisão recorrida admitiu o Recurso
Especial apenas pela alínea “c”, do inciso III, do artigo 105, da
Constituição Federal, não apreciando o seu cabimento pela alínea “a”,
que foi um dos motivos da interposição do referido recurso.
É o relatório. Decido.
Inicialmente, deve-se ressaltar que, contra decisões proferidas pelo
Vice-Presidente do Tribunal inadmitindo Recurso Especial ou
Extraordinário, cabível a interposição de Agravo perante o Superior
Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal, respectivamente, a IV - APELACAO CIVEL 2003.51.01.025773-0
teor do artigo 544, do CPC e artigo 28, da Lei nº 8.038/90. Nº CNJ :0025773-73.2003.4.02.5101
Embora o cabimento de Embargos de Declaração contra decisões RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
interlocutórias, de acordo com o artigo 535, inciso I, do Código de PRESIDENTE
Processo Civil, referir-se, tão-somente, a Acórdãos e Sentenças, negar APELANTE :VALDOMIRO INACIO DO
a possibilidade de oposição de embargos declaratórios em face de NASCIMENTO JUNIOR
provimentos jurisdicionais de natureza interlocutória implicaria, ADVOGADO :ANA PAULA VASCONCELLOS VAZ
indubitavelmente, afronta ao princípio constitucional da motivação das APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
decisões judiciais. ADVOGADO :BRUNO VAZ DE CARVALHO E
Deve ser destacado, ainda, que os Embargos de Declaração configuram OUTROS
espécie recursal de índole integrativa, na medida em que ordenado ao ORIGEM :TRIGÉSIMA VARA FEDERAL DO RIO
saneamento dos vícios da omissão, da obscuridade e da contradição, DE JANEIRO (200351010257730)
previstos no artigo 535 do Código de Processo Civil, ou seja, o referido
recurso não se presta a veicular pretensão de reexame da matéria já despacho
decidida. Fls. 572 e 574/576 – Nada a ser deferido nesta fase processual.
Do exame dos autos, verificou-se que o julgado não se ressente de 2- Certifique-se o trânsito em julgado da Decisão de fls. 570/571,
qualquer omissão, tendo efetuado, de modo claro e satisfatório, a dando-se, após, baixa na distribuição, com remessa dos autos à Vara de
entrega da prestação jurisdicional, sendo certo, ainda, que “O Juiz não origem onde caberá a apreciação das petições de fls. 572 e 574/576.
está obrigado a responder todas as alegações das partes, quando já Rio, 26/04/2012.
tenha encontrado motivo suficiente para fundar a decisão, nem se RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
obriga a ater-se aos fundamentos indicados por elas e tampouco a VICE-PRESIDENTE
responder um a um todos os argumentos” (STJ, EDcl no AgRg nos
EInf na AR 2937/PR, Rel. Min. Castro Meira, 1ª Seção, in DJ de
01.07.2005).
Diante do exposto, não ocorrendo quaisquer dos vícios contemplados
no artigo 535 da Lei de Ritos, REJEITO os Embargos de Declaração IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2004.51.01.014260-8
interpostos. Nº CNJ :0014260-74.2004.4.02.5101
Rio de Janeiro, 26 de abril de 2012. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA PRESIDENTE
VICE-PRESIDENTE APELANTE :UNIAO FEDERAL
APELANTE :ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROCURADOR :FELIPE MELO FONTE
APELADO :THEREZINHA DE JESUS GRITZ
SOARES
IV - APELACAO CIVEL 2003.51.01.006043-0 ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
Nº CNJ :0006043-76.2003.4.02.5101 REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 16A VARA-RJ
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE ORIGEM :DÉCIMA SEXTA VARA FEDERAL DO
PRESIDENTE RIO DE JANEIRO (200451010142608)
APELANTE :CARLOS ALEXANDRE VITORIA DE
SOUZA E OUTRO despacho
ADVOGADO :MARIA THEREZA MENGE E SILVA FLS. 464/469:
(RJ024153) E OUTROS 1 - DEFIRO A VISTA FORA DO CARTÓRIO, POR 05 (CINCO)
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF DIAS.
ADVOGADO :TUTECIO GOMES DE MELLO 2 – APÓS, INTIME-SE A PARTE AUTORA PARA QUE, NO
(RJ075478) E OUTROS PRAZO LEGAL, MANIFESTE-SE SOBRE O REQUERIDO PELA
ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DO RIO ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO.
DE JANEIRO (200351010060430) RIO DE JANEIRO, 24 DE ABRIL DE 2012.
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
despacho VICE-PRESIDENTE
Intime(m)-se o(s) recorrente(s) para proceder(em) à complementação
do preparo do(s) recurso(s) especial e/ou extraordinário interposto(s),
no prazo de cinco dias, na forma do art. 511, § 2º, do CPC.
Rio de Janeiro, 25/04/2012.
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA IV - APELACAO CIVEL 2004.51.01.016535-9
VICE-PRESIDENTE Nº CNJ :0016535-93.2004.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
PRESIDENTE
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APELADO :WALDECYR PEREIRA

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Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
ADVOGADO :SERGIO ESPINOLA CATRAMBY E
OUTROS
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 18A VARA-RJ
ORIGEM :DÉCIMA OITAVA VARA FEDERAL
DO RIO DE JANEIRO
(200451010165359) PRESIDENTE
APELANTE :MARCO ANTONIO JOAQUIM FELIX
DECISÃO E OUTRO
Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO opostos pela UNIÃO ADVOGADO :ELIEL SANTOS JACINTHO (RJ059663)
(FAZENDA NACIONAL) (fls. 306/308) em face da r. Decisão de fls. E OUTROS
304/305 que negou seguimento ao Recurso Especial da Recorrente, por APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
estar em conformidade com a decisão proferida pelo STJ no ADVOGADO :MAURICIO CHATEAUBRIAND
julgamento do recurso paradigma (REsp nº 1.012.903/RJ). LUSTOSA BORGES PEREIRA
A Embargante alegou, em síntese, que não deduziu pretensão contra o (RJ130740) E OUTROS
mérito em si da demanda, mas sobre o montante fixado para os ORIGEM :VARA ÚNICA DE SÃO PEDRO DA
honorários advocatícios. ALDEIA (200451010217580)
Assim, requereu o provimento dos Embargos de Declaração para que
fosse sanada a contradição apontada. despacho
Eis o relato do necessário. Decido. Manifeste-se a CEF sobre fls. 303.
Inicialmente, deve-se ressaltar que, contra Decisões proferidas pelo Rio de Janeiro, 25/04/2012.
Vice-Presidente do Tribunal inadmitindo Recurso Especial ou RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
Extraordinário, cabível interposição de Agravo nos próprios autos, na VICE-PRESIDENTE
forma do disposto no artigo 544 do Código de Processo Civil, com
redação dada pela Lei 12.322 de 09 de setembro de 2010.
Sobre o tema o insigne jurista HUMBERTO TEODORO JR. em sua
festejada obra CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ANOTADO, 2011,
15ª Edição, página 632, teceu os seguintes “BREVES IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2004.51.01.520494-0
COMENTÁRIOS”: Nº CNJ :0520494-15.2004.4.02.5101
“O agravo referido no art. 544 do CPC é o recurso utilizado face ao RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
juízo negativo de admissibilidade do recurso especial ou PRESIDENTE
extraordinário. Antes da Lei 12.322, de 09 de setembro de 2010, esse APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
recurso era chamado, na praxe forense, de agravo de instrumento, SOCIAL - INSS
pois a sua interposição exigia uma fase de instrução com a juntada PROCURADOR :ISTVAN NUNES LAKI
das cópias de peças necessárias dos autos principais na instância do APELADO :IDALINA SIMOES DIAS
órgão prolator da decisão recorrida. Criavam-se, assim, novos autos ADVOGADO :RAMON PRESTES GUEDES DE
que eram remetidos ao STJ ou ao STF, conforme o caso. MORAES E OUTRO
Atualmente, com o advento da Lei nº 12.322/2010, esse recurso passa REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 39A VARA-RJ
a ser chamado de agravo nos próprios autos contra a decisão ORIGEM :TRIGÉSIMA NONA VARA FEDERAL
denegatória de seguimento de recurso especial ou recurso DO RIO DE JANEIRO
extraordinário, pois não mais subsiste a necessidade de sua instrução, (200451015204940)
já que os autos principais devem ser remetidos aos tribunais
superiores juntamente com o recurso de agravo, afim de que esse seja despacho
processado em julgado. Verifica-se que a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi
Essa nova lei visa à economia processual, afinal, os Tribunais objeto de pronunciamento definitivo da Corte Especial do Egrégio
deixarão de digitalizar as referidas cópias, o que possibilitará o Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.205.946/SP,
remanejamento de seus servidores para outras funções. A efetividade de relatoria do Ministro BENEDITO GONÇALVES, cuja decisão foi
processual e a segurança jurídica também são vislumbradas, haja publicada em 02/02/2012, e dispõe:
vista não mais subsistir a inadmissibilidade do recurso especial ou “PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO
extraordinário pela mera falha formal na instrução desse agravo. A ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS
celeridade na tramitação dos processos é outro benefício pretendido REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE
pela referida lei, já que o STJ e o STF julgarão, imediatamente, o MORA DEVIDOS PELA FAZENDA PÚBLICA. LEI 11.960/09,
recurso especial e extraordinário, respectivamente.” QUE ALTEROU O ARTIGO 1º-F DA LEI 9.494/97. NATUREZA
Diante do exposto, não conheço dos EMBARGOS DE PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS PROCESSOS EM
DECLARAÇÃO. CURSO QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO RETROATIVO.
Rio de Janeiro, 26 de abril de 2012. IMPOSSIBILIDADE.
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA 1. Cinge-se a controvérsia acerca da possibilidade de aplicação
VICE-PRESIDENTE imediata às ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar a
redação do artigo 1º-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os critérios de
correção monetária e de juros de mora a serem observados nas
"condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua
natureza", quais sejam, "os índices oficiais de remuneração básica e
IV - APELACAO CIVEL 2004.51.01.021758-0 juros aplicados à caderneta de poupança".
Nº CNJ :0021758-27.2004.4.02.5101 2. A Corte Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE julgamento dos EREsp n. 1.207.197/RS, entendeu por bem alterar
entendimento até então adotado, firmando posição no sentido de que a
Lei 11.960/2009, a qual traz novo regramento concernente à
atualização monetária e aos juros de mora devidos pela Fazenda
Pública, deve ser aplicada, de imediato, aos processos em andamento,
sem, contudo, retroagir a período anterior à sua vigência.

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3. Nesse mesmo sentido já se manifestou o Supremo Tribunal Federal,
ao decidir que a Lei 9.494/97, alterada pela Medida Provisória n.
2.180-35/2001, que também tratava de consectário da condenação
(juros de mora), devia ser aplicada imediatamente aos feitos em curso.
4. Assim, os valores resultantes de condenações proferidas contra a
Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem parcial provimento à remessa necessária e ao recurso após percuciente
observar os critérios de atualização (correção monetária e juros) nela análise dos fatos e das provas relacionados à causa, sendo certo
disciplinados, enquanto vigorarem. Por outro lado, no período anterior, asseverar que, para se chegar à conclusão diversa, torna-se
tais acessórios deverão seguir os parâmetros definidos pela legislação imprescindível reexaminar o conjunto fático-probatório constante dos
então vigente. autos, o que é vedado em sede de recurso extraordinário, a teor do
5. No caso concreto, merece prosperar a insurgência da recorrente no enunciado da Súmula 279/STF (“Para simples reexame de prova não
que se refere à incidência do art. 5º da Lei n. 11.960/09 no período cabe recurso extraordinário”).
subsequente a 29/06/2009, data da edição da referida lei, ante o Diante do exposto, INADMITO o recurso extraordinário.
princípio do tempus regit actum. Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012.
6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia, RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
submetido ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ. VICE-PRESIDENTE
7. Cessam os efeitos previstos no artigo 543-C do CPC em relação ao
Recurso Especial Repetitivo n. 1.086.944/SP, que se referia tão
somente às modificações legislativas impostas pela MP 2.180-35/01,
que acrescentou o art. 1º-F à Lei 9.494/97, alterada pela Lei 11.960/09,
aqui tratada. IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2004.51.51.050304-7
8. Recurso especial parcialmente provido para determinar, ao presente Nº CNJ :0050304-39.2004.4.02.5151
feito, a imediata aplicação do art. 5º da Lei 11.960/09, a partir de sua RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
vigência, sem efeitos retroativos.” PRESIDENTE
Diante do exposto e considerando que o entendimento encampado no APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no SOCIAL - INSS
referido leading case, DETERMINO O RETORNO DOS AUTOS AO PROCURADOR :ENEIDA MARIA DOS SANTOS
ÓRGÃO JULGADOR ORIGINÁRIO, na forma do art. 543-C, §7º, APELADO :ANTONIO VALENTE DE ASSUNCAO
inciso II, do Código de Processo Civil. ADVOGADO :EDUARDO HENRIQUE LOPES
À DIDRA, para providenciar. VIEIRA E OUTROS
Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012. REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 38A VARA-RJ
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA ORIGEM :TRIGÉSIMA OITAVA VARA
VICE-PRESIDENTE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
(200451510503047)

despacho
Verifica-se que a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2004.51.01.520494-0 objeto de pronunciamento definitivo da Corte Especial do Egrégio
Nº CNJ :0520494-15.2004.4.02.5101 Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.205.946/SP,
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE de relatoria do Ministro BENEDITO GONÇALVES, cuja decisão foi
PRESIDENTE publicada em 02/02/2012, e dispõe:
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO “PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO
SOCIAL - INSS ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS
PROCURADOR :ISTVAN NUNES LAKI REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE
APELADO :IDALINA SIMOES DIAS MORA DEVIDOS PELA FAZENDA PÚBLICA. LEI 11.960/09,
ADVOGADO :RAMON PRESTES GUEDES DE QUE ALTEROU O ARTIGO 1º-F DA LEI 9.494/97. NATUREZA
MORAES E OUTRO PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS PROCESSOS EM
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 39A VARA-RJ CURSO QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO RETROATIVO.
ORIGEM :TRIGÉSIMA NONA VARA FEDERAL IMPOSSIBILIDADE.
DO RIO DE JANEIRO 1. Cinge-se a controvérsia acerca da possibilidade de aplicação
(200451015204940) imediata às ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar a
redação do artigo 1º-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os critérios de
DECISÃO correção monetária e de juros de mora a serem observados nas
Trata-se de recurso extraordinário interposto pelo INSTITUTO "condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua
NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, às fls. 173/180, com natureza", quais sejam, "os índices oficiais de remuneração básica e
fundamento no artigo 102 inciso III, alínea “a”, da Constituição juros aplicados à caderneta de poupança".
Federal, em face de acórdãos emanados da colenda Segunda Turma 2. A Corte Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do
Especializada deste Tribunal. julgamento dos EREsp n. 1.207.197/RS, entendeu por bem alterar
A parte recorrente sustentou, em síntese, que o acórdão teria violado o entendimento até então adotado, firmando posição no sentido de que a
artigo 97, da Constituição Federal. Lei 11.960/2009, a qual traz novo regramento concernente à
Sem contrarrazões, conforme certidão de fl. 183-v. atualização monetária e aos juros de mora devidos pela Fazenda
Relatei. Decido. Pública, deve ser aplicada, de imediato, aos processos em andamento,
O presente recurso não reúne condições de admissibilidade. sem, contudo, retroagir a período anterior à sua vigência.
Com efeito, o exame dos autos evidencia que o órgão julgador deu 3. Nesse mesmo sentido já se manifestou o Supremo Tribunal Federal,
ao decidir que a Lei 9.494/97, alterada pela Medida Provisória n.
2.180-35/2001, que também tratava de consectário da condenação
(juros de mora), devia ser aplicada imediatamente aos feitos em curso.
4. Assim, os valores resultantes de condenações proferidas contra a
Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem

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observar os critérios de atualização (correção monetária e juros) nela
disciplinados, enquanto vigorarem. Por outro lado, no período anterior,
tais acessórios deverão seguir os parâmetros definidos pela legislação
então vigente.
5. No caso concreto, merece prosperar a insurgência da recorrente no
que se refere à incidência do art. 5º da Lei n. 11.960/09 no período Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a
subsequente a 29/06/2009, data da edição da referida lei, ante o lançamento por homologação, o prazo para repetição ou
princípio do tempus regit actum. compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador,
6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e
submetido ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ. 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado
7. Cessam os efeitos previstos no artigo 543-C do CPC em relação ao interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo
Recurso Especial Repetitivo n. 1.086.944/SP, que se referia tão de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do
somente às modificações legislativas impostas pela MP 2.180-35/01, pagamento indevido.
que acrescentou o art. 1º-F à Lei 9.494/97, alterada pela Lei 11.960/09, Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
aqui tratada. jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
8. Recurso especial parcialmente provido para determinar, ao presente à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
feito, a imediata aplicação do art. 5º da Lei 11.960/09, a partir de sua expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
vigência, sem efeitos retroativos.” outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e
Diante do exposto e considerando que o entendimento encampado no aplicação.
v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
referido leading case, DETERMINO O RETORNO DOS AUTOS AO compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
ÓRGÃO JULGADOR ORIGINÁRIO, na forma do art. 543-C, §7º, fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
inciso II, do Código de Processo Civil. do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às
À DIDRA, para providenciar. pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei,
Rio de Janeiro, 20 de abril de 2012. sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
VICE-PRESIDENTE confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
IV - APELACAO CIVEL 2005.50.01.005434-5 O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
Nº CNJ :0005434-34.2005.4.02.5001 apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
PRESIDENTE Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
APELANTE :GERALDO LUIZ PREST E OUTROS lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
ADVOGADO :TATIANA CAVADINI LOPES maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
(ES010027) E OUTRO disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA em contrário.
NACIONAL Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
APELADO :OS MESMOS 118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos
REMETENTE :JUIZO DA 1A VARA FEDERAL CIVEL tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
DE VITORIA-ES dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.
ORIGEM :1ª VARA FEDERAL CÍVEL DE Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados.
VITÓRIA/ES (200550010054345) Recurso extraordinário desprovido.”
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
DECISÃO no v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STF no
Trata-se de recurso extraordinário interposto pela União (Fazenda referido leading case, determino o retorno dos autos ao órgão julgador
Nacional), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da originário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do Código de
Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Colenda Quarta Processo Civil.
Turma Especializada deste Tribunal. Saliente-se que, caso seja exercido juízo de retratação, o recurso
Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de manejado restará automaticamente prejudicado, independentemente de
pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no nova decisão desta Vice-Presidência.
julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012.
Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908, RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
verbis: VICE-PRESIDENTE
“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU IV - APELACAO CIVEL 2005.50.01.011276-0
COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A Nº CNJ :0011276-92.2005.4.02.5001
PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da PRESIDENTE
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APELADO :CARLOS ROBERTO RODRIGUES DA
CONCEICAO E OUTROS
ADVOGADO :JOAO PAULO CARDOSO CORDEIRO

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E OUTRO
REMETENTE :JUIZO DA 1A VARA FEDERAL CIVEL
DE VITORIA-ES
ORIGEM :1ª VARA FEDERAL CÍVEL DE
VITÓRIA/ES (200550010112760)
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
DECISÃO no v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STF no
Trata-se de recurso extraordinário interposto pela União (Fazenda referido leading case, determino o retorno dos autos ao órgão julgador
Nacional), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da originário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do Código de
Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Colenda Quarta Processo Civil.
Turma Especializada deste Tribunal. Saliente-se que, caso seja exercido juízo de retratação, o recurso
Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de manejado restará automaticamente prejudicado, independentemente de
pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no nova decisão desta Vice-Presidência.
julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora Rio de Janeiro, 17 de abril de 2012.
Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908, RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
verbis: VICE-PRESIDENTE
“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU IV - APELACAO CIVEL 2005.51.01.012180-4
COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A Nº CNJ :0012180-06.2005.4.02.5101
PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da PRESIDENTE
Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
lançamento por homologação, o prazo para repetição ou NACIONAL
compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, APELADO :DORALICE LOBO DE CARVALHO
tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e LIMA
168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado ADVOGADO :DENISE DA SILVA BATISTA
interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo (RJ068927) E OUTROS
de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do ORIGEM :DÉCIMA VARA FEDERAL DO RIO DE
pagamento indevido. JANEIRO (200551010121804)
Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação DECISÃO
à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei Trata-se de recurso extraordinário interposto pela União (Fazenda
expressamente interpretativa também se submete, como qualquer Nacional), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da
outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Colenda Quarta
aplicação. Turma Especializada deste Tribunal.
A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de
compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908,
pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, verbis:
sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao “DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a
ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. lançamento por homologação, o prazo para repetição ou
Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador,
lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e
maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado
disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo
em contrário. de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do
Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC pagamento indevido.
118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
Recurso extraordinário desprovido.” outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e
aplicação.
A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às

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pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei,
sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao
princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que lançamento por homologação, o prazo para repetição ou
ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador,
Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e
lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado
maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo
disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do
em contrário. pagamento indevido.
Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e
Recurso extraordinário desprovido.” aplicação.
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
no v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STF no compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
referido leading case, determino o retorno dos autos ao órgão julgador fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
originário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do Código de do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às
Processo Civil. pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei,
Saliente-se que, caso seja exercido juízo de retratação, o recurso sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao
manejado restará automaticamente prejudicado, independentemente de princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
nova decisão desta Vice-Presidência. confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012. aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às
VICE-PRESIDENTE ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
IV - APELACAO CIVEL 2005.51.01.012870-7 Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
Nº CNJ :0012870-35.2005.4.02.5101 lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
PRESIDENTE disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
APELANTE :GERALDO MAJELLA DE OLIVEIRA em contrário.
ADVOGADO :SERGIO ESPINOLA CATRAMBY E Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
OUTROS 118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos
APELADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
NACIONAL dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.
ORIGEM :VIGÉSIMA VARA FEDERAL DO RIO Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados.
DE JANEIRO (200551010128707) Recurso extraordinário desprovido.”
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
DECISÃO no v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STF no
Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA referido leading case, determino o retorno dos autos ao órgão julgador
NACIONAL), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da originário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do Código de
Constituição Federal, em face de acórdão emanado da colenda Quarta Processo Civil.
Turma Especializada deste Tribunal. Saliente-se que, caso seja exercido juízo de retratação, o recurso
Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de manejado restará automaticamente prejudicado, independentemente de
pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no nova decisão desta Vice-Presidência.
julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012.
Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908, RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
verbis: VICE-PRESIDENTE
“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2005.51.01.024492-6
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL VICE
PRESIDENTE
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APELADO :READERS DIGEST BRASIL LTDA

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DA JUSTIÇA FEDERAL DA 2ª REGIÃO
Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
ADVOGADO :JOAO MARCOS NABUCO E OUTROS
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 7A VARA-RJ
ORIGEM :SÉTIMA VARA FEDERAL DO RIO DE
JANEIRO (200551010244926)

DECISÃO A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou


Considerando o disposto no art. 543-B, §§ 1º a 4º, do CPC, introduzido compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
pela Lei nº 11.418/2006, determino o sobrestamento do presente fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
recurso extraordinário, até pronunciamento definitivo do Colendo do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às
Supremo Tribunal Federal, no RE nº 561.908, em que reconhecida a pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei,
existência de repercussão geral da questão constitucional versada nos sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao
presentes autos. princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
Rio de Janeiro, 24 de junho de 2010. confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
VERA LÚCIA LIMA aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
Vice-Presidente norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2005.51.01.024492-6 ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
Nº CNJ :0024492-14.2005.4.02.5101 Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
PRESIDENTE maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
NACIONAL em contrário.
APELADO :READERS DIGEST BRASIL LTDA Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
ADVOGADO :JOAO MARCOS NABUCO (RJ062076) 118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos
E OUTROS tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 7A VARA-RJ dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.
ORIGEM :SÉTIMA VARA FEDERAL DO RIO DE Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados.
JANEIRO (200551010244926) Recurso extraordinário desprovido.”
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
DECISÃO no v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STF no
Trata-se de recurso extraordinário interposto pela União (Fazenda referido leading case, determino o retorno dos autos ao órgão julgador
Nacional), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da originário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do Código de
Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Colenda Processo Civil.
Terceira Turma Especializada deste Tribunal. Saliente-se que, caso seja exercido juízo de retratação, o recurso
Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de manejado restará automaticamente prejudicado, independentemente de
pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no nova decisão desta Vice-Presidência.
julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora Rio de Janeiro, 19 de abril de 2012.
Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908, RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
verbis: VICE-PRESIDENTE
“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU IV - APELACAO CIVEL 2005.51.01.024709-5
COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A Nº CNJ :0024709-57.2005.4.02.5101
PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da PRESIDENTE
Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a APELANTE :PEDRO CELESTINO ANGELO DE
lançamento por homologação, o prazo para repetição ou OLIVEIRA
compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, ADVOGADO :LUCIANE FERREIRA PALHANO E
tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e OUTROS
168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado APELADO :COMISSAO NACIONAL DE ENERGIA
interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo NUCLEAR - CNEN
de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do PROCURADOR :TATIANE MOTTA VIEIRA
pagamento indevido. APELADO :UNIAO FEDERAL
Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo ORIGEM :DÉCIMA QUARTA VARA FEDERAL
jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação DO RIO DE JANEIRO
à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei (200551010247095)
expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e DECISÃO
aplicação. Trata-se de recurso extraordinário interposto por PEDRO CELESTINO
ÂNGELO DE OLIVEIRA, às fls. 307/328, com fundamento no artigo
102, inciso III, alínea “a”, da Constituição Federal/88, em face da v.
Decisão Monocrática de fls. 257/261 que negou provimento ao recurso.
A parte recorrente declarou genericamente a Legislação Federal que o
v. acórdão teria violado.

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Contrarrazões apresentadas pela Comissão Nacional de Energia
Nuclear - CNEN, às fls.390.
Relatei. Decido.
O presente recurso não reúne condições de admissibilidade.
Com efeito, a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 102, III é
taxativa ao vincular a competência do Egrégio Supremo Tribunal RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
Federal para julgar, em sede de recurso extraordinário, as causas VICE-PRESIDENTE
decididas em única ou última instância, exigindo, destarte, o
esgotamento das vias ordinárias (Súmula 281/STF).
In casu, verifica-se que o recurso extraordinário foi interposto contra a
decisão monocrática de fls. 307/328, não havendo exaurimento das
vias ordinárias, uma vez que, cabível, ainda, a interposição do agravo IV - REMESSA EX OFFICIO EM AÇÃO CÍVEL
previsto no art. 557, § 1º, do Código de Processo Civil. 2005.51.01.524999-9
Neste sentido, orienta o entendimento jurisprudencial que emana do Nº CNJ :0524999-15.2005.4.02.5101
Supremo Tribunal Federal, de que são exemplos os seguintes julgados, RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
verbis: PRESIDENTE
“PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE PARTE :JOSE GLADSTONE PAIVA DE
INSTRUMENTO. ESGOTAMENTO DAS INSTÂNCIAS AUTORA CARVALHO
ORDINÁRIAS. SÚMULA STF 281. ADVOGADO :ALFREDO JOSE GOMES
1. É incabível recurso extraordinário quando não esgotados os recursos PARTE RÉ :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
de natureza ordinária. Incidência da Súmula STF 281. Precedentes. SOCIAL - INSS
2. Agravo regimental improvido.” PROCURADOR :LILIAN BARROS DA SILVEIRA
(2ª Turma, AI 790624 AgR / PE, Rel. Min. ELLEN GRACIE, SIQUEIRA
unânime, Dje 09/02/2011) REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 38A VARA-RJ
“AGRAVO REGIMENTAL. ACÓRDÃO DO TRIBUNAL DE ORIGEM :TRIGÉSIMA OITAVA VARA
SEGUNDO GRAU. DUPLA FUNDAMENTAÇÃO (LEGAL E FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
CONSTITUCIONAL). AUSÊNCIA DE INTERPOSIÇÃO DE (200551015249999)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PRECLUSÃO DA QUESTÃO
CONSTITUCIONAL. FALTA DE ESGOTAMENTO DE despacho
INSTÂNCIA. SÚMULA/STF 281. Verifica-se que a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi
A questão constitucional que serviu de fundamento ao acórdão do objeto de pronunciamento definitivo da Corte Especial do Egrégio
Tribunal Regional Federal da 2ª Região não foi atacada no momento Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.205.946/SP,
próprio. A decisão monocrática proferida nos embargos de declaração de relatoria do Ministro BENEDITO GONÇALVES, cuja decisão foi
não esgotou as vias recursais ordinárias, porquanto ainda era cabível o publicada em 02/02/2012, e dispõe:
agravo previsto no art. 557, § 1º, do Código de Processo Civil. Súmula “PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO
281 do STF. Agravo regimental a que se nega provimento.” ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS
(2ª Turma, RE 500411 AgR / RJ, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE
unânime, Dje 07/08/2009) MORA DEVIDOS PELA FAZENDA PÚBLICA. LEI 11.960/09,
Diante do exposto, INADMITO o recurso extraordinário. QUE ALTEROU O ARTIGO 1º-F DA LEI 9.494/97. NATUREZA
Rio de Janeiro, 19 de abril de 2012. PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS PROCESSOS EM
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA CURSO QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO RETROATIVO.
VICE-PRESIDENTE IMPOSSIBILIDADE.
1. Cinge-se a controvérsia acerca da possibilidade de aplicação
imediata às ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar a
redação do artigo 1º-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os critérios de
correção monetária e de juros de mora a serem observados nas
IV - APELACAO CIVEL 2005.51.01.024709-5 "condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua
Nº CNJ :0024709-57.2005.4.02.5101 natureza", quais sejam, "os índices oficiais de remuneração básica e
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE juros aplicados à caderneta de poupança".
PRESIDENTE 2. A Corte Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do
APELANTE :PEDRO CELESTINO ANGELO DE julgamento dos EREsp n. 1.207.197/RS, entendeu por bem alterar
OLIVEIRA entendimento até então adotado, firmando posição no sentido de que a
ADVOGADO :LUCIANE FERREIRA PALHANO E Lei 11.960/2009, a qual traz novo regramento concernente à
OUTROS atualização monetária e aos juros de mora devidos pela Fazenda
APELADO :COMISSAO NACIONAL DE ENERGIA Pública, deve ser aplicada, de imediato, aos processos em andamento,
NUCLEAR - CNEN sem, contudo, retroagir a período anterior à sua vigência.
PROCURADOR :TATIANE MOTTA VIEIRA 3. Nesse mesmo sentido já se manifestou o Supremo Tribunal Federal,
APELADO :UNIAO FEDERAL ao decidir que a Lei 9.494/97, alterada pela Medida Provisória n.
ORIGEM :DÉCIMA QUARTA VARA FEDERAL 2.180-35/2001, que também tratava de consectário da condenação
DO RIO DE JANEIRO (juros de mora), devia ser aplicada imediatamente aos feitos em curso.
(200551010247095) 4. Assim, os valores resultantes de condenações proferidas contra a
Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem
despacho observar os critérios de atualização (correção monetária e juros) nela
Petição de fls. 335: Nada a deferir nesta fase processual. disciplinados, enquanto vigorarem. Por outro lado, no período anterior,
tais acessórios deverão seguir os parâmetros definidos pela legislação
então vigente.
5. No caso concreto, merece prosperar a insurgência da recorrente no
que se refere à incidência do art. 5º da Lei n. 11.960/09 no período
subsequente a 29/06/2009, data da edição da referida lei, ante o

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princípio do tempus regit actum.
6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia,
submetido ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ.
7. Cessam os efeitos previstos no artigo 543-C do CPC em relação ao
Recurso Especial Repetitivo n. 1.086.944/SP, que se referia tão
somente às modificações legislativas impostas pela MP 2.180-35/01, Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.205.946/SP,
que acrescentou o art. 1º-F à Lei 9.494/97, alterada pela Lei 11.960/09, de relatoria do Ministro BENEDITO GONÇALVES, cuja decisão foi
aqui tratada. publicada em 02/02/2012, e dispõe:
8. Recurso especial parcialmente provido para determinar, ao presente “PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL.
feito, a imediata aplicação do art. 5º da Lei 11.960/09, a partir de sua SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO
vigência, sem efeitos retroativos.” MONETÁRIA E JUROS DE MORA DEVIDOS PELA FAZENDA
Diante do exposto e considerando que o entendimento encampado no PÚBLICA. LEI 11.960/09, QUE ALTEROU O ARTIGO 1º-F DA LEI
v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no 9.494/97. NATUREZA PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS
referido leading case, DETERMINO O RETORNO DOS AUTOS AO PROCESSOS EM CURSO QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO
ÓRGÃO JULGADOR ORIGINÁRIO, na forma do art. 543-C, §7º, RETROATIVO. IMPOSSIBILIDADE.
inciso II, do Código de Processo Civil. 1. Cinge-se a controvérsia acerca da possibilidade de aplicação
À DIDRA, para providenciar. imediata às ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar a
Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012. redação do artigo 1º-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os critérios
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA de correção monetária e de juros de mora a serem observados nas
VICE-PRESIDENTE "condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua
natureza", quais sejam, "os índices oficiais de remuneração básica e
juros aplicados à caderneta de poupança".
2. A Corte Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do
julgamento dos EREsp n. 1.207.197/RS, entendeu por bem alterar
IV - APELACAO CIVEL 2005.51.08.000083-2 entendimento até então adotado, firmando posição no sentido de que a
Nº CNJ :0000083-50.2005.4.02.5108 Lei 11.960/2009, a qual traz novo regramento concernente à
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE atualização monetária e aos juros de mora devidos pela Fazenda
PRESIDENTE Pública, deve ser aplicada, de imediato, aos processos em andamento,
APELANTE :MARCO ANTONIO JOAQUIM FELIX sem, contudo, retroagir a período anterior à sua vigência.
E OUTRO 3. Nesse mesmo sentido já se manifestou o Supremo Tribunal Federal,
ADVOGADO :ELIEL SANTOS JACINTHO (RJ059663) ao decidir que a Lei 9.494/97, alterada pela Medida Provisória n.
E OUTROS 2.180-35/2001, que também tratava de consectário da condenação
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF (juros de mora), devia ser aplicada imediatamente aos feitos em curso.
ADVOGADO :MAURICIO CHATEAUBRIAND 4. Assim, os valores resultantes de condenações proferidas contra a
LUSTOSA BORGES PEREIRA Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem
(RJ130740) E OUTROS observar os critérios de atualização (correção monetária e juros) nela
ORIGEM :VARA ÚNICA DE SÃO PEDRO DA disciplinados, enquanto vigorarem. Por outro lado, no período
ALDEIA (200551080000832) anterior, tais acessórios deverão seguir os parâmetros definidos pela
legislação então vigente.
despacho 5. No caso concreto, merece prosperar a insurgência da recorrente no
Manifeste-se a CEF sobre fls. 380. que se refere à incidência do art. 5º da Lei n. 11.960/09 no período
Rio de Janeiro, 25/04/2012. subsequente a 29/06/2009, data da edição da referida lei, ante o
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA princípio do tempus regit actum.
VICE-PRESIDENTE 6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia,
submetido ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ.
7. Cessam os efeitos previstos no artigo 543-C do CPC em relação ao
Recurso Especial Repetitivo n. 1.086.944/SP, que se referia tão
somente às modificações legislativas impostas pela MP 2.180-35/01,
IV - APELACAO CIVEL 2005.51.10.006065-8 que acrescentou o art. 1º-F à Lei 9.494/97, alterada pela Lei
Nº CNJ :0006065-39.2005.4.02.5110 11.960/09, aqui tratada.
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE 8. Recurso especial parcialmente provido para determinar, ao
PRESIDENTE presente feito, a imediata aplicação do art. 5º da Lei 11.960/09, a
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO partir de sua vigência, sem efeitos retroativos.”
SOCIAL - INSS Diante do exposto e considerando que o entendimento encampado no
PROCURADOR :BRUNO CEZAR DA CUNHA v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no
TEIXEIRA referido leading case, DETERMINO O RETORNO DOS AUTOS AO
APELADO :DERMEVAL ALVARINDO DA SILVA ÓRGÃO JULGADOR ORIGINÁRIO, na forma do art. 543-C, §7º,
ADVOGADO :ANTONIO PINTO DA ROCHA inciso II, do Código de Processo Civil.
ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE SÃO À DIDRA, para providenciar.
JOÃO DE MERITI (200551100060658) Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012.
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
despacho VICE-PRESIDENTE
Verifica-se que a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi
objeto de pronunciamento definitivo da Corte Especial do Egrégio

XII - APELACAO EM MANDADO DE SEGURANCA


2006.51.01.001770-7
Nº CNJ :0001770-49.2006.4.02.5101

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RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
PRESIDENTE
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APELADO :L'OREAL BRASIL COMERCIAL DE
COSMETICOS LTDA E OUTRO em contrário.
ADVOGADO :LUIS FELIPE KRIEGER MOURA Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
BUENO (RJ117908) E OUTROS 118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 11A VARA-RJ tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
ORIGEM :DÉCIMA PRIMEIRA VARA FEDERAL dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.
DO RIO DE JANEIRO Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados.
(200651010017707) Recurso extraordinário desprovido.”
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
DECISÃO no v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STF no
Trata-se de recurso extraordinário interposto pela União (Fazenda referido leading case, determino o retorno dos autos ao órgão julgador
Nacional), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da originário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do Código de
Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Colenda Quarta Processo Civil.
Turma Especializada deste Tribunal. Saliente-se que, caso seja exercido juízo de retratação, o recurso
Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de manejado restará automaticamente prejudicado, independentemente de
pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no nova decisão desta Vice-Presidência.
julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012.
Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908, RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
verbis: VICE-PRESIDENTE
“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU XII - APELACAO EM MANDADO DE SEGURANCA
COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A 2006.51.01.004258-1
PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. Nº CNJ :0004258-74.2006.4.02.5101
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a PRESIDENTE
lançamento por homologação, o prazo para repetição ou APELANTE :FLORCEL EMPREENDIMENTOS E
compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, PARTICIPAÇOES S.A
tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e ADVOGADO :LUIZ GUSTAVO A. S. BICHARA E
168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado OUTROS
interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do NACIONAL
pagamento indevido. APELADO :OS MESMOS
Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 1A VARA-RJ
jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DO RIO
à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei DE JANEIRO (200651010042581)
expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e DECISÃO
aplicação. Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA
A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou NACIONAL), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da
compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, Constituição Federal, em face de acórdão emanado da colenda Quarta
fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz Turma Especializada deste Tribunal.
do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de
pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908,
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as verbis:
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da “DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A
ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da
lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a
maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além lançamento por homologação, o prazo para repetição ou
disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador,
tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e
168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado
interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo
de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do
pagamento indevido.

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Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e
aplicação. Especial interposto às fls. 160/164.
A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou Sendo a desistência recursal ato unilateral e incondicional,
compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, HOMOLOGO a desistência do recurso, com fulcro no artigo 501 do
fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz CPC.
do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às Transitada esta em julgado, dê-se baixa na distribuição, remetendo-se
pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, os autos ao Juízo de origem.
sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao P.I.
princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da Rio de Janeiro, 19 de abril de 2012.
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da VICE-PRESIDENTE
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2006.51.01.005518-6
ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. Nº CNJ :0005518-89.2006.4.02.5101
Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na PRESIDENTE
maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa NACIONAL
em contrário. APELADO :ELSON REIS
Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC ADVOGADO :JOSE CARLOS LOPES AMORIM
118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos (RJ064812) E OUTROS
tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 12A VARA-RJ
dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. ORIGEM :DÉCIMA SEGUNDA VARA FEDERAL
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. DO RIO DE JANEIRO
Recurso extraordinário desprovido.” (200651010055186)
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
no v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STF no DECISÃO
referido leading case, determino o retorno dos autos ao órgão julgador Trata-se de recurso extraordinário interposto pela União (Fazenda
originário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do Código de Nacional), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da
Processo Civil. Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Colenda Quarta
Saliente-se que, caso seja exercido juízo de retratação, o recurso Turma Especializada deste Tribunal.
manejado restará automaticamente prejudicado, independentemente de Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de
nova decisão desta Vice-Presidência. pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
Rio de Janeiro, 19 de abril de 2012. julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908,
VICE-PRESIDENTE verbis:
“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
IV - APELACAO CIVEL 2006.51.01.005279-3 APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU
Nº CNJ :0005279-85.2006.4.02.5101 COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
PRESIDENTE Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da
APELANTE :ISABEL CRISTINA DOS SANTOS Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a
MELO lançamento por homologação, o prazo para repetição ou
ADVOGADO :ROMULO BARCELLOS DOS SANTOS compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador,
(RJ125101) tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado
ADVOGADO :SEM ADVOGADO interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo
ORIGEM :VIGÉSIMA TERCEIRA VARA de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO pagamento indevido.
(200651010052793) Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
DECISÃO à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
Trata-se de pedido formulado pela CAIXA ECONÔMICA FEDERAL expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
às fls. 194, requerendo a homologação da desistência do Recurso outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e
aplicação.
A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às

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pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei,
sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao
princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às ausência de prequestionamento, impossibilidade de revisão da matéria,
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento tornando-se impositivo o provimento dos embargos, sanando as
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. omissões.
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não Despacho de fls. 807, dando vista a Embargada, que permaneceu
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que silente conforme certificado às fls. 808.
ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. É o relatório. Decido.
Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo Embora o cabimento de Embargos de Declaração contra decisões
lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na interlocutórias, de acordo com o artigo 535, inciso I, do Código de
maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além Processo Civil, referir-se, tão-somente, a Acórdãos e Sentenças, negar
disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa a possibilidade de oposição de embargos declaratórios em face de
em contrário. provimentos jurisdicionais de natureza interlocutória implicaria,
Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC indubitavelmente, afronta ao princípio constitucional da motivação das
118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos decisões judiciais.
tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 Deve ser destacado, ainda, que os Embargos de Declaração configuram
dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. espécie recursal de índole integrativa, na medida em que ordenado ao
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. saneamento dos vícios da omissão, da obscuridade e da contradição,
Recurso extraordinário desprovido.” previstos no artigo 535 do Código de Processo Civil, ou seja, o referido
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado recurso não se presta a veicular pretensão de reexame da matéria já
no v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STF no decidida.
referido leading case, determino o retorno dos autos ao órgão julgador Do exame dos autos, verificou-se que o julgado não se ressente de
originário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do Código de qualquer omissão, tendo efetuado, de modo claro e satisfatório, a
Processo Civil. entrega da prestação jurisdicional, sendo certo, ainda, que “O Juiz não
Saliente-se que, caso seja exercido juízo de retratação, o recurso está obrigado a responder todas as alegações das partes, quando já
manejado restará automaticamente prejudicado, independentemente de tenha encontrado motivo suficiente para fundar a decisão, nem se
nova decisão desta Vice-Presidência. obriga a ater-se aos fundamentos indicados por elas e tampouco a
Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012. responder um a um todos os argumentos” (STJ, EDcl no AgRg nos
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA EInf na AR 2937/PR, Rel. Min. Castro Meira, 1ª Seção, in DJ de
VICE-PRESIDENTE 01.07.2005).
E seguindo a regra regimental desta Corte, forçoso reconhecer-se que,
na hipótese vertente, não é cabível Embargos de Declaração contra
qualquer decisão do Vice-Presidente na sua competência intrínseca
posta no artigo 23, § 2º, I, do Regimento Interno.
IV - APELACAO CIVEL 2006.51.01.010828-2 Diante do exposto, não ocorrendo quaisquer dos vícios contemplados
Nº CNJ :0010828-76.2006.4.02.5101 no artigo 535 da Lei de Ritos, REJEITO os Embargos de Declaração,
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE interpostos.
PRESIDENTE Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012.
APELANTE :COMISSAO DE DEFESA DO RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
CONSUMIDOR DA ASSEMBLEIA VICE-PRESIDENTE
LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO
DE JANEIRO
ADVOGADO :VICTOR CALDAS WILLIAM
(RJ113689) E OUTROS
APELADO :TELEMAR NORTE LESTE S/A IV - APELACAO CIVEL 2006.51.01.022775-1
ADVOGADO :ANA TEREZA PALHARES BASILIO Nº CNJ :0022775-30.2006.4.02.5101
(RJ074802) E OUTROS RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
APELADO :AGENCIA NACIONAL DE PRESIDENTE
TELECOMUNICACOES - ANATEL APELANTE :MILTON GONCALVES DE SOUZA
PROCURADOR :MARCELO FRANCISCO FRAGOSO ADVOGADO :MARCUS ALEXANDRE SIQUEIRA
DE CASTRO MELO E OUTROS
ORIGEM :VIGÉSIMA SÉTIMA VARA FEDERAL APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
DO RIO DE JANEIRO ADVOGADO :LUCIA RODRIGUES CAETANO E
(200651010108282) OUTROS
ORIGEM :DÉCIMA OITAVA VARA FEDERAL
DECISÃO DO RIO DE JANEIRO
Trata-se de EMBARGOS DE DECLARAÇÃO opostos pela (200651010227751)
TELEMAR NORTE LESTE S.A, às fls. 800/804, com fundamento no
art. 535, II do CPC, em face da Decisão de fls. 796/798, que Admitiu o despacho
Recurso Especial interposto pelos ora Recorridos. Intime(m)-se o(s) recorrente(s) para proceder(em) à complementação
A parte embargante sustenta que houve omissão no v. Acórdão, por do preparo do(s) recurso(s) especial e/ ou extraordinário interposto(s),
no prazo de cinco dias, na forma do Art. 511, § 2º, do CPC.
Rio de Janeiro, 25/04/2012.
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
VICE-PRESIDENTE

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IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2006.51.01.511634-7


Nº CNJ :0511634-54.2006.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE somente às modificações legislativas impostas pela MP 2.180-35/01,
PRESIDENTE que acrescentou o art. 1º-F à Lei 9.494/97, alterada pela Lei 11.960/09,
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO aqui tratada.
SOCIAL - INSS 8. Recurso especial parcialmente provido para determinar, ao presente
PROCURADOR :HENRIQUE REZENDE DE feito, a imediata aplicação do art. 5º da Lei 11.960/09, a partir de sua
ALBUQUERQUE CESAR vigência, sem efeitos retroativos.”
APELADO :MARINA DA SILVA E OUTRO Diante do exposto e considerando que o entendimento encampado no
ADVOGADO :MAROLI CAMARA DE SOUZA v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 39A VARA-RJ referido leading case, DETERMINO O RETORNO DOS AUTOS AO
ORIGEM :TRIGÉSIMA NONA VARA FEDERAL ÓRGÃO JULGADOR ORIGINÁRIO, na forma do art. 543-C, §7º,
DO RIO DE JANEIRO inciso II, do Código de Processo Civil.
(200651015116347) À DIDRA, para providenciar.
Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012.
despacho RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
Verifica-se que a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi VICE-PRESIDENTE
objeto de pronunciamento definitivo da Corte Especial do Egrégio
Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.205.946/SP,
de relatoria do Ministro BENEDITO GONÇALVES, cuja decisão foi
publicada em 02/02/2012, e dispõe:
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO XII - APELACAO EM MANDADO DE SEGURANCA
ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS 2006.51.04.000066-7
REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE Nº CNJ :0000066-89.2006.4.02.5104
MORA DEVIDOS PELA FAZENDA PÚBLICA. LEI 11.960/09, RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
QUE ALTEROU O ARTIGO 1º-F DA LEI 9.494/97. NATUREZA PRESIDENTE
PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS PROCESSOS EM APELANTE :CSN CIMENTOS S/A
CURSO QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO RETROATIVO. ADVOGADO :RICARDO FERNANDES
IMPOSSIBILIDADE. MAGALHAES DA SILVEIRA E
1. Cinge-se a controvérsia acerca da possibilidade de aplicação OUTROS
imediata às ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar a APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
redação do artigo 1º-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os critérios de NACIONAL
correção monetária e de juros de mora a serem observados nas APELADO :OS MESMOS
"condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 3A VARA DE
natureza", quais sejam, "os índices oficiais de remuneração básica e VOLTA REDONDA-RJ
juros aplicados à caderneta de poupança". ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE
2. A Corte Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do VOLTA REDONDA (200651040000667)
julgamento dos EREsp n. 1.207.197/RS, entendeu por bem alterar
entendimento até então adotado, firmando posição no sentido de que a DECISÃO
Lei 11.960/2009, a qual traz novo regramento concernente à Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA
atualização monetária e aos juros de mora devidos pela Fazenda NACIONAL), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da
Pública, deve ser aplicada, de imediato, aos processos em andamento, Constituição Federal, em face de acórdão emanado da colenda Terceira
sem, contudo, retroagir a período anterior à sua vigência. Turma Especializada deste Tribunal.
3. Nesse mesmo sentido já se manifestou o Supremo Tribunal Federal, Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de
ao decidir que a Lei 9.494/97, alterada pela Medida Provisória n. pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
2.180-35/2001, que também tratava de consectário da condenação julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
(juros de mora), devia ser aplicada imediatamente aos feitos em curso. Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908,
4. Assim, os valores resultantes de condenações proferidas contra a verbis:
Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem “DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
observar os critérios de atualização (correção monetária e juros) nela RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
disciplinados, enquanto vigorarem. Por outro lado, no período anterior, DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
tais acessórios deverão seguir os parâmetros definidos pela legislação NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
então vigente. APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU
5. No caso concreto, merece prosperar a insurgência da recorrente no COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A
que se refere à incidência do art. 5º da Lei n. 11.960/09 no período PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
subsequente a 29/06/2009, data da edição da referida lei, ante o Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da
princípio do tempus regit actum. Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a
6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia, lançamento por homologação, o prazo para repetição ou
submetido ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ. compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador,
7. Cessam os efeitos previstos no artigo 543-C do CPC em relação ao tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e
Recurso Especial Repetitivo n. 1.086.944/SP, que se referia tão 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado
interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo
de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do
pagamento indevido.
Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação

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à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e
aplicação.
A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908,
pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, verbis:
sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao “DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a
ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. lançamento por homologação, o prazo para repetição ou
Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador,
lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e
maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado
disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo
em contrário. de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do
Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC pagamento indevido.
118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
Recurso extraordinário desprovido.” outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado aplicação.
no v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STF no A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
referido leading case, determino o retorno dos autos ao órgão julgador compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
originário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do Código de fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
Processo Civil. do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às
Saliente-se que, caso seja exercido juízo de retratação, o recurso pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei,
manejado restará automaticamente prejudicado, independentemente de sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao
nova decisão desta Vice-Presidência. princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012. confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
VICE-PRESIDENTE norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
IV - APELACAO CIVEL 2006.51.10.001448-3 ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
Nº CNJ :0001448-02.2006.4.02.5110 Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
PRESIDENTE maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
APELANTE :MARIA DO CARMO PONTES DOS disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
SANTOS em contrário.
ADVOGADO :GARY DE OLIVEIRA BON ALI Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
(RJ004474) 118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos
APELADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
NACIONAL dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.
ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DE SÃO Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados.
JOÃO DE MERITI (200651100014483) Recurso extraordinário desprovido.”
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
DECISÃO no v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STF no
Trata-se de recurso extraordinário interposto pela União (Fazenda referido leading case, determino o retorno dos autos ao órgão julgador
Nacional), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da originário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do Código de
Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Colenda Processo Civil.
Terceira Turma Especializada deste Tribunal. Saliente-se que, caso seja exercido juízo de retratação, o recurso
Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de manejado restará automaticamente prejudicado, independentemente de
nova decisão desta Vice-Presidência.
Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012.
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
VICE-PRESIDENTE

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Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF

IV - APELACAO CIVEL 2007.50.01.006497-9


Nº CNJ :0006497-26.2007.4.02.5001
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE DO RIO DE JANEIRO
PRESIDENTE (200751010169470)
APELANTE :LUIZMEDES DEMONER E OUTROS
ADVOGADO :RENATO RIZK MINASSA E OUTROS despacho
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF Intime(m)-se o(s) recorrente(s) para proceder(em) à complementação
ADVOGADO :RODRIGO SALES DOS SANTOS E do preparo do(s) recurso(s) especial e/ ou extraordinário interposto(s),
OUTROS no prazo de cinco dias, na forma do Art. 511, § 2º, do CPC.
APELADO :OS MESMOS Rio de Janeiro, 26/04/2012.
ORIGEM :3ª VARA FEDERAL CÍVEL DE RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
VITÓRIA/ES (200750010064979) VICE-PRESIDENTE
despacho
Intime(m)-se o(s) recorrente(s) para proceder(em) à complementação
do preparo do(s) recurso(s) especial e/ ou extraordinário interposto(s),
no prazo de cinco dias, na forma do Art. 511, § 2º, do CPC. XII - APELACAO EM MANDADO DE SEGURANCA
Rio de Janeiro, 27/04/2012. 2007.51.01.021443-8
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA Nº CNJ :0021443-91.2007.4.02.5101
VICE-PRESIDENTE RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
PRESIDENTE
APELANTE :REFRIGERANTES PAKERA LTDA
ADVOGADO :NELSON WILIANS FRATONI
RODRIGUES (SP128341) E OUTROS
IV - APELACAO CIVEL 2007.51.01.014580-5 APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
Nº CNJ :0014580-22.2007.4.02.5101 NACIONAL
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE APELADO :OS MESMOS
PRESIDENTE REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 24A VARA-RJ
APELANTE :INIDITH MARQUES OLIVEIRA ORIGEM :VIGÉSIMA QUARTA VARA FEDERAL
ADVOGADO :GARY DE OLIVEIRA BON ALI E DO RIO DE JANEIRO
OUTROS (200751010214438)
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADVOGADO :DANIELLE DE A LOURENCO E DECISÃO
OUTROS Trata-se de recurso extraordinário interposto pela União (Fazenda
APELADO :OS MESMOS Nacional), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da
ORIGEM :VIGÉSIMA TERCEIRA VARA Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Colenda Quarta
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Turma Especializada deste Tribunal.
(200751010145805) Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de
pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
despacho julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
Intime(m)-se o(s) recorrente(s) para proceder(em) à complementação Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908,
do preparo do(s) recurso(s) especial e/ ou extraordinário interposto(s), verbis:
no prazo de cinco dias, na forma do Art. 511, § 2º, do CPC. “DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
Rio de Janeiro, 27/04/2012. RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
VICE-PRESIDENTE NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU
COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A
PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da
IV - APELACAO CIVEL 2007.51.01.016947-0 Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a
Nº CNJ :0016947-19.2007.4.02.5101 lançamento por homologação, o prazo para repetição ou
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador,
PRESIDENTE tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e
APELANTE :MARIA FATIMA DA COSTA SILVA 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado
ADVOGADO :FREDERICO LUNDGREN BASTOS E interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo
OUTROS de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF pagamento indevido.
ADVOGADO :ADRIANA RIBEIRO DOS SANTOS Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
LIMA E OUTROS jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
ORIGEM :DÉCIMA SEGUNDA VARA FEDERAL à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e
aplicação.
A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,

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fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às
pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei,
sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao
princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às IV - REMESSA EX OFFICIO EM AÇÃO CÍVEL
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento 2007.51.01.026865-4
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. Nº CNJ :0026865-47.2007.4.02.5101
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que PRESIDENTE
ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. PARTE :EDUARDO CARLOS TOLEDO DE
Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo AUTORA MATOS
lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na ADVOGADO :LUCIMAR DO ROSARIO SOARES
maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além PARTE RÉ :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa NACIONAL
em contrário. REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 20A VARA-RJ
Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC ORIGEM :VIGÉSIMA VARA FEDERAL DO RIO
118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos DE JANEIRO (200751010268654)
tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. DECISÃO
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA
Recurso extraordinário desprovido.” NACIONAL), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado Constituição Federal, em face de acórdão emanado da colenda Quarta
no v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STF no Turma Especializada deste Tribunal.
referido leading case, determino o retorno dos autos ao órgão julgador Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de
originário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do Código de pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
Processo Civil. julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
Saliente-se que, caso seja exercido juízo de retratação, o recurso Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908,
manejado restará automaticamente prejudicado, independentemente de verbis:
nova decisão desta Vice-Presidência. “DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
Rio de Janeiro, 11 de março de 2012. RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
VICE-PRESIDENTE NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU
COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A
PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da
IV - REMESSA EX OFFICIO EM AÇÃO CÍVEL Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a
2007.51.01.026865-4 lançamento por homologação, o prazo para repetição ou
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL VICE compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador,
PRESIDENTE tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e
PARTE :EDUARDO CARLOS TOLEDO DE 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado
AUTORA MATOS interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo
ADVOGADO :LUCIMAR DO ROSARIO SOARES de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do
PARTE RÉ :UNIAO FEDERAL / FAZENDA pagamento indevido.
NACIONAL Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 20A VARA-RJ jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
ORIGEM :VIGÉSIMA VARA FEDERAL DO RIO à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
DE JANEIRO (200751010268654) expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e
DECISÃO aplicação.
Considerando o disposto no art. 543-B, §§ 1º a 4º, do CPC, introduzido A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
pela Lei nº 11.418/2006, determino o sobrestamento do presente compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
recurso extraordinário, até pronunciamento definitivo do Colendo fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
Supremo Tribunal Federal, no RE nº 561.908/RS, no qual foi do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às
reconhecida a existência de repercussão geral da questão constitucional pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei,
versada nos presentes autos. sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao
Rio de Janeiro, 21 de junho de 2010. princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
VERA LÚCIA LIMA confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
Vice-Presidente aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo

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lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
em contrário.
Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado
tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo
dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. pagamento indevido.
Recurso extraordinário desprovido.” Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
no v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STF no à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
referido leading case, determino o retorno dos autos ao órgão julgador expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
originário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do Código de outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e
Processo Civil. aplicação.
Saliente-se que, caso seja exercido juízo de retratação, o recurso A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
manejado restará automaticamente prejudicado, independentemente de compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
nova decisão desta Vice-Presidência. fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012. do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei,
VICE-PRESIDENTE sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao
princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às
XII - APELACAO EM MANDADO DE SEGURANCA ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento
2007.51.01.029808-7 consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
Nº CNJ :0029808-37.2007.4.02.5101 O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
PRESIDENTE ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
APELANTE :GUANANDI PARTICIPACOES S/A E Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
OUTRO lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
ADVOGADO :LUIZ ROBERTO PEROBA BARBOSA maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
E OUTROS disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA em contrário.
NACIONAL Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
APELADO :OS MESMOS 118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 22A VARA-RJ tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
ORIGEM :VIGÉSIMA SEGUNDA VARA dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados.
(200751010298087) Recurso extraordinário desprovido.”
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
DECISÃO no v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STF no
Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA referido leading case, determino o retorno dos autos ao órgão julgador
NACIONAL), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da originário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do Código de
Constituição Federal, em face de acórdão emanado da colenda Terceira Processo Civil.
Turma Especializada deste Tribunal. Saliente-se que, caso seja exercido juízo de retratação, o recurso
Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de manejado restará automaticamente prejudicado, independentemente de
pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no nova decisão desta Vice-Presidência.
julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012.
Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908, RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
verbis: VICE-PRESIDENTE
“DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2007.51.01.800661-2
COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A Nº CNJ :0800661-30.2007.4.02.5101
PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da PRESIDENTE
Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a APELANTE :ALCINDA FERREIRA DE SOUZA
lançamento por homologação, o prazo para repetição ou ADVOGADO :ANDRE ANDRADE VIZ E OUTROS
compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e SOCIAL - INSS
PROCURADOR :DANIEL MALAGUTI BUENO E SILVA
APELADO :OS MESMOS
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 35A VARA-RJ
ORIGEM :TRIGÉSIMA QUINTA VARA
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

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Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
(200751018006612)

despacho
Verifica-se que as questões jurídicas debatidas nesta sede recursal já
foram objeto de pronunciamento definitivo pela Corte Especial do
Egrégio Superior Tribunal de Justiça no julgamento do RESp nº
1.205.946/SP, em que foi reconhecida a existência de multiplicidade de
recurso acerca da mesma matéria versada nos presentes autos, cujo
acórdão foi publicado em 02/02/2012, verbis: IV - APELACAO CIVEL 2007.51.01.800940-6
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. Nº CNJ :0800940-16.2007.4.02.5101
SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
MONETÁRIA E JUROS DE MORA DEVIDOS PELA FAZENDA PRESIDENTE
PÚBLICA. LEI 11.960/09, QUE ALTEROU O ARTIGO 1º-F DA LEI APELANTE :MARIA TERESA MELO DA CUNHA
9.494/97. NATUREZA PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS ADVOGADO :JUCIMAR ALVES DA SILVA BARROS
PROCESSOS EM CURSO QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO E OUTROS
RETROATIVO. IMPOSSIBILIDADE. APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
1. Cinge-se a controvérsia acerca da possibilidade de aplicação SOCIAL - INSS
imediata às ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar a PROCURADOR :LILIAN BARROS DA SILVEIRA
redação do artigo 1º-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os critérios ORIGEM :TRIGÉSIMA QUINTA VARA
de correção monetária e de juros de mora a serem observados nas FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
"condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua (200751018009406)
natureza", quais sejam, "os índices oficiais de remuneração básica e
juros aplicados à caderneta de poupança". despacho
2. A Corte Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do Verifica-se que a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi
julgamento dos EREsp n. 1.207.197/RS, entendeu por bem alterar objeto de pronunciamento definitivo da Corte Especial do Egrégio
entendimento até então adotado, firmando posição no sentido de que a Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.205.946/SP,
Lei 11.960/2009, a qual traz novo regramento concernente à de relatoria do Ministro BENEDITO GONÇALVES, cuja decisão foi
atualização monetária e aos juros de mora devidos pela Fazenda publicada em 02/02/2012, e dispõe:
Pública, deve ser aplicada, de imediato, aos processos em andamento, “PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO
sem, contudo, retroagir a período anterior à sua vigência. ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS
3. Nesse mesmo sentido já se manifestou o Supremo Tribunal Federal, REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE
ao decidir que a Lei 9.494/97, alterada pela Medida Provisória n. MORA DEVIDOS PELA FAZENDA PÚBLICA. LEI 11.960/09,
2.180-35/2001, que também tratava de consectário da condenação QUE ALTEROU O ARTIGO 1º-F DA LEI 9.494/97. NATUREZA
(juros de mora), devia ser aplicada imediatamente aos feitos em curso. PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS PROCESSOS EM
4. Assim, os valores resultantes de condenações proferidas contra a CURSO QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO RETROATIVO.
Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem IMPOSSIBILIDADE.
observar os critérios de atualização (correção monetária e juros) nela 1. Cinge-se a controvérsia acerca da possibilidade de aplicação
disciplinados, enquanto vigorarem. Por outro lado, no período imediata às ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar a
anterior, tais acessórios deverão seguir os parâmetros definidos pela redação do artigo 1º-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os critérios de
legislação então vigente. correção monetária e de juros de mora a serem observados nas
5. No caso concreto, merece prosperar a insurgência da recorrente no "condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua
que se refere à incidência do art. 5º da Lei n. 11.960/09 no período natureza", quais sejam, "os índices oficiais de remuneração básica e
subsequente a 29/06/2009, data da edição da referida lei, ante o juros aplicados à caderneta de poupança".
princípio do tempus regit actum. 2. A Corte Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do
6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia, julgamento dos EREsp n. 1.207.197/RS, entendeu por bem alterar
submetido ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ. entendimento até então adotado, firmando posição no sentido de que a
7. Cessam os efeitos previstos no artigo 543-C do CPC em relação ao Lei 11.960/2009, a qual traz novo regramento concernente à
Recurso Especial Repetitivo n. 1.086.944/SP, que se referia tão atualização monetária e aos juros de mora devidos pela Fazenda
somente às modificações legislativas impostas pela MP 2.180-35/01, Pública, deve ser aplicada, de imediato, aos processos em andamento,
que acrescentou o art. 1º-F à Lei 9.494/97, alterada pela Lei sem, contudo, retroagir a período anterior à sua vigência.
11.960/09, aqui tratada. 3. Nesse mesmo sentido já se manifestou o Supremo Tribunal Federal,
8. Recurso especial parcialmente provido para determinar, ao ao decidir que a Lei 9.494/97, alterada pela Medida Provisória n.
presente feito, a imediata aplicação do art. 5º da Lei 11.960/09, a 2.180-35/2001, que também tratava de consectário da condenação
partir de sua vigência, sem efeitos retroativos.” (juros de mora), devia ser aplicada imediatamente aos feitos em curso.
Diante do exposto e considerando que o entendimento encampado no 4. Assim, os valores resultantes de condenações proferidas contra a
v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem
referido leading case, DETERMINO O RETORNO DOS AUTOS AO observar os critérios de atualização (correção monetária e juros) nela
ÓRGÃO JULGADOR ORIGINÁRIO, na forma do art. 543-C, §7º, disciplinados, enquanto vigorarem. Por outro lado, no período anterior,
inciso II, do Código de Processo Civil. tais acessórios deverão seguir os parâmetros definidos pela legislação
À DIDRA, para providenciar. então vigente.
RIO DE JANEIRO, 26 DE ABRIL DE 2012. 5. No caso concreto, merece prosperar a insurgência da recorrente no
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA que se refere à incidência do art. 5º da Lei n. 11.960/09 no período
VICE-PRESIDENTE subsequente a 29/06/2009, data da edição da referida lei, ante o
princípio do tempus regit actum.
6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia,
submetido ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ.
7. Cessam os efeitos previstos no artigo 543-C do CPC em relação ao
Recurso Especial Repetitivo n. 1.086.944/SP, que se referia tão
somente às modificações legislativas impostas pela MP 2.180-35/01,

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que acrescentou o art. 1º-F à Lei 9.494/97, alterada pela Lei 11.960/09,
aqui tratada.
8. Recurso especial parcialmente provido para determinar, ao presente
feito, a imediata aplicação do art. 5º da Lei 11.960/09, a partir de sua
vigência, sem efeitos retroativos.”
Diante do exposto e considerando que o entendimento encampado no (juros de mora), devia ser aplicada imediatamente aos feitos em curso.
v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no 4. Assim, os valores resultantes de condenações proferidas contra a
referido leading case, DETERMINO O RETORNO DOS AUTOS AO Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem
ÓRGÃO JULGADOR ORIGINÁRIO, na forma do art. 543-C, §7º, observar os critérios de atualização (correção monetária e juros) nela
inciso II, do Código de Processo Civil. disciplinados, enquanto vigorarem. Por outro lado, no período anterior,
À DIDRA, para providenciar. tais acessórios deverão seguir os parâmetros definidos pela legislação
Rio de Janeiro, 20 de abril de 2012. então vigente.
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA 5. No caso concreto, merece prosperar a insurgência da recorrente no
VICE-PRESIDENTE que se refere à incidência do art. 5º da Lei n. 11.960/09 no período
subsequente a 29/06/2009, data da edição da referida lei, ante o
princípio do tempus regit actum.
6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia,
submetido ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ.
IV - APELACAO CIVEL 2007.51.01.810787-8 7. Cessam os efeitos previstos no artigo 543-C do CPC em relação ao
Nº CNJ :0810787-42.2007.4.02.5101 Recurso Especial Repetitivo n. 1.086.944/SP, que se referia tão
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE somente às modificações legislativas impostas pela MP 2.180-35/01,
PRESIDENTE que acrescentou o art. 1º-F à Lei 9.494/97, alterada pela Lei 11.960/09,
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO aqui tratada.
SOCIAL - INSS 8. Recurso especial parcialmente provido para determinar, ao presente
PROCURADOR :LEONARDO LIMA NUNES feito, a imediata aplicação do art. 5º da Lei 11.960/09, a partir de sua
APELADO :ALFREDO CORREIA LIMA E vigência, sem efeitos retroativos.”
OUTROS Diante do exposto e considerando que o entendimento encampado no
ADVOGADO :CESARIO BASTOS DE SOUZA v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no
CARNEIRO referido leading case, DETERMINO O RETORNO DOS AUTOS AO
ORIGEM :TRIGÉSIMA SÉTIMA VARA ÓRGÃO JULGADOR ORIGINÁRIO, na forma do art. 543-C, §7º,
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO inciso II, do Código de Processo Civil.
(200751018107878) À DIDRA, para providenciar.
Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012.
despacho RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
Verifica-se que a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi VICE-PRESIDENTE
objeto de pronunciamento definitivo da Corte Especial do Egrégio
Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.205.946/SP,
de relatoria do Ministro BENEDITO GONÇALVES, cuja decisão foi
publicada em 02/02/2012, e dispõe:
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2007.51.01.813418-3
ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS Nº CNJ :0813418-56.2007.4.02.5101
REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
MORA DEVIDOS PELA FAZENDA PÚBLICA. LEI 11.960/09, PRESIDENTE
QUE ALTEROU O ARTIGO 1º-F DA LEI 9.494/97. NATUREZA APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS PROCESSOS EM SOCIAL - INSS
CURSO QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO RETROATIVO. PROCURADOR :JANINE ALCANTARA DA ROCHA
IMPOSSIBILIDADE. APELADO :VANIA MONTEIRO
1. Cinge-se a controvérsia acerca da possibilidade de aplicação ADVOGADO :ALAIDE DE FATIMA DA SILVA
imediata às ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar a PEREIRA E OUTROS
redação do artigo 1º-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os critérios de REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 35A VARA-RJ
correção monetária e de juros de mora a serem observados nas ORIGEM :TRIGÉSIMA QUINTA VARA
"condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
natureza", quais sejam, "os índices oficiais de remuneração básica e (200751018134183)
juros aplicados à caderneta de poupança".
2. A Corte Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do despacho
julgamento dos EREsp n. 1.207.197/RS, entendeu por bem alterar Verifica-se que a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi
entendimento até então adotado, firmando posição no sentido de que a objeto de pronunciamento definitivo da Corte Especial do Egrégio
Lei 11.960/2009, a qual traz novo regramento concernente à Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.205.946/SP,
atualização monetária e aos juros de mora devidos pela Fazenda de relatoria do Ministro BENEDITO GONÇALVES, cuja decisão foi
Pública, deve ser aplicada, de imediato, aos processos em andamento, publicada em 02/02/2012, e dispõe:
sem, contudo, retroagir a período anterior à sua vigência. “PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO
3. Nesse mesmo sentido já se manifestou o Supremo Tribunal Federal, ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS
ao decidir que a Lei 9.494/97, alterada pela Medida Provisória n. REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE
2.180-35/2001, que também tratava de consectário da condenação MORA DEVIDOS PELA FAZENDA PÚBLICA. LEI 11.960/09,
QUE ALTEROU O ARTIGO 1º-F DA LEI 9.494/97. NATUREZA
PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS PROCESSOS EM
CURSO QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO RETROATIVO.
IMPOSSIBILIDADE.
1. Cinge-se a controvérsia acerca da possibilidade de aplicação

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imediata às ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar a
redação do artigo 1º-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os critérios de
correção monetária e de juros de mora a serem observados nas
"condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua
natureza", quais sejam, "os índices oficiais de remuneração básica e
juros aplicados à caderneta de poupança".
2. A Corte Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do DECISÃO
julgamento dos EREsp n. 1.207.197/RS, entendeu por bem alterar Trata-se de recurso extraordinário interposto, às fls. 259/264, pelo
entendimento até então adotado, firmando posição no sentido de que a INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, com
Lei 11.960/2009, a qual traz novo regramento concernente à fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição
atualização monetária e aos juros de mora devidos pela Fazenda Federal, em face de acórdão emanado da colenda Primeira Turma
Pública, deve ser aplicada, de imediato, aos processos em andamento, Especializada deste Tribunal.
sem, contudo, retroagir a período anterior à sua vigência. A parte recorrente sustentou, em síntese, que o acórdão impugnado
3. Nesse mesmo sentido já se manifestou o Supremo Tribunal Federal, violou o artigo 5º, XXXVI da Constituição Federal.
ao decidir que a Lei 9.494/97, alterada pela Medida Provisória n. Contrarrazões, às fls. 268/271.
2.180-35/2001, que também tratava de consectário da condenação Relatei. Decido.
(juros de mora), devia ser aplicada imediatamente aos feitos em curso. O presente recurso não reúne condições de admissibilidade.
4. Assim, os valores resultantes de condenações proferidas contra a Com efeito, o exame dos autos evidencia que o recurso encontra óbice
Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem na orientação firmada pelo Eg. Supremo Tribunal Federal no sentido
observar os critérios de atualização (correção monetária e juros) nela de que “o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada
disciplinados, enquanto vigorarem. Por outro lado, no período anterior, encontram proteção em dois níveis: em nível infraconstitucional, na
tais acessórios deverão seguir os parâmetros definidos pela legislação LICC, art. 6º, e em nível constitucional, art. 5º, XXXVI, CF. Todavia, o
então vigente. conceito de tais institutos não se encontra na Constituição, art. 5º,
5. No caso concreto, merece prosperar a insurgência da recorrente no XXXVI, mas na lei ordinária, art. 6º da LICC. Assim, a decisão que dá
que se refere à incidência do art. 5º da Lei n. 11.960/09 no período pela ocorrência, ou não, no caso concreto, de tais institutos situa-se
subsequente a 29/06/2009, data da edição da referida lei, ante o no contencioso de direito comum, que não autoriza a admissão do
princípio do tempus regit actum. recurso extraordinário” (AI nº 520.942, Rel. Min. CARLOS
6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia, VELLOSO, DJ 05.08.2005).
submetido ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ. Nessa mesma linha, assim se pronunciou o STF:
7. Cessam os efeitos previstos no artigo 543-C do CPC em relação ao “PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
Recurso Especial Repetitivo n. 1.086.944/SP, que se referia tão INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA REFERENTE AOS LIMITES
somente às modificações legislativas impostas pela MP 2.180-35/01, OBJETIVOS DA COISA JULGADA. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AO
que acrescentou o art. 1º-F à Lei 9.494/97, alterada pela Lei 11.960/09, INCISO XXXVI DO ARTIGO 5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
aqui tratada. 1. A discussão em torno dos limites objetivos da coisa julgada
8. Recurso especial parcialmente provido para determinar, ao presente pertence ao plano infraconstitucional. Precedentes: AIS 639.002-AGR,
feito, a imediata aplicação do art. 5º da Lei 11.960/09, a partir de sua da Relatoria do Ministro MENEZES DIREITO; 667.691-AGR, da
vigência, sem efeitos retroativos.” Relatoria do Ministro CELSO DE MELLO; 702.182-AGR, da
Diante do exposto e considerando que o entendimento encampado no Relatoria do Ministro MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI; E
v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no 735.268-AGR, da Relatoria da Ministra CÁRMEN LÚCIA.
referido leading case, DETERMINO O RETORNO DOS AUTOS AO 2. Agravo Regimental a que se nega provimento.”
ÓRGÃO JULGADOR ORIGINÁRIO, na forma do art. 543-C, §7º, (AI 664311 AGR, Relator Min. CARLOS BRITTO, Primeira Turma,
inciso II, do Código de Processo Civil. DJE 14/08/2009)
À DIDRA, para providenciar. Diante do exposto, INADMITO o recurso extraordinário.
Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012. Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012.
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
VICE-PRESIDENTE VICE-PRESIDENTE

IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2007.51.01.813418-3 IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2007.51.04.000165-2


Nº CNJ :0813418-56.2007.4.02.5101 Nº CNJ :0000165-25.2007.4.02.5104
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
PRESIDENTE PRESIDENTE
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS SOCIAL - INSS
PROCURADOR :JANINE ALCANTARA DA ROCHA PROCURADOR :RODRIGO DO VALE MARINHO
APELADO :VANIA MONTEIRO APELADO :VALTER DA SILVA BARBOSA
ADVOGADO :ALAIDE DE FATIMA DA SILVA ADVOGADO :ANA MARIA LOPES
PEREIRA E OUTROS REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 35A VARA-RJ VOLTA REDONDA-RJ
ORIGEM :TRIGÉSIMA QUINTA VARA ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DE
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO VOLTA REDONDA (200751040001652)
(200751018134183)
despacho
Verifica-se que a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi
objeto de pronunciamento definitivo da Corte Especial do Egrégio
Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.205.946/SP,
de relatoria do Ministro BENEDITO GONÇALVES, cuja decisão foi

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publicada em 02/02/2012, e dispõe:
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL.
SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO
MONETÁRIA E JUROS DE MORA DEVIDOS PELA FAZENDA
PÚBLICA. LEI 11.960/09, QUE ALTEROU O ARTIGO 1º-F DA LEI
9.494/97. NATUREZA PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS ADVOGADO :PEDRO ALVES DE SOUZA
PROCESSOS EM CURSO QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
RETROATIVO. IMPOSSIBILIDADE. ADVOGADO :CONSUELO CESAR DE O. DRISANG
1. Cinge-se a controvérsia acerca da possibilidade de aplicação E OUTROS
imediata às ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar a ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE
redação do artigo 1º-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os critérios VOLTA REDONDA (200751040017258)
de correção monetária e de juros de mora a serem observados nas
"condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua despacho
natureza", quais sejam, "os índices oficiais de remuneração básica e Intime(m)-se o(s) recorrente(s) para proceder(em) à complementação
juros aplicados à caderneta de poupança". do preparo do(s) recurso(s) especial e/ ou extraordinário interposto(s),
2. A Corte Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do no prazo de cinco dias, na forma do Art. 511, § 2º, do CPC.
julgamento dos EREsp n. 1.207.197/RS, entendeu por bem alterar Rio de Janeiro, 25/04/2012.
entendimento até então adotado, firmando posição no sentido de que a RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
Lei 11.960/2009, a qual traz novo regramento concernente à VICE-PRESIDENTE
atualização monetária e aos juros de mora devidos pela Fazenda
Pública, deve ser aplicada, de imediato, aos processos em andamento,
sem, contudo, retroagir a período anterior à sua vigência.
3. Nesse mesmo sentido já se manifestou o Supremo Tribunal Federal,
ao decidir que a Lei 9.494/97, alterada pela Medida Provisória n. IV - APELACAO CIVEL 2007.51.05.001314-6
2.180-35/2001, que também tratava de consectário da condenação Nº CNJ :0001314-53.2007.4.02.5105
(juros de mora), devia ser aplicada imediatamente aos feitos em curso. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
4. Assim, os valores resultantes de condenações proferidas contra a PRESIDENTE
Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem APELANTE :ANNA DE JESUS PONCIANO CUNHA
observar os critérios de atualização (correção monetária e juros) nela - ESPOLIO
disciplinados, enquanto vigorarem. Por outro lado, no período ADVOGADO :CARLOS MAGNO DE SOUZA CUNHA
anterior, tais acessórios deverão seguir os parâmetros definidos pela E OUTRO
legislação então vigente. APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
5. No caso concreto, merece prosperar a insurgência da recorrente no ADVOGADO :DANIELLE DE ALEXANDRE
que se refere à incidência do art. 5º da Lei n. 11.960/09 no período LOURENÇO E OUTROS
subsequente a 29/06/2009, data da edição da referida lei, ante o ORIGEM :VARA ÚNICA DE NOVA FRIBURGO
princípio do tempus regit actum. (200751050013146)
6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia,
submetido ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ. despacho
7. Cessam os efeitos previstos no artigo 543-C do CPC em relação ao Intime(m)-se o(s) recorrente(s) para proceder(em) à complementação
Recurso Especial Repetitivo n. 1.086.944/SP, que se referia tão do preparo do(s) recurso(s) especial e/ ou extraordinário interposto(s),
somente às modificações legislativas impostas pela MP 2.180-35/01, no prazo de cinco dias, na forma do Art. 511, § 2º, do CPC.
que acrescentou o art. 1º-F à Lei 9.494/97, alterada pela Lei Rio de Janeiro, 26/04/2012.
11.960/09, aqui tratada. RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
8. Recurso especial parcialmente provido para determinar, ao VICE-PRESIDENTE
presente feito, a imediata aplicação do art. 5º da Lei 11.960/09, a
partir de sua vigência, sem efeitos retroativos.”
Diante do exposto e considerando que o entendimento encampado no
v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no
referido leading case, DETERMINO O RETORNO DOS AUTOS AO IV - APELACAO CIVEL 2008.02.01.014660-5
ÓRGÃO JULGADOR ORIGINÁRIO, na forma do art. 543-C, §7º, Nº CNJ :0014660-02.2008.4.02.9999
inciso II, do Código de Processo Civil. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
À DIDRA, para providenciar. PRESIDENTE
Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012. APELANTE :CLARICE BALBINO SOARES ROCHA
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA ADVOGADO :MIRIAM AGDA DE OLIVEIRA
VICE-PRESIDENTE CARVALHO
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS
PROCURADOR :RODRIGO COSTA BUARQUE
ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA ESTADUAL SAO
IV - APELACAO CIVEL 2007.51.04.001725-8 DOMINGOS DO NORTE/ES
Nº CNJ :0001725-02.2007.4.02.5104 (054060002786)
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
PRESIDENTE despacho
APELANTE :NICOLAO TOLENTINO E OUTRO Verifica-se que a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi
objeto de pronunciamento definitivo da Corte Especial do Egrégio
Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.205.946/SP,
de relatoria do Ministro BENEDITO GONÇALVES, cuja decisão foi
publicada em 02/02/2012, e dispõe:
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO

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ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS
REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE
MORA DEVIDOS PELA FAZENDA PÚBLICA. LEI 11.960/09,
QUE ALTEROU O ARTIGO 1º-F DA LEI 9.494/97. NATUREZA
PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS PROCESSOS EM
CURSO QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO RETROATIVO. FERREIRA E OUTROS
IMPOSSIBILIDADE. AGRAVADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
1. Cinge-se a controvérsia acerca da possibilidade de aplicação NACIONAL
imediata às ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar a ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DE
redação do artigo 1º-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os critérios de EXECUÇÃO FISCAL - RJ (0007300760)
correção monetária e de juros de mora a serem observados nas
"condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua DECISÃO
natureza", quais sejam, "os índices oficiais de remuneração básica e Trata-se de recurso especial interposto pela UNIÃO FEDERAL
juros aplicados à caderneta de poupança". (FAZENDA NACIONAL), com fundamento no artigo 105, inciso III,
2. A Corte Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do alínea “a”, da Constituição Federal, em face de acórdão emanado da
julgamento dos EREsp n. 1.207.197/RS, entendeu por bem alterar Colenda Quarta Turma Especializada deste Tribunal, verbis:
entendimento até então adotado, firmando posição no sentido de que a “TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. PENHORA ON LINE.
Lei 11.960/2009, a qual traz novo regramento concernente à BACENJUD. PRINCÍPIO DA MENOR ONEROSIDADE.
atualização monetária e aos juros de mora devidos pela Fazenda APLICAÇÃO.
Pública, deve ser aplicada, de imediato, aos processos em andamento, I – A controvérsia gira em torno da possibilidade, ou não, de se
sem, contudo, retroagir a período anterior à sua vigência. realizar a penhora on line dos ativos financeiros do executado por via
3. Nesse mesmo sentido já se manifestou o Supremo Tribunal Federal, do sistema BACEN-JUD, a despeito de não terem sido esgotados todos
ao decidir que a Lei 9.494/97, alterada pela Medida Provisória n. os meios para que a exeqüente obtivesse informações sobre bens
2.180-35/2001, que também tratava de consectário da condenação penhoráveis.
(juros de mora), devia ser aplicada imediatamente aos feitos em curso. II - Na espécie, não foi demonstrado pela União Federal / Fazenda
4. Assim, os valores resultantes de condenações proferidas contra a Nacional o exaurimento dos meios para localizar os bens do devedor,
Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem sendo certo que a penhora on line somente deve ser utilizada em
observar os critérios de atualização (correção monetária e juros) nela situações excepcionalíssimas.
disciplinados, enquanto vigorarem. Por outro lado, no período anterior, II – A execução reger-se-á observando o princípio da menor
tais acessórios deverão seguir os parâmetros definidos pela legislação onerosidade em relação ao devedor (art. 620 do CPC).
então vigente. III – Agravo de Instrumento que se dá provimento.”
5. No caso concreto, merece prosperar a insurgência da recorrente no Foram opostos Embargos de Declaração que, entretanto, restaram
que se refere à incidência do art. 5º da Lei n. 11.960/09 no período rejeitados (fls. 95), mantendo-se íntegro o acórdão.
subsequente a 29/06/2009, data da edição da referida lei, ante o Eis o relato do necessário. Decido.
princípio do tempus regit actum. Verifica-se que a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi
6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia, objeto de pronunciamento definitivo pelo Superior Tribunal de Justiça,
submetido ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ. no julgamento do Recurso Especial nº 1.184.765/PA, submetido ao
7. Cessam os efeitos previstos no artigo 543-C do CPC em relação ao regime do artigo 543-C, do Código de Processo Civil, introduzido pela
Recurso Especial Repetitivo n. 1.086.944/SP, que se referia tão Lei nº 11.672/2008.
somente às modificações legislativas impostas pela MP 2.180-35/01, Diante do exposto e, considerando que o entendimento encampado no
que acrescentou o art. 1º-F à Lei 9.494/97, alterada pela Lei 11.960/09, v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no
aqui tratada. referido leading case, determino o retorno dos autos ao órgão julgador
8. Recurso especial parcialmente provido para determinar, ao presente originário, na forma do disposto no artigo 543-C, §7º, II, do Código de
feito, a imediata aplicação do art. 5º da Lei 11.960/09, a partir de sua Processo Civil.
vigência, sem efeitos retroativos.” Observe-se que, caso seja exercido juízo de retratação, o recurso
Diante do exposto e considerando que o entendimento encampado no excepcional manejado restará automaticamente prejudicado,
v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no independentemente de nova decisão desta Vice-Presidência.
referido leading case, DETERMINO O RETORNO DOS AUTOS AO De outro lado, sendo mantido o acórdão recorrido, voltem-me
ÓRGÃO JULGADOR ORIGINÁRIO, na forma do art. 543-C, §7º, conclusos para o exame de admissibilidade, na forma do § 8º, do
inciso II, do Código de Processo Civil. aludido art. 543-C, da Lei de Ritos.
À DIDRA, para providenciar. À DIDRA para providenciar.
Rio de Janeiro, 20 de abril de 2012. Rio de Janeiro, 19 de abril de 2012.
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
VICE-PRESIDENTE VICE-PRESIDENTE

III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2008.02.01.017991-0 IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2008.51.01.019811-5


Nº CNJ :0017991-16.2008.4.02.0000 Nº CNJ :0019811-93.2008.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
PRESIDENTE PRESIDENTE
AGRAVANTE :JOAO CARLOS NERI MADEIRA APELANTE :HUGO JOSE PINTO BISSO QUEVEDO
ADVOGADO :CLAUDIA CID VARELA MADEIRA E OUTROS
ADVOGADO :AFRANIO AMARAL DE OLIVEIRA
FILHO E OUTRO
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APELADO :OS MESMOS

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REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 29A VARA-RJ
ORIGEM :VIGÉSIMA NONA VARA FEDERAL
DO RIO DE JANEIRO
(200851010198115)

DECISÃO
Trata-se de recurso especial interposto por HUGO JOSÉ PINTO IV - APELACAO CIVEL 2008.51.01.521110-9
BISSO QUEVEDO E OUTROS, às fls. 186-211, com fundamento no Nº CNJ :0521110-48.2008.4.02.5101
art. 105, III, alíneas “a” e “c”, da Constituição Federal, em face do V. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
Acórdão emanado da Colenda Terceira Turma Especializada deste PRESIDENTE
Tribunal. APELANTE :JORGE ROBERTO SOARES E
A parte recorrente alega, em síntese, que o acórdão impugnado teria OUTROS
violado o art. 6º VII, ‘b’ e o art. 31, I da Lei nº 7.713/88, o art. 33 da ADVOGADO :WILMAR DA SILVA BAPTISTA
Lei nº 9250/95, o art. 43, II do CTN, a Lei nº 11.672/2008, bem como (RJ053121) E OUTRO
a jurisprudência dos nossos Tribunais. APELADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
Eis o relato do necessário. Decido. NACIONAL
Verifica-se que a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi ORIGEM :DÉCIMA NONA VARA FEDERAL DO
objeto de pronunciamento definitivo pelo Superior Tribunal de Justiça, RIO DE JANEIRO (200851015211109)
no julgamento do Recurso Especial nº 1.012.903/RJ, submetido ao
regime do artigo 543-C, do Código de Processo Civil, introduzido pela DECISÃO
Lei nº 11.672/2008. Trata-se de recurso extraordinário interposto pela União (Fazenda
Diante do exposto e, considerando que o entendimento encampado no Nacional), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da
v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no Constituição Federal, em face de acórdão emanado da Colenda
referido leading case, determino o retorno dos autos ao órgão julgador Terceira Turma Especializada deste Tribunal.
originário, na forma do disposto no artigo 543-C, §7º, II, do Código de Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de
Processo Civil. pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
Observe-se que, caso seja exercido juízo de retratação, o recurso julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
excepcional manejado restará automaticamente prejudicado, Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908,
independentemente de nova decisão desta Vice-Presidência. verbis:
De outro lado, sendo mantido o acórdão recorrido, voltem-me “DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
conclusos para o exame de admissibilidade, na forma do § 8º, do RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
aludido art. 543-C, da Lei de Ritos. DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
À DIDRA para providenciar. NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
Rio de Janeiro, 27 de abril de 2012. APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A
VICE-PRESIDENTE PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da
Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a
lançamento por homologação, o prazo para repetição ou
compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador,
IV - APELACAO CIVEL 2008.51.01.026376-4 tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e
Nº CNJ :0026376-73.2008.4.02.5101 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo
PRESIDENTE de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do
APELANTE :MARTINHO DE BRITO pagamento indevido.
ADVOGADO :MARCUS ALEXANDRE SIQUEIRA Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
MELO E OUTROS jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
ADVOGADO :LUCIA RODRIGUES CAETANO E expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
OUTROS outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e
APELADO :OS MESMOS aplicação.
ORIGEM :DÉCIMA SEXTA VARA FEDERAL DO A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
RIO DE JANEIRO (200851010263764) compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
despacho do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às
Intime(m)-se o(s) recorrente(s) para proceder(em) à complementação pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei,
do preparo do(s) recurso(s) especial e/ ou extraordinário interposto(s), sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao
no prazo de cinco dias, na forma do Art. 511, § 2º, do CPC. princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
Rio de Janeiro, 25/04/2012. confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
VICE-PRESIDENTE norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além

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disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
em contrário.
Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos
tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. Lei 11.960/2009, a qual traz novo regramento concernente à
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. atualização monetária e aos juros de mora devidos pela Fazenda
Recurso extraordinário desprovido.” Pública, deve ser aplicada, de imediato, aos processos em andamento,
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado sem, contudo, retroagir a período anterior à sua vigência.
no v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STF no 3. Nesse mesmo sentido já se manifestou o Supremo Tribunal Federal,
referido leading case, determino o retorno dos autos ao órgão julgador ao decidir que a Lei 9.494/97, alterada pela Medida Provisória n.
originário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do Código de 2.180-35/2001, que também tratava de consectário da condenação
Processo Civil. (juros de mora), devia ser aplicada imediatamente aos feitos em curso.
Saliente-se que, caso seja exercido juízo de retratação, o recurso 4. Assim, os valores resultantes de condenações proferidas contra a
manejado restará automaticamente prejudicado, independentemente de Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem
nova decisão desta Vice-Presidência. observar os critérios de atualização (correção monetária e juros) nela
Rio de Janeiro, 26 de abril de 2012. disciplinados, enquanto vigorarem. Por outro lado, no período anterior,
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA tais acessórios deverão seguir os parâmetros definidos pela legislação
VICE-PRESIDENTE então vigente.
5. No caso concreto, merece prosperar a insurgência da recorrente no
que se refere à incidência do art. 5º da Lei n. 11.960/09 no período
subsequente a 29/06/2009, data da edição da referida lei, ante o
princípio do tempus regit actum.
IV - REMESSA EX OFFICIO EM AÇÃO CÍVEL 6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia,
2008.51.02.000768-9 submetido ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ.
Nº CNJ :0000768-70.2008.4.02.5102 7. Cessam os efeitos previstos no artigo 543-C do CPC em relação ao
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE Recurso Especial Repetitivo n. 1.086.944/SP, que se referia tão
PRESIDENTE somente às modificações legislativas impostas pela MP 2.180-35/01,
PARTE :MARIANO DE OLIVEIRA MOREIRA que acrescentou o art. 1º-F à Lei 9.494/97, alterada pela Lei 11.960/09,
AUTORA aqui tratada.
ADVOGADO :FRANCINE BRANDAO E OUTROS 8. Recurso especial parcialmente provido para determinar, ao presente
PARTE RÉ :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO feito, a imediata aplicação do art. 5º da Lei 11.960/09, a partir de sua
SOCIAL - INSS vigência, sem efeitos retroativos.”
PROCURADOR :ELISA SOARES ONGARATO DE Diante do exposto e considerando que o entendimento encampado no
ARRUDA v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 3A VARA DE referido leading case, DETERMINO O RETORNO DOS AUTOS AO
NITEROI-RJ ÓRGÃO JULGADOR ORIGINÁRIO, na forma do art. 543-C, §7º,
ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE inciso II, do Código de Processo Civil.
NITERÓI (200851020007689) À DIDRA, para providenciar.
Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012.
despacho RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
Verifica-se que a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi VICE-PRESIDENTE
objeto de pronunciamento definitivo da Corte Especial do Egrégio
Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.205.946/SP,
de relatoria do Ministro BENEDITO GONÇALVES, cuja decisão foi
publicada em 02/02/2012, e dispõe:
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2009.02.01.009266-2
ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS Nº CNJ :0009266-77.2009.4.02.9999
REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
MORA DEVIDOS PELA FAZENDA PÚBLICA. LEI 11.960/09, PRESIDENTE
QUE ALTEROU O ARTIGO 1º-F DA LEI 9.494/97. NATUREZA APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS PROCESSOS EM SOCIAL - INSS
CURSO QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO RETROATIVO. PROCURADOR :MARCOS FIGUEREDO MARCAL
IMPOSSIBILIDADE. APELADO :ANTONIO LOPES FILHO
1. Cinge-se a controvérsia acerca da possibilidade de aplicação ADVOGADO :MIRIAM AGDA DE OLIVEIRA
imediata às ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar a CARVALHO
redação do artigo 1º-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os critérios de REMETENTE :JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DE
correção monetária e de juros de mora a serem observados nas MANTENOPOLIS-ES
"condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua ORIGEM :1A. VARA ESTADUAL -
natureza", quais sejam, "os índices oficiais de remuneração básica e MANTENOPOLIS/ES (031080000941)
juros aplicados à caderneta de poupança".
2. A Corte Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do despacho
julgamento dos EREsp n. 1.207.197/RS, entendeu por bem alterar Verifica-se que a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi
entendimento até então adotado, firmando posição no sentido de que a objeto de pronunciamento definitivo da Corte Especial do Egrégio
Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.205.946/SP,
de relatoria do Ministro BENEDITO GONÇALVES, cuja decisão foi
publicada em 02/02/2012, e dispõe:
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO
ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS

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REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE
MORA DEVIDOS PELA FAZENDA PÚBLICA. LEI 11.960/09,
QUE ALTEROU O ARTIGO 1º-F DA LEI 9.494/97. NATUREZA
PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS PROCESSOS EM
CURSO QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO RETROATIVO.
IMPOSSIBILIDADE. FREIRE CARNEIRO
1. Cinge-se a controvérsia acerca da possibilidade de aplicação APELADO :DENIS FERREIRA
imediata às ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar a ADVOGADO :UBALDO ELIAS RIBEIRO
redação do artigo 1º-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os critérios de REMETENTE :JUIZO DE DIREITO DA 1 VARA DE
correção monetária e de juros de mora a serem observados nas MUQUI ES
"condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua ORIGEM :1A. VARA ESTADUAL - MUQUI/ES
natureza", quais sejam, "os índices oficiais de remuneração básica e (036070008648)
juros aplicados à caderneta de poupança".
2. A Corte Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do despacho
julgamento dos EREsp n. 1.207.197/RS, entendeu por bem alterar Verifica-se que a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi
entendimento até então adotado, firmando posição no sentido de que a objeto de pronunciamento definitivo da Corte Especial do Egrégio
Lei 11.960/2009, a qual traz novo regramento concernente à Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.205.946/SP,
atualização monetária e aos juros de mora devidos pela Fazenda de relatoria do Ministro BENEDITO GONÇALVES, cuja decisão foi
Pública, deve ser aplicada, de imediato, aos processos em andamento, publicada em 02/02/2012, e dispõe:
sem, contudo, retroagir a período anterior à sua vigência. “PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO
3. Nesse mesmo sentido já se manifestou o Supremo Tribunal Federal, ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS
ao decidir que a Lei 9.494/97, alterada pela Medida Provisória n. REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE
2.180-35/2001, que também tratava de consectário da condenação MORA DEVIDOS PELA FAZENDA PÚBLICA. LEI 11.960/09,
(juros de mora), devia ser aplicada imediatamente aos feitos em curso. QUE ALTEROU O ARTIGO 1º-F DA LEI 9.494/97. NATUREZA
4. Assim, os valores resultantes de condenações proferidas contra a PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS PROCESSOS EM
Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem CURSO QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO RETROATIVO.
observar os critérios de atualização (correção monetária e juros) nela IMPOSSIBILIDADE.
disciplinados, enquanto vigorarem. Por outro lado, no período anterior, 1. Cinge-se a controvérsia acerca da possibilidade de aplicação
tais acessórios deverão seguir os parâmetros definidos pela legislação imediata às ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar a
então vigente. redação do artigo 1º-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os critérios de
5. No caso concreto, merece prosperar a insurgência da recorrente no correção monetária e de juros de mora a serem observados nas
que se refere à incidência do art. 5º da Lei n. 11.960/09 no período "condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua
subsequente a 29/06/2009, data da edição da referida lei, ante o natureza", quais sejam, "os índices oficiais de remuneração básica e
princípio do tempus regit actum. juros aplicados à caderneta de poupança".
6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia, 2. A Corte Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do
submetido ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ. julgamento dos EREsp n. 1.207.197/RS, entendeu por bem alterar
7. Cessam os efeitos previstos no artigo 543-C do CPC em relação ao entendimento até então adotado, firmando posição no sentido de que a
Recurso Especial Repetitivo n. 1.086.944/SP, que se referia tão Lei 11.960/2009, a qual traz novo regramento concernente à
somente às modificações legislativas impostas pela MP 2.180-35/01, atualização monetária e aos juros de mora devidos pela Fazenda
que acrescentou o art. 1º-F à Lei 9.494/97, alterada pela Lei 11.960/09, Pública, deve ser aplicada, de imediato, aos processos em andamento,
aqui tratada. sem, contudo, retroagir a período anterior à sua vigência.
8. Recurso especial parcialmente provido para determinar, ao presente 3. Nesse mesmo sentido já se manifestou o Supremo Tribunal Federal,
feito, a imediata aplicação do art. 5º da Lei 11.960/09, a partir de sua ao decidir que a Lei 9.494/97, alterada pela Medida Provisória n.
vigência, sem efeitos retroativos.” 2.180-35/2001, que também tratava de consectário da condenação
Diante do exposto e considerando que o entendimento encampado no (juros de mora), devia ser aplicada imediatamente aos feitos em curso.
v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no 4. Assim, os valores resultantes de condenações proferidas contra a
referido leading case, DETERMINO O RETORNO DOS AUTOS AO Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem
ÓRGÃO JULGADOR ORIGINÁRIO, na forma do art. 543-C, §7º, observar os critérios de atualização (correção monetária e juros) nela
inciso II, do Código de Processo Civil. disciplinados, enquanto vigorarem. Por outro lado, no período anterior,
À DIDRA, para providenciar. tais acessórios deverão seguir os parâmetros definidos pela legislação
Rio de Janeiro, 20 de abril de 2012. então vigente.
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA 5. No caso concreto, merece prosperar a insurgência da recorrente no
VICE-PRESIDENTE que se refere à incidência do art. 5º da Lei n. 11.960/09 no período
subsequente a 29/06/2009, data da edição da referida lei, ante o
princípio do tempus regit actum.
6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia,
submetido ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ.
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2009.02.01.015378-0 7. Cessam os efeitos previstos no artigo 543-C do CPC em relação ao
Nº CNJ :0015378-62.2009.4.02.9999 Recurso Especial Repetitivo n. 1.086.944/SP, que se referia tão
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE somente às modificações legislativas impostas pela MP 2.180-35/01,
PRESIDENTE que acrescentou o art. 1º-F à Lei 9.494/97, alterada pela Lei 11.960/09,
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO aqui tratada.
SOCIAL - INSS 8. Recurso especial parcialmente provido para determinar, ao presente
PROCURADOR :LUIS GUILHERME NOGUEIRA feito, a imediata aplicação do art. 5º da Lei 11.960/09, a partir de sua
vigência, sem efeitos retroativos.”
Diante do exposto e considerando que o entendimento encampado no
v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no
referido leading case, DETERMINO O RETORNO DOS AUTOS AO
ÓRGÃO JULGADOR ORIGINÁRIO, na forma do art. 543-C, §7º,

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inciso II, do Código de Processo Civil.
À DIDRA, para providenciar.
Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012.
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
VICE-PRESIDENTE

IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2009.02.01.015378-0 IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2009.50.01.002191-6


Nº CNJ :0015378-62.2009.4.02.9999 Nº CNJ :0002191-43.2009.4.02.5001
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
PRESIDENTE PRESIDENTE
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
SOCIAL - INSS NACIONAL
PROCURADOR :LUIS GUILHERME NOGUEIRA APELADO :MARIO PETROCHI DE OLIVEIRA
FREIRE CARNEIRO ADVOGADO :LEONARDO FIRME LEAO BORGES E
APELADO :DENIS FERREIRA OUTROS
ADVOGADO :UBALDO ELIAS RIBEIRO REMETENTE :JUIZO DA 1A VARA FEDERAL CIVEL
REMETENTE :JUIZO DE DIREITO DA 1 VARA DE DE VITORIA-ES
MUQUI ES ORIGEM :1ª VARA FEDERAL CÍVEL DE
ORIGEM :1A. VARA ESTADUAL - MUQUI/ES VITÓRIA/ES (200950010021916)
(036070008648)
DECISÃO
DECISÃO Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA
Trata-se de recurso extraordinário interposto por INSTITUTO NACIONAL), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da
NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, às fls. 188/193, com Constituição Federal, em face de acórdão emanado da colenda Terceira
fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição Turma Especializada deste Tribunal.
Federal, em face de acórdão emanado da colenda Primeira Turma Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de
Especializada deste Tribunal. pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
A parte recorrente sustentou, em síntese, que o acórdão teria violado o julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
artigo 5º, XXXVI, da Constituição Federal. Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908,
Sem contrarrazões, conforme certidão de fl. 195-v. verbis:
Relatei. Decido. “DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
O presente recurso não reúne condições de admissibilidade. RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
Com efeito, o exame dos autos evidencia que o recurso encontra óbice DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
na orientação firmada pelo Eg. Supremo Tribunal Federal no sentido NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
de que “o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU
encontram proteção em dois níveis: em nível infraconstitucional, na COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A
LICC, art. 6º, e em nível constitucional, art. 5º, XXXVI, CF. Todavia, o PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
conceito de tais institutos não se encontra na Constituição, art. 5º, Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da
XXXVI, mas na lei ordinária, art. 6º da LICC. Assim, a decisão que dá Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a
pela ocorrência, ou não, no caso concreto, de tais institutos situa-se lançamento por homologação, o prazo para repetição ou
no contencioso de direito comum, que não autoriza a admissão do compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador,
recurso extraordinário” (AI nº 520.942, Rel. Min. CARLOS tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e
VELLOSO, DJ 05.08.2005). 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado
Nessa mesma linha, assim se pronunciou o STF: interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo
“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do
INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA REFERENTE AOS LIMITES pagamento indevido.
OBJETIVOS DA COISA JULGADA. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AO Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
INCISO XXXVI DO ARTIGO 5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
1. A discussão em torno dos limites objetivos da coisa julgada à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
pertence ao plano infraconstitucional. Precedentes: AIS 639.002-AGR, expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
da Relatoria do Ministro MENEZES DIREITO; 667.691-AGR, da outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e
Relatoria do Ministro CELSO DE MELLO; 702.182-AGR, da aplicação.
Relatoria do Ministro MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI; E A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
735.268-AGR, da Relatoria da Ministra CÁRMEN LÚCIA. compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
2. Agravo Regimental a que se nega provimento.” fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
(AI 664311 AGR, Relator Min. CARLOS BRITTO, Primeira Turma, do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às
DJE 14/08/2009) pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei,
Diante do exposto, INADMITO o recurso extraordinário. sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao
Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012. princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
VICE-PRESIDENTE aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que

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Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
em contrário.
Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC DECISÃO
118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos Trata-se de recurso extraordinário interposto pela UNIÃO (FAZENDA
tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 NACIONAL), com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “b”, da
dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. Constituição Federal, em face de acórdão emanado da colenda Quarta
Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. Turma Especializada deste Tribunal.
Recurso extraordinário desprovido.” Verifica-se que a questão jurídica debatida nos autos já foi objeto de
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado pronunciamento definitivo pelo Supremo Tribunal Federal, no
no v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STF no julgamento do Recurso Extraordinário nº 566.621/RS, Relatora
referido leading case, determino o retorno dos autos ao órgão julgador Ministra ELLEN GRACIE, que substituiu o paradigma 561.908,
originário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do Código de verbis:
Processo Civil. “DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO
Saliente-se que, caso seja exercido juízo de retratação, o recurso RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/2005 –
manejado restará automaticamente prejudicado, independentemente de DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA –
nova decisão desta Vice-Presidência. NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
Rio de Janeiro, 30 de abril de 2012. APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A
VICE-PRESIDENTE PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da
Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a
lançamento por homologação, o prazo para repetição ou
compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador,
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2009.50.01.012088-8 tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e
Nº CNJ :0012088-95.2009.4.02.5001 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo
PRESIDENTE de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do
APELANTE :UNIAO FEDERAL pagamento indevido.
APELADO :ZILA DE AGUIAR GUIMARAES E Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo
OUTRO jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação
ADVOGADO :AQUILES CORTES GUIMARAES à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei
REMETENTE :JUIZO DA 1A VARA FEDERAL CIVEL expressamente interpretativa também se submete, como qualquer
DE VITORIA-ES outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e
ORIGEM :1ª VARA FEDERAL CÍVEL DE aplicação.
VITÓRIA/ES (200950010120888) A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou
compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
despacho fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz
do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às
Defiro a vista requerida às fls. 284, concedendo o prazo de 10 (dez) pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei,
dias. sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao
Rio, 24 de abril de 2012. princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as
VICE-PRESIDENTE aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às
ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento
consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal.
O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
IV - APELACAO CIVEL 2009.51.01.002531-6 apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que
Nº CNJ :0002531-75.2009.4.02.5101 ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos.
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não havendo
PRESIDENTE lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na
APELANTE :EDNA MARIA BLOOMFIELD GAMA maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além
COUTINHO E OUTROS disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa
ADVOGADO :MICHELE MONDAINI DA COSTA em contrário.
MAIA Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC
APELADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA 118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos
NACIONAL tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120
ORIGEM :DÉCIMA QUINTA VARA FEDERAL dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005.
DO RIO DE JANEIRO Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados.
(200951010025316) Recurso extraordinário desprovido.”
Diante deste panorama e considerando que o entendimento encampado
no v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STF no
referido leading case, determino o retorno dos autos ao órgão julgador
originário, na forma do disposto no artigo 543-B, §3º, do Código de
Processo Civil.

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Saliente-se que, caso seja exercido juízo de retratação, o recurso
manejado restará automaticamente prejudicado, independentemente de
nova decisão desta Vice-Presidência.
Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012.
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
VICE-PRESIDENTE Castro Meira, 1ª Seção, in DJ de 01.07.2005).
Diante do exposto, não ocorrendo quaisquer dos vícios contemplados
no artigo 535 da Lei de Ritos, REJEITO os Embargos de Declaração
interpostos.
Rio de Janeiro, 26 de abril de 2012.
XXX - AGRAVO DE INSTRUMENTO DEC.DEN.EXT. RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
2010.02.01.001031-3 VICE-PRESIDENTE
Nº CNJ :0001031-14.2010.4.02.0000
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
VERA LÚCIA LIMA
AGRAVANTE :WHITE MARTINS GASES
INDUSTRIAIS LTDA E OUTROS IV - APELACAO CIVEL 2010.02.01.005579-5
ADVOGADO :JOAO MARCOS COLUSSI E OUTROS Nº CNJ :0005579-58.2010.4.02.9999
AGRAVADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
NACIONAL PRESIDENTE
AGRAVADO :INSTITUTO NACIONAL DE APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
COLONIZACAO E REFORMA SOCIAL - INSS
AGRARIA - INCRA ADVOGADO :SEBASTIANA ALVES RODRIGUES
PROCURADOR :SEM PROCURADOR APELADO :JORGE JOSE CIPRIANO
ORIGEM :TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL ADVOGADO :RICARDO AUGUSTO DE MIRANDA
(200351010152920) BASTOS E OUTROS
ORIGEM :1A. VARA ESTADUAL - PARACAMBI/
DECISÃO RJ (19900390004345)
Trata-se de Embargos de Declaração opostos por WHITE MARTINS
GASES INDUSTRIAIS LTDA E OUTROS, com fundamento no art. despacho
535 do CPC, em face da Decisão de fls. 364, que negou seguimento ao Verifica-se que a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi
Agravo Interno interposto pela ora Recorrente. objeto de pronunciamento definitivo da Corte Especial do Egrégio
A parte embargante sustenta obscuridade constante na decisão Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.205.946/SP,
recorrida, e que “a obscuridade verificada no V. Acórdão embargado de relatoria do Ministro BENEDITO GONÇALVES, cuja decisão foi
afeta o silogismo utilizado pelo Exmo. Desembargador Federal para publicada em 02/02/2012, e dispõe:
fundamentar suas razões de decidir, tornando, assim, equivocada a “PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO
premissa na qual se ampara” (sic). ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS
É o relatório. Decido. REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE
Inicialmente, deve-se ressaltar que, contra decisões proferidas pelo MORA DEVIDOS PELA FAZENDA PÚBLICA. LEI 11.960/09,
Vice-Presidente do Tribunal inadmitindo Recurso Especial ou QUE ALTEROU O ARTIGO 1º-F DA LEI 9.494/97. NATUREZA
Extraordinário, cabível a interposição de Agravo perante o Superior PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS PROCESSOS EM
Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal, respectivamente, a CURSO QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO RETROATIVO.
teor do artigo 544, do CPC e artigo 28, da Lei nº 8.038/90. IMPOSSIBILIDADE.
Embora o cabimento de Embargos de Declaração contra decisões 1. Cinge-se a controvérsia acerca da possibilidade de aplicação
interlocutórias, de acordo com o artigo 535, inciso I, do Código de imediata às ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar a
Processo Civil, referir-se, tão-somente, a Acórdãos e Sentenças, negar redação do artigo 1º-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os critérios de
a possibilidade de oposição de embargos declaratórios em face de correção monetária e de juros de mora a serem observados nas
provimentos jurisdicionais de natureza interlocutória implicaria, "condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua
indubitavelmente, afronta ao princípio constitucional da motivação das natureza", quais sejam, "os índices oficiais de remuneração básica e
decisões judiciais. juros aplicados à caderneta de poupança".
Deve ser destacado, ainda, que os Embargos de Declaração configuram 2. A Corte Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do
espécie recursal de índole integrativa, na medida em que ordenado ao julgamento dos EREsp n. 1.207.197/RS, entendeu por bem alterar
saneamento dos vícios da omissão, da obscuridade e da contradição, entendimento até então adotado, firmando posição no sentido de que a
previstos no artigo 535 do Código de Processo Civil, ou seja, o referido Lei 11.960/2009, a qual traz novo regramento concernente à
recurso não se presta a veicular pretensão de reexame da matéria já atualização monetária e aos juros de mora devidos pela Fazenda
decidida. Pública, deve ser aplicada, de imediato, aos processos em andamento,
Do exame dos autos, verificou-se que o julgado não se ressente de sem, contudo, retroagir a período anterior à sua vigência.
qualquer omissão, obscuridade ou contradição, tendo efetuado, de 3. Nesse mesmo sentido já se manifestou o Supremo Tribunal Federal,
modo claro e satisfatório, a entrega da prestação jurisdicional, sendo ao decidir que a Lei 9.494/97, alterada pela Medida Provisória n.
certo, ainda, que “O Juiz não está obrigado a responder todas as 2.180-35/2001, que também tratava de consectário da condenação
alegações das partes, quando já tenha encontrado motivo suficiente (juros de mora), devia ser aplicada imediatamente aos feitos em curso.
para fundar a decisão, nem se obriga a ater-se aos fundamentos 4. Assim, os valores resultantes de condenações proferidas contra a
indicados por elas e tampouco a responder um a um todos os Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem
argumentos” (STJ, EDcl no AgRg nos EInf na AR 2937/PR, Rel. Min. observar os critérios de atualização (correção monetária e juros) nela
disciplinados, enquanto vigorarem. Por outro lado, no período anterior,
tais acessórios deverão seguir os parâmetros definidos pela legislação
então vigente.
5. No caso concreto, merece prosperar a insurgência da recorrente no
que se refere à incidência do art. 5º da Lei n. 11.960/09 no período

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subsequente a 29/06/2009, data da edição da referida lei, ante o
princípio do tempus regit actum.
6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia,
submetido ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ.
7. Cessam os efeitos previstos no artigo 543-C do CPC em relação ao
Recurso Especial Repetitivo n. 1.086.944/SP, que se referia tão Pública, deve ser aplicada, de imediato, aos processos em andamento,
somente às modificações legislativas impostas pela MP 2.180-35/01, sem, contudo, retroagir a período anterior à sua vigência.
que acrescentou o art. 1º-F à Lei 9.494/97, alterada pela Lei 11.960/09, 3. Nesse mesmo sentido já se manifestou o Supremo Tribunal Federal,
aqui tratada. ao decidir que a Lei 9.494/97, alterada pela Medida Provisória n.
8. Recurso especial parcialmente provido para determinar, ao presente 2.180-35/2001, que também tratava de consectário da condenação
feito, a imediata aplicação do art. 5º da Lei 11.960/09, a partir de sua (juros de mora), devia ser aplicada imediatamente aos feitos em curso.
vigência, sem efeitos retroativos.” 4. Assim, os valores resultantes de condenações proferidas contra a
Diante do exposto e considerando que o entendimento encampado no Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem
v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no observar os critérios de atualização (correção monetária e juros) nela
referido leading case, DETERMINO O RETORNO DOS AUTOS AO disciplinados, enquanto vigorarem. Por outro lado, no período anterior,
ÓRGÃO JULGADOR ORIGINÁRIO, na forma do art. 543-C, §7º, tais acessórios deverão seguir os parâmetros definidos pela legislação
inciso II, do Código de Processo Civil. então vigente.
À DIDRA, para providenciar. 5. No caso concreto, merece prosperar a insurgência da recorrente no
Rio de Janeiro, 20 de abril de 2012. que se refere à incidência do art. 5º da Lei n. 11.960/09 no período
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA subsequente a 29/06/2009, data da edição da referida lei, ante o
VICE-PRESIDENTE princípio do tempus regit actum.
6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia,
submetido ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ.
7. Cessam os efeitos previstos no artigo 543-C do CPC em relação ao
Recurso Especial Repetitivo n. 1.086.944/SP, que se referia tão
IV - APELACAO CIVEL 2010.02.01.005595-3 somente às modificações legislativas impostas pela MP 2.180-35/01,
Nº CNJ :0005595-12.2010.4.02.9999 que acrescentou o art. 1º-F à Lei 9.494/97, alterada pela Lei 11.960/09,
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE aqui tratada.
PRESIDENTE 8. Recurso especial parcialmente provido para determinar, ao presente
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO feito, a imediata aplicação do art. 5º da Lei 11.960/09, a partir de sua
SOCIAL - INSS vigência, sem efeitos retroativos.”
ADVOGADO :SEBASTIANA ALVES RODRIGUES Diante do exposto e considerando que o entendimento encampado no
APELADO :JOAO QUIRINO DA COSTA v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no
ADVOGADO :RICARDO AUGUSTO DE MIRANDA referido leading case, DETERMINO O RETORNO DOS AUTOS AO
BASTOS E OUTROS ÓRGÃO JULGADOR ORIGINÁRIO, na forma do art. 543-C, §7º,
ORIGEM :1A. VARA ESTADUAL - PARACAMBI/ inciso II, do Código de Processo Civil.
RJ (19900390001368) À DIDRA, para providenciar.
Rio de Janeiro, 20 de abril de 2012.
despacho RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
Verifica-se que a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi VICE-PRESIDENTE
objeto de pronunciamento definitivo da Corte Especial do Egrégio
Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.205.946/SP,
de relatoria do Ministro BENEDITO GONÇALVES, cuja decisão foi
publicada em 02/02/2012, e dispõe:
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO IV - APELACAO CIVEL 2010.02.01.005629-5
ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS Nº CNJ :0005629-84.2010.4.02.9999
REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
MORA DEVIDOS PELA FAZENDA PÚBLICA. LEI 11.960/09, PRESIDENTE
QUE ALTEROU O ARTIGO 1º-F DA LEI 9.494/97. NATUREZA APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS PROCESSOS EM SOCIAL - INSS
CURSO QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO RETROATIVO. PROCURADOR :MIREIA OLIVEIRA D'ALMEIDA
IMPOSSIBILIDADE. APELADO :ALBERTO TEIXEIRA GASPAR
1. Cinge-se a controvérsia acerca da possibilidade de aplicação ADVOGADO :FRANCISCO ANTONIO DE FREITAS
imediata às ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar a NETO
redação do artigo 1º-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os critérios de ORIGEM :1A. VARA ESTADUAL - PARACAMBI/
correção monetária e de juros de mora a serem observados nas RJ (19890390001920)
"condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua
natureza", quais sejam, "os índices oficiais de remuneração básica e despacho
juros aplicados à caderneta de poupança". Verifica-se que a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi
2. A Corte Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do objeto de pronunciamento definitivo da Corte Especial do Egrégio
julgamento dos EREsp n. 1.207.197/RS, entendeu por bem alterar Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.205.946/SP,
entendimento até então adotado, firmando posição no sentido de que a de relatoria do Ministro BENEDITO GONÇALVES, cuja decisão foi
Lei 11.960/2009, a qual traz novo regramento concernente à publicada em 02/02/2012, e dispõe:
atualização monetária e aos juros de mora devidos pela Fazenda “PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO
ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS
REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE
MORA DEVIDOS PELA FAZENDA PÚBLICA. LEI 11.960/09,
QUE ALTEROU O ARTIGO 1º-F DA LEI 9.494/97. NATUREZA
PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS PROCESSOS EM

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CURSO QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO RETROATIVO.
IMPOSSIBILIDADE.
1. Cinge-se a controvérsia acerca da possibilidade de aplicação
imediata às ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar a
redação do artigo 1º-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os critérios de
correção monetária e de juros de mora a serem observados nas RJ (19890390001920)
"condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua
natureza", quais sejam, "os índices oficiais de remuneração básica e DECISÃO
juros aplicados à caderneta de poupança". Trata-se de recurso extraordinário interposto pelo INSTITUTO
2. A Corte Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, às fls. 133/140, com
julgamento dos EREsp n. 1.207.197/RS, entendeu por bem alterar fundamento no artigo 102 inciso III, alínea “a”, da Constituição
entendimento até então adotado, firmando posição no sentido de que a Federal, em face de acórdãos emanados da colenda Segunda Turma
Lei 11.960/2009, a qual traz novo regramento concernente à Especializada deste Tribunal.
atualização monetária e aos juros de mora devidos pela Fazenda A parte recorrente sustentou, em síntese, que o acórdão teria violado o
Pública, deve ser aplicada, de imediato, aos processos em andamento, artigo 97, da Constituição Federal.
sem, contudo, retroagir a período anterior à sua vigência. Sem contrarrazões, conforme certidão de fl. 143-v.
3. Nesse mesmo sentido já se manifestou o Supremo Tribunal Federal, Relatei. Decido.
ao decidir que a Lei 9.494/97, alterada pela Medida Provisória n. O presente recurso não reúne condições de admissibilidade.
2.180-35/2001, que também tratava de consectário da condenação Com efeito, o exame dos autos evidencia que o órgão julgador deu
(juros de mora), devia ser aplicada imediatamente aos feitos em curso. parcial provimento à remessa necessária e ao recurso após percuciente
4. Assim, os valores resultantes de condenações proferidas contra a análise dos fatos e das provas relacionados à causa, sendo certo
Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem asseverar que, para se chegar à conclusão diversa, torna-se
observar os critérios de atualização (correção monetária e juros) nela imprescindível reexaminar o conjunto fático-probatório constante dos
disciplinados, enquanto vigorarem. Por outro lado, no período anterior, autos, o que é vedado em sede de recurso extraordinário, a teor do
tais acessórios deverão seguir os parâmetros definidos pela legislação enunciado da Súmula 279/STF (“Para simples reexame de prova não
então vigente. cabe recurso extraordinário”).
5. No caso concreto, merece prosperar a insurgência da recorrente no Diante do exposto, INADMITO o recurso extraordinário.
que se refere à incidência do art. 5º da Lei n. 11.960/09 no período Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012.
subsequente a 29/06/2009, data da edição da referida lei, ante o RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
princípio do tempus regit actum. VICE-PRESIDENTE
6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia,
submetido ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ.
7. Cessam os efeitos previstos no artigo 543-C do CPC em relação ao
Recurso Especial Repetitivo n. 1.086.944/SP, que se referia tão
somente às modificações legislativas impostas pela MP 2.180-35/01, IV - APELACAO CIVEL 2010.02.01.009423-5
que acrescentou o art. 1º-F à Lei 9.494/97, alterada pela Lei 11.960/09, Nº CNJ :0009423-16.2010.4.02.9999
aqui tratada. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
8. Recurso especial parcialmente provido para determinar, ao presente PRESIDENTE
feito, a imediata aplicação do art. 5º da Lei 11.960/09, a partir de sua APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
vigência, sem efeitos retroativos.” SOCIAL - INSS
Diante do exposto e considerando que o entendimento encampado no PROCURADOR :GABRIELA GONZALEZ LIMA
v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no APELADO :JOAQUIM ANGELO DA FONSECA
referido leading case, DETERMINO O RETORNO DOS AUTOS AO ADVOGADO :IVO DA GAMA PIRES E OUTROS
ÓRGÃO JULGADOR ORIGINÁRIO, na forma do art. 543-C, §7º, ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA ESTADUAL SAO
inciso II, do Código de Processo Civil. JOSE DO VALE DO/RJ
À DIDRA, para providenciar. (20080760001138)
Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012.
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA despacho
VICE-PRESIDENTE Verifica-se que a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi
objeto de pronunciamento definitivo da Corte Especial do Egrégio
Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.205.946/SP,
de relatoria do Ministro BENEDITO GONÇALVES, cuja decisão foi
publicada em 02/02/2012, e dispõe:
IV - APELACAO CIVEL 2010.02.01.005629-5 “PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO
Nº CNJ :0005629-84.2010.4.02.9999 ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE
PRESIDENTE MORA DEVIDOS PELA FAZENDA PÚBLICA. LEI 11.960/09,
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO QUE ALTEROU O ARTIGO 1º-F DA LEI 9.494/97. NATUREZA
SOCIAL - INSS PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS PROCESSOS EM
PROCURADOR :MIREIA OLIVEIRA D'ALMEIDA CURSO QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO RETROATIVO.
APELADO :ALBERTO TEIXEIRA GASPAR IMPOSSIBILIDADE.
ADVOGADO :FRANCISCO ANTONIO DE FREITAS 1. Cinge-se a controvérsia acerca da possibilidade de aplicação
NETO imediata às ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar a
ORIGEM :1A. VARA ESTADUAL - PARACAMBI/ redação do artigo 1º-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os critérios de
correção monetária e de juros de mora a serem observados nas
"condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua
natureza", quais sejam, "os índices oficiais de remuneração básica e
juros aplicados à caderneta de poupança".
2. A Corte Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do

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julgamento dos EREsp n. 1.207.197/RS, entendeu por bem alterar
entendimento até então adotado, firmando posição no sentido de que a
Lei 11.960/2009, a qual traz novo regramento concernente à
atualização monetária e aos juros de mora devidos pela Fazenda
Pública, deve ser aplicada, de imediato, aos processos em andamento,
sem, contudo, retroagir a período anterior à sua vigência. P.I.
3. Nesse mesmo sentido já se manifestou o Supremo Tribunal Federal, Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012.
ao decidir que a Lei 9.494/97, alterada pela Medida Provisória n. RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
2.180-35/2001, que também tratava de consectário da condenação VICE-PRESIDENTE
(juros de mora), devia ser aplicada imediatamente aos feitos em curso.
4. Assim, os valores resultantes de condenações proferidas contra a
Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem
observar os critérios de atualização (correção monetária e juros) nela
disciplinados, enquanto vigorarem. Por outro lado, no período anterior, IV - REMESSA EX OFFICIO EM AÇÃO CÍVEL
tais acessórios deverão seguir os parâmetros definidos pela legislação 2010.02.01.014221-7
então vigente. Nº CNJ :0014221-20.2010.4.02.9999
5. No caso concreto, merece prosperar a insurgência da recorrente no RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
que se refere à incidência do art. 5º da Lei n. 11.960/09 no período PRESIDENTE
subsequente a 29/06/2009, data da edição da referida lei, ante o PARTE :ENI FERREIRA DE ANDRADE E
princípio do tempus regit actum. AUTORA OUTROS
6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia, ADVOGADO :JARBAS ALVES STELMANN E
submetido ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ. OUTRO
7. Cessam os efeitos previstos no artigo 543-C do CPC em relação ao PARTE RÉ :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
Recurso Especial Repetitivo n. 1.086.944/SP, que se referia tão SOCIAL - INSS
somente às modificações legislativas impostas pela MP 2.180-35/01, ADVOGADO :ANGELA MARIA MOREIRA
que acrescentou o art. 1º-F à Lei 9.494/97, alterada pela Lei 11.960/09, REMETENTE :JUIZO DE DIREITO DA 1 VARA DE
aqui tratada. MENDES RJ
8. Recurso especial parcialmente provido para determinar, ao presente ORIGEM :1A. VARA ESTADUAL - MENDES/RJ
feito, a imediata aplicação do art. 5º da Lei 11.960/09, a partir de sua (00000550219908190032)
vigência, sem efeitos retroativos.”
Diante do exposto e considerando que o entendimento encampado no despacho
v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no Verifica-se que a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi
referido leading case, DETERMINO O RETORNO DOS AUTOS AO objeto de pronunciamento definitivo da Corte Especial do Egrégio
ÓRGÃO JULGADOR ORIGINÁRIO, na forma do art. 543-C, §7º, Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.205.946/SP,
inciso II, do Código de Processo Civil. de relatoria do Ministro BENEDITO GONÇALVES, cuja decisão foi
À DIDRA, para providenciar. publicada em 02/02/2012, e dispõe:
Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012. “PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS
VICE-PRESIDENTE REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE
MORA DEVIDOS PELA FAZENDA PÚBLICA. LEI 11.960/09,
QUE ALTEROU O ARTIGO 1º-F DA LEI 9.494/97. NATUREZA
PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS PROCESSOS EM
CURSO QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO RETROATIVO.
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2010.02.01.011499-4 IMPOSSIBILIDADE.
Nº CNJ :0011499-37.2010.4.02.0000 1. Cinge-se a controvérsia acerca da possibilidade de aplicação
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE imediata às ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar a
PRESIDENTE redação do artigo 1º-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os critérios de
AGRAVANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF correção monetária e de juros de mora a serem observados nas
ADVOGADO :FERNANDA RODRIGUES "condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua
D'ORNELAS E OUTROS natureza", quais sejam, "os índices oficiais de remuneração básica e
AGRAVADO :PAULO CÉSAR LINHARES E OUTRO juros aplicados à caderneta de poupança".
ADVOGADO :VALDIR PAES LOUREIRO E OUTRO 2. A Corte Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do
ORIGEM :VIGÉSIMA SÉTIMA VARA FEDERAL julgamento dos EREsp n. 1.207.197/RS, entendeu por bem alterar
DO RIO DE JANEIRO (9800094326) entendimento até então adotado, firmando posição no sentido de que a
Lei 11.960/2009, a qual traz novo regramento concernente à
DECISÃO atualização monetária e aos juros de mora devidos pela Fazenda
Trata-se de pedido formulado pela CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, Pública, deve ser aplicada, de imediato, aos processos em andamento,
às fls. 411-verso, requerendo a homologação da desistência do Recurso sem, contudo, retroagir a período anterior à sua vigência.
Especial interposto às fls. 402/410. 3. Nesse mesmo sentido já se manifestou o Supremo Tribunal Federal,
Sendo a desistência recursal ato unilateral e incondicional, ao decidir que a Lei 9.494/97, alterada pela Medida Provisória n.
HOMOLOGO a desistência do recurso, com fulcro no artigo 501 do 2.180-35/2001, que também tratava de consectário da condenação
CPC. (juros de mora), devia ser aplicada imediatamente aos feitos em curso.
Transitada esta em julgado, dê-se baixa na distribuição, remetendo-se 4. Assim, os valores resultantes de condenações proferidas contra a
os autos ao Juízo de origem. Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem
observar os critérios de atualização (correção monetária e juros) nela
disciplinados, enquanto vigorarem. Por outro lado, no período anterior,
tais acessórios deverão seguir os parâmetros definidos pela legislação
então vigente.
5. No caso concreto, merece prosperar a insurgência da recorrente no

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que se refere à incidência do art. 5º da Lei n. 11.960/09 no período
subsequente a 29/06/2009, data da edição da referida lei, ante o
princípio do tempus regit actum.
6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia,
submetido ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ.
7. Cessam os efeitos previstos no artigo 543-C do CPC em relação ao Lei 11.960/2009, a qual traz novo regramento concernente à
Recurso Especial Repetitivo n. 1.086.944/SP, que se referia tão atualização monetária e aos juros de mora devidos pela Fazenda
somente às modificações legislativas impostas pela MP 2.180-35/01, Pública, deve ser aplicada, de imediato, aos processos em andamento,
que acrescentou o art. 1º-F à Lei 9.494/97, alterada pela Lei 11.960/09, sem, contudo, retroagir a período anterior à sua vigência.
aqui tratada. 3. Nesse mesmo sentido já se manifestou o Supremo Tribunal Federal,
8. Recurso especial parcialmente provido para determinar, ao presente ao decidir que a Lei 9.494/97, alterada pela Medida Provisória n.
feito, a imediata aplicação do art. 5º da Lei 11.960/09, a partir de sua 2.180-35/2001, que também tratava de consectário da condenação
vigência, sem efeitos retroativos.” (juros de mora), devia ser aplicada imediatamente aos feitos em curso.
Diante do exposto e considerando que o entendimento encampado no 4. Assim, os valores resultantes de condenações proferidas contra a
v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem
referido leading case, DETERMINO O RETORNO DOS AUTOS AO observar os critérios de atualização (correção monetária e juros) nela
ÓRGÃO JULGADOR ORIGINÁRIO, na forma do art. 543-C, §7º, disciplinados, enquanto vigorarem. Por outro lado, no período
inciso II, do Código de Processo Civil. anterior, tais acessórios deverão seguir os parâmetros definidos pela
À DIDRA, para providenciar. legislação então vigente.
Rio de Janeiro, 20 de abril de 2012. 5. No caso concreto, merece prosperar a insurgência da recorrente no
RALDÊNIO BONIFACIO COSTA que se refere à incidência do art. 5º da Lei n. 11.960/09 no período
VICE-PRESIDENTE subsequente a 29/06/2009, data da edição da referida lei, ante o
princípio do tempus regit actum.
6. Recurso afetado à Seção, por ser representativo de controvérsia,
submetido ao regime do artigo 543-C do CPC e da Resolução 8/STJ.
7. Cessam os efeitos previstos no artigo 543-C do CPC em relação ao
IV - APELACAO CIVEL 2011.02.01.000049-0 Recurso Especial Repetitivo n. 1.086.944/SP, que se referia tão
Nº CNJ :0000049-39.2011.4.02.9999 somente às modificações legislativas impostas pela MP 2.180-35/01,
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE que acrescentou o art. 1º-F à Lei 9.494/97, alterada pela Lei
PRESIDENTE 11.960/09, aqui tratada.
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO 8. Recurso especial parcialmente provido para determinar, ao
SOCIAL - INSS presente feito, a imediata aplicação do art. 5º da Lei 11.960/09, a
PROCURADOR :JOSEMAR LEAL PESSANHA partir de sua vigência, sem efeitos retroativos.”
APELADO :LUCIENE DE FATIMA GARCIA DE Diante do exposto e considerando que o entendimento encampado no
OLIVEIRA VALERIO v. acórdão impugnado contraria a decisão proferida pelo STJ no
ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA - RJ referido leading case, DETERMINO O RETORNO DOS AUTOS AO
ORIGEM :1A. VARA ESTADUAL - ÓRGÃO JULGADOR ORIGINÁRIO, na forma do art. 543-C, §7º,
ITAOCARA/RJ inciso II, do Código de Processo Civil.
(00003128620068190025) À DIDRA, para providenciar.
RIO DE JANEIRO, 26 DE ABRIL DE 2012.
DECISÃO RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
Verifica-se que as questões jurídicas debatidas nesta sede recursal já VICE-PRESIDENTE
foram objeto de pronunciamento definitivo pela Corte Especial do
Egrégio Superior Tribunal de Justiça no julgamento do RESp nº
1.205.946/SP, em que foi reconhecida a existência de multiplicidade de
recurso acerca da mesma matéria versada nos presentes autos, cujo
acórdão foi publicado em 02/02/2012, verbis: III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.002656-8
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. Nº CNJ :0002656-49.2011.4.02.0000
SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL VICE
MONETÁRIA E JUROS DE MORA DEVIDOS PELA FAZENDA PRESIDENTE
PÚBLICA. LEI 11.960/09, QUE ALTEROU O ARTIGO 1º-F DA LEI AGRAVANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
9.494/97. NATUREZA PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS ADVOGADO :OCTAVIO CAIO MORA Y ARAUJO
PROCESSOS EM CURSO QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO DE COUTO E SILVA E OUTROS
RETROATIVO. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVADO :EDUARDO ZARUR
1. Cinge-se a controvérsia acerca da possibilidade de aplicação ADVOGADO :EDUARDO ZARUR
imediata às ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar a ORIGEM :SÉTIMA VARA FEDERAL DO RIO DE
redação do artigo 1º-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os critérios JANEIRO (200851010185121)
de correção monetária e de juros de mora a serem observados nas
"condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua despacho
natureza", quais sejam, "os índices oficiais de remuneração básica e Intime(m)-se o(s) recorrente(s) para proceder(em) à complementação
juros aplicados à caderneta de poupança". do preparo do(s) recurso(s) especial e/ ou extraordinário interposto(s),
2. A Corte Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do no prazo de cinco dias, na forma do Art. 511, § 2º, do CPC.
julgamento dos EREsp n. 1.207.197/RS, entendeu por bem alterar Rio de Janeiro, 25/04/2012.
entendimento até então adotado, firmando posição no sentido de que a RALDÊNIO BONIFACIO COSTA
VICE-PRESIDENTE

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SUBSECRETARIA DAS SEÇÕES - 1A SEÇÃO
ESPECIALIZADA

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL


1a.SEÇÃO ESPECIALIZADA
ADV : ANDRE LUIZ ANET E OUTROS
PAUTA DE JULGAMENTOS REU : FRANCISCO CARLOS DORNELLAS
ADV : MARIO CESAR MACHADO MONTEIRO E
Determino a inclusão dos processos abaixo relacionados OUTROS
na Pauta de Julgamentos ORDINARIA do dia 24 de MAIO de REU : CLAUDIO ALBERTO BARBOSA PONTES
2012, QUINTA-FEIRA, às 13:00 horas, podendo, entretanto, ADV : LUCIANO SALDANHA COELHO E
nessa mesma Sessão ou Sessões subseqüentes, ser julgados OUTROS
os processos adiados ou constantes de Pautas já publicadas. ADV : GUILHERME HENRIQUES
REU : LUIS OSWALDO VARGAS DE AGUIAR
00001 2011.02.01.014406-1 RVCR ES 193 ADV : ILCELENE VALENTE BOTTARI E OUTRO
CNJ : 0014406-48.2011.4.02.0000 REU : MARCELO DUVAL SOARES
RELATOR : DES.FED. ABEL GOMES
REVISOR : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO ADV : LUIZ CARLOS DA SILVA NETO
REQTE : RICARDO LUIZ DE OLIVEIRA ROCHA REU : LUIS FELIPE EGGER MAGALHAES
ADV : NUNO RONAN GONCALVES E OUTROS ADV : ILCELENE VALENTE BOTTARI E
REQDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL OUTROS
00002 2009.02.01.016681-5 AR RJ 3522 00005 1998.51.01.063714-0 ENUL RJ 7666
CNJ : 0016681-38.2009.4.02.0000 CNJ : 0063714-33.1998.4.02.5101
RELATOR : DES.FED. PAULO ESPIRITO SANTO RELATOR : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO
AUTOR : UNIAO FEDERAL REVISORA : DES.FED. LILIANE RORIZ
REU : VALDOVINO DE SOUZA ALMEIDA EMBGTE : SAULO LINS E SILVA
ADV : JOSE PERICLES COUTO ALVES E ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIÃO
OUTROS EMBGTE : CARLOS ALBERTO FIGUEIRA BORGES
EMBGTE : LUIS ANTONIO BOLLIS PINTO
00003 2011.02.01.017664-5 AR RJ 3934 ADV : PAULO GUILHERME MORAES DE
CNJ : 0017664-66.2011.4.02.0000 OLIVEIRA E OUTRO
RELATOR : DES.FED. PAULO ESPIRITO SANTO EMBGDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
AUTOR : JOSE FERREIRA SOBRINHO
ADV : SELESOCRATES MARBACK D 00006 2003.51.10.003837-1 ENUL RJ 9100
OLIVEIRA E OUTRO CNJ : 0003837-62.2003.4.02.5110
REU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO RELATOR : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO
SOCIAL - INSS REVISORA : DES.FED. LILIANE RORIZ
PROC : SEM PROCURADOR EMBGTE : OLINDA CARVALHO DE ALMEIDA
ANOTAÇÕ : JUST.GRAT. ADV : CARLO HUBERTH CASTRO CUEVA E
ES LUCHIONE E OUTROS
EMBGDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
00004 2002.51.01.515993-6 ENUL RJ 5640
CNJ : 0515993-86.2002.4.02.5101 00007 2007.50.02.001700-7 ENUL ES 8643
RELATOR : DES.FED. ANTONIO IVAN ATHIÉ CNJ : 0001700-04.2007.4.02.5002
REVISOR : DES.FED. ABEL GOMES RELATOR : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO
EMBGTE : ANDRE LUIZ GERALDO DE CARVALHO REVISORA : DES.FED. LILIANE RORIZ
EMBGTE : RIBAMAR PEREIRA DA SILVA EMBGTE : DIOGENES FERNANDO BRAGA
EMBGTE : JOSE RICARDO SANT ANA MINGOZZI ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
EMBGTE : MARCELLO WANDER MONTEIRO EMBGDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
BESSA ANOTAÇÕ : JUST.GRAT.
ADV : MARIO CESAR MACHADO MONTEIRO E ES
OUTROS
EMBGDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL 00008 2009.51.01.812704-7 ENUL RJ 7212
REU : CARLOS ALEXANDRE CARDOSO DE CNJ : 0812704-28.2009.4.02.5101
SOUZA RELATOR : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO
ADV : ANTÔNIO PEDRO MELCHIOR E REVISORA : DES.FED. LILIANE RORIZ
OUTROS EMBGTE : ROLAN DE AZEVEDO GONCALVES
REU : WALTER RUI DE SANTANA RIBEIRO
ADV : DANIEL DE MACEDO ALVES PEREIRA - ADV : PAULO ROBERTO DE ALMEIDA DAVID
DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO E OUTROS
REU : ALEXANDRE PESSOA COSTA EMBGDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
ADV : RANIERI MAZZILLI NETO
REU : PAULO CESAR BENTO INACIO 00009 2011.02.01.015365-7 AR ES 3913
CNJ : 0015365-19.2011.4.02.0000
RELATORA : DES.FED. NIZETE LOBATO CARMO
PAUTA : J.F.CONV MARCIA MARIA NUNES DE
BARROS
AUTOR : ALOISIO DARCY MARQUES

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ADV : JADER NOGUEIRA E OUTRO
REU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS
PROC : SEM PROCURADOR
ANOTAÇÕ : JUST.GRAT.
ES
XXXVII - EMBARGOS INFRIGENTES E DE NUL. 8493
2009.50.01.001750-0
RIO DE JANEIRO, 10 DE MAIO DE 2012. Nº CNJ :0001750-62.2009.4.02.5001
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL ABEL
GOMES
EMBARGANTE :EDSON DOS SANTOS
ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
DESEMBARGADOR FEDERAL ABEL GOMES EMBARGADO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
ORIGEM :2ª VARA FEDERAL CRIMINAL DE
PRESIDENTE VITÓRIA/ES (200950010017500)

EMENTA
PENAL. PROCESSO PENAL. EMBARGOS INFRINGENTES.
FURTO. CRIME IMPOSSÍVEL. INEFICÁCIA ABSOLUTA DO
MEIO. FLAGRANTE PREPARADO. FLAGRANTE ESPERADO.
TENTATIVA.
I - O crime impossível é aquele que jamais poderia ser consumado em
BOLETIM: 126805
razão da ineficácia absoluta do meio empregado ou pela absoluta
impropriedade do objeto.
II - Ineficácia absoluta do meio quando o instrumento utilizado não
XXXVII - EMBARGOS INFRIGENTES E DE NUL. 8484
permite, de forma alguma, que o delito se consuma.
2009.51.19.000716-4
III – A distinção entre flagrante preparado e flagrante esperado é
Nº CNJ :0000716-86.2009.4.02.5119
bastante delineada. O primeiro - flagrante preparado - é aquele em que
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL ABEL
o agente é induzido à prática do crime por agente provocador, que
GOMES
tanto pode ser a autoridade policial como terceiros. O traço marcante
EMBARGANTE :JOSE CARLOS THOMMEN DOBELE
desta situação de flagrante é a iniciativa da conduta delituosa que, por
ADVOGADO :RODRIGO PERES DE OLIVEIRA
ser na verdade um simulacro do delito, não cabe na realidade ao sujeito
NOGUEIRA (RJ155354) E OUTRO
ativo, mas sim ao agente provocador. Totalmente diferente, é o
EMBARGADO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
flagrante esperado, situação na qual, a iniciativa do delito é toda do
ORIGEM :1A VARA FEDERAL DE BARRA DO
sujeito ativo, que adota a conduta no sentido de praticá-lo, mas é
PIRAI/RJ (200951190007164)
surpreendido ou interrompido pela autoridade ou por terceiros, que
logram efetuar a prisão em flagrante, na forma do art. 301 do CPP.
EMENTA
IV- Atos executórios foram interrompidos por motivos alheios ao do
PENAL - EMBARGOS INFRINGENTES - CONTRABANDO
agente executor.
MÁQUINAS ELETRÔNICAS PROGRAMADAS - IMPUTAÇÃO
V- Embargos infringentes não providos.
SUBJETIVA DUVIDOSA - ABSOLVIÇÃO.
ACÓRDÃO
I. Os embargos infringentes limitam-se ao teor da divergência contida
Vistos e relatados os presentes autos, em que são partes as acima
no julgado. No caso em foco, o voto vencido é muito claro no sentido
indicadas, acordam os membros da Primeira Seção Especializada do
de limitar a discussão à existência ou não de dolo por parte do acusado.
Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por maioria, em negar
provimento ao recurso, nos termos do voto do relator.
II. Dúvida razoável, nas circunstâncias, sobre a ciência do acusado
Rio de Janeiro, 4 de maio de 2012 (data do julgamento).
quanto à origem estrangeira e de importação proibida das MEP’s,
ABEL GOMES
resultando na possibilidade de que não tivesse o mesmo, alcance sobre
Desembargador Federal
as elementares do § 1º do art. 334 do CP.
Relator
III. Recurso provido. Absolvição mantida, nos termos do art. 386, VII
do CPP
ACÓRDÃO
Vistos e relatados os presentes autos, em que são partes as acima
indicadas, acordam os membros da Primeira Seção Especializada do
BOLETIM: 126813
Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por maioria, em dar
provimento ao recurso, nos termos do voto do relator.
Rio de Janeiro, 4 de maio de 2012 (data do julgamento).
XLVII - MEDIDA CAUTELAR INOMINADA 2423
ABEL GOMES
2012.02.01.005844-6
Desembargador Federal
Nº CNJ :0005844-16.2012.4.02.0000
Relator
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL ABEL
GOMES
REQUERENTE :JEAN PIERRE FUCHS
ADVOGADO :ANTONIO MARCO DA COSTA
(RJ154513)
REQUERIDO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL
CRIMINAL DO RIO DE JANEIRO
(9600646996)

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ÓRGÃO ATUAL :GABINETE DO DR. ABEL GOMES

DECISÃO
JEAN PIERRE FUCHS ajuizou a presente ação cautelar, com pedido
liminar, em face do MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, objetivando:
a gratuidade de justiça; a suspensão do edital e prosseguimento do
Processo de Execução, em trâmite na 3ª Vara Criminal Federal do Rio EMENTA
de Janeiro, relativo à cautelar de seqüestro do bem imóvel até o PREVIDENCIÁRIO. DESAPOSENTAÇÃO. POSSIBILIDADE DE
julgamento da Revisão Criminal nº 2012.02.01.005084-8. RENÚNCIA À APOSENTADORIA. EFEITOS EX NUNC.
É o relatório. DECIDO. CÔMPUTO DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO POSTERIOR À
Consigno que da confusa inicial desta Medida Cautelar Inominada, JUBILAÇÃO. INTELIGÊNCIA DO ART. 18, §2º, DA LEI 8.213/91.
cuja inicial foi protocolada em 04/05/2012, infere-se que os pedidos CONCESSÃO DE NOVO BENEFÍCIO MAIS VANTAJOSO.
formulados são idênticos àqueles constantes da Revisão Criminal nº DESNECESSIDADE DE DEVOLUÇÃO DOS PROVENTOS
2012.02.01.005084-8, ajuizada pelo próprio requerente, em RECEBIDOS. VERBA DE CARÁTER ALIMENTAR.
18/04/2012, sem a assistência de advogado (art. 623, CPP). I – Não há óbice para a renúncia à aposentadoria e utilização do tempo
Registre-se que nos autos do Processo nº 2012.02.01.005084-8 foi de contribuição posterior para a obtenção de novo benefício mais
deferida liminar, concedendo efeito suspensivo, à ação revisional, vantajoso para a segurada, seja no mesmo regime ou em regime
unicamente, para obstar atos de alienação ou transferência sobre o bem diverso. Precedentes do STJ e desta Corte;
imóvel rural, denominado Sítio São Sebastião, até o julgamento do II – O art. 18, §2º, da Lei 8.213/91 deve ser interpretado conforme a
mérito da referida ação revisional. Na sequência, determinei o Constituição Federal, no sentido de afastar a possibilidade de
restabelecimento do sequestro que pendia sobre o referido imóvel,para duplicidade de benefícios – isto é, de acumulação indevida de
garantir sua inalienabilidade, bem como deferi a gratuidade de justiça aposentadorias –, mas não o novo cálculo de parcela previdenciária que
pleiteada. Sendo de ressaltar que a revisão criminal segue seu trâmite deva ser satisfeita, haja vista que o §11 do art. 201 da Carta Política
normal. assegura que “os ganhos habituais do empregado, a qualquer título,
Assim, nada indica a plausibilidade jurídica do direito alegado (fumus serão incorporados ao salário para efeito de contribuição
boni iuris), bem como a irreparabilidade ou difícil reparação desse previdenciária e consequente repercussão em benefícios, nos casos e
direito (periculum in mora), vez que os pleitos já foram apreciados, na forma da lei”;
monocraticamente, nos autos da referida Revisão Criminal. III – A desaposentação produz efeitos ex nunc, não importando a
Ante o exposto, com fulcro no art. 44, §1º, II, do Regimento Interno obrigatoriedade de devolução dos proventos recebidos, pois enquanto
deste Eg. Tribunal, indefiro liminarmente o pedido, por ser perdurou a aposentadoria pelo regime geral, os pagamentos, de
manifestamente improcedente. natureza alimentar, eram indiscutivelmente devidos. Precedentes da
Junte-se, em ordem, antes desta decisão, cópia daquela prolatada nos Quinta e da Sexta Turmas do STJ;
autos da Revisão Criminal nº 2012.02.01.005084-8. IV – Remessa necessária e apelação do INSS desprovidas.
Certificado o trânsito em julgado, dê-se baixa na Distribuição e ACÓRDÃO
arquive-se, com as cautelas de estilo. Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as acima
Rio de Janeiro, 09 de maio de 2012. indicadas, acordam os Membros da Primeira Turma Especializada do
ABEL GOMES Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por maioria, em negar
Desembargador Federal provimento à remessa necessária e à apelação do INSS, nos termos do
Relator Voto Condutor.
Rio de Janeiro, 25 / 04 / 2012 (data do julgamento).
ANTONIO IVAN ATHIÉ
Desembargador Federal – Relator p/Acórdão
SUBSECRETARIA DA 1A.TURMA ESPECIALIZADA

BOLETIM: 126817
BOLETIM: 126825
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2010.51.01.803409-6
Nº CNJ :0803409-30.2010.4.02.5101 IV - APELAÇÃO CÍVEL 2012.02.01.001367-0
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL Nº CNJ :0001367-23.2012.4.02.9999
PAULO ESPIRITO SANTO RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL ANTONIO IVAN ATHIÉ
P/ACÓRDÃO ANTONIO IVAN ATHIÉ REL/ P/:DESEMBARGADOR FEDERAL ABEL
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO ACÓRDÃO GOMES
SOCIAL - INSS APELANTE :MARIA DA PENHA DA SILVA
PROCURADORA :BRUNA SARMENTO DOS SANTOS MATHEUS
APELADO :JOSE REINALDO LISBOA DIAS ADVOGADO :DOUGLAS LUIZ DOS SANTOS E
ADVOGADO :FELIPE EPAMINONDAS DE OUTROS
CARVALHO APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 13A VARA-RJ SOCIAL - INSS
ORIGEM :DÉCIMA TERCEIRA VARA FEDERAL PROCURADOR :AFONSO CEZAR CORADINE
DO RIO DE JANEIRO ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA ESTADUAL SANTA
(201051018034096) MARIA DE JETIBÁ/ES (056100006826)

EMENTA
PREVIDENCIÁRIO – PRETENSÃO DE CONCESSÃO DE
APOSENTADORIA DIRETAMENTE PELO JUDICIÁRIO –
AUSÊNCIA DE PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO –

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CARÊNCIA DE AÇÃO – EXTINÇÃO DO PROCESSO – NÃO
VIOLAÇÃO AO ART. 5º, XXXV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
– ENUNCIADO Nº 77 DO FONAJEF.
1. A ausência de prévio requerimento administrativo junto ao órgão
previdenciário importa em ausência de interesse de agir, uma das
condições da ação, não se confundindo com a desnecessidade de SOCIAL - INSS
exaurimento da via administrativa. Como no presente caso não há PROCURADOR :ALEXANDRE HIDEO WENICHI
requerimento administrativo formulado pela autora, constata-se que a ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA ESTADUAL SANTA
Administração Pública não examinou a pretensão, não havendo como MARIA DE JETIBÁ/ES (056100029349)
saber se esta poderia ser satisfeita sem a necessidade da via judicial,
ainda que haja contestação pela autarquia ré, pois o interesse EMENTA
processual é condição da ação, e não sendo provado de plano, dá PREVIDENCIÁRIO – PRETENSÃO DE CONCESSÃO DE
ensejo à extinção do processo sem julgamento do mérito. APOSENTADORIA DIRETAMENTE PELO JUDICIÁRIO –
2. Mesmo considerando que cada caso possui as suas próprias AUSÊNCIA DE PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO –
peculiaridades, e há precedentes, com base no princípio da celeridade e CARÊNCIA DE AÇÃO – EXTINÇÃO DO PROCESSO – NÃO
economia processual, em que se supera esta questão, especialmente VIOLAÇÃO AO ART. 5º, XXXV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
quando o processo já tramitou por tempo razoável e chega ao Tribunal – ENUNCIADO Nº 77 DO FONAJEF.
com uma sentença de mérito, o fato é que, in casu, restou evidenciado 1. A ausência de prévio requerimento administrativo junto ao órgão
que a autora não pretendia, desde o início, ingressar com pedido previdenciário importa em ausência de interesse de agir, uma das
administrativo para obter a concessão do seu benefício. A via judicial condições da ação, não se confundindo com a desnecessidade de
não pode ser usada para substituir a via administrativa como meio mais exaurimento da via administrativa. Como no presente caso não há
eficaz de se conquistar o pleito, fazendo do Poder Judiciário um requerimento administrativo formulado pelo autor, constata-se que a
trampolim para deixar de submeter o pleito à via administrativa, que é Administração Pública não examinou a pretensão, não havendo como
a regra. saber se esta poderia ser satisfeita sem a necessidade da via judicial,
3. De outra parte, não há violação ao preceito do art. 5º, XXXV, da ainda que haja contestação pela autarquia ré, pois o interesse
Constituição Federal (“a lei não excluirá da apreciação do Poder processual é condição da ação, e não sendo provado de plano, dá
Judiciário lesão ou ameaça a direito”), posto que não há necessidade ensejo à extinção do processo sem julgamento do mérito.
de provocação do Judiciário ante a ausência de lesão ou ameaça a 2. Mesmo considerando que cada caso possui as suas próprias
direito, eis que este ainda não foi examinado na via própria. É preciso peculiaridades, e há precedentes, com base no princípio da celeridade e
que se compreenda que o Judiciário não é sempre a primeira ou única economia processual, em que se supera esta questão, especialmente
via para a obtenção de prestação que sequer foi solicitada perante o quando o processo já tramitou por tempo razoável e chega ao Tribunal
obrigado a cumpri-la. Este entendimento não se contrapõe ao princípio com uma sentença de mérito, o fato é que, in casu, restou evidenciado
constitucional do livre acesso à justiça, por não impedir um posterior que o autor não pretendia, desde o início, ingressar com pedido
ajuizamento da ação, em caso de negativa do pleito, demora excessiva administrativo para obter a concessão do seu benefício. A via judicial
ou exigência de documentação incompatível ou desnecessária, na não pode ser usada para substituir a via administrativa como meio mais
esfera administrativa. eficaz de se conquistar o pleito, fazendo do Poder Judiciário um
4. “o ajuizamento da ação de concessão de benefício da seguridade trampolim para deixar de submeter o pleito à via administrativa, que é
social reclama prévio requerimento administrativo” (Enunciado 77 do a regra.
FONAJEF). 3. De outra parte, não há violação ao preceito do art. 5º, XXXV, da
5. Apelação a que se nega provimento. Constituição Federal (“a lei não excluirá da apreciação do Poder
ACÓRDÃO Judiciário lesão ou ameaça a direito”), posto que não há necessidade
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas, de provocação do Judiciário ante a ausência de lesão ou ameaça a
acordam os Membros da Primeira Turma Especializada do Tribunal direito, eis que este ainda não foi examinado na via própria. É preciso
Regional Federal da 2ª Região, por maioria, em negar provimento ao que se compreenda que o Judiciário não é sempre a primeira ou única
recurso, nos termos do Voto do Relator p/ acórdão, vencido o via para a obtenção de prestação que sequer foi solicitada perante o
Desembargador Federal Ivan Athié. obrigado a cumpri-la. Este entendimento não se contrapõe ao princípio
Rio de Janeiro, 28 de março de 2012 (data do julgamento). constitucional do livre acesso à justiça, por não impedir um posterior
ABEL GOMES ajuizamento da ação, em caso de negativa do pleito, demora excessiva
Desembargador Federal ou exigência de documentação incompatível ou desnecessária, na
Relator p/ acórdão esfera administrativa.
4. “o ajuizamento da ação de concessão de benefício da seguridade
social reclama prévio requerimento administrativo” (Enunciado 77 do
FONAJEF).
5. Apelação a que se nega provimento.
IV - APELAÇÃO CÍVEL 2012.02.01.003798-4 ACÓRDÃO
Nº CNJ :0003798-30.2012.4.02.9999 Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas,
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL acordam os Membros da Primeira Turma Especializada do Tribunal
ANTONIO IVAN ATHIÉ Regional Federal da 2ª Região, por maioria, em negar provimento ao
REL/ P/:DESEMBARGADOR FEDERAL ABEL recurso, nos termos do Voto do Relator p/ acórdão, vencido o
ACÓRDÃO GOMES Desembargador Federal Ivan Athié.
APELANTE :ERNESTO GUILHERME GUSTAVO Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012 (data do julgamento).
DETTMANN ABEL GOMES
ADVOGADO :LEANDRO FERNANDES E OUTROS Desembargador Federal
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO Relator p/ acórdão

IV - REMESSA EX OFFICIO EM AÇÃO CÍVEL

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2010.51.04.000801-3
Nº CNJ :0000801-83.2010.4.02.5104
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
ANTONIO IVAN ATHIÉ
REL/ P/:DESEMBARGADOR FEDERAL ABEL
ACÓRDÃO GOMES passando a valer a partir de sua vigência para todos os benefícios
PARTE AUTORA :DALVA MARINS DA SILVA concedidos.
ADVOGADO :ROBERTO MACHADO DA COSTA 7. Ressalte-se, ainda, que embora posteriormente à Lei nº 9.528/97
PARTE RÉ :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO (decorrente da conversão da MP 1.523-9) viesse a lume lei que reduziu
SOCIAL - INSS o prazo para requerer a revisão da renda mensal inicial para cinco anos
PROCURADOR :TITO LIVIO SAMPAIO VEIRA (Lei nº 9.711/98), o que perdurou até o restabelecimento do prazo
REMETENTE :JUÍZO FEDERAL DA 1A VARA DE original de dez anos pela MP nº 138, de 19/11/2003, convertida na Lei
VOLTA REDONDA-RJ nº 10.839, de 05/02/2004, a lei paradigma para o caso dos benefícios
ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DE anteriores a 28/06/1997, como é o caso aqui, é mesmo a Lei de 1997, a
VOLTA REDONDA (201051040008013) partir do advento da MP 1.523-9, já que foi a que primeiro tratou deste
prazo, e não a de 2004, pois esta veio apenas para restaurar o prazo
EMENTA decenal, pois se entendeu ser este o mais adequado para o tema (mens
PREVIDENCIÁRIO. PEDIDO DE REVISÃO DA RMI. BENEFÍCIO legis).
CONCEDIDO ANTES DA EDIÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 8. E, se o prazo ainda em curso foi aumentado pela nova lei, de cinco
1.523-9/97. PRESCRIÇÃO DO FUNDO DE DIREITO. EXTINÇÃO para dez anos, a doutrina mais autorizada posiciona-se maciçamente no
COM BASE NO ART. 269, IV, DO CPC. REMESSA OFICIAL sentido de que o novo lapso se aplica imediatamente, computando-se,
PROVIDA. todavia, o período já transcorrido sob o manto da legislação anterior.
1. Merece reforma a sentença, eis que deveria ser afastada a
possibilidade de revisão, de acordo com o art. 103 da Lei nº 8.213/91, 9. Na prática, o prazo se manteve decenal para todos os benefícios,
já que se trata de pedido de recálculo da RMI pela aplicação da desde o advento da MP 1.523-9 de 1997, mesmo para aqueles
variação da ORTN/OTN, corrigindo-se os 24 (vinte e quatro) salários- concedidos entre 21/11/1998 e 19/11/2003, já que a edição da MP nº
de-contribuição anteriores aos 12 (doze) últimos utilizados no cálculo 138/2003, conforme se lê da exposição de motivos que a acompanhou,
da renda mensal inicial da aposentadoria do instituidor, com teve o evidente intuito de ampliar o prazo antes que os cinco anos
repercussão na pensão por morte da autora, tendo sido ultrapassado o anteriormente fixados se consumassem, de forma que também os
prazo de dez anos para postular a revisão. É prescrição do fundo de titulares de benefícios concedidos na vigência da Lei nº 9.711/98
direito. tivessem o mesmo prazo de dez anos que os que tiveram os benefícios
2. A hipótese é de benefício com DIB em 29/06/1984 - fl.10, antes, concedidos anteriormente, prazo este que também regeria os benefícios
portanto, da instituição do prazo extintivo previsto no referido posteriores a 20/11/2003.
dispositivo, com a edição da Medida Provisória nº 1.523-9/97, de dez 10. Assim, conclui-se pela reforma da sentença, pois a solução a ser
anos. Nesses casos, o entendimento firmado no 1º Fórum Regional de dada ao caso, de fato, é a que evita tratamento injusto e desigual para
Direito Previdenciário – FOREPREV (15/08/2008), que sobre o tema idênticas situações jurídicas, submetendo-se ao mesmo prazo também
editou o Enunciado nº 16, em interpretação analógica com julgados do os segurados que tiveram o benefício concedido antes da MP
STJ acerca da Lei nº 9.784/99, no que tange ao prazo decadencial para 1.523-9/97.
a Administração anular os seus atos, é de que o termo inicial do prazo 11. Ressalte-se que, mais recentemente, também veio a ser editada pela
consignado no caput do art. 103 da Lei nº 8.213/91, com a redação Turma Regional de Uniformização de Jurisprudência das Turmas
dada pela referida MP (com vigência a partir de 28/06/1997), seria 1º Recursais dos Juizados Especiais Federais a Súmula nº 8, em sessão
de agosto de 1997 (dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da realizada em 29/06/2009, na mesma esteira de entendimento.
primeira prestação), contando-se a partir daí dez anos. 12. Destaque-se, por fim, que a jurisprudência recente do eg. STJ
(REsp 1303988/PE, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI,
3. Assim, os benefícios anteriores a 28/06/1997 estariam impedidos de PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/03/2012, DJe 21/03/2012)
serem revistos a partir de 01/08/2007, e a presente ação foi ajuizada em também acolhe a tese aqui exposta.
05/04/2010, após esgotado o prazo. 13. Apelação e remessa oficial providas para extinguir o feito com base
4. Na verdade, mesmo antes da legislação específica, tratando da no art. 269, IV, do CPC. Arcará a autora com o pagamento de custas e
matéria, vigia o Decreto nº 29.910/32, que tratava de prazo honorários de 5% sobre o valor da causa, devendo ser observado o
prescricional para as ações contra as fazendas públicas, valendo aduzir disposto no art. 12 da Lei nº 1.060/50 com relação a tais verbas, pois
que o INSS é fazenda pública autárquica federal e o prazo em questão se trata de beneficiária da gratuidade de justiça (fl. 16).
é prescricional (de fundo de direito). ACÓRDÃO
5. Destarte, nosso direito jamais coadunou com a imprescritibilidade Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas,
em face das lesões convalescentes de direito, e inércia para recuperá- acordam os Membros da Primeira Turma Especializada do Tribunal
las. Não pode agora, comportar exceções calcadas em mera casuística Regional Federal da 2ª Região, por maioria, em dar provimento à
com que se venha a interpretar sucessão de leis no tempo, com afronta remessa oficial, nos termos do Voto do Relator p/ acórdão, vencido o
ao princípio da igualdade entre todos os segurados da Previdência Desembargador Federal Ivan Athié.
Social. Rio de Janeiro, 28 de março de 2012 (data do julgamento).
6. De fato nos parece acertada a posição do Enunciado nº 16 do ABEL GOMES
FOREPREV, porquanto o direito à obtenção de um benefício (de Desembargador Federal
cunho constitucional fundamental), não lhe retira o exame sob o prisma Relator p/ acórdão
meramente patrimonial (submissão a prazos de convalescimento de
direito subjetivo). Vale dizer, há que se conceber a possibilidade de a
norma prever esse prazo decadencial, ou melhor, prescricional,

IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2010.51.02.001045-2


Nº CNJ :0001045-18.2010.4.02.5102
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
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REL/ P/:DESEMBARGADOR FEDERAL ABEL
ACÓRDÃO GOMES
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS
PROCURADOR :PAULO ROBERTO PERES
FILGUEIRAS concedidos.
APELADO :JOÃO LOPES DE OLIVEIRA - 7. Ressalte-se, ainda, que embora posteriormente à Lei nº 9.528/97
ESPÓLIO (decorrente da conversão da MP 1.523-9) viesse a lume lei que reduziu
ADVOGADO :ALDER MACEDO DE OLIVEIRA E o prazo para requerer a revisão da renda mensal inicial para cinco anos
OUTROS (Lei nº 9.711/98), o que perdurou até o restabelecimento do prazo
REMETENTE :JUÍZO FEDERAL DA 1A VARA DE original de dez anos pela MP nº 138, de 19/11/2003, convertida na Lei
NITERÓI-RJ nº 10.839, de 05/02/2004, a lei paradigma para o caso dos benefícios
ORIGEM :1A. VARA FEDERAL - NITERÓI/RJ anteriores a 28/06/1997, como é o caso aqui, é mesmo a Lei de 1997, a
(201051020010452) partir do advento da MP 1.523-9, já que foi a que primeiro tratou deste
prazo, e não a de 2004, pois esta veio apenas para restaurar o prazo
EMENTA decenal, pois se entendeu ser este o mais adequado para o tema (mens
PREVIDENCIÁRIO. PEDIDO DE REVISÃO DA RMI. BENEFÍCIO legis).
CONCEDIDO ANTES DA EDIÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 8. E, se o prazo ainda em curso foi aumentado pela nova lei, de cinco
1.523-9/97. PRESCRIÇÃO DO FUNDO DE DIREITO. EXTINÇÃO para dez anos, a doutrina mais autorizada posiciona-se maciçamente no
COM BASE NO ART. 269, IV, DO CPC. RECURSO E REMESSA sentido de que o novo lapso se aplica imediatamente, computando-se,
OFICIAL PROVIDOS. todavia, o período já transcorrido sob o manto da legislação anterior.
1. Merece reforma a sentença, eis que deveria ser afastada a
possibilidade de revisão, de acordo com o art. 103 da Lei nº 8.213/91, 9. Na prática, o prazo se manteve decenal para todos os benefícios,
já que se trata de pedido de recálculo da RMI pela aplicação da desde o advento da MP 1.523-9 de 1997, mesmo para aqueles
variação da ORTN/OTN, corrigindo-se os 24 (vinte e quatro) salários- concedidos entre 21/11/1998 e 19/11/2003, já que a edição da MP nº
de-contribuição anteriores aos 12 (doze) últimos utilizados no cálculo 138/2003, conforme se lê da exposição de motivos que a acompanhou,
da renda mensal inicial da aposentadoria do instituidor, com teve o evidente intuito de ampliar o prazo antes que os cinco anos
repercussão na pensão por morte da viúva, tendo sido ultrapassado o anteriormente fixados se consumassem, de forma que também os
prazo de dez anos para postular a revisão. É prescrição do fundo de titulares de benefícios concedidos na vigência da Lei nº 9.711/98
direito. tivessem o mesmo prazo de dez anos que os que tiveram os benefícios
2. A hipótese é de benefício com DIB em 23/09/1983 - fl.17, antes, concedidos anteriormente, prazo este que também regeria os benefícios
portanto, da instituição do prazo extintivo previsto no referido posteriores a 20/11/2003.
dispositivo, com a edição da Medida Provisória nº 1.523-9/97, de dez 10. Assim, conclui-se pela reforma da sentença, pois a solução a ser
anos. Nesses casos, o entendimento firmado no 1º Fórum Regional de dada ao caso, de fato, é a que evita tratamento injusto e desigual para
Direito Previdenciário – FOREPREV (15/08/2008), que sobre o tema idênticas situações jurídicas, submetendo-se ao mesmo prazo também
editou o Enunciado nº 16, em interpretação analógica com julgados do os segurados que tiveram o benefício concedido antes da MP
STJ acerca da Lei nº 9.784/99, no que tange ao prazo decadencial para 1.523-9/97.
a Administração anular os seus atos, é de que o termo inicial do prazo 11. Ressalte-se que, mais recentemente, também veio a ser editada pela
consignado no caput do art. 103 da Lei nº 8.213/91, com a redação Turma Regional de Uniformização de Jurisprudência das Turmas
dada pela referida MP (com vigência a partir de 28/06/1997), seria 1º Recursais dos Juizados Especiais Federais a Súmula nº 8, em sessão
de agosto de 1997 (dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da realizada em 29/06/2009, na mesma esteira de entendimento.
primeira prestação), contando-se a partir daí dez anos. 12. Destaque-se, por fim, que a jurisprudência recente do eg. STJ
(REsp 1303988/PE, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI,
3. Assim, os benefícios anteriores a 28/06/1997 estariam impedidos de PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/03/2012, DJe 21/03/2012)
serem revistos a partir de 01/08/2007, e a presente ação foi ajuizada em também acolhe a tese aqui exposta.
30/03/2010, após esgotado o prazo. 13. Apelação e remessa oficial providas para extinguir o feito com base
4. Na verdade, mesmo antes da legislação específica, tratando da no art. 269, IV, do CPC. Invertidos os ônus da sucumbência, devendo
matéria, vigia o Decreto nº 29.910/32, que tratava de prazo ser observado o disposto no art. 12 da Lei nº 1.060/50 com relação às
prescricional para as ações contra as fazendas públicas, valendo aduzir verbas de sucumbência, pois se trata de beneficiária da gratuidade de
que o INSS é fazenda pública autárquica federal e o prazo em questão justiça (fl. 28).
é prescricional (de fundo de direito). ACÓRDÃO
5. Destarte, nosso direito jamais coadunou com a imprescritibilidade Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas,
em face das lesões convalescentes de direito, e inércia para recuperá- acordam os Membros da Primeira Turma Especializada do Tribunal
las. Não pode agora, comportar exceções calcadas em mera casuística Regional Federal da 2ª Região, por maioria, em dar provimento ao
com que se venha a interpretar sucessão de leis no tempo, com afronta recurso e à remessa oficial, nos termos do Voto do Relator p/ acórdão,
ao princípio da igualdade entre todos os segurados da Previdência vencido o Desembargador Federal Ivan Athié.
Social. Rio de Janeiro, 28 de março de 2012 (data do julgamento).
6. De fato nos parece acertada a posição do Enunciado nº 16 do ABEL GOMES
FOREPREV, porquanto o direito à obtenção de um benefício (de Desembargador Federal
cunho constitucional fundamental), não lhe retira o exame sob o prisma Relator p/ acórdão
meramente patrimonial (submissão a prazos de convalescimento de
direito subjetivo). Vale dizer, há que se conceber a possibilidade de a
norma prever esse prazo decadencial, ou melhor, prescricional,
passando a valer a partir de sua vigência para todos os benefícios
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2011.02.01.012803-1
Nº CNJ :0012803-13.2011.4.02.9999
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
ANTONIO IVAN ATHIÉ
REL/ P/:DESEMBARGADOR FEDERAL ABEL

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DA JUSTIÇA FEDERAL DA 2ª REGIÃO
Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
ACÓRDÃO GOMES
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS
PROCURADOR :JOSEMAR LEAL PESSANHA
APELADO :RUBERVAL ROCHA STOLLER
ADVOGADO :LUIZ FERNANDO DE CASTRO anteriores a 28/06/1997, como é o caso aqui, é mesmo a Lei de 1997, a
MONTEIRO E OUTRO partir do advento da MP 1.523-9, já que foi a que primeiro tratou deste
REMETENTE :JUÍZO DE DIREITO DA 2 VARA DE prazo, e não a de 2004, pois esta veio apenas para restaurar o prazo
SÃO FIDÉLIS RJ decenal, pois se entendeu ser este o mais adequado para o tema (mens
ORIGEM :2 VARA JUSTIÇA ESTADUAL SÃO legis).
FIDÉLIS/RJ (00028713020098190051) 8. E, se o prazo ainda em curso foi aumentado pela nova lei, de cinco
para dez anos, a doutrina mais autorizada posiciona-se maciçamente no
EMENTA sentido de que o novo lapso se aplica imediatamente, computando-se,
PREVIDENCIÁRIO. PEDIDO DE REVISÃO DA RMI. BENEFÍCIO todavia, o período já transcorrido sob o manto da legislação anterior.
CONCEDIDO ANTES DA EDIÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº
1.523-9/97. PRESCRIÇÃO DO FUNDO DE DIREITO. EXTINÇÃO 9. Na prática, o prazo se manteve decenal para todos os benefícios,
COM BASE NO ART. 269, IV, DO CPC. RECURSO E REMESSA desde o advento da MP 1.523-9 de 1997, mesmo para aqueles
OFICIAL PROVIDOS. concedidos entre 21/11/1998 e 19/11/2003, já que a edição da MP nº
1. Merece reforma a sentença, eis que deveria ser afastada a 138/2003, conforme se lê da exposição de motivos que a acompanhou,
possibilidade de revisão, de acordo com o art. 103 da Lei nº 8.213/91, teve o evidente intuito de ampliar o prazo antes que os cinco anos
já que se trata de revisão da RMI de aposentadoria, tendo sido anteriormente fixados se consumassem, de forma que também os
ultrapassado o prazo de dez anos para postular a revisão. É prescrição titulares de benefícios concedidos na vigência da Lei nº 9.711/98
do fundo de direito. tivessem o mesmo prazo de dez anos que os que tiveram os benefícios
2. A hipótese é de benefício com DIB em 15/03/1991 - fl. 08, antes, concedidos anteriormente, prazo este que também regeria os benefícios
portanto, da instituição do prazo extintivo previsto no referido posteriores a 20/11/2003.
dispositivo, com a edição da Medida Provisória nº 1.523-9/97, de dez 10. Assim, conclui-se pela reforma da sentença, pois a solução a ser
anos. Nesses casos, o entendimento firmado no 1º Fórum Regional de dada ao caso, de fato, é a que evita tratamento injusto e desigual para
Direito Previdenciário – FOREPREV (15/08/2008), que sobre o tema idênticas situações jurídicas, submetendo-se ao mesmo prazo também
editou o Enunciado nº 16, em interpretação analógica com julgados do os segurados que tiveram o benefício concedido antes da MP
STJ acerca da Lei nº 9.784/99, no que tange ao prazo decadencial para 1.523-9/97.
a Administração anular os seus atos, é de que o termo inicial do prazo 11. Ressalte-se que, mais recentemente, também veio a ser editada pela
consignado no caput do art. 103 da Lei nº 8.213/91, com a redação Turma Regional de Uniformização de Jurisprudência das Turmas
dada pela referida MP (com vigência a partir de 28/06/1997), seria 1º Recursais dos Juizados Especiais Federais a Súmula nº 8, em sessão
de agosto de 1997 (dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da realizada em 29/06/2009, na mesma esteira de entendimento.
primeira prestação), contando-se a partir daí dez anos. 12. Destaque-se, por fim, que a jurisprudência recente do eg. STJ
(REsp 1303988/PE, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI,
3. Assim, os benefícios anteriores a 28/06/1997 estariam impedidos de PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/03/2012, DJe 21/03/2012)
serem revistos a partir de 01/08/2007, e a presente ação foi ajuizada em também acolhe a tese aqui exposta.
07/12/2009, após esgotado o prazo. 13. Apelação e remessa oficial providas para extinguir o feito com base
4. Na verdade, mesmo antes da legislação específica, tratando da no art. 269, IV, do CPC. Invertidos os ônus da sucumbência, devendo
matéria, vigia o Decreto nº 29.910/32, que tratava de prazo ser observado o disposto no art. 12 da Lei nº 1.060/50 com relação às
prescricional para as ações contra as fazendas públicas, valendo aduzir verbas de sucumbência, pois se trata de beneficiário da gratuidade de
que o INSS é fazenda pública autárquica federal e o prazo em questão justiça (fl. 16).
é prescricional (de fundo de direito). ACÓRDÃO
5. Destarte, nosso direito jamais coadunou com a imprescritibilidade Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas,
em face das lesões convalescentes de direito, e inércia para recuperá- acordam os Membros da Primeira Turma Especializada do Tribunal
las. Não pode agora, comportar exceções calcadas em mera casuística Regional Federal da 2ª Região, por maioria, em dar provimento ao
com que se venha a interpretar sucessão de leis no tempo, com afronta recurso e à remessa oficial, nos termos do Voto do Relator p/ acórdão,
ao princípio da igualdade entre todos os segurados da Previdência vencido o Desembargador Federal Ivan Athié.
Social. Rio de Janeiro, 28 de março de 2012 (data do julgamento).
6. De fato nos parece acertada a posição do Enunciado nº 16 do ABEL GOMES
FOREPREV, porquanto o direito à obtenção de um benefício (de Desembargador Federal
cunho constitucional fundamental), não lhe retira o exame sob o prisma Relator p/ acórdão
meramente patrimonial (submissão a prazos de convalescimento de
direito subjetivo). Vale dizer, há que se conceber a possibilidade de a
norma prever esse prazo decadencial, ou melhor, prescricional,
passando a valer a partir de sua vigência para todos os benefícios
concedidos. IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2011.02.01.014515-6
7. Ressalte-se, ainda, que embora posteriormente à Lei nº 9.528/97 Nº CNJ :0014515-38.2011.4.02.9999
(decorrente da conversão da MP 1.523-9) viesse a lume lei que reduziu RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
o prazo para requerer a revisão da renda mensal inicial para cinco anos ANTONIO IVAN ATHIÉ
(Lei nº 9.711/98), o que perdurou até o restabelecimento do prazo REL/ P/:DESEMBARGADOR FEDERAL ABEL
original de dez anos pela MP nº 138, de 19/11/2003, convertida na Lei ACÓRDÃO GOMES
nº 10.839, de 05/02/2004, a lei paradigma para o caso dos benefícios APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS
PROCURADOR :RODRIGO STEPHAN DE ALMEIDA
APELADO :MARIA DE LOURDES JESUS SILVA
ADVOGADO :ANDERSON GUTEMBERG COSTA
REMETENTE :JUÍZO DE DIREITO DA 1 VARA DE

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BOA ESPERANÇA ES
ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA ESTADUAL BOA
ESPERANÇA/ES (009100008185)

EMENTA
PREVIDENCIÁRIO – PRETENSÃO DE CONCESSÃO DE
APOSENTADORIA DIRETAMENTE PELO JUDICIÁRIO – BOLETIM: 126831
AUSÊNCIA DE PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO –
CARÊNCIA DE AÇÃO – NÃO VIOLAÇÃO AO ART. 5º, XXXV,
DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL – ENUNCIADO Nº 77 DO IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2007.51.10.000508-5
FONAJEF – SENTENÇA REFORMADA – EXTINÇÃO DO Nº CNJ :0000508-03.2007.4.02.5110
PROCESSO. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
1. Agravo retido de fls. 49/55 conhecido, no qual o INSS defende a ANTONIO IVAN ATHIÉ
tese da ausência de interesse de agir. APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
2. A ausência de prévio requerimento administrativo junto ao órgão SOCIAL - INSS
previdenciário importa em ausência de interesse de agir, uma das PROCURADORA :CINTHYA DE CAMPOS MANGIA
condições da ação, não se confundindo com a desnecessidade de APELADO :JORGE LUIZ FERREIRA DE
exaurimento da via administrativa. Como no presente caso não há CARVALHO
requerimento administrativo formulado pela autora, constata-se que a ADVOGADOS :ELTON LUIZ ALVES DA SILVA E
Administração Pública não examinou a pretensão, não havendo como OUTROS
saber se esta poderia ser satisfeita sem a necessidade da via judicial, REMETENTE :JUÍZO FEDERAL DA 3A VARA DE
ainda que haja contestação pela autarquia ré, pois o interesse SÃO JOÃO DE MERITI-RJ
processual é condição da ação, e não sendo provado de plano, dá ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE SÃO
ensejo à extinção do processo sem julgamento do mérito. JOÃO DE MERITI (200751100005085)
3. Mesmo considerando que cada caso possui as suas próprias
peculiaridades, e há precedentes, com base no princípio da celeridade e DECISÃO
economia processual, em que se supera esta questão, o fato é que, in Trata-se de remessa necessária e de apelação interposta pelo
casu, restou evidenciado que a autora não pretendia, desde o início, INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS contra a
ingressar com pedido administrativo para obter a concessão do seu sentença de fls.199/202, integrada pela proferida nos embargos de
benefício. A via judicial não pode ser usada para substituir a via declaração às fls. 216/217, a que julgou parcialmente procedente o
administrativa como meio mais eficaz de se conquistar o pleito, pedido, condenando o apelante a recalcular a RMI da aposentadoria
fazendo do Poder Judiciário um trampolim para deixar de submeter o por tempo de contribuição do apelado, e a pagar honorários de
pleito à via administrativa, que é a regra. sucumbência fixados em 5% do valor da condenação.
4. De outra parte, não há violação ao preceito do art. 5º, XXXV, da Em seu recurso (fls.211/215), requer o INSS a compensação dos
Constituição Federal (“a lei não excluirá da apreciação do Poder honorários de sucumbência, face à sucumbência recíproca, ou que estes
Judiciário lesão ou ameaça a direito”), posto que não há necessidade sejam limitados nos termos da Súmula 111 do STJ.
de provocação do Judiciário ante a ausência de lesão ou ameaça a O apelado não apresentou contrarrazões (certidão de fl.220v), e neste
direito, eis que este ainda não foi examinado na via própria. É preciso Tribunal, o Ministério Público federal entendeu desnecessária sua
que se compreenda que o Judiciário não é sempre a primeira ou única manifestação no feito (fls. 224/225).
via para a obtenção de prestação que sequer foi solicitada perante o DECIDO.
obrigado a cumpri-la. Este entendimento não se contrapõe ao princípio Conheço da remessa necessária e do recurso porque presentes os seus
constitucional do livre acesso à justiça, por não impedir um posterior pressupostos.
ajuizamento da ação, em caso de negativa do pleito, demora excessiva No mérito propriamente dito, não merece reparo a r. sentença, haja
ou exigência de documentação incompatível ou desnecessária, na vista que a documentação acostada aos autos (relação dos salários-de-
esfera administrativa. contribuição à fl.119 e extratos do CNIS às fls.121/122 e 126/127)
5. “o ajuizamento da ação de concessão de benefício da seguridade evidencia o desacerto do cálculo da renda mensal inicial da
social reclama prévio requerimento administrativo” (Enunciado 77 do aposentadoria por tempo de contribuição do Autor, de modo que a
FONAJEF). revisão do benefício é medida que se impõe. Tanto que o INSS nem
6. Agravo retido, apelação e remessa oficial providas para reformar a recorreu deste tópico.
sentença e julgar extinto o processo, sem resolução do mérito, com Contudo, merece acolhida a irresignação do INSS, haja vista que, dos
base nos arts. 267, VI, e 329, ambos do CPC. dois pedidos formulados pelo apelado – a saber, revisão do benefício e
ACÓRDÃO reparação por dano moral – a sentença recorrida acolheu apenas um
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas, deles, fato que caracteriza a sucumbência recíproca e, por conseguinte,
acordam os Membros da Primeira Turma Especializada do Tribunal enseja a compensação dos honorários advocatícios, nos termos do art.
Regional Federal da 2ª Região, por maioria, em dar provimento ao 21 do Código de Processo Civil.
agravo retido, ao recurso e à remessa oficial, nos termos do Voto do Ante o exposto, e com base no artigo 557, § 1º-A, do CPC, nego
Relator p/ acórdão, vencido o Desembargador Federal Ivan Athié. provimento à remessa necessária e dou provimento ao recurso do
Rio de Janeiro, 28 de março de 2012 (data do julgamento). INSS, para determinar a compensação da verba honorária face à
ABEL GOMES sucumbência recíproca.
Desembargador Federal Decorrido o prazo legal sem a interposição de recurso, baixem os autos
Relator p/ acórdão à vara de origem, observadas as cautelas de praxe.
P. I.
Rio de Janeiro, 09 / 05 / 2012.
ANTONIO IVAN ATHIÉ
Desembargador Federal – Relator

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BOLETIM: 126843

XVI - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 2011.51.01.807477-3


Nº CNJ :0807477-86.2011.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL A C Ó R D Ã O
PAULO ESPIRITO SANTO Vistos e relatados os presentes autos, em que são partes as acima
RECORRENTE :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL indicadas,acordam os membros da Primeira Turma Especializada do
RECORRIDO :CARLOS CEZAR DA CONCEICAO Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, em dar
ADVOGADO :SÉRGIO RICARDO MAZZALA provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator.
MELLO Rio de Janeiro, 27 de março de 2012.
ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO ESPIRITO SANTO
CRIMINAL DO RIO DE JANEIRO Relator e Presidente da Turma
(201151018074773)

D E S P A C H O
Considerando que o Recorrido possui advogado constituído, consoante
se extrai às fls. 06, na pessoa do Dr. Sérgio Ricardo Mazzala Mello, BOLETIM: 126852
OAB /RJ 104438, retifique-se o Termo de Autuação, eis que consta,
nesta função, a Defensoria Pública da União.
Outrossim, defiro o requerido pela DPU às fls. 266/267, devendo a V - APELACAO CRIMINAL 9360 2011.51.04.000580-6
Secretaria intimar o patrono do réu sobre o Acórdão de fls. 260/261, Nº CNJ :0000580-66.2011.4.02.5104
bem como para se manifestar se permanece atuando na defesa do RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
acusado em tela. PAULO ESPIRITO SANTO
Cumpra-se. Intimem-se. APELANTE :RODRIGO DA FONSECA FARIAS
Rio de Janeiro, 09 de maio de 2012. SANDES - REU PRESO
DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO ESPIRITO SANTO ADVOGADO :EKNER RUBENS MAIA (OAB/RJ
135.574) E OUTRO
APELADO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DE
VOLTA REDONDA (201151040005806)
BOLETIM: 126845
D E S P A C H O
Tendo em vista a procuração de fls. 314 e a ausência de
XVI - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 2011.51.01.807477-3 substabelecimento ou renúncia ao mandato, os advogados EKNER
Nº CNJ :0807477-86.2011.4.02.5101 RUBENS MAIA (OAB/RJ 135.574) e MÁRCIA ALVES DE
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL FIGUEIREDO MAIA (OAB/RJ 126.315) continuam sendo os
PAULO ESPIRITO SANTO patronos do apelante RODRIGO DA FONSECA FARIAS SANDES,
RECORRENTE :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL inobstante as razões de apelação terem sido apresentadas pela Defensoria
RECORRIDO :CARLOS CEZAR DA CONCEICAO Pública da União.
ADVOGADO :SÉRGIO RICARDO MAZZALA Deste modo, retifique-se a autuação, a fim de que os referidos causídicos
MELLO constem como advogados do apelante e intimem-se lhes do acórdão de fl.
ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL 348 para tomar as providências que entenderem cabíveis.
CRIMINAL DO RIO DE JANEIRO Rio de Janeiro, 09 de maio de 2012.
(201151018074773) DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO ESPIRITO SANTO
Relator
E M E N T A
PENAL. PROCESSUAL PENAL. CONTRABANDO. MÁQUINAS
ELETRÔNICAS PROGRAMADAS. ART. 334, §1º, “C” e “D”,
CÓDIGO PENAL. ELEMENTO SUBJETIVO QUE DEVE SER
AFERIDO DURANTE A INSTRUÇÃO CRIMINAL. BOLETIM: 126853
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. DESNECESSIDADE DE
DEMONSTRAÇÃO INEQUÍVOCA DA PARTICIPAÇÃO NO
DELITO. PROVIMENTO DO RECURSO. V - APELACAO CRIMINAL 9360 2011.51.04.000580-6
I- O dolo inerente aos crimes previstos no art. 334, § 1º, “c” e “d” do Nº CNJ :0000580-66.2011.4.02.5104
Código deve ser comprovado durante a instrução criminal. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
II- Numa análise preliminar, não é necessário demonstrar de forma PAULO ESPIRITO SANTO
inequívoca a autoria e materialidade delitivas, sendo suficiente a APELANTE :RODRIGO DA FONSECA FARIAS
presença de indícios. SANDES - REU PRESO
III- A declinação da competência da Justiça Federal para processar e ADVOGADO :EKNER RUBENS MAIA (OAB/RJ
julgar o feito impede a busca pela verdade real dos fatos, de maneira 135.574) E OUTRO
que presume a inexistência até mesmo de dolo eventual. APELADO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
IV- Recurso ministerial a que se dá provimento para reconhecer a ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DE
competência da Justiça Federal para processar e julgar o feito. VOLTA REDONDA (201151040005806)
ÓRGÃO ATUAL :SUBSECRETARIA DA 1A.TURMA
ESPECIALIZADA

E M E N T A
PROCESSUAL PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. CORRUPÇÃO

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ATIVA. ART. 333, DO CP. POLICIAIS E DELEGADO FEDERAL.
AUTORIA E MATERIALIDADE DELITIVAS COMPROVADAS.
PROVIMENTO DO RECURSO.
I- O conjunto probatório coligido aos autos atesta a materialidade
delitiva e a participação do acusado nos delitos que lhe são imputados.
Autoria e existência do crime exaustivamente comprovadas. do segurado que, por alguma razão, deixou de formular o seu pedido
II- Inexistência de provas que refutem a acusação. no âmbito administrativo.
III- Recurso a que se nega provimento. 6. Recurso conhecido, mas não provido.
A C Ó R D Ã O ACÓRDÃO
Vistos e relatados os presentes autos, em que são partes as acima Vistos e relatados os presentes autos, em que são partes as acima
indicadas, acordam os membros da Primeira Turma Especializada do indicadas, acordam os membros da Primeira Turma Especializada do
Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar TRF da 2º Região, por maioria, negar provimento à apelação, nos
provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator. termos do voto do Desembargador Abel Gomes.
Rio de Janeiro, 24/04/12. Rio de Janeiro, 28 de março de 2012.
DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO ESPIRITO SANTO ABEL GOMES
Relator e Presidente da Turma Desembargador Federal
Relator p/acórdão

BOLETIM: 126859
BOLETIM: 126861
IV - APELACAO CIVEL 532813 2011.02.01.008591-3
Nº CNJ :0008591-46.2011.4.02.9999 XII - MANDADO DE SEGURANÇA 2012.02.01.005962-1
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL Nº CNJ :0005962-89.2012.4.02.0000
ANTONIO IVAN ATHIÉ RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL ABEL
RELATOR P/: DESEMBARGADOR FEDERAL ABEL GOMES
ACÓRDÃO GOMES IMPETRANTE :ORDEM DOS ADVOGADOS DO
APELANTE :ETELVINA CARDOSO VIDAL BRASIL - RIO DE JANEIRO
ADVOGADO :SIRO DA COSTA IMPETRADO :JUIZO DA 8A. VARA FEDERAL
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO CRIMINAL DO RIO DE JANEIRO/RJ
SOCIAL - INSS LITISCONSORT :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
PROCURADOR :MARIA DA PENHA BARBOSA BRITO E
ORIGEM :1A. VARA ESTADUAL - ALEGRE/ES ORIGEM :OITAVA VARA FEDERAL CRIMINAL
(002100000526) DO RIO DE JANEIRO
(201051018116581)
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. PEDIDO DE DECISÃO
CONCESSÃO DE APOSENTADORIA RURAL POR IDADE. Trata-se de mandado de segurança, com pedido de liminar, impetrado
AUSÊNCIA DE PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. pela ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – SECCIONAL DO
CARÊNCIA DA AÇÃO. RECURSO DESPROVIDO. RIO DE JANEIRO, por intermédio do seu Presidente e da Presidente
da COMISSÃO DE DEFESA, ASSISTÊNCIA E PRERROGATIVAS,
1. A hipótese é de apelação cível interposta contra sentença pela qual em favor dos advogados G.D. DE O., C.E.K.L. E S. e A.P.R.M. DE A.,
foi julgado improcedente o pedido de concessão de aposentadoria rural contra ato praticado pelo MM. Juízo da 8ª Vara Federal Criminal/SJRJ,
por idade. nos autos do inquérito policial n. 2010.51.01.811658-1 (IPL n.
2. Verifica-se que não houve prévio requerimento administrativo, tendo 102/2010), que apura a suposta prática do delito previsto no art. 241-A
a segurada optado por postular o benefício diretamente ao Judiciário. da Lei n. 8069/90.
3. A respeito da ausência de prévio requerimento administrativo, o Em apertadíssima síntese, a investigação foi originada a partir de
entendimento majoritário da doutrina é que o segurado deve informação, prestada pela empresa G. ao MPF, acerca de que em dada
inicialmente requerer o benefício perante a Administração e somente página do sítio eletrônico O., identificada por determinado ID
depois dirigir-se ao Judiciário no caso de indeferimento do pleito, pois (identificação digital do usuário) foram encontradas fotografias
a falta de prévio requerimento na via administrativa acarreta a carência contendo pornografia infantil. Outrossim, foi apurado que o IP
da ação por falta de interesse de agir, pois nesse caso inexiste (internet protocol – “endereço da máquina”) envolvido está registrado
resistência consubstanciada em recusa do INSS em satisfazer a em nome da empresa L.C.A. LTDA., o escritório de advocacia do qual
pretensão do segurado. Precedentes desta Corte. C.E.K.L. E S. é um dos sócios.
4. A pretensão concernente a um determinado benefício previdenciário Os impetrantes visam, liminarmente, o sobrestamento da realização de
passa, necessariamente, pela verificação da existência de eventual perícia nos HD’s apreendidos. Aduzem, em resumo, que a busca e
ameaça ou lesão ao direito pretendido capaz de caracterizar a presença apreensão em questão configura medida injustificada e ilegal,
do binômio processual, necessidade mais adequação. porquanto afronta o direito de inviolabilidade do sigilo do advogado e
5. A mera contestação não tem o condão de sanar a impropriedade de clientes e o direito à privacidade dos advogados do escritório, bem
uma postulação direta ao Judiciário, porquanto natural que a como porque teria sido deferida sem que, segundo entendem, houvesse
representação jurídica da Administração, amparada pelos princípios da investigação aprofundada.
legalidade e eventualidade, se veja na obrigação de contestar o direito Especificamente quanto ao periculum in mora, asseveram que, acaso
realizada a perícia, deferida pelo Juízo impetrado na mesma ocasião do
deferimento da busca e apreensão (decisão, às fls. 258/262), restaria
violado o direito ao sigilo do advogado e clientes.
Relatados. Decido.
A concessão de liminar é medida cautelar excepcional e deve ocorrer

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se presentes ambos os seus requisitos: o fumus boni iuris e o periculum
in mora.
Neste momento em que examino o pedido de liminar, não resta
afastada totalmente a plausibilidade das alegações dos impetrantes.
Isso porque a realização da perícia no material apreendido, ou seja, em
todos HD’s de todos os computadores do escritório de advocacia nos Com a chegada do arquivo, certifique a Subsecretaria a juntada deste
quais deverá, de fato, constar dados sigilosos dos clientes, acaso nos autos, e diligencie outra cópia, que deverá ser mantida em seu
efetivada, poderá ocasionar dano irreversível, acarretando, inclusive, a sistema informatizado.
perda parcial de objeto deste mandado de segurança. Adotadas tais medidas, intime-se a defesa para que tome ciência do
O periculum in mora também está evidenciado, haja vista a autorização teor do arquivo requerido, no prazo 3 (três) dias, cientificando-a de
para realização da perícia, a efetiva apreensão do material em que, quanto à apresentação das razões recursais, houve preclusão
23/01/2012, ora remetido ao NUCRIM/SR/DPF/RJ (fl. 261 c/c fl. 271 consumativa, vez que a referida peça já se encontra acostada às fls.
c/c fl. 276). 243/292.
Ante o exposto, defiro a liminar, apenas para suspender a realização de Em seguida, voltem imediatamente conclusos.
perícia nos HD’s apreendidos, ou sustar seu curso, sem prejuízo da Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012.
manutenção da apreensão, até o julgamento deste mandado de ABEL GOMES
segurança. Desembargador Federal
Excepcionalmente, primeiro comunique-se, por qualquer meio célere, o Relator
teor da presente decisão ao Juízo impetrado, para as providências
cabíveis.
À DIDRA, para que conste o MPF como litisconsorte passivo, bem
como para que retifique a autuação, retirando os campos “pacientes” e
“advogados”, já que a presente ação não se trata de habeas corpus, mas SUBSECRETARIA DA 2A.TURMA ESPECIALIZADA
sim de mandado de segurança.
Intime-se. SUBSECRETARIA DA SEGUNDA TURMA ESPECIALIZADA
Oficie-se ao Juízo impetrado, requisitando as informações, a serem DIVISÃO DE PROCEDIMENTOS DIVERSOS
prestadas no prazo de até 10 (dez) dias, inclusive sobre o cumprimento DESPACHOS/DECISÕES
da liminar. EXPEDIENTE Nº 2012/00253 DO DIA 10/05/2012
Cite-se o Ministério Público Federal com atuação em Primeiro Grau. X - HABEAS CORPUS 2012.02.01.005961-0
Com a juntada das informações e da manifestação do MPF com Nº CNJ :0005961-07.2012.4.02.0000
atuação no Primeiro Grau, ao MPF. RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
Após, voltem conclusos. LILIANE RORIZ
Rio de Janeiro, 10 de maio de 2012. IMPETRANTE :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
ABEL GOMES NO ESPIRITO SANTO
Desembargador Federal IMPETRADO :JUIZO DA 2A. VARA FEDERAL
Relator CRIMINAL DE VITORIA - ES
PACIENTE :REGINILDO DOS SANTOS MATOS -
REU PRESO
ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
ORIGEM :2ª VARA FEDERAL CRIMINAL DE
BOLETIM: 126863 VITÓRIA/ES (201250010034200)

Decisão
V - APELACAO CRIMINAL 9115 2007.50.01.004568-7 Trata-se de habeas corpus impetrado pela DEFENSORIA PÚBLICA
Nº CNJ :0004568-55.2007.4.02.5001 DA UNIÃO em favor de REGINILDO DOS SANTOS MATOS,
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL ABEL pretendendo, liminarmente, a determinação de soltura do paciente e, no
GOMES mérito, a concessão da ordem para confirmar a liminar. Requer,
APELANTE :JOAO GILBERTI SARTORIO também, a dispensa da prestação de informações pela autoridade, em
ADVOGADO :MARCIO DELAMBERT MIRANDA razão de estarem anexadas cópias integrais da ação penal originária e
FERREIRA (RJ106809) E OUTROS do inquérito que a instrui.
ADVOGADO :HELIO BELOTTI SANTOS (ES017434) Narra a impetrante que o paciente foi preso preventivamente para
APELADO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal nos autos do
ORIGEM :1ª VARA FEDERAL CRIMINAL DE processo nº 2012.50.01.003420-0, no qual figura como réu sob a
VITÓRIA/ES (200750010045687) acusação de ter subtraído a quantia de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos
reais) da Agência dos Correios de Porto Santana, Cariacica/ES,
DESPACHO mediante grave ameaça e com uso de arma de fogo.
Ante o teor da petição de fls. 351/352, consultei e de fato verifiquei Sustenta que não resta configurado o periculum libertatis, vez que não
que a mídia encartada às fls. 170, não apresenta nenhum conteúdo há provas nos autos de que o paciente é useiro e vezeiro na prática de
gravado. delitos, pois (i) não há prova da ocorrência de roubo anterior,
Sendo assim, oficie-se ao Juízo de origem, com a máxima urgência, relacionado a seu livramento condicional, nem da existência de
solicitando remessa a Subsecretaria da 1ª Turma Especializada, de inquérito ou ação penal que apure o delito de associação ao tráfico de
cópia do arquivo áudio-visual da AIJ, realizada em 01/02/2011, drogas e (ii) o documento retirado da internet relativo a processo por
relativa ao depoimento de JOÃO GILBERTI SARTÓRIO, réu na ação violência doméstica praticada pelo paciente não tem valor probatório,
penal nº 2007.50.01.004568-7. pois não vale como certidão.
Acrescenta que a confissão feita em sede policial pelo paciente não
serve como prova, pois é notório que tais alegações não são extraídas
com respeito às garantias constitucionais, principalmente quando se
leva em consideração que o paciente é semianalfabeto, mais um indício
de que a confissão não foi extraída de forma tão espontânea.

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Mesmo que não fosse, a confissão não foi reforçada por nenhum outro
indício.
Por fim, aponta que não foram encontrados indícios da presença do
paciente no local do crime pela perícia, o que reforça a conclusão de
que a denúncia foi calcada em presunções.
A impetrante junta documentos às fls. 08/94. ordinário, no recurso especial, no recurso extraordinário e nos
É o relatório. embargos de divergência, o prazo para interpor e para responder é de
DECIDO. 15 (quinze) dias.
É cediço na jurisprudência que o deferimento de liminar em sede de (...)
habeas corpus é medida excepcional, não prevista em lei, reservada, Art. 530. Cabem embargos infringentes quando o acórdão não
tão somente, a casos em que se evidencie, de modo flagrante, coação unânime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de
ilegal ou derivada de abuso de poder, em detrimento do direito de mérito, ou houver julgado procedente ação rescisória. Se o desacordo
liberdade, servindo à garantia de eficácia da decisão de mérito, com a for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto da
qual não se deve confundir, visto que não objetiva antecipação de divergência.”
tutela, dependendo, em qualquer caso, da demonstração da Inicialmente, em Juízo de admissibilidade, cumpre examinar a
plausibilidade jurídica do direito subjetivo invocado e do perigo da tempestividade dos embargos infringentes interpostos.
demora na prestação da cautela requerida. Na espécie, como visto, tem-se que o prazo para interposição do
No caso vertente, não há evidente ilegalidade na decisão impugnada, mencionado recurso é de 15 (quinze) dias, a contar da publicação do
ao menos que seja perceptível primus ictus oculi. acórdão, na forma do art. 508 do Código de Processo Civil.
Assim, a decisão do Juízo impetrado (fls. 18/22) deve ser, por ora, Ocorre que o INPI, por se tratar de autarquia pública federal, possui
prestigiada, vez que o mesmo avaliou convenientemente a questão prazo em dobro para recorrer, de acordo com o previsto no art.188 do
posta a seu exame. CPP, evidenciando-se, pois, que o seu prazo para interposição do
Por fim, entendo necessárias a manifestação da autoridade impetrada, presente recurso é, portanto, de 30 (trinta) dias.
que pode ter informações complementares aos documentos acostados Ressalte-se, ainda, que o INPI, nos termos do art. 17 da Lei nº
pela impetrante. 10.910/2004, goza da prerrogativa de intimação pessoal.
Ante o exposto, INDEFIRO A LIMINAR pleiteada. Da leitura dos autos, observo que não há certidão da data em que a
Oficie-se ao Juízo impetrado, comunicando o indeferimento da medida aludida autarquia foi intimada pessoalmente do acórdão de fls.
liminar e solicitando as informações, no prazo de 48 (quarenta e oito) 457/458, mas somente a data em que os autos lhe foram remetidos para
horas. ciência do mesmo (fls. 459).
Após, ao Ministério Público Federal, para parecer em 48 (quarenta e Ocorre que, considerando que a remessa dos autos se deu em
oito) horas. 16/04/2012 e o presente recurso foi interposto em 27/04/2012 (fls.
P.I. 460), é possível inferir, com grau de certeza, a tempestividade deste.
Rio de Janeiro, 09 de maio de 2012. Visto que a decisão de 2º grau não-unânime reformou a sentença de
LILIANE RORIZ mérito, e que o recurso é tempestivo, recebo os Embargos Infringentes
Relatora de fls. 460/465.
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2005.51.01.522110-2 Proceda-se à redistribuição na forma do art. 78, § 1º, do novo
Nº CNJ :0522110-88.2005.4.02.5101 RITRF-2ª Região.
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL P.I.
LILIANE RORIZ Rio de Janeiro, 07 de maio de 2012.
APELANTE :ANTONIO HERERA FILHO LILIANE RORIZ
ADVOGADO :MARCIA REGINA MIRIZOLA Relatora
PERRONI E OUTROS IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2009.51.01.811077-1
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DE Nº CNJ :0811077-86.2009.4.02.5101
PROPRIEDADE INDUSTRIAL - INPI RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
PROCURADOR :LENY MACHADO LILIANE RORIZ
APELADO :VALVULAS NADVIC DO BRASIL APELANTE :FUNDACAO COORDENACAO DE
LTDA PROJETOS PESQUISAS E ESTUDOS
ADVOGADO :ELAINE CRISTINA FERREIRA E TECNOLOGICOS COPPETEC
OUTRO ADVOGADO :FABIO DE PAULA GUERRA E OUTRO
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 9A VARA-RJ APELADO :REED EXHIBITIONS ALCANTARA
ORIGEM :NONA VARA FEDERAL DO RIO DE MACHADO S/A
JANEIRO (200551015221102) ADVOGADO :CESAR PEDUTI FILHO E OUTROS
APELADO :INSTITUTO NACIONAL DE
Decisão PROPRIEDADE INDUSTRIAL - INPI
Trata-se de embargos infringentes interpostos pelo INPI (fls. 460465) ADVOGADO :ROSA MARIA RODRIGUES MOTTA
em face do acórdão de fls. 457/458, proferido pela 2ª Turma REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 35A VARA-RJ
Especializada deste Tribunal, visando à prevalência do voto divergente, ORIGEM :VIGÉSIMA QUINTA VARA FEDERAL
redigido pela Desembargadora Federal Nizete Lobato Carmo, que DO RIO DE JANEIRO
entendeu por bem negar provimento à remessa necessária e ao recurso (200951018110771)
de Antônio Herera Filho e dar provimento à apelação do INPI,
excluindo o ora embargante do pagamento de ônus de sucumbência. Despacho
DECIDO. 1) Manifestem-se os apelados sobre os novos embargos de declaração
Os arts. 508 e 530 do Código de Processo Civil dispõem, in verbis: opostos pela FUNDAÇÃO COORDENAÇÃO DE PROJETOS
“Art. 508. Na apelação, nos embargos infringentes, no recurso PESQUISAS E ESTUDOS TECNOLÓGICOS – COPPETEC às fls.
336/338.
2) Após, voltem-me conclusos.
P.I.
Rio de Janeiro, 07 de maio de 2012.
LILIANE RORIZ

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Relatora
V - APELACAO CRIMINAL 2003.51.01.542060-6
Nº CNJ :0542060-54.2003.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
LILIANE RORIZ
APELANTE :ELIANE PARAPAR CAMPOS (TRF/2ª Região, Primeira Turma Especializada, Recurso em Sentido
ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO Estrito nº 200451015005024, Relator Desembargador Federal
APELADO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL PAULO ESPÍRITO SANTO, publicado em 18/07/2011)
ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL “PENAL - PROCESSO PENAL - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
CRIMINAL DO RIO DE JANEIRO - ARTIGO 581, INCISO I DO CPP - DENÚNCIA REJEITADA - ART.
(200351015420606) 171 § 3º - CRIME PERMANENTE - PRECEDENTE DO STF -
CONSUMAÇÃO DO DELITO COM A CESSAÇÃO DA
Decisão PERMANÊNCIA - ART. 111, III, DO CP - PRIMEIRA SUSPENSÃO
Trata-se de apelação criminal interposta por ELIANE PARAPAR DO BENEFÍCIO - RECURSO DESPROVIDO - SENTENÇA
contra a sentença proferida pela MM. Juízo da 3ª Vara Federal MANTIDA - EXTINTA A PUNIBILIDADE.
Criminal/RJ (fls. 220/222), que condenou a ora apelante às penas de 2 I - Hipótese em que o Juiz singular rejeita a denúncia verificando a
(dois) anos, 2 (dois) meses e 20 (vinte) dias de reclusão, e 30 (trinta) prescrição da pretensão punitiva por considerar o crime em questão
dias-multa, em seu menor valor unitário, pela prática do crime previsto instantâneo de efeitos permanentes.
no artigo 171, § 3º, do Código Penal. II - Estelionato previdenciário em relação ao beneficiário é crime
Requer a apelante, em suas razões de fls. 227/238, a sua absolvição, permanente, posição externada pelo STF, visto que o tipo penal
ante a ausência de comprovação da materialidade e da autoria do caracteriza-se pelo fato de manter em erro a autarquia previdenciária,
delito, e, subsidiariamente, a incidência da prescrição da pretensão o que pode ser modificado a qualquer tempo, dependendo apenas da
punitiva. vontade do agente.
Contrarrazões do MPF, no sentido do desprovimento do recurso, com a III - O termo inicial de fluência do prazo prescricional é a data em que
consequente manutenção da sentença (fls. 250/253). cessa a permanência, que coincide com o momento em que a
Parecer do Parquet opinando pela extinção da punibilidade Autarquia deixa de ser mantida em erro, na primeira suspensão do
(fls.258/262),em razão da prescrição. benefício, o que no caso se deu em abril de 2005.
É o relatório. IV - Incidência do art. 115 do CP. Prazo prescricional reduzido pela
Passo a decidir. metade. Punibilidade extinta.
Com efeito, no que se refere ao termo inicial do prazo prescricional do V - Recurso desprovido. Sentença confirmada.”
crime em questão, impende destacar que o estelionato praticado contra (TRF/2ª Região, Segunda Turma Especializada, Recurso em Sentido
o Instituto Nacional do Seguro Social, quando se refere a conduta de Estrito nº 200851018174562, Relator Desembargador Federal
recebimento, ao longo do tempo, de prestações sucessivas pelo MESSOD AZULAY NETO, publicado em 21/06/2011)
beneficiário, com a manutenção em erro da autarquia previdenciária, Por sua vez, quando o estelionato contra a autarquia previdenciária for
possui natureza de crime permanente, iniciando-se o marco temporal praticado por pessoa diversa do segurado, mas que, de alguma forma,
da prescrição a partir da cessação da permanência, ou seja, da data do concorreu para a obtenção fraudulenta do benefício previdenciário em
recebimento da última prestação do benefício concedido favor dele, o delito possui a natureza de crime instantâneo de efeitos
fraudulentamente, a teor do disposto no artigo 111, inciso III, do permanentes e, portanto, a sua consumação ocorre com o recebimento
Código Penal. da primeira prestação do benefício, sendo esta data o termo inicial para
Neste sentido, confira-se a jurisprudência pacífica da Primeira e da a contagem do prazo prescricional, conforme disposto no artigo 111,
Segunda Turma Especializada deste Tribunal: inciso I, do Código Penal.
“PENAL. PROCESSO PENAL. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. Verifica-se, desta forma, que a natureza do crime de estelionato
CRIME DE ESTELIONATO PREVIDENCIÁRIO. DELITO previdenciário varia de acordo com o papel exercido pelo agente na
PERMANENTE. TERMO A QUO DO PRAZO PRESCRICIONAL. consecução da empreitada delituosa.
DATA DA SUSPENSÃO ADMINISTRATIVA DO BENEFÍCIO. Nessa esteira, reconhecendo a natureza binária do delito em questão,
PRESCRIÇÃO PELA PENA IN ABSTRATO. DESPROVIMENTO DO vem decidindo o Supremo Tribunal Federal:
RECURSO. “HABEAS CORPUS. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS
I - A prática do delito de estelionato, mediante concessão fraudulenta CORPUS. PENAL. CRIME DE ESTELIONATO CONTRA A
de benefício previdenciário, com recebimento de prestações PREVIDÊNCIA SOCIAL. ARTIGO 171, § 3º, DO CÓDIGO PENAL.
periódicas, constitui delito permanente, devendo o termo inicial da CONDUTA PRATICADA POR PARTICULAR QUE DEU CAUSA À
prescrição contar-se da cessação da permanência, ou seja, da data da INSERÇÃO FRAUDULENTA DE DADOS NO SISTEMA DO INSS,
interrupção do recebimento das prestações. VISANDO BENEFICIAR TERCEIRO. CRIME INSTANTÂNEO DE
II - O restabelecimento do benefício por ordem judicial não tem o EFEITOS PERMANENTES. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. DATA
condão de suspender o prazo prescricional, na medida em que a DO RECEBIMENTO INDEVIDO DA PRIMEIRA PRESTAÇÃO DO
autarquia previdenciária não permanece em erro, o que acarreta a BENEFÍCIO IRREGULAR. PRESCRIÇÃO RETROATIVA
cessação da voluntariedade no pagamento do benefício. CONSUMADA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL VERIFICADO.
III- A pena máxima in abstrato do delito do art. 171, § 3º, do CP é de EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE DECLARADA. ORDEM
06 (seis) anos e 08 (oito) meses, sendo de 12 (doze) anos o prazo CONCEDIDA.
prescricional, conforme o disposto no art. 109, III, do CP. 1. Em tema de estelionato previdenciário, o Supremo Tribunal Federal
IV - Em considerando ter sido ultrapassado o prazo de 12 anos a tem uma jurisprudência firme “quanto à natureza binária da infração.
partir do termo inicial e respeitadas as causas de interrupção da Isso porque é de se distinguir entre a situação fática daquele que
prescrição (art. 117, do CP), resta prescrita a pretensão punitiva comete uma falsidade para permitir que outrem obtenha a vantagem
estatal. indevida, daquele que, em interesse próprio, recebe o benefício
V - Recurso a que se nega provimento.” ilicitamente. No primeiro caso, a conduta, a despeito de produzir
efeitos permanentes no tocante ao beneficiário da indevida vantagem,
materializa, instantaneamente, os elementos do tipo penal. Já
naquelas situações em que a conduta é cometida pelo próprio
beneficiário e renovada mensalmente, o crime assume a natureza
permanente, dado que, para além de o delito se protrair no tempo, o

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agente tem o poder de, a qualquer tempo, fazer cessar a ação delitiva”
(HC nº 104.880/RJ, Segunda Turma, da relatoria do Min. Ayres Britto,
DJe de 22/10/10).
2. Aplicando o entendimento desta Suprema Corte, verifica-se que,
entre a data do recebimento indevido da primeira prestação do
benefício (art. 111, inciso I, do Código Penal) e a data do recebimento Nº CNJ :0004322-85.2011.4.02.0000
da denúncia (art. 117, inciso I, do Código Penal), transcorreu, in RELATOR :JUÍZA FEDERAL CONVOCADA
albis, período superior a quatro anos, o que demonstra a ocorrência MARCIA MARIA NUNES DE
da prescrição retroativa da pretensão punitiva do paciente. BARROS, em substituição à
3. Ordem concedida.” DESEMBARGADORA FEDERAL
(STF, Primeira Turma, Processo nº 101999, Relator Ministro DIAS NIZETE LOBATO CARMO
TOFFOLI, publicado em 24/05/2011) AGRAVANTE :UNIVERSO ONLINE S/A
No presente caso, a acusada foi beneficiária das prestações, tendo já ADVOGADO :ROBERTA MOREIRA DE
ocorrido o trânsito em julgado para a acusação (fls. 222). Assim, a MAGALHAES E OUTROS
prescrição deve ser regulada a partir da pena aplicada na sentença (de 2 AGRAVADO :INSTITUTO NACIONAL DE
(dois) anos, 2 (dois) meses e 20 (vinte) dias de reclusão), nos termos do PROPRIEDADE INDUSTRIAL - INPI
art. 110 do CP, levando-nos a um prazo de 8 (oito) anos (art. 109, IV, PROCURADOR :SEM PROCURADOR
do CP). AGRAVADO :TV OMEGA LTDA (REDE TV!)
Partindo de tais premissas, verifica-se in casu que a suspensão do ADVOGADO :DENNIS BENAGLIA MUNHOZ E
pagamento do benefício (data em que a Autarquia Previdenciária OUTRO
deixou de ser mantida em erro) produziu efeitos a partir de agosto de ORIGEM :TRIGÉSIMA PRIMEIRA VARA
1998 (fl. 41), sendo que o recebimento da denúncia se deu em FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
04/03/2009 (fls. 182), permitindo, pois, concluir que há substrato fático (201051018115734)
para o reconhecimento da prescrição.
Extinta, portanto, a punibilidade da ré pelo advento da prescrição da DECISÃO
pretensão punitiva, extintos se tornam também, em decorrência desta, Agravo de Instrumento de 25/4/2011, da UNIVERSO ONLINE S/A, contra
os demais efeitos da sentença condenatória. decisão do Juiz Federal MARCIO SOLTER que, na ação anulatória de
Face o exposto, DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE de registro de marca nº 2010.51.01.811573-4, indeferiu a liminar.
ELIANE PARAPAR CAMPOS, com fundamento no art. 61, do CPP, A Juíza Federal Convocada CARMEN SILVIA LIMA DE ARRUDA concedeu
c/c os arts. 110, § 1o e 109, IV, todos do Código Penal. efeito suspensivo ativo ao recurso, para determinar a suspensão dos
Oportunamente, dê-se baixa e devolvam-se os autos à Vara de origem, registros nos 822.053.780 e 822.053.772 em litígio (cf. fls. 123/125).
com as cautelas de praxe. À fl. 186, a Universo Online S/A e a agravada TV Ômega Ltda.
Publique-se e intimem-se. (REDETV!) comunicaram que “as partes transigiram, chegando a uma
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012. composição amigável” e que estavam “em vias de requerer a
LILIANE RORIZ homologação do acordo nos autos principais”.
Relatora Instado, o INPI anuiu à suspensão do feito (cf. fls. 188 e 190).
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.013123-6 DECIDO.
Nº CNJ :0013123-87.2011.4.02.0000 Verifico do extrato eletrônico de movimentação processual
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL disponibilizado pelo site da Justiça Federal na internet – em anexo, que
LILIANE RORIZ ora faço juntar –, que foi proferida sentença homologatória do acordo
AGRAVANTE :INDUSTRIA E COMERCIO SANTA firmado entre as partes, extinguindo o feito com resolução do mérito.
THEREZA LTDA Nas circunstâncias, está patente a superveniente perda de objeto.
ADVOGADO :MARCELO FEITOSA NOGUEIRA DA Diante do exposto, julgo prejudicado o agravo de instrumento, nos
GAMA E OUTROS termos do art. 557, caput, do Código de Processo Civil, e do art. 44, §
AGRAVADO :L'OREAL 1º, I, do Regimento Interno desta Corte.
ADVOGADO :ANTONELLA CARMINATTI E Preclusa esta decisão, dê-se baixa na distribuição e remetam-se os
OUTROS autos à vara de origem.
AGRAVADO :INSTITUTO NACIONAL DE P.I.
PROPRIEDADE INDUSTRIAL - INPI Rio de Janeiro, 8 de maio de 2012.
PROCURADOR :SEM PROCURADOR MARCIA MARIA NUNES DE BARROS
ORIGEM :VIGÉSIMA QUINTA VARA FEDERAL Juíza Federal Convocada
DO RIO DE JANEIRO CONFLITO DE COMPETÊNCIA 11218 2011.02.01.016347-0
(201051018092813) Nº CNJ :0016347-33.2011.4.02.0000
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
Despacho MESSOD AZULAY NETO
Conforme entendimento consagrado pelo STF, "a garantia AUTOR :MARIA DE LOURDES SILVA CUNHA
constitucional do contraditório impõe que se ouça previamente a parte ADVOGADO :JORGE ANTONIO DE AZEVEDO
embargada, na hipótese excepcional de os embargos de declaração GONÇALVES E OUTROS
haverem sido interpostos com efeito modificativo" (DJU-II-18/10/95). RÉU :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
Manifestem-se, pois, os agravados sobre os mesmos (fls. 650/651). SOCIAL – INSS
Rio de Janeiro, 07 de maio de 2012. PROCURADOR :MARIA PAULA TEPERINO
LILIANE RORIZ SUSCITANTE :OITAVO JUIZADO ESPECIAL
Relatora FEDERAL DO RIO DE JANEIRO – RJ
AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.004322-0 SUSCITADO :JUIZO FEDERAL DA 13A VARA - RJ
ORIGEM :INX JUSTIÇA FEDERAL - RIO DE
JANEIRO / RIO DE JANEIRO
(200851018160356)

DECISÃO

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Trata-se de conflito de competência suscitado pelo 8° Juizado Especial
Federal em face da 13a Vara Federal do Rio de Janeiro, nos autos da
ação ordinária proposta contra o INSS objetivando a declaração de
morte presumida de Vicente Pereira da Silva, bem como a habilitação
da autora à referida pensão.
O magistrado da 13a Vara Federal declinou da competência por face da União Federal, Estado de Santa Catarina e Município de
entender que “a presença do segurado ausente no pólo passivo não é Criciúma/SC. No apelo nobre, a municipalidade insurge-se contra a
exigida no procedimento previsto na legislação previdenciária, fixação da competência no âmbito do Juizado Especial Federal.
verificando-se a legitimidade exclusiva do INSS para figurar como réu, 2. A competência do Juizado Especial Federal não se altera pelo fato
sendo certo que o desaparecido não é réu ou parte interessada, mas de o Estado e o Município figurarem como litisconsortes passivos da
apenas o instituidor do benefício, inexistindo, portando, qualquer lide União Federal. Prevalece, na espécie, o princípio federativo (que dá
contra o mesmo.” supremacia à posição da União em face de outras entidades) e o da
Parecer do Ministério Público Federal (fls. 28/30) opinando pela especialidade (que confere preferência ao juízo especial sobre o
solução do conflito em favor do Juízo suscitante. comum). Precedentes.
É o relatório. 3. Se o valor da ação ordinária é inferior ao limite de sessenta salários
Decido. mínimos previstos no artigo 3º da Lei 10.259/2001, aliado à
Não assiste razão ao suscitante. circunstância de a demanda não se encontrar no rol das exceções a essa
Com efeito, a Lei 10.259/01, que criou os Juizados Especiais Cíveis e regra, deve ser reconhecida a competência absoluta do Juizado
Criminais da Justiça Federal, estabeleceu o valor da causa como Especial Federal, sendo desinfluente o grau de complexidade da
critério determinador da competência dos Juizados Cíveis Federais, demanda ou o fato de ser necessária a realização de perícia técnica.
delimitados em 60 (sessenta) salários mínimos, bem como a 4. Recurso especial não provido.”
competência para executar as suas sentenças, litteris: (Resp n° 1205956/SC; Relator Ministro Castro Meira, publicado no
"Art. 3º - Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, DJE em 1°/12/2010)
conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal até o O pedido elaborado na petição inicial versa sobre reconhecimento de
valor de sessenta salários mínimos, bem como executar suas morte presumida de segurado para fins de benefício previdenciário, em
sentenças." que se requer, outrossim, a habilitação do autor para recebimento da
Com efeito, segundo a orientação pacificada no âmbito do E. pensão por morte. Não há que se falar, portanto, em hipótese
Superior Tribunal de Justiça, a competência dos Juizados excepcional descrita no art. 3°, § 1°, da Lei 10.259/01.
Especiais, em matéria cível, deve ser fixada segundo o valor da causa, A declaração de morte presumida, para fins previdenciários, objetiva a
e que a referida Lei 10.259/2001 não obsta a competência desses concessão de pensão, a cargo da autarquia-ré, a partir da respectiva
Juizados para apreciar as demandas de maior complexidade, bem decisão judicial, a qual abrange, além da declaração em si, a
como as que envolvam exame pericial (1ª Seção, AgRg no CC conseqüente concessão do benefício previdenciário de pensão por
104714 / PR, Ministro HERMAN BENJAMIN, DJe 28/08/2009). morte.
Veja-se, ainda, os seguintes julgados: Em hipótese semelhante à presente, decidiu monocraticamente a
“PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO NEGATIVO DE Desembargadora Federal Liliane Roriz (CC n° 2009.02.01.001263-0):
COMPETÊNCIA. AÇÃO ORDINÁRIA QUE VISA A GARANTIR O “Assim, tendo a causa valor que não ultrapasse a quantia de 60
FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. VALOR DA CAUSA (sessenta) salários mínimos, e não estando presente qualquer exceção
INFERIOR A 60 SALÁRIOS MÍNIMOS. ART. 3º DA LEI prevista no art. 3º, § 1º, da Lei nº 10.259/2001, impõe-se a
10.259/2001. LITISCONSÓRCIO PASSIVO ENTRE OS ENTES competência absoluta do Juizado Especial Federal.”
FEDERATIVOS. POSSIBILIDADE. INTERPRETAÇÃO AMPLA Posto isto, com base no artigo 120, parágrafo único, do CPC, conheço
DO ART. 6º, II, DA LEI 10.259/2001. COMPETÊNCIA DO do presente conflito e declaro competente o 8° Juizado Especial do Rio
JUIZADO ESPECIAL FEDERAL. de Janeiro para processar e julgar o presente feito.
1. O Superior Tribunal de Justiça pacificou a orientação de que a Dê-se ciência, por ofício, aos Juízes envolvidos no Conflito, a teor do
competência dos Juizados Especiais, em matéria cível, deve ser fixada art. 200, § 2º do Novo Regimento Interno do Tribunal Regional
segundo o valor da causa, que não pode ultrapassar sessenta salários Federal da 2ª Região.
mínimos, conforme previsão do art. 3º da Lei 10.259/2001. Oportunamente, arquivem-se os autos.
2. A referida Lei não afasta a competência desses Juizados para Rio de Janeiro, 03 de maio de 2012.
apreciar as demandas de maior complexidade, bem como as que Des. Fed. MESSOD AZULAY NETO
envolvam exame pericial. Relator
3. É plenamente cabível aos Juizados Especiais Federais o julgamento 2ª T. Especializada
de lide em que há litisconsórcio passivo necessário entre a União, o CONFLITO DE COMPETENCIA 11237 2011.02.01.016865-0
Estado e o Município, pois inexiste óbice no art. 6º, II, do citado Nº CNJ :0016865-23.2011.4.02.0000
Diploma. Precedentes do STJ. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
4. Conflito conhecido, declarando-se a competência do Juízo Federal MESSOD AZULAY NETO
do Juizado Especial Cível e Previdenciário da Seção Judiciária do AUTOR :JHONAS LIMA DE ANDRADE REP/ P/
Estado do Rio Grande do Sul.” ADRIANA EUGÊNIA DE LIMA
(CC 104544/RS, Relator Ministro Herman Benjamin; Primeira Seção, ADVOGADO :VALDICEIA SOARES RODRIGUES
publicado no DJE em 28/08/2009) RÉU :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
“PROCESSO CIVIL. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. SOCIAL – INSS
UNIÃO, ESTADO E MUNICÍPIO COMO LITISCONSORTES PROCURADOR :SEM PROCURADOR
PASSIVOS. PRINCÍPIO FEDERATIVO E DA ESPECIALIDADE. SUSCITANTE :7º JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DO
VALOR DA CAUSA INFERIOR A 60 SALÁRIOS MÍNIMOS. RIO DE JANEIRO
COMPETÊNCIA ABSOLUTA. SUSCITADO :JUIZO FEDERAL DA 31A VARA - RJ
1. Trata-se de ação para fornecimento de medicamentos ajuizada em ORIGEM :7 VARA JUSTIÇA FEDERAL RIO DE
JANEIRO/RJ (201151018040684)

DECISÃO
Trata-se de conflito de competência suscitado pelo 7° Juizado Especial
Federal em face da 31a Vara Federal do Rio de Janeiro, nos autos da

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ação ordinária proposta contra o INSS objetivando a declaração de
morte presumida de Francisco Xavier de Andrade, bem como a
habilitação do autor à referida pensão.
O magistrado da 31a Vara Federal declinou da competência por
entender que a demanda está compreendida na competência dos
Juizados Especiais Federais. supremacia à posição da União em face de outras entidades) e o da
Parecer do Ministério Público Federal (fls. 28/30) opinando pela especialidade (que confere preferência ao juízo especial sobre o
solução do conflito em favor da 31a Vara Federal. comum). Precedentes.
É o relatório. 3. Se o valor da ação ordinária é inferior ao limite de sessenta salários
Decido. mínimos previstos no artigo 3º da Lei 10.259/2001, aliado à
Não assiste razão ao suscitante. circunstância de a demanda não se encontrar no rol das exceções a essa
Com efeito, a Lei 10.259/01, que criou os Juizados Especiais Cíveis e regra, deve ser reconhecida a competência absoluta do Juizado
Criminais da Justiça Federal, estabeleceu o valor da causa como Especial Federal, sendo desinfluente o grau de complexidade da
critério determinador da competência dos Juizados Cíveis Federais, demanda ou o fato de ser necessária a realização de perícia técnica.
delimitados em 60 (sessenta) salários mínimos, bem como a 4. Recurso especial não provido.”
competência para executar as suas sentenças, litteris: (Resp n° 1205956/SC; Relator Ministro Castro Meira, publicado no
"Art. 3º - Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, DJE em 1°/12/2010)
conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal até o O pedido elaborado na petição inicial versa sobre reconhecimento de
valor de sessenta salários mínimos, bem como executar suas morte presumida de segurado para fins de benefício previdenciário, em
sentenças." que se requer, outrossim, a habilitação do autor para recebimento da
Com efeito, segundo a orientação pacificada no âmbito do E. pensão por morte. Não há que se falar, portanto, em hipótese
Superior Tribunal de Justiça, a competência dos Juizados excepcional descrita no art. 3°, § 1°, da Lei 10.259/01.
Especiais, em matéria cível, deve ser fixada segundo o valor da causa, A declaração de morte presumida, para fins previdenciários, objetiva a
e que a referida Lei 10.259/2001 não obsta a competência desses concessão de pensão, a cargo da autarquia-ré, a partir da respectiva
Juizados para apreciar as demandas de maior complexidade, bem decisão judicial, a qual abrange, além da declaração em si, a
como as que envolvam exame pericial (1ª Seção, AgRg no CC conseqüente concessão do benefício previdenciário de pensão por
104714 / PR, Ministro HERMAN BENJAMIN, DJe 28/08/2009). morte.
Veja-se, ainda, os seguintes julgados: Em hipótese semelhante à presente, decidiu monocraticamente a
“PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO NEGATIVO DE Desembargadora Federal Liliane Roriz (CC n° 2009.02.01.001263-0):
COMPETÊNCIA. AÇÃO ORDINÁRIA QUE VISA A GARANTIR O “Assim, tendo a causa valor que não ultrapasse a quantia de 60
FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. VALOR DA CAUSA (sessenta) salários mínimos, e não estando presente qualquer exceção
INFERIOR A 60 SALÁRIOS MÍNIMOS. ART. 3º DA LEI prevista no art. 3º, § 1º, da Lei nº 10.259/2001, impõe-se a
10.259/2001. LITISCONSÓRCIO PASSIVO ENTRE OS ENTES competência absoluta do Juizado Especial Federal.”
FEDERATIVOS. POSSIBILIDADE. INTERPRETAÇÃO AMPLA Posto isto, com base no artigo 120, parágrafo único, do CPC, conheço
DO ART. 6º, II, DA LEI 10.259/2001. COMPETÊNCIA DO do presente conflito e declaro competente o 7° Juizado Especial do Rio
JUIZADO ESPECIAL FEDERAL. de Janeiro para processar e julgar o presente feito.
1. O Superior Tribunal de Justiça pacificou a orientação de que a Dê-se ciência, por ofício, aos Juízes envolvidos no Conflito, a teor do
competência dos Juizados Especiais, em matéria cível, deve ser fixada art. 200, § 2º do Novo Regimento Interno do Tribunal Regional
segundo o valor da causa, que não pode ultrapassar sessenta salários Federal da 2ª Região.
mínimos, conforme previsão do art. 3º da Lei 10.259/2001. Oportunamente, arquivem-se os autos.
2. A referida Lei não afasta a competência desses Juizados para Rio de Janeiro, 03 de maio de 2012.
apreciar as demandas de maior complexidade, bem como as que Des. Fed. MESSOD AZULAY NETO
envolvam exame pericial. Relator
3. É plenamente cabível aos Juizados Especiais Federais o julgamento 2ª T. Especializada
de lide em que há litisconsórcio passivo necessário entre a União, o
Estado e o Município, pois inexiste óbice no art. 6º, II, do citado
Diploma. Precedentes do STJ.
4. Conflito conhecido, declarando-se a competência do Juízo Federal
do Juizado Especial Cível e Previdenciário da Seção Judiciária do TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL
Estado do Rio Grande do Sul.” 2a.TURMA ESPECIALIZADA
(CC 104544/RS, Relator Ministro Herman Benjamin; Primeira Seção,
publicado no DJE em 28/08/2009) PAUTA DE JULGAMENTOS
“PROCESSO CIVIL. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS.
UNIÃO, ESTADO E MUNICÍPIO COMO LITISCONSORTES Determino a inclusão dos processos abaixo relacionados
PASSIVOS. PRINCÍPIO FEDERATIVO E DA ESPECIALIDADE. na Pauta de Julgamentos ORDINARIA do dia 22 de MAIO de
VALOR DA CAUSA INFERIOR A 60 SALÁRIOS MÍNIMOS. 2012, TERÇA-FEIRA, às 13:00 horas. Os pedidos de
COMPETÊNCIA ABSOLUTA. preferência dos processos incluídos em pauta poderão ser
1. Trata-se de ação para fornecimento de medicamentos ajuizada em feitos, desde a data da inclusão, através do telefone ou no
face da União Federal, Estado de Santa Catarina e Município de balcão da Subsecretaria desta 2a. Turma Especializada.
Criciúma/SC. No apelo nobre, a municipalidade insurge-se contra a
fixação da competência no âmbito do Juizado Especial Federal. 00001 2007.51.06.000605-9 ACR RJ 9492
2. A competência do Juizado Especial Federal não se altera pelo fato CNJ : 0000605-15.2007.4.02.5106 05.10.14 -
de o Estado e o Município figurarem como litisconsortes passivos da APROPRIAÇÃO INDÉBITA
União Federal. Prevalece, na espécie, o princípio federativo (que dá PREVIDENCIÁRIA (ART. 168-A E LEI 8.2
RELATORA : DES.FED. LILIANE RORIZ
REVISORA : J.F.CONV MARCIA MARIA NUNES DE
BARROS
APTE : HELVIO ZANATTA DE FREITAS
ADV : LUCIANA FARACO DE CAROLIS E

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OUTRO
APDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL

00002 2009.51.17.000194-6 ACR RJ 9515


CNJ : 0000194-65.2009.4.02.5117 05.10.15 -
ESTELIONATO (ART. 171) - CRIMES ADV : BRUNO PERSICI E OUTROS
CONTRA O PATRIMÔNIO - PEN APDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
RELATORA : DES.FED. LILIANE RORIZ
REVISORA : J.F.CONV MARCIA MARIA NUNES DE 00007 2007.50.01.001380-7 ACR ES 9264
BARROS CNJ : 0001380-54.2007.4.02.5001 05.10.14 -
APTE : NEIDE RIBEIRO NUNES DA SILVA APROPRIAÇÃO INDÉBITA
ADV : ANA PAULA SANT'ANA GALVAO E PREVIDENCIÁRIA (ART. 168-A E LEI 8.2
OUTROS RELATORA : DES.FED. LILIANE RORIZ
APDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL REVISORA : J.F.CONV MARCIA MARIA NUNES DE
BARROS
00003 2003.50.02.001759-2 ACR ES 9450 APTE : ARENO DE ALMEIDA MOZER
CNJ : 0001759-31.2003.4.02.5002 05.10.15 - APTE : ANTONIO CARLOS DE BRITO RESENDE
ESTELIONATO (ART. 171) - CRIMES ADV : MARCELO ROSA VASCONCELLOS
CONTRA O PATRIMÔNIO - PEN BARROS E OUTROS
RELATORA : DES.FED. LILIANE RORIZ APTE : CLARA THAIS REZENDE CARDOSO
REVISORA : J.F.CONV MARCIA MARIA NUNES DE ORLANDI
BARROS ADV : FABIO DA FONSECA SAID E OUTROS
APTE : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL APDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
APTE : PAULO NASCIMENTO FERREIRA
ADV : ANTONIO SERGIO RIOS FERREIRA E 00008 2011.02.01.017209-3 MS RJ 10646
OUTRO CNJ : 0017209-04.2011.4.02.0000 05.20.08 -
APTE : JAMES FABIO DE ARAUJO SANTANA CRIMES CONTRA O SISTEMA
ADV : FLAVIO DE FIGUEIREDO GUIMARAES FINANCEIRO NACIONAL (LEI 7.492/86
APDO : OS MESMOS RELATORA : DES.FED. LILIANE RORIZ
IMPTE : HERCILO COSENZA ARLOTA
00004 2009.50.02.000351-0 ACR ES 9445 ADV : FERNANDO AUGUSTO FERNANDES E
CNJ : 0000351-92.2009.4.02.5002 05.22.10 - OUTROS
CONTRABANDO OU DESCAMINHO IMPDO : JUIZO DA 5A. VARA FEDERAL
(ART. 334) - CRIMES PRATICADOS CRIMINAL DO RIO DE JANEIRO
RELATORA : DES.FED. LILIANE RORIZ
REVISORA : J.F.CONV MARCIA MARIA NUNES DE 00009 2004.51.02.001692-2 AGEXP RJ 222
BARROS CNJ : 0001692-23.2004.4.02.5102 05.19.07 -
APTE : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL EXCESSO DE EXAÇÃO (ART. 316, §§1º
APDO : ANDERSON SUMAN DE ARAUJO E 2º) - CRIMES PRATICAD
ADV : ALDAHIR FONSECA FILHO RELATORA : DES.FED. LILIANE RORIZ
APDO : EUMENES GASPARELO AGRTE : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
ADV : FLAVIO DE FIGUEIREDO GUIMARAES AGRDO : JORGE PEREIRA CALABRIA
ANOTAÇÕ : JUST.GRAT. ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
ES ANOTAÇÕ : JUST.GRAT.
ES
00005 2007.51.05.000795-0 ACR RJ 9507
CNJ : 0000795-78.2007.4.02.5105 05.23.05 - 00010 2010.51.19.000342-2 ACR RJ 9389
FALSO TESTEMUNHO OU FALSA CNJ : 0000342-36.2010.4.02.5119 05.10.14 -
PERÍCIA (ARTS. 342 E 343) - CRI APROPRIAÇÃO INDÉBITA
RELATORA : DES.FED. LILIANE RORIZ PREVIDENCIÁRIA (ART. 168-A E LEI 8.2
REVISORA : J.F.CONV MARCIA MARIA NUNES DE RELATOR : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO
BARROS REVISORA : DES.FED. LILIANE RORIZ
APTE : MARCILIO MACHADO DA NOBREGA APTE : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
ADV : MICHEL DA CUNHA FIGUEIREDO APDO : DECIO DE SOUZA CARAVANA JUNIOR
APDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL ADV : FLAVIO COELHO MEDEIROS E
OUTROS
00006 2007.50.01.004303-4 ACR ES 9404 ANOTAÇÕ : JUST.GRAT.
CNJ : 0004303-53.2007.4.02.5001 05.10.15 - ES
ESTELIONATO (ART. 171) - CRIMES
CONTRA O PATRIMÔNIO - PEN 00011 1999.50.01.001725-5 ACR ES 7376
RELATORA : DES.FED. LILIANE RORIZ CNJ : 0001725-98.1999.4.02.5001 05.10.14 -
REVISORA : J.F.CONV MARCIA MARIA NUNES DE APROPRIAÇÃO INDÉBITA
BARROS PREVIDENCIÁRIA (ART. 168-A E LEI 8.2
APTE : ALCIOMAR DA SILVA PEREIRA RELATOR : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO
REVISORA : DES.FED. LILIANE RORIZ
APTE : MANOEL FRANCISCO DE PAULA
ADV : MARCIO DELAMBERT MIRANDA
FERREIRA E OUTROS
APDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL

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00012 2010.51.01.818454-9 ACR RJ 9343
CNJ : 0818454-74.2010.4.02.5101 05.20.15.01 -
CRIMES CONTRA A FAUNA - CRIMES
CONTRA O MEIO AMBIENTE
RELATOR : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO 2010.51.02.00318
REVISORA : DES.FED. LILIANE RORIZ 8-1
APTE : T. N.
2011.51.01.80621
ADV : RENATO ANTUNES SOARES E
1-4
OUTROS
FABIO DA FONSECA ES01197 2007.50.01.00138
APDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
SAID 8 0-7
ANOTAÇÕ : PROC.SIG.
ES FERNANDO AUGUSTO RJ10832 2011.02.01.01720
FERNANDES 9 9-3
00013 2008.50.01.015584-9 RSE ES 2763 FLAVIO COELHO RJ12357 2010.51.19.00034
CNJ : 0015584-69.2008.4.02.5001 05.10.15 - MEDEIROS 2 2-2
ESTELIONATO (ART. 171) - CRIMES FLAVIO DE FIGUEIREDO ES01318 2003.50.02.00175
CONTRA O PATRIMÔNIO - PEN GUIMARAES 9 9-2
RELATOR : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO 2009.50.02.00035
RECTE : RANIERI FERREIRA COSTA 1-0
ADV : MARCELO MARIANELLI LOSS LUCIANA FARACO DE RJ07281 2007.51.06.00060
RECDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL CAROLIS 6 5-9
MARCELO MARIANELLI ES00855 2008.50.01.01558
00014 2011.51.01.806211-4 ACR RJ 9554 LOSS 1 4-9
CNJ : 0806211-64.2011.4.02.5101 05.20.04 - MARCELO ROSA
CRIMES DE TRÁFICO ILÍCITO E USO VASCONCELLOS ES01220 2007.50.01.00138
INDEVIDO DE DROGAS (LEI 1 BARROS 4 0-7
RELATORA : DES.FED. NIZETE LOBATO CARMO MARCIO DELAMBERT RJ10680 1999.50.01.00172
PAUTA : J.F.CONV MARCIA MARIA NUNES DE MIRANDA FERREIRA 9 5-5
BARROS MICHEL DA CUNHA RJ16841 2007.51.05.00079
REVISOR : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO FIGUEIREDO 3 5-0
APTE : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL RENATO ANTUNES SP14551 2010.51.01.81845
APTE : EMILTIANO JOAO DA SILVA SOARES 8 4-9
ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
APDO : OS MESMOS
RIO DE JANEIRO, 10 DE MAIO DE 2012.
00015 2010.51.02.003188-1 RSE RJ 2910
CNJ : 0003188-77.2010.4.02.5102 05.22.10 - DESEMBARGADORA FEDERAL LILIANE RORIZ
CONTRABANDO OU DESCAMINHO
(ART. 334) - CRIMES PRATICADOS PRESIDENTE
RELATORA : DES.FED. NIZETE LOBATO CARMO
PAUTA : J.F.CONV MARCIA MARIA NUNES DE
BARROS
RECTE : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
RECDO : OSMAR MENDES MACHADO
ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
ANOTAÇÕ : JUST.GRAT.
ES SUBSECRETARIA DA 3A.TURMA ESPECIALIZADA

ÍNDICES POR ADVOGADO DA PAUTA DE 22.05.2012. TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL


3a.TURMA ESPECIALIZADA
Código Número do
Nome do Advogado OAB Processo PAUTA DE JULGAMENTOS
ALDAHIR FONSECA ES00445 2009.50.02.00035
FILHO 9 1-0 Determino a inclusão dos processos abaixo relacionados
na Pauta de Julgamentos ORDINARIA do dia 22 de MAIO de
ANA PAULA SANT'ANA RJ13783 2009.51.17.00019
2012, TERÇA-FEIRA, às 13:00 horas, podendo, entretanto,
GALVAO 9 4-6
nessa mesma Sessão ou Sessões subseqüentes, ser julgados
ANTONIO SERGIO RIOS RJ06871 2003.50.02.00175
os processos adiados ou constantes de Pautas já publicadas.
FERREIRA 9 9-2
ES00914 2007.50.01.00430 00001 2005.51.01.017022-0 EXSUSP RJ 223
BRUNO PERSICI 3 3-4 CNJ : 0017022-29.2005.4.02.5101
DEFENSORIA PUBLICA 2004.51.02.00169 RELATORA : DES.FED. SALETE MACCALÓZ
DA UNIAO 2-2 EXCPTE : ALAN JOSE SALLES ZOCCOLI E OUTRO
ADV : EDISON FREITAS DE SIQUEIRA E
OUTRO
EXCPTO : EXMA. SRA. MARCELLA NOVA
BRANDAO - JUIZA FEDERAL
SUBSTITUTA EM EXERCICIO NA 6A
VARA FEDERAL DO RIO

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DE JANEIRO/RJ

00002 1999.51.06.553367-1 AC RJ 396555


CNJ : 0553367-29.1999.4.02.5106
RELATORA : DES.FED. SALETE MACCALÓZ
APTE : FERNANDO LOURENCO BRAGA AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
PEREIRA DA CUNHA
ADV : LUIZ ANTONIO SALGUEIRO 00009 2010.02.01.007981-7 AG ES 189446
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL CNJ : 0007981-39.2010.4.02.0000
RELATORA : DES.FED. SALETE MACCALÓZ
00003 2011.02.01.010506-7 AG RJ 202713 AGRTE : FERNANDO JOAO PEREIRA DOS
CNJ : 0010506-57.2011.4.02.0000 SANTOS E OUTROS
RELATORA : DES.FED. SALETE MACCALÓZ ADV : JOÃO APRÍGIO MENEZES E OUTROS
AGRTE : RP4 COMERCIO E REPRESENTACOES AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
DE MATERIAIS SERIGRAFICOS LTDA
ADV : LUIZ GUILHERME OUROFINO IRINEU 00010 2006.50.01.002849-1 AC ES 394156
RODRIGUES CNJ : 0002849-72.2006.4.02.5001
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL RELATORA : DES.FED. SALETE MACCALÓZ
APTE : IRMAOS DARIVA LTDA.
00004 2006.51.01.008145-8 AC RJ 402898 ADV : ADAO CARLOS PEREIRA PINTO
CNJ : 0008145-66.2006.4.02.5101 APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
RELATORA : DES.FED. SALETE MACCALÓZ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL 00011 2004.51.01.527020-0 AC RJ 389189
APDO : PREVINDUS - ASSOCIACAO DE CNJ : 0527020-95.2004.4.02.5101
PREVIDENCIA COMPLEMENTAR RELATORA : DES.FED. SALETE MACCALÓZ
ADV : SEM ADVOGADO APTE : SINDICATO DOS EMPREGADOS NO
COM/ HOTELEIRO E SIMILARES DO
00005 2006.50.04.000477-4 AC ES 405409 MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
CNJ : 0000477-44.2006.4.02.5004 ADV : SERGIO PAULO VIEIRA VILLACA
RELATORA : DES.FED. SALETE MACCALÓZ JUNIOR E OUTROS
APTE : TAYLOR ROBERTO BOZETTI APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
ADV : CARLOS AUGUSTO MENDES PEREIRA SOCIAL - INSS
E OUTRO PROC : LEONARDO CARDOSO M T MENDES
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADV : LEONARDO JUNHO GARCIA E OUTROS 00012 2000.51.01.513158-9 AC RJ 392055
CNJ : 0513158-96.2000.4.02.5101
00006 2001.51.10.004672-3 AC RJ 322371 RELATORA : DES.FED. SALETE MACCALÓZ
CNJ : 0004672-21.2001.4.02.5110 APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
RELATORA : DES.FED. SALETE MACCALÓZ APDO : BAR CARRAZELO DE MONTENEGRO
APTE : UNIAO FEDERAL/FAZENDA NACIONAL - LTDA E OUTROS
SUCESSORA DE CIA/ DE NAVEGACAO ADV : ADALBERTO MAIA VILAR
LLOYD BRASILEIRO
APTE : VETEC QUIMICA FINA LTDA E OUTRO 00013 2007.51.01.502060-9 APELREEX RJ
ADV : VANY ROSSELINA GIORDANO E 486950
OUTROS CNJ : 0502060-70.2007.4.02.5101
APDO : OS MESMOS RELATORA : DES.FED. SALETE MACCALÓZ
RMTE : JUIZO DE DIREITO DA 5 VARA DE SAO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
JOAO DE MERITI RJ APDO : GUSTAVO DUARTE REIS
ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
00007 2010.02.01.013511-0 AG RJ 192604 RMTE : JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE
CNJ : 0013511-24.2010.4.02.0000 EXECUCAO FISCAL-RJ
RELATORA : DES.FED. SALETE MACCALÓZ
AGRTE : ICATU HOLDING S/A E OUTRO 00014 2007.02.01.015525-0 AG RJ 160790
ADV : ANDRE DE LAMARE BIOLCHINI E CNJ : 0015525-83.2007.4.02.0000
OUTROS RELATORA : DES.FED. SALETE MACCALÓZ
AGRDO : UNIAO FEDERAL VISTA : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL
AGRTE : AMIL - ASSISTENCIA MEDICA
00008 2009.02.01.010707-0 AG RJ 178783 INTERNACIONAL LTDA
CNJ : 0010707-20.2009.4.02.0000 ADV : ARNOLDO WALD FILHO E OUTROS
RELATORA : DES.FED. SALETE MACCALÓZ AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
AGRTE : PETROLEO BRASILEIRO S/A -
PETROBRAS 00015 2008.02.01.013860-8 AG RJ 168888
ADV : RENATO DE OLIVEIRA DA SILVA E CNJ : 0013860-95.2008.4.02.0000
OUTROS RELATOR : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL
AGRTE : FIDELIS SIGMARINGA EVANGELISTA
BRAGANCA E OUTRO
ADV : FIDELIS SIGMARINGA EVANGELISTA
BRAGANCA
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL

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00016 2008.02.01.014801-8 AG RJ 169482
CNJ : 0014801-45.2008.4.02.0000
RELATOR : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
AGRDO : BAR SIMPATIA DA VILA ISABEL LTDA
ME E OUTRO 00022 2012.02.01.005755-7 AG ES 212197
ADV : SEM ADVOGADO CNJ : 0005755-90.2012.4.02.0000
AGRDO : SEBASTIAO GOMES DE OLIVEIRA RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
ADV : RICHARD TAVARES CASTRO MENDES
AGRTE : CONSELHO REGIONAL DE
00017 2006.50.01.007915-2 AMS ES 69543 CONTABILIDADE DO ESTADO DO
CNJ : 0007915-33.2006.4.02.5001 ESPIRITO SANTO - CRC/ES
RELATOR : DES.FED. FERNANDO MARQUES ADV : JUCIARA BRITO CAMARGO
PAUTA : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL AGRDO : VAGNER JOSE SUFIATI PETRI
APTE : COTIA VITORIA SERVICOS E ADV : SEM ADVOGADO
COMERCIO LTDA
ADV : RHEA SILVIA MELLO E OUTROS 00023 2012.02.01.005880-0 AG ES 212273
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL CNJ : 0005880-58.2012.4.02.0000
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
00018 2004.50.01.007006-1 AC ES 434893 CASTRO MENDES
CNJ : 0007006-59.2004.4.02.5001 AGRTE : CONSELHO REGIONAL DE
RELATOR : DES.FED. FERNANDO MARQUES CONTABILIDADE DO ESTADO DO
PAUTA : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL ESPIRITO SANTO - CRC/ES
APTE : ADM EXPORTADORA E IMPORTADORA ADV : JUCIARA BRITO CAMARGO
S/A AGRDO : ISAIAS ALVES
ADV : LEONARDO PICOLI GAGNO E OUTROS ADV : SEM ADVOGADO
ADV : WALDIR SIQUEIRA
ADV : MARCELO RIBEIRO DE ALMEIDA 00024 2012.02.01.005871-9 AG ES 212243
ADV : RICARDO LUZ DE BARROS BARRETO CNJ : 0005871-96.2012.4.02.0000
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
CASTRO MENDES
00019 2012.02.01.005779-0 AG ES 212186 AGRTE : CONSELHO REGIONAL DE
CNJ : 0005779-21.2012.4.02.0000 CONTABILIDADE DO ESTADO DO
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE ESPIRITO SANTO - CRC/ES
CASTRO MENDES ADV : JUCIARA BRITO CAMARGO
AGRTE : CONSELHO REGIONAL DE AGRDO : ARIDALTO FERREIRA BASTOS
CONTABILIDADE DO ESTADO DO ADV : SEM ADVOGADO
ESPIRITO SANTO - CRC/ES
ADV : JUCIARA BRITO CAMARGO 00025 2005.51.01.528044-1 AC RJ 416720
AGRDO : GUALBER FERNANDES DA SILVA CNJ : 0528044-27.2005.4.02.5101
ADV : SEM ADVOGADO RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
CASTRO MENDES
00020 2012.02.01.005766-1 AG ES 212205 APTE : CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA -
CNJ : 0005766-22.2012.4.02.0000 CRM
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE ADV : PAULO ROBERTO PIRES FERREIRA E
CASTRO MENDES OUTROS
AGRTE : CONSELHO REGIONAL DE APDO : JOSE DILNEI DE FREITAS
CONTABILIDADE DO ESTADO DO ADV : SEM ADVOGADO
ESPIRITO SANTO - CRC/ES
ADV : JUCIARA BRITO CAMARGO 00026 2002.51.01.500115-0 AC RJ 540270
AGRDO : ROSENI ALVES VICENTE CNJ : 0500115-24.2002.4.02.5101
ADV : SEM ADVOGADO RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
CASTRO MENDES
00021 2012.02.01.005767-3 AG ES 212202 APTE : CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA
CNJ : 0005767-07.2012.4.02.0000 DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO -
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE CREMERJ
CASTRO MENDES ADV : MANOEL MESSIAS PEIXINHO E
AGRTE : CONSELHO REGIONAL DE OUTROS
CONTABILIDADE DO ESTADO DO APDO : CLINICA MEDICA BARRASHOPPING S/C
ESPIRITO SANTO - CRC/ES LTDA
ADV : JUCIARA BRITO CAMARGO ADV : SEM ADVOGADO
AGRDO : ELIETE FERREIRA DA PAIXÃO FALCÃO
ADV : SEM ADVOGADO 00027 2005.51.01.543671-4 AC RJ 403143
CNJ : 0543671-71.2005.4.02.5101
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
CASTRO MENDES
APTE : CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO -

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CREMERJ
ADV : PAULO ROBERTO PIRES FERREIRA E
OUTROS
APDO : PAULO COUTINHO DA SILVEIRA
ADV : SEM ADVOGADO

00028 2003.51.01.502104-9 AC RJ 540265 00033 2005.51.01.528492-6 AC RJ 416868


CNJ : 0502104-31.2003.4.02.5101 CNJ : 0528492-97.2005.4.02.5101
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
CASTRO MENDES CASTRO MENDES
APTE : CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA APTE : CREMERJ - CONSELHO REGIONAL DE
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - MEDICINA DO ESTADO DO RIO DE
CREMERJ JANEIRO
ADV : MANOEL MESSIAS PEIXINHO E ADV : FERNANDO JOSE FERREIRA STUTZ E
OUTROS OUTROS
APDO : DAVID YANGUAS BODENSIEK APDO : MAGDA LUIZ VICENTE
ADV : SEM ADVOGADO ADV : SEM ADVOGADO
00029 2005.51.01.528031-3 AC RJ 403195 00034 2006.51.01.546051-4 AC RJ 540468
CNJ : 0528031-28.2005.4.02.5101 CNJ : 0546051-33.2006.4.02.5101
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
CASTRO MENDES CASTRO MENDES
APTE : CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA APTE : CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA
DO RIO DE JANEIRO - CREMERJ DO RIO DE JANEIRO - CREMERJ
ADV : PAULO ROBERTO PIRES FERREIRA E ADV : PAULO ROBERTO PIRES FERREIRA E
OUTROS OUTROS
APDO : ELISABETE APARECIDA ROCHA APDO : LUIZ ROBERTO RODRIGUES
ADV : SEM ADVOGADO ADV : SEM ADVOGADO
00030 2002.51.01.500504-0 AC RJ 543556 00035 2006.51.01.546160-9 AC RJ 540505
CNJ : 0500504-09.2002.4.02.5101 CNJ : 0546160-47.2006.4.02.5101
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
CASTRO MENDES CASTRO MENDES
APTE : CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA APTE : CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA
DO RIO DE JANEIRO - CREMERJ DO RIO DE JANEIRO - CREMERJ
ADV : MARCONDE ALENCAR DE LIMA E ADV : CARLOS ALBERTO CACAU DE BRITO E
OUTROS OUTROS
APDO : CENTRO MEDICO NOSSA SENHORA APDO : SOMA BARRA SERV. MED. E
DA PENHA LTDA ENFERMAGEM
ADV : SEM ADVOGADO ADV : SEM ADVOGADO
00031 2003.51.01.502556-0 AC RJ 540251 00036 2006.51.01.542966-0 AC RJ 540616
CNJ : 0502556-41.2003.4.02.5101 CNJ : 0542966-39.2006.4.02.5101
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
CASTRO MENDES CASTRO MENDES
APTE : CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA APTE : CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO -
CREMERJ CREMERJ
ADV : MANOEL MESSIAS PEIXINHO E ADV : CARLOS ALBERTO CACAU DE BRITO E
OUTROS OUTROS
APDO : NOE JOSE MARTINEZ CUELLO APDO : CENTRO MEDICO REABILITACIONAL
ADV : SEM ADVOGADO DA TIJUCA LTDA
ADV : SEM ADVOGADO
00032 2005.51.01.528035-0 AC RJ 416728
CNJ : 0528035-65.2005.4.02.5101 00037 2008.51.01.500769-5 AC RJ 540470
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE CNJ : 0500769-98.2008.4.02.5101
CASTRO MENDES RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
APTE : CREMERJ - CONSELHO REGIONAL DE CASTRO MENDES
MEDICINA DO ESTADO DO RIO DE APTE : CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA
JANEIRO DO RIO DE JANEIRO - CREMERJ
ADV : PAULO ROBERTO PIRES FERREIRA E ADV : PAULO ROBERTO PIRES FERREIRA E
OUTROS OUTROS
APDO : JORLUZI PINTO CARDIANO APDO : CENTRO DE PATOLOGIA CLINICA
ADV : SEM ADVOGADO DOUTOR KANAAN LTDA
ADV : SEM ADVOGADO

00038 2008.51.01.500704-0 AC RJ 540633


CNJ : 0500704-06.2008.4.02.5101
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE

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CASTRO MENDES
APTE : CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO -
CREMERJ
ADV : PAULO ROBERTO PIRES FERREIRA E
OUTROS APDO : AURINDA FERREIRA
APDO : BIO MED ASSISTENCIA MEDICA S/C ADV : SEM ADVOGADO
LTDA
ADV : SEM ADVOGADO 00044 1983.51.01.589020-8 AC RJ 521505
CNJ : 0589020-69.1983.4.02.5101
00039 2005.51.01.528103-2 AC RJ 540464 RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
CNJ : 0528103-15.2005.4.02.5101 CASTRO MENDES
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CASTRO MENDES APDO : UNIMOV - EMPREENDIMENTOS E
APTE : CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA CONSTRUCOES S/A
DO RIO DE JANEIRO - CREMERJ ADV : IVAN CAMPOS DE SOUZA E OUTROS
ADV : CARLOS ALBERTO CACAU DE BRITO E
OUTROS 00045 2011.02.01.000097-0 AC RJ 507196
APDO : CLINEUROPSI MAXIMIANO S/C LTDA CNJ : 0000097-95.2011.4.02.9999
ADV : SEM ADVOGADO RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
CASTRO MENDES
00040 2005.51.01.526033-8 AC RJ 540500 APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CNJ : 0526033-25.2005.4.02.5101 APDO : PANIFICADORA ITAOCARA LTDA ME
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE ADV : SEM ADVOGADO
CASTRO MENDES
APTE : CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA 00046 1998.51.06.700073-4 AC RJ 501121
DO RIO DE JANEIRO - CREMERJ CNJ : 0700073-15.1998.4.02.5106
ADV : CARLOS ALBERTO CACAU DE BRITO E RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
OUTROS CASTRO MENDES
APDO : CENTRO MEDICO ANCHIETA LTDA APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
ADV : SEM ADVOGADO APDO : ARNALDO KARL
ADV : SEM ADVOGADO
00041 2008.51.01.500738-5 AC RJ 540620
CNJ : 0500738-78.2008.4.02.5101 00047 2006.51.01.518842-5 AC RJ 543568
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE CNJ : 0518842-89.2006.4.02.5101
CASTRO MENDES RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
APTE : CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA CASTRO MENDES
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
CREMERJ ADV : DANIELLE RODRIGUES DE SOUSA E
ADV : CARLOS ALBERTO CACAU DE BRITO E OUTROS
OUTROS APDO : UNIAO FEDERAL
APDO : CENTRO DE IMAGEM SOROCABA LTDA
ADV : SEM ADVOGADO 00048 2011.51.12.000291-3 AC RJ 539401
CNJ : 0000291-12.2011.4.02.5112
00042 2009.51.01.522529-0 AC RJ 547494 RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
CNJ : 0522529-69.2009.4.02.5101 CASTRO MENDES
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CASTRO MENDES APDO : ABC COMERCIO E REPRESENTAÇÕES
APTE : CONSELHO REGIONAL DE LTDA
PSICOLOGIA DA 5ª REGIAO ADV : FERNANDO AMIL DE OLIVEIRA
ADV : FLAVIA ALESSANDRA DE FREITAS E
OUTROS 00049 2010.02.01.009584-7 REOAC ES 490481
APDO : GRAPHOS ASSESSORIA CNJ : 0009584-26.2010.4.02.9999
DESENVOLVIMENTO E TREINAMENTO RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
LTDA CASTRO MENDES
ADV : SEM ADVOGADO PARTEA : CONSELHO REGIONAL DE
CORRETORES DE IMOVEIS DA 13ª
00043 2009.51.01.521496-6 AC RJ 547491 REGIAO
CNJ : 0521496-44.2009.4.02.5101 ADV : CARLOS AUGUSTO DA MOTTA LEAL
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE PARTER : HABITAR IMOBILIARIA LTDA
CASTRO MENDES ADV : SEM ADVOGADO
APTE : CONSELHO REGIONAL DE RMTE : JUIZO DE DIREITO DA 1 VARA DE
PSICOLOGIA DA 5ª REGIAO GUARAPARI ES
ADV : FLAVIA ALESSANDRA DE FREITAS
00050 2011.02.01.016140-0 REOAC ES 535210
CNJ : 0016140-10.2011.4.02.9999
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
CASTRO MENDES
PARTEA : CONSELHO REGIONAL DE

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CORRETORES DE IMOVEIS 13A.
REGIAO - CRECI/ES
ADV : CARLOS AUGUSTO DA MOTA LEAL
PARTER : PAULO FERNANDES DA SILVA
ADV : SEM ADVOGADO
RMTE : JUIZO DE DIREITO DA 1 VARA DE CNJ : 0001631-98.2010.4.02.5120
GUARAPARI ES RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
CASTRO MENDES
00051 1999.51.09.700855-7 (MS) APELREEX RJ APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
449407 APDO : MATERIAS DE CONSTRUCAO TUPA
CNJ : 0700855-76.1999.4.02.5109 LTDA
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE ADV : SEM ADVOGADO
CASTRO MENDES
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL 00057 2010.51.20.001474-5 AC RJ 543423
APDO : POSTO RESENDE LTDA CNJ : 0001474-28.2010.4.02.5120
ADV : CLAUDIA REGINA MARTINS LACERDA RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
E OUTROS CASTRO MENDES
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
RESENDE-RJ APDO : TRANSCOL TRANSPORTES E TURISMO
LTDA
00052 2000.51.02.002816-5 AC RJ 413023 ADV : SEM ADVOGADO
CNJ : 0002816-80.2000.4.02.5102
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE 00058 2010.51.20.001368-6 AC RJ 540802
CASTRO MENDES CNJ : 0001368-66.2010.4.02.5120
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
APDO : DANIEL FERREIRA GUIMARAES CASTRO MENDES
ARMARINHO LTDA APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
ADV : ANTONIO ADOLAR WOLFF E OUTRO APDO : ALCS COMERCIO E SERVICO DE
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE ALUMINIO LTDA
NITEROI-RJ ADV : SEM ADVOGADO
00053 2012.02.01.000458-9 REOAC ES 539781 00059 2010.51.20.001198-7 AC RJ 541013
CNJ : 0000458-78.2012.4.02.9999 CNJ : 0001198-94.2010.4.02.5120
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
CASTRO MENDES CASTRO MENDES
PARTEA : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
PARTER : EMPRESA DE MINERACAO SANTA APDO : RODOBRAS IND/ COM/ LTDA
MARTHA MARMORES E GRANITOS ADV : SEM ADVOGADO
LTDA
ADV : SEM ADVOGADO 00060 2010.51.20.001767-9 AC RJ 543311
RMTE : JUIZO DE DIREITO DA 1 VARA DE CNJ : 0001767-95.2010.4.02.5120
VARGEM ALTA ES RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
CASTRO MENDES
00054 1994.51.01.015907-8 AC RJ 524362 APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CNJ : 0015907-56.1994.4.02.5101 APDO : MIROE COMERCIO DE MADEIRAS LTDA
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE ADV : SEM ADVOGADO
CASTRO MENDES
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL 00061 2001.51.01.505396-0 AC RJ 546552
APDO : SNCI SOCIEDADE NAC DE CNJ : 0505396-92.2001.4.02.5101
COMERCIALIZACAO INTEGRADA LTDA RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
E OUTRO CASTRO MENDES
ADV : SEM ADVOGADO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : COML/ E MADEIREIRA N FERNANDES
00055 2010.51.20.001878-7 AC RJ 547331 LTDA E OUTROS
CNJ : 0001878-79.2010.4.02.5120 ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO -
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE CURADORA ESPECIAL
CASTRO MENDES
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL 00062 2010.51.20.002112-9 AC RJ 544343
APDO : BAZAR SAO JOSE LOUCAS E CNJ : 0002112-61.2010.4.02.5120
FERRAGENS LTDA RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
ADV : REGINA DE FREITAS MACHADO E CASTRO MENDES
OUTROS APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : SOUZA RIO ARTIGOS E PRODUTOS
00056 2010.51.20.001631-6 AC RJ 540807 ALIMENTICIOS LTDA
ADV : SEM ADVOGADO

00063 2010.51.20.001894-5 AC RJ 541016


CNJ : 0001894-33.2010.4.02.5120
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE

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CASTRO MENDES
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : ROLANDS JEANS COM IND LTDA ME
ADV : SEM ADVOGADO

00064 2010.51.20.001913-5 AC RJ 540797 TINTAS S/A


CNJ : 0001913-39.2010.4.02.5120 ADV : SEM ADVOGADO
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
CASTRO MENDES 00071 2010.51.20.001832-5 AC RJ 541502
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL CNJ : 0001832-90.2010.4.02.5120
APDO : TRANSCOL TRANSPORTES E TURISMO RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
LTDA CASTRO MENDES
ADV : SEM ADVOGADO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS FATH
00065 1999.51.01.072541-0 AC RJ 547136 LTDA
CNJ : 0072541-96.1999.4.02.5101 ADV : SEM ADVOGADO
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
CASTRO MENDES 00072 1989.51.01.016321-9 AC RJ 508662
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL CNJ : 0016321-30.1989.4.02.5101
APDO : DI MARMORE COMERCIO DE RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
MATERIAIS DE DECORACAO LTDA CASTRO MENDES
ADV : SEM ADVOGADO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : AGRO PASTORIL BATALHA LTDA
00066 2010.51.20.001673-0 AC RJ 541020 ADV : SEM ADVOGADO
CNJ : 0001673-50.2010.4.02.5120
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE 00073 1996.50.01.005638-7 APELREEX ES
CASTRO MENDES 479216
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL CNJ : 0005638-93.1996.4.02.5001
APDO : MARWILF EMPREENDIMENTOS RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
IMOBILIARIOS LTDA CASTRO MENDES
ADV : SEM ADVOGADO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : UNICAFE COMPANHIA DE COMERCIO
00067 2010.51.20.001630-4 AC RJ 544453 EXTERIOR E OUTROS
CNJ : 0001630-16.2010.4.02.5120 ADV : AYLTON GOMES CABRAL E OUTRO
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE RMTE : JUIZO DA 6A VARA FEDERAL CIVEL DE
CASTRO MENDES VITORIA-ES
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : ANTONIO FRANCISCO DOS SANTOS 00074 1996.50.01.005554-1 AC ES 445448
ADV : SEM ADVOGADO CNJ : 0005554-92.1996.4.02.5001
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
00068 2010.51.20.002240-7 AC RJ 547308 CASTRO MENDES
CNJ : 0002240-81.2010.4.02.5120 APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE APDO : DENISE DE MOURA CADETE
CASTRO MENDES GAZZINELLI
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL ADV : ROGER FAICAL RONCONI
APDO : INDUBRASTIL INDUSTRIA BRASILEIRA
DE TINTAS LTDA 00075 1996.50.01.006710-5 APELREEX ES
ADV : SEM ADVOGADO 448764
CNJ : 0006710-18.1996.4.02.5001
00069 2010.51.20.000697-9 AC RJ 535723 RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
CNJ : 0000697-43.2010.4.02.5120 CASTRO MENDES
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CASTRO MENDES APDO : GERALDO SERGIO DA FONSECA
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL BONATES
APDO : MARIAZINHA TRANSPORTES E ADV : ILZA RIBEIRO MOLL
TURISMO LTDA RMTE : JUIZO DA 2A VARA FEDERAL CIVEL DE
ADV : SEM ADVOGADO VITORIA-ES
00070 2010.51.20.000499-5 AC RJ 529539 00076 1996.50.01.006634-4 AC ES 459110
CNJ : 0000499-06.2010.4.02.5120 CNJ : 0006634-91.1996.4.02.5001
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
CASTRO MENDES CASTRO MENDES
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : ABEL DE BARROS COM/ IND/ DE APDO : AFFONSO PIANCA E OUTROS
ADV : CLAUDIO CALIMAN E OUTRO

00077 1996.50.01.005288-6 AC ES 448290


CNJ : 0005288-08.1996.4.02.5001
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE

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CASTRO MENDES
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : AMARILDO SELVA LOVATO E OUTROS
ADV : CLAUDIUS ANDRE MENDONCA
CABALLERO E OUTROS

00078 1996.50.01.007014-1 APELREEX ES 00083 2010.51.10.000837-1 (MS) AC RJ 508610


448198 CNJ : 0000837-10.2010.4.02.5110
CNJ : 0007014-17.1996.4.02.5001 RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE CASTRO MENDES
CASTRO MENDES APTE : CLIMOL - CLINICA MEDICA E
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL ODONTOLOGICA SAO FRANCISCO DE
APDO : ARILDO NUNES LOUREIRO ASSIS LTDA
ADV : MOACYR JOSE DE MENEZES E OUTRO ADV : NELSON WILIANS FRATONI
RMTE : JUIZO DA 6A VARA FEDERAL CIVEL DE RODRIGUES E OUTROS
VITORIA-ES APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
00079 1996.51.01.046952-0 AC RJ 522980 00084 2000.50.01.006305-1 (MS) APELREEX ES
CNJ : 0046952-10.1996.4.02.5101 503224
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE CNJ : 0006305-40.2000.4.02.5001
CASTRO MENDES RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL CASTRO MENDES
APDO : MINERVA DO BRASIL IND/ DE OLEOS APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
LUBRIF E PROD QUIMICOS LTDA E APDO : IMPERMAX ENGENHARIA DE
OUTROS IMPERMEABILIZAÇAO LTDA
ADV : SEM ADVOGADO ADV : KATIA LEAO BORGES DE ALMEIDA E
OUTROS
00080 2008.51.01.513957-5 APELREEX RJ RMTE : JUIZO DA 6A VARA FEDERAL CIVEL DE
525559 VITORIA-ES
CNJ : 0513957-61.2008.4.02.5101
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE 00085 2010.51.01.013286-0 (MS) APELREEX RJ
CASTRO MENDES 539507
APTE : MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO CNJ : 0013286-27.2010.4.02.5101
PROC : GUSTAVO DA GAMA VITAL DE RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
OLIVEIRA CASTRO MENDES
APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
SOCIAL - INSS APDO : GLOBOSAT PROGRAMADORA LTDA
PROC : EDUARDO DOS SANTOS ADV : FABIO LOPES VILELA BERBEL E
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 2A VARA DE OUTROS
EXECUCAO FISCAL-RJ RMTE : JUIZO FEDERAL DA 30A VARA-RJ
00081 2010.50.01.006142-4 APELREEX ES 00086 2005.51.01.506614-5 AC RJ 416809
523640 CNJ : 0506614-19.2005.4.02.5101
CNJ : 0006142-11.2010.4.02.5001 RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE CASTRO MENDES
CASTRO MENDES APTE : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL E TELEGRAFOS - ECT
APDO : TOLEDO MINERACAO LTDA ADV : ENIO VALLE PAIXAO E OUTRO
ADV : LAIR DA SILVA NEVES E OUTROS APTE : ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RMTE : JUIZO DA 6A VARA FEDERAL CIVEL DE PROC : ROBERTO DUARTE BUTTER
VITORIA-ES APDO : OS MESMOS
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 4A VARA DE
00082 2010.50.01.006139-4 (MS) APELREEX ES EXECUCAO FISCAL-RJ
524135
CNJ : 0006139-56.2010.4.02.5001 00087 2009.51.10.003079-9 (MS) AC RJ 473194
RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE CNJ : 0003079-73.2009.4.02.5110
CASTRO MENDES RELATOR : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL CASTRO MENDES
APDO : MONTE SIAO GRANITOS IMPORTAÇAO APTE : A. CUPELLO TRANSPORTES LTDA
E EXPORTAÇAO LTDA ADV : ALEX FERREIRA LEITE E OUTROS
ADV : RICARDO ANTONACCI ANDRADE E APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
OUTROS
RMTE : JUIZO DA 6A VARA FEDERAL CIVEL DE 00088 2010.50.01.003653-3 AC ES 534663
VITORIA-ES CNJ : 0003653-98.2010.4.02.5001
RELATORA : DES.FED. SALETE MACCALÓZ
PAUTA : J.F. GERALDINE PINTO VITAL DE
CASTRO
APTE : NELSON JOAO SCHAIKOSKI
ADV : NELSON JOAO SCHAIKOSKI E OUTROS

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APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL

00089 2006.51.01.004515-6 APELREEX RJ


541823
CNJ : 0004515-02.2006.4.02.5101
RELATORA : DES.FED. SALETE MACCALÓZ PRESIDENTE
PAUTA : J.F. GERALDINE PINTO VITAL DE
CASTRO
APTE : LOG-IN - LOGISTICA INTERMODAL S/A
ADV : GODOFREDO MENDES VIANA E
OUTRO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : OS MESMOS
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 21A VARA-RJ BOLETIM: 126784

00090 1998.51.01.028564-8 AC RJ 537782


CNJ : 0028564-88.1998.4.02.5101 IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 1976.51.01.245642-6
RELATORA : DES.FED. SALETE MACCALÓZ Nº CNJ :0245642-83.1976.4.02.5101
PAUTA : J.F. GERALDINE PINTO VITAL DE RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
CASTRO ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL MENDES
APDO : SCHLUMBERGER SERVICOS DE APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
PETROLEO LTDA SOCIAL - INSS
ADV : WALTER AMARAL KERR PINHEIRO E PROCURADOR :NEY VIANNA FERNANDES
OUTROS MACHADO
APELADO :MALHARIA E CONFECCOES
00091 2004.51.16.000030-3 AC RJ 518084 PREDILETA LTDA
CNJ : 0000030-79.2004.4.02.5116 ADVOGADO :SEM ADVOGADO
RELATORA : DES.FED. SALETE MACCALÓZ REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 6A VARA DE
PAUTA : J.F. GERALDINE PINTO VITAL DE EXECUCAO FISCAL-RJ
CASTRO ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DE
APTE : BRASDRIL SOCIEDADE DE EXECUÇÃO FISCAL - RJ (0002456427)
PERFURACOES LTDA
ADV : DALVA APARECIDA PEDROSO EMENTA
PASCHOA E OUTROS APELAÇÃO – EXECUÇÃO FISCAL – PRESCRIÇÃO
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL INTERCORRENTE – RECONHECIMENTO DE OFÍCIO – § 4º DO
ARTIGO 40 DA LEF – LEI 11.051/04 – LEI 11.280/06 –
00092 2003.51.01.025939-8 AC RJ 432037 POSSIBILIDADE – INTIMAÇÃO DO EXEQÜENTE DA
CNJ : 0025939-08.2003.4.02.5101 SUSPENSÃO E DO ARQUIVAMENTO DA EXECUÇÃO –
RELATORA : DES.FED. SALETE MACCALÓZ DESNECESSIDADE – PRESCRIÇÃO DECENAL DOS CRÉDITOS
PAUTA : J.F. GERALDINE PINTO VITAL DE PREVIDENCIÁRIOS – ART. 46 DA LEI 8.212/91 –
CASTRO INCONSTITUCIONALIDADE – SÚMULA VINCULANTE 8 DO
APTE : OCEANUS AGENCIA MARITIMA SA STF.
ADV : GODOFREDO MENDES VIANA E 1. A previsão do § 4º do artigo 40, da Lei de Execuções Fiscais,
OUTROS autoriza o reconhecimento de ofício da prescrição intercorrente após o
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL decurso do prazo prescricional, que tem início na data do despacho de
arquivamento dos autos, sem baixa na distribuição.
00093 2004.51.14.000167-3 AC RJ 524350 2. Vale observar, ainda, que a Lei 11.280, de 16/02/2006, com vigência
CNJ : 0000167-67.2004.4.02.5114 a partir de 17/05/2006, alterou a redação do parágrafo 5º do art. 219, do
RELATORA : DES.FED. SALETE MACCALÓZ CPC, de modo a autorizar o conhecimento de ofício da prescrição em
PAUTA : J.F. GERALDINE PINTO VITAL DE relação a qualquer matéria.
CASTRO 3. Para efeito de caracterização de prescrição intercorrente é assente na
APTE : MUNICIPIO DE MAGE jurisprudência do E. Superior Tribunal de Justiça que basta a
PROC : LUIZ ARTHUR O. MARTINEZ paralisação por mais de cinco anos, independentemente da natureza da
APDO : UNIAO FEDERAL dívida tributária, por força do art. 174 do CTN.
4. É desnecessária a intimação do exeqüente da suspensão da execução,
assim como do arquivamento dos autos, que ocorre de modo
automático após o período de 01 (um) ano de suspensão, de modo que
RIO DE JANEIRO, 10 DE MAIO DE 2012. a ausência de ato formal de arquivamento não impede o
reconhecimento posterior da prescrição intercorrente.
5. Precedentes do STJ.
6. O Supremo Tribunal Federal editou a Súmula Vinculante 8,
DESEMBARGADORA FEDERAL SALETE MACCALÓZ declarando a inconstitucionalidade do art. 46 da Lei 8.212/91, que
previa a prescrição decenal dos créditos previdenciários.
7. Apelação e remessa necessária conhecidas e não providas.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as acima
indicadas, decide a Terceira Turma Especializada do Tribunal Regional
Federal da 2a. Região, por unanimidade, negar provimento ao recurso e
à remessa necessária, na forma do Relatório e do Voto, que ficam

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fazendo parte do presente julgado.
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012.
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
Juiz Federal Convocado - Relator

Compulsando os autos, verifico que, de fato, consta no RGI do


imóvel questionado o registro da hipoteca, em 10/06/1999 (fl.
84), e o registro da penhora relacionada aos autos da execução
BOLETIM: 126827 fiscal em apreço, em 25/11/2005 (fl. 85/verso). Consta, ainda, o
termo de arresto e termo de penhora (fls. 88/89), assim como o
termo de acordo judicial, celebrado em 04/01/2007 (fls.
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.005623-1 103/106), e sua respectiva sentença de homologação (fls. 107),
Nº CNJ :0005623-33.2012.4.02.0000 datada de 16/03/2007.
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO A r. decisão agravada pautou-se por entendimento
ALUISIO GONCALVES DE CASTRO jurisprudencial minoritário segundo o qual o artigo 1.052 do
MENDES CPC não é de aplicação imediata, sendo a eventual suspensão
AGRAVANTE :MERCEARIA OURO MINAS LTDA da execução submetida ao crivo discricionário do juízo (fls.
ME 54/56). Assim, entendeu aquele MM. Juízo que não haveria
ADVOGADO :LUIZ ALBERTO DELLAQUA E razão para aplicação do efeito suspensivo, porquanto não
OUTRO convencido da verossimilhança do direito alegado. (fls. 46/49).
AGRAVADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA Não obstante, entendo deva ser aplicado o artigo 1.052 do CPC
NACIONAL de modo a suspender-se a execução fiscal e eventual leilão ou
AGRAVADO :LESTE BRASILEIRA IMPORTADORA arrematação do imóvel objeto do presente agravo, nos termos
E EXPORTADORA LTDA da jurisprudência dominante no âmbito so C. STJ, confira-se:
ADVOGADO :SEM ADVOGADO PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE TERCEIRO.
ORIGEM :1ª VARA FEDERAL DE EXECUÇÃO SUSPENSÃO DOS ATOS EXECUTIVOS. POSTERIOR
FISCAL DE VITÓRIA/ES ASSINATURA DA CARTA DE ARREMATAÇÃO.
(201250010029392) PREJUDICIALIDADE DOS EMBARGOS DE TERCEIRO.
DESCABIMENTO.
DECISÃO 1. O termo ad quem para a oposição de embargos de terceiro é
Trata-se de agravo de instrumento interposto por MERCEARIA o quinto dia após a arrematação, mas antes da assinatura da
OURO MINAS LTDA-ME, com pedido de efeito suspensivo, em respectiva carta (art. 1.048 do Código de Processo Civil).
face de decisão proferida pelo MM. Juízo da 1ª Vara de 2. Os embargos de terceiro, se não indeferidos liminarmente,
Execuções Fiscais de Vitória – ES, nos autos dos embargos de suspendem os atos executivos referentes aos bens
terceiro tombados sob o nº 2012.50.01.002939-2. embargados (art. 1.052 do Código de Processo Civil).
Argumenta a agravante que a r. decisão agravada merece 3. A assinatura da carta de arrematação durante período de
reforma, eis que indeferiu pedido de suspensão da execução suspensão dos atos executivos não torna prejudicados os
fiscal nº 2004.50.01.007949-0 até o julgamento final dos embargos de terceiro anteriormente opostos.
embargos de terceiro, havendo risco de perecimento do direito 4. Agravo regimental provido para, reconsiderando a decisão
da agravante, que vê seu imóvel em vias de ser leiloado por agravada, negar provimento ao agravo de instrumento.
determinação judicial na referida execução. (AgRg no Ag 777.072/GO, Rel. Ministro PAULO DE TARSO
Aduz que, tendo firmado acordo judicial perante o MM. Juízo da SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 28/09/2010,
5ª Vara Cível de Vitória, nos autos do processo nº DJe 06/10/2010)
024.00.015503-6, adquiriu, através de dação em pagamento, o E M E N T A PROCESSUAL – EXECUÇÃO – ARREMATAÇÃO
imóvel registrado no RGI de Cariacica – ES sob a matrícula nº EFETUADA NA PENDÊNCIA DE EMBARGOS – NULIDADE –
10.028 do livro nº 02, imóvel este que, tendo sido hipotecado DESCONSTITUIÇÃO – SUSPENSÃO DE EFICÁCIA –
pela executada – Leste Brasileira Importadora e Exportadora POSSIBILIDADE.
Ltda – em favor da instituição financeira Banco ABN AMRO S/A – É nula a arrematação efetivada na pendência de embargos de
(averbação datada de 10/06/1999), foi objeto de penhora nos terceiro, envolvendo todos os bens penhorados (CPC, Art.
autos da execução em referência, tendo sido registrada a 1052).
constrição em 15/07/2005, sob o nº R.017. – É, contudo, lícito e recomendável ao tribunal, em lugar de
Salienta ser adquirente de boa-fé, não podendo ser prejudicada desconstituir a arrematação, suspender-lhe a eficácia, até o
em virtude de débitos tributários de responsabilidade da Leste julgamento dos embargos. Tal solução resguarda a economia
Brasileira, ao que requer seja suspensa a referida execução, e, processual, evitando a repetição de providências dispendiosas,
consequentemente, a praça do imóvel em questão, nos termos homenageando O Art. 249, § 1º do CPC.
do artigo 1052 do CPC, até o julgamento final dos embargos de (REsp 819.324/RS, Rel. Ministro HUMBERTO GOMES DE
terceiro. BARROS, TERCEIRA TURMA, julgado em 14/06/2007, DJ
Requer, em sede liminar, seja conferido efeito suspensivo ativo 06/08/2007, p. 486)
ao presente recurso, para que, em caráter de urgência, seja Isto posto, DEFIRO O EFEITO SUSPENSIVO ATIVO, para
determinada a suspensão da execução fiscal nº suspender a execução fiscal nº 2004.50.01.007949-0, até o
2004.50.01.007949-0 até o julgamento final dos embargos de julgamento final dos embargos de terceiro, bem como seja
terceiro, bem como seja suspenso o leilão do imóvel de sua suspenso o leilão do imóvel objeto da penhora em discussão ou
propriedade ou eventual arrematação que possa ter ocorrido. eventual arrematação que possa ter ocorrido.
É o relato do necessário. Decido. Comunique-se com urgência.
Intime-se as agravadas para manifestação, na forma do artigo
527, inciso V, do CPC.
Após, ao MPF. Em seguida, voltem-me conclusos.
Rio de Janeiro, 04 de maio de 2012.
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES

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Juiz Federal Convocado - Relator

VII - CONFLITO DE COMPETENCIA 2012.02.01.005287-0 assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de


Nº CNJ :0005287-29.2012.4.02.0000 acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO do Trabalho;
ALUISIO GONCALVES DE CASTRO (...)
MENDES § 3º. Serão processadas e julgadas na Justiça Estadual, no foro
AUTOR :UNIAO FEDERAL / FAZENDA do domicilio dos segurados ou beneficiários, as causas em que
NACIONAL forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre
RÉU :S. I. SERVICOS DE SOLDAGEM E que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se
INSPECAO LTDA ME verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras
ADVOGADO :SEM ADVOGADO causas também sejam processadas e julgadas pela Justiça
SUSCITANTE :JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE estadual."
SERRA-ES Neste diapasão, com a redação final do §3º, do art. 109, da CF/
SUSCITADO :JUIZO DE DIREITO DA 1 VARA DE 88, é de se ressaltar a validade do art. 15, da Lei 5.010/66, que
FUNDAO ES ora transcrevo:
ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL SERRA/ “Art. 15. Nas comarcas do interior onde não funcionar Vara da
ES (201250060001511) Justiça Federal (artigo 12), os Juízes Estaduais são
competentes para processar e julgar:
DECISÃO I – os executivos fiscais da União e de suas autarquias,
Trata-se de conflito negativo de competência instaurado pelo ajuizados contra devedores domiciliados nas respectivas
Juízo da Vara Federal de Serra/ES em face do Juízo de Direito comarcas;
da 1ª Vara de Fundão/ES, tendo em vista que o Juízo, ora (...)”.
suscitado, declinou de sua competência por verificar, Sobre o tema, já tive a oportunidade de tecer algumas
considerando os termos dos artigos 15, 41, Parágrafo único considerações na obra de minha autoria “Competência Cível da
(parte final) da Resolução nº 24 do TRF da 2ª Região que criou Justiça Federal – 3a edição revista, atualizada e ampliada”,
a Subseção Judiciária de Serra/ES, a incompetência deste páginas 159/161, verbis:
Juízo para julgamento e processamento da execução fiscal de “Para que se possa aplicar o disposto no art. 109, § 3º, da
nº 2012.50.06.000151-1. CF/1988, pressupõe-se a inexistência de vara federal sediada
Sustenta o Juízo Suscitante, às fls. 53/56, que a Vara Federal na comarca. Por certo, haverá, sempre, uma vara federal com,
foi instalada em Serra e não em Fundão e, assim, a Justiça a priori, competência sobre o lugar em que é domiciliado o
Estadual daquele município continua competente para segurado, mas a Carta exige que o órgão federal esteja
julgamento das execuções fiscais da União e de suas instalado na comarca. Não estando, prevê o texto constitucional
Autarquias, ajuizadas contra devedores domiciliados naquele que “serão processadas e julgadas na justiça do estado, no foro
município, nos exatos termos do artigo 109, § 3º da Constituição do domicílio dos segurados ou beneficiários”. Assim, por
Federal c/c o artigo 15, I, da Lei nº 5.010/66. Alega que, ao exemplo, nas seções judiciárias em que há varas federais
delegar parcela da competência federal às comarcas estaduais, instaladas apenas nas Capitais, todo o Estado estará sob a
o legislador buscou possibilitar aos cidadãos amplo acesso à competência dessas varas. Mas, incidindo o art. 109, § 3o,
Justiça, além de facilitar o exercício da defesa pelas partes, opera-se verdadeiro corte na competência territorial, pois o
tanto executados fiscais como segurados da Previdência Social, órgão estadual passa a poder processar e julgar a causa como
garantindo-lhes, desta maneira, que os litígios judiciais contra o se integrasse a Justiça Federal. A competência do órgão
Poder Público tramitem nas suas próprias cidades, ainda que estadual investido da delegação federal é ditada pelo critério
nelas não haja Vara Federal instalada. territorial, sendo, por conseguinte, relativa.
É o relatório. Decido. Irrelevante, para tanto, o fato de a comarca estar dividida em
Tendo em vista que a questão tratada nos presentes autos já se foros distritais ou regionais. Exige-se, tão-somente, a presença,
encontra pacificada na doutrina e jurisprudência, tendo o na comarca, da vara federal, podendo esta estar instalada em
Ministério Público Federal, em todos os processos similares que qualquer localidade integrante da comarca, coincidindo ou não
emitiu parecer (a título de exemplo processos com o lugar do foro central ou do foro regional. Por certo, em
2012.02.01.000180-1, 2012.02.01.000014-6, comarcas com grande extensão, englobando por vezes muitos
2012.02.01.000249-0, 2012.02.01.000129-1, municípios, haverá, ainda, algum distanciamento. Mas a
2012.02.01.000210-6), opinado pelo reconhecimento da proximidade da comarca foi considerada pelo legislador
competência do Juízo Suscitado, o que se alinha com o constitucional como suficiente.
entendimento desta 3a Turma Especializada, profiro, in limine, a A ulterior instalação de vara federal na comarca faz cessar, de
presente decisão, com fulcro no artigo 557, do Código de imediato, a declaração da competência federal à Justiça
Processo Civil, em homenagem aos princípios da celeridade e Estadual, segundo tem entendido o Superior Tribunal de
economia processuais, passando desde já a proferir decisão. Justiça. O raciocínio de fundo é idêntico ao que motivou a
Assiste razão ao Juízo suscitante. inclusão do Enunciado 10 na Súmula de Uniformização de
O art. 109, inciso I e § 3º, da Constituição Federal dispõe: jurisprudência do STJ: “Instalada a Junta de Conciliação e
"Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: Julgamento, cessa a competência do Juiz de Direito em matéria
I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa trabalhista, inclusive para a execução das sentenças por ele
pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, proferidas”.
Assim, se o município de domicílio do devedor fiscal não for
sede de Vara Federal, detém competência para a ação de
execução fiscal o Juízo de Direito da respectiva Comarca, face
à “delegação da jurisdição federal” preconizada pela
combinação do artigo 109, § 3º, in fine, da Constituição Federal,

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com o artigo 15, I, da Lei n.º 5.010, de 30.05.1966.
Confira-se, a propósito, o teor da Súmula n.º 40 do extinto
Tribunal Federal de Recursos, cuja orientação revela-se, ainda
hoje, aplicável à questão ora em exame:
“A execução fiscal da Fazenda Pública Federal será proposta
perante o Juiz de Direito da Comarca do domicílio do devedor,
desde que não seja ela Sede de Vara da Justiça Federal.”
O presente conflito de competência amolda-se exatamente a
essa situação hipotética, senão vejamos: VII - CONFLITO DE COMPETENCIA 2012.02.01.005279-1
Os autos originários tratam de uma execução fiscal promovida Nº CNJ :0005279-52.2012.4.02.0000
pela União perante a Justiça Estadual da Comarca de RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
Fundão/ES, município que jamais abrigou uma sede da Justiça ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
Federal, restando inalterada tal situação mesmo após a edição MENDES
da Resolução nº 24/2010, do TRF – 2a Região, cujo artigo 15 AUTOR :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
limitou-se a expandir o alcance territorial da Subseção Judiciária NACIONAL
de Serra/ES, verbis: RÉU :REPRESENTACOES CTL LTDA
“Art. 15. A Subseção de Serra, composta por uma Vara Federal SUSCITANTE :JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE
de competência plena, alcança a extensão territorial dos SERRA-ES
municípios de Serra e Fundão.” SUSCITADO :JUIZO DE DIREITO DA 1 VARA DE
Dessa forma, o simples fato de o território do município de FUNDAO ES
Fundão/ES ter sido abarcado pelo espectro da competência da ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL SERRA/
Comarca de Serra/ES não afastou a incidência do artigo 15, ES (201250060001328)
inciso I, da Lei nº 5.010/1966, que permanece produzindo seus
efeitos. DECISÃO
Nesse sentido: Trata-se de conflito negativo de competência instaurado pelo
“CONFLITO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL. Juízo da Vara Federal de Serra/ES em face do Juízo de Direito
JUSTIÇA ESTADUAL. COMPETÊNCIA DELEGADA. ART. 109, da 1ª Vara de Fundão/ES, tendo em vista que o Juízo, ora
§ 3º, DA CF/88. ART. 15, I, DA LEI N.º 5010/66. suscitado, declinou de sua competência por verificar,
1. Inexistindo Vara Federal no Foro da execução fiscal, o Juiz considerando os termos dos artigos 15, 41, Parágrafo único
de Direito da Comarca exerce competência delegada, por força (parte final) da Resolução nº 24 do TRF da 2ª Região que criou
do que dispõe o art. 109, § 3º, da Constituição Federal, a Subseção Judiciária de Serra/ES, a incompetência deste
integrado pelo disposto no art. 15, I, da Lei n.º 5010/66, Juízo para julgamento e processamento da execução fiscal de
recepcionada pela nova ordem constitucional por ser com ela nº 2012.50.06.000132-8.
compatível. Sustenta o Juízo Suscitante, às fls. 45/48, que a Vara Federal
2. Conflito conhecido para declarar competente o Juiz de Direito foi instalada em Serra e não em Fundão e, assim, a Justiça
de Nova Petrópolis/RS, o suscitado.” Estadual daquele município continua competente para
(STJ, 1ª Seção, CC n.º 40.672-RS, Rel. Min. CASTRO MEIRA, julgamento das execuções fiscais da União e de suas
j. em 11.02.2004, unânime, DJU de 15.03.2004, p 145) (grifo Autarquias, ajuizadas contra devedores domiciliados naquele
meu). município, nos exatos termos do artigo 109, § 3º da Constituição
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO Federal c/c o artigo 15, I, da Lei nº 5.010/66. Alega que, ao
FISCAL. CF, ART. 109, § 3º. LEI Nº 5.010/1966. CRIAÇÃO DA delegar parcela da competência federal às comarcas estaduais,
COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA o legislador buscou possibilitar aos cidadãos amplo acesso à
COM A TRANSFORMAÇÃO DAS COMARCAS EM FOROS Justiça, além de facilitar o exercício da defesa pelas partes,
REGIONAIS. MANUTENÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DE tanto executados fiscais como segurados da Previdência Social,
COMARCAS AUTÔNOMAS, PARA EFEITO DE garantindo-lhes, desta maneira, que os litígios judiciais contra o
COMPETÊNCIA. PERMANÊNCIA DA JURISDIÇÃO FEDERAL Poder Público tramitem nas suas próprias cidades, ainda que
DELEGADA. CONFLITO CONHECIDO, PARA DECLARAR A nelas não haja Vara Federal instalada.
COMPETÊNCIA DO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DO É o relatório. Decido.
FORO REGIONAL DE PINHAIS. Tendo em vista que a questão tratada nos presentes autos já se
(CC 200802729281, TEORI ALBINO ZAVASCKI, STJ - encontra pacificada na doutrina e jurisprudência, tendo o
PRIMEIRA SEÇÃO, DJE DATA:06/04/2009.) Ministério Público Federal, em todos os processos similares que
Ante o exposto, nos termos do art. 120, parágrafo único, do emitiu parecer (a título de exemplo processos
CPC, CONHEÇO E ACOLHO O PRESENTE CONFLITO PARA 2012.02.01.000180-1, 2012.02.01.000014-6,
DECLARAR COMPETENTE O MM. JUÍZO DE DIREITO DA 1ª 2012.02.01.000249-0, 2012.02.01.000129-1,
VARA DE FUNDÃO/ES, ora suscitado, para processar e julgar a 2012.02.01.000210-6), opinado pelo reconhecimento da
demanda, nos termos da fundamentação. competência do Juízo Suscitado, o que se alinha com o
Decorrido, in albis, o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição, entendimento desta 3a Turma Especializada, profiro, in limine, a
com as cautelas de praxe. presente decisão, com fulcro no artigo 557, do Código de
Publique-se.Intime-se. Processo Civil, em homenagem aos princípios da celeridade e
Rio de Janeiro, 27 de abril de 2012. economia processuais, passando desde já a proferir decisão.
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES Assiste razão ao Juízo suscitante.
Juiz Federal Convocado O art. 109, inciso I e § 3º, da Constituição Federal dispõe:
Relator "Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa
pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés,
assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de
acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça
do Trabalho;
(...)

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§ 3º. Serão processadas e julgadas na Justiça Estadual, no foro
do domicilio dos segurados ou beneficiários, as causas em que
forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre
que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se
verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras
causas também sejam processadas e julgadas pela Justiça “A execução fiscal da Fazenda Pública Federal será proposta
estadual." perante o Juiz de Direito da Comarca do domicílio do devedor,
Neste diapasão, com a redação final do §3º, do art. 109, da CF/ desde que não seja ela Sede de Vara da Justiça Federal.”
88, é de se ressaltar a validade do art. 15, da Lei 5.010/66, que O presente conflito de competência amolda-se exatamente a
ora transcrevo: essa situação hipotética, senão vejamos:
“Art. 15. Nas comarcas do interior onde não funcionar Vara da Os autos originários tratam de uma execução fiscal promovida
Justiça Federal (artigo 12), os Juízes Estaduais são pela União perante a Justiça Estadual da Comarca de
competentes para processar e julgar: Fundão/ES, município que jamais abrigou uma sede da Justiça
I – os executivos fiscais da União e de suas autarquias, Federal, restando inalterada tal situação mesmo após a edição
ajuizados contra devedores domiciliados nas respectivas da Resolução nº 24/2010, do TRF – 2a Região, cujo artigo 15
comarcas; limitou-se a expandir o alcance territorial da Subseção Judiciária
(...)”. de Serra/ES, verbis:
Sobre o tema, já tive a oportunidade de tecer algumas “Art. 15. A Subseção de Serra, composta por uma Vara Federal
considerações na obra de minha autoria “Competência Cível da de competência plena, alcança a extensão territorial dos
Justiça Federal – 3a edição revista, atualizada e ampliada”, municípios de Serra e Fundão.”
páginas 159/161, verbis: Dessa forma, o simples fato de o território do município de
“Para que se possa aplicar o disposto no art. 109, § 3º, da Fundão/ES ter sido abarcado pelo espectro da competência da
CF/1988, pressupõe-se a inexistência de vara federal sediada Comarca de Serra/ES não afastou a incidência do artigo 15,
na comarca. Por certo, haverá, sempre, uma vara federal com, inciso I, da Lei nº 5.010/1966, que permanece produzindo seus
a priori, competência sobre o lugar em que é domiciliado o efeitos.
segurado, mas a Carta exige que o órgão federal esteja Nesse sentido:
instalado na comarca. Não estando, prevê o texto constitucional “CONFLITO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL.
que “serão processadas e julgadas na justiça do estado, no foro JUSTIÇA ESTADUAL. COMPETÊNCIA DELEGADA. ART. 109,
do domicílio dos segurados ou beneficiários”. Assim, por § 3º, DA CF/88. ART. 15, I, DA LEI N.º 5010/66.
exemplo, nas seções judiciárias em que há varas federais 1. Inexistindo Vara Federal no Foro da execução fiscal, o Juiz
instaladas apenas nas Capitais, todo o Estado estará sob a de Direito da Comarca exerce competência delegada, por força
competência dessas varas. Mas, incidindo o art. 109, § 3o, do que dispõe o art. 109, § 3º, da Constituição Federal,
opera-se verdadeiro corte na competência territorial, pois o integrado pelo disposto no art. 15, I, da Lei n.º 5010/66,
órgão estadual passa a poder processar e julgar a causa como recepcionada pela nova ordem constitucional por ser com ela
se integrasse a Justiça Federal. A competência do órgão compatível.
estadual investido da delegação federal é ditada pelo critério 2. Conflito conhecido para declarar competente o Juiz de Direito
territorial, sendo, por conseguinte, relativa. de Nova Petrópolis/RS, o suscitado.”
Irrelevante, para tanto, o fato de a comarca estar dividida em (STJ, 1ª Seção, CC n.º 40.672-RS, Rel. Min. CASTRO MEIRA,
foros distritais ou regionais. Exige-se, tão-somente, a presença, j. em 11.02.2004, unânime, DJU de 15.03.2004, p 145) (grifo
na comarca, da vara federal, podendo esta estar instalada em meu).
qualquer localidade integrante da comarca, coincidindo ou não CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO
com o lugar do foro central ou do foro regional. Por certo, em FISCAL. CF, ART. 109, § 3º. LEI Nº 5.010/1966. CRIAÇÃO DA
comarcas com grande extensão, englobando por vezes muitos COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA
municípios, haverá, ainda, algum distanciamento. Mas a COM A TRANSFORMAÇÃO DAS COMARCAS EM FOROS
proximidade da comarca foi considerada pelo legislador REGIONAIS. MANUTENÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DE
constitucional como suficiente. COMARCAS AUTÔNOMAS, PARA EFEITO DE
A ulterior instalação de vara federal na comarca faz cessar, de COMPETÊNCIA. PERMANÊNCIA DA JURISDIÇÃO FEDERAL
imediato, a declaração da competência federal à Justiça DELEGADA. CONFLITO CONHECIDO, PARA DECLARAR A
Estadual, segundo tem entendido o Superior Tribunal de COMPETÊNCIA DO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DO
Justiça. O raciocínio de fundo é idêntico ao que motivou a FORO REGIONAL DE PINHAIS.
inclusão do Enunciado 10 na Súmula de Uniformização de (CC 200802729281, TEORI ALBINO ZAVASCKI, STJ -
jurisprudência do STJ: “Instalada a Junta de Conciliação e PRIMEIRA SEÇÃO, DJE DATA:06/04/2009.)
Julgamento, cessa a competência do Juiz de Direito em matéria Ante o exposto, nos termos do art. 120, parágrafo único, do
trabalhista, inclusive para a execução das sentenças por ele CPC, CONHEÇO E ACOLHO O PRESENTE CONFLITO PARA
proferidas”. DECLARAR COMPETENTE O MM. JUÍZO DE DIREITO DA 1ª
Assim, se o município de domicílio do devedor fiscal não for VARA DE FUNDÃO/ES, ora suscitado, para processar e julgar a
sede de Vara Federal, detém competência para a ação de demanda, nos termos da fundamentação.
execução fiscal o Juízo de Direito da respectiva Comarca, face Decorrido, in albis, o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição,
à “delegação da jurisdição federal” preconizada pela com as cautelas de praxe.
combinação do artigo 109, § 3º, in fine, da Constituição Federal, Publique-se.Intime-se.
com o artigo 15, I, da Lei n.º 5.010, de 30.05.1966. Rio de Janeiro, 27 de abril de 2012.
Confira-se, a propósito, o teor da Súmula n.º 40 do extinto ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
Tribunal Federal de Recursos, cuja orientação revela-se, ainda Juiz Federal Convocado
hoje, aplicável à questão ora em exame: Relator

VII - CONFLITO DE COMPETENCIA 2012.02.01.005306-0

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Nº CNJ :0005306-35.2012.4.02.0000
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
MENDES
AUTOR :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre
RÉU :ENGETUB ENGENHARIA TUBULAR que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se
LTDA verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras
ADVOGADO :SEM ADVOGADO causas também sejam processadas e julgadas pela Justiça
SUSCITANTE :JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE estadual."
SERRA-ES Neste diapasão, com a redação final do §3º, do art. 109, da CF/
SUSCITADO :JUIZO DE DIREITO DA 1 VARA DE 88, é de se ressaltar a validade do art. 15, da Lei 5.010/66, que
FUNDAO ES ora transcrevo:
ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL SERRA/ “Art. 15. Nas comarcas do interior onde não funcionar Vara da
ES (201250060001365) Justiça Federal (artigo 12), os Juízes Estaduais são
competentes para processar e julgar:
DECISÃO I – os executivos fiscais da União e de suas autarquias,
Trata-se de conflito negativo de competência instaurado pelo ajuizados contra devedores domiciliados nas respectivas
Juízo da Vara Federal de Serra/ES em face do Juízo de Direito comarcas;
da 1ª Vara de Fundão/ES, tendo em vista que o Juízo, ora (...)”.
suscitado, declinou de sua competência por verificar, Sobre o tema, já tive a oportunidade de tecer algumas
considerando os termos dos artigos 15, 41, Parágrafo único considerações na obra de minha autoria “Competência Cível da
(parte final) da Resolução nº 24 do TRF da 2ª Região que criou Justiça Federal – 3a edição revista, atualizada e ampliada”,
a Subseção Judiciária de Serra/ES, a incompetência deste páginas 159/161, verbis:
Juízo para julgamento e processamento da execução fiscal de “Para que se possa aplicar o disposto no art. 109, § 3º, da
nº2012.50.06.000136-5. CF/1988, pressupõe-se a inexistência de vara federal sediada
Sustenta o Juízo Suscitante, às fls. 25/28, que a Vara Federal na comarca. Por certo, haverá, sempre, uma vara federal com,
foi instalada em Serra e não em Fundão e, assim, a Justiça a priori, competência sobre o lugar em que é domiciliado o
Estadual daquele município continua competente para segurado, mas a Carta exige que o órgão federal esteja
julgamento das execuções fiscais da União e de suas instalado na comarca. Não estando, prevê o texto constitucional
Autarquias, ajuizadas contra devedores domiciliados naquele que “serão processadas e julgadas na justiça do estado, no foro
município, nos exatos termos do artigo 109, § 3º da Constituição do domicílio dos segurados ou beneficiários”. Assim, por
Federal c/c o artigo 15, I, da Lei nº 5.010/66. Alega que, ao exemplo, nas seções judiciárias em que há varas federais
delegar parcela da competência federal às comarcas estaduais, instaladas apenas nas Capitais, todo o Estado estará sob a
o legislador buscou possibilitar aos cidadãos amplo acesso à competência dessas varas. Mas, incidindo o art. 109, § 3o,
Justiça, além de facilitar o exercício da defesa pelas partes, opera-se verdadeiro corte na competência territorial, pois o
tanto executados fiscais como segurados da Previdência Social, órgão estadual passa a poder processar e julgar a causa como
garantindo-lhes, desta maneira, que os litígios judiciais contra o se integrasse a Justiça Federal. A competência do órgão
Poder Público tramitem nas suas próprias cidades, ainda que estadual investido da delegação federal é ditada pelo critério
nelas não haja Vara Federal instalada. territorial, sendo, por conseguinte, relativa.
É o relatório. Decido. Irrelevante, para tanto, o fato de a comarca estar dividida em
Tendo em vista que a questão tratada nos presentes autos já se foros distritais ou regionais. Exige-se, tão-somente, a presença,
encontra pacificada na doutrina e jurisprudência, tendo o na comarca, da vara federal, podendo esta estar instalada em
Ministério Público Federal, em todos os processos similares que qualquer localidade integrante da comarca, coincidindo ou não
emitiu parecer (a título de exemplo processos com o lugar do foro central ou do foro regional. Por certo, em
2012.02.01.000180-1, 2012.02.01.000014-6, comarcas com grande extensão, englobando por vezes muitos
2012.02.01.000249-0, 2012.02.01.000129-1, municípios, haverá, ainda, algum distanciamento. Mas a
2012.02.01.000210-6), opinado pelo reconhecimento da proximidade da comarca foi considerada pelo legislador
competência do Juízo Suscitado, o que se alinha com o constitucional como suficiente.
entendimento desta 3a Turma Especializada, profiro, in limine, a A ulterior instalação de vara federal na comarca faz cessar, de
presente decisão, com fulcro no artigo 557, do Código de imediato, a declaração da competência federal à Justiça
Processo Civil, em homenagem aos princípios da celeridade e Estadual, segundo tem entendido o Superior Tribunal de
economia processuais, passando desde já a proferir decisão. Justiça. O raciocínio de fundo é idêntico ao que motivou a
Assiste razão ao Juízo suscitante. inclusão do Enunciado 10 na Súmula de Uniformização de
O art. 109, inciso I e § 3º, da Constituição Federal dispõe: jurisprudência do STJ: “Instalada a Junta de Conciliação e
"Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: Julgamento, cessa a competência do Juiz de Direito em matéria
I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa trabalhista, inclusive para a execução das sentenças por ele
pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, proferidas”.
assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de Assim, se o município de domicílio do devedor fiscal não for
acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça sede de Vara Federal, detém competência para a ação de
do Trabalho; execução fiscal o Juízo de Direito da respectiva Comarca, face
(...) à “delegação da jurisdição federal” preconizada pela
§ 3º. Serão processadas e julgadas na Justiça Estadual, no foro combinação do artigo 109, § 3º, in fine, da Constituição Federal,
do domicilio dos segurados ou beneficiários, as causas em que com o artigo 15, I, da Lei n.º 5.010, de 30.05.1966.
Confira-se, a propósito, o teor da Súmula n.º 40 do extinto
Tribunal Federal de Recursos, cuja orientação revela-se, ainda
hoje, aplicável à questão ora em exame:
“A execução fiscal da Fazenda Pública Federal será proposta
perante o Juiz de Direito da Comarca do domicílio do devedor,

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desde que não seja ela Sede de Vara da Justiça Federal.”
O presente conflito de competência amolda-se exatamente a
essa situação hipotética, senão vejamos:
Os autos originários tratam de uma execução fiscal promovida
pela União perante a Justiça Estadual da Comarca de
Fundão/ES, município que jamais abrigou uma sede da Justiça ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
Federal, restando inalterada tal situação mesmo após a edição MENDES
da Resolução nº 24/2010, do TRF – 2a Região, cujo artigo 15 AUTOR :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
limitou-se a expandir o alcance territorial da Subseção Judiciária NACIONAL
de Serra/ES, verbis: RÉU :GAJ INDUSTRIA COMERCIO E
“Art. 15. A Subseção de Serra, composta por uma Vara Federal SERVICOS LTDA
de competência plena, alcança a extensão territorial dos ADVOGADO :SEM ADVOGADO
municípios de Serra e Fundão.” SUSCITANTE :JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE
Dessa forma, o simples fato de o território do município de SERRA-ES
Fundão/ES ter sido abarcado pelo espectro da competência da SUSCITADO :JUIZO DE DIREITO DA 1 VARA DE
Comarca de Serra/ES não afastou a incidência do artigo 15, FUNDAO ES
inciso I, da Lei nº 5.010/1966, que permanece produzindo seus ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL SERRA/
efeitos. ES (201250060001638)
Nesse sentido:
“CONFLITO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL. DECISÃO
JUSTIÇA ESTADUAL. COMPETÊNCIA DELEGADA. ART. 109, Trata-se de conflito negativo de competência instaurado pelo
§ 3º, DA CF/88. ART. 15, I, DA LEI N.º 5010/66. Juízo da Vara Federal de Serra/ES em face do Juízo de Direito
1. Inexistindo Vara Federal no Foro da execução fiscal, o Juiz da 1ª Vara de Fundão/ES, tendo em vista que o Juízo, ora
de Direito da Comarca exerce competência delegada, por força suscitado, declinou de sua competência por verificar,
do que dispõe o art. 109, § 3º, da Constituição Federal, considerando os termos dos artigos 15, 41, Parágrafo único
integrado pelo disposto no art. 15, I, da Lei n.º 5010/66, (parte final) da Resolução nº 24 do TRF da 2ª Região que criou
recepcionada pela nova ordem constitucional por ser com ela a Subseção Judiciária de Serra/ES, a incompetência deste
compatível. Juízo para julgamento e processamento da execução fiscal de
2. Conflito conhecido para declarar competente o Juiz de Direito nº 2012.50.06.000163-8.
de Nova Petrópolis/RS, o suscitado.” Sustenta o Juízo Suscitante, às fls. 73/76, que a Vara Federal
(STJ, 1ª Seção, CC n.º 40.672-RS, Rel. Min. CASTRO MEIRA, foi instalada em Serra e não em Fundão e, assim, a Justiça
j. em 11.02.2004, unânime, DJU de 15.03.2004, p 145) (grifo Estadual daquele município continua competente para
meu). julgamento das execuções fiscais da União e de suas
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO Autarquias, ajuizadas contra devedores domiciliados naquele
FISCAL. CF, ART. 109, § 3º. LEI Nº 5.010/1966. CRIAÇÃO DA município, nos exatos termos do artigo 109, § 3º da Constituição
COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA Federal c/c o artigo 15, I, da Lei nº 5.010/66. Alega que, ao
COM A TRANSFORMAÇÃO DAS COMARCAS EM FOROS delegar parcela da competência federal às comarcas estaduais,
REGIONAIS. MANUTENÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DE o legislador buscou possibilitar aos cidadãos amplo acesso à
COMARCAS AUTÔNOMAS, PARA EFEITO DE Justiça, além de facilitar o exercício da defesa pelas partes,
COMPETÊNCIA. PERMANÊNCIA DA JURISDIÇÃO FEDERAL tanto executados fiscais como segurados da Previdência Social,
DELEGADA. CONFLITO CONHECIDO, PARA DECLARAR A garantindo-lhes, desta maneira, que os litígios judiciais contra o
COMPETÊNCIA DO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DO Poder Público tramitem nas suas próprias cidades, ainda que
FORO REGIONAL DE PINHAIS. nelas não haja Vara Federal instalada.
(CC 200802729281, TEORI ALBINO ZAVASCKI, STJ - É o relatório. Decido.
PRIMEIRA SEÇÃO, DJE DATA:06/04/2009.) Tendo em vista que a questão tratada nos presentes autos já se
Ante o exposto, nos termos do art. 120, parágrafo único, do encontra pacificada na doutrina e jurisprudência, tendo o
CPC, CONHEÇO E ACOLHO O PRESENTE CONFLITO PARA Ministério Público Federal, em todos os processos similares que
DECLARAR COMPETENTE O MM. JUÍZO DE DIREITO DA 1ª emitiu parecer (a título de exemplo processos
VARA DE FUNDÃO/ES, ora suscitado, para processar e julgar a 2012.02.01.000180-1, 2012.02.01.000014-6,
demanda, nos termos da fundamentação. 2012.02.01.000249-0, 2012.02.01.000129-1,
Decorrido, in albis, o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição, 2012.02.01.000210-6), opinado pelo reconhecimento da
com as cautelas de praxe. competência do Juízo Suscitado, o que se alinha com o
Publique-se.Intime-se. entendimento desta 3a Turma Especializada, profiro, in limine, a
Rio de Janeiro, 27 de abril de 2012. presente decisão, com fulcro no artigo 557, do Código de
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES Processo Civil, em homenagem aos princípios da celeridade e
Juiz Federal Convocado economia processuais, passando desde já a proferir decisão.
Relator Assiste razão ao Juízo suscitante.
O art. 109, inciso I e § 3º, da Constituição Federal dispõe:
"Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa
pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés,
VII - CONFLITO DE COMPETENCIA 2012.02.01.005310-2 assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de
Nº CNJ :0005310-72.2012.4.02.0000 acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO do Trabalho;
(...)
§ 3º. Serão processadas e julgadas na Justiça Estadual, no foro
do domicilio dos segurados ou beneficiários, as causas em que
forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre
que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se

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verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras
causas também sejam processadas e julgadas pela Justiça
estadual."
Neste diapasão, com a redação final do §3º, do art. 109, da CF/
88, é de se ressaltar a validade do art. 15, da Lei 5.010/66, que
ora transcrevo: essa situação hipotética, senão vejamos:
“Art. 15. Nas comarcas do interior onde não funcionar Vara da Os autos originários tratam de uma execução fiscal promovida
Justiça Federal (artigo 12), os Juízes Estaduais são pela União perante a Justiça Estadual da Comarca de
competentes para processar e julgar: Fundão/ES, município que jamais abrigou uma sede da Justiça
I – os executivos fiscais da União e de suas autarquias, Federal, restando inalterada tal situação mesmo após a edição
ajuizados contra devedores domiciliados nas respectivas da Resolução nº 24/2010, do TRF – 2a Região, cujo artigo 15
comarcas; limitou-se a expandir o alcance territorial da Subseção Judiciária
(...)”. de Serra/ES, verbis:
Sobre o tema, já tive a oportunidade de tecer algumas “Art. 15. A Subseção de Serra, composta por uma Vara Federal
considerações na obra de minha autoria “Competência Cível da de competência plena, alcança a extensão territorial dos
Justiça Federal – 3a edição revista, atualizada e ampliada”, municípios de Serra e Fundão.”
páginas 159/161, verbis: Dessa forma, o simples fato de o território do município de
“Para que se possa aplicar o disposto no art. 109, § 3º, da Fundão/ES ter sido abarcado pelo espectro da competência da
CF/1988, pressupõe-se a inexistência de vara federal sediada Comarca de Serra/ES não afastou a incidência do artigo 15,
na comarca. Por certo, haverá, sempre, uma vara federal com, inciso I, da Lei nº 5.010/1966, que permanece produzindo seus
a priori, competência sobre o lugar em que é domiciliado o efeitos.
segurado, mas a Carta exige que o órgão federal esteja Nesse sentido:
instalado na comarca. Não estando, prevê o texto constitucional “CONFLITO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL.
que “serão processadas e julgadas na justiça do estado, no foro JUSTIÇA ESTADUAL. COMPETÊNCIA DELEGADA. ART. 109,
do domicílio dos segurados ou beneficiários”. Assim, por § 3º, DA CF/88. ART. 15, I, DA LEI N.º 5010/66.
exemplo, nas seções judiciárias em que há varas federais 1. Inexistindo Vara Federal no Foro da execução fiscal, o Juiz
instaladas apenas nas Capitais, todo o Estado estará sob a de Direito da Comarca exerce competência delegada, por força
competência dessas varas. Mas, incidindo o art. 109, § 3o, do que dispõe o art. 109, § 3º, da Constituição Federal,
opera-se verdadeiro corte na competência territorial, pois o integrado pelo disposto no art. 15, I, da Lei n.º 5010/66,
órgão estadual passa a poder processar e julgar a causa como recepcionada pela nova ordem constitucional por ser com ela
se integrasse a Justiça Federal. A competência do órgão compatível.
estadual investido da delegação federal é ditada pelo critério 2. Conflito conhecido para declarar competente o Juiz de Direito
territorial, sendo, por conseguinte, relativa. de Nova Petrópolis/RS, o suscitado.”
Irrelevante, para tanto, o fato de a comarca estar dividida em (STJ, 1ª Seção, CC n.º 40.672-RS, Rel. Min. CASTRO MEIRA,
foros distritais ou regionais. Exige-se, tão-somente, a presença, j. em 11.02.2004, unânime, DJU de 15.03.2004, p 145) (grifo
na comarca, da vara federal, podendo esta estar instalada em meu).
qualquer localidade integrante da comarca, coincidindo ou não CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO
com o lugar do foro central ou do foro regional. Por certo, em FISCAL. CF, ART. 109, § 3º. LEI Nº 5.010/1966. CRIAÇÃO DA
comarcas com grande extensão, englobando por vezes muitos COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA
municípios, haverá, ainda, algum distanciamento. Mas a COM A TRANSFORMAÇÃO DAS COMARCAS EM FOROS
proximidade da comarca foi considerada pelo legislador REGIONAIS. MANUTENÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DE
constitucional como suficiente. COMARCAS AUTÔNOMAS, PARA EFEITO DE
A ulterior instalação de vara federal na comarca faz cessar, de COMPETÊNCIA. PERMANÊNCIA DA JURISDIÇÃO FEDERAL
imediato, a declaração da competência federal à Justiça DELEGADA. CONFLITO CONHECIDO, PARA DECLARAR A
Estadual, segundo tem entendido o Superior Tribunal de COMPETÊNCIA DO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DO
Justiça. O raciocínio de fundo é idêntico ao que motivou a FORO REGIONAL DE PINHAIS.
inclusão do Enunciado 10 na Súmula de Uniformização de (CC 200802729281, TEORI ALBINO ZAVASCKI, STJ -
jurisprudência do STJ: “Instalada a Junta de Conciliação e PRIMEIRA SEÇÃO, DJE DATA:06/04/2009.)
Julgamento, cessa a competência do Juiz de Direito em matéria Ante o exposto, nos termos do art. 120, parágrafo único, do
trabalhista, inclusive para a execução das sentenças por ele CPC, CONHEÇO E ACOLHO O PRESENTE CONFLITO PARA
proferidas”. DECLARAR COMPETENTE O MM. JUÍZO DE DIREITO DA 1ª
Assim, se o município de domicílio do devedor fiscal não for VARA DE FUNDÃO/ES, ora suscitado, para processar e julgar a
sede de Vara Federal, detém competência para a ação de demanda, nos termos da fundamentação.
execução fiscal o Juízo de Direito da respectiva Comarca, face Decorrido, in albis, o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição,
à “delegação da jurisdição federal” preconizada pela com as cautelas de praxe.
combinação do artigo 109, § 3º, in fine, da Constituição Federal, Publique-se.Intime-se.
com o artigo 15, I, da Lei n.º 5.010, de 30.05.1966. Rio de Janeiro, 27 de abril de 2012.
Confira-se, a propósito, o teor da Súmula n.º 40 do extinto ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
Tribunal Federal de Recursos, cuja orientação revela-se, ainda Juiz Federal Convocado
hoje, aplicável à questão ora em exame: Relator
“A execução fiscal da Fazenda Pública Federal será proposta
perante o Juiz de Direito da Comarca do domicílio do devedor,
desde que não seja ela Sede de Vara da Justiça Federal.”
O presente conflito de competência amolda-se exatamente a
VII - CONFLITO DE COMPETENCIA 2012.02.01.005326-6
Nº CNJ :0005326-26.2012.4.02.0000
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
MENDES

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AUTOR :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
RÉU :MERCAL CONSTRUÇÕES E
REFORMAS LTDA
ADVOGADO :SEM ADVOGADO
SUSCITANTE :JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE estadual."
SERRA-ES Neste diapasão, com a redação final do §3º, do art. 109, da CF/
SUSCITADO :JUIZO DE DIREITO DA 1 VARA DE 88, é de se ressaltar a validade do art. 15, da Lei 5.010/66, que
FUNDAO ES ora transcrevo:
ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL SERRA/ “Art. 15. Nas comarcas do interior onde não funcionar Vara da
ES (201250060001523) Justiça Federal (artigo 12), os Juízes Estaduais são
competentes para processar e julgar:
DECISÃO I – os executivos fiscais da União e de suas autarquias,
Trata-se de conflito negativo de competência instaurado pelo ajuizados contra devedores domiciliados nas respectivas
Juízo da Vara Federal de Serra/ES em face do Juízo de Direito comarcas;
da 1ª Vara de Fundão/ES, tendo em vista que o Juízo, ora (...)”.
suscitado, declinou de sua competência por verificar, Sobre o tema, já tive a oportunidade de tecer algumas
considerando os termos dos artigos 15, 41, Parágrafo único considerações na obra de minha autoria “Competência Cível da
(parte final) da Resolução nº 24 do TRF da 2ª Região que criou Justiça Federal – 3a edição revista, atualizada e ampliada”,
a Subseção Judiciária de Serra/ES, a incompetência deste páginas 159/161, verbis:
Juízo para julgamento e processamento da execução fiscal de “Para que se possa aplicar o disposto no art. 109, § 3º, da
nº 2012.50.06.000152-3. CF/1988, pressupõe-se a inexistência de vara federal sediada
Sustenta o Juízo Suscitante, às fls. 72/75, que a Vara Federal na comarca. Por certo, haverá, sempre, uma vara federal com,
foi instalada em Serra e não em Fundão e, assim, a Justiça a priori, competência sobre o lugar em que é domiciliado o
Estadual daquele município continua competente para segurado, mas a Carta exige que o órgão federal esteja
julgamento das execuções fiscais da União e de suas instalado na comarca. Não estando, prevê o texto constitucional
Autarquias, ajuizadas contra devedores domiciliados naquele que “serão processadas e julgadas na justiça do estado, no foro
município, nos exatos termos do artigo 109, § 3º da Constituição do domicílio dos segurados ou beneficiários”. Assim, por
Federal c/c o artigo 15, I, da Lei nº 5.010/66. Alega que, ao exemplo, nas seções judiciárias em que há varas federais
delegar parcela da competência federal às comarcas estaduais, instaladas apenas nas Capitais, todo o Estado estará sob a
o legislador buscou possibilitar aos cidadãos amplo acesso à competência dessas varas. Mas, incidindo o art. 109, § 3o,
Justiça, além de facilitar o exercício da defesa pelas partes, opera-se verdadeiro corte na competência territorial, pois o
tanto executados fiscais como segurados da Previdência Social, órgão estadual passa a poder processar e julgar a causa como
garantindo-lhes, desta maneira, que os litígios judiciais contra o se integrasse a Justiça Federal. A competência do órgão
Poder Público tramitem nas suas próprias cidades, ainda que estadual investido da delegação federal é ditada pelo critério
nelas não haja Vara Federal instalada. territorial, sendo, por conseguinte, relativa.
É o relatório. Decido. Irrelevante, para tanto, o fato de a comarca estar dividida em
Tendo em vista que a questão tratada nos presentes autos já se foros distritais ou regionais. Exige-se, tão-somente, a presença,
encontra pacificada na doutrina e jurisprudência, tendo o na comarca, da vara federal, podendo esta estar instalada em
Ministério Público Federal, em todos os processos similares que qualquer localidade integrante da comarca, coincidindo ou não
emitiu parecer (a título de exemplo processos com o lugar do foro central ou do foro regional. Por certo, em
2012.02.01.000180-1, 2012.02.01.000014-6, comarcas com grande extensão, englobando por vezes muitos
2012.02.01.000249-0, 2012.02.01.000129-1, municípios, haverá, ainda, algum distanciamento. Mas a
2012.02.01.000210-6), opinado pelo reconhecimento da proximidade da comarca foi considerada pelo legislador
competência do Juízo Suscitado, o que se alinha com o constitucional como suficiente.
entendimento desta 3a Turma Especializada, profiro, in limine, a A ulterior instalação de vara federal na comarca faz cessar, de
presente decisão, com fulcro no artigo 557, do Código de imediato, a declaração da competência federal à Justiça
Processo Civil, em homenagem aos princípios da celeridade e Estadual, segundo tem entendido o Superior Tribunal de
economia processuais, passando desde já a proferir decisão. Justiça. O raciocínio de fundo é idêntico ao que motivou a
Assiste razão ao Juízo suscitante. inclusão do Enunciado 10 na Súmula de Uniformização de
O art. 109, inciso I e § 3º, da Constituição Federal dispõe: jurisprudência do STJ: “Instalada a Junta de Conciliação e
"Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: Julgamento, cessa a competência do Juiz de Direito em matéria
I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa trabalhista, inclusive para a execução das sentenças por ele
pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, proferidas”.
assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de Assim, se o município de domicílio do devedor fiscal não for
acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça sede de Vara Federal, detém competência para a ação de
do Trabalho; execução fiscal o Juízo de Direito da respectiva Comarca, face
(...) à “delegação da jurisdição federal” preconizada pela
§ 3º. Serão processadas e julgadas na Justiça Estadual, no foro combinação do artigo 109, § 3º, in fine, da Constituição Federal,
do domicilio dos segurados ou beneficiários, as causas em que com o artigo 15, I, da Lei n.º 5.010, de 30.05.1966.
forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre Confira-se, a propósito, o teor da Súmula n.º 40 do extinto
que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se Tribunal Federal de Recursos, cuja orientação revela-se, ainda
verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras hoje, aplicável à questão ora em exame:
causas também sejam processadas e julgadas pela Justiça “A execução fiscal da Fazenda Pública Federal será proposta
perante o Juiz de Direito da Comarca do domicílio do devedor,
desde que não seja ela Sede de Vara da Justiça Federal.”
O presente conflito de competência amolda-se exatamente a
essa situação hipotética, senão vejamos:
Os autos originários tratam de uma execução fiscal promovida

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DA JUSTIÇA FEDERAL DA 2ª REGIÃO
Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
pela União perante a Justiça Estadual da Comarca de
Fundão/ES, município que jamais abrigou uma sede da Justiça
Federal, restando inalterada tal situação mesmo após a edição
da Resolução nº 24/2010, do TRF – 2a Região, cujo artigo 15
limitou-se a expandir o alcance territorial da Subseção Judiciária
de Serra/ES, verbis: RÉU :JCM CONSULTORIA LTDA
“Art. 15. A Subseção de Serra, composta por uma Vara Federal ADVOGADO :SEM ADVOGADO
de competência plena, alcança a extensão territorial dos SUSCITANTE :JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE
municípios de Serra e Fundão.” SERRA-ES
Dessa forma, o simples fato de o território do município de SUSCITADO :JUIZO DE DIREITO DA 1 VARA DE
Fundão/ES ter sido abarcado pelo espectro da competência da FUNDAO ES
Comarca de Serra/ES não afastou a incidência do artigo 15, ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL SERRA/
inciso I, da Lei nº 5.010/1966, que permanece produzindo seus ES (201250060001705)
efeitos.
Nesse sentido: DECISÃO
“CONFLITO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL. Trata-se de conflito negativo de competência instaurado pelo
JUSTIÇA ESTADUAL. COMPETÊNCIA DELEGADA. ART. 109, Juízo da Vara Federal de Serra/ES em face do Juízo de Direito
§ 3º, DA CF/88. ART. 15, I, DA LEI N.º 5010/66. da 1ª Vara de Fundão/ES, tendo em vista que o Juízo, ora
1. Inexistindo Vara Federal no Foro da execução fiscal, o Juiz suscitado, declinou de sua competência por verificar,
de Direito da Comarca exerce competência delegada, por força considerando os termos dos artigos 15, 41, Parágrafo único
do que dispõe o art. 109, § 3º, da Constituição Federal, (parte final) da Resolução nº 24 do TRF da 2ª Região que criou
integrado pelo disposto no art. 15, I, da Lei n.º 5010/66, a Subseção Judiciária de Serra/ES, a incompetência deste
recepcionada pela nova ordem constitucional por ser com ela Juízo para julgamento e processamento da execução fiscal de
compatível. nº 2012.50.06.000170-5.
2. Conflito conhecido para declarar competente o Juiz de Direito Sustenta o Juízo Suscitante, às fls. 25/28, que a Vara Federal
de Nova Petrópolis/RS, o suscitado.” foi instalada em Serra e não em Fundão e, assim, a Justiça
(STJ, 1ª Seção, CC n.º 40.672-RS, Rel. Min. CASTRO MEIRA, Estadual daquele município continua competente para
j. em 11.02.2004, unânime, DJU de 15.03.2004, p 145) (grifo julgamento das execuções fiscais da União e de suas
meu). Autarquias, ajuizadas contra devedores domiciliados naquele
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO município, nos exatos termos do artigo 109, § 3º da Constituição
FISCAL. CF, ART. 109, § 3º. LEI Nº 5.010/1966. CRIAÇÃO DA Federal c/c o artigo 15, I, da Lei nº 5.010/66. Alega que, ao
COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA delegar parcela da competência federal às comarcas estaduais,
COM A TRANSFORMAÇÃO DAS COMARCAS EM FOROS o legislador buscou possibilitar aos cidadãos amplo acesso à
REGIONAIS. MANUTENÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DE Justiça, além de facilitar o exercício da defesa pelas partes,
COMARCAS AUTÔNOMAS, PARA EFEITO DE tanto executados fiscais como segurados da Previdência Social,
COMPETÊNCIA. PERMANÊNCIA DA JURISDIÇÃO FEDERAL garantindo-lhes, desta maneira, que os litígios judiciais contra o
DELEGADA. CONFLITO CONHECIDO, PARA DECLARAR A Poder Público tramitem nas suas próprias cidades, ainda que
COMPETÊNCIA DO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DO nelas não haja Vara Federal instalada.
FORO REGIONAL DE PINHAIS. É o relatório. Decido.
(CC 200802729281, TEORI ALBINO ZAVASCKI, STJ - Tendo em vista que a questão tratada nos presentes autos já se
PRIMEIRA SEÇÃO, DJE DATA:06/04/2009.) encontra pacificada na doutrina e jurisprudência, tendo o
Ante o exposto, nos termos do art. 120, parágrafo único, do Ministério Público Federal, em todos os processos similares que
CPC, CONHEÇO E ACOLHO O PRESENTE CONFLITO PARA emitiu parecer (a título de exemplo processos
DECLARAR COMPETENTE O MM. JUÍZO DE DIREITO DA 1ª 2012.02.01.000180-1, 2012.02.01.000014-6,
VARA DE FUNDÃO/ES, ora suscitado, para processar e julgar a 2012.02.01.000249-0, 2012.02.01.000129-1,
demanda, nos termos da fundamentação. 2012.02.01.000210-6), opinado pelo reconhecimento da
Decorrido, in albis, o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição, competência do Juízo Suscitado, o que se alinha com o
com as cautelas de praxe. entendimento desta 3a Turma Especializada, profiro, in limine, a
Publique-se.Intime-se. presente decisão, com fulcro no artigo 557, do Código de
Rio de Janeiro, 27 de abril de 2012. Processo Civil, em homenagem aos princípios da celeridade e
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES economia processuais, passando desde já a proferir decisão.
Juiz Federal Convocado Assiste razão ao Juízo suscitante.
Relator O art. 109, inciso I e § 3º, da Constituição Federal dispõe:
"Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa
pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés,
assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de
VII - CONFLITO DE COMPETENCIA 2012.02.01.005328-0 acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça
Nº CNJ :0005328-93.2012.4.02.0000 do Trabalho;
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO (...)
ALUISIO GONCALVES DE CASTRO § 3º. Serão processadas e julgadas na Justiça Estadual, no foro
MENDES do domicilio dos segurados ou beneficiários, as causas em que
AUTOR :UNIAO FEDERAL / FAZENDA forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre
NACIONAL que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se
verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras
causas também sejam processadas e julgadas pela Justiça
estadual."
Neste diapasão, com a redação final do §3º, do art. 109, da CF/
88, é de se ressaltar a validade do art. 15, da Lei 5.010/66, que

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ora transcrevo:
“Art. 15. Nas comarcas do interior onde não funcionar Vara da
Justiça Federal (artigo 12), os Juízes Estaduais são
competentes para processar e julgar:
I – os executivos fiscais da União e de suas autarquias,
ajuizados contra devedores domiciliados nas respectivas da Resolução nº 24/2010, do TRF – 2a Região, cujo artigo 15
comarcas; limitou-se a expandir o alcance territorial da Subseção Judiciária
(...)”. de Serra/ES, verbis:
Sobre o tema, já tive a oportunidade de tecer algumas “Art. 15. A Subseção de Serra, composta por uma Vara Federal
considerações na obra de minha autoria “Competência Cível da de competência plena, alcança a extensão territorial dos
Justiça Federal – 3a edição revista, atualizada e ampliada”, municípios de Serra e Fundão.”
páginas 159/161, verbis: Dessa forma, o simples fato de o território do município de
“Para que se possa aplicar o disposto no art. 109, § 3º, da Fundão/ES ter sido abarcado pelo espectro da competência da
CF/1988, pressupõe-se a inexistência de vara federal sediada Comarca de Serra/ES não afastou a incidência do artigo 15,
na comarca. Por certo, haverá, sempre, uma vara federal com, inciso I, da Lei nº 5.010/1966, que permanece produzindo seus
a priori, competência sobre o lugar em que é domiciliado o efeitos.
segurado, mas a Carta exige que o órgão federal esteja Nesse sentido:
instalado na comarca. Não estando, prevê o texto constitucional “CONFLITO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL.
que “serão processadas e julgadas na justiça do estado, no foro JUSTIÇA ESTADUAL. COMPETÊNCIA DELEGADA. ART. 109,
do domicílio dos segurados ou beneficiários”. Assim, por § 3º, DA CF/88. ART. 15, I, DA LEI N.º 5010/66.
exemplo, nas seções judiciárias em que há varas federais 1. Inexistindo Vara Federal no Foro da execução fiscal, o Juiz
instaladas apenas nas Capitais, todo o Estado estará sob a de Direito da Comarca exerce competência delegada, por força
competência dessas varas. Mas, incidindo o art. 109, § 3o, do que dispõe o art. 109, § 3º, da Constituição Federal,
opera-se verdadeiro corte na competência territorial, pois o integrado pelo disposto no art. 15, I, da Lei n.º 5010/66,
órgão estadual passa a poder processar e julgar a causa como recepcionada pela nova ordem constitucional por ser com ela
se integrasse a Justiça Federal. A competência do órgão compatível.
estadual investido da delegação federal é ditada pelo critério 2. Conflito conhecido para declarar competente o Juiz de Direito
territorial, sendo, por conseguinte, relativa. de Nova Petrópolis/RS, o suscitado.”
Irrelevante, para tanto, o fato de a comarca estar dividida em (STJ, 1ª Seção, CC n.º 40.672-RS, Rel. Min. CASTRO MEIRA,
foros distritais ou regionais. Exige-se, tão-somente, a presença, j. em 11.02.2004, unânime, DJU de 15.03.2004, p 145) (grifo
na comarca, da vara federal, podendo esta estar instalada em meu).
qualquer localidade integrante da comarca, coincidindo ou não CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO
com o lugar do foro central ou do foro regional. Por certo, em FISCAL. CF, ART. 109, § 3º. LEI Nº 5.010/1966. CRIAÇÃO DA
comarcas com grande extensão, englobando por vezes muitos COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA
municípios, haverá, ainda, algum distanciamento. Mas a COM A TRANSFORMAÇÃO DAS COMARCAS EM FOROS
proximidade da comarca foi considerada pelo legislador REGIONAIS. MANUTENÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DE
constitucional como suficiente. COMARCAS AUTÔNOMAS, PARA EFEITO DE
A ulterior instalação de vara federal na comarca faz cessar, de COMPETÊNCIA. PERMANÊNCIA DA JURISDIÇÃO FEDERAL
imediato, a declaração da competência federal à Justiça DELEGADA. CONFLITO CONHECIDO, PARA DECLARAR A
Estadual, segundo tem entendido o Superior Tribunal de COMPETÊNCIA DO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DO
Justiça. O raciocínio de fundo é idêntico ao que motivou a FORO REGIONAL DE PINHAIS.
inclusão do Enunciado 10 na Súmula de Uniformização de (CC 200802729281, TEORI ALBINO ZAVASCKI, STJ -
jurisprudência do STJ: “Instalada a Junta de Conciliação e PRIMEIRA SEÇÃO, DJE DATA:06/04/2009.)
Julgamento, cessa a competência do Juiz de Direito em matéria Ante o exposto, nos termos do art. 120, parágrafo único, do
trabalhista, inclusive para a execução das sentenças por ele CPC, CONHEÇO E ACOLHO O PRESENTE CONFLITO PARA
proferidas”. DECLARAR COMPETENTE O MM. JUÍZO DE DIREITO DA 1ª
Assim, se o município de domicílio do devedor fiscal não for VARA DE FUNDÃO/ES, ora suscitado, para processar e julgar a
sede de Vara Federal, detém competência para a ação de demanda, nos termos da fundamentação.
execução fiscal o Juízo de Direito da respectiva Comarca, face Decorrido, in albis, o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição,
à “delegação da jurisdição federal” preconizada pela com as cautelas de praxe.
combinação do artigo 109, § 3º, in fine, da Constituição Federal, Publique-se.Intime-se.
com o artigo 15, I, da Lei n.º 5.010, de 30.05.1966. Rio de Janeiro, 27 de abril de 2012.
Confira-se, a propósito, o teor da Súmula n.º 40 do extinto ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
Tribunal Federal de Recursos, cuja orientação revela-se, ainda Juiz Federal Convocado
hoje, aplicável à questão ora em exame: Relator
“A execução fiscal da Fazenda Pública Federal será proposta
perante o Juiz de Direito da Comarca do domicílio do devedor,
desde que não seja ela Sede de Vara da Justiça Federal.”
O presente conflito de competência amolda-se exatamente a
essa situação hipotética, senão vejamos: VII - CONFLITO DE COMPETENCIA 2012.02.01.005314-0
Os autos originários tratam de uma execução fiscal promovida Nº CNJ :0005314-12.2012.4.02.0000
pela União perante a Justiça Estadual da Comarca de RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
Fundão/ES, município que jamais abrigou uma sede da Justiça ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
Federal, restando inalterada tal situação mesmo após a edição MENDES
AUTOR :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
RÉU :MEDIA OPS PROCESSAMENTO DE
DADOS LTDA - ME
ADVOGADO :SEM ADVOGADO

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SUSCITANTE :JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE
SERRA-ES
SUSCITADO :JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DE
FUNDAO - ES
ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL SERRA/
ES (201250060001766) Justiça Federal (artigo 12), os Juízes Estaduais são
competentes para processar e julgar:
DECISÃO I – os executivos fiscais da União e de suas autarquias,
Trata-se de conflito negativo de competência instaurado pelo ajuizados contra devedores domiciliados nas respectivas
Juízo da Vara Federal de Serra/ES em face do Juízo de Direito comarcas;
da 1ª Vara de Fundão/ES, tendo em vista que o Juízo, ora (...)”.
suscitado, declinou de sua competência por verificar, Sobre o tema, já tive a oportunidade de tecer algumas
considerando os termos dos artigos 15, 41, Parágrafo único considerações na obra de minha autoria “Competência Cível da
(parte final) da Resolução nº 24 do TRF da 2ª Região que criou Justiça Federal – 3a edição revista, atualizada e ampliada”,
a Subseção Judiciária de Serra/ES, a incompetência deste páginas 159/161, verbis:
Juízo para julgamento e processamento da execução fiscal de “Para que se possa aplicar o disposto no art. 109, § 3º, da
nº 2012.50.06.000176-6. CF/1988, pressupõe-se a inexistência de vara federal sediada
Sustenta o Juízo Suscitante, às fls. 40/43, que a Vara Federal na comarca. Por certo, haverá, sempre, uma vara federal com,
foi instalada em Serra e não em Fundão e, assim, a Justiça a priori, competência sobre o lugar em que é domiciliado o
Estadual daquele município continua competente para segurado, mas a Carta exige que o órgão federal esteja
julgamento das execuções fiscais da União e de suas instalado na comarca. Não estando, prevê o texto constitucional
Autarquias, ajuizadas contra devedores domiciliados naquele que “serão processadas e julgadas na justiça do estado, no foro
município, nos exatos termos do artigo 109, § 3º da Constituição do domicílio dos segurados ou beneficiários”. Assim, por
Federal c/c o artigo 15, I, da Lei nº 5.010/66. Alega que, ao exemplo, nas seções judiciárias em que há varas federais
delegar parcela da competência federal às comarcas estaduais, instaladas apenas nas Capitais, todo o Estado estará sob a
o legislador buscou possibilitar aos cidadãos amplo acesso à competência dessas varas. Mas, incidindo o art. 109, § 3o,
Justiça, além de facilitar o exercício da defesa pelas partes, opera-se verdadeiro corte na competência territorial, pois o
tanto executados fiscais como segurados da Previdência Social, órgão estadual passa a poder processar e julgar a causa como
garantindo-lhes, desta maneira, que os litígios judiciais contra o se integrasse a Justiça Federal. A competência do órgão
Poder Público tramitem nas suas próprias cidades, ainda que estadual investido da delegação federal é ditada pelo critério
nelas não haja Vara Federal instalada. territorial, sendo, por conseguinte, relativa.
É o relatório. Decido. Irrelevante, para tanto, o fato de a comarca estar dividida em
Tendo em vista que a questão tratada nos presentes autos já se foros distritais ou regionais. Exige-se, tão-somente, a presença,
encontra pacificada na doutrina e jurisprudência, tendo o na comarca, da vara federal, podendo esta estar instalada em
Ministério Público Federal, em todos os processos similares que qualquer localidade integrante da comarca, coincidindo ou não
emitiu parecer (a título de exemplo processos com o lugar do foro central ou do foro regional. Por certo, em
2012.02.01.000180-1, 2012.02.01.000014-6, comarcas com grande extensão, englobando por vezes muitos
2012.02.01.000249-0, 2012.02.01.000129-1, municípios, haverá, ainda, algum distanciamento. Mas a
2012.02.01.000210-6), opinado pelo reconhecimento da proximidade da comarca foi considerada pelo legislador
competência do Juízo Suscitado, o que se alinha com o constitucional como suficiente.
entendimento desta 3a Turma Especializada, profiro, in limine, a A ulterior instalação de vara federal na comarca faz cessar, de
presente decisão, com fulcro no artigo 557, do Código de imediato, a declaração da competência federal à Justiça
Processo Civil, em homenagem aos princípios da celeridade e Estadual, segundo tem entendido o Superior Tribunal de
economia processuais, passando desde já a proferir decisão. Justiça. O raciocínio de fundo é idêntico ao que motivou a
Assiste razão ao Juízo suscitante. inclusão do Enunciado 10 na Súmula de Uniformização de
O art. 109, inciso I e § 3º, da Constituição Federal dispõe: jurisprudência do STJ: “Instalada a Junta de Conciliação e
"Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: Julgamento, cessa a competência do Juiz de Direito em matéria
I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa trabalhista, inclusive para a execução das sentenças por ele
pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, proferidas”.
assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de Assim, se o município de domicílio do devedor fiscal não for
acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça sede de Vara Federal, detém competência para a ação de
do Trabalho; execução fiscal o Juízo de Direito da respectiva Comarca, face
(...) à “delegação da jurisdição federal” preconizada pela
§ 3º. Serão processadas e julgadas na Justiça Estadual, no foro combinação do artigo 109, § 3º, in fine, da Constituição Federal,
do domicilio dos segurados ou beneficiários, as causas em que com o artigo 15, I, da Lei n.º 5.010, de 30.05.1966.
forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre Confira-se, a propósito, o teor da Súmula n.º 40 do extinto
que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se Tribunal Federal de Recursos, cuja orientação revela-se, ainda
verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras hoje, aplicável à questão ora em exame:
causas também sejam processadas e julgadas pela Justiça “A execução fiscal da Fazenda Pública Federal será proposta
estadual." perante o Juiz de Direito da Comarca do domicílio do devedor,
Neste diapasão, com a redação final do §3º, do art. 109, da CF/ desde que não seja ela Sede de Vara da Justiça Federal.”
88, é de se ressaltar a validade do art. 15, da Lei 5.010/66, que O presente conflito de competência amolda-se exatamente a
ora transcrevo: essa situação hipotética, senão vejamos:
“Art. 15. Nas comarcas do interior onde não funcionar Vara da Os autos originários tratam de uma execução fiscal promovida
pela União perante a Justiça Estadual da Comarca de
Fundão/ES, município que jamais abrigou uma sede da Justiça
Federal, restando inalterada tal situação mesmo após a edição
da Resolução nº 24/2010, do TRF – 2a Região, cujo artigo 15
limitou-se a expandir o alcance territorial da Subseção Judiciária

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de Serra/ES, verbis:
“Art. 15. A Subseção de Serra, composta por uma Vara Federal
de competência plena, alcança a extensão territorial dos
municípios de Serra e Fundão.”
Dessa forma, o simples fato de o território do município de
Fundão/ES ter sido abarcado pelo espectro da competência da SUSCITADO :JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DE
Comarca de Serra/ES não afastou a incidência do artigo 15, FUNDAO - ES
inciso I, da Lei nº 5.010/1966, que permanece produzindo seus ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL SERRA/
efeitos. ES (201250060001810)
Nesse sentido:
“CONFLITO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL. DECISÃO
JUSTIÇA ESTADUAL. COMPETÊNCIA DELEGADA. ART. 109, Trata-se de conflito negativo de competência instaurado pelo
§ 3º, DA CF/88. ART. 15, I, DA LEI N.º 5010/66. Juízo da Vara Federal de Serra/ES em face do Juízo de Direito
1. Inexistindo Vara Federal no Foro da execução fiscal, o Juiz da 1ª Vara de Fundão/ES, tendo em vista que o Juízo, ora
de Direito da Comarca exerce competência delegada, por força suscitado, declinou de sua competência por verificar,
do que dispõe o art. 109, § 3º, da Constituição Federal, considerando os termos dos artigos 15, 41, Parágrafo único
integrado pelo disposto no art. 15, I, da Lei n.º 5010/66, (parte final) da Resolução nº 24 do TRF da 2ª Região que criou
recepcionada pela nova ordem constitucional por ser com ela a Subseção Judiciária de Serra/ES, a incompetência deste
compatível. Juízo para julgamento e processamento da execução fiscal de
2. Conflito conhecido para declarar competente o Juiz de Direito nº 2012.50.06.000181-0.
de Nova Petrópolis/RS, o suscitado.” Sustenta o Juízo Suscitante, às fls. 13/16, que a Vara Federal
(STJ, 1ª Seção, CC n.º 40.672-RS, Rel. Min. CASTRO MEIRA, foi instalada em Serra e não em Fundão e, assim, a Justiça
j. em 11.02.2004, unânime, DJU de 15.03.2004, p 145) (grifo Estadual daquele município continua competente para
meu). julgamento das execuções fiscais da União e de suas
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO Autarquias, ajuizadas contra devedores domiciliados naquele
FISCAL. CF, ART. 109, § 3º. LEI Nº 5.010/1966. CRIAÇÃO DA município, nos exatos termos do artigo 109, § 3º da Constituição
COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA Federal c/c o artigo 15, I, da Lei nº 5.010/66. Alega que, ao
COM A TRANSFORMAÇÃO DAS COMARCAS EM FOROS delegar parcela da competência federal às comarcas estaduais,
REGIONAIS. MANUTENÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DE o legislador buscou possibilitar aos cidadãos amplo acesso à
COMARCAS AUTÔNOMAS, PARA EFEITO DE Justiça, além de facilitar o exercício da defesa pelas partes,
COMPETÊNCIA. PERMANÊNCIA DA JURISDIÇÃO FEDERAL tanto executados fiscais como segurados da Previdência Social,
DELEGADA. CONFLITO CONHECIDO, PARA DECLARAR A garantindo-lhes, desta maneira, que os litígios judiciais contra o
COMPETÊNCIA DO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DO Poder Público tramitem nas suas próprias cidades, ainda que
FORO REGIONAL DE PINHAIS. nelas não haja Vara Federal instalada.
(CC 200802729281, TEORI ALBINO ZAVASCKI, STJ - É o relatório. Decido.
PRIMEIRA SEÇÃO, DJE DATA:06/04/2009.) Tendo em vista que a questão tratada nos presentes autos já se
Ante o exposto, nos termos do art. 120, parágrafo único, do encontra pacificada na doutrina e jurisprudência, tendo o
CPC, CONHEÇO E ACOLHO O PRESENTE CONFLITO PARA Ministério Público Federal, em todos os processos similares que
DECLARAR COMPETENTE O MM. JUÍZO DE DIREITO DA 1ª emitiu parecer (a título de exemplo processos
VARA DE FUNDÃO/ES, ora suscitado, para processar e julgar a 2012.02.01.000180-1, 2012.02.01.000014-6,
demanda, nos termos da fundamentação. 2012.02.01.000249-0, 2012.02.01.000129-1,
Decorrido, in albis, o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição, 2012.02.01.000210-6), opinado pelo reconhecimento da
com as cautelas de praxe. competência do Juízo Suscitado, o que se alinha com o
Publique-se.Intime-se. entendimento desta 3a Turma Especializada, profiro, in limine, a
Rio de Janeiro, 27 de abril de 2012. presente decisão, com fulcro no artigo 557, do Código de
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES Processo Civil, em homenagem aos princípios da celeridade e
Juiz Federal Convocado economia processuais, passando desde já a proferir decisão.
Relator Assiste razão ao Juízo suscitante.
O art. 109, inciso I e § 3º, da Constituição Federal dispõe:
"Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa
pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés,
VII - CONFLITO DE COMPETENCIA 2012.02.01.005317-5 assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de
Nº CNJ :0005317-64.2012.4.02.0000 acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO do Trabalho;
ALUISIO GONCALVES DE CASTRO (...)
MENDES § 3º. Serão processadas e julgadas na Justiça Estadual, no foro
AUTOR :UNIAO FEDERAL / FAZENDA do domicilio dos segurados ou beneficiários, as causas em que
NACIONAL forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre
RÉU :MEDIA OPS PROCESSAMENTO DE que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se
DADOS LTDA - ME verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras
ADVOGADO :SEM ADVOGADO causas também sejam processadas e julgadas pela Justiça
SUSCITANTE :JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE estadual."
SERRA-ES Neste diapasão, com a redação final do §3º, do art. 109, da CF/
88, é de se ressaltar a validade do art. 15, da Lei 5.010/66, que
ora transcrevo:
“Art. 15. Nas comarcas do interior onde não funcionar Vara da
Justiça Federal (artigo 12), os Juízes Estaduais são
competentes para processar e julgar:

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I – os executivos fiscais da União e de suas autarquias,
ajuizados contra devedores domiciliados nas respectivas
comarcas;
(...)”.
Sobre o tema, já tive a oportunidade de tecer algumas
considerações na obra de minha autoria “Competência Cível da de competência plena, alcança a extensão territorial dos
Justiça Federal – 3a edição revista, atualizada e ampliada”, municípios de Serra e Fundão.”
páginas 159/161, verbis: Dessa forma, o simples fato de o território do município de
“Para que se possa aplicar o disposto no art. 109, § 3º, da Fundão/ES ter sido abarcado pelo espectro da competência da
CF/1988, pressupõe-se a inexistência de vara federal sediada Comarca de Serra/ES não afastou a incidência do artigo 15,
na comarca. Por certo, haverá, sempre, uma vara federal com, inciso I, da Lei nº 5.010/1966, que permanece produzindo seus
a priori, competência sobre o lugar em que é domiciliado o efeitos.
segurado, mas a Carta exige que o órgão federal esteja Nesse sentido:
instalado na comarca. Não estando, prevê o texto constitucional “CONFLITO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL.
que “serão processadas e julgadas na justiça do estado, no foro JUSTIÇA ESTADUAL. COMPETÊNCIA DELEGADA. ART. 109,
do domicílio dos segurados ou beneficiários”. Assim, por § 3º, DA CF/88. ART. 15, I, DA LEI N.º 5010/66.
exemplo, nas seções judiciárias em que há varas federais 1. Inexistindo Vara Federal no Foro da execução fiscal, o Juiz
instaladas apenas nas Capitais, todo o Estado estará sob a de Direito da Comarca exerce competência delegada, por força
competência dessas varas. Mas, incidindo o art. 109, § 3o, do que dispõe o art. 109, § 3º, da Constituição Federal,
opera-se verdadeiro corte na competência territorial, pois o integrado pelo disposto no art. 15, I, da Lei n.º 5010/66,
órgão estadual passa a poder processar e julgar a causa como recepcionada pela nova ordem constitucional por ser com ela
se integrasse a Justiça Federal. A competência do órgão compatível.
estadual investido da delegação federal é ditada pelo critério 2. Conflito conhecido para declarar competente o Juiz de Direito
territorial, sendo, por conseguinte, relativa. de Nova Petrópolis/RS, o suscitado.”
Irrelevante, para tanto, o fato de a comarca estar dividida em (STJ, 1ª Seção, CC n.º 40.672-RS, Rel. Min. CASTRO MEIRA,
foros distritais ou regionais. Exige-se, tão-somente, a presença, j. em 11.02.2004, unânime, DJU de 15.03.2004, p 145) (grifo
na comarca, da vara federal, podendo esta estar instalada em meu).
qualquer localidade integrante da comarca, coincidindo ou não CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO
com o lugar do foro central ou do foro regional. Por certo, em FISCAL. CF, ART. 109, § 3º. LEI Nº 5.010/1966. CRIAÇÃO DA
comarcas com grande extensão, englobando por vezes muitos COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA
municípios, haverá, ainda, algum distanciamento. Mas a COM A TRANSFORMAÇÃO DAS COMARCAS EM FOROS
proximidade da comarca foi considerada pelo legislador REGIONAIS. MANUTENÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DE
constitucional como suficiente. COMARCAS AUTÔNOMAS, PARA EFEITO DE
A ulterior instalação de vara federal na comarca faz cessar, de COMPETÊNCIA. PERMANÊNCIA DA JURISDIÇÃO FEDERAL
imediato, a declaração da competência federal à Justiça DELEGADA. CONFLITO CONHECIDO, PARA DECLARAR A
Estadual, segundo tem entendido o Superior Tribunal de COMPETÊNCIA DO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DO
Justiça. O raciocínio de fundo é idêntico ao que motivou a FORO REGIONAL DE PINHAIS.
inclusão do Enunciado 10 na Súmula de Uniformização de (CC 200802729281, TEORI ALBINO ZAVASCKI, STJ -
jurisprudência do STJ: “Instalada a Junta de Conciliação e PRIMEIRA SEÇÃO, DJE DATA:06/04/2009.)
Julgamento, cessa a competência do Juiz de Direito em matéria Ante o exposto, nos termos do art. 120, parágrafo único, do
trabalhista, inclusive para a execução das sentenças por ele CPC, CONHEÇO E ACOLHO O PRESENTE CONFLITO PARA
proferidas”. DECLARAR COMPETENTE O MM. JUÍZO DE DIREITO DA 1ª
Assim, se o município de domicílio do devedor fiscal não for VARA DE FUNDÃO/ES, ora suscitado, para processar e julgar a
sede de Vara Federal, detém competência para a ação de demanda, nos termos da fundamentação.
execução fiscal o Juízo de Direito da respectiva Comarca, face Decorrido, in albis, o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição,
à “delegação da jurisdição federal” preconizada pela com as cautelas de praxe.
combinação do artigo 109, § 3º, in fine, da Constituição Federal, Publique-se.Intime-se.
com o artigo 15, I, da Lei n.º 5.010, de 30.05.1966. Rio de Janeiro, 27 de abril de 2012.
Confira-se, a propósito, o teor da Súmula n.º 40 do extinto ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
Tribunal Federal de Recursos, cuja orientação revela-se, ainda Juiz Federal Convocado
hoje, aplicável à questão ora em exame: Relator
“A execução fiscal da Fazenda Pública Federal será proposta
perante o Juiz de Direito da Comarca do domicílio do devedor,
desde que não seja ela Sede de Vara da Justiça Federal.”
O presente conflito de competência amolda-se exatamente a
essa situação hipotética, senão vejamos: VII - CONFLITO DE COMPETENCIA 2012.02.01.005299-7
Os autos originários tratam de uma execução fiscal promovida Nº CNJ :0005299-43.2012.4.02.0000
pela União perante a Justiça Estadual da Comarca de RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
Fundão/ES, município que jamais abrigou uma sede da Justiça ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
Federal, restando inalterada tal situação mesmo após a edição MENDES
da Resolução nº 24/2010, do TRF – 2a Região, cujo artigo 15 AUTOR :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
limitou-se a expandir o alcance territorial da Subseção Judiciária NACIONAL
de Serra/ES, verbis: RÉU :TECMAER MANUTENÇÃO E
“Art. 15. A Subseção de Serra, composta por uma Vara Federal SERVIÇOS LTDA ME
ADVOGADO :SEM ADVOGADO
SUSCITANTE :JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE
SERRA-ES
SUSCITADO :JUIZO DE DIREITO DA 1 VARA DE
FUNDAO ES

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ORIGEM : ()

DECISÃO
Trata-se de conflito negativo de competência instaurado pelo
Juízo da Vara Federal de Serra/ES em face do Juízo de Direito
da 1ª Vara de Fundão/ES, tendo em vista que o Juízo, ora (...)”.
suscitado, declinou de sua competência por verificar, Sobre o tema, já tive a oportunidade de tecer algumas
considerando os termos dos artigos 15, 41, Parágrafo único considerações na obra de minha autoria “Competência Cível da
(parte final) da Resolução nº 24 do TRF da 2ª Região que criou Justiça Federal – 3a edição revista, atualizada e ampliada”,
a Subseção Judiciária de Serra/ES, a incompetência deste páginas 159/161, verbis:
Juízo para julgamento e processamento da execução fiscal de “Para que se possa aplicar o disposto no art. 109, § 3º, da
nº 2012.50.06.000133-0. CF/1988, pressupõe-se a inexistência de vara federal sediada
Sustenta o Juízo Suscitante, às fls. 24/27, que a Vara Federal na comarca. Por certo, haverá, sempre, uma vara federal com,
foi instalada em Serra e não em Fundão e, assim, a Justiça a priori, competência sobre o lugar em que é domiciliado o
Estadual daquele município continua competente para segurado, mas a Carta exige que o órgão federal esteja
julgamento das execuções fiscais da União e de suas instalado na comarca. Não estando, prevê o texto constitucional
Autarquias, ajuizadas contra devedores domiciliados naquele que “serão processadas e julgadas na justiça do estado, no foro
município, nos exatos termos do artigo 109, § 3º da Constituição do domicílio dos segurados ou beneficiários”. Assim, por
Federal c/c o artigo 15, I, da Lei nº 5.010/66. Alega que, ao exemplo, nas seções judiciárias em que há varas federais
delegar parcela da competência federal às comarcas estaduais, instaladas apenas nas Capitais, todo o Estado estará sob a
o legislador buscou possibilitar aos cidadãos amplo acesso à competência dessas varas. Mas, incidindo o art. 109, § 3o,
Justiça, além de facilitar o exercício da defesa pelas partes, opera-se verdadeiro corte na competência territorial, pois o
tanto executados fiscais como segurados da Previdência Social, órgão estadual passa a poder processar e julgar a causa como
garantindo-lhes, desta maneira, que os litígios judiciais contra o se integrasse a Justiça Federal. A competência do órgão
Poder Público tramitem nas suas próprias cidades, ainda que estadual investido da delegação federal é ditada pelo critério
nelas não haja Vara Federal instalada. territorial, sendo, por conseguinte, relativa.
É o relatório. Decido. Irrelevante, para tanto, o fato de a comarca estar dividida em
Tendo em vista que a questão tratada nos presentes autos já se foros distritais ou regionais. Exige-se, tão-somente, a presença,
encontra pacificada na doutrina e jurisprudência, tendo o na comarca, da vara federal, podendo esta estar instalada em
Ministério Público Federal, em todos os processos similares que qualquer localidade integrante da comarca, coincidindo ou não
emitiu parecer (a título de exemplo processos com o lugar do foro central ou do foro regional. Por certo, em
2012.02.01.000180-1, 2012.02.01.000014-6, comarcas com grande extensão, englobando por vezes muitos
2012.02.01.000249-0, 2012.02.01.000129-1, municípios, haverá, ainda, algum distanciamento. Mas a
2012.02.01.000210-6), opinado pelo reconhecimento da proximidade da comarca foi considerada pelo legislador
competência do Juízo Suscitado, o que se alinha com o constitucional como suficiente.
entendimento desta 3a Turma Especializada, profiro, in limine, a A ulterior instalação de vara federal na comarca faz cessar, de
presente decisão, com fulcro no artigo 557, do Código de imediato, a declaração da competência federal à Justiça
Processo Civil, em homenagem aos princípios da celeridade e Estadual, segundo tem entendido o Superior Tribunal de
economia processuais, passando desde já a proferir decisão. Justiça. O raciocínio de fundo é idêntico ao que motivou a
Assiste razão ao Juízo suscitante. inclusão do Enunciado 10 na Súmula de Uniformização de
O art. 109, inciso I e § 3º, da Constituição Federal dispõe: jurisprudência do STJ: “Instalada a Junta de Conciliação e
"Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: Julgamento, cessa a competência do Juiz de Direito em matéria
I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa trabalhista, inclusive para a execução das sentenças por ele
pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, proferidas”.
assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de Assim, se o município de domicílio do devedor fiscal não for
acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça sede de Vara Federal, detém competência para a ação de
do Trabalho; execução fiscal o Juízo de Direito da respectiva Comarca, face
(...) à “delegação da jurisdição federal” preconizada pela
§ 3º. Serão processadas e julgadas na Justiça Estadual, no foro combinação do artigo 109, § 3º, in fine, da Constituição Federal,
do domicilio dos segurados ou beneficiários, as causas em que com o artigo 15, I, da Lei n.º 5.010, de 30.05.1966.
forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre Confira-se, a propósito, o teor da Súmula n.º 40 do extinto
que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se Tribunal Federal de Recursos, cuja orientação revela-se, ainda
verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras hoje, aplicável à questão ora em exame:
causas também sejam processadas e julgadas pela Justiça “A execução fiscal da Fazenda Pública Federal será proposta
estadual." perante o Juiz de Direito da Comarca do domicílio do devedor,
Neste diapasão, com a redação final do §3º, do art. 109, da CF/ desde que não seja ela Sede de Vara da Justiça Federal.”
88, é de se ressaltar a validade do art. 15, da Lei 5.010/66, que O presente conflito de competência amolda-se exatamente a
ora transcrevo: essa situação hipotética, senão vejamos:
“Art. 15. Nas comarcas do interior onde não funcionar Vara da Os autos originários tratam de uma execução fiscal promovida
Justiça Federal (artigo 12), os Juízes Estaduais são pela União perante a Justiça Estadual da Comarca de
competentes para processar e julgar: Fundão/ES, município que jamais abrigou uma sede da Justiça
I – os executivos fiscais da União e de suas autarquias, Federal, restando inalterada tal situação mesmo após a edição
ajuizados contra devedores domiciliados nas respectivas da Resolução nº 24/2010, do TRF – 2a Região, cujo artigo 15
comarcas; limitou-se a expandir o alcance territorial da Subseção Judiciária
de Serra/ES, verbis:
“Art. 15. A Subseção de Serra, composta por uma Vara Federal
de competência plena, alcança a extensão territorial dos
municípios de Serra e Fundão.”
Dessa forma, o simples fato de o território do município de

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Fundão/ES ter sido abarcado pelo espectro da competência da
Comarca de Serra/ES não afastou a incidência do artigo 15,
inciso I, da Lei nº 5.010/1966, que permanece produzindo seus
efeitos.
Nesse sentido:
“CONFLITO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL. DECISÃO
JUSTIÇA ESTADUAL. COMPETÊNCIA DELEGADA. ART. 109, Trata-se de conflito negativo de competência instaurado pelo
§ 3º, DA CF/88. ART. 15, I, DA LEI N.º 5010/66. Juízo da Vara Federal de Serra/ES em face do Juízo de Direito
1. Inexistindo Vara Federal no Foro da execução fiscal, o Juiz da 1ª Vara de Fundão/ES, tendo em vista que o Juízo, ora
de Direito da Comarca exerce competência delegada, por força suscitado, declinou de sua competência por verificar,
do que dispõe o art. 109, § 3º, da Constituição Federal, considerando os termos dos artigos 15, 41, Parágrafo único
integrado pelo disposto no art. 15, I, da Lei n.º 5010/66, (parte final) da Resolução nº 24 do TRF da 2ª Região que criou
recepcionada pela nova ordem constitucional por ser com ela a Subseção Judiciária de Serra/ES, a incompetência deste
compatível. Juízo para julgamento e processamento da execução fiscal de
2. Conflito conhecido para declarar competente o Juiz de Direito nº 2012.50.06.000172-9.
de Nova Petrópolis/RS, o suscitado.” Sustenta o Juízo Suscitante, às fls. 36/39, que a Vara Federal
(STJ, 1ª Seção, CC n.º 40.672-RS, Rel. Min. CASTRO MEIRA, foi instalada em Serra e não em Fundão e, assim, a Justiça
j. em 11.02.2004, unânime, DJU de 15.03.2004, p 145) (grifo Estadual daquele município continua competente para
meu). julgamento das execuções fiscais da União e de suas
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO Autarquias, ajuizadas contra devedores domiciliados naquele
FISCAL. CF, ART. 109, § 3º. LEI Nº 5.010/1966. CRIAÇÃO DA município, nos exatos termos do artigo 109, § 3º da Constituição
COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA Federal c/c o artigo 15, I, da Lei nº 5.010/66. Alega que, ao
COM A TRANSFORMAÇÃO DAS COMARCAS EM FOROS delegar parcela da competência federal às comarcas estaduais,
REGIONAIS. MANUTENÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DE o legislador buscou possibilitar aos cidadãos amplo acesso à
COMARCAS AUTÔNOMAS, PARA EFEITO DE Justiça, além de facilitar o exercício da defesa pelas partes,
COMPETÊNCIA. PERMANÊNCIA DA JURISDIÇÃO FEDERAL tanto executados fiscais como segurados da Previdência Social,
DELEGADA. CONFLITO CONHECIDO, PARA DECLARAR A garantindo-lhes, desta maneira, que os litígios judiciais contra o
COMPETÊNCIA DO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DO Poder Público tramitem nas suas próprias cidades, ainda que
FORO REGIONAL DE PINHAIS. nelas não haja Vara Federal instalada.
(CC 200802729281, TEORI ALBINO ZAVASCKI, STJ - É o relatório. Decido.
PRIMEIRA SEÇÃO, DJE DATA:06/04/2009.) Tendo em vista que a questão tratada nos presentes autos já se
Ante o exposto, nos termos do art. 120, parágrafo único, do encontra pacificada na doutrina e jurisprudência, tendo o
CPC, CONHEÇO E ACOLHO O PRESENTE CONFLITO PARA Ministério Público Federal, em todos os processos similares que
DECLARAR COMPETENTE O MM. JUÍZO DE DIREITO DA 1ª emitiu parecer (a título de exemplo processos
VARA DE FUNDÃO/ES, ora suscitado, para processar e julgar a 2012.02.01.000180-1, 2012.02.01.000014-6,
demanda, nos termos da fundamentação. 2012.02.01.000249-0, 2012.02.01.000129-1,
Decorrido, in albis, o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição, 2012.02.01.000210-6), opinado pelo reconhecimento da
com as cautelas de praxe. competência do Juízo Suscitado, o que se alinha com o
Publique-se.Intime-se. entendimento desta 3a Turma Especializada, profiro, in limine, a
Rio de Janeiro, 03 de maio de 2012. presente decisão, com fulcro no artigo 557, do Código de
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES Processo Civil, em homenagem aos princípios da celeridade e
Juiz Federal Convocado economia processuais, passando desde já a proferir decisão.
Relator Assiste razão ao Juízo suscitante.
O art. 109, inciso I e § 3º, da Constituição Federal dispõe:
"Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa
pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés,
VII - CONFLITO DE COMPETENCIA 2012.02.01.005282-1 assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de
Nº CNJ :0005282-07.2012.4.02.0000 acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO do Trabalho;
ALUISIO GONCALVES DE CASTRO (...)
MENDES § 3º. Serão processadas e julgadas na Justiça Estadual, no foro
AUTOR :UNIAO FEDERAL / FAZENDA do domicilio dos segurados ou beneficiários, as causas em que
NACIONAL forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre
RÉU :BS CONSULTORIA E ENGENHARIA que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se
LTDA verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras
ADVOGADO :SEM ADVOGADO causas também sejam processadas e julgadas pela Justiça
SUSCITANTE :JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE estadual."
SERRA-ES Neste diapasão, com a redação final do §3º, do art. 109, da CF/
SUSCITADO :JUIZO DE DIREITO DA 1 VARA DE 88, é de se ressaltar a validade do art. 15, da Lei 5.010/66, que
FUNDAO ES ora transcrevo:
ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL SERRA/ “Art. 15. Nas comarcas do interior onde não funcionar Vara da
ES (201250060001729) Justiça Federal (artigo 12), os Juízes Estaduais são
competentes para processar e julgar:
I – os executivos fiscais da União e de suas autarquias,
ajuizados contra devedores domiciliados nas respectivas
comarcas;
(...)”.
Sobre o tema, já tive a oportunidade de tecer algumas

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considerações na obra de minha autoria “Competência Cível da
Justiça Federal – 3a edição revista, atualizada e ampliada”,
páginas 159/161, verbis:
“Para que se possa aplicar o disposto no art. 109, § 3º, da
CF/1988, pressupõe-se a inexistência de vara federal sediada
na comarca. Por certo, haverá, sempre, uma vara federal com, inciso I, da Lei nº 5.010/1966, que permanece produzindo seus
a priori, competência sobre o lugar em que é domiciliado o efeitos.
segurado, mas a Carta exige que o órgão federal esteja Nesse sentido:
instalado na comarca. Não estando, prevê o texto constitucional “CONFLITO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL.
que “serão processadas e julgadas na justiça do estado, no foro JUSTIÇA ESTADUAL. COMPETÊNCIA DELEGADA. ART. 109,
do domicílio dos segurados ou beneficiários”. Assim, por § 3º, DA CF/88. ART. 15, I, DA LEI N.º 5010/66.
exemplo, nas seções judiciárias em que há varas federais 1. Inexistindo Vara Federal no Foro da execução fiscal, o Juiz
instaladas apenas nas Capitais, todo o Estado estará sob a de Direito da Comarca exerce competência delegada, por força
competência dessas varas. Mas, incidindo o art. 109, § 3o, do que dispõe o art. 109, § 3º, da Constituição Federal,
opera-se verdadeiro corte na competência territorial, pois o integrado pelo disposto no art. 15, I, da Lei n.º 5010/66,
órgão estadual passa a poder processar e julgar a causa como recepcionada pela nova ordem constitucional por ser com ela
se integrasse a Justiça Federal. A competência do órgão compatível.
estadual investido da delegação federal é ditada pelo critério 2. Conflito conhecido para declarar competente o Juiz de Direito
territorial, sendo, por conseguinte, relativa. de Nova Petrópolis/RS, o suscitado.”
Irrelevante, para tanto, o fato de a comarca estar dividida em (STJ, 1ª Seção, CC n.º 40.672-RS, Rel. Min. CASTRO MEIRA,
foros distritais ou regionais. Exige-se, tão-somente, a presença, j. em 11.02.2004, unânime, DJU de 15.03.2004, p 145) (grifo
na comarca, da vara federal, podendo esta estar instalada em meu).
qualquer localidade integrante da comarca, coincidindo ou não CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO
com o lugar do foro central ou do foro regional. Por certo, em FISCAL. CF, ART. 109, § 3º. LEI Nº 5.010/1966. CRIAÇÃO DA
comarcas com grande extensão, englobando por vezes muitos COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA
municípios, haverá, ainda, algum distanciamento. Mas a COM A TRANSFORMAÇÃO DAS COMARCAS EM FOROS
proximidade da comarca foi considerada pelo legislador REGIONAIS. MANUTENÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DE
constitucional como suficiente. COMARCAS AUTÔNOMAS, PARA EFEITO DE
A ulterior instalação de vara federal na comarca faz cessar, de COMPETÊNCIA. PERMANÊNCIA DA JURISDIÇÃO FEDERAL
imediato, a declaração da competência federal à Justiça DELEGADA. CONFLITO CONHECIDO, PARA DECLARAR A
Estadual, segundo tem entendido o Superior Tribunal de COMPETÊNCIA DO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DO
Justiça. O raciocínio de fundo é idêntico ao que motivou a FORO REGIONAL DE PINHAIS.
inclusão do Enunciado 10 na Súmula de Uniformização de (CC 200802729281, TEORI ALBINO ZAVASCKI, STJ -
jurisprudência do STJ: “Instalada a Junta de Conciliação e PRIMEIRA SEÇÃO, DJE DATA:06/04/2009.)
Julgamento, cessa a competência do Juiz de Direito em matéria Ante o exposto, nos termos do art. 120, parágrafo único, do
trabalhista, inclusive para a execução das sentenças por ele CPC, CONHEÇO E ACOLHO O PRESENTE CONFLITO PARA
proferidas”. DECLARAR COMPETENTE O MM. JUÍZO DE DIREITO DA 1ª
Assim, se o município de domicílio do devedor fiscal não for VARA DE FUNDÃO/ES, ora suscitado, para processar e julgar a
sede de Vara Federal, detém competência para a ação de demanda, nos termos da fundamentação.
execução fiscal o Juízo de Direito da respectiva Comarca, face Decorrido, in albis, o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição,
à “delegação da jurisdição federal” preconizada pela com as cautelas de praxe.
combinação do artigo 109, § 3º, in fine, da Constituição Federal, Publique-se.Intime-se.
com o artigo 15, I, da Lei n.º 5.010, de 30.05.1966. Rio de Janeiro, 27 de abril de 2012.
Confira-se, a propósito, o teor da Súmula n.º 40 do extinto ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
Tribunal Federal de Recursos, cuja orientação revela-se, ainda Juiz Federal Convocado
hoje, aplicável à questão ora em exame: Relator
“A execução fiscal da Fazenda Pública Federal será proposta
perante o Juiz de Direito da Comarca do domicílio do devedor,
desde que não seja ela Sede de Vara da Justiça Federal.”
O presente conflito de competência amolda-se exatamente a
essa situação hipotética, senão vejamos: VII - CONFLITO DE COMPETENCIA 2012.02.01.005327-8
Os autos originários tratam de uma execução fiscal promovida Nº CNJ :0005327-11.2012.4.02.0000
pela União perante a Justiça Estadual da Comarca de RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
Fundão/ES, município que jamais abrigou uma sede da Justiça ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
Federal, restando inalterada tal situação mesmo após a edição MENDES
da Resolução nº 24/2010, do TRF – 2a Região, cujo artigo 15 AUTOR :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
limitou-se a expandir o alcance territorial da Subseção Judiciária NACIONAL
de Serra/ES, verbis: RÉU :LAN SERVICE E
“Art. 15. A Subseção de Serra, composta por uma Vara Federal REPRESENTACOES LTDA
de competência plena, alcança a extensão territorial dos ADVOGADO :SEM ADVOGADO
municípios de Serra e Fundão.” SUSCITANTE :JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE
Dessa forma, o simples fato de o território do município de SERRA-ES
Fundão/ES ter sido abarcado pelo espectro da competência da SUSCITADO :JUIZO DE DIREITO DA 1 VARA DE
Comarca de Serra/ES não afastou a incidência do artigo 15, FUNDAO ES
ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL SERRA/
ES (201250060001432)

DECISÃO
Trata-se de conflito negativo de competência instaurado pelo

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Juízo da Vara Federal de Serra/ES em face do Juízo de Direito
da 1ª Vara de Fundão/ES, tendo em vista que o Juízo, ora
suscitado, declinou de sua competência por verificar,
considerando os termos dos artigos 15, 41, Parágrafo único
(parte final) da Resolução nº 24 do TRF da 2ª Região que criou
a Subseção Judiciária de Serra/ES, a incompetência deste páginas 159/161, verbis:
Juízo para julgamento e processamento da execução fiscal de “Para que se possa aplicar o disposto no art. 109, § 3º, da
nº 2012.50.06.000143-2. CF/1988, pressupõe-se a inexistência de vara federal sediada
Sustenta o Juízo Suscitante, às fls. 80/83, que a Vara Federal na comarca. Por certo, haverá, sempre, uma vara federal com,
foi instalada em Serra e não em Fundão e, assim, a Justiça a priori, competência sobre o lugar em que é domiciliado o
Estadual daquele município continua competente para segurado, mas a Carta exige que o órgão federal esteja
julgamento das execuções fiscais da União e de suas instalado na comarca. Não estando, prevê o texto constitucional
Autarquias, ajuizadas contra devedores domiciliados naquele que “serão processadas e julgadas na justiça do estado, no foro
município, nos exatos termos do artigo 109, § 3º da Constituição do domicílio dos segurados ou beneficiários”. Assim, por
Federal c/c o artigo 15, I, da Lei nº 5.010/66. Alega que, ao exemplo, nas seções judiciárias em que há varas federais
delegar parcela da competência federal às comarcas estaduais, instaladas apenas nas Capitais, todo o Estado estará sob a
o legislador buscou possibilitar aos cidadãos amplo acesso à competência dessas varas. Mas, incidindo o art. 109, § 3o,
Justiça, além de facilitar o exercício da defesa pelas partes, opera-se verdadeiro corte na competência territorial, pois o
tanto executados fiscais como segurados da Previdência Social, órgão estadual passa a poder processar e julgar a causa como
garantindo-lhes, desta maneira, que os litígios judiciais contra o se integrasse a Justiça Federal. A competência do órgão
Poder Público tramitem nas suas próprias cidades, ainda que estadual investido da delegação federal é ditada pelo critério
nelas não haja Vara Federal instalada. territorial, sendo, por conseguinte, relativa.
É o relatório. Decido. Irrelevante, para tanto, o fato de a comarca estar dividida em
Tendo em vista que a questão tratada nos presentes autos já se foros distritais ou regionais. Exige-se, tão-somente, a presença,
encontra pacificada na doutrina e jurisprudência, tendo o na comarca, da vara federal, podendo esta estar instalada em
Ministério Público Federal, em todos os processos similares que qualquer localidade integrante da comarca, coincidindo ou não
emitiu parecer (a título de exemplo processos com o lugar do foro central ou do foro regional. Por certo, em
2012.02.01.000180-1, 2012.02.01.000014-6, comarcas com grande extensão, englobando por vezes muitos
2012.02.01.000249-0, 2012.02.01.000129-1, municípios, haverá, ainda, algum distanciamento. Mas a
2012.02.01.000210-6), opinado pelo reconhecimento da proximidade da comarca foi considerada pelo legislador
competência do Juízo Suscitado, o que se alinha com o constitucional como suficiente.
entendimento desta 3a Turma Especializada, profiro, in limine, a A ulterior instalação de vara federal na comarca faz cessar, de
presente decisão, com fulcro no artigo 557, do Código de imediato, a declaração da competência federal à Justiça
Processo Civil, em homenagem aos princípios da celeridade e Estadual, segundo tem entendido o Superior Tribunal de
economia processuais, passando desde já a proferir decisão. Justiça. O raciocínio de fundo é idêntico ao que motivou a
Assiste razão ao Juízo suscitante. inclusão do Enunciado 10 na Súmula de Uniformização de
O art. 109, inciso I e § 3º, da Constituição Federal dispõe: jurisprudência do STJ: “Instalada a Junta de Conciliação e
"Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: Julgamento, cessa a competência do Juiz de Direito em matéria
I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa trabalhista, inclusive para a execução das sentenças por ele
pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, proferidas”.
assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de Assim, se o município de domicílio do devedor fiscal não for
acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça sede de Vara Federal, detém competência para a ação de
do Trabalho; execução fiscal o Juízo de Direito da respectiva Comarca, face
(...) à “delegação da jurisdição federal” preconizada pela
§ 3º. Serão processadas e julgadas na Justiça Estadual, no foro combinação do artigo 109, § 3º, in fine, da Constituição Federal,
do domicilio dos segurados ou beneficiários, as causas em que com o artigo 15, I, da Lei n.º 5.010, de 30.05.1966.
forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre Confira-se, a propósito, o teor da Súmula n.º 40 do extinto
que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se Tribunal Federal de Recursos, cuja orientação revela-se, ainda
verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras hoje, aplicável à questão ora em exame:
causas também sejam processadas e julgadas pela Justiça “A execução fiscal da Fazenda Pública Federal será proposta
estadual." perante o Juiz de Direito da Comarca do domicílio do devedor,
Neste diapasão, com a redação final do §3º, do art. 109, da CF/ desde que não seja ela Sede de Vara da Justiça Federal.”
88, é de se ressaltar a validade do art. 15, da Lei 5.010/66, que O presente conflito de competência amolda-se exatamente a
ora transcrevo: essa situação hipotética, senão vejamos:
“Art. 15. Nas comarcas do interior onde não funcionar Vara da Os autos originários tratam de uma execução fiscal promovida
Justiça Federal (artigo 12), os Juízes Estaduais são pela União perante a Justiça Estadual da Comarca de
competentes para processar e julgar: Fundão/ES, município que jamais abrigou uma sede da Justiça
I – os executivos fiscais da União e de suas autarquias, Federal, restando inalterada tal situação mesmo após a edição
ajuizados contra devedores domiciliados nas respectivas da Resolução nº 24/2010, do TRF – 2a Região, cujo artigo 15
comarcas; limitou-se a expandir o alcance territorial da Subseção Judiciária
(...)”. de Serra/ES, verbis:
Sobre o tema, já tive a oportunidade de tecer algumas “Art. 15. A Subseção de Serra, composta por uma Vara Federal
considerações na obra de minha autoria “Competência Cível da de competência plena, alcança a extensão territorial dos
Justiça Federal – 3a edição revista, atualizada e ampliada”, municípios de Serra e Fundão.”
Dessa forma, o simples fato de o território do município de
Fundão/ES ter sido abarcado pelo espectro da competência da
Comarca de Serra/ES não afastou a incidência do artigo 15,
inciso I, da Lei nº 5.010/1966, que permanece produzindo seus
efeitos.

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Nesse sentido:
“CONFLITO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL.
JUSTIÇA ESTADUAL. COMPETÊNCIA DELEGADA. ART. 109,
§ 3º, DA CF/88. ART. 15, I, DA LEI N.º 5010/66.
1. Inexistindo Vara Federal no Foro da execução fiscal, o Juiz
de Direito da Comarca exerce competência delegada, por força da 1ª Vara de Fundão/ES, tendo em vista que o Juízo, ora
do que dispõe o art. 109, § 3º, da Constituição Federal, suscitado, declinou de sua competência por verificar,
integrado pelo disposto no art. 15, I, da Lei n.º 5010/66, considerando os termos dos artigos 15, 41, Parágrafo único
recepcionada pela nova ordem constitucional por ser com ela (parte final) da Resolução nº 24 do TRF da 2ª Região que criou
compatível. a Subseção Judiciária de Serra/ES, a incompetência deste
2. Conflito conhecido para declarar competente o Juiz de Direito Juízo para julgamento e processamento da execução fiscal de
de Nova Petrópolis/RS, o suscitado.” nº 20125006000191-2.
(STJ, 1ª Seção, CC n.º 40.672-RS, Rel. Min. CASTRO MEIRA, Sustenta o Juízo Suscitante, às fls. 20/23, que a Vara Federal
j. em 11.02.2004, unânime, DJU de 15.03.2004, p 145) (grifo foi instalada em Serra e não em Fundão e, assim, a Justiça
meu). Estadual daquele município continua competente para
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO julgamento das execuções fiscais da União e de suas
FISCAL. CF, ART. 109, § 3º. LEI Nº 5.010/1966. CRIAÇÃO DA Autarquias, ajuizadas contra devedores domiciliados naquele
COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA município, nos exatos termos do artigo 109, § 3º da Constituição
COM A TRANSFORMAÇÃO DAS COMARCAS EM FOROS Federal c/c o artigo 15, I, da Lei nº 5.010/66. Alega que, ao
REGIONAIS. MANUTENÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DE delegar parcela da competência federal às comarcas estaduais,
COMARCAS AUTÔNOMAS, PARA EFEITO DE o legislador buscou possibilitar aos cidadãos amplo acesso à
COMPETÊNCIA. PERMANÊNCIA DA JURISDIÇÃO FEDERAL Justiça, além de facilitar o exercício da defesa pelas partes,
DELEGADA. CONFLITO CONHECIDO, PARA DECLARAR A tanto executados fiscais como segurados da Previdência Social,
COMPETÊNCIA DO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DO garantindo-lhes, desta maneira, que os litígios judiciais contra o
FORO REGIONAL DE PINHAIS. Poder Público tramitem nas suas próprias cidades, ainda que
(CC 200802729281, TEORI ALBINO ZAVASCKI, STJ - nelas não haja Vara Federal instalada.
PRIMEIRA SEÇÃO, DJE DATA:06/04/2009.) É o relatório. Decido.
Ante o exposto, nos termos do art. 120, parágrafo único, do Tendo em vista que a questão tratada nos presentes autos já se
CPC, CONHEÇO E ACOLHO O PRESENTE CONFLITO PARA encontra pacificada na doutrina e jurisprudência, tendo o
DECLARAR COMPETENTE O MM. JUÍZO DE DIREITO DA 1ª Ministério Público Federal, em todos os processos similares que
VARA DE FUNDÃO/ES, ora suscitado, para processar e julgar a emitiu parecer (a título de exemplo processos
demanda, nos termos da fundamentação. 2012.02.01.000180-1, 2012.02.01.000014-6,
Decorrido, in albis, o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição, 2012.02.01.000249-0, 2012.02.01.000129-1,
com as cautelas de praxe. 2012.02.01.000210-6), opinado pelo reconhecimento da
Publique-se.Intime-se. competência do Juízo Suscitado, o que se alinha com o
Rio de Janeiro, 27 de abril de 2012. entendimento desta 3a Turma Especializada, profiro, in limine, a
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES presente decisão, com fulcro no artigo 557, do Código de
Juiz Federal Convocado Processo Civil, em homenagem aos princípios da celeridade e
Relator economia processuais, passando desde já a proferir decisão.
Assiste razão ao Juízo suscitante.
O art. 109, inciso I e § 3º, da Constituição Federal dispõe:
"Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa
VII - CONFLITO DE COMPETENCIA 2012.02.01.005298-5 pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés,
Nº CNJ :0005298-58.2012.4.02.0000 assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça
ALUISIO GONCALVES DE CASTRO do Trabalho;
MENDES (...)
AUTOR :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - § 3º. Serão processadas e julgadas na Justiça Estadual, no foro
CEF do domicilio dos segurados ou beneficiários, as causas em que
ADVOGADO :ALEX WERNER ROLKE E OUTROS forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre
RÉU :INALCA - INDUSTRIA E COMERCIO que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se
DE PRODUTOS ALIMENTARES verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras
LTDA causas também sejam processadas e julgadas pela Justiça
ADVOGADO :SEM ADVOGADO estadual."
SUSCITANTE :JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE Neste diapasão, com a redação final do §3º, do art. 109, da CF/
SERRA-ES 88, é de se ressaltar a validade do art. 15, da Lei 5.010/66, que
SUSCITADO :JUIZO DE DIREITO DA 1 VARA DE ora transcrevo:
FUNDAO ES “Art. 15. Nas comarcas do interior onde não funcionar Vara da
ORIGEM : () Justiça Federal (artigo 12), os Juízes Estaduais são
competentes para processar e julgar:
DECISÃO I – os executivos fiscais da União e de suas autarquias,
Trata-se de conflito negativo de competência instaurado pelo ajuizados contra devedores domiciliados nas respectivas
Juízo da Vara Federal de Serra/ES em face do Juízo de Direito comarcas;
(...)”.
Sobre o tema, já tive a oportunidade de tecer algumas
considerações na obra de minha autoria “Competência Cível da
Justiça Federal – 3a edição revista, atualizada e ampliada”,
páginas 159/161, verbis:

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Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
“Para que se possa aplicar o disposto no art. 109, § 3º, da
CF/1988, pressupõe-se a inexistência de vara federal sediada
na comarca. Por certo, haverá, sempre, uma vara federal com,
a priori, competência sobre o lugar em que é domiciliado o
segurado, mas a Carta exige que o órgão federal esteja
instalado na comarca. Não estando, prevê o texto constitucional “CONFLITO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL.
que “serão processadas e julgadas na justiça do estado, no foro JUSTIÇA ESTADUAL. COMPETÊNCIA DELEGADA. ART. 109,
do domicílio dos segurados ou beneficiários”. Assim, por § 3º, DA CF/88. ART. 15, I, DA LEI N.º 5010/66.
exemplo, nas seções judiciárias em que há varas federais 1. Inexistindo Vara Federal no Foro da execução fiscal, o Juiz
instaladas apenas nas Capitais, todo o Estado estará sob a de Direito da Comarca exerce competência delegada, por força
competência dessas varas. Mas, incidindo o art. 109, § 3o, do que dispõe o art. 109, § 3º, da Constituição Federal,
opera-se verdadeiro corte na competência territorial, pois o integrado pelo disposto no art. 15, I, da Lei n.º 5010/66,
órgão estadual passa a poder processar e julgar a causa como recepcionada pela nova ordem constitucional por ser com ela
se integrasse a Justiça Federal. A competência do órgão compatível.
estadual investido da delegação federal é ditada pelo critério 2. Conflito conhecido para declarar competente o Juiz de Direito
territorial, sendo, por conseguinte, relativa. de Nova Petrópolis/RS, o suscitado.”
Irrelevante, para tanto, o fato de a comarca estar dividida em (STJ, 1ª Seção, CC n.º 40.672-RS, Rel. Min. CASTRO MEIRA,
foros distritais ou regionais. Exige-se, tão-somente, a presença, j. em 11.02.2004, unânime, DJU de 15.03.2004, p 145) (grifo
na comarca, da vara federal, podendo esta estar instalada em meu).
qualquer localidade integrante da comarca, coincidindo ou não CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO
com o lugar do foro central ou do foro regional. Por certo, em FISCAL. CF, ART. 109, § 3º. LEI Nº 5.010/1966. CRIAÇÃO DA
comarcas com grande extensão, englobando por vezes muitos COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA
municípios, haverá, ainda, algum distanciamento. Mas a COM A TRANSFORMAÇÃO DAS COMARCAS EM FOROS
proximidade da comarca foi considerada pelo legislador REGIONAIS. MANUTENÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DE
constitucional como suficiente. COMARCAS AUTÔNOMAS, PARA EFEITO DE
A ulterior instalação de vara federal na comarca faz cessar, de COMPETÊNCIA. PERMANÊNCIA DA JURISDIÇÃO FEDERAL
imediato, a declaração da competência federal à Justiça DELEGADA. CONFLITO CONHECIDO, PARA DECLARAR A
Estadual, segundo tem entendido o Superior Tribunal de COMPETÊNCIA DO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DO
Justiça. O raciocínio de fundo é idêntico ao que motivou a FORO REGIONAL DE PINHAIS.
inclusão do Enunciado 10 na Súmula de Uniformização de (CC 200802729281, TEORI ALBINO ZAVASCKI, STJ -
jurisprudência do STJ: “Instalada a Junta de Conciliação e PRIMEIRA SEÇÃO, DJE DATA:06/04/2009.)
Julgamento, cessa a competência do Juiz de Direito em matéria Ante o exposto, nos termos do art. 120, parágrafo único, do
trabalhista, inclusive para a execução das sentenças por ele CPC, CONHEÇO E ACOLHO O PRESENTE CONFLITO PARA
proferidas”. DECLARAR COMPETENTE O MM. JUÍZO DE DIREITO DA 1ª
Assim, se o município de domicílio do devedor fiscal não for VARA DE FUNDÃO/ES, ora suscitado, para processar e julgar a
sede de Vara Federal, detém competência para a ação de demanda, nos termos da fundamentação.
execução fiscal o Juízo de Direito da respectiva Comarca, face Decorrido, in albis, o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição,
à “delegação da jurisdição federal” preconizada pela com as cautelas de praxe.
combinação do artigo 109, § 3º, in fine, da Constituição Federal, Publique-se.Intime-se.
com o artigo 15, I, da Lei n.º 5.010, de 30.05.1966. Rio de Janeiro, 03 de maio de 2012.
Confira-se, a propósito, o teor da Súmula n.º 40 do extinto ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
Tribunal Federal de Recursos, cuja orientação revela-se, ainda Juiz Federal Convocado
hoje, aplicável à questão ora em exame: Relator
“A execução fiscal da Fazenda Pública Federal será proposta
perante o Juiz de Direito da Comarca do domicílio do devedor,
desde que não seja ela Sede de Vara da Justiça Federal.”
O presente conflito de competência amolda-se exatamente a
essa situação hipotética, senão vejamos: III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 209517
Os autos originários tratam de uma execução fiscal promovida 2012.02.01.002271-3
pela Caixa Econômica Federal perante a Justiça Estadual da Nº CNJ :0002271-67.2012.4.02.0000
Comarca de Fundão/ES, município que jamais abrigou uma RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
sede da Justiça Federal, restando inalterada tal situação mesmo ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
após a edição da Resolução nº 24/2010, do TRF – 2 a Região, MENDES
cujo artigo 15 limitou-se a expandir o alcance territorial da AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
Subseção Judiciária de Serra/ES, verbis: NACIONAL
“Art. 15. A Subseção de Serra, composta por uma Vara Federal AGRAVADO :AZUL COMPANHIA DE SEGUROS
de competência plena, alcança a extensão territorial dos GERAIS
municípios de Serra e Fundão.” ADVOGADO :GUSTAVO MIGUEZ DE MELLO E
Dessa forma, o simples fato de o território do município de OUTROS
Fundão/ES ter sido abarcado pelo espectro da competência da ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE
Comarca de Serra/ES não afastou a incidência do artigo 15, EXECUÇÃO FISCAL - RJ
inciso I, da Lei nº 5.010/1966, que permanece produzindo seus (200751015010987)
efeitos.
Nesse sentido: DECISÃO
Trata-se de agravo de instrumento com pedido de efeito
suspensivo ativo, interposto pela União Federal em face de
decisão proferida pelo MM. Juízo da 3ª Vara de Execuções
Fiscais da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, que entendeu ter
ocorrido inércia da entidade em analisar os DARFs

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mencionados pela perita, determinou que fossem os mesmos
considerados válidos, encaminhando-os à perita daquele juízo
para fins de alocação no débito de IOF relativo à CDA
70406000081-07.
Verifico, através de ofício encaminhado a esta e. Corte pelo
MM. Juízo agravado (328), que a ação principal, na qual foi P. I.
proferida a decisão interlocutória que ensejou o presente Rio de Janeiro, 07 de maio de 2012.
agravo, já foi sentenciada (fls. 327/335). ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
Portanto, houve perda de objeto do agravo de instrumento, pois JUIZ FEDERAL CONVOCADO
a superveniência da sentença proferida pelo Juízo a quo fez rcf
desaparecer o interesse processual no presente recurso, na
medida em que o comando sentencial, autônomo e definitivo,
oriundo de cognição exauriente, se sobrepõe e substitui a
decisão interlocutória.
Sobre o tema, vale conferir: III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 210955
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. 2012.02.01.004147-1
SUPERVENIÊNCIA DA SENTENÇA DE MÉRITO. EXTINÇÃO Nº CNJ :0004147-57.2012.4.02.0000
DA AÇÃO PRINCIPAL. PERDA DO OBJETO DO RECURSO RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
ESPECIAL. ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
1. Conforme consignado na decisão agravada, a prolação de MENDES
sentença de mérito, mediante cognição exauriente, enseja a AGRAVANTE :NICCHIO SOBRINHO CAFÉ S/A.
superveniente perda de objeto do recurso interposto contra o ADVOGADO :ALEXANDRE BUZATO FIOROT E
acórdão que negou provimento ao agravo de instrumento. OUTROS
2. Eventual provimento do recurso especial, referente à decisão AGRAVADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
interlocutória, não poderia infirmar o julgamento superveniente e NACIONAL
definitivo que reapreciou a questão. ORIGEM :1ª VARA FEDERAL CÍVEL DE
3. A decisão agravada não está em confronto com o julgado da VITÓRIA/ES (201250010020649)
Corte Especial (EREsp 765.105/TO (Rel. Min. Hamilton
Carvalhido, DJe 25.8.2010), uma vez que este não se amolda DECISÃO
ao presente caso, em que, conforme se observa nos autos, Trata-se de agravo de instrumento interposto por NICCHIO
houve decisão denegatória de antecipação de tutela. SOBRINHO CAFÉ S/A em face de decisão proferida pelo MM.
Agravo regimental improvido. Juízo da 1ª Vara Federal Cível /SJES, que nos autos do
(AgRg no REsp 1255270/RJ, Rel. Ministro HUMBERTO mandado de segurança nº 2012.50.01.002064-9, indeferiu a
MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/12/2011, DJe liminar entendendo que “Para a concessão de medida liminar
19/12/2011) em mandado de segurança, sem a oitiva da parte contrária, é
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO indispensável que do ato impugnado possa resultar a ineficácia
DE INSTRUMENTO. SERVIDORA PÚBLICA. REVISÃO DO da medida, caso finalmente deferida( art. 7º, III da Lei nº
ATO DE APOSENTADORIA. ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS 12.016/2009). Ou seja, apenas quando houver risco de
DA TUTELA. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA perecimento imediato do direito pleiteado, deve-se conceder a
DECISÃO QUE DEFERE LIMINAR. PROLAÇÃO DE liminar inaudita altera parte, pois se está trabalhando em
SENTENÇA DE MÉRITO. PERDA DO OBJETO. detrimento da garantia constitucional do contraditório. Com
PRECEDENTES DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL efeito, tendo em vista a inexistência de perigo de perecimento
DESPROVIDO. do direito, além da possibilidade de efeito retroativo de uma
1. É pacífico o entendimento desta Corte Superior no sentido futura decisão...”.
de que perde o objeto o agravo de instrumento contra decisão Verifico, através de ofício encaminhado a esta e. Corte pelo
concessiva ou denegatória de liminar com a superveniência da MM. Juízo a quo (fl. 235), que a ação principal, na qual foi
prolação de sentença, tendo em vista que essa absorve os proferida a decisão interlocutória que ensejou o presente
efeitos do provimento liminar, por se tratar de juízo de cognição agravo, já foi sentenciada (fls. 236/251).
exauriente (AgRg no REsp. 956.504/RJ, Rel. Min. MAURO Portanto, houve perda de objeto do agravo de instrumento, pois
CAMPBELL MARQUES, DJe 27.05.2010). a superveniência da sentença proferida pelo Juízo a quo fez
2. Não se aplica, à hipótese, o decidido no EREsp. desaparecer o interesse processual no presente recurso, na
765.105/TO, uma vez que não incidem as disposições medida em que o comando sentencial, autônomo e definitivo,
concernentes ao cumprimento de sentença nas execuções por oriundo de cognição exauriente, se sobrepõe e substitui a
quantia certa, dada a existência de rito próprio para a Fazenda decisão interlocutória.
Pública (art. 730 do CPC). Sobre o tema, vale conferir:
3. Agravo Regimental desprovido. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
(AgRg no Ag 1366461/RS, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES SUPERVENIÊNCIA DA SENTENÇA DE MÉRITO. EXTINÇÃO
MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 08/11/2011, DJe DA AÇÃO PRINCIPAL. PERDA DO OBJETO DO RECURSO
14/11/2011) ESPECIAL.
Assim, em vista da superveniência da sentença, resta 1. Conforme consignado na decisão agravada, a prolação de
prejudicado o recurso na forma do art. 44, § 1º, inciso I, do sentença de mérito, mediante cognição exauriente, enseja a
Regimento interno do TRF da 2ª Região, publicado em superveniente perda de objeto do recurso interposto contra o
29/01/2009 (9ª edição). acórdão que negou provimento ao agravo de instrumento.
Isto posto, julgo prejudicado o agravo. 2. Eventual provimento do recurso especial, referente à decisão
interlocutória, não poderia infirmar o julgamento superveniente e
definitivo que reapreciou a questão.
3. A decisão agravada não está em confronto com o julgado da
Corte Especial (EREsp 765.105/TO (Rel. Min. Hamilton
Carvalhido, DJe 25.8.2010), uma vez que este não se amolda

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ao presente caso, em que, conforme se observa nos autos,
houve decisão denegatória de antecipação de tutela.
Agravo regimental improvido.
(AgRg no REsp 1255270/RJ, Rel. Ministro HUMBERTO
MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/12/2011, DJe
19/12/2011) Após, voltem-me conclusos.
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO Rio de Janeiro, 04 de maio de 2012.
DE INSTRUMENTO. SERVIDORA PÚBLICA. REVISÃO DO ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
ATO DE APOSENTADORIA. ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS Juiz Federal Convocado
DA TUTELA. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA Relator
DECISÃO QUE DEFERE LIMINAR. PROLAÇÃO DE
SENTENÇA DE MÉRITO. PERDA DO OBJETO.
PRECEDENTES DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL
DESPROVIDO.
1. É pacífico o entendimento desta Corte Superior no sentido XLVII - MEDIDA CAUTELAR INOMINADA 2349
de que perde o objeto o agravo de instrumento contra decisão 2011.02.01.016427-8
concessiva ou denegatória de liminar com a superveniência da Nº CNJ :0016427-94.2011.4.02.0000
prolação de sentença, tendo em vista que essa absorve os RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
efeitos do provimento liminar, por se tratar de juízo de cognição ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
exauriente (AgRg no REsp. 956.504/RJ, Rel. Min. MAURO MENDES
CAMPBELL MARQUES, DJe 27.05.2010). REQUERENTE :ICATU CAPITALIZACAO S/A
2. Não se aplica, à hipótese, o decidido no EREsp. ADVOGADO :LUIZ GUSTAVO ANTONIO SILVA
765.105/TO, uma vez que não incidem as disposições BICHARA E OUTROS
concernentes ao cumprimento de sentença nas execuções por REQUERIDO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
quantia certa, dada a existência de rito próprio para a Fazenda NACIONAL
Pública (art. 730 do CPC). ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DO RIO
3. Agravo Regimental desprovido. DE JANEIRO (201051010200773)
(AgRg no Ag 1366461/RS, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES
MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 08/11/2011, DJe DECISÃO
14/11/2011) Trata-se de medida cautelar originária, incidental ao mandado
Assim, em vista da superveniência da sentença, resta de segurança nº 2010.51.01.02077-3, proposta por ICATU
prejudicado o recurso na forma do art. 44, § 1º, inciso I, do CAPITALIZAÇÃO S/A em face da União Federal, objetivando
Regimento interno do TRF da 2ª Região, publicado em suspender a exigibilidade do crédito referente à multa de mora
29/01/2009 (9ª edição). cobrada sobre valores de IRPJ e CSLL da competência de julho
Isto posto, julgo prejudicado o agravo. de 2008 até que seja definitivamente julgado o recurso de
P. I. apelação nos autos do writ.
Rio de Janeiro, 07 de maio de 2012. Sustenta que impetrou mandado de segurança nº
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES 2010.51.01.020077-3 com o objetivo de ver reconhecido o seu
Juiz Federal Convocado - Relator direito ao exercício da denúncia espontânea em relação aos
débitos de IRPJ e CSLL de competência de julho de 2008,
tendo sido indeferida a liminar com vistas à suspensão da
exigibilidade da multa cobrada. E que em virtude disso, interpôs
o agravo de instrumento nº 2010.02.01.016217-4, o qual foi
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 211942 provido monocraticamente para suspender a exigibilidade de
2012.02.01.005402-7 débito impugnado. Ocorre que como o pedido formulado no
Nº CNJ :0005402-50.2012.4.02.0000 mandado de segurança foi julgado improcedente, e a apelação
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO interposta contra a sentença recebida no efeito meramente
ALUISIO GONCALVES DE CASTRO devolutivo, perdeu a eficácia da liminar concedida no agravo de
MENDES instrumento, razão pela qual ajuizou a presente ação cautelar
AGRAVANTE :CONSELHO REGIONAL DE para suspender a exigibilidade da multa até o julgamento
ADMINISTRAÇÃO DO RIO DE definitivo da apelação.
JANEIRO-CRA/RJ Em decisão monocrática de fls. 167/179, foi indeferida a liminar
ADVOGADO :MARIA MARTA GUIMARAES E pleiteada nos autos da presente ação cautelar.
OUTRO Após, foi realizado o depósito judicial do montante integral do
AGRAVADO :PROMOVE - PARTICIPAÇÕES, débito, tendo sido suspensa a exigibilidade do mesmo. Em
COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA contestação de fls. 214/217, alega a União Federal ter havido
ADVOGADO :CARLOS ARTHUR C. R. FERREIRA perda do objeto da presente ação ante o depósito integral do
ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DO RIO valor impugnado.
DE JANEIRO (201151010133235) Às fls. 222/223, opina o Ministério Público Federal pela perda do
objeto e conseqüentemente pela extinção do feito, sem
DESPACHO julgamento do mérito, nos termos do art. 267, VI, do CPC.
Intime-se o agravado, na forma do art. 527, V, do CPC. É o relato do necessário. Decido.
Decorrido o prazo, remetam-se os presentes autos ao Ministério Verifica-se que a requerente realizou o depósito judicial do
Público Federal. montante impugnado para fins de suspensão da exigibilidade do
crédito (fls. 186/191), confirmado pela União Federal às fls. 197
e 214/217.
Dessa forma, suspensa a exigibilidade do crédito por força do
depósito judicial, verifica-se a perda do interesse de agir
relativamente à presente ação cautelar.

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Em face do exposto, julgo prejudicada a presente Ação
Cautelar, ante a superveniente perda do objeto.
Publique-se. Intime-se.
Rio de Janeiro, 07 de maio de 2012.
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES 6.830/80, art. 16, incisos e parágrafos. É nos autos daquela
Juiz Federal Convocado - Relator ação que se devem observar os princípios constitucionais do
devido processo legal e da ampla defesa.
O espectro das matérias suscitáveis através da exceção tem
sido ampliado por força da exegese jurisprudencial mais
recente, mas, repita-se, desde que não demande dilação
BOLETIM: 126851 probatória (cf. STJ, DERESP 866.632/MG, 1a Seção, Rel. Min.
José Delgado, DJ 25/4/2008, p. 1).
De regra, porém, a matéria relativa a desrespeito ao
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2009.02.01.012509-6 contraditório e ampla defesa não se amolda a essa via estreita
Nº CNJ :0012509-53.2009.4.02.0000 e quanto à suposta ausência de notificação da executada para
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO manifestar-se no curso do processo administrativo fiscal,
THEOPHILO MIGUEL saliento, no ponto, que a excipiente não se desincumbiu do
AGRAVANTE :MARIA CLARA MESQUITA GONDIM ônus da prova, deixando de acostar cópia do referido processo
ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO administrativo.
AGRAVADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA Acresce que, na hipótese, tendo em vista que a execução foi
NACIONAL proposta apenas em face da empresa CEDRO PROJETOS E
ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DE SERVIÇOS TÉCNICOS LTDA, não se impunha, mesmo, a
EXECUÇÃO FISCAL - RJ abertura da via administrativa para a sócia-gerente, Srª MARIA
(200551015340759) CLARA MESQUITA GONDIM, ora excipiente, cuja inclusão no
pólo passivo deve-se à presumida dissolução irregular da
DECISÃO sociedade devedora. Neste sentido, confira-se:
Trata-se de agravo de instrumento interposto por MARIA PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL
CLARA MESQUITA GONDIM, visando a reforma de decisão NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL.
proferida pelo juízo da 2ª Vara Federal de Execução Fiscal do CONTROVÉRSIA ACERCA DA INCLUSÃO NO POLO
Rio de Janeiro, nos autos do processo nº 2005.51.01.534075-9, PASSIVO DO NOME DO SÓCIO-GERENTE NA DEMANDA.
que determinou a penhora pelo sistema Bacen-jud. ACÓRDÃO RECORRIDO E SENTENÇA DE PRIMEIRO GRAU
Sustenta a agravante, em síntese, que o valor bloqueado é CONSIGNAM A EXISTÊNCIA NOS AUTOS DE CERTIDÃO DO
legalmente impenhorável, uma vez que possui caráter OFICIAL DE JUSTIÇA ATESTANDO A NÃO-LOCALIZAÇÃO
alimentar. DA EMPRESA NO DOMICÍLIO FISCAL. PRESUNÇÃO IURIS
Relatei. Decido. TANTUM DE DISSOLUÇÃO IRREGULAR A SER ELIDIDA EM
O douto Juízo a quo, nos autos da execução fiscal acima SEDE DE EMBARGOS À EXECUÇÃO. PRECEDENTES
mencionada, conforme consulta aos sistema “apolo” da Seção DESTA CORTE SUPERIOR. AGRAVO REGIMENTAL
Judiciária do Rio de Janeiro, proferiu, posteriormente, decisão DESPROVIDO. 1. A controvérsia cinge-se à possibilidade de
com o seguinte teor, in verbis: inclusão do nome do sócio-gerente, que não consta na Certidão
“Vistos, etc. de Dívida Ativa, no pólo passivo da execução fiscal, nos casos
Trata-se de exceção de pré-executividade oferecida em agosto em que encontra-se presente nos autos certidão de oficial de
de 2009 por pessoa física, visando obstar a cobrança de crédito justiça atestando a não-localização da empresa executada no
fiscal relativo a IRPJ, COFINS, CSLL e PIS que, acrescido de seu domicílio fiscal. 2. Julgando casos análogos, o Superior
juros, multa e encargos, totalizava R$ 43.460,82, em Tribunal de Justiça vem reiterando o posicionamento no sentido
março/2005. de que a certidão exarada pelo meirinho possui presunção iuris
Alega-se, em apertada síntese, desrespeito à garantia do tantum de dissolução irregular, podendo, no entanto, ser
contraditório e ampla defesa; nulidade do título executivo, por discutida a responsabilidade tributária do sócio-gerente em
ausência de indicação da forma de cálculo da dívida; sede de embargos à execução fiscal. [...].
ilegalidade da aplicação da taxa Selic; caráter confiscatório da (STJ, AGRESP 923382, Rel. Min. Denise Arruda, 1ª T., DJE
multa de mora e prescrição (fls. 77/94). 5/8/2009)
Informa, ainda, a interposição de agravo de instrumento contra Rejeito, outrossim, a arguição de nulidade da certidão de dívida
a decisão de fls. 55/57, requerendo, em juízo de retratação, sua ativa, a pretexto de não preencher os requisitos de certeza e
exclusão do pólo passivo e consequente liberação do montante liquidez. A CDA de fls. 2/40, autenticada eletronicamente por
bloqueado através do BACENJUD (fls. 96/100) Procurador da Fazenda Nacional, contém o nome e domicílio
DECIDO. fiscal do devedor, os valores originários da dívida, o termo
Como venho reiteradamente assentando no julgamento das inicial e forma de calcular os juros, a origem, a natureza e o
exceções opostas perante este juízo, a dívida ativa fundamento legal da dívida, o termo inicial e a legislação da
regularmente inscrita nos termos do art. 3o e parágrafo único da correção monetária, a data e o número de inscrição no Registro
lei nº 6.830/80 presume-se líquida e certa, demandando, da Dívida Ativa, além do número do processo administrativo.
portanto, prova inequívoca por parte do executado para afetá- Portanto, da certidão em questão não decorre qualquer prejuízo
la. Qualquer dilação probatória, sobretudo envolvendo ao direito de defesa da excipiente.
documento não oficial, deve ser produzida em embargos à No que tange à correção da dívida, tampouco se cogita de
execução, conforme se infere da norma ínsita na Lei nº nulidade decorrente da utilização da Taxa Selic. A teor do § 1o
do art. 161 do CTN, a lei pode fixar juros de mora em taxa
diversa daquela prevista no Código (1% ao mês). A aplicação
da Taxa Selic sobre débitos tributários em atraso, inclusive
quando objeto de parcelamento, estabelecida no art. 13 da Lei
nº 9.065, de 20/6/1995, e no art. 91, parágrafo único, ¿a.2¿, da

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Lei nº 8.981/95, foi, posteriormente, também legitimada pelo art.
13 da Lei nº 10.522, de 19/7/2002. Daí porque a Primeira Seção
do STJ, não obstante majoritária, bem entendeu serem devidos
juros da taxa SELIC ¿em compensação de tributos e, mutatis
mutandis, nos cálculos dos débitos dos contribuintes para com
a Fazenda Pública Estadual e Federal¿. despida de provas robustas e ponderáveis sobre fato extintivo
Em aresto lavrado pelo eminente Ministro Luis Fux, publicado ou modificativo do direito de crédito que se consubstancia na
em 2 de dezembro de 2002 e que ainda venho adotando como CDA, não se presta a ser examinada, senão superficialmente.
razão de decidir, restou consignado entrementes que 5. In casu, na exceção de pré-executividade, insurgiu-se o
¿...raciocínio diverso importaria tratamento anti-isonômico, excipiente, ora agravante, contra a liquidez da certidão de
porquanto a Fazenda restaria obrigada a reembolsar os dívida ativa. A exceção oposta não encontra, em princípio,
contribuintes por esta taxa Selic, ao passo que, no desembolso nenhum respaldo em quaisquer das hipóteses que ensejariam a
os cidadãos exonerar-se-iam desse critério, gerando nulidade da CDA, quais sejam: falta de certeza, liquidez e
desequilíbrio nas receitas fazendárias¿ (AGRESP 422604-SC, exigibilidade, uma vez que somente por via de embargos será
DJ 02/12/2002, p. 240). possível apreciar adequadamente as alegações da agravante.
É verdade que a Taxa Selic foi rechaçada no ano 2000, no 6. Agravo de instrumento improvido.
âmbito da 2a Turma do STJ, pelo Exmo. Min. Franciulli Netto, (TRF2, AG 133432, 4a Turma. Esp., Rel. Des. Fed. Luiz
relator em acórdãos que, por maioria, reconheciam a Antonio Soares, DJU 12/12/08, p. 221)
inconstitucionalidade material e formal na aplicação da Taxa Passando ao pedido de exercício de juízo de retratação, em
para fins tributários (cf. RESP 215881/PR, DJ 19/06/2000, p. face da interposição de agravo de instrumento, verifico, ao
133), mas a 1a Seção da Corte Superior consolidou sua ensejo dos documentos acostados, que o bloqueio incidente
jurisprudência, no sentido de serem devidos juros da taxa sobre a conta corrente mantida pela excipiente na Caixa
SELIC, a partir de 1/1/1996, em compensação de tributos e, Econômica Federal (fls. 67/68) alcançou valores que recebe a
mutatis mutandis, nos cálculos dos débitos dos contribuintes título de benefício previdenciário (fls. 99/100), revestido da
para com a Fazenda Pública Estadual e Federal. Em face disso, garantia da impenhorabilidade, portanto (CPC, art. 649, IV).
em julgados posteriores, o mesmo Ministro Franciulli Netto, Isso posto, REJEITO LIMINARMENTE o incidente oposto,
ressalvando o entendimento pessoal em contrário, curvou-se a determinando, ainda, o seguinte:
tal orientação (cf. REsp 728208, DJ 5/9/2005, p. 384). 1 ¿ Presentes as disposições do art. 649, IV, do CPC, autorizo
Os argumentos de multa com caráter de confisco devem o desbloqueio apenas dos valores encontrados na conta
também ser de logo rejeitados, na medida em que se tratam de corrente da Caixa Econômica Federal.
questionamentos genéricos, sem amparo fático. Consigno, 2 ¿ Em relação aos valores bloqueados no Banco Itaú,
aliás, que não há qualquer prova de que a multa fixada tenha proceda-se à transferência para conta judicial a ser aberta na
excedido os limites legais. Caixa Econômica Federal, intimando-se a parte executada, na
A questão relativa à prescrição (assim como a decadência, se pessoa do Defensor Público da União, a respeito da constrição
tivesse sido invocada) evidencia a necessidade de dilação e do prazo para oposição de embargos à execução.
probatória. Com efeito, consta das CDAs o registro em dívida 3 Observe-se o segredo de justiça até o cabal
ativa desde 1/2/2005, e, portanto, tendo-se por base esta data, desentranhamento dos documentos de fls. 99/100, para
a citação da executada ocorreu dentro do lustro legal. A imediata devolução à parte interessada.”
averiguação de marcos temporais outros, que possam permitir Tendo em vista a decisão acima transcrita, que determinou o
de forma mais acurada a verificação da prescrição ou da desbloqueio dos valores bloqueados via BACEN-JUD,
decadência, exige a análise do processo administrativo, não encontrados na conta corrente da Caixa Econômica Federal,
acostado aos autos. No mesmo sentido, veja-se (com meus entendo que perdeu objeto o presente agravo.
destaques): Diante do exposto, julgo prejudicado o presente agravo de
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. instrumento, e, por consequência, nego-lhe seguimento, com
POSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO DA MATÉRIA ALEGADA fulcro no art. 557 do Código de Processo Civil, c/c art. 44,
EM EXCEÇÃO DE PRÉ- EXECUTIVIDADE. PRESCRIÇÃO. parágrafo 1º, incisos I e II, do Regimento Interno deste Tribunal.
CONTUDO, NÃO SE ADMITE TAL EXCEÇÃO QUANDO A P.I.
QUESTÃO EXIGIR DILAÇÃO PROBATÓRIA. Decorrido, in albis, o prazo recursal, certifique-se, dê-se baixa
1. A exceção de pré-executividade é servil à suscitação de na distribuição com remessa dos autos à Vara de Origem,
questões que devam ser conhecidas de ofício pelo juiz, como segundo as cautelas de praxe.
as atinentes à liquidez do título executivo, os pressupostos Rio, 30 de abril de 2012.
processuais e as condições da ação executiva. 2. A agravante THEOPHILO MIGUEL
alegou que foi impedida de exercer seu direito ao contraditório e Juiz Federal Convocado - Relator
à ampla defesa no processo administrativo fiscal, tendo em
vista a ausência de lançamento de ofício do crédito tributário. A
matéria em questão não pode ser apreciada com a simples
análise dos autos, sendo necessário que se tenha em mãos o
processo administrativo que conduziu à constituição da dívida III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2009.02.01.013969-1
para poder se aferir quanto à procedência ou não do pedido. 3. Nº CNJ :0013969-75.2009.4.02.0000
É inviável a discussão sobre prescrição na via da exceção de RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
pré-executividade, quando não prescindível a dilação THEOPHILO MIGUEL
probatória. 4. A exceção de pré-executividade, por ser AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
instrumento estranho à sistemática processual, não admite NACIONAL
dilação probatória. Deve ficar consignado que a mera alegação, AGRAVADO :ORGANIZACOES RODRIGUEZ
VIDIGAL LTDA E OUTROS
ADVOGADO :LUIZ ANDRÉ NUNES DE OLIVEIRA
E OUTROS
ORIGEM :SÉTIMA VARA FEDERAL DE
EXECUÇÃO FISCAL - RJ

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(200551015090391)

DESPACHO
- Retifique-se a autuação para que conste como advogado da
parte agravada o Dr. Luiz André Nunes de Oliveira e outros.
Rio, 03/05/2012. devedor, na medida em que permite que o executado, fora de
THEOPHILO MIGUEL situacões excepcionais, seja beneficiado corn a suspensão da
Juiz Federal Convocado - Relator execucão fiscal, sem arcar corn a contrapartida, como ocorre
nos embargos, da garantia do Juizo, em favor do crédito
tributario, que se presume liquido e certo e que, até sua
desconstituicão, goza de privilégios legalmente previstos.
Precedentes. (grifei)
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2009.02.01.005470-3 (TRF- 3a RegiAo; AG n° 81359/MS; 3' T; DJ 21/05/2003, p. 368;
Nº CNJ :0005470-05.2009.4.02.0000 Rel. Juiz Carlos Muta)
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO Assim sendo,dieve a executada utilizar-se do meio
THEOPHILO MIGUEL processualmente adequado a satisfaçãoo da sua pretensão.
AGRAVANTE :MARIA ELENA CASTILHO FORTES Expeça-see mandado de penhora, avaliação e registro. P.I.”
ADVOGADO :ANTONIO ALCIDES P. DA SILVA Alega a agravante que “não está discutindo o mérito da
FREIRE E OUTROS cobrança, nem valores executados, e sim princípio de ordem
AGRAVADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA pública, qual seja a ilegitimidade de parte da agravante ”.
NACIONAL Contrarrazões às fls. 64/69.
ORIGEM :QUARTA VARA FEDERAL DE Relatei. Decido.
EXECUÇÃO FISCAL - RJ O presente agravo de instrumento não merece prosperar.
(200351015431203) Embora o processo de execução seja, na sua essência, um
processo de satisfação do direito do exeqüente, é facultado ao
DECISÃO executado apresentar defesa de mérito, na devida via dos
Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito embargos à execução.
suspensivo, interposto por MARIA ELENA CASTILHO FORTES Ocorre que, quando presentes vícios de ordem pública no título
contra decisão do MM. Juízo da 4ª Vara Federa/R, assim executivo, comprováveis de plano, sendo possível que o juiz, de
vertida¨ ofício, os declare, a doutrina e a jurisprudência admitem o
“Vistos etc. manejo da chamada “exceção de pré-executividade”, na qual o
A regra, na execução fiscal, nos termos do art. 16, § 2 0 da LEF, executado, nos autos do próprio processo de execução, oferta
é a de que o executado deverá alegar as matérias necessárias sua peça de resistência sem se submeter às condições da ação
a sua defesa na ação de Embargos do Devedor, após a de embargos, notadamente, a realização do depósito em
garantia do Juízo. garantia do juízo.
A exceção de pré-executividade somente é cabível na hipótese O Egrégio Superior Tribunal de Justiça já pacificou
em que a alegação da parte seja evidente e flagrante, aferível entendimento nesse sentido, valendo conferir o julgado a seguir:
sem maior indagação. “PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. ART. 535, II, DO CPC.
No caso vertente, as questões suscitadas pela executada às fls. VIOLAÇÃO. INEXISTÊNCIA. EXCEÇÃO DE PRÉ-
9/14 envolvem julgamento de mérito, insuscetível de apreciação EXECUTIVIDADE. INVIABILIDADE.
na estreita via da exceção de pré-executvidade, sob pena de 1. O julgador não está obrigado a enfrentar todas as teses
desvirtuar-se ,o pretendido pelo legislador. jurídicas deduzidas pelas partes, sendo suficiente que preste
Confira-se, a propósito, o julgado a seguir, in verbis: fundamentadamente a tutela jurisdicional. In casu, não obstante
"EMENTA: em sentido contrário ao pretendido pelo recorrente, constata-se
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. TRIBUTÁRIO. que a lide foi regularmente apreciada pelo Tribunal local, o que
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ- afasta a alegada violação da norma inserta no art. 535, II, do
EXECUTIVIDADE. MATÉRIA DE MÉRITO. ILEGITIMIDADE CPC.
PASSIVA. INCLUSÃO DE SÓCIO. DECRETAÇÃO DA 2. Consoante entendimento doutrinário e jurisprudencial, a
FALÊNCIA DA DEVEDORA PRINCIPAL. EFEITOS. exceção de pré-executividade é técnica processual de natureza
INADEQUAÇÃO DA VIA. excepcional, que permite ao executado a defesa de seus
1. A exceção de pré-executividade, criação jurisprudencial, não interesses independente da segurança do juízo. Por ser
pode ensejar, em substituição aos embargos com as garantias exceção e não a regra, é que só tem sido admitida quando
que lhe são próprias, senão que a discussão da nulidade formal invocada para a defesa de: 1) matérias de ordem pública, que
do título, baseada em alegação passível de apreciação mesmo permitem reconhecimento ex offício pelo juiz, tais como as
de ofício e desde que ausente a necessidade de dilação condições da ação e os pressupostos processuais; 2) matérias
probatória. que, de modo evidente, sem qualquer dúvida, demonstram “de
2. As questões, propriamente de mérito, que envolvam a plano” que o executado não tem nenhuma responsabilidade
desconstituição, sob a ótica não apenas formal, da presunção pelo débito cobrado por razões da sua inexistência, pagamento
de liquidez e certeza do titulo, devem ser discutidas na via dos ou por outras questões equivalentes.
embargos do devedor, campo próprio para ampla alegação e 3. No caso em tela, as matérias levantadas pela empresa
impugnacao, com possibilidade instrucão. configuram-se questões de mérito típicas de embargos à
A ampliacdo do campo cognitivo da excecão de pré- execução, pois demandam discussão, não estando, por isso
executividade, para além dos casos de nulidade, acarreta mesmo, previstas dentre aquelas que viabilizam a abertura da
verdadeiro desequilibrio na relacão processual entre credor e via excepcional.
4. Recurso especial provido.”
(STJ, RESP 609285/SP, rel. Min. José Delgado, 1ª Turma,
unânime, DJ 20/09/04).
In casu, improsperável a irresignação, na medida em que o
tema colocado, em sede de exceção de pré-executividade, -

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não é a proprietária da área da qual é cobrada a taxa de
ocupação, tendo sido a agravante proprietária do imóvel
somente até 02 de fevereiro 2000, data da lavratura da escritura
de compra e venda, demanda dilação probatória.
Ademais, ressalte-se que a transferência da propriedade se dá
com o registro do título definitivo no RGI competente. Assim, o RE 478410/SP, Rel. Min. Eros Grau, Tribunal Pleno, j.
documento apresentado (escritura de compra e venda), não 10/03/2010, DJe de 15/05/2010).
demonstra de plano a efetiva transferência de posse do imóvel, 3 - Apelo da União e remessa necessária desprovidos.
objeto da cobrança da taxa de ocupação, resultando tal ACÓRDÃO
irregularidade na necessidade de dilação probatória Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as
incompatível com a via da exceção de pré-executividade o que acima indicadas, decide a Terceira Turma Especializada do
obstaculiza o uso daquela medida (Súmula 393/STJ0, restando Tribunal Regional Federal da 2a Região, por unanimidade, negar
incorporada a decisão de piso. provimento ao recurso e à remessa necessária, na forma do
Diante do exposto, nego seguimento ao presente agravo de Relatório e do Voto, que ficam fazendo parte do presente
instrumento, com fulcro no artigo 557, caput, do Código de julgado.
Processo Civil. Rio de Janeiro, 8 de maio de 2012. (data do julgamento).
Publique-se. Intime-se. ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
Decorrido, in albis, o prazo recursal, certifique-se o trânsito em Juiz Federal Convocado - Relator
julgado desta decisão, baixando-se os presentes os autos à
Vara de origem, com as cautelas de praxe.
Rio, 04 de maio de 2012.
THEOPHILO MIGUEL
Juiz Federal Convocado - Relator BOLETIM: 126870

IV - APELACAO CIVEL 1998.51.01.072694-0


Nº CNJ :0072694-66.1998.4.02.5101
BOLETIM: 126869 RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
MENDES
XII - APELAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
2006.50.01.009879-1 NACIONAL
Nº CNJ :0009879-61.2006.4.02.5001 APELADO :MARIA CECILIA DE QUEIROZ
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO ESTEVES
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO ADVOGADO :SEM ADVOGADO
MENDES ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DE
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA EXECUÇÃO FISCAL - RJ
NACIONAL (9800726942)
APELADO :HZM SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO
E MONTAGENS LTDA EMENTA
ADVOGADOS :SANTUZZA DA COSTA PEREIRA APELAÇÃO – EXECUÇÃO FISCAL – PRESCRIÇÃO
AZEREDO E OUTROS INTERCORRENTE – RECONHECIMENTO DE OFÍCIO – § 4º
REMETENTE :JUIZO DA 1A VARA FEDERAL CIVEL DO ARTIGO 40 DA LEF – LEI 11.051/04 – LEI 11.280/06 –
DE VITORIA-ES POSSIBILIDADE – INTIMAÇÃO DA FAZENDA DA
ORIGEM :1ª VARA FEDERAL CÍVEL DE SUSPENSÃO E DO ARQUIVAMENTO DA EXECUÇÃO –
VITÓRIA/ES (200650010098791) DESNECESSIDADE.
1. A previsão do § 4º do artigo 40, da Lei de Execuções Fiscais,
EMENTA autoriza o reconhecimento de ofício da prescrição intercorrente
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE após o decurso do prazo prescricional, que tem início na data
FOLHA DE SALÁRIOS. LEI Nº 8.212/91. VALE-TRANSPORTE. do despacho de arquivamento dos autos, sem baixa na
1 - O posicionamento atual dos Tribunais Superiores estabelece distribuição.
a distinção das verbas em questão por sua natureza 2. Vale observar, ainda, que a Lei 11.280, de 16/02/2006, com
remuneratória ou indenizatória, residindo nessa diferenciação o vigência a partir de 17/05/2006, alterou a redação do parágrafo
ponto chave para se saber se é ou não devida a contribuição 5º do art. 219, do CPC, de modo a autorizar o conhecimento de
previdenciária de que trata o artigo 22 da Lei nº 8.212/91 sobre ofício da prescrição em relação a qualquer matéria.
as mesmas, na medida em que, se remuneratórias, resta 3. Para efeito de caracterização de prescrição intercorrente é
autorizada a sua inclusão na base de cálculo das referidas assente na jurisprudência do E. Superior Tribunal de Justiça
contribuições previdenciárias. que basta a paralisação por mais de cinco anos,
2 - Pago o benefício de que cuida a presente ação em vale- independentemente da natureza da dívida tributária, por força
transporte ou em moeda, isso não afeta o caráter não salarial do art. 174 do CTN.
do benefício, razão pela qual a cobrança de contribuição 4. É desnecessária a intimação da Fazenda da suspensão da
previdenciária sobre o valor pago, em dinheiro, a título de vales- execução, assim como do arquivamento dos autos, que ocorre
transporte, pela empresa aos seus empregados, afronta a de modo automático após o período de 01 (um) ano de
Constituição em sua totalidade normativa. Precedente do STF: suspensão, de modo que a ausência de ato formal de
arquivamento não impede o reconhecimento posterior da
prescrição intercorrente.
5. Precedentes do STJ.
6. Apelação conhecida e não provida.
ACÓRDÃO

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Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as
acima indicadas, decide a Terceira Turma Especializada do
Tribunal Regional Federal da 2a. Região, por unanimidade,
negar provimento ao recurso, na forma do Relatório e do Voto,
que ficam fazendo parte do presente julgado.
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012. emprego, sem a prestação de serviços no período
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES correspondente, não sendo adequada a incidência da
Juiz Federal Convocado - Relator Contribuição Previdenciária sobre tal valor, porquanto não se
reveste de natureza salarial. (REsp 973436/SC, Rel. Ministro
JOSÉ DELGADO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 18/12/2007,
DJ 25/02/2008 p. 290)
6- A legislação previdenciária, conferindo ao abono de férias o
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO mesmo tratamento dispensado pela legislação trabalhista, prevê
2010.50.01.006145-0 expressamente que os valores pagos a tal título não integram o
Nº CNJ :0006145-63.2010.4.02.5001 salário-de-contribuição, para efeitos de contribuição
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO previdenciária, conforme se constata no art. 28, § 9º, e, da Lei
ALUISIO GONCALVES DE CASTRO n. 8.212/91. (STJ, EEAREsp 1010119, LUIZ FUX, PRIMEIRA
MENDES TURMA, DJE 24/02/2011).
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA 7 - A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça tem
NACIONAL entendido que as verbas pagas a título de férias possuem
APELADO :PRECISAO - ENGENHARIA E natureza salarial, razão pela qual estas devem integrar a base
ARQUITETURA LTDA de cálculo da contribuição previdenciária. (AgRg no REsp
ADVOGADO :JOSE CARLOS STEIN JUNIOR E 1042319/PR, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA,
OUTROS julgado em 02/12/2008, DJe 15/12/2008)
REMETENTE :JUIZO DA 1A VARA FEDERAL CIVEL 8- Apelo da União e a remessa necessária desprovidos.
DE VITORIA-ES
ORIGEM :1ª VARA FEDERAL CÍVEL DE ACÓRDÃO
VITÓRIA/ES (201050010061450) Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as
acima indicadas, decide a Terceira Turma Especializada do
EMENTA Tribunal Regional Federal da 2a. Região, por unanimidade,
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE negar provimento à remessa necessária e ao apelo da União,
FOLHA DE SALÁRIOS. LEI Nº 8.213/91. QUINZE PRIMEIROS na forma do Relatório e do Voto, que ficam fazendo parte do
DIAS DE AFASTAMENTO EM VIRTUDE DE DOENÇA OU presente julgado.
ACIDENTE.AUXÍLIO EDUCAÇÃO. AVISO PRÉVIO Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012. (data do julgamento).
INDENIZADO.ABONO DE FÉRIAS. ADICIONAL ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS. Juiz Federal Convocado - Relator
1- A compensação deverá observar a prescrição fazendária, a
qual, a partir da Lei Complementar nº 118/05, passou a ser de 5
anos contados a partir do pagamento indevido/antecipado,
razão pela qual se assegura, com a ordem, apenas o direito à
compensação dos valores indevidamente recolhidos nos 5 anos IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO
anteriores ao ajuizamento do presente mandamus. 2009.51.01.006582-0
2-O posicionamento atual dos Tribunais Superiores estabelece Nº CNJ :0006582-32.2009.4.02.5101
a distinção das verbas em questão por sua natureza RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
remuneratória ou indenizatória, residindo nessa diferenciação o ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO
ponto chave para se saber se é ou não devida a contribuição MENDES
previdenciária de que trata o artigo 22 da Lei nº 8.212/91 sobre APELANTES :SERV-BABY HOSPITAL MATERNO-
as mesmas, na medida em que, se remuneratórias, resta INFANTIL LTDA E OUTROS
autorizada a sua inclusão na base de cálculo das referidas ADVOGADOS :CARLOS ROBERTO DE SIQUEIRA
contribuições previdenciárias. CASTRO E OUTROS
3- Não incide contribuição previdenciária sobre o valor pago nos APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
primeiros quinze dias de afastamento do empregado em virtude NACIONAL
de enfermidade e acidente, porquanto não se trata de verbas de APELADOS :OS MESMOS
natureza remuneratória, mas sim indenizatória. Precedentes REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 30A VARA-RJ
dos Tribunais Superiores. (AgRg no REsp 1042319/PR, Rel. ORIGEM :TRIGÉSIMA VARA FEDERAL DO
Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em RIO DE JANEIRO
02/12/2008, DJe 15/12/2008) (200951010065820)
4- Não incide contribuição previdenciária sobre os valores
pagos ao empregado a título de auxílio-educação, porquanto se EMENTA
trata de verba de natureza indenizatória. (AgRg no REsp TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE
1079978 / PR, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS,SEGUNDA FOLHA DE SALÁRIOS. LEI Nº 8.212/91. QUINZE PRIMEIROS
TURMA, julgado em 21/10/2008, Dje 12/11/2008) DIAS DE AFASTAMENTO EM VIRTUDE DE DOENÇA OU
5- O aviso prévio indenizado constitui verba garantida ao ACIDENTE. AUXÍLIO-CRECHE. ADICIONAL
empregado, como indenização pela dispensa imediata do CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS. AVISO PRÉVIO
INDENIZADO. COMPENSAÇÃO.
1 - O posicionamento atual dos Tribunais Superiores estabelece
a distinção das verbas em questão por sua natureza
remuneratória ou indenizatória, residindo nessa diferenciação o
ponto chave para se saber se é ou não devida a contribuição

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previdenciária de que trata o artigo 22 da Lei nº 8.212/91 sobre
as mesmas, na medida em que, se remuneratórias, resta
autorizada a sua inclusão na base de cálculo das referidas
contribuições previdenciárias.
2 - Não incide contribuição previdenciária sobre o valor pago
nos primeiros quinze dias de afastamento do empregado em COLNAGO E OUTROS
virtude de enfermidade e acidente, porquanto não se trata de PARTE RÉ :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
verbas de natureza remuneratória, mas sim indenizatória. NACIONAL
Precedentes dos Tribunais Superiores. (AgRg no REsp REMETENTE :JUIZO DA 2A VARA FEDERAL CIVEL
1042319/PR, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, DE VITORIA-ES
julgado em 02/12/2008, DJe 15/12/2008) ORIGEM :2ª VARA FEDERAL CÍVEL DE
3 - A Súmula n. 310 do STJ é expressa no sentido de que o VITÓRIA/ES (201050010061205)
auxílio-creche não integra o salário-de-contribuição, tratando-se
de verba indenizatória paga em virtude da falta de creche EMENTA
oferecida pelo empregador, não se sujeitando à incidência da TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE
contribuição previdenciária. (EmbDivREsp n. 408.450-RS, Rel. FOLHA DE SALÁRIOS. LEI Nº 8.212/91. QUINZE PRIMEIROS
Min. Francisco Peçanha Martins, unânime, j. 09.06.04; Emb. DIAS DE AFASTAMENTO EM VIRTUDE DE DOENÇA OU
Div. em REsp n. 413.322-RS, Rel. Min. Humberto Gomes de ACIDENTE. AVISO PRÉVIO INDENIZADO. DÉCIMO
Barros, unânime, j. 26.03.03). TERCEIRO PROPORCIONAL. ABONO DE FÉRIAS. FÉRIAS
4 - O adicional de 1/3 de férias não integra o conceito de INDENIZADAS. COMPENSAÇÃO A PARTIR DA
remuneração, não havendo incidência de contribuição IMPETRAÇÃO.
previdenciária (STF, AI-AgR n.° 603.537/DF, Rel. Min. Eros 1 - O posicionamento atual dos Tribunais Superiores estabelece
Grau, T2, ac. um., DJU 30.03.2007, p. 92). a distinção das verbas em questão por sua natureza
5 - O aviso prévio indenizado constitui verba garantida ao remuneratória ou indenizatória, residindo nessa diferenciação o
empregado, como indenização pela dispensa imediata do ponto chave para se saber se é ou não devida a contribuição
emprego, sem a prestação de serviços no período previdenciária de que trata o artigo 22 da Lei nº 8.212/91 sobre
correspondente, não sendo adequada a incidência da as mesmas, na medida em que, se remuneratórias, resta
Contribuição Previdenciária sobre tal valor, porquanto não se autorizada a sua inclusão na base de cálculo das referidas
reveste de natureza salarial. (REsp 973436/SC, Rel. Ministro contribuições previdenciárias.
JOSÉ DELGADO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 18/12/2007, 2 - Não incide contribuição previdenciária sobre o valor pago
DJ 25/02/2008 p. 290) nos primeiros quinze dias de afastamento do empregado em
6 - Apelo das autoras provido, para declarar a inexistência de virtude de enfermidade e acidente, porquanto não se trata de
relação jurídico-tributária que as obrigue ao recolhimento de verbas de natureza remuneratória, mas sim indenizatória.
contribuição previdenciária incidente sobre o adicional Precedentes dos Tribunais Superiores. (AgRg no REsp
constitucional de férias, e condenar a União em honorários 1042319/PR, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA,
advocatícios de 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado da julgado em 02/12/2008, DJe 15/12/2008)
causa, além das custas integrais. Apelo da União e remessa 3 - O aviso prévio indenizado constitui verba garantida ao
necessários desprovidos. empregado, como indenização pela dispensa imediata do
ACÓRDÃO emprego, sem a prestação de serviços no período
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as correspondente, não sendo adequada a incidência da
acima indicadas, decide a Terceira Turma Especializada do Contribuição Previdenciária sobre tal valor, porquanto não se
Tribunal Regional Federal da 2a Região, por unanimidade, dar reveste de natureza salarial. (REsp 973436/SC, Rel. Ministro
provimento ao apelo das autoras e negar provimento ao recurso JOSÉ DELGADO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 18/12/2007,
da União e à remessa necessária, na forma do Relatório e do DJ 25/02/2008 p. 290)
Voto, que ficam fazendo parte do presente julgado. 4 - A natureza remuneratória dos valores pagos a título de
Rio de Janeiro, 8 de maio de 2012. (data do julgamento). décimo terceiro salário proporcional sobre o aviso-prévio
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES indenizado, e, consequentemente, a possibilidade de incidência
Juiz Federal Convocado - Relator de contribuição previdenciária sobre tal verba, são questões
pacíficas na jurisprudência. (REsp 812.871/SC, Rel. Ministro
MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado
em 07/10/2010, DJe 25/10/2010)
5 - A legislação previdenciária, conferindo ao abono de férias o
BOLETIM: 126871 mesmo tratamento dispensado pela legislação trabalhista, prevê
expressamente que os valores pagos a tal título não integram o
salário-de-contribuição, para efeitos de contribuição
IV - REMESSA EX OFFICIO EM MANDADO DE SEGURANÇA previdenciária, conforme se constata no art. 28, § 9º, e, da Lei
2010.50.01.006120-5 n. 8.212/91. (STJ, REL. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJE
Nº CNJ :0006120-50.2010.4.02.5001 24/02/2011.)
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO 6 - Não integram o salário-de-contribuição os pagamentos
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO efetuados a título de férias indenizadas, tendo em vista o
MENDES disposto no art. 28, § 9º, d, da Lei n. 8.212/91, não incidindo
PARTE :PROTEINORTE - ALIMENTOS S/A sobre tal parcela a contribuição previdenciária, conforme
AUTORA entendimento do e. STJ. (AgRg no Ag 864.191/SP, Rel. Ministro
ADVOGADOS :CLÁUDIO DE OLIVEIRA SANTOS LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, j. 14/08/2007, DJ 20/09/2007)
7 –Remessa necessária parcialmente provida, para declarar a
existência de relação jurídico tributário no que diz com a
incidência da contribuição sobre valores recolhidos a título de
décimo terceiro proporcional.
ACÓRDÃO

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Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as
acima indicadas, decide a Terceira Turma Especializada do
Tribunal Regional Federal da 2a Região, por unanimidade, dar
parcial provimento à remessa necessária, na forma do Relatório
e do Voto, que ficam fazendo parte do presente julgado.
Rio de Janeiro, 8 de maio de 2012. (data do julgamento). virtude de enfermidade e acidente, porquanto não se trata de
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES verbas de natureza remuneratória, mas sim indenizatória. (STJ,
Juiz Federal Convocado - Relator AgRg no REsp 1042319/PR, Rel. Ministro LUIZ FUX,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 02/12/2008, DJe 15/12/2008)
6 - A gratificação de produtividade trata-se de um acréscimo
patrimonial em razão do empenho especial do empregado no
resultado financeiro da empresa (produtividade), integrando sua
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO remuneração e recaindo sobre a mesma o percentual da
2010.50.01.006186-2 contribuição previdenciária. (STJ, Edcl nos EREsp 852633/SP,
Nº CNJ :0006186-30.2010.4.02.5001 1ª Seção, Ministro João Otávio de Noronha, DJ 27.08.2007)
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO 7 - A cobrança de contribuição previdenciária sobre o valor
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO pago, em dinheiro, a título de vales-transporte, pela empresa
MENDES aos seus empregados, afronta a Constituição em sua totalidade
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA normativa. (STF, RE 478410/SP, Rel. Min. Eros Grau, Tribunal
NACIONAL Pleno, j. 10/03/2010, DJe de 15/05/2010).
APELADO :MAPELLI DO BRASIL S/A 8 - Apelo da União e remessa necessária providos, em parte,
ADVOGADOS :RAPHAEL BARROSO DE AVELOIS E para declarar a existência de relação jurídico-tributária entre a
OUTRO Autora e a União no que tange ao recolhimento de contribuição
REMETENTE :JUIZO DA 2A VARA FEDERAL CIVEL previdenciária incidente sobre as parcelas pagas a título de
DE VITORIA-ES horas-extras e abono por produtividade, bem como para limitar
ORIGEM :2ª VARA FEDERAL CÍVEL DE o período da compensação aos cinco anos anteriores ao
VITÓRIA/ES (201050010061862) ajuizamento da ação.
ACÓRDÃO
EMENTA Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE acima indicadas, decide a Terceira Turma Especializada do
FOLHA DE SALÁRIOS. LEI Nº 8.212/91. ADICIONAL Tribunal Regional Federal da 2a Região, por unanimidade, dar
CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS. HORAS-EXTRAS. AVISO parcial provimento ao recurso e à remessa necessária, na forma
PRÉVIO INDENIZADO. QUINZE PRIMEIROS DIAS DE do Relatório e do Voto, que ficam fazendo parte do presente
AFASTAMENTO EM VIRTUDE DE DOENÇA. ABONOS julgado.
ASSIDUIDADE E PRODUTIVIDADE. VALE-TRANSPORTE Rio de Janeiro, 8 de maio de 2012. (data do julgamento).
PAGO EM PECÚNIA. COMPENSAÇÃO. ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
1 - O posicionamento atual dos Tribunais Superiores estabelece Juiz Federal Convocado - Relator
a distinção das verbas em questão por sua natureza
remuneratória ou indenizatória, residindo nessa diferenciação o
ponto chave para se saber se é ou não devida a contribuição
previdenciária de que trata o artigo 22 da Lei nº 8.212/91 sobre
as mesmas, na medida em que, se remuneratórias, resta XII - APELACAO EM MANDADO DE SEGURANCA
autorizada a sua inclusão na base de cálculo das referidas 2006.51.04.001877-5
contribuições previdenciárias. Nº CNJ :0001877-84.2006.4.02.5104
2 - O adicional de 1/3 de férias não integra o conceito de RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
remuneração, não havendo incidência de contribuição ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
previdenciária (STF, AI-AgR n.° 603.537/DF, Rel. Min. Eros MENDES
Grau, T2, ac. un., DJU 30.03.2007). APELANTE :IND/ DE PAPEIS SUDESTE LTDA
3 - O adicional de horas extraordinárias possui natureza ADVOGADO :ALBERTO SANTOS JUNQUEIRA DE
remuneratória, pois se trata de verba recebida pelo empregado OLIVEIRA E OUTROS
em decorrência de efetiva prestação laboral, além de sua APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
jornada ordinária, devendo incidir sobre tal verba a contribuição NACIONAL
previdenciária. (STJ, AGRESP 201001534400, HERMAN APELADO :OS MESMOS
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJE DATA: 04/02/2011.) ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DE
4 - O aviso prévio indenizado constitui verba garantida ao VOLTA REDONDA
empregado, como indenização pela dispensa imediata do (200651040018775)
emprego, sem a prestação de serviços no período
correspondente, não sendo adequada a incidência da EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Contribuição Previdenciária sobre tal valor, porquanto não se EMBARGANTE : INDÚSTRIA DE PAPÉIS SUDESTE LTDA
reveste de natureza salarial. (STJ, REsp 973436/SC, Rel. EMBARGADO : UNIÃO FEDERAL/FAZENDA NACIONAL
Ministro JOSÉ DELGADO, PRIMEIRA TURMA, julgado em ACÓRDÃO EMBGDO : ACÓRDÃO DE FLS. 273/274
18/12/2007, DJ 25/02/2008 p. 290) EMENTA
5 - Não incide contribuição previdenciária sobre o valor pago PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
nos primeiros quinze dias de afastamento do empregado em AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU
CONTRADIÇÃO. MATÉRIA DEVIDAMENTE APRECIADA
PELO ACÓRDÃO RECORRIDO. RECURSO DESPROVIDO.
PREQUESTIONAMENTO.
I – Cabem embargos de declaração quando verificada a
ocorrência, no julgamento impugnado, de qualquer dos vícios

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constantes dos incisos I e II do artigo 535 do Código de
Processo Civil (obscuridade, contradição, omissão e, por
construção pretoriana integrativa, a hipótese de erro material),
ou quando for omitido ponto sobre o qual deveria pronunciar-se
o juiz ou tribunal, não sendo meio hábil ao reexame da causa.
II – No caso em questão, inexiste omissão, contradição ou 5º do art. 219, do CPC, de modo a autorizar o conhecimento de
obscuridade, uma vez que, pela leitura do inteiro teor do ofício da prescrição em relação a qualquer matéria.
Acórdão embargado, depreende-se que este apreciou 3. Para efeito de caracterização de prescrição intercorrente é
devidamente a matéria em debate, analisando de forma assente na jurisprudência do E. Superior Tribunal de Justiça
exaustiva, clara e objetiva as questões relevantes para o que basta a paralisação por mais de cinco anos,
deslinde da controvérsia. independentemente da natureza da dívida tributária, por força
III – Para fins de prequestionamento, basta que a questão tenha do art. 174 do CTN.
sido debatida e enfrentada no corpo do acórdão, sendo 4. É desnecessária a intimação da Fazenda da suspensão da
desnecessária a indicação de dispositivo legal ou constitucional execução, assim como do arquivamento dos autos, que ocorre
(STF, RTJ 152/243; STJ, Corte Especial, RSTJ 127/36; ver de modo automático após o período de 01 (um) ano de
ainda: RSTJ 110/187). suspensão, de modo que a ausência de ato formal de
IV – Embargos de declaração desprovidos. arquivamento não impede o reconhecimento posterior da
ACÓRDÃO prescrição intercorrente.
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as 5. Precedentes do STJ.
acima indicadas, decide a Terceira Turma Especializada do 6. Apelação e remessa necessária conhecidas e não providas.
Tribunal Regional Federal da 2a Região, por unanimidade, negar ACÓRDÃO
provimento aos Embargos de Declaração, na forma do Relatório Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as
e do Voto, que ficam fazendo parte do presente julgado. acima indicadas, decide a Terceira Turma Especializada do
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012. (data do julgamento). Tribunal Regional Federal da 2a. Região, por unanimidade,
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES negar provimento ao recurso e à remessa necessária, na forma
Juiz Federal Convocado - Relator do Relatório e do Voto, que ficam fazendo parte do presente
julgado.
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012.
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
Juiz Federal Convocado - Relator
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO
1996.51.01.045973-3
Nº CNJ :0045973-48.1996.4.02.5101
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
ALUISIO GONCALVES DE CASTRO IV - APELACAO CIVEL 2003.51.01.537479-7
MENDES Nº CNJ :0537479-93.2003.4.02.5101
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
NACIONAL ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
APELADO :EMBRAVAL EMPRESA BRASILEIRA MENDES
DE VALVULAS E CONEXOES LTDA APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
ADVOGADO :JANSSEN HIROSHI MURAYAMA E NACIONAL
OUTROS APELADO :FARMACIA FLAMENGO LTDA E
APELADO :FRANCISZEK MIUCZUK E OUTRO OUTRO
ADVOGADO :SEM ADVOGADO ADVOGADO :SEM ADVOGADO
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 4A VARA DE ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DE
EXECUCAO FISCAL-RJ EXECUÇÃO FISCAL - RJ
ORIGEM :QUARTA VARA FEDERAL DE (200351015374797)
EXECUÇÃO FISCAL - RJ
(9600459738) EMENTA
APELAÇÃO – EXECUÇÃO FISCAL – PRESCRIÇÃO
EMENTA INTERCORRENTE – RECONHECIMENTO DE OFÍCIO – § 4º
APELAÇÃO – EXECUÇÃO FISCAL – PRESCRIÇÃO DO ARTIGO 40 DA LEF – LEI 11.051/04 – LEI 11.280/06 –
INTERCORRENTE – RECONHECIMENTO DE OFÍCIO – § 4º POSSIBILIDADE – INTIMAÇÃO DA FAZENDA DA
DO ARTIGO 40 DA LEF – LEI 11.051/04 – LEI 11.280/06 – SUSPENSÃO E DO ARQUIVAMENTO DA EXECUÇÃO –
POSSIBILIDADE – INTIMAÇÃO DA FAZENDA DA DESNECESSIDADE.
SUSPENSÃO E DO ARQUIVAMENTO DA EXECUÇÃO – 1. A previsão do § 4º do artigo 40, da Lei de Execuções Fiscais,
DESNECESSIDADE. autoriza o reconhecimento de ofício da prescrição intercorrente
1. A previsão do § 4º do artigo 40, da Lei de Execuções Fiscais, após o decurso do prazo prescricional, que tem início na data
autoriza o reconhecimento de ofício da prescrição intercorrente do despacho de arquivamento dos autos, sem baixa na
após o decurso do prazo prescricional, que tem início na data distribuição.
do despacho de arquivamento dos autos, sem baixa na 2. Vale observar, ainda, que a Lei 11.280, de 16/02/2006, com
distribuição. vigência a partir de 17/05/2006, alterou a redação do parágrafo
2. Vale observar, ainda, que a Lei 11.280, de 16/02/2006, com 5º do art. 219, do CPC, de modo a autorizar o conhecimento de
vigência a partir de 17/05/2006, alterou a redação do parágrafo ofício da prescrição em relação a qualquer matéria.
3. Para efeito de caracterização de prescrição intercorrente é
assente na jurisprudência do E. Superior Tribunal de Justiça
que basta a paralisação por mais de cinco anos,
independentemente da natureza da dívida tributária, por força
do art. 174 do CTN.

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4. É desnecessária a intimação da Fazenda da suspensão da
execução, assim como do arquivamento dos autos, que ocorre
de modo automático após o período de 01 (um) ano de
suspensão, de modo que a ausência de ato formal de
arquivamento não impede o reconhecimento posterior da
prescrição intercorrente. 4. A Lei nº 6.994/82, que dispõe sobre a fixação do valor das
5. Precedentes do STJ. anuidades e taxas devidas aos órgãos fiscalizadores do
6. Apelação conhecida e não provida. exercício profissional, foi recepcionada pela Constituição
ACÓRDÃO Federal de 1988, tendo fixado os limites do valor das anuidades
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as devidas aos Conselhos de Fiscalização Profissional, que não
acima indicadas, decide a Terceira Turma Especializada do têm esta previsão em lei específica, vinculando-as ao MVR.
Tribunal Regional Federal da 2a. Região, por unanimidade, 5. O valor das anuidades cobradas no presente caso teve como
negar provimento ao recurso, na forma do Relatório e do Voto, base as disposições contidas nas Leis nº 5.905/73 e nº
que ficam fazendo parte do presente julgado. 11.000/2004, razão pela qual o termo de inscrição da dívida
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012. ativa não tem amparo legal válido. Desta forma, manteve-se a
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES extinção da ação de execução fiscal.
Juiz Federal Convocado - Relator 6. Negado provimento ao recurso.
ACÓRDÃO

Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as


acima indicadas, decide a 3ª Turma Especializada do Tribunal
IV - APELACAO CIVEL 2010.51.01.521787-8 Regional Federal da 2a Região, por unanimidade, negar
Nº CNJ :0521787-10.2010.4.02.5101 provimento ao recurso, nos termos do voto do relator.
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO Rio de Janeiro, 8 de Maio de 2012 (data do julgamento).
ALUISIO GONCALVES DE CASTRO ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
MENDES Juiz Federal Convocado - Relator
APELANTE :CONSELHO REGIONAL DE
ENFERMAGEM DO RIO DE
JANEIRO - COREN/RJ
PROCURADOR :CAROLINA CARVALHO EFFGEN
APELADO :SÔNIA DOS SANTOS IV - APELACAO CIVEL 2010.51.01.526070-0
ADVOGADO :SEM ADVOGADO Nº CNJ :0526070-76.2010.4.02.5101
ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DE RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
EXECUÇÃO FISCAL - RJ ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
(201051015217878) MENDES
APELANTE :CONSELHO REGIONAL DE
EMENTA ENFERMAGEM DO RIO DE
TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO. CONSELHO JANEIRO - COREN/RJ
PROFISSIONAL – COREN/RJ. EXECUÇÃO FISCAL. VALOR ADVOGADO :CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
DAS ANUIDADES. BASE LEGAL: ART. 15, XI, DA LEI Nº OUTROS
5.905/73 E ART. 2º DA LEI Nº 11.000/2004. FIXAÇÃO POR APELADO :SONIA CIRINO DIAS
MEIO DE RESOLUÇÕES. ILEGALIDADE. VIOLAÇÃO AO ADVOGADO :SEM ADVOGADO
PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL ESTRITA. ART. 150, I, DA ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DE
CF/88. VIGÊNCIA DA LEI Nº 6.994/82. MANTIDA A EXTINÇÃO EXECUÇÃO FISCAL - RJ
SEM JULGAMENTO DE MÉRITO DA EXECUÇÃO FISCAL. (201051015260700)
NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO.
1. Tendo sido verificado pelo juízo da execução que o conselho EMENTA
agravante fixou o valor da anuidade em limite superior ao TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO. CONSELHO
estabelecido pela lei, no caso a Lei nº 6.994/82, correta a PROFISSIONAL – COREN/RJ. EXECUÇÃO FISCAL. VALOR
decisão que determinou a sua intimação para promover a DAS ANUIDADES. BASE LEGAL: ART. 15, XI, DA LEI Nº
devida retificação da Certidão de Dívida Ativa. 5.905/73 E ART. 2º DA LEI Nº 11.000/2004. FIXAÇÃO POR
2. As anuidades devidas aos Conselhos de Fiscalização MEIO DE RESOLUÇÕES. ILEGALIDADE. VIOLAÇÃO AO
Profissional possuem natureza tributária, cuja previsão PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL ESTRITA. ART. 150, I, DA
constitucional encontra-se atualmente no artigo 149 da CF/88. CF/88. VIGÊNCIA DA LEI Nº 6.994/82. MANTIDA A EXTINÇÃO
Portanto, submetem-se às limitações constitucionais ao poder SEM JULGAMENTO DE MÉRITO DA EXECUÇÃO FISCAL.
de tributar, nomeadamente ao princípio da reserva legal estrita, NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO.
previsto no artigo 150, inciso I, da Constituição Federal. 1. Tendo sido verificado pelo juízo da execução que o conselho
3. Assim, sob a égide do atual ordenamento jurídico- agravante fixou o valor da anuidade em limite superior ao
constitucional, todas as disposições legais que contenham a estabelecido pela lei, no caso a Lei nº 6.994/82, correta a
previsão de delegação da competência, aos Conselhos de decisão que determinou a sua intimação para promover a
Fiscalização Profissional, para fixar ou majorar os valores devida retificação da Certidão de Dívida Ativa.
dessas contribuições sociais especiais por meio de portarias ou 2. As anuidades devidas aos Conselhos de Fiscalização
resoluções, são inconstitucionais (art. 58, §4º, da Lei nº Profissional possuem natureza tributária, cuja previsão
9.649/98; art. 2º da Lei nº 11.000/04). constitucional encontra-se atualmente no artigo 149 da CF/88.
Portanto, submetem-se às limitações constitucionais ao poder
de tributar, nomeadamente ao princípio da reserva legal estrita,
previsto no artigo 150, inciso I, da Constituição Federal.
3. Assim, sob a égide do atual ordenamento jurídico-
constitucional, todas as disposições legais que contenham a

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previsão de delegação da competência, aos Conselhos de
Fiscalização Profissional, para fixar ou majorar os valores
dessas contribuições sociais especiais por meio de portarias ou
resoluções, são inconstitucionais (art. 58, §4º, da Lei nº
9.649/98; art. 2º da Lei nº 11.000/04).
4. A Lei nº 6.994/82, que dispõe sobre a fixação do valor das decisão que determinou a sua intimação para promover a
anuidades e taxas devidas aos órgãos fiscalizadores do devida retificação da Certidão de Dívida Ativa.
exercício profissional, foi recepcionada pela Constituição 2. As anuidades devidas aos Conselhos de Fiscalização
Federal de 1988, tendo fixado os limites do valor das anuidades Profissional possuem natureza tributária, cuja previsão
devidas aos Conselhos de Fiscalização Profissional, que não constitucional encontra-se atualmente no artigo 149 da CF/88.
têm esta previsão em lei específica, vinculando-as ao MVR. Portanto, submetem-se às limitações constitucionais ao poder
5. O valor das anuidades cobradas no presente caso teve como de tributar, nomeadamente ao princípio da reserva legal estrita,
base as disposições contidas nas Leis nº 5.905/73 e nº previsto no artigo 150, inciso I, da Constituição Federal.
11.000/2004, razão pela qual o termo de inscrição da dívida 3. Assim, sob a égide do atual ordenamento jurídico-
ativa não tem amparo legal válido. Desta forma, manteve-se a constitucional, todas as disposições legais que contenham a
extinção da ação de execução fiscal. previsão de delegação da competência, aos Conselhos de
6. Negado provimento ao recurso. Fiscalização Profissional, para fixar ou majorar os valores
ACÓRDÃO dessas contribuições sociais especiais por meio de portarias ou
resoluções, são inconstitucionais (art. 58, §4º, da Lei nº
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as 9.649/98; art. 2º da Lei nº 11.000/04).
acima indicadas, decide a 3ª Turma Especializada do Tribunal 4. A Lei nº 6.994/82, que dispõe sobre a fixação do valor das
Regional Federal da 2a Região, por unanimidade, negar anuidades e taxas devidas aos órgãos fiscalizadores do
provimento ao recurso, nos termos do voto do relator. exercício profissional, foi recepcionada pela Constituição
Rio de Janeiro, 8 de Maio de 2012 (data do julgamento). Federal de 1988, tendo fixado os limites do valor das anuidades
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES devidas aos Conselhos de Fiscalização Profissional, que não
Juiz Federal Convocado - Relator têm esta previsão em lei específica, vinculando-as ao MVR.
5. O valor das anuidades cobradas no presente caso teve como
base as disposições contidas nas Leis nº 5.905/73 e nº
11.000/2004, razão pela qual o termo de inscrição da dívida
ativa não tem amparo legal válido. Desta forma, manteve-se a
BOLETIM: 126873 extinção da ação de execução fiscal.
6. Negado provimento ao recurso.
ACÓRDÃO
IV - APELACAO CIVEL 2009.51.01.518103-1
Nº CNJ :0518103-14.2009.4.02.5101 Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO acima indicadas, decide a 3ª Turma Especializada do Tribunal
ALUISIO GONCALVES DE CASTRO Regional Federal da 2a Região, por unanimidade, negar
MENDES provimento ao recurso, nos termos do voto do relator.
APELANTE :CONSELHO REGIONAL DE Rio de Janeiro, 8 de Maio de 2012 (data do julgamento).
ENFERMAGEM DO RIO DE ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
JANEIRO - COREN/RJ Juiz Federal Convocado - Relator
ADVOGADO :CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
OUTROS
APELADO :VALDENEIDE SOUZA PINTO DE
MENDONCA
ADVOGADO :CAROLINA CARVALHO EFFGEN E IV - APELACAO CIVEL 2010.51.01.525435-8
OUTROS Nº CNJ :0525435-95.2010.4.02.5101
ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DE RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
EXECUÇÃO FISCAL - RJ ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
(200951015181031) MENDES
APELANTE :CONSELHO REGIONAL DE
EMENTA ENFERMAGEM DO RIO DE
TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO. CONSELHO JANEIRO - COREN/RJ
PROFISSIONAL – COREN/RJ. EXECUÇÃO FISCAL. VALOR ADVOGADO :CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
DAS ANUIDADES. BASE LEGAL: ART. 15, XI, DA LEI Nº OUTROS
5.905/73 E ART. 2º DA LEI Nº 11.000/2004. FIXAÇÃO POR APELADO :CHRISTIANE DOS SANTOS
MEIO DE RESOLUÇÕES. ILEGALIDADE. VIOLAÇÃO AO OLIVEIRA
PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL ESTRITA. ART. 150, I, DA ADVOGADO :SEM ADVOGADO
CF/88. VIGÊNCIA DA LEI Nº 6.994/82. MANTIDA A EXTINÇÃO ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DE
SEM JULGAMENTO DE MÉRITO DA EXECUÇÃO FISCAL. EXECUÇÃO FISCAL - RJ
NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO. (201051015254358)
1. Tendo sido verificado pelo juízo da execução que o conselho
agravante fixou o valor da anuidade em limite superior ao EMENTA
estabelecido pela lei, no caso a Lei nº 6.994/82, correta a TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO. CONSELHO
PROFISSIONAL – COREN/RJ. EXECUÇÃO FISCAL. VALOR
DAS ANUIDADES. BASE LEGAL: ART. 15, XI, DA LEI Nº
5.905/73 E ART. 2º DA LEI Nº 11.000/2004. FIXAÇÃO POR
MEIO DE RESOLUÇÕES. ILEGALIDADE. VIOLAÇÃO AO
PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL ESTRITA. ART. 150, I, DA

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CF/88. VIGÊNCIA DA LEI Nº 6.994/82. MANTIDA A EXTINÇÃO
SEM JULGAMENTO DE MÉRITO DA EXECUÇÃO FISCAL.
NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO.
1. Tendo sido verificado pelo juízo da execução que o conselho
agravante fixou o valor da anuidade em limite superior ao
estabelecido pela lei, no caso a Lei nº 6.994/82, correta a TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO. CONSELHO
decisão que determinou a sua intimação para promover a PROFISSIONAL – COREN/RJ. EXECUÇÃO FISCAL. VALOR
devida retificação da Certidão de Dívida Ativa. DAS ANUIDADES. BASE LEGAL: ART. 15, XI, DA LEI Nº
2. As anuidades devidas aos Conselhos de Fiscalização 5.905/73 E ART. 2º DA LEI Nº 11.000/2004. FIXAÇÃO POR
Profissional possuem natureza tributária, cuja previsão MEIO DE RESOLUÇÕES. ILEGALIDADE. VIOLAÇÃO AO
constitucional encontra-se atualmente no artigo 149 da CF/88. PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL ESTRITA. ART. 150, I, DA
Portanto, submetem-se às limitações constitucionais ao poder CF/88. VIGÊNCIA DA LEI Nº 6.994/82. MANTIDA A EXTINÇÃO
de tributar, nomeadamente ao princípio da reserva legal estrita, SEM JULGAMENTO DE MÉRITO DA EXECUÇÃO FISCAL.
previsto no artigo 150, inciso I, da Constituição Federal. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO.
3. Assim, sob a égide do atual ordenamento jurídico- 1. Tendo sido verificado pelo juízo da execução que o conselho
constitucional, todas as disposições legais que contenham a agravante fixou o valor da anuidade em limite superior ao
previsão de delegação da competência, aos Conselhos de estabelecido pela lei, no caso a Lei nº 6.994/82, correta a
Fiscalização Profissional, para fixar ou majorar os valores decisão que determinou a sua intimação para promover a
dessas contribuições sociais especiais por meio de portarias ou devida retificação da Certidão de Dívida Ativa.
resoluções, são inconstitucionais (art. 58, §4º, da Lei nº 2. As anuidades devidas aos Conselhos de Fiscalização
9.649/98; art. 2º da Lei nº 11.000/04). Profissional possuem natureza tributária, cuja previsão
4. A Lei nº 6.994/82, que dispõe sobre a fixação do valor das constitucional encontra-se atualmente no artigo 149 da CF/88.
anuidades e taxas devidas aos órgãos fiscalizadores do Portanto, submetem-se às limitações constitucionais ao poder
exercício profissional, foi recepcionada pela Constituição de tributar, nomeadamente ao princípio da reserva legal estrita,
Federal de 1988, tendo fixado os limites do valor das anuidades previsto no artigo 150, inciso I, da Constituição Federal.
devidas aos Conselhos de Fiscalização Profissional, que não 3. Assim, sob a égide do atual ordenamento jurídico-
têm esta previsão em lei específica, vinculando-as ao MVR. constitucional, todas as disposições legais que contenham a
5. O valor das anuidades cobradas no presente caso teve como previsão de delegação da competência, aos Conselhos de
base as disposições contidas nas Leis nº 5.905/73 e nº Fiscalização Profissional, para fixar ou majorar os valores
11.000/2004, razão pela qual o termo de inscrição da dívida dessas contribuições sociais especiais por meio de portarias ou
ativa não tem amparo legal válido. Desta forma, manteve-se a resoluções, são inconstitucionais (art. 58, §4º, da Lei nº
extinção da ação de execução fiscal. 9.649/98; art. 2º da Lei nº 11.000/04).
6. Negado provimento ao recurso. 4. A Lei nº 6.994/82, que dispõe sobre a fixação do valor das
ACÓRDÃO anuidades e taxas devidas aos órgãos fiscalizadores do
exercício profissional, foi recepcionada pela Constituição
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as Federal de 1988, tendo fixado os limites do valor das anuidades
acima indicadas, decide a 3ª Turma Especializada do Tribunal devidas aos Conselhos de Fiscalização Profissional, que não
Regional Federal da 2a Região, por unanimidade, negar têm esta previsão em lei específica, vinculando-as ao MVR.
provimento ao recurso, nos termos do voto do relator. 5. O valor das anuidades cobradas no presente caso teve como
Rio de Janeiro, 8 de Maio de 2012 (data do julgamento). base as disposições contidas nas Leis nº 5.905/73 e nº
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES 11.000/2004, razão pela qual o termo de inscrição da dívida
Juiz Federal Convocado - Relator ativa não tem amparo legal válido. Desta forma, manteve-se a
extinção da ação de execução fiscal.
6. Negado provimento ao recurso.
ACÓRDÃO
IV - APELACAO CIVEL 2010.51.01.519419-2 Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as
Nº CNJ :0519419-28.2010.4.02.5101 acima indicadas, decide a 3ª Turma Especializada do Tribunal
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO Regional Federal da 2a Região, por unanimidade, negar
ALUISIO GONCALVES DE CASTRO provimento ao recurso, nos termos do voto do relator.
MENDES Rio de Janeiro, 8 de Maio de 2012 (data do julgamento).
APELANTE :CONSELHO REGIONAL DE ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
ENFERMAGEM DO RIO DE Juiz Federal Convocado - Relator
JANEIRO - COREN/RJ
PROCURADOR :CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
OUTROS
APELADO :SEBASTIANA LINO DE CASTRO
SANTANA IV - APELACAO CIVEL 2010.51.01.527121-6
ADVOGADO :SEM ADVOGADO Nº CNJ :0527121-25.2010.4.02.5101
ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DE RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
EXECUÇÃO FISCAL - RJ ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
(201051015194192) MENDES
APELANTE :CONSELHO REGIONAL DE
EMENTA ENFERMAGEM DO RIO DE
JANEIRO - COREN/RJ
ADVOGADO :CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
OUTROS
APELADO :SUELY MARTINS MUZY
ADVOGADO :SEM ADVOGADO

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DA JUSTIÇA FEDERAL DA 2ª REGIÃO
Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DE
EXECUÇÃO FISCAL - RJ
(201051015271216)

EMENTA
TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO. CONSELHO JANEIRO - COREN/RJ
PROFISSIONAL – COREN/RJ. EXECUÇÃO FISCAL. VALOR ADVOGADO :CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
DAS ANUIDADES. BASE LEGAL: ART. 15, XI, DA LEI Nº OUTROS
5.905/73 E ART. 2º DA LEI Nº 11.000/2004. FIXAÇÃO POR APELADO :REGINA BARRETO DA PAIXAO
MEIO DE RESOLUÇÕES. ILEGALIDADE. VIOLAÇÃO AO TOSTA
PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL ESTRITA. ART. 150, I, DA ADVOGADO :SEM ADVOGADO
CF/88. VIGÊNCIA DA LEI Nº 6.994/82. MANTIDA A EXTINÇÃO ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DE
SEM JULGAMENTO DE MÉRITO DA EXECUÇÃO FISCAL. EXECUÇÃO FISCAL - RJ
NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO. (201051015270509)
1. Tendo sido verificado pelo juízo da execução que o conselho
agravante fixou o valor da anuidade em limite superior ao EMENTA
estabelecido pela lei, no caso a Lei nº 6.994/82, correta a TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO. CONSELHO
decisão que determinou a sua intimação para promover a PROFISSIONAL – COREN/RJ. EXECUÇÃO FISCAL. VALOR
devida retificação da Certidão de Dívida Ativa. DAS ANUIDADES. BASE LEGAL: ART. 15, XI, DA LEI Nº
2. As anuidades devidas aos Conselhos de Fiscalização 5.905/73 E ART. 2º DA LEI Nº 11.000/2004. FIXAÇÃO POR
Profissional possuem natureza tributária, cuja previsão MEIO DE RESOLUÇÕES. ILEGALIDADE. VIOLAÇÃO AO
constitucional encontra-se atualmente no artigo 149 da CF/88. PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL ESTRITA. ART. 150, I, DA
Portanto, submetem-se às limitações constitucionais ao poder CF/88. VIGÊNCIA DA LEI Nº 6.994/82. MANTIDA A EXTINÇÃO
de tributar, nomeadamente ao princípio da reserva legal estrita, SEM JULGAMENTO DE MÉRITO DA EXECUÇÃO FISCAL.
previsto no artigo 150, inciso I, da Constituição Federal. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO.
3. Assim, sob a égide do atual ordenamento jurídico- 1. Tendo sido verificado pelo juízo da execução que o conselho
constitucional, todas as disposições legais que contenham a agravante fixou o valor da anuidade em limite superior ao
previsão de delegação da competência, aos Conselhos de estabelecido pela lei, no caso a Lei nº 6.994/82, correta a
Fiscalização Profissional, para fixar ou majorar os valores decisão que determinou a sua intimação para promover a
dessas contribuições sociais especiais por meio de portarias ou devida retificação da Certidão de Dívida Ativa.
resoluções, são inconstitucionais (art. 58, §4º, da Lei nº 2. As anuidades devidas aos Conselhos de Fiscalização
9.649/98; art. 2º da Lei nº 11.000/04). Profissional possuem natureza tributária, cuja previsão
4. A Lei nº 6.994/82, que dispõe sobre a fixação do valor das constitucional encontra-se atualmente no artigo 149 da CF/88.
anuidades e taxas devidas aos órgãos fiscalizadores do Portanto, submetem-se às limitações constitucionais ao poder
exercício profissional, foi recepcionada pela Constituição de tributar, nomeadamente ao princípio da reserva legal estrita,
Federal de 1988, tendo fixado os limites do valor das anuidades previsto no artigo 150, inciso I, da Constituição Federal.
devidas aos Conselhos de Fiscalização Profissional, que não 3. Assim, sob a égide do atual ordenamento jurídico-
têm esta previsão em lei específica, vinculando-as ao MVR. constitucional, todas as disposições legais que contenham a
5. O valor das anuidades cobradas no presente caso teve como previsão de delegação da competência, aos Conselhos de
base as disposições contidas nas Leis nº 5.905/73 e nº Fiscalização Profissional, para fixar ou majorar os valores
11.000/2004, razão pela qual o termo de inscrição da dívida dessas contribuições sociais especiais por meio de portarias ou
ativa não tem amparo legal válido. Desta forma, manteve-se a resoluções, são inconstitucionais (art. 58, §4º, da Lei nº
extinção da ação de execução fiscal. 9.649/98; art. 2º da Lei nº 11.000/04).
6. Negado provimento ao recurso. 4. A Lei nº 6.994/82, que dispõe sobre a fixação do valor das
ACÓRDÃO anuidades e taxas devidas aos órgãos fiscalizadores do
exercício profissional, foi recepcionada pela Constituição
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as Federal de 1988, tendo fixado os limites do valor das anuidades
acima indicadas, decide a 3ª Turma Especializada do Tribunal devidas aos Conselhos de Fiscalização Profissional, que não
Regional Federal da 2a Região, por unanimidade, negar têm esta previsão em lei específica, vinculando-as ao MVR.
provimento ao recurso, nos termos do voto do relator. 5. O valor das anuidades cobradas no presente caso teve como
Rio de Janeiro, 8 de Maio de 2012 (data do julgamento). base as disposições contidas nas Leis nº 5.905/73 e nº
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES 11.000/2004, razão pela qual o termo de inscrição da dívida
Juiz Federal Convocado - Relator ativa não tem amparo legal válido. Desta forma, manteve-se a
extinção da ação de execução fiscal.
6. Negado provimento ao recurso.
ACÓRDÃO
IV - APELACAO CIVEL 2010.51.01.527050-9 Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as
Nº CNJ :0527050-23.2010.4.02.5101 acima indicadas, decide a 3ª Turma Especializada do Tribunal
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO Regional Federal da 2a Região, por unanimidade, negar
ALUISIO GONCALVES DE CASTRO provimento ao recurso, nos termos do voto do relator.
MENDES Rio de Janeiro, 8 de Maio de 2012 (data do julgamento).
APELANTE :CONSELHO REGIONAL DE ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
ENFERMAGEM DO RIO DE Juiz Federal Convocado - Relator

IV - APELACAO CIVEL 2011.51.01.505282-1

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DA JUSTIÇA FEDERAL DA 2ª REGIÃO
Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
Nº CNJ :0505282-07.2011.4.02.5101
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
MENDES
APELANTE :CONSELHO REGIONAL DE
ENFERMAGEM DO RIO DE Juiz Federal Convocado - Relator
JANEIRO - COREN/RJ
ADVOGADO :CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
OUTROS
APELADO :SEBASTIANA DE SOUZA
RODRIGUES IV - APELACAO CIVEL 2010.51.01.525378-0
ADVOGADO :SEM ADVOGADO Nº CNJ :0525378-77.2010.4.02.5101
ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DE RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
EXECUÇÃO FISCAL - RJ ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
(201151015052821) MENDES
APELANTE :CONSELHO REGIONAL DE
EMENTA ENFERMAGEM DO RIO DE
TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO. CONSELHO JANEIRO - COREN/RJ
PROFISSIONAL – COREN/RJ. EXECUÇÃO FISCAL. VALOR ADVOGADO :CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
DAS ANUIDADES. BASE LEGAL: ART. 15, XI, DA LEI Nº OUTROS
5.905/73 E ART. 2º DA LEI Nº 11.000/2004. FIXAÇÃO POR APELADO :MARIA DE LOURDES CAMPOS
MEIO DE RESOLUÇÕES. ILEGALIDADE. VIOLAÇÃO AO RAMON
PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL ESTRITA. ART. 150, I, DA ADVOGADO :SEM ADVOGADO
CF/88. VIGÊNCIA DA LEI Nº 6.994/82. MANTIDA A EXTINÇÃO ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DE
SEM JULGAMENTO DE MÉRITO DA EXECUÇÃO FISCAL. EXECUÇÃO FISCAL - RJ
NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO. (201051015253780)
1. Tendo sido verificado pelo juízo da execução que o conselho
agravante fixou o valor da anuidade em limite superior ao EMENTA
estabelecido pela lei, no caso a Lei nº 6.994/82, correta a TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO. CONSELHO
decisão que determinou a sua intimação para promover a PROFISSIONAL – COREN/RJ. EXECUÇÃO FISCAL. VALOR
devida retificação da Certidão de Dívida Ativa. DAS ANUIDADES. BASE LEGAL: ART. 15, XI, DA LEI Nº
2. As anuidades devidas aos Conselhos de Fiscalização 5.905/73 E ART. 2º DA LEI Nº 11.000/2004. FIXAÇÃO POR
Profissional possuem natureza tributária, cuja previsão MEIO DE RESOLUÇÕES. ILEGALIDADE. VIOLAÇÃO AO
constitucional encontra-se atualmente no artigo 149 da CF/88. PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL ESTRITA. ART. 150, I, DA
Portanto, submetem-se às limitações constitucionais ao poder CF/88. VIGÊNCIA DA LEI Nº 6.994/82. MANTIDA A EXTINÇÃO
de tributar, nomeadamente ao princípio da reserva legal estrita, SEM JULGAMENTO DE MÉRITO DA EXECUÇÃO FISCAL.
previsto no artigo 150, inciso I, da Constituição Federal. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO.
3. Assim, sob a égide do atual ordenamento jurídico- 1. Tendo sido verificado pelo juízo da execução que o conselho
constitucional, todas as disposições legais que contenham a agravante fixou o valor da anuidade em limite superior ao
previsão de delegação da competência, aos Conselhos de estabelecido pela lei, no caso a Lei nº 6.994/82, correta a
Fiscalização Profissional, para fixar ou majorar os valores decisão que determinou a sua intimação para promover a
dessas contribuições sociais especiais por meio de portarias ou devida retificação da Certidão de Dívida Ativa.
resoluções, são inconstitucionais (art. 58, §4º, da Lei nº 2. As anuidades devidas aos Conselhos de Fiscalização
9.649/98; art. 2º da Lei nº 11.000/04). Profissional possuem natureza tributária, cuja previsão
4. A Lei nº 6.994/82, que dispõe sobre a fixação do valor das constitucional encontra-se atualmente no artigo 149 da CF/88.
anuidades e taxas devidas aos órgãos fiscalizadores do Portanto, submetem-se às limitações constitucionais ao poder
exercício profissional, foi recepcionada pela Constituição de tributar, nomeadamente ao princípio da reserva legal estrita,
Federal de 1988, tendo fixado os limites do valor das anuidades previsto no artigo 150, inciso I, da Constituição Federal.
devidas aos Conselhos de Fiscalização Profissional, que não 3. Assim, sob a égide do atual ordenamento jurídico-
têm esta previsão em lei específica, vinculando-as ao MVR. constitucional, todas as disposições legais que contenham a
5. O valor das anuidades cobradas no presente caso teve como previsão de delegação da competência, aos Conselhos de
base as disposições contidas nas Leis nº 5.905/73 e nº Fiscalização Profissional, para fixar ou majorar os valores
11.000/2004, razão pela qual o termo de inscrição da dívida dessas contribuições sociais especiais por meio de portarias ou
ativa não tem amparo legal válido. Desta forma, manteve-se a resoluções, são inconstitucionais (art. 58, §4º, da Lei nº
extinção da ação de execução fiscal. 9.649/98; art. 2º da Lei nº 11.000/04).
6. Negado provimento ao recurso. 4. A Lei nº 6.994/82, que dispõe sobre a fixação do valor das
ACÓRDÃO anuidades e taxas devidas aos órgãos fiscalizadores do
exercício profissional, foi recepcionada pela Constituição
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as Federal de 1988, tendo fixado os limites do valor das anuidades
acima indicadas, decide a 3ª Turma Especializada do Tribunal devidas aos Conselhos de Fiscalização Profissional, que não
Regional Federal da 2a Região, por unanimidade, negar têm esta previsão em lei específica, vinculando-as ao MVR.
provimento ao recurso, nos termos do voto do relator. 5. O valor das anuidades cobradas no presente caso teve como
Rio de Janeiro, 8 de Maio de 2012 (data do julgamento). base as disposições contidas nas Leis nº 5.905/73 e nº
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES 11.000/2004, razão pela qual o termo de inscrição da dívida
ativa não tem amparo legal válido. Desta forma, manteve-se a
extinção da ação de execução fiscal.
6. Negado provimento ao recurso.
ACÓRDÃO

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Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as
acima indicadas, decide a 3ª Turma Especializada do Tribunal
Regional Federal da 2a Região, por unanimidade, negar
provimento ao recurso, nos termos do voto do relator.
Rio de Janeiro, 8 de Maio de 2012 (data do julgamento).
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES NACIONAL
Juiz Federal Convocado - Relator ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL
TERESOPOLIS/RJ
(200351150005464)

AGRAVO INTERNO
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.016092-3 AGRAVANTE : CELSO FERNANDES DE SOUZA
Nº CNJ :0016092-75.2011.4.02.0000 AGRAVADO : UNIÃO FEDERAL/FAZENDA NACIONAL
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO DECISÃO AGRAVADA : DECISÃO DE FLS. 196/201
ALUISIO GONCALVES DE CASTRO EMENTA
MENDES TRIBUTÁRIO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AGRAVO
AGRAVANTE :MARISTELA NASSAR MEIRELES INTERNO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO
GUERRA E OUTROS FISCAL. SÓCIO CORESPONSÁVEL EM CDA.PRESUNÇÃO
ADVOGADO :JOSE AUGUSTO FERNANDES DE VERACIDADE. DILAÇÃO PROBATÓRIA PARA PROVA EM
RODRIGUES E OUTROS CONTRÁRIO. RECURSO DESPROVIDO.
AGRAVADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA 1. Aplicação da Súmula 83/STJ. Entendimento firmado no STJ
NACIONAL no sentido de que não é cabível Exceção de Pré-executividade
ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DO RIO em Execução Fiscal ajuizada contra sócio que figura como
DE JANEIRO (200151010112810) responsável na Certidão de Dívida Ativa - CDA, pois a
demonstração de inexistência de responsabilidade do sócio
AGRAVO INTERNO demanda a produção de provas, tendo em vista a presunção de
AGRAVANTE : MARISTELA NASSAR MEIRELES GUERRA E legitimidade da CDA. Nesse sentido: REsp. 1.110.925/SP,
OUTROS representativo de controvérsia.
AGRAVADO : UNIÃO FEDERAL/FAZENDA NACIONAL 2. Agravo Interno desprovido.
DECISÃO AGRAVADA : DECISÃO DE FLS. 58/64 ACÓRDÃO
EMENTA Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as
TRIBUTÁRIO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AGRAVO acima indicadas, decide a Terceira Turma Especializada do
INTERNO. JUROS MORATÓRIOS. ATUALIZAÇÃO DE Tribunal Regional Federal da 2a. Região, por unanimidade,
PRECATÓRIO COMPLEMENTAR. JURISPRUDÊNCIA negar provimento ao Agravo Interno, na forma do Relatório e do
ASSENTADA. RECURSO DESPROVIDO. Voto, que ficam fazendo parte do presente julgado.
1. É firme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012. (data do julgamento).
sentido de que não são devidos juros moratórios no período ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
compreendido entre a data de expedição e a data do efetivo Juiz Federal Convocado - Relator
pagamento de precatório judicial, no prazo constitucionalmente
estabelecido, entendimento que se aplica à hipótese dos autos,
por analogia.
2. Agravo Interno desprovido.
ACÓRDÃO BOLETIM: 126874
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as
acima indicadas, decide a Terceira Turma Especializada do
Tribunal Regional Federal da 2a Região, por unanimidade, negar III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2004.02.01.013293-5
provimento ao Agravo Interno, na forma do Relatório e do Voto, Nº CNJ :0013293-06.2004.4.02.0000
que ficam fazendo parte do presente julgado. RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012. (data do julgamento). ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES MENDES
Juiz Federal Convocado - Relator AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
AGRAVADO :CLAUDIO RICARDO HOLCK -
ESPOLIO
ADVOGADO :SEM ADVOGADO
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.016621-4 ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DE
Nº CNJ :0016621-94.2011.4.02.0000 EXECUÇÃO FISCAL - RJ
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO (9800708944)
ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
MENDES EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
AGRAVANTE :CELSO FERNANDES DE SOUZA EMBARGANTE : UNIÃO FEDERAL/FAZENDA NACIONAL
ADVOGADO :ROBSON DE OLIVEIRA RAMOS E EMBARGADO : CLAUDIO RICARDO HOLCK - EXPÓLIO
OUTRO ACÓRDÃO EMBGDO : ACÓRDÃO DE FLS. 343/344
AGRAVADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA EMENTA
PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU
CONTRADIÇÃO. MATÉRIA DEVIDAMENTE APRECIADA
PELO ACÓRDÃO RECORRIDO. RECURSO DESPROVIDO.
PREQUESTIONAMENTO.

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Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
I – Cabem embargos de declaração quando verificada a
ocorrência, no julgamento impugnado, de qualquer dos vícios
constantes dos incisos I e II do artigo 535 do Código de
Processo Civil (obscuridade, contradição, omissão e, por
construção pretoriana integrativa, a hipótese de erro material),
ou quando for omitido ponto sobre o qual deveria pronunciar-se II – No caso em questão, inexiste omissão, contradição ou
o juiz ou tribunal, não sendo meio hábil ao reexame da causa. obscuridade, uma vez que, pela leitura do inteiro teor do
II – No caso em questão, inexiste omissão, contradição ou Acórdão embargado, depreende-se que este apreciou
obscuridade, uma vez que, pela leitura do inteiro teor do devidamente a matéria em debate, analisando de forma
Acórdão embargado, depreende-se que este apreciou exaustiva, clara e objetiva as questões relevantes para o
devidamente a matéria em debate, analisando de forma deslinde da controvérsia.
exaustiva, clara e objetiva as questões relevantes para o III - Para fins de prequestionamento, basta que a questão tenha
deslinde da controvérsia. sido debatida e enfrentada no corpo do acórdão, sendo
III - Para fins de prequestionamento, basta que a questão tenha desnecessária a indicação de dispositivo legal ou constitucional
sido debatida e enfrentada no corpo do acórdão, sendo (STF, RTJ 152/243; STJ, Corte Especial, RSTJ 127/36; ver
desnecessária a indicação de dispositivo legal ou constitucional ainda: RSTJ 110/187).
(STF, RTJ 152/243; STJ, Corte Especial, RSTJ 127/36; ver IV – Embargos de declaração desprovidos.
ainda: RSTJ 110/187). ACÓRDÃO
IV – Embargos de declaração desprovidos. Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as
ACÓRDÃO acima indicadas, decide a Terceira Turma Especializada do
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as Tribunal Regional Federal da 2a. Região, por unanimidade,
acima indicadas, decide a Terceira Turma Especializada do negar provimento aos Embargos de Declaração, na forma do
Tribunal Regional Federal da 2a Região, por unanimidade, negar Relatório e do Voto, que ficam fazendo parte do presente
provimento aos Embargos de Declaração, na forma do Relatório julgado.
e do Voto, que ficam fazendo parte do presente julgado. Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012. (data do julgamento).
Rio de Janeiro, 15 de maio de 2012. (data do julgamento). ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES Juiz Federal Convocado - Relator
Juiz Federal Convocado - Relator

III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.016050-9


III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.004737-7 Nº CNJ :0016050-26.2011.4.02.0000
Nº CNJ :0004737-68.2011.4.02.0000 RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
ALUISIO GONCALVES DE CASTRO MENDES
MENDES AGRAVANTE :LUCINEIDE DA SILVA ALMEIDA
AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA ADVOGADO :ANTONIO CARLOS MORAD E
NACIONAL OUTROS
AGRAVADO :GAS FORTE CONSTRUTORA LTDA AGRAVADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
E OUTRO NACIONAL
ADVOGADO :SEM ADVOGADO ORIGEM :4ª VARA FEDERAL DE EXECUÇÃO
ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DE FISCAL DE VITÓRIA/ES
EXECUÇÃO FISCAL - RJ (200550010036574)
(200751015363525)
AGRAVO INTERNO
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO AGRAVANTE : LUCINEIDE DA SILVA ALMEIDA
EMBARGANTE : UNIÃO FEDERAL/FAZENDA NACIONAL AGRAVADO : UNIÃO FEDERAL/FAZENDA NACIONAL
EMBARGADO : GÁS FORTE CONSTRUTORA LTDA E DECISÃO AGRAVADA : DECISÃO DE FLS. 249/252
OUTRO EMENTA
ACÓRDÃO EMBGDO : ACÓRDÃO DE FLS. 87/88 TRIBUTÁRIO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AGRAVO
EMENTA INTERNO. AUSÊNCIA DE PEÇA OBRIGATÓRIA. ART. 525, I,
PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. DO CPC. PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE.
AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU 1.O Superior Tribunal de Justiça tem mitigado a exigência
CONTRADIÇÃO. MATÉRIA DEVIDAMENTE APRECIADA constante do artigo 525, I, do CPC nos casos em que o
PELO ACÓRDÃO RECORRIDO. RECURSO DESPROVIDO. agravante, embora não instrua o agravo com a certidão de
PREQUESTIONAMENTO. intimação da decisão recorrida, comprove, por outros meios, a
I – Cabem embargos de declaração quando verificada a tempestividade do recurso.
ocorrência, no julgamento impugnado, de qualquer dos vícios 2. Se da documentação acostada aos autos do Agravo de
constantes dos incisos I e II do artigo 535 do Código de Instrumento não for possível aferir a tempestividade do recurso,
Processo Civil (obscuridade, contradição, omissão e, por é de ser mantida a decisão agravada, que negava seguimento
construção pretoriana integrativa, a hipótese de erro material), ao agravo, por deficiência na instrução.
ou quando for omitido ponto sobre o qual deveria pronunciar-se 3. Agravo Interno desprovido.
o juiz ou tribunal, não sendo meio hábil ao reexame da causa. ACÓRDÃO
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as
acima indicadas, decide a Terceira Turma Especializada do
Tribunal Regional Federal da 2a Região, por unanimidade, negar
provimento ao Agravo Interno, na forma do Relatório e do Voto,
que ficam fazendo parte do presente julgado.

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Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
Rio de Janeiro, 15 de maio de 2012. (data do julgamento).
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
Juiz Federal Convocado - Relator

III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.012363-0 IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO


Nº CNJ :0012363-41.2011.4.02.0000 2010.51.01.005475-6
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO Nº CNJ :0005475-16.2010.4.02.5101
ALUISIO GONCALVES DE CASTRO RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
MENDES ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA MENDES
NACIONAL APELANTE :TRANSPORTE ESTRELA AZUL S/A
AGRAVADO :SILDENIR DE OLIVEIRA ADVOGADO :NELSON WILIANS FRATONI
RODRIGUES RODRIGUES E OUTROS
ADVOGADO :JOSE ROBERTO SOARES DE APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
OLIVEIRA NACIONAL
ORIGEM :OITAVA VARA FEDERAL DO RIO DE APELADO :OS MESMOS
JANEIRO (201151010125860) REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 5A VARA-RJ
ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DO RIO
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO DE JANEIRO (201051010054756)
EMBARGANTE : SILDENIR DE OLIVEIRA RODRIGUES
EMBARGADO : UNIÃO FEDERAL/FAZENDA NACIONAL EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
DECISÃO EMBGDA : DECISÃO DE FLS. 54/57 EMBARGANTE : TRANSPORTE ESTRELA AZUL S/A
EMBARGANTE : UNIÃO FEDERAL/FAZENDA NACIONAL
EMENTA EMBARGADOS : OS MESMOS
PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ACÓRDÃO EMBGDO : ACÓRDÃO DE FLS. 314/316
AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU EMENTA
CONTRADIÇÃO. MATÉRIA DEVIDAMENTE APRECIADA PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
PELA DECISÃO RECORRIDA. RECURSO DESPROVIDO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU
EFEITOS INFRINGENTES. CONTRADIÇÃO. MATÉRIA DEVIDAMENTE APRECIADA
I – Cabem embargos de declaração quando verificada a PELO ACÓRDÃO RECORRIDO. RECURSO DESPROVIDO.
ocorrência, no julgamento impugnado, de qualquer dos vícios PREQUESTIONAMENTO.
constantes dos incisos I e II do artigo 535 do Código de I – Cabem embargos de declaração quando verificada a
Processo Civil (obscuridade, contradição, omissão e, por ocorrência, no julgamento impugnado, de qualquer dos vícios
construção pretoriana integrativa, a hipótese de erro material), constantes dos incisos I e II do artigo 535 do Código de
ou quando for omitido ponto sobre o qual deveria pronunciar-se Processo Civil (obscuridade, contradição, omissão e, por
o juiz ou tribunal, não sendo meio hábil ao reexame da causa. construção pretoriana integrativa, a hipótese de erro material),
II – No caso em questão, inexiste omissão, contradição ou ou quando for omitido ponto sobre o qual deveria pronunciar-se
obscuridade, uma vez que, pela leitura do inteiro teor do o juiz ou tribunal, não sendo meio hábil ao reexame da causa.
Acórdão embargado, depreende-se que este apreciou II – No caso em questão, inexiste omissão, contradição ou
devidamente a matéria em debate, analisando de forma obscuridade, uma vez que, pela leitura do inteiro teor do
exaustiva, clara e objetiva as questões relevantes para o Acórdão embargado, depreende-se que este apreciou
deslinde da controvérsia. devidamente a matéria em debate, analisando de forma
III – Depreende-se, das alegações da parte embargante, que exaustiva, clara e objetiva as questões relevantes para o
esta pretende, na verdade, modificar a r. decisão, com a deslinde da controvérsia.
rediscussão da matéria, e não sanar omissão, contradição ou III - Para fins de prequestionamento, basta que a questão tenha
obscuridade. Note-se que, somente em raríssimas hipóteses sido debatida e enfrentada no corpo do acórdão, sendo
excepcionais, pode-se emprestar efeitos infringentes aos desnecessária a indicação de dispositivo legal ou constitucional
embargos de declaração, não sendo este o caso dos autos. (STF, RTJ 152/243; STJ, Corte Especial, RSTJ 127/36; ver
IV – Embargos de declaração desprovidos. ainda: RSTJ 110/187).
ACÓRDÃO IV – Embargos de declaração desprovidos.
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as ACÓRDÃO
acima indicadas, decide a Terceira Turma Especializada do Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as
Tribunal Regional Federal da 2a. Região, por unanimidade, acima indicadas, decide a Terceira Turma Especializada do
negar provimento aos Embargos de Declaração, na forma do Tribunal Regional Federal da 2a. Região, por unanimidade,
Relatório e do Voto, que ficam fazendo parte do presente negar provimento aos Embargos de Declaração, na forma do
julgado. Relatório e do Voto, que ficam fazendo parte do presente
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012. (data do julgamento). julgado.
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012. (data do julgamento).
Juiz Federal Convocado - Relator ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
Juiz Federal Convocado - Relator

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Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
IV - APELACAO CIVEL 2006.51.01.021690-0
Nº CNJ :0021690-09.2006.4.02.5101
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
MENDES Tribunal Regional Federal da 2a. Região, por unanimidade,
APELANTE :PROVAR NEGOCIOS DE VAREJO negar provimento aos Embargos de Declaração interpostos pela
LTDA parte autora e dar provimento aos Embargos de Declaração
ADVOGADO :LEO KRAKOWIAK E OUTROS interpostos pela União Federal/Fazenda Nacional, na forma do
APELADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA Relatório e do Voto, que ficam fazendo parte do presente
NACIONAL julgado.
ORIGEM :VIGÉSIMA TERCEIRA VARA Rio de Janeiro, 27 de março de 2012. (data do julgamento).
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
(200651010216900) Juiz Federal Convocado - Relator
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
EMBARGANTE : UNIÃO FEDERAL/FAZENDA NACIONAL
EMBARGADO : PROVAR NEGÓCIOS DE VAREJO LTDA
ACÓRDÃO EMBGDO : ACÓRDÃO DE FLS. 559/561 IV - APELACAO CIVEL 2006.51.01.021690-0
EMENTA Nº CNJ :0021690-09.2006.4.02.5101
TRIBUTÁRIO. PIS. COFINS. REPETIÇÃO DE INDÉBTO. RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
PRESCRIÇÃO. LC 118/2005. DIREITO INTERTEMPORAL. ALUISIO GONCALVES DE CASTRO
COMPENSAÇÃO. RE 566.621/RS. REPERCUSSÃO GERAL. MENDES
I - É cediço que os pressupostos de admissibilidade dos APELANTE :PROVAR NEGOCIOS DE VAREJO
embargos de declaração são a existência de obscuridade, LTDA
contradição ou omissão existente no decisum. Deve ser ADVOGADO :LEO KRAKOWIAK E OUTROS
ressaltado que esse rol determinado pelo artigo 535 do Código APELADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
de Processo Civil é taxativo, não permitindo assim, NACIONAL
interpretação extensiva do dispositivo legal. ORIGEM :VIGÉSIMA TERCEIRA VARA
II - Os Embargos de Declaração são, como regra, recurso FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
integrativo, que objetivam expungir da decisão embargada, o (200651010216900)
vício de omissão, entendida como “aquela advinda do próprio
julgado e prejudicial à compreensão de causa, e não aquela que EMENTA
entenda o embargante, ainda mais como meio transverso a QUESTÃO DE ORDEM. INTEGRAÇÃO DO JULGAMENTO,
impugnar os fundamentos da decisão recorrida“ (STJ, Edcl RETIFICAÇÃO DA CERTIDÃO DE JULGAMENTO.
REsp 351490, DJ 23/9/02). 1.Da leitura das notas taquigráficas acostadas à contracapa dos
III - Neste diapasão, há que se sublinhar, que a omissão, apta a autos, verifica-se que deu-se provimento ao recurso da União,
ensejar os aclaratórios é “aquela advinda do próprio julgamento, deixando-se de consignar que, a respeito do recurso da parte
e prejudicial à compreensão da causa, e não aquela que autora, o relator votava pelo desprovimento do recurso, eis que
entenda o embargante, ainda mais como meio transverso de se inexistente omissão, contradição ou obscuridade a sanar pela
preencher os requisitos de admissibilidade de recurso via dos embargos, sendo a pretensão da embargante, em
extraordinário” (STJ, Edcl REsp 424543, DJ 16/06/2003), verdade, a rediscussão da matéria.
mormente para os fins dos verbetes nºs 282 e 356, da Súmula 2. O voto consigna, a respeito dos embargos de declaração da
do Supremo Tribunal Federal. parte autora, que o recurso “tem por fim a pretensão, exclusiva,
IV - Não obstante, o objeto do presente recurso versa sobre de rediscutir a matéria já apreciada, de modo que a decisão se
questão submetida à Repercussão Geral que, tendo havido o adéqüe ao entendimento da embargante, o que se afigura
pronunciamento definitivo da Corte Suprema, pacifica a matéria manifestamente incabível”, negando-se, ao final, provimento ao
no âmbito de todos os Tribunais. recurso.
V – O Plenário do Supremo Tribunal Federal no RE 566.621, 3. Necessidade de acolhimento da questão de ordem, a fim de
Rel. Min. ELLEN GRACIE, julgado em 04/08/2011, conforme o que integrado o julgamento e retificada a certidão, para que
Informativo 634, resolveu a controvérsia em prol da aplicação conste: “A Turma, por unanimidade, deu provimento aos
da regra da prescrição de cinco anos, conforme a LC 118, embargos de declaração da União e negou provimento aos
publicada em 09/02/2005, para as ações ajuizadas após a embargos de declaração da parte autora, nos termos do voto do
respectiva vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de relator”.
09/06/2005. Questão de ordem acolhida.
VI – Note-se que o recurso interposto pela autora, tem por fim a ACÓRDÃO
pretensão, exclusiva, de rediscutir a matéria já apreciada, de Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as
modo que a decisão se adeque ao entendimento da acima indicadas, decide a Terceira Turma Especializada do
Embargante, o que se afigura manifestamente incabível. Tribunal Regional Federal da 2a Região, por unanimidade,
VII - Embargos de Declaração da Autora não providos. acolher a questão de ordem, na forma do Relatório e do Voto,
VIII – Embargos de Declaração da União Federal providos. que ficam fazendo parte do presente julgado.
ACÓRDÃO Rio de Janeiro, 15 de maio de 2012. (data do julgamento).
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
acima indicadas, decide a Terceira Turma Especializada do Juiz Federal Convocado - Relator

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XII - APELACAO EM MANDADO DE SEGURANCA


2006.51.02.003528-7
Nº CNJ :0003528-60.2006.4.02.5102
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
ALUISIO GONCALVES DE CASTRO BOLETIM: 126877
MENDES
APELANTE :STAFF RECURSOS HUMANOS
LTDA IV - APELACAO CIVEL 413904 2006.51.01.010222-0
ADVOGADO :NELSON WILIANS FRATONI Nº CNJ :0010222-48.2006.4.02.5101
RODRIGUES E OUTROS RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA SALETE MACCALÓZ
NACIONAL APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
APELADO :OS MESMOS NACIONAL
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 2A VARA DE APELADO :LCL CONSULTORIA E
NITEROI-RJ PARTICIPACOES LTDA
ORIGEM :2A. VARA FEDERAL - NITEROI/RJ ADVOGADO :GILBERTO FRAGA (RJ071448)
(200651020035287) ORIGEM :TRIGÉSIMA VARA FEDERAL DO
RIO DE JANEIRO
EMENTA (200651010102220)
QUESTÃO DE ORDEM. PRESCRIÇÃO FAZENDÁRIA. LC
118/05. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA PELO STF. EMENTA
EXAME DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO TRIBUTÁRIO. AÇÃO ANULATÓRIA. PEDIDO DE
EXTRAORDINÁRIO SOBRESTADO. JUÍZO DE RETRATAÇÃO PARCELAMENTO. DIVERGÊNCIA DE INFORMAÇÕES NO
POSITIVO. ART. 543-B, §3o, DO CPC. PROCESSO ADMINISTRATIVO. INTIMAÇÃO DO
I – O objeto do recurso versa sobre questão submetida à CONTRIBUINTE NO ENDEREÇO ANTIGO. INDEFERIMENTO
Repercussão Geral que, tendo havido o pronunciamento DO PEDIDO DE PARCELAMENTO PELO
definitivo da Corte Suprema, pacifica a matéria no âmbito de DESCUMPRIMENTO DA EXIGÊNCIA. INSCRIÇÃO EM DÍVIDA
todos os Tribunais. ATIVA. DOMICÍLIO FISCAL ATUALIZADO NOS CADASTROS
II – O Plenário do Supremo Tribunal Federal no RE 566.621, DA RFB. NULIDADE DA DECISÃO ADMINISTRATIVA.
Rel. Min. ELLEN GRACIE, julgado em 04/08/2011, conforme o VALIDADE DOS PAGAMENTOS EFETUADOS PELO
Informativo 634, resolveu a controvérsia em prol da aplicação CONTRIBUINTE.
da regra da prescrição de cinco anos, conforme a LC 118, 1 – Remessa necessária e apelação interposta em face de
publicada em 09/02/2005, para as ações ajuizadas após a sentença que julgou procedente em parte o pedido formulado
respectiva vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de para anular a decisão proferida nos autos do Processo
09/06/2005. Administrativo nº 13708.003171/2002-45, que excluiu a parte
VI - Na espécie, a ação foi ajuizada em 01/08/2006, já na autora de parcelamento de COFINS, CSLL e IRPJ,
vigência da LC 118/2005, de modo que a prescrição de 5 anos determinando sua reinclusão, salvo se existir outro motivo não
é contada a partir dos pagamentos antecipados, questionado nos presentes autos, anular os créditos tributários
independentemente da data da homologação tácita ou expressa objeto das inscrições em dívida ativa nº 70.605.021.004-53,
dos lançamentos, garantindo a repetição apenas para os 70.205.014.712-03 e 70.605.021.003-72, as quais não poderão
valores recolhidos até 5 anos retroativamente à propositura da constituir impedimento para a expedição de certidão positiva de
ação, a partir de 01/08/2001, estando prescritos os recolhidos débitos com efeito de negativa ou motivo para inclusão do nome
em data anterior. da parte autora no CADIN.
III– Em conformidade com o disposto no art. 543-B, § 3º, CPC, 2 – Comprovado nos autos, pelo teor do comprovante de
deve ser reformado o v. acórdão recorrido, aplicando-se ao inscrição e situação cadastral do contribuinte que, ao menos na
caso em apreço o entendimento do Supremo Tribunal Federal data de sua emissão (12/06/2003), já constava o novo endereço
acerca da prescrição fazendária nas ações ajuizadas após a do contribuinte no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica da
entrada em vigor da LC nº 118/05, limitando-se este prazo para SRF. Reputa-se inválida a intimação postal posterior a esta
os cinco anos anteriores ao ajuizamento do writ. data, recebida no endereço antigo, em que mantinha suas
IV – Questão de ordem acolhida. atividades quando protocolou o pedido de parcelamento.
ACÓRDÃO Violação do disposto no art. 23, §4º, I do Decreto nº 70.235/72.
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima 3 – A intimação da decisão que indeferiu o pedido de
indicadas, acordam os Membros da Primeira Turma parcelamento (fls. 165/166), já foi feita no endereço atualizado
Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por do contribuinte (fls. 168), o que indica que a autoridade
unanimidade, em acolher a Questão de Ordem, nos termos do administrativa consultou sua base de dados (fls. 167), mas não
Voto do Relator. o fez na primeira ocasião, em que intimou o contribuinte para
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012 (data do julgamento). apresentar a documentação por ela solicitada.
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES 4 – A nulidade do processo administrativo pelo cerceamento do
Juiz Federal Convocado - Relator direito de defesa acarreta a nulidade das inscrições do débito
em dívida ativa, as quais não podem representar óbice à
emissão de certidão positiva de débito com efeito de negativa,
nem legitimar a inscrição da parte autora no CADIN.
5 - Apelação e remessa necessária conhecidas e improvidas.
Sentença confirmada.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos, em que são partes as
acima indicadas, decidem os membros da 3ª Turma

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Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por
unanimidade, conhecer e negar provimento ao recurso
interposto e à remessa necessária, tida como interposta, nos
termos do voto da Relatora.
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012 (data do julgamento).
GERALDINE PINTO VITAL DE CASTRO pessoa jurídica imune” contida no art. 28 caput da Lei nº
Juíza Federal Convocada 9.532/97 (DJ de 11/03/2005). Tais decisões são dotadas de
eficácia erga omnes (§ 1º, do art. 11 e 28, parágrafo único da lei
9.868/99).
5 – O STF, ao reconhecer a existência de repercussão geral
(RE 566.621/RS), consubstanciou o entendimento de que a
BOLETIM: 126878 redução do prazo de 10 anos contados do fato gerador para 5
anos contados do pagamento indevido para repetição ou
compensação de indébito somente pode ser aplicado às ações
IV - APELACAO CIVEL 416318 2005.51.03.000228-6 ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja,
Nº CNJ :0000228-24.2005.4.02.5103 9 de junho de 2005. Ação ajuizada em 25/02/2005. Aplicação do
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL prazo prescricional de dez anos consoante jurisprudência do
SALETE MACCALÓZ STJ anteriormente à edição da Lei Complementar 118/2005 no
APELANTE :FUNDACAO CULTURAL DE sentido de que o prazo para repetição ou compensação do
CAMPOS indébito nos tributos sujeitos a lançamento por homologação era
ADVOGADO :CARLOS ROBERTO DE SIQUEIRA de 5 (cinco) anos (art. 168, I do CTN) a contar da homologação
CASTRO (RJ020283) E OUTROS expressa ou tácita (art. 156, VII e 150, §4º do CTN. Como, de
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA regra, a extinção do crédito tributário efetiva-se com a
NACIONAL homologação tácita, cujo prazo é de 5 (cinco) anos a contar da
APELADO :OS MESMOS ocorrência do fato gerador, tinha-se a chamada tese dos ‘cinco
ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DE mais cinco’ (RESP 1.002.932/SP, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira
CAMPOS (200551030002286) Seção, DJ de 18/12/2009).
6 – Direito à repetição do indébito tributário relativo aos valores
EMENTA de IR que incidiram nos 10 (dez) anos anteriormente ao
TRIBUTÁRIO. FUNDAÇÃO. INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO ajuizamento da lide sobre os rendimentos das aplicações
SEM FINS LUCRATIVOS. IMUNIDADE. IR. APLICAÇÕES financeiras da parte autora.
FINANCEIRAS. ABRANGÊNCIA. ART. 150, VI, ‘C’ DA CR. 7 – Recursos conhecidos. Apelação da União improvidas.
INCONSTITUCIONALIDADE DO §1º DO ART. 12, ALÍNEA ‘F’ Apelação da parte autora provida. Remessa necessária, tida por
DO §2º DO ART. 12 E DOS ARTIGOS 13 CAPUT E ARTIGO 14 interposta, parcialmente provida, apenas para reduzir a verba
E DA EXPRESSÃO ‘INCLUSIVE PESSOA JURÍDICA IMUNE’ honorária. Sentença reformada em parte.
CONTIDA NO ARTIGO 28, TODOS DA LEI Nº 9.532/97. ACÓRDÃO
PRECEDENTES DO STF COM EFICÁCIA ERGA OMNES. Vistos, relatados e discutidos os autos, em que são partes as
REPETIÇÃO DO INDÉBITO TRIBUTÁRIO. PRESCRIÇÃO acima indicadas, decidem os membros da 3ª Turma
DECENAL. Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por
1 – Pedido de suspensão da exigibilidade do crédito tributário unanimidade, conhecer dos recursos, negar provimento à
relativo ao imposto de renda sobre as futuras receitas apelação da União, dar provimento à apelação da parte autora,
financeiras de aplicações financeiras da parte autora e e dar parcial provimento à remessa necessária, tida por
condenação da parte ré à restituição dos valores de imposto de interposta, nos termos do voto da Relatora.
renda que incidiram sobre os rendimentos de aplicações Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012 (data do julgamento).
financeiras dos últimos dez anos e a condenação da parte ré a GERALDINE PINTO VITAL DE CASTRO
se abster de efetuar a retenção do tributo nas aplicações Juíza Federal Convocada
futuras.
2 – A imunidade constitucional prevista no art. 150, VI, ‘c’ da
Constituição Federal impede que incida o imposto sobre o
patrimônio, a renda ou serviços das instituições de educação,
de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os IV - APELACAO CIVEL 434668 2003.51.01.005092-8
requisitos da lei. Nº CNJ :0005092-82.2003.4.02.5101
3 – Exigência de lei ordinária apenas para estabelecer normas RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
sobre a constituição e funcionamento das referidas entidades. SALETE MACCALÓZ
Necessidade de lei complementar para regular a abrangência e APELANTE :MAERSK BRASIL(BRASMAR)LTDA
limites da imunidade (art. 146, II da CR). ADVOGADO :IVANIR JOSE TAVARES (RJ008787)
4 – Sentença proferida em consonância com a jurisprudência do E OUTROS
STF que, por meio de controle concentrado de APELADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
constitucionalidade, deferiu medida cautelar para suspender, NACIONAL
até a decisão final em ação direta, a eficácia do §1º do artigo ORIGEM :VIGÉSIMA NONA VARA FEDERAL
12, 13 caput e 14 da Lei nº 9.532/97 (ADI 1.802-3MC/DF), que DO RIO DE JANEIRO
limitam a abrangência da imunidade das instituições (200351010050928)
educacionais e assistenciais. Já no julgamento da ADI 1.758-4,
o STF declarou a inconstitucionalidade da expressão “inclusive EMENTA
TRIBUTÁRIO. AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO.
NOTIFICAÇÃO FISCAL DE LANÇAMENTO DE DÉBITO.
DIRETOR EMPREGADO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL.
INCIDÊNCIA. AÇÃO CAUTELAR. DEPÓSITO INTEGRAL DA
DÍVIDA. IMPOSSIBILIDADE DE LEVANTAMENTO.

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CONVERSÃO EM RENDA DA UNIÃO.

1– A controvérsia vertida nesta lide cinge-se à verificação


quanto ao enquadramento dos “gerentes delegados” de
sociedade por cotas de responsabilidade limitada como
empregados ou não empregados, aferindo-se, por conseguinte, Juíza Federal Convocada
a legalidade da cobrança da contribuição previdenciária sobre
as respectivas remunerações. Sentença que julgou
improcedente o pedido autoral.
2 – A fiscalização realizada pelo INSS tomou por base a
documentação apresentada pela Apelante, quais sejam, livros IV - APELACAO CIVEL 434670 2003.51.01.000113-9
Razão e Diário, Folhas de Pagamentos e Guias de Nº CNJ :0000113-77.2003.4.02.5101
Recolhimento da Previdência Social, com a conclusão de que, RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
além de os denominados gerentes não serem sócios da SALETE MACCALÓZ
empresa, as funções eram exercidas de maneira não eventual, APELANTE :MAERSK BRASIL(BRASMAR)LTDA
extraindo-se das folhas de pagamento que os mesmos ADVOGADO :GILSON FREITAS DE SOUZA
recebiam salários e não pró-labore. Salientou, ainda, que a (RJ012685) E OUTROS
nomeação e exoneração do cargo de gerente dependeria de APELADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
decisão das sócias (pessoas jurídicas), tendo os gerentes a NACIONAL
obrigação de prestar contas quanto ao resultado da sua ORIGEM :VIGÉSIMA NONA VARA FEDERAL
administração, consoante Relatório Fiscal das NFLDs adunados DO RIO DE JANEIRO
às fls. 427/430 e 478/483. (200351010001139)
3 – O contrato social da empresa e suas alterações (fls. 54/85)
informa que a Apelante foi constituída sob a forma de sociedade EMENTA
por quotas de responsabilidade limitada, figurando como sócias TRIBUTÁRIO. AÇÃO CAUTELAR. DEPÓSITO DO MONTANTE
as empresas Apomar Participações Ltda. e Maersk Line Limited. CONTROVERTIDO. SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO
Consta, também, cláusula determinando que a forma de CRÉDITO TRIBUTÁRIO. INSCRIÇÃO NO CADIN.
remuneração dos gerentes seria mensal e estipulado pelas CONVERSÃO DO DEPÓSITO EM RENDA DA UNIÃO APÓS O
sócias (cláusula 5ª, § 1º do contrato social – fls. 70). TRÂNSITO EM JULGADO.
4 – A sociedade por quotas de responsabilidade limitada, 1 – A ação cautelar preparatória objetiva afastar a exigibilidade
consoante Decreto nº 3.708, de 1919, deve ser administrada do crédito tributário, mediante depósito judicial da quantia
pela figura do sócio-gerente. Conquanto haja a possibilidade de devida a título de contribuição social, relativa ao período de
delegação desses poderes a terceiro não sócio, chamado de maio de 1996 a setembro de 2000, até decisão final na Ação
‘gerente-delegado’, é de se entender que a determinação legal Ordinária nº 200351010050928, além da não inscrição da
de poderes de gerência apenas aos sócios acarreta empresa no CADIN e expedição de certidão de regularidade
subordinação direta ao gerente-delegado, que ostenta, assim, o fiscal.
status de empregado. Não existe nesse tipo societário a pessoa 2 – Apesar de a presente demanda ter sido ajuizada em
do diretor não empregado, pois o sócio ou era sócio-cotista ou apartado à ação principal, trata-se de medida cautelar que deve
era sócio-gerente. A designação de terceiro não integrante do observar o desfecho daquela demanda e, uma vez realizado o
quadro da sociedade para assumir o cargo deveria ser feito depósito do montante integral da dívida em discussão,
necessariamente na qualidade de empregado da empresa. consectário lógico é a suspensão da exigibilidade do crédito
5 – Higidez das NFLDs nºs 35.107.940-8 e 35.107.941-6, tributário (art. 151, II do Código Tributário Nacional), o que
porquanto não comprovada qualquer irregularidade na abrange a pretensão de não ser promovida sua inscrição no
autuação. Devida a contribuição pela empresa sobre as CADIN, garantindo-se a expedição de certidão de regularidade
remunerações pagas as diretores empregados. fiscal, em caso de inexistirem outros débitos fiscais.
6 – O levantamento do depósito recursal de 30% do valor da 3 - As medidas cautelares não se constituem em ações
dívida (fls. 234/235), requisito de admissibilidade do recurso na autônomas, tanto que o art. 806 do CPC determina a
esfera administrativa, não se mostra plausível. Conforme se propositura de ação principal no prazo de 30 dias, contados da
extrai da ação cautelar em apenso, a Apelante efetuou o data da efetivação da medida cautelar, quando esta for
depósito do valor complementar do débito em discussão, a fim concedida em procedimento preparatório, tal como o presente,
de suspender a exigibilidade do crédito tributário. Não há, pois, sob pena de cessação da eficácia daquela (art. 808, I do CPC).
valor depositado em excesso para que haja a E isso porque a ação cautelar não visa à antecipação dos
restituição/compensação, eis que a improcedência da presente efeitos da tutela, mas sim garantir a efetividade do processo
ação traz, por consequência, a conversão do depósito integral principal. A conversão do depósito em renda da União somente
em renda da União. se ultimará com o trânsito em julgado.
7 – Apelação conhecida e improvida. Sentença confirmada. 4 – Apelação conhecida e provida em parte. Sentença
ACÓRDÃO reformada para assegurar o direito subjetivo do contribuinte a
Vistos, relatados e discutidos os autos, em que são partes as efetuar o depósito, que visa a suspender a exigibilidade do
acima indicadas, decidem os membros da 3ª Turma crédito tributário até o trânsito em julgado da ação principal.
Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por ACÓRDÃO
unanimidade, conhecer e negar provimento à Apelação, nos Vistos, relatados e discutidos os autos, em que são partes as
termos do voto da Relatora. acima indicadas, decidem os membros da 3ª Turma
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012 (data do julgamento). Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por
GERALDINE PINTO VITAL DE CASTRO unanimidade, conhecer e dar parcial provimento ao recurso, nos
termos do voto da Relatora.
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012 (data do julgamento).
GERALDINE PINTO VITAL DE CASTRO
Juíza Federal Convocada

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BOLETIM: 126879

7 – Majoração dos honorários advocatícios, ante as


IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 482402 peculiaridades do caso concreto, aplicação do juízo de
2003.50.01.008556-4 equidade, além das circunstâncias previstas nas alíneas do § 3º
Nº CNJ :0008556-26.2003.4.02.5001 do art. 20 do CPC.
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL 8 – Recursos conhecidos. Apelação da parte Autora provida.
SALETE MACCALÓZ Apelação da União e remessa necessária improvidas. Sentença
APELANTE :VIXTRADING INDUSTRIA alterada apenas em relação à verba honorária.
COMERCIO IMPORTACAO E ACÓRDÃO
EXPORTACAO LTDA Vistos, relatados e discutidos os autos, em que são partes as
ADVOGADO :MARINELMA CANAL (ES007357) E acima indicadas, decidem os membros da 3ª Turma
OUTROS Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA unanimidade, conhecer dos recursos, dar provimento à
NACIONAL apelação da parte Autora e negar provimento à apelação da
APELADO :OS MESMOS União Federal/Fazenda Nacional e à remessa necessária, nos
REMETENTE :JUIZO DA 2A VARA FEDERAL CIVEL termos do voto da Relatora.
DE VITORIA-ES Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012 (data do julgamento).
ORIGEM :2ª VARA FEDERAL CÍVEL DE GERALDINE PINTO VITAL DE CASTRO
VITÓRIA/ES (200350010085564) Juíza Federal Convocada
EMENTA
TRIBUTÁRIO. LEI Nº 9.964/2000. REFIS. MULTA DE
CONTROLE ADMINISTRATIVO DECORRENTE DE TRIBUTO
COM FATO GERADOR ANTERIOR À ADESÃO. NÃO IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 474563
INCLUSÃO NO REFIS. DESCONFIGURADA HIPÓTESE DE 2006.50.01.012313-0
EXCLUSÃO. ANULAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO. Nº CNJ :0012313-23.2006.4.02.5001
1 – Ação ordinária que tem por objetivo desconstituir o ato RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
administrativo que excluiu o contribuinte do Programa de SALETE MACCALÓZ
Recuperação Fiscal – REFIS, instituído pela Lei nº 9.964/2000. APELANTE :VIXTRADING INDUSTRIA
2 – A Portaria do Comitê Gestor do Programa de Recuperação COMERCIO IMPORTACAO E
Fiscal nº 121, de 07 de abril de 2003, com fundamento no art. EXPORTACAO LTDA
5º, inciso I, da Lei nº. 9.964/2000, indicou como causa de ADVOGADO :MARINELMA CANAL (ES007357) E
exclusão da empresa a ausência de prestação de garantia, nos OUTROS
termos do §4º do art. 3º da Lei nº 9964/2000, uma vez que o APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
valor consolidado do débito supera R$ 500.000,00. NACIONAL
3 – Restou comprovado que a parte Autora arrolou os bens do APELADO :OS MESMOS
Ativo Permanente (fl. 175), como substitutivo da garantia, na REMETENTE :JUIZO DA 2A VARA FEDERAL CIVEL
forma prevista na Resolução CG/REFIS nº 02/2000, o que foi DE VITORIA-ES
corroborado pelo parecer do Procurador da Fazenda Nacional ORIGEM :2ª VARA FEDERAL CÍVEL DE
(fl. 129). Todavia, a autoridade manteve a exclusão, porém por VITÓRIA/ES (200650010123130)
motivo diverso, a inadimplência, face a existência de dívida em
situação ativa. EMENTA
4 – Diversamente, porém, faz prova o extrato da conta REFIS TRIBUTÁRIO. TRANSFERÊNCIA AUTOMÁTICA DO VALOR
de fls. 223/226 que indica o pagamento das parcelas no período CONSOLIDADO DO REFIS PARA O PAES. INADEQUAÇÃO.
de 31/01/2001 a 31/05/2004 sem qualquer atraso, donde não se ATO DE EXCLUSÃO DO REFIS DESCONSTITUÍDO NA
justificar a exclusão pelo motivo apresentado. CAUSA CONEXA. MANUTENÇÃO NO PAES EM RELAÇÃO A
5 – A multa de controle administrativo de importação que UMA INSCRIÇÃO NA DÍVIDA ATIVA.
originou a inscrição em dívida ativa nº. 72.6.03.001346-00, 1 – Ação ordinária que tem por objetivo determinar que o valor
posteriromente à adesão ao REFIS, refere-se a débito não consolidado e transferido ao PAES retorne ao REFIS,
lançado no ano de 1998, cujo valor deveria ter sido mantendo-se a empresa no PAES apenas no que tange à sua
automaticamente incluído no parcelamento, assim como manifesta opção. Ação distribuída por dependência ao Processo
ocorreu com o próprio tributo devido e outra multa de mesma nº 2003.5001.008556-4, em razão de conexão, através da qual
natureza, a teor do que dispõem o §3º do art. 2º da Lei nº se busca a nulidade do ato administrativo que excluiu o
9.964/00 e art. 6º da Resolução do CG/Refis nº 05, de contribuinte do REFIS.
16/08/2000. 2 – Reconhecida a ilegalidade do ato administrativo de exclusão
6 – O ato administrativo de exclusão do contribuinte no REFIS do REFIS, bem como o direito da autora em permanecer no
deve ser desconstituído, porquanto não restou comprovado que programa, resta concluir que deve ser desfeita a transferência
a parte Autora tenha descumprido qualquer exigência legal, seja do correspondente saldo para o PAES. As parcelas mensais
em relação à prestação de garantia, seja quanto a eventual recolhidas pela autora não são insuficientes – o que se explica
inadimplemento. simplesmente porque continuou pagando em separado cada um
dos parcelamentos, observando a proporção dos débitos
tributários neles incluídos. Anulado o ato de exclusão do PAES,
no qual a autora tem direito a ser mantida, enquanto honrar com
os requisitos legais.
3 – Contudo, a multa que veio a ocasionar a exclusão da autora

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do REFIS foi incluída por ela no PAES, relativa à inscrição na
Dívida Ativa sob o nº. 72.6.03.001346-00, e essa situação deve
ser mantida.
4 – Remessa necessária e apelações conhecidas e improvidas.
Sentença confirmada.
ACÓRDÃO 2. Entendimento claramente firmado, no sentido de que com o
Vistos, relatados e discutidos os autos, em que são partes as redirecionamento da execução impõe-se ao executado que
acima indicadas, decidem os membros da 3ª Turma figurar no título executivo o ônus de demonstrar a inexistência
Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por de sua responsabilidade tributária. O prosseguimento da
unanimidade, conhecer e negar provimento à remessa execução foi determinado para permitir o redirecionamento da
necessária e aos recursos, nos termos do voto da Relatora. execução, cabendo ao juízo a quo a regular condução do
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012 (data do julgamento). processo. O princípio da ampla defesa e o devido processo
GERALDINE PINTO VITAL DE CASTRO legal foi devidamente observado por este Tribunal, uma vez que
Juíza Federal Convocada as partes legalmente representadas apresentaram a defesa em
contrarrazões ao recurso de apelação da União e, regulamente
intimadas do acórdão, os embargos de declaração foram
devidamente opostos.
3. A ausência do nome do advogado na publicação, que se
BOLETIM: 126880 limitou, em simples petição, a requerer a baixa da penhora, não
causou qualquer prejuízo à parte que nestes autos foi
indiretamente defendida por outro patrono e, uma vez que
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 2000.51.01.513165-6 regularmente intimada opôs os devidos embargos de
Nº CNJ :0513165-88.2000.4.02.5101 declaração.
RELATOR :Desembargadora Federal SALETE 4. Embargos de declaração não providos.
MACCALÓZ ACÓRDÃO
APELANTE :UNIÃO FEDERAL / FAZENDA Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as
NACIONAL acima indicadas: Decidem os membros da 3ª Turma
APELADO :GRAFICA E EDITORA SOUZA MAIA Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por
LTDA unanimidade, negar provimento aos embargos de declaração,
ADVOGADO :Luiz Octavio D. R. De Andrade na forma do voto da Relatora.
APELADO :ALEXANDRE LUIS MENEZES Rio de Janeiro, ____ de _________________ de 2011 (data do
GONCALVES julgamento).
ADVOGADO :Jose Paulo Dos Santos E Outro SALETE Maria Polita MACCALÓZ
APELADO :PAULO ROBERTO DE SOUZA E Relatora
OUTROS
ADVOGADO :Sem Advogado
APELADO :EDUARDO ALBERTO MAIA
GONÇALVES
ADVOGADO : Andre Soares Travessa BOLETIM: 126882
ORIGEM :6ª Vara Federal De Execução Fiscal -
RJ (200051015131656)
XII - APELACAO EM MANDADO DE SEGURANCA
EMENTA 2007.51.01.003811-9
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM QUE NÃO SE Nº CNJ :0003811-52.2007.4.02.5101
CONTEMPLA NENHUMA DAS HIPÓTESES DE SEU Relatora :Desembargadora Federal SALETE
CABIMENTO. O PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO FOI MACCALÓZ
DETERMINADO PARA PERMITIR O REDIRECIONAMENTO APELANTE :LOJAS AMERICANAS S/A
DA EXECUÇÃO, IMPONDO-SE AO EXECUTADO QUE Advogado :Gerson Stocco de Siqueira
FIGURAR NO TÍTULO EXECUTIVO O ÔNUS DA PROVA DA (RJ002403P)
INEXISTÊNCIA DE RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. AO APELADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
JUÍZO A QUO CABE A CONDUÇÃO DO PROCESSO. NACIONAL
PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA E DO DEVIDO PROCESSO ORIGEM :23ª Vara Federal do Rio de Janeiro
LEGAL DEVIDAMENTE OBSERVADO. AUSÊNCIA DE NOME (200751010038119)
DE ADVOGADO NA PUBLICAÇÃO, QUE SE LIMITOU A
JUNTAR SIMPLES PETIÇÃO, NÃO CAUSOU PREJUÍZO À EMENTA
PARTE. TRIBUTÁRIO. IRPJ E CSLL. BASE DE CÁLCULO.
1. Ao examinar a petição dos embargos de declaração constata- ABATIMENTO DE CRÉDITOS DO PIS/COFINS. REGIME NÃO
se que nela não se contempla nenhuma das hipóteses de seu CUMULATIVO. §10 DO ARTIGO 3º DA LEI Nº 10.833/03.
cabimento, insertas nos incisos I e II, do artigo 535, do CPC. Ao INAPLICABILIDADE
contrário do que alega o ora embargada, não há no acórdão 1.Discute-se no presente mandamus o reconhecimento do
guerreado qualquer omissão a ensejar declaração. direito à exclusão do valor referente aos créditos do PIS e da
O recurso de apelação da União Federal foi provido para anular COFINS, da base de cálculo da CSLL e do IRPJ, decorrente do
a sentença que extinguiu a execução fiscal e determinar o sistema não cumulativo, com fundamento no § 10, do artigo 3º
prosseguimento da execução, ao entendimento de que: da Lei nº 10.833/03.
2. A jurisprudência do STJ sobre a questão em debate,
manifesta-se no sentido de que o § 10, do artigo 3º, da Lei nº
10.833/03, não institui nenhuma hipótese de exclusão do lucro
líquido, para fins de apuração das bases tributáveis do IRPJ e
da CSLL, ou seja os créditos estruturais de PIS e COFINS

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decorrentes do sistema não cumulativo adotado pela Lei nº
10.833/03 não podem ser excluídos da base de cálculo do IRPJ
e da CSLL por ausência de previsão legal, sob pena de violação
do artigo 111 do CTN, segundo o qual as exclusões tributárias
interpretam-se literalmente.
3. O § 10, do artigo 3º, da Lei nº 10.833/03 tem o objetivo AGRDO : SERGIO GOMES FERNANDES
específico de evitar a não cumulatividade relativamente às ADV : SEM ADVOGADO
contribuições do PIS e da COFINS, em nada interferindo na
apuração do IRPJ e da CSLL, submetidos que estão a distintos 00004 2012.02.01.005547-0 AG RJ 212011
fatos geradores. CNJ : 0005547-09.2012.4.02.0000 03.12 -
4.Recurso de apelação não provido. DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
ACÓRDÃO RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as AGRTE : CONSELHO REGIONAL DE
acima indicadas: Decidem os membros da 3ª Turma ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO -
Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por COREN/RJ
unanimidade, negar provimento ao recurso, na forma do voto da ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
Relatora. OUTROS
Rio de Janeiro, ____ de _________________ de 2012 (data do AGRDO : ADYNEIA SILVIA CUTRIM
julgamento). ADV : SEM ADVOGADO
SALETE Maria Polita MACCALÓZ
Relatora 00005 2012.02.01.005217-1 AG RJ 211821
CNJ : 0005217-12.2012.4.02.0000 03.11 -
CRÉDITO TRIBUTÁRIO - TRIBUTÁRIO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
AGRTE : ALL NATIONS COMÉRCIO EXTERIOR S/
SUBSECRETARIA DA 4A.TURMA ESPECIALIZADA A
ADV : PRISCILLA ABBOUD OLIVEIRA PONCE
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
4a.TURMA ESPECIALIZADA
00006 2012.02.01.004968-8 AG ES 211635
PAUTA DE JULGAMENTOS CNJ : 0004968-61.2012.4.02.0000 03.12 -
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
Determino a inclusão dos processos abaixo relacionados RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
na Pauta de Julgamentos ORDINARIA do dia 29 de MAIO de AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
2012, TERÇA-FEIRA, às 13:00 horas, podendo, entretanto, AGRDO : DUMARSE MINERACAO LTDA E
nessa mesma Sessão ou Sessões subseqüentes, ser julgados OUTROS
os processos adiados ou constantes de Pautas já publicadas. ADV : GILDO DALTO JUNIOR
00001 2012.02.01.004976-7 AG RJ 211639 00007 2012.02.01.005118-0 AG ES 211734
CNJ : 0004976-38.2012.4.02.0000 03.12 - CNJ : 0005118-42.2012.4.02.0000 03.12 -
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
AGRDO : ANTONIO MONTEIRO AGRDO : BCA - SERVICOS CONTABEIS
ADV : SEM ADVOGADO SOCIEDADE CIVIL LTDA
ADV : SEM ADVOGADO
00002 2012.02.01.004953-6 AG ES 211608
CNJ : 0004953-92.2012.4.02.0000 03.12 - 00008 2011.02.01.005873-9 AG ES 199668
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO CNJ : 0005873-03.2011.4.02.0000 03.12 -
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
AGRDO : COMMENT EDITORA LTDA ME E AGRTE : SAMON SANEAMENTO E MONTAGENS
OUTRO LTDA
ADV : SEM ADVOGADO ADV : LUIZ ALFREDO PRETTI E OUTROS
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
00003 2012.02.01.005546-9 AG RJ 212012
CNJ : 0005546-24.2012.4.02.0000 03.12 - 00009 2011.02.01.002965-0 AG RJ 197551
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO CNJ : 0002965-70.2011.4.02.0000 03.04.02.01 -
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES FINSOCIAL - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
AGRTE : CONSELHO REGIONAL DE CONTRIBUIÇÕES - TRIB
ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO - RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
COREN/RJ AGRTE : ADVOCACIA FERREIRA NETO
ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E ADV : FRANCISCO FERREIRA NETO E
OUTROS OUTROS
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL

00010 2011.02.01.013870-0 AG RJ 205230


CNJ : 0013870-37.2011.4.02.0000 03.12 -
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO

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RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
AGRDO : SIRLEY COSTA GRACHET
ADV : SEM ADVOGADO

00011 2012.02.01.002648-2 AG RJ 209833


CNJ : 0002648-38.2012.4.02.0000 03.12 - 00018 2010.02.01.014199-7 AG RJ 193023
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO CNJ : 0014199-83.2010.4.02.0000 03.04.04.02 -
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES SERVIDORES INATIVOS -
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS -
AGRDO : CENTER PASSAPORTE TOP IGUAÇU RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
CALÇADOS E BOLSAS LTDA. AGRTE : UNIAO FEDERAL
ADV : SEM ADVOGADO AGRDO : FUNDAÇAO UNIVERSITARIA JOSE
BONIFACIO
00012 2011.02.01.013934-0 AG RJ 205242 ADV : NEUZA MARIA LAMY ROSARIO E
CNJ : 0013934-47.2011.4.02.0000 03.12 - OUTROS
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES 00019 2011.02.01.016957-4 AG RJ 207548
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL CNJ : 0016957-98.2011.4.02.0000 03.12 -
AGRDO : ARTUR MESSIAS DA SILVEIRA DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
ADV : IGOR ISLVA MENEZES E OUTRO RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
AGRTE : CONSELHO REGIONAL DE
00013 2011.02.01.015251-3 AG RJ 206267 ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO -
CNJ : 0015251-80.2011.4.02.0000 03.12 - COREN/RJ
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO PROC : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES OUTROS
AGRTE : SOUZA CRUZ S/A AGRDO : TADEU DE JESUS SILVA DE OLIVEIRA
ADV : OCTAVIO BULCAO NASCIMENTO E ADV : SEM ADVOGADO
OUTROS
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL 00020 2012.02.01.004918-4 AG RJ 211622
CNJ : 0004918-35.2012.4.02.0000 03.12 -
00014 2010.02.01.005031-1 AG ES 187725 DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
CNJ : 0005031-57.2010.4.02.0000 03.12 - RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO AGRTE : CONSET-RIO CONSULTORIA ESTUDOS
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES TECNICOS E REPRESENTAÇÕES LTDA
AGRTE : ANATALIA NETO FAVALESSA ADV : AFFONSO D'ANZICOURT E SILVA
ADV : ANTONIO NACIF NICOLAU E OUTROS AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
00021 2010.51.01.007307-6 (MS) AC RJ 494368
00015 2011.02.01.004789-4 AG RJ 198824 CNJ : 0007307-84.2010.4.02.5101 03.04.02 -
CNJ : 0004789-64.2011.4.02.0000 03.04.02.02 - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
COFINS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO
CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁ RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES APTE : ITAVEMA RIO VEICULOS E PECAS
AGRTE : PROSPER LOG DISTRIBUIDORA LTDA LTDA
ADV : NELSON WILIANS FRATONI ADV : BENEDICTO CELSO BENICIO E
RODRIGUES E OUTROS OUTROS
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
00016 2011.02.01.010841-0 AG RJ 202921 00022 2003.51.01.002645-8 AMS RJ 62365
CNJ : 0010841-76.2011.4.02.0000 03.12 - CNJ : 0002645-24.2003.4.02.5101 03.04.02.02 -
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO COFINS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁ
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
AGRDO : INSTITUTO METODISTA BENNETT APTE : GENERAL ELECTRIC DO BRASIL LTDA
ADV : ROBERTA DE LIMA SANTOS E OUTRO ADV : ALESSANDRA FRANCISCO DE MELO
FRANCO E OUTROS
00017 2011.02.01.011345-3 AG ES 203355 APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CNJ : 0011345-82.2011.4.02.0000 03.12 -
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO 00023 2009.51.01.523444-8 AC RJ 546732
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES CNJ : 0523444-21.2009.4.02.5101 03.04.03.02 -
AGRTE : ANTONIO CARLOS REGATTIERI CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
ADV : DORISMAR MARTINS MASIERO (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : CONSELHO REGIONAL DE
ENGENHARIA, ARQUITETURA E
AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO - CREA/RJ
ADV : MONIQUE DE CASTRO BERSOT

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BARBOSA ARDUINO E OUTROS
APDO : WANIA DE CARVALHO CALDAS
ADV : SEM ADVOGADO
ANOTAÇÕ : AGR.RET.
ES
APTE : CONSELHO REGIONAL DE
00024 2009.51.01.508157-7 AC RJ 546836 ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO
CNJ : 0508157-18.2009.4.02.5101 03.04.03.02 - COREN/RJ
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS ADV : WAGNER MELLO DOS SANTOS E
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES OUTROS
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES APDO : LUCIA HELENA MIRANDA FLORENCIO
APTE : CONSELHO REGIONAL DE ADV : SEM ADVOGADO
ENGENHARIA ARQUITETURA E
AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO DE 00029 2009.51.01.518435-4 AC RJ 546606
JANEIRO - CREA/RJ CNJ : 0518435-78.2009.4.02.5101 03.04.03.02 -
ADV : DAMIAO PEREIRA DOS SANTOS E CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
OUTROS (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
APDO : LUCIANA DINIZ DE AZEVEDO RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
ADV : SEM ADVOGADO APTE : CONSELHO REG. DE TEC. EM
ANOTAÇÕ : AGR.RET. RADIOLOGIA - 4A REGIAO/RJ
ES ADV : JULIO CESAR DO MONTE E OUTRO
APDO : SANDREIA CUNHA DOS SANTOS
00025 2012.02.01.001990-8 HC RJ 8247 ADV : SEM ADVOGADO
CNJ : 0001990-14.2012.4.02.0000 03.10 -
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA - TRIBUTÁRIO 00030 2008.51.02.004923-4 AC RJ 546809
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES CNJ : 0004923-19.2008.4.02.5102 03.04.03.02 -
IMPTE : GILBERTO SERODIO SILVA CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
IMPDO : JUIZO FEDERAL DA 2A VARA DE (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
EXECUCAO FISCAL-RJ RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
PACTE : GILBERTO SERODIO SILVA APTE : CONSELHO REGIONAL DE
ADV : SEM ADVOGADO ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO -
COREN/RJ
00026 2009.51.02.005543-3 AC RJ 546711 ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
CNJ : 0005543-94.2009.4.02.5102 03.04.03.02 - OUTROS
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS APDO : RITA DE CACIA DE OLIVEIRA DA
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES COSTA
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES ADV : SEM ADVOGADO
APTE : CONSELHO REGIONAL DE
ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO - 00031 2011.51.01.506492-6 AC RJ 546779
COREN/RJ CNJ : 0506492-93.2011.4.02.5101 03.04.03.02 -
ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
OUTROS (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
APDO : VALERIA CRISTINA DA COSTA RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
MACHADO APTE : CONSELHO REGIONAL DE
ADV : SEM ADVOGADO CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO
DE JANEIRO - CRC/RJ
00027 2009.51.01.522813-8 AC RJ 547438 ADV : DENISE REIS SANTOS HATHAWAY
CNJ : 0522813-77.2009.4.02.5101 03.04.03.02 - VIEGAS E OUTRO
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS APDO : ALEXANDRE SANTOS SOARES
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES ADV : SEM ADVOGADO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : CONSELHO REGIONAL DE 00032 2010.51.01.509412-4 AC RJ 546483
ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO - CNJ : 0509412-74.2010.4.02.5101 03.04.03.02 -
COREN/RJ CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
ADV : CLAUDIA CRISTINA AZEVEDO RAMOS (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
E OUTROS RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APDO : WALTER COSTA DE OLIVEIRA APTE : CONSELHO REGIONAL DE
ADV : SEM ADVOGADO CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO
DE JANEIRO
00028 2009.51.01.507053-1 AC RJ 547307 ADV : VANDERLUBE GUINANCIO PEREIRA
CNJ : 0507053-88.2009.4.02.5101 03.04.03.02 - NASCIMENTO E OUTRO
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS APDO : JOSE CARLOS LOPES DE FREITAS
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES ADV : SEM ADVOGADO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
00033 2010.51.01.509419-7 AC RJ 546851
CNJ : 0509419-66.2010.4.02.5101 03.04.03.02 -
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES

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APTE : CONSELHO REGIONAL DE
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO
DE JANEIRO - CRC/RJ
ADV : DENISE REIS SANTOS HATHAWAY
VIEGAS E OUTRO
APDO : MARCELLO NASCIMENTO VELASCO APTE : CONSELHO REGIONAL DE
ADV : SEM ADVOGADO ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO -
COREN/RJ
00034 2005.51.02.002971-4 AC RJ 536665 ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
CNJ : 0002971-10.2005.4.02.5102 03.04.03.02 - OUTROS
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS APDO : VERONICA COELHO VIEIRA
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES ADV : SEM ADVOGADO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : CONSELHO REGIONAL DE 00039 2010.51.01.524743-3 AC RJ 536813
ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRON. CNJ : 0524743-96.2010.4.02.5101 03.04.03.02 -
- CREA/RJ CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
ADV : LUIS EDUARDO DE ATHAYDE VIEIRA E (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
OUTROS RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APDO : JAIR PAREIRA ROCHA APTE : CONSELHO REGIONAL DE
ADV : SEM ADVOGADO ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO -
COREN/RJ
00035 2005.51.02.004550-1 AC RJ 536640 ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
CNJ : 0004550-90.2005.4.02.5102 03.04.03.02 - OUTROS
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS APDO : VENINA LOPES DE OLIVEIRA
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES ADV : SEM ADVOGADO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA 00040 2011.51.01.505246-8 AC RJ 536812
VETERINARIA DO ESTADO DO RIO DE CNJ : 0505246-62.2011.4.02.5101 03.04.03.02 -
JANEIRO - CRMV/RJ CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
ADV : MARTHA CHRISTINA MARIOTTI CLARO (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
E OUTROS RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APDO : BAUER CABRERA MARIANO APTE : CONSELHO REGIONAL DE
ADV : SEM ADVOGADO ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO -
COREN/RJ
00036 2009.51.01.522549-6 AC RJ 546627 ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
CNJ : 0522549-60.2009.4.02.5101 03.04.03.02 - OUTROS
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS APDO : SANDRA MONTE VIEIRA
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES ADV : SEM ADVOGADO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : CONSELHO REGIONAL DE 00041 2010.51.01.509568-2 AC RJ 546721
PSICOLOGIA DO RIO DE JANEIRO CNJ : 0509568-62.2010.4.02.5101 03.04.03.02 -
ADV : CELIA REGINA DO NASCIMENTO DE CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
PAULA (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
APDO : VALERIA GONCALVES DA SILVA RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
ADV : SEM ADVOGADO APTE : CONSELHO REGIONAL DE
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO
00037 2009.51.02.005544-5 AC RJ 546696 DE JANEIRO - CRC/RJ
CNJ : 0005544-79.2009.4.02.5102 03.04.03.02 - ADV : DENISE REIS SANTOS HATHAWAY
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS VIEGAS E OUTRO
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES APDO : WALTER STORINO CAVALCANTI
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES ADV : SEM ADVOGADO
APTE : CONSELHO REGIONAL DE
ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO - 00042 2010.51.01.507295-5 AC RJ 546753
COREN/RJ CNJ : 0507295-13.2010.4.02.5101 03.04.03.02 -
ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
OUTROS (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
APDO : VERONICA CRUZ DA CONCEICAO RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
ADV : SEM ADVOGADO APTE : CONSELHO REGIONAL DE
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO
00038 2009.51.02.005556-1 AC RJ 546811 DE JANEIRO
CNJ : 0005556-93.2009.4.02.5102 03.04.03.02 - ADV : DENISE REIS SANTOS HATHAWAY E
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS OUTRO
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES APDO : RENATA OLIVEIRA DE SOUZA
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES ADV : SEM ADVOGADO

00043 2010.51.01.507292-0 AC RJ 546556


CNJ : 0507292-58.2010.4.02.5101 03.04.03.02 -
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES

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RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : CONSELHO REGIONAL DE
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO
DE JANEIRO
ADV : VANDERLUBE GUINANCIO PEREIRA
NASCIMENTO E OUTRO ADV : SEM ADVOGADO
APDO : MARCUS CESAR DE OLIVEIRA
MARIATH 00049 2010.51.20.002771-5 AC RJ 547348
ADV : SEM ADVOGADO CNJ : 0002771-70.2010.4.02.5120 03.02.01 -
IRPF/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA
00044 2009.51.01.520817-6 AC RJ 545741 FÍSICA - IMPOSTOS - TRIBU
CNJ : 0520817-44.2009.4.02.5101 03.04.03.02 - RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES APDO : ROBERTO JOSE LINS MACHADO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES ADV : SEM ADVOGADO
APTE : CONSELHO REGIONAL DE
PSICOLOGIA DA 5ª REGIAO 00050 2010.51.20.002178-6 AC RJ 547215
ADV : FLAVIA ALESSANDRA DE FREITAS E CNJ : 0002178-41.2010.4.02.5120 03.04.02 -
OUTROS CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
APDO : SARA CONCELIR MONTEIRO DA SILVA CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO
ADV : SEM ADVOGADO RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
00045 2010.51.01.507447-2 AC RJ 546246 APDO : BRUMANDA AUTO PECAS LTDA
CNJ : 0507447-61.2010.4.02.5101 03.04.03.02 - ADV : SEM ADVOGADO
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES 00051 2010.51.20.002123-3 AC RJ 547175
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES CNJ : 0002123-90.2010.4.02.5120 03.02.02 -
APTE : CONSELHO REGIONAL DE IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI
DE JANEIRO RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
ADV : DENISE REIS SANTOS HATHAWAY E APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
OUTRO APDO : DECORADORA ROYAL LTDA
APDO : MARCIA MARIA FERREIRA ABRANTES ADV : SEM ADVOGADO
ADV : SEM ADVOGADO
00052 2010.51.20.002086-1 AC RJ 547123
00046 2010.51.01.509492-6 AC RJ 546190 CNJ : 0002086-63.2010.4.02.5120 03.02.02 -
CNJ : 0509492-38.2010.4.02.5101 03.04.03.02 - IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APTE : CONSELHO REGIONAL DE APDO : K V OLIVEIRA CONFECCOES ME
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO ADV : SEM ADVOGADO
DE JANEIRO
ADV : VANDERLUBE GUINANCIO PEREIRA 00053 2010.51.20.001991-3 AC RJ 544407
NASCIMENTO E OUTRO CNJ : 0001991-33.2010.4.02.5120 03.02.02 -
APDO : SERGIO DA SILVA REGO IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA
ADV : SEM ADVOGADO JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
00047 2002.51.01.535648-1 AC RJ 519234 APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CNJ : 0535648-44.2002.4.02.5101 03.12.23 - APDO : R P RODRIGUES LANCHES
SIMPLES - DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO ADV : SEM ADVOGADO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL 00054 2006.50.50.002872-0 AC ES 470572
APDO : JOHN'S IND/ COM/ E REFORMA DE CNJ : 0002872-65.2006.4.02.5050 03.11.01 -
MOVEIS LTDA ME SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE -
ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - TRIBUTÁ
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
00048 2010.51.20.001311-0 AC RJ 547373 APTE : SERGIO AMERICO MANZINI
CNJ : 0001311-48.2010.4.02.5120 03.02.02 - ADV : INGRID SILVA DE MONTEIRO PASCOAL
IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA E OUTROS
JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES ANOTAÇÕ : JUST.GRAT.
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL ES
APDO : MADEIREIRA RIO CENTRO LTDA
00055 2009.51.01.006543-0 AC RJ 546708
CNJ : 0006543-35.2009.4.02.5101 03.11.17 -
REPETIÇÃO DE INDÉBITO - CRÉDITO
TRIBUTÁRIO - TRIBUTÁRIO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES

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APTE : ALBÉRICO DOMINGOS DA SILVA FILHO
ADV : LEONARDO BRANCO DE OLIVEIRA E
OUTROS
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
ANOTAÇÕ : JUST.GRAT.
ES APDO : FACOM FABRICACAO E COM/ DE
METAIS LTDA - MASSA FALIDA
00056 2000.51.04.001985-6 AC RJ 546351 ADV : SEM ADVOGADO
CNJ : 0001985-26.2000.4.02.5104 03.02.02 -
IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA 00062 2002.51.01.511749-8 AC RJ 535364
JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI CNJ : 0511749-17.2002.4.02.5101 03.04.02.07 -
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES PIS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO
APDO : INDL/ E AGRICOLA BRACUHY LTDA RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
ADV : SEM ADVOGADO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : LIDER DISTRIBUIDORA DE
00057 2003.51.04.002589-4 AC RJ 546350 COSMETICOS LTDA
CNJ : 0002589-79.2003.4.02.5104 03.04.02.07 - ADV : ROSANA MOREIRA PRESTA
PIS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO 00063 2007.51.01.025778-4 APELREEX RJ
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES 505920
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL CNJ : 0025778-56.2007.4.02.5101 03.04.04 -
APDO : COCIJA-CONSTRUTORA LTDA CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS -
ADV : SEM ADVOGADO CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRI
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
00058 1998.51.01.058663-6 (MS) AC RJ 497843 APTE : MASTER VIGILANCIA E SEGURANCA
CNJ : 0058663-41.1998.4.02.5101 03.04.02 - LTDA
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - ADV : MONICA GONCALVES ADERNE
CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO FREITAS
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL RMTE : JUIZO FEDERAL DA 21A VARA-RJ
APDO : ABB MATERIAL MEDICO E HOSPITALAR ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
LTDA ME ES
ADV : SEM ADVOGADO
00064 2006.51.01.009383-7 APELREEX RJ
00059 2001.51.01.523793-1 APELREEX RJ 547364
546593 CNJ : 0009383-23.2006.4.02.5101 03.02.01.08 -
CNJ : 0523793-05.2001.4.02.5101 03.02.01 - INCIDÊNCIA SOBRE PROVENTOS DE
IRPF/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA PREVIDÊNCIA PRIVADA - IR
FÍSICA - IMPOSTOS - TRIBU RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL APDO : CARLOS ROBERTO ECCARD SOUZA E
APDO : OSWALDO MULE OUTROS
ADV : SEM ADVOGADO ADV : GARY DE OLIVEIRA BON ALI E OUTROS
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 4A VARA DE RMTE : JUIZO FEDERAL DA 3A VARA-RJ
EXECUCAO FISCAL-RJ ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU ES
ES
00065 2004.51.01.010227-1 AC RJ 467754
00060 2009.51.01.514105-7 AC RJ 547319 CNJ : 0010227-41.2004.4.02.5101 03.11.01 -
CNJ : 0514105-38.2009.4.02.5101 03.02.01 - SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE -
IRPF/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA CRÉDITO TRIBUTÁRIO - TRIBUTÁ
FÍSICA - IMPOSTOS - TRIBU RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES APTE : METALURGICA MOLDENOX LTDA
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL ADV : RICARDO ZINN DE CARVALHO E
APDO : LUIZ CLAUDIO PRATA PEREIRA OUTROS
ADV : MANUEL POSE GIL E OUTROS ADV : DANIEL PEGURARA BRASIL
ADV : ANELISE FLORES GOMES
00061 1999.51.04.403104-4 AC RJ 546348 ADV : EDUARDO SUZANO AVENA
CNJ : 0403104-88.1999.4.02.5104 03.02.02 - APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA
JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI 00066 2008.02.01.007763-2 CC ES 8002
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES CNJ : 0007763-79.2008.4.02.0000 03.05.07 -
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DE
AUTÔNOMOS, EMPRESÁRIOS (PRÓ-
LABORE
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
AUTOR : COMPANHIA SIDERURGICA DE
TUBARAO - CST

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ADV : IMERO DEVENS E OUTROS
RÉU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS
PROC : SEM PROCURADOR
SUSCTE : JUIZO DA 4A VARA FEDERAL DE
EXECUCAO FISCAL DE VITORIA-ES RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
SUSDO : JUIZO DA 1A VARA FEDERAL CIVEL DE APTE : BRASEIRO LTDA
VITORIA-ES ADV : JOSE ANTONIO REDER SOARES E
OUTRO
00067 2006.50.01.011856-0 AC ES 426183 APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CNJ : 0011856-88.2006.4.02.5001 03.12.01 -
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA - 00073 2008.51.01.516176-3 AC RJ 544418
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO CNJ : 0516176-47.2008.4.02.5101 03.02.11 -
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES IPTU/IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL
APTE : COMPANHIA SIDERURGICA DE URBANO - IMPOSTOS - TR
TUBARAO - CST E OUTROS RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
ADV : MARCELO PAGANI DEVENS E OUTROS APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL SOCIAL - INSS
PROC : RONALDO FRONTELMO DE ALMEIDA
00068 2006.50.01.011855-8 AC ES 426181 APDO : MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
CNJ : 0011855-06.2006.4.02.5001 03.12.01 - PROC : DANIEL BUCAR CERVASIO
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA -
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO 00074 2007.51.01.501073-2 AC RJ 490111
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES CNJ : 0501073-34.2007.4.02.5101 03.04.04.12 -
APTE : COMPANHIA SIDERURGICA DE CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE
TUBARAO - CST E OUTROS SALÁRIOS - CONTRIBUIÇÕES
ADV : MARCELO PAGANI DEVENS E OUTROS RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL APTE : JOLIMODE ROUPAS S/A
ADV : MANOEL MARQUES DA COSTA BRAGA
00069 2005.51.08.000378-0 AC RJ 485789 NETO E OUTROS
CNJ : 0000378-87.2005.4.02.5108 03.05.01 - APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
FINSOCIAL - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
TRIBUTÁRIO 00075 2006.51.01.527783-5 AC RJ 532194
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES CNJ : 0527783-28.2006.4.02.5101 03.02.02 -
APTE : MUNICIPIO DE SAQUAREMA IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA
PROC : FERNANDO FREELAND NEVES JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
00070 2004.51.01.505240-3 AC RJ 468487 APDO : NETWORK DISTRIBUIDORA DE FILMES
CNJ : 0505240-02.2004.4.02.5101 03.04.02 - S/A
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - ADV : IURI ENGEL FRANCESCUTTI E
CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO OUTROS
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : INTERNATIONAL TRAVEL SERVICES 00076 1997.51.01.076594-0 AC RJ 471722
LTDA CNJ : 0076594-91.1997.4.02.5101 03.04.04 -
ADV : LUIZ GUSTAVO ANTONIO SILVA CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS -
BICHARA E OUTROS CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRI
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
00071 2007.51.01.500676-5 AC RJ 540954 APDO : PAULO CESAR VIDAL
CNJ : 0500676-72.2007.4.02.5101 03.02.02 - ADV : MARCIO GIMENEZ CORREA
IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA
JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI 00077 2008.51.01.502913-7 AC RJ 535815
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES CNJ : 0502913-45.2008.4.02.5101 03.04.02.02 -
APTE : AMBEP ADMINISTRACAO E COFINS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
CORRETAGEM DE SEGUROS S/A CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁ
ADV : MARCELO XIMENES APOLIANO E RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
OUTRO APTE : REAL ENGENHARIA E
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL INCORPORAÇOES S/A
ADV : LUIZ ALBERTO SEIXAS MATHEUS E
00072 2004.51.12.000003-1 AC RJ 458252 OUTROS
CNJ : 0000003-11.2004.4.02.5112 03.04.02.02 - APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
COFINS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁ 00078 2004.51.01.505625-1 AC RJ 511434
CNJ : 0505625-47.2004.4.02.5101 03.12.08 -
IRPJ - DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : INSTITUTO METODISTA BENNETT
ADV : ROBERTA DE LIMA SANTOS E OUTROS

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APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL

00079 2002.51.01.514192-0 AC RJ 525519


CNJ : 0514192-38.2002.4.02.5101 03.04.05.06 -
FGTS/FUNDO DE GARANTIA POR
TEMPO DE SERVIÇO - CONTRIBU ADV : SEM ADVOGADO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF 00085 2009.51.01.002890-1 APELREEX RJ
ADV : ANA REGINA SHUENQUENER DE 521533
ARAUJO E OUTROS CNJ : 0002890-25.2009.4.02.5101 03.05.06 -
APDO : HOSPITAL CARDOSO RODRIGUES PIS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
LTDA TRIBUTÁRIO
ADV : LUIZ MARCELO PEIXOTO LUBANCO E RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
OUTROS APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : MANTECORP INDUSTRIA QUIMICA E
00080 2005.51.01.506702-2 AC RJ 496763 FARMACEUTICA LTDA
CNJ : 0506702-57.2005.4.02.5101 03.12.11 - ADV : MARIO JUNQUEIRA FRANCO JUNIOR E
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - DÍVIDA ATIVA - OUTROS
TRIBUTÁRIO RMTE : JUIZO FEDERAL DA 24A VARA-RJ
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
APTE : PINHEIRO TINTAS LTDA ES
ADV : WALTER CARLOS CONCEICAO E
OUTROS 00086 2000.51.06.002532-1 AC RJ 530473
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL CNJ : 0002532-60.2000.4.02.5106 03.04.02.02 -
COFINS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
00081 2007.51.01.023472-3 AC RJ 498072 CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁ
CNJ : 0023472-17.2007.4.02.5101 03.07.11 - RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
SALÁRIOS - CONTRIBUIÇÕES PR APDO : CIDINHA ESPOSTI PRODUCOES
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES ARTISTICAS LTDA E OUTRO
APTE : PETROLEO BRASILEIRO S/A - ADV : SEM ADVOGADO
PETROBRAS
ADV : ESIO COSTA JUNIOR E OUTROS 00087 2000.51.06.002533-3 AC RJ 530474
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL CNJ : 0002533-45.2000.4.02.5106 03.04.02 -
APDO : OS MESMOS CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO
00082 2008.50.01.003801-8 AC ES 498321 RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
CNJ : 0003801-80.2008.4.02.5001 03.02.01 - APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
IRPF/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA APDO : CIDINHA ESPOSTI PRODUCOES
FÍSICA - IMPOSTOS - TRIBU ARTISTICAS LTDA E OUTRO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES ADV : SEM ADVOGADO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : JOSE DIAS DO NASCIMENTO - 00088 2000.50.01.002897-0 AC ES 540573
ESPOLIO CNJ : 0002897-41.2000.4.02.5001 03.02.01.06 -
ADV : EDER JACOBOSKI VIEGAS E OUTROS RETIDO NA FONTE - IRPF/IMPOSTO DE
RENDA DE PESSOA FÍSI
00083 2010.51.20.001786-2 AC RJ 547119 RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
CNJ : 0001786-04.2010.4.02.5120 03.02.02 - APTE : ALVARO ANTONIO FIRME E OUTROS
IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA ADV : RICARDO CORREA DALLA E OUTROS
JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL 00089 2009.51.01.506768-4 AC RJ 516864
APDO : PADARIA E CONFEITARIA VIEIRAO CNJ : 0506768-95.2009.4.02.5101 03.14.04 -
LTDA CADASTRO DE INADIMPLENTES-CADIN -
ADV : SEM ADVOGADO PROCEDIMENTOS FISCAIS -
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
00084 2010.51.20.001362-5 AC RJ 547245 APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CNJ : 0001362-59.2010.4.02.5120 03.04.02.01 - APDO : ANTONIO MANUEL SILVA GOMES
FINSOCIAL - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - PERICO E OUTROS
CONTRIBUIÇÕES - TRIB ADV : JAIME HORACIO RIBEIRO BARBOSA E
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES OUTRO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : CIACO COMERCIO E INDUSTRIA DE 00090 2008.51.01.021064-4 AC RJ 543485
ACO LTDA CNJ : 0021064-19.2008.4.02.5101 03.02.01 -
IRPF/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA
FÍSICA - IMPOSTOS - TRIBU
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : MARISA DE SOUZA LEITE
ADV : NEY MOREIRA DA FONSECA E

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OUTROS
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL

00091 2008.51.01.018489-0 APELREEX RJ


499044
CNJ : 0018489-38.2008.4.02.5101 03.06.01 - RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
CONTRIBUIÇÕES PARA O SEBRAE, PARTEA : GE CELMA LTDA
SESC, SENAC, SENAI E OUTROS ADV : ISMAR BRITO ALENCAR E OUTRO
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES PARTER : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL RMTE : JUIZO FEDERAL DA 2A VARA DE
APDO : INFOGLOBO COMUNICACOES S/A PETROPOLIS-RJ
ADV : ALESSANDRA KRAWCZUK CRAVEIRO ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
RIBEIRO E OUTROS ES
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 21A VARA-RJ
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU 00097 2009.51.01.013043-4 REOAC RJ 514317
ES CNJ : 0013043-20.2009.4.02.5101 03.11.17 -
REPETIÇÃO DE INDÉBITO - CRÉDITO
00092 2010.50.01.001353-3 (MS) AC ES 510697 TRIBUTÁRIO - TRIBUTÁRIO
CNJ : 0001353-66.2010.4.02.5001 03.05.02 - RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
COFINS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - PARTEA : JOSE AUGUSTO DA SILVA DINIS
TRIBUTÁRIO ADV : HELIO BIZZO DA COSTA E OUTROS
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES PARTER : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APTE : DUCOCO ALIMENTOS S/A RMTE : JUIZO FEDERAL DA 30A VARA-RJ
ADV : ROBERTO GENTIL NOGUEIRA LEITE ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU JUST.GRAT.
JUNIOR E OUTROS ES
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
00098 2010.51.04.003163-1 (MS) REOAC RJ
00093 2011.02.01.008750-8 AC RJ 533679 528340
CNJ : 0008750-86.2011.4.02.9999 03.02.02 - CNJ : 0003163-58.2010.4.02.5104 03.11.01 -
IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE -
JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI CRÉDITO TRIBUTÁRIO - TRIBUTÁ
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL PARTEA : COMPANHIA SIDERURGICA NACIONAL
APDO : SELL REPRESENTAÇOES LTDA - CSN
ADV : SEM ADVOGADO ADV : SANDRO MACHADO DOS REIS E
OUTROS
00094 1997.51.01.088106-0 AC RJ 514599 PARTER : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CNJ : 0088106-71.1997.4.02.5101 03.02.02 - RMTE : JUIZO FEDERAL DA 3A VARA DE
IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA VOLTA REDONDA-RJ
JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES ES
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : SUL AMERICA INVESTIMENTOS E 00099 2011.02.01.007330-3 AG RJ 200560
PARTICIPACOES S/A CNJ : 0007330-70.2011.4.02.0000 03.12 -
ADV : LUIZ HENRIQUE BARROS DE ARRUDA DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
E OUTROS RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
AGRTE : CHISTROVAM NADAL SANT'ANNA
00095 2004.51.06.000689-7 REOAC RJ 479321 ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
CNJ : 0000689-21.2004.4.02.5106 03.11.06 - AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO -
CRÉDITO TRIBUTÁRIO - TRI 00100 2006.02.01.009408-6 AG RJ 148961
RELATOR : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES CNJ : 0009408-13.2006.4.02.0000 03.11.01 -
PARTEA : GE CELMA LTDA SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE -
ADV : ISMAR BRITO ALENCAR CRÉDITO TRIBUTÁRIO - TRIBUTÁ
PARTER : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL RELATORA : DES.FED. JULIETA LIDIA LUNZ
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 2A VARA DE PAUTA : DES. FED. LANA REGUEIRA
PETROPOLIS-RJ AGRTE : MILLS DO BRASIL ESTRUTURAS E
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU SERVICOS LTDA
ES ADV : PAULO MARIO REIS MEDEIROS E
OUTROS
00096 2004.51.06.000771-3 REOAC RJ 479320 AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CNJ : 0000771-52.2004.4.02.5106 03.11.06 -
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - 00101 2006.02.01.013396-1 AG RJ 151143
CRÉDITO TRIBUTÁRIO - TRI CNJ : 0013396-42.2006.4.02.0000 03.12.01 -
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA -
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
RELATORA : DES.FED. JULIETA LIDIA LUNZ
PAUTA : DES. FED. LANA REGUEIRA
AGRTE : VEPLAN HOTEIS E TURISMO S/A

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ADV : FERNANDO PEREZ GARRIDO
AGRDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS
PROC : SEM PROCURADOR

00102 2008.02.01.012424-5 AG RJ 168201 00107 2009.02.01.005606-2 AG RJ 175681


CNJ : 0012424-04.2008.4.02.0000 03.02.01 - CNJ : 0005606-02.2009.4.02.0000 03.02.01.08 -
IRPF/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA INCIDÊNCIA SOBRE PROVENTOS DE
FÍSICA - IMPOSTOS - TRIBU PREVIDÊNCIA PRIVADA - IR
RELATOR : J.F.CONV. GUILHERME RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
DIEFENTHAELER AGRTE : SILVIA REGINA CORREA ROCHA
PAUTA : DES. FED. LANA REGUEIRA ADV : RICARDO EURICO RIBEIRO ROCHA
AGRTE : MARIA JUDITH ANTUNES TENDLER AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
ADV : LUIZ CARLOS DE BRITO E OUTRO
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL 00108 2009.02.01.011261-2 AG ES 179197
CNJ : 0011261-52.2009.4.02.0000 03.12 -
00103 2008.02.01.014555-8 AG RJ 169317 DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
CNJ : 0014555-49.2008.4.02.0000 03.02.01.11 - RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
INCIDÊNCIA SOBRE 1/3 DE FÉRIAS (ART. AGRTE : JOAO GILBERTI SARTORIO
7º, XVII DA CF) - ADV : BRUNO RAPHAEL DUQUE MOTA E
RELATOR : J.F. CONV. CARLOS G. F. LUGONES OUTROS
PAUTA : DES. FED. LANA REGUEIRA AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
AGRTE : ANA MARIA DE OLIVEIRA VIEIRA E
OUTROS 00109 2009.02.01.009586-9 AG RJ 178043
ADV : SERGIO MARTINS DE MACEDO E CNJ : 0009586-54.2009.4.02.0000 03.12 -
OUTRO DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
00104 2008.02.01.004326-9 AG RJ 164071 AGRDO : TRIMEC AUTO MECÂNICA LTDA E
CNJ : 0004326-30.2008.4.02.0000 03.12.01 - OUTROS
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA - ADV : SEM ADVOGADO
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
RELATOR : J.F.CONV. GUILHERME 00110 2009.02.01.006951-2 AG RJ 176244
DIEFENTHAELER CNJ : 0006951-03.2009.4.02.0000 03.12.08 -
PAUTA : DES. FED. LANA REGUEIRA IRPJ - DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
AGRTE : JOSE CARLOS BARBOSA LOPES RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
ADV : SOLON C. MICHALSKI AGRTE : RADIO GLOBO ELDORADO LTDA
AGRDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO ADV : ALESSANDRA KRAWCZUK CRAVEIRO
SOCIAL - INSS E OUTROS
PROC : RAFAEL HERNANDEZ DOMINGUEZ AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
FILHO
00111 2009.02.01.005791-1 AG RJ 175795
00105 2008.02.01.005643-4 AG ES 164818 CNJ : 0005791-40.2009.4.02.0000 03.11.13.02 -
CNJ : 0005643-63.2008.4.02.0000 03.12.01 - EXPEDIÇÃO DE CERTIDÃO POSITIVA DE
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA - DÉBITO COM EFEITO DE
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
RELATOR : J.F.CONV. GUILHERME AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
DIEFENTHAELER AGRDO : CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA
PAUTA : DES. FED. LANA REGUEIRA ADV : LUIZ AMERICO DE PAULA CHAVES
AGRTE : NELIO RIBEIRO NOGUEIRA
ADV : EDUARDO MALHEIROS FONSECA E 00112 2009.02.01.017235-9 AG RJ 182987
OUTRO CNJ : 0017235-70.2009.4.02.0000 03.12 -
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
00106 2008.02.01.001600-0 AG RJ 162590 AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CNJ : 0001600-83.2008.4.02.0000 03.12.08 - AGRDO : ASTH CONFECCOES LTDA ME
IRPJ - DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO ADV : RONALDO GRANDINI CALVO
RELATOR : J.F.CONV. GUILHERME AGRDO : MARIA NILCE PIMENTA ASTH E OUTRO
DIEFENTHAELER ADV : SEM ADVOGADO
PAUTA : DES. FED. LANA REGUEIRA
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL 00113 2009.02.01.010870-0 AG RJ 178899
AGRDO : ACOUGUE DRAGAO DE ANGRA LTDA CNJ : 0010870-97.2009.4.02.0000 03.04.02.01 -
ADV : SEM ADVOGADO FINSOCIAL - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
CONTRIBUIÇÕES - TRIB
RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
AGRDO : JUNTA DE EDUCACAO RELIGIOSA E
PUBLICACOES DA CONVENCAO
BATISTA BRASILEIRA

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ADV : ITACOLOMI LIMA CARDOSO E OUTRO

00114 2006.02.01.001196-0 AG RJ 144278


CNJ : 0001196-03.2006.4.02.0000 03.12.08 -
IRPJ - DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
RELATORA : DES.FED. JULIETA LIDIA LUNZ CNJ : 0004866-49.2006.4.02.0000 03.02.01.08 -
PAUTA : DES. FED. LANA REGUEIRA INCIDÊNCIA SOBRE PROVENTOS DE
AGRTE : CHEMICAL PRODUTOS QUIMICOS PREVIDÊNCIA PRIVADA - IR
LTDA E OUTRO RELATORA : DES.FED. JULIETA LIDIA LUNZ
ADV : ANDRE DE SOUZA RIFFALD PAUTA : DES. FED. LANA REGUEIRA
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL AGRTE : ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC : MARCELO LOPES DA SILVA
00115 2004.02.01.001010-6 AG RJ 122935 AGRDO : NEILA MARIA MAIA MONDAINI
CNJ : 0001010-48.2004.4.02.0000 03.12.19 - ADV : GARY DE OLIVEIRA BON ALI E OUTROS
MULTAS - DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
RELATORA : DES.FED. JULIETA LIDIA LUNZ 00120 2010.51.20.002242-0 AC RJ 547184
PAUTA : DES. FED. LANA REGUEIRA CNJ : 0002242-51.2010.4.02.5120 03.02.02 -
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA
AGRDO : BERNARDINO ALVES DE SOUZA JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI
NETTO RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
ADV : MANOEL FRANCISCO RIBEIRO DE APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
OLIVEIRA GARCIA APDO : N D K HILAL MAGAZINE LTDA
ADV : SEM ADVOGADO
00116 2006.02.01.014320-6 AG RJ 151574
CNJ : 0014320-53.2006.4.02.0000 03.12.01 - 00121 2010.51.20.001699-7 AC RJ 541086
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA - CNJ : 0001699-48.2010.4.02.5120 03.04.02 -
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
RELATORA : DES.FED. JULIETA LIDIA LUNZ CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO
PAUTA : DES. FED. LANA REGUEIRA RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
AGRTE : RIO STAR INDUSTRIA E COMERCIO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
LTDA APDO : IGUAVE VEICULOS LTDA
ADV : EDISON FREITAS DE SIQUEIRA E ADV : SEM ADVOGADO
OUTROS
AGRDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO 00122 2003.51.04.000205-5 AC RJ 546333
SOCIAL - INSS CNJ : 0000205-46.2003.4.02.5104 03.04.02.02 -
PROC : LUCIANA ROZO BAHIA COFINS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁ
00117 2006.02.01.003044-8 AG RJ 145385 RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
CNJ : 0003044-25.2006.4.02.0000 03.12.01 - APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA - APDO : SEMOCA BEBIDASS BARRA MANSA
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO LTDA
RELATORA : DES.FED. JULIETA LIDIA LUNZ ADV : SEM ADVOGADO
PAUTA : DES. FED. LANA REGUEIRA
AGRTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO 00123 2010.51.20.001344-3 APELREEX RJ
SOCIAL - INSS 547875
PROC : SOLANGE L AZEVEDO CNJ : 0001344-38.2010.4.02.5120 03.04.02 -
AGRDO : JOSE MARINHO CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
ADV : SEM ADVOGADO CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO
RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
00118 2006.02.01.004510-5 AG ES 146229 APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CNJ : 0004510-54.2006.4.02.0000 03.12.01 - APDO : IGUALEX DE IGUACU DISTRIBUIDORA
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA - DE UTILIDADES LTDA
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO ADV : SEM ADVOGADO
RELATORA : DES.FED. JULIETA LIDIA LUNZ RMTE : JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE NOVA
PAUTA : DES. FED. LANA REGUEIRA IGUACU-RJ
AGRTE : BRAMINEX - BRASILEIRA DE ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
MARMORE EXPORTADORA S/A E ES
OUTRO
ADV : PAULO DURIC CALHEIROS E OUTRO 00124 2011.51.20.001573-0 AC RJ 545923
AGRDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO CNJ : 0001573-61.2011.4.02.5120 03.02.01 -
SOCIAL - INSS IRPF/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA
PROC : EVANDRO COELHO DE LIMA E OUTRO FÍSICA - IMPOSTOS - TRIBU
RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
00119 2006.02.01.004866-0 AG RJ 146430 APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : NADIM ELIAS FAHUR
ADV : FLAVIO DE MELO FAHUR

00125 2010.51.20.003207-3 AC RJ 547579


CNJ : 0003207-29.2010.4.02.5120 03.02.05 -

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IPI/IMPOSTO SOBRE PRODUTOS
INDUSTRIALIZADOS - IMPOSTOS -
RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : DECORADORA ROYAL LTDA
ADV : SEM ADVOGADO RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
00126 2010.51.20.001897-0 APELREEX RJ APDO : ARTEZ WESTERLEY BRASIL
547687 PRODUTOS DE BELEZA S/A
CNJ : 0001897-85.2010.4.02.5120 03.02.02 - ADV : SEM ADVOGADO
IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA
JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI 00132 2010.51.01.525430-9 AC RJ 547903
RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA CNJ : 0525430-73.2010.4.02.5101 03.04.03.02 -
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
APDO : PIZZARIA E CHOPPERIA GUIMARAES E (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
SILVEIRA RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
ADV : SEM ADVOGADO APTE : CONSELHO REGIONAL DE
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE NOVA ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO -
IGUACU-RJ COREN/RJ
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU JUST.GRAT. ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
ES OUTROS
APDO : MAURO PINHO DE SOUZA
00127 2010.51.20.001567-1 AC RJ 547772 ADV : SEM ADVOGADO
CNJ : 0001567-88.2010.4.02.5120 03.05.01 -
FINSOCIAL - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - 00133 1997.51.01.161284-5 AC RJ 540810
TRIBUTÁRIO CNJ : 0161284-53.1997.4.02.5101 03.02.02 -
RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI
APDO : ESTRELAO ARTIGOS DE LIMPEZA RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
LTDA APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
ADV : SANDRA SOARES CASTELLIANO DE APDO : SHIPPING PERITOS ASSOCIADOS
LUCENA LTDA
ADV : SEM ADVOGADO
00128 2003.51.04.000132-4 AC RJ 546369
CNJ : 0000132-74.2003.4.02.5104 03.02.02 - 00134 1996.51.01.046224-0 AC RJ 540816
IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA CNJ : 0046224-66.1996.4.02.5101 03.04.02.07 -
JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI PIS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
APDO : J O ENSINO DE IDIOMAS LTDA ME APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
ADV : SEM ADVOGADO APDO : ENGEKIL CONSULTORIA E
TECNOLOGIA LTDA E OUTRO
00129 2000.51.04.001301-5 AC RJ 546329 ADV : EDUARDO JOSE DE ARRUDA BUREGIO
CNJ : 0001301-04.2000.4.02.5104 03.04.04 - E OUTROS
CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS -
CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRI 00135 2003.51.01.509972-5 AC RJ 544480
RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA CNJ : 0509972-60.2003.4.02.5101 03.04.02 -
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
APDO : SHOPPING DOS PAES LTDA E OUTROS CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO
ADV : SEM ADVOGADO RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
00130 2011.51.13.000783-0 AC RJ 542705 APDO : ELETRO SIST/ INST/ ELETRICA
CNJ : 0000783-98.2011.4.02.5113 03.14 - AUTOMACAO E MANUTENCAO LTDA/
PROCEDIMENTOS FISCAIS - ME/
TRIBUTÁRIO ADV : SEM ADVOGADO
RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
APTE : DUHI JOSE RIBEIRO RATTO 00136 1998.51.01.065168-9 AC RJ 545110
ADV : REGINA JANIQUES CNJ : 0065168-48.1998.4.02.5101 03.04.02 -
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO
00131 1982.51.01.477589-4 AC RJ 547756 RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
CNJ : 0477589-64.1982.4.02.5101 03.04.04 - APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS - APDO : DO O MODAS E CONFECCOES LTDA
CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRI ME - MASSA FALIDA
PROC : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO

00137 2001.51.01.530514-6 AC RJ 544485


CNJ : 0530514-70.2001.4.02.5101 03.04.02.02 -
COFINS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -

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CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁ
RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : TOY FRUIT COM/ IMP/ EXP/ LTDA
ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
APDO : DOMINGO OSCAR CARABALLO
ADV : SEM ADVOGADO 00143 2004.51.04.000650-8 AC RJ 495139
CNJ : 0000650-30.2004.4.02.5104 03.04.02.07 -
00138 1999.50.01.008723-3 REOAC ES 541918 PIS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
CNJ : 0008723-82.1999.4.02.5001 03.02.02 - CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO
IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI APTE : EMPRESA GAZETILHA LTDA
RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA ADV : JOSE DARCY BARROS DE OLIVEIRA
PARTEA : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL NETO E OUTRO
PARTER : GODINHO REPRESENTACOES LTDA APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
ME
ADV : SEM ADVOGADO 00144 2005.51.01.533415-2 AC RJ 487379
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 4A VARA DE CNJ : 0533415-69.2005.4.02.5101 03.12.06 -
EXECUCAO FISCAL-RJ COFINS - DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
ES APTE : CURSO EPICO DE IDIOMAS LTDA ME
ADV : CARLOS ALBERTO VICENTE TEIXEIRA
00139 1994.51.01.016938-2 APELREEX RJ APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
547133
CNJ : 0016938-14.1994.4.02.5101 03.02.02 - 00145 2003.51.01.509112-0 AC RJ 456665
IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA CNJ : 0509112-59.2003.4.02.5101 03.04.02 -
JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
APDO : SOARES INDUSTRIA E COMERCIO APTE : SOARES LAVRADOR IMPORTADORES
LTDA E OUTROS LTDA - MASSA FALIDA
ADV : LUIZ CARLOS FRUSCA DO MONTE ADV : BERNARDO BRAVO GOES E OUTROS
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 4A VARA DE APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
EXECUCAO FISCAL-RJ
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU 00146 2009.51.10.004328-9 AC RJ 528984
ES CNJ : 0004328-59.2009.4.02.5110 03.04.02.07 -
PIS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
00140 2002.51.01.531642-2 AC RJ 540828 CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO
CNJ : 0531642-91.2002.4.02.5101 03.15.03 - RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
SIMPLES - REGIMES ESPECIAIS DE APTE : CASAS SENDAS COM/ E IND/ S/A
TRIBUTAÇÃO - TRIBUTÁRIO ADV : JOAO LUIZ PINTO DA NOBREGA
RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : J B NEVES SERVICOS DE POSTAGEM 00147 2002.51.01.007569-6 AC RJ 430524
ME E OUTRO CNJ : 0007569-15.2002.4.02.5101 03.01.01 -
PROC : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO IMUNIDADE - LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR - TRIBUTÁRIO
00141 1996.51.01.040068-4 AC RJ 507057 RELATOR : J.F. CONV. CARLOS G. F. LUGONES
CNJ : 0040068-62.1996.4.02.5101 03.12.07 - PAUTA : DES. FED. LANA REGUEIRA
IRPF - DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO APTE : CONSELHO REGIONAL DE
RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO -
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL COREN/RJ
APDO : AIRAM DE JESUS BELFORT GOMES PROC : CARLOS HENRIQUE DE CARVALHO E
ADV : SEM ADVOGADO OUTROS
APDO : MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
00142 1999.51.01.082711-5 AC RJ 546547 PROC : FREDERICK B. BURROWES
CNJ : 0082711-30.1999.4.02.5101 03.04.02.02 - ANOTAÇÕ : AGR.RET.
COFINS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - ES
CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁ
RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA 00148 2005.51.01.012662-0 AC RJ 450436
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL CNJ : 0012662-51.2005.4.02.5101 03.01.01 -
APDO : D SILVA COM/ DE DROGAS LTDA - IMUNIDADE - LIMITAÇÕES AO PODER
MASSA FALIDA DE TRIBUTAR - TRIBUTÁRIO
ADV : SEM ADVOGADO RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA
APTE : CONSELHO REGIONAL DE
ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO -
COREN/RJ
ADV : CARLOS HENRIQUE DE CARVALHO E
OUTROS

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APDO : MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
PROC : FREDERICK B. BURROWES

00149 2005.51.01.005735-0 APELREEX RJ


465077
CNJ : 0005735-69.2005.4.02.5101 03.01.02 - AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
ISENÇÃO - LIMITAÇÕES AO PODER DE AGRDO : ACEE MAGE IND/ E COM/ DE PAPEL
TRIBUTAR - TRIBUTÁRIO RECICLADO LTDA E OUTRO
RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA ADV : SEM ADVOGADO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : ARMINDA CARDOSO PINTO 00155 2011.02.01.009547-5 AG RJ 202067
ADV : HERMETE DE SOUZA BORGES E CNJ : 0009547-86.2011.4.02.0000 03.12 -
OUTRO DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 18A VARA-RJ RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
ES AGRDO : ROSEVALL ENVASO LTDA ME
ADV : SEM ADVOGADO
00150 2007.50.01.008541-7 AC ES 458632
CNJ : 0008541-18.2007.4.02.5001 03.13.02 - 00156 2011.02.01.008101-4 AG RJ 201045
DEPÓSITO PRÉVIO AO RECURSO CNJ : 0008101-48.2011.4.02.0000 03.12 -
ADMINISTRATIVO - PROCESSO ADMI DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
RELATORA : DES. FED. LANA REGUEIRA RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : CASAS SANTA TEREZINHA TECIDOS AGRDO : ARTACO COMERCIO E IMPORTACAO
LTDA LTDA E OUTRO
ADV : RODRIGO REIS MAZZEI E OUTROS ADV : SEM ADVOGADO
ANOTAÇÕ : AGR.RET.
ES 00157 2011.02.01.002795-0 AG RJ 197381
CNJ : 0002795-98.2011.4.02.0000 03.12 -
00151 2012.02.01.041234-5 AG RJ 211024 DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
CNJ : 0041234-47.2012.4.02.0000 03.12 - RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO AGRDO : PROJECON DE VOLTA REDONDA
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL PROJETOS E CONSTRUÇOES LTDA
AGRDO : LOJAS AMERICANAS S/A ADV : SEM ADVOGADO
ADV : AMANDA CORREA DE ANDRADE E
OUTROS 00158 2012.02.01.004507-5 AG RJ 211269
CNJ : 0004507-89.2012.4.02.0000 03.12 -
00152 2011.02.01.015533-2 AG RJ 206522 DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
CNJ : 0015533-21.2011.4.02.0000 03.12 - RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO AGRDO : RENACARD SUCOS E LANCHES LTDA
AGRTE : MELO MACHADO BAZAR LTDA E ME.
OUTRO ADV : SEM ADVOGADO
ADV : NILTON NUNES PEREIRA JUNIOR
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL 00159 2012.02.01.004545-2 AG RJ 211331
CNJ : 0004545-04.2012.4.02.0000 03.12 -
00153 2012.02.01.000651-3 AG RJ 208310 DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
CNJ : 0000651-20.2012.4.02.0000 03.12 - RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO AGRDO : TECNAVI - PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
AGRTE : JORGE ALEXANDRE BETTENCOURT NAVAIS E INDUSTRIAIS SOCI
DA SILVA DA CRUZ MACHADO ADV : SEM ADVOGADO
ADV : SERGIO BERMUDES E OUTROS
AGRDO : ANGO BRASIL IMPORTACAO E 00160 2012.02.01.004679-1 AG RJ 211472
EXPORTACAO LTDA E OUTRO CNJ : 0004679-31.2012.4.02.0000 03.12 -
ADV : MARCO AURELIO ALVES MEDEIROS E DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
OUTROS RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
AGRDO : MAURICIO NOGUEIRA DA SILVA
00154 2012.02.01.000942-3 AG RJ 208515 ADV : SEM ADVOGADO
CNJ : 0000942-20.2012.4.02.0000 03.12 -
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO 00161 2012.02.01.004546-4 AG RJ 211329
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO CNJ : 0004546-86.2012.4.02.0000 03.12 -
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
AGRDO : DROGARIA FARMA RIO DE NITEROI
LTDA

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ADV : SEM ADVOGADO

00162 2012.02.01.004235-9 AG RJ 211096


CNJ : 0004235-95.2012.4.02.0000 03.12 -
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO APTE : REFRIGERACAO SUDESTE LTDA
AGRTE : CONSELHO REGIONAL DOS ADV : NELSON WILIANS FRATONI
REPRESENTANTES COMERCIAIS NO RODRIGUES E OUTROS
ESTADO DO RIO DE JANEIRO - CORE/RJ APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
ADV : MARCELA CARNEIRO MENDES ALVES APDO : OS MESMOS
SAGNELLI E OUTROS RMTE : JUIZO FEDERAL DA 18A VARA-RJ
AGRDO : KAUTEFIE COMERCIO E ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
REPRESENTACOES LTDA E OUTRO ES
ADV : SEM ADVOGADO
00168 2009.51.01.017937-0 (MS) APELREEX RJ
00163 2012.02.01.004323-6 AG RJ 211145 496818
CNJ : 0004323-36.2012.4.02.0000 03.12 - CNJ : 0017937-39.2009.4.02.5101 03.04.04.12 -
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO SALÁRIOS - CONTRIBUIÇÕES
AGRTE : CONSELHO REGIONAL DOS RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
REPRESENTANTES COMERCIAIS NO APTE : MARKWAY BUSINESS E INFORMATICA
ESTADO DO RJ LTDA
ADV : RODRIGO HENRIQUE MORAIS DE ADV : NELSON WILIANS FRATONI
SOUZA E OUTROS RODRIGUES E OUTROS
AGRDO : PURE WATER REPRESENTACAO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
COML/ LTDA E OUTRO APDO : OS MESMOS
ADV : SEM ADVOGADO RMTE : JUIZO FEDERAL DA 1A VARA-RJ
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
00164 2012.02.01.004551-8 AG RJ 211324 ES
CNJ : 0004551-11.2012.4.02.0000 03.12 -
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO 00169 2009.51.01.028697-5 (MS) APELREEX RJ
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO 485100
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL CNJ : 0028697-47.2009.4.02.5101 03.04.04 -
AGRDO : JORGE CARLOS NEVES CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS -
ADV : SEM ADVOGADO CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRI
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
00165 2007.51.04.000364-8 AMS RJ 70930 APTE : DECIMO SETIMO OFICIO DE NOTAS
CNJ : 0000364-47.2007.4.02.5104 03.05.02 - ADV : NELSON WILIANS FRATONI
COFINS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - RODRIGUES E OUTROS
TRIBUTÁRIO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO APDO : OS MESMOS
APTE : GUARDIAN DO BRASIL VIDROS RMTE : JUIZO FEDERAL DA 18A VARA-RJ
PLANOS LTDA ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
ADV : LUIZ GUSTAVO A.S.BICHARA E ES
OUTROS
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL 00170 2010.50.01.006132-1 (MS) APELREEX ES
APDO : OS MESMOS 523964
CNJ : 0006132-64.2010.4.02.5001 03.04.04.12 -
00166 2009.51.02.000267-2 (MS) AC RJ 487616 CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE
CNJ : 0000267-82.2009.4.02.5102 03.04.02.02 - SALÁRIOS - CONTRIBUIÇÕES
COFINS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁ APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO APTE : TERC - TERRAPLENAGEM E
APTE : AUTO SERVICOS CAPRI LTDA CONSTRUCOES LTDA
ADV : MARCUS VINICIUS DA SILVA COSTA E ADV : NELSON WILIANS FRATONI
OUTROS RODRIGUES
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL APDO : OS MESMOS
RMTE : JUIZO DA 2A VARA FEDERAL CIVEL DE
00167 2008.51.01.022513-1 (MS) APELREEX RJ VITORIA-ES
466055 ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
CNJ : 0022513-12.2008.4.02.5101 03.11.01 - ES
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE -
CRÉDITO TRIBUTÁRIO - TRIBUTÁ 00171 2010.50.01.005853-0 (MS) APELREEX ES
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO 531401
CNJ : 0005853-78.2010.4.02.5001 03.04.04.12 -
CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE
SALÁRIOS - CONTRIBUIÇÕES
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
APTE : RADIOLOGISTAS ASSOCIADOS LTDA

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ADV : NELSON WILIANS FRATONI
RODRIGUES E OUTROS
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : OS MESMOS
RMTE : JUIZO DA 2A VARA FEDERAL CIVEL DE
VITORIA-ES RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU APTE : VITORIA MOTORS LTDA
ES ADV : NELSON WILIANS FRATONI
RODRIGUES
00172 2010.50.01.005923-5 (MS) APELREEX ES APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
531981 APDO : OS MESMOS
CNJ : 0005923-95.2010.4.02.5001 03.04.04.12 - RMTE : JUIZO DA 6A VARA FEDERAL CIVEL DE
CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE VITORIA-ES
SALÁRIOS - CONTRIBUIÇÕES ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO ES
APTE : SISTEMA NORTE DE RADIO E
TELEVISAO 00176 2006.51.01.024036-6 AMS RJ 72694
ADV : NELSON WILIANS FRATONI CNJ : 0024036-30.2006.4.02.5101 03.07.11 -
RODRIGUES E OUTROS CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL SALÁRIOS - CONTRIBUIÇÕES PR
APDO : OS MESMOS RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
RMTE : JUIZO DA 2A VARA FEDERAL CIVEL DE APTE : BRETAGNE COML/ LTDA
VITORIA-ES ADV : NELSON WILIANS FRATONI
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU RODRIGUES E OUTROS
ES APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
00173 2009.50.01.008296-6 (MS) APELREEX ES 00177 2009.50.01.004383-3 (MS) APELREEX ES
483920 469705
CNJ : 0008296-36.2009.4.02.5001 03.04.04 - CNJ : 0004383-46.2009.4.02.5001 03.04.04 -
CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS - CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS -
CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRI CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRI
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
APTE : ORION COMERCIO DE VEICULOS LTDA APTE : CONNECT CONSTRUCOES E
ADV : NELSON WILIANS FRATONI INCORPORACOES LTDA
RODRIGUES E OUTROS ADV : NELSON WILIANS FRATONI
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL RODRIGUES E OUTROS
APDO : OS MESMOS APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
RMTE : JUIZO DA 2A VARA FEDERAL CIVEL DE APDO : OS MESMOS
VITORIA-ES RMTE : JUIZO DA 1A VARA FEDERAL CIVEL DE
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU VITORIA-ES
ES ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
ES
00174 2010.50.01.005855-3 (MS) APELREEX ES
516739 00178 2009.51.10.001959-7 (MS) AC RJ 476568
CNJ : 0005855-48.2010.4.02.5001 03.04.04.12 - CNJ : 0001959-92.2009.4.02.5110 03.04.04.12 -
CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE
SALÁRIOS - CONTRIBUIÇÕES SALÁRIOS - CONTRIBUIÇÕES
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
APTE : VSG - VIGILANCIA E SEGURANCA EM APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
GERAL LTDA APTE : SUPERMERCADOS ALTO DA POSSE
ADV : NELSON WILIANS FRATONI LTDA
RODRIGUES ADV : NELSON WILIANS FRATONI
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL RODRIGUES E OUTROS
APDO : OS MESMOS APDO : OS MESMOS
RMTE : JUIZO DA 6A VARA FEDERAL CIVEL DE
VITORIA-ES 00179 2010.50.01.006715-3 APELREEX ES
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU 510797
ES CNJ : 0006715-49.2010.4.02.5001 03.07.11 -
CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE
00175 2010.50.01.000334-5 (MS) APELREEX ES SALÁRIOS - CONTRIBUIÇÕES PR
501208 RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
CNJ : 0000334-25.2010.4.02.5001 03.07.11 - APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE APTE : ESTRELA H MOTOS SERRA LTDA
SALÁRIOS - CONTRIBUIÇÕES PR ADV : NELSON WILIANS FRATONI
RODRIGUES
APDO : OS MESMOS
RMTE : JUIZO DA 1A VARA FEDERAL CIVEL DE
VITORIA-ES
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU

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ES

00180 2008.50.01.009543-9 (MS) APELREEX ES


452600
CNJ : 0009543-86.2008.4.02.5001 03.04.04.12 -
CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE CNJ : 0006155-10.2010.4.02.5001 03.04.04.12 -
SALÁRIOS - CONTRIBUIÇÕES CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO SALÁRIOS - CONTRIBUIÇÕES
APTE : AUTO PEÇAS NACIONAL LTDA E RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
OUTROS APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
ADV : VINICIUS PEREIRA DE ASSIS E OUTRO APDO : PMG STONES MAR E GRANITOS LTDA
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL ADV : SANDRO VIEIRA DE MORAES E
APDO : OS MESMOS OUTROS
RMTE : JUIZO DA 6A VARA FEDERAL CIVEL DE RMTE : JUIZO DA 2A VARA FEDERAL CIVEL DE
VITORIA-ES VITORIA-ES
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
ES ES
00181 2008.51.01.015581-5 (MS) APELREEX RJ 00186 2010.50.01.006122-9 APELREEX ES
458605 520005
CNJ : 0015581-08.2008.4.02.5101 03.11.06.04 - CNJ : 0006122-20.2010.4.02.5001 03.04.04.12 -
COMPENSAÇÃO - EXTINÇÃO DO CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE
CRÉDITO TRIBUTÁRIO - CRÉDITO SALÁRIOS - CONTRIBUIÇÕES
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
APTE : VISE VIGILANCIA E SEGURANCA LTDA APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
ADV : WAGNER BRAGANCA E OUTROS APDO : TELEVISAO VITORIA S/A
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL ADV : JOSE CARLOS STEIN JUNIOR E
APDO : OS MESMOS OUTROS
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 21A VARA-RJ RMTE : JUIZO DA 1A VARA FEDERAL CIVEL DE
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU VITORIA-ES
ES ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
ES
00182 2007.51.01.018980-8 AC RJ 541164
CNJ : 0018980-79.2007.4.02.5101 03.02.07 - 00187 2010.50.01.003952-2 APELREEX ES
ICMS/IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE 500713
MERCADORIAS - IMPOSTOS - CNJ : 0003952-75.2010.4.02.5001 03.11.17 -
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO REPETIÇÃO DE INDÉBITO - CRÉDITO
APTE : TELVENT BRASIL S/A TRIBUTÁRIO - TRIBUTÁRIO
ADV : GERSON STOCCO DE SIQUEIRA E RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
OUTROS APTE : LORENGE S/A PARTICIPAÇOES
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL ADV : RAPHAEL BARROSO DE AVELOIS E
OUTROS
00183 2008.51.01.005962-0 (MS) AC RJ 540989 APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CNJ : 0005962-54.2008.4.02.5101 03.02.07 - APDO : OS MESMOS
ICMS/IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE RMTE : JUIZO DA 1A VARA FEDERAL CIVEL DE
MERCADORIAS - IMPOSTOS - VITORIA-ES
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
APTE : FARMABRAZ BETA ATALAIA ES
FARMACEUTICA LTDA
ADV : RICARDO MICHELONI DA SILVA E 00188 2010.50.02.001932-5 AC ES 546299
OUTROS CNJ : 0001932-11.2010.4.02.5002 03.11.11 -
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL COMPENSAÇÃO - CRÉDITO TRIBUTÁRIO
- TRIBUTÁRIO
00184 2007.50.01.005179-1 AMS ES 72684 RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
CNJ : 0005179-08.2007.4.02.5001 03.05.02 - APTE : MUNICIPIO DE GUAÇUI
COFINS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - ADV : RAPHAEL BARROSO DE AVELOIS E
TRIBUTÁRIO OUTROS
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APTE : YAHOO TURISMO S/A E OUTRO
ADV : FABIO SIQUEIRA MACHADO E OUTROS 00189 2010.50.01.012520-7 APELREEX ES
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL 534451
CNJ : 0012520-80.2010.4.02.5001 03.04.04.12 -
00185 2010.50.01.006155-2 APELREEX ES CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE
536589 SALÁRIOS - CONTRIBUIÇÕES
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
APTE : MARCA RECICLA INDUSTRIA E
COMERCIO LTDA ME
ADV : WERNER BRAUN RIZK E OUTROS
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL

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APDO : OS MESMOS
RMTE : JUIZO DA 6A VARA FEDERAL CIVEL DE
VITORIA-ES
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
ES

00190 2010.50.01.005983-1 AC ES 510622 00195 1997.51.01.001899-0 AC RJ 513228


CNJ : 0005983-68.2010.4.02.5001 03.07.11 - CNJ : 0001899-69.1997.4.02.5101 03.04.02.07 -
CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE PIS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
SALÁRIOS - CONTRIBUIÇÕES PR CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : ANDRADE S/A MARMORES E APDO : REALMAR TRANSPORTES E
GRANITOS DESPACHOS LTDA E OUTRO
ADV : LUIZ GUSTAVO TARDIN E OUTROS ADV : CARLOS AUGUSTO SAMARY DA SILVA
ANOTAÇÕ : REC.ADES. E OUTROS
ES
00196 1998.51.01.028325-1 AC RJ 513233
00191 2010.51.01.530768-5 AC RJ 528359 CNJ : 0028325-84.1998.4.02.5101 03.04.02.07 -
CNJ : 0530768-28.2010.4.02.5101 03.11.13.02 - PIS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
EXPEDIÇÃO DE CERTIDÃO POSITIVA DE CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO
DÉBITO COM EFEITO DE RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APTE : CENTRO DE ENSINO FARIA BRITO APDO : REALMAR TRANSPORTES E
LTDA DESPACHOS LTDA
ADV : RICARDO ALMEIDA RIBEIRO DA SILVA ADV : CARLOS AUGUSTO SAMARY DA SILVA
E OUTROS E OUTROS
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
00197 2000.50.01.006043-8 AC ES 441080
00192 2008.51.01.021869-2 APELREEX RJ CNJ : 0006043-90.2000.4.02.5001 03.08.02 -
465550 AQUISIÇÃO DE COMBUSTÍVEIS -
CNJ : 0021869-69.2008.4.02.5101 03.02.01 - EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO - TRI
IRPF/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
FÍSICA - IMPOSTOS - TRIBU APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO APDO : ALPHEU JULIANO GUSSO E OUTROS
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL ADV : MILTE HELENA BARBARIOLI E OUTROS
APDO : SUELY LEITÃO ALEIXO
ADV : GARY DE OLIVEIRA BON ALI E OUTROS 00198 2004.51.01.537476-5 AC RJ 404792
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 1A VARA-RJ CNJ : 0537476-07.2004.4.02.5101 03.12.01 -
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA -
ES DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
00193 2006.51.01.023671-5 AC RJ 469208 APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
CNJ : 0023671-73.2006.4.02.5101 03.02.01 - SOCIAL - INSS
IRPF/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA PROC : CRISTIANA LOPES PADILHA
FÍSICA - IMPOSTOS - TRIBU APDO : CONVEL CONSERTOS EM VEICULOS
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO LTDA E OUTROS
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL ADV : RICARDO SANMARTIN GUERRA
APTE : ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC : GUSTAVO FERNANDO DE ANDRADE 00199 2002.51.01.025040-8 AC RJ 471338
APDO : SERGIO JABOR GARCIA CNJ : 0025040-44.2002.4.02.5101 03.04.02 -
ADV : GARY DE OLIVEIRA BON-ALI E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
OUTROS CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRIO
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
00194 2001.51.02.005604-9 AC RJ 417830 APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
CNJ : 0005604-33.2001.4.02.5102 03.05.06 - APDO : TRANSYSTEM CONSULTORIA,
PIS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - ORGANIZACAO E INFORMATICA LTDA
TRIBUTÁRIO ADV : JOAO CARLOS MIRANDA GARCIA DE
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO SOUSA E OUTRO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : CENTRAUMA - CENTRO GONCALENSE 00200 2009.51.01.006839-0 AC RJ 489023
DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA CNJ : 0006839-57.2009.4.02.5101 03.04.04.12 -
LTDA CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE
ADV : CARLOS AUGUSTO SAMARY E OUTRO SALÁRIOS - CONTRIBUIÇÕES
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
APTE : ACOUGUE E MERCEARIA CARNES
MINAS DE TERESOPOLIS LTDA E
OUTROS
ADV : CARLOS ALBERTO CALUMBY LISBOA E

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OUTROS
APDO : UNIAO FEDERAL/FAZENDA NACIONAL

00201 2009.50.01.007379-5 AC ES 527616


CNJ : 0007379-17.2009.4.02.5001 03.02.01 -
IRPF/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA APDO : OS MESMOS
FÍSICA - IMPOSTOS - TRIBU RMTE : JUIZO FEDERAL DA 3A VARA DE
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO EXECUCAO FISCAL-RJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
APDO : ALBIRAJARA COUTINHO DOS SANTOS ES
E OUTRO
ADV : CLEONE HERINGER E OUTRO 00207 2008.51.19.000586-2 AC RJ 504499
CNJ : 0000586-33.2008.4.02.5119 03.02.11 -
00202 2005.51.01.506723-0 AC RJ 433445 IPTU/IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL
CNJ : 0506723-33.2005.4.02.5101 03.12.08 - URBANO - IMPOSTOS - TR
IRPJ - DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO APTE : UNIAO FEDERAL
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL APDO : MUNICIPIO DE BARRA DO PIRAI
APDO : AME LOCADORA DE MATERIAL ADV : RONALDO EXPEDITO DIAS DOS
MEDICO HOSPITALAR S/C LTDA SANTOS
ADV : DECIO FREIRE E OUTROS
00208 2008.51.09.000359-4 AC RJ 543842
00203 2010.51.01.003103-3 AC RJ 504807 CNJ : 0000359-73.2008.4.02.5109 03.04.04 -
CNJ : 0003103-94.2010.4.02.5101 03.02.01.08 - CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS -
INCIDÊNCIA SOBRE PROVENTOS DE CONTRIBUIÇÕES - TRIBUTÁRI
PREVIDÊNCIA PRIVADA - IR RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO APTE : AGENCIA DE SANEAMENTO BASICO
APTE : SERGIO POLLO DO MUNICIPIO DE RESENDE - SANEAR
ADV : RONIDEI GUIMARAES BOTELHO E ADV : WEYLA RAMALHO SEABRA GUTIAN E
OUTROS OUTROS
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
00204 2007.51.01.014316-0 AC RJ 465045 00209 2001.51.01.535055-3 AC RJ 487682
CNJ : 0014316-05.2007.4.02.5101 03.08.02 - CNJ : 0535055-49.2001.4.02.5101 03.12.08 -
AQUISIÇÃO DE COMBUSTÍVEIS - IRPJ - DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO - TRI RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO APTE : AGRO INDL/ MARA LTDA
APTE : LEVY DE SOUZA E OUTROS ADV : ADELSON VIRGILIO VASQUES DA
ADV : EURIVALDO NEVES BEZERRA E SILVA E OUTROS
OUTROS APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
00210 2005.51.01.521209-5 AC RJ 419630
00205 2010.02.01.018050-4 AC RJ 501721 CNJ : 0521209-23.2005.4.02.5101 03.12.08 -
CNJ : 0018050-33.2010.4.02.0000 03.04.05.06 - IRPJ - DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
FGTS/FUNDO DE GARANTIA POR RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
TEMPO DE SERVIÇO - CONTRIBU APTE : CIA/ DO TEXTO LTDA
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO ADV : ESTHER ELOAH FERREIRA
APTE : REGINA COELI HIPOLITO MESQUITA APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
ADV : ADELCIR COELHO MACHADO
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL 00211 2002.50.01.005361-3 APELREEX ES
517566
00206 2008.51.01.516231-7 APELREEX RJ CNJ : 0005361-67.2002.4.02.5001 03.12 -
529904 DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
CNJ : 0516231-95.2008.4.02.5101 03.01.02 - RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
ISENÇÃO - LIMITAÇÕES AO PODER DE APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
TRIBUTAR - TRIBUTÁRIO APDO : MAGDA CRISTINA LAMBORGHINI E
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO OUTRO
APTE : EMPRESA BRASILEIRA DE INFRA- ADV : BENAIR SCARLATELLI STORCK
ESTRUTURA AEROPORTUARIA - RMTE : JUIZO DA 2A VARA FEDERAL DE
INFRAERO EXECUCAO FISCAL DE VITORIA-ES
ADV : FABRICIO MOLINARI MELLO E OUTROS ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU JUST.GRAT.
APTE : MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO ES
PROC : GUSTAVO DA GAMA VITAL DE
OLIVEIRA 00212 2009.51.13.000056-6 AC RJ 498023
CNJ : 0000056-13.2009.4.02.5113 03.02.11 -
IPTU/IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL
URBANO - IMPOSTOS - TR
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
APTE : MUNICIPIO DE TRES RIOS

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ADV : MARCIO ANTONIO DE OLIVEIRA
PINHEIRO
APDO : UNIAO FEDERAL

00213 2011.51.01.506625-0 AC RJ 542864


CNJ : 0506625-38.2011.4.02.5101 03.04.03.02 - ADV : VANDERLUBE GUINANCIO PEREIRA
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS NASCIMENTO E OUTRO
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES APDO : CLEBER RAMAO RODRIGUES DA SILVA
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO ADV : SEM ADVOGADO
APTE : CONSELHO REGIONAL DE
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO 00218 2011.51.01.506715-0 AC RJ 533631
DE JANEIRO CNJ : 0506715-46.2011.4.02.5101 03.04.03.02 -
ADV : VANDERLUBE GUINANCIO PEREIRA CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
NASCIMENTO E OUTRO (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
APDO : LUIS HENRIQUE DOS SANTOS RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
ADV : SEM ADVOGADO APTE : CONSELHO REGIONAL DE
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO
00214 2011.51.01.506562-1 AC RJ 546498 DE JANEIRO
CNJ : 0506562-13.2011.4.02.5101 03.04.03.02 - ADV : VANDERLUBE GUINANCIO PEREIRA
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS NASCIMENTO E OUTRO
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES APDO : FREDERICK NELSON VITILIO LOPES
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO ADV : SEM ADVOGADO
APTE : CONSELHO REGIONAL DE
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO 00219 2011.51.01.506716-2 AC RJ 545062
DE JANEIRO CNJ : 0506716-31.2011.4.02.5101 03.04.03.02 -
ADV : VANDERLUBE GUINANCIO PEREIRA CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
NASCIMENTO E OUTRO (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
APDO : CARLOS JOSE MARIOZZI SODRE RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
ADV : SEM ADVOGADO APTE : CONSELHO REGIONAL DE
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO
00215 2011.51.01.506502-5 AC RJ 544023 DE JANEIRO
CNJ : 0506502-40.2011.4.02.5101 03.04.03.02 - ADV : VANDERLUBE GUINANCIO PEREIRA
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS NASCIMENTO E OUTROS
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES APDO : LUIZ FABIANO DOS SANTOS BERTHO
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO ADV : SEM ADVOGADO
APTE : CONSELHO REGIONAL DE
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO 00220 2011.51.01.515048-0 AC RJ 542720
DE JANEIRO - CRC/RJ CNJ : 0515048-84.2011.4.02.5101 03.04.03.02 -
ADV : DENISE REIS SANTOS HATHAWAY CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
VIEGAS E OUTRO (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
APDO : RITA DE CASSIA LIMA BARCIA RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
ADV : SEM ADVOGADO APTE : CONSELHO REGIONAL DE
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO
00216 2011.51.01.506464-1 AC RJ 544943 DE JANEIRO
CNJ : 0506464-28.2011.4.02.5101 03.04.03.02 - ADV : VANDERLUBE GUINANCIO PEREIRA
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS NASCIMENTO E OUTRO
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES APDO : JOSE CUSTODIO OLIVEIRA
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO ADV : SEM ADVOGADO
APTE : CONSELHO REGIONAL DE
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO 00221 2011.51.01.515175-6 AC RJ 544197
DE JANEIRO CNJ : 0515175-22.2011.4.02.5101 03.04.03.02 -
ADV : DENISE REIS SANTOS HATHAWAY E CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
OUTRO (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
APDO : ROUSE MARY DE SOUZA SCHIBUOLA RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
ADV : SEM ADVOGADO APTE : CONSELHO REGIONAL DE
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO
00217 2011.51.01.506649-2 AC RJ 542406 DE JANEIRO
CNJ : 0506649-66.2011.4.02.5101 03.04.03.02 - ADV : VANDERLUBE GUINANCIO PEREIRA
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS NASCIMENTO E OUTRO
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES APDO : NICIA MONTEIRO DE ARAUJO
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO ADV : SEM ADVOGADO
APTE : CONSELHO REGIONAL DE
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO 00222 2011.51.01.515148-3 AC RJ 544255
DE JANEIRO CNJ : 0515148-39.2011.4.02.5101 03.04.03.02 -
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
APTE : CONSELHO REGIONAL DE
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO

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DE JANEIRO
ADV : DENISE REIS SANTOS HATHAWAY E
OUTRO
APDO : ANTONIO CARLOS PEREIRA DA SILVA
ADV : SEM ADVOGADO
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO
00223 2011.51.01.515371-6 AC RJ 543193 DE JANEIRO - CRC/RJ
CNJ : 0515371-89.2011.4.02.5101 03.04.03.02 - ADV : DENISE REIS SANTOS HATHAWAY E
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS OUTRO
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES APDO : WALTER DOS REIS
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO ADV : SEM ADVOGADO
APTE : CONSELHO REGIONAL DE
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO 00228 2011.51.01.515599-3 AC RJ 542885
DE JANEIRO CNJ : 0515599-64.2011.4.02.5101 03.04.03.02 -
ADV : VANDERLUBE GUINANCIO PEREIRA CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
NASCIMENTO E OUTRO (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
APDO : AURELIO LEMOS MONTEIRO RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
ADV : SEM ADVOGADO APTE : CONSELHO REGIONAL DE
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO
00224 2011.51.01.515464-2 AC RJ 543695 DE JANEIRO
CNJ : 0515464-52.2011.4.02.5101 03.04.03.02 - ADV : VANDERLUBE GUINANCIO PEREIRA
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS NASCIMENTO E OUTRO
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES APDO : EDISON PINTO DE CARVALHO
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO ADV : SEM ADVOGADO
APTE : CONSELHO REGIONAL DE
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO 00229 2011.51.01.515617-1 AC RJ 544663
DE JANEIRO CNJ : 0515617-85.2011.4.02.5101 03.04.03.02 -
ADV : DENISE REIS SANTOS HATHAWAY E CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
OUTROS (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
APDO : WILSON DOS SANTOS LIMA RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
ADV : SEM ADVOGADO APTE : CONSELHO REGIONAL DE
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO
00225 2011.51.01.515504-0 AC RJ 544691 DE JANEIRO - CRC/RJ
CNJ : 0515504-34.2011.4.02.5101 03.04.03.02 - ADV : DENISE REIS SANTOS HATHAWAY
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS VIEGAS E OUTRO
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES APDO : CLAUDIO DA CONCEICAO FERREIRA
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO ADV : SEM ADVOGADO
APTE : CONSELHO REGIONAL DE
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO 00230 2011.51.01.515623-7 AC RJ 543820
DE JANEIRO - CRC/RJ CNJ : 0515623-92.2011.4.02.5101 03.04.03.02 -
ADV : DENISE REIS SANTOS HATHAWAY CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
VIEGAS E OUTRO (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
APDO : LUCIANA COSTA DOS SANTOS RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
ADV : SEM ADVOGADO APTE : CONSELHO REGIONAL DE
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO
00226 2011.51.01.515559-2 AC RJ 542867 DE JANEIRO
CNJ : 0515559-82.2011.4.02.5101 03.04.03.02 - ADV : DENISE REIS SANTOS HATHAWAY E
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS OUTROS
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES APDO : NICANOR DE CASTRO
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO ADV : SEM ADVOGADO
APTE : CONSELHO REGIONAL DE
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO 00231 2011.51.01.515993-7 AC RJ 544270
DE JANEIRO CNJ : 0515993-71.2011.4.02.5101 03.04.03.02 -
ADV : VANDERLUBE GUINANCIO PEREIRA CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
NASCIMENTO E OUTRO (ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
APDO : LUIZ DE CARVALHO RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
ADV : SEM ADVOGADO APTE : CONSELHO REGIONAL DE
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO
00227 2011.51.01.515562-2 AC RJ 543717 DE JANEIRO
CNJ : 0515562-37.2011.4.02.5101 03.04.03.02 - ADV : DENISE REIS SANTOS HATHAWAY E
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS OUTRO
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES APDO : RENATO ALVES DE CARVALHO
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO ADV : SEM ADVOGADO
APTE : CONSELHO REGIONAL DE
00232 2011.51.01.516122-1 AC RJ 543192
CNJ : 0516122-76.2011.4.02.5101 03.04.03.02 -
CONSELHOS REGIONAIS E AFINS
(ANUIDADE) - CONTRIBUIÇÕES
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO

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APTE : CONSELHO REGIONAL DE
CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO
DE JANEIRO
ADV : VANDERLUBE GUINANCIO PEREIRA
NASCIMENTO E OUTRO
APDO : LUIZ LIMA DOS SANTOS CNJ : 0400761-22.1999.4.02.5104 03.05.07 -
ADV : SEM ADVOGADO CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DE
AUTÔNOMOS, EMPRESÁRIOS (PRÓ-
00233 1999.51.04.403291-7 AC RJ 315211 LABORE
CNJ : 0403291-96.1999.4.02.5104 03.02.02 - RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
IRPJ/IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO
JURÍDICA - IMPOSTOS - TRI CUNHA
RELATORA : DES.FED. JULIETA LIDIA LUNZ APTE : NITOLE & CIA LTDA
PAUTA : J.F. CONV. LUIZ NORTON BAPTISTA DE ADV : EDUARDO ROCHA PANCARDES E
MATTOS OUTROS
APTE : NILTON MACHADO DE AVILA APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
ADV : JOSE RUNGERIO MONTEIRO E SOCIAL - INSS
OUTROS PROC : DANILO ALVES CORREA FILHO
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
00238 2003.51.05.001366-9 AC RJ 364755
00234 1998.51.01.047858-0 AC RJ 355049 CNJ : 0001366-88.2003.4.02.5105 03.12.01 -
CNJ : 0047858-29.1998.4.02.5101 03.12.11 - CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA -
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - DÍVIDA ATIVA - DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
TRIBUTÁRIO RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO
PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO CUNHA
CUNHA APTE : BIL SERVIÇOS E ONSERVAÇÕES LTDA.
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO ADV : JOSE LUIZ VERONESE SERRAO
SOCIAL - INSS APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
PROC : EUNIDE GOMES DA SILVA SOCIAL - INSS
APDO : C.A. PARISI ENGENHARIA DE PROC : MARCIA FERREIRA
PROJETOS LTDA
ADV : LUIZ FERNANDO FARIA MACEDO E 00239 2005.51.01.506060-0 AC RJ 386107
OUTRO CNJ : 0506060-84.2005.4.02.5101 03.12.08 -
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 4A VARA DE IRPJ - DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
EXECUCAO FISCAL-RJ RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO
ES CUNHA
APTE : HOSPITAL SANTA MARIA MADALENA
00235 2004.02.01.001122-6 AC RJ 339676 LTDA
CNJ : 0001122-90.2004.4.02.9999 03.12.17 - ADV : LUIZ MARCELO PEIXOTO LUBANCO E
PASEP - DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO OUTROS
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO
CUNHA 00240 1998.50.01.004371-7 AC ES 382795
APTE : MUNICIPIO DE ARRAIAL DO CABO/RJ CNJ : 0004371-18.1998.4.02.5001 03.07.11 -
PROC : LEOMIL ANTUNES PINHEIRO CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL SALÁRIOS - CONTRIBUIÇÕES PR
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
00236 2000.51.01.511777-5 AC RJ 331659 PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO
CNJ : 0511777-53.2000.4.02.5101 03.12.03 - CUNHA
CONTRIBUIÇÃO APTE : COMPANHIA VALE DO RIO DOCE
PREVIDENCIÁRIA/COMERCIALIZAÇÃO ADV : RICARDO BERMUDES MEDINA
DE PRODUTOS A GUIMARAES E OUTROS
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO SOCIAL - INSS
CUNHA PROC : AFONSO CEZAR CORADINE
APTE : ARTECOR FOTOLITO LTDA RMTE : JUIZO DA 2A VARA FEDERAL CIVEL DE
ADV : JOSE OSWALDO CORREA E OUTROS VITORIA-ES
APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
SOCIAL - INSS ES
ADV : ANGELA MARIA SALGADO
00241 2005.51.04.001895-3 AMS RJ 69936
00237 1999.51.04.400761-3 AC RJ 377333 CNJ : 0001895-42.2005.4.02.5104 03.05.02 -
COFINS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
TRIBUTÁRIO
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO
CUNHA

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APTE : SINDICATO DOS HOSPITAIS E
ESTABELECIMENTOS DE SERVICOS DE
SAUDE DA REGIAO SUL FLUMINENSE -
SINDHSUL
ADV : PEDRO SOLIA PAMPLONA E OUTROS
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO
CUNHA
00242 2005.51.01.011727-8 AMS RJ 68819 APTE : DENTAL VASCONCELOS LTDA
CNJ : 0011727-11.2005.4.02.5101 03.07.11 - ADV : JALCYR SADER
CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
SALÁRIOS - CONTRIBUIÇÕES PR APDO : OS MESMOS
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO 00246 1998.50.01.011115-2 AC ES 366836
CUNHA CNJ : 0011115-29.1998.4.02.5001 03.12.19 -
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO MULTAS - DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
SOCIAL - INSS RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
PROC : WANESSA CARNEIRO MOLINARO PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO
FERREIRA CUNHA
APDO : ASSOCIACAO DOS HOSPITAIS DO APTE : OLIVEIRA & MACHADO LTDA
ESTADO DO RIO DE JANEIRO-AHERJ ADV : VINICIUS PINHEIRO DE SANT'ANNA E
ADV : BRUNO ROMERO PEDROSA OUTROS
MONTEIRO E OUTROS APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 5A VARA-RJ SOCIAL - INSS
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU PROC : AFONSO CEZAR CORADINE
ES
00247 1999.50.02.033452-0 AC ES 366778
00243 2006.51.01.009471-4 AMS RJ 67942 CNJ : 0033452-72.1999.4.02.5002 03.12.01 -
CNJ : 0009471-61.2006.4.02.5101 03.14.05 - CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA -
TAXA SELIC/JUROS ABUSIVOS - DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
PROCEDIMENTOS FISCAIS - TRIBU RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO
PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO CUNHA
CUNHA APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
SOCIAL - INSS PROC : DENISE FENSTERSEIFER COIMBRA
PROC : GUILHERME MANUEL DA SILVA APDO : GRAMARTINS MOAGEM LTDA
APDO : PROTEST - ADMINISTRADORA E ADV : WILSON MARCIO DEPES
EMPREENDIMENTOS LTDA
ADV : EMANUEL BIAR DE SOUZA E OUTROS 00248 2001.02.01.023550-4 AC RJ 267394
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 14A VARA-RJ CNJ : 0023550-95.2001.4.02.0000 03.12.01 -
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA -
ES DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
00244 2000.50.01.001162-2 REOAC ES 368888 PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO
CNJ : 0001162-70.2000.4.02.5001 03.12.01 - CUNHA
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA - APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO SOCIAL - INSS
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO PROC : GEISA AUGUSTA DANTAS FERRAZ
PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO APDO : EDILBERTO DA SILVEIRA E SILVA
CUNHA ADV : IBEVAN MELO
PARTEA : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO RMTE : JUIZO FEDERAL DA 5A VARA DE
SOCIAL - INSS EXECUCAO FISCAL-RJ
PROC : NEIDE D. MARIANI ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
PARTER : CONASA CONSTRUÇÕES E ES
INCORPORAÇÕES LTDA. E OUTROS
ADV : SEM ADVOGADO 00249 2003.02.01.010128-4 AC ES 331199
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 7A VARA-ES CNJ : 0010128-58.2003.4.02.9999 03.05.02 -
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU COFINS - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -
ES TRIBUTÁRIO
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
00245 2000.51.02.005240-4 AC RJ 332067 PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO
CNJ : 0005240-95.2000.4.02.5102 03.12.16 - CUNHA
PIS - DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO APDO : IRMAOS GARBELOTO E CIA LTDA
ADV : JOAO ANTELMO DEL-PUPPO

00250 2000.02.01.018204-0 AC RJ 230684


CNJ : 0018204-03.2000.4.02.0000 03.12.12 -
ITR - DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO

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RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO
PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO
CUNHA
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
APDO : REYNALDO CRUZ PEIXOTO
ADV : EVANILDA VIANA PEIXOTO RUFINO G. credor.
DE CARVALHO Atualmente, a penhora em dinheiro por meio do sistema
BACENJUD, traduz-se no melhor mecanismo para viabilizar a
00251 2001.51.01.532946-1 AC RJ 338205 efetiva realização do direito de crédito, tendo em vista que
CNJ : 0532946-62.2001.4.02.5101 03.12.06 - afasta a demora e o custo do procedimento destinado à
COFINS - DÍVIDA ATIVA - TRIBUTÁRIO transformação de bem penhorado – o imóvel, o veículo, p.ex. –
RELATOR : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO em dinheiro.
PAUTA : J.F. RICARLOS ALMAGRO VITORIANO Tal mecanismo permite, inclusive, garantir a exata quantia
CUNHA necessária à plena satisfação do credor, restando para o
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL executado, tão-somente, o dever de pagar (CPC, art. 652).
APDO : BRAMI METALURGICA LTDA Importante destacar, ainda, que a atual redação do art. 655 do
ADV : JOSE OSWALDO CORRÊA E OUTROS CPC, após a alteração promovida pela Lei nº 11.382/2006, que
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE institui a ordem dos bens a ser observada na penhora, de
EXECUCAO FISCAL-RJ acordo com o princípio da menor onerosidade para o devedor,
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU prevê, em seu inciso I, ou seja, o primeiro na ordem da menor
ES onerosidade, a penhorabilidade do “dinheiro, em espécie ou em
depósito ou aplicação em instituição financeira”. Assim, a
aplicação da penhora on-line sobre ativos financeiros do
RIO DE JANEIRO, 10 DE MAIO DE 2012. devedor, no limite do valor executado, não ofende o referido
princípio. O Eg. Superior Tribunal de Justiça já se posicionou no
sentido de ser dispensável o esgotamento dos meios para a
localização de bens do devedor (AgRg no REsp 1186797/PR -
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL
DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ ANTONIO SOARES 2010/0056011-3 - Relator(a) Ministro BENEDITO GONÇALVES
- PRIMEIRA TURMA - Data do Julgamento 28/09/2010 -
PRESIDENTE Publicação/Fonte DJe 07/10/2010; RESP 1009363 – Relator
Ministro FRANCISCO FALCÃO – PRIMEIRA TURMA –
Publicação DJ 16/04/2008; AgRg no REsp 959836/RS - Relator
Ministro FRANCISCO FALCÃO - PRIMEIRA TURMA - Data do
Julgamento 09/10/2007 - Publicação/Fonte DJ 12/11/2007 p.
191).
De outra sorte, as hipóteses de suspensão de exigibilidade
encontram-se descritas no art. 151 do CTN, de modo que, em
BOLETIM: 126855
consideração ao princípio da legalidade estrita, aplicável aos
casos de suspensão ou exclusão do crédito, nos moldes do art.
111, I, do CTN, não é possível aceitar-se garantia outra que não
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.016770-0
o depósito em dinheiro do valor integral da exação (CTN, art.
Nº CNJ :0016770-90.2011.4.02.0000
151, II) para o efeito de suspender a exigibilidade do crédito
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSE
tributário. Precedente: STJ – AgRg no REsp 1046930/ES –
F. NEVES NETO
Relator Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES – SEGUNDA
AGRAVANTE :N.R.L
TURMA – Data do Julgamento 03/03/2009 – Publicação DJe
ADVOGADO :FABRICIO DE LIMA CARNEIRO E
25/03/2009.
OUTROS
Destarte, a fiança bancária não tem o condão de suspender a
AGRAVADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
exigibilidade do crédito tributário. Veja-se, neste sentido, a
NACIONAL
decisão do C. STJ no AgRg na MC 14946/RJ - Relatora Ministra
ORIGEM :OITAVA VARA FEDERAL DE
DENISE ARRUDA - PRIMEIRA TURMA - Data do Julgamento
EXECUÇÃO FISCAL - RJ
20/11/2008 - Publicação/Fonte DJe 09/02/2009.
(200951015079315)
Ademais, a questão jurídica debatida nesta sede recursal já foi
objeto de pronunciamento definitivo pelo C. STJ, no julgamento
EMENTA
do Recurso Especial nº 1.184.765/PA, submetido ao regime dos
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL.
recursos repetitivos (art. 543-C, CPC).
PENHORA BACENJUD. OBEDIÊNCIA AO PRINCÍPIO DA
Recurso desprovido.
MENOR ONEROSIDADE. ORDEM DE PREFERÊNCIA.
ACÓRDÃO
ARTIGO 655, DO CPC E 11 DA LEI Nº 6.830/80.
Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as
LOCALIZAÇÃO DE BENS DO EXECUTADO DISPENSÁVEL.
acima indicadas, decide a Quarta Turma Especializada do
SUBSTITUIÇÃO POR FIANÇA BANCÁRIA.
Tribunal Regional Federal da 2a Região, por maioria, NEGAR
IMPOSSIBILIDADE.
PROVIMENTO ao recurso, na forma do Relatório e do Voto,
Como é cediço, a execução deve se realizar do modo menos
que ficam fazendo parte do presente julgado.
gravoso possível para o executado, mas sempre em favor do
Rio de Janeiro, 17 de abril de 2012. (data do julgamento).
JOSÉ FERREIRA NEVES NETO
Desembargador Federal
Relator

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IV - APELACAO CIVEL 1997.51.06.080555-6


Nº CNJ :0080555-25.1997.4.02.5106
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
LANA REGUEIRA
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APELADO :FORMULA F 1000 VEICULOS
ESPECIAIS LTDA E OUTRO IV - APELACAO CIVEL 1999.51.01.081617-8
ADVOGADO :CARLOS CEZAR SAGGESE Nº CNJ :0081617-47.1999.4.02.5101
ORIGEM :2 VARA JUSTIÇA FEDERAL RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
PETROPOLIS/RJ (9700805557) LANA REGUEIRA
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
EMENTA NACIONAL
TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO. APELADO :J RUBIN CIA LTDA - MASSA FALIDA
I- O lapso de cinco anos, sem causas interruptivas ou E OUTRO
suspensivas, dão causa eficiente à prescrição. ADVOGADO :SEM ADVOGADO
II- Apelação improvida. ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DE
ACÓRDÃO EXECUÇÃO FISCAL - RJ
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima (9900816170)
indicadas:
Decide a Quarta Turma Especializada do Tribunal Regional EMENTA
Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao EXECUÇÃO FISCAL. IMPOSSIBILIDADE DE
recurso da União Federal / Fazenda Nacional, nos termos do REDIRECIONAMENTO PARA O SÓCIO-GERENTE.
relatório e voto constantes dos autos, que ficam fazendo parte FALÊNCIA.
integrante do presente julgado. I - Nos casos de falência da empresa, não há a inclusão
automática dos sócios, pois a massa falida responde pelas
Rio de Janeiro, de de 2012. obrigações da empresa executada até o encerramento da
LANA REGUEIRA falência, sendo autorizado o redirecionamento da execução
Desembargadora Federal fiscal aos administradores somente em caso de comprovação
da sua responsabilidade subjetiva, incumbindo ao Fisco a prova
de gestão praticada com dolo ou culpa.
II – Recurso de Apelação improvido.
ACORDÃO
IV - APELACAO CIVEL 1997.51.06.080557-0 Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
Nº CNJ :0080557-92.1997.4.02.5106 indicadas.
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL Decide a Egrégia Quarta Turma Especializada do Tribunal
LANA REGUEIRA Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA provimento ao recurso de apelação, nos termos do relatório e
NACIONAL voto constantes dos autos, que ficam fazendo parte integrante
APELADO :FORMULA F 1000 VEICULOS do presente julgado.
ESPECIAIS LTDA E OUTRO Rio de Janeiro, de de 2012.
ADVOGADO :CARLOS CEZAR SAGGESE (data do julgamento)
ORIGEM :2 VARA JUSTIÇA FEDERAL LANA REGUEIRA
PETROPOLIS/RJ (9700805573) Relatora
EMENTA
TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO.
I- O lapso de cinco anos, sem causas interruptivas ou
suspensivas, dão causa eficiente à prescrição. IV - APELACAO CIVEL 1999.51.01.906229-6
II- Apelação improvida. Nº CNJ :0906229-16.1999.4.02.5101
ACÓRDÃO RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima LANA REGUEIRA
indicadas: APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
Decide a Quarta Turma Especializada do Tribunal Regional NACIONAL
Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao APELADO :BAR MERCEARIA E BAZAR DO
recurso da União Federal / Fazenda Nacional, nos termos do TRIANGULO LTDA ME
relatório e voto constantes dos autos, que ficam fazendo parte ADVOGADO :SEM ADVOGADO
integrante do presente julgado. ORIGEM :VARA ÚNICA DE TRÊS RIOS
(9909062291)
Rio de Janeiro, de dezembro de 2012.
LANA REGUEIRA EMENTA
Desembargadora Federal PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO
INTERCORRENTE. EXTINÇÃO DO PROCESSO A PEDIDO
DA EXEQUENTE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DEVIDOS.
PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE.
I - A execução foi extinta a pedido da exequente que verificou
que havia ocorrido a prescrição intercorrente e isso depois do

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executado já ter constituído advogado para defesa, e, nestas
condições, deve, portanto, a Fazenda Nacional ser condenada
ao pagamento de honorários advocatícios em razão do princípio
da causalidade, porque ela deu causa à extinção da execução.
IV - Apelação improvida.
ACORDÃO ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DE
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima VOLTA REDONDA
indicadas: (200251040015173)
Decide a Quarta Turma Especializada do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao EMENTA
recurso da União Federal / Fazenda Nacional, nos termos do TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. NÃO INCIDÊNCIA DE
relatório e voto constantes dos autos, que ficam fazendo parte PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. PARCELAMENTO DO
integrante do presente julgado. DÉBITO TRIBUTÁRIO. SUSPENSÃO. NOVA CONTAGEM.
PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO FISCAL
Rio de Janeiro, de de 2012. I- Deve ser afastada a prescrição do crédito tributário, pois nos
LANA REGUEIRA autos há comprovação de que, inicialmente ocorreu a citação
Desembargadora Federal (11/02/2003) do executado, e, com a informação do
parcelamento do débito (04/12/2002) ocorreu a suspensão do
prazo prescricional, voltando a correr da data da rescisão
(01/12/2009).
II- Apelação provida.
IV - APELACAO CIVEL 1999.51.10.761024-8 ACÓRDÃO
Nº CNJ :0761024-26.1999.4.02.5110 Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL indicadas:
LANA REGUEIRA Decide a Quarta Turma Especializada do Tribunal Regional
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA Federal da 2ª Região, por unanimidade, dar provimento ao
NACIONAL recurso da União Federal / Fazenda Nacional, nos termos do
APELADO :D ARC REAL DISTRIBUIDORA DE relatório e voto constantes dos autos, que ficam fazendo parte
COSMETICOS LTDA integrante do presente julgado.
ADVOGADO :SEM ADVOGADO Rio de Janeiro, de de 2012.
ORIGEM :1A VARA FEDERAL DE EXECUCAO LANA REGUEIRA
FISCAL DE SAO JOAO DE Desembargadora Federal
(9907610240)

EMENTA
TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO.
I- O lapso de cinco anos, sem causas interruptivas ou IV - APELACAO CIVEL 2003.51.11.000714-0
suspensivas, dão causa eficiente à prescrição. Nº CNJ :0000714-53.2003.4.02.5111
II- Apelação improvida. RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
ACÓRDÃO LANA REGUEIRA
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima APELANTE :CONSELHO REGIONAL DE
indicadas: MEDICINA VETERINARIA DO
Decide a Quarta Turma Especializada do Tribunal Regional ESTADO DO RIO DE JANEIRO -
Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao CRMV/RJ
recurso da União Federal / Fazenda Nacional, nos termos do ADVOGADO :MARTHA CHRISTINA MARIOTTI
relatório e voto constantes dos autos, que ficam fazendo parte CLARO E OUTROS
integrante do presente julgado. APELADO :JOSE CARLOS DO NASCIMENTO
AVIARIO - ME
Rio de Janeiro, de de 2012. ADVOGADO :SEM ADVOGADO
LANA REGUEIRA ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DE
Desembargadora Federal ANGRA DOS REIS
(200351110007140)

EMENTA
PROCESSO CIVIL. TRIBUTÁRIO. EXTINÇÃO SEM MÉRITO.
IV - APELACAO CIVEL 2002.51.04.001517-3 EMENDA DA INICIAL. IMPOSSIBILIDADE DE ACRESCENTAR
Nº CNJ :0001517-91.2002.4.02.5104 NA CDA ENCARGO PREVISTO NO DECRETO-LEI 1025/69.
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL NÃO EXTENSÃO AOS CONSELHOS REGIONAIS.
LANA REGUEIRA SENTENÇA MANTIDA.
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA I - O encargo de 20% com previsão no Decreto-lei nº 1025/69
NACIONAL não se aplica aos Conselhos Regionais, e neste contexto, o
APELADO :TABERNA DO PEIXE BAR E recorrente, quedando-se inerte, ensejou que fosse decretada a
RESTAURANTE LTDA ME extinção do processo sem julgamento de mérito, por deixar
ADVOGADO :SEM ADVOGADO escoar o prazo, sem manifestação.
II - Nas execuções fiscais promovidas pela União, há norma
legal impondo o percentual de 20% sobre o valor do débito em
cobrança judicial.
III – Recurso de Apelação improvido.
ACÓRDÃO

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Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima
indicadas:
Decide a Quarta Turma Especializada do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao
recurso de apelação, nos termos do relatório e voto constantes
dos autos, que ficam fazendo parte integrante do presente
julgado.
Rio de Janeiro, de de 2012. IV - APELACAO CIVEL 2004.51.01.529601-8
Nº CNJ :0529601-83.2004.4.02.5101
Data do julgamento RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
LANA REGUEIRA LANA REGUEIRA
Desembargadora Federal APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APELADO :INFOGLOBO COMUNICACOES
LTDA
ADVOGADO :SEM ADVOGADO
IV - APELACAO CIVEL 2004.51.01.509829-4 ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DE
Nº CNJ :0509829-37.2004.4.02.5101 EXECUÇÃO FISCAL - RJ
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL (200451015296018)
LANA REGUEIRA
APELANTE :CONSELHO REGIONAL DOS EMENTA
REPRESENTANTES COMERCIAIS PROCESSO CIVIL. TRIBUTÁRIO. ADESÃO AO
NO ESTADO DO RJ PARCELAMENTO. RECURSO PREJUDICADO. PERDA DE
ADVOGADO :WANIA MARIA TEIXEIRA OBJETO.
RODRIGUES I – Com a adesão do executado ao parcelamento da Lei nº
APELADO :REP-TEC REPRESENTACOES E 111.941/2009 resta prejudicado o Recurso de Apelação pela
SERVICOS LTDA perda de objeto, haja vista que o crédito está suspenso, e,
ADVOGADO :VITOR CARVALHAL nestas condições, a execução pode ser restaurada, caso se
ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DE torne exigível a cobrança, pois no caso em tela não houve
EXECUÇÃO FISCAL - RJ julgamento de mérito.
(200451015098294) ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
EMENTA indicadas.
EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. Decide a Egrégia Quarta Turma Especializada do Tribunal
CONSELHO REGIONAL DOS REPRESENTANTES Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, julgar
COMERCIAIS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. prejudicado pela perda de objeto o recurso de apelação, nos
CANCELAMENTO DO REGISTRO DA EMPRESA termos do relatório e voto constantes dos autos, que ficam
CONDICIONADO AO COMPROVANTE LEGAL DE fazendo parte integrante do presente julgado.
FECHAMENTO DA EMPRESA. AFRONTA À LIBERDADE DE Rio de Janeiro, de de 2012.
ASSOCIOAÇÃO (ART. 5º, II, DA CF/1988). (data do julgamento)
I - A CF/1988 estabeleceu, em seu art. 5º, inciso XX, o direito LANA REGUEIRA
fundamental à plena liberdade de associação profissional, uma Relatora
vez que "ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a
permanecer associado".
II – A documentação acostada aos autos comprova o direito da
apelada, de tal forma que a empresa não mais funcionava no
período constante da CDA, o que inviabiliza a cobrança das IV - APELACAO CIVEL 2007.51.01.501101-3
anuidades. Nº CNJ :0501101-02.2007.4.02.5101
III – Recurso de Apelação improvido. RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL
ACÓRDÃO LANA REGUEIRA
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima APELANTE :SAINT GERMAIN SERVICOS
indicadas: HOSPITALARES LTDA
Decide a Quarta Turma Especializada do Tribunal Regional ADVOGADO :ELENICY MENDES ALEVATO
Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao APELADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
recurso de apelação, nos termos do relatório e voto constantes NACIONAL
dos autos, que ficam fazendo parte integrante do presente ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE
julgado. EXECUÇÃO FISCAL - RJ
Rio de Janeiro, de de de 2012. (200751015011013)
Data do julgamento EMENTA
LANA REGUEIRA PROCESSO CIVIL. TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO.
Desembargadora Federal EXTINÇÃO SEM MÉRITO. LITISPENDÊNCIA. NÃO
CUMPRIMENTO DO DESPACHO. FALTA DE INTERESSE DE
AGIR. IMPOSSIBILIDADE DE RETIFICAÇÃO DA RELAÇÃO
PROCESSUAL NA INSTÂNCIA DE SEGUNDO GRAU.
SUPRESSÃO DE GRAU DE JURISDIÇÃO. SENTENÇA
MANTIDA.
I – Parte diversa da execução na propositura dos Embargos de
Devedor. Inércia do Embargante/Apelante.

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II – Regular extinção dos Embargos mais recente, ante a
existência de anterior, relativo à mesma execução.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima
indicadas:
Decide a Quarta Turma Especializada do Tribunal Regional PEREIRA
Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao APELADO :MARCELO DA SILVA ECKHARDT
recurso de apelação, nos termos do relatório e voto constantes ADVOGADO :SEM ADVOGADO
dos autos, que ficam fazendo parte integrante do presente ORIGEM :01 VARA FEDERAL DE EXECUCAO
julgado. FISCAL DE SAO GONCALO
Rio de Janeiro, de de 2012. (200851170012198)
(data do julgamento)
LANA REGUEIRA EMENTA
Desembargadora Federal PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL.
EMENDA DA INICIAL. ADEQUAÇÃO À LEF. CONSELHO
REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO. INTIMAÇÃO PESSOAL. PRERROGATIVA
ESTENDIDA AOS CONSELHOS.
IV - APELACAO CIVEL 2008.51.01.501756-1 I - Os conselhos regionais de fiscalização profissional possuem
Nº CNJ :0501756-37.2008.4.02.5101 a prerrogativa de intimação pessoal.
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL II – Recurso de Apelação provido.
LANA REGUEIRA ACÓRDÃO
APELANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima
NACIONAL indicadas:
APELADO :BRASTEX COMERCIO E INDUSTRIA Decide a Quarta Turma Especializada do Tribunal Regional
DE ROUPAS LTDA Federal da 2ª Região, por unanimidade, dar provimento ao
ADVOGADO :MIRACI FERREIRA NUNES recurso de apelação, nos termos do relatório e voto constantes
ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DE dos autos, que ficam fazendo parte integrante do presente
EXECUÇÃO FISCAL - RJ julgado.
(200851015017561) Rio de Janeiro, de de de 2012.
EMENTA Data do julgamento
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. ERRO MATERIAL DA LANA REGUEIRA
UNIÃO FUNDAMENTO DA SENTENÇA. Desembargadora Federal
RECONHECIMENTO.ANULAÇÃO DO DECISUM.
1 – Afastada a premissa equivocada que se baseou o decisum
recorrido, trazida aos autos pela própria Exequente, deve a
sentença extintiva ser anulada para prosseguimento da
execução. SUBSECRETARIA DA 5A.TURMA ESPECIALIZADA
2 – Apelação provida. Sentença anulada.
ACÓRDÃO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima 5a.TURMA ESPECIALIZADA
indicadas:
Decide a Quarta Turma Especializada do Tribunal Regional PAUTA DE JULGAMENTOS
Federal da 2ª Região, por unanimidade, DAR PROVIMENTO ao
recurso de apelação de UNIÃO FEDERAL/FAZENDA Determino a inclusão dos processos abaixo relacionados
NACIONAL, nos termos do voto do Relator, que fica fazendo na Pauta de Julgamentos ORDINARIA do dia 22 de MAIO de
parte integrante do presente julgado. 2012, TERÇA-FEIRA, às 13:00 horas. Os processos adiados
Rio de Janeiro, de de 2012. neste dia poderão ser julgados nas sessões subsequentes.
(data do julgamento) 00001 2007.50.01.004426-9 AMS ES 73913
LANA REGUEIRA CNJ : 0004426-51.2007.4.02.5001 01.08.03.01 -
Desembargadora Federal REGISTRO/EXERCÍCIO PROFISSIONAL
- CONSELHOS REGIONAIS
RELATOR : DES.FED. GUILHERME
DIEFENTHAELER
APTE : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
IV - APELACAO CIVEL 2008.51.17.001219-8 APDO : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL -
Nº CNJ :0001219-50.2008.4.02.5117 ESPIRITO SANTO
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL ADV : CINTHIA CYPRESTE SANSON
LANA REGUEIRA WASCONCELLOS E OUTROS
APELANTE :CONSELHO REGIONAL DE APDO : JOÃO GABRIEL CORREA DA CUNHA
CONTABILIDADE DO ESTADO DO ADV : FERNANDO DA FONSECA RESENDE
RJ RIBEIRO
ADVOGADO :VANDERLUBE GUINANCIO RMTE : JUIZO DA 4A VARA FEDERAL CIVEL DE
VITORIA-ES
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
ES

00002 2010.50.01.014931-5 (MS) AC ES 526311

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CNJ : 0014931-96.2010.4.02.5001 01.08.03.04 -
EXAME DA ORDEM (OAB) -
CONSELHOS REGIONAIS DE FISCALIZ
RELATOR : DES.FED. GUILHERME
DIEFENTHAELER
APTE : JOSE DAS GRAÇAS PEREIRA SILVA
ADV : WALLISSON FIGUEIREDO MATOS AGRTE : UNIAO FEDERAL
APDO : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - AGRDO : HELOISA LIMA GOMES
ESPIRITO SANTO ADV : JEFFERSON RIBEIRO DA CUNHA
ADV : CINTHIA CIPRESTE SANSON
WASCONCELLOS E OUTRO 00007 2011.51.01.004993-5 (MS) AC RJ 535508
CNJ : 0004993-34.2011.4.02.5101 01.08.03.08 -
00003 2008.51.01.019229-0 AC RJ 541618 REGISTRO PROFISSIONAL -
CNJ : 0019229-93.2008.4.02.5101 01.04.04.05 - CONSELHOS REGIONAIS DE FISCALI
TRATAMENTO MÉDICO-HOSPITALAR E/ RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA
OU FORNECIMENTO DE MEDI SILVA
RELATOR : DES.FED. GUILHERME APTE : CONSELHO REGIONAL DE
DIEFENTHAELER ADMINISTRACAO DO R.J.- CRA/RJ
APTE : UNIAO FEDERAL ADV : MARCELO OLIVEIRA DE ALMEIDA E
APTE : ESTADO DO RIO DE JANEIRO OUTROS
PROC : BRUNO TERRA DE MORAES APDO : SONANGOL PESQUISA E PRODUCAO
APTE : MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO DE PETROLEO DO BRASIL LTDA
PROC : HUGO GONCALVES GOMES FILHO ADV : GUILHERME NITZ CAPPI E OUTROS
APDO : INES GOES DE FARIAS ALVES
BEZERRA 00008 2011.51.01.006749-4 (MS) AC RJ 538485
ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO CNJ : 0006749-78.2011.4.02.5101 01.14.10 -
ANOTAÇÕ : JUST.GRAT. HABILITAÇÃO/REGISTRO CADASTRAL/
ES JULGAMENTO/HOMOLOGAÇÃO - L
RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA
00004 2011.02.01.017503-3 AG RJ 207929 SILVA
CNJ : 0017503-56.2011.4.02.0000 01.15.01.03 - APTE : ANGEL S SEGURANCA E VIGILANCIA
METROLÓGICA - MULTAS E DEMAIS LTDA
SANÇÕES - DÍVIDA ATIVA N ADV : ELISANGELA AFONSO DA SILVA E
RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA OUTRO
SILVA APDO : LOCANTY SEGURANCA E VIGILANCIA
AGRTE : INST NAC DE METROLOGIA, LTDA
NORMALIZACAO E QUALIDADE INDUST ADV : DENNYS PORTUGAL RIBEIRO
- INMETRO APDO : INSTITUTO CHICO MENDES DE
PROC : ROBERVAL BORGES FILHO BIODIVERSIDADE - ICMBIO
AGRDO : SANTOS E NASCIMENTO LTDA - ME PROC : JORGE GAVINHO SOBRINHO
ADV : SEM ADVOGADO
00009 2008.51.01.007657-5 REOAC RJ 435743
00005 2011.02.01.011397-0 AG ES 203403 CNJ : 0007657-43.2008.4.02.5101 01.03.01.13 -
CNJ : 0011397-78.2011.4.02.0000 01.15.01 - REVOGAÇÃO/CONCESSÃO DE
MULTAS E DEMAIS SANÇÕES - DÍVIDA LICENÇA AMBIENTAL - REVOGAÇÃO E
ATIVA NÃO-TRIBUTÁRIA - A RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA
RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA SILVA
SILVA PARTEA : CASTRO IND/ E COM/ DE PESCADOS
AGRTE : AGENCIA NACIONAL DO PETROLEO LTDA
GAS NATURAL E BIOCOMBUSTIVEIS - ADV : CLAUDIO RODRIGO GUEDES FERRO
ANP LAMEGO
PROC : ALCINA MARIA COSTA NOGUEIRA PARTER : INST. BRAS. DO MEIO-AMBIENTE E
LOPES RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS-
AGRDO : AUTO POSTO ELDORADO LTDA E IBAMA
OUTRO PROC : JOSELIA CRISTINA DA SILVA FALCAO
ADV : SEM ADVOGADO RMTE : JUIZO FEDERAL DA 23A VARA-RJ
AGRDO : FRANCISCO OLIVEIRA DA SILVA ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
ADV : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO ES
00006 2012.02.01.001148-0 AG RJ 208716 00010 2009.51.01.001549-9 (MS) APELREEX RJ
CNJ : 0001148-34.2012.4.02.0000 01.11.01.05 - 476967
ACUMULAÇÃO DE CARGOS - REGIME CNJ : 0001549-61.2009.4.02.5101 01.04.02.01 -
ESTATUTÁRIO - SERVIDOR MATRÍCULA - ENSINO SUPERIOR -
RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA SERVIÇOS - ADMINISTRATI
RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA
SILVA
APTE : CENTRO FED. ED. TEC. CELSO
SUCKOW DA FONSECA/CEFET
PROC : ALEX TAVARES DOS SANTOS

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Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
APDO : WILLIAN DE OLIVEIRA CARIAS
ADV : RICARDO DE LIMA BARRETO
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 14A VARA-RJ
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU JUST.GRAT.
ES
00015 2007.51.01.006618-8 AC RJ 430170
00011 2007.51.01.028378-3 (MS) AC RJ 451530 CNJ : 0006618-45.2007.4.02.5101 01.14.05.04 -
CNJ : 0028378-50.2007.4.02.5101 01.14.07 - CONCORRÊNCIA - LICITAÇÕES -
SANÇÕES ADMINISTRATIVAS - LICITAÇÕES E CONTRATOS - A
LICITAÇÕES - ADMINISTRATIVO RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA
RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA SILVA
SILVA APTE : SERRANA CENTER PROMOCOES E
APTE : TRADE SERVICOS E ADMINISTRACAO EVENTOS LTDA
LTDA ADV : KLEVER PAULO LEAL FILPO E OUTROS
ADV : PAULO ABDALA ZIDE E OUTROS APDO : AGENCIA NACIONAL DE SAUDE
APDO : BANCO CENTRAL DO BRASIL SUPLEMENTAR - ANS
PROC : AFRANIO CARLOS MOREIRA THOMAZ PROC : OTAVIO AUGUSTO LIMA DE PILLA
00012 2010.51.01.490359-6 (MS) REOAC RJ 00016 2010.51.01.003364-9 (MS) AC RJ 507894
547017 CNJ : 0003364-59.2010.4.02.5101 01.11.02.08 -
CNJ : 0490359-10.2010.4.02.5101 01.08.03.01 - DESCONTOS INDEVIDOS - SISTEMA
REGISTRO/EXERCÍCIO PROFISSIONAL REMUNERATÓRIO E BENEFÍCI
- CONSELHOS REGIONAIS RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA
RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA SILVA
SILVA APTE : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE -
PARTEA : RODRIGO MULLER DE TOLEDO LIMA FUNASA
ADV : BEROALDO ALVES SANTANA E PROC : FRANCISCO F. VIEIRA FILHO
OUTROS APDO : HELBIO FERNANDES MORAES
PARTER : CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA ADV : EDSON DE JESUS FERNANDES E
DO RIO DE JANEIRO - CREMERJ OUTROS
ADV : KATIA CHRISTINA OLIVEIRA E SILVA E
OUTROS 00017 2010.51.01.004176-2 (MS) APELREEX RJ
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 26A VARA-RJ 499442
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU JUST.GRAT. CNJ : 0004176-04.2010.4.02.5101 01.12.04.02 -
ES PENSÃO - BENEFÍCIOS - SERVIDOR
PÚBLICO MILITAR - ADMIN
00013 2010.51.01.020756-1 (MS) APELREEX RJ RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA
547106 SILVA
CNJ : 0020756-12.2010.4.02.5101 01.12.01.10 - APTE : UNIAO FEDERAL
SERVIÇO MILITAR DOS APDO : JOSELIA HOLANDINA VASCONCELOS
PROFISSIONAIS DA SAÚDE - REGIME - ADV : PRISCILA WERKHAIZER BONFIM E
RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA OUTRO
SILVA RMTE : JUIZO FEDERAL DA 6A VARA-RJ
APTE : UNIAO FEDERAL ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
APDO : DIEGO RODRIGUES PUCCINI ES
ADV : JOSE LUIZ DE AZEVEDO COSTA E
OUTROS 00018 2011.51.01.004334-9 (MS) AC RJ 533484
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 26A VARA-RJ CNJ : 0004334-25.2011.4.02.5101 01.11.16 -
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU AGR.RET. PENSÃO - SERVIDOR PÚBLICO CIVIL -
ES ADMINISTRATIVO
RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA
00014 2008.51.01.490146-5 REOAC RJ 434629 SILVA
CNJ : 0490146-72.2008.4.02.5101 01.03.02.01 - APTE : FUNDACAO NACIONAL DE ARTES -
INSPEÇÃO FITOSSANITÁRIA - FUNARTE
FISCALIZAÇÃO - ATOS ADMINIS PROC : MARCELO TEIXEIRA BITTENCOURT
RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA APDO : IRACI OLIVEIRA DOS SANTOS
SILVA ADV : WILMA LOPES PONTES DE SOUSA
PARTEA : WILLIANS SERVICOS MARITIMOS LTDA SANTOS E OUTRO
ADV : IWAM JAEGER JUNIOR E OUTRO ANOTAÇÕ : JUST.GRAT.
PARTER : UNIAO FEDERAL ES
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 10A VARA-RJ
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU 00019 2009.50.01.014169-7 (MS) APELREEX ES
ES 499893
CNJ : 0014169-17.2009.4.02.5001 01.11.02.08 -
DESCONTOS INDEVIDOS - SISTEMA
REMUNERATÓRIO E BENEFÍCI
RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA
SILVA
APTE : UNIAO FEDERAL

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APDO : VERA ALICE HENRIQUE FIGUEIRA
ADV : VINICIUS BIS LIMA E OUTROS
RMTE : JUIZO DA 2A VARA FEDERAL CIVEL DE
VITORIA-ES
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
ES IMPORTAÇÕES - INTERVENÇÃO NO D
RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA
00020 2010.51.02.002156-5 (MS) AC RJ 528738 SILVA
CNJ : 0002156-37.2010.4.02.5102 01.13.14 - APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
ANULAÇÃO - CONCURSO APDO : CAOA MONTADORA DE VEICULOS S/A
PÚBLICO/EDITAL - ADMINISTRATIVO ADV : ALESSANDER DA MOTA MENDES
RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA RMTE : JUIZO DA 6A VARA FEDERAL CIVEL DE
SILVA VITORIA-ES
APTE : DAYANE CASTRO MACEDO ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
ADV : PEDRO MANSUR GONÇALVES ES
APDO : UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
- UFF 00025 2008.51.01.509757-0 (MS) APELREEX RJ
PROC : LUCIANA SARAIVA SCHIAVONI MILLER 448772
CNJ : 0509757-11.2008.4.02.5101 01.07.03.01 -
00021 2009.51.02.002375-4 (MS) APELREEX RJ DESEMBARAÇO ADUANEIRO -
473807 IMPORTAÇÕES - INTERVENÇÃO NO D
CNJ : 0002375-84.2009.4.02.5102 01.07.03.01 - RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA
DESEMBARAÇO ADUANEIRO - SILVA
IMPORTAÇÕES - INTERVENÇÃO NO D APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA APDO : A1 NEGOCIOS INTERNACIONAIS LTDA
SILVA ADV : ROBERTO ANTONIO D'ANDREA VERA E
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL OUTROS
APDO : NAVEGACAO SAO MIGUEL LTDA RMTE : JUIZO FEDERAL DA 15A VARA-RJ
ADV : LUIZ REGULO RAMALHO E OUTROS ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE ES
NITEROI-RJ
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU 00026 2008.51.01.015600-5 APELREEX RJ
ES 436028
CNJ : 0015600-14.2008.4.02.5101 01.13.07 -
00022 2006.51.11.000663-0 REOMS RJ 71649 REALIZAÇÃO DE ETAPAS - CONCURSO
CNJ : 0000663-37.2006.4.02.5111 01.07.03.01 - PÚBLICO - ADMINISTRATIVO
DESEMBARAÇO ADUANEIRO - RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA
IMPORTAÇÕES - INTERVENÇÃO NO D SILVA
RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA APTE : UNIAO FEDERAL
SILVA APDO : ELEN BATISTA LINS
PARTEA : G YUWEI EPP ADV : ABEL LIMA DE OLIVEIRA
ADV : WAGNER ALMEIDA PEREIRA RMTE : JUIZO FEDERAL DA 26A VARA-RJ
PARTER : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE ES
ANGRA DOS REIS-RJ
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU 00027 2009.51.01.024768-4 (MS) AC RJ 484499
ES CNJ : 0024768-06.2009.4.02.5101 01.12.02.02 -
ADICIONAIS - SISTEMA
00023 2007.51.01.017400-3 AMS RJ 71518 REMUNERATÓRIO - SERVIDOR
CNJ : 0017400-14.2007.4.02.5101 01.03.01.02 - PÚBLICO
DECLARAÇÃO DE TRÂNSITO RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA
ADUANEIRO - LICENÇAS - ATOS ADM SILVA
RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA APTE : JORGE LUIS DE PAULA
SILVA ADV : FLAVIO FERNANDES TAVARES E
APTE : VARIG S/A VIACAO AEREA RIO OUTROS
GRANDENSE APDO : UNIAO FEDERAL
ADV : VANESSA FERRAZ COUTINHO E ANOTAÇÕ : JUST.GRAT.
OUTROS ES
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
00028 2010.51.01.008074-3 (MS) APELREEX RJ
00024 2009.50.01.004496-5 (MS) APELREEX ES 499311
464558 CNJ : 0008074-25.2010.4.02.5101 01.11.02.04 -
CNJ : 0004496-97.2009.4.02.5001 01.07.03.01 - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE -
DESEMBARAÇO ADUANEIRO - SISTEMA REMUNERATÓRIO E
RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA
SILVA
APTE : UNIAO FEDERAL
APDO : CRISTIANE SAMPAIO DE ALMEIDA E
OUTROS

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ADV : LEILA APARECIDA PISANI ROCHA E
OUTRO
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 7A VARA-RJ
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
ES

00029 2002.51.01.015637-4 APELREEX RJ ANOTAÇÕ : JUST.GRAT.


435702 ES
CNJ : 0015637-51.2002.4.02.5101 01.03.03 -
MULTAS E SANÇÕES - ATOS 00033 2010.51.02.004867-4 AC RJ 539936
ADMINISTRATIVOS - ADMINISTRATIVO CNJ : 0004867-15.2010.4.02.5102 02.19.03.32 -
RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO
SILVA - ESPÉCIES DE CONTRATO
APTE : UNIAO FEDERAL RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA
APDO : LUIS CARLOS MACHADO SILVA
ADV : JOSE MAURO COUTO DE ASSIS FILHO APTE : ROBSON MENDES DA SILVA
E OUTRO ADV : GLAUCIA MARIA ALVES ALBINO E
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 28A VARA-RJ OUTROS
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ES ADV : DANIEL BURKLE WARD E OUTROS
00030 2007.51.01.019049-5 REOAC RJ 441306 00034 2003.51.01.029603-6 AC RJ 395753
CNJ : 0019049-14.2007.4.02.5101 01.12.01 - CNJ : 0029603-47.2003.4.02.5101 02.04.01.03 -
REGIME - SERVIDOR PÚBLICO MILITAR PERDA DA PROPRIEDADE IMÓVEL -
- ADMINISTRATIVO IMÓVEL - PROPRIEDADE - C
RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA
SILVA SILVA
PARTEA : FRANCISCO FLORIANO DE BRITO APTE : JORGE RAYMUNDO MARTINS
ADV : NUBIA MARINHO DE SOUZA ADV : JORGE RAYMUNDO MARTINS
PARTER : UNIAO FEDERAL ASSTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 14A VARA-RJ SOCIAL - INSS
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU JUST.GRAT. PROC : SEM PROCURADOR
ES APDO : ECIA IRMAOS ARAUJO ENGENHARIA
COM/ S/A
00031 2008.51.01.011725-5 AC RJ 542986 ADV : DEYSE LIMA BARBOSA
CNJ : 0011725-36.2008.4.02.5101 02.19.03.32 -
SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO 00035 2009.02.01.010188-2 AG ES 178444
- ESPÉCIES DE CONTRATO CNJ : 0010188-45.2009.4.02.0000 01.04.08.09 -
RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA SERVIÇO POSTAL -
SILVA CONCESSÃO/PERMISSÃO/AUTORIZAÇ
APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF E ÃO - SER
OUTRO RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO
ADV : GERSON DE CARVALHO FRAGOZO E AGRTE : SAO BERNARDO SAUDE-CASA DE
OUTROS SAÚDE SÃO BERNARDO LTDA
APDO : ANTONIO HENRIQUE TERZI ADV : RODRIGO GOBBO NASCIMENTO E
ADV : ROMEU FERNANDO CARVALHO DE OUTROS
SOUZA E OUTROS AGRDO : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS
ANOTAÇÕ : AGR.RET. E TELEGRAFOS - ECT
ES ADV : FRANCISCO MALTA FILHO E OUTROS
00032 2001.51.01.003907-9 AC RJ 543373 00036 2009.02.01.013538-7 AG RJ 180667
CNJ : 0003907-77.2001.4.02.5101 02.19.03.32 - CNJ : 0013538-41.2009.4.02.0000 01.07.09 -
SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO EXPURGOS INFLACIONÁRIOS/PLANOS
- ESPÉCIES DE CONTRATO ECONÔMICOS - INTERVENÇÃO N
RELATOR : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO
SILVA AGRTE : ANGELA SELMA LIMA TEIXEIRA
APTE : SONIA CORDEIRO DOS SANTOS ADV : CYNTIA AFFONSO SOARES LOUREIRO
ADV : ADOLPHO DOS SANTOS MARQUES DE AGRDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ABREU E OUTROS ADV : DANIELLE DE ALEXANDRE LOURENÇO
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF E OUTROS
ADV : TUTECIO GOMES DE MELLO E
OUTROS 00037 2009.02.01.005646-3 AG RJ 175683
APDO : FIN-HAB CREDITO IMOBILIARIO S/A CNJ : 0005646-81.2009.4.02.0000 01.07.09.02 -
ADV : PAULA MAYA SEHN POUPANÇA - EXPURGOS
INFLACIONÁRIOS/PLANOS
ECONÔMICOS -
RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO
AGRTE : HELIO CARNEIRO DE MESQUITA -
ESPOLIO E OUTRO

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ADV : MARCELO PAIVA LARANJA
AGRDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADV : JULIANA GOMES VIANA E OUTROS

00038 2010.02.01.001774-5 AG ES 185707


CNJ : 0001774-24.2010.4.02.0000 01.07.09 - DIEFENTHAELER
EXPURGOS INFLACIONÁRIOS/PLANOS PAUTA : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO
ECONÔMICOS - INTERVENÇÃO N AGRTE : UNIAO FEDERAL
RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO AGRDO : JOSELMA ALVES DO AMARAL
AGRTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF ADV : RICARDO TADEU RIZZO BICALHO E
ADV : GILMAR ZUMAK PASSOS E OUTROS OUTRO
AGRDO : ILMAR TEIXEIRA DE CARVALHO OBSERVA : PEDIDO DE VISTA DO DR RICARDO
ADV : RENATO BERTOLA MIRANDA E ÇÃO PERLINGEIRO
OUTROS
00044 2009.02.01.005504-5 AG RJ 175638
00039 2008.02.01.018225-7 AG RJ 171220 CNJ : 0005504-77.2009.4.02.0000 01.04.04.03 -
CNJ : 0018225-95.2008.4.02.0000 01.08.03.01 - CONVÊNIO MÉDICO COM O SUS -
REGISTRO/EXERCÍCIO PROFISSIONAL SAÚDE - SERVIÇOS - ADMINIS
- CONSELHOS REGIONAIS RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO
RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO AGRTE : UNIAO FEDERAL
AGRTE : FRANCISCO EDSON FERREIRA DE AGRDO : MARLENE XAVIER CAVALCANTI
SOUZA ADV : CLEIDE MARIA XAVIER CAVALCANTI
ADV : PAULO ANDRE DE MELLO E OUTRO
AGRDO : UNIAO FEDERAL 00045 2011.02.01.016042-0 AG RJ 206964
CNJ : 0016042-49.2011.4.02.0000 01.04.04.05 -
00040 2008.02.01.014441-4 AG RJ 169217 TRATAMENTO MÉDICO-HOSPITALAR E/
CNJ : 0014441-13.2008.4.02.0000 02.08.13 - OU FORNECIMENTO DE MEDI
LINHA DE CRÉDITO - RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO
CONTRATOS/CIVIL/COMERCIAL/ECON AGRTE : UNIAO FEDERAL
ÔMICO E AGRDO : JOSEFA FERREIRA GONCALVES
RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
AGRTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADV : FERNANDA RODRIGUES D'ORNELAS E 00046 2011.02.01.013720-2 AG RJ 205113
OUTROS CNJ : 0013720-56.2011.4.02.0000 01.04.04.05 -
AGRDO : NOBRES SERVIÇOS LTDA E OUTROS TRATAMENTO MÉDICO-HOSPITALAR E/
ADV : SEM ADVOGADO OU FORNECIMENTO DE MEDI
RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO
00041 2012.02.01.001046-2 AG RJ 208606 AGRTE : UNIAO FEDERAL
CNJ : 0001046-12.2012.4.02.0000 01.08.03.06 - AGRDO : GLAUCIA HORTENCIO MIRANDA
ANUIDADES OAB - CONSELHOS ADV : ELZA MAIMONE
REGIONAIS DE FISCALIZAÇÃO PR
RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO 00047 2009.51.01.011941-4 AC RJ 512098
AGRTE : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - CNJ : 0011941-60.2009.4.02.5101 01.05.01.01 -
RIO DE JANEIRO LOCAÇÃO/PERMISSÃO DE USO - BENS
ADV : GUSTAVO NOGUEIRA S. DE MOURA E PÚBLICOS - DOMÍNIO PÚB
OUTROS RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO
AGRDO : VIRGILIO ANTONIO COSTACURTA APTE : BIG BURGUER SALVADOR
SIENA LANCHONETES LTDA
ADV : SEM ADVOGADO ADV : BRUNO LIMA CARDOZO MOREIRA E
OUTROS
00042 2008.02.01.007607-0 AG RJ 165714 APDO : EMPRESA BRASILEIRA DE INFRA
CNJ : 0007607-91.2008.4.02.0000 01.12.04.02 - ESTRUTURA AEROPORTUARIA-
PENSÃO - BENEFÍCIOS - SERVIDOR INFRAERO
PÚBLICO MILITAR - ADMIN ADV : ANDREA MONTANARI ROSA RANGEL E
RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO OUTROS
AGRTE : UNIAO FEDERAL
AGRDO : VILMA BARBOSA MACIEL 00048 2009.51.01.016227-7 AC RJ 512105
ADV : JOAO BATISTA DE SOUZA CNJ : 0016227-81.2009.4.02.5101 01.05.01.01 -
LOCAÇÃO/PERMISSÃO DE USO - BENS
00043 2011.02.01.014676-8 AG ES 205834 PÚBLICOS - DOMÍNIO PÚB
CNJ : 0014676-72.2011.4.02.0000 01.11.16 - RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO
PENSÃO - SERVIDOR PÚBLICO CIVIL - APTE : BIG BURGUER SALVADOR
ADMINISTRATIVO LANCHONETES LTDA
RELATOR : DES.FED. GUILHERME ADV : SERGIO TEIXEIRA FIRMO E OUTROS
APDO : EMPRESA BRASILEIRA DE INFRA
ESTRUTURA AEROPORTUARIA -
INFRAERO
ADV : DEMETRIO DA COSTA SOUSA E
OUTROS

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00049 2010.50.01.003114-6 AC ES 530675
CNJ : 0003114-35.2010.4.02.5001 01.04.04.05 -
TRATAMENTO MÉDICO-HOSPITALAR E/
OU FORNECIMENTO DE MEDI
RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO ADV : WANDER BRUGNARA E OUTROS
APTE : UNIAO FEDERAL APDO : MARA MAHOMED ALLI
APTE : ESTADO DO ESPIRITO SANTO ADV : MOISES PEREIRA ALVES E OUTROS
PROC : RODRIGO LORENCINI TIUSSI
APDO : RONDINELI FERREIRA MARTINS 00054 2007.50.50.001979-6 AC ES 506488
ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO CNJ : 0001979-40.2007.4.02.5050 01.08.01.01 -
ANOTAÇÕ : JUST.GRAT. ATUALIZAÇÃO DE CONTA -
ES FGTS/FUNDO DE GARANTIA POR TEMP
RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO
00050 2009.51.01.021329-7 AC RJ 523034 APTE : BANCO BAMERINDUS DO BRASIL S/A
CNJ : 0021329-84.2009.4.02.5101 01.08.01.03 - ADV : ALEX WERNER ROLKE E OUTROS
JUROS PROGRESSIVOS - FGTS/ APDO : FRITZ OTTO WALTER AURICH
FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO ADV : RENATA GOES FURTADO E OUTROS
RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO ANOTAÇÕ : JUST.GRAT.
APTE : VALTER SALES ES
ADV : GARY DE OLIVEIRA BON ALI
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF 00055 2008.51.02.002459-6 AC RJ 511678
ADV : ANDRE LUIZ VIVIANI DE ABREU E CNJ : 0002459-22.2008.4.02.5102 01.08.01.02 -
OUTROS LIBERAÇÃO DE CONTA - FGTS/FUNDO
DE GARANTIA POR TEMPO
00051 2006.50.01.012069-3 AC ES 448545 RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO
CNJ : 0012069-94.2006.4.02.5001 01.08.01.03 - APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
JUROS PROGRESSIVOS - FGTS/ ADV : DANIEL BURKLE WARD E OUTROS
FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO APDO : ALBERTO VIEIRA FERREIRA
RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO ADV : EDUARDO NAZARETH
APTE : ODILON SILVA DE BRITTO E OUTROS
ADV : ANDREIA DADALTO LIMA E OUTRO 00056 2008.51.01.022100-9 AC RJ 506918
APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF CNJ : 0022100-96.2008.4.02.5101 01.08.01.03 -
ADV : ERIKA SEIBEL PINTO E OUTROS JUROS PROGRESSIVOS - FGTS/
APDO : OS MESMOS FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO
RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO
00052 2008.51.01.026052-0 AC RJ 493869 APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
CNJ : 0026052-83.2008.4.02.5101 01.08.01.03 - ADV : ANTONIO FREDERICO HELUY DANTAS
JUROS PROGRESSIVOS - FGTS/ E OUTROS
FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO APDO : ADEMIR DE FREITAS CHAVEIRO
RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO ADV : GLEICE FROMENT RAPOSO
APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF ANOTAÇÕ : JUST.GRAT.
ADV : CARLOS EDUARDO LEITE SABOYA E ES
OUTROS
APDO : DAMIAO DA SILVA CASTRO E OUTROS 00057 2007.51.01.002231-8 AC RJ 464833
ADV : SIBELE WALKIRIA LOPES LERNER CNJ : 0002231-84.2007.4.02.5101 01.08.01.01 -
HODARA E OUTRO ATUALIZAÇÃO DE CONTA -
ANOTAÇÕ : JUST.GRAT. FGTS/FUNDO DE GARANTIA POR TEMP
ES RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO
APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
00053 1996.51.01.002071-1 AC RJ 406941 ADV : ANTONIO FREDERICO HELUY DANTAS
CNJ : 0002071-45.1996.4.02.5101 01.08.01.01 - E OUTROS
ATUALIZAÇÃO DE CONTA - APDO : ALDO SIVIERO JUNIOR
FGTS/FUNDO DE GARANTIA POR TEMP ADV : MARCOS ANTONIO DA SILVA ARAGAO
RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO E OUTRO
APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADV : VERONICA TORRI E OUTROS 00058 2007.51.01.017233-0 AC RJ 435764
APDO : CARLOS LUCENA DOS SANTOS E CNJ : 0017233-94.2007.4.02.5101 01.08.01.03 -
OUTROS JUROS PROGRESSIVOS - FGTS/
ADV : HELLEN NOGUEIRA FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO
APDO : LUIZ FERNANDO DOS SANTOS RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO
CARVALHO E OUTROS APTE : JOSE CARLOS REGO QUEIROZ
ADV : MOISES PEREIRA ALVES E OUTROS ADV : LEONARDO BRANCO DE OLIVEIRA E
APDO : YEDDA GASPAR BORGES OUTROS
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADV : TUTECIO GOMES DE MELLO E
OUTROS

00059 2007.51.01.010438-4 AC RJ 463560

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CNJ : 0010438-72.2007.4.02.5101 01.08.01.03 -
JUROS PROGRESSIVOS - FGTS/
FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO
RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO
APTE : MYRIAM CARDOSO DE MATOS
ADV : ANTONIO CARLOS DE ABREU E 00064 2007.51.01.033021-9 AC RJ 542129
OUTRO CNJ : 0033021-51.2007.4.02.5101 01.08.03.06 -
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF ANUIDADES OAB - CONSELHOS
ADV : ROGEL CARMAN GOMES BARBOSA E REGIONAIS DE FISCALIZAÇÃO PR
OUTROS RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO
ANOTAÇÕ : JUST.GRAT. APTE : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL -
ES SECAO DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO
00060 2003.50.01.012777-7 AC ES 408512 ADV : RONALDO EDUARDO CRAMER VEIGA E
CNJ : 0012777-52.2003.4.02.5001 01.08.03.02 - OUTROS
MULTAS E DEMAIS SANÇÕES - APDO : JUSSARA BARBUTTO AMADO
CONSELHOS REGIONAIS DE FISCA ADV : SONIA REGINA MAIA
RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO
APTE : CONSELHO REGIONAL DE 00065 2006.51.01.009245-6 AC RJ 444573
ENGENHARIA, ARQUITETURA E CNJ : 0009245-56.2006.4.02.5101 01.11.02.07 -
AGRONOMIA DO ESPIRITO SANTO - GRATIFICAÇÃO
CREA/ES INCORPORADA/QUINTOS E
ADV : ROSANGELA GUEDES GONCALVES DÉCIMOS/VPNI - SIST
MAGALHAES E OUTRO RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO
APDO : XEROX COMERCIO E INDUSTRIA LTDA APTE : ADYR THEREZA GUIMARAES FRITSCH
ADV : KARINA KELLY PETRONETTO E E OUTROS
OUTROS ADV : MARCELO DOS SANTOS
ALBUQUERQUER E OUTRO
00061 2011.51.01.007428-0 AC RJ 529551 APDO : UNIAO FEDERAL
CNJ : 0007428-78.2011.4.02.5101 01.11.02 -
SISTEMA REMUNERATÓRIO E 00066 2009.51.01.012330-2 AC RJ 527168
BENEFÍCIOS - SERVIDOR PÚBLICO CIV CNJ : 0012330-45.2009.4.02.5101 01.11.02.02 -
RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO GRATIFICAÇÃO DE INCENTIVO -
APTE : MARIA JOSE PROCOPIO RIBEIRO DE SISTEMA REMUNERATÓRIO E BE
OLIVEIRA RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO
ADV : ROGERIO ROCHA E OUTROS APTE : UNIAO FEDERAL
APDO : FUNDACAO OSWALDO CRUZ - APDO : MARIA DA GLÓRIA DE MORAES
FIOCRUZ CLEMENTE
PROC : SEM PROCURADOR ADV : JOSUE ISAAC VARGAS FARIA E OUTRO
ANOTAÇÕ : JUST.GRAT.
00062 2009.51.01.029652-0 AC RJ 537113 ES
CNJ : 0029652-78.2009.4.02.5101 02.19.03.12 -
CONTRATOS BANCÁRIOS - ESPÉCIES 00067 2006.51.01.023647-8 AC RJ 471883
DE CONTRATO - OBRIGAÇÕE CNJ : 0023647-45.2006.4.02.5101 01.12.14 -
RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO PENSÃO - SERVIDOR PÚBLICO
APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF MILITAR - ADMINISTRATIVO
ADV : SANDRA REGINA VERSIANI CHIEZA E RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO
OUTROS APTE : ANA PAULA SILVA DOS SANTOS
APDO : FLAVIO AUGUSTO CAMPOS ADV : NELSON DE AZEVEDO E OUTROS
FERNANDES APDO : UNIAO FEDERAL
ADV : SEM ADVOGADO APDO : ERICA DOS PRAZERES E OUTRO
ADV : FERNANDO SOARES DE ASSIS
00063 2009.51.10.008741-4 AC RJ 527065 ANOTAÇÕ : JUST.GRAT.
CNJ : 0008741-18.2009.4.02.5110 02.08.12 - ES
EMPRÉSTIMO -
CONTRATOS/CIVIL/COMERCIAL/ECON 00068 2007.51.01.022587-4 AC RJ 458334
ÔMICO E FINANC CNJ : 0022587-03.2007.4.02.5101 01.12.14 -
RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO PENSÃO - SERVIDOR PÚBLICO
APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF MILITAR - ADMINISTRATIVO
ADV : DANIELA SALGADO JUNQUEIRA E RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO
OUTROS APTE : MARCIA CRISTINA COUTO DE LIMA
APDO : ERIVELTO DE MOURA FRANCA ADV : HELOISA HELENA DALBONIO MARINHO
ADV : SEM ADVOGADO APDO : GILVANEIDE FERREIRA DE OLIVEIRA
BARBOSA
ADV : ELIANA CRISTINA OLIVEIRA DOS
SANTOS
APDO : UNIAO FEDERAL
ANOTAÇÕ : JUST.GRAT.
ES

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00069 2006.51.51.028612-4 AC RJ 517688
CNJ : 0028612-13.2006.4.02.5151 01.12.09 -
EX-COMBATENTES - SERVIDOR
PÚBLICO MILITAR - ADMINISTRATIV
RELATOR : DES.FED. GUILHERME ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU JUST.GRAT.
DIEFENTHAELER ES
PAUTA : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO
APTE : UNIAO FEDERAL 00073 2009.51.01.023270-0 APELREEX RJ
APDO : JORGE MARQUES DE ANDRADE 527644
ADV : ANTONIO FERNANDES MOREIRA CNJ : 0023270-69.2009.4.02.5101 01.11.02.07 -
JUNIOR E OUTROS GRATIFICAÇÃO
ANOTAÇÕ : JUST.GRAT. INCORPORADA/QUINTOS E
ES DÉCIMOS/VPNI - SIST
OBSERVA : PEDIDO DE VISTA DO DR RICARDO RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO
ÇÃO PERLINGEIRO APTE : UNIAO FEDERAL
APDO : JOCELIR NUNES
00070 2003.51.01.025419-4 APELREEX RJ ADV : ROSANA ALVES RAMOS E OUTRO
473808 RMTE : JUIZO FEDERAL DA 15A VARA-RJ
CNJ : 0025419-48.2003.4.02.5101 01.12.04.02 - ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU
PENSÃO - BENEFÍCIOS - SERVIDOR ES
PÚBLICO MILITAR - ADMIN
RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO 00074 2009.51.01.023866-0 AC RJ 522650
APTE : LUZITANIA SANTOS PINHEIRO CNJ : 0023866-53.2009.4.02.5101 01.11.02.07 -
ADV : LUCIENE DIAS BARRETO SALVATERRA GRATIFICAÇÃO
DUTRA E OUTROS INCORPORADA/QUINTOS E
APTE : UNIAO FEDERAL DÉCIMOS/VPNI - SIST
APDO : MARIA JOSE RIBEIRO QUILIM RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO
ADV : ALUIZIO BRAGA NASCIMENTO E APTE : UNIAO FEDERAL
OUTROS APDO : CHRISTIANE DE SOUSA SALGUEIRO E
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 28A VARA-RJ OUTROS
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU JUST.GRAT. ADV : DEBORA FANTESIA DOS SANTOS E
ES OUTRO
00071 2004.51.01.016147-0 APELREEX RJ 00075 2009.51.01.025406-8 APELREEX RJ
430552 500456
CNJ : 0016147-93.2004.4.02.5101 01.12.04.02 - CNJ : 0025406-39.2009.4.02.5101 01.11.04.01 -
PENSÃO - BENEFÍCIOS - SERVIDOR PENSÃO - BENEFÍCIOS - SERVIDOR
PÚBLICO MILITAR - ADMIN PÚBLICO CIVIL - ADMINIS
RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO
APTE : ELISABETH BONFIM DA SILVA APTE : UNIAO FEDERAL
ADV : ALESSANDRO SALOMAO DE ALMEIDA APDO : MARIA DE LOURDES CAMPOS DA
APTE : UNIAO FEDERAL COSTA
APDO : MARIA LUCIA BONIFACIO LAPA ADV : JULIANO BIZZO NETTO
ADV : STELIO TOVAR DA SILVA RMTE : JUIZO FEDERAL DA 6A VARA-RJ
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 24A VARA-RJ ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU JUST.GRAT.
ANOTAÇÕ : DUPLO GRAU JUST.GRAT. ES
ES

00072 2006.51.08.000078-2 APELREEX RJ


479836 RIO DE JANEIRO, 10 DE MAIO DE 2012.
CNJ : 0000078-91.2006.4.02.5108 01.11.16 -
PENSÃO - SERVIDOR PÚBLICO CIVIL -
ADMINISTRATIVO
RELATOR : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO DESEMBARGADOR FEDERAL GUILHERME
APTE : LEONARDO AUGUSTO DA SILVA DIEFENTHAELER
OLIVEIRA
ADV : LEONARDO AUGUSTO DA SILVA
OLIVEIRA PRESIDENTE
APDO : UNIAO FEDERAL
APDO : RUTH RAMOS
ADV : FABRICIO DAZZI E OUTRO
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE SAO
PEDRO DA ALDEIA-RJ

BOLETIM: 126818

III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.003590-2

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Nº CNJ :0003590-70.2012.4.02.0000
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
RICARDO PERLINGEIRO
AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL
AGRAVADO :ALL - AMERICA LATINA LOGISTICA
MALHA PAULISTA S/A 1.039.563/RS, Rel. Min. Ari Parglendler, DJ de 3/11/2008, AgRg no
ADVOGADO :SOL ALEXANDER SANDRINI Ag. 717900/RJ, Rel. Min. Castro Filho, DJ de 12/3/2007, AgRg nos
FERREIRA E OUTROS EDcl no Ag. 730.703/MG, Rel. Min. Luiz Fux, DJ de 31/8/2006. [...]
TERCEIRO :AGENCIA NACIONAL DE (STJ, 1ª Turma, AAAEAG 200801796400, Rel. Min. BENEDITO
INTERESSADO TRANSPORTES TERRESTRES - ANTT GONÇALVES, DJE 11.2.2011)
PROCURADOR :SEM PROCURADOR PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. DEFICIÊNCIA
ORIGEM :VIGÉSIMA PRIMEIRA VARA NO TRASLADO DE PEÇAS OBRIGATÓRIAS. [...] 3. A juntada
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO apenas do substabelecimento não supre a ausência da procuração, visto
(200451010079467) que aquele só terá validade quando apresentado juntamente com o
instrumento de mandato. 4. Agravo Regimental não provido.
DECISÃO (STJ, 2ª Turma, AGA 201001205849, Rel. Min. HERMAN
Cuida-se de Agravo de Instrumento interposto pela UNIÃO BENJAMIN, DJE 4.2.2011)
FEDERAL contra decisão proferida nos autos da Ação Ordinária nº Ante o exposto, NEGO SEGUIMENTO AO AGRAVO DE
2004.51.01.007946-7 que determinou à ANTT que se abstivesse de INSTRUMENTO, na forma do art. 557, caput, do CPC.
inscrever o nome da Demandante no CADIN até a prolação da Preclusa esta, baixem os autos à Vara de origem, com as cautelas de
sentença (fls. 19/20). estilo.
Em suas razões, a União alega, em síntese: a) que a Lei 10.522/2002 Publique-se. Intime-se. Comunique-se.
condiciona a suspensão da inscrição de devedores no CADIN ao Rio de Janeiro, 8 de maio de 2012.
oferecimento de garantia idônea correspondente ao débito integral; b) RICARDO PERLINGEIRO
que, no caso, a empresa prestou fiança apenas de parcela do valor Juiz Federal Convocado
devido; c) que não poderiam ter sido deduzidas as quantias reservadas
ao pagamento de obrigações trabalhistas; d) que a decisão agravada
permite que a Demandante deposite apenas a importância que
considerar de direito.
As contrarrazões foram apresentadas às fls. 151/161. IV - APELACAO CIVEL 2004.51.01.008780-4
Parecer do Ministério Público Federal opinando pelo provimento do Nº CNJ :0008780-18.2004.4.02.5101
recurso (fls. 182/185). RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
É o breve relatório. Decido. RICARDO PERLINGEIRO
O art. 525, I do CPC determina que a petição de agravo de instrumento APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
será instruída, obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da ADVOGADO :LETICIA VALE DA SILVA DA
certidão da respectiva intimação e das procurações outorgadas aos CUNHA BRAZ E OUTROS
advogados do Agravante e do Agravado, sob pena de não APELADO :JUCIARA DA CONCEICAO SILVA
conhecimento do recurso. ADVOGADO :SEM ADVOGADO
No caso, verifica-se que a Agravante não anexou ao recurso a ORIGEM :DÉCIMA QUINTA VARA FEDERAL
procuração outorgada aos advogados da Agravada, juntando apenas os DO RIO DE JANEIRO
substabelecimentos de fls. 22/23. Nesta hipótese, a jurisprudência (200451010087804)
considera que ausência do instrumento original de procuração tem por
consequência o não conhecimento do recurso por falta de documento DESPACHO
obrigatório, conforme já decidiu o Superior Tribunal de Justiça: Verifica-se que a petição juntada pela CEF à fl. 80, na qual requer a
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. extinção do processo, nos termos do art. 267, VIII do CPC, foi
SUBSTABELECIMENTO SEM PROCURAÇÕES ORIGINAIS AO protocolada em 22.3.2012, a despeito de estar com data de 17.1.2012.
ADVOGADO DO AGRAVADO. DEFICIÊNCIA DO Assim, considerando que foi julgada a apelação em 6.3.2012, conforme
INSTRUMENTO. [...] na hipótese dos autos, não há cópia da acórdão de fl. 76, nada há a prover.
procuração outorgada ao advogado da agravada, mas tão somente a Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012.
cópia do substabelecimento conferindo poderes ao advogado que RICARDO PERLINGEIRO
apresentou contrarrazões ao recurso especial. 3. Ocorre que a ausência Juiz Federal Convocado
da cadeia completa das procurações e dos substabelecimentos dos
patronos do agravante e do agravado importa no não conhecimento do
agravo de instrumento. [...] (STJ, 2ª Turma, AGA 201001489449, Rel.
Min. MAURO CAMPBELL MARQUES, DJE 4.2.2011)
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.015476-5
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL Nº CNJ :0015476-03.2011.4.02.0000
NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
INSTRUMENTO. [...] 2. Na hipótese dos autos, não foi trasladada a RICARDO PERLINGEIRO
cadeia completa de substabelecimentos outorgados aos advogados da AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL
empresa agravada. Desse modo, falta peça obrigatória à formação do AGRAVADO :DJALMA FERREIRA MARQUES
instrumento, conforme previsto no art. 544, § 1º, do Código de ADVOGADO :CLAUDIA CRISTINA AZEVEDO
Processo Civil. 3. Precedentes: AgRg no Ag. 1.139.384/MG, Rel. Min. RAMOS
Maria Thereza de Assis Moura, DJ de 18/5/2009, AgRg no Ag. ORIGEM :VIGÉSIMA NONA VARA FEDERAL
DO RIO DE JANEIRO
(201151010145626)

DESPACHO

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Intime-se a parte contrária dos embargos de declaração de fls. 145/150,
facultando-lhe a apresentação de contrarrazões, no prazo legal.
Após, tornem conclusos.
Rio de Janeiro, 8 de maio de 2012.
RICARDO PERLINGEIRO
Juiz Federal Convocado ORIGEM :1A. VARA FEDERAL - NITEROI/RJ
(200251010208519)
JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO BRUNO
DUTRA
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2009.51.01.023962-6 DECISÃO
Nº CNJ :0023962-68.2009.4.02.5101 Trata-se de Apelação interposta contra sentença que – em sede de ação
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO cognitiva sob o rito ordinário que objetiva a nulidade do procedimento
RICARDO PERLINGEIRO de execução extrajudicial de imóvel financiado pelo Sistema
APELANTE :UNIAO FEDERAL Financeiro de Habitação – julgou improcedente o pedido.
APELADO :CLEA SA DE PAIVA Após a interposição do referido recurso, a parte autora peticiona, à fl.
ADVOGADO :JULIANO BIZZO NETTO 436, renunciando expressamente ao direito que se funda a ação,
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 4A VARA-RJ requerendo assim a extinção do feito na forma do artigo 269, V do
ORIGEM :QUARTA VARA FEDERAL DO RIO Código de Processo Civil.
DE JANEIRO (200951010239626) É o relato do necessário.
A renúncia é um ato abdicativo e unilateral manifestado pelo autor, que
DESPACHO tem por objeto o próprio direito material em que se funda a pretensão
Intime-se a parte contrária dos embargos de declaração de fls.149/156, deduzida. Uma vez manifestada a renúncia e sendo o direito
facultando-lhe a apresentação de contrarrazões, no prazo legal. disponível, o juiz deve proferir sentença homologatória desse ato,
Após, tornem conclusos. sendo irrelevante a anuência da parte contrária.
Rio de Janeiro, 8 de maio de 2012. Neste exato sentido:
RICARDO PERLINGEIRO “PROCESSO CIVIL - DESISTÊNCIA DA AÇÃO - APELO JULGADO
Juiz Federal Convocado PELO TRIBUNAL - IMPOSSIBILIDADE - DISTINÇÃO DOS
INSTITUTOS: DESISTÊNCIA DA AÇÃO, DESISTÊNCIA DO
RECURSO E RENÚNCIA.
1. A desistência da ação é instituto de natureza eminentemente
processual, que possibilita a extinção do processo, sem julgamento do
IV - APELACAO CIVEL 2005.51.01.012718-1 mérito, até a prolação da sentença. Após a citação, o pedido somente
Nº CNJ :0012718-84.2005.4.02.5101 pode ser deferido com a anuência do réu ou, a critério do magistrado,
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO se a parte contrária deixar de anuir sem motivo justificado. A
RICARDO PERLINGEIRO demanda poderá ser proposta novamente e se existirem depósitos
APELANTE :SEVERINO CAMPOS DA SILVA E judiciais, estes poderão ser levantados pela parte autora. Antes da
OUTROS citação o autor somente responde pelas despesas processuais e, tendo
ADVOGADO :JOSE ROBERTO SOARES DE sido a mesma efetuada, deve arcar com os honorários do advogado do
OLIVEIRA E OUTROS réu.
APELADO :UNIAO FEDERAL 2. A desistência do recurso, nos termos do art. 501 do CPC, independe
ORIGEM :DÉCIMA VARA FEDERAL DO RIO DE da concordância do recorrido ou dos litisconsortes e somente pode ser
JANEIRO (200551010127181) formulado até o julgamento do recurso. Neste caso, há extinção do
processo com julgamento do mérito, prevalecendo a decisão
DESPACHO imediatamente anterior, inclusive no que diz respeito a custas e
Intime-se a parte contrária dos embargos de declaração de fls. 253/255, honorários advocatícios.
facultando-lhe a apresentação de contrarrazões, no prazo legal. 3. A renúncia é ato privativo do autor, que pode ser exercido em
Após, tornem conclusos. qualquer tempo ou grau de jurisdição, independentemente da
Rio de Janeiro, 8 de maio de 2012. anuência da parte contrária, ensejando a extinção do feito com
RICARDO PERLINGEIRO julgamento do mérito, o que impede a propositura de qualquer outra
Juiz Federal Convocado ação sobre o mesmo direito. É instituto de natureza material, cujos
efeitos equivalem aos da improcedência da ação e, às avessas, ao
reconhecimento do pedido pelo réu. Havendo depósitos judiciais, estes
deverão ser convertidos em renda da União. O autor deve arcar com
as despesas processuais e honorários advocatícios, a serem arbitrados
IV - APELACAO CIVEL 2002.51.01.020851-9 de acordo com o art. 20, § 4º do CPC ("causas em que não houver
Nº CNJ :0020851-23.2002.4.02.5101 condenação").
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL 4. Hipótese em que, já tendo sido julgada a apelação pelo Tribunal,
GUILHERME DIEFENTHAELER impossível o deferimento do pedido de desistência da ação.
APELANTE :LUCY FRANCO FALHEIRO E OUTRO 5. Recurso especial improvido.”
ADVOGADO :CHRISTIANE MARIA DE AZEVEDO (STJ, 2ª Turma, REsp 627022/SC, Rel. Min. ELIANA CALMON,
MARTINS E OUTROS Unânime, DJ 13.12.2004, p. 322)
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF Diante do exposto, homologo a renúncia ao direito sobre que se funda
ADVOGADO :CRISTINA LEE E OUTROS a ação, requerida pela parte autora, e, por conseguinte, resolvo o mérito
da lide, nos termos do artigo 269, V, do CPC.
Condeno a Autora no pagamento de verba honorária, que fixo em 5%
sobre o valor atribuído à causa, devendo ser respeitado o prazo
prescricional do artigo 12 da Lei 10.060/50, em razão da Gratuidade de
Justiça que ora defiro.

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Outrossim, JULGO PREJUDICADO o recurso em razão da perda de
objeto.
Decorrido in albis o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição e
restituam-se os autos à Vara de origem com as devidas cautelas.
Publique-se. Intime-se.
Rio de Janeiro, 07 de maio de 2012. 3. A renúncia é ato privativo do autor, que pode ser exercido em
GUILHERME DIEFENTHAELER, qualquer tempo ou grau de jurisdição, independentemente da anuência
Desembargador Federal – Relator. da parte contrária, ensejando a extinção do feito com julgamento do
/mpc mérito, o que impede a propositura de qualquer outra ação sobre o
mesmo direito. É instituto de natureza material, cujos efeitos
equivalem aos da improcedência da ação e, às avessas, ao
reconhecimento do pedido pelo réu. Havendo depósitos judiciais, estes
deverão ser convertidos em renda da União. O autor deve arcar com as
IV - APELACAO CIVEL 2006.51.02.004891-9 despesas processuais e honorários advocatícios, a serem arbitrados de
Nº CNJ :0004891-82.2006.4.02.5102 acordo com o art. 20, § 4º do CPC ("causas em que não houver
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL condenação").
GUILHERME DIEFENTHAELER 4. Hipótese em que, já tendo sido julgada a apelação pelo Tribunal,
APELANTE :ROBSON ANDRE MARCAL DE impossível o deferimento do pedido de desistência da ação.
ALMEIDA 5. Recurso especial improvido.”
ADVOGADO :HERBERTH MEDEIROS SAMPAIO (STJ, 2ª Turma, REsp 627022/SC, Rel. Min. ELIANA CALMON,
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF Unânime, DJ 13.12.2004, p. 322)
ADVOGADO :CARLA DE CASTRO AMORIM Diante do exposto, homologo a renúncia ao direito sobre que se funda
MAURIN KRSULOVIC E OUTROS a ação, requerida pela parte autora, e, por conseguinte, resolvo o mérito
ORIGEM :2A. VARA FEDERAL - NITEROI/RJ da lide, nos termos do artigo 269, V, do CPC.
(200651020048919) Condeno o Autor no pagamento de verba honorária, que fixo em 5%
JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO FÁBIO sobre o valor atribuído à causa, devendo ser respeitado o prazo
SOUZA prescricional do artigo 12 da Lei 10.060/50, em razão da Gratuidade de
Justiça que ora defiro.
DECISÃO Outrossim, JULGO PREJUDICADO o recurso em razão da perda de
Trata-se de Apelação interposta contra sentença que – em sede de ação objeto.
cognitiva sob o rito ordinário que objetiva a revisão de cláusulas e Decorrido in albis o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição e
prestações em contrato de mútuo habitacional vinculado ao Sistema restituam-se os autos à Vara de origem com as devidas cautelas.
Financeiro de Habitação – julgou improcedente o pedido. Publique-se. Intime-se.
Após a interposição do referido recurso, a parte autora peticiona, à fl. Rio de Janeiro, 07 de maio de 2012.
744, informando que estaria promovendo o pagamento do débito, GUILHERME DIEFENTHAELER,
renunciando expressamente ao direito que se funda a ação, requerendo Desembargador Federal – Relator.
assim a extinção do feito na forma do artigo 269, V do Código de /mpc
Processo Civil.
É o relato do necessário.
A renúncia é um ato abdicativo e unilateral manifestado pelo autor, que
tem por objeto o próprio direito material em que se funda a pretensão
deduzida. Uma vez manifestada a renúncia e sendo o direito III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.005350-3
disponível, o juiz deve proferir sentença homologatória desse ato, Nº CNJ :0005350-54.2012.4.02.0000
sendo irrelevante a anuência da parte contrária. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
Neste exato sentido: GUILHERME DIEFENTHAELER
“PROCESSO CIVIL - DESISTÊNCIA DA AÇÃO - APELO AGRAVANTE :MARCELO ORNELLAS CASTELLANI
JULGADO PELO TRIBUNAL - IMPOSSIBILIDADE - DISTINÇÃO ADVOGADO :ARACELI A. RODRIGUES
DOS INSTITUTOS: DESISTÊNCIA DA AÇÃO, DESISTÊNCIA DO AGRAVADO :UNIAO FEDERAL
RECURSO E RENÚNCIA. ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DO RIO
1. A desistência da ação é instituto de natureza eminentemente DE JANEIRO (201251010001657)
processual, que possibilita a extinção do processo, sem julgamento do JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
mérito, até a prolação da sentença. Após a citação, o pedido somente GUSTAVO ARRUDA DE MACEDO
pode ser deferido com a anuência do réu ou, a critério do magistrado,
se a parte contrária deixar de anuir sem motivo justificado. A demanda DECISÃO
poderá ser proposta novamente e se existirem depósitos judiciais, estes Trata-se de Agravo de Instrumento, com pedido de antecipação da
poderão ser levantados pela parte autora. Antes da citação o autor tutela recursal, interposto por MARCELO ORNELLAS CASTELANI
somente responde pelas despesas processuais e, tendo sido a mesma visando à reforma de decisão, cuja cópia se encontra às fls. 244,
efetuada, deve arcar com os honorários do advogado do réu. proferida pelo Juízo da 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio de
2. A desistência do recurso, nos termos do art. 501 do CPC, independe Janeiro, nos autos da Ação Ordinária nº 2012.51.01.000165-7, que
da concordância do recorrido ou dos litisconsortes e somente pode ser indeferiu o pedido liminar de conversão de sua aposentadoria por
formulado até o julgamento do recurso. Neste caso, há extinção do invalidez com proventos proporcionais em aposentadoria com
processo com julgamento do mérito, prevalecendo a decisão proventos integrais.
imediatamente anterior, inclusive no que diz respeito a custas e Alega o Agravante, em síntese, que a decisão recorrida, que indeferiu o
honorários advocatícios. pedido liminar por ausência de prova inequívoca, visto que a
comprovação da “alienação mental” do autor só seria possível no
decorrer da instrução probatória, não merece subsistir, posto que
haveria prova inequívoca nos autos, consubstanciada nos termos do
processo administrativo que tratou do assunto, acostado às fls. 119/209.
É o relatório. Decido.

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O deferimento do pleito de tutela antecipada deve observar os
requisitos estabelecidos no art. 273 do CPC, notadamente a
verossimilhança das alegações do demandante, a reversibilidade dos
efeitos da decisão e, alternativamente, o periculum in mora ou o
manifesto propósito protelatório do réu.
No caso vertente, entendo ausentes os requisitos autorizadores da JUIZ FEDERAL IORIO SIQUEIRA
medida pleiteada. D’ALESSANDRI FORTI
Com efeito, como bem salientou o Juízo a quo, a elucidação dos fatos
narrados na peça vestibular impõe cuidadoso e apurado exame, DECISÃO
demandando dilação probatória como perícia, situação incompatível Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por ALEXANDRE
com a cognição sumária característica do Agravo de Instrumento. MAURO PRADO E OUTROS em face de decisão (fls. 358/359),
Outrossim, não vislumbro risco de dano irreparável ou de difícil proferida pelo Juízo da 8ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio de
reparação que justifique a entrega do mérito de forma antecipada. Em Janeiro, que indeferiu o requerimento liminar.
que pese à natureza alimentar da pretensão, o Agravante continuará Contudo, em consulta ao sistema Apolo, verifica-se que foi proferida
recebendo os seus proventos, mesmo que inferiores ao que entende decisão de declínio de competência, restando prejudicado o presente
devido. Agravo de Instrumento, ante a perda de objeto.
Já para a Agravada, o risco é patente, já que em casos como o dos Diante do exposto, NEGO SEGUIMENTO ao presente Agravo de
autos, os valores pagos por força de decisão que antecipa os efeitos da Instrumento, com fulcro no artigo 557 do Código de Processo Civil, e
tutela dificilmente serão revertidos aos cofres públicos na hipótese de no artigo 44, §1º, inciso I do Regimento Interno desta Corte.
ser julgada improcedente a ação ao final. Publique-se e, após decurso do prazo, baixem os autos.
Neste sentido, mutatis mutandis, merece destaque o seguinte Rio de Janeiro, 07 de maio de 2012.
precedente: GUILHERME DIEFENTHAELER,
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. PENSÃO. Desembargador Federal – Relator.
COMPANHEIRA. NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. /dea/rwa
AUSENTES OS REQUISITOS DO ARTIGO 273 DO CPC.
1. Analisando os autos, entendo assistir razão à Agravante, eis que
não restou caracterizada a verossimilhança do direito alegado, sendo
necessário proceder-se à dilação probatória.
2. Noutro eito, resta clara a possibilidade de lesão grave e de difícil APELAÇÃO CÍVEL 2001.51.01.020399-2
reparação ao Erário, dada a natureza alimentar das parcelas Nº CNJ :0020399-47.2001.4.02.5101
pleiteadas. RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
3. Neste panorama jurídico-processual, a meu juízo, impõe-se o RICARDO PERLINGEIRO
trânsito da irresignação. APELANTE :ASSOCIACAO DOS ENGENHEIROS
4. Agravo de Instrumento provido.” DA PETROBRAS - AEPET
(TRF – 2ª Região, OITAVA TURMA ESPECIALIZADA, ADVOGADOS :CESAR VERGARA DE ALMEIDA
2010.02.01.013889-5, Relator Desembargador Federal POUL ERIK MARTINS COSTA E OUTRO
DYRLUND, E-DJF2R 11/05/2011, p. 416/417) APELADA :AGÊNCIA NACIONAL DO
Diante do exposto, com fulcro no art. 557, caput, do Código de PETRÓLEO, GÁS NATURAL E
Processo Civil, NEGO SEGUIMENTO ao presente Agravo de BIOCOMBUSTÍVEIS - ANP
Instrumento. PROCURADOR :MARCELO DE AQUINO MENDONCA
Publique-se. Intime-se. APELADA :PETROBRÁS - PETRÓLEO
Decorrido in albis o prazo recursal, encaminhem-se estes autos à Vara BRASILEIRO S/A
de origem, observadas as devidas cautelas legais. ADVOGADOS :JOSE LUIS MONTEIRO BORGES E
Rio de Janeiro, 07 de maio de 2012. OUTROS
GUILHERME DIEFENTHAELER, APELADOS :EL PASO ENERGY INTERNACIONAL
Desembargador Federal – Relator. BRASIL LTDA E OUTRO
rdo/rwa ADVOGADOS :SONIA MARIA AGEL DA SILVA E
OUTROS
APELADA :ESSO BRASILEIRA DE PETROLEO
LTDA
ADVOGADOS :ROSANE LUCIA DE SOUZA THOME E
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.002353-5 OUTROS
Nº CNJ :0002353-98.2012.4.02.0000 APELADA :DEVON ENERGY DO BRASIL LTDA
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL ADVOGADOS :RAFAEL SALLES E OUTROS
GUILHERME DIEFENTHAELER APELADOS :QUEIROZ GALVAO PERFURACOES
AGRAVANTE :ALEXANDRE MAURO PRADO E LTDA E OUTROS
OUTROS ADVOGADOS :IVAN TAUIL RODRIGUES E OUTROS
ADVOGADO :CARLOS ALBERTO BOECHAT APELADOS :WINTERSHALL BM-ES-7 LTDA E
RANGEL E OUTROS OUTROS
AGRAVADO :AGENCIA NACIONAL DE ADVOGADOS :FELISBERTO CALDEIRA BRANT
TRANSPORTES TERRESTRES - ANTT JUNIOR E OUTROS
PROCURADOR :SEM PROCURADOR APELADA :PHILIPS PETROLEUM DO BRASIL
ORIGEM :OITAVA VARA FEDERAL DO RIO DE LTDA
JANEIRO (201251010015929) ADVOGADOS :CANDICE BUCKLEY BITTENCOURT
SILVA E OUTROS
APELADA :ENCANBRASIL LTDA
ADVOGADOS :LUIZ GUILHERME MORAES REGO
MIGLIORA E OUTROS
APELADA :SAMSON ENDRESS HAUSER LTDA

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ADVOGADOS :ANA PAULA BANADIMAN MULLER
E OUTROS
APELADA :MAERSK OIL DO BRASIL LTDA
ADVOGADOS :EDUARDO MACCARI TELLES E
OUTROS
APELADA :ENTERPRISE OIL DO BRASIL LTDA proferida à fl. 153, que determinou à CEF que indicasse um depositário
ADVOGADOS :ANA TEREZA PALHARES BASILIO E para da cumprimento de mandado de penhora e avaliação, deixando os
OUTROS autos paralisados por mais de 30 dias.
APELADO :STATOIL DO BRASIL LTDA Em suas razões recursais, às fls. 168/171, sustenta a Empresa Pública,
ADVOGADOS :GUILHERME GUERRA D'ARRIAGA em síntese, que não teria sido intimada pessoalmente para dar
SCHMIDT E OUTROS andamento ao feito, o que ensejaria a nulidade do julgado.
APELADA :PETROSYNERGY LTDA Contrarrazões às fls. 176/178.
ADVOGADOS :LUCIANA ABREU DOS SANTOS E Parecer do Ministério Público, às fls. 182/184, opinando pelo
OUTROS provimento do recurso.
APELADA :COMPANHIA BRASILEIRA DE Relatei. Decido.
PETROLEO IPIRANGA O inconformismo merece prosperar.
ADVOGADO :SEM ADVOGADO Com efeito, a inércia da parte autora em dar cumprimento à
APELADA :PETROGAL BRASIL LTDA determinação judicial para fins de promover as diligências necessárias
ADVOGADOS :ANTONIO DE PADUA BASTOS DE ao andamento regular do processo é hipótese configuradora de
ARAUJO SARMENTO E OUTROS abandono da causa, a ensejar a extinção do processo, sem resolução do
APELADA :RIO DAS CONTAS PRODUTORA DE mérito, com fulcro no artigo 267, III, do CPC, cumprindo ao julgador
PETROLEO LTDA somente observar a disposição constante do § 1º do referido artigo, que
ADVOGADOS :RODRIGO JACOBINA BOTELHO E preconiza a necessidade de intimação pessoal da parte autora para, em
OUTROS 48 horas, providenciar o andamento do feito, sob pena de extinção sem
APELADA :SYNNERGY GROUP CORP julgamento do mérito, sendo oportuna a citação dos seguintes
ADVOGADOS :JOSE AUGUSTO ADAMI E OUTROS precedenetes:
APELADA :OCEAN ENERGY LIMITADA “PROCESSUAL CIVIL. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM
ADVOGADOS :PEDRO PAULO MUANIS SOBRINHO RESOLUÇÃO DO MÉRITO. ABANDONO. ART. 267, INCISO III E §
E OUTROS 1º, DO CPC. INTIMAÇÃO PESSOAL PRÉVIA. AUSÊNCIA.
ORIGEM :VIGÉSIMA SEXTA VARA FEDERAL PROSSEGUIMENTO DO FEITO.
DO RIO DE JANEIRO 1. A extinção do processo por abandono da causa demanda a prévia
(200151010203992) intimação pessoal do autor para suprir o vício em 48 (quarenta e oito)
horas. Precedentes.
DESPACHO 2 (...).
Fls. 3070/3071: Defiro a vista requerida, pelo prazo de 5 (cinco) dias. 3. Recurso especial não provido”.
Rio de Janeiro, 8 de maio de 2012. (STJ, RESP - RECURSO ESPECIAL – 930170, 2ª Turma, Rel. Min.
RICARDO PERLINGEIRO Castro Meira, Unânime, DJU 27.08.2007, p. 214).
Juiz Federal Convocado “RECURSO ESPECIAL. PROCESSO CIVIL. PROCESSO DE
EXECUÇÃO. TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXTINÇÃO POR
ABANDONO. ARTIGO 267, INCISO III, § 1º, DO CPC. AUSÊNCIA
DE INTIMAÇÃO PESSOAL DO CREDOR. SÚMULA 7/STJ.
EXECUÇÃO NÃO EMBARGADA. SÚMULA 240/STJ.
BOLETIM: 126834 INAPLICABILIDADE.
1. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito, quando o autor
abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias e quedar-se silente
IV - APELACAO CIVEL 2003.51.01.010929-7 após ser intimado, pessoalmente, a fim de dar prosseguimento ao feito
Nº CNJ :0010929-21.2003.4.02.5101 em 48 (quarenta e oito) horas.
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL 2. Hipótese em que o Tribunal de origem afirmou expressamente que a
GUILHERME DIEFENTHAELER exeqüente foi intimada de acordo com o art. 267, III, § 1º, do CPC.
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF Rever essa questão ensejaria o reexame de matéria fática (Súmula
ADVOGADO :LETICIA VALE DA SILVA DA 7/STJ).
CUNHA BRAZ E OUTROS 3. A Súmula 240 não se refere à execução não embargada.
APELADO :RODRIGO DE ASSIS BOAMORTE Precedentes do STJ.
ADVOGADO :SONIA NEVES DE ASSIS 4. Agravo Regimental não provido”.
ORIGEM :VIGÉSIMA TERCEIRA VARA (STJ, AGRESP - AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO ESPECIAL – 936372, 2ª Turma, Rel. Min. Herman Benjamin,
(200351010109297) Unânime, DJE 19.12.2008).
JUÍZA FEDERAL MARIA AMELIA “PROCESSUAL CIVIL.AGRAVO INTERNO EM APELAÇÃO CÍVEL.
ALMEIDA SENOS DE CARVALHO EXTINÇÃO DO FEITO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.
ABANDONO DE CAUSA (ART. 267, III, DO CPC). INTIMAÇÃO
DECISÃO PESSOAL.
Trata-se de Apelação interposta contra sentença que, em sede de Ação 1. Após oportunizados diversos prazos para que a parte autora
de Execução de Título Extrajudicial, julgou o feito extinto sem indicasse o endereço correto para citação do Réu, ao longo de quase
resolução do mérito em razão do não cumprimento da decisão um ano, e promovida a intimaçãopessoal da mesma, para suprir a
falta em 48 (quarenta e oito) horas, ausente qualquer manifestação,
adequada a extinção do feito, por abandono de causa, nos termos do
art. 267, III e §1º do CPC. 2. Agravo interno desprovido.”
(TRF 2ª Região, AC nº 2006.51.01.000960-7, 8ª Turma Especializada,
Rel. Juiz Fed. Conv. Marcelo Pereira da Silva, Julg: 03.12.2008,

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Unânime, DJU: 11.12.2008)
Nesse passo, verifica-se que a Apelante foi intimada somente pela
Imprensa Oficial, fato este que impede, à luz do artigo 267, § 1º do
Código de Processo Civil, a extinção do feito por abandono.
Diante do exposto, com fundamento no artigo 557, § 1º-A do Código
de Processo Civil, DOU PROVIMENTO AO RECURSO para anular a todos os elementos necessários ao conhecimento do recurso, sem o
sentença, determinando o retorno dos Autos ao Juízo de origem para o que fica excluída a possibilidade de decisão do mérito.
regular prosseguimento do feito. II. Em se tratando de peça obrigatória do Agravo, não cabe a
Decorrido in albis o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição e conversão do feito em diligência para suprir a sua deficiência. E isto
restituam-se os autos à Vara de origem com as devidas cautelas. porque, ao Agravante incumbe instruir o Agravo com vistas ao seu
Publique-se. Intime-se. perfeito conhecimento, não devendo nunca esperar seja expressamente
Rio de Janeiro, 30 de abril de 2012. intimada para cumprir ato que a lei já lhe imputa como ônus de forma
GUILHERME DIEFENTHAELER, expressa e clara.
Desembargador Federal – Relator. III. Agravo de Instrumento improvido.”
/mpc (TRF-2ª Região, AG 2009.02.01.009007-0, SÉTIMA TURMA
ESPECIALIZADA, Relator Desembargador Federal REIS FRIEDE,
DJU: 25/08/2009, Página 93)
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO
DE INSTRUMENTO. AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.005535-4 NA ORIGEM POR ADVOGADO SEM PROCURAÇÃO ORIGINÁRIA
Nº CNJ :0005535-92.2012.4.02.0000 NOS AUTOS. VIOLAÇÃO DO ART. 525, I DO CPC. PRECLUSÃO
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL CONSUMATIVA. PRECEDENTES. RECURSO A QUE SE NEGA
GUILHERME DIEFENTHAELER PROVIMENTO, COM MULTA.
AGRAVANTE : ROMEU RICARDO DA SILVA 1. "O substabelecimento não supre a ausência de procuração, pois
ADVOGADO :SERGIO ALEXANDRE CUNHA este é apenas um ato de transferência de poderes entre mandatário e
CAMARGO um terceiro, no caso, entre advogados, que só tem validade se atrelado
AGRAVADO :AGENCIA NACIONAL DO à procuração que lhe deu origem - esta sim verdadeiro instrumento de
PETROLEO, GAS NATURAL E outorga de poderes entre parte e advogado" (AgRg no Ag 1217626/SP,
BIOCOMBUSTIVEIS - ANP Relator Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA,
PROCURADOR :LEONARDO CARDOSO M. T. julgado em 02/03/2010, DJe 12/03/2010).
MENDES 2. O STJ já pacificou que é dever do recorrente comprovar no instante
ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DO RIO da interposição do recurso que os pressupostos de admissibilidade
DE JANEIRO (201151010176969) foram atendidos, sob pena de preclusão consumativa; fato que ocorreu
JUIZ FEDERAL MAURO LUIS ROCHA quando o agravante interpôs o agravo de instrumento na origem, sem
LOPES os devidos documentos.
3. Recurso infundado, a ensejar a aplicação da multa prevista no
DECISÃO artigo 557, § 2º, do CPC.
Trata-se de agravo de instrumento interposto por ROMEU RICARDO 4. Agravo regimental não provido.
DA SILVA, em face de decisão que arbitrou de ofício o valor da causa (STJ, AgRg no AgRg no Ag 1291170 – 2010/0052294-3, QUARTA
em R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais). TURMA, Relator Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, DJE
É o relatório. Decido. 13/06/2011)
Em análise dos autos, verifica-se que a petição do recurso não foi Diante do exposto, NÃO CONHEÇO do agravo de instrumento
instruída com cópia da procuração da Agravante, o que contraria o interposto.
disposto no artigo 525, I, do Código de Processo Civil, verbis: Publique-se e, após decurso do prazo, baixem os autos.
“Art. 525. A petição de agravo de instrumento será instruída: Rio de Janeiro, 03 de maio de 2012.
I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da GUILHERME DIEFENTHAELER,
respectiva intimação e das procurações outorgadas aos advogados do Desembargador Federal – Relator.
agravante e do agravado; dea/rwa/
(...)”
Tendo em vista que cabe ao Agravante instruir o recurso com as peças
obrigatórias e as necessárias a um perfeito conhecimento das questões
levantadas, tal fato, por si só, justifica o não conhecimento do agravo
de instrumento, por instrução deficiente. IV - APELACAO CIVEL 2003.51.01.025211-2
A jurisprudência e a doutrina são firmes no sentido de que, para fins de Nº CNJ :0025211-64.2003.4.02.5101
admissibilidade do agravo, é ônus da Agravante instruí-lo de forma a RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
preencher os requisitos legais, sendo defeso ao relator abrir GUILHERME DIEFENTHAELER
oportunidade para juntada extemporânea de documentação dessa APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
estirpe. ADVOGADO :TUTECIO GOMES DE MELLO E
Por oportuno, anotem-se os seguintes arestos: OUTROS
“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. APELADO :EWERTON VINICIUS DE ABREU
DEFICIENTE FORMAÇÃO. AUSÊNCIA DE PEÇA ESSENCIAL GALAFASSI E OUTRO
PARA A SOLUÇÃO DA CONTROVÉRSIA. artigo 525, cpc. aplicação ADVOGADO :JORGE SANTANA QUEIROZ
do artigo 284, cpc. DESCABIMENTO. ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DO RIO
I. É ônus do Agravante a adequada formação do instrumento com DE JANEIRO (200351010252112)
JUIZ FEDERAL MAURO LUÍS ROCHA
LOPES

DECISÃO
Trata-se de Apelação interposta contra sentença que – em sede de ação

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cognitiva sob o rito ordinário que objetiva a revisão de cláusulas em
contrato de mútuo habitacional vinculado ao Sistema Financeiro de
Habitação, bem como a declaração de quitação do financiamento –
julgou procedente em parte o pedido, para condenar a CEF a fornecer
ofício de quitação para baixa de hipoteca, bem como restituir as
eventuais importâncias pagas a partir do mês de dezembro de 2000, 2.291/86, o que torna a União Federal parte ilegítima para figurar no
sendo concluído que os Autores fariam jus à quitação do débito através pólo passivo nas ações relativas ao Sistema Financeiro de Habitação.
do desconto de 100% previsto na Lei 10.150/2000. 2. A impossibilidade de quitação de dois financiamentos pelo FCVS
Em suas razões recursais, às fls. 360/366, sustenta a Empresa Pública, somente foi estabelecida a partir do advento da Lei n.º 8.100/90, vindo
em síntese, que os Apelados não estariam submetidos à cobertura do a redação do art. 3º desse diploma legal a ser alterada pelo art. 4º da
FCVS, uma vez que não teriam declarado, na data da concessão do Lei n.º 10.150/2000, no intuito de esclarecer que a limitação somente
segundo mútuo, que já seriam proprietários de imóvel residencial se aplicaria aos contratos firmados a partir de 05.12.1990, em
financiado, aduzindo ainda que não haveria obrigatoriedade do agente observância ao princípio da irretroatividade das leis.
financeiro realizar a novação prevista na Lei 10.150/2000. 3. Apelação desprovida.”
Contrarrazões às fls. 372/374. (TRF 2ª Região, AC nº 2008.51.01.022588-0, Rel: Juiz Federal
O Ministério Público, às fls. 382/384, informa não haver interesse Convocado Marcelo Pereira da Silva, Unânime, DJ 20.07.2011)
público que justifique a sua intervenção. “PROCESSUAL CIVIL E SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO.
Relatei. Decido. FCVS. DUPLICIDADE DE FINANCIAMENTOS. LEI 8100/90. DANO
O inconformismo não merece prosperar. MORAL INACOLHIDO. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA.
Com efeito, em se tratando de possibilidade de quitação pelo FCVS de 1. No presente caso, possível a utilização do FCVS para quitação de
outro imóvel adquirido pelo SFH, o STJ firmou entendimento no mais de um saldo devedor, tendo em vista que os contratos foram
sentido da possibilidade, acolhendo a tese de que não se pode estender firmados antes de 05/12/1990, conforme se verifica às fls. 81.
ao mutuário que obteve duplo financiamento pelo Sistema Financeiro 2. O documento de fl. 23 importa necessariamente em liquidação da
de Habitação, em data anterior à vigência das Leis 8.004 e 8.100/90, dívida, vez que o mutuário pagou o valor oferecido pela CEF para
penalidade pelo descumprimento das obrigações assumidas que não quitação do saldo com desconto.
aquelas firmadas no contrato, além daquelas decorrentes da legislação 3. Não restou evidenciado fato moralmente lesivo ou dano moral
em vigor à época, como exemplifica o seguinte julgado, in verbis: vinculado ao contrato de mútuo habitacional em exame, tendo a parte
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO – SISTEMA autora se restringido a apresentar alegações genéricas, sem indicação
FINANCEIRO DE HABITAÇÃO – LEGITIMIDADE PASSIVA DA de fatos concretos que consubstanciassem suas alegações. 4. Verifica-
CEF – LEIS 4.380/64 E 8.100/90 – DUPLO FINANCIAMENTO – se que a parte autora obteve êxito em sua postulação no sentido da
COBERTURA PELO FCVS – QUITAÇÃO DE SALDO DEVEDOR quitação do contrato de financiamento, restando o dano moral
– POSSIBILIDADE – RESPEITO AO PRINCÍPIO DA inacolhido, o que atrai a regra do artigo 21, caput, do CPC.
IRRETROATIVIDADE DAS LEIS – PRECEDENTES DESTA 5. Recurso parcialmente provido.”
CORTE. (TRF, 2ª Reg., AC 2006.51.01.009633-4, Rel. Des. Fed. POUL ERIK
1. Nas causas relativas a contratos do Sistema Financeiro de Habitação DYRLUND, DJ 05.09.2008, p. 712, unânime)
- SFH com cláusula do Fundo de Compensação de Variação Salarial - “SFH. PROCESSO CIVIL. QUITAÇÃO DE DÉBITO. FCVS.
FCVS, a Caixa Econômica Federal - CEF passou a gerir o Fundo com MULTIPLICIDADE DE FINANCIAMENTOS. CONTRATO
a extinção do Banco Nacional da Habitação - BNH. ANTERIOR AO ADVENTO DA LEI 8.100/90. COBERTURA.
2. A disposição contida no art. 9º da Lei. 4.380/64 não afasta a LEGITIMIDADE PASSIVA DA CEF. CESSÃO DE CRÉDITO.
possibilidade de quitação de um segundo imóvel financiado pelo LEGITIMIDADE PASSIVA DO NOVO AGENTE FINANCEIRO.
mutuário, situado na mesma localidade, utilizando-se os recursos do I. Registre-se a legitimidade passiva da CEF para figurar no pólo
FCVS, mas apenas impõe o vencimento antecipado de um dos passivo da presente demanda, tendo em vista a cessão do crédito
financiamentos. realizada em razão da liquidação extrajudicial do Banco Bamerindus
3. Além disso, esta Corte Superior, em casos análogos, tem-se S/A, não havendo que se falar em litisconsórcio passivo necessário
posicionado pela possibilidade da manutenção da cobertura do FCVS, com esta instituição financeira.
mesmo para aqueles mutuários que adquiriram mais de um imóvel II. O Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS -,
numa mesma localidade, quando a celebração do contrato se deu instituído pela RC 25/67 do extinto BNH, tem como meta maior
anteriormente à vigência do art. 3º da Lei 8.100/90, em respeito ao assumir a responsabilidade pelos saldos devedores dos mutuários,
princípio da irretroatividade das leis. quando do pagamento da última prestação, garantindo a cobertura de
4. A possibilidade de quitação, pelo FCVS, de saldos devedores possível saldo remanescente. III. Verifica-se, no presente caso em liça,
remanescentes de financiamentos adquiridos anteriormente a 5 de que o mutuário adimpliu a totalidade das prestações, e tendo o
dezembro de 1990 tornou-se ainda mais evidente com a edição da Lei contrato sido firmado antes de 5/12/1990, ou seja, antes do advento da
10.150/2000, que a declarou expressamente. Lei n. 8.100/1990, não merece razão a negativa da quitação do débito
5. Precedentes desta Corte. em face da multiplicidade de financiamentos. IV. Apelação da CEF
6. Recurso especial não provido.” improvida.”
(REsp 1044500/BA, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA (TRF 2ª Região, Sétima Turma Especializada, AC nº
TURMA, julgado em 24.06.2008, unânime, DJe 22.08.2008) 200051020013654, Rel: Des. Federal Reis Friede, unânime, DJ
Esta Corte também pacificou o entendimento no seguinte sentido: 16.11.2006)
“ADMINISTRATIVO. SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO. Portanto, uma vez demonstrado que o contrato foi firmado no ano de
DUPLICIDADE DE FINANCIAMENTOS. IMPOSSIBILIDADE DE 1983 (fls. 40/45), resta comprovado o direito dos Autores à quitação do
QUITAÇÃO DE CONTRATO PELO FCVS. financiamento.
1. A CEF, e não o Conselho Monetário Nacional, sucedeu o extinto o Por fim, cumpre observar que a Lei nº 10.150/00 alterou a regra da Lei
Banco Nacional da Habitação - BNH em todos os seus direitos e nº 8.100/90, possibilitando que mais de um contrato de um mesmo
obrigações, conforme estipulou o §1º do art.1º do Decreto-Lei nº mutuário pudesse utilizar o FCVS, para quitação do saldo devedor,
desde que avençados até 05 de dezembro de 1990.
Cabe ressaltar que a Lei nº 10.150/00, nos artigos 1º e 2º, regrou
hipóteses em que a União novaria, junto às instituições credoras de
financiamento habitacional, as dívidas correspondentes ao saldo
devedor contratos a serem liquidados antecipadamente, sob o amparo

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Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
do FCVS.
O artigo 1º regulamentou a novação de saldos devedores
remanescentes da liquidação de tais contratos, sendo que as condições
da novação (prazo máximo, carência, encargos) foram previstas no seu
§ 2º. No entanto, a opção pela novação deveria ser feita pela instituição
até 20.02.2001 (§7º), devendo obrigatoriamente ser incluídos no III – registro sob a forma escritural em sistema centralizado de
negócio jurídico também os créditos não caracterizados, que seriam liquidação e de custódia.
objeto de novação à medida em que se tornarem caracterizados. (...)
Contudo, o deferimento da novação permitida pelo artigo 1º está § 7º As instituições financiadoras que optarem pela novação prevista
condicionado ao preenchimento dos requisitos previstos no artigo 3º, nesta Lei deverão, até 20 de fevereiro de 2001, manifestar à Caixa
entre os quais a prévia compensação das dívidas junto ao FCVS, o Econômica Federal – CEF a sua adesão às condições de novação
pagamento das dívidas vencidas relacionadas ao FGTS, ao estabelecidas neste artigo. (Vide Medida Provisória nº 2.181-45 de
FUNDHAB, ao FGDLI e ao seguro habitacional obrigatório, devendo 24.8.2001)
ser apresentada a relação dos créditos caracterizados, previamente § 8º A adesão a que se refere o § 7o deste artigo incluirá,
homologados, dos contratos de responsabilidade do FCVS ainda não obrigatoriamente, os créditos não caracterizados, que serão objeto de
caracterizados. novação, à medida em que se tornarem caracterizados, nos termos
Além disso, o artigo 2º da Lei nº 10.150/00, regulamentou a novação desta Lei.
antecipada pela União das dívidas do FCVS relativas a saldos Art. 2º Os saldos residuais de responsabilidade do FCVS, decorrentes
devedores de contratos imobiliários cujos prazos de amortização ainda das liquidações antecipadas previstas nos §§ 1o, 2o e 3o, em contratos
estavam em curso. firmados com mutuários finais do SFH, poderão ser novados
A novação antecipada do artigo 2º, por não se tratar de negócio jurídico antecipadamente pela União, nos termos desta Lei, e equiparadas às
de acertamento global de dívidas decorrentes de contratos habitacionais dívidas caracterizadas vencidas, de que trata o inciso I do § 1o do
findos entre a instituição financeira e o FCVS, também não se artigo anterior, independentemente da restrição imposta pelo § 8o do
condicionava ao preenchimento dos requisitos do artigo 3º da Lei nº
art. 1o.
10.150/00, mas apenas à aceitação, pela instituição financeira, das
§ 1º As dívidas de que trata o caput deste artigo poderão ser novadas
condições da novação da dívida com a União (prazo máximo, carência,
por montante correspondente a trinta por cento do valor do saldo
encargos) determinadas na mencionada lei e à prévia e expressa
devedor posicionado na data do reajustamento do contrato,
anuência do devedor. Assim, os saldos residuais de responsabilidade
extinguindo-se a responsabilidade do FCVS sobre o saldo devedor
do FCVS eram equiparados às dívidas caracterizadas vencidas, e
remanescente, que será renegociado mediante acordo entre o agente
liquidadas, parcial ou integralmente, pela União, em conformidade
financeiro e o mutuário.
com os parágrafos do artigo 2º, nos seguintes termos: o § 1º autorizou a
§ 2º As dívidas relativas aos contratos cuja prestação total, em 31 de
novação antecipada, pela União, de dívidas do FCVS, por 30% do
março de 1998, era de até R$ 25,00 (vinte e cinco reais) poderão ser
valor do saldo devedor dos contratos então em curso, extinguindo-se a
novadas por montante correspondente a setenta por cento do valor do
responsabilidade do FCVS sobre o saldo remanescente, que seria
saldo devedor, posicionado na data de reajustamento do contrato,
renegociado entre agente financeiro e mutuário; o § 2º autorizou a
extinguindo-se a responsabilidade do FCVS sobre o saldo devedor
novação antecipada, pela União, de dívidas do FCVS, por 70% do
remanescente, que será renegociado mediante acordo entre o agente
valor do saldo devedor, em contratos cuja prestação total, em 31 de
financeiro e o mutuário.
março de 1998, era de até R$ 25,00, extinguindo-se a responsabilidade
§ 3º As dívidas relativas aos contratos referidos no caput, assinados até
do FCVS sobre o saldo remanescente, que seria renegociado entre
31 de dezembro de 1987, poderão ser novadas por montante
agente financeiro e mutuário e o § 3º autorizou a novação antecipada,
correspondente a cem por cento do valor do saldo devedor,
pela União, de dívidas do FCVS, por 100% do valor do saldo devedor,
posicionado na data de reajustamento do contrato, extinguindo-se a
em contratos assinados até 31.12.87, extinguindo-se a responsabilidade
responsabilidade do FCVS sob os citados contratos”.
do FCVS.
(...)
Vale transcrever abaixo esses preceitos legais:
§ 5º A formalização das disposições contidas no caput e nos §§1º, 2º,
“Art. 1º As dívidas do Fundo de Compensação de Variações Salariais –
3º e 4º deste artigo condiciona-se à prévia e expressa anuência do
FCVS, junto às instituições financiadoras, relativas a saldos devedores
devedor.
remanescentes da liquidação de contratos de financiamento
§ 6º Na falta da anuência prévia e expressa do devedor, o FCVS poderá
habitacional, firmados com mutuários finais do Sistema Financeiro da
reconhecer a cobertura para os casos previstos nos §§ 1º, 2º e 3º deste
Habitação – SFH, poderão ser objeto de novação, a ser celebrada entre
artigo, condicionada à entrega à Administradora do FCVS de termo de
cada credor e a União, nos termos desta Lei.
compromisso, mediante o qual o agente financeiro assume quaisquer
(...)
ônus decorrentes das relações jurídicas entre mutuário e instituição
§ 2º A novação objeto deste artigo obedecerá às seguintes condições:
financiadora e entre mutuário e seguradora, inclusive o ônus de ações
I – prazo máximo de trinta anos, contados a partir de 1 o de janeiro de judiciais envolvendo o contrato de financiamento e seus acessórios e a
1997, com carência de oito anos para os juros e de doze anos para o Apólice do Seguro Habitacional, desonerando expressamente o FCVS.
principal; (incluído pela Lei 10.885, de 2004)”
II – remuneração equivalente à Taxa Referencial – TR ou ao índice que No caso dos autos, o contrato foi firmado no ano de 1983, sendo certo
a suceder na atualização dos saldos dos depósitos de poupança, que, como já visto, o referido diploma legal prevê a anistia de 100% do
acrescida: saldo devedor para os contratos firmados até 31 de dezembro de 1987
a) de juros à taxa efetiva de três vírgula doze por cento ao ano para as (como no caso em apreço, devendo prosperar a pretensão autoral,
operações realizadas com recursos oriundos do Fundo de Garantia do sendo oportuna a citação dos seguintes julgados:
Tempo de Serviço – FGTS; “AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA A
b) de juros de seis vírgula dezessete por cento ao ano, correspondente à INADMISSÃO DE RECURSO ESPECIAL.
taxa efetiva de juros aplicada aos depósitos de poupança, para as - Conforme entendimento firmado nesta Corte, estando satisfeitos os
demais operações; requisitos previstos no art. 2º, § 3º, da Lei n. 10.150/2000 (a existência
de previsão de cobertura do Fundo e a celebração do contrato até 31
de dezembro de 1987), o mutuário tem direito à quitação antecipada
do saldo devedor com cobertura do FCVS. Subsistentes os
fundamentos do decisório agravado, nega-se provimento ao agravo
regimental.”

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(STJ, Segunda Turma, AGA 200900756840, Rel: Min. Cesar Asfor
Rocha, Unânime, DJ 17.11.2010)
“AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. SISTEMA
FINANCEIRO DA HABITAÇÃO. FCVS. NOVAÇÃO. LIQUIDAÇÃO
ANTECIPADA DO SALDO DEVEDOR. REQUISITOS DA LEI N.
10.150/2000. PRECEDENTES DE AMBAS AS TURMAS QUE Provisória n.º 1.981-52/2000, convertida na Lei n.º 10.150/2000. A
COMPÕEM A PRIMEIRA SEÇÃO. sentença julgou procedente o pedido, concedendo a antecipação da
1. Agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento tutela para imediata expedição do ofício de quitação, e condenou a
a recurso especial em que se discute quitação de contrato de mútuo, CEF por litigância de má-fé, por ter deduzido defesa contra fato
com cobertura pelo FCVS. incontroverso.
2. Entendimento deste Tribunal de que o mutuário tem direito à 2. O contrato foi celebrado em maio de 1987, com cobertura pelo
quitação antecipada do saldo devedor com cobertura do FCVS, desde FCVS, e atende ao prazo previsto no art. 2º, § 3º, da Lei nº 10.150/00.
que satisfeitas as condições previstas no art. 2º, § 3º, da Lei n. A CEF, entretanto, verificou a existência de diferenças de prestações
10.150/2000, quais sejam: a) previsão de cobertura do Fundo; b) atrasadas, não cobertas pelo FCVS e propôs acordo, com desconto de
celebração do contrato até 31 de dezembro de 1987. 70% sobre o valor devido. O autor efetuou o parcelamento do débito
3. “É direito do mutuário a manutenção da cobertura do FCVS e, por em duas vezes, e a CEF nada disse quando intimada para se
consequência, a liquidação antecipada do saldo devedor, com manifestar. Impõe-se, destarte, a procedência do pedido de
desconto de 100% pelo Fundo, desde que o contrato tenha sido reconhecimento da quitação do saldo devedor.
celebrado até 31 de dezembro de 1987 (art. 2º, § 3º, da Lei n. 3. A imposição de multa por litigância de má-fé pressupõe o dolo da
10.150/00)” (REsp 638.132/PR, Rel. Min. Franciulli Neto, DJ de parte, com nítido propósito de obstar o regular processamento do
06/09/2004). 4. No mesmo sentido: REsp 956.023/RS, DJ de feito, o que não se verifica no caso. A contestação genérica enseja a
25/10/2007, REsp 927.139/RS, DJ de 25/9/2008, REsp 1.099.998/RS, presunção de veracidade dos fatos não impugnados, e não houve
DJ de 3/2/2009, REsp 1075284/MG, DJ de 4/11/2008. 5. Agravo qualquer ato que pudesse ser interpretado como óbice ao trâmite
regimental não-provido.” processual.
(STJ, Primeira Turma, AGRESP 200801355974, Rel: Min. Benedito 4. Apelação da CEF parcialmente provida.”
Gonçalves, Unânime. DJ 19.03.2009) (TRF 2ª Região, Sexta Turma Especializada, AC 200151020025363,
“SFH. CONTRATO DE MÚTUO PELO FCVS. DUPLO Rel: Des. Federal Guilherme Couto, Unânime, DJ 11.09.2009)
FINANCIAMENTO. POSSIBILIDADE DE COBERTURA PELO FCVS
PARA CONTRATOS ANTERIORES À LEI Nº 8.100/90. APLICAÇÃO Diante do exposto, com fulcro no artigo 557, caput do Código de
DO DESCONTO INTEGRAL PREVISTO NA LEI 10.150/2000. Processo Civil, NEGO SEGUIMENTO AO RECURSO.
POSSIBILIDADE. HONORÁRIOS MAJORADOS. GRATUIDADE DE Decorrido in albis o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição e
JUSTIÇA NÃO DEFERIDA. restituam-se os autos à Vara de origem com as devidas cautelas.
1 – Os contratos apontados foram firmados antes do advento da Lei nº Publique-se. Intime-se.
8.100/90, diploma legal que efetivamente limitou a utilização do FCVS Rio de Janeiro, 30 de abril de 2012.
para a quitação de apenas um saldo devedor por mutuário. Assim, GUILHERME DIEFENTHAELER,
deve ser afastada a aplicação da Lei nº 8.100/90, para reconhecer o Desembargador Federal – Relator.
direito da parte autora à quitação do imóvel, sendo irrelevante a /mpc
falsidade da declaração do mutuário quanto a possuir outro
financiamento nos mesmos moldes.
2 – O Superior Tribunal de Justiça firmou orientação no sentido de
que “é direito do mutuário a manutenção da cobertura do FCVS e,
por consequência, a liquidação antecipada do saldo devedor, com III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.003256-1
desconto de 100% pelo Fundo, desde que o contrato tenha sido Nº CNJ :0003256-36.2012.4.02.0000
celebrado até 31 de dezembro de 1987 (art. 2º, § 3º, da Lei n. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
10.150/00), ainda que haja novação dos débitos fundada em edição GUILHERME DIEFENTHAELER
anterior da Medida Provisória 1.981-52/2000, cujas regras foram AGRAVANTE :EMPRESA BRASILEIRA DE
mantidas quando convertida na Lei 10.150/2000” (REsp 638.132/PR, CORREIOS E TELEGRAFOS - ECT
Rel. Min. Franciulli Neto, Segunda Turma, DJ 06.09.2004). ADVOGADO :NUBIA LEMOS GUASTI E OUTROS
3 – Não há que considerar o saldo devedor residual como parâmetro AGRAVADO :EXPRESSA REPRESENTACOES E
para o cálculo da verba honorária, o que por certo não se coaduna SERVICOS LTDA
com a simplicidade da demanda. Também não pode ser mantido o ADVOGADO :ELIFAS MOURA DE MIRANDA
valor ínfimo arbitrado pela sentença que não condiz com o trabalho JUNIOR E OUTROS
realizado. Fixo honorários advocatícios em 10% sobre o valor da ORIGEM :5ª VARA FEDERAL CÍVEL DE
causa, 50% para cada réu, na forma do art. 20, § 4º, do CPC. VITÓRIA/ES (201250010024734)
4 – Agravo retido desprovido. Recurso da parte autora parcialmente JUÍZA FEDERAL MARIA CLÁUDIA
provido. Recursos de apelação dos réus desprovidos. Sentença DE GARCIA PAULA ALLEMAND
reformada no que tange à condenação em honorários.”
(TRF 2ª Região, Sexta Turma Especializada, AC nº 200651010199470, DECISÃO
Rel: Des. Federal Maria Alice Paim Lyard, Unânime, DJ 06.09.2011) Tendo em vista o descumprimento do art. 526, do CPC, conforme
“CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. SFH. NOVAÇÃO. LEI N.º informado pelo MM. Juízo a quo, às fls. 334/335 e arguido pelo
10.150/2000. COBERTURA PELO FCVS. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. agravado nas contrarrazões de fls. 338/364, NEGO SEGUIMENTO ao
1. Lide na qual os mutuários pretendem o desconto de 100% do saldo recurso.
devedor do contrato de financiamento habitacional, com a expedição Publique-se. Intimem-se. Transitada em julgado, baixem os autos.
do ofício correspondente, nos termos do autorizado pela Medida Rio de Janeiro, 04 de maio de 2012.
GUILHERME DIEFENTHAELER,
Desembargador Federal - Relator.
dea/rwa/

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IV - APELACAO CIVEL 2004.51.01.009078-5


Nº CNJ :0009078-10.2004.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
GUILHERME DIEFENTHAELER pactuados e as regras dos contratos firmados no âmbito do Sistema
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF Financeiro da Habitação. Assim, o pacto deve ser analisado à luz da
ADVOGADO :ROBERTO CARLOS MARTINS PIRES própria convenção estabelecida entre os litigantes.
E OUTROS 3. As alegações genéricas, com base nas regras do Código de Defesa
APELADO :MARINALVA FERREIRA DOS do Consumidor, desprovidas de comprovação, são insuficientes para
SANTOS PERDIGAO E OUTRO promover a modificação das cláusulas contratuais.
ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO 4. O contrato sob análise foi celebrado pelo Sistema de Amortização
ORIGEM :DÉCIMA SEXTA VARA FEDERAL DO Crescente – SACRE, que propõe a manutenção de uma prestação
RIO DE JANEIRO (200451010090785) constante, composta por parcela de amortização crescente e de juros
JUIZ FEDERAL WILNEY MAGNO DE decrescente. O resultado previsto depende do pagamento pontual dos
AZEVEDO SILVA encargos apurados, bem como do recálculo da prestação, após o
período de cada doze meses, nos dois primeiros anos de vigência do
DECISÃO contrato e, a partir do terceiro ano do pacto, a cada três meses, com
Trata-se de Apelação interposta contra sentença que – em sede de ação base nos índices de atualização do saldo devedor, o que permite
cognitiva sob o rito ordinário que objetiva a revisão de prestações e manter-se o valor da prestação em um patamar suficiente para a
cláusulas em contrato de mútuo habitacional vinculado ao Sistema amortização constante da dívida.
Financeiro de Habitação, além da nulidade do procedimento de 5. Diferentemente do que ocorre com a Tabela Price, em que as
execução extrajudicial – julgou procedente em parte o pedido, para prestações e o saldo devedor estão atrelados a critérios diferentes,
condenar a CEF a excluir a cláusula de capitalização de juros, com a gerando uma variação nos níveis de amortização da dívida, a taxa de
consequente devolução dos valores indevidamente cobrados, bem juros pactuada é aplicada de forma simples sobre o saldo devedor
como a excluir a cláusula inerente à contratação de seguro habitacional existente e, se mantidos os pressupostos básicos da fórmula (paridade
obrigatório, ainda determinando que a Empresa Pública se abstenha de na evolução das prestações e do saldo devedor) pode-se afirmar que
executar extrajudicialmente o imóvel financiado, entendendo que o inexiste a capitalização de juros.
procedimento seria antijurídico. 6. O Supremo Tribunal Federal não vedou a utilização da TR
Foi interposto Agravo Retido pelos Autores, às fls. 199/204. genericamente nos contratos, mas sim a substituição do indexador
Em suas razões recursais, às fls. 299/313, sustenta a Empresa Pública, expressamente previsto em ajuste anterior à lei 8.177/91. O eg.
em síntese, a legalidade dos juros contratados; que a contratação do Superior Tribunal de Justiça tem decidido pelo cabimento da adoção
seguro habitacional obrigatório teria previsão legal; que inexiste da Taxa Referencial como fator de indexação de contratos.
indébito a ser repetido, aduzindo ainda que não haveria óbice legal para 7. Apelação conhecida e improvida.“
que o procedimento de execução extrajudicial seja deflagrado. (TRF 2ª Região, AC 336908, Rel. JUIZ JOSÉ NEIVA, 3ª Turma, DJ
Contrarrazões às fls. 320/331. 09/03/2005)
O Ministério Público, às fls. 335/337, informa não haver interesse Nesse passo, cabe observar que, de acordo com o contrato em questão,
público que justifique a sua intervenção. os encargos mensais incidentes sobre o financiamento se dão pelo
Relatei. Decido. sistema SACRE (fl. 37).
Inicialmente, cumpre não conhecer do agravo retido interposto pelos Logo, sem a real comprovação de que o SACRE acarrete taxas de juros
Autores, vez que não requerida expressamente, nas contrarrazões, a sua dissociadas das cláusulas contratuais e da legislação aplicável,
apreciação por este Tribunal, na forma do artigo 523 e seu § 1º, do impraticável a alteração de seus termos.
Código de Processo Civil. No que tange ao seguro habitacional, vale esclarecer que o seguro feito
No mais, verifica-se que o inconformismo merece prosperar. no Sistema Financeiro de Habitação tem caráter sui generis, sendo que
Com efeito, no Sistema de Amortização Crescente - SACRE a seu valor obedece às peculiaridades do Sistema, não guardando
amortização mensal do saldo devedor é muito mais significativa do que correspondência com os valores cobrados fora dele. Vale destacar
na Tabela Price, utilizada nos financiamentos do Plano de Equivalência também que o valor do seguro integra o valor do encargo mensal e é,
Salarial, inexistindo ao final do mútuo qualquer saldo residual. Tal na qualidade de acessório, reajustado da mesma forma que a prestação.
Sistema pressupõe que a atualização das prestações do mútuo e de seus Sendo assim, não procede a irresignação autoral contra tal parcela do
acessórios permaneçam atreladas aos mesmos índices de correção do encargo, pois o seu reajuste se deu com base no mesmo parâmetro que
saldo devedor, qual seja, a TR, permitindo a manutenção do valor da a prestação e também porque o valor do prêmio de seguro do contrato
prestação em patamar suficiente para a amortização constante da dívida foi calculado na forma determinada pela legislação em vigor na data,
e consequente redução do saldo devedor até a sua extinção, não vale dizer, conforme previsto em Circular da SUSEP só que não é a de
afetando, pois, o comprometimento de renda estabelecido inicialmente. nº 08/95 e sim a de nº 23/88.
Nesse sentido, é exemplo os seguinte julgado: Outrossim, o ajuste sobre a cláusula de seguro inclui-se nas cláusulas
“CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. CONTRATO DE MÚTUO que restaram acertadas entre as partes, não podendo agora ser
HIPOTECÁRIO. PERÍCIA. CDC. SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO modificado unilateralmente sem que se incorra em desfiguração do
SACRE. MODIFICAÇÃO DE CLÁUSULAS. AUSÊNCIA DE contrato. O valor e as condições do seguro habitacional são previstos
PREVISÃO LEGAL E CONTRATUAL. UTILIZAÇÃO DA TR COMO no contrato, de acordo com as normas editadas pela Superintendência
FATOR DE INDEXAÇÃO DE CONTRATOS. de Seguros Privados - SUSEP, não se encontrando atrelados aos
1. Desnecessária a realização de perícia quando se trata de questões valores de mercado (TRF 4ª Reg., AC 2001.71.009452-0, DJU
de direito. 05/11/2003).
2. O contrato sob exame foi celebrado pelas regras do Sistema Tal entendimento se coaduna com a jurisprudência deste Egrégio
Hipotecário, não existindo vinculação entre os critérios de reajuste Tribunal:
"PROCESSUAL CIVIL – DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR
– AGRAVO INOMINADO – DECISÃO EM CONSONÂNCIA COM O
ENTENDIMENTO DOS TRIBUNAIS SUPERIORES –
MANUTENÇÃO.
(...)VII. O seguro habitacional, vinculado aos contratos de mútuo

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habitacional não se destina apenas a cobrir danos físicos ao imóvel,
mas também a morte e invalidez permanente dos mutuários, bem como
a responsabilidade civil do construtor. Em razão disso, seu valor é
fixado pela SUSEP, e o cálculo do seu valor se dá em função do
imóvel, das características pessoais dos mutuários (faixa etária) e não
da prestação.(...)" JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
(TRF - 2ª Região, Sétima Turma Especializada, Processo: GUSTAVO ARRUDA MACEDO
2003.51.01.016818-6/RJ, Rel. Des. Fed. REIS FRIEDE, Unânime, DJ
08.06.2011, Pág. 349) DECISÃO
Outrossim, cumpre observar que a E. Suprema Corte já fixou seu Trata-se de Apelação interposta contra sentença que – em sede de ação
entendimento no sentido da constitucionalidade do procedimento de cognitiva sob o rito ordinário que objetiva a revisão de cláusulas e
execução extrajudicial estabelecido nos arts. 29 e segs. do Decreto-Lei prestações em contrato de mútuo habitacional vinculado ao Sistema
nº 70/66: Financeiro de Habitação – julgou procedente em parte o pedido, para
"EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL - DECRETO-LEI Nº 70/66 - condenar a CEF a revisar o contrato de financiamento mediante o
CONSTITUCIONALIDADE afastamento da capitalização de juros nos casos de amortização
Compatibilidade do aludido diploma legal com a Carta da República, negativa.
posto que, além de prever uma fase de controle judicial, conquanto a Da sentença foram opostos Embargos de Declaração pela parte autora,
posteriori, da venda do imóvel objeto da garantia pelo agente que foram rejeitados, mantendo-se íntegro o decisum (fls. 377/378).
fiduciário, não impede que eventual ilegalidade perpetrada no curso Em suas razões recursais, às fls. 359/374, sustenta a Empresa Pública,
do procedimento seja reprimida, de logo, pelos meios processuais em síntese, que haveria necessidade dos depósitos previstos na Lei
adequados. 10.931/2004 no ato do ajuizamento da ação, aduzindo ainda que
Recurso conhecido e provido." haveria legalidade nos juros contratados, inexistindo a prática de
(STF, Primeira Turma, RE 223.075-1/DF, Rel. Ministro ILMAR anatocismo.
GALVÃO, Unânime, julgamento em 23.6.1998) Sem contrarrazões.
Ademais, não há que se falar em ofensa aos Princípios do Devido Parecer do Ministério Público, às fls. 386/388, opinando pelo
Processo Legal, Contraditório e da Ampla Defesa, já que o desprovimento do recurso.
procedimento permite aos mutuários acionarem o Judiciário, discutindo Relatei. Decido.
a dívida ou apontando irregularidades formais existentes neste iter. Inicialmente, cumpre observar que a propositura da presente data de 30
Ressalte-se, por fim, que o pedido inerente à repetição do indébito resta de junho de 2003, data anterior à vigência da Lei nº 10.931/2004,
prejudicado, ante a conclusão deste julgado pela reforma da sentença. sendo certo que a matéria referente aos alegados depósitos exigidos
Diante do exposto, com fulcro no artigo 557, caput e seu § 1º-A do pelo artigo 50 e seus parágrafos do citado diploma legal não foi
Código de Processo Civil, NEGO SEGUIMENTO AO AGRAVO cogitada pela Ré em data anterior à sentença, sendo defeso ao
RETIDO INTERPOSTO PELOS AUTORES e DOU PROVIMENTO Magistrado conhecer de tal tema, conforme previsto nos artigos 128 e
À APELAÇÃO INTERPOSTA PELA CEF, para afastar as 517 do Código de Processo Civil.
condenações impostas, julgando, por conseguinte, improcedentes os Sobre o tema, deve ser destacado o seguinte julgado:
pedidos. “PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO EM APELAÇÃO CÍVEL.
Condeno os Autores no pagamento de verba honorária que, de acordo INOVAÇÃO E RAZÕES GENÉRICAS. AGRAVO NÃO CONHECIDO.
com o artigo 20, § 4º do Código de Processo Civil, fixo em 10% (dez 1. O agravo interno apresenta alegação envolvendo irregularidade
por cento) sobre o valor atualizado da causa. nos juros, com descumprimento do sistema francês de amortização, e a
Decorrido in albis o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição e apresentação de documentos não impugnados pela CEF. Tais questões
restituam-se os autos à Vara de origem com as devidas cautelas. não foram suscitadas no apelo, sendo incabível a inovação neste
Publique-se. Intime-se. momento processual. Extensão do efeito devolutivo do recurso:
Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012. tantum devolutum quantum appellatum. 2. Em relação aos demais
GUILHERME DIEFENTHAELER, aspectos, o recurso é genérico, no sentido de que a CEF não estaria
Desembargador Federal – Relator. acima da lei e o juiz deveria atentar para o art. 5.º da LICC, havendo
/mpc irregularidade formal, por razões insuficientes, a comprometer
requisito extrínseco de admissibilidade recursal.”
(TRF 2ª Região, Sexta Turma, Apelação Cível nº 200151020021140,
Rel: Juiz José Antônio Lisbôa Neiva, Unânime, DJ 25.11.2008)
No mais, a Lei 4.380/64 atribuiu ao Banco Nacional da Habitação –
IV - APELACAO CIVEL 2003.51.01.014536-8 BNH competência para deliberar sobre as condições de operações dos
Nº CNJ :0014536-42.2003.4.02.5101 recursos do Sistema Financeiro da Habitação – SFH, (Lei n. 4.380/64).
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL Tais deliberações vinculam os contratos habitacionais e os demais atos
GUILHERME DIEFENTHAELER da entidade financeira realizados sob sua égide, devendo ser afastada a
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF tese da ilegalidade. (TRF4ªReg., AC495175, DJU 14/01/04 e
E OUTRO TRF2ªReg., AC243502, DJU 23/05/03). O BNH adotou diversos
ADVOGADO :GERSON DE CARVALHO FRAGOZO sistemas de amortização para operações do SFH por meios de diversas
E OUTROS resoluções, entre eles a Tabela Price - TP (Vide como exemplo a RD
APELADO :SILVINA LOUREIRA DA SILVA 7/73 ou a RD 161/82, sempre observando o disposto na letra "c" do
ADVOGADO :GABRIELA ARAUJO TEPEDINO Art. 6 que "ao menos parte do financiamento, ou do preço a ser pago,
ALVES E OUTROS antes do reajustamento, que incluam amortização e juros",
ORIGEM :VIGÉSIMA OITAVA VARA FEDERAL regulamentado pela Resolução do Conselho de Administração do BNH
DO RIO DE JANEIRO - RC n 29 nos seguintes termos: "2.5-Financiamento ou preço: ao
(200351010145368) menos partes do financiamento ou do preço deve ser amortizado em
prestações mensais sucessivas de igual valor. Tal igualdade de
prestações só é exigida antes de efetuado qualquer reajustamento".
Trata-se de um sistema exato de amortização, e, de certa forma,
vantajoso ao mutuário, bem como ao sistema, atendendo aos fins
sociais a que se dirige, uma vez que a parcela amortizada no início é

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menor e vai aumentando progressivamente até o final do pagamento,
enquanto a de juros decresce, o que faz com que o ajuste do mútuo
tenha a característica de que o mutuário fica mais tempo com o valor
do empréstimo, ao revés do Sistema de Amortização Constante - SAC,
o qual torna a prestação inicial maior, pois nele a devolução do capital
se dá mais rapidamente e por isso a capitalização (fruto dos juros) SILVA
menor, pois incide no capital em menor valor e em menor tempo. APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
Logo, a primeira vista, não se deslumbra qualquer ilegalidade na ADVOGADO :TUTECIO GOMES DE MELLO E
utilização do Sistema de Amortização Francês, também conhecido OUTROS
como Tabela Price, nos contratos de financiamento habitacional. Por APELADO :OS MESMOS
conseguinte, é legal a sua aplicação para o cálculo das prestações dos ORIGEM :VIGÉSIMA SEGUNDA VARA
mesmos, já que permite ao mutuário ter conhecimento do número e dos FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
valores das parcelas de seu financiamento. (200251010119110)
Contudo, a aplicação de tal sistema pode acarretar o surgimento da JUÍZA FEDERAL SUBSTITUTA LILEA
capitalização de juros, através da amortização negativa, configurada PIRES DE MEDEIROS
quando os juros mensais forem superiores ao valor da prestação,
adicionando-se ao saldo devedor, o que é vedado em lei. DECISÃO
Vem sendo este o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, Trata-se de Apelações interpostas contra sentença que – em sede de
conforme aresto colacionado abaixo: ação que objetiva a declaração de quitação de imóvel financiado pelo
"RECURSO ESPECIAL. CIVIL. CONTRATO. MÚTUO. SFH. SALDO Sistema Financeiro de Habitação; a devolução de valores pagos
DEVEDOR. TR. AMORTIZAÇÃO. FORMA. TABELA PRICE. indevidamente, além de indenização por danos morais – julgou
SÚMULAS 5 E 7/STJ. CORREÇÃO MONETÁRIA. IPC. MARÇO/90. procedente em parte o pedido, “para declarar extinta a obrigação
CONSOLIDAÇÃO. ENTENDIMENTO. CORTE ESPECIAL. concernente ao contrato de mútuo hipotecário firmado entre as partes
1 - Prevendo o contrato a incidência dos índices de correção dos com o consequente fornecimento do termo de quitação do imóvel e a
saldos das cadernetas de poupança, legítimo é o uso da TR. 2 - É competente baixa de hipoteca”.
legítimo o critério de amortização do saldo devedor, aplicando a Em suas razões recursais, às fls. 357/362, sustenta a parte autora, em
correção monetária e os juros para, em seguida, abater a prestação síntese, que o imóvel estaria quitado desde a data de 30 de maio de
mensal paga. Precedentes da Terceira e da Quarta Turma. 3 - No 1987, razão pela qual faria jus ao ressarcimento dos valores
Sistema Francês de Amortização, mais conhecido como tabela price, desembolsados a partir da citada data.
somente com detida incursão no contrato e nas provas de cada caso Apelo da Empresa Pública às fls. 363/366, onde sustenta, em síntese,
concreto é que se pode concluir pela existência de amortização que seria parte ilegítima para figurar no pólo passivo da presente
negativa e, conseqüentemente, de anatocismo, vedado em lei (AGResp demanda, vez que não seria gestora do Sistema Financeiro de
543841/RN e AGResp 575750/RN). Precedentes da Terceira e da Habitação após a extinção do Banco Nacional de Habitação – BNH,
Quarta Turma. 4 - O saldo devedor dos contratos para aquisição da aduzindo ainda que o interesse processual do mutuário não estaria mais
casa própria, firmados sob as normas do Sistema Financeiro da presente em razão da liquidação do contrato habitacional, havendo
Habitação, deve ser corrigido, em abril de 1990, pelo IPC de março perda superveniente de objeto da ação.
do mesmo ano, no percentual de 84.32%. Orientação firmada pela Contrarrazões da CEF e da parte autora, respectivamente, às fls.
Corte Especial, no julgamento do EResp 218.426/SP, assentada de 372/375 e 376/379.
10.04.2003. 5 - Recurso especial conhecido e parcialmente provido." O Ministério Público, às fls. 383/384, informa não haver interesse
(grifei) público que justifique a sua intervenção.
(STJ, Quarta Turma, RESP 738520/PR, Rel. Ministro FERNANDO Relatei. Decido.
GONÇALVES, DJ 26.9.2005, Pág. 402, unânime) Inicialmente, verifica-se que o Colendo Superior Tribunal de Justiça
In casu, observa-se que o laudo pericial indica, na planilha trazida às firmou entendimento jurisprudencial de que a CEF, como sucessora do
fls. 261/279, a ocorrência de amortizações negativas ao longo do extinto BNH, possui legitimidade passiva ad causam nas causas que
contrato, tal como concluído pelo decisum guerreado. versem sobre financiamento de casa própria, com vinculação ao
Diante do exposto, com fulcro no artigo 557, caput do Código de Sistema Financeiro de Habitação, sendo parte ilegítima a União
Processo Civil, NEGO SEGUIMENTO AO RECURSO. Federal.
Decorrido in albis o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição e Sobre o tema, trago à colação os seguintes arestos:
restituam-se os autos à Vara de origem com as devidas cautelas. “SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO - LEGITIMIDADE -
Publique-se. Intime-se. CEF - UNIÃO – BANCO CENTRAL DO BRASIL - CASA
Rio de Janeiro, 30 de abril de 2012. PRÓPRIA - FCVS .
GUILHERME DIEFENTHAELER, A Caixa Econômica Federal é parte legítima passiva nas causas
Desembargador Federal – Relator. versando sobre financiamento da casa própria, com vinculação ao
/mpc Fundo de Compensação da Variação Salarial, sendo partes ilegítimas a
União e o BACEN. (...)”
(STJ; REsp 155832/PE; 1ª T; Rel. Min. Garcia Vieira; unânime, DJ
08/05/2000, p.61)
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL.
IV - APELACAO CIVEL 2002.51.01.011911-0 SISTEMA. FINANCEIRO DA HABITAÇÃO - SFH. FCVS.
Nº CNJ :0011911-69.2002.4.02.5101 LEGITIMIDADE PASSIVA DA CEF. DUPLICIDADE DE
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL FINANCIAMENTOS PELO MUTUÁRIO. VEDAÇÃO LEGAL
GUILHERME DIEFENTHAELER POSTERIOR AO CONTRATO. IRRETROATIVIDADE DA LEI.
APELANTE :DIOCENIO GOMES DA SILVA INCLUSÃO DO NOME DO DEVEDOR EM CADASTROS DE
ADVOGADO :CARLOS HENRIQUE SOUZA DA INADIMPLENTES. ART. 273 DO CPC. PRESSUPOSTOS. MATÉRIA
DE FATO. SÚMULA 7/STJ.
1. Cuidam os autos de agravo de instrumento manejado pela CEF ora
recorrente em face de decisão proferida pelo juízo de 1° grau que
concedeu parcialmente a antecipação da tutela para determinar à
mesma: a) que promova a quitação do saldo devedor do imóvel

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financiado, com desconto no percentual de 100%, com base na Lei n°
10.150/2000; b) que não proceda à execução extrajudicial nem à
inscrição do mutuário em listas de inadimplentes. Outrossim,
reconheceu a legitimidade tanto ad causam como ad processum para a
CEF figurar no pólo passivo da demanda. O acórdão recorrido
manteve integralmente a citada decisão interlocutória. Recurso imprescinde da produção de prova pericial apta a demonstrar que o
especial no qual se sustenta ilegitimidade passiva ad causam, pois, nos reajuste das prestações ocorreu mediante a utilização de sistema
termos da MP 2.155/2001, houve a cessão do crédito imobiliário diverso do pactuado, sob pena de improcedência do pedido autoral.
objeto da presente demanda à Empresa Gestora de Ativos - EMGEA. 3. Indevido o julgamento antecipado do mérito na hipótese em que há
No mérito, invoca vulneração dos arts. 9° da Lei n° 4.380/64 e 3° da controvérsia a respeito de fatos, cuja prova não se encontra nos autos,
Lei n°8.100/90 pelo fato de ter o recorrido descumprido cláusula que sendo imprescindível que o juízo a quo viabilize ao demandante a
proibia o duplo financiamento de imóveis pelo SFH. Enfim, alega ser requerida produção da prova pericial, porquanto, nos termos do art.
legítima a inclusão do nome do mutuário em cadastro de restrição ao 333, I, do Código de Processo Civil, tal ônus lhe pertence, não
crédito dada a inexistência nos autos de prova que demonstre o receio podendo ser proferida sentença sem a sua realização, sob pena de
de dano irreparável ou de difícil reparação autorizador da medida de cerceamento de defesa.
urgência. 4. Apelação da CEF desprovida quanto à alegação de litisconsórcio
2. Com relação à preliminar de ilegitimidade passiva ad causam, em necessário com a União Federal. Apelação da parte autora
virtude da cessão do crédito imobiliário discutido nos autos e dos seus parcialmente provida. Sentença anulada. Prejudicada a análise das
acessórios à Empresa Gestora de Ativos - EMGEA, não deve demais questões deduzidas nos recursos.”
prosperar a pretensão da recorrente, porquanto, nas ações relativas a (TRF 2ª Região, Oitava Turma Especializada, AC nº
financiamentos imobiliários pelo SFH, esta Corte já firmou 20010201021909-2, Rel: Juiz Federal Convocado Marcelo Pereira da
entendimento de que apenas a CEF é parte legítima para figurar no Silva, Unânime, DJ 06.05.2010)
pólo passivo.” (Grifei) Entretanto, dada oportunidade ao Apelante de produzir as provas que
(STJ – Primeira Turma, REsp 815226/AM, Rel: Min. José Delgado, julgasse cabíveis (fl. 222), o mesmo informou não haver mais provas a
Unânime, DJ 28.03.2006) produzir, além daquelas constantes nos autos (fl. 225), não restando
De outro lado, inexiste a alegada perda de objeto, uma vez que a ação demonstrada a ocorrência de indébito a ser repetido.
também se refere a possível indébito a ser repetido, decorrente de Cumpre ainda destacar que o Código de Processo Civil adotou um
alegadas cobranças indevidas, pleito este que foi indeferido na sentença sistema rígido no que toca à ordem em que os atos devam ser
guerreada. praticados, impondo a perda da faculdade de praticá-los quando aquele
No mais, pretende o Autor ser restituído de supostos pagamentos a quem foi atribuído o ônus não observa o momento oportuno, hipótese
indevidos - decorrentes da sentença judicial no feito de nº 10179 (fls. em que ocorre o fenômeno da preclusão, cabendo destacar o seguinte
24/28), que tramitou perante a Justiça Estadual, sendo julgado precedente:
procedente o pleito dos ali autores, para limitar em 240 prestações o “PROCESSUAL CIVIL - PROVA - MOMENTO DE PRODUÇÃO -
prazo do financiamento - que teriam ocorrido a partir do mês de maio AUTOR - PETIÇÃO INICIAL E ESPECIFICAÇÃO DE PROVAS -
de 1987, somente cessando em dezembro de 2002, data em CEF PRECLUSÃO.
reconhece a extinção do contrato (fl. 317 e 328/339). - O requerimento de provas divide-se em duas fases: na primeira, vale
Verifica-se que não há comprovação suficiente de que a CEF teria, por o protesto genérico para futura especificação probatória (CPC, Art.
cerca de 15 anos, cobrado indevidamente os valores do Autor, uma vez 282, VI); na segunda, após a eventual contestação, o Juiz chama à
que a sentença juntada às fls. 24/28, onde a CEF não figurou na relação especificação das provas, que será guiada pelos pontos controvertidos
processual, apenas limitou o prazo de financiamento em 240 na defesa (CPC, Art. 324).
prestações, havendo ainda farta documentação apresentada pela CEF - O silêncio da parte, em responder ao despacho de especificação de
que indicam uma possível renegociação ocorrida no mês de setembro provas faz precluir do direito à produção probatória, implicando
de 1992 (fls. 194/209 e 329/339), sendo certo que, de acordo com o desistência do pedido genérico formulado na inicial.”
artigo 333, I do Código de Processo Civil, incumbe ao autor o ônus da (STJ, REsp 329.034/MG, Rel. Ministro HUMBERTO GOMES DE
prova quanto ao fato constitutivo do seu direito. BARROS, TERCEIRA TURMA, julgado em 14/02/2006, Unânime,
De outro lado, cumpre observar ser inviável solucionar uma questão de DJ 20/03/2006 p. 263)
tão alta complexidade, como um eventual indébito a ser repetido em Portanto, deve ser mantida a sentença, que acertadamente concluiu pela
contrato de mútuo habitacional, sem o auxílio da prova técnica, sendo liquidação do financiamento, determinando a emissão de termo de
certo que, sem a produção da aludida prova, inexiste suporte capaz de quitação e a consequente baixa na hipoteca.
auxiliar na convicção do juízo. Diante do exposto, com fulcro no artigo 557, caput do Código de
Nesse sentido, é exemplo o seguinte julgado: Processo Civil, NEGO SEGUIMENTO AOS RECURSOS.
“ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. SISTEMA FINANCEIRO À DIDRA para retificar a autuação, devendo a Caixa Econômica
DE HABITAÇÃO. LITISCONSÓRCIO PASSIVO COM A UNIÃO Federal também figurar na condição de apelante.
FEDERAL. DESCABIMENTO. DESCUMPRIMENTO DO PLANO DE Decorrido in albis o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição e
EQUIVALÊNCIA SALARIAL POR CATEGORIA PROFISSIONAL restituam-se os autos à Vara de origem com as devidas cautelas.
(PES/CP). PROVA PERICIAL. JULGAMENTO ANTECIPADO DA Publique-se. Intime-se.
LIDE. CERCEAMENTO DE DEFESA. Rio de Janeiro, 26 de abril de 2012.
1. Cediço na jurisprudência do Colendo Superior Tribunal de Justiça GUILHERME DIEFENTHAELER,
que a União Federal é parte ilegítima para figurar em demandas que Desembargador Federal – Relator.
versem sobre a execução de contratos de mútuo hipotecário regidos /mpc
por normas do Sistema Financeiro de Habitação, com cláusula do
Fundo de Compensação Salarial.
2. A aferição do cumprimento do contrato, através da adoção do
Plano de Equivalência Salarial por Categoria Profissional,
IV - APELACAO CIVEL 1990.51.01.008077-8
Nº CNJ :0008077-78.1990.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
GUILHERME DIEFENTHAELER
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF

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ADVOGADO :VINICIUS PEREIRA MARQUES E
OUTROS
APELADO :MARIA ZULMA CARVALHO
ALFAZEMA E OUTRO
ADVOGADO :RONALDO GOTLIB COSTA E
OUTROS 2. Sendo a CEF entidade pertencente à Administração Pública
APELADO :DAILOR PEDRO CARVALHO E Indireta, não estando abrangida pelo conceito de Fazenda Pública,
OUTROS pelo que cabível a execução de honorários advocatícios em razão de
ADVOGADO :GERDAL NUNES DE CARVALHO E título executivo judicial, cobrados nos próprios autos da ação de rito
OUTROS ordinário, mesmo sendo de valor inferior a 100 UFIR’s. Precedentes.
ORIGEM :VIGÉSIMA SÉTIMA VARA FEDERAL 3. Apelação provida para anular a sentença e determinar a remessa
DO RIO DE JANEIRO (9000080770) dos presentes autos à Vara de Origem para prosseguimento da
JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO JOSÉ execução.”
CARLOS ZEBULUM (TRF 2ª, AC 200651020045384 Rel. Desembargador Federal POUL
ERIK DYRLUND, OITAVA TURMA ESPECIALIZADA, Unânime,
DECISÃO julgamento em 08/09/2010, E-DJF2R 16/09/2010, pg. 300)
Trata-se de Apelação interposta contra decisão que, em sede de “ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO DE
execução do julgado, indeferiu o seu prosseguimento, julgando-a TÍTULO JUDICIAL – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS –
extinta por ausência de interesse processual, visto que o valor da verba INDEFERIMENTO DA INICIAL - VALOR IRRISÓRIO – INTERESSE
sucumbencial a ser executada é de R$ 851,79 (oitocentos e cinquenta e PROCESSUAL - PRECEDENTES DO TRF 2ª REGIÃO.
um reais e setenta e nove centavos) por Autor, o que seria irrisório. 1. No caso, há a existência do binômio necessidade da tutela
Da decisão foram opostos Embargos de Declaração, que foram jurisdicional e utilidade do provimento pleiteado, vez que a CEF é
rejeitados, mantendo-se íntegro o decisum (fl. 480). uma empresa pública, com personalidade jurídica própria, de direito
Em suas razões recursais, às fls. 481/488, sustenta a Empresa Pública, privado, que atua no processo como particular, possuindo, assim,
em síntese, que os honorários advocatícios possuem natureza alimentar necessidade de postular seu crédito junto ao Judiciário, bem como
e que o interesse de agir existe, uma vez que houve condenação em constitui o processo de execução o meio adequado para postular o
honorários no decisum que deu azo à ação de execução. crédito oriundo de sentença judicial.
Sem contrarrazões. 2. O Magistrado não pode decidir se é ou não interesse do exeqüente a
O Ministério Público, às fls. 512/514, informa não haver interesse verba honorária, mesmo ele considerando ser o valor executado
público que justifique a sua intervenção. ínfimo a ensejar a prestação jurisdicional, cabendo, apenas ao
Relatei. Decido. exeqüente tal prerrogativa.
Inicialmente, cumpre esclarecer que o artigo 1º-B da Lei nº 9.469/97, 3. O Juiz não pode substituir o credor na valoração do seu interesse
incluído pela Lei nº 11.941/2009, não determina a extinção da em executar verba honorária cujo valor é considerado ínfimo, vez que
execução, mas faculta aos dirigentes máximos das Empresas Públicas Inexiste legislação específica que imponha obstáculos a tal execução.
Federais a não-propositura de ações e a não-interposição de recursos, Dessa forma, prevalece o disposto no Código de Processo Civil, que,
assim como o requerimento de extinção das ações em curso ou de em seu art. 584, estabelece ser a sentença condenatória proferida em
desistência dos respectivos recursos judiciais, para cobrança de processo civil título executivo judicial, encontrando-se a sentença que
créditos, atualizados, de valor igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez condenou em honorários advocatícios perfeitamente apta a produzir
mil reais), em que interessadas essas entidades na qualidade de seus efeitos.
autoras, rés, assistentes ou opoentes”. 4. Precedentes deste Tribunal.
A hipótese é de uma norma dirigida ao Administrador, cabendo à 5. Apelação conhecida e provida.”
Empresa Pública desistir da medida judicial, sendo vedado ao Poder (TRF 2ª, AC 199851010309136 Rel. Desembargador Federal
Judiciário decidir em seu lugar. GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA, SEXTA TURMA
No caso em apreço, na condição de Empresa Pública, com ESPECIALIZADA, Unânime, julgamento em 30/06/2010, E-DJF2R
personalidade jurídica própria, de direito privado, a CEF é apta a 27/07/2010, pg. 172)
postular seu crédito junto ao Judiciário, assim como cobrar, através de “PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. HONORÁRIOS DE ADVOGADO.
execução, verba honorária a seu favor oriunda de sentença judicial. DÍVIDA DE PEQUENO VALOR. EXTINÇÃO DE OFÍCIO.
IMPOSSIBILIDADE.
Descabe ao Magistrado decidir se é ou não interesse da exequente a I – Merece reforma a decisão que julga extinta a execução de
verba honorária, mesmo considerando ser o valor executado ínfimo a honorários advocatícios, sob fundamento de ser irrisório seu valor.
ensejar a prestação jurisdicional, cabendo à exequente tal prerrogativa. II - Apelação provida. Sentença anulada.”
(TRF 2ª, AC 199551020506508, Rel. Desembargador Federal
Negar à Apelante seu direito de executar os honorários advocatícios CASTRO AGUIAR, QUINTA TURMA ESPECIALIZADA,
fixados a seu favor, em decisão transitada em julgado, acarreta a Unânime, julgamento em 05/05/2010, E-DJF2R 12/05/2010, pg. 182)
desconstituição de título judicial sem justificativa legal, sendo oportuna Por fim, cumpre ressalvar que o Egrégio Superior Tribunal de Justiça
a citação de alguns precedentes desta Corte: firmou entendimento no sentido de cabimento de execução de
“ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. SFH. EXECUÇÃO DE honorários em razão de título judicial, cobrado nos próprios autos da
TÍTULO JUDICIAL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. EXTINÇÃO ação de rito ordinário, mesmo sendo de valor inferior a 100 UFIR’s
DA EXECUÇÃO: ARTIGO 267, VI, DO CPC. VALOR IRRISÓRIO. (STJ-1ª Turma, Resp 600298/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, unânime, DJ
SATISFAÇÃO DO CRÉDITO: FACULDADE DO EXEQUENTE. 21.10.2004; STJ – 2ª Turma, Resp 490864/RJ, Rel. Min. Eliana
SENTENÇA ANULADA. PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO. Calmon, unânime, DJ 23.08.2004 ).
1. A avaliação do interesse em acionar o Judiciário para ver satisfeito Diante do exposto, com fulcro no artigo 557, § 1º-A, do Código de
o crédito oriundo de honorários advocatícios cabe ao exequente, in Processo Civil, DOU PROVIMENTO AO RECURSO, para determinar
casu, à CEF. o retorno dos autos à Vara de origem e o regular prosseguimento da
execução.
Decorrido in albis o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição e
restituam-se os autos à Vara de origem com as devidas cautelas.
Publique-se. Intime-se.
Rio de Janeiro, 30 de abril de 2012.

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GUILHERME DIEFENTHAELER,
Desembargador Federal – Relator.
/mpc

ORIGEM : DÉCIMA OITAVA VARA FEDERAL DO


BOLETIM: 126844
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. SFH.
IV - APELACAO CIVEL 1998.51.01.014322-2 INEXISTÊNCIA DE VÍCIOS.
Nº CNJ : 0014322-27.1998.4.02.5101 1. Não há que se falar em omissão ou contradição, sempre que
o voto condutor do acórdão embargado enfrenta de forma clara
RELATOR : JUIZ FEDERAL CONVOCADO RICARDO PERLINGEIRO
e fundamentada as questões suscitadas no transcurso da
EMBARGANTES : EDSON PIRES DE SOUZA E OUTRO demanda e relevantes para a solução da lide, em consonância
EMBARGADA : ACÓRDÃO FL. 475/476 com a legislação e jurisprudência pertinentes.
2. No mais, o juiz não está obrigado a examinar todos os pontos
APELANTE : EDSON PIRES DE SOUZA E OUTRO expendidos pelas partes, se a análise de alguns deles é
ADVOGADO suficiente para formar o seu convencimento. Precedentes do
: MARIA DAS GRAÇAS C. LIMA DE ANDRADE
STJ.
APELANTE : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – CEF
3. Embargos de Declaração não providos.
ADVOGADOS : FLÁVIO LESSA BERALDO MAGALHÃES EAOUTROS
CÓRDÃO
APELADOS : OS MESMOS Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima
indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal
ORIGEM : DÉCIMA OITAVA VARA FEDERAL DO RIORegional
DE JANEIRO (9800143220)
Federal da Segunda Região, por unanimidade, negar
provimento aos Embargos de Declaração, na forma do Relatório
EMENTA e do Voto, constantes dos autos, que ficam fazendo parte
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. SFH. integrante do presente julgado.
INEXISTÊNCIA DE VÍCIOS. Rio de Janeiro, 10 de abril de 2012 (data do julgamento).
1. Não há que se falar em omissão ou contradição, sempre que RICARDO PERLINGEIRO
o voto condutor do acórdão embargado enfrenta de forma clara Juiz Federal Convocado
e fundamentada as questões suscitadas no transcurso da
demanda e relevantes para a solução da lide, em consonância
com a legislação e jurisprudência pertinentes.
2. No mais, o juiz não está obrigado a examinar todos os pontos
expendidos pelas partes, se a análise de alguns deles é IV - APELACAO CIVEL 2001.51.01.022767-4
suficiente para formar o seu convencimento. Precedentes do Nº CNJ : 0022767-29.2001.4.02.5101
STJ. RELATOR : JUIZ FEDERAL CONVOCADO RICAR
3. Embargos de Declaração não providos. EMBARGANTES : PAULO CESAR SENRA THOMAZ
ACÓRDÃO EMBARGADA : ACÓRDÃO FL. 357
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima APELANTE CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal ADVOGADOS DANIEL VERSIANI CHIEZA E OUTRO
Regional Federal da Segunda Região, por unanimidade, negar APELANTE : PAULO CESAR SENRA THOMAZ
provimento aos Embargos de Declaração, na forma do Relatório ADVOGADOS CLAUDIO BRANDT FILHO E OUTRO
e do Voto, constantes dos autos, que ficam fazendo parte APELADOS OS MESMOS
integrante do presente julgado. ORIGEM SEXTA VARA FEDERAL DO RIO DE
Rio de Janeiro, 10 de abril de 2012 (data do julgamento).
RICARDO PERLINGEIRO
Juiz Federal Convocado EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. SFH.
INEXISTÊNCIA DE VÍCIOS NO JULGADO. ART. 535 DO CPC.
1. Os embargos de declaração são instrumento integrativo da
decisão judicial, que visam escoimá-la dos vícios de omissão,
IV - APELACAO CIVEL 1998.51.01.047716-1 contradição ou obscuridade (artigo 535 do CPC). Ainda que
Nº CNJ : 0047716-25.1998.4.02.5101 dirigidos ao prequestionamento, devem indicar explicitamente o
vício do julgado, sem prescindir da respectiva demonstração da
RELATOR : JUIZ FEDERAL CONVOCADO RICARDO PERLINGEIRO
sua ocorrência.
EMBARGANTES : EDSON PIRES DE SOUZA E OUTRO 2. Não há obscuridade ou qualquer vício a ser suprido pela via
EMBARGADA : ACÓRDÃO FL. 95 recursal declaratória, sempre o voto condutor do acórdão
embargado analisa de forma clara e fundamentada as questões
APELANTE : EDSON PIRES DE SOUZA E OUTRO suscitadas no transcurso da demanda, relevantes à solução da
ADVOGADO : MARIA DAS GRAÇAS C. LIMA DE ANDRADE
lide, observando a legislação e jurisprudência pertinentes.
APELADA : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – CEF 3. O juiz não está obrigado a examinar todas as questões
expendidas pelas partes, se a análise de algumas delas é
ADVOGADOS : GRYECOS ATTOM VALENTE LOUREIRO suficiente
E OUTROS para formar o seu convencimento. Precedentes do
STJ (1ª Turma, Resp 302179, Rel. Min. JOSÉ DELGADO, DJ
4.3.2002, p. 192; 2ª Turma, Resp 107373, Rel. Min.
FRANCISCO PECANHA MARTINS, DJ 23.8.1999, p. 93).
4. Embargos de Declaração não providos.
ACÓRDÃO

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Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima
indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal
Regional Federal da Segunda Região, por unanimidade, negar
provimento aos Embargos de Declaração, na forma do Relatório
e do Voto, constantes dos autos, que ficam fazendo parte
integrante do presente julgado.
Rio de Janeiro, 10 de abril de 2012 (data do julgamento). IV - APELACAO CIVEL 2006.51.01.017373-0
RICARDO PERLINGEIRO Nº CNJ :0017373-65.2006.4.02.5101
Juiz Federal Convocado
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
RICARDO PERLINGEIRO
EMBARGANTES:ARLETE SANT’ANNA MACHADO
EMBARGADA :ACÓRDÃO FL. 164
IV - APELACAO CIVEL 2003.51.02.002437-9 APELANTE ARLETE SANT’ANNA MACHADO
Nº CNJ :0002437-37.2003.4.02.5102
ADVOGADOS ADOLPHO DOS SANTOS MARQUES
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO DE ABREU
RICARDO PERLINGEIRO APELADA :CAIXA ECONÔMICA FEDERAL -
EMBARGANTES:CLAUDINÉA REIS CARDOSO E CEF
OUTROS ADVOGADOS RODRIGO VILLA REAL AYALA E
EMBARGADA :ACÓRDÃO FL. 93 OUTROS
APELANTE :CLAUDINÉA REIS CARDOSO E ORIGEM VIGÉSIMA NONA VARA FEDERAL
OUTROS DO RIO DE JANEIRO
ADVOGADOS :CHRISTIANO MELLO RODRIGUES (200651010173730)
DA SILVA E OUTROS
APELADA : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – EMENTA
ADVOGADO : CEF PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. SFH.
ORIGEM : SEM ADVOGADO INEXISTÊNCIA DE VÍCIOS NO JULGADO. ART. 535 DO CPC.
PRIMEIRA VARA FEDERAL DE 1. Os embargos de declaração são instrumento integrativo da
NITERÓI (20035102002437-9) decisão judicial, que visam escoimá-la dos vícios de omissão,
contradição ou obscuridade (artigo 535 do CPC). Ainda que
EMENTA dirigidos ao prequestionamento, devem indicar explicitamente o
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. SFH. vício do julgado, sem prescindir da respectiva demonstração da
INÉPCIA DA INICIAL. sua ocorrência.
1. Não há que se falar em omissão, sempre que o voto condutor 2. Não há qualquer vício a ser suprido pela via recursal
do acórdão embargado enfrenta de forma clara e fundamentada declaratória, sempre o voto condutor do acórdão embargado
as questões suscitadas no transcurso da demanda e relevantes analisa de forma clara e fundamentada as questões suscitadas
para a solução da lide, em consonância com a legislação e no transcurso da demanda, relevantes à solução da lide,
jurisprudência pertinentes. observando a legislação e jurisprudência pertinentes.
2. Com efeito, é inepta a petição inicial, em que os 3. O juiz não está obrigado a examinar todas as questões
demandantes alegam descumprimento da cláusula de expendidas pelas partes, se a análise de algumas delas é
equivalência salarial, o que pressupõe fatos supervenientes à suficiente para formar o seu convencimento. Precedentes do
assinatura do contrato, mas pleiteiam a alteração das suas STJ (1ª Turma, Resp 302179, Rel. Min. JOSÉ DELGADO, DJ
cláusulas essenciais e da prestação inicial, evidenciando mera 4.3.2002, p. 192; 2ª Turma, Resp 107373, Rel. Min.
insatisfação com as condições pactuadas, em violação ao pacta FRANCISCO PECANHA MARTINS, DJ 23.8.1999, p. 93).
sunt servanda (art. 295, parágrafo único, II, do CPC). 4. Embargos de Declaração não providos.
3. No mais, o juiz não está obrigado a examinar todos os pontos ACÓRDÃO
expendidos pelas partes, se a análise de alguns deles é Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima
suficiente para formar o seu convencimento. Precedentes do indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal
STJ. Regional Federal da Segunda Região, por unanimidade, negar
4. Embargos de Declaração não providos. provimento aos Embargos de Declaração, na forma do Relatório
ACÓRDÃO e do Voto, constantes dos autos, que ficam fazendo parte
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima integrante do presente julgado.
indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do Tribunal Rio de Janeiro, 10 de abril de 2012 (data do julgamento).
Regional Federal da Segunda Região, por unanimidade, negar RICARDO PERLINGEIRO
provimento aos Embargos de Declaração, na forma do Relatório Juiz Federal Convocado
e do Voto, constantes dos autos, que ficam fazendo parte
integrante do presente julgado.
Rio de Janeiro, 10 de abril de 2012 (data do julgamento).
RICARDO PERLINGEIRO
Juiz Federal Convocado BOLETIM: 126847

IV - APELACAO CIVEL 2007.51.01.001873-0


Nº CNJ :0001873-22.2007.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
GUILHERME DIEFENTHAELER
APELANTE :TANIA ROSA NOGUEIRA
ADVOGADO :TATIANA PENNA FERREIRA
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF

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ADVOGADO :BRUNO VAZ DE CARVALHO E
OUTROS
APELANTE :BRJ - CREDITO IMOBILIARIO S/A
ADVOGADO :ZENILDA GUIMARAES QUEIROZ
APELADO :OS MESMOS
ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DO RIO mesma: a) que promova a quitação do saldo devedor do imóvel
DE JANEIRO (200751010018730) financiado, com desconto no percentual de 100%, com base na Lei n°
JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO FÁBIO 10.150/2000; b) que não proceda à execução extrajudicial nem à
CESAR DOS SANTOS OLIVEIRA inscrição do mutuário em listas de inadimplentes. Outrossim,
reconheceu a legitimidade tanto ad causam como ad processum para a
DECISÃO CEF figurar no pólo passivo da demanda. O acórdão recorrido
Trata-se de Apelações interpostas contra sentença que – em sede de manteve integralmente a citada decisão interlocutória. Recurso
ação cognitiva sob o rito ordinário que objetiva a quitação de imóvel especial no qual se sustenta ilegitimidade passiva ad causam, pois, nos
financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação, além de indenização termos da MP 2.155/2001, houve a cessão do crédito imobiliário
por danos morais – julgou procedente em parte o pedido, “para objeto da presente demanda à Empresa Gestora de Ativos - EMGEA.
determinar que as rés emitam formal de quitação integral da dívida, No mérito, invoca vulneração dos arts. 9° da Lei n° 4.380/64 e 3° da
permitindo o cancelamento do registro da hipoteca do bem imóvel Lei n°8.100/90 pelo fato de ter o recorrido descumprido cláusula que
objeto da lide”. proibia o duplo financiamento de imóveis pelo SFH. Enfim, alega ser
Em suas razões recursais, às fls. 120/128, sustenta a Empresa Pública, legítima a inclusão do nome do mutuário em cadastro de restrição ao
em síntese, que seria parte ilegítima para figurar no pólo passivo da crédito dada a inexistência nos autos de prova que demonstre o receio
presente demanda, vez que não seria gestora do FCVS, aduzindo ainda de dano irreparável ou de difícil reparação autorizador da medida de
que o caso em tela não estaria submetido à cobertura do FCVS, uma urgência.
vez que a Apelada não teria declarado, na data da concessão do 2. Com relação à preliminar de ilegitimidade passiva ad causam, em
segundo mútuo, que já seria proprietária de imóvel residencial virtude da cessão do crédito imobiliário discutido nos autos e dos seus
financiado. acessórios à Empresa Gestora de Ativos - EMGEA, não deve
Apelo da parte autora às fls. 137/140, onde sustenta, em síntese, que a prosperar a pretensão da recorrente, porquanto, nas ações relativas a
hipótese dos autos ensejaria indenização por danos morais. financiamentos imobiliários pelo SFH, esta Corte já firmou
Apelo do Banco BRJ S/A, onde sustenta, em síntese, que seria parte entendimento de que apenas a CEF é parte legítima para figurar no
ilegítima para figurar no polo passivo, vez que teria cedido o crédito pólo passivo.”
hipotecário à Caixa Econômica Federal, aduzindo ainda que haveria (STJ – Primeira Turma - REsp 815226 / AM – Rel: Min. José Delgado
uma multiplicidade de financiamentos em nome da Autora, razão pela – Unânime, DJ 28.03.2006)
qual o contrato não estaria submetido à cobertura do FCVS. De outro lado, como bem destacado na sentença guerreada, a garantia
Contrarrazões da CEF, da parte autora e do Banco BRJ S/A, hipotecária foi feita ao BRJ – Crédito Imobiliário S/A, que ainda figura
respectivamente, às fls. 153/156, 158/164 e 169/181. como credor hipotecário, não havendo comprovação, ao longo dos
O Ministério Público, às fls. 185/187, informa não haver interesse autos, da alegada cessão de crédito hipotecário à Caixa Econômica
público que justifique a sua intervenção. Federal, razão pela qual a preliminar de ilegitimidade do Banco BRJ
Relatei. Decido. não deve ser acolhida.
Inicialmente, verifica-se que o Colendo Superior Tribunal de Justiça No mais, em se tratando de possibilidade de quitação pelo FCVS de
firmou entendimento jurisprudencial de que a CEF, como sucessora do outro imóvel adquirido pelo SFH, o STJ firmou entendimento no
extinto BNH, possui legitimidade passiva ad causam nas causas que sentido da possibilidade, acolhendo a tese de que não se pode estender
versem sobre financiamento de casa própria, com vinculação ao ao mutuário que obteve duplo financiamento pelo Sistema Financeiro
Sistema Financeiro de Habitação, sendo parte ilegítima a União de Habitação, em data anterior à vigência das Leis 8.004 e 8.100/90,
Federal. penalidade pelo descumprimento das obrigações assumidas que não
Sobre o tema, trago à colação os seguintes arestos: aquelas firmadas no contrato, além daquelas decorrentes da legislação
“SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO - LEGITIMIDADE - em vigor à época, como exemplifica o seguinte julgado, in verbis:
CEF - UNIÃO – BANCO CENTRAL DO BRASIL - CASA “PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO – SISTEMA
PRÓPRIA - FCVS . FINANCEIRO DE HABITAÇÃO – LEGITIMIDADE PASSIVA DA
A Caixa Econômica Federal é parte legítima passiva nas causas CEF – LEIS 4.380/64 E 8.100/90 – DUPLO FINANCIAMENTO –
versando sobre financiamento da casa própria, com vinculação ao COBERTURA PELO FCVS – QUITAÇÃO DE SALDO DEVEDOR –
Fundo de Compensação da Variação Salarial, sendo partes ilegítimas a POSSIBILIDADE – RESPEITO AO PRINCÍPIO DA
União e o BACEN. (...)” IRRETROATIVIDADE DAS LEIS – PRECEDENTES DESTA CORTE.
(STJ; REsp 155832/PE; 1ª T; Rel. Min. Garcia Vieira; unânime, DJ 1. Nas causas relativas a contratos do Sistema Financeiro de
08/05/2000, p.61) Habitação - SFH com cláusula do Fundo de Compensação de
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. Variação Salarial - FCVS, a Caixa Econômica Federal - CEF passou
SISTEMA. FINANCEIRO DA HABITAÇÃO - SFH. FCVS. a gerir o Fundo com a extinção do Banco Nacional da Habitação -
LEGITIMIDADE PASSIVA DA CEF. DUPLICIDADE DE BNH.
FINANCIAMENTOS PELO MUTUÁRIO. VEDAÇÃO LEGAL 2. A disposição contida no art. 9º da Lei. 4.380/64 não afasta a
POSTERIOR AO CONTRATO. IRRETROATIVIDADE DA LEI. possibilidade de quitação de um segundo imóvel financiado pelo
INCLUSÃO DO NOME DO DEVEDOR EM CADASTROS DE mutuário, situado na mesma localidade, utilizando-se os recursos do
INADIMPLENTES. ART. 273 DO CPC. PRESSUPOSTOS. MATÉRIA FCVS, mas apenas impõe o vencimento antecipado de um dos
DE FATO. SÚMULA 7/STJ. financiamentos.
1. Cuidam os autos de agravo de instrumento manejado pela CEF ora 3. Além disso, esta Corte Superior, em casos análogos, tem-se
recorrente em face de decisão proferida pelo juízo de 1° grau que posicionado pela possibilidade da manutenção da cobertura do FCVS,
concedeu parcialmente a antecipação da tutela para determinar à mesmo para aqueles mutuários que adquiriram mais de um imóvel
numa mesma localidade, quando a celebração do contrato se deu
anteriormente à vigência do art. 3º da Lei 8.100/90, em respeito ao
princípio da irretroatividade das leis.
4. A possibilidade de quitação, pelo FCVS, de saldos devedores
remanescentes de financiamentos adquiridos anteriormente a 5 de

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dezembro de 1990 tornou-se ainda mais evidente com a edição da Lei
10.150/2000, que a declarou expressamente.
5. Precedentes desta Corte.
6. Recurso especial não provido.”
(STJ, REsp 1044500/BA, Rel. Ministra ELIANA CALMON,
SEGUNDA TURMA, julgado em 24.06.2008, unânime, DJe (TRF 2ª Região, Sétima Turma Especializada, AC nº
22.08.2008) 200051020013654, Rel: Des. Federal Reis Friede, unânime, DJ
Esta Corte também pacificou o entendimento no seguinte sentido: 16.11.2006)
“ADMINISTRATIVO. SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO. Por fim, a recusa no cumprimento do contrato por parte da CEF possui
DUPLICIDADE DE FINANCIAMENTOS. IMPOSSIBILIDADE DE respaldo na interpretação da legislação que rege a matéria e, por si só, é
QUITAÇÃO DE CONTRATO PELO FCVS. incapaz produzir qualquer espécie de lesão de conteúdo imaterial, não
1. A CEF, e não o Conselho Monetário Nacional, sucedeu o extinto o havendo nos autos evidências de algum dano causado à Autora em
Banco Nacional da Habitação - BNH em todos os seus direitos e consequência da recusa da Empresa Pública, sendo oportuna a citação
obrigações, conforme estipulou o §1º do art.1º do Decreto-Lei nº do seguinte julgado:
2.291/86, o que torna a União Federal parte ilegítima para figurar no “PROCESSUAL CIVIL E SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO.
pólo passivo nas ações relativas ao Sistema Financeiro de Habitação. FCVS. DUPLICIDADE DE FINANCIAMENTOS. LEI 8100/90. DANO
2. A impossibilidade de quitação de dois financiamentos pelo FCVS MORAL INACOLHIDO. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA.
somente foi estabelecida a partir do advento da Lei n.º 8.100/90, vindo 1. No presente caso, possível a utilização do FCVS para quitação de
a redação do art. 3º desse diploma legal a ser alterada pelo art. 4º da mais de um saldo devedor, tendo em vista que os contratos foram
Lei n.º 10.150/2000, no intuito de esclarecer que a limitação somente firmados antes de 05/12/1990, conforme se verifica às fls. 81.
se aplicaria aos contratos firmados a partir de 05.12.1990, em 2. O documento de fl. 23 importa necessariamente em liquidação da
observância ao princípio da irretroatividade das leis. dívida, vez que o mutuário pagou o valor oferecido pela CEF para
3. Apelação desprovida.” quitação do saldo com desconto.
(TRF 2ª Região, AC nº 2008.51.01.022588-0, Rel: Juiz Federal 3. Não restou evidenciado fato moralmente lesivo ou dano moral
Convocado Marcelo Pereira da Silva, Unânime, DJ 20.07.2011) vinculado ao contrato de mútuo habitacional em exame, tendo a parte
“PROCESSUAL CIVIL E SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO. autora se restringido a apresentar alegações genéricas, sem indicação
FCVS. DUPLICIDADE DE FINANCIAMENTOS. LEI 8100/90. DANO de fatos concretos que consubstanciassem suas alegações.
MORAL INACOLHIDO. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. 4. Verifica-se que a parte autora obteve êxito em sua postulação no
1. No presente caso, possível a utilização do FCVS para quitação de sentido da quitação do contrato de financiamento, restando o dano
mais de um saldo devedor, tendo em vista que os contratos foram moral inacolhido, o que atrai a regra do artigo 21, caput, do CPC.
firmados antes de 05/12/1990, conforme se verifica às fls. 81. 5. Recurso parcialmente provido.”
2. O documento de fl. 23 importa necessariamente em liquidação da (TRF 2ª Região, Oitava Turma Especializada, AC nº
dívida, vez que o mutuário pagou o valor oferecido pela CEF para 2006.51.01.009633-4, Rel: Des. Poul Erik Dyrlund, DJ 05.09.2008)
quitação do saldo com desconto. Ademais, não há nos autos qualquer indício de prejuízos imateriais
3. Não restou evidenciado fato moralmente lesivo ou dano moral supostamente experimentados, inexistindo dano moral a ser reparado.
vinculado ao contrato de mútuo habitacional em exame, tendo a parte Diante do exposto, com fulcro no artigo 557, caput do Código de
autora se restringido a apresentar alegações genéricas, sem indicação Processo Civil, NEGO SEGUIMENTO AOS RECURSOS.
de fatos concretos que consubstanciassem suas alegações. 4. Verifica- Decorrido in albis o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição e
se que a parte autora obteve êxito em sua postulação no sentido da restituam-se os autos à Vara de origem com as devidas cautelas.
quitação do contrato de financiamento, restando o dano moral Publique-se. Intime-se.
inacolhido, o que atrai a regra do artigo 21, caput, do CPC. Rio de Janeiro, 2 de maio de 2012.
5. Recurso parcialmente provido.” GUILHERME DIEFENTHAELER,
(TRF, 2ª Reg., AC 2006.51.01.009633-4, Rel. Des. Fed. POUL ERIK Desembargador Federal – Relator.
DYRLUND, DJ 05.09.2008, p. 712, unânime) /mpc
“SFH. PROCESSO CIVIL. QUITAÇÃO DE DÉBITO. FCVS.
MULTIPLICIDADE DE FINANCIAMENTOS. CONTRATO
ANTERIOR AO ADVENTO DA LEI 8.100/90. COBERTURA.
LEGITIMIDADE PASSIVA DA CEF. CESSÃO DE CRÉDITO.
LEGITIMIDADE PASSIVA DO NOVO AGENTE FINANCEIRO. IV - APELACAO CIVEL 2003.51.01.027027-8
I. Registre-se a legitimidade passiva da CEF para figurar no pólo Nº CNJ :0027027-81.2003.4.02.5101
passivo da presente demanda, tendo em vista a cessão do crédito RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
realizada em razão da liquidação extrajudicial do Banco Bamerindus GUILHERME DIEFENTHAELER
S/A, não havendo que se falar em litisconsórcio passivo necessário APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
com esta instituição financeira. ADVOGADO :RICARDO EURICO RIBEIRO ROCHA
II. O Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS -, E OUTROS
instituído pela RC 25/67 do extinto BNH, tem como meta maior APELADO :MARIO AUGUSTO ROCHA
assumir a responsabilidade pelos saldos devedores dos mutuários, CERQUEIRA
quando do pagamento da última prestação, garantindo a cobertura de ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
possível saldo remanescente. III. Verifica-se, no presente caso em liça, ORIGEM :VIGÉSIMA TERCEIRA VARA
que o mutuário adimpliu a totalidade das prestações, e tendo o FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
contrato sido firmado antes de 5/12/1990, ou seja, antes do advento da (200351010270278)
Lei n. 8.100/1990, não merece razão a negativa da quitação do débito JUÍZA FEDERAL, DRA. MARIA
em face da multiplicidade de financiamentos. IV. Apelação da CEF AMÉLIA ALMEIDA SENOS DE
improvida.” CARVALHO

DECISÃO
A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF interpôs a presente
Apelação Cível em face da sentença que julgou parcialmente
procedente os embargos monitórios.

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Parecer do MP Federal às fls. 155/162.
À fl. 168, veio a Apelante aos autos requerer a desistência da ação.
É o Relatório. Decido.
O pedido de desistência da ação formulado pela Apelante CEF, após a
prolação da sentença, deve ser recebido como desistência do recurso,
não sendo necessária, portanto, anuência da parte contrária, nos termos financiamento e não de revisão contratual, sendo certo que as
do art. 501 do CPC. disposições contidas na Lei nº 10.150/2000, que autorizaram a
Neste sentido, veja-se o voto proferido pelo Ilustre Desembargador regularização de tais modalidades de transferência, sem a participação
Federal Reis Friede (AC 2003.51.01.027165-9, julgada em da instituição financeira, se aplicam à referida hipótese.
02/05/2007): Nesse sentido, é igualmente firme a jurisprudência consolidada na 7ª
“É cediço que na fase recursal, não é mais possível a desistência da Turma Especializada do Egrégio Tribunal Regional Federal da 2ª
ação, quando há Sentença de mérito julgando improcedente o pedido região, in verbis:
formulado, porquanto a prestação jurisdicional é direito que se “PROCESSO CIVIL. SFH. ILEGITIMIDADE AD CAUSAM ATIVA
reconhece a ambas as Partes. DO CESSIONÁRIO. CESSÃO DE DIREITOS SEM ANUÊNCIA DO
Em sendo assim, o pedido de desistência da ação, após a prolação de AGENTE FINANCEIRO. CONTRATO DE GAVETA.
Sentença pelo Juízo de Primeira Instância, deverá ser recebido como 1 - Prevalece, na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça a
de desistência do Recurso, na forma do art. 501 do CPC.” diretriz de que o terceiro que adquire imóvel financiado pela CEF com
Sendo assim, HOMOLOGO o pedido de desistência do recurso recursos do SFH, por meio do denominado “contrato de gaveta”
formulado pela apelante, com base no art. 501 do CPC e nos termos do (cessão de direitos e obrigações), não ostenta legitimidade ativa para
art. 44, VII do Regimento Interno deste Tribunal. postular em Juízo a anulação/suspensão do procedimento de execução
P.I. Certificado o trânsito em julgado desta, dê-se baixa na distribuição extrajudicial do imóvel.
e remetam-se os autos ao Juízo a quo com as cautelas de praxe. 2 - Por outro lado, o disposto na lei 10.150/2000 (arts 20 a 22),
Rio de Janeiro, 07 de maio de 2012. permitindo a regularização das transferências realizadas no âmbito do
GUILHERME DIEFENTHAELER, SFH (SF14), sem a interveniência da instituição financiadora, somente
Desembargador Federal – Relator. se aplica, como está expresso na primeira parte do caput do artigo 22
/lsz/ dela, na liquidação antecipada da dívida de contratos do SFH. Não
incidência da Lei 10.150/2000 (arts. 20/22), uma vez que não se trata
de liquidação antecipada do financiamento celebrado e habilitação
junto ao FCVS – quitação da dívida (AC nº 2001.33.00.001584-6 –
BA, Rel. Des. Federal Antonio Ezequiel). (Grifei)
IV - APELACAO CIVEL 2005.51.01.490316-3 3 - Agravo Interno improvido.”
Nº CNJ :0490316-49.2005.4.02.5101 (TRF 2a Região, AGTAC 411133/RJ, Proc. n.º 200751010200920, Rel.
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL Des. Fed. Reis Friede, Sétima Turma Especializada, unânime, DJU
GUILHERME DIEFENTHAELER 16/04/2008, p. 397).
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF No caso vertente, verifica-se que a pretensão do Autor amolda-se à
ADVOGADO :MAURICIO CHATEAUBRIAND hipótese legal descrita acima, porquanto pretendia o reconhecimento da
LUSTOSA BORGES PEREIRA E quitação antecipada do débito, através do pagamento efetuado perante
OUTROS a credora, e a consequente baixa na hipoteca e regularização cadastral
APELADO :ANA LUCIA MARIA DO CARMO do imóvel, sendo oportuna a citação do seguinte precedente:
ADVOGADO :NARA MARIA PEREIRA LIMA “PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. SISTEMA
ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE FINANCEIRO DE HABITAÇÃO. CONTRATO DE GAVETA.
NITERÓI (200551014903163) LIQUIDAÇÃO ANTECIPADA DA DÍVIDA. LEGITIMIDADE
JUIZ FEDERAL LEOPOLDO CESSIONÁRIO.
MUYLAERT 1. Prevalece, na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça a
diretriz de que o terceiro que adquire imóvel financiado pela CEF com
DECISÃO recursos do Sistema Financeiro da Habitação, por meio do
Trata-se de Apelação interposta contra sentença que – em sede de ação denominado "contrato de gaveta", não ostenta legitimidade ativa para
cognitiva sob o rito ordinário que objetiva a revisão de prestações e do postular em juízo quer a revisão de cláusulas contratuais, quer a
saldo devedor em contrato de mútuo habitacional vinculado ao Sistema consignação em pagamento, quer, ainda, a suspensão de execução
Financeiro de Habitação, além da declaração de quitação do extrajudicial, salvo se demonstrada a anuência do agente financeiro
financiamento pactuado com a CEF, por força da anistia prevista na com a cessão de direitos e obrigações.
Lei 10.150/2000 – julgou parcialmente procedente o pedido. 2. Com a edição da Lei n.º 10.150/2000 (arts. 20 a 22), foi
Da sentença foram opostos Embargos de Declaração, que foram expressamente prevista a regularização das transferências realizadas
rejeitados, mantendo-se íntegro o decisum (fls. 255/256). no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) sem a
Em suas razões recursais, às fls. 258/263, sustenta que faltaria à Autora interveniência da instituição financeira, para fins de liquidação
legitimidade para a propositura da presente, tendo em vista que se antecipada da dívida de contratos do SFH.
encontra na condição de cessionária de contrato de mútuo habitacional, 3. Versando a presente demanda sobre a possibilidade de quitação de
não possuindo, portanto, qualquer relação jurídico-material com o contrato de mútuo habitacional em razão de suposta liquidação
agente financeiro. antecipada do débito, impõe-se reconhecer a legitimidade ativa ad
Sem contrarrazões. causam da cessionária, com a conseqüente anulação da sentença
Parecer do Ministério Público, às fls. 270/273, opinando pelo recorrida que extinguiu o feito sem apreciação do mérito.
provimento do recurso. 4. Agravo interno provido. Sentença recorrida anulada.
Relatei. Decido. (TRF 2a Região, AC 362151/RJ, 8a Turma Especializada, Rel. Juiz Fed.
Inicialmente, verifica-se que a hipótese dos autos é de liquidação de Conv. MARCELO PEREIRA/no afast. Relator, Unânime., DJU
29/07/2008, p. 167).
Diante do exposto, com fulcro no artigo 557, caput do Código de
Processo Civil, NEGO SEGUIMENTO AO RECURSO.
Decorrido in albis o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição e
restituam-se os autos à Vara de origem com as devidas cautelas.

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Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
Publique-se. Intime-se.
Rio de Janeiro, 30 de abril de 2012.
GUILHERME DIEFENTHAELER,
Desembargador Federal – Relator.
/mpc
Financeiro de Habitação, além de reparação pecuniária por vícios
redibitórios no imóvel financiado – julgou extinto o feito sem
resolução do mérito, tanto pela falta de interesse de agir, vez que o
imóvel foi adjudicado, quanto pelo abandono de causa, uma vez que a
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.005595-0 parte autora, intimada pessoalmente para regularizar a representação
Nº CNJ :0005595-65.2012.4.02.0000 processual, não deu andamento ao feito por mais de 60 (sessenta) dias.
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL Em suas razões recursais, às fls. 552/557, sustenta a parte autora, em
GUILHERME DIEFENTHAELER síntese, que não haveria nos autos algum documento que comprovasse
AGRAVANTE :THACIA VIEIRA MEDEIROS a adjudicação do imóvel financiado; que o Autor teria sido intimado
ADVOGADO :MARIA CAROLINA VALINHO DE para regularizar a sua representação processual e não para dar
MORAES E OUTROS andamento ao feito, aduzindo ainda que a extinção por abandono
AGRAVADO :ESCOLA SUPERIOR DE CIENCIAS DA dependeria de requerimento dos Réus.
SAUDE DA SANTA CASA DE Contrarrazões da Uninter Empreendimentos e Participações Ltda. e da
MISERICORDIA DE VITORIA - CEF às fls. 564/569 e fls. 570/579, respectivamente.
EMESCAM Sem contrarrazões da Jipóia Fundações e Construções.
ADVOGADO :RODRIGO REIS MAZZEI E OUTROS Parecer do Ministério Público, às fls. 587/601, opinando pelo
ORIGEM :3ª VARA FEDERAL CÍVEL DE desprovimento do recurso.
VITÓRIA/ES (201250010022002) Relatei. Decido.
JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO PAULO O inconformismo não merece prosperar.
GONÇALVES DE OLIVEIRA FILHO Com efeito, a inércia da parte autora em dar cumprimento à
determinação judicial para fins de promover as diligências necessárias
DESPACHO ao andamento regular do processo é hipótese configuradora de
Oficie-se ao MM. Juiz Federal solicitando-lhe informações. abandono da causa, a ensejar a extinção do processo, sem resolução do
Após, intime-se a Agravada nos termos do art. 527, V do CPC. mérito, com fulcro no artigo 267, III, do CPC, cumprindo ao julgador
Decorrido o prazo para manifestação, ao Ministério Público Federal. somente observar a disposição constante do § 1º do referido artigo, que
Intime-se. preconiza a necessidade de intimação pessoal da parte autora para, em
Rio de Janeiro, 03 de maio de 2012. 48 horas, providenciar o andamento do feito, sob pena de extinção sem
GUILHERME DIEFENTHAELER, julgamento do mérito, sendo oportuna a citação dos seguintes
Desembargador Federal - Relator. precedentes:
/nds/rwa “PROCESSUAL CIVIL. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM
RESOLUÇÃO DO MÉRITO. ABANDONO. ART. 267, INCISO III E §
1º, DO CPC. INTIMAÇÃO PESSOAL PRÉVIA. AUSÊNCIA.
PROSSEGUIMENTO DO FEITO.
1. A extinção do processo por abandono da causa demanda a prévia
IV - APELACAO CIVEL 2007.51.09.000511-2 intimação pessoal do autor para suprir o vício em 48 (quarenta e oito)
Nº CNJ :0000511-58.2007.4.02.5109 horas. Precedentes.
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL 2 (...).
GUILHERME DIEFENTHAELER 3. Recurso especial não provido”.
APELANTE :CLAUBER HONORATO DA SILVA (STJ, RESP - RECURSO ESPECIAL – 930170, 2ª Turma, Rel. Min.
ADVOGADO :CARLOS DIEGO FERREIRA DE Castro Meira, Unânime, DJU 27.08.2007, p. 214).
CARVALHO CUNHA E OUTRO “RECURSO ESPECIAL. PROCESSO CIVIL. PROCESSO DE
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF EXECUÇÃO. TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXTINÇÃO POR
ADVOGADO :ALDIR GOMES SELLES E OUTROS ABANDONO. ARTIGO 267, INCISO III, § 1º, DO CPC. AUSÊNCIA
APELADO :UNINTER EMPREENDIMENTOS E DE INTIMAÇÃO PESSOAL DO CREDOR. SÚMULA 7/STJ.
PARTICIPACOES LTDA EXECUÇÃO NÃO EMBARGADA. SÚMULA 240/STJ.
ADVOGADO :ISABELLA DA SILVA REIS INAPLICABILIDADE.
APELADO :GIPOIA FUNDACOES E 1. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito, quando o autor
CONSTRUCOES LTDA abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias e quedar-se silente
ADVOGADO :ROSSANA MARIA NOGUEIRA após ser intimado, pessoalmente, a fim de dar prosseguimento ao feito
BARBOSA em 48 (quarenta e oito) horas.
ORIGEM :VARA ÚNICA DE RESENDE 2. Hipótese em que o Tribunal de origem afirmou expressamente que a
(200751090005112) exeqüente foi intimada de acordo com o art. 267, III, § 1º, do CPC.
JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO JOÃO Rever essa questão ensejaria o reexame de matéria fática (Súmula
BATISTA MARTINS PRATA BRAGA 7/STJ).
3. A Súmula 240 não se refere à execução não embargada.
DECISÃO Precedentes do STJ.
Trata-se de Apelação interposta contra sentença que – em sede de ação 4. Agravo Regimental não provido”.
cognitiva sob o rito ordinário que objetiva a revisão de cláusulas e (STJ, AGRESP - AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
prestações em contrato de mútuo habitacional vinculado ao Sistema ESPECIAL – 936372, 2ª Turma, Rel. Min. Herman Benjamin,
Unânime, DJE 19.12.2008).
“PROCESSUAL CIVIL.AGRAVO INTERNO EM APELAÇÃO CÍVEL.
EXTINÇÃO DO FEITO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.
ABANDONO DE CAUSA (ART. 267, III, DO CPC). INTIMAÇÃO
PESSOAL.

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1. Após oportunizados diversos prazos para que a parte autora
indicasse o endereço correto para citação do Réu, ao longo de quase
um ano, e promovida a intimação pessoal da mesma, para suprir a
falta em 48 (quarenta e oito) horas, ausente qualquer manifestação,
adequada a extinção do feito, por abandono de causa, nos termos do
art. 267, III e §1º do CPC. 2. Agravo interno desprovido.” MARCELO PEREIRA DA SILVA
(TRF 2ª Região, AC nº 2006.51.01.000960-7, 8ª Turma Especializada, Juiz Federal Convocado
Rel. Juiz Fed. Conv. Marcelo Pereira da Silva, Julg: 03.12.2008,
Unânime, DJU: 11.12.2008)
Nesse passo, verifica-se que o Autor foi intimado pessoalmente a
regularizar a sua representação processual, sendo certo que no teor do
mandado de intimação continha a advertência “sob pena de extinção IV - APELACAO CIVEL 389844 2005.50.01.011569-3
do feito sem resolução do mérito, nos termos do artigo 267, II do Nº CNJ :0011569-62.2005.4.02.5001
Código de Processo Civil”, caso não houvesse a representação no RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
prazo assinalado (fl. 541). MARCELO PEREIRA DA SILVA
Portanto, o simples fato do Apelante ter sido intimado pessoalmente APELANTE :A. MADEIRA INDÚSTRIA E
para constituir novo patrono e ter-se quedado inerte, demonstra o seu COMÉRCIO LTDA.
total desinteresse no prosseguimento do feito, situação que conduz à ADVOGADO :ARTENIO MERCON E OUTROS
manutenção do julgado, restando prejudicada a análise da matéria APELADO :INST. BRAS. DO MEIO-AMBIENTE E
inerente à adjudicação do imóvel financiado. RECURSOS NATURAIS
Diante do exposto, com fulcro no artigo 557, caput do Código de RENOVAVEIS-IBAMA
Processo Civil, NEGO SEGUIMENTO AO RECURSO. PROCURADOR :WALDIR MIRANDA RAMOS FILHO
Decorrido in albis o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição e ORIGEM :3ª VARA FEDERAL CÍVEL DE
restituam-se os autos à Vara de origem com as devidas cautelas. VITÓRIA/ES (200550010115693)
Publique-se. Intime-se.
Rio de Janeiro, 2 de maio de 2012. DESPACHO
GUILHERME DIEFENTHAELER, Conforme entendimento consagrado pelo STF, “a garantia
Desembargador Federal – Relator. constitucional do contraditório impõe que se ouça previamente a parte
/mpc embargada, na hipótese excepcional de os embargos de declaração
haverem sido interpostos com efeito modificativo”. (DJU – II
18/10/95).
Assim sendo, manifeste-se o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA, ora Apelado, sobre os
IV - APELACAO CIVEL 446669 2006.51.01.021723-0 embargos de declaração de fls. 594/602.
Nº CNJ :0021723-96.2006.4.02.5101 Rio de Janeiro, de de 2012
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO MARCELO PEREIRA DA SILVA
MARCELO PEREIRA DA SILVA Juiz Federal Convocado
APELANTE :ELIAS RODRIGUES DA ROCHA E
OUTRO
ADVOGADO :MARCELLO MOREIRA DA SILVA E
OUTROS
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF IV - APELACAO CIVEL 2000.51.01.009531-5
ADVOGADO :AURIVAL JORGE PARDAUIL SILVA Nº CNJ :0009531-44.2000.4.02.5101
E OUTROS RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
ORIGEM :VIGÉSIMA QUARTA VARA FEDERAL GUILHERME DIEFENTHAELER
DO RIO DE JANEIRO APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
(200651010217230) ADVOGADO :ROBERTA MARIANA BARROS DE
AGUIAR CORREA E OUTROS
DECISÃO APELADO :ROCELITO AMARAL CUNHA E
Tendo sido interposto recurso de apelação por Elias Rodrigues da OUTRO
Rocha e Maria Dulce Rodrigues Bezerra (fls. 262/286) contra a ADVOGADO :ROMEU FERNANDO CARVALHO DE
sentença de fls. 254/257, que julgou extinto o processo sem julgamento SOUZA E OUTROS
do mérito nos autos de Ação Ordinária promovida em face da Caixa ORIGEM :VIGÉSIMA SEXTA VARA FEDERAL
Econômica Federal – CEF, veio aos autos o acordo firmado por DO RIO DE JANEIRO
ocasião da Audiência de Conciliação realizada no Mutirão do Sistema (200051010095315)
Financeiro da Habitação desta egrégia Corte (fls. 364/365), tendo sido JUIZ FEDERAL FABRÍCIO
homologado o acordo e julgado extinto o processo, com apreciação do FERNANDES DE CASTRO
mérito, na forma do artigo 269, inciso III, do CPC.
Assim, ante a celebração de acordo extrajudicial homologado em juízo, DECISÃO
cumpre reconhecer a perda de objeto do recurso interposto pelos Trata-se de Apelação interposta contra sentença que – em sede de ação
autores, razão pela qual deve ser o mesmo julgado prejudicado. cognitiva sob o rito ordinário que objetiva a revisão de cláusulas e
Preclusa a presente decisão, retornem os autos à Vara de origem para prestações em contrato de mútuo habitacional vinculado ao Sistema
as providências cabíveis. Financeiro de Habitação – julgou procedente em parte o pedido, “para
Rio de Janeiro, 18 de abril de 2012 condenar a CEF a refazer a planilha de evolução de financiamento do
contrato de mútuo com os Autores a fim de apurar as prestações de
acordo com as variações salariais do mutuário responsável pelo
contrato, juntadas aos autos, nos termos da fundamentação.
Foi interposto Agravo Retido pela CEF, juntado às fls. 210/213.
A parte autora interpôs Agravo de Instrumento, que foi convertido na

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modalidade retida, conforme decisão juntada às fls. 233.
Em suas razões recursais, às fls. 474/479, sustenta a Empresa Pública,
em síntese, que teria dado cumprimento ao critério de equivalência
salarial, nos termos do contrato, aduzindo ainda que os mutuários, em
momento algum, teriam apresentado comprovantes de variação
salarial, de forma a viabilizar a revisão das prestações. IV - APELACAO CIVEL 2000.51.01.004173-2
Contrarrazões às fls. 484/486. Nº CNJ :0004173-98.2000.4.02.5101
O Ministério Público, às fls. 490/491, informa não haver interesse RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
público que justifique a sua intervenção. GUILHERME DIEFENTHAELER
É o relato do necessário. Passo a decidir. APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
Inicialmente, cumpre não conhecer dos Agravos Retidos interpostos ADVOGADO :ROBERTA MARIANA BARROS DE
pelas partes, vez que não requeridas expressamente, nas razões da AGUIAR CORREA E OUTROS
apelação ou em sede de contrarrazões, as suas apreciações por este APELADO :ROCELITO AMARAL CUNHA E
Tribunal, na forma do artigo 523 e seu § 1º, do Código de Processo OUTRO
Civil. ADVOGADO :ROMEU FERNANDO CARVALHO DE
No mais, o inconformismo não merece prosperar. SOUZA E OUTROS
Com efeito, estando o PES previsto no contrato de mútuo habitacional, ORIGEM :VIGÉSIMA SEXTA VARA FEDERAL
o reajuste das prestações deverão respeitar a variação dos salários da DO RIO DE JANEIRO
categoria profissional dos devedores, preservando-se a capacidade (200051010041732)
contributiva inicialmente pactuada até o término do contrato. JUIZ FEDERAL FABRÍCIO
Tal cláusula não vai de encontro às disposições legais contrárias à FERNANDES DE CASTRO
equivalência salarial, nem se choca com outras cláusulas que
mencionem outros índices ou formas de reajuste. Isso decorre da DECISÃO
própria filosofia do Sistema de Financiamento Habitacional, não Trata-se de Apelação interposta contra sentença de procedência em
vedando a aplicação de outros índices e indexadores no contrato, tais Ação Cautelar que objetiva a sustação do procedimento de execução
como a Poupança, o UPC e o IPC, incidentes sobre o valor das extrajudicial de imóvel financiado pelo Sistema Financeiro de
prestações, desde que este seja limitado pelos percentuais de reajuste Habitação.
dos salários da categoria profissional do mutuário, como visto alhures. Em suas razões recursais, às fls. 95/102, sustenta a Empresa Pública,
Nesse sentido, oportuna a citação do seguinte julgado: em síntese, que não estariam presentes os requisitos necessários à
“AGRAVO REGIMENTAL –SISTEMA FINANCEIRO DE concessão da medida cautelar.
HABITAÇÃO – EQUIVALÊNCIA SALARIAL – PES – Contrarrazões às fls. 108/109.
JURISPRUDÊNCIA PACIFICADA – AGRAVO IMPROVIDO. O Ministério Público, às fls. 113/114, informa não haver interesse
1. ESTA CORTE TEM ENTENDIMENTO PACÍFICO NO SENTIDO público que justifique a sua intervenção.
DE QUE, NOS CONTRATOS CELEBRADOS SEGUNDO AS Relatei. Decido.
NORMAS DO SFH, AS MAJORAÇÕES SEGUEM O MESMO Com efeito, o êxito da presente Medida Cautelar está relacionado com
PERCENTUAL DE AUMENTO SALARIAL DA CATEGORIA o da Ação Ordinária principal em apenso, processo nº
PROFISSIONAL, DE MODO A OBEDECER A EQUAÇÃO 2000.51.01.009531-5, na qual foi negado seguimento ao recurso
ECONÔMICO-FINANCEIRA DAS AVENCAS, MOTIVO PELO QUAL interposto pela CEF, mantendo-se sentença de procedência parcial em
REITERO OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO RECORRIDA. ação revisional do contrato de mútuo habitacional objeto da presente
2. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO”. lide, em decisão monocrática proferida por esta relatoria, razão pela
(STJ, 2ª TURMA, AGA 238545/RS, REL. MIN. ELIANA CALMON, qual adoto como razões de decidir, reproduzindo nesta oportunidade o
DJ DE 1.8.2000, P.243) seu conteúdo:
Na presente hipótese há previsão contratual do Plano de Equivalência “Trata-se de Apelação interposta contra sentença que – em sede de
Salarial (Cláusula Décima Quinta - fl. 25), o qual deve ser observado ação cognitiva sob o rito ordinário que objetiva a revisão de cláusulas e
quando do reajuste das prestações referentes ao contrato sub judice. prestações em contrato de mútuo habitacional vinculado ao Sistema
In casu, deve ser prestigiado o laudo pericial, o qual constatou que “o Financeiro de Habitação – julgou procedente em parte o pedido, “para
mutuante promoveu reajustes das prestações em patamares superiores condenar a CEF a refazer a planilha de evolução de financiamento do
aos consignados nas declarações dos empregadores do Autor” (fls. contrato de mútuo com os Autores a fim de apurar as prestações de
272/274), restando apurado que o agente financeiro cobrou valores a acordo com as variações salariais do mutuário responsável pelo
maior a partir de maio de 1996. contrato, juntadas aos autos, nos termos da fundamentação.
Diante do exposto NÃO CONHEÇO DOS AGRAVOS RETIDOS e, Foi interposto Agravo Retido pela CEF, juntado às fls. 210/213.
com fulcro no artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, NEGO A parte autora interpôs Agravo de Instrumento, que foi convertido na
SEGUIMENTO À APELAÇÃO. modalidade retida, conforme decisão juntada às fls. 233.
Decorrido in albis o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição e Em suas razões recursais, às fls. 474/479, sustenta a Empresa Pública,
restituam-se os autos à Vara de origem com as devidas cautelas. em síntese, que teria dado cumprimento ao critério de equivalência
Publique-se. Intime-se. salarial, nos termos do contrato, aduzindo ainda que os mutuários, em
Rio de Janeiro, 30 de abril de 2012. momento algum, teriam apresentado comprovantes de variação
GUILHERME DIEFENTHAELER, salarial, de forma a viabilizar a revisão das prestações.
Desembargador Federal – Relator. Contrarrazões às fls. 484/486.
/mpc O Ministério Público, às fls. 490/491, informa não haver interesse
público que justifique a sua intervenção.
É o relato do necessário. Passo a decidir.
Inicialmente, cumpre não conhecer dos Agravos Retidos interpostos
pelas partes, vez que não requeridas expressamente, nas razões da
apelação ou em sede de contrarrazões, as suas apreciações por este
Tribunal, na forma do artigo 523 e seu § 1º, do Código de Processo
Civil.
No mais, o inconformismo não merece prosperar.
Com efeito, estando o PES previsto no contrato de mútuo habitacional,

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o reajuste das prestações deverão respeitar a variação dos salários da
categoria profissional dos devedores, preservando-se a capacidade
contributiva inicialmente pactuada até o término do contrato.
Tal cláusula não vai de encontro às disposições legais contrárias à
equivalência salarial, nem se choca com outras cláusulas que
mencionem outros índices ou formas de reajuste. Isso decorre da ADVOGADO :DELAIDE RODRIGUES DE SANT
própria filosofia do Sistema de Financiamento Habitacional, não ANNA E OUTRO
vedando a aplicação de outros índices e indexadores no contrato, tais ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DE SÃO
como a Poupança, o UPC e o IPC, incidentes sobre o valor das JOÃO DE MERITI
prestações, desde que este seja limitado pelos percentuais de reajuste (200551100015896)
dos salários da categoria profissional do mutuário, como visto alhures.
Nesse sentido, oportuna a citação do seguinte julgado: EMENTA
“AGRAVO REGIMENTAL –SISTEMA FINANCEIRO DE APELAÇÃO. PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO.
HABITAÇÃO – EQUIVALÊNCIA SALARIAL – PES – REAJUSTE DE 28,86%. PRESCRIÇÃO DO DIREITO
JURISPRUDÊNCIA PACIFICADA – AGRAVO IMPROVIDO. POSTULADO. NÃO OCORRÊNCIA.HONORÁRIOS
1. ESTA CORTE TEM ENTENDIMENTO PACÍFICO NO SENTIDO ADVOCATÍCIOS. REDUÇÃO. CABIMENTO.
DE QUE, NOS CONTRATOS CELEBRADOS SEGUNDO AS 1.Apelação que visa a reforma da sentença que julgou
NORMAS DO SFH, AS MAJORAÇÕES SEGUEM O MESMO procedente o pedido de reajuste nos vencimentos do
PERCENTUAL DE AUMENTO SALARIAL DA CATEGORIA Demandante referentes ao índice de 28,86%, no período de
PROFISSIONAL, DE MODO A OBEDECER A EQUAÇÃO abril a dezembro de 2000.
ECONÔMICO-FINANCEIRA DAS AVENCAS, MOTIVO PELO QUAL 2.Acerca do assunto, a 3ª Seção do e. STJ, no julgamento do
REITERO OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO RECORRIDA. recurso repetitivo representativo da controvérsia, RESP 990284/
2. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO”. RS, firmou entendimento de que a edição da Medida Provisória
(STJ, 2ª TURMA, AGA 238545/RS, REL. MIN. ELIANA CALMON, 1.704 de 30.06.1998 implicou na renúncia tácita da prescrição,
DJ DE 1.8.2000, P.243) de modo que, se ajuizada a ação ordinária dos servidores até
Na presente hipótese há previsão contratual do Plano de Equivalência 30.6.2003, os efeitos financeiros devem retroagir a janeiro de
Salarial (Cláusula Décima Quinta - fl. 25), o qual deve ser observado 1993, e se proposta após 30.6.2003, deve ser aplicado apenas
quando do reajuste das prestações referentes ao contrato sub judice. o enunciado da Súmula 85 do STJ. (Terceira Seção. RESP
In casu, deve ser prestigiado o laudo pericial, o qual constatou que “o 990284/RS, Rel. Min. MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, J:
mutuante promoveu reajustes das prestações em patamares superiores 13.4.2009)
aos consignados nas declarações dos empregadores do Autor” (fls. 3.No caso concreto, a ação foi proposta em 7.4.2005, de
272/274), restando apurado que o agente financeiro cobrou valores a maneira que na linha do entendimento do E. STJ, a pretensão
maior a partir de maio de 1996. do Recorrente de recebimento dos atrasados relativos aos
Diante do exposto NÃO CONHEÇO DOS AGRAVOS RETIDOS e, meses de abril a dezembro de 2000 não foi alcançada pela
com fulcro no artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, NEGO prescrição.
SEGUIMENTO À APELAÇÃO.” 4.Juros de mora no percentual de 0,6.% ao ano, a partir da
No caso, a quaestio juris foi inteiramente solucionada quando do citação, nos termos do art. 1º-F, da Lei 9.494/97, modificada
julgamento da ação principal em apenso, em que foi reconhecida a pela Medida Provisória 2.180-35/2001 e, posteriormente pelo
procedência parcial do pedido autoral, situação esta que indica a artigo 5º da Lei nº 11.960/09, consoante orientação do Supremo
ocorrência do periculum in mora e do fumus boni iuris no caso em Tribunal Federal e agora também do Superior Tribunal de
apreço, restando evidenciada a necessidade da providência cautelar Justiça no julgamento realizado em 18.5.2011, pela Corte
postulada. Especial, do EResp 1207197.
Diante do exposto, com fulcro no artigo 557, caput do Código de 5.Honorários de advogado reduzidos para 5% sobre o valor da
Processo Civil, NEGO SEGUIMENTO AO RECURSO. condenação.
Decorrido in albis o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição e 6.Apelação parcilamente provida somente em relação aos juros
restituam-se os autos à Vara de origem com as devidas cautelas. de mora e aos honorários advocatícos.
Publique-se. Intime-se. ACÓRDÃO
Rio de Janeiro, 30 de abril de 2012. Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as
GUILHERME DIEFENTHAELER, acima indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do
Desembargador Federal – Relator. Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, dar
/mpc parcial provimento à Apelação na forma do relatório e do voto
constantes dos autos, que ficam fazendo parte do presente
julgado.
Rio de Janeiro, 17.4.2012. (data do julgamento).
RICARDO PERLINGEIRO
BOLETIM: 126848 Juiz Federal Convocado

IV - APELACAO CIVEL 2005.51.10.001589-6


Nº CNJ :0001589-55.2005.4.02.5110
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 159990
RICARDO PERLINGEIRO 2007.02.01.014048-9
APELANTE :UNIAO FEDERAL Nº CNJ :0014048-25.2007.4.02.0000
APELADO :NORAN ANTONIO DE SOUZA RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
RICARDO PERLINGEIRO
AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL
AGRAVADO :JOSE BRAZ E OUTROS
ADVOGADO :ROBERTO FAZOLINO BARROSO
ORIGEM :VIGÉSIMA SEGUNDA VARA

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(200251010177559)

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. DESCONTO EM FOLHA DE PAGAMENTO E que as referidas gratificações perderam seu caráter pro labore
PENHORA ON LINE. faciendo, no período em que estenderam o percentual aos
Tratando-se de requerimentos dirigidos, alternativamente, à ativos sem, contudo, realizar as avaliações de desempenho.
amortização do débito de honorários advocatícios mediante 4.Relativamente ao prequestionamento, a jurisprudência pátria
desconto nos vencimentos auferidos pelos executados ou à apresenta o entendimento de que a via não é mero expediente
garantia do seu pagamento pela penhora on line, rejeitado o para forçar o ingresso nas instâncias extraordinárias, se
primeiro, em razão da ausência da necessária anuência da ausentes as hipóteses elencadas no art. 535 do CPC. (STJ,
parte executada, nada obsta seja acolhida a penhora, medida EDAGA 200900275718, Rel. Min. VASCO DELLA GIUSTINA
que, após o advento da Lei nº 11.382/2006, não mais exige (Des. Conv. TJ/RS), DJ:21.2.2011)
prova da ausência de outros bens. 5.Embargos de Declaração parcialmente providos somente para
Agravo de Instrumento provido em parte. devolução do prazo de apelação para a União Federal.
ACÓRDÃO ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as
indicadas: acima indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do
Acordam os membros da 5ª Turma Especializada do Tribunal Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, dar
Regional Federal da 2ª Região, por maioria, em dar parcial parcial provimento aos Embargos de Declaração, na forma do
provimento ao recurso, na forma do voto do Juiz Federal relatório e do voto constantes dos autos, que ficam fazendo
Convocado Marcelo Pereira da Silva, vencido o Relator. parte do presente julgado.
Rio de Janeiro, __ de _____________ de 2012 Rio de Janeiro, 17.4.2012. (data do julgamento).
MARCELO PEREIRA DA SILVA RICARDO PERLINGEIRO
Juiz Federal Convocado Juiz Federal Convocado

IV - REMESSA EX OFFICIO EM AÇÃO CÍVEL III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2009.02.01.009186-4


2009.51.10.005262-0 Nº CNJ :0009186-40.2009.4.02.0000
Nº CNJ :0005262-17.2009.4.02.5110 RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO RICARDO PERLINGEIRO
RICARDO PERLINGEIRO AGRAVANTE :DU CLERC RODRIGUES DE
EMBARGANTE : UNIAO FEDERAL CARVALHO E OUTROS
EMBARGADO :V. ACÓRDÃO DE FL. 141 ADVOGADO :CARLOS ALBERTO BOECHAT
PARTE :LUCIA SOARES RANGEL E OUTRO
AUTORA AGRAVADO :CEFET- CENTRO FEDERAL DE
ADVOGADO :JULIANO BIZZO NETTO EDUCAÇÃO TECNOLOGIA CELSO
PARTE RÉ :UNIAO FEDERAL SUCKOW DA FONSECA E OUTRO
ORIGEM :QUARTA VARA FEDERAL DE SÃO PROCURADOR :SEM PROCURADOR
JOÃO DE MERITI AGRAVADO :UNIAO FEDERAL
(200951100052620) ORIGEM :VIGÉSIMA SEXTA VARA FEDERAL
DO RIO DE JANEIRO
EMENTA (200951010085799)
ADIMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO. ARTIGO 535 DO EMENTA
CPC.PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO. ADMINISTRATIVO. PROFESSOR DE 1º E 2º GRAUS.
1.Embargos de Declaração da União Federal em face de .GRATIFICAÇÃO ESPECÍFICA DE ATIVIDADE DOCENTE DO
acórdão que, em reexame necessário, reformou parcialmente a ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO-GEDBT.
sentença para restringir a condenação da Recorrente, ao OPÇÃO PELA CARREIRA DE MAGISTÉRIO DO ENSINO
pagamento da GDPGTAS, no período de julho de 2006 a BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO.
dezembro de 2008, mantendo-a no tocante às gratificações 1.Trata-se de Agravo de Instrumento em que o Recorrente ao
GDATA e GDPGPE. argumentando de que a Administração não aplicou
2.Submetida à questão ao Colegiado, por força do Reexame corretamente a norma inserida no parágrafo único, do art. 118,
Necessário (art. 475 do CPC), que devolve ao Tribunal as da Lei nº 11.784/2008 que criou a Carreira de Magistério do
matérias discutidas ao longo da demanda, ainda que não Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, busca a implantação da
abrangidas pela sentença, revela-se desnecessária à anulação GEDBT. Decisão que indeferiu a antecipação da tutela para
do acórdão que apreciou a remessa necessária, merecendo pagamento da Gratificações GEDBT.
parcial provimento o recurso, contudo, para devolução do prazo 2.A jurisprudência entende que nos termos dos artigos 107, 108
para apelação. e 114, da Lei nº 11.784, o servidor que opta integrar a Carreira
3.A sentença e o acórdão embargado basearam-se na firme de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, e, nos
jurisprudência do STJ e dos Tribunais Regionais no sentido de termos do seu art. 107, os cargos da referida carreira passaram
a ser agrupados em classes e níveis estabelecidos pelo seu
Anexo LXVIII e essa nova carreira trouxe mudança na estrutura
remuneratória dos titulares dos referidos cargos, passando a ser
composta de: vencimento básico, Gratificação Específica de
Atividade Docente do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico-

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GEDBT, e da Retribuição por Titulação-RT. (TRF, AC
00035746220104058000, Des. Fed. FRANCISCO WILDO,
DJ:5.5.2011)
3.Pelos documentos juntados neste Agravo de Instrumento não
há como se antecipar a tutela até porque de plano, não se
vislumbra a verossimilhança das alegações, nem o periculum in 5.Apelação não provida.
mora já que ao final, se procedente o pedido, o Demandante ACÓRDÃO
receberá os atrasados devidamente corrigidos. Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as
4.Agravo de Instrumento não provido. acima indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do
ACÓRDÃO Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade,
Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as negar provimento à Apelação, na forma do relatório e do voto
acima indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do constantes dos autos, que ficam fazendo parte do presente
Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, julgado.
negar provimento ao Agravo de Instrumento, na forma do Rio de Janeiro, 17.4.2012. (data do julgamento)
relatório e do voto constantes dos autos, que ficam fazendo RICARDO PERLINGEIRO
parte do presente julgado. Juiz Federal Convocado
Rio de Janeiro, 17.4.2012. (data do julgamento).
RICARDO PERLINGEIRO
Juiz Federal Convocado

IV - APELACAO CIVEL 2009.51.01.025444-5


Nº CNJ :0025444-51.2009.4.02.5101
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
IV - APELACAO CIVEL 2009.51.01.021952-4 RICARDO PERLINGEIRO
Nº CNJ :0021952-51.2009.4.02.5101 APELANTE :EDGARD JORGE CAO TOFFANO
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO ADVOGADO :VICENTE WAGNER QUINELATO
RICARDO PERLINGEIRO CORTEZE
APELANTE :JORGE FRANCISCO DE MORAIS APELADO :UNIAO FEDERAL
ADVOGADO :VANIA LUCIA LEITE DA SILVA ORIGEM :TRIGÉSIMA VARA FEDERAL DO
APELADO :UNIAO FEDERAL RIO DE JANEIRO
ORIGEM :DÉCIMA OITAVA VARA FEDERAL (200951010254445)
DO RIO DE JANEIRO
(200951010219524) EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL.
EMENTA PAGAMENTO DE PARCELAS REMUNERATÓRIAS
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR. ADESÃO AO PDV. ATRASADAS. CORREÇÃO MONETÁRIA. CABIMENTO. LEI
ANULAÇÃO DO ATO. AUSÊNCIA DE VÍCIOS. CONCESSÃO 6.899/81. HONORÁRIOS DE ADVOGADO. MAJORAÇÃO. NÃO
DE APOSENTADORIA. NÃO COMPROVAÇÃO DO CABIMENTO.
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS. 1. Cuida-se de Apelação em face de sentença de procedência
1.O Demandante requer a anulação de seu ato de exoneração, do pedido para condenar a União ao pagamento de correção
por adesão ao Plano de Demissão Voluntária, ocorrido em monetária e juros de mora sobre o valor de R$ 9.764,75, pago
dezembro de 1996 com base no Decreto 2076 de administrativamente a título de diferença de vencimentos, na
20.11.1996,com a consequente concessão de aposentadoria forma do Manual de Cálculos da Justiça Federal. O Recorrente
nos termos da Lei nº 8112/90. entende que a correção monetária deveria utilizar os índices do
2.No caso, o PDV foi requerido pelo servidor e não imposto pela INPC e IPC.
Administração. Somente após decorridos mais de 10 anos da 2. O entendimento da jurisprudência é no sentido de que as
prática do ato de adesão ao PDV, o Demandante solicitou prestações em atraso devem ser corrigidas, a partir da data de
administrativamente a aposentadoria por tempo de contribuição. vencimento de cada parcela, conforme a Lei nº. 6.899/81,
Nos autos não ficou demonstrado o direito alegado nem observando-se os índices previstos no manual de cálculos da
violação aos princípios que regem a Administração Pública. Por Justiça Federal. Precedentes do TRF1, REO
outro lado, a quebra do vínculo com o Poder Público inviabiliza 200542000005338, Rel. Juíza Fed. ROGÉRIA MARIA CASTRO
à concessão da aposentadoria estatutária. Precedentes desta DEBELLI, DJ:5.10.2011 e do TRF2, AC 200551010219373,
Corte. Des. Fed. ANTONIO CRUZ NETTO, DJ:16.4.2009.
3.Conclui-se, então, que o denominado PDV é incompatível 3. Honorários de advogado de 5% sobre o valor da causa
com a pretensão do Demandante, de concessão de atualizado (R$ 35.863,80.
aposentadoria estatutária, haja vista o disposto no § 2º do art. 2º 4. Apelação não provida.
da Medida Provisória nº 1.527/1996 que reza que: “O servidor ACÓRDÃO
que tenha ingressado com requerimento para fins de Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as
aposentadoria, desde que ainda não publicada no Diário Oficial acima indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do
da União, poderá participar do PDV, mediante apresentação de Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade,
prova formal de desistência daquele processo.” negar provimento à Apelação na forma do relatório e do voto
4.Ademais, seria o caso de ocorrência da prescrição de constantes dos autos, que ficam fazendo parte do presente
anulação do ato ocorrido em dezembro de 1996 já que ajuizou a julgado.
presente ação somente em 24.9.2009. Rio de Janeiro, 17.4.2012. (data do julgamento).
RICARDO PERLINGEIRO
Juiz Federal Convocado

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IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO
2010.51.01.004423-4
Nº CNJ :0004423-82.2010.4.02.5101
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
RICARDO PERLINGEIRO CARGA HORÁRIA SEMANAL SUPERIOR A SESSENTA
APELANTE :UNIAO FEDERAL HORAS. COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS. AFERIÇÃO
APELADO :NAYDE AMANDO DA CUNHA CONCRETA. PRECEDENTES DO TCU, CORTES
FIGUEIREDO SUPERIORES E REGIONAIS.
ADVOGADO :JULIO CESAR DE OLIVEIRA COUTO 1.Controvérsia quanto à manutenção de dois cargos de
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 21A VARA-RJ profissional de saúde que extrapolam o limite de 60 horas
ORIGEM :VIGÉSIMA PRIMEIRA VARA semanais preconizado no Parecer GQ 145/98 da AGU.
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 2.A acumulação de cargos depende da compatibilidade de
(201051010044234) horários e não da compatibilidade de jornadas de trabalho,
devendo ser aferida concretamente e não em um plano
EMENTA abstrato, como deseja a Administração, invadindo a esfera de
APELAÇÃO. ADMINISTRATIVO. GDATEM. SERVIDOR atuação do Poder Legislativo ao criar uma nova condição para
PÚBLICO INATIVO. RECEBIMENTO DO MESMO cumulatividade.
PERCENTUAL PAGO AOS ATIVOS ATÉ A SUA 3.É cabível a acumulação de cargos que resulte em uma
REGULAMENTAÇÃO. CABIMENTO. PRESCRIÇÃO jornada semanal total superior a 60 horas, desde que seja
QUINQUENAL. SÚMULA 85/STJ. demonstrada sua viabilidade no caso concreto. Precedentes do
1.Reexame Necessário e Apelação da União objetivando a Supremo Tribunal Federal (RE 351.905/RJ, Min. ELLEN
reforma da sentença que julgou procedente, em parte, o pedido GRACIE, DJ. 01.07.2005), do Superior Tribunal de Justiça
de pagamento da GDATEM nos moldes percebidos pelos (AGRG NO AG 1007619/ RJ, Min. ARNALDO ESTEVES LIMA,
servidores da ativa, no período de 03.2005 a 06.2006, não DJ. 03.6.2008) e do Tribunal de Contas da União (Min.
alcançado pela prescrição. AROLDO CEDRAZ, AC-1868-27/10-P, Plenário, j. 28.07.2010;
2.Pagamento da GDATEM, aos servidores inativos, no mesmo Acórdão 5257/2009, Voto condutor Min. BENJAMIN ZYMLER, j.
percentual recebido pelos ativos até a sua regulamentação. 06.10.2009).
Precedentes desta Corte. 4.Agravo de Instrumento não provido.
3.Prescrição das parcelas anteriores ao quinquênio legal da ACÓRDÃO
propositura da ação, ocorrida em 22.3.2010, nos termos da Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as
Súmula 85/STJ e do Decreto 20.910/32. acima indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do
4.Remessa necessária e Apelação da União não providos. Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade,
ACÓRDÃO negar provimento ao Agravo de Instrumento, na forma do
Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as relatório e do voto constantes dos autos, que ficam fazendo
acima indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do parte do presente julgado.
Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, Rio de Janeiro, 17.4.2012. (data do julgamento).
negar provimento à Remessa necessária e à Apelação, na RICARDO PERLINGEIRO
forma do relatório e do voto constantes dos autos, que ficam Juiz Federal Convocado
fazendo parte do presente julgado.
Rio de Janeiro, 17.4.2012. (data do julgamento).
RICARDO PERLINGEIRO
Juiz Federal Convocado
IV - APELACAO CIVEL 2010.51.01.012889-2
Nº CNJ :0012889-65.2010.4.02.5101
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
RICARDO PERLINGEIRO
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2010.02.01.009106-4 APELANTE :JULIO CESAR MATEUS DE
Nº CNJ :0009106-42.2010.4.02.0000 MORAES
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO ADVOGADO :MELAINE CHANTAL MEDEIROS
RICARDO PERLINGEIRO ROUGE E OUTROS
AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL APELADO :UNIAO FEDERAL
AGRAVADO :GISLANE SOARES PARAIZO ORIGEM :QUARTA VARA FEDERAL DO RIO
RODRIGUES DE JANEIRO (201051010128892)
ADVOGADO :TATIANA BATISTA DE SOUZA
D'ASSUMPCAO EMENTA
ORIGEM :DÉCIMA SEGUNDA VARA FEDERAL ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL DO
DO RIO DE JANEIRO MINISTÉRIO DA FAZENDA. PLANO ESPECIAL DE CARGOS
(201051010051986) – PECFAZ. MEDIDA PROVISÓRIA Nº. 441/2008,
CONVERTIDA NA LEI Nº 11.907/2009. IRREDUTIBILIDADE
EMENTA DE VENCIMENTOS. NÃO COMPROVAÇÃO.
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR 1.Apelação em face de sentença que julgou improcedente o
PÚBLICO. ACUMULAÇÃO REMUNERADA. CARGOS pedido de restabelecimento da Gratificação de Atividade
PÚBLICOS. ART. 37, XVI, DA CRFB/88. LEI Nº. 8.112/90. Executiva - GAE e da VPI, nos proventos recebidos por servidor
público do Ministério da Fazenda.
2.No caso dos Autos, o Demandante integra o Plano Especial
de Cargos do Ministério da Fazenda (PECFAZ), instituído pela
Medida Provisória nº. 441/2008, convertida na Lei nº
11.907/20092.

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3.A referida norma criou a Gratificação de Desempenho de
Atividade Fazendária - GDAFAZ, devida aos servidores
ocupantes dos cargos de provimento efetivo do PECFAZ, ao
mesmo tempo que excluiu da remuneração dos referidos
servidores, as vantagens funcionais denominadas Gratificação
de Atividade Executiva - GAE e à Vantagem Pecuniária jornada semanal total superior a 60 horas, desde que seja
Individual – VPI. demonstrada sua viabilidade no caso concreto. Precedentes do
4.Não restou provado pelo contracheque juntado à fl. 11, que a Supremo Tribunal Federal (RE 351.905/RJ, Min. ELLEN
supressão da Gratificação de Atividade Executiva - GAE e da GRACIE, DJ. 01.07.2005), do Superior Tribunal de Justiça
Vantagem Pecuniária Individual - VPI da sua remuneração, em (AGRG NO AG 1007619/ RJ, Min. ARNALDO ESTEVES LIMA,
decorrência da implantação do PECFAZ, implicou decréscimo DJ. 03.6.2008) e do Tribunal de Contas da União (Min.
no valor global dos seus vencimentos, pois os valores passaram AROLDO CEDRAZ, AC-1868-27/10-P, Plenário, j. 28.07.2010;
a fazer parte da remuneração básica, não se podendo concluir Acórdão 5257/2009, Voto condutor Min. BENJAMIN ZYMLER, j.
que a reestruturação gerada pela PECFAZ lhe trouxe prejuízo. 06.10.2009).
Precedentes do TRF1, AC 200934000422821, Juiz Fed. Conv. 4.Ocorre que o entendimento considerando ilícita a referida
MARCOS AUGUSTO DE SOUSA, DJ:17.5.2011 e do TRF5, AC acumulação apenas pela jornada superior a 60 horas semanais
200982000047649, Des. Fed. FRANCISCO BARROS DIAS, não encontra guarida no nosso ordenamento jurídico.
DJ:20.5.2010. Precedentes da 6ª, 7ª e 8ª Turmas Especializadas do TRF2.
5.Apelação não provida. 5.Fixo a verba honorária em R$ 1.000,00 com base no art. 21,
ACÓRDÃO parágrafo único, do CPC.
Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as 6.Reexame Necessário e Apelação da União não providos.
acima indicadas, decide, a Quinta Turma Especializada do Apelação do Demandante parcialmente provida somente em
Tribunal Regional Federal da Segunda Região, à unanimidade, relação aos honorários.
negar provimento à Apelação, nos termos do voto do Relator, ACÓRDÃO
constante dos autos, que fica fazendo parte integrante do Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as
presente julgado. acima indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do
Rio de Janeiro, 17.4.2012. (data do julgamento) Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade,
RICARDO PERLINGEIRO negar provimento ao Reexame Necessário e à Apelação da
Juiz Federal Convocado União e dar parcial provimento da Apelação do Demandante na
forma do relatório e do voto constantes dos autos, que ficam
fazendo parte do presente julgado.
Rio de Janeiro, 17.4.2012. (data do julgamento).
RICARDO PERLINGEIRO
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO Juiz Federal Convocado
2010.51.01.016619-4
Nº CNJ :0016619-84.2010.4.02.5101
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
RICARDO PERLINGEIRO
APELANTE :ADRIANO MARQUES DE ALMEIDA III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 201306
ADVOGADO :TATIANA BATISTA DE SOUZA E 2011.02.01.008537-8
OUTRO Nº CNJ :0008537-07.2011.4.02.0000
APELANTE :UNIAO FEDERAL RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
APELADO :OS MESMOS RICARDO PERLINGEIRO
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 21A VARA-RJ AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL
ORIGEM :VIGÉSIMA PRIMEIRA VARA AGRAVADO :GUSTAVO HENRIQUE CRAIDE
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO ADVOGADO :FABIO LUCIANO DE ALMEIDA E
(201051010166194) SILVA E OUTROS
ORIGEM :VIGÉSIMA NONA VARA FEDERAL
EMENTA DO RIO DE JANEIRO
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CUMULAÇÃO (201151010073949)
REMUNERADA. CARGOS PÚBLICOS. ART. 37, XVI, DA
CRFB/88. LEI Nº. 8.112/90. CARGA HORÁRIA SEMANAL EMENTA
SUPERIOR A SESSENTA HORAS. COMPATIBILIDADE DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIÇO MILITAR
HORÁRIOS. AFERIÇÃO CONCRETA. PRECEDENTES DO OBRIGATÓRIO. CONVOCAÇÃO POSTERIOR À LEI Nº
TCU, CORTES SUPERIORES E REGIONAIS. 12.336/2010.
1.Controvérsia quanto à manutenção de dois cargos de Os concluintes dos cursos de medicina, farmácia, odontologia e
Profissional de saúde. veterinária que, apesar de dispensados anteriormente em razão
2.A acumulação de cargos depende da compatibilidade de de excesso de contingente, são obrigados a prestar o serviço
horários e não da compatibilidade de jornadas de trabalho, militar quando convocados após a Lei nº 12.336/2010.
devendo ser aferida concretamente e não em um plano Agravo de Instrumento provido.
abstrato, como deseja a Administração, invadindo a esfera de ACÓRDÃO
atuação do Poder Legislativo ao criar uma nova condição para Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima
cumulatividade. indicadas:
3.É cabível a acumulação de cargos que resulte em uma Acordam os membros da 5ª Turma Especializada do Tribunal
Regional Federal da 2ª Região, por maioria, em dar provimento
ao recurso, na forma do voto do Juiz Federal Convocado
Marcelo Pereira da Silva, vencido o Relator.
Rio de Janeiro, __ de _____________ de 2012
MARCELO PEREIRA DA SILVA

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Juiz Federal Convocado

III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.002188-5 BOLETIM: 126849


Nº CNJ :0002188-51.2012.4.02.0000
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
RICARDO PERLINGEIRO III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 188504 2010.02.01.006425-5
AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL Nº CNJ :0006425-02.2010.4.02.0000
AGRAVADO : CINTIA ABRAHAO MARTINS RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
ADVOGADO :SANDRO DA SILVA PINHEIRO E MARCELO PEREIRA DA SILVA
OUTRO AGRAVANTE :CONSELHO REGIONAL DE
ORIGEM :VIGÉSIMA VARA FEDERAL DO RIO FISIOTERAPIA E TERAPIA
DE JANEIRO (201251010008720) OCUPACIONAL DA 2A REGIAO -
CREFITO-2
EMENTA ADVOGADO :ELLEN DAHER RODRIGUES
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR DELMAS E OUTRO
PÚBLICO. ACUMULAÇÃO REMUNERADA. CARGOS AGRAVADO :MUNICÍPIO DE ARACRUZ
PÚBLICOS. ART. 37, XVI, DA CRFB/88. LEI Nº. 8.112/90. ADVOGADO :WAGNER JOSE ELIAS CARMO E
CARGA HORÁRIA SEMANAL SUPERIOR A SESSENTA OUTROS
HORAS. COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS. AFERIÇÃO ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL
CONCRETA. PRECEDENTES DO TCU, CORTES LINHARES/ES (201050040001855)
SUPERIORES E REGIONAIS.
1.Controvérsia quanto à manutenção de dois cargos de DESPACHO
profissional de saúde que extrapolam o limite de 60 horas Conforme entendimento consagrado pelo Supremo Tribunal Federal,
semanais preconizado no Parecer GQ 145/1998 da AGU, sendo “a garantia do contraditório impõe que se ouça previamente a parte
um dos cargos, o de Enfermeira, do corpo de Bombeiros do RJ. embargada, na hipótese excepcional de os embargos de declaração
2.A acumulação de cargos depende da compatibilidade de haverem sido interpostos com efeito modificativo” (DJU-II de
horários e não da compatibilidade de jornadas de trabalho, 18.10.1995).
devendo ser aferida concretamente e não em um plano Assim sendo, assino à parte embargada o prazo de 05 (cinco) dias para
abstrato, como deseja a Administração, invadindo a esfera de manifestar-se sobre os embargos declaratórios opostos pelo Conselho
atuação do Poder Legislativo ao criar uma nova condição para Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 2ª Região –
cumulatividade. CREFITO-2 (fls. 183/203).
3.É cabível a acumulação de cargos que resulte em uma Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012
jornada semanal total superior a 60 horas, desde que seja MARCELO PEREIRA DA SILVA
demonstrada sua viabilidade no caso concreto. Precedentes do Juiz Federal Convocado
Supremo Tribunal Federal (RE 351.905/RJ, Min. ELLEN
GRACIE, DJ:1.7.2005), do Superior Tribunal de Justiça (AGRG
NO AG 1007619/ RJ, Min. ARNALDO ESTEVES LIMA,
DJ:3.6.2008) e do Tribunal de Contas da União (Min. AROLDO
CEDRAZ, AC-1868-27/10-P, Plenário, DJ:28.7.2010; Acórdão III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 196296 2011.02.01.001481-5
5257/2009, Voto condutor Min. BENJAMIN ZYMLER, Nº CNJ :0001481-20.2011.4.02.0000
DJ:6.10.2009). RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
4.É possível acumular dois cargos privativos na área de saúde, MARCELO PEREIRA DA SILVA
no âmbito das esferas civil e militar, desde que o servidor AGRAVANTE :JOSE YENE DE MARCA E OUTROS
público não desempenhe as funções tipicamente exigidas para ADVOGADO :ARNON VELMOVITSKY E OUTROS
a atividade castrense, e sim atribuições inerentes a profissões AGRAVADO :BANCO ITAÚ S.A
de civis. Precedentes do STJ. ADVOGADO :BENEDICTO CELSO BENICIO E
5.Agravo de Instrumento não provido. OUTROS
ACÓRDÃO ORIGEM :TRIGÉSIMA VARA FEDERAL DO RIO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as DE JANEIRO (9300090950)
acima indicadas, decide a Quinta Turma Especializada do
Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, DESPACHO
negar provimento ao Agravo de Instrumento, na forma do Conforme entendimento consagrado pelo Supremo Tribunal Federal,
relatório e do voto constantes dos autos, que ficam fazendo “a garantia do contraditório impõe que se ouça previamente a parte
parte do presente julgado. embargada, na hipótese excepcional de os embargos de declaração
Rio de Janeiro, 17.4.2012. (data do julgamento). haverem sido interpostos com efeito modificativo” (DJU-II de
RICARDO PERLINGEIRO 18.10.1995).
Juiz Federal Convocado Assim sendo, assino à parte embargada o prazo de 05 (cinco) dias para
manifestar-se sobre os embargos declaratórios opostos pelo Banco Itaú
S.A. (fls. 120/132).
Rio de Janeiro, 25 de abril de 2012
MARCELO PEREIRA DA SILVA
Juiz Federal Convocado

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BOLETIM: 126854

IV - APELACAO CIVEL 2007.51.01.001521-1


Nº CNJ :0001521-64.2007.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JUÍZA FEDERAL, DRA. CLÁUDIA M.
GUILHERME DIEFENTHAELER P. BASTOS NEIVA
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADVOGADO :SANDRO CORDEIRO LOPES E DECISÃO
OUTROS Da sentença proferida na presente ação monitória (fls. 71/73),
APELADO :JOSE AILTON DA SILVA acolhendo parcialmente os Embargos, interpuseram recurso de
ADVOGADO :SEM ADVOGADO apelação o réu/embargado EVANDRO LADEIRA BEZERRA (fls.
ORIGEM :DÉCIMA VARA FEDERAL DO RIO DE 90/102) e a autora/CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – CEF (fls.
JANEIRO (200751010015211) 105/109).
JUIZ FEDERAL, DR. FABIO Parecer do MP Federal às fls. 114/118.
TENENBLAT À fl. 123, veio aos autos uma das Apelantes, a CEF, para requerer a
desistência da ação.
DECISÃO É o Relatório. Decido.
A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF interpôs a presente O pedido de desistência da ação formulado pela Apelante CEF, após a
Apelação Cível em face da sentença que julgou extinto o feito sem prolação da sentença, deve ser recebido como desistência do recurso,
resolução de mérito. não sendo necessária, portanto, anuência da parte contrária, nos termos
Parecer do MP Federal às fls. 62/63. do art. 501 do CPC.
À fl. 67, veio a Apelante aos autos requerer a desistência da ação. Neste sentido, veja-se o voto proferido pelo Ilustre Desembargador
É o Relatório. Decido. Federal Reis Friede (AC 2003.51.01.027165-9, julgada em
O pedido de desistência da ação formulado pela Apelante CEF, após a 02/05/2007):
prolação da sentença, deve ser recebido como desistência do recurso, “É cediço que na fase recursal, não é mais possível a desistência da
não sendo necessária, portanto, anuência da parte contrária, nos termos ação, quando há Sentença de mérito julgando improcedente o pedido
do art. 501 do CPC. formulado, porquanto a prestação jurisdicional é direito que se
Neste sentido, veja-se o voto proferido pelo Ilustre Desembargador reconhece a ambas as Partes.
Federal Reis Friede (AC 2003.51.01.027165-9, julgada em Em sendo assim, o pedido de desistência da ação, após a prolação de
02/05/2007): Sentença pelo Juízo de Primeira Instância, deverá ser recebido como
“É cediço que na fase recursal, não é mais possível a desistência da de desistência do Recurso, na forma do art. 501 do CPC.”
ação, quando há Sentença de mérito julgando improcedente o pedido Sendo assim, HOMOLOGO o pedido de desistência do recurso
formulado, porquanto a prestação jurisdicional é direito que se formulado pela apelante CEF, com base no art. 501 do CPC e nos
reconhece a ambas as Partes. termos do art. 44, VII do Regimento Interno deste Tribunal.
Em sendo assim, o pedido de desistência da ação, após a prolação de Quanto ao recurso pendente (fls.90/102), impõe-se o oportuno
Sentença pelo Juízo de Primeira Instância, deverá ser recebido como julgamento.
de desistência do Recurso, na forma do art. 501 do CPC.” P.I. Certificado o trânsito em julgado desta, voltem-me os autos
Sendo assim, HOMOLOGO o pedido de desistência do recurso conclusos para julgamento da apelação de EVANDRO LADEIRA
formulado pela apelante, com base no art. 501 do CPC e nos termos do BEZERRA.
art. 44, VII do Regimento Interno deste Tribunal. Rio de Janeiro, 07 de maio de 2012.
P.I. Certificado o trânsito em julgado desta, dê-se baixa na distribuição GUILHERME DIEFENTHAELER,
e remetam-se os autos ao Juízo a quo com as cautelas de praxe. Desembargador Federal – Relator.
Rio de Janeiro, 07 de maio de 2012. /lsz/
GUILHERME DIEFENTHAELER,
Desembargador Federal – Relator.
/lsz/

IV - APELACAO CIVEL 2009.51.01.010112-4


Nº CNJ :0010112-44.2009.4.02.5101
RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
IV - APELACAO CIVEL 2005.51.01.023150-6 GUILHERME DIEFENTHAELER
Nº CNJ :0023150-65.2005.4.02.5101 APELANTE :PAULO CESAR LIMA DA SILVA
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL ADVOGADO :GUILHERME CARLOS MACHADO
GUILHERME DIEFENTHAELER CHAGAS E OUTROS
APELANTE :EVANDRO LADEIRA BEZERRA APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADVOGADO :BERNARDINO PEREIRA DE LIMA E ADVOGADO :RACHEL ORMOND CORDEIRO REGO
OUTROS E OUTROS
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF ORIGEM :VIGÉSIMA SEXTA VARA FEDERAL
ADVOGADO :LETICIA VALE DA SILVA E OUTROS DO RIO DE JANEIRO
APELADO :OS MESMOS (200951010101124)
ORIGEM :DÉCIMA QUARTA VARA FEDERAL JUIZ FEDERAL FABRÍCIO
DO RIO DE JANEIRO FERNANDES DE CASTRO
(200551010231506)
DECISÃO
Trata-se de apelação interposta por Paulo Cesar Lima da Silva (fls.
70/83) contra sentença proferida pelo Juízo da 26ª VF/RJ, que, nos
autos dos Embargos à Execução propostos em face da CEF, julgou
improcedente o pedido do Embargante.

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Após a interposição do apelo, foi celebrado acordo entre as partes (fls.
106/110) para a quitação do débito, resolvendo-se o mérito da lide, na
forma do artigo 269, III do Código de Processo Civil.
Diante de tal fato, julgo prejudicado o recurso.
Decorrido in albis o prazo recursal, encaminhem-se os autos à Vara de
Origem com as devidas cautelas. De outro lado, a Constituição Federal de 1988, recepcionando
Publique-se e intime-se. o instituto da assistência judiciária (art. 5º, LXXIV), assegura aos
Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012. economicamente hipossuficientes o benefício da gratuidade de justiça,
GUILHERME DIEFENTHAELER, mediante simples afirmação de pobreza.
Desembargador Federal Esta afirmação de pobreza, na forma da lei, goza de presunção
Relator. iuris tantum de veracidade, razão pela qual caberá à parte recorrida, a
/aor/ prova em contrário da hipossuficiência alegada.
No presente caso, a impugnante não comprovou que a parte
autora/apelada pudesse arcar com as custas processuais e verba
sucumbencial, não restando ilidida a presunção de veracidade da
declaração de pobreza.
IV - APELACAO CIVEL 2010.51.01.017363-0 Outrossim, o fato de a CEF alegar que a parte autora não é assistida por
Nº CNJ :0017363-79.2010.4.02.5101 defensor público não é suficiente para invalidar a declaração de
RELATOR :DESEMBARGADOR FED. pobreza prestada nos termos da lei. Tal fato não demonstra ter o autor
GUILHERME DIEFENTHAELER capacidade financeira em arcar com os ônus processuais sem
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF detrimento das despesas pessoais e de sua família, vez que a lei não
ADVOGADO :ROBERTA MURATORI ATHAYDE E estabeleceu qualquer patamar de remuneração como limite máximo
OUTROS para o deferimento da assistência judiciária gratuita. Ademais, o
APELADO :JACQUELINE PEREIRA DA COSTA beneficiário da gratuidade de justiça não está limitado a utilizar-se dos
ADVOGADO :ANA PAULA VASCONCELLOS VAZ E advogados da assistência judiciária, podendo escolher o advogado
OUTRO livremente, quando este aceitar o patrocínio.
ORIGEM :DÉCIMA SÉTIMA VARA FEDERAL Neste sentido:
DO RIO DE JANEIRO “PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. ASSISTÊNCIA
(201051010173630) JUDICIÁRIA GRATUITA. DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA
JUIZ FEDERAL EUGÊNIO ROSA DE ECONÔMICO-FINANCEIRA. PRESUNÇÃO RELATIVA DE
ARAUJO VERACIDADE. PROVA EM SENTIDO CONTRÁRIO NÃO
DEMONSTRADA. DOCUMENTO QUE ATESTA A DISPENSA DA
DECISÃO DECLARAÇÃO DE ISENTOS. SÚMULA 7/STJ.
Trata-se de Apelação interposta por CAIXA ECONÔMICA 1. Recurso especial contra acórdão que indeferiu a impugnação à
FEDERAL – CEF em face de Decisão que indeferiu a Impugnação ao concessão da assistência judiciária gratuita. Defende a recorrente que
Direito de Assistência Judiciária e manteve o benefício da gratuidade a juntada de documento que atesta que os beneficiários estão
de justiça requerido pela parte autora da Ação originária de n. dispensados da entrega de declaração de isentos é suficiente para
2010.5101017363-0, JACQUELINE PEREIRA DA COSTA e outros. inverter o ônus da prova acerca do estado de hipossuficiência.
Em suas razões recursais (fls. 16/26), requer a CEF a reforma da 2. A jurisprudência consolidada no âmbito da Primeira Seção é no
decisão ao argumento de que o Autor/Apelado não se enquadra na sentido de que a declaração de hipossuficiência emitida pela pessoa
definição de miserabilidade jurídica, já que o mesmo trabalha e é física para fins de obtenção da assistência judiciária gratuita goza de
remunerado com um salário considerado muito acima da linha de presunção iuris tantum de veracidade, cabendo à parte adversa a
pobreza, bem como ele é proprietário de imóvel, o que desacredita sua produção de prova em contrário.
alegada situação de miserabilidade. Afirma que o mutuário vem 3. No caso concreto, segundo a Corte a quo, a União não logrou
assistido por advogado particular e por este motivo demonstra ter comprovar que os autores possuem condições para custear as
condições financeiras de arcar com o processo, visto que a defesa despesas do processo. Rever o entendimento das instâncias ordinárias
gratuita aos necessitados deve ser realizada por Defensor Público, quanto à insuficiência das provas apresentadas pela União implica em
conforme a Lei Complementar nº 80/1994. reexame do conjunto fático-probatório, o que é inviável em face do
Contrarrazões da parte Apelada apresentadas às fls. 29/36. óbice da Súmula 7/STJ.
O MP Federal opinou pelo improvimento do apelo. 4. O fato de os autores estarem dispensados de apresentação da
É o relatório. declaração de isentos do imposto de renda não induz,
O acesso ao Judiciário deve ser o mais amplo possível e assim para a necessariamente, ao auferimento de receitas que afastem o estado de
concessão do benefício da Assistência Judiciária Gratuita, basta uma hipossuficiência, uma vez que a obrigação da apresentação da
simples afirmação da parte de que não tem condições de pagar as declaração de ajuste anual não está restrita apenas às hipóteses de
custas e os honorários de advogado, sem prejuízo do sustento próprio recebimento de renda acima do teto de isenção.
ou de sua família, nos termos do art. 4o, parágrafo primeiro, da Lei 5. A pretensão da União, na espécie, é de desincumbir-se do seu ônus
1.060/50, in verbis: probatório mediante a juntada de meros documentos que atestam a
“Art. 4º A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, dispensa da declaração de isentos, os quais, isoladamente, sequer
mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não constituem indício ou início de prova que conduza à ilação acerca das
está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de reais condições econômicas ou financeiras dos autores para efeito de
advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família. concessão do benefício em apreço.
§ 1º Presume-se pobre, até prova em contrário, quem afirmar essa 6. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa extensão, não
condição nos termos desta lei, sob pena de pagamento até o décuplo provido.”
das custas judiciais.” (REsp 1115300/PR, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira
Turma, julgado em 04/08/2009, DJe 19/08/2009)
Neste sentido também é o entendimento do Tribunal Regional Federal
2ª Região:
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA. LEI Nº 1.060/50.

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REQUISITOS. DESNECESSÁRIA DECLARAÇÃO DE
ADVOGADO DE PATROCÍNIO DA CAUSA GRATUITAMENTE.
I. Sabe-se que a afirmação de pobreza, prevista no artigo 4º da Lei nº
1.060/50 goza de presunção de veracidade, a fim de, por si só, dar
causa ao deferimento da gratuidade. II. Observa-se ainda, que inexiste
previsão legal no sentido de que o deferimento do benefício da da decisão agravada.
gratuidade de justiça estaria vinculado à apresentação, por parte do Diante do exposto, NEGO SEGUIMENTO ao presente Agravo de
advogado da parte autora, de declaração afirmando que nada receberá a Instrumento, com fulcro no artigo 529 do Código de Processo Civil, e
título de honorários devidos em decorrência de contrato particular no artigo 44, §1º, inciso VI do Regimento Interno desta Corte.
firmado entre a parte e seu advogado. III. Agravo de Instrumento Publique-se e, após decurso do prazo, baixem os autos.
provido, para que seja deferida a gratuidade de justiça à Agravante, Rio de Janeiro, 04 de maio de 2012.
sem a necessidade de apresentação de declaração de patrocínio GUILHERME DIEFENTHAELER,
gratuito. Desembargador Federal – Relator.
(TRF2 – Agravo de instrumento 2009.02.01.016366-8, Rel. Min. Reis dea/rwa/
Friede, 24/02/2010)
“PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO INTERNO - APELAÇÃO CÍVEL -
CEF - GRATUIDADE DE JUSTIÇA - LEI 1.060/50
I - Combinando-se o disposto nos arts. 4º e 7º da Lei nº 1.060/50, lícito
concluir que a simples afirmação do Requerente de que não está em III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.005025-3
condições de pagar as custas do processo e os honorários de Nº CNJ :0005025-79.2012.4.02.0000
advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família, é suficiente para o RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
deferimento do pedido, cabendo a parte contrária, a qualquer tempo, GUILHERME DIEFENTHAELER
requerer a revogação desse benefício, devendo, para tanto, comprovar AGRAVANTE :ADRIANA CLAUDIANO SANTIAGO
a inexistência ou desaparecimento dos requisitos essenciais à sua ADVOGADO :PAULO ROBERTO DE MATTOS
concessão. AGRAVADO :UNIAO FEDERAL
II - Se de um turno o direito à assistência não é absoluto, cumpria, ORIGEM :DÉCIMA SEXTA VARA FEDERAL DO
portanto, à parte contrária comprovar o alegado, ou seja, que o RIO DE JANEIRO (201151010191818)
Requerente não faz jus ao benefício.” JUIZ FEDERAL WILNEY MAGNO DE
(TRF 2ª Região, AGT – 396372, Processo: 2003.50.01.007891-2, AZEVEDO SILVA
Relator JUIZ SERGIO SCHWAITZER, SÉTIMA TURMA ESP., Data
da Decisão: 04/07/2007, DJU DATA:27/07/2007 PÁGINA: 345) DECISÃO
Diante do exposto, com base no artigo 557, caput, do CPC, NEGO Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por ADRIANA
SEGUIMENTO ao recurso. CLAUDIANO SANTIAGO visando à reforma da decisão cuja cópia se
Publique-se. Intime-se. encontra à fl. 13, proferida pelo Juízo da 16ª Vara Federal da Seção
Certificado o trânsito em julgado, retornem os autos à Vara de Origem. Judiciária do Rio de Janeiro, nos autos da Ação Ordinária nº
Rio de Janeiro, 02 de Maio de 2012. 2011.51.01.019181-8, que indeferiu a tutela antecipada pleiteada.
GUILHERME DIEFENTHAELER, Pretendeu a parte Autora que fosse concedida tutela antecipada
Desembargador Federal – Relator. determinando sua reintegração ao serviço público militar.
/lsz/ Sustenta a Agravante, em síntese, que foi admitida em 2004 e que sua
saúde, à época, era perfeita. Foi demitida em 28/02/2011 acometida de
TOXOPLASMOSE, adquirida na vigência do contrato de trabalho
temporário, em razão dos animais que infestavam o seu ambiente de
trabalho, policlínica do Exército, e que a mesma foi transmitida aos
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.002326-2 seus três filhos, Emmanuel Miguel Santiago Tonnera, Arthur Miguel
Nº CNJ :0002326-18.2012.4.02.0000 Santiago Tonnera e Bianka Santiago Moreira. Todos com sintomas de
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL toxoplasmose. Foi diagnosticada com a doença ainda na regência do
GUILHERME DIEFENTHAELER contrato de trabalho temporário, através de exame oftalmológico e
AGRAVANTE :ORDEM DOS ADVOGADOS DO mesmo assim, foi considerada apta para o serviço do Exército. A partir
BRASIL - SEÇÃO DO ESTADO DO de então, por diversas vezes procurou socorro médico. Após a
RIO DE JANEIRO comunicação de dispensa, foi encaminhada à junta médica e submetida
ADVOGADO :GUSTAVO NOGUEIRA SOBREIRA DE à inspeção de saúde, sendo considerada apta para a dispensa, não
MOURA E OUTROS obstante seu prontuário apontar o diagnóstico de toxoplasmose. Alega
AGRAVADO :JOSÉ BASTOS RODRIGUES que foi dispensada de forma sumária quando o Estatuto garante um ano
ADVOGADO :SEM ADVOGADO de tratamento contínuo (art. 81, I, Estatuto do Militares) extensivo aos
ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DO RIO DE seus filhos e não observado pela administração.
JANEIRO (201051010320717) Aduz que até a presente data sofre com a sua moléstia que lhe acarreta
JUIZ FEDERAL BRUNO OTERO NERY incapacidade bem como a moléstia de seus filhos não possuindo os
meios necessários para o seu sustento.
DECISÃO É o relatório. Decido.
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por ORDEM DOS Em que pesem os argumentos expendidos pela Agravante, não merece
ADVOGADOS DO BRASIL – OAB em face da decisão de fl. 24, reforma a decisão agravada.
proferida pelo Juízo da 6ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio de Com efeito, como bem salientou o juízo a quo, o caso concreto
Janeiro, que decretou a prescrição das parcelas executadas. demanda realização de perícia na fase de instrução probatória, de modo
Contudo, foi noticiado pelo MM. Juízo a quo (fls. 39/40) a revogação que não há como, tão somente diante das alegações da Autora, ora
Agravante, deferir o que pretende em sede de tutela antecipada.
Por fim, vale ressaltar que a apreciação do pedido autoral relativamente
à Tutela Antecipada é, em última instância, ato de livre convencimento
do Juiz e somente diante de manifesta ilegalidade ou abuso de poder é
admissível a substituição da competente Decisão Interlocutória por ele

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proferida, por outra, ainda que de suposto grau hierárquico superior.
No caso dos autos, não há qualquer demonstração efetiva quanto à
inconteste presença de abuso de poder ou de ilegalidade flagrante na
Decisão Agravada, ou mesmo convincente comprovação de que a
Tutela Antecipada, ora indeferida, o foi ao arrepio das restrições legais
à sua denegação ou, ainda, que exista qualquer risco de PROCURADOR :MERI MATTOS PACHECO E OUTROS
irreversibilidade absoluta derivada do indeferimento da mesma, pelo ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DE
que não resta cabível sua substituição por outra Decisão, ainda que VOLTA REDONDA (200851040026756)
prolatada por Órgão Colegiado. JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
Nesse sentido: ODILON ROMANO NETO
“PROCESSO CIVIL - ANTECIPAÇÃO DE TUTELA - DENEGAÇÃO -
LIVRE CONVENCIMENTO DO JUIZ - INEXISTÊNCIA DE DECISÃO
ILEGALIDADE OU ABUSO DE PODER. Tendo em vista o descumprimento do art. 526, do CPC, conforme
I - Se o Juiz entende, no exame preliminar da questão, que existe ou informado pelo MM. Juízo a quo, às fls. 29, NEGO SEGUIMENTO ao
que inexiste prova inequívoca que o convença da verossimilhança da recurso.
alegação autoral, ou que haja ou não fundado receio de dano Publique-se. Intimem-se. Transitada em julgado, baixem os autos.
irreparável ou de difícil reparação, ou que se caracterize ou não Rio de Janeiro, 03 de maio de 2011.
hipótese de abuso de direito de defesa, ou ainda, afirme o eventual GUILHERME DIEFENTHAELER,
risco de irreversibilidade do decisum; se o Juiz Monocrático, por fim, Desembargador Federal - Relator.
forma sua convicção, não há porquê o Tribunal tenha de rever, dea/rwa/
necessária e obrigatoriamente, a Decisão Interlocutória de primeiro
grau, impondo-lhe entendimento diverso; salvo se, a toda evidência,
restar excepcionalmente, caracterizado o eventual julgamento em
flagrante oposição a questão já plena e inequivocamente pacificada
no âmbito do STJ ou do STF. III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.005186-5
II - Ressalvado, portanto, situações muito peculiares, o deferimento ou Nº CNJ :0005186-89.2012.4.02.0000
o indeferimento de Tutela Antecipada depende do livre convencimento RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
do magistrado, até porque a sentença confirmatória ou denegatória da RICARDO PERLINGEIRO
Decisão Incidental epigrafada será, em última análise, de sua lavra, AGRAVANTE : NELI ALVES DE OLIVEIRA
com a expressa consignação fundamentada de seu pensamento ADVOGADO :ANTONIO SILVA FILHO E OUTROS
jurídico a respeito do tema. AGRAVADO :UNIAO FEDERAL
III - Desta feita, não há qualquer razão para que este Tribunal tenha ORIGEM :DÉCIMA OITAVA VARA FEDERAL
de substituí-lo, para determinar, ao reverso, a concessão ou a DO RIO DE JANEIRO
denegação de Tutela Sumária de Conhecimento que seu livre (201251010029485)
convencimento venha a deferir ou indeferir.
IV- Agravo de Instrumento improvido.” DECISÃO
(TRF-2ª Região, AG 2008.02.01.009484-8, SÉTIMA TURMA Cuida-se de Agravo de Instrumento interposto por NELI ALVES DE
ESPECIALIZADA, Relator Desembargador Federal REISFRIEDE, OLIVEIRA buscando a reforma da decisão que indeferiu a liminar para
DJU 26/06/2009, página 273) assegurar o direito de acumulação de dois cargos na área de saúde e
Diante do exposto, com base no artigo 557, caput, do Código de afastar a exigência de opção por um dos cargos, com base,
Processo Civil, NEGO SEGUIMENTO ao presente agravo de exclusivamente, no Parecer GQ 145/1998 da AGU.
instrumento. Na espécie, a Recorrente trouxe documentos que comprovam a
Publique-se. Intime-se. ausência de sobreposição de horários (fls. 22/32).
Após, decorrido o prazo recursal, dê-se baixa e encaminhem-se os É o breve relatório. Decido.
autos à vara de origem. A garantia de acumulação de dois cargos privativos de profissionais da
Rio de Janeiro, 07de maio de 2012. saúde encontra previsão no Texto Constitucional, possuindo caráter
GUILHERME DIEFENTHAELER, excepcional, sendo assegurada desde que haja compatibilidade de
Desembargador Federal – Relator. horários e seja respeitado o teto remuneratório (art. 37, caput, XI e
dea/rwa XVI, alínea “c”, da CRFB/88), cumprindo assinalar que a Lei 8.112/90
exige apenas a compatibilidade de horários como requisito (art.118,
§2º).
Ocorre que o entendimento considerando ilícita a referida acumulação
apenas pela jornada superior a 60 horas semanais não encontra guarida
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.002137-0 no nosso ordenamento jurídico.
Nº CNJ :0002137-40.2012.4.02.0000 Como assinalado, a CRFB/88 e a Lei 8.112/90 condicionam a
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL acumulação de cargos à compatibilidade de horários, não havendo
GUILHERME DIEFENTHAELER qualquer previsão legal de carga horária semanal máxima. Daí a
AGRAVANTE :CEQUIPEL INDUSTRIA E COMERCIO necessidade da compatibilidade de horários ser aferida concretamente,
DE MOVEIS LTDA e não em um plano abstrato como deseja a Administração, invadindo a
ADVOGADO :PEDRO PAULO PAMPLONA esfera de atuação do Poder Legislativo e também, indevidamente,
ADVOGADO :DANIELLE ANNE PAMPLONA criando nova condição para a cumulatividade.
AGRAVADO :INST. BRAS. DO MEIO-AMBIENTE E Ressalto que a 2ª Turma do E. STF no RE 351.905 (Rel.Min. ELLEN
RECURSOS NATURAIS GRACIE, DJ 01.7.2005), decidiu no sentido de que “o art. 17, § 2º, do
RENOVAVEIS-IBAMA ADCT, deve ser interpretado em conjunto com o inciso XVI, do art.
37, da Constituição Federal, estando a cumulação de cargos
condicionada à compatibilidade de horários [...]”
No mesmo sentido precedentes da 6ª, 7ª e 8ª Turmas desta C. Corte.
Vejam-se:
ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXERCÍCIO

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DE CARGO DE MÉDICO E DE RESIDÊNCIA MÉDICA.
CUMULAÇÃO. VERIFICAÇÃO DE COMPATIBILIDADE DE
HORÁRIOS. MANUTENÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA.
RECURSO DESPROVIDO.
-Cuida-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo,
alvejando decisão que, nos autos do mandado de segurança manejado, bloqueio na sua remuneração.
deferiu o pedido de liminar assegurando à parte autora a permanência Oficie-se. Intime-se o Agravado, na forma do art. 527, V, do CPC.
no programa de Residência Médica junto ao INCA em concomitância Após, sendo apresentadas ou não as contrarrazões, ao MPF.
com o exercício do cargo público efetivo de Médico Cirurgião do Rio de Janeiro, de maio de 2012.
Hospital Federal Cardoso Fontes. RICARDO PERLINGEIRO
-A Constituição Federal permite a acumulação de dois cargos na área Juiz Federal Convocado
de saúde (art. 37, XVI, da CF; art. 118, da Lei n. 8.112/90) e, assim,
cumpre à Administração Pública comprovar a existência de
incompatibilidade de horários em cada caso específico, não bastando
tão somente cotejar o somatório de horas, com o padrão derivado de
um parecer ou, mesmo de um Decreto– (MS 15415/DF, Rel. Ministro III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.005677-2
HUMBERTO MARTINS, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em Nº CNJ :0005677-96.2012.4.02.0000
13/04/2011, DJe 04/05/2011). RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
-Na espécie, o agravado trouxe documentos que comprovam a ausência GUILHERME DIEFENTHAELER
de sobreposição de horários. Caberia à União demonstrar a AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL / FAZENDA
incompatibilidade de horários no caso específico dos autos, o que não NACIONAL
ocorreu in casu. AGRAVADO :SERGIO MONTEIRO E CIA LTDA
-A Lei nº 6.932/81 dispõe sobre a residência médica como modalidade ADVOGADO :SEM ADVOGADO
de especialização profissional, e não cargo público, o que demonstra a ORIGEM :2A. VARA FEDERAL - SAO PEDRO
possibilidade de desempenhar as atividades de médico e de residência DA ALDEIA/RJ (200751080003600)
médica. JUIZA FEDERAL ANGELINA DE
-Recurso desprovido. SIQUEIRA COSTA
(8ª Turma Especializada, AG 201102010052294, Rel. Des. Fed. VERA
LUCIA LIMA, DJ:23.8.2011). DECISÃO
EMENTA CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO - Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por UNIÃO FEDERAL,
SERVIDORA PÚBLICA - ACUMULAÇÃO DE CARGOS em face de decisão prolatada pelo Juízo da 2ª Vara Federal de São
PÚBLICOS DE ENFERMEIRA - POSSIBILIDADE - ART. 37, XVI, Pedro da Aldeia, que declarou ser absolutamente incompetente para
“C” DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL - REQUISITOS processar a execução, determinando a remessa dos autos ao Juízo de
PREENCHIDOS - REMESSA NECESSÁRIA DESPROVIDA. Direito da Comarca de Cabo Frio.
1. O art. 37, XVI, “c”, da Constituição Federal previu a possibilidade É o relatório. Decido.
de acumulação de dois cargos públicos de profissionais de saúde, Em análise dos autos, verifica-se que a petição do recurso não foi
ressalvando-se, apenas, a necessidade de compatibilidade de horários. instruída com cópia da certidão de intimação, o que contraria o
2. Na hipótese dos autos, restou comprovada a compatibilidade de disposto no artigo 525, I, do Código de Processo Civil, verbis:
horários entre os dois cargos exercidos pela autora, apta a preencher os “Art. 525. A petição de agravo de instrumento será instruída:
requisitos necessários para a cumulação pretendida. I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da
3.Remessa necessária desprovida. Sentença confirmada. respectiva intimação e das procurações outorgadas aos advogados do
(6ª Turma Especializada, REO 200951010255188, Rel. Des. Fed. agravante e do agravado;
FREDERICO GUEIROS, DJ:21.6.2011) (...)”
AGRAVO INTERNO. CUMULAÇÃO DE CARGOS. Tendo em vista que cabe ao Agravante instruir o recurso com as peças
I – A carga horária descrita nos documentos anexados aos autos torna obrigatórias e as necessárias a um perfeito conhecimento das questões
compatível, em tese, a acumulação desejada, nos termos da levantadas, tal fato, por si só, justifica o não conhecimento do agravo
Constituição Federal e da legislação infraconstitucional pertinente, não de instrumento, por instrução deficiente.
podendo um simples Parecer da AGU, ato administrativo, desprovido A jurisprudência e a doutrina são firmes no sentido de que, para fins de
de força de lei, inovar, criando outras exigências não previstas na Lei e admissibilidade do agravo, é ônus da agravante instruí-lo de forma a
na Constituição Federal para a cumulação pretendida, limitando o preencher os requisitos legais, sendo defeso ao relator abrir
somatório das duas cargas horárias a sessenta horas semanais, a oportunidade para juntada extemporânea de documentação dessa
restringir ilicitamente o direito da impetrante. estirpe.
II – Agravo Interno improvido. Por oportuno, anotem-se os seguintes arestos:
(7ª Turma Especializada, APELRE 201051010039342, Rel. Des. Fed. “DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
REIS FRIEDE, DJ:5.4.2011) DEFICIENTE FORMAÇÃO. AUSÊNCIA DE PEÇA ESSENCIAL
Também vale lembrar que o Tribunal de Contas da União vem PARA A SOLUÇÃO DA CONTROVÉRSIA. artigo 525, CPC.
decidido favoravelmente à acumulação de cargos que resultem em uma aplicação do artigo 284, CPC. DESCABIMENTO.
jornada semanal total superior a 60 horas, desde que seja demonstrada I. É ônus do Agravante a adequada formação do instrumento com
sua viabilidade no caso concreto (Plenário, AC-1868-27/10-P, Rel. todos os elementos necessários ao conhecimento do recurso, sem o
Min. AROLDO CEDRAZ, DJ:28.7.2010). que fica excluída a possibilidade de decisão do mérito.
Ante o exposto, DEFIRO O EFEITO SUSPENSIVO para determinar II. Em se tratando de peça obrigatória do Agravo, não cabe a
que a Autoridade Impetrada se abstenha de exigir a opção, por um dos conversão do feito em diligência para suprir a sua deficiência. E isto
cargos públicos ocupados pela Recorrente; bem como de instaurar porque, ao Agravante incumbe instruir o Agravo com vistas ao seu
inquérito administrativo em face da ausência de opção e, de efetuar o perfeito conhecimento, não devendo nunca esperar seja expressamente
intimada para cumprir ato que a lei já lhe imputa como ônus de forma
expressa e clara.
III. Agravo de Instrumento improvido.”
(TRF-2ª Região, AG 2009.02.01.009007-0, SÉTIMA TURMA
ESPECIALIZADA, Relator Desembargador Federal REIS FRIEDE,

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DJU: 25/08/2009, Página 93)
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS
DECLARATÓRIOS NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA
DE PEÇA OBRIGATÓRIA (CERTIDÃO DE INTIMAÇÃO DO
ACÓRDÃO DOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS). ÓBICE DA
SÚMULA 223/STJ. OBRIGAÇÃO E RESPONSABILIDADE DO de natureza alimentar.
AGRAVANTE. ART. 544, § 1º, DO CPC. (...) É o Relatório. Decido.
1. Segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça, a ausência A presente questão não carece de mais divagação, visto que, o Superior
da certidão de intimação do acórdão recorrido impede a aferição da Tribunal de Justiça sob a sistemática do art. 543-C, do CPC (recurso
tempestividade do recurso especial, ficando prejudicada a análise do repetitivo), consolidou o entendimento no sentido de que, com a edição
agravo de instrumento (Súmula 223/STJ). da Lei nº 11.382/06, a penhora eletrônica é medida prioritária,
2. Consoante o disposto no art. 544, § 1º, do CPC, é dever da parte dispensando qualquer procedimento prévio de busca de outros bens.
agravante o traslado de todas as peças necessárias à formação do Confira-se:
instrumento que impugna decisão denegatória da subida de recurso “REPETITIVO. PENHORA. SISTEMA BACEN JUD. LEI Nº
especial. 11.382/2006.
3. A expressão "acórdão recorrido" compreende tanto o acórdão A Corte Especial, ao julgar recurso sob o regime do art. 543-C do
prolatado no julgamento da apelação quanto o proferido nos CPC c/c a Res. 8/2008-STJ, entendeu que a penhora online, antes da
embargos declaratórios, que o integra. entrada em vigor da Lei nº 11.832/2006, configura medida
4. Hipótese em que a parte agravante deixou de instruir a inicial com excepcional cuja efetivação está condicionada à comprovação de que
a certidão de intimação do acórdão proferido nos embargos de o credor tenha realizado todas as diligências no sentido de localizar
declaração, inviabilizando a aferição da tempestividade do recurso bens livres e desembaraçados de titularidade do devedor. Contudo,
especial. após o advento da referida lei, o juiz, ao decidir sobre a realização da
(...) penhora online, não pode mais exigir do credor prova de exaurimento
6. Agravo regimental improvido. das vias extrajudiciais na busca de bens a serem penhorados.
(STJ, AGEDAG 200901966679, PRIMEIRA TURMA, Relator Precedentes citados: AgRg no Ag 1.010.872-RS, Dje 15/9/2008; AgRg
ARNALDO ESTEVES LIMA, DJE 30/08/2010) no Resp 1.009.363-BA, Dje 16/4/2008, e EREsp 1.087.839-RS, Dje
Diante do exposto, NÃO CONHEÇO do agravo de instrumento 18/9/2009.”
interposto. (RESP nº 1.112.943-MA, Rel. Min. Nancy Andrighi, Corte Especial,
Publique-se e, após decurso do prazo, baixem os autos. julgado em 15/9/2010 – publicado no INFORMATIVO nº 447, de 13 a
Rio de Janeiro, 04 de maio de 2011. 17 de setembro de 2010)
GUILHERME DIEFENTHAELER, O precedente foi firmado no contexto da execução civil, mas deve ser
Desembargador Federal – Relator. igualmente aplicado no âmbito da execução fiscal, conforme se
/nds/rwa depreende do julgamento, também unânime, dos Embargos de
Divergência nº 105.208-1/RS, em 12/05/2010, pela Primeira Seção de
Julgamentos do STJ, que reúne as duas turmas competentes para
apreciação das matérias tributárias naquela corte, vejamos:
“EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO ESPECIAL.
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.005628-0 EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA ON-LINE. CONVÊNIO BACEN
Nº CNJ :0005628-55.2012.4.02.0000 JUD. MEDIDA CONSTRITIVA POSTERIOR À LEI Nº 11.382/2006.
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL EXAURIMENTO DAS VIAS EXTRAJUDICIAIS PARA A
GUILHERME DIEFENTHAELER LOCALIZAÇÃO DE BENS PASSÍVEIS DE PENHORA.
AGRAVANTE :FUNDACAO HABITACIONAL DO DESNECESSIDADE. EMBARGOS ACOLHIDOS.
EXERCITO-FHE 1. Com a entrada em vigor da Lei nº 11.382/2006, que deu nova
ADVOGADO :DANIEL AYRES KALUME REIS E redação ao artigo 655 do Código de Processo Civil, os depósitos e as
OUTRO aplicações em instituições financeiras foram incluídos como bens
AGRAVADO :CARLOS ROBERTO DOS SANTOS preferenciais na ordem de penhora e equiparados a dinheiro em
PAIVA espécie, tornando-se prescindível o exaurimento das vias
ADVOGADO :SEM ADVOGADO extrajudiciais dirigidas à localização de bens do devedor para a
ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DO RIO DE constrição de ativos financeiros por meio do sistema Bacen Jud,
JANEIRO (201151010028210) informando a sua utilização nos processos em curso o tempo da
JUIZ FEDERAL BRUNO OTERO NERY decisão relativa à medida constritiva.
2. Embargos de divergência acolhidos.”
DECISÃO (EREsp 1052081/RS, Rel. Ministro HAMILTON CARVALHIDO,
Trata-se de Agravo de Instrumento, com pedido de antecipação da PRIMEIRA SEÇÃO, DJe 26/05/2010)
tutela recursal, interposto pela FUNDAÇÃO HABITACIONAL DO No mesmo sentido, tem decidido este Egrégio Tribunal, verbis:
EXÉRCITO - FHE em face da decisão (fl. 54) proferida pelo Juízo da “AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. FGTS.
6ª Vara Federal de Execução Fiscal do Rio de Janeiro, nos autos da NATUREZA NÃO TRIBUTÁRIA. RESPONSABILIDADE.
Execução Fiscal nº 2011.51.01.002821-0, que indeferiu o pedido de REDIRECIONAMENTO. POSSIBILIDADE NOS TERMOS DA LEI
penhora on-line, por entender que o bloqueio poderia atingir verbas de 3708/19. PENHORA ON LINE. DESNECESSIDADE DE
cunho alimentar.. DILIGÊNCIAS PRÉVIAS. ENTENDIMENTO CONSOLIDADO EM
A agravante sustenta que seu requerimento está amparado pelo artigo JULGAMENTO DE RECURSO REPETITIVO NO STJ.
655, inc. I, do CPC, que estabelece a preferência pela penhora de 1- A jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido da
dinheiro e que, obtido êxito no bloqueio de ativos financeiros, caberá inaplicabilidade das disposições do Código Tributário Nacional aos
ao executado comprovar que os valores eventualmente bloqueados são créditos do FGTS, incluindo a hipótese de responsabilidade do sócio-
gerente prevista no art. 135, III, do CTN.
2- Aplicável, entretanto, o art. 50 do Código Civil, de modo a
viabilizar o redirecionamento, se presentes os requisitos lá previstos,
tal como na hipótese dos autos, em que verifica a dissolução irregular
da executada. Assim, também, o art. 10 do Decreto nº 3.708/19.

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3- A partir da recente votação do RESP nº 1.112.943-MA, submetido à
sistemática do recurso repetitivo (art. 543-C do CPC), a Corte
Especial do STJ consolidou entendimento no sentido de que, com a
edição da Lei nº 11.382/06, que alterou a redação originária do art.
655, inciso I, do CPC, a penhora eletrônica, pelo sistema BACEN-
JUD, é medida constritiva prioritária, dispensando qualquer
procedimento prévio de busca de outros bens.
4- Atendidos os requisitos legais para o deferimento da penhora III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.005211-0
eletrônica, não há que se negar aplicação aos arts. 655, I, e 655-A do Nº CNJ :0005211-05.2012.4.02.0000
CPC, sob pena de se configurar o afastamento de dispositivo legal em RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
pleno vigor, caso em que a decisão proferida por órgão colegiado RICARDO PERLINGEIRO
fracionário ofenderia a Súmula Vinculante nº 10 (cláusula de reserva AGRAVANTE :AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA
de Plenário). ELÉTRICA - ANEEL
5- Agravo provido. PROCURADOR :ALCINA MARIA COSTA NOGUEIRA
(AG 180805-RJ, Relator Desembargador Federal LUIZ ANTONIO LOPES
SOARES, QUARTA TURMA ESPECIALIZADA, E-DJF2R AGRAVADO :CENTRAL ENERGÉTICA ITAÚNAS
01/12/2010, página 254) S.A. - CEISA
Em se tratando de penhora “online” de pessoa física, a possibilidade de ADVOGADO :SEM ADVOGADO
bloqueio de valores de natureza alimentar não prejudica a constrição ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL SAO
prioritária dos créditos em dinheiro depositados em conta corrente, via MATEUS/ES (201250030001818)
sistema BACENJUD, sem a necessidade de prévio exaurimento de vias
alternativas de garantia da execução, cabendo ao executado, se for o DECISÃO
caso, alegar a impenhorabilidade dos valores bloqueados (art. 649, IV, Trata-se de Agravo de Instrumento interposto pela AGÊNCIA
c/c art. 655-A, § 2º, do CPC). Neste sentido, o seguinte julgado do Eg. NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL em face de decisão
Superior Tribunal de Justiça: proferida pelo MM. Juízo da 1ª Vara Federal de São Mateus/ES, nos
“RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. autos da Execução Fiscal nº 20125003000181-8, que declinou, de
INOCORRÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL. SIGILO BANCÁRIO. ofício, de sua competência em favor da Justiça Estadual da Comarca de
SISTEMA BACEN JUD. Conceição da Barra/ES, onde domiciliada a Executada, com
(...) fundamento no art. 585, VI do CPC c/c art. 15, I da Lei nº 5.010/66
5. Todavia, o sistema BACEN JUD agiliza a consecução dos fins da (fls.25/29).
execução fiscal, porquanto permite ao juiz ter acesso à existência de Assiste razão à Agravante.
dados do devedor, viabilizando a constrição patrimonial do art. 11, da Em regra, se o município de domicílio do devedor fiscal não for sede
Lei nº 6.830/80. Deveras é uma forma de diligenciar acerca dos bens de Vara Federal, detém competência para a ação de execução fiscal o
do devedor, sendo certo que, atividade empreendida pelo juízo, e que, Juízo de Direito da respectiva Comarca investido de jurisdição federal,
por si só, torna despiciendo imaginar-se um prévio pedido de quebra por força do art. 109, § 3º, in fine, da Constituição Federal c/c o art. 15,
de sigilo, não só porque a medida é limitada, mas também porque é o I da Lei nº 5.010/66, ainda que o município esteja abrangido pela
próprio juízo que, em ativismo desejável, colabora para a rápida jurisdição de uma subseção judiciária.
prestação da justiça. A respeito, consigna a Súmula nº 40 do extinto Tribunal Federal de
7. Destarte, a iniciativa judicial, in casu, conspira a favor da ratio Recursos, cuja orientação revela-se, ainda hoje, aplicável à questão: “A
essendi do convênio. Acaso a constrição implique em execução fiscal da Fazenda Pública Federal será proposta perante o
impenhorabilidade, caberá ao executado opor-se pela via própria em Juiz de Direito da Comarca do domicílio do devedor, desde que não
juízo. seja ela Sede de Vara da Justiça Federal.”
8. Recurso Especial provido.” Importante salientar que “a regra de delegação tem por escopo agilizar
(STJ, REsp 666419 / SC, PRIMEIRA TURMA, Relator Ministro LUIZ o trâmite da execução, considerando que todos os atos processuais
FUX, DJ 27/06/2005, p. 247) teriam que ser deprecados para a comarca do domicílio do executado.
Assim, comprovada a citação do executado (fl. 45), requisito para ser Objetiva também facilitar a defesa do demandado, que poderá
levada a efeito qualquer modalidade de penhora, impõe-se a revogação acompanhar o processo na comarca onde reside.” (cf. STJ, Primeira
da decisão agravada. Seção, CC nº 61.954/BA, Rel. Min. CASTRO MEIRA, DJ 1/8/2006)
Diante do exposto, com base no art. 557, § 1º-A do Código de Processo Ademais, a exegese do referido dispositivo constitucional denota a
Civil, DOU PROVIMENTO ao presente agravo para determinar a competência concorrente entre o órgão da Justiça Estadual situado na
utilização do Sistema Bacen Jud para fins de bloqueio do valor integral Comarca em que domiciliado o executado, desde que esta não seja sede
do montante cobrado na presente execução fiscal, em relação ao de Juízo Federal, e o órgão da Justiça Federal localizado na Seção ou
devedor constante no pólo passivo, CARLOS ROBERTO DOS na Subseção de domicílio do executado ou cuja competência alcance a
SANTOS PAIVA. extensão territorial na qual ele se localize, facultando, dessa forma, à
Publique-se. Intime-se. Demandante optar entre o órgão estadual ou federal. Outrossim,
Comunique-se o Juízo a quo para ciência da presente. caracterizada como hipótese de competência concorrente não há falar
Após, decorrido o prazo recursal, dê-se baixa e encaminhem-se os na possibilidade de um dos Juízos declinar de ofício de sua
autos à Vara de origem. competência em favor do outro, tampouco acolher eventual exceção de
Rio de Janeiro, 07 de maio de 2012. incompetência arguida pelo Demandado, porquanto nenhum deles pode
GUILHERME DIEFENTHAELER, ser considerado incompetente, ainda que relativamente.
Desembargador Federal - Relator. Nessa linha, cito os seguintes julgados desta Corte Regional: 3ª Turma
/nds/rwa Especializada, CC nº 200402010068066, Juiz Fed. Conv. WILNEY
MAGNO DE AZEVEDO SILVA, DJU 9/10/2007; 5ª Turma
Especializada, AG nº 201102010077552, minha Relatoria, E-DJF2R
10/2/2012; 8ª Turma Especializada, AG nº 201002010111178, Rel.
Juiz Fed. Conv. MARCELO PEREIRA, E-DJF2R 27/1/2011.
Portanto, estabelecida a competência da 1ª Vara Federal de São
Mateus/ES, quando da propositura da referida Execução Fiscal (art. 87
do CPC), inapropriada a declinação da competência em favor da

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Justiça Estadual da Comarca de Conceição da Barra.
Ante o exposto, com fulcro no artigo 557, §1º-A do CPC, dou
provimento ao Agravo de Instrumento no sentido de determinar o
prosseguimento da Execução Fiscal supracitada no Juízo Federal de
São Mateus/ES.
Publique-se. Intime-se. 4. Recurso especial não conhecido.”
Decorrido in albis o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição e (STJ, REsp 702.372/MG, Rel. Ministro CARLOS ALBERTO
encaminhem-se os autos ao Juízo de origem, para arquivamento. MENEZES DIREITO, TERCEIRA TURMA, Unânime, julgado em
Rio de Janeiro, 4 de maio de 2012. 14/06/2007, DJ 03/09/2007 p. 167)
RICARDO PERLINGEIRO “SFH. DIREITO À QUITAÇÃO DO CONTRATO. CUMPRIMENTO
Juiz Federal Convocado DO PRAZO CONTRATUAL NÃO DEMONSTRADO. AUSÊNCIA DE
COBERTURA DO FCVS PREVISTA NA CLÁUSULA 40 DO
CONTRATO. AUSÊNCIA DE QUALQUER CONTRIBUIÇÃO PARA
O FUNDO. SALDO RESIDUAL. RESPONSABILIDADE DO
MUTUÁRIO.
IV - APELACAO CIVEL 2007.51.01.004643-8 1 - O contrato, firmado em 1988, estabelece claramente a
Nº CNJ :0004643-85.2007.4.02.5101 responsabilidade do mutuário por eventual saldo residual ao fim do
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL contrato, como se verifica da leitura da cláusula 40 (fl. 43v). Também
GUILHERME DIEFENTHAELER não houve qualquer contribuição do mutuário ao referido Fundo, nem
APELANTE :ANTONIO AUGUSTO RENAUD REP/ se demonstrou que todas as parcelas contratadas foram pagas.
P/ SERGIO ROMERO MONTALVAO 2 – No caso dos autos há dois fatores que impedem a declaração de
DE ANDRADE quitação da dívida: não se demonstrou o pagamento de todas as
ADVOGADO :SEBASTIAO ROLIM E OUTROS parcelas contratadas e a responsabilidade por eventual saldo residual
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF do contrato é do mutuário, por expressa determinação legal e
ADVOGADO :DANIEL VERSIANI CHIEZA E contratual.
OUTROS 3 – Recurso desprovido. Sentença mantida.”
ORIGEM :DÉCIMA QUINTA VARA FEDERAL (TRF 2ª Região, Sexta Turma Especializada, AC nº
DO RIO DE JANEIRO 2009.51.01.003390-8, Rel. Juíza Federal Convocada Maria Alice Paim
(200751010046438) Lyard, Unânime, DJ 24.01.2011)
JUÍZA FEDERAL CARMEN SILVIA Verifica-se que o contrato colacionado às fls. 12/23 é expresso em
LIMA DE ARRUDA afastar a cobertura pelo FCVS (fl. 13), determinando a
responsabilidade do mutuário pelo eventual saldo residual apurado ao
DECISÃO final do contrato, o que se verifica através de uma simples leitura da
Trata-se de Apelação interposta contra sentença de improcedência em cláusula Décima Oitava (fl. 17).
ação que objetiva a quitação de imóvel financiado pelo Sistema Outrossim, a eventual cobrança de valores supostamente destinados à
Financeiro de Habitação, concluindo o decisum que o contrato não cobertura do saldo residual caracterizar-se-ia em cobrança indevida,
possui cobertura pelo FCVS. porém, não poderia conduzir à possibilidade de quitação do
Em suas razões recursais, às fls. 199/206, sustenta a parte autora, em financiamento com a utilização do Fundo de Compensação de
síntese, que teria contribuído para o FCVS na cobrança das prestações, Variação Salarial (FCVS), podendo, contudo, ser objeto de ação
aduzindo ainda a ocorrência de reajustes abusivos ao longo do reparatória autônoma.
contrato. Por fim, observa-se que o Autor encontra-se inadimplente desde maio
Contrarrazões às fls. 209/215. de 2004, situação que torna improsperável a pretensão autoral.
Parecer do Ministério Público, às fls. 219/222, opinando pelo Diante do exposto, com fulcro no artigo 557, caput do Código de
desprovimento do recurso. Processo Civil, NEGO SEGUIMENTO AO RECURSO.
Relatei. Decido. Decorrido in albis o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição e
O inconformismo não merece prosperar. restituam-se os autos à Vara de origem com as devidas cautelas.
Com efeito, não havendo previsão legal e contratual acerca da Publique-se. Intime-se.
cobertura pelo FCVS, não há que se falar em quitação com desconto, o Rio de Janeiro, 2 de maio de 2012.
que só seria possível para contratos que atendem aos requisitos GUILHERME DIEFENTHAELER,
estabelecidos em lei, sendo oportuna a citação dos seguintes Desembargador Federal – Relator.
precedentes: /mpc
“SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAÇÃO. REAJUSTAMENTO DO
SALDO DEVEDOR. RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO DO
SALDO DEVEDOR. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DO
ART. 515 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. PRECEDENTES DA
CORTE. III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.005054-0
1. Já decidiu a Segunda Seção da Corte que o reajustamento do saldo Nº CNJ :0005054-32.2012.4.02.0000
devedor não há de seguir o mesmo critério do Plano de Equivalência RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
Salarial por Categoria Profissional - PES/CP adotado para o GUILHERME DIEFENTHAELER
reajustamento das prestações. AGRAVANTE :FUNDAÇÃO BIBLIOTECA
2. Não contemplando o contrato o FCVS, o pagamento do saldo NACIONAL - FBN
devedor é da responsabilidade do mutuário. PROCURADOR :CLARISSA PAREDES LYRA
3. O art. 515 do Código de Processo Civil não foi examinado pelo AGRAVADO :MARTA JUVINA DE MEDEIROS
Tribunal local, o que impede seja apreciado pela Corte. ADVOGADO :BRUNO DE ALMEIDA GONCALVES
BASTOS E OUTRO
ORIGEM :VIGÉSIMA OITAVA VARA FEDERAL
DO RIO DE JANEIRO
(201151010167002)
JUIZ FEDERAL ALCIDES MARTINS

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RIBEIRO FILHO

DECISÃO
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto pelo FUNDAÇÃO
BIBLIOTECA NACIONAL - FNB, em face de decisão prolatada em
mandado de segurança, que determinou a devolução de valores a a certidão de intimação do acórdão proferido nos embargos de
servidor através de folha suplementar, contrariando a regra de declaração, inviabilizando a aferição da tempestividade do recurso
pagamento através de precatório. especial.
É o relatório. Decido. (...)
Em análise dos autos, verifica-se que a petição do recurso não foi 6. Agravo regimental improvido.
instruída com cópia da certidão da juntada do mandado de intimação (STJ, AGEDAG 200901966679, PRIMEIRA TURMA, Relator
cumprido por oficial de justiça, o que inviabiliza a aferição da sua ARNALDO ESTEVES LIMA, DJE 30/08/2010)
tempestividade e contraria o disposto no artigo 525, I, do Código de Diante do exposto, NÃO CONHEÇO do Agravo de Instrumento
Processo Civil, verbis: interposto.
“Art. 525. A petição de agravo de instrumento será instruída: Publique-se e, após decurso do prazo, baixem os autos.
I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da Rio de Janeiro, 07 de maio de 2012.
respectiva intimação e das procurações outorgadas aos advogados do GUILHERME DIEFENTHAELER,
agravante e do agravado; Desembargador Federal – Relator.
(...)” /rdo/rwa
Tendo em vista que cabe ao Agravante instruir o recurso com as peças
obrigatórias e as necessárias a um perfeito conhecimento das questões
levantadas, tal fato, por si só, justifica o não conhecimento do Agravo
de Instrumento, por instrução deficiente.
A jurisprudência e a doutrina são firmes no sentido de que, para fins de IV - APELACAO CIVEL 2003.51.01.005891-5
admissibilidade do Agravo, é ônus da Agravante instruí-lo de forma a Nº CNJ :0005891-28.2003.4.02.5101
preencher os requisitos legais, sendo defeso ao relator abrir RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
oportunidade para juntada extemporânea de documentação dessa GUILHERME DIEFENTHAELER
estirpe. APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
Por oportuno, anotem-se os seguintes arestos: ADVOGADO :ALEXANDRE KUWADA OBERG
“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. FERRAZ E OUTROS
DEFICIENTE FORMAÇÃO. AUSÊNCIA DE PEÇA ESSENCIAL APELADO :HYEDDA RODRIGUES GERMANO
PARA A SOLUÇÃO DA CONTROVÉRSIA. artigo 525, cpc. aplicação ADVOGADO :SEM ADVOGADO
do artigo 284, cpc. DESCABIMENTO. ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DO RIO
I. É ônus do Agravante a adequada formação do instrumento com DE JANEIRO (200351010058915)
todos os elementos necessários ao conhecimento do recurso, sem o JUIZ FEDERAL, DR. GUSTAVO
que fica excluída a possibilidade de decisão do mérito. ARRUDA MACEDO
II. Em se tratando de peçaobrigatória do Agravo, não cabe a
conversão do feito em diligência para suprir a sua deficiência. E isto DECISÃO
porque, ao Agravante incumbe instruir o Agravo com vistas ao seu A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF interpôs a presente
perfeito conhecimento, não devendo nunca esperar seja expressamente Apelação Cível em face da sentença que julgou extinto o feito sem
intimada para cumprir ato que a lei já lhe imputa como ônus de forma resolução de mérito.
expressa e clara. Parecer do MP Federal às fls. 118/120.
III. Agravo de Instrumento improvido.” À fl. 130, veio a Apelante aos autos requerer a desistência da ação.
(TRF-2ª Região, AG 2009.02.01.009007-0, SÉTIMA TURMA É o Relatório. Decido.
ESPECIALIZADA, Relator Desembargador Federal REIS FRIEDE, O pedido de desistência da ação formulado pela Apelante CEF, após a
DJU: 25/08/2009, Página 93) prolação da sentença, deve ser recebido como desistência do recurso,
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS não sendo necessária, portanto, anuência da parte contrária, nos termos
DECLARATÓRIOS NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA do art. 501 do CPC.
DE PEÇA OBRIGATÓRIA (CERTIDÃO DE INTIMAÇÃO DO Neste sentido, veja-se o voto proferido pelo Ilustre Desembargador
ACÓRDÃO DOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS). ÓBICE DA Federal Reis Friede (AC 2003.51.01.027165-9, julgada em
SÚMULA 223/STJ. OBRIGAÇÃO E RESPONSABILIDADE DO 02/05/2007):
AGRAVANTE. ART. 544, § 1º, DO CPC. (...) “É cediço que na fase recursal, não é mais possível a desistência da
1. Segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça, a ausência ação, quando há Sentença de mérito julgando improcedente o pedido
da certidão de intimação do acórdão recorrido impede a aferição da formulado, porquanto a prestação jurisdicional é direito que se
tempestividade do recurso especial, ficando prejudicada a análise do reconhece a ambas as Partes.
agravo de instrumento (Súmula 223/STJ). Em sendo assim, o pedido de desistência da ação, após a prolação de
2. Consoante o disposto no art. 544, § 1º, do CPC, é dever da parte Sentença pelo Juízo de Primeira Instância, deverá ser recebido como
agravante o traslado de todas as peças necessárias à formação do de desistência do Recurso, na forma do art. 501 do CPC.”
instrumento que impugna decisão denegatória da subida de recurso Sendo assim, HOMOLOGO o pedido de desistência do recurso
especial. formulado pela apelante, com base no art. 501 do CPC e nos termos do
3. A expressão "acórdão recorrido" compreende tanto o acórdão art. 44, VII do Regimento Interno deste Tribunal.
prolatado no julgamento da apelação quanto o proferido nos P.I. Certificado o trânsito em julgado desta, dê-se baixa na distribuição
embargos declaratórios, que o integra. e remetam-se os autos ao Juízo a quo com as cautelas de praxe.
4. Hipótese em que a parte agravante deixou de instruir a inicial com Rio de Janeiro, 07 de maio de 2012.
GUILHERME DIEFENTHAELER,
Desembargador Federal – Relator.
/lsz/

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IV - APELACAO CIVEL 2004.51.01.015970-0


Nº CNJ :0015970-32.2004.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
GUILHERME DIEFENTHAELER
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF DECISÃO
ADVOGADO :CARLOS AFONSO HARTMANN E A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF interpôs a presente
OUTROS Apelação Cível em face da sentença que julgou extinto o feito sem
APELADO :JAIDER CAIO DA SILVA JUNIOR resolução de mérito.
ADVOGADO :SEM ADVOGADO Parecer do MP Federal às fls. 161/165.
ORIGEM :VIGÉSIMA SÉTIMA VARA FEDERAL À fl. 169, veio a Apelante aos autos requerer a desistência da ação.
DO RIO DE JANEIRO É o Relatório. Decido.
(200451010159700) O pedido de desistência da ação formulado pela Apelante CEF, após a
JUÍZA FEDERAL, DRA. CAROLINE prolação da sentença, deve ser recebido como desistência do recurso,
MEDEIROS E não sendo necessária, portanto, anuência da parte contrária, nos termos
SILVA do art. 501 do CPC.
DECISÃO Neste sentido, veja-se o voto proferido pelo Ilustre Desembargador
A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF interpôs a presente Federal Reis Friede (AC 2003.51.01.027165-9, julgada em
Apelação Cível em face da sentença que julgou extinto o feito sem 02/05/2007):
resolução de mérito. “É cediço que na fase recursal, não é mais possível a desistência da
Parecer do MP Federal às fls. 131/138. ação, quando há Sentença de mérito julgando improcedente o pedido
À fl. 142, veio a Apelante aos autos requerer a desistência da ação. formulado, porquanto a prestação jurisdicional é direito que se
É o Relatório. Decido. reconhece a ambas as Partes.
O pedido de desistência da ação formulado pela Apelante CEF, após a Em sendo assim, o pedido de desistência da ação, após a prolação de
prolação da sentença, deve ser recebido como desistência do recurso, Sentença pelo Juízo de Primeira Instância, deverá ser recebido como
não sendo necessária, portanto, anuência da parte contrária, nos termos de desistência do Recurso, na forma do art. 501 do CPC.”
do art. 501 do CPC. Sendo assim, HOMOLOGO o pedido de desistência do recurso
Neste sentido, veja-se o voto proferido pelo Ilustre Desembargador formulado pela apelante, com base no art. 501 do CPC e nos termos do
Federal Reis Friede (AC 2003.51.01.027165-9, julgada em art. 44, VII do Regimento Interno deste Tribunal.
02/05/2007): P.I. Certificado o trânsito em julgado desta, dê-se baixa na distribuição
“É cediço que na fase recursal, não é mais possível a desistência da e remetam-se os autos ao Juízo a quo com as cautelas de praxe.
ação, quando há Sentença de mérito julgando improcedente o pedido Rio de Janeiro, 07 de maio de 2012.
formulado, porquanto a prestação jurisdicional é direito que se GUILHERME DIEFENTHAELER,
reconhece a ambas as Partes. Desembargador Federal – Relator.
Em sendo assim, o pedido de desistência da ação, após a prolação de /lsz/
Sentença pelo Juízo de Primeira Instância, deverá ser recebido como
de desistência do Recurso, na forma do art. 501 do CPC.”
Sendo assim, HOMOLOGO o pedido de desistência do recurso
formulado pela apelante, com base no art. 501 do CPC e nos termos do
art. 44, VII do Regimento Interno deste Tribunal. BOLETIM: 126856
P.I. Certificado o trânsito em julgado desta, dê-se baixa na distribuição
e remetam-se os autos ao Juízo a quo com as cautelas de praxe.
Rio de Janeiro, 07 de maio de 2012. III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.016209-9
GUILHERME DIEFENTHAELER, Nº CNJ :0016209-66.2011.4.02.0000
Desembargador Federal – Relator. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
/lsz/ GUILHERME DIEFENTHAELER
AGRAVANTE :GUSTAVO DO NASCIMENTO LOPES
ADVOGADO :CARLOS ALBERTO BOECHAT
RANGEL E OUTROS
AGRAVADO :INSTITUTO NACIONAL DE
IV - APELACAO CIVEL 2005.51.01.023191-9 EDUCACAO DE SURDOS – INES
Nº CNJ :0023191-32.2005.4.02.5101 PROCURADOR :SEM PROCURADOR
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL ORIGEM :VIGÉSIMA QUARTA VARA FEDERAL
GUILHERME DIEFENTHAELER DO RIO DE JANEIRO
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF (201151010147623)
ADVOGADO :ANTONIO EMILIO CAPORALI E JUIZ FEDERAL, DR. ALFREDO DE
OUTROS ALMEIDA LOPES
APELADO :JAIR SEVERINO DOS SANTOS
ADVOGADO :SEM ADVOGADO DECISÃO
ORIGEM :TRIGÉSIMA VARA FEDERAL DO RIO Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por GUSTAVO DO
DE JANEIRO (200551010231919) NASCIMENTO LOPES em face de decisão (fls. 68) proferida pelo
JUIZ FEDERAL, DR. MARCELO DA Juízo da 24ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, nos
FONSECA GUERREIRO autos da Ação Ordinária nº 2011.5101014762-3, que indeferiu o
pedido de gratuidade de justiça e determinou o recolhimento das custas
judiciais, em 5 dias, sob pena de cancelamento da distribuição.
Invoca o Agravante dispositivos constitucional (art. 5o., LXXIV) e
legal (arts. 1o. e 2o., parágrafo único da Lei 1060/50), bem como
entendimento jurisprudencial, para sustentar ter direito à concessão do

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benefício da Assistência Judiciária Gratuita, já que firmou declaração
de pobreza nos termos da lei.
Informações prestadas pelo Juízo a quo à fl. 91.
Contrarrazões ao Agravo às fls. 94/95.
Manifestação do Ministério Público Federal à fl. 98, opinando pelo
provimento do Agravo. declaração de isentos do imposto de renda não induz,
É o relatório. Decido. necessariamente, ao auferimento de receitas que afastem o estado de
O acesso ao Judiciário deve ser o mais amplo possível e assim para a hipossuficiência, uma vez que a obrigação da apresentação da
concessão do benefício da Assistência Judiciária Gratuita, basta uma declaração de ajuste anual não está restrita apenas às hipóteses de
simples afirmação da parte de que não tem condições de pagar as recebimento de renda acima do teto de isenção.
custas e os honorários de advogado, sem prejuízo do sustento próprio 5. A pretensão da União, na espécie, é de desincumbir-se do seu ônus
ou de sua família, nos termos do art. 4o, parágrafo primeiro, da Lei probatório mediante a juntada de meros documentos que atestam a
1.060/50, in verbis: dispensa da declaração de isentos, os quais, isoladamente, sequer
“Art. 4º A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, constituem indício ou início de prova que conduza à ilação acerca das
mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não reais condições econômicas ou financeiras dos autores para efeito de
está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de concessão do benefício em apreço.
advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família. 6. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa extensão, não
§ 1º Presume-se pobre, até prova em contrário, quem afirmar essa provido.”
condição nos termos desta lei, sob pena de pagamento até o décuplo (REsp 1115300/PR, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira
das custas judiciais.” Turma, julgado em 04/08/2009, DJe 19/08/2009)
Outrossim, a Constituição Federal de 1988, recepcionando o “FGTS. CORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS PROGRESSIVOS.
instituto da assistência judiciária (art. 5º, LXXIV), assegura aos OPÇÃO RETROATIVA. IMPOSSIBILIDADE. GRATUIDADE DA
economicamente hipossuficientes o benefício da gratuidade de justiça, JUSTIÇA. - A autora fez a opção pelo FGTS em 1987, data posterior à
mediante simples afirmação de pobreza. edição da Lei 5.107/66, não fazendo jus à aplicação da taxa
Esta afirmação de pobreza, na forma da lei, goza de presunção progressiva de juros. - Quanto à concessão da gratuidade da justiça,
iuris tantum de veracidade, razão pela qual caberá à parte recorrida, a esta Corte já firmou entendimento no sentido de que o benefício pode
prova em contrário da hipossuficiência alegada. ser reconhecido em qualquer fase do processo, sendo suficiente a
No presente caso, o Autor/Agravante forneceu a competente mera afirmação do estado de hipossuficiência. - Recurso especial
Declaração de Pobreza conforme reza a lei (fl. 42). O simples fato de conhecido e parcialmente provido.o posto, dar provimento ao agravo
juntada de contracheque no importe de R$ 2.686,15 de rendimento de instrumento para, reformando a r. decisão agravada, deferir o
líquido (fl. 44) não comprova ter o Autor capacidade financeira em benefício de gratuidade de justiça requerido.” (STJ – RESp nº 487666/
arcar com os ônus processuais sem detrimento das despesas pessoais e PB – 2a Turma – rel.: Min. Francisco Peçanha Martins – DJU
de sua família, vez que a lei não estabeleceu qualquer patamar de 06.12.2004 – pg. 251).
remuneração como limite mínimo e máximo para o deferimento da PROCESSUAL CIVIL - ALIMENTOS DEFINITIVOS FIXADOS
assistência judiciária gratuita e nem disse ser necessário que a pessoa EM VALOR INFERIOR AO DOS PROVISÓRIOS - RETROAÇÃO -
seja miserável para fazer jus ao benefício da justiça gratuita. Assim, IMPOSSIBILIDADE - ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA -
como não restou demonstrado que o Autor não se caracteriza como INDEFERIMENTO - INSUFICIÊNCIA DA DECLARAÇÃO DE
necessitado aos olhos da lei ou que teriam desaparecidos os requisitos POBREZA - VIOLAÇÃO AO ARTIGO 4º DA LEI 1.060/50 -
necessários à concessão da gratuidade de justiça, impõe-se o seu OCORRÊNCIA.
deferimento. 1 - Consoante entendimento desta Turma, a decisão que fixa o valor a
Neste sentido: ser pago a título de alimentos definitivos não retroage para atingir os
“PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. ASSISTÊNCIA valores fixados provisoriamente.
JUDICIÁRIA GRATUITA. DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA 2 - A teor da jurisprudência desta Corte, o pedido de assistência
ECONÔMICO-FINANCEIRA. PRESUNÇÃO RELATIVA DE gratuita pode ser feito em qualquer fase do processo, sendo suficiente
VERACIDADE. PROVA EM SENTIDO CONTRÁRIO NÃO para a sua obtenção a simples afirmação do estado de pobreza.
DEMONSTRADA. DOCUMENTO QUE ATESTA A DISPENSA DA 3 - Recurso conhecido em parte e, nessa parte, provido para conceder
DECLARAÇÃO DE ISENTOS. SÚMULA 7/STJ. ao recorrente os benefícios da assistência judiciária gratuita.
1. Recurso especial contra acórdão que indeferiu a impugnação à (REsp 742419/RS, Rel. Ministro JORGE SCARTEZZINI, QUARTA
concessão da assistência judiciária gratuita. Defende a recorrente que TURMA, julgado em 13.09.2005, DJ 03.10.2005 p. 281)
a juntada de documento que atesta que os beneficiários estão PROCESSUAL CIVIL. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA.
dispensados da entrega de declaração de isentos é suficiente para DECLARAÇÃO DE POBREZA. PRESUNÇÃO LEGAL QUE
inverter o ônus da prova acerca do estado de hipossuficiência. FAVORECE AO REQUERENTE. O ÔNUS DA PROVA
2. A jurisprudência consolidada no âmbito da Primeira Seção é no CONTRÁRIA RECAI SOBRE QUEM IMPUGNA. ART. 4º, § 1º, DA
sentido de que a declaração de hipossuficiência emitida pela pessoa LEI N. 1060/50.
física para fins de obtenção da assistência judiciária gratuita goza de Goza de presunção legal a declaração firmada sob as penas da lei de
presunção iuris tantum de veracidade, cabendo à parte adversa a que o pagamento das custas judiciais importará em prejuízo do sustento
produção de prova em contrário. próprio ou da família, somente sendo afastada por prova inequívoca em
3. No caso concreto, segundo a Corte a quo, a União não logrou contrário a cargo do impugnante.
comprovar que os autores possuem condições para custear as Recurso conhecido e provido.
despesas do processo. Rever o entendimento das instâncias ordinárias (REsp 142448/RJ, Rel. Ministro CESAR ASFOR ROCHA, QUARTA
quanto à insuficiência das provas apresentadas pela União implica em TURMA, julgado em 18.06.1998, DJ 21.09.1998 p. 181)
reexame do conjunto fático-probatório, o que é inviável em face do PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. ASSISTÊNCIA
óbice da Súmula 7/STJ. JUDICIÁRIA GRATUITA. ESTADO DE POBREZA. PROVA.
4. O fato de os autores estarem dispensados de apresentação da DESNECESSIDADE.
- A concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita não se
condiciona à prova do estado de pobreza do requerente, mas tão-
somente à mera afirmação desse estado, sendo irrelevante o fato de o
pedido haver sido formulado na petição inicial ou no curso do
processo.

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(REsp 469594/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA
TURMA, julgado em 22.05.2003, DJ 30.06.2003 p. 243)

Neste sentido também é o entendimento do Tribunal Regional Federal


2ª Região:
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. APELADO :OS MESMOS
BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA. LEI Nº 1.060/50. ORIGEM :DÉCIMA QUINTA VARA FEDERAL
REQUISITOS. DESNECESSÁRIA DECLARAÇÃO DE DO RIO DE JANEIRO
ADVOGADO DE PATROCÍNIO DA CAUSA GRATUITAMENTE. (200651010222145)
I. Sabe-se que a afirmação de pobreza, prevista no artigo 4º da Lei nº JUÍZA FEDERAL SUBSTITUTA
1.060/50 goza de presunção de veracidade, a fim de, por si só, dar JULIANA BRANDÃO DA SILVEIRA
causa ao deferimento da gratuidade. II. Observa-se ainda, que inexiste COUTO VILLELA PEDRAS
previsão legal no sentido de que o deferimento do benefício da
gratuidade de justiça estaria vinculado à apresentação, por parte do DECISÃO
advogado da parte autora, de declaração afirmando que nada receberá a Trata-se de Apelações interpostas contra sentença que – em sede de
título de honorários devidos em decorrência de contrato particular ação cognitiva sob o rito ordinário que objetiva a quitação de
firmado entre a parte e seu advogado. III. Agravo de Instrumento financiamento habitacional, com a consequente liberação da hipoteca
provido, para que seja deferida a gratuidade de justiça à Agravante, que grava o imóvel, além de indenização por danos morais – julgou
sem a necessidade de apresentação de declaração de patrocínio procedente em parte o pedido, para condenar a CEF a promover a
gratuito. baixa da hipoteca que recai sobre o imóvel financiado, expedindo, para
(TRF2 – Agravo de instrumento 2009.02.01.016366-8, Rel. Min. Reis tanto, ofício ao competente cartório de registro de imóveis, sendo ainda
Friede, 24/02/2010) fixada multa diária de R$ 100,00 (cem reais) no caso de
“PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO INTERNO - APELAÇÃO CÍVEL - descumprimento do julgado.
CEF - GRATUIDADE DE JUSTIÇA - LEI 1.060/50 Em suas razões recursais, às fls. 90/97, sustenta a Empresa Pública, em
I - Combinando-se o disposto nos arts. 4º e 7º da Lei nº 1.060/50, lícito síntese, que seria parte ilegítima para figurar no polo passivo da
concluir que a simples afirmação do Requerente de que não está em presente demanda, vez que não seria gestora do FCVS, aduzindo ainda
condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, que a hipótese não seria de quitação do saldo residual.
sem prejuízo próprio ou de sua família, é suficiente para o deferimento Apelo da parte autora às fls. 99/107, onde sustenta, em síntese, que a
do pedido, cabendo a parte contrária, a qualquer tempo, requerer a hipótese dos autos ensejaria indenização por danos morais.
revogação desse benefício, devendo, para tanto, comprovar a Contrarrazões da CEF às fls. 109/112.
inexistência ou desaparecimento dos requisitos essenciais à sua Sem contrarrazões da parte autora.
concessão. O Ministério Público, à fl. 116, informa não haver interesse público
II - Se de um turno o direito à assistência não é absoluto, cumpria, que justifique a sua intervenção.
portanto, à parte contrária comprovar o alegado, ou seja, que o Relatei. Decido.
Requerente não faz jus ao benefício.” Inicialmente, verifica-se que o Colendo Superior Tribunal de Justiça
(TRF 2ª Região, AGT – 396372, Processo: 2003.50.01.007891-2, firmou entendimento jurisprudencial de que a CEF, como sucessora do
Relator JUIZ SERGIO SCHWAITZER, SÉTIMA TURMA ESP., Data extinto BNH, possui legitimidade passiva ad causam nas causas que
da Decisão: 04/07/2007, DJU DATA:27/07/2007 PÁGINA: 345) versem sobre financiamento de casa própria, com vinculação ao
Diante do exposto, com fulcro no artigo 557, § 1º-A, do Código de Sistema Financeiro de Habitação, sendo parte ilegítima a União
Processo Civil, DOU PROVIMENTO ao presente Agravo de Federal.
Instrumento para conceder o benefício da Assistência Judiciária Sobre o tema, trago à colação os seguintes arestos:
Gratuita ao Agravante. “SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO - LEGITIMIDADE -
Publique-se. Intime-se. CEF - UNIÃO – BANCO CENTRAL DO BRASIL - CASA
Após, decorrido o prazo recursal, dê-se baixa e encaminhem-se os PRÓPRIA - FCVS .
autos à vara de origem. A Caixa Econômica Federal é parte legítima passiva nas causas
Rio de Janeiro, 02 de Maio de 2012. versando sobre financiamento da casa própria, com vinculação ao
GUILHERME DIEFENTHAELER, Fundo de Compensação da Variação Salarial, sendo partes ilegítimas a
Desembargador Federal – Relator. União e o BACEN. (...)”
(STJ; REsp 155832/PE; 1ª T; Rel. Min. Garcia Vieira; unânime, DJ
/lsz/ 08/05/2000, p.61)
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL.
SISTEMA. FINANCEIRO DA HABITAÇÃO - SFH. FCVS.
LEGITIMIDADE PASSIVA DA CEF. DUPLICIDADE DE
FINANCIAMENTOS PELO MUTUÁRIO. VEDAÇÃO LEGAL
IV - APELACAO CIVEL 2006.51.01.022214-5 POSTERIOR AO CONTRATO. IRRETROATIVIDADE DA LEI.
Nº CNJ :0022214-06.2006.4.02.5101 INCLUSÃO DO NOME DO DEVEDOR EM CADASTROS DE
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL INADIMPLENTES. ART. 273 DO CPC. PRESSUPOSTOS. MATÉRIA
GUILHERME DIEFENTHAELER DE FATO. SÚMULA 7/STJ.
APELANTE :PAULO ROBERTO LONTHFRANC 1. Cuidam os autos de agravo de instrumento manejado pela CEF ora
ADVOGADO :IVANA WILZA CALDAS MORENO recorrente em face de decisão proferida pelo juízo de 1° grau que
TAVARES E OUTRO concedeu parcialmente a antecipação da tutela para determinar à
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF mesma: a) que promova a quitação do saldo devedor do imóvel
ADVOGADO :BRUNO VAZ DE CARVALHO E financiado, com desconto no percentual de 100%, com base na Lei n°
OUTROS 10.150/2000; b) que não proceda à execução extrajudicial nem à
inscrição do mutuário em listas de inadimplentes. Outrossim,
reconheceu a legitimidade tanto ad causam como ad processum para a
CEF figurar no pólo passivo da demanda. O acórdão recorrido
manteve integralmente a citada decisão interlocutória. Recurso
especial no qual se sustenta ilegitimidade passiva ad causam, pois, nos

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termos da MP 2.155/2001, houve a cessão do crédito imobiliário
objeto da presente demanda à Empresa Gestora de Ativos - EMGEA.
No mérito, invoca vulneração dos arts. 9° da Lei n° 4.380/64 e 3° da
Lei n°8.100/90 pelo fato de ter o recorrido descumprido cláusula que
proibia o duplo financiamento de imóveis pelo SFH. Enfim, alega ser
legítima a inclusão do nome do mutuário em cadastro de restrição ao
crédito dada a inexistência nos autos de prova que demonstre o receio
de dano irreparável ou de difícil reparação autorizador da medida de
urgência. IV - APELACAO CIVEL 2009.51.01.021049-1
2. Com relação à preliminar de ilegitimidade passiva ad causam, em Nº CNJ :0021049-16.2009.4.02.5101
virtude da cessão do crédito imobiliário discutido nos autos e dos seus RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
acessórios à Empresa Gestora de Ativos - EMGEA, não deve GUILHERME DIEFENTHAELER
prosperar a pretensão da recorrente, porquanto, nas ações relativas a APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
financiamentos imobiliários pelo SFH, esta Corte já firmou ADVOGADO :ADRIANA RIBEIRO DOS SANTOS
entendimento de que apenas a CEF é parte legítima para figurar no LIMA E OUTROS
pólo passivo.” (Grifei) APELADO :ISOLDA MEDEIROS DE FREITAS
(STJ – Primeira Turma - REsp 815226 / AM – Rel: Min. José Delgado ADVOGADO :ARTUR ELIAS GUIMARAES E
– Unânime, DJ 28.03.2006) OUTROS
Outrossim, a quitação do imóvel com cobertura do FCVS possui ORIGEM :DÉCIMA SÉTIMA VARA FEDERAL
previsão contratual na cláusula décima quarta do instrumento firmado DO RIO DE JANEIRO
entre as partes (fl. 56v.), sendo certo que o mutuário contribuiu para tal (200951010210491)
fundo, que possui o valor integrado às parcelas do financiamento. JUIZ FEDERAL EUGÊNIO ROSA DE
Destarte, não havendo impedimento legal para a utilização do FCVS na ARAÚJO
liquidação do débito, estando este inclusive previsto no contrato, há de
se observar o princípio do pacta sunt servanda, segundo o qual são DECISÃO
intangíveis as cláusulas acertadas entre as partes do contrato. Trata-se de Apelação interposta contra sentença que, em sede de
Por fim, a recusa no cumprimento do contrato por parte da CEF possui Embargos à Execução Hipotecária pela Lei 5.471/71, acolheu a
respaldo na interpretação da legislação que rege a matéria e, por si só, é preliminar de carência de ação, julgando extinto o processo de
incapaz produzir qualquer espécie de lesão de conteúdo imaterial, não execução sem resolução do mérito, na forma do artigo 267, IV c/c 741,
havendo nos autos evidências de algum dano causado ao Autor em II do Código de Processo Civil, em razão da ausência de, pelo menos,
consequência da recusa da Empresa Pública, sendo oportuna a citação dois avisos de cobrança instruindo a inicial, como previsto no artigo 2º,
do seguinte julgado: VI da Lei 5.471/71.
“PROCESSUAL CIVIL E SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO. Em suas razões recursais, às fls. 35/41, sustenta a Empresa Pública, em
FCVS. DUPLICIDADE DE FINANCIAMENTOS. LEI 8100/90. DANO síntese, que a notificação premonitória seria desnecessária à
MORAL INACOLHIDO. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. propositura da Execução.
1. No presente caso, possível a utilização do FCVS para quitação de Avisos de recebimento juntados pela Apelante às fls. 43/51.
mais de um saldo devedor, tendo em vista que os contratos foram Contrarrazões às fls. 55/57.
firmados antes de 05/12/1990, conforme se verifica às fls. 81. O Ministério Público, à fl. 61, informa não haver interesse público que
2. O documento de fl. 23 importa necessariamente em liquidação da justifique a sua intervenção.
dívida, vez que o mutuário pagou o valor oferecido pela CEF para Relatei. Decido.
quitação do saldo com desconto. O inconformismo não merece prosperar.
3. Não restou evidenciado fato moralmente lesivo ou dano moral Com efeito, no que se refere à execução extrajudicial hipotecária
vinculado ao contrato de mútuo habitacional em exame, tendo a parte prevista na Lei 5.741/71, há de ser aplicado o procedimento nela
autora se restringido a apresentar alegações genéricas, sem indicação estabelecido, devendo a petição inicial deve estar instruída com, pelo
de fatos concretos que consubstanciassem suas alegações. menos, dois avisos de cobrança, sob pena de inépcia.
4. Verifica-se que a parte autora obteve êxito em sua postulação no Nesse sentido, dispõe a súmula nº 199 do Egrégio Superior Tribunal de
sentido da quitação do contrato de financiamento, restando o dano Justiça:
moral inacolhido, o que atrai a regra do artigo 21, caput, do CPC. “Na execução hipotecária de crédito vinculado ao Sistema Financeiro
5. Recurso parcialmente provido.” de Habitação nos termos da Lei 5.741/71 a petição inicial deve ser
(TRF 2ª Região, Oitava Turma Especializada, AC nº instruída com, pelo menos, dois avisos de cobrança”.
2006.51.01.009633-4, Rel: Des. Poul Erik Dyrlund, Unânime, DJ No caso em apreço, não foram trazidos aos autos elementos que
05.09.2008) abalassem a convicção externada na decisão a quo, vez que a inicial da
Ademais, não há nos autos qualquer indício de prejuízos imateriais execução não foi instruída com avisos de cobrança, sendo oportuna a
supostamente experimentados, inexistindo dano moral a ser reparado. citação do seguinte julgado:
Diante do exposto, com fulcro no artigo 557, caput do Código de “EMBARGOS À EXECUÇÃO. SFH. LEI Nº 5.741/71.
Processo Civil, NEGO SEGUIMENTO AOS RECURSOS. - O Juízo de 1º grau julgou procedente o pedido formulado nos
Decorrido in albis o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição e embargos, extinguindo a execução (autos nº 2003.51.01.000524-8), ao
restituam-se os autos à Vara de origem com as devidas cautelas. argumento de que a CEF não anexou cópia dos avisos reclamando o
Publique-se. Intime-se. pagamento da dívida, conforme determina o art. 2º, IV da Lei nº
Rio de Janeiro, 26 de abril de 2012. 5.741/71. A CEF combate a sentença, alegando que sua conduta não
GUILHERME DIEFENTHAELER, merecia censura, mas o certo é que ela não anexou ou referiu
Desembargador Federal – Relator. concretamente um só documento nos autos que possibilite aferir o
/mpc cumprimento daquela norma.
- Apelação da CEF desprovida. Sentença mantida.”
(TRF 2ª Região, Sexta Turma Especializada, AC nº
2003.51.01.029308-4, Rel: Des. Federal Guilherme Couto de Castro,
Unânime, DJ 17.08.2009)
Por fim, cumpre observar que a produção de prova documental em
sede recursal é excepcional, sendo admitida somente quando se tratar

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de documento que visa a comprovação de fatos novos (art. 397, do
CPC), não sendo o caso dos avisos de recebimento juntados em grau de
recurso (fls. 44/51), sendo certo que a referida documentação não veio
acompanhada do necessário aviso de cobrança supostamente enviado
aos devedores.
Diante do exposto, com fulcro no artigo 557, caput, do Código de
Processo Civil, NEGO SEGUIMENTO AO RECURSO.
Decorrido in albis o prazo recursal, dê-se baixa na distribuição e
restituam-se os autos à Vara de origem com as devidas cautelas. IV - APELACAO CIVEL 2008.50.01.011416-1
Publique-se. Intime-se. Nº CNJ :0011416-24.2008.4.02.5001
Rio de Janeiro, 30 de abril de 2012. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
GUILHERME DIEFENTHAELER, GUILHERME DIEFENTHAELER
Desembargador Federal – Relator. APELANTE :ELIZABETH MARIA BERCAM
/mpc ADVOGADO :JOSE CARLOS HOMEM
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADVOGADO :SEM ADVOGADO
ORIGEM :4ª VARA FEDERAL CÍVEL DE
VITÓRIA/ES (200850010114161)
IV - APELACAO CIVEL 2005.51.01.022846-5
Nº CNJ :0022846-66.2005.4.02.5101 DECISÃO
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL ELIZABETH MARIA BERCAM interpôs a Apelação Cível em face
GUILHERME DIEFENTHAELER de sentença que julgou extinto o processo sem resolução de mérito.
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF Contudo, à fl. 60, veio a Apelante aos autos requerer a desistência do
ADVOGADO :LENISA MONTEIRO DANTAS E recurso.
OUTROS Da desistência do recurso não é necessária a anuência da parte
APELADO :YEDA MARIA ALMEIDA AFFONSO contrária, nos termos do art. 501 do CPC.
ADVOGADO :SEM ADVOGADO Sendo assim, HOMOLOGO o pedido de desistência do recurso
ORIGEM :VIGÉSIMA OITAVA VARA FEDERAL formulado às fls. 60, com base no art. 501 do CPC, nos termos do art.
DO RIO DE JANEIRO 44, VII do Regimento Interno deste Tribunal.
(200551010228465) P.I. Certificado o trânsito em julgado desta, dê-se baixa na distribuição
JUIZ FEDERAL, DR. ALCIDES e remetam-se os autos ao Juízo a quo com as cautelas de praxe.
MARTINS RIBEIRO FILHO Rio de Janeiro, 07 de fevereiro de 2012.
GUILHERME DIEFENTHAELER,
DECISÃO Desembargador Federal – Relator.
A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF interpôs a presente /lsz/
Apelação Cível em face da sentença que julgou extinto o feito sem
resolução de mérito.
Parecer do MP Federal às fls. 77/80.
À fl. 84, veio a Apelante aos autos requerer a desistência da ação.
É o Relatório. Decido. IV - APELACAO CIVEL 2005.51.10.000488-6
O pedido de desistência da ação formulado pela Apelante CEF, após a Nº CNJ :0000488-80.2005.4.02.5110
prolação da sentença, deve ser recebido como desistência do recurso, RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
não sendo necessária, portanto, anuência da parte contrária, nos termos GUILHERME DIEFENTHAELER
do art. 501 do CPC. APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
Neste sentido, veja-se o voto proferido pelo Ilustre Desembargador ADVOGADO :MARIA LUCIA CANDIOTA DA SILVA
Federal Reis Friede (AC 2003.51.01.027165-9, julgada em E OUTROS
02/05/2007): APELADO :LAURINDA TEIXEIRA SILVA
“É cediço que na fase recursal, não é mais possível a desistência da ADVOGADO :SEM ADVOGADO
ação, quando há Sentença de mérito julgando improcedente o pedido ORIGEM :2A VARA FEDERAL DE EXECUÇÃO
formulado, porquanto a prestação jurisdicional é direito que se FISCAL DE SÃO JOÃO DE
reconhece a ambas as Partes. (200551100004886)
Em sendo assim, o pedido de desistência da ação, após a prolação de JUIZ FEDERAL, DR. VICTOR
Sentença pelo Juízo de Primeira Instância, deverá ser recebido como ROBERTO CORRÊA DE SOUZA
de desistência do Recurso, na forma do art. 501 do CPC.”
Sendo assim, HOMOLOGO o pedido de desistência do recurso DECISÃO
formulado pela apelante, com base no art. 501 do CPC e nos termos do A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF interpôs a presente
art. 44, VII do Regimento Interno deste Tribunal. Apelação Cível em face da sentença que julgou improcedente o pedido
P.I. Certificado o trânsito em julgado desta, dê-se baixa na distribuição postulado na ação monitória.
e remetam-se os autos ao Juízo a quo com as cautelas de praxe. Parecer do MP Federal às fls. 83/84.
Rio de Janeiro, 07 de maio de 2012. À fl. 89, veio a Apelante aos autos requerer a desistência da ação.
GUILHERME DIEFENTHAELER, É o Relatório. Decido.
Desembargador Federal – Relator. O pedido de desistência da ação formulado pela Apelante CEF, após a
/lsz/ prolação da sentença, deve ser recebido como desistência do recurso,
não sendo necessária, portanto, anuência da parte contrária, nos termos
do art. 501 do CPC.
Neste sentido, veja-se o voto proferido pelo Ilustre Desembargador
Federal Reis Friede (AC 2003.51.01.027165-9, julgada em
02/05/2007):
“É cediço que na fase recursal, não é mais possível a desistência da

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ação, quando há Sentença de mérito julgando improcedente o pedido
formulado, porquanto a prestação jurisdicional é direito que se
reconhece a ambas as Partes.
Em sendo assim, o pedido de desistência da ação, após a prolação de
Sentença pelo Juízo de Primeira Instância, deverá ser recebido como
de desistência do Recurso, na forma do art. 501 do CPC.”
Sendo assim, HOMOLOGO o pedido de desistência do recurso
formulado pela apelante, com base no art. 501 do CPC e nos termos do
art. 44, VII do Regimento Interno deste Tribunal. IV - APELACAO CIVEL 2004.51.01.003960-3
P.I. Certificado o trânsito em julgado desta, dê-se baixa na distribuição Nº CNJ :0003960-53.2004.4.02.5101
e remetam-se os autos ao Juízo a quo com as cautelas de praxe. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
Rio de Janeiro, 07 de maio de 2012. GUILHERME DIEFENTHAELER
GUILHERME DIEFENTHAELER, APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
Desembargador Federal – Relator. ADVOGADO :LETICIA VALE DA SILVA DA
/lsz/ CUNHA BRAZ E OUTROS
APELADO :LAUDICEIA CARNEIRO FAGUNDES
ADVOGADO :CLAUDIA MARIA DA SILVA
ORIGEM :DÉCIMA QUARTA VARA FEDERAL
DO RIO DE JANEIRO
IV - APELACAO CIVEL 2010.51.01.010585-5 (200451010039603)
Nº CNJ :0010585-93.2010.4.02.5101 JUIZ FEDERAL, DR. ADRIANO
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL SALDANHA GOMES DE OLIVEIRA
GUILHERME DIEFENTHAELER
APELANTE :LUIZ ANTONIO GOMES DA COSTA DECISÃO
ADVOGADO :SERGIO SOLLE DE FIGUEIREDO E A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF interpôs a presente
OUTROS Apelação Cível em face da sentença que julgou extinto o feito sem
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF resolução de mérito.
ADVOGADO :HELI GONCALVES DOS SANTOS Parecer do MP Federal às fls. 121.
NASCIMENTO E OUTROS À fl. 125, veio a Apelante aos autos requerer a desistência da ação.
ORIGEM :TRIGÉSIMA VARA FEDERAL DO RIO É o Relatório. Decido.
DE JANEIRO (201051010105855) O pedido de desistência da ação formulado pela Apelante CEF, após a
prolação da sentença, deve ser recebido como desistência do recurso,
DECISÃO não sendo necessária, portanto, anuência da parte contrária, nos termos
LUIZ ANTONIO GOMES DA COSTA interpôs a presente Apelação do art. 501 do CPC.
Cível em face da sentença que julgou extinto o feito sem resolução de Neste sentido, veja-se o voto proferido pelo Ilustre Desembargador
mérito. Federal Reis Friede (AC 2003.51.01.027165-9, julgada em
Parecer do MP Federal às fls. 363/366. 02/05/2007):
Às fls. 370/372, veio o Apelante aos autos requerer a desistência da “É cediço que na fase recursal, não é mais possível a desistência da
ação. ação, quando há Sentença de mérito julgando improcedente o pedido
É o Relatório. Decido. formulado, porquanto a prestação jurisdicional é direito que se
O pedido de desistência da ação formulado pelo Apelante, após a reconhece a ambas as Partes.
prolação da sentença, deve ser recebido como desistência do recurso, Em sendo assim, o pedido de desistência da ação, após a prolação de
não sendo necessária, portanto, anuência da parte contrária, nos termos Sentença pelo Juízo de Primeira Instância, deverá ser recebido como
do art. 501 do CPC. de desistência do Recurso, na forma do art. 501 do CPC.”
Neste sentido, veja-se o voto proferido pelo Ilustre Desembargador Sendo assim, HOMOLOGO o pedido de desistência do recurso
Federal Reis Friede (AC 2003.51.01.027165-9, julgada em formulado pela apelante, com base no art. 501 do CPC e nos termos do
02/05/2007): art. 44, VII do Regimento Interno deste Tribunal.
“É cediço que na fase recursal, não é mais possível a desistência da P.I. Certificado o trânsito em julgado desta, dê-se baixa na distribuição
ação, quando há Sentença de mérito julgando improcedente o pedido e remetam-se os autos ao Juízo a quo com as cautelas de praxe.
formulado, porquanto a prestação jurisdicional é direito que se Rio de Janeiro, 07 de maio de 2012.
reconhece a ambas as Partes. GUILHERME DIEFENTHAELER,
Em sendo assim, o pedido de desistência da ação, após a prolação de Desembargador Federal – Relator.
Sentença pelo Juízo de Primeira Instância, deverá ser recebido como /lsz/
de desistência do Recurso, na forma do art. 501 do CPC.”
Sendo assim, HOMOLOGO o pedido de desistência do recurso
formulado pela apelante, com base no art. 501 do CPC e nos termos do
art. 44, VII do Regimento Interno deste Tribunal.
P.I. Certificado o trânsito em julgado desta, dê-se baixa na distribuição IV - APELACAO CIVEL 2004.51.15.000318-6
e remetam-se os autos ao Juízo a quo com as cautelas de praxe. Nº CNJ :0000318-30.2004.4.02.5115
Rio de Janeiro, 07 de maio de 2012. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
GUILHERME DIEFENTHAELER, GUILHERME DIEFENTHAELER
Desembargador Federal – Relator. APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
/lsz/ ADVOGADO :AURIVAL PARDAUIL E OUTROS
APELADO :ROBERTA MENDES FERREIRA
ADVOGADO :JOSE ANCHIETA CORDEIRO
ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL
TERESOPOLIS/RJ (200451150003186)
JUIZ FEDERAL, DR. JOÃO MARCELO
OLIVEIRA ROCHA

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DECISÃO
A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF interpôs a presente
Apelação Cível em face da sentença que acolheu em parte os embargos
monitórios.
Parecer do MP Federal às fls. 100/102. ação, quando há Sentença de mérito julgando improcedente o pedido
À fl. 106, veio a Apelante aos autos requerer a desistência da ação. formulado, porquanto a prestação jurisdicional é direito que se
É o Relatório. Decido. reconhece a ambas as Partes.
O pedido de desistência da ação formulado pela Apelante CEF, após a Em sendo assim, o pedido de desistência da ação, após a prolação de
prolação da sentença, deve ser recebido como desistência do recurso, Sentença pelo Juízo de Primeira Instância, deverá ser recebido como
não sendo necessária, portanto, anuência da parte contrária, nos termos de desistência do Recurso, na forma do art. 501 do CPC.”
do art. 501 do CPC. Sendo assim, HOMOLOGO o pedido de desistência do recurso
Neste sentido, veja-se o voto proferido pelo Ilustre Desembargador formulado pela apelante, com base no art. 501 do CPC e nos termos do
Federal Reis Friede (AC 2003.51.01.027165-9, julgada em art. 44, VII do Regimento Interno deste Tribunal.
02/05/2007): P.I. Certificado o trânsito em julgado desta, dê-se baixa na distribuição
“É cediço que na fase recursal, não é mais possível a desistência da e remetam-se os autos ao Juízo a quo com as cautelas de praxe.
ação, quando há Sentença de mérito julgando improcedente o pedido Rio de Janeiro, 07 de maio de 2012.
formulado, porquanto a prestação jurisdicional é direito que se GUILHERME DIEFENTHAELER,
reconhece a ambas as Partes. Desembargador Federal – Relator.
Em sendo assim, o pedido de desistência da ação, após a prolação de /lsz/
Sentença pelo Juízo de Primeira Instância, deverá ser recebido como
de desistência do Recurso, na forma do art. 501 do CPC.”
Sendo assim, HOMOLOGO o pedido de desistência do recurso
formulado pela apelante, com base no art. 501 do CPC e nos termos do
art. 44, VII do Regimento Interno deste Tribunal. IV - APELACAO CIVEL 2004.51.01.017189-0
P.I. Certificado o trânsito em julgado desta, dê-se baixa na distribuição Nº CNJ :0017189-80.2004.4.02.5101
e remetam-se os autos ao Juízo a quo com as cautelas de praxe. RELATOR :JUIZ FEDERAL CONVOCADO
Rio de Janeiro, 07 de maio de 2012. MARCELO PEREIRA DA SILVA
GUILHERME DIEFENTHAELER, APELANTE :MARCIO TARCISIO DOS REIS E
Desembargador Federal – Relator. OUTROS
/lsz/ ADVOGADO :MARIA DAS GRACAS C. LIMA DE
ANDRADE
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADVOGADO :LUIZ FERNANDO PADILHA E
OUTROS
IV - APELACAO CIVEL 2004.51.01.007315-5 ORIGEM :DÉCIMA OITAVA VARA FEDERAL
Nº CNJ :0007315-71.2004.4.02.5101 DO RIO DE JANEIRO
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL (200451010171890)
GUILHERME DIEFENTHAELER
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF DESPACHO
ADVOGADO :SERGIO MANDELBLATT E OUTROS Fl. 704 – Abra-se vista aos apelantes sobre o alegado pela CEF, vindo
APELADO :SANDRA LUZIA BRAGA LUZES a seguir conclusos.
ADVOGADO :SEM ADVOGADO P. I.
ORIGEM :VIGÉSIMA OITAVA VARA FEDERAL Rio de Janeiro, de abril de 2012.
DO RIO DE JANEIRO MARCELO PEREIRA DA SILVA
(200451010073155) Juiz Federal Convocado
JUIZ FEDERAL, DR. ALCIDES
MARTINS RIBEIRO FILHO

DECISÃO
A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF interpôs a presente SUBSECRETARIA DA 6A.TURMA ESPECIALIZADA
Apelação Cível em face da sentença que julgou extinto o feito sem
resolução de mérito. BOLETIM: 126806
Parecer do MP Federal às fls. 100.
À fl. 104, veio a Apelante aos autos requerer a desistência da ação.
É o Relatório. Decido. AGRAVO DE INSTRUMENTO
O pedido de desistência da ação formulado pela Apelante CEF, após a 2010.02.01.006808-0
prolação da sentença, deve ser recebido como desistência do recurso, Nº CNJ :0006808-77.2010.4.02.0000
não sendo necessária, portanto, anuência da parte contrária, nos termos RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
do art. 501 do CPC. FREDERICO GUEIROS
Neste sentido, veja-se o voto proferido pelo Ilustre Desembargador AGRAVANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL -
Federal Reis Friede (AC 2003.51.01.027165-9, julgada em CEF
02/05/2007): ADVOGADO :LEONARDO JUNHO GARCIA E
“É cediço que na fase recursal, não é mais possível a desistência da OUTROS
AGRAVADO :FRANCISCO CARLOS GONÇALVES
E OUTROS
ADVOGADO :BRUNA SERAFIM TEIXEIRA
ORIGEM :4ª VARA FEDERAL CÍVEL DE
VITÓRIA/ES (200850010152617)

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decisão
Cuida-se de agravo de instrumento interposto pela CAIXA
ECONOMICA FEDERAL - CEF, contra decisão interlocutória
proferida pelo Juízo da 4ª Vara Federal Cível de Vitória/ES –
fls.294, que determinou à agravante a apresentação, no prazo CARMEN SILVIA LIMA DE ARRUDA
de 15 dias, dos extratos da conta poupança, referentes aos Relatora
meses de março/abril de 1990, sob pena de aplicação de multa
diária no valor de R$ 100,00.
2. Transcrevo o dispositivo da decisão agravada:
“Trata-se de Ação Ordinária proposta por FRANCISCO
CARLOS GONÇALVES, SUELI MARIA VESCOVI BOLETIM: 126850
GONÇALVES, MATHEUS VESCOVI GONÇALVES,
FERNANDA VESCOVI GONÇALVES e JULIANA VESCOVI
GONÇALVES em face da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.005683-8
visando a obtenção dos expurgos inflacionários em sua(s) Nº CNJ :0005683-06.2012.4.02.0000
caderneta(s) de poupança no período de 1989 a 1991. RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
Às fls. 129/132, o juízo determinou a CAIXA a juntada aos autos FREDERICO GUEIROS
dos extratos referente aos meses de junho de 1987, janeiro de AGRAVANTE :RIQUINHO COMERCIO DE
1989 e março/abril de 1990 quanto às contas de poupança nºs PLASTICOS LTDA
1065-17.408-3, 1065-462-5, 1065-7994-3, 1065-14044-8 ADVOGADO :MARCELO GOMES DA ROSA E
(Francisco); 1065-15280-2 (Sueli); 1065-3839-2 (Matheus); OUTRO
1065-14451-6 (Fernanda) e 1065-15131-8 (Juliana).Nesta AGRAVADO :INST NAC DE METROLOGIA,
decisão, o juízo inverteu o ônus da prova, com base no art. 6º, NORMALIZACAO E QUALIDADE
VIII do CDC, atribuindo à CAIXA a obrigação de apresentar os INDUST - INMETRO
referidos extratos, uma vez que a mesma tem obrigação legal PROCURADOR :ELCY SILVA SOARES
de emitir periodicamente extratos individuais e manter registro ORIGEM :QUARTA VARA FEDERAL DE
das movimentações das contas.Entretanto, a CAIXA não EXECUÇÃO FISCAL - RJ
cumpriu integralmente o determinado na referida decisão, visto (200751015271667)
que não apresentou todos os extratos, alegando, à fl. 244, que
não foram localizados extratos do período solicitado.Ocorre Despacho
que, às fls. 250, consta extrato onde pode se aferir que a autora Intime-se o agravado para que responda o presente recurso (art. 527, V,
Sueli Maria Vescovi possuía saldo positivo em agosto do ano do CPC).
de 1989. Assim, o ônus de rebater tal prova é da CAIXA. Diante Após, ouça-se o Ministério Público Federal – MPF.
do exposto, com o escopo de compelir a CAIXA a exibir os Rio de Janeiro, 10 de maio de 2012.
referidos extratos, determino que a CAIXA, no prazo de 15 FREDERICO GUEIROS
(quinze dias), que acoste aos autos os extratos da conta Relator
poupança nº1065-15280-2, referente ao mês de março/abril de
1990, sob pena de cominação de multa diária de R$ 100,00
(cem reais), na forma do art. 461, § 4º do CPC..”

3. Em suas razões de recurso, alega, em síntese, que inexiste BOLETIM: 126857


obrigação por parte da agravante em manter tais documentos
sob sua guarda, havendo impossibilidade material no
cumprimento da obrigação. IV - APELACAO CIVEL 1999.51.01.059287-2
4. Contrarrazões às fls. 298/315. Nº CNJ :0059287-56.1999.4.02.5101
5. Os autos foram encaminhados ao Ministério Público Federal RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
que se manifestou, às fls. 318/322, no sentido de não ser GUILHERME CALMON NOGUEIRA
necessária sua intervenção no feito por não se tratar de matéria DA GAMA
de interesse público. APELANTE :ANTONIO COELHO ENG/ E
É o relato do necessário. CONSTRUCAO LTDA
6. Observa-se, no caso dos autos, ter sido proferida decisão ADVOGADO :CARLOS ANTONIO ALCANTARA
pelo juízo a quo revogando a decisão que inverteu o ônus da MACHADO E OUTROS
prova, atribuindo a CEF a obrigação de apresentar os extratos APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
referentes às contas de poupança dos agravados, como ADVOGADO :NEUZA MARIA NEIVA DE SOUSA E
comprova a cópia acostada nos autos às fls. 325. OUTROS
7. Assim, verificando estar superada a questão posta, nego APELADO :LINO PEREIRA BELINHO CRUZ E
seguimento ao agravo de instrumento, por restar prejudicado, OUTROS
em face da perda do objeto, nos termos do art. 527, I, do CPC. ADVOGADO :SEM ADVOGADO
Publique-se. Intime-se. ORIGEM :DÉCIMA PRIMEIRA VARA FEDERAL
Oportunamente, dê-se baixa na distribuição e encaminhem-se DO RIO DE JANEIRO (9900592875)
os autos à Vara de origem, para arquivamento, observados os
procedimentos de praxe. despacho
Rio de Janeiro, 02 maio de 2012. 1. Compulsando os autos, verifico que foram os mesmos
encaminhados, primeiramente, ao Juiz Federal Convocado Marcelo
Pereira da Silva, para verificação de possível prevenção em relação ao
mandado de segurança nº 1999.02.01.037680-2 e aos agravos de
instrumento nºs 2000.02.01.057552-9, 2004.02.01.013686-2 e
2004.02.01.013687-4.

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O ilustre juiz considerou que, diante da existência do agravo de
instrumento nº 99.02.23609-0, o qual foi distribuído anteriormente ao
feitos acima mencionados, inexistiria prevenção (fls. 371/372).
Sendo assim, o feito foi a mim encaminhado, para verificação de
possível prevenção com o agravo de instrumento nº
2001.02.01.008829-5, da relatoria do então Desembargador Federal Municipal Herculano Pinheiro, com carga horária de 32,5 horas
Benedito Gonçalves. semanais.
Foi proferido despacho, pela Juíza Federal Convocada Carmen Silvia O art. 37, XVI, “b”, da Constituição Federal de 1988 garante a
Lima de Arruda, reconhecendo a prevenção da Sexta Turma, nos acumulação de alguns cargos, in verbis:
termos do § 1º, art. 77, do Regimento Interno desta Corte. “XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto,
2. Entretanto, numa análise mais detida do tema, verifico que o agravo quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer
de instrumento nº 99.02.23609-0 foi distribuído, originariamente, à caso o disposto no inciso XI:
extinta Primeira Turma, tendo sido, posteriormente, redistribuído por a) a de dois cargos de professor;
dependência à Sétima Turma Especializada, sendo relator o b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
Desembargador Federal Sergio Shwaitzer. c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde,
3. Diante do exposto, não reconheço a prevenção apontada, tendo em com profissões regulamentadas”.
vista que existem diversos outros feitos distribuídos anteriormente ao Destarte, desde que haja compatibilidade de horários, é possível
agravo de instrumento nº 2001.02.01.008829-5. acumular os cargos em referência.
Revogo o despacho de fls. 374. No caso em exame, o Agravante junta aos autos declarações
À DIDRA, para que remeta os autos ao Desembargador Federal que, comprovando a existência de compatibilidade dos horários, conforme
atualmente, é o responsável pelo acervo do Desembargador Federal se infere às fls. 56/57.
Sergio Shwaitzer na Sétima Turma Especializada. Sendo assim, desde que comprovada a compatibilidade de horários,
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012. como, de fato, ocorreu no caso em análise, não há que se falar em
GUILHERME CALMON NOGUEIRA DA GAMA limitação da jornada de trabalho. Entendimento contrário implicaria,
Relator sem amparo legal, criar requisito adicional para a acumulação de
cargos.
Nesse sentido, merecem destaque os seguintes precedentes:
ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. PRETENSÃO DE
SUBSECRETARIA DA 7A.TURMA ESPECIALIZADA ACUMULAÇÃO DE CARGOS. PROFISSIONAL DA SAÚDE.
ALEGADA VIOLAÇÃO DO ART. 118 DA LEI N. 8.112/90. NÃO
BOLETIM: 126842 OCORRÊNCIA. COMPROVAÇÃO DA COMPATIBILIDADE
ENTRE OS HORÁRIOS DE TRABALHO. ACÓRDÃO
RECORRIDO FUNDAMENTADO EM FATOS E PROVAS.
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.001712-2 REVISÃO DO JULGADO. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA
Nº CNJ :0001712-13.2012.4.02.0000 SÚMULA 7 DO STJ. 1. Esta Corte firmou o entendimento de que é
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL REIS licita a acumulação de cargos públicos, bastando, tão somente, que o
FRIEDE servidor comprove a compatibilidade entre os horários de trabalho, a
AGRAVANTE :HELOISA MORAIS DOS SANTOS teor do que preceitua o § 2º, do art. 118 da Lei n. 8.112/90. 2. Não há,
ADVOGADO :GUSTAVO AFONSO MELLO BERNER ressalte-se, qualquer restrição quanto ao número total de horas diárias
(MG86887B) E OUTRO ou semanais a serem suportados pelo profissional, até porque a redação
AGRAVADO :UNIAO FEDERAL do retrocitado dispositivo segue a regra do art. 37, inciso XVI, da
ORIGEM :VIGÉSIMA PRIMEIRA VARA Constituição da República de 1988. 3. O Tribunal de origem, soberano
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO na análise das provas carreadas nos autos, verificou a compatibilidade
(201151010159984) de horários entre os cargos ocupados pela agravada. Sendo assim,
revisar tal entendimento, a fim de caracterizar a violação do § 2º, do
DECISÃO dispositivo legal supra referido, demandaria o revolvimento do acervo
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por Heloisa Morais dos fático-probatório dos autos, o que não se admite em sede de recurso
Santos, com pedido de Antecipação dos Efeitos da Tutela Recursal, em especial, a teor da Súmula 7/STJ. 4. Agravo regimental não provido.
face de Decisão Interlocutória proferida pelo MM. Juízo da 21ª Vara (AGRESP 201001107850 AGRESP - AGRAVO REGIMENTAL NO
Federal do Rio de Janeiro, que indeferiu a antecipação de tutela RECURSO ESPECIAL – 1198868 Relator(a) BENEDITO
pretendida. GONÇALVES Sigla do órgão STJ Órgão julgador PRIMEIRA
A Parte Agravante objetiva que a Administração se abstenha de TURMA Fonte DJE DATA:10/02/2011)
praticar qualquer ato que vise a restringir ou obstar a plena acumulação EMENTA ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO.
remunerada de dois cargos públicos de profissional de saúde. CUMULAÇÃO REMUNERADA. CARGOS PÚBLICOS. ART. 37,
Pedido de antecipação da tutela recursal parcialmente deferido às fls. XVI, DA CRFB/88. LEI Nº. 8.112/90. CARGA HORÁRIA
128/131. SEMANAL SUPERIOR A SESSENTA HORAS.
Contrarrazões às fls. 135/143. COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS. AFERIÇÃO CONCRETA.
Parecer do Ministério Público Federal às fls. 146/150, opinando pelo PRECEDENTES DO TCU, CORTES SUPERIORES E REGIONAIS.
provimento do recurso. PROVIMENTO RECURSAL. - Controvérsia quanto à manutenção de
Relatei. Decido: dois cargos de Profissional de Enfermagem, um de Auxiliar de
A Agravante ajuizou a presente ação a fim de que seja reconhecido seu Enfermagem no Hospital da UFRJ, lotada no Instituto de Psiquiatria
direito de acumular os cargos de Auxiliar de Enfermagem no Hospital PMG, e outro no Hospital da Lagoa. - A acumulação de cargos
Geral de Bonsucesso, com carga horária de 30 horas e no Hospital depende da compatibilidade de horários e não da compatibilidade de
jornadas de trabalho, devendo ser aferida concretamente e não em um
plano abstrato, como deseja a Administração, invadindo a esfera de
atuação do Poder Legislativo ao criar uma nova condição para
cumulatividade. -. A incompatibilidade de horários apontada pela
União baseou-se somente no limite de 60 horas semanais, não restando

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constatada de forma específica, nem pautada em procedimento
administrativo. - É cabível a acumulação de cargos que resulte em uma
jornada semanal total superior a 60 horas, desde que seja demonstrada
sua viabilidade no caso concreto. Precedentes do Supremo Tribunal
Federal (RE 351.905/RJ, Min. ELLEN GRACIE, DJ. 01.07.2005), do
Superior Tribunal de Justiça (AGRG NO AG 1007619/ RJ, Min. Relator
ARNALDO ESTEVES LIMA, DJ. 03.6.2008) e do Tribunal de Contas
da União (Min. AROLDO CEDRAZ, AC-1868-27/10-P, Plenário, j.
28.07.2010; Acórdão 5257/2009, Voto condutor Min. BENJAMIN
ZYMLER, j. 06.10.2009). - Importante aspecto a ser ainda observado é
o prazo de que dispõe a Administração para a anulação de seus atos, III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.003448-0
sendo certo que, apuradas irregularidades que os viciem, o Nº CNJ :0003448-66.2012.4.02.0000
desfazimento não pode prescindir da participação dos envolvidos, a RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL REIS
quem se deve assegurar as garantias do devido processo legal, FRIEDE
contraditório e ampla defesa (inciso LV do art. 5º). - Apelo provido. AGRAVANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
(AC 201051010028800 AC - APELAÇÃO CIVEL – 521664 Sigla do ADVOGADO :MARIA FRANCINETTE PENNA
órgão TRF2 Órgão julgador QUINTA TURMA ESPECIALIZADA (RJ028819) E OUTROS
Fonte - Data::11/01/2012) AGRAVADO :OMAR FLOURCKOYA DA SILVA
EMENTA CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO - ADVOGADO :SEM ADVOGADO
PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM - ACUMULAÇÃO DE ORIGEM :DÉCIMA OITAVA VARA FEDERAL
CARGOS - CARGA HORÁRIA TOTAL DE SESSENTA E DO RIO DE JANEIRO
QUATRO HORAS SEMANAIS - POSSIBILIDADE - SENTENÇA (200851010206392)
REFORMADA. 1. O impedimento de acumulação remunerada de
cargos públicos tem seus limites estritamente definidos no artigo 37, DECISÃO
XVI, •a–, •b– e •c–, da Constituição Federal. 2. Nos presentes autos, Trata-se de Agravo de Instrumento, interposto pela Caixa Econômica
verifica-se que a impetrante exerce as atribuições do cargo de Federal, com pedido de efeito suspensivo, em face de decisão
Enfermeira, no Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, interlocutória proferida pelo MM. Juízo da 18ª Vara Federal da Seção
com jornada de trabalho de 40 (quarenta) horas semanais, e cumpre Judiciária do Rio de Janeiro/RJ, que indeferiu o pedido de expedição
carga horária de 24 (vinte e quatro) horas junto ao Hospital Estadual de ofícios à órgãos públicos, objetivando a localização do endereço do
Azevedo Lima, o que resultaria uma carga horária total de 64 (sessenta devedor nos autos da Ação de Execução por Título Extrajudicial nº
e quatro) horas semanais. 3. A Constituição Federal, em seu art. 37, 2008.5101.020639-2, bem como determinou à CEF que forneça novo
XVI, bem como a Lei 8.112/90, em seu art. 118, § 2°, condicionam a endereço do devedor no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de extinção.
acumulação de cargos públicos à compatibilidade de horários, não Pedido de efeito suspensivo deferido às fls. 120/123.
havendo qualquer previsão de carga horária máxima, de modo que tais Sem contrarrazões.
dispositivos devem ser interpretados em consonância com os demais
princípios que regem o ordenamento jurídico. 4. O Parecer GQ-145 da É o Relatório. Decido.
AGU não tem força normativa que possa preponderar sobre a garantia A teor da dominante jurisprudência do Egrégio Superior Tribunal de
constitucional. 5. Com relação aos profissionais da área de saúde, a Justiça, firmou-se o entendimento de que, em sede judicial, o
questão há de ser examinada caso a caso, não se podendo prejudicar a deferimento de pedido de expedição de ofícios à Secretaria da Receita
demandante por mera presunção de que a realização de jornada de Federal, ao Banco Central do Brasil e/ou a instituições públicas ou
trabalho superior a sessenta horas compromete a qualidade do serviço privadas, com o fito de obter informações sigilosas ou não sobre
prestado. 6. Recurso de apelação provido. Sentença reformada. pessoas físicas e/ou jurídicas, apenas é viável em hipóteses
(AC 200951010244294 AC - APELAÇÃO CIVEL – 506741 Sigla do excepcionais e após a comprovação de que diligenciou o requerente, de
órgão TRF2 Órgão julgador SEXTA TURMA ESPECIALIZADA modo exaustivo, por seus meios próprios e disponíveis, no sentido de
Fonte - Data::23/11/2011) obter ditas informações.
Todavia, cumpre ressalvar, expressamente, a possibilidade de Neste sentido:
verificação da alegada incompatibilidade no caso concreto, mediante “(...) O STJ firmou entendimento de que a quebra de sigilo fiscal ou
regular processo administrativo, vale dizer, cabe à Administração bancário do executado para que o exeqüente obtenha informações
Pública comprovar a incompatibilidade efetiva dos horários, quer pelo sobre a existência de bens do devedor inadimplente é admitida somente
controle de ponto, quer pela existência de sobreposição de horários dos após terem sido esgotadas as tentativas de obtenção dos dados na via
serviços em cada órgão, quer pela prestação inadequada do servido extrajudicial(...)” (STJ – 4ª T., AGRESP nº 1135568, Rel. João Otávio
diante da sobrecarga de atividades. de Noronha, DJ de 28/05/2010)
Por todo o exposto, e considerando o determinado na Lei nº 9.756, de “(...) 1. A quebra do sigilo bancário em execução fiscal pressupõe o
17.12.98, que dispõe sobre o processamento de recursos no âmbito dos esgotamento de todos os meios de obtenção pela Fazenda de
tribunais, - e levando-se, ainda, em conta a nova redação por ela dada informações sobre a existência de bens do devedor, restando
ao artigo 557, §1º-A, do Código de Processo Civil, dou parcial infrutíferas as diligências nesse sentido, porquanto é assente nesta
provimento ao Agravo de Instrumento, para determinar que a Corte que o juiz da execução fiscal somente deve deferir pedido de
Administração de abstenha de praticar qualquer ato que vise restringir ou expedição de ofício à Receita Federal e ao BACEN, após o exeqüente
obstar a acumulação de cargos da Parte Agravante, ressalvando comprovar não ter logrado êxito em suas tentativas. 2. Precedentes do
expressamente a possibilidade de verificação da incompatibilidade no STJ: REsp 903.717/MS (DJ de 26.03.2007); REsp 504.936/MG (DJ de
caso concreto, mediante regular processo administrativo. 30.10.2006); REsp 504.936/MG (DJ de 30.10.2006); REsp 851.325/SC
Publique-se. Intimem-se. (DJ de 05.10.2006); AgRg no REsp 504.250/RS (DJ de 19.09.2005).
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012. (...)” (STJ – 1ª T., AGA nº 1010872, Rel. Luiz Fux, DJ de 15/09/2008)
Reis Friede “(...) 1. A Corte não tem admitido, salvo em situações excepcionais, a
expedição de ofício à Receita Federal para a obtenção de informações
sobre os bens do executado, de caráter sigiloso. Todavia, a restrição
não merece existir se trata, apenas, de pedido de endereço do devedor,
não envolvendo sigilo fiscal, não sendo razoável impedir-se a
providência, uma das medidas ao alcance do credor para satisfazer o

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seu crédito pela via judicial.
2. Recurso especial conhecido e provido.”
(STJ - 3ª T., RESP nº 236704, Rel. Carlos Alberto Menezes Direito, DJ
de 12/06/2000)
Tal entendimento, também é corroborado neste Tribunal, in verbis:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL. NÃO AGRAVANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
LOCALIZAÇÃO DOS RÉUS. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIOS PELO SOCIAL - INSS
JUÍZO. DILIGÊNCIA DO EXEQUENTE. 1. Trata-se de Agravo de PROCURADOR :THIAGO DE BRAGANCA DOIN
Instrumento interposto pela CAIXA ECONÔMICA FEDERAL –CEF AGRAVADO :GEORGINA DOS SANTOS VIANA
em face de B3 COMÉRCIO E REPRESENTAÇOES LTDA E ADVOGADO :SEM ADVOGADO
OUTROS, objetivando cassar a decisão proferida pelo Juízo da 17a ORIGEM :2A VARA FEDERAL DE EXECUÇÃO
Vara Federal – Seção Judiciária do Rio de Janeiro, que indeferiu o FISCAL DE SÃO JOÃO DE
pedido de expedição de ofícios aos órgãos públicos requerido pela (200651100052381)
Agravante. 2. Assiste razão a Agravante, na medida em que
demonstrou diligência em suas tentativas de localizar o endereço dos DECISÃO
réus, conforme se depreende dos documentos de fls. 56/66 e de fls.74. Trata-se de Agravo de Instrumento, com pedido de antecipação da
3. Recurso provido. tutela recursal, interposto pelo Instituto Nacional do Seguro Social-
(AG 201002010148955 AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO – INSS em face de Decisão Monocrática proferida pelo MM Juízo da 2ª
193398 Relator(a) Desembargador Federal POUL ERIK DYRLUND Vara Federal de São João de Meriti, que indeferiu o requerimento de
Sigla do órgão TRF2 Órgão julgador OITAVA TURMA renovação da diligência de penhora on line dos ativos financeiros
ESPECIALIZADA Fonte E-DJF2R - Data::11/05/2011 - existentes em nome da executada, ora Agravada.
Página::415/416) A Parte Agravante sustenta que o pedido de renovação da penhora on
AGRAVO INTERNO. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO À SECRETARIA line encontra previsão no próprio manual do BACENJUD. Aduz,
DA RECEITA FEDERAL. ENDEREÇO DO RÉU. I – A teor da ainda, que todo esforço possível deve ser empregado para a satisfação
dominante jurisprudência do Egrégio Superior Tribunal de Justiça, do crédito tributário.
firmou-se o entendimento de que, em sede judicial, o deferimento de É o Relatório. Decido.
pedido de expedição de ofício à Secretaria da Receita Federal, ao O objeto do presente recurso cinge-se ao pedido de reiteração da ordem
Banco Central do Brasil e/ou a instituições públicas ou privadas judicial para que as instituições financeiras informem acerca da
detentoras de informações sigilosas ou não sobre pessoas físicas e/ou existência de ativos financeiros em nome da executada.
jurídicas, com o fito de obtê-las (a) para identificar o paradeiro e a É cediço que a execução deve se realizar do modo menos gravoso
situação jurídica destas, (b) para localizar bens passíveis de constrição possível para o executado, mas sempre em favor do credor.
judicial executória, ou, ainda, (c) para fins de instrução de processo Atualmente, a penhora em dinheiro através do sistema BACEN-JUD,
judicial apenas é viável em hipóteses excepcionais e após a traduz-se no melhor mecanismo para viabilizar a efetiva realização do
comprovação de que diligenciou o requerente, de modo exaustivo, por direito de crédito, tendo em vista que afasta a demora e o custo do
seus meios próprios e disponíveis, no sentido de obter ditas procedimento destinado à transformação de bem penhorado em
informações. II – Agravo Interno improvido. dinheiro.
(AG 200802010148640 AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO – Tal mecanismo permite, inclusive, garantir a exata quantia necessária à
169548 Relator(a) Desembargador Federal REIS FRIEDE Sigla do plena satisfação do credor, restando para o executado, tão somente, o
órgão TRF2 Órgão julgador SÉTIMA TURMA ESPECIALIZADA dever de pagar, nos termos do artigo 652, do CPC.
Fonte DJU - Data::19/11/2008 - Página::166) Compulsando os autos, verifica-se que a primeira ordem de penhora
In casu, demonstrou a CEF ter diligenciado, no sentido de encontrar o on-line, via Sistema BACEN-JUD, foi cumprida em 17/07/2008 (fl.
endereço do devedor, conforme se verifica às fls. 95/109, restando 25), resultando infrutífera em razão de saldo irrisório nas contas da
infrutíferas todas as diligências. Agravada.
Por todo o exposto, e considerando o determinado na Lei nº 9.756, de Entretanto, o resultado ineficaz da determinação de bloqueio de ativos
17.12.98, que dispõe sobre o processamento de recursos no âmbito dos financeiros não deve impedir a renovação da medida, mesmo porque,
tribunais, - e levando-se, ainda, em conta a nova redação por ela dada conforme prescreve o artigo 591 do CPC, o devedor responde, para o
ao art. 557, §1º-A, do Código de Processo Civil, dou provimento ao cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens presentes e
Agravo de Instrumento, para determinar a expedição de ofícios às futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei.
empresas de telefonia fixa e móvel, bem como para as concessionárias Ademais, o sistema contribui significativamente para o desfecho dos
de serviço público, objetivando a localização do endereço do devedor processos executivos, proporcionando aos órgãos jurisdicionais
nos autos da Ação de Execução por Título Extrajudicial nº desafogar-se de execuções fiscais cujas diligências, para a localização
2008.5101.020639-2. de bens, demandam longos períodos de tempo.
Publique-se. Intimem-se. Importante destacar, ainda, que a atual redação do artigo 655 do CPC,
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012. após a alteração promovida pela Lei nº 11.383/2006, que institui a
Reis Friede ordem dos bens a ser observada na penhora, de acordo com o princípio
Relator da menor onerosidade para o devedor, prevê, em seu inciso I, ou seja, o
primeiro na ordem da menor onerosidade, a penhorabilidade do
“dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição
financeira”. Assim, a aplicação da penhora on-line sobre ativos
financeiros do devedor, no limite do valor executado, não ofende o
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2010.02.01.006997-6 referido princípio.
Nº CNJ :0006997-55.2010.4.02.0000 Neste sentido, os seguintes julgados do Eg. Superior Tribunal de
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL REIS Justiça:
FRIEDE AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.
EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA ON-LINE. BACEN JUD.
EXAURIMENTO DAS DILIGÊNCIAS PARA A LOCALIZAÇÃO
DE BENS PASSÍVEIS DE PENHORA. DESNECESSIDADE.
EXECUÇÃO POSTERIOR À VIGÊNCIA DA LEI Nº 11.382/2006.
AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. 1. É firme a jurisprudência

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do Superior Tribunal de Justiça em que, após as modificações
introduzidas pela Lei nº 11.382/2006, o bloqueio de ativos financeiros
pelo Sistema BACENJUD prescinde do esgotamento das diligências
para a localização de outros bens passíveis de penhora. 2. Agravo
regimental improvido.
(STJ – AgRg no Ag 1230232/RJ – AGRAVO REGIMENTAL NO PRIMEIRA TURMA - Data do Julgamento 17/12/2009 - DJe
AGRAVO DE INSTRUMENTO 2009/0177190-2 – Ministro 02/02/2010; AgRg no REsp 1066784/RS - AGRAVO REGIMENTAL
HAMILTON CARVALHIDO – PRIMEIRA TURMA – Data do NO RECURSO ESPECIAL 2008/0128767-3 - Relator(a) Ministro
Julgamento 17/12/2009 – DJe 02/02/2010). FRANCISCO FALCÃO - PRIMEIRA TURMA - Data do Julgamento
TRIBUTÁRIO. TAXA DE COOPERAÇÃO E DEFESA DA 02/10/2008 - Publicação/Fonte DJe 20/10/2008. 5. In casu, entendo que
ORIZICULTURA. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA ON LINE. o juízo deverá adotar as providências no sentido de renovar o pedido de
VIOLAÇÃO AOS ARTS. 165, 535 E 620 DO CPC AFASTADAS. aplicação do convênio BACENJUD, a fim de promover a penhora on-
ARTIGO 655, INCISO I, DO CPC (REDAÇÃO DA LEI Nº line de ativos financeiros da agravada, no limite do débito exequendo.
11.382/2006). REQUERIMENTO FEITO NO REGIME POSTERIOR. 6. As alegações da recorrente possuem plausibilidade jurídica e são
POSSIBILIDADE. (omissis) III - Ademais, na época em que foi suficientes para justificar o atendimento do pedido. 7. Agravo
pleiteada a medida constritiva estava em vigor o novel artigo 655, I, do conhecido e provido.
CPC, com a redação da Lei nº 11.382/2006, o qual erige como bem (AG 201002010113163 AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO –
preferencial na ordem de penhora os depósitos e as aplicações em 191515 Relator(a) Desembargador Federal JOSE FERREIRA NEVES
Instituições Financeiras. Assim, objetivando cumprir a lei de execuções NETO Sigla do órgão TRF2 Órgão julgador TERCEIRA TURMA
fiscais e o Código de Processo Civil, é válida a utilização do sistema ESPECIALIZADA Fonte E-DJF2R - Data::24/01/2011 - Página::15)
BACEN JUD para a localização do bem (dinheiro) em instituição AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. PENHORA ON
financeira. IV - Acrescente-se ainda que esta Corte firmou LINE. PEDIDO DE RENOVAÇÃO DA DILIGÊNCIA.
entendimento no sentido de que é possível a penhora do dinheiro DEFERIMENTO DO PEDIDO. INDISPONIBILIDADE DOS BENS
existente em conta-corrente, sem que isso configure ofensa ao princípio DA EXECUTADA. ART. 185-A DO CTN. EXPEDIÇÃO DE
previsto no art. 620 do CPC, segundo o qual a execução deve ser feita OFÍCIOS A ÓRGÂOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
da forma menos gravosa para o devedor. Precedentes: AgRg no Ag nº IMPOSSIBILIDADE. 1. Trata-se de agravo de instrumento em face da
702.913/RJ, Rel. Min. JORGE SCARTEZZINI, DJ de 19/06/2006; decisão que indeferiu os pedidos de reiteração da constrição via
REsp nº 728.484/SP, Rel. Min. TEORI ALBINO ZAVASCKI, DJ de BACEN JUD e de expedição de diversos ofícios, com base no art. 185-
07/11/2005 e AgRg na MC nº 9.138/SP, Rel. Min. DENISE A do CTN. 2- Atualmente a penhora on line é regulamentada pelo art.
ARRUDA, DJ de 14/03/2005. V - Agravo regimental improvido. 655-A do CPC. Trata-se de modalidade jurídica diferente da prevista
(STJ - AgRg no REsp 1066784/RS - AGRAVO REGIMENTAL NO no art. 185-A do CTN. A penhora é garantia processual do débito sob a
RECURSO ESPECIAL 2008/0128767-3 - Relator(a) Ministro execução; já a indisponibilidade é medida cautelar incrustada no
FRANCISCO FALCÃO - PRIMEIRA TURMA - Data do Julgamento processo de execução com a finalidade de buscar resguardar, através de
02/10/2008 - Publicação/Fonte DJe 20/10/2008). um bloqueio amplo e geral, o resultado do processo de execução,
In casu, entendo que o Juízo deverá adotar as providências no sentido quando todas as tentativas de penhora tenham sido frustradas. 3. Tanto
de renovar o pedido de aplicação do convênio BACENJUD, a fim de a penhora de dinheiro on line, estabelecida pelo art. 655-A do CPC,
promover a penhora on-line de ativos financeiros da agravada, no quanto a indisponibilidade cautelar de bens, instituída no art. 185-A do
limite do débito exequendo. CTN, exigem prévia citação da parte contrária. 4. A decisão agravada
Nesse sentido: deve ser reformada, neste ponto, na medida em que é possível a
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA existência de numerário na conta bancária em nome da executada nas
BACENJUD. REITERAÇÃO. POSSIBILIDADE. ORDEM LEGAL instituições financeiras, considerando-se o decurso de mais de 17
DE PREFERÊNCIA. ARTIGO 655, DO CPC. 1. O resultado ineficaz meses, sendo esta mais uma tentativa de se localizar valor suficiente
da determinação de bloqueio de ativos financeiros não deve impedir a para saldar a dívida fiscal em questão. 5. Conforme pacífica orientação
renovação da medida. 2. O ato judicial atacado não deu à hipótese do Eg. STJ, somente em hipótese excepcionais e desde que
razoável interpretação jurídica. É certo que, conforme estabelece o art. comprovado que o exeqüente esgotou todos os meios à sua disposição
130 do CPC, cabe ao juiz indeferir diligências inúteis, mas não é o a fim de obter informações sobre a localização do executado e/ou de
caso. 3. Entretanto, a penhora on-line, via Sistema BACENJUD, bens passíveis de penhora, é lícito ao juiz requisitar informações de
representa um dos mais modernos mecanismos de execução forçada. órgãos públicos acerca do devedor e seu patrimônio, no exclusivo
Não pode ser desprezado, pois proporciona efetiva celeridade na interesse do credor. 6. É ônus da exequente a localização de bens
prestação jurisdicional. O sistema contribui significativamente para o passíveis de penhora, evitando que o Poder Judiciário fique
desfecho dos processos executivos, proporcionando aos órgãos assoberbado com a expedição de ofícios a instituições públicas ou
jurisdicionais desafogar-se de execuções fiscais cujas diligências, para privadas, com o objetivo de identificar o paradeiro e a situação jurídica
a localização de bens, demandam longos períodos de tempo. 4. dos bens passíveis de constrição judicial executória, de interesse da
Importante destacar, ainda, que a atual redação do art. 655 do CPC, parte exequente. 7. Agravo de instrumento a que dá parcial
após a alteração promovida pela Lei nº 11.383/2006, que institui a provimento.
ordem dos bens a ser observada na penhora, de acordo com o princípio (AG 201002010082233 AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO –
da menor onerosidade para o devedor, prevê, em seu inciso I, ou seja, o 189523 Relator(a) Desembargador Federal LUIZ ANTONIO SOARES
primeiro na ordem da menor onerosidade, a penhorabilidade do Sigla do órgão TRF2 Órgão julgador QUARTA TURMA
“dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição ESPECIALIZADA Fonte E-DJF2R - Data::21/03/2011 - Página::233)
financeira”. Assim, a aplicação da penhora on-line sobre ativos Assim, por todos os motivos elencados, DEFIRO a antecipação da
financeiros do devedor, no limite do valor executado, não ofende o tutela recursal, para determinar ao Juízo a quo que proceda nova
referido princípio. Precedentes do STJ: AgRg no Ag 1230232/RJ - diligência de penhora on line através do sistema BACEN-JUD nas
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO contas bancárias e aplicações financeiras da executada GEORGINA
2009/0177190-2 - Ministro HAMILTON CARVALHIDO - VIANA DOS SANTOS (CPF nº 013.104.347-19).
Ressalte-se, entretanto, que, oportunamente, a presente decisão poderá
ser revista pelo Colegiado desta E. Turma, - com maiores elementos,
após a oitiva da Agravada -, quando do julgamento do mérito do
recurso.
Considerando a faculdade conferida pelo art. 527, IV, do CPC, deixo

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de requisitar informações ao Juízo a quo, em face da desnecessidade da
mesma, ante a plena suficiência motivadora consignada em suas razões
de decidir.
Oficie-se, entretanto, ao Juízo a quo, encaminhando a cópia da
presente decisão.
Intime-se a Parte Agravada, para contrarrazões. Pedido de efeito suspensivo indeferido às fls. 110/114.
Após, ao MPF. Contrarrazões às fls. 121/133.
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012. Parecer do MPF opinando pelo desprovimento do recurso, às fls.
Reis Friede 138/141.
Relator Relatei. Decido.
O artigo 37, XVI, “b”, da Constituição Federal de 1988 garante a
acumulação de alguns cargos públicos, in verbis:
“XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto,
quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.001498-4 caso o disposto no inciso XI:
Nº CNJ :0001498-22.2012.4.02.0000 a) a de dois cargos de professor;
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL REIS b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
FRIEDE c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde,
AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL com profissões regulamentadas”.
AGRAVADO :EDUARDO CASA GRANDE Destarte, desde que haja compatibilidade de horários, é possível
FERREIRA acumular os cargos em referência. No caso em exame, o Agravante
ADVOGADO :WELDER RAMOS PINTO (ES016394) junta aos autos declarações comprovando a existência de
ORIGEM :TRIGÉSIMA SEGUNDA VARA compatibilidade dos horários, conforme se infere às fls. 78/79.
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Sendo assim, desde que comprovada a compatibilidade de horários,
(201151010191582) como, de fato, ocorreu no caso em análise, não há que se falar em
limitação da jornada de trabalho. Entendimento contrário implicaria,
DECISÃO sem amparo legal, criar requisito adicional para a acumulação de
Em vista de ter sido proferida Sentença nos autos do processo original, cargos.
reconheço a perda de objeto do Agravo de Instrumento e nego-lhe Nesse sentido, merecem destaque os seguintes precedentes:
seguimento, nos termos do artigo 529, do CPC. ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
Após as formalidades de praxe, dê-se baixa na distribuição e remetam- ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. PRETENSÃO DE
se os autos ao Juízo de origem. ACUMULAÇÃO DE CARGOS. PROFISSIONAL DA SAÚDE.
Publique-se. Intime-se. ALEGADA VIOLAÇÃO DO ART. 118 DA LEI N. 8.112/90. NÃO
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012. OCORRÊNCIA. COMPROVAÇÃO DA COMPATIBILIDADE
Reis Friede ENTRE OS HORÁRIOS DE TRABALHO. ACÓRDÃO
Relator RECORRIDO FUNDAMENTADO EM FATOS E PROVAS.
REVISÃO DO JULGADO. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA
SÚMULA 7 DO STJ. 1. Esta Corte firmou o entendimento de que é
licita a acumulação de cargos públicos, bastando, tão somente, que o
servidor comprove a compatibilidade entre os horários de trabalho, a
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.001934-9 teor do que preceitua o § 2º, do art. 118 da Lei n. 8.112/90. 2. Não há,
Nº CNJ :0001934-78.2012.4.02.0000 ressalte-se, qualquer restrição quanto ao número total de horas diárias
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL REIS ou semanais a serem suportados pelo profissional, até porque a redação
FRIEDE do retrocitado dispositivo segue a regra do art. 37, inciso XVI, da
AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL Constituição da República de 1988. 3. O Tribunal de origem, soberano
AGRAVADO :ROBERTO DOS SANTOS BATISTA na análise das provas carreadas nos autos, verificou a compatibilidade
ADVOGADO :PATRICIA VAIRÃO CARELLI VIEIRA de horários entre os cargos ocupados pela agravada. Sendo assim,
ORIGEM :VIGÉSIMA QUARTA VARA FEDERAL revisar tal entendimento, a fim de caracterizar a violação do § 2º, do
DO RIO DE JANEIRO dispositivo legal supra referido, demandaria o revolvimento do acervo
(201151010178322) fático-probatório dos autos, o que não se admite em sede de recurso
especial, a teor da Súmula 7/STJ. 4. Agravo regimental não provido.
DECISÃO (AGRESP 201001107850 AGRESP - AGRAVO REGIMENTAL NO
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto pela União Federal, em RECURSO ESPECIAL – 1198868 Relator(a) BENEDITO
face de Decisão Interlocutória proferida pelo MM. Juízo da 24ª Vara GONÇALVES Sigla do órgão STJ Órgão julgador PRIMEIRA
Federal do Rio de Janeiro, que deferiu o requerimento de liminar para TURMA Fonte DJE DATA:10/02/2011)
que a autoridade impetrada se abstenha de praticar qualquer ato que EMENTA ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO.
vise restringir ou obstar a plena acumulação remunerada de dois cargos CUMULAÇÃO REMUNERADA. CARGOS PÚBLICOS. ART. 37,
públicos de Enfermeiro exercidos pelo Agravante, junto ao Hospital XVI, DA CRFB/88. LEI Nº. 8.112/90. CARGA HORÁRIA
Geral de Bonsucesso e ao Hospital Estadual Alberto Torres, ressalvado SEMANAL SUPERIOR A SESSENTA HORAS.
o direito da Administração de exigir assiduidade, pontualidade e COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS. AFERIÇÃO CONCRETA.
cumprimento dos demais deveres do servidor. PRECEDENTES DO TCU, CORTES SUPERIORES E REGIONAIS.
A Parte Agravante sustenta ser incabível a pretendida acumulação de PROVIMENTO RECURSAL. - Controvérsia quanto à manutenção de
cargos privativos de profissionais de saúde, uma vez que não restou dois cargos de Profissional de Enfermagem, um de Auxiliar de
comprovada a compatibilidade de horários. Enfermagem no Hospital da UFRJ, lotada no Instituto de Psiquiatria
PMG, e outro no Hospital da Lagoa. - A acumulação de cargos
depende da compatibilidade de horários e não da compatibilidade de
jornadas de trabalho, devendo ser aferida concretamente e não em um
plano abstrato, como deseja a Administração, invadindo a esfera de
atuação do Poder Legislativo ao criar uma nova condição para

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cumulatividade. -. A incompatibilidade de horários apontada pela
União baseou-se somente no limite de 60 horas semanais, não restando
constatada de forma específica, nem pautada em procedimento
administrativo. - É cabível a acumulação de cargos que resulte em uma
jornada semanal total superior a 60 horas, desde que seja demonstrada
sua viabilidade no caso concreto. Precedentes do Supremo Tribunal AGRAVANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
Federal (RE 351.905/RJ, Min. ELLEN GRACIE, DJ. 01.07.2005), do E OUTRO
Superior Tribunal de Justiça (AGRG NO AG 1007619/ RJ, Min. ADVOGADO :VINICIUS PEREIRA MARQUES
ARNALDO ESTEVES LIMA, DJ. 03.6.2008) e do Tribunal de Contas (RJ118627) E OUTROS
da União (Min. AROLDO CEDRAZ, AC-1868-27/10-P, Plenário, j. AGRAVADO :CARLOS JOSE DA SILVA
28.07.2010; Acórdão 5257/2009, Voto condutor Min. BENJAMIN ADVOGADO :VALDIR BORGES (RJ082127) E
ZYMLER, j. 06.10.2009). - Importante aspecto a ser ainda observado é OUTRO
o prazo de que dispõe a Administração para a anulação de seus atos, ORIGEM :TRIGÉSIMA VARA FEDERAL DO RIO
sendo certo que, apuradas irregularidades que os viciem, o DE JANEIRO (200751010203283)
desfazimento não pode prescindir da participação dos envolvidos, a
quem se deve assegurar as garantias do devido processo legal, DECISÃO
contraditório e ampla defesa (inciso LV do art. 5º). - Apelo provido. Trata-se de Agravo de Instrumento, com pedido de efeito suspensivo,
(AC 201051010028800 AC - APELAÇÃO CIVEL – 521664 Sigla do interposto pela Caixa Econômica Federal em face de Decisão
órgão TRF2 Órgão julgador QUINTA TURMA ESPECIALIZADA Monocrática proferida pela MM Juízo da 30ª Vara Federal que
Fonte - Data::11/01/2012) determinou a inversão do ônus da prova e o custeio dos honorários
EMENTA CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO - periciais pela CEF.
PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM - ACUMULAÇÃO DE Sustenta a agravante que a inversão do ônus da prova não se confunde
CARGOS - CARGA HORÁRIA TOTAL DE SESSENTA E com a obrigação de adiantamento de honorários periciais, eis que o
QUATRO HORAS SEMANAIS - POSSIBILIDADE - SENTENÇA artigo 33, do CPC, determina ao autor a incumbência do adiantamento
REFORMADA. 1. O impedimento de acumulação remunerada de da despesa decorrente da perícia, quando esta for requerida por ele ou
cargos públicos tem seus limites estritamente definidos no artigo 37, de ofício pelo juízo.
XVI, •a–, •b– e •c–, da Constituição Federal. 2. Nos presentes autos, Foi indeferido o pedido de efeito suspensivo.
verifica-se que a impetrante exerce as atribuições do cargo de Sem contrarrazões.
Enfermeira, no Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, É o Relatório. Decido.
com jornada de trabalho de 40 (quarenta) horas semanais, e cumpre Inicialmente, releva notar que a inversão do ônus da prova não se
carga horária de 24 (vinte e quatro) horas junto ao Hospital Estadual confunde com a obrigação de adiantamento dos honorários periciais.
Azevedo Lima, o que resultaria uma carga horária total de 64 (sessenta De acordo com o artigo 33 do CPC, incumbe ao autor o adiantamento
e quatro) horas semanais. 3. A Constituição Federal, em seu art. 37, da despesa decorrente de perícia, quando esta for requerida por ele, ou
XVI, bem como a Lei 8.112/90, em seu art. 118, § 2°, condicionam a determinada, de ofício, pelo juízo.
acumulação de cargos públicos à compatibilidade de horários, não Caso o autor não possua condições financeiras de arcar com as custas
havendo qualquer previsão de carga horária máxima, de modo que tais devidas, cabe-lhe pedir o deferimento da gratuidade de justiça,
dispositivos devem ser interpretados em consonância com os demais passando, desta forma, ao Poder Público, o ônus decorrente desse
princípios que regem o ordenamento jurídico. 4. O Parecer GQ-145 da pagamento.
AGU não tem força normativa que possa preponderar sobre a garantia Neste sentido:
constitucional. 5. Com relação aos profissionais da área de saúde, a PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO
questão há de ser examinada caso a caso, não se podendo prejudicar a MONITÓRIA. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. HONORÁRIOS
demandante por mera presunção de que a realização de jornada de DE PERITO. ADIANTAMENTO POR PARTE DA CEF.
trabalho superior a sessenta horas compromete a qualidade do serviço DESCABIMENTO. I)Pretende a agravante a reforma da decisão que,
prestado. 6. Recurso de apelação provido. Sentença reformada. em embargos à ação monitória que ela ajuizou contra os agravados,
(AC 200951010244294 AC - APELAÇÃO CIVEL – 506741 Sigla do determinou que ela antecipasse o pagamento dos honorários periciais,
órgão TRF2 Órgão julgador SEXTA TURMA ESPECIALIZADA fixados em R$ 1.200,00 (mil de duzentos reais). A perícia, no caso, foi
Fonte - Data::23/11/2011) requerida pelos agravados. II)A inversão do ônus da prova não se
Por todo o exposto, e considerando o determinado na Lei nº 9.756, de confunde com a obrigação de adiantamento dos honorários periciais.
17.12.98, que dispõe sobre o processamento de recursos no âmbito dos De acordo com o art. 33 do CPC, incumbe ao autor o adiantamento da
tribunais, - e levando-se, ainda, em conta a nova redação por ela dada despesa decorrente de perícia, quando esta for requerida por ele, ou
ao artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego provimento ao determinada, de ofício, pelo juízo. Caso o autor não possua condições
Agravo de Instrumento. financeiras de arcar com as custas devidas, cabe-lhe pedir o
Publique-se. Intimem-se. deferimento da gratuidade de justiça, passando, desta forma, ao Poder
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012. Público, o ônus decorrente desse pagamento. III)Agravo de
Reis Friede instrumento provido.
Relator (AG 200402010102657 AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO –
130780 Relator(a) Desembargador Federal ANTONIO CRUZ NETTO
Sigla do órgão TRF2 Órgão julgador QUINTA TURMA
ESPECIALIZADA Fonte DJU - Data::28/01/2008 - Página::495)
PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. CEF. SFH.
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.010195-5 DETERMINAÇÃO DE PROVA PERICIAL - CABIMENTO. I- A
Nº CNJ :0010195-66.2011.4.02.0000 alegação de que foram cobrados valores superiores aos devidos enseja
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL REIS a a realização da prova pericial necessária ao julgamento do feito,
FRIEDE devendo ser mantida. II- Dispondo o art. 332 do CPC que todos os
meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não
especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos,
em que se funda a ação, mostra-se a perícia essencial para afastar a
dúvida e ajudar na convicção do Juízo. III- Não possuindo o autor
condições financeiras de arcar com as custas devidas, cabe-lhe pedir o

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deferimento da gratuidade de justiça, passando, desta forma, ao Poder
Público o ônus decorrente desse pagamento, aplicando-se, neste caso, a
Resolução 227/CJF. IV- Recurso não provido.
(AG 200402010006280 AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO –
122587 Relator(a) Desembargador Federal ABEL GOMES Sigla do
órgão TRF2 Órgão julgador QUARTA TURMA Fonte DJU - ADVOGADO :FRIZIA STELLA NUNES DA SILVA
Data::07/10/2004 - Página::130) (RJ085487) E OUTROS
PROCESSUAL CIVIL. SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO. ORIGEM :DÉCIMA QUARTA VARA FEDERAL
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. HONORÁRIOS DE PERITO. DO RIO DE JANEIRO (0006968325)
ADIANTAMENTO POR PARTE DA CEF. IMPOSSIBILIDADE.
- A simples inversão do ônus da prova não tem o condão de repassar à DECISÃO
CEF – que não requereu a produção de prova pericial – o dever de Trata-se de Apelação Cível interposta pela CEF, nos autos de Ação de
suportar os honorários decorrentes dessa prova. Afinal, “não há procedimento Cautelar, cuja sentença julgou procedente o pedido em
qualquer conexão entre a inversão do ônus da prova, como relação aos requerentes HILDA MARIA CABRAL e ADELSON
estabelecido no Código do Consumidor (art. 6º, VIII) e a antecipação FERREIRA CAVALCANTE FILHO, condenando à Ré a proceder ao
dos honorários periciais.” (STJ. AG. n.º 380.753. Rel. Min. Cesar recálculo do valor das prestações, a fim de que os reajustes dos
Asfor Rocha. DJ de 06/06/2001). encargos não superem o índice da categoria profissional dos mutuários
- Caso a parte que postulou a prova pericial não tenha condições de e evitar qualquer medida constritiva sobre o imóvel. Quanto aos
arcar com os respectivos honorários, surge a possibilidade, em tese, de, demais requerentes, julgou-se o feito extinto e improcedente o pedido
uma vez deferida a gratuidade de justiça – o que não se sabe se formulado.
ocorreu – que o pagamento seja efetuado nos termos da Resolução n.º Irresignada, a Parte Ré insurgiu-se contra a Sentença, interpondo o
281 do Conselho da Justiça Federal, de 15 de outubro de 2002. presente recurso de Apelação às fls. 1326 e segs., onde requer
- Agravo de instrumento provido. conhecimento do agravo retido eventualmente interposto. No mérito,
(Agravo de Instrumento nº 103664/RJ, Relator: Desembargadora aduz que a CEF não descumpriu o PES/CP e que cabe ao autor o ônus
Federal Vera Lúcia Lima – Segunda Turma, DJU de 22/12/2004, pág. da prova de fato constitutivo de seu direito. Alega ainda que a sustação
114) da execução causa à Ré prejuízo e a todo SFH.
Na hipótese em tela, a prova pericial foi requerida pelos ora Os Apelados responderam nas fls. 1354 e segs.
Agravados, que possuem o beneficia da gratuidade de justiça. É o relatório. Passo a decidir.
Desta forma, deve ser observada a Resolução nº 558/2007, do Ação Revisional e Execução Extrajudicial do bem imóvel.
Conselho da Justiça Federal, que trata dos honorários periciais em No caso, questiona-se a possibilidade de se proceder à execução
causas que tramitam sob o pálio da assistência judiciária gratuita, extrajudicial de bem imóvel com base no DL 70/66, quando haja
estabelecendo que o valor mínimo para as especialidades que não pendência de ação revisional movida pelo mutuário. Assentou-se no
sejam da área de engenharia é de R$ 58,70 (cinqüenta e oito reais e Superior Tribunal de Justiça que se há concomitância de uma ação
setenta centavos) e o valor máximo de R$ 234,80 (duzentos e trinta e revisional ainda pendente, porque não transitada em julgado, debatendo
quatro reais e oitenta centavos), assistindo razão em parte à empresa cláusulas e procedimentos que deram origem à dívida exigida, a
pública, mormente considerando-se a ausência de complexidade que permitir-se a execução extrajudicial que rapidamente o retira do
justifique a sua fixação em valores acima do limite fixado. mutuário a propriedade do imóvel, estar-se-á frustrando sua defesa e
Por todo o exposto, e considerando o determinado na Lei nº 9.756, de tornando impossível ou difícil a reparação da lesão. Precedentes: REsp
17.12.98, que dispõe sobre o processamento de recursos no âmbito dos 462.629-RS.
tribunais, - e levando-se, ainda, em conta a nova redação por ela dada II. dA OBSERVÂNCIA AO PLANO DE EQUIVALÊNCIA
ao artigo 557, §1º-A, do Código de Processo Civil, dou provimento ao SALARIAL.
Agravo de Instrumento, para tornar sem efeito a decisão agravada, na Sobre a quaestio o financiamento foi concedido conforme as normas
parte em que determinou que a Caixa Econômica Federal antecipasse o do Sistema Financeiro da Habitação, prevendo em ambos os contratos
pagamento dos honorários periciais. Determino ainda, a realização da aplicação da UPC, não invalidando o reajuste também pela
perícia grafotécnica requerida, nos termos da Resolução nº 558/2007, equivalência salarial como critério adotado para o reajuste das
do Conselho da Justiça Federal , fixando a remuneração do expert em prestações.
R$ 234,80 (duzentos e trinta e quatro reais e oitenta centavos). Da leitura dos documentos juntados aos autos, às fls. 883 e segs
Publique-se. Intimem-se. depreende-se que o reajustamento da prestação e dos acessórios de Sra.
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012. HILDA foi pactuada a Equivalência Salarial, na mesma proporção da
Reis Friede variação da UPC, posteriormente, por força de liminar, aplicaram-se os
Relator índices apresentados no documento n. 03 – fl. 885. Saliente-se que o
Plano de Equivalência Salarial não constitui índice de correção
monetária, mas regra para cálculo das prestações a serem pagas pelos
mutuários, tendo em conta o seu salário.
Frise-se, ainda, que no tocante ao reajuste das prestações mensais dos
IV - APELACAO CIVEL 521720 1984.51.01.696832-5 contratos de mútuo regidos pelo Sistema Financeiro de Habitação, o
Nº CNJ :0696832-39.1984.4.02.5101 Eg. STJ tem-se manifestado no sentido da obrigatoriedade da
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL REIS observância das regras do Plano de Equivalência Salarial. Nesse
FRIEDE sentido:
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF “SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO. PLANO DE
ADVOGADO :BRUNO VAZ DE CARVALHO EQUIVALÊNCIA SALARIAL. SALDO DEVEDOR. ATUALIZAÇÃO.
(RJ097626) E OUTROS O Plano de Equivalência Salarial não constitui índice de correção
APELADO :ADELSON FERREIRA CAVALCANTE monetária, mas regra para cálculo das prestações a serem pagas pelo
FILHO E OUTRO mutuário, tendo em conta o seu salário.
A atualização do saldo devedor dos contratos, mesmo regidos pelo
Plano de Equivalência Salarial, segue as regras de atualização
próprias do Sistema Financeiro de Habitação.
Recurso especial conhecido, mas desprovido. (REsp 495.019 – DF.
Processo 2003/0009364-6). Ministro Carlos Alberto de Pádua

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Ribeiro. DJ 22/09/2004)
“CIVIL. CONTRATO. MÚTUO. SISTEMA FINANCEIRO DA
HABITAÇÃO. SALDO DEVEDOR. CORREÇÃO. PES.
INAPLICABILIDADE.
1 - Consoante pacificado pela Segunda Seção (Resp nº 495.019/DF) o
Plano de Equivalência Salarial - PES - aplica-se somente à correção julgou-se o feito extinto e improcedente o pedido formulado.
das prestações e não ao saldo devedor, que deverá sofrer incidência Irresignada, a Parte Ré insurgiu-se contra a Sentença, interpondo o
do índice pactuado. presente recurso de Apelação às fls. 994 e segs., onde requer
2 - Prevendo o contrato a incidência dos índices de correção dos conhecimento do agravo retido eventualmente interposto. No mérito,
saldos das cadernetas de poupança, legítimo é o uso da TR. aduz que a CEF não descumpriu o PES/CP e que cabe ao autor o ônus
3 - Recurso especial conhecido e provido.” da prova de fato constitutivo de seu direito.
(STJ, RESP 577075, Rel. Ministro FERNANDO GONÇALVES, Os Apelados responderam nas fls. 1001 e segs.
4ª É o relatório. Passo a decidir.
Turma, DJ 23/05/2005) I. dA OBSERVÂNCIA AO PLANO DE EQUIVALÊNCIA
No que toca ao contrato de ADELSON, foram aplicados os índices da SALARIAL.
categoria profissional constantes da Ação Cautelar em apenso e Sobre a quaestio o financiamento foi concedido conforme as normas
observou-se que as prestações cobradas pela Re diferem das calculadas do Sistema Financeiro da Habitação, prevendo em ambos os contratos
pela perícia, gerando um total pago a maior pelo mutuário de R$ aplicação da UPC, não invalidando o reajuste também pela
3.089,31 – em valores de OUT/2010 – Anexo 5 do laudo da pericial. equivalência salarial como critério adotado para o reajuste das
Assim, não merece reforma a r. sentença apelada, eis que a revisão das prestações.
prestações deve obedecer às normas do Plano de Equivalência Da leitura dos documentos juntados aos autos, às fls. 883 e segs
Salarial / Categoria Profissional, reajustando-as, conforme o PES, depreende-se que o reajustamento da prestação e dos acessórios de Sra.
atendendo às situações de cada caso peculiar e de acordo com o HILDA foi pactuada a Equivalência Salarial, na mesma proporção da
percentual do aumento salarial da categoria profissional a que variação da UPC, posteriormente, por força de liminar, aplicaram-se os
pertencem os mutuários, devendo este informar os índices de reajuste índices apresentados no documento n. 03 – fl. 885. Saliente-se que o
salarial. Plano de Equivalência Salarial não constitui índice de correção
Deixo de apreciar os eventuais Agravos Retidos solicitados pela CEF, monetária, mas regra para cálculo das prestações a serem pagas pelos
uma vez que não foram sequer interpostos. mutuários, tendo em conta o seu salário.
III. Da Síntese Conclusiva. Frise-se, ainda, que no tocante ao reajuste das prestações mensais dos
Isto posto, nos termos do art. 557, caput, do CPC, nego provimento ao contratos de mútuo regidos pelo Sistema Financeiro de Habitação, o
recurso de Apelação interposto pela CEF, mantendo-se in totum a r. Eg. STJ tem-se manifestado no sentido da obrigatoriedade da
sentença apelada. observância das regras do Plano de Equivalência Salarial. Nesse
Decorrido o prazo recursal, dê-se baixa e retornem os autos à Vara de sentido:
origem. “SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO. PLANO DE
P.I. EQUIVALÊNCIA SALARIAL. SALDO DEVEDOR. ATUALIZAÇÃO.
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012. O Plano de Equivalência Salarial não constitui índice de correção
Reis Friede monetária, mas regra para cálculo das prestações a serem pagas pelo
Relator mutuário, tendo em conta o seu salário.
A atualização do saldo devedor dos contratos, mesmo regidos pelo
Plano de Equivalência Salarial, segue as regras de atualização
próprias do Sistema Financeiro de Habitação.
Recurso especial conhecido, mas desprovido. (REsp 495.019 – DF.
IV - APELACAO CIVEL 521715 1985.51.01.733110-4 Processo 2003/0009364-6). Ministro Carlos Alberto de Pádua
Nº CNJ :0733110-05.1985.4.02.5101 Ribeiro. DJ 22/09/2004)
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL REIS “CIVIL. CONTRATO. MÚTUO. SISTEMA FINANCEIRO DA
FRIEDE HABITAÇÃO. SALDO DEVEDOR. CORREÇÃO. PES.
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF INAPLICABILIDADE.
ADVOGADO :BRUNO VAZ DE CARVALHO 1 - Consoante pacificado pela Segunda Seção (Resp nº 495.019/DF) o
(RJ097626) E OUTROS Plano de Equivalência Salarial - PES - aplica-se somente à correção
APELADO :ADELSON FERREIRA CAVALCANTE das prestações e não ao saldo devedor, que deverá sofrer incidência
FILHO E OUTRO do índice pactuado.
ADVOGADO :FRIZIA STELLA NUNES DA SILVA 2 - Prevendo o contrato a incidência dos índices de correção dos
(RJ085487) E OUTROS saldos das cadernetas de poupança, legítimo é o uso da TR.
ORIGEM :DÉCIMA QUARTA VARA FEDERAL 3 - Recurso especial conhecido e provido.”
DO RIO DE JANEIRO (0007331100) (STJ, RESP 577075, Rel. Ministro FERNANDO GONÇALVES,

DECISÃO Turma, DJ 23/05/2005)
Trata-se de Apelação Cível interposta pela CEF, nos autos de Ação de No que toca ao contrato de ADELSON, foram aplicados os índices da
procedimento Ordinário, cuja sentença julgou procedente o pedido em categoria profissional constantes da Ação Cautelar em apenso e
relação aos autores HILDA MARIA CABRAL e ADELSON observou-se que as prestações cobradas pela Re diferem das calculadas
FERREIRA CAVALCANTE FILHO, condenando à Ré a proceder ao pela perícia, gerando um total pago a maior pelo mutuário de R$
recálculo do valor das prestações e acessórios, a fim de que os 3.089,31 – em valores de OUT/2010 – Anexo 5 do laudo da pericial.
encargos do contrato de mútuo não superem a variação salarial da Assim, não merece reforma a r. sentença apelada, eis que a revisão das
categoria profissional aplicando o PES. Quanto aos demais autores, prestações deve obedecer às normas do Plano de Equivalência
Salarial / Categoria Profissional, reajustando-as, conforme o PES,
atendendo às situações de cada caso peculiar e de acordo com o
percentual do aumento salarial da categoria profissional a que
pertencem os mutuários, devendo este informar os índices de reajuste
salarial.

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Deixo de apreciar os eventuais Agravos Retidos solicitados pela CEF,
uma vez que não foram sequer interpostos.
II. Da Síntese Conclusiva.
Isto posto, nos termos do art. 557, caput, do CPC, nego provimento ao
recurso de Apelação interposto pela CEF, mantendo-se in totum a r.
sentença apelada. quando então passarão a incidir os índices oficiais de
Decorrido o prazo recursal, dê-se baixa e retornem os autos à Vara de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de
origem. poupança, nos termos do enunciado da Súmula 56 desta Corte
P.I. Regional.
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012. 6. Apelação conhecida e parcialmente provida.
Reis Friede ACÓRDÃO
Relator Vistos e relatados os presentes autos em que são partes as
acima indicadas, decide a Sétima Turma Especializada do
Tribunal Regional Federal da 2a Região, por unanimidade, dar
parcial provimento ao recurso, na forma do Relatório e do Voto,
que ficam fazendo parte do presente julgado.
BOLETIM: 126860 Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012. (data do julgamento).
JOSÉ ANTONIO LISBÔA NEIVA
Desembargador Federal
IV - APELACAO CIVEL 2008.51.01.020702-5 Relator
Nº CNJ :0020702-17.2008.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSÉ
ANTONIO NEIVA
APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 207735
PROCURADOR :HENRIQUE REZENDE DE 2011.02.01.017214-7
ALBUQUERQUE CESAR Nº CNJ :0017214-26.2011.4.02.0000
APELADO :BANCO MERCANTIL DO BRASIL S/A RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ
ADVOGADO :WELT CASTRO CASPARY RIBEIRO PAULO DA SILVA ARAUJO FILHO
E OUTROS AGRAVANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL -
ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DO RIO DE CEF
JANEIRO (200851010207025) ADVOGADO :IARA COSTA ANIBOLETE E
OUTROS
EMENTA AGRAVADO :ANTONIO CARLOS GONCALVES
PROCESSO CIVIL. AÇÃO DE REGRESSO. INSS E ADVOGADO :SEM ADVOGADO
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA PRIVADA. AÇÃO DE ORIGEM :TRIGÉSIMA VARA FEDERAL DO
INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS. DESCONTOS INDEVIDOS RIO DE JANEIRO
EM BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. CREDOR SOLIDÁRIO. (200951010229797)
ARTS. 275 E 283 DO CC. DUPLA CONDENAÇÃO EM
HONORÁRIOS. AÇÕES AUTÔNOMAS. EMENTA
1. O INSS e o BANCO MERCANTIL DO BRASIL S/A foram EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO. OMISSÃO.
condenados solidariamente ao pagamento de indenização a PREQUESTIONAMENTO.
título de danos morais em razão de desconto ilegal sofrido em 1. A decisão judicial não precisa, ritualisticamente, enfrentar, um
benefício previdenciário. a um, os argumentos desdobrados pelas partes, bastando que
2. Os limites da responsabilidade de cada um dos réus foram analise as questões essenciais à fundamentação do decisum,
fixados na ação indenizatória transitada em julgado, não ou seja, os temas centrais, suficientes para embasar o julgado e
podendo ser reaberto tal questionamento nestes autos. para negar ou acolher, em substância, as teses e subteses
3. O credor tem direito a exigir e receber de um ou alguns dos levantadas pelas partes.
devedores, parcial, ou totalmente, a dívida comum (art. 275 do 2. O prequestionamento da matéria, por si só, não autoriza o
CC/2002) e, considerando que o credor executou apenas a manejo dos embargos de declaração, sendo imprescindível a
instituição financeira, o devedor que satisfez a dívida por inteiro demonstração inequívoca dos vícios enumerados no art. 535 do
tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a sua quota CPC, não tendo sido apontada qualquer contradição,
(art. 283 do CC/2002). obscuridade ou omissão capaz de autorizar a revisão do
4. Não houve condenação em verba honorária na ação julgado.
indenizatória, mas, ainda que houvesse, não se poderia falar 3. Embargos de declaração desprovidos.
em dupla condenação ou em honorários sobrepostos, ACÓRDÃO
porquanto as ações de indenização e de regresso são Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as
autônomas, sendo lícita a condenação a esse título em cada acima indicadas: decidem os membros da 7ª Turma
uma delas. Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por
5. Correção monetária com base nos índices utilizados na unanimidade, negar provimento ao recurso, na forma do voto do
Tabela de Atualização dos Valores de Precatórios da Justiça Relator.
Federal. Os juros de mora devem ser de 1% ao mês, em Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012 (data do julgamento).
sintonia com a taxa utilizada na anterior ação até o advento da LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO
Lei nº 11.960/2009, que alterou o art. 1º F da Lei nº 9.494/97, Desembargador Federal

IV - APELACAO CIVEL 418020 2005.51.01.019533-2

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Nº CNJ :0019533-97.2005.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ
PAULO DA SILVA ARAUJO FILHO
APELANTE :FERDINANDO DE ALMEIDA VALLIM
E OUTROS
ADVOGADO :RODRIGO KELLY AMIM a prolação de sentença, restando, por conseguinte, prejudicado
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - o presente agravo interno.
CEF 2. Recurso não conhecido.
ADVOGADO :ANDRE PIRES GODINHO ACÓRDÃO
ORIGEM :OITAVA VARA FEDERAL DO RIO DE Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as
JANEIRO (200551010195332) acima indicadas: decidem os membros da Sétima Turma
Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por
EMENTA unanimidade, não conhecer do recurso, na forma do voto do
RESPONSABILIDADE CIVIL. CONTA CORRENTE. SAQUES Relator.
INDEVIDOS. DANO MORAL. ACORDO EXTRAJUDICIAL. Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012 (data do julgamento).
1. Não obstante a existência de acordo celebrado entre as LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO
partes, dando os autores “plena, geral e irrevogável quitação do Desembargador Federal
valor acima, para nada mais reclamar, seja a que título for, com
fundamento nos fatos relatados”, certo é que os direitos do
consumidor são regulados por normas de ordem pública, nos
termos do art. 1º do CDC, razão pela qual a análise da questão
pelo Poder Judiciário não pode ser afastada na hipótese. III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 203121
2. No entanto, não restou configurada a existência de danos 2011.02.01.011108-0
morais em razão dos saques indevidos, pois inexistem Nº CNJ :0011108-48.2011.4.02.0000
elementos nos autos que demonstrem a violação à esfera RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ
extrapatrimonial dos autores, tendo em vista (i) que a CEF PAULO DA SILVA ARAUJO FILHO
restituiu, a maior, a quantia indevidamente sacada; (ii) a AGRAVANTE :INSTITUTO FEDERAL DO ESTADO
restituição se deu em tempo razoável, em menos de dois DO ESPÍRITO SANTO - IFES
meses; e (iii) os autores não demonstraram, sequer de forma PROCURADOR :RAQUELE MAMEDE DE LIMA
indiciária, alguma circunstância concreta derivada dos fatos AGRAVADO :MARLENE LUZIA LINHALIS
apta a gerar dano moral. MARTINELLI
3. Apelação desprovida. ADVOGADO :JENEFER LAPORTI PALMEIRA E
OUTROS
ACÓRDÃO ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as COLATINA/ES (201150050003452)
acima indicadas: decidem os membros da 7ª Turma
Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por EMENTA
unanimidade, negar provimento ao recurso, na forma do voto do AGRAVO DE INSTRUMENTO. AGRAVO INTERNO.
Relator. DEFERIMENTO DE LIMINAR. SENTENÇA. PERDA DE OBJETO.
Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012 (data do julgamento). 1. O agravo de instrumento interposto contra decisão que
LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO deferiu a antecipação dos efeitos da tutela perde o objeto com a
Desembargador Federal prolação de sentença, restando, por conseguinte, prejudicado o
presente agravo interno.
2. Recurso não conhecido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 210363 acima indicadas: decidem os membros da Sétima Turma
2012.02.01.003223-8 Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por
Nº CNJ :0003223-46.2012.4.02.0000 unanimidade, não conhecer do recurso, na forma do voto do
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ Relator.
PAULO DA SILVA ARAUJO FILHO Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012 (data do julgamento).
AGRAVANTE :JOSEFA DE MENEZES BARBOSA LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO
ADVOGADO :MELAINE CHANTAL MEDEIROS Desembargador Federal
ROUGE E OUTROS
AGRAVADO :UNIAO FEDERAL
ORIGEM :TRIGÉSIMA VARA FEDERAL DO
RIO DE JANEIRO
(201151010148585) IV – APELAÇÃO CÍVEL 516200 2007.51.01.025507-6
Nº CNJ :0025507-47.2007.4.02.5101
EMENTA RELATOR :DES. FEDERAL LUIZ PAULO DA
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AGRAVO INTERNO. SILVA ARAUJO FILHO
SENTENÇA. PERDA DE OBJETO. APELANTE :MARIZA FERREIRA E OUTRO
1. O agravo de instrumento interposto contra decisão que ADVOGADO :CLOVIS DE ALBUQUERQUE
indeferiu o pedido de gratuidade de justiça, perde o objeto com RAMOS E OUTRO
APELADO :UNIÃO FEDERAL
APELADO :MARILZA CARDOSO DA SILVA
ADVOGADO :BIANCA DA SILVA DE BARROS E
OUTROS
APELADO :ELZA DA SILVA

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ADVOGADO :SEM ADVOGADO
ORIGEM :1ª VARA FEDERAL/RJ
(2007.51.01.025507-6)

EMENTA
CONSTITUCIONAL. PENSÃO MILITAR. FILHA MAIOR. MÃE
PENSIONISTA.
1. Tendo o instituidor da pensão militar falecido em 2000, as
filhas maiores e capazes na data do óbito não têm direito à IV - APELAÇÃO CÍVEL
pensão nos termos do art. 7º da Lei nº 3.765/1960, não 2008.51.01.016921-8
recepcionado pela nova Ordem Constitucional. Nº CNJ :0016921-84.2008.4.02.5101
2. Além disso, mesmo que a Administração reconheça a RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ
condição de beneficiária das Autoras, estas somente poderão PAULO DA SILVA ARAUJO FILHO
receber a pensão após o falecimento da genitora, cuja quota é APELANTE :MARCIA SILVA RIVAS E OUTROS
integrada pela de suas filhas (Lei n° 3.765/1960, art. 9°, § 3° e ADVOGADO :ELAINE FEIJO DA SILVA
art. 24). APELADO :UNIAO FEDERAL
2. Apelação das Autoras improvida. ORIGEM :DÉCIMA SÉTIMA VARA FEDERAL
ACÓRDÃO DO RIO DE JANEIRO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, decidem os Membros (200851010169218)
da Sétima Turma Especializada do Tribunal Regional Federal
da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento à apelação EMENTA
das Autoras, nos termos do voto do relator. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR. QUINTOS INCORPORADOS.
Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012 (data do julgamento). PAGAMENTO DE ATRASADOS. PRESCRIÇÃO.
LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO 1. Aplica-se a Súmula nº 85 do STJ em relação à prescrição, a
Desembargador Federal qual atinge as prestações anteriores ao quinquênio do
ajuizamento da ação, não implicando o acórdão do TCU no
reconhecimento administrativo do direito à incorporação.
2. Não houve causa de interrupção do prazo prescricional.
“Haveria, caso a União tivesse reconhecido, expressamente,
IV – APELAÇÃO CÍVEL 503781 2006.51.51.054731-0 por autoridade competente, o direito a tais atrasados, de modo
Nº CNJ :0054731-11.2006.4.02.5151 específico, pelo que a decisão administrativa do TCU (acórdão
RELATOR :DES. FEDERAL LUIZ PAULO DA nº 2248/2005) não interrompeu o lapso prescricional” (AC
SILVA ARAUJO FILHO 201051010068251, Desembargador Federal GUILHERME
APELANTE :JOSE MARQUES REP/P/ ENI DE COUTO, TRF2 - SEXTA TURMA ESPECIALIZADA, E-DJF2R -
FREITAS MARQUES Data::17/12/2010 - Página::191/192), tampouco os pagamentos
ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO realizados em decorrência da decisão do Conselho da Justiça
APELADO :UNIÃO FEDERAL Federal a partir de 2005.
ORIGEM :22ª VARA FEDERAL/RJ 3. Pretendem os autores, servidores do quadro de Pessoal da
(2006.51.51.054731-0) Seção Judiciária do Estado do Rio de Janeiro, a incorporação,
por força da MP nº 2.225/2001, das parcelas de quintos
EMENTA adquiridas pelo exercício de função comissionada, bem como a
CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR. condenação da ré ao pagamento dos atrasados.
REENQUADRAMENTO E REVISÃO DE APOSENTADORIA. 4. Conforme decidiu o Supremo Tribunal Federal, em sede de
1. O Autor, admitido em agosto de 1954 como auxiliar de artífice liminar, no mandado de segurança nº 25.845, bem como na
(nível auxiliar), pleiteava a revisão de enquadramento para o Reclamação nº 8.757, não pode prevalecer a orientação
nível intermediário, alegando ter exercido de 1981 até sua adotada pelo TCU no acórdão nº 2.248/2005, já que o art. 62-A
aposentadoria, em 1994, a função de Operador de Caldeira, o da Lei nº 8.112/90 ao fazer referência aos artigos 3º e 10 da Lei
que não restou provado, não sendo possível verificar, ainda, se nº 8.911/94, não restaurou a sua vigência, pois, para tanto,
o exercício da alegada função daria ensejo ao reenquadramento seria necessário previsão expressa da norma em questão.
pretendido. 5. Não há como invocar direito adquirido no caso concreto,
2. À ausência de provas, portanto, não há como alterar o tendo em vista que restou pacificado nas Cortes Superiores que
enquadramento funcional no qual se deu a aposentadoria do o servidor não tem direito adquirido a regime jurídico.
Autor, feito no cargo para o qual foi efetivamente admitido. 6. Recurso improvido.
3. Apelação improvida. ACÓRDÃO
ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas: decidem os membros da 7ª Turma
acima indicadas: decidem os membros da Sétima Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por
Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao recurso, na forma do voto do
unanimidade, negar provimento à apelação, na forma do voto Relator.
do Relator. Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012 (data do julgamento).
Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012 (data do julgamento). LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO
LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO Desembargador Federal
Desembargador Federal

IV - APELACAO CIVEL 544056 2010.51.01.005555-4


Nº CNJ :0005555-77.2010.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ

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PAULO DA SILVA ARAUJO FILHO
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL -
CEF
ADVOGADO :AURIVAL JORGE P.SILVA E
OUTROS
APELADO :UBIRAJARA NOGUEIRA 3. Nas hipóteses em que não há condenação, aplica-se o
ADVOGADO :MARCO AURELIO COSTA disposto no art. 20, § 4º, do CPC, devendo ser fixada a verba
DRUMMOND sucumbencial consoante apreciação equitativa do juiz,
ORIGEM :DÉCIMA QUINTA VARA FEDERAL admitindo-se, pela praxe judiciária, a adoção de valor fixo ou de
DO RIO DE JANEIRO percentual sobre o valor atribuído à causa, não estando sujeita,
(201051010055554) contudo, aos percentuais de 10 e 20% previstos no § 3º do
supracitado dispositivo. Precedentes (STJ - AGREsp 1105582;
EMENTA TRF 2ª Região: AC 200951010104009, AC 200951010211306 e
SFH. LEGITIMIDADE DA CEF. QUITAÇÃO PELO FCVS. AC 9702265797).
DUPLICIDADE FINANCIAMENTOS. 4. Apelação parcialmente provida.
1. A Caixa é parte legítima para figurar no polo passivo das ACÓRDÃO
demandas que versem sobre questões concernentes ao Fundo Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as
de Compensação de Variações Salariais – FCVS, pelo fato de o acima indicadas: decidem os membros da 7ª Turma
gerenciamento do mesmo ser de sua responsabilidade. Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por
Precedentes. unanimidade, dar parcial provimento ao recurso, na forma do
2. O STJ, sob o rito do art. 543-C do Código de Processo Civil, voto do Relator.
firmou e entendimento de que "A alteração promovida pela Lei Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012 (data do julgamento).
n.º 10.150, de 21 de dezembro de 2000, à Lei n.º 8.100/90 LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO
tornou evidente a possibilidade de quitação do saldo residual do Desembargador Federal
segundo financiamento pelo FCVS, aos contratos firmados até
05.12.1990." (1ª Seção, REsp nº 1.133.769/RN, Rel.Min.Luiz
Fux, DJe 18/12/2009).
3. RECURSO IMPROVIDO.
ACÓRDÃO IV - APELACAO CIVEL 486570 2008.51.08.001080-2
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as Nº CNJ :0001080-28.2008.4.02.5108
acima indicadas: decidem os membros da 7ª Turma RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ
Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por PAULO DA SILVA ARAUJO FILHO
unanimidade, negar provimento ao recurso, na forma do voto do APELANTE :INST NAC DE METROLOGIA,
Relator. NORMALIZACAO E QUALIDADE
Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012 (data do julgamento). INDUST - INMETRO
LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO PROCURADOR :LUCIANA MARINHO DA SILVA
Desembargador Federal APELADO :CIA/ BRASILEIRA DE
DISTRIBUIÇÃO / INCORPORADORA
DE ABC SUPERMERCADOS S/A
ADVOGADO :WILLIAN MARCONDES SANTANA E
OUTROS
IV - APELACAO CIVEL 486572 2006.51.08.000529-9 ORIGEM :VARA ÚNICA DE SÃO PEDRO DA
Nº CNJ :0000529-19.2006.4.02.5108 ALDEIA (200851080010802)
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ
PAULO DA SILVA ARAUJO FILHO EMENTA
APELANTE :INST NAC DE METROLOGIA, PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL.
NORMALIZACAO E QUALIDADE HONORÁRIOS.
INDUST - INMETRO 1. O débito objeto da execução ora embargada foi inscrito em
PROCURADOR :LUCIANA MARINHO DA SILVA dívida ativa em 17/03/2004, antes da introdução do artigo 37-A,
APELADO :COMPANHIA BRASILEIRA DE § 1º, da Lei nº 10.522/2002 pela Lei nº 11.941/09.
DISTRIBUICAO 2. Consoante jurisprudência, é possível a cumulação de
ADVOGADO :ALESSANDRA FRANCISCO DE honorários nos embargos e na execução embargada.
MELO FRANCO E OUTROS Precedentes (STJ: AGEDAG 1340608 e REsp 1212563).
ORIGEM :VARA ÚNICA DE SÃO PEDRO DA 3. Apelação provida.
ALDEIA (200651080005299) ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as
EMENTA acima indicadas: decidem os membros da 7ª Turma
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. HONORÁRIOS. Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por
1. O débito objeto da presente execução foi inscrito em dívida unanimidade, dar provimento ao recurso, na forma do voto do
ativa em 17/03/2004, antes da introdução do artigo 37-A, § 1º, Relator.
da Lei nº 10.522/2002 pela Lei nº 11.941/09. Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012 (data do julgamento).
2. Além de o artigo 6º da Lei nº 11.941/2009 não se aplicar às LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO
execuções fiscais, a quitação do débito ocorreu em 20/11/2008, Desembargador Federal
antes da entrada em vigor do referido diploma legal.

IV - APELACAO CIVEL 537016 2009.51.01.019160-5


Nº CNJ :0019160-27.2009.4.02.5101

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DA JUSTIÇA FEDERAL DA 2ª REGIÃO
Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ
PAULO DA SILVA ARAUJO FILHO
APELANTE :FATIMA MARIA DA LUZ SILVA
ADVOGADO :RUBENS DOS SANTOS SERICO E
OUTROS
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - ACÓRDÃO
CEF Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as
ADVOGADO :BRUNO VAZ DE CARVALHO E acima indicadas: decidem os membros da 7ª Turma
OUTROS Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por
ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DO RIO DE unanimidade, dar provimento ao recurso, na forma do voto do
JANEIRO (200951010191605) Relator.
Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012 (data do julgamento).
EMENTA LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. Desembargador Federal
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. HONORÁRIOS.
1. Não sendo as alegações constantes dos autos suficientes
para provar o elemento subjetivo necessário para a
configuração de má-fé da recorrida, descabida a imposição de
multa com base no artigo 17, III, do, CPC. IV - APELAÇÃO CÍVEL
2. Nas hipóteses em que não há condenação, aplica-se o 2011.51.01.006985-5
disposto no art. 20, § 4º, do CPC, devendo ser fixada a verba Nº CNJ :0006985-30.2011.4.02.5101
sucumbencial consoante apreciação equitativa do juiz, RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ
admitindo-se, pela praxe judiciária, a adoção de valor fixo ou de PAULO DA SILVA ARAUJO FILHO
percentual sobre o valor atribuído à causa, não estando sujeita, APELANTE :SONIA APARECIDA STAROPOLIS
contudo, aos percentuais de 10 e 20% previstos no § 3º do DE SOUZA
supracitado dispositivo. Precedentes (STJ - AGREsp 1105582; ADVOGADO :ADILZA DE CARVALHO NUNES E
TRF 2ª Região: AC 200951010104009, AC 200951010211306 e OUTROS
AC 9702265797) APELADO :UNIAO FEDERAL
3. Apelação desprovida. ORIGEM :VIGÉSIMA TERCEIRA VARA
ACÓRDÃO FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as (201151010069855)
acima indicadas: decidem os membros da 7ª Turma
Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por EMENTA
unanimidade, negar provimento ao recurso, na forma do voto do ADMINISTRATIVO. PROFISSIONAIS DE SAÚDE.
Relator. CUMULAÇÃO DE CARGOS. COMPATIBILIDADE DE
Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012 (data do julgamento). HORÁRIOS.
LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO 1. O art. 37, XVI, “c”, da Constituição Federal admite a
Desembargador Federal cumulação de dois cargos ou empregos privativos de
profissionais de saúde, com profissões regulamentadas,
exigindo, contudo, a compatibilidade de horários.
2. Conforme consta dos documentos apresentados com a
petição inicial, a autora exerce o cargo de Auxiliar de
IV - APELACAO CIVEL 527661 2010.51.01.021153-9 Enfermagem no Instituto Nacional de Cardiologia Laranjeiras,
Nº CNJ :0021153-71.2010.4.02.5101 cumprindo carga horária de 30 horas semanais, em plantões de
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ 12 x 36 horas, no horário de 7h às 19h. Já, no Instituto de
PAULO DA SILVA ARAUJO FILHO Psiquiatria - IPUB, exerce igualmente o cargo de Auxiliar de
APELANTE :ORDEM DOS ADVOGADOS DO Enfermagem, com jornada semanal de 40 horas, também em
BRASIL - RIO DE JANEIRO regime de plantão de 12 x 36 horas, no horário de 19h às 7h.
ADVOGADO :ALEXANDRE DE SOUZA COUTINHO 3. Publicada a pauta de julgamento desta apelação cível, juntou
E OUTROS a autora novos documentos, “destinados a produzir prova dos
APELADO :ADRIANA APARECIDA DE MATOS fatos incidentes posteriormente à propositura da presente ação”
MESQUITA MAEHIKA XAVIER (art. 397 do CPC): declaração emitida pelo Instituto de
ADVOGADO :ADRIANA APARECIDA DE MATOS Psiquiatria – IPUB de que a apelante cumpre carga horária
MESQUITA MAEHIKA XAVIER semanal de 30 horas, estabelecida pela Portaria 9.871/2011, no
ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DO RIO horário de 8h às 17h, contendo a escala de serviço no mês de
DE JANEIRO (201051010211539) março de 2012; declaração do Instituto Nacional de Cardiologia
de que a apelante possui escala como plantonista, no horário de
EMENTA 7h às 19h, trabalhando com carga horária de 30 horas
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. semanais, contendo, ainda, a escala dos meses de fevereiro e
HONORÁRIOS. março de 2012; Portaria nº 9.871, de 19/12/2011, da UFRJ,
1. Tendo em vista que o parcelamento da dívida foi requerido autorizando a “realização de jornada de trabalho de 06 (seis)
em agosto/2009, após o necessário ajuizamento da execução, horas diárias e carga horária de trinta horas semanais.
em maio/2009, não são devidos honorários pela embargada. 4. Tais documentos, entretanto, não favorecem a apelante, uma
2. Apelação provida. vez que não restou comprovada a existência de uma rotina de
trabalho que se prolongue ao longo dos meses e que permita
aferir a compatibilidade de horários. Ao revés: apenas restou
demonstrada a natural mutabilidade de horários, conforme a
necessidade do serviço, e a demasia de se cumularem 70h de
trabalho.

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5. Ademais, ainda que os horários de trabalho não se
sobreponham matematicamente, há necessidade de intervalo
de descanso suficiente para repouso, alimentação e locomoção,
sob pena de causar danos à própria saúde e ao serviço
desempenhado, especialmente quando se lida com a saúde
alheia. APELANTE :UNIAO FEDERAL
6. Recurso improvido. APELADO :EDILSON NUNES DO CARMO
ACÓRDÃO ADVOGADO :CARMEN LUCIA SOUZA MARQUES
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 15A VARA-RJ
acima indicadas: decidem os membros da 7ª Turma ORIGEM :DÉCIMA QUINTA VARA FEDERAL
Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por DO RIO DE JANEIRO
unanimidade, negar provimento ao recurso, na forma do voto do (200751010024017)
Relator.
Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012 (data do julgamento). EMENTA
LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO ADMINISTRATIVO. MILITAR TEMPORÁRIO. REFORMA.
Desembargador Federal DOENÇA SEM NEXO DE CAUSALIDADE COM A ATIVIDADE
MILITAR. INCAPACIDADE TOTAL INEXISTENTE.
1. Segundo a perícia, a patologia de que é portador o autor (epilepsia)
não guarda relação de causa e efeito com a atividade militar (art. 108,
VI, da Lei nº 6.880/80). Nessas hipóteses, o militar temporário somente
IV - APELACAO CIVEL 489134 2005.51.08.000890-9 pode ser reformado se a doença torná-lo incapacitado para o exercício
Nº CNJ :0000890-70.2005.4.02.5108 de quaisquer atividades laborativas (art. 108, VI, c/c art. 111, II, ambos
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ da Lei nº 6.880/80).
PAULO DA SILVA ARAUJO FILHO 2. A incapacidade apontada pelo perito apenas impede o autor de
APELANTE :INST NAC DE METROLOGIA, desempenhar tarefas que possam colocar vidas em risco, o que,
NORMALIZACAO E QUALIDADE decerto, não se traduz em invalidez. Dessa forma, por se tratar de
INDUST - INMETRO militar temporário, não há qualquer vício que macule a legalidade do
PROCURADOR :RREIRA IGREJA DE FREITAS seu licenciamento do serviço ativo da Aeronáutica, por ter concluído o
APELADO :A B C SUPERMERCADOS S/A tempo de serviço previsto como soldado, ato que se reveste de
ADVOGADO :WILLIAN MARCONDES SANTANA E discricionariedade administrativa (art. 121 § 3º, alínea "a" da Lei n.º
OUTROS 6.880/80).
ORIGEM :VARA ÚNICA DE SÃO PEDRO DA 3. Sucumbente o demandante, deve ser condenado ao pagamento de
ALDEIA (200551080008909) honorários advocatícios, arbitrados em R$ 500,00 (art. 20, §§ 3º e 4º,
do CPC).
EMENTA 4. Remessa necessária e apelação providas.
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. HONORÁRIOS. ACÓRDÃO
1. O débito objeto da presente execução foi inscrito em dívida Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as
ativa em 17/03/2004, antes da introdução do artigo 37-A, § 1º, acima indicadas: decidem os membros da 7ª Turma
da Lei nº 10.522/2002 pela Lei nº 11.941/09. Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por
2. Além de o artigo 6º da Lei nº 11.941/2009 não se aplicar às unanimidade, dar provimento à remessa e ao recurso, na forma
execuções fiscais, a quitação do débito ocorreu em 20/11/2008 do voto do Relator.
(fl. 26), antes da entrada em vigor do referido diploma legal. Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012 (data do julgamento).
3. Também inaplicável o disposto no artigo 6º, § 2º, da Lei LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO
nº 9.469/97, eis que dirigido apenas aos processos em que a Desembargador Federal
Fazenda Pública é devedora.
4. Apelação provida.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as
acima indicadas: decidem os membros da 7ª Turma IV - APELACAO CIVEL 513521 2009.51.10.008143-6
Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por Nº CNJ :0008143-64.2009.4.02.5110
unanimidade, dar provimento ao recurso, na forma do voto do RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ
Relator. PAULO DA SILVA ARAUJO FILHO
Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012 (data do julgamento). APELANTE :FABIO DE SOUZA LIMA
LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO ADVOGADO :PAULO FERNANDO G. MONTEIRO
Desembargador Federal E OUTROS
APELADO :UNIAO FEDERAL
ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DE SÃO
JOÃO DE MERITI
(200951100081436)
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 511200
2007.51.01.002401-7 EMENTA
Nº CNJ :0002401-56.2007.4.02.5101 ADMINISTRATIVO. MILITAR. SOLDADO. LICENCIAMENTO
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ EX OFFICIO. ATO DISCRICIONÁRIO.
PAULO DA SILVA ARAUJO FILHO 1. A ausência de manifestação do autor após o oferecimento da
contestação não enseja cerceamento ao direito ao contraditório
e à ampla defesa, salvo se houver sido apresentado qualquer
fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito alegado (art.
326 do CPC). Também não configura error in procedendo o
julgamento antecipado da lide, já que a prova testemunhal não

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se mostra imprescindível ao deslinde da demanda, tendo,
inclusive, o juízo a quo fundamentado a improcedência do
pedido nos documentos apresentados pelo próprio autor.
2. O autor, incorporado como soldado, foi licenciado após pouco
mais de dois anos de serviço ativo no Exército, por lhe ter sido
indeferido o requerimento de reengajamento. Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as
3. O licenciamento ex officio de praça sem estabilidade no acima indicadas: decidem os membros da 7ª Turma
serviço militar é ato administrativo discricionário (art. 121, § 3º, Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por
b, da Lei nº 6.880/80). Os militares temporários têm vínculo unanimidade, negar provimento à remessa necessária, na forma
precário com a Administração, não havendo direito adquirido à do voto do Relator.
estabilidade, nem mesmo à permanência máxima prevista em Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012 (data do julgamento).
lei. LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO
4. Apelação improvida. Desembargador Federal
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as
acima indicadas: decidem os membros da 7ª Turma
Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por
unanimidade, negar provimento ao recurso, na forma do voto do IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO
Relator. 2009.51.01.027748-2
Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012 (data do julgamento). Nº CNJ :0027748-23.2009.4.02.5101
LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ
Desembargador Federal PAULO DA SILVA ARAUJO FILHO
APELANTE :UNIAO FEDERAL
APELADO :MARCELO RODRIGUES BASTOS
ADVOGADO :ROSANA ALVES RAMOS E OUTRO
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 11ª VARA-RJ
IV - REMESSA EX OFFICIO EM AÇÃO CÍVEL ORIGEM :DÉCIMA PRIMEIRA VARA FEDERAL
2011.50.05.000066-9 DO RIO DE JANEIRO
Nº CNJ :0000066-22.2011.4.02.5005 (200951010277482)
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ
PAULO DA SILVA ARAUJO FILHO EMENTA
PARTE :ANDRE LUCAS BIET FELIPE REP/ ADMINISTRATIVO. SERVIDOR. QUINTOS INCORPORADOS.
AUTORA P/ DANIEL LOUREDO FELIPE E PAGAMENTO DE ATRASADOS.
ADEMILDA BIET FELIPE 1. Aplica-se a Súmula nº 85 do STJ em relação à prescrição, a
ADVOGADO :MARCOS ROGERIO BOLSANELO E qual atinge as prestações anteriores ao quinquênio do
OUTRO ajuizamento da ação, não implicando o acórdão do TCU no
PARTE RÉ :INSTITUTO FEDERAL DO ESPIRITO reconhecimento administrativo do direito à incorporação.
SANTO - IFES 2. Pretende o autor, servidor do quadro de Pessoal da Seção
PROCURADOR :LUCIANO MARTINS DE OLIVEIRA Judiciária do Estado do Rio de Janeiro, a incorporação, por
REMETENTE :JUIZO FEDERAL 1ª VARA DE força da MP nº 2.225/2001, das parcelas de quintos adquiridas
COLATINA-ES pelo exercício de função comissionada, bem como a
ORIGEM :1ª VARA JUSTIÇA FEDERAL condenação da ré ao pagamento dos atrasados.
COLATINA/ES (201150050000669) 3. Conforme decidiu o Supremo Tribunal Federal, em sede de
liminar, no mandado de segurança nº 25.845, bem como na
EMENTA Reclamação nº 8.757, não pode prevalecer a orientação
ADMINISTRATIVO. REMESSA NECESSÁRIA. MATRÍCULA. adotada pelo TCU no acórdão nº 2.248/2005, já que o art. 62-A
CURSO PROFISSIONALIZANTE. SITUAÇÃO CONSOLIDADA da Lei nº 8.112/90 ao fazer referência aos artigos 3º e 10 da Lei
NO TEMPO. nº 8.911/94, não restaurou a sua vigência, pois, para tanto,
1. A presente ação foi ajuizada com o objetivo de assegurar a seria necessário previsão expressa da norma em questão.
matrícula do autor no 3º ano do Curso de Zootecnia do Instituto 4. Não há como invocar direito adquirido no caso concreto,
Federal do Espírito Santo - IFES, no ano letivo de 2011, tendo em vista que restou pacificado nas Cortes Superiores que
Campus Itapina, Colatina/ES, tendo sido deferida a antecipação o servidor não tem direito adquirido a regime jurídico.
dos efeitos da tutela. 5. Apelação e remessa necessária providas.
2. Na hipótese vertente, impende a confirmação da sentença, ACÓRDÃO
cuja reversão, se viesse a ocorrer, causaria danos irreparáveis Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as
ao autor, que já se matriculou no curso pretendido, tendo o ano acima indicadas: decidem os membros da 7ª Turma
letivo de 2011 inclusive já se encerrado, pelo que a situação Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por
fática resta, assim, consolidada no tempo, como salientado pelo unanimidade, dar provimento à apelação e à remessa
Ministério Público Federal, devendo ser preservada em prol da necessária, na forma do voto do Relator.
segurança jurídica. Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012 (data do julgamento).
3. Ademais, ao deixar de interpor recurso voluntário, o próprio LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO
IFES concordou tacitamente com a sentença. Desembargador Federal
4. Remessa necessária improvida.
ACÓRDÃO

IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 457456


2002.51.01.017738-9
Nº CNJ :0017738-61.2002.4.02.5101

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DA JUSTIÇA FEDERAL DA 2ª REGIÃO
Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
RELATOR :DES. FEDERAL LUIZ PAULO DA
SILVA ARAUJO FILHO
APELANTE :COMISSÃO NACIONAL DE
ENERGIA NUCLEAR - CNEN
PROCURADOR :TARSIS NAMETALA JORGE
APELADO :ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES
APOSENTADOS DA CNEN E DO EMENTA
SETOR NUCLEAR - APOSEN E ADMINISTRATIVO. MILITAR. PENSÃO. RESERVA DE
OUTROS QUOTA-PARTE. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA.
ADVOGADO :RICARDO VIANA RAMOS HONORÁRIOS.
FERNANDEZ E OUTROS 1. “O pagamento da pensão militar condiciona-se à prévia
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 8ª VARA-RJ habilitação do dependente junto à Administração, sendo inviável
ORIGEM :8ª VARA FEDERAL/RJ a reserva de quota-parte em favor do dependente não-
(2002.51.01.017738-9) habilitado” (STJ, 5ª T., REsp 1002419/CE, DJe de 28/09/2009),
fazendo jus a Autora, na condição de única beneficiária
EMENTA habilitada, à integralidade da pensão.
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR. ADICIONAL DE IRRADIAÇÃO 2. As diferenças devidas desde o quinquênio anterior à
IONIZANTE. APOSENTADO NO EXERCÍCIO DE CARGO EM propositura da ação devem ser corrigidas, desde quando devida
COMISSÃO. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. cada parcela, de acordo com a Tabela de Precatórios da Justiça
1. Uma vez presentes as condições que determinam o Federal, e os juros da mora incidem desde a citação (art. 219 do
pagamento do adicional de irradiação ionizante, ele será devido, CPC), no percentual de 6% ao ano (artigo 1º-F da Lei n
pois “a percepção da referida vantagem está atrelada às ° 9.494/1997, com a redação dada pela Medida Provisória n°
condições de risco laborativo, e não à forma de nomeação do 2.180-35/2001).
servidor” (TRF 2ª Região, 7ª T. Espc, AC nº 363564/RJDJU de 3. A partir de 30/6/2009, data de entrada em vigor da Lei nº
30.06.2006, p. 141/142). 11.960/2009, a correção monetária e os juros devem obedecer
2. Os atrasados devem ser corrigidos de acordo com a Tabela à nova redação do art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, consoante
de Precatórios da Justiça Federal, desde quando devida cada entendimento do STF (AI-AgR 767094, Ricardo Lewandowski, j.
parcela, e acrescidos de juros da mora no percentual de 6% ao em 02/12/2010; RE-AgR 559445, Rel. Min. Ellen Gracie, j. em
ano (artigo 1º-F da Lei n° 9.494/1997, com a redação dada pela 26.05.2009) e do STJ (EREsp 1207197, j. em 18/05/2011).
Medida Provisória n° 2.180-35/2001), desde a citação (art. 219 4. Vencida a Fazenda Pública, a fixação dos honorários
do CPC), advocatícios deve atender ao § 4º do art. 20 do CPC, e não ao
A partir de 30/6/2009, data de entrada em vigor da Lei nº § 3º do mesmo artigo. Não obstante, na “apreciação eqüitativa”
11.960/2009, a correção monetária e os juros devem obedecer deve o juiz observar as peculiaridades do caso sob exame a fim
à nova redação do art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, consoante de que os honorários não sejam nem irrisórios nem
entendimento do STF (AI-AgR 767094, Ricardo Lewandowski, j. exorbitantes, afigurando-se razoável os honorários fixados em
em 02/12/2010; RE-AgR 559445, Rel. Min. Ellen Gracie, j. em 10% sobre o valor da condenação.
26.05.2009) e do STJ (EREsp 1207197, j. em 18/05/2011). 5. Apelação e remessa parcialmente providas.
4. Apelação da CNEN improvida; remessa parcialmente ACÓRDÃO
providas. Vistos, relatados e discutidos estes autos, decidem os Membros
ACÓRDÃO da Sétima Turma Especializada do Tribunal Regional Federal
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as da 2ª Região, por unanimidade, dar parcial provimento à
acima indicadas: decidem os membros da Sétima Turma Apelação da União e à remessa necessária, nos termos do voto
Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por do Relator.
unanimidade, negar provimento à apelação da CNEN e dar Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012 (data do julgamento).
parcial provimento à remessa necessária, na forma do voto do LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO
Relator. Desembargador Federal
Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012 (data do julgamento).
LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO
Desembargador Federal

IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO


2009.51.04.003483-6
Nº CNJ :0003483-45.2009.4.02.5104
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 542857 RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ
2010.51.01.011499-6 PAULO DA SILVA ARAUJO FILHO
Nº CNJ :0011499-60.2010.4.02.5101 APELANTE :UNIAO FEDERAL
RELATOR :DES. FEDERAL LUIZ PAULO DA APELADO :SHEINE MARINHO ZELAQUETT
SILVA ARAUJO FILHO ADVOGADO :NELSON DACIANO ALVES
APELANTE :UNIÃO FEDERAL QUINTAO INCENSO JUNIOR
APELADO :RAIMUNDA RAYNER DE SOUZA REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 1ª VARA DE
ADVOGADO :DANIELLE BRAGA AMARAL VOLTA REDONDA-RJ
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 7ª VARA-RJ ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DE
ORIGEM :7ª VARA FEDERAL/RJ VOLTA REDONDA
(2010.51.01.011499-6) (200951040034836)

EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR. QUINTOS INCORPORADOS.
PAGAMENTO DE ATRASADOS.
1. Aplica-se a Súmula nº 85 do STJ em relação à prescrição, a

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qual atinge as prestações anteriores ao quinquênio do
ajuizamento da ação, não implicando o acórdão do TCU no
reconhecimento administrativo do direito à incorporação.
2. Pretende a autora, servidora do quadro de Pessoal da Seção
Judiciária do Estado do Rio de Janeiro, a incorporação, por
força da MP nº 2.225/2001, das parcelas de quintos adquiridas seria necessário previsão expressa da norma em questão.
pelo exercício de função comissionada, bem como a 4. Não há como invocar direito adquirido no caso concreto,
condenação da ré ao pagamento dos atrasados. tendo em vista que restou pacificado nas Cortes Superiores que
3. Conforme decidiu o Supremo Tribunal Federal, em sede de o servidor não tem direito adquirido a regime jurídico.
liminar, no mandado de segurança nº 25.845, bem como na 5. Apelação e remessa necessária providas.
Reclamação nº 8.757, não pode prevalecer a orientação ACÓRDÃO
adotada pelo TCU no acórdão nº 2.248/2005, já que o art. 62-A Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as
da Lei nº 8.112/90 ao fazer referência aos artigos 3º e 10 da Lei acima indicadas: decidem os membros da 7ª Turma
nº 8.911/94, não restaurou a sua vigência, pois, para tanto, Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por
seria necessário previsão expressa da norma em questão. unanimidade, dar provimento à apelação e à remessa
4. Não há como invocar direito adquirido no caso concreto, necessária, na forma do voto do Relator.
tendo em vista que restou pacificado nas Cortes Superiores que Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012 (data do julgamento).
o servidor não tem direito adquirido a regime jurídico. LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO
5. Apelação e remessa necessária providas. Desembargador Federal
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as
acima indicadas: decidem os membros da 7ª Turma
Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, por
unanimidade, dar provimento à apelação e à remessa BOLETIM: 126864
necessária, na forma do voto do Relator.
Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012 (data do julgamento).
LUIZ PAULO DA SILVA ARAÚJO FILHO IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 1992.51.01.130746-7
Desembargador Federal Nº CNJ :0130746-65.1992.4.02.5101
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL REIS
FRIEDE
APELANTE :ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROCURADOR :JOAO FLAVIO ROTTA
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
2006.51.12.000403-3 SOCIAL – INSS
Nº CNJ :0000403-54.2006.4.02.5112 PROCURADOR :FERNANDO LINO VIEIRA (RJ060390)
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ APELADO :PAULA DA SILVA GUIMARAES
PAULO DA SILVA ARAUJO FILHO ADVOGADO :JORGE GONCALVES DE
APELANTE :UNIAO FEDERAL FIGUEIREDO (RJ048690) E OUTROS
APELADO :HERMANY CARNEIRO RODRIGUES ADVOGADO :DIVALDO LOPES DE ALMEIDA
ADVOGADO :DEMÉTRIO HAMAM PILLAR E (RJ048973)
OUTRO REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 21A VARA-RJ
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 1ª VARA DE ORIGEM :VIGÉSIMA PRIMEIRA VARA
ITAPERUNA-RJ FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
ORIGEM :VARA ÚNICA DE ITAPERUNA (9201307462)
(200651120004033)
EMENTA
EMENTA EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ALEGAÇÃO DE
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR. QUINTOS INCORPORADOS. CONTRADIÇÃO OU OMISSÃO. INEXISTÊNCIA.
PAGAMENTO DE ATRASADOS. I. A matéria sobre a qual versam os embargos foi debatida no Voto e
1. Aplica-se a Súmula nº 85 do STJ em relação à prescrição, a no Acórdão embargado, não se falando em omissão ou contradição a
qual atinge as prestações anteriores ao quinquênio do ser sanada.
ajuizamento da ação, não implicando o acórdão do TCU no II. Pretende o embargante rediscutir o mérito da causa, cuja análise foi
reconhecimento administrativo do direito à incorporação. realizada com propriedade no Acórdão em tela, com base na legislação
2. Pretende o autor, servidor do quadro de Pessoal da Seção de regência.
Judiciária do Estado do Rio de Janeiro, a incorporação, por III - Com efeito, mesmo os Embargos de Declaração com fim de
força da MP nº 2.225/2001, das parcelas de quintos adquiridas prequestionamento devem observar os limites estabelecidos no art.
pelo exercício de função comissionada, bem como a 535, incisos I e II do CPC, sob pena de ofender o dispositivo legal.
condenação da ré ao pagamento dos atrasados. IV - Recurso improvido.
3. Conforme decidiu o Supremo Tribunal Federal, em sede de ACÓRDÃO
liminar, no mandado de segurança nº 25.845, bem como na Visto e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas.
Reclamação nº 8.757, não pode prevalecer a orientação Decide a Sétima Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
adotada pelo TCU no acórdão nº 2.248/2005, já que o art. 62-A 2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao recurso, nos termos
da Lei nº 8.112/90 ao fazer referência aos artigos 3º e 10 da Lei do voto do relator constante dos autos, que fica fazendo parte
nº 8.911/94, não restaurou a sua vigência, pois, para tanto, integrante do presente julgado.
Rio de Janeiro, de de .
Reis Friede
Relator

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Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF

IV – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AC
2009.50.01.015635-4
Nº CNJ :0015635-46.2009.4.02.5001
RELATOR : DESEMBARGADOR FEDERAL REIS PROCESSUAL CIVIL – DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR –
EMBARGANTE : FRIEDE AGRAVO INOMINADO – DECISÃO EM CONSONÂNCIA COM O
EMBARGADO : UNIAO FEDERAL ENTENDIMENTO DOS TRIBUNAIS SUPERIORES –
ACÓRDÃO DE FL. 396 MANUTENÇÃO.
APELANTE :UNIAO FEDERAL I. Pactuada a correção monetária nos contratos do SFH pelo mesmo
APELADO :JANIRA RAMOS DE ARAUJO índice aplicável à caderneta de poupança, incide a taxa referencial (TR)
ADVOGADO :SOLANGE ROSARIO DA SILVA E a partir da vigência da Lei nº 8.177/91.
OUTROS II. É legítimo o critério de amortização do saldo devedor, aplicando a
REMETENTE :JUIZO DA 1A VARA FEDERAL CIVEL correção monetária e os juros para, em seguida, abater a prestação
DE VITORIA-ES mensal paga. Precedentes da Terceira e da Quarta Turma.
ORIGEM :1ª VARA FEDERAL CÍVEL DE III. No Sistema Francês de Amortização, mais conhecido como tabela
VITÓRIA/ES (200950010156354) price, somente com detida incursão no contrato e nas provas de cada
caso concreto é que se pode concluir pela existência de amortização
EMENTA negativa e, conseqüentemente, de anatocismo, vedado em lei (AGResp
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PENSÃO POR MORTE DE 543841/RN e AGResp 575750/RN). Precedentes da Terceira e da
FILHO. DEPENDÊNCIA ECONÔMICA. Quarta Turma.
I - A INCONFORMIDADE DA EMBARGANTE NÃO MERECE IV. O limite da taxa efetiva de juros para os contratos do SFH firmados
PROSPERAR, HAJA VISTA QUE REPRESENTA APENAS na vigência da Lei 4.380/64 é de 10% ao ano (art. 6º, "e", da Lei
CONTRARIEDADE À ORIENTAÇÃO JURÍDICA QUE SE 4.380/64), atualmente, dispõe a Lei n. 8.692, de 28/07/93, em seu
ADOTOU NO ACÓRDÃO, O QUE DEMONSTRA, NA VERDADE, artigo 25, que (...) a taxa efetiva de juros será de, no máximo, doze por
A INTENÇÃO DE REFORMAR O JULGADO, O QUE NÃO SE cento ao ano.
COMPADECE COM A NATUREZA DOS ACLARATÓRIOS. V. Decisão agravada mantida.
II - OS DOCUMENTOS COLETADOS, A TÍTULO DE PROVA, ATESTAM QUE A GENITORA VI. Agravo Interno improvido.
DO DE CUJUS ERA SUA DEPENDENTE, INSCRITA, NÃO APENAS NO PLANO DE SAÚDE,
ACÓRDÃO
COMO JUNTO AO SERVIÇO PÚBLICO. ESSA DEPENDÊNCIA VEIO CHANCELADA POR
Visto e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas.
DEPOIMENTOS DOS PARES DO INSTITUIDOR DO BENEFÍCIO, PRESTADAS NO ÂMBITO DO
Decide a Sétima Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da
PROCESSO ADMINISTRATIVO CONCESSÓRIO DA PENSÃO.
2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao recurso, nos termos
III – Embargos de Declaração improvidos. do voto do relator constante dos autos, que fica fazendo parte
ACÓRDÃO integrante do presente julgado.
Visto e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas. Rio de Janeiro, de de .
Decide a Sétima Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da Reis Friede
2ª Região, por unanimidade, negar provimento aos embargos de Relator
declaração, nos termos do voto do relator constante dos autos, que fica
fazendo parte integrante do presente julgado.
Rio de Janeiro, de de 2012.
Reis Friede
Relator III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.003944-7
Nº CNJ :0003944-32.2011.4.02.0000
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL REIS
FRIEDE
AGRAVANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
IV - APELACAO CIVEL 2005.51.01.020765-6 SOCIAL - INSS
Nº CNJ :0020765-47.2005.4.02.5101 PROCURADOR :CRISTIANA COLOSIMO SILVA
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL REIS AGRAVADO :ELZA PIRES ALVES FONTES E
FRIEDE OUTROS
APELANTE :GILSON CESAR FERNANDES DE ADVOGADO :MARIA ELIZA GOMES E OUTROS
ARAUJO ORIGEM :DÉCIMA NONA VARA FEDERAL DO
ADVOGADO :ROMULO BARCELLOS DOS SANTOS RIO DE JANEIRO (9800154027)
(RJ125101)
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF EMENTA
ADVOGADO :GRYECOS ATTOM VALENTE PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AGRAVO
LOUREIRO (RJ097640) E OUTROS INTERNO. ALEGAÇÃO DE COISA JULGADA
APELADO :CAIXA SEGURADORA S/A INCONSTITUCIONAL. VIA INADEQUADA. REDISCUSSÃO DO
ADVOGADO :RENATO JOSE LAGUN (RJ022001) E MÉRITO. COISA JULGADA MATERIAL.
OUTROS I – Agravo interno interposto em face de Decisão que negou
ORIGEM :2A. VARA FEDERAL - ITABORAI/RJ provimento ao agravo de instrumento ao fundamento de que o que se
(200551010207656) pretende, de fato, é a desconstituição do título executivo judicial.
II – Princípios constitucionais da coisa julgada e da segurança jurídica.
EMENTA III – Via eleita é inadequada para a desconstituição do título executivo
judicial pretendida.
IV – Agravo Interno improvido.
ACÓRDÃO
Visto e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas.
Decide a Sétima Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da

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2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao recurso, nos termos
do voto do relator constante dos autos, que fica fazendo parte
integrante do presente julgado.
Rio de Janeiro, de de .
Reis Friede
Relator AGRAVADO :ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROCURADOR :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO
DO RIO DE JANEIRO
AGRAVADO :MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
PROCURADOR :PROCURADOR-GERAL DO
IV - APELACAO CIVEL 2005.51.01.005226-0 MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
Nº CNJ :0005226-41.2005.4.02.5101 ORIGEM :2 VARA JUSTIÇA FEDERAL DUQUE
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL REIS DE CAXIAS/RJ (201151010148524)
FRIEDE
APELANTE :ROBERTO AMORIM E OUTRO DECISÃO
ADVOGADO :EVANDRO SAMPAIO VIEIRA Cuida-se de Agravo de Instrumento, protocolado em 09/12/2012, no
DUARTE (RJ139042) E OUTROS qual requer a Agravante a reforma da r. decisão a quo, a qual assim
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF dispôs, in verbis:
ADVOGADO :VINICIUS PEREIRA MARQUES “Trata-se de ação ordinária com pedido de tutela ajuizada por
(RJ118627) E OUTROS ADERLINA DE SOUZA GOMES em face da UNIÃO FEDERAL, do
ORIGEM :VIGÉSIMA SEGUNDA VARA ESTADO DO RIO DE JANEIRO e do MUNICÍPIO DO RIO DE
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO JANEIRO objetivando a condenação das rés a realizar a imediata
(200551010052260) cirurgia de revisão da artoplastia total do quadril com fornecimento da
prótese especial, bem como a realização de todo o tratamento pós-
EMENTA operatório necessário à sua melhora, sem observância de inclusão em
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ALEGAÇÃO DE fila de espera, preferencialmente no Hospital Federal de Ipanema.
CONTRADIÇÃO OU OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. ...
I. A matéria sobre a qual versam os embargos foi debatida no Voto e Assim, entendo que a concessão da antecipação dos efeitos da tutela,
no Acórdão embargado, não se falando em omissão ou contradição a no presente caso, pode causar a inversão da ordem em fila de espera,
ser sanada. alterando critérios médicos e políticas de saúde, podendo causar uma
II. Pretende o embargante rediscutir o mérito da causa, cuja análise foi intervenção indevida na Administração, sem o devido conhecimento
realizada com propriedade no Acórdão em tela, com base na legislação sobre as prioridades, as enfermidades e a urgência de todos aqueles que
de regência. aguardam ansiosamente a realização dos mesmos procedimentos.
III - Com efeito, mesmo os Embargos de Declaração com fim de Diante do exposto, INDEFIRO O PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DA
prequestionamento devem observar os limites estabelecidos no art. TUTELA...”
535, incisos I e II do CPC, sob pena de ofender o dispositivo legal. Sustenta a Agravante que o indeferimento da tutela “gerará danos
IV - Recurso improvido. irremediáveis à agravante, devido à demora do tratamento necessário”.
ACÓRDÃO O Estado do Rio de Janeiro apresentou contrarrazões (fls. 60/66),
Visto e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas. afirmando que “o laudo médico... não indica urgência no quadro da
Decide a Sétima Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da parte autora que torne necessária a imediata intervenção cirúrgica”, o
2ª Região, por unanimidade, negar provimento ao recurso, nos termos que, conclui, “implica na impossibilidade de alteração de ordem da
do voto do relator constante dos autos, que fica fazendo parte referida fila de atendimento médico e, por conseqüência, conduz ao
integrante do presente julgado. desprovimento do recurso”.
Contrarrazões da União Federal (fls. 68/73) requerendo a manutenção
Rio de Janeiro,.....................................(data do julgamento). da decisão agravada.
Reis Friede É o relatório. Decido.
Relator Cuida-se de agravo de instrumento interposto pela Autora da ação
ordinária na qual esclareceu que submeteu-se a procedimento cirúrgico
para colocação de prótese no Hospital de Ipanema, em 10/11/09,
posteriormente, sofreu infecção hospitalar severa passando por
procedimentos médicos em dezembro de 2009, maio, junho e outubro
SUBSECRETARIA DA 8A.TURMA ESPECIALIZADA de 2010. Em novembro de 2010 foi operada para retirada da prótese
que estava solta. Teve a última alta hospitalar em janeiro de 2011, com
SUBSECRETARIA DA OITAVA TURMA ESPECIALIZADA indicação de “revisão de artroplastia total de quadril, necessitando de
DIVISÃO DE PROCEDIMENTOS DIVERSOS prótese especial de revisão”, a qual não se encontra disponível no
DESPACHOS/DECISÕES Hospital Federal de Ipanema. Aduz que a demora no tratamento
EXPEDIENTE Nº 2012/00369 DO DIA 10/05/2012 acarreta sofrimento físico e psíquico, já que se encontra em quadro de
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 207702 2011.02.01.017165-9 total invalidez, impedida de se locomover.
Nº CNJ :0017165-82.2011.4.02.0000 Requer, no presente recurso, a reforma da decisão que indeferiu a
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL SERGIO tutela requerida.
SCHWAITZER Em consulta ao site da Justiça Federal, verifica-se que foi juntado, às
AGRAVANTE :ADERLINA DE SOUZA GOMES fls. 159/160 dos autos principais, o Ofício nº 665/2012/GABDIR/HFI/
ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO RJ, de 05/04/12, expedido pelo Hospital Federal de Ipanema,
AGRAVADO :UNIAO FEDERAL acompanhado de Memorando expedido pela Chefia do Serviço de
Ortopedia e Traumatologia do mesmo Hospital, esclarecendo que a
Autora foi submetida à cirurgia de revisão de artroplastia total de
quadril direito no dia 06/02/12.
Ante o exposto, verifica-se a superveniente perda de interesse de agir
da Autora na presente ação, cujo pedido restou totalmente atendido na

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esfera administrativa.
Posto isso, julgo prejudicado o presente agravo, com fundamento no
art. 557, caput, do Código de Processo Civil.
Decorrido o prazo para interposição de recurso, baixem os autos à Vara
de origem.
Rio de Janeiro, 04 de maio de 2012. anulados os processos da execução e dos respectivos
SERGIO SCHWAITZER embargos –, suspenda-se, ad cautelam, o levantamento dos
RELATOR valores referentes aos Precatórios nº 51000292010000140 e
51000292010000141 (Proc. nº 90.0007215-8), até o oportuno
exame, pelo Relator, do requerimento (de cancelamento de
Precatório) formulado pela União na petição de fls. 569/570).
Publique-se. Oficie-se. Intimem-se.
SUBSECRETARIA DA OITAVA TURMA ESPECIALIZADA Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012.
DIVISÃO DE PROCEDIMENTOS DIVERSOS SERGIO SCHWAITZER
DESPACHOS/DECISÕES Desembargador Federal
EXPEDIENTE Nº 2012/00371 DO DIA 10/05/2012 (nas férias regulares do Relator)
APELACAO CIVEL 2008.51.01.008935-1
Nº CNJ :0008935-79.2008.4.02.5101
RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
APELANTE :MICROLEVE COM/ IND/ LTDA
ADVOGADO :DELANO JOSE ANDRADE DE BOLETIM: 126820
SOUZA
APELADO :EMPRESA BRASILEIRA DE INFRA
ESTRUTURA AEROPORTUARIA- IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 491347
INFRAERO 2009.51.01.010682-1
ADVOGADO :FABIO DE OLIVEIRA ALVAREZ E Nº CNJ :0010682-30.2009.4.02.5101
OUTROS RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
EMBARGANTE MICROLEVE COMÉRCIO E APELANTE :UNIAO FEDERAL
INDÚSTRIA LTDA. APELADO :CENYRA SILVA BARBOSA
EMBARGADO V. ACÓRDÃO DE FLS. 728 ADVOGADO :JOSE ROBERTO SOARES DE OLIVEIRA
ORIGEM :VIGÉSIMA SÉTIMA VARA FEDERAL JUNIOR E OUTROS
DO RIO DE JANEIRO REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 1A VARA-RJ
(200851010089351) ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DO RIO DE
JANEIRO (200951010106821)
DESPACHO
Tendo em vista os efeitos modificativos pretendidos pelo DECISÃO
embargante, intime-se a embargada, para que no prazo de 5 Cuida-se de remessa necessária e apelação cível interposta pela
dias manifeste-se a respeito do recurso de fls. 733/769. UNIÃO FEDERAL contra sentença proferida pelo Juízo da 1ª Vara
Após, voltem-me conclusos. Federal do Rio de Janeiro, que julgou procedente o pedido e concedeu
Rio de Janeiro, 09 de maio de 2012. a segurança, para determinar que a autoridade impetrada restabeleça a
SERGIO SCHWAITZER pensão da impetrante, instituída em virtude do óbito de seu pai, e pague
RELATOR as verbas devidas desde a impetração do mandamus, e para declarar
ilegal a cobrança referente à restituição dos valores percebidos pela
impetrante.
Na sentença vergastada (fls. 170/173 e 226), o MM. Juízo a quo
sustentou que as determinações contidas nas Cartas de fls. 28 e 32
BOLETIM: 126816 estão fulminadas pela decadência, já que decorridos mais de 05 (cinco)
anos da data em que entrou em vigor a Lei nº 9.784/99 e comprovado
que a impetrante recebe há mais de 80 (oitenta) anos a pensão em tela
IV - APELACAO CIVEL 538601 2005.51.01.018112-6 (fl. 26) e há mais de 20 (vinte) anos a pensão instituída por seu falecido
Nº CNJ :0018112-72.2005.4.02.5101 marido (fl. 84). Asseverou, ainda, que a Lei nº 3.373/58 não pode
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL fundamentar o cancelamento do benefício, pois este teve início em
POUL ERIK DYRLUND 17/04/1921. Quanto às verbas atrasadas, afirmou ser possível a
APELANTE :ALDENIR FERREIRA NUNES E condenação ao pagamento das mesmas a partir da impetração,
OUTROS conforme art. 14, §4º, da Lei nº 12.016/2009.
ADVOGADO :RICARDO BICHARA (RJ050347) Em suas razões de apelação (fls. 243/262), a UNIÃO FEDERAL alega
APELANTE :UNIAO FEDERAL que a sentença não fez distinção entre atos anuláveis e atos nulos e
APELADO :OS MESMOS ressaltou que a nulidade destes últimos pode ser declarada a qualquer
ORIGEM :VIGÉSIMA NONA VARA FEDERAL tempo. Assim, asseverou que a exclusão de folha da pensão da
DO RIO DE JANEIRO impetrante é legal e legítima, assim como a restituição ao erário, pois a
(200551010181126) impetrante não mais ostenta a condição de solteira (é viúva).
Contrarrazões da impetrante, às fls. 268/285, onde destaca que a
DECISÃO pensão foi concedida em data anterior ao advento da Lei nº 3.373/58,
Tendo em vista o teor do Acórdão de fls. 501 – em que não podendo esta lei retroagir para prejudicar o direito adquirido da
impetrante. Quanto ao ressarcimento ao erário, aduz que recebeu os
valores de boa fé, sendo, portanto, impossível a devolução dos
mesmos. Por fim, invoca os princípios do contraditório e da ampla
defesa, da impenhorabilidade do salário e da irredutibilidade de
vencimentos.

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Parecer do Ministério Público Federal, às fls. 289/290, opinando pelo
desprovimento do recurso, com base na decadência (art. 54, da Lei nº
9.784/99).
Relatados, decido.
Ao que se apura dos autos, a impetrante nasceu em 04/08/1917 (fl. 22)
e, a partir de 17/04/1921, foi-lhe concedida pelo Ministério das Lei nº 3.373/58, in verbis:
Comunicações, com amparo na Lei nº 3.373/58 (fl. 68) e na Lei nº “Parágrafo único. A filha solteira, maior de 21 (vinte e um) anos, só
6.782/80 (fl. 26), a pensão por morte instituída por seu pai. perderá a pensão temporária quando ocupante de cargo público
Em 05/12/1987, passou a receber pelo Ministério da Fazenda, permanente.”
cumulativamente com aquele benefício, a pensão estatutária instituída Mutatis mutandis, trago à colação o seguinte aresto, ipsis litteris:
por seu falecido marido (fl. 31). (grifos nossos)
Em 11/11/2008, foi feita carta de notificação (fl. 28) para a impetrante “RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA.
apresentar recurso administrativo no prazo de 10 (dez) dias, SOBRESTAMENTO DE BENEFÍCIO DE PENSÃO MILITAR POR
informando que foi identificado pela Auditoria de Recursos Humanos MORTE. MAIORIDADE DA BENEFICIÁRIA. COMPETÊNCIA.
da Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, VÍCIO. AUSÊNCIA. PRÉVIO PROCESSO ADMINISTRATIVO.
Orçamento e Gestão que a impetrante recebe pensão prevista na Lei nº DESNECESSIDADE. PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DA
3.373/58 cumulativamente com pensão estatutária por morte de seu AMPLA DEFESA. OFENSA. INOCORRÊNCIA. RECURSO
marido (desde 05/12/1987), afrontando o art. 5º daquela lei (filha ORDINÁRIO DESPROVIDO.
maior, solteira e sem cargo público). I - Concedido o benefício pelo Comando Geral da Polícia Militar do
Em 27/03/2009, foi enviada carta de notificação (fl. 32) informando Estado do Ceará, não há vício de competência no ato que o sobrestou,
que o montante a ser ressarcido ao Ministério é de R$ 183.381,80, porquanto oriundo do mesmo Comando. Observância do art. 10, § 5º,
devendo ser recolhido através de GRU com vencimento em 05/05/2009 da Lei Estadual n.º 10.972/84.
(fl. 42), com base no art. 46 da Lei nº 8.112/90, sob pena de inscrição II - Este c. STJ é firme no entendimento de que a suspensão ou
em dívida ativa da UNIÃO, e dando prazo de 30 (trinta) dias para cancelamento de benefício previdenciário por suspeita de fraude ou
contestar os cálculos. De acordo com a carta, a impetrante é viúva, o ilegalidade, por repercutir no âmbito dos interesses individuais do
que descaracteriza o previsto no art. 5º da Lei nº 3.373/58, que prevê segurado, impõe a prévia observância dos princípios constitucionais da
pensão à filha maior, enquanto permanecer solteira sem cargo público. ampla defesa e do contraditório.
Nas informações prestadas às fls. 68/69, a autoridade coatora afirmou III - Todavia, in casu, os autos não versam sobre a hipótese de suspeita,
que a impetrante recebe pensão do Ministério das Comunicações na seja de fraude, ou de ilegalidade, mas de simples implemento de
qualidade de filha maior solteira do ex-servidor Jacintho Alves da Silva condição que, inequivocamente, implica o sobrestamento da pensão,
Junior, cumulativamente com pensão estatutária do Ministério da qual seja: a maioridade da beneficiária, conforme certidão de
Fazenda, na qualidade de viúva do Sr. José de Souza Barbosa Filho. nascimento que instruiu a Portaria n.º 025/2004, que ensejou o
Outrossim, ressaltou que o pagamento do benefício foi cancelado em sobrestamento do referido benefício. Recurso ordinário desprovido.”
10/01/2009. (ROMS 200801468972, FELIX FISCHER, STJ - QUINTA TURMA,
Assim, pela cronologia dos fatos, a sentenciante entendeu que o direito DJE DATA:08/06/2009.)
de rever o ato de concessão da pensão civil foi atingido pela Portanto, não é possível manter o pagamento da pensão temporária à
decadência (art. 54, da Lei nº 9.784/99), pois, quando a impetrante impetrante por falta de amparo legal, eis que perdeu sua condição
começou a receber pensão, em 05/12/1987, em razão do óbito de seu essencial à percepção da pensão ao se casar com JOSÉ DE SOUZA
ex-marido, na condição de viúva, a UNIÃO FEDERAL passou a ter BARBOSA FILHO, além de estar economicamente amparada com a
conhecimento de que a pensionista não era mais solteira. Contudo, pensão por ele instituída, paga pelo Ministério da Fazenda, o que afasta
procedeu à revisão do ato de concessão da pensão apenas em 2008 qualquer possibilidade de se considerar a filha viúva tão dependente da
(proc. nº 53000.052394/2008), por força de Acórdão (fls. 32/40) pensão temporária quanto a filha solteira não ocupante de cargo
proferido pelo Plenário do TCU aproximadamente 20 (vinte) anos público permanente.
depois de a impetrante estar recebendo a pensão instituída por seu pai Quanto ao pedido de pagamento das verbas atrasadas desde a data da
na condição de viúva (e não solteira). suspensão do benefício, confira-se o seguinte julgado, proferido pela
Ocorre que, especificamente nesse caso, que envolve pensão civil TERCEIRA SEÇÃO do Eg. STJ, in verbis: (grifos nossos)
temporária, não há se falar em decadência, pois a pensão civil “RECLAMAÇÃO. DESCUMPRIMENTO DE DECISÃO
concedida à impetrante em 1921 não possui natureza vitalícia, estando PROFERIDA PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. AUTOS
condicionada ao permanente preenchimento de certos requisitos. DE RECURSO ORDINÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA.
Com efeito, a pensão em tela pode ser revogada pela Administração a PAGAMENTO DAS PARCELAS VENCIDAS APÓS A
qualquer tempo, se constatado que um ou mais requisitos não estão IMPETRAÇÃO. HONORÁRIOS DE ADVOGADO EM SEDE DE
sendo observados pela filha maior de 21 (vinte e um) anos, quais RECLAMAÇÃO. DESCABIMENTO. PEDIDO JULGADO
sejam: ser solteira e não ocupar cargo público permanente. PROCEDENTE.
Assim, ter recebido o benefício irregularmente, por mais de 20 (vinte) 1. Consoante jurisprudência do STJ, o pagamento de verbas atrasadas
anos, no estado civil de casada ou viúva não garante a impetrante a em sede de mandado de segurança restringe-se às parcelas existentes
manutenção do pagamento, pois, tratando-se de pensão temporária, a entre a data da impetração e a concessão da ordem.
Administração pode (e deve) revogar o ato de concessão pela perda 2. É vedada a condenação em verba de patrocínio na reclamação.
superveniente do direito. Precedente.
Ressalte-se que o caso não é de revisão de ato ilegal ou nulo, porquanto 3. Pedido que se julga procedente, para determinar o pagamento das
a pensão foi concedida à impetrante de acordo com os ditames legais. verbas vencidas durante o período entre a data da impetração e a
A situação trazida a lume é de revogação de concessão ante a perda da concessão da ordem, sob o regime de precatório.”
condição de beneficiária da filha maior de 21 (vinte e um) anos, que, (RCL 200501684802, JANE SILVA (DESEMBARGADORA
para permanecer recebendo o benefício, deve continuar solteira e não CONVOCADA DO TJ/MG), STJ - TERCEIRA SEÇÃO, DJE
ocupar cargo público permanente, a teor do art. 5º, parágrafo único, da DATA:15/10/2008.)
Não obstante, como a revogação do ato de concessão do benefício não
é ilegal, por consectário lógico não há se falar sequer em pagamento
das parcelas existentes desde a data da impetração.
De outro giro, em que pese não haja ilegalidade na cessação do
pagamento do benefício, entendo descabida, no caso presente, a

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obrigação de restituição ao erário da quantia de R$ 183.381,80,
devendo a UNIÃO abster-se de cobrar tal quantia da impetrante,
conforme decidido na sentença recorrida.
Embora o Ministério das Comunicações tenha pagado o benefício
indevidamente durante anos em razão de erro procedimental da
Administração, ou não aplicação de lei, e não em razão de parcialmente a segurança, julgando improcedente o pedido de
interpretação errônea de lei, embora escusável e razoável, o que, no restabelecimento da pensão e procedente o pedido para que a UNIÃO
entendimento desta Relatoria, dispensaria a devolução das quantias FEDERAL se abstenha de exigir a restituição dos valores percebidos
recebidas pela pensionista, independentemente de sua boa fé, é certo pela impetrante, como de direito, nos termos da fundamentação supra.
que, em razão das peculiaridades do caso concreto, não devem ser Custas ex lege. Sem honorários (enunciados nº. 512 da Súmula do STF
cobrados os valores pagos no período de setembro de 1994 a janeiro de e nº. 105 da do STJ).
2009, totalizando R$ 183.381,80, conforme boleto de fl. 163, emitido Preclusa esta decisão, remetam-se os autos à 1ª Vara Federal do Rio de
pelo Ministério da Fazenda com vencimento em 05/05/2009. Janeiro.
Com efeito, hão de ser consideradas no presente caso as seguintes Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012.
peculiaridades: (a) a natureza alimentar da pensão paga à impetrante, SERGIO SCHWAITZER
(b) a idade avançada da pensionista, quase centenária (95 anos), (c) a RELATOR
frágil saúde da mesma, que, além de necessitar de remédios, fraldas
geriátricas e fisioterapia, vive internada em Pensionato Geriátrico, cuja
mensalidade custa quase R$ 2.000,00 (dois mil reais), (d) o fato de a
impetrante ser pensionista de seu falecido marido pelo Ministério da
Fazenda, órgão que, assim como o Ministério das Comunicações, BOLETIM: 126821
também é da UNIÃO FEDERAL, gerando, assim, a presunção da boa
fé da impetrante, eis que seu estado civil foi levado ao conhecimento
da UNIÃO para concessão da pensão instituída por seu marido e, IV - APELACAO CIVEL 499335 1998.51.01.003845-1
apesar disso, o Ministério das Comunicações continuou lhe pagando a Nº CNJ :0003845-42.1998.4.02.5101
pensão da Lei nº 3.373/58, (e) a presunção de legalidade da RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
manutenção do pagamento, porquanto o mesmo não foi cessado após a APELANTE :UNIAO FEDERAL
concessão da pensão por morte do falecido marido da impetrante, e (f) APELANTE :INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
a inexistência nos autos de provas contra a impetrante no sentido de SOCIAL - INSS
que a mesma tenha influenciado ou interferido para o pagamento PROCURADOR :SHEILA DARDARI CASTANHEIRA
indevido da pensão em tela ao longo dos últimos 20 (vinte) anos. APELADO :THEREZINHA DO MENINO JESUS
Nesse mesmo sentido, em caso análogo, confira-se Emenda de SANTIAGO MORLEY E OUTROS
Acórdão proferido no âmbito desta Eg. Corte, in verbis: ADVOGADO :MARCELO XIMENES APOLIANO E
“ADMINISTRATIVO. RETITUIÇÃO DE VALORES PAGOS OUTROS
INDEVIDAMENTE A PENSIONISTA MILITAR. ERRO DA ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DO RIO DE
ADMINISTRAÇÃO E BOA-FÉ DA BENEFICIÁRIA. JANEIRO (9800038450)
INEXIGIBILIDADE DE RESTITUIÇÃO AO ERÁRIO.
I – A inadmissibilidade de tutela antecipatória contra a Fazenda DECISÃO
Pública, a teor do art. 1º da Lei 9.494/97, discutido na ADC-MC Trata-se de apelações contra sentença, também objeto de remessa
04/DF, não se aplica às hipóteses como a dos autos, em que se busca a necessária, por meio da qual se julgou procedente o pedido formulado
declaração de inexigibilidade dos valores recebidos pela autora, a título por empregados públicos federais aposentados quando ocupantes de
de pensão militar. empregos públicos lotados no quadro de pessoal da ECT, no sentido de
II – No mérito, prevalece o entendimento de que o pensionista de boa- a União e o INSS lhe pagar valor correspondente a atualização
fé, que percebe remuneração indevidamente em virtude de erro da monetária de parcelas estipendiais já pagas a ele na via administrativa a
Administração, como é o caso em tela, não pode ser compelido a título de determinadas vantagens pecuniárias.
proceder à restituição ao erário. Diante da petição inicial (fls. 03-07 c/c 147), das contestações (fls.
III – “Segundo a orientação jurisprudencial pacificada no âmbito desta 35-9 e 154-8), da réplica (fls. 212-5) e de petições da União (fls. 160 e
Corte Superior, descabe a reposição dos atrasados percebidos por 217), o MM. Juízo a quo asseverou, em síntese, que a União tem
servidor público que, de boa-fé, recebeu em seus proventos ou legitimidade ad causam passiva; e que "o servidor público tem o
remuneração valores advindos de errônea interpretação ou má direito de perceber verbas salariais atrasadas com correção monetária
aplicação da lei pela Administração, mostrando-se injustificado o plena desde o vencimento, sob pena de acabar merecendo menos do
desconto.” (STJ, AGRG no RESP 987829/RS, Min. JORGE MUSSI, que efetivamente faz jus" (fls. 282-4).
5ª Turma, DJU 22/04/2008, pág. 1) O INSS interpôs apelação, em cujas razões (fls. 286-9) pede a reforma
IV – A natureza alimentar do benefício impede a caracterização do da sentença, sustentando, em síntese, que "não há que se falar em
alegado “enriquecimento sem causa” considerando que sua utilização correção monetária e juros de mora".
para subsistência do beneficiário inviabiliza eventual repetição. A União também interpôs apelação, de modo independente, em cujas
V – Incidência da Súmula nº 106 do TCU e Enunciado Administrativo razões (fls. 301-13) pede a reforma da sentença, sustentando, em
nº 34 da própria AGU. síntese, que não tem legitimidade ad causam passiva; que ocorreu a
VI – Negado provimento à apelação e à remessa necessária.” prescrição da pretensão; que "o pagamento desses valores está sujeito
(AC 200650010035770, Desembargador Federal JULIO MANSUR, [...] à existência de disponibilidade orçamentária"; e que "o valor dos
TRF2 - QUINTA TURMA ESPECIALIZADA, E-DJF2R - juros de mora e da correção monetária sofreu relevante alteração com o
Data::25/04/2011 - Página::256.) advento da Lei 11.960/2009".
Face ao exposto, com base no art. 557, §1º-A, do CPC, dou parcial Os empregados também interpuseram apelação, porém de modo
provimento à remessa necessária e à apelação, para conceder adesivo, em cujas razões (fls. 321-6) pede a parcial reforma da
sentença, sustentando, em síntese, que a correção monetária deve ser
paga "desde quando os valores passaram a ser devidos (junho de 1993
com relação ao autor Oswaldyr da Silva Ramos e dezembro de 1992
com relação aos demais autores) até o efetivo pagamento, fevereiro e
março de 1994".

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Em contrarrazões (fls. 315-20 e 338-42), o servidor pede o não-
provimento das apelações interpostas pela União e pelo INSS; da
mesma forma (fls. 360-5) a União pede o não-provimento da apelação
interposta pelos empregados; e o INSS deixou de apresentar
contrarrazões (fl. 366), apesar de lhe ter sido oportunizada sua
apresentação (fls. 353 c/c 355). verba necessária por aquela (art. 7º do Decreto 882/93).
Em parecer (fls. 346-51), o MPF, intervindo no segundo grau de 2. Recurso não conhecido.
jurisdição na qualidade de custos legis, opina pelo provimento apenas [REsp n.º 337.210/ES, STJ, Sexta Turma, DJ de 18/02/2002, p. 537,
da apelação interposta pelos empregados. Rel. Min. FERNANDO GONÇALVES.]
É o relatório. Passo a decidir. Avançando à apreciação da questão prejudicial, deve-se ressaltar que
Apreciando-se a questão preliminar, diante do pedido que ora se deduz não ocorreu a prescrição qüinqüenal da pretensão condenatória,
em juízo, infere-se que deve ser reconhecida a legitimidade ad causam conforme o art. 1º do Decreto nº 20.910/1932, já que o advento da
passiva da União. Isso porque o respectivo débito orçamentário é específica pretensão condenatória em foco, que marca o início da
referido em respectiva dotação orçamentária consignada no Orçamento contagem do respectivo prazo, ocorreu quando foi finalmente iniciado,
da Seguridade Social componente da LOA daquela entidade política, na via administrativa, em fevereiro e março de 1994, o pagamento
conforme se extrai da Lei n.º 8.529/1992, a qual é assim redigida, in daquelas parcelas estipendiais (cf. fl. 28), sendo que a Ação foi
verbis: ajuizada em março de 1996 (cf. fl. 03).
Art. 1.º. É garantida a complementação da aposentadoria, paga na Esse entendimento já foi consagrado no âmbito dos Tribunais
forma prevista pela Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS), aos Superiores, merecendo referência, por oportuna, os seguintes julgados:
empregados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) REsp nº 281.635/RN, STJ, 5ª Turma, Rel. Min. JOSÉ ARNALDO DA
que tenham sido integrados nos seus quadros até 31 de dezembro de FONSECA, julg. em 06/04/2001, publ. na p. 253 do DJ de 11/06/2001;
1976. EDREsp nº 264.098/SP, STJ, 5ª Turma, Rel. Min. GILSON DIPP, julg.
Art. 2.º. Observadas as normas de concessão de benefícios da Lei em 06/04/2001, publ. na p. 221 do DJ de 04/06/2001.
Previdenciária, a complementação da aposentadoria devida pela Finalmente, avançando-se à apreciação do meritum causae, cumpre se
União é constituída pela diferença entre o valor da aposentadoria ressaltar que, por já terem sido pagas, com atraso, parcelas estipendiais
paga pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o valor da na via administrativa, com efeitos jurídicos financeiros retroativos, sua
remuneração correspondente à do pessoal em atividade na Empresa atualização monetária se apresenta como mera recomposição, visando
Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), com a respectiva a fazer com que o devedor pague o que deve, recebendo o credor o que
gratificação adicional por tempo de serviço. lhe cabe, a fim de ser restabelecida a situação jurídica em que este
[...] estaria se não tivesse sido lesado, configurando simples restitutio in
Art. 5.º. A complementação da pensão de beneficiário do empregado integrum.
da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), abrangido por Esse entendimento já foi consagrado no Enunciado nº 682 da Súmula
esta lei, é igualmente devida pela União e continuará a ser paga pelo do STF, pelo qual "não ofende a Constituição a correção monetária no
INSS, observadas as normas de concessão de benefícios da Lei pagamento com atraso dos vencimentos de servidores públicos"; e
Previdenciária e as disposições do parágrafo único do art. 2° desta também no âmbito do STJ, merecendo referência, por oportuna, os
lei. seguintes julgados: REsp nº 366.659/PI, Quinta Turma, Rel. Min.
Art. 6.º. O Tesouro Nacional manterá à disposição do INSS, à conta de JORGE SCARTEZZINI, julg. em 28/04/2004, publ. na p. 317 do DJ
dotações próprias consignadas no Orçamento da União, os recursos de 30/08/2004; AGA nº 551.018/RJ, Sexta Turma, Rel. Min. PAULO
necessários ao pagamento da complementação de que trata esta lei. MEDINA, julg. em 02/03/2004, publ. na p. 286 do DJ de 29/03/2004;
Nesse sentido, merecem transcrição as ementas de julgados assim EREsp nº 338.278/PI, Terceira Seção, Rel. Min. FELIX FISCHER,
redigidas, in verbis: julg. em 26/02/2003, publ. na p. 240 do DJ de 23/06/2003.
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. COMPLEMENTAÇÃO Ademais, esse entendimento veio a ser consagrado no Enunciado nº 19
DE APOSENTADORIA. SERVIDORES DA ECT. LEI N.º 8.529/92. da Súmula do TRF-1, pelo qual "o pagamento de benefícios
ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DO INSS. QUESTÃO previdenciários,vencimentos, salários, proventos, soldos e pensões,
DEVIDAMENTE PREQUESTIONADA. INSS E UNIÃO. feito, administrativamente, com atraso, está sujeito a correção
LEGITIMIDADE PASSIVA EM CONJUNTO. RECONHECIMENTO. monetária desde o momento em que se tornou devido"; no Enunciado
PRECEDENTES DESTA CORTE. nº 9 da Súmula do TRF-4, pelo qual "incide correção monetária sobre
1. O INSS, juntamente com a União, são partes legítimas na lides, onde os valores pagos com atraso, na via administrativa, a título de
se postula o pagamento da complementação da aposentadoria prevista vencimento, remuneração, provento, soldo, pensão ou benefício
na Lei 8.529/92, uma vez que a União é a responsável pelo repasse dos previdenciário, face à sua natureza alimentar"; e também no Enunciado
valores necessários, enquanto o INSS o executor do pagamento. nº 5 da Súmula do TRF-5, pelo qual "as prestações atrasadas
Precedentes. reconhecidas como devidas pela Administração Pública devem ser
2. Agravo regimental desprovido. pagas com correção monetária".
[AGA n.º 572.801/DF, STJ, Quinta Turma, DJ de 29/11/2004, p. 373, Além disso, no âmbito da própria Administração Pública Federal, esse
Rel.ª Min.ª LAURITA VAZ.] entendimento veio a ser corroborado pelo Parecer nº GQ-111/1996 da
PROCESSO CIVIL. APOSENTADORIA. COMPLEMENTAÇÃO DE AGU (exarado em 16/05/1996, aprovado pelo Presidente da República
APOSENTADORIA. LEI Nº 8.529/92, ART. 6º. DECRETO Nº 882/93. em 05/06/1996, e publicado em 24/09/1996, com eficácia jurídica
SERVIDOR DO EXTINTO DEPARTAMENTO DE CORREIOS E vinculante perante a Administração Pública Federal, por força do art.
TELÉGRAFOS – DCT. EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E 40, § 1º, da LC nº 73/1993), ao qual restou anexo o Parecer nº
TELÉGRAFOS - EBCT. UNIÃO. LEGITIMIDADE PASSIVA AD MF-3/1996 da mesma; e também pelo Enunciado nº 28/2008 da
CAUSAM. Súmula da AGU (com nova redação dada por meio do Enunciado nº
1. É parte legítima a União, em conjunto com o INSS, nas ações em 38/2008 dessa Súmula).
que postulada a complementação de aposentadoria prevista em Lei nº Por fim, vale ressaltar que, apesar de o Ofício Circular n.º 44/1996 da
8.529/92, sendo este executor do pagamento em função do repasse da SRH – Secretaria de Recursos Humanos do MARE – Ministério da
Administração Federal e Reforma do Estado fazer referência ao art. 46
da Lei n.º 8.112/1990 (com nova redação dada inicialmente através da
Lei n.º 9.527/1997 e posteriormente através da MPv n.º 2.225-45/2001,
que expressamente limitaram a incidência de atualização monetária até
30 de junho de 1994, véspera de quando foi instituído o Real como

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unidade do SMN – Sistema Monetário Nacional), este artigo se aplica
especificamente quanto à realização, pela própria Administração
Pública, de descontos em remuneração, proventos de aposentadoria ou
pensão, a título de reposição ao erário de parcelas percebidas, hipótese
inversa da que ocorre no presente caso.
Essa é a interpretação extraída do Memorando n.º 21/2000 da COGLE (200251010165922)
– Coordenadoria Geral de Sistematização e Aplicação da Legislação da
SRH – Secretaria de Recursos Humanos, pelo qual "as reposições e despacho
indenizações ao erário, somente podem ser atualizadas até 30 de junho Tendo em vista a homologação de acordo celebrado entre as partes às
de 1994, subentendendo-se, conseqüentemente, que após essa data, os fls. 542/553, dê-se baixa na distribuição e remetam-se os presentes
descontos são efetuados levando-se em conta apenas o valor nominal autos à Vara de origem.
do débito, vez que a correção dos valores passou a não mais existir P.I.
para a Administração". Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012.
Superado, portanto, esse aspecto do meritum causae, cumpre Desembargadora Federal VERA LÚCIA LIMA
reconhecer, como conseqüência lógica do reconhecimento do direito à Relatora
descrita incorporação, o direito à percepção das respectivas parcelas
vencidas e vincendas, além das eventuais repercussões de caráter
remuneratório, com atualização monetária e os juros de mora aplicados
à caderneta de poupança, conforme o art. 1º-F da Lei nº 9.494/1997
(com nova redação dada por meio do art. 5º da Lei nº 11.930/2009, BOLETIM: 126835
aplicável, pelo critério da especialidade, em detrimento do art. 1º da
Lei nº 4.414/1964, bem como dos arts. 389, 395 e 406 do CC/2002, c/c
o art. 161, § 1º, do CTN. IV - APELACAO CIVEL 460824 2007.51.01.015718-2
Nesse sentido, cumpre se frisar que os índices de atualização monetária Nº CNJ :0015718-24.2007.4.02.5101
aplicáveis são os constantes no Manual de Orientação de RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal, anexo à Resolução APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
nº 134/2010 do CJF, especificamente referentes às "cadernetas de ADVOGADO :ANA REGINA SHUENQUENER DE
poupança", distintas das concernentes às "ações condenatórias em ARAUJO E OUTROS
geral". APELADO :NEDIA ALVES DE ARAUJO
Ressalte-se, contudo, a possibilidade jurídica e fática de ser realizada ADVOGADO :SEM ADVOGADO
compensação de eventuais pagamentos realizados na via administrativa ORIGEM :VIGÉSIMA TERCEIRA VARA FEDERAL
sob o mesmo título. DO RIO DE JANEIRO
Em face do exposto, nego seguimento à apelação interposta pelo INSS, (200751010157182)
na forma do art. 557, caput, do CPC, e dou parcial provimento à
remessa necessária e às apelações interpostas pela União e pelos DECISÃO
empregados, na forma do art. 557, § 1º-A, desse Codex, com relação à Trata-se de apelação cível interposta contra sentença, proferida à fl.
atualização monetária e aos juros de mora, nos estritos termos dos 53/54 pelo MM Juízo da 23ª Vara Federal do Rio de Janeiro – RJ, que
fundamentos supra expostos. julgou extinta, por indeferimento da inicial, a ação monitória ajuizada
Decorrido o devido prazo sem a interposição de recurso contra esta pela CEF em face de NEDIA ALVES DE ARAUJO, na qual a empresa
decisão monocrática, remetam-se os presentes autos à Vara Federal de pública pugnara pela cobrança de valores relativos a Contrato de
origem. Crédito Rotativo.
Rio de Janeiro, 20 de abril de 2012. Na sentença vergastada, a MM Juíza a quo consignara que, ao proceder
SERGIO SCHWAITZER à citação da ré, o Oficial de Justiça certificara que esta falecera.
RELATOR Relata, outrossim, que, intimada para que desse prosseguimento ao
feito, especialmente pela verificação de ajuizamento de inventário do
espólio da ré, a empresa pública ficara inerte. Positiva, em seguida, a
ausência de documento essencial à propositura e prosseguimento da
ação, fundamento pelo que indefere a inicial por inépcia.
BOLETIM: 126822 Em suas razões de apelação a CEF alega inexistir qualquer vício na
petição inicial, razão por que o processo não poderia ser extinto por
inépcia. Sustenta, bem assim, que o § 1º, do art. 267, do CPC,
IV - APELACAO CIVEL 2002.51.01.016592-2 prescreve que, precedentemente à extinção do processo, seja a parte
Nº CNJ :0016592-82.2002.4.02.5101 intimada a suprir, em 48 horas, o defeito, determinação desatendida
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL pelo Douto magistrado. Por estas razões pede seja reformada a
VERA LÚCIA LIMA sentença (fls. 59/63).
APELANTE :MARIO EDUARDO DELUIZ É o relatório.
AZEVEDO E OUTRO Passo a decidir.
ADVOGADO :SERGIO RODRIGO CAMPOS A sentença deve ser mantida.
MONTEIRO E OUTROS É curial que às partes, em especial, ao postulante cabe preencher os
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF pressupostos de constituição e desenvolvimento válido e regular do
ADVOGADO :ROBERTO CARLOS MARTINS PIRES processo, observando e integrando todos os pressupostos processuais,
E OUTROS mormente velando pela regularidade formal do processo, bem como
ORIGEM :VIGÉSIMA SÉTIMA VARA FEDERAL pela prova dos fatos constitutivos do direito que alega violado na
DO RIO DE JANEIRO inicial.
A citação daquele indicado para figurar no pólo passivo da demanda é
ônus do autor, sem o que é mister que seja indeferida a petição inicial.
Verifica-se que, ante à informação de óbito da ré, a CEF fora intimada
para, em trinta dias, diligenciar, junto aos juízos orfanológicos, a
verificação de existência de inventário (fl. 40).

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Verifica-se, outrossim, que a própria empresa pública formulara pedido
de suspensão do feito por 60 dias (fl. 48), deferido à fl. 50.
Neste sentido, face à indispensabilidade da regularização da relação
jurídico-processual, circunstância não perfectibilizada, impõe-se negar
seguimento ao recurso.
Verifica-se integralmente dispensável nova intimação da empresa [...]
pública para atendimento da determinação judicial, mormente porque a II. O benefício da gratuidade judiciária não afasta a imposição da
empresa pública descumprira o prazo por ela mesmo requerido (fl. 48), sucumbência, e, por conseguinte, da compensação desta, mas apenas
logo, reputado razoável por ela, bem assim, que a extinção é a possibilita a suspensão do pagamento, na hipótese de condenação ao
conseqüência do descumprimento da diligência incumbida ao autor pagamento de tal ônus, pelo período de cinco anos.
(parágrafo único, do art. 284, CPC). III. Agravo regimental improvido.”
Portanto, com espeque no autorizativo do caput, do art. 557, do CPC, (STJ/4a T, AgRg no REsp 1.019.852/MG, Rel. Min. ALDIR
mantenho a sentença que extinguiu, sem julgamento de mérito, a ação PASSARINHO JUNIOR, DJe 15/12/08).
monitória, pelo indeferimento da petição inicial. "PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. ASSISTÊNCIA
Face ao exposto, nego seguimento ao recurso, nos termos do caput, do art. JUDICIÁRIA GRATUITA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
557 do CPC, ante a sua manifesta inadmissibilidade. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. ART. 21 DO CPC. ART. 23 DA LEI
Preclusa esta decisão, baixem os autos à Vara de origem. N. 8.906⁄94. PRECEDENTES.
Rio de janeiro, 30 de abril de 2012. 1. O entendimento após a Constituição de 1988 é o de que há sempre
SERGIO SCHWAITZER sucumbência em toda demanda.
RELATOR 2. Em caso de assistência judiciária gratuita há condenação, embora
não se exija o pagamento enquanto durar a situação de
miserabilidade.
[...]
9. Agravo regimental improvido."
IV - APELACAO CIVEL nº 455934/RJ 2004.51.01.011989-1 (STJ/2ª T, AgR-REsp 366.160⁄RS, Relª Minª ELIANA CALMON,
Nº CNJ :0011989-92.2004.4.02.5101 DJU 28/04/03)
RELATOR :SERGIO SCHWAITZER “PROCESSO CIVIL. GRATUIDADE. SUCUMBÊNCIA. PARTE
APELANTE :UNIAO FEDERAL VENCIDA. CONDENAÇÃO. SOBRESTAMENTO, PRESCRIÇÃO.
APELADO :MILTON ROBERTO DE OLIVEIRA ART. 12 DA LEI N. 1.060/50.
CHAGAS - A parte beneficiária da justiça gratuita, quando vencida, sujeita-se
ADVOGADO :ELIZABETH PIRES FERREIRA ALVES ao princípio da sucumbência, não se furtando ao pagamento dos
ORIGEM :SÉTIMA VARA FEDERAL DO RIO DE consectários dela decorrentes.
JANEIRO (200451010119891) - A condenação respectiva deve constar da sentença, ficando, contudo,
sobrestada até e se, dentro em cinco anos, a parte vencedora
DECISÃO comprovar não mais subsistir o estado de miserabilidade da parte
Trata-se de apelação de sentença proferida pelo MM. Juízo da 7ª Vara vencida.”
Federal do Rio de Janeiro, que julgou improcedente o pedido, (STJ/4aT, RESP 8751/SP, Rel. Min.SALVIO DE FIGUEIREDO
deixando, porém, de condenar a parte Autora ao pagamento dos TEIXEIRA, DJ 11/05/92, pág. 6436).
encargos de sucumbência, por ser beneficiária da gratuidade de justiça. Face ao exposto e a teor do art. 557, § 1º-A, do CPC, dou provimento à
Em suas razões de apelação, requer a União a reforma parcial do apelação, reformando parcialmente a r. sentença, para condenar o
decisum, para que seja incluída a condenação na verba honorária, ao Autor nas custas do processo e honorários advocatícios de 10% sobre o
argumento de que a Lei 1.060/50 não exime o vencido de arcar com os valor da causa; observado, contudo o disposto no art. 12, da Lei
ônus da sucumbência, apenas prevê, em seu art. 12, a possibilidade de 1.060/50, consoante a fundamentação supra.
se suspender o pagamento por até 5 (cinco) anos, acaso não haja Preclusa esta decisão, baixem-se os autos à Vara de origem.
modificação na situação financeira do devedor. Rio de Janeiro, 27 de abril de 2012.
Manifestação do Ministério Público Federal, às fls. 163. SERGIO SCHWAITZER
É o relatório. DECIDO. RELATOR
Merece reforma a r. sentença.
De fato, é cabível a condenação do beneficiário da gratuidade de
justiça em honorários de sucumbência e deve a respectiva condenação
constar da sentença, não se olvidando, porém, da dicção do art. 12, da
Lei de Assistência Judiciária (Lei 1.060/50), “a parte beneficiada pela IV - APELACAO CIVEL 494451 2009.51.01.021047-8
isenção ficará obrigada a pagá-las, desde que possa fazê-lo sem Nº CNJ :0021047-46.2009.4.02.5101
prejuízo do sustento próprio ou da família”. RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
Destarte, eventual condenação da parte assistida em verba honorária, APELANTE :UNIAO FEDERAL
como ocorreu na hipótese, deve ter sua execução sobrestada, a teor do APELADO :HEITOR LUIZ DA SILVA LESSA E
indigitado art. 12, in fine, da Lei 1.060/50. OUTRO
A título ilustrativo, vale destacar os seguintes arestos, verbis: ADVOGADO :MARIA ADELIA CAMPELLO E
“PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OUTROS
RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. CONTRATO DE ORIGEM :VIGÉSIMA TERCEIRA VARA FEDERAL
EMPRÉSTIMO. AÇÃO REVISIONAL. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. DO RIO DE JANEIRO
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. HONORÁRIOS. (200951010210478)
COMPENSAÇÃO. POSSIBILIDADE. CPC, ART. 21. SÚMULA N.
306-STJ DECISÃO
Trata-se de apelação interposta de sentença de fls. 34/35 dos autos,
proferida pelo MM Juiz da 23ª Vara Federal do Rio de Janeiro que
julgou improcedentes embargos à execução opostos pela União
Federal, determinando o prosseguimento da execução. Condenou,
ainda, a embargante em honorários advocatícios em 20% sobre o valor

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da condenação.
Requer, em síntese, a União Federal em seu apelo (fls. 38/41) a
exclusão dos honorários advocatícios fixados, ou a fixação em menor
valor.
Contrarrazões às fls. 48/52 dos autos.
Parecer do Ministério Público Federal às fls. 65/66, no sentido de Frente ao exposto, a teor do art. 557, § 1º-A, do CPC, dou parcial
inexistir interesse a justificar a sua intervenção no feito. provimento a apelação, nos termos supramencionados.
É o Relatório. Rio de Janeiro, 26 de abril de 2012.
A União Federal opôs embargos à execução , nos termos do artigo 741, SERGIO SCHWAITZER
II, do CPC, alegando inexigível o título judicial face a ausência de RELATOR
liquidação da sentença, ao fundamento de que a Embargante
apresentou memória discriminada de cálculo sem promover
anteriormente a correta liquidação da sentença.
Os embargados requereram o pagamento das pensões da data da
impetração do mandado de segurança, em outubro de 2002 até a ré- APELACAO CIVEL 2004.51.01.005920-1
implantação do benefício, em abril de 2003. Nº CNJ :0005920-44.2004.4.02.5101
Assim sendo, postularam o pagamento no valor total de R$ 19.381,21, RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
conforme planilha de fls. 164/165(autos em apenso), especificando o APELANTE :CRISTIANO PEREIRA TERSO
índice de correção, o valor atualizado, os juros aplicados, e o seu ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
resultado final. APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
No recurso de apelação (fls. 38/41) busca a União Federal excluir ou ADVOGADO :CINTIA DE FREITAS GOUVEIA E
reduzir os honorários advocatícios fixados no limite máximo de 20% OUTROS
sobre a condenação. ORIGEM :DÉCIMA SÉTIMA VARA FEDERAL
O julgamento de improcedência dos Embargos à Execução revela que DO RIO DE JANEIRO
os embargados não deram causa à instauração do processo, decorrendo, (200451010059201)
daí, o ônus da União Federal em arcar com a verba de sucumbência,
que deve ser arbitrada de modo não excessivo ou irrisório. DESPACHO
Em regra, havendo julgamento de improcedência dos embargos à Analiso o requerimento de fl. 225, formulado pela Caixa Econômica
execução, como no caso vertente, a base de cálculo dos honorários Federal – CEF, no qual a empresa pública apelada pleiteia a extinção
advocatícios deve recair sobre a diferença entre o valor apresentado do feito, na forma do art. 267, VIII, do CPC (desistência da ação pelo
pelo exeqüente e àquele acolhido pelo juiz na sentença, e observadas às autor).
normas do artigo 20, §§ 4º e 3º do CPC, que autoriza ao juiz nas causas Inicialmente deve ser consultado, em dez dias, o interesse do apelante,
de pequeno valor e nas execuções embargadas ou não fixar os em respeito ao princípio do contraditório.
honorários consoante apreciação equitativa. Intime-se.
Aliás, nesse sentido é o julgado do Superior Tribunal de Justiça que Rio de Janeiro, 17 de abril de 2012.
trago à colação:
AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. JUROS SERGIO SCHWAITZER
DE MORA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. RELATOR
INOVAÇÃO ARGUMENTATIVA. QUESTÃO NÃO VENTILADA
NAS CONTRARRAZÕES AO RECURSO ESPECIAL. 1.(...). 2(...).
3.(...). 4.(...). 5. A base de cálculo dos honorários advocatícios, em sede
de embargos à execução, deve corresponder, necessariamente, ao
montante alegado como excessivo. Precedentes. 6. De acordo com o IV - APELACAO CIVEL 504456 2008.51.01.018462-1
art. 20, § 4.°, do Código de Processo Civil, nas lides em que for Nº CNJ :0018462-55.2008.4.02.5101
sucumbente a Fazenda Pública, o juiz, mediante apreciação eqüitativa e RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
atendendo as normas estabelecidas nas alíneas do art. 20, § 3.°, do APELANTE :UNIAO FEDERAL
Código de Processo Civil, poderá fixar os honorários advocatícios APELADO :MARIA LUZIA FILGUEIRAS
aquém ou além dos limites estabelecidos no referido parágrafo 7. ADVOGADO :ADRIANA MONTEIRO VINCLER E
Agravo regimental da União desprovido. Agravo regimental de OUTROS
Amilcar Estanilau de Souza parcialmente provido.(ADRESP ORIGEM :DÉCIMA SÉTIMA VARA FEDERAL DO
200901060546, LAURITA VAZ, STJ - QUINTA TURMA, DJE RIO DE JANEIRO (200851010184621)
DATA:13/12/2010.)
No entanto, na adoção do critério acima estabelecido, qual seja, o DECISÃO
excesso encontrado, deve-se levar em consideração a ausência de Trata-se de apelação interposta de sentença de fls. 493/495 dos autos,
complexidade da causa, o que facilita o trabalho realizado pelo proferida pelo MM Juiz da 17ª Vara Federal do Rio de Janeiro que
advogado, reduzindo, sobremaneira, o tempo exigido para o seu julgou procedentes embargos à execução opostos pela União Federal,
serviço acolhendo o excesso de R$ 31.213,12 (trinta e um mil, duzentos e treze
Dentro desse contexto, tem-se por injusto o percentual fixado em seu reais e doze centavos), para declarar extinta a execução de MARIA
patamar máximo, vez que, atento ao disposto no § 3º (alíneas, “a”, “b”, LUZIA FILGUEIRAS, nos termos do artigo 794, II, do CPC.
e “c”), do artigo 20 do CPC, a quantia refletiria valor excessivo. Assim Amparado no Parecer Técnico de fls.14/15 dos autos, a União Federal
sendo, reduzo o percentual para 10% (dez por cento) incidente sobre o opôs embargos à execução discordando dos cálculos apresentados por
valor atribuído a causa, correspondente a quantia encontrada pelo Maria Luzia Filgueiras, ao fundamento de acordo firmado para
credor valor total de R$ 19.381,21, conforme planilha de fls. recebimento administrativo dos resíduos percentuais do índice de
164/165(autos em apenso). 28,86%.
Ao julgar procedentes os embargos à execução, o MM juiz a quo
adotou dispositivo do seguinte teor:
“FLS.495 – ISTO POSTO, (1) HOMOLOGO POR SENTENÇA O
ACORDO CELEBRADO ENTRE AS PARTES noticiado no
documento de fls. 15 e (2) JULGO PROCEDENTE o pedido deduzido

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nos presentes embargos, para declarar extinta extinta a execução de
MARIA LUZIA FILGUEIRAS, nos termos do artigo 794, II, do CPC.
Sem custas, na forma do art. 7º da Lei 9.289/96. Condeno a embargada
em honorários advocatícios de 5% (cinco por cento) sobre o valor da
causa, nos termos do art. 20, § 4º, do CPC, suspensa a respectiva
exigibilidade nos termos da Lei 1060/50, por litigar a mesma sob o
pálio da gratuidade.”
Requer, em síntese, a União Federal em seu apelo (fls. 503/507) o
aumento dos honorários advocatícios fixados, pugnando pela fixação IV - APELACAO CIVEL 468280 2008.51.01.010676-2
no percentual de 10% do valor da causa. Nº CNJ :0010676-57.2008.4.02.5101
Sem contrarrazões. RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
Parecer do Ministério Público Federal pelo desprovimento do apelo. APELANTE :UNIAO FEDERAL
É o Relatório. APELADO :IDALINA NASCIMENTO DA SILVA
Conforme visto, a União Federal opôs embargos à execução ADVOGADO :VALERIA TAVARES DE SANT'ANNA E
discordando dos cálculos apresentados pela Embargada apontando o OUTROS
excesso de R$ 31.213,12 (trinta um mil, duzentos e treze reais, e doze ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DO RIO DE
centavos), valor esse correspondente ao atribuído a causa. JANEIRO (200851010106762)
A sentença ao acolher o excesso à execução reconheceu que o credor
(embargado) pleiteou quantia superior à efetivamente devida, e fixou o DECISÃO
percentual de 5% sobre o valor da causa, correspondente a R$ 1.560,65 Trata-se de apelação interposta de sentença de fls. 157/159 dos autos,
(hum mil, quinhentos e sessenta seis reais e sessenta cinco centavos). proferida pelo MM Juiz da 6ª Vara Federal do Rio de Janeiro que
O julgamento de procedência dos Embargos à Execução revela que o julgou procedentes embargos à execução opostos pela União Federal,
embargado deu causa à instauração do processo diante do excesso de acolhendo o excesso de R$ 4.395,86 (quatro mil, trezentos e noventa
sua pretensão executória, decorrendo, daí, o ônus de arcar com a verba cinco reais e oitenta e seis centavos)
de sucumbência, que deve ser arbitrada de modo não excessivo ou Amparado no Parecer Técnico de fls.11 dos autos, a União Federal
irrisório. opôs embargos à execução discordando dos cálculos apresentados por
Em regra, havendo julgamento de procedência dos embargos à Idalina Nascimento da Silva, ao fundamento de não deduzidos do
execução, como no caso vertente, a base de cálculo dos honorários índice de 28,86% outros reajustes porventura concedidos.
advocatícios deve recair sobre a diferença entre o valor apresentado Ao julgar procedentes os embargos à execução, o MM juiz a quo
pelo exeqüente e àquele acolhido pelo juiz na sentença, e observadas às adotou dispositivo do seguinte teor:
normas do artigo 20, §§ 4º e 3º do CPC, que autoriza ao juiz nas causas “FLS.159 –JULGO PROCEDENTE o presente Embargos à Execução
de pequeno valor e nas execuções embargadas ou não fixar os oposto pela UNIÃO FEDERAL, nos termos acima exposados.
honorários consoante apreciação equitativa. Condeno à Embargada ao pagamento dos honorários advocatícios, que
Aliás, nesse sentido é o julgado do Superior Tribunal de Justiça que fixo em 5% (cinco por cento) sobre o valor atualizado dos embargos
trago à colação: (art. 20, § 4º, do CPC)
AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. JUROS Requer, em síntese, a União Federal em seu apelo (fls. 260/264) o
DE MORA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. aumento dos honorários advocatícios fixados, pugnando pela fixação
INOVAÇÃO ARGUMENTATIVA. QUESTÃO NÃO VENTILADA no percentual de 10% do valor da causa.
NAS CONTRARRAZÕES AO RECURSO ESPECIAL. 1.(...). 2(...). Sem contrarrazões.
3.(...). 4.(...). 5. A base de cálculo dos honorários advocatícios, em sede É o Relatório.
de embargos à execução, deve corresponder, necessariamente, ao Conforme visto, a União Federal opôs embargos à execução
montante alegado como excessivo. Precedentes. 6. De acordo com o discordando dos cálculos apresentados pela Embargada apontando o
art. 20, § 4.°, do Código de Processo Civil, nas lides em que for excesso de R$ 4.395,86 (quatro mil, trezentos e noventa cinco reais e
sucumbente a Fazenda Pública, o juiz, mediante apreciação eqüitativa e oitenta e seis centavos).
atendendo as normas estabelecidas nas alíneas do art. 20, § 3.°, do A sentença ao acolher o excesso à execução reconheceu que o credor
Código de Processo Civil, poderá fixar os honorários advocatícios (embargado) pleiteou quantia superior à efetivamente devida, e fixou o
aquém ou além dos limites estabelecidos no referido parágrafo 7. percentual de 5% sobre o valor da causa, o que corresponde a R$
Agravo regimental da União desprovido. Agravo regimental de 219,97 (duzentos e dezenove reais e noventa sete centavos).
Amilcar Estanilau de Souza parcialmente provido.(ADRESP O julgamento de procedência dos Embargos à Execução revela que o
200901060546, LAURITA VAZ, STJ - QUINTA TURMA, DJE embargado deu causa à instauração do processo diante do excesso de
DATA:13/12/2010.) sua pretensão executória, decorrendo, daí, o ônus de arcar com a verba
No entanto, na adoção do critério acima estabelecido, qual seja, o de sucumbência, que deve ser arbitrada de modo não excessivo ou
excesso encontrado, deve-se levar em consideração a ausência de irrisório.
complexidade da causa, o que facilita o trabalho realizado pelo Em regra, havendo julgamento de procedência dos embargos à
advogado e reduz o tempo exigido para o seu serviço execução, como no caso vertente, a base de cálculo dos honorários
Dentro desse contexto, tem-se por justo o percentual fixado que impôs advocatícios deve recair sobre a diferença entre o valor apresentado
a Embargada o ônus de pagar a quantia de R$ 1.560,65 à título de pelo exeqüente e àquele acolhido pelo juiz na sentença, e observadas às
honorários advocatícios, decorrente do excesso encontrado. normas do artigo 20, §§ 4º e 3º do CPC, que autoriza ao juiz nas causas
Frente ao exposto, a teor do art. 557, caput, do CPC, nego seguimento de pequeno valor e nas execuções embargadas ou não fixar os
a apelação, nos termos supramencionados. honorários consoante apreciação equitativa.
Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012. Aliás, nesse sentido é o julgado do Superior Tribunal de Justiça que
SERGIO SCHWAITZER trago à colação:
RELATOR AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. JUROS
DE MORA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO.
INOVAÇÃO ARGUMENTATIVA. QUESTÃO NÃO VENTILADA
NAS CONTRARRAZÕES AO RECURSO ESPECIAL. 1.(...). 2(...).
3.(...). 4.(...). 5. A base de cálculo dos honorários advocatícios, em sede
de embargos à execução, deve corresponder, necessariamente, ao
montante alegado como excessivo. Precedentes. 6. De acordo com o

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art. 20, § 4.°, do Código de Processo Civil, nas lides em que for
sucumbente a Fazenda Pública, o juiz, mediante apreciação eqüitativa e
atendendo as normas estabelecidas nas alíneas do art. 20, § 3.°, do
Código de Processo Civil, poderá fixar os honorários advocatícios
aquém ou além dos limites estabelecidos no referido parágrafo 7.
Agravo regimental da União desprovido. Agravo regimental de argumento de inexistência do título judicial decorrente do acordo
Amilcar Estanilau de Souza parcialmente provido.(ADRESP firmado pelo embargado, na forma prevista na Lei nº 10.667/03.
200901060546, LAURITA VAZ, STJ - QUINTA TURMA, DJE È certo que a concessão da gratuidade de justiça não exime o
DATA:13/12/2010.) embargado de pagar os honorários advocatícios fixados, ficando,
No entanto, na adoção do critério acima estabelecido, qual seja, o entretanto, sua execução suspensão, a teor do disposto no artigo 12, da
excesso encontrado, deve-se levar em consideração a ausência de Lei 1.060/50.
complexidade da causa, o que facilita o trabalho realizado pelo No caso vertente, em seu recurso de apelação, o embargado, postula
advogado e reduz o tempo exigido para o seu serviço pedido já concedido na sentença, vez que ali foi determinada a
Dentro desse contexto, tem-se por injusto o percentual fixado que suspensão da execução da verba honorária pelo prazo de cinco anos.
impôs a Embargada o ônus de pagar a quantia de R$ 219,97 (duzentos Portanto, carece o recurso de apelação de interesse posto ausente a
e dezenove reais e noventa sete centavos) à título de honorários necessidade da intervenção jurisdicional para corrigir ato judicial.
advocatícios, decorrente do excesso encontrado, vez que traduz valor Frente ao exposto, a teor do art. 557, caput, do CPC, nego seguimento
irrisório. a apelação, nos termos supramencionados.
Assim, conforme pleiteada pela União Federal na inicial dos Embargos Rio de Janeiro, 27 de abril de 2012.
(fls. 10) e em seu recurso, a verba honorária deve ser aumentada para o SERGIO SCHWAITZER
percentual de 10% sobre o valor atribuído à causa, devidamente RELATOR
atualizado.
Frente ao exposto, a teor do art. 557, § 1º-A, do CPC, dou provimento
a apelação, nos termos supramencionados.
Rio de Janeiro, 30 de abril de 2012.
SERGIO SCHWAITZER APELACAO CIVEL 1999.51.01.016421-7
RELATOR Nº CNJ :0016421-33.1999.4.02.5101
RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADVOGADO :SERGIO MANDELBLATT E OUTROS
APELADO :ALBERTO FRANCO MEIRELLES
IV - APELACAO CIVEL 499049 2010.51.01.007792-6 ADVOGADO :SEM ADVOGADO
Nº CNJ :0007792-84.2010.4.02.5101 ORIGEM :VIGÉSIMA NONA VARA FEDERAL
RELATOR :SERGIO SCHWAITZER DO RIO DE JANEIRO (9900164210)
APELANTE :EDISON DE OLIVEIRA
ADVOGADO :ADRIANO PEREIRA ANUNCIACAO E DESPACHO
OUTROS A autora/apelante, Caixa Econômica Federal – CEF, à fl. 52, requereu
APELADO :FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE - a extinção do presente feito, na forma do art. 267, VIII, do CPC.
FNS Ocorre que ao signatário daquele pedido não foram outorgados poderes
PROCURADOR :EPAMINONDAS MORAES DE SOUZA para a prática de atos neste processo.
ORIGEM :DÉCIMA OITAVA VARA FEDERAL DO Em virtude disso, dê-se vista à CEF, a fim de que regularize sua
RIO DE JANEIRO (201051010077926) representação postulatória, de molde a viabilizar a pretensão, caso
ainda tenha interesse.
DECISÃO Rio de Janeiro, 17 de abril de 2012.
Trata-se de apelação interposta de sentença (fls. 66/69), proferida pelo SERGIO SCHWAITZER
MM Juiz da 18ª Vara Federal do Rio de Janeiro que julgou procedentes RELATOR
embargos à execução opostos pela Fundação Nacional de Saúde, para
decretar nula a execução processada nos autos principais nº
2008.5101.024580-4, ao fundamento de inexistência de título.
O MM juiz a quo ao acolher os embargos condenou o embargado ao
pagamento de honorários advocatícios de R$ 300,00 (trezentos reais), IV - APELACAO CIVEL 503245 2002.51.01.003575-3
determinando a suspensão do pagamento pelo prazo máximo de cinco Nº CNJ :0003575-76.2002.4.02.5101
anos, ou até a cessação do estado de hipossuficiência econômica, face a RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
gratuidade de justiça deferida nos autos principais. APELANTE :UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE
Requer, em síntese, o embargado Edison de Oliveira em seu apelo (fls. JANEIRO - UFRJ
71/76) a suspensão do pagamento dos honorários advocatícios fixados PROCURADOR :OLYNTHO JOSE TITONELI ALVIM
pelo período de 05 (cinco) anos, consoante preceitua o artigo 12 da Lei APELADO :CARLOS EDUARDO DE MORAES
1.060/50. FERNANDES
Contrarrazões as fls. 78/82. ADVOGADO :IZABEL MEIRA C. LEMGRUBER
É o Relatório. PORTO E OUTROS
O embargado Edison de Oliveira teve por sentença proferida no ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DO RIO DE
Mandado de Segurança nº 99.0017374-0, reconhecido o direito a JANEIRO (200251010035753)
reintegração ao cargo de agente de combate à endemias.
O julgamento de procedência dos Embargos à Execução acolheu o DECISÃO
Trata-se de apelação interposta de sentença (fls. 177/180), proferida
pelo MM Juiz da 5ª Vara Federal do Rio de Janeiro que julgou
procedentes embargos à execução opostos pela Universidade Federal
do Rio de Janeiro, extinguindo à execução. Condenou,ainda, o
embargado em custas e honorários advocatícios de R$ 200,00

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(duzentos reais).
Na ação de cognição nº 97.0108860-3, o ora embargado teve
assegurado o direito a incorporar o percentual de 28,86% sobre seus
vencimentos.
Iniciada à execução (fls. 225/227 dos autos em apenso), o embargado
apresentou planilha de cálculo (valor principal + honorários 225/227 dos autos em apenso), e consoante apreciação equitativa, deve
advocatícios) no total geral de R$ 103.306,60 (cento e três mil, se retribuir o serviço prestado pelo Procurador Autárquico em
trezentos e seis reais e sessenta centavos). percentual que afaste o pagamento de verba irrisória, mas também não
A UFRJ opôs embargos à execução alegando inexistir diferença a conduza a quantia excessiva.
pagar relativo ao percentual de 28,86%, vez que o embargado ocupava Dentro desse contexto, tem-se por irrisória a quantia fixada de R$
o cargo de professor de 3º grau, pertencendo à categoria de professor 200,00 (duzentos reais) à título de honorários advocatícios, razão pela
universitário e recebido aumento específico, razão pela qual não fazia qual fixo o percentual de 1% (um por cento) do excesso
jus ao índice objeto da presente ação. encontrado/valor atribuído à causa.
Na sentença de fls. 117/180, o MM juiz a quo acolheu o argumento da Frente ao exposto, a teor do art. 557, § 1º-A, do CPC, dou parcial
embargante e julgou extinta a execução. provimento a apelação, nos termos supramencionados.
Requer, em síntese, a UFRJ em seu apelo (fls. 184/189) o aumento dos Rio de Janeiro, 27 de abril de 2012.
honorários advocatícios fixados, pugnando pela fixação no percentual SERGIO SCHWAITZER
de 5% do valor da execução. RELATOR
Sem contrarrazões.
Parecer do Ministério Público Federal às fls. 194/196, no sentido de
inexistir interesse a justificar a sua intervenção no feito.
É o Relatório.
Conforme visto, a União Federal opôs embargos à execução alegando a IV - APELACAO CIVEL 453538 2008.51.01.018215-6
inexistência de crédito em favor do embargado, tendo em vista Nº CNJ :0018215-74.2008.4.02.5101
pertencer à categoria de professor universitário e recebido aumento RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
específico. APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
A sentença ao julgar extinta a execução reconheceu que o credor ADVOGADO :ANA REGINA SHUENQUENER DE
(embargado) pleiteou quantia indevida. ARAUJO E OUTROS
O julgamento de procedência dos Embargos à Execução revela que o APELADO :CARLOS FERNANDO DO
embargado deu causa à instauração do processo diante do excesso de NASCIMENTO
sua pretensão executória, decorrendo, daí, o ônus de arcar com a verba ADVOGADO :CARLOS FERNANDO DO
de sucumbência, que deve ser arbitrada de modo não excessivo ou NASCIMENTO E OUTROS
irrisório. ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DO RIO DE
No caso vertente, o valor fixado de R$ 200,00 (duzentos reais) revela- JANEIRO (200851010182156)
se irrisório, vez que não traduz a devida valorização do trabalho
despendido pelo Procurador da Autarquia. DESPACHO
Aliás, nesse sentido são os julgados do Superior Tribunal de Justiça: Defiro, conforme requerido à fl. 79 pela CAIXA ECONÔMICA
PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. FEDERAL – CEF, o prazo de 10 (dez) dias para que esta se manifeste
FIXAÇÃO. VALOR IRRISÓRIO. ART. 20, §§ 3º e 4º, DO CPC. 1. O sobre a notícia de transação de fls. 73/75.
STJ tem conhecido de recurso especial quando se trata de rever a Rio de Janeiro, 26 de abril de 2012.
fixação de verba honorária em valores considerados irrisórios ou SERGIO SCHWAITZER
excessivos, situação em que a decisão recorrida se afasta do juízo de RELATOR
eqüidade preconizado na lei processual. 2. A fixação da verba
honorária há de ser feita com base em critérios que guardem a mínima
correspondência com a responsabilidade assumida pelo advogado, sob
pena de violação do princípio da justa remuneração do trabalho
profissional. 3. Recurso especial provido.(RESP 200700326707, JOÃO BOLETIM: 126837
OTÁVIO DE NORONHA, STJ - QUARTA TURMA, DJE
DATA:08/03/2010.)
PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 2008.51.01.020615-0
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO Nº CNJ :0020615-61.2008.4.02.5101
RECURSO ESPECIAL. VALOR FIXADO DE FORMA IRRISÓRIA RELATORA :DESEMBARGADORA FEDERAL VERA
POSSIBILIDADE DE REVISÃO EM SEDE ESPECIAL. SÚMULA RED. P/ LÚCIA LIMA
7/STJ. AFASTAMENTO. AGRAVO IMPROVIDO. 1. Fixados os ACÓRDÃO DESEMBARGADOR FEDERAL SERGIO
honorários advocatícios em valor irrisório, mostra-se razoável sua SCHWAITZER
majoração para o patamar de 3% (três por cento) sobre o valor APELANTE :CLAUDIA LUCIA DOS SANTOS
atribuído aos embargos à execução, em atendimento ao critério da ANDRADE
eqüidade previsto no art. 20, § 4º, do Código de Processo Civil e aos ADVOGADO :MARCIO MARQUES PASSOS
princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. 2. Agravo APELANTE :UNIAO FEDERAL
regimental improvido.(AARESP 200601975100, ARNALDO APELADO :OS MESMOS
ESTEVES LIMA, STJ - QUINTA TURMA, DJE DATA:03/11/2008.) REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 20A VARA-RJ
Levando-se em consideração o valor atribuído à causa de ORIGEM :VIGÉSIMA VARA FEDERAL DO RIO DE
R$.103.306,60 (cento e três mil, trezentos e seis reais e sessenta JANEIRO (200851010206150)
centavos), correspondente a quantia apresentada na execução (fl.
DESPACHO
Admito os embargos infringentes (fls 515/547) opostos ao acórdão de
fls.509/510, eis que presentes os requisitos do art. 530 do CPC.
À DIDRA para distribuição, na forma do artigo 212, do Regimento
Interno desta Corte.

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Rio de Janeiro, 04 de Maio de 2012.
SERGIO SCHWAITZER
REDATOR P/ ACÓRDÃO

Proferida decisão determinando expedição de ofício ao Comandante da


Aeronáutica, para que o Autor, acaso tivesse concluído com
BOLETIM: 126858 aproveitamento o EAOF/2009, participasse da cerimônia de formatura
e fosse nomeado 2º Tenente (v.II - fls. 637/638), o Comandante do
Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR), através do
IV – APELREEX nº 485626/RJ 2008.51.01.006000-2 Of nº 86/SAJ/8518, de 04/12/09, informou ao Juízo que o Autor não
Nº CNJ :0006000-66.2008.4.02.5101 logrou êxito no Estágio de Adaptação ao Oficialato, “por ter sido
RELATOR :SERGIO SCHWAITZER desligado do referido estágio”, pois, em vista de o militar haver
APELANTE :UNIAO FEDERAL cometido diversas infrações disciplinares previstas no Regulamento
APELADO :MARCOS VINICIUS TRABBOLD Disciplinar da Aeronáutica (Decreto 76.322/75), foi submetido no dia
ADVOGADO :ADRIANA TEIXEIRA REZENDE E 30/11/09 a Conselho Acadêmico – órgão colegiado competente para
OUTROS tratar das situações referentes à conduta dos discentes contrária à
REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 29A VARA-RJ disciplina, à ética, ao pundonor e aos valores militares, cuja gravidade
ORIGEM :VIGÉSIMA NONA VARA FEDERAL DO comprometa os requisitos estabelecidos no Estatuto dos Militares e
RIO DE JANEIRO (200851010060002) outras legislações pertinentes–, o qual concluiu pelo desligamento do
Estagiário, “por incompatibilidade do comportamento apresentado
DECISÃO com a ética e o pundonor militar” (v.III - fls. 650/651).
Cuida-se de apelação e de reexame necessário de sentença proferida Manifestação do Ministério Público Federal, às fls. 692.
pelo MM. Juízo da 29ª Vara Federal do Rio de Janeiro, nos autos de É o Relatório. Decido.
ação ordinária movida em face da UNIÃO FEDERAL, onde o Autor, Como se sabe, o instituto do interesse processual ou interesse de agir
Suboficial da Aeronáutica, busca provimento judicial que lhe garanta a constitui uma das “condições da ação” calcada, especificamente, no
anulação do ato administrativo que o contra-indicou a continuar trinômio necessidade-utilidade-adequação do provimento jurisdicional,
realizando o Exame de Seleção aos Estágios de Adaptação ao este advindo da impossibilidade de o autor ter sua pretensão de direito
Oficialato/2008 (ES EAOF/2008), com o conseqüente reconhecimento reconhecida, protegida e satisfeita, sem a interveniência de autoridade
do direito de participar das demais fases do certame e ao final, se jurisdicional, em demanda pertinente e adequada para tanto.
aprovado, seguir o fluxo normal de carreira; ao argumento de que a Deve, assim, dita “condição da ação” revelar-se positivamente
inspeção de saúde que o julgou incapaz se baseou em equivocado verificada desde o momento do ajuizamento da demanda até o de sua
exame laboratorial produzido pelo Centro de Medicina Aeroespacial – solução definitiva pelo competente órgão jurisdicional.
CEMAL e, embora tenha sido diagnosticado com “obesidade não Desse modo, na hipótese em estudo, já garantida a anulação da
especificada”, encontrava-se em tratamento para a perda de peso, sob a inspeção de saúde que o inabilitou e também reconhecido pela
supervisão de profissional da própria Força Aérea. Administração Militar o direito do Autor-apelado de participar das
Deferida parcialmente a liminar, para determinar-se a realização da demais fases do Exame de Seleção para o Estágio de Adaptação ao
prova de capacitação física (fls. 266/267), peticionou o Autor (fls. Oficialato/2009, e, tendo por bem certo que o Autor-apelado não
275/278), informando o cumprimento da liminar e o resultado obtido logrou êxito em concluir o indigitado Estágio de Adaptação por ter
no Teste de Avaliação do Condicionamento Físico (TACF), que o sido eliminado do curso noutra fase do EAOF/2009 ocorrida após a
considerou “Apto”. Novamente peticionou o Autor (fls. 307/308), para prolação da sentença, é de se ver que essa posterior eliminação do
juntar cópia do resultado da Inspeção de Sáude realizada pela Junta Estagiário acarreta, por conseqüência, a superveniente perda do objeto
Regular de Saúde do Hospital de Aeronáutica dos Afonsos, julgando-o da presente ação.
“Apto”. Em outras palavras, não mais subsistindo integralmente o ato atacado,
O MM. Juízo, confirmando a liminar deferida e declarando nula a o ulterior desligamento do Autor-apelado, por motivação outra não
inspeção de saúde que o inabilitou, julgou procedente em parte o ventilada nos autos, torna inútil qualquer discussão atual a respeito do
pedido autoral, reconhecendo o direito do Autor de participar das objeto do presente recurso.
demais fases do Exame de Seleção para o Estágio de Adaptação ao Logo, exsurge evidente, no caso, a insubsistência de interesse de agir
Oficialato/2008, em igualdade de condições com os outros candidatos, da parte Autora.
como consectário lógico da superação do óbice gerado pela indevida Aliás, na mesma direção, o Egrégio Superior Tribunal de Justiça se
exclusão decorrente do equívoco do exame de saúde em comento. (v.II posiciona no sentido de que, por força dos arts. 462 e 517 do CPC, é
- fls. 310/314) possível, em apelação, a análise de circunstância superveniente que
Negado provimento (v.II - fls. 538/540) aos Embargos de Declaração interfira no julgamento do direito pleiteado na inicial, privilegiando-se
interpostos pelo Autor (v.II - fls. 326/330). o estado atual das coisas, como se vê dos seguintes acórdãos:
Em suas razões de apelação (v.II - fls. 561/569), a União sustenta, em “RECURSO ESPECIAL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E
síntese, que deve ser anulada a r. sentença, determinando-se o retorno MATERIAIS. CAUSA DE PEDIR: EXUMAÇÃO DE CORPO NÃO
dos autos ao Juízo a quo para a realização de prova pericial, vez que AUTORIZADA PELOS FAMILIARES. CONDENAÇÃO MANTIDA
“somente a perícia médica pode verificar se o candidato preenche os POR CREMAÇÃO DOS RESTOS CADAVÉRICOS. ARTS. 517 E 462
padrões de saúde exigidos para a carreira na Aeronáutica”. DO CPC. JULGAMENTO EXTRA PETITA NÃO CONFIGURADO.
Adunado (v.II - fls. 611/613) o Ofício nº 175/SECAJ/210, de 17/09/05, 1. Os artigos 462 e 517 do CPC permitem, tanto ao Juízo singular
do Departamento de Ensino da Aeronáutica, o qual anexou cópia da como ao Tribunal de Apelação, a análise de circunstâncias outras que,
Ordem de Matrícula do Autor no Estágio de Adaptação ao devido a sua implementação tardia, não eram passíveis de resenha
Oficialato/2009 (EAOF/2009), a contar de 17/09/09, em cumprimento inicial. A solução proposta tem por escopo a economia processual,
à decisão judicial. para que a tutela jurisdicional a ser entregue não seja uma mera
resposta a formulações teóricas, sem qualquer relevo prático.
Privilegia-se, assim, o estado atual em que se encontram as coisas,
evitando-se provimento judicial de procedência quando já pereceu o
direito do autor ou de improcedência quando o direito pleiteado na
inicial, delineado pela causa petendi narrada, é reforçado por fatos

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supervenientes.
2. No caso em exame, a causa de pedir deduzida na inicial era relativa
ao desaparecimento do corpo, mais ampla que o fato superveniente
que deu lastro à condenação - a cremação não autorizada do corpo.
Em realidade, a cremação foi a maneira pela qual a ré desapareceu
com o corpo, o que simplesmente reforça os fatos narrados na inicial, continuar realizando o Exame de Seleção aos Estágios de Adaptação ao
não se podendo daí dizer que houve julgamento fora dos limites da Oficialato (ES EAOF/2008), providenciando a sua matrícula no EAOF/
lide. 2009, em virtude de o EAOF/2008 haver terminado em
3. Recurso especial não conhecido.” dezembro/2008, bem como sua nomeação a 2º Tenente, caso venha a
(STJ/4a T, REsp 500.182/RJ, Rel. Min. LUIS FELIPE SALOMÃO, concluir o EAOF/2009 com aproveitamento.
DJe 21/09/09) A decisão de fls. 212 indeferiu a liminar, acrescentando que “o pedido
“MARCA. CONCORRÊNCIA DESLEAL. VASILHAMES E RÓTULOS do Requerente, por se tratar de execução provisória de sentença, deve
DE CARACTERÍSTICOS SEMELHANTES. REGISTRO PROMOVIDO ser dirigido ao Juízo de 1º Grau, onde ainda transitam os autos,
POR UMA DAS INTERESSADAS APÓS A PROLAÇÃO DA conforme orientação do art. 475-0, do CPC”.
SENTENÇA. FATO SUPERVENIENTE. RELEVÂNCIA DO A presente ação cautelar é julgada juntamente com a apreciação do
REGISTRO. recurso interposto nos autos principais, onde este relator profere
1. A sentença deve refletir o estado de fato da lide no momento da decisão julgando extinto o processo, sem julgamento do mérito, a teor
decisão, devendo o juiz levar em consideração fato constitutivo, do art. 267, VI c/c o art.462 do Código do Processo Civil, por
modificativo ou extintivo do direito que influir no julgamento (art. 462 superveniente carência da ação, verificada pela inegável perda do
do CPC). objeto acionário, diante da constatação de que já fora garantida a
(...) anulação da inspeção de saúde que inabilitou o militar e também já fora
Recurso especial de que não se conhece.” reconhecido pela Administração Militar o seu direito de participar das
(STJ/4a T, REsp 78.714⁄SP, Rel. Min. BARROS MONTEIRO, DJ demais fases do Exame de Seleção para o Estágio de Adaptação ao
10⁄11⁄97, p. 57769) Oficialato/2009, e que só não logrou êxito o militar em concluir o
“APELAÇÃO. FATO SUPERVENIENTE. indigitado Estágio de Adaptação por ter sido eliminado do curso noutra
Tratando-se de fato superveniente, não há cogitar de vulneração do fase do EAOF/2009 ocorrida após a prolação da sentença.
artigo 515 do C.P.C. Não ocorre modificação da causa de pedir se o É o relatório. Decido.
fato levou, segundo o acórdão, a extinção do direito do autor. Ora, na medida em que declarado extinto o processo principal, é de se
Inexistência, também, de contrariedade ao disposto no artigo 517 do aplicar o disposto no art. 808, III, do CPC, verbis:
CPC.” “Art. 808. Cessa a eficácia da medida cautelar:
(STJ/3a T, REsp 43.902⁄SP, Rel. Min. EDUARDO RIBEIRO, DJ [...]
20⁄06⁄1994, p. 16101) III - se o juiz declarar extinto o processo principal, com ou sem
Face ao exposto, JULGO EXTINTO o processo, sem julgamento do julgamento do mérito.”
mérito, a teor do art. 267, VI c/c o art.462 do Código do Processo De fato, a cessação da eficácia da cautelar opera-se ipso iure, vale
Civil, por superveniente carência da ação, verificada pela inegável dizer, em decorrência direta do texto legal, motivo pelo qual o ato
perda do objeto acionário, nos termos da fundamentação supra. Arcará judicial que a reconhece ostenta natureza meramente declaratória.
o Autor com as custas do processo e honorários advocatícios de 10% Face ao exposto, declaro cessada a eficácia da medida cautelar,
sobre o valor atribuído à causa. Prejudicados o recurso de apelação e o julgando, por consectário, extinto o processo da respectiva ação (CPC,
reexame necessário. art. 267, VI c/c o art. 808, III), como de direito, nos termos da
Preclusa esta decisão, baixem-se os autos à Vara de origem. fundamentação supra.
Rio de Janeiro, 27 de abril de 2012. Preclusa esta decisão, dêem-se baixem e arquivem-se os autos.
SERGIO SCHWAITZER Rio de Janeiro, 27 de abril de 2012.
RELATOR SERGIO SCHWAITZER
RELATOR

XLVII - MEDIDA CAUTELAR INOMINADA nº 1953/RJ


2009.02.01.009475-0 IV - APELACAO CIVEL 520997 2009.51.01.012972-9
Nº CNJ :0009475-70.2009.4.02.0000 Nº CNJ :0012972-18.2009.4.02.5101
RELATOR :SERGIO SCHWAITZER RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
REQUERENTE :MARCOS VINICIUS TRABBOLD APELANTE :MARIA MATIA ARAUJO DA SILVA
ADVOGADO :CRISTHIANE DINIZ DE OLIVEIRA E ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
OUTRO APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
REQUERIDO :UNIAO FEDERAL ADVOGADO :IANE RIOS ESQUERDO E OUTROS
ORIGEM :VIGÉSIMA NONA VARA FEDERAL DO ORIGEM :SÉTIMA VARA FEDERAL DO RIO DE
RIO DE JANEIRO (200851010060002) JANEIRO (200951010129729)

DECISÃO DECISÃO
Cuida-se de ação cautelar distribuída por dependência à apelação Cuida-se de apelação cível interposta por MARIA MATIA ARAUJO
interposta pela UNIÃO FEDERAL nos autos da ação ordinária, DA SILVA em ataque a sentença, proferida pelo MM Juízo da 7ª Vara
Processo 2008.51.01.0060002, visando o requerente seja dado Federal do Rio de Janeiro/RJ às fls. 113/116, que, em ação monitória
cumprimento à r. sentença a quo, concedendo-se a liminar para proposta pela CAIXA ECONOMICA FEDERAL – CEF para
determinar que o Comando da Aeronáutica reconheça o seu direito de satisfação de crédito alegadamente por esta titulado, julgou
improcedentes os embargos da ré e constituiu a prova de crédito
ostentada pela CEF em título executivo judicial.
Em seu apelo (fls. 117/131), a ré sustenta que a empresa pública
apelada não possui documento hábil ao ajuizamento de ação monitória,
mormente por lhe faltar os requisitos de liquidez e exigibilidade.

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Alega que a inicial não fora instruída com cálculos aritméticos com
memória discriminada, bem assim, que a elaboração fora unilateral.
Alega, bem assim, que o crédito estaria prescrito, vez que a monitória
teria sido ajuizada mais de quatro anos após o inadimplemento das
prestações. Invoca a aplicação do CDC ao contrato por ela subscrito.
Alega, também, que o Decreto nº 22.626, de 07/04/1933 vedaria a excetuando-se, contudo, os custos das operações ativas e a
cumulação de juros, entendimento consolidado, ademais, na Súmula nº remuneração das operações passivas praticadas por aquelas instituições
121, do E. STF, e sustenta que cláusulas do contrato seriam nulas por na exploração da intermediação de dinheiro na economia, sem
serem abusivas. Por estas razões, pede a concessão de gratuidade de prejuízo, por óbvio, das normas do BACEN “e do controle e revisão,
justiça, e a reforma da sentença para que o feito seja extinto por pelo Poder Judiciário, nos termos do disposto no Código Civil, em
ausência de interesse processual, seja reconhecida a prescrição, que a cada caso, de eventual abusividade, onerosidade excessiva ou outras
citação seja considerada nula, bem como, sejam declaradas nulas as distorções na composição contratual da taxa de juros”.
cláusulas que reputa abusivas e, em decorrência, afastada a cumulação Afastam-se, portanto, da disciplina da Lei nº 8.078, de 11.09.1990, as
da taxa de juros. taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras em suas
Contra-razões às fls. 139/151. operações de intermediação de dinheiro, dentre cujas modalidades
A sentença vergastada desmerece reforma. encontra-se a de mútuo bancário.
Preambularmente, não conheço, por ausência de interesse da apelante, Excluídas as limitações da taxa de juros – mormente no que concerne à
o pedido de concessão do benefício de gratuidade de justiça, vez que o capitalização destas – da disciplina do CDC, cumpre perquirir, do
pedido fora deferido pelo MM Juízo a quo na sentença. ordenamento, quais limites são impostos.
Registre-se, em seqüência, que, desde a data do inadimplemento àquela O Código Civil revogado (Lei nº 3.071, de 01.01.1916), fortemente
em que a ação monitória fora proposta, transcorreram-se monos de informado pelo princípio pacta sunt servanda, não impôs limite à
cinco anos, prazo inferior ao previsto no inc. I, do § 5º, do art. 206, da convenção de juros, tanto moratórios quanto remuneratórios,
Lei nº 10.406/2002, para a prescrição das ações de cobrança de dívidas ressalvando que, quando não convencionados pelas partes, serão, um e
líquidas constantes de instrumento público ou particular. outro, 6% ao ano (vejam-se os artigos 1.062, 1.063 e, no que toca ao
Portanto, afasto a alegação de prescrição. empréstimo de dinheiro e coisas fungíveis, o art. 1.262).
Em seguida, consigne-se que a ação monitória se presta à satisfação de A primeira iniciativa de restringir, em nosso ordenamento, a convenção
crédito ostentado em documento escrito que não tenha os atributos de usurária veio com a edição do Decreto nº 22.626, de 07.04.1933.
título executivo. O contrato CONSTRUCARD, à semelhança do Tese reiteradamente invocada concerne à vedação expressa, pelo 4º, do
contrato de abertura de crédito em conta-corrente, é aquele pelo qual a Decreto nº 22.626, de 07.04.1933, de utilização de juros compostos, só
instituição bancária disponibiliza, em prazo determinado, valores ao admitidos em casos excepcionais (e.g., no inc. IX, do art. 4º, da Lei nº
outro contratante que os utiliza à medida que adquire materiais de 4.595, de 31.12.1964), dentre os quais não se inclui o crédito rotativo.
construção com cláusula de restituição do valor mutuado por Anoto, ainda, que o supracitado Decreto, em seu art. 1º, limitara os de
amortizações mensais após a consolidação da dívida. juros ao dobro da taxa legal, que, na época da edição do diploma, era
O valor disponibilizado não coincide necessariamente com o valor de 6% ao ano, do art. 1.062, do Código Civil de 1916, hoje fixada
mutuado, circusntância que retira do contrato de financiamento para “segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de
aquisição de material de construção o predicado de certeza da dívida, impostos devidos à Fazenda Nacional” (art. 406 do Novo Código
não se incluindo, por esta razão, dentre os títulos executivos Civil).
extrajudiciais, havendo-se de adotar o entendimento sumulado pelo No que toca especificamente a esta alegação, impõe-se registrar que o
Egrégio Superior Tribunal de Justiça segundo o qual “o contrato de C. STF já se pronunciara, sem qualquer ressalva (inclusive no que toca
abertura de crédito em conta-corrente, acompanhado de ao anatocismo), pela inaplicabilidade do Decreto nº 22.626/1933, às
demonstrativo de débito, constitui documento hábil para o taxas de juros e a outros encargos cobrados nas operações realizadas
ajuizamento da ação monitória” (Súmula n.º 247). pelas instituições públicas ou privadas que integram o Sistema
Perfeita, portanto, a eleição da via monitória pela empresa pública, vez Financeiro Nacional (Súmula nº 596).
que, ao perquirir o conteúdo do documento por ela ostentado, concluiu Nesta rota, entendemos não se prestarem, também, à limitação da taxa
pela inexistência de executoriedade imediata, porém, por sua de juros aplicada ao mútuo bancário, as disposições do aludido
suficiência como documento suficientemente probante de dívida. Decreto.
Convém, em seqüência, que sejam estabelecidas algumas premissas Excluída a incidência do Decreto nº 22.626/1933 aos contratos de
imprescindíveis ao deslinde da causa. mútuo bancário, a taxa de juros não teve restrição até a edição da Lei nº
Impõe-se, preambularmente, estabelecer, em breves linhas, a diferença 4.595/1964, que, no inc. IX, de seu art. 4º (com redação dada pela Lei
entre juros moratórios e compensatórios. Enquanto estes são a nº 6.045, de 15.05.1974), atribuiu ao Conselho Monetário Nacional a
remuneração do credor a título de compensação por este ter-se privado tarefa de limitar as taxas de juros, descontos, comissões e qualquer
do bem adiantado ao devedor, e serem acrescidos gradativamente pro modalidade de remuneração das operações e serviços bancários e
rata temporis enquanto a privação perdurar, de seu turno, os juros financeiros.
moratórios, impostos como pena, advêm do retardamento no Advirta-se, por oportuno, que, quando da decisão da ADI nº 2.591/DF,
cumprimento da prestação pelo devedor. o E. STF reconhecera, com fulcro no inc. VIII, do art. 4º, da Lei nº Lei
Por terem natureza distinta, bem assim, por serem originados de fatos nº 4.595/1964, a titularidade (a que designou “capacidade normativa
diversos – um para remunerar o capital, o outro como pena imposta ao de conjuntura”) do Conselho Monetário Nacional para a normatização
devedor moroso – não há qualquer óbice à cumulação de ambos. e fiscalização do funcionamento das instituições financeiras.
Consigne-se, noutro turno, que o Código de Defesa do Consumidor, no Contra a Lei nº 4.595/1964 insurgira-se doutrina autorizada, que, em
§ 2° de seu art. 3º, inclui no rol dos fornecedores as instituições escorço, sustenta que o diploma, por força do art. 25, do ADCT, não
bancárias, dispositivo que teve sua constitucionalidade submetida à teria sido recepcionado, bem assim, que a competência para legislar
apreciação do Supremo Tribunal Federal por meio da ADI nº sobre a política de crédito, conforme disposto nos incisos VI e VII, do
2.591/DF, em cujo julgamento aquela Corte positivara que as art. 22, da Constituição Federal é exclusiva da União, e que, por opção
instituições financeiras estariam alcançadas pela incidência do CDC, do Constituinte Originário, materialmente do Congresso Nacional (inc.
XIII, do art. 48, CRFB), insuscetível de delegação, nos termos do § 1º,
do art. 68, da CF. Ademais, o § 3º, do art. 192, da CF (na redação
original), ainda que não auto-executório, impediria que fossem fixados,
pelo mercado ou pelo Sistema Financeiro, juros superiores a 12% ao
ano (CASADO, Márcio Mello. Proteção do consumidor de crédito

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bancário e financeiro, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2000.
pp. 43/58).
Ainda que eventualmente se acolhesse o argumento de que a limitação
se impunha indiferentemente à edição de lei complementar, não subjaz,
hodiernamente, fundamento à alegação de que os juros anuais
encontram limite de 12%, face à revogação do art. 3º, do art. 192, da Central de Custódia e Liquidação de Títulos Privados (CETIP). Se
CF, pela Emenda Constitucional nº 40, de 29.05.2003. Correta a negociados por um dia, são denominados de Depósitos
sentença no também neste capítulo. Interfinanceiros, de onde é estabelecida a taxa médio diária, designada
Noutro giro, registre-se que capitalização dos juros está prevista no art. CDI-“over”, que fixa o parâmetro das operações de empréstimo de
5º, da Medida Provisória Nº 2.170-36, de 23/08/2001, não sendo curtíssimo prazo (“hot money”). Por serem negociados diariamente, a
invocável o Enunciado nº 121 do Egrégio STF que sumulara a taxa a eles aplicada sofre flutuação diária.
impossibilidade de cobrança capitalizada de juros, vez que os Conclui-se que, por meio do CDI, estabelece-se o custo do dinheiro
enunciados jurisprudenciais fixam entendimento de certa Corte sobre para as instituições bancárias. Estas emprestam dinheiro ao mercado.
um tema reiteradamente a ela submetido em um determinado contexto Para assegurar a fluidez, negociam títulos – os CDI – aos quais aplicam
legal, impondo-se apenas como orientação, e enquanto o panorama taxas de remuneração correspondente ao volume negociado.
normativo permanecer o mesmo. A taxa flutuante de juros é adotada em todos os mercados financeiros
Advindo regra nova, há que se inquirir do enunciado se este, em face do mundo, com metodologia de apuração similar, vale dizer, por meio
do novo contexto, mantém-se adequado. de escritórios privados e pelas próprias instituições financeiras. Nos
Por este fundamento, é de se afastar a orientação dada pela Súmula nº Estados Unidos, a “prime rate” é divulgada diariamente, a partir da
121, do STF, segundo a qual o ordenamento vedava a capitalização de qual a instituição financeira estabelece o preço do empréstimo. No
juros, haja vista que hoje o art. 5º da MP nº 2.170/2001 expressamente Reino Unido, é praticada sob o nome de “London Interbank Offered
a admite. Rate” (LIBOR), enquanto em França, a taxa flutuante é designada
Não vê, portanto, esta Relatoria, qualquer vedação à aplicação de juros “Taux Interbancaire Offert à Paris” (TIOP). Não há, contudo, plena
remuneratórios capitalizados aos contratos de mútuo bancário, razão liberdade à prática de juros. Na França o Banque de France a limita,
por que a sentença desmerece reparo Bem assim, na Alemanha, pelo Bundesbank (relembramos que a
Dentre os contratos bancários, há a espécie de mútuo pelo qual a limitação da taxa de juros, entre nós, é atribuição do BACEN).
instituição bancária empresta dinheiro. O banco cobra uma “comissão” Nisto se constitui a taxa de juros flutuante, praticada no Brasil, a qual
pela disponibilidade do numerário, a qual difere dos juros não é estabelecida unilateralmente pelas instituições financeiras, mas
remuneratórios porque não é cobrada como remuneração, mas sim, pelo mercado, apenas contabilizada nos computadores da ANDIB.
advém da disponibilidade, durante o período da contratação, do capital Além da taxa flutuante, estabelecida pela negociação do dinheiro em
de cujo giro se privara. mercado, o mercado financeiro aplica o chamado “spread”, que no caso
Disciplinada inicialmente pela Circular nº 82 do Banco Central do brasileiro é composto de algumas variáveis, dentre as quais, as
Brasil, de 15.03.1967, sob a designação de “taxa de permanência”, a despesas administrativas, impostos, lucro bancário e o volume de
cobrança dela pelos bancos comerciais, de desenvolvimento, de inadimplemento (ou mesmo o atraso na quitação dos débitos).
investimento e sociedades de arrendamento mercantil – chamada de Registre-se que o C. STJ sumulara entendimento no sentido de que a
“comissão de permanência” – fora facultada pelo BACEN por meio da taxa ANDIB/CETIP era fixada unilateralmente pelas instituições
Resolução nº 1.129, de 15.05.1986, elegendo-se, como critério de bancárias, o que estaria vedado pelo art. 115, do Código Civil de 1916,
atualização, as taxas pactuadas ou aquela de mercado do dia do disposição reproduzida no art. 122, do Novo Código Civil. Assim
pagamento. Esta mesma Resolução autoriza a cobrança cumulada de dispõe a Súmula nº 176 daquela Corte:
juros moratórios, porém, veda a cobrança de qualquer outro encargo “É nula a cláusula contratual que sujeita o devedor à taxa de juros
pelo atraso no pagamento dos débitos vencidos, dentre os quais, multa. divulgada pela ANDIB/CETIP.”
Aludida Circular estabelecera que a taxa por ela disciplinada tinha Repudiada a CETIP pelos Tribunais, taxa aplicável aos Certificados de
limite na taxa de operação de títulos que não tivessem sido liquidados Depósito Interbancário, deve-se socorrer de outra taxa adequada para a
no vencimento. composição da comissão de permanência.
A propósito, a adoção das taxas de mercado para as intermediações de Importa consignar que o BACEN autorizara, por meio da Resolução nº
dinheiro promovidas pelos bancos não era novidade, vez que 1.143, de 26.06.1986, a adoção de taxas flutuantes de juros em
precedentemente prevista pela Resolução BACEN nº 389, de operações com prazo superior a 180 (cento e oitenta) dias.
15.09.1976, desde que pactuadas. Posteriormente, a Circular nº 1.047, de 09.07.1986, reduziu o prazo
A respeito da adoção de aludida comissão aos contratos de crédito para aplicação de taxas flutuantes, desde que a operação não fosse
bancário, o Colendo STJ afastara a potestividade de previsão contratual inferior a 60 (sessenta) dias.
desta, devendo ser adotado, em seu cálculo, a taxa média de mercado A Circular da Diretoria do BACEN nº 2.957, de 30.12.1999, estabelece
apurada pelo Banco Central do Brasil, limitada àquela contratada que as instituições financeiras que indica em seu art. 1º devem remeter
(Súmula nº 294), vale dizer que, quando aquela for superior à do diariamente àquela autarquia “informações sobre as taxas médias
contrato, a deste prevalece. Aludido entendimento é reiteradamente ponderadas, as taxas mínimas e máximas, o valor liberado na data-
invocado para repugnar a aplicação da CDI ao contrato de crédito base, o saldo dos créditos concedidos, os respectivos níveis de atraso e
rotativo ao fundamento da unilateralidade da fixação da taxa aplicada a os prazos médios das operações abaixo especificadas, segregadas por
este Certificado. tipo de encargo pactuado” (enumera diversas operações, dentre as
Anote-se que os CDI são títulos emitidos pelas instituições financeiras quais, o cheque especial). A mesma circular, modificando a
cuja negociação se dá no âmbito das instituições financeiras, conforme preexistente metodologia de apuração de taxa de juros médios, obrigou
a fluidez destas, ou seja, são comercializadas no mercado os bancos a informar o prazo médio das operações, ademais de
interbancário, onde uma instituição que possua mais recursos do que classificar os créditos segundo o nível de atraso, o que teria
outra empresta a esta. repercussão na elaboração das taxas de juros e “spread” bancário
As transações são feitas por meio eletrônico, e registradas nos conforme o prazo dos contratos de empréstimo e de crédito rotativo.
computadores das instituições acima mencionadas e nos terminais da Estas taxas, apuradas pelas instituições bancárias e informadas ao
BACEN, devem ser adotadas ao crédito titulado pela empresa pública,
cumprindo-se a exigência de controle, por aquele banco, da taxa de
juros, ainda que eventualmente coincida com a CETIP, mantida,
conseguintemente, a sentença neste capítulo.
Em arremate, consigne-se que o C. STJ, no julgamento do REsp.nº

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1.061.530, submetido ao regime do art. 543-C, do CPC, àquela Corte,
positivara (a) que as instituições financeiras não se submetem ao
Decreto nº 22.626/1933 (Lei de Usura), (b) que a estipulação de juros
de mora superiores a 12% ao ano não indica abusividade, bem assim,
(c) que as disposições dos art. 591, combinado com o art. 406, da Lei
nº 10.406, de 10.01.2002 (Código Civil) não são aplicáveis aos Face ao exposto, nego seguimento à apelação, nos termos do art. 557,
contratos de mútuo bancário (STJ, 2ª Seção, REsp nº 1.061.530/RS, caput, do CPC, ante sua manifesta inadmissibilidade.
Rel. Min. NANCY ANDRIGHI, j. em 22/10/2008, maioria, DJe Preclusa esta decisão, remetam-se os autos à Vara de origem.
10/03/2009) Rio de Janeiro, 09 de maio de 2012.
Portanto, inexiste qualquer ilegalidade no contrato que preveja taxa de SERGIO SCHWAITZER
juros capitalizados, vez que prevista em legislação própria, afastada, RELATOR
conseqüentemente, a incidência da Lei Nº 1.521, de 26/12/1951.
Face ao exposto, com fulcro no caput, do art. 557, do CPC, nego
seguimento ao recurso.
Preclusa esta decisão, remetam-se os autos à Vara de origem.
Rio de Janeiro, 10 de abril de 2012. IV - APELACAO CIVEL 2010.51.01.006497-0
SERGIO SCHWAITZER Nº CNJ :0006497-12.2010.4.02.5101
RELATOR RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADVOGADO :VINICIUS PEREIRA MARQUES E
OUTROS
APELANTE :BRADESCO RIO S/A CREDITO
IV - APELACAO CIVEL 2007.50.01.012842-8 IMOBILIARIO
Nº CNJ :0012842-08.2007.4.02.5001 ADVOGADO :FERNANDO AUGUSTO DE FARIA
RELATOR :SERGIO SCHWAITZER CORBO E OUTROS
APELANTE :BRAZ ANTONIO SCALZER LOPES E APELADO :FORTUNATO LORENZO
OUTRO ADVOGADO :RICARDO MOREIRA MORAGAS E
ADVOGADO :SIMONE SIQUEIRA MIGUEL FREITAS OUTROS
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF ORIGEM :VIGÉSIMA SEGUNDA VARA FEDERAL
ADVOGADO :RENATO MIGUEL E OUTROS DO RIO DE JANEIRO
ORIGEM :5ª VARA FEDERAL CÍVEL DE VITÓRIA/ (201051010064970)
ES (200750010128428)
DECISÃO
DECISÃO Trata-se de apelações contra sentença proferida pelo Juízo da 22ª Vara
Apelação cível que deduz irresignação dissociada dos fundamentos da Federal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, que julgou parcialmente
sentença que hostiliza, bem como divorciada das questões debatidas na procedente o pedido para determinar que a CEF efetue a cobertura do
causa, revela-se, a toda evidência, em débito inadmissível para com o saldo residual do contrato de financiamento habitacional com recursos
requisito objetivo do recurso contido no art. 514, II, do CPC, do FCVS, bem como para condenar o Banco Bradesco a fornecer o
especificamente. ofício de baixa na hipoteca.
No caso vertente, o Juízo da 05ª Vara Federal Cível de Vitória, da Em suas razões, a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (fls. 105/118)
Seção Judiciária do Espírito Santo, julgou improcedente o pedido de pugna pelo conhecimento de eventuais agravos retidos por interpostos.
declaração de nulidade do procedimento de execução extrajudicial do Em sede preliminar, pleiteia o reconhecimento de sua ilegitimidade
imóvel descrito na petição inicial, por entender que o Decreto-lei nº passiva, na medida em que o instrumento contratual foi celebrado com
70/66 "(...) coaduna-se com os objetivos que a Constituição veicula em outra instituição financeira, bem como a inclusão da União no pólo
suas normas programáticas (...)" (fl. 112). passivo da presente demanda, já que o ente em questão suporta os
Em suas razões recursais (fls. 116/121), os demandantes afirmam que efeitos financeiros dos desequilíbrios do FCVS.
se faz necessária a observância de um equilíbrio entre os rendimentos Quanto ao mérito, afirma ser inviável o reconhecimento da quitação do
do mutuário e a prestação mensal, insurgindo-se, ainda, contra a instrumento no presente caso, já que restou constatada a existência de
cláusula contratual que prevê o pagamento de saldo residual ao final do duplicidade de financiamentos em benefício do mesmo mutuário,
contrato. inviabilizando, por consequência, a utilização de recursos do Fundo de
Ressente-se, assim, a apelação interposta de requisito objetivo de Compensação de Variações Salariais - FCVS.
regularidade formal, vez que inatendida a literal exigência de dedução, BANCO BRADESCO S/A (fls. 122/128), por sua vez, sustenta ser
no recurso, dos fundamentos de fato e de direito para a devolução da indevida a quitação de mais de um saldo remanescente pelo FCVS
causa ao tribunal. pertencente ao mesmo mutuário.
Em idêntico diapasão, é absolutamente remansosa a jurisprudência do No mais, caso seja mantida a procedência do pedido autoral, insurge-se
Egrégio Superior Tribunal de Justiça no sentido da inadmissibilidade contra sua condenação ao pagamento de honorários advocatícios,
do recurso quando deduzido em razões dissociadas do que restou alegando, para tanto, que tal ônus deve recair unicamente sobre a CEF,
decidido (v.g., AgRg no Ag 1418757/RJ, Rel. Ministro BENEDITO eis que cumpre à empresa pública o repasse ao agente financeiro do
GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 20/03/2012, DJe valor devido a título de saldo residual de forma a viabilizar a
23/03/2012; AgRg no Ag 1417191/SC, Rel. Ministra MARIA ISABEL constatação da quitação do mútuo.
GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 15/03/2012, DJe Contrarrazões da parte autora (fls. 131/136) pugnando pelo
23/03/2012; EDcl no AgRg no REsp 1291775/RN, Rel. Ministro improvimento dos recursos.
SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 14/02/2012, É o relatório. Passo a decidir.
DJe 27/02/2012). Inicialmente, deixo de conhecer do pedido de apreciação dos agravos
retidos, haja vista que tais recursos não foram manejados nos presentes
autos.
O entendimento concernente à legitimidade passiva da Caixa
Econômica Federal nas demandas em que são discutidos instrumentos
negociais celebrados no âmbito do SFH e que prevejam a cobertura de

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eventual saldo residual pelo Fundo de Compensação de Variações
Salariais já se encontra pacificado, ex vi do Enunciado nº 327 da
Súmula do STJ. Tal fato se dá em razão de a empresa pública ter
continuado com sua função de administradora do FCVS mesmo após a
transferência da gestão do referido fundo para o Banco Central do
Brasil, estando, portanto, capacitada para representá-lo judicialmente LOCALIDADE, ADQUIRIDOS PELO SFH COM CLÁUSULA DE
quando o interesse deste puder ser atingido. COBERTURA PELO FCVS. IRRETROATIVIDADE DAS LEIS
No tocante ao pedido de inclusão da União na qualidade de 8.004/90 E 8.100/90. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO
litisconsorte passivo necessário na presente demanda, a jurisprudência (SÚMULAS 282 E 356/STF. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO.
já se encontra consolidada no sentido da ilegitimidade passiva do SÚMULA 284/STF.
referido ente nas causas relativas ao Sistema Financeiro da Habitação, 1. A Caixa Econômica Federal, após a extinção do BNH, ostenta
cabendo unicamente à CEF responder a essas ações, na qualidade de legitimidade para ocupar o pólo passivo das demandas referentes aos
sucessora do Banco Nacional de Habitação (CC 113.165/RS, Rel. contratos de financiamento pelo SFH, porquanto sucessora dos
Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julg. 11/05/2011, direitos e obrigações do extinto BNH e responsável pela cláusula de
DJe 17/05/2011; AgRg no Ag 1210501/AM, Rel. Ministro Teori Albino comprometimento do FCVS - Fundo de Compensação de Variações
Zavascki, Primeira Turma, julg. 03/08/2010, DJe 16/08/2010; REsp Salariais, sendo certo que a ausência da União como litisconsorte não
635.865/PE, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, julg. viola o artigo 7.º, inciso III, do Decreto-lei n.º 2.291, de 21 de
24/03/2009, DJe 16/04/2009; REsp 636.848/AL, Rel. Ministro Aldir novembro de 1986. Precedentes do STJ: CC 78.182/SP, Rel. Ministro
Passarinho Junior, Quarta Turma, julg. 17/10/2006, DJ 27/11/2006, p. LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, DJ de 15/12/2008; REsp
288; REsp 641.854/CE, Rel. Ministro Carlos Alberto Menezes Direito, 1044500/BA, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA,
Terceira Turma, julg. 25/04/2006, DJ 21/08/2006, p. 247). DJ de 22/08/2008; REsp 902.117/AL, Rel. Ministro TEORI ALBINO
Tal entendimento decorre do fato de ser atribuída a função meramente ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, DJ 01/10/2007; e REsp 684.970/GO,
normativa ao Conselho Monetário Nacional, órgão central do Sistema Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, DJ
Financeiro de Habitação, não se apresentando a mesma bastante para 20/02/2006.
legitimar a União para figurar no pólo passivo da presente demanda na 2. As regras de direito intertemporal recomendam que as obrigações
qualidade de representante do referido órgão, já que os efeitos da sejam regidas pela lei vigente ao tempo em que se constituíram, quer
decisão judicial concernente à revisão do contrato em nada lhe tenham base contratual ou extracontratual.
afetarão. 3. Destarte, no âmbito contratual, os vínculos e seus efeitos jurídicos
Superadas as questões preliminares, passo a analisar o mérito recursal. regem-se pela lei vigente ao tempo em que se celebraram, sendo certo
É sabido que o Sistema Financeiro da Habitação tem como pressuposto que no caso sub judice o contrato foi celebrado em 27/02/1987 (fls.
de existência a facilitação do acesso à moradia, mediante a concessão 13/20) e o requerimento de liquidação com 100% de desconto foi
de financiamentos que sejam suportáveis pelos mutuários, o que se dá endereçado à CEF em 30.10.2000 (fl. 17).
com o estabelecimento de juros inferiores aos de mercado, assim como 4. A cobertura pelo FCVS - Fundo de Compensação de Variação
prestações compatíveis com a respectiva variação salarial. Salarial é espécie de seguro que visa a cobrir eventual saldo devedor
Para tanto, são utilizados recursos públicos, notadamente os existente após a extinção do contrato, consistente em resíduo do valor
provenientes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS e da contratual causado pelo fenômeno inflacionário.
poupança, de forma que se mostra plenamente justificável a adoção de 5. Outrossim, mercê de o FCVS onerar o valor da prestação do
medidas que viabilizem a concessão do financiamento ao maior contrato, o mutuário tem a garantia de, no futuro, quitar sua dívida,
número possível de interessados, eis que o problema da moradia desobrigando-se do eventual saldo devedor, que, muitas vezes,
assume grande dimensão no cenário nacional. Dentre essas medidas se alcança o patamar de valor equivalente ao próprio.
encontra a restrição do financiamento a um imóvel por pessoa, bem 6. Deveras, se na data do contrato de mútuo ainda não vigorava
como a não concessão do empréstimo a quem já seja possuidor de norma impeditiva da liquidação do saldo devedor do financiamento da
moradia própria. casa própria pelo FCVS, porquanto preceito instituído pelas Leis
Na hipótese vertente, mostra-se incontroverso o fato de que o 8.004, de 14 de março de 1990, e 8.100, de 5 de dezembro de 1990,
financiamento imobiliário celebrado em 22/11/1978 (fls. 12/28) fazê-la incidir violaria o Princípio da Irretroatividade das Leis a sua
consubstanciava um segundo negócio jurídico contratado com recursos incidência e conseqüente vedação da liquidação do referido vínculo.
do Sistema Financeiro de Habitação, fato este que, em princípio, 7. In casu, à época da celebração do contrato em 27/02/1987 (fls.
inviabilizaria a realização da avença, nos termos do art. 9º, §1º, da Lei 13/20) vigia a Lei n.º 4.380/64, que não excluía a possibilidade de o
nº 4.380/64, então em vigor. resíduo do financiamento do segundo imóvel adquirido ser quitado
No entanto, cumpre asseverar que os dois contratos foram firmados pelo FCVS, mas, tão-somente, impunha aos mutuários que, se acaso
antes do advento da Lei nº 8.100/90, a qual limitou a utilização do fossem proprietários de outro imóvel, seria antecipado o vencimento
FCVS para a quitação de apenas um saldo devedor por mutuário. do valor financiado.
Conseqüentemente, a lei não poderia retroagir para atingir tais avenças, 8. A alteração promovida pela Lei n.º 10.150, de 21 de dezembro de
o que inclusive restou definitivamente estabelecido com a modificação 2000, à Lei n.º 8.100/90 tornou evidente a possibilidade de quitação
operada pela Lei nº 10.150/00, afastando expressamente a restrição no do saldo residual do segundo financiamento pelo FCVS, aos contratos
que tange aos contratos firmados até 05 de dezembro de 1990. firmados até 05.12.1990. Precedentes do STJ: REsp 824.919/RS, Rel.
Confira-se, nesse sentido, o julgamento do REsp 1.312.811/RJ, Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, DJ de 23/09/2008;
submetido ao regime previsto no art. 543-C do CPC: REsp 902.117/AL, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI,
"PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. REPRESENTATIVO PRIMEIRA TURMA, DJ 01/10/2007; REsp 884.124/RS, Rel. Ministro
DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C, DO CPC. ADMINISTRATIVO. CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, DJ 20/04/2007 e AgRg no Ag
CONTRATO DE MÚTUO. LEGITIMIDADE. CAIXA ECONÔMICA 804.091/RS, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, DJ
FEDERAL. SUCESSORA DO EXTINTO BNH E RESPONSÁVEL 24/05/2007.
PELA CLÁUSULA DE COMPROMETIMENTO DO FCVS. 9. O FCVS indicado como órgão responsável pela quitação
CONTRATO DE MÚTUO. DOIS OU MAIS IMÓVEIS, NA MESMA pretendida, posto não ostentar legitimatio ad processum, arrasta a
competência ad causam da pessoa jurídica gestora, responsável pela
liberação que instrumentaliza a quitação.
11. É que o art. º da Lei 8.100/90 é explícito ao enunciar: "Art. 3º O
Fundo de Compensação de Variações Salariais - FCVS quitará
somente um saldo devedor remanescente por mutuário ao final do

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contrato, exceto aqueles relativos aos contratos firmados até 5 de
dezembro de 1990, ao amparo da legislação do SFH,
independentemente da data de ocorrência do evento caracterizador da
obrigação do FCVS. (Redação dada pela Lei nº 10.150, de
21.12.2001)
12. A Súmula 327/STJ, por seu turno, torna inequívoca a legitimatio financiamento habitacional celebrado pelos autores, de forma a afastar
ad causam da Caixa Econômica Federal (CEF). a capitalização mensal de juros.
14. A União, ao sustentar a sua condição de assistente, posto Inicialmente, requer a apelante (fls. 83/86) o conhecimento de
contribuir para o custeio do FCVS, revela da inadequação da figura eventuais agravos retidos por ela interpostos.
de terceira porquanto vela por "interesse econômico" e não jurídico. Quanto ao mérito, sustenta que a Medida Provisória 2.170-36, de
15. A simples indicação do dispositivo legal tido por violado (art. 6º, § 23/08/2001, autorizou a capitalização de juros com periodicidade
1º, da Lei de Introdução ao Código Civil), sem referência com o inferior a um ano nas operações realizadas pelas instituições
disposto no acórdão confrontado, obsta o conhecimento do recurso integrantes do Sistema Financeiro Nacional, razão pela qual se mostra
especial. Incidência dos verbetes das Súmulas 282 e 356 do STF. válido o procedimento adotado pelo agente financeiro.
17. Ação ordinária ajuizada em face da CAIXA ECONÔMICA No mais, afirmando que o Decreto 22.626/33 não se aplica ao
FEDERAL -CEF, objetivando a liquidação antecipada de contrato de instrumento contratual em debate, acrescenta que a questão já se
financiamento, firmado sob a égide do Sistema Financeiro de encontra pacificada pelo Eg. Supremo Tribunal Federal, ex vi do
Habitação, nos termos da Lei 10.150/2000, na qual os autores aduzem disposto na Súmula 596.
a aquisição de imóvel residencial em 27.02.1987 (fls. 13/20) junto à Contrarrazões apresentadas às fls. 92/94 pugnando pelo improvimento
Caixa Econômica Federal, com cláusula de cobertura do Fundo de do recurso.
Compensação de Variações Salariais, motivo pelo qual, após O Ministério Público Federal (fls. 98/99) opina pela manutenção da
adimplidas todas a prestações mensais ajustadas para o resgate da sentença.
dívida, fariam jus à habilitação do saldo devedor residual junto ao É o relatório.
mencionado fundo. Passo a decidir.
18. Recurso Especial desprovido. Acórdão submetido ao regime do Inicialmente, deixo de conhecer do pedido de apreciação do agravo
art. 543-C do CPC e da Resolução STJ 08/2008 retido, haja vista que tal recurso não foi manejado nos presentes autos.
(REsp 1133769/RN, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, Como é possível deduzir do seu próprio conceito, a amortização
julgado em 25/11/2009, DJe 18/12/2009)" consiste em obrigações cumpridas em tratos sucessivos, cujas
Conclui-se, portanto, pela corretude da sentença que reconheceu o prestações, em regra, compreendem o reembolso do capital acrescido
direito da parte autora à quitação do contrato de financiamento de juros. Independentemente do tipo do sistema adotado, sua
habitacional em discussão, mediante a cobertura do saldo remanescente implantação correta conduz à inexistência de saldo devedor após o
pelo Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS, com a pagamento da última prestação. No caso do Sistema Financeiro da
consequente condenação da parte ré ao pagamento dos ônus Habitação, entretanto, o sistema sofre considerável variação,
sucumbenciais, sendo descabida a condenação exclusiva da CEF à decorrente da inserção no contrato da cláusula relativa à equivalência
citada verba honorária, já que o agente financeiro também deu causa à salarial, segundo a qual as prestações não podem sofrer reajustamento
propositura desta ação ao recusar indevidamente o fornecimento do superior àquele ocorrido na remuneração do mutuário.
respectivo ofício de quitação. Ora, considerando que cada prestação possui uma parcela destinada à
Face ao exposto, nego seguimento às apelações da Caixa Econômica amortização do principal da dívida e outra relativa ao pagamento dos
Federal e do Banco Bradesco S/A, na forma do art. 557, caput, do juros contratados, e que o saldo devedor sofre variação decorrente da
CPC, ante a manifesta improcedência dos recursos. aplicação de outros critérios que não a equivalência salarial, não é
Preclusa esta decisão, remetam-se os autos à Vara de origem. incomum o surgimento de um descompasso entre as amortizações
Rio de Janeiro, 09 de maio de 2012. mensais e o remanescente da dívida total. Tal incongruência decorre do
SERGIO SCHWAITZER adimplemento de uma prestação que não seja suficiente para cobrir a
RELATOR parcela referente aos juros remuneratórios, o que, em alguns casos,
enseja a adição destes ao saldo devedor, o qual também sofre
incidência de juros contratuais. É a chamada “amortização negativa”,
quando o adimplemento do encargo mensal não provoca diminuição no
saldo devedor, acarretando, ao contrário, aumento da dívida total,
IV - APELACAO CIVEL 2004.51.10.005120-3 sendo necessário, dessa forma, o afastamento dessa prática.
Nº CNJ :0005120-86.2004.4.02.5110 O Eg. Superior Tribunal de Justiça já se manifestou acerca da
RELATOR :SERGIO SCHWAITZER necessária exclusão da capitalização indevida de juros nos contratos
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF celebrados com recursos do Sistema Financeiro de Habitação, ex vi do
ADVOGADO :ANDRE PIRES GODINHO E OUTROS acórdão abaixo transcrito:
APELADO :MARCUS VINICIUS PINHEIRO DOS RECURSO ESPECIAL. SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAÇÃO.
SANTOS E OUTRO SFH. CAPITALIZAÇÃO ANUAL DE JUROS. POSSIBILIDADE.
ADVOGADO :ISABEL CRISTINA NOYA JABER ENCARGOS MENSAIS. IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO. ART. 354
ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE SÃO CC 2002. ART. 993 CC 1916.
JOÃO DE MERITI (200451100051203) 1. Interpretação do decidido pela 2ª Seção, no Recurso Especial
Repetitivo 1.070.297, a propósito de capitalização de juros, no
DECISÃO Sistema Financeiro da Habitação.
Trata-se de apelação interposta pela CAIXA ECONÔMICA 2. Segundo o acórdão no Recurso Repetitivo 1.070.297, para os
FEDERAL contra sentença proferida pela 03ª Vara Federal de São contratos celebrados no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação
João de Meriti, da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, que julgou até a entrada em vigor da Lei 11.977/2009 não havia regra especial a
procedente o pedido de revisão do saldo devedor do contrato de propósito da capitalização de juros, de modo que incidia a restrição
da Lei de Usura (Decreto 22.626/33, art. 4º). Assim, para tais
contratos, não é válida a capitalização de juros vencidos e não pagos
em intervalo inferior a um ano, permitida a capitalização anual, regra
geral que independe de pactuação expressa. Ressalva do ponto de
vista da Relatora, no sentido da aplicabilidade, no SFH, do art. 5º da

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MP 2.170-36, permissivo da capitalização mensal, desde que
expressamente pactuada.
3. No Sistema Financeiro da Habitação, os pagamentos mensais
devem ser imputados primeiramente aos juros e depois ao principal,
nos termos do disposto no art. 354 Código Civil em vigor (art. 993
Código de 1916). Entendimento consagrado no julgamento, pela Corte moratórios de 12% (doze por cento).
Especial, do Recurso Especial nº 1.194.402-RS (Relator Min. Teori Em suas razões de apelo (fls. 1.069/1.075), os apelantes pedem a
Albino Zavascki), submetido ao rito do art. 543-C. reforma da sentença para que, à execução do título que condenara a
4. Se o pagamento mensal não for suficiente para a quitação sequer CEF a aplica a taxa progressiva de juros à conta de FGTS por eles
dos juros, a determinação de lançamento dos juros vencidos e não tituladas, juros moratórios de 6% ao ano (art. 1.062 do Cód. Civil de
pagos em conta separada, sujeita apenas à correção monetária, com o 1916), e 12% ao ano a partir de 11.01.2003 (art. 406 da Lei 10.406, de
fim exclusivo de evitar a prática de anatocismo, encontra apoio na 10.01.2002 – Código Civil).
jurisprudência atual do STJ. Precedentes. Contra-razões às fls. 1.080/1.081.
5. Recurso especial provido. É o relatório, passo a decidir.
(REsp 1095852/PR, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, Assiste razão aos apelantes.
SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 14/03/2012, DJe 19/03/2012) Consoante o entendimento jurisprudencial firmado no âmbito das
No caso vertente, ao que se apura dos autos, o contrato em questão foi Cortes superiores, deverá ser aplicado o art. 1.062 da Lei 3.071, de
firmado segundo o Sistema de Amortização Crescente – SACRE, no 01.01.1916 (Cód. Civil de 1916), enquanto esta vigeu, incidindo, a
qual a amortização mensal do saldo devedor é muito mais significativa partir de 11.01.2003, o critério para fixação dos juros de mora
do que na Tabela Price, utilizada nos financiamentos do Plano de estabelecido no art. 406 da Lei 10.406, de 10.01.2002 (Código Civil)
Equivalência Salarial, o que, via de regra, conduz à inexistência de sem que a adoção deste critério vulnere a coisa julgada. Confira-se, a
resíduo ao final do prazo contratual. O mencionado sistema pressupõe propósito[1]:
que a atualização das prestações do mútuo e de seus acessórios ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO
permaneça atrelada aos mesmos índices de correção do saldo devedor, REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C DO CPC E
o que permite que o valor da prestação conserve-se em valor suficiente RESOLUÇÃO STJ N.º 08/2008. FGTS. EXPURGOS
para a amortização constante da dívida com conseqüente redução do INFLACIONÁRIOS. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. EMBARGOS.
saldo devedor até sua extinção. Por esta razão, dificilmente se observa TAXA DE JUROS. NOVO CÓDIGO CIVIL. VIOLAÇÃO À COISA
a ocorrência de anatocismo nos financiamentos que preveem tal JULGADA. INEXISTÊNCIA. ART. 406 DO NOVO CÓDIGO
metodologia. CIVIL. TAXA SELIC.
E, ao analisar a planilha de evolução do financiamento apresentada 1. Não há violação à coisa julgada e à norma do art. 406 do novo
pela empresa pública às fls. 65/68, constata-se que os valores Código Civil, quando o título judicial exequendo, exarado em
atribuídos às prestações não só bastavam para amortizar a parcela de momento anterior ao CC/2002, fixa os juros de mora em 0,5% ao mês
juros remuneratórios, como também eram suficientes para reduzir o e, na execução do julgado, determina-se a incidência de juros de 1% ao
saldo devedor, razão pela qual se impõe o não acolhimento da mês a partir da lei nova.
pretensão autoral. 2. Segundo a jurisprudência das duas Turmas de Direito Público desta
Face ao exposto, dou provimento à apelação, nos termos do art. 557, Corte, devem ser examinadas quatro situações, levando-se em conta a
§1º-A, do CPC, para julgar improcedente o pedido autoral. data da prolação da sentença exequenda: (a) se esta foi proferida antes
Preclusa esta decisão, remetam-se os autos à Vara de origem. do CC/02 e determinou juros legais, deve ser observado que, até a
Rio de Janeiro, 09 de maio de 2012. entrada em vigor do Novo CC, os juros eram de 6% ao ano (art. 1.062
SERGIO SCHWAITZER do CC/1916), elevando-se, a partir de então, para 12% ao ano; (b) se a
RELATOR sentença exequenda foi proferida antes da vigência do CC/02 e fixava
juros de 6% ao ano, também se deve adequar os juros após a entrada
em vigor dessa legislação, tendo em vista que a determinação de 6% ao
ano apenas obedecia aos parâmetros legais da época da prolação; (c) se
a sentença é posterior à entrada em vigor do novo CC e determinar
IV - APELACAO CIVEL 504301 1992.51.01.056154-6 juros legais, também se considera de 6% ao ano até 11 de janeiro de
Nº CNJ :0056154-50.1992.4.02.5101 2003 e, após, de 12% ao ano; e (d) se a sentença é posterior ao Novo
RELATOR :SERGIO SCHWAITZER CC e determina juros de 6% ao ano e não houver recurso, deve ser
APELANTE :ABELARDO DE CASTRO E OUTROS aplicado esse percentual, eis que a modificação depende de iniciativa
ADVOGADO :FRANCISCO DOMINGUES LOPES E da parte.
OUTROS 3. No caso, tendo sido a sentença exequenda, prolatada anteriormente à
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF entrada em vigor do Novo Código Civil, fixado juros de 6% ao ano,
ADVOGADO :TUTECIO GOMES DE MELLO E correto o entendimento do Tribunal de origem ao determinar a
OUTROS incidência de juros de 6% ao ano até 11 de janeiro de 2003 e, a partir
ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DO RIO DE de então, da taxa a que alude o art. 406 do Novo CC, conclusão que
JANEIRO (9200561543) não caracteriza qualquer violação à coisa julgada.
4. "Conforme decidiu a Corte Especial, 'atualmente, a taxa dos juros
DECISÃO moratórios a que se refere o referido dispositivo [art. 406 do CC/2002 ]
Trata-se de apelação cível interposta por ABELARDO DE CASTRO E é a taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia -
OUTROS em ataque a sentença, proferida à fl. 1.053 pelo MM. Juiz da SELIC, por ser ela a que incide como juros moratórios dos tributos
5ª Vara Federal do Rio de Janeiro – RJ, que, em fase de satisfação de federais (arts. 13 da Lei 9.065/95, 84 da Lei 8.981/95, 39, § 4º, da Lei
título executivo consubstanciado em sentença que condenara a empresa 9.250/95, 61, § 3º, da Lei 9.430/96 e 30 da Lei 10.522/02)' (EREsp
pública agravada a aplicar, à conta vinculada dos apelantes, a taxa 727.842, DJ de 20/11/08)" (REsp 1.102.552/CE, Rel. Min. Teori
progressiva de juros, indeferiu o pedido de aplicação de taxa de juros
1 Veja-se, também, STJ, 1ª T., AgRg no REsp nº 1.154.083/RS,
Rel. Ministro HAMILTON CARVALHIDO, j. em 10.08.2010,
DJe 16.09.2010; REsp 1.112.746/DF, Rel. Ministro CASTRO
MEIRA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/08/2009, DJe
31/08/2009.

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Albino Zavascki, sujeito ao regime do art. 543-C do CPC, pendente de
publicação).
5. O recurso deve ser provido tão somente para garantir a aplicação da
taxa SELIC a partir da vigência do Novo Código Civil, em substituição
ao índice de 1% por cento aplicado pela sentença e mantido pelo
acórdão recorrido. mora. Invoca a aplicação do CDC ao contrato por ela subscrito, do que
6. Recurso especial provido em parte. Acórdão sujeito ao regime do conclui incabível a ação monitória para exigir a créditos advindos da
art. 543-C do Código de Processo Civil e da Resolução nº 8/STJ. impontualidade em contrato padronizado. Alega, também, que o
(STJ, 1ª Seção, REsp. nº 1.112.743/BA, Rel. Min. CASTRO MEIRA, Decreto nº 22.626, de 07/04/1933 vedaria a cumulação de juros,
julgado em 12.08.2009, DJe 31.08.2009) entendimento consolidado, ademais, na Súmula nº 121, do E. STF. Por
Conforme o posicionamento dos Tribunais, só se admite a aplicação de estas razões, pede a reforma da sentença para que o feito seja
taxa de juros moratórios de 6% (seis por cento), na execução de arquivado ou, subsidiariamente, afastada a cumulação da taxa de juros,
sentença que condena a CEF a recompor conta vinculada, se, após a bem assim, excluída a condenação a honorários de advogado em razão
vigência do art. 406 da Lei 10.406, de 10.01.2002 (Código Civil), a da concessão do benefício da gratuidade de justiça (fls. 99/105).
sentença ou acórdão determinar a aplicação daquela taxa sem que tenha Contra-razões as fls. 110/116.
havido qualquer recurso que os impugne neste capítulo. A sentença vergastada merece parcial retoque.
Reformo, portanto, a sentença para determinar que, à execução do Convém estabelecer, em breves linhas, a diferença entre juros
título executivo que condenara a empresa pública a recompor as contas moratórios e compensatórios. Enquanto estes são a remuneração do
vinculadas tituladas pelos apelantes, sejam aplicados juros moratórios credor a título de compensação por este ter-se privado do bem
de 12% (doze por cento) ao ano a partir de 11.01.2003, no termos do adiantado ao devedor, e serem acrescidos gradativamente pro rata
art. 406 da Lei 10.406, de 10.01.2002 – Código Civil. temporis enquanto a privação perdurar, de seu turno, os juros
Face ao exposto, a teor § 1º-A, do art. 557, do CPC, dou provimento ao moratórios, impostos como pena, advêm do retardamento no
recurso. cumprimento da prestação pelo devedor.
Preclusa esta decisão, remetam-se os autos à Vara de origem. Por terem natureza distinta, bem assim, por serem originados de fatos
Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012. diversos – um para remunerar o capital, o outro como pena imposta ao
SERGIO SCHWAITZER devedor moroso – não há qualquer óbice à cumulação de ambos.
RELATOR Haja vista ser um dos objetos da presente demanda, impõe-se
estabelecer qual a disciplina pertinente à taxa de juros remuneratórios
aplicáveis ao contrato de crédito rotativo.
Consigne-se que o Código de Defesa do Consumidor, no § 2° de seu
art. 3º, inclui no rol dos fornecedores as instituições bancárias,
IV - APELACAO CIVEL 494283 2007.50.01.011647-5 dispositivo que teve sua constitucionalidade submetida à apreciação do
Nº CNJ :0011647-85.2007.4.02.5001 Supremo Tribunal Federal por meio da ADI nº 2.591/DF, em cujo
RELATOR :SERGIO SCHWAITZER julgamento aquela Corte positivara que as instituições financeiras
APELANTE :SANDRA VALÉRIA MACHADO estariam alcançadas pela incidência do CDC, excetuando-se, contudo,
ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO os custos das operações ativas e a remuneração das operações passivas
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF praticadas por aquelas instituições na exploração da intermediação de
ADVOGADO :UDNO ZANDONADE E OUTROS dinheiro na economia, sem prejuízo, por óbvio, das normas do BACEN
ORIGEM :4ª VARA FEDERAL CÍVEL DE VITÓRIA/ “e do controle e revisão, pelo Poder Judiciário, nos termos do
ES (200750010116475) disposto no Código Civil, em cada caso, de eventual abusividade,
onerosidade excessiva ou outras distorções na composição contratual
DECISÃO da taxa de juros”.
Trata-se de apelação cível interposta por SANDRA VALÉRIA Afastam-se, portanto, da disciplina da Lei nº 8.078, de 11.09.1990, as
MACHADO em ataque a sentença, proferida às fls. 77/93 pelo MM taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras em suas
Juízo da 4ª Vara Federal Cível de Vitória-ES, que rejeitou os embargos operações de intermediação de dinheiro, dentre cujas modalidades
à ação monitória pela qual a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – CEF encontra-se a de mútuo bancário.
pugnava pela conversão em título executivo de documento que Excluídas as limitações da taxa de juros – mormente no que concerne à
ostentava força de prova de dívida advinda de Contrato de Mútuo de capitalização destas – da disciplina consumeira, cumpre perquirir, do
dinheiro a pessoa física para aquisição de material de construção. ordenamento, quais limites são impostos.
Na sentença objurgada, o Douto Juiz a quo positivara, inicialmente, O Código Civil revogado (Lei nº 3.071, de 01.01.1916), produto do
que, diversamente do asseverado pelo embargante/apelante, a citação liberalismo econômico pré-guerra, fortemente informado pelo princípio
por edital era espécie de citação subsidiária quando o citando não fosse pacta sunt servanda, não impôs limite à convenção de juros, tanto
encontrado no endereço informado, e que não ensejaria qualquer moratórios quanto remuneratórios, ressalvando que, quando não
irregularidade. Consigna, em seguida, ser dispensável, por disposição convencionados pelas partes, serão, um e outro, 6% ao ano (vejam-se
contratual, qualquer comunicação de infringência das obrigações os artigos 1.062, 1.063 e, no que toca ao empréstimo de dinheiro e
estabelecidas no contrato. Positiva, bem assim, que, a partir da edição coisas fungíveis, o art. 1.262).
da Medida Provisória Nº 2.170-36, de 23/08/2001, a previsão de juros A primeira iniciativa de restringir, em nosso ordenamento, a convenção
capitalizados em contratos seria lícita. Por estes fundamentos, julga usurária veio durante a crise econômica dos anos trinta – quando do
improcedentes os embargos à ação monitória opostos por SANDRA arrefecimento do entusiasmo com o liberalismo econômico – pela
VALÉRIA MACHADO, determina a constituição da prova da dívida edição do Decreto nº 22.626, de 07.04.1933, o qual vedara
em título executivo judicial e fixa honorários de advogado em 5% do expressamente, em seu 4º, os juros capitalizados, só os admitindo em
valor atualizado da causa devidos pela ré à CEF. casos excepcionais (e.g., no inc. IX, do art. 4º, da Lei nº 4.595, de
Em seu recurso, a ré, ora apelante, sustenta que não fora informada de 31.12.1964), dentre os quais não se inclui o crédito rotativo.
sua inadimplência, bem como, não lhe fora oportunizado purgar a Anotamos, ainda, que o supracitado Decreto, em seu art. 1º, limitara os
de juros ao dobro da taxa legal, que, na época da edição do diploma,
era de 6% ao ano, do art. 1.062, do Código Civil de 1916, hoje fixada
“segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de
impostos devidos à Fazenda Nacional” (art. 406 do Novo Código
Civil).

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No que toca especificamente a aludido Decreto, impõe-se registrar que
o C. STF já se pronunciara, sem qualquer ressalva (inclusive no que
toca ao anatocismo), pela inaplicabilidade do Decreto nº 22.626/1933,
às taxas de juros e a outros encargos cobrados nas operações realizadas
pelas instituições públicas ou privadas que integram o Sistema
Financeiro Nacional (Súmula nº 596). Medida Provisória acima indicada, vez que a apreciação dos requisitos
Nesta rota, entendemos não se prestarem, também, à limitação da taxa de urgência e a relevância, de evidente caráter político, é exclusiva do
de juros aplicada ao mútuo bancário, as disposições do aludido Chefe do Poder Executivo e do Congresso Nacional (cf., STF, Pleno,
Decreto. ADI-1.754-DF, Relator Min. SYDNEY SANCHES, j. em 12.03.1998,
Excluída a incidência do Decreto nº 22.626/1933 aos contratos de maioria, DJU de 06.08.1999, p. 0097).
mútuo bancário, a taxa de juros não teve restrição até a edição da Lei nº Ora, in casu, fica afastado o controle judicial, vez que os requisitos da
4.595/1964, que, no inc. IX, de seu art. 4º (com redação dada pela Lei Medida Provisória acoimada de inconstitucional são de caráter
nº 6.045, de 15.05.1974), atribuiu ao Conselho Monetário Nacional a absolutamente subjetivos, emanados da apreciação discricionária do
tarefa de limitar as taxas de juros, descontos, comissões e qualquer Chefe do Executivo, condicionada sua conversão em lei pela
modalidade de remuneração das operações e serviços bancários e apreciação pelo Congresso Nacional.
financeiros. Tampouco merece acolhida a tese de revogação do art. 5º da MP nº
Advirta-se, por oportuno, que, quando da decisão da ADI nº 2.591/DF, 2.170, de 23.08.2001, pelo art. 591 do Novo Código Civil, vez que
o E. STF reconhecera, com fulcro no inc. VIII, do art. 4º, da Lei nº Lei aquela regra disciplina matéria especial, não cedendo a regra posterior,
nº 4.595/1964, a titularidade (a que designou “capacidade normativa ainda que de caráter geral.
de conjuntura”) do Conselho Monetário Nacional para a normatização Com propósito de afastar o fundamento da incompossibilidade da
e fiscalização do funcionamento das instituições financeiras. Medida Provisória como o Novo Código Civil, socorremo-nos, abaixo,
Contra a Lei nº 4.595/1964 insurgira-se doutrina autorizada, que, em do escólio do laureado civilista, já falecido, CAIO MÁRIO DA SILVA
escorço, sustenta que o diploma, por força do art. 25, do ADCT, não PEREIRA:
teria sido recepcionado, bem assim, que a competência para legislar “Aqui é que o esforço exegético é exigido ao máximo, na pesquisa do
sobre a política de crédito, conforme disposto nos incisos VI e VII, do objetivo a que o legislador visou, da intenção que o animou, da
art. 22, da Constituição Federal é exclusiva da União, e que, por opção finalidade que teve em mira, para apurar se efetivamente as normas
do Constituinte Originário, materialmente do Congresso Nacional (inc. são incompatíveis, se o legislador contrariou os ditames da anterior,
XIII, do art. 48, CRFB), insuscetível de delegação, nos termos do § 1º, e, em conseqüência, se a lei nova não pode coexistir com a velha, pois,
do art. 68, da CF. Ademais, o § 3º, do art. 192, da CF (na redação na falta de uma incompatibilidade entre ambas, viverão lado a lado,
original), ainda que não auto-executório, impediria que fossem fixados, cada uma regulando o que especialmente lhe pertence.”
pelo mercado ou pelo Sistema Financeiro, juros superiores a 12% ao “Esta coexistência não é afetada, quando o legislador vote disposições
ano (CASADO, Márcio Mello. Proteção do consumidor de crédito gerais a par de especiais, ou disposições especiais a par de gerais já
bancário e financeiro, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2000. existentes, porque umas e outras não se mostram, via de regra,
pp. 43/58). incompatíveis. Não significa isto, entretanto, que uma lei geral nunca
Ainda que se acolhesse o argumento de que a limitação se impunha revogue uma lei especial, ou vice versa, porque nela poderá haver
indiferentemente à edição de lei complementar, não subjaz, dispositivo incompatível côa a regra especial da mesma forma que
hodiernamente, fundamento à alegação de que os juros anuais uma lei especial pode mostrar-se incompatível com dispositivo inserto
encontram limite de 12%, face à revogação do § 3º, do art. 192, da CF, em lei geral. O que o legislador quis dizer (Lei de Introdução, art. 2º,
pela Emenda Constitucional nº 40, de 29.05.2003. § 2º, Projeto de Lei Geral de Aplicação das Normas, art. 4º, parág.
No que tange à indelegabilidade da competência para regulamentação Único) foi que a generalidade dos princípios numa lei desta natureza
do Sistema Financeiro e à alegada revogação da Lei nº 4.595/1964 pelo não cria incompatibilidade com regra de caráter especial. A
art. 25, do ADCT, é mister anotar que esta lei fora objeto de Recurso disposição especial irá disciplinar o caso especial, sem colidir com a
Extraordinário (STF, 1ª T., RE nº 286.963, Rel. Ministro normação genérica da lei geral, e, assim, em harmonia poderão
SEPÚLVEDA PERTENCE, maioria, j. em 24.05.2005, DJ de simultaneamente vigorar. Ao intérprete cumpre verificar, entretanto,
20.10.2006). No Voto proferido pelo Relator, este positivara que o se uma nova lei geral tem o sentido de abolir disposições
objeto da redação do dispositivo do ADCT não era a revogação das preexistentes.”
normas editadas quando vigente a delegação de matéria exclusiva do (in Instituições de Direito Civil, vol. I. 19ª ed. Rio de Janeiro: Forense,
Congresso Nacional, mas, diversamente, a revogação dos próprios 2000. pp. 84).
diplomas que delegaram a competência. Inspirados no tirocínio do celebrado doutrinador, esta Relatoria
Nesta rota, legislação pré-constitucional não é atingida pela revogação, entende serem absolutamente coexistentes o art. 5º da MP nº
concluindo aquela Corte Suprema pela plena vigência da Lei nº 2.170/2001 e o art. 591 da Lei nº 10.406/2002, ao não se vislumbrar
4.595/1964. qualquer antinomia entre ambas, máxime porque – repise-se – aquele é
Noutro giro, no tocante à capitalização dos juros, ademais da vedação – disciplina especial, dirigida às operações realizadas pelas instituições
já espancada – do Decreto nº 22.626/1933, outros dois fundamentos integrantes do Sistema Financeiro Nacional, outrossim, porque o
podem ser invocados para afastá-la. A um porque previsto em espécie dispositivo da lei civil, além de disciplinar o mútuo não praticado por
normativa – nomeadamente, em Medida Provisória – inconstitucional, aquelas instituições, permite, em sua literal dicção, a capitalização, só
vez que ausentes os requisitos de urgência e relevância, a dois porque o divergindo por a admitir apenas após um ano.
dispositivo que a previra (art. 5º da MP nº 2.170-36, de 23.08.2001) Em seqüência, faz-se mister salientar que os enunciados
estaria revogado pelo art. 591 do Novo Código Civil (Lei nº 10.406, de jurisprudenciais fixam entendimento de certa Corte sobre um tema
10.01.2002), que limita os juros aos do art. 406 do mesmo diploma. reiteradamente a ela submetido em um determinado contexto legal,
Some-se a estes fundamentos o argumento de que o Egrégio STF já impondo-se apenas como orientação, e enquanto o panorama
sumulara a impossibilidade de cobrança capitalizada de juros (Súmula normativo permanecer o mesmo.
nº 121). Advindo regra nova, há que se inquirir do enunciado se este, em face
Não deve prosperar o fundamento de que inconstitucionalidade da do novo contexto legal, mantém-se como adequado.
Por este fundamento, é de se afastar a orientação dada pela Súmula nº
121, do STF, segundo a qual o ordenamento vedava a capitalização de
juros, haja vista que hoje o art. 5º da MP nº 2.170/2001 expressamente
a admite.
Não vê, portanto, esta Relatoria, qualquer vedação à aplicação de juros

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remuneratórios capitalizados aos contratos de mútuo bancário, razão
por que a sentença merece reparo no que afastara a capitalização.
Mantenho, portanto, a sentença, vez que inexiste qualquer vedação à
capitalização de juros aos contratos bancários.
Por derradeiro, registre-se que o benefício de gratuidade de assistência
judiciária, cuja condição inafastável para seu deferimento é o estado parte autora e pela UNIÃO FEDERAL contra sentença proferida pelo
de miserabilidade do beneficiado, é garantia fundamental Juízo da 5ª Vara Cível de Vitória – ES, que julgou parcialmente
constitucional (inc. LXXIV, art. 5º, da Constituição Federal) que tem procedente o pedido, para conceder a antecipação dos efeitos da tutela
por escopo a acessibilidade ao Judiciário dos hipossuficientes. e condenar a UNIÃO a (i) conceder às autoras, filhas de ex-combatente
No entanto, seu deferimento não afasta a responsabilidade do falecido em 16/03/1989, em 30 (trinta) dias, a pensão especial
beneficiário, vencido na lide, quanto ao pagamento de honorários de correspondente a deixada por um segundo-sargento, na proporção de
advogado. 1/5 para cada uma, sob pena de multa diária de R$ 500,00, e (ii) pagar
É que a sucumbência se impõe como regra de caráter geral, estatuída os atrasados relativos aos cinco anos anteriores ao ajuizamento da
no art. 20 do CPC, não se excluindo dela seus consectários, tais qual a ação.
verba honorária de advogado. Na sentença vergastada (fls. 220/239), o MM. Juízo a quo reconheceu a
Portanto, ainda que o sucumbente seja beneficiário de assistência prescrição das parcelas anteriores ao lustro e, no mérito propriamente
judiciária, deve ser condenado aos ônus sucumbenciais decorridos da dito, sustentou, em síntese, que a Lei nº 8.059/90 não se aplica ao caso,
condenação (v. g., STJ, 5ª T, REsp. nº 295.920-SP, Rel. Min. JORGE eis que posterior ao óbito do ex-combatente, devendo aplicar-se a Lei
SCARTEZZINI, j. em 21/08/2001, un., DJU de 19/11/2001, p. 308). nº 3.765/60, vigente à data do óbito do instituidor, para fins de
Entendimento diverso não seria razoável, vez que, a absoluta isenção reconhecimento da condição de beneficiárias das autoras (filhas
de responsabilidade em razão da hipossuficiência, por si só, já causaria maiores e/ou casadas, não inválidas). Quanto ao valor da pensão,
gravame ao réu, ainda que vitorioso na lide à qual integrou, pois, entendeu que, por ter sido aplicada ao caso a Lei nº 3.765/60, o valor
constituindo advogado, remunerou-o. da pensão deve ser o estipulado na lei vigente à época (Lei nº 4.242/63,
Ademais, é incompatível à sua finalidade o deferimento da gratuidade art. 30). Por fim, concedeu a antecipação dos efeitos da tutela, para que
de assistência judiciária inexistindo condição para sua concessão, vale a UNIÃO implantasse a pensão em favor das autoras no mês seguinte
dizer, a hipossuficiência de recursos, não sendo, também, razoável que ao da publicação da sentença.
persista dito benefício ainda depois da cessação da miserabilidade do Em suas razões de apelação (fls. 245/307), as autoras alegam que
beneficiário. fazem jus à pensão de segundo-tenente, porquanto o óbito do ex-
Destarte, portanto, desmerece reforma a sentença no que condenara a combatente ocorreu no interregno da promulgação da Constituição de
ré a honorários de sucumbência, fixados em de 5% (cinco por cento) 1988 e da publicação da Lei nº 8.059/90. Assim, aduzem que a Lei nº
do valor atribuído à causa, devidos à CEF, a teor do art. 20, § 4º, do 3.765/60, vigente à data do óbito do instituidor, reconhece as filhas de
CPC, sobrestada, porém, sua execução, nos termos do art. 12, in fine, qualquer condição como beneficiárias da pensão, e que o art. 53 do
da Lei nº 1.060, de 05.02.1950, ante à gratuidade de justiça concedida ADCT, também em vigor quando o ex-combatente faleceu, garante aos
(fls. 13). dependentes a pensão de segundo-tenente. Por fim, caso seja provido o
Face ao exposto, com fulcro no caput e no § 1º-A, do art. 557, do CPC, recurso, requerem a condenação da UNIÃO ao pagamento das custas e
dou parcial provimento ao recurso apenas para reformar a sentença no honorários advocatícios, eis que entendeu ter havido sucumbência
que condenara a ré a honorários para determinar o sobrestamento da recíproca.
execução desta verba nos termos do art. 12, in fine, da Lei nº 1.060, de A UNIÃO FEDERAL, às fls. 357/371, apelou alegando que as autoras
05.02.1950. não fazem jus nem mesmo à pensão de segundo-sargento, pois seu pai
Preclusa esta decisão, remetam-se os autos à Vara de origem. nunca preencheu os requisitos exigidos pela Lei nº 4.242/63 (não poder
Rio de Janeiro, 09 de abril de 2012. prover os próprios meios de subsistência e não perceber qualquer
SERGIO SCHWAITZER importância dos cofres públicos), já que era aposentado. Igualmente,
RELATOR assevera que as autoras não são dependentes do de cujus, porque o
Estatuto dos Militares deixou de considerar a filha casada do militar
dependente deste (art. 50, §2º). Quanto ao termo inicial do benefício,
aduz que, não tendo havido requerimento na via administrativa, as
parcelas anteriores ao pleito judicial não são devidas, sendo o termo a
IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO 539131 quo a data da propositura da ação. Por fim, insurge-se contra a
2010.50.01.011628-0 imposição de multa diária no caso de descumprimento da determinação
Nº CNJ :0011628-74.2010.4.02.5001 contida na sentença, para implantação do benefício em 30 (trinta) dias
RELATOR :SERGIO SCHWAITZER em favor das autoras.
APELANTE :NUBIA AYRES DE ALMEIDA E Após o término desse prazo de 30 (trinta) dias, foi proferida decisão
OUTROS determinando a comprovação, em 5 (cinco) dias, do cumprimento da
ADVOGADO :MARCIO GARCIA DOS SANTOS E tutela antecipada concedida na sentença, sob pena de aplicação da
OUTROS multa diária nela fixada, tendo a UNIÃO interposto agravo de
APELANTE :UNIAO FEDERAL instrumento que foi convertido em retido (fls. 83/85 do AI nº
APELADO :OS MESMOS 2011.02.01.012448-7, em apenso). No agravo, a UNIÃO pediu a
REMETENTE :JUIZO DA 5A VARA FEDERAL CIVEL cassação da decisão, pois a implantação da pensão demanda uma série
DE VITORIA-ES de providências administrativas, não se afigurando razoável nem
ORIGEM :5ª VARA FEDERAL CÍVEL DE VITÓRIA/ proporcional a imposição da multa, cujo objetivo é imprimir a
ES (201050010116280) efetividade da obrigação de fazer e não penalizar a quem cabe cumprir
obrigação.
DECISÃO Contrarrazões da UNIÃO FEDERAL, às fls. 377/383, pugnando pelo
Cuida-se de remessa necessária e apelações cíveis interpostas pela desprovimento da apelação das autoras.
Às fls. 386/466, as autoras apresentaram contrarrazões requerendo seja
negado provimento ao recurso da UNIÃO FEDERAL.
Relatados, decido.
As autoras pretendem, em síntese, receber a pensão de segundo-tenente
com amparo nas normas que lhes são mais benéficas (Lei nº 3.765/60

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c/c art. 53, III, do ADCT), afastando a aplicação das leis nº 4.242/63 e
nº 8.059/90.
A UNIÃO FEDERAL, por sua vez, aponta que as autoras não fazem
jus a nenhuma pensão de ex-combatente, pois o de cujus era
aposentado, contrariando os preceitos do art. 30 da Lei nº 4.242/63, e
elas não se enquadram no conceito de dependentes delineado na Lei nº AGRESP 332177/RS, Quinta Turma, DJ 04/02/02, Rel. Min. GILSON
8.059/90. DIPP; RESP 443503/SC; STJ, Quinta Turma, DJ 16/12/2002, Rel.
I – DA PRESCRIÇÃO: Min. FELIX FISCHER; entre outros.
Inicialmente, cabe ressaltar que o direito à pensão por morte é II – DA PENSÃO DE EX-COMBATENTE EQUIVALENTE A
imprescritível, o que significa dizer que o benefício pode ser requerido DEIXADA POR UM SEGUNDO-SARGENTO (ART. 30, DA LEI Nº
a qualquer tempo. 4.242/63) CONCEDIDA NA SENTENÇA:
No caso de ex-combatente falecido antes do advento da Constituição O pai das autoras, EUTIMES AYRES DE ALMEIDA, faleceu na
de 1988, aplica-se o art. 28 da Lei nº 3.765/60, o qual dispõe que a condição de viúvo em 16/03/1989 (certidão de óbito à fl. 52), ou seja,
pensão militar pode requerida a qualquer tempo, condicionada, porém, quando já promulgada a Constituição de 1988, que, no Ato das
a percepção das prestações mensais à prescrição de 05 (cinco) anos. Disposições Transitórias, assim dispõe:
Quando não há requerimento administrativo, como é o caso dos autos, “Art. 53. Ao ex-combatente que tenha efetivamente participado de
a prescrição atinge apenas as parcelas anteriores ao quinquenio que operações bélicas durante a Segunda Guerra Mundial, nos termos da
antecedeu o ajuizamento da ação. Lei nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, serão assegurados os
Esse entendimento harmoniza-se com o seguinte aresto, in verbis: seguintes direitos:
“ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO I - aproveitamento no serviço público, sem a exigência de concurso,
ESPECIAL. PENSÃO ESPECIAL. EX-COMBATENTE. com estabilidade;
REVERSÃO DA QUOTA-PARTE DA FILHA MAIOR À VIÚVA. II - pensão especial correspondente à deixada por segundo-tenente das
INOCORRÊNCIA DA PRESCRIÇÃO. SÚMULA 85/STJ. AGRAVO Forças Armadas, que poderá ser requerida a qualquer tempo, sendo
REGIMENTAL DESPROVIDO. inacumulável com quaisquer rendimentos recebidos dos cofres
1. É firme o entendimento desta Corte de que, em se tratando de ação públicos, exceto os benefícios previdenciários, ressalvado o direito de
proposta apenas para obter o pagamento de determinada vantagem opção;
pecuniária pela Administração, a prescrição não atinge o chamado III - em caso de morte, pensão à viúva ou companheira ou dependente,
fundo de direito, mas sim as parcelas vencidas há mais de cinco anos de forma proporcional, de valor igual à do inciso anterior;
contados do ajuizamento da ação, nos moldes prescritos pela Súmula IV - assistência médica, hospitalar e educacional gratuita, extensiva aos
85/STJ. dependentes;
2. Agravo Regimental desprovido.” V - aposentadoria com proventos integrais aos vinte e cinco anos de
(AGRESP 200702540084, NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, STJ - serviço efetivo, em qualquer regime jurídico;
QUINTA TURMA, DJE DATA:08/11/2010.) VI - prioridade na aquisição da casa própria, para os que não a
Quando o interessado requer administrativamente o benefício e este é possuam ou para suas viúvas ou companheiras.
negado, o prazo é de 05 (cinco) anos para buscar a tutela jurisdicional, Parágrafo único. A concessão da pensão especial do inciso II substitui,
sob pena de prescrição do próprio fundo de direito, nos termos do art. para todos os efeitos legais, qualquer outra pensão já concedida ao ex-
1º do Decreto nº 20.910/32 e do enunciado nº. 85 da Súmula do STJ: combatente.”
"Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a Fazenda Pública Ocorre que, pelo princípio tempus regit actum, não há se falar em
figure como devedora, quando não tiver sido negado o próprio direito aplicação do art. 30 da Lei nº 4.242/63 nem em concessão da pensão
reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do prevista nesse dispositivo, pois, quando o pai das autoras faleceu, já
qüinqüênio anterior à propositura da ação." estava em vigor a Constituição de 1988 e, de acordo com as normas
Nesse mesmo sentido, confiram-se os seguintes julgados proferidos no insertas no art. 53 do ADCT, a pensão de segundo-sargento foi
âmbito desta Eg. Corte: APELRE 200951010172301, QUINTA substituída pela de segundo-tenente, embora, no caso de ex-combatente
TURMA ESPECIALIZADA, E-DJF2R - Data: 05/03/2012 - Página: falecido antes da promulgação da Constituição, o direito adquirido à
207; APELRE 200751010254199, SÉTIMA TURMA pensão de segundo-sargento esteja resguardado para aqueles que se
ESPECIALIZADA, E-DJF2R - Data: 11/11/2010 - Página: 310/311; enquadram entre os beneficiários da Lei nº 3.765/60 (art. 17, da Lei nº
dentre outros. 8.059/90).
No caso da pensão de ex-combatente correspondente ao soldo de um Nesse mesmo sentido, de que o direito das filhas de ex-combatente
segundo-tenente, os atrasados são devidos desde o requerimento falecido na vigência da Constituição de 1988 à pensão de ex-
administrativo ou, não havendo requerimento na via administrativa, combatente deve ser examinado à luz do disposto no art. 53 do ADCT
desde a citação em ação judicial, conforme interpretação da norma do (pensão correspondente ao soldo de um segundo-tenente), e não da Lei
art. 11 da Lei nº 8.059/90 (conf. Precedentes do STJ: RESP nº 4.242/63 (pensão correspondente ao soldo de um segundo-sargento),
200800036950, in DJE de 28/04/2008, LEXSTJ Vol.: 00226, PG: vem se firmando o entendimento no âmbito do Eg. STJ (conf. RESP
00220; AGA 200800098581, in DJE de 15/09/2008; AGRESP 200800627620, in DJE de 13/04/2009; AGRESP 200801483131, in
200802084470, in DJE de 29/11/2010). DJE de 07/06/2010; dentre outros).
No mérito propriamente dito, quanto à regra de aplicabilidade das Portanto, resta indene de dúvida que não se aplica ao caso a Lei nº
normas no caso de pensão por morte de ex-combatente, é de se 4.242/63, mas sim o art. 53 do ADCT, vigente à data do óbito do pai
registrar que, conforme já decidido pelo C. STF (cf. MS 21707/DF, j. das autoras, merecendo reforma nesse tocante a sentença vergastada,
em 18/05/1995, Tribunal Pleno, in DJ 22-09-1995 PP-30590), a lei que que, não obstante o princípio tempus regit actum, reconheceu o direito
rege o direito à pensão é a vigente à data do óbito do instituidor, pelo das autoras à pensão de segundo-sargento.
princípio tempus regit actum. Ainda que assim não fosse, as alegações da UNIÃO FEDERAL
Nesse diapasão, precedentes dos Egrégios Supremo Tribunal Federal e procedem quanto à questão do não preenchimento, pelo ex-combatente,
Superior Tribunal de Justiça, verbi gratia: STF, MS 20032/DF, dos requisitos do art. 30 da Lei nº 4.242/63.
Tribunal Pleno, DJ 22/08/75, Rel. Min. CORDEIRO GUERRA; STJ, Com efeito, o legislador ordinário foi mais exigente ao regular o direito
à pensão do art. 30 da Lei nº 4.242/63, pois, ao contrário do
constituinte ao editar o art. 53 do ADCT da CRFB/88, aquele (o
ordinário) estabeleceu requisitos mais restritivos para o recebimento da
pensão equivalente à deixada por um segundo-sargento, assim
dispondo, in verbis: (grifos nossos)

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"Art. 30. É concedida aos ex-combatentes da Segunda Guerra
Mundial, da FEB, da FAB e da Marinha, que participaram ativamente
das operações de guerra e se encontram incapacitados, sem poder
prover os próprios meios de subsistência e não percebem qualquer
importância dos cofres públicos, bem como a seus herdeiros, pensão
igual à estipulada no art. 26 da Lei nº 3.765, de 4 de maio de 1960." aposentado quando faleceu, conforme certidão de óbito de fl. 52, em
Ainda que o interessado tenha participado efetivamente de operações contrariedade ao art. 30 da Lei nº 4.242/63, que veda a cumulação da
de guerra durante a Segunda Guerra Mundial, sendo considerado ex- pensão de ex-combatente equivalente a deixada por um segundo-
combatente, é claro que, para fazer jus à pensão de segundo-sargento sargento com “qualquer importância” recebida “dos cofres públicos”, o
(estipulada no art. 26, da Lei nº. 3.765/60), (i) precisa encontrar-se que, em razão da generalidade do texto, engloba qualquer tipo de
incapacitado, sem poder prover os próprios meios de subsistência, e (ii) despesa pública, inclusive aposentadoria.
não pode perceber qualquer importância dos cofres públicos, exigência Aliás, o Enunciado nº 55 da Súmula deste Tribunal (j. em 02/12/2010,
esta que deve ser estendida a seus herdeiros. in E-DJF2R 16/03/2011), embora trate do direito das filhas à pensão do
Com efeito, “não perceber qualquer importância dos cofres públicos” art. 30 da Lei nº 4.242/63, é claro ao afirmar que a pensão de ex-
são condições que, se não atendidas, podem, a qualquer tempo, ensejar combatente equivalente a deixada por um segundo-sargento é
a perda do benefício pelo ex-combatente, assim também ocorrendo inacumulável com qualquer importância dos cofres públicos (“A
com aqueles herdeiros que, embora dependessem do ex-combatente pensão de ex-combatente, por morte ocorrida na vigência das Leis
quando do seu falecimento, por qualquer razão tornaram-se capazes e 3.765/60 e 4.242/63, será devida às filhas, ainda que maiores e não
passaram a poder prover os próprios meios de subsistência e/ou a inválidas, inclusive por reversão, em valor correspondente ao soldo de
receber qualquer importância dos cofres públicos. 2º Sargento, vedada a percepção cumulativa com qualquer outra
Mutatis mutandis, em respaldo à tese ora esposada, transcrevo o importância dos cofres públicos.”).
Acórdão a seguir, in verbis: III – DA PENSÃO DE EX-COMBATENTE EQUIVALENTE A
“DIREITO ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DEIXADA POR UM SEGUNDO-TENENTE (ART. 53, II E III, DO
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. EX-COMBATENTE. ADCT):
PENSÃO ESPECIAL DE SEGUNDO-SARGENTO. APLICAÇÃO DA Quanto à reversão da pensão especial equivalente a deixada por um
NORMA VIGENTE À ÉPOCA DO ÓBITO DO EX-MILITAR. LEIS segundo-tenente, melhor sorte não assiste às autoras.
3.765/60 E 4.242/63. INTEGRANTE DA FEB, FAB OU MARINHA. Esta pensão veio a ser regulada pela Lei nº 8.059/90, que estabeleceu o
NÃO OCORRÊNCIA. BENEFÍCIO DE NATUREZA ASSISTENCIAL. conceito de “dependente”, a inacumulabilidade do benefício com
FILHAS MAIORES E CASADAS. INCAPACIDADE. quaisquer rendimentos percebidos dos cofres públicos (exceto os
COMPROVAÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. benefícios previdenciários), a vedação à reversão e à transferência da
1. Consoante reiterada jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e pensão de segundo-sargento etc..
do Superior Tribunal de Justiça, o direito à pensão deverá ser De acordo com a nova sistemática, o chamado “dependente” do ex-
examinado com base na legislação vigente ao tempo do óbito de seu combatente não está mais entre os “herdeiros” do art. 30 da Lei nº
instituidor. 4.242/63, vale dizer, os beneficiários da pensão militar elencados no
2. "O benefício conferido à filha de ex-combatente, estabelecido pelo art. 7º da Lei nº 3.765/60.
artigo 30 da Lei nº 4.242/63, que estipula pensão igual à de Segundo- Por evidente, o “dependente” a que se refere a Constituição de 1988 no
Sargento, contida no artigo 26 da Lei nº 3.675/60, não se confunde inciso III são aqueles elencados no art. 5º da Lei nº 8.059/90, a qual
com a pensão especial devida aos ex-combatentes com o advento da regulou a concessão da pensão especial assegurada à viúva ou
Carta Magna de 1988, prevista no artigo 53, inciso II, do ADCT" companheira ou dependente do ex-combatente, assim dispondo: (grifos
(AgRg no REsp 772.251/RS, Rel. Min. MARIA THEREZA DE ASSIS nossos)
MOURA, Sexta Turma, DJ 26/3/07). "Art. 5º - Consideram-se dependentes do ex-combatente para fins desta
3. São requisitos para o pagamento da pensão especial de ex- Lei:
combatente previsto no art. 30 da Lei 4.242/63: 1º) ser o ex-militar I – a viúva;
integrante da FEB, da FAB ou da Marinha; 2º) ter efetivamente II – a companheira;
participado de operações de guerra; 3º) encontrar-se o ex-militar, ou III - o filho e a filha de qualquer condição, solteiros, menores de 21
seus dependentes, incapacitados, sem poder prover os próprios meios anos ou inválidos;
de subsistência; e 4º) não perceber nenhuma importância dos cofres IV – o pai e a mãe inválidos; e
públicos. V – o irmão e a irmã, solteiros, menores de 21 anos ou inválidos."
4. O integrante de guarnição do Exército que participou de missões de Em que pese o advento da Lei nº 8.059/90 tenha sido posterior à
vigilância e patrulhamento do litoral não faz jus à pensão especial promulgação da Constituição de 1988 e ao próprio óbito do ex-
prevista no art. 30 da Lei 4.242/63, por ausência de previsão legal. combatente, não há se falar que a condição de dependente de que trata
5. Os requisitos específicos previstos no art. 30 da Lei 4.242/63 o art. 53 do ADCT deve ser aquela regulamentada pela Lei nº 3.765/60,
acentuam a natureza assistencial da pensão especial de Segundo- que, em seu art. 7º, II, reconhecia a condição de beneficiárias das filhas
Sargento, que deve ser preenchido não apenas pelo ex-combatente, maiores de 21 (vinte e um) anos e válidas.
mas também por seus dependentes. Com efeito, não apenas os filhos homens, mas as filhas maiores de 21
6. Outrossim, inexistindo nos autos prova de que as autoras são anos e/ou casadas e não inválidas também não podem ser consideradas
incapazes, sem poder prover seus próprios meios de subsistência, não dependentes do ex-combatente para fins de percepção dos benefícios
se desincumbiram elas do ônus de comprovar o fato constitutivo de assegurados no art. 53 do ADCT.
seu direito, nos termos do art. 333, I, do CPC c.c. 30 da Lei 4.242/63. Consigne-se que, embora até o advento da Constituição de 1988 os
7. Agravo regimental improvido.” beneficiários da pensão de ex-combatente não fossem,
(AGRESP 200801421394, ARNALDO ESTEVES LIMA, STJ - QUINTA necessariamente, dependentes do instituidor do benefício, a Carta
TURMA, j. em 17/06/2010, por unanimidade, in DJE Magna operou relevantes mudanças nesse aspecto, condicionando a
DATA:02/08/2010) concessão dos direitos assegurados no art. 53 do ADCT à dependência
Compulsando os autos, verifica-se que o pai das autoras encontrava-se econômica, presumida ou não, dos interessados em relação ao ex-
combatente, não servindo sequer à caracterização da dependência
econômica estar no gozo da pensão de segundo-sargento, já que, para
sua concessão, ou reversão, os requisitos a serem preenchidos pelas
filhas do ex-combatente, de acordo com a Lei nº 3.765/60, são bem
menos restritivos do que aqueles inseridos na própria concepção que se

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tem de “dependência” e, conseqüentemente, de “dependente”, pois a
Lei nº. 3.765/60 reconhece as filhas como beneficiárias da pensão
militar independentemente de seu estado civil e de sua idade.
Inegável é, portanto, que a Lei nº 8.059/90 veio para integrar a
Constituição de 1988, apenas traduzindo, ou declarando, no bojo de
seu art. 5º, a real finalidade da norma constitucional, vale dizer, a que trata especificamente da pensão especial devida aos ex-
intenção do legislador constituinte de beneficiar não os “herdeiros”, ou combatentes e estabelece, em seu art. 5º, a relação dos dependentes
“beneficiários” (art. 7º, da Lei nº 3.765/60) do ex-combatente, estejam para efeito de percepção da aludida pensão, dispondo que aos filhos de
eles recebendo ou não a pensão de segundo-sargento, mas tão-somente ex-combatentes, sem distinção de sexo, a pensão somente será devida
a viúva e a companheira, cuja dependência é presumida, e os enquanto solteiros e menores de 21 anos ou inválidos.
dependentes econômicos do ex-combatente, dentre eles, as filhas (...)
menores de 21 (vinte e um) anos e solteiras, ou inválidas, porquanto as 10. Por outro lado, tendo em vista o entendimento assente na
maiores de 21 (vinte e um) anos e/ou casadas, se plenamente capazes jurisprudência pátria de que a pensão especial de ex-combatente devida
para exercer atividades laborais, não necessitam, em tese, do apoio aos dependentes é regida pela legislação em vigor à data do óbito de
financeiro do pai para garantir o seu sustento. seu instituidor, e que no caso dos autos os instituidores da pensão
A aplicação da “sistemática de reversão mista” (conf. AGRESP faleceram em 19/04/1990 e em 13/06/1990, isto é, anteriormente à
201000687362, Segunda Turma, STJ, in DJE de 02/02/2011) ao edição da Lei nº 8.059, de 04/07/1990, ao caso em tela não icidiriam as
presente caso geraria uma desigualdade de tratamento entre filhas de normas da Lei nº 8.059/90, mas sim aquelas da Lei nº 4.242/60, que
ex-combatentes falecidos na vigência da Constituição de 1988, pois remete à Lei nº 3.765/60.
beneficiaria injustamente apenas as filhas de ex-combatentes falecidos 11. Entretanto, as Leis nº 4.242/60 e nº 3.765/60 devem ser obervadas
no interregno entre a promulgação da Constituição de 1988 e a à luz da Constituição Federal de 1988. Com efeito, a concessão de
publicação da Lei nº 8.059/90. pensão ou a sua reversão às filhas maiores de 21 anos, nos moldes do
Com efeito, a pensão de segundo-tenente é devida aos “dependentes” art. 7º, da Lei nº 3.765/60, em detrimento dos filhos do sexo masculino,
de ex-combatente, de modo que qualquer filha de ex-combatente contraria o princípio da igualdade material relativa aos sexos e à
falecido na vigência da Constituição de 1988 somente terá direito à filiação, nos moldes dos arts. 226,§ 5º e 227, § 6º, ambos da
pensão de segundo-tenente se comprovar que é dependente nos termos Constituição Federal.
da Lei nº 8.059/90. 12. Assim, entendo que art. 30 da Lei nº 4.242/60, que remete o
Nos casos em que o ex-combatente faleceu após a promulgação da tratamento da pensão de ex-combatente à Lei nº 3.765/60, não foi
Constituição de 1988 e a pensão de segundo-tenente foi concedida recepcionado pela Constituição Federal de 1988.
antes do advento da Lei nº 8.059/90 a filhas maiores de 21 (vinte e um) 13. De tal sorte, tendo os instituidores das pensões ora pretendidas
anos e não inválidas por falta de regulamentação, entendo que, ao ser falecido sob a égide da Constituição de 1988, as Rés, na qualidade de
publicada a referida lei, tais filhas perderam o direito ao benefício, pois filhas maiores e não inválidas de ex-combatentes, não fazem jus ao
a Lei nº 8.059/90 veio para regular o art. 53, inc. II e III do ADCT e é pensionamento especial.”
clara ao estabelecer o seguinte em seu art. 14, ipsis litteris: Portanto, não merece prosperar o apelo das autoras para
“Art. 14. A cota-parte da pensão dos dependentes se extingue: reconhecimento de seu direito à pensão de segundo-tenente, pois são
I - pela morte do pensionista; maiores de 21 (vinte e um) anos e presumidamente válidas (não
II - pelo casamento do pensionista; produziram prova em sentido contrário), não se enquadrando no
III - para o filho, filha, irmão e irmã, quando, não sendo inválidos, conceito de “dependente” de ex-combatente.
completam 21 anos de idade; Ainda que assim não fosse, não restou comprovada a condição de ex-
IV - para o pensionista inválido, pela cessação da invalidez. combatente do de cujus para os fins do art. 53 do ADCT.
Parágrafo único. A ocorrência de qualquer dos casos previstos Nos termos do inc. II deste dispositivo constitucional, é considerado
neste artigo não acarreta a transferência da cota-parte aos demais ex-combatente, para fins de percepção da pensão especial de segundo-
dependentes.” tenente, aquele que tenha efetivamente participado de operações
Desta feita, é de se concluir que a filha de ex-combatente casada e/ou bélicas durante a Segunda Guerra Mundial, nos termos da Lei nº
maior de 21 (vinte e um) anos e não inválida, ainda que beneficiária da 5.315/67.
pensão do art. 30 da Lei nº 4.242/63, ou ainda que o ex-combatente O caput do art. 1º da Lei nº 5.315/67 assim define o ex-combatente, in
tenha falecido na vigência da Constituição de 1988, antes da verbis: (grifos nossos)
publicação da Lei nº 8.059/90, não faz jus à pensão prevista no art. 53, “Art. 1º Considera-se ex-combatente, para efeito da aplicação do
II, do ADCT, pois não foi alcançada pelo conceito de “dependente” artigo 178 da Constituição do Brasil, todo aquele que tenha
delineado no art. 5º daquela lei. participado efetivamente de operações bélicas, na Segunda Guerra
Nesse mesmo sentido, confiram-se, por oportuno, excertos do Voto Mundial, como integrante da Força do Exército, da Força
Vencido proferido pelo Exmo. Des. Fed. GUILHERME CALMON, Expedicionária Brasileira, da Força Aérea Brasileira, da Marinha de
quando do julgamento da AR 2008.02.01.016361-5, 21/05/2009, in Guerra e da Marinha Mercante, e que, no caso de militar, haja sido
verbis: licenciado do serviço ativo e com isso retornado à vida civil
“(...) definitivamente.”
6. A Lei nº 4.242/63, a seu turno, prevê a concessão de pensão aos ex- A própria Lei nº 5.315/67 estabelece quais são os dados de informação
combatentes e a seus herdeiros, nos moldes da pensão militar prevista que fazem prova da participação efetiva em operações bélicas no
na Lei nº 3.765/60, conforme se infere da redação de seu art. 30, in Exército, na Aeronáutica, na Marinha de Guerra e na Marinha
verbis: Mercante.
(...) De acordo com o art. 1º, §2º, “c”, da Lei nº 5.315/67, além da prova
7. Por outro lado, a Lei nº 3.765/60 ao dispor sobre a pensão militar, fornecida pelos Ministérios Militares, são provas da efetiva
arrola os seguintes dependentes: participação em operações bélicas pela Marinha de Guerra e Marinha
(...) Mercante:
8. Alterando tal sistemática, foi editada a Lei nº 8.059, de 04/07/1990, “I - o diploma de uma das Medalhas Navais do Mérito de Guerra,
para o seu portador, desde que tenha sido tripulante de navio de
guerra ou mercante, atacados por inimigos ou destruídos por
acidente, ou que tenha participado de comboio de transporte de tropas
ou de abastecimentos, ou de missões de patrulha;
II - o diploma da Medalha de Campanha de Fôrça Expedicionária

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Brasileira;
III - o certificado de que tenha participado efetivamente em missões de
vigilância e segurança como integrante da guarnição de ilhas
oceânicas;
IV - o certificado de ter participado das operações especificadas nos
itens I e II, alínea c , § 2º, do presente artigo;” satisfaz o conceito de ex-combatente como previsto na Lei 5.315/67.
Compulsando os autos (fls. 53/55), é possível verificar que o pai das - Não demonstrado de plano direito líquido e certo, o pedido não pode
autoras era ex-combatente conforme definido pelo art. 2º da Lei nº prosperar.
5.698/71, e apenas para os efeitos exclusivos desta lei, por haver - Recurso improvido.”
embarcado como tripulante, na categoria de “moço”, no iate brasileiro (AC 200951010024889, Desembargador Federal FERNANDO
“SONACO”, no período de 09/05/1944 a 26/11/1945, quando fez mais MARQUES, TRF2 - QUINTA TURMA ESPECIALIZADA, E-DJF2R -
de duas viagens em zonas de ataques submarinos. Data::18/05/2011 - Página::266/267.)
Ter feito mais de duas viagens em zonas de ataques submarinos Destarte, uma vez não sendo as autoras dependentes de ex-combatente
confere ao tripulante a condição de ex-combatente tão-somente para e não tendo elas comprovado que seu pai era ex-combatente nos termos
fins da Lei nº 5.698/71, a qual dispõe sobre as prestações devidas a ex- da Lei nº 5.315/67, não há se falar em concessão da pensão de
combatente segurado da previdência social e revogou a Lei nº segundo-tenente, devendo ser mantida a sentença em relação ao pedido
1.756/71, que estendia ao pessoal da Marinha Mercante Nacional os de reversão dessa pensão.
direitos e vantagens da Lei nº 288/48. Por fim, declaro prejudicado o agravo retido, tendo em vista que a
Assim, com base nos documentos acostados aos autos, não é possível presente decisão acarreta a perda de eficácia da sentença e,
estender ao de cujus o conceito de ex-combatente insculpido na Lei nº consequentemente, da decisão interlocutória agravada.
5.315/67. Face ao exposto, com base no art. 557, caput, do CPC, nego
Nesse mesmo sentido, confiram-se os seguintes julgados, in verbis: seguimento à apelação das autoras, com base no art. 557, § 1º-A, do
“NOS TERMOS DA LEI N. 4.242, DE 17 DE JULHO DE 1963, mesmo diploma legal, dou provimento à remessa necessária e à
ARTIGO 30, O DIREITO SUBJETIVO AO ACTO DE CONCESSÃO apelação da UNIÃO FEDERAL, para reformar a sentença e julgar
DE PENSÃO MILITAR PRESSUPOE, NECESSARIAMENTE, QUE improcedentes os pedidos, ficando prejudicado o agravo retido, como
ALGUEM SEJA EX-COMBATENTE DA 2A. GUERRA MUNDIAL, de direito, nos termos da fundamentação supra.
HAJA PARTICIPADO, ATIVAMENTE, DE OPERAÇÕES DE Condeno as autoras ao pagamento das custas e honorários advocatícios,
GUERRA, SOBRE ENCONTRAR-SE INCAPACITADO DE PROVER os quais fixo em 10% sobre o valor da causa, na forma do art. 20, § 4º, do
A PROPRIA SUBSISTENCIA E NÃO PERCEBER DOS COFRES CPC, ficando a cobrança das aludidas verbas condicionada à prova de
PUBLICOS. SER TRIPULANTE DE NAVIO PESQUEIRO E VIAJAR que as autoras têm condições de arcar com o pagamento sem prejuízo
EM ZONA DE ATAQUES DE SUBMARINOS NÃO E FACTO do próprio sustento e de sua família, observado o prazo de cinco anos
JURÍDICO GERADOR DO DIREITO A PENSÃO MILITAR, (art. 12 da Lei nº 1.060/50).
INCONFUNDIVEL COM A PENSÃO DE NATUREZA Extraiam-se cópias da presente decisão para os autos do agravo de
PREVIDENCIARIA, QUE SE PREVE NA LEI 5.698, DE 31 DE instrumento nº 2011.02.01.012448-7.
AGOSTO DE 1971. AÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA, Preclusa esta Decisão, dê-se baixa na autuação, inclusive do referido
JULGADA IMPROCEDENTE.” agravo de instrumento, e remetam-se os autos à 5ª Vara Federal Cível
(MS 20306, FIRMINO PAZ, STF, DJ 28-05-1982, PP-05109) de Vitória, com as cautelas de estilo.
“AGRAVO INTERNO. PENSÃO DE EX-COMBATENTE. ART. 53 DO Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012.
ADCT. PESCADOR. MAIS DE DUAS VIAGENS REALIZADAS, EM SERGIO SCHWAITZER
ZONAS DE POSSÍVEIS ATAQUES SUBMARINOS, EM RELATOR
EMBARCAÇÃO PESQUEIRA. AUSÊNCIA DE PROVA
INEQUÍVOCA DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO.
- Feito em que a autora objetiva a percepção do benefício de pensão
especial de ex-combatente de seu falecido marido, pescador à época
da Segunda Guerra Mundial, por ter o de cujus integrado tripulação IV - APELACAO CIVEL 2008.51.01.010464-9
de diversos barcos que navegaram em zonas de guerra. Nº CNJ :0010464-36.2008.4.02.5101
- Necessidade de comprovação da condição de ex-combatente do RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
marido da autora, para que lhe seja reconhecido direito à respectiva APELANTE :UNIAO FEDERAL
pensão especial. APELADO :VALDELIO VALTER BARRETO
- A matéria está prevista na Lei 5.315, de 12 de setembro de 1967 e no ADVOGADO :ELIAS WROTSLAVSKY
Decreto nº 61.705, de 13 de novembro de 1967, que veio regulamentar ORIGEM :VIGÉSIMA VARA FEDERAL DO RIO DE
o referido diploma legal, o qual define a condição de ex-combatente JANEIRO (200851010104649)
da 2ª Guerra Mundial.
- No caso, o documento de fls. 30, não se mostra hábil a comprovar a DECISÃO
condição de ex-combatente que a autora pretende atribuir a seu Cuida-se de recurso de apelação interposto pela UNIÃO FEDERAL
marido, ainda que abraçado o entendimento amplo que o STJ adota em ataque à sentença proferida pelo MM. Juízo da 20ª Vara Federal
para o conceito de ex-combatente, no sentido de abranger também desta Cidade, que, ao julgar improcedente o pedido formulado nos
aqueles que cumpriram missões de vigilância e patrulhamento do embargos à execução opostos pela ora Apelante em face de
litoral à época da Segunda Guerra Mundial. VALDELIO VALTER BARRETO, consignou como correta a adoção,
- Inexiste nos autos comprovação de que o de cujus tenha efetivamente na apuração do quantum debeatur, de juros moratórios de 1% ao mês,
participado do patrulhamento do litoral brasileiro ao tempo da afastando a aplicação, ao caso vertente, da regra contida no art. 1º-F da
Segunda Guerra Mundial, mas apenas certifica-se a realização de Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Medida Provisória nº
viagens de que teria participado como pescador a bordo de 2.180-35, de 24 de agosto de 2001, em razão de a demanda principal
embarcações pesqueiras em áreas sujeitas a ataque inimigo, o que não haver sido ajuizada antes da vigência da mencionada Medida
Provisória.
Sustenta a Apelante, em resumo, que a hipótese dos autos é de
condenação da Fazenda Pública para pagamento de verbas
remuneratórias devidas a servidor público. Neste contexto, devem os
juros de mora serem fixados em 6% ao ano, a teor do art. 1º-F da Lei nº

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9.494/97, com a redação dada pela Medida Provisória nº 2.180-35, de
24 de agosto de 2001, reportando-se à jurisprudência em prol da sua
tese.
Contra-razões protestando pela manutenção da sentença.
Promoção do parquet federal opinando pelo desprovimento do apelo.
É o relatório. Decido.
Merece reparo a sentença.
Com efeito, verifico que a Corte Especial do Colendo Superior III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.001124-7
Tribunal de Justiça, ao julgar os Embargos de Divergência em Recurso Nº CNJ :0001124-06.2012.4.02.0000
Especial - ERESP nº 1207197 (DJe de 02/08/2011), pacificou a RELATORA :J. F. C. FÁTIMA MARIA NOVELINO
controvérsia existente a respeito do tema, consignando que a aplicação SEQUEIRA
de juros moratórios, em se tratando de condenação imposta contra a AGRAVANTE :AGENCIA NACIONAL DE SAUDE
Fazenda Pública, há de obedecer aos ditames do art. 1º-F, da Lei SUPLEMENTAR - ANS
9.494/97, com a redação dada pela Medida Provisória nº PROCURADOR :ROBERVAL BORGES FILHO
2.180-35/2001 e, posteriormente, a partir da vigência da Lei nº 11.960, AGRAVADO :ASSOCIACAO BENEF. E SEC. DOS
de 29/06/2009, que alterara a redação ao aludido dispositivo, pelo nova SERV. CIVIS E MILITARES DO
regra estipulada. Na oportunidade, restou decidido que as normas que BRASIL
dispõem sobre os juros moratórios possuem natureza eminentemente ADVOGADO :SEM ADVOGADO
processual, aplicando-se aos processos em andamento, à luz do ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DE
princípio tempus regit actum. EXECUÇÃO FISCAL - RJ
Isto posto, nos termos do art. 557, § 1º-A, do CPC, dou provimento ao (201151015086399)
recurso de apelação para reformar, em parte, a sentença e determinar o
retorno dos autos à Vara de origem, devendo o MM. Juízo a quo DESPACHO
remeter os autos à Contadoria Judicial para reelaboração dos cálculos, DESPACHO
de modo a que sejam aplicados juros de mora de seis por cento ao ano, Intime-se a parte agravada, nos termos do art. 527, V, do CPC.
na forma do art. 1º-F, da Lei Nº 9.494, de 10/09/1997, com redação No retorno, voltem-me conclusos.
dada pela Medida provisória nº 2.180-35, de 24/08/2001, e, a partir da Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012.
vigência da Lei Nº 11.960, de 29/06/2009, que dera nova redação a FÁTIMA MARIA NOVELINO SEQUEIRA
aludido dispositivo, dos índices oficiais de remuneração básica e juros JUÍZA FEDERAL CONVOCADA
aplicados à caderneta de poupança.
Preclusa esta decisão, baixem-se os autos à Vara de origem.
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012.
SERGIO SCHWAITZER
RELATOR III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 209732
2012.02.01.002454-0
Nº CNJ :0002454-38.2012.4.02.0000
RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
AGRAVANTE :ALAIR CABRAL E OUTROS
BOLETIM: 126862 ADVOGADO :MARCELO DAVIDOVICH E OUTROS
AGRAVADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL -
CEF
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.001071-1 ADVOGADO :TUTECIO GOMES DE MELLO E
Nº CNJ :0001071-25.2012.4.02.0000 OUTROS
RELATORA :J. F. C. FÁTIMA MARIA NOVELINO ORIGEM :TERCEIRA VARA FEDERAL DO RIO
SEQUEIRA DE JANEIRO (9500089971)
AGRAVANTE :ORDEM DOS ADVOGADOS DO
BRASIL - SECAO DO ESTADO DO DECISÃO
RIO DE JANEIRO Trata-se de agravo interposto contra ato judicial proferido pelo
ADVOGADO :GUSTAVO NOGUEIRA SOBREIRA MM Juízo da 3ª Vara Federal do Rio de Janeiro – RJ, às fls. 636
DE MOURA E OUTROS dos autos do processo nº 95.0008997-1 (fls. 85 destes autos),
AGRAVADO :MARILDA DE FARIA SAYAO DOS que, com espeque nos acordos celebrados entre os agravantes
SANTOS e a CEF, segundo o qual a empresa pública comprometera-se a
ADVOGADO :SEM ADVOGADO reconstituir administrativamente as contas de FGTS por aqueles
ORIGEM :SEGUNDA VARA FEDERAL DO RIO tituladas, indeferira a execução dos honorários de advogado.
DE JANEIRO (201051010331508) Em suas razões de recurso, os agravantes alegam que os
acordos não podem projetar efeitos ao patrimônio daquele que
DESPACHO não participou da avença, razão por que pedem seja reformada
Intime-se a parte agravada, nos termos do art. 527, V, do CPC. a decisão agravada e, conseqüentemente, seja dado
No retorno, voltem-me conclusos. prosseguimento à execução dos honorários de advogado (fls.
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012. 03/07).
FÁTIMA MARIA NOVELINO SEQUEIRA Sem contra-razões.
JUÍZA FEDERAL CONVOCADA É o relatório, passo a decidir.
O decisum vergastado desmerece retoque.
As Cortes superiores têm firmado entendimento no sentido de
descaber honorários de advogado de condenação nos casos
em que as partes transacionam o direito objeto de litígio.
Veja-se, a propósito, especificamente no que toca à transação
de que trata a Lei Complementar nº 110/2001, o precedente do
E. STJ:

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PROCESSO CIVIL. ADMINISTRATIVO. FGTS. EXPURGOS
INFLACIONÁRIOS. LC N.
110/2001. PROGRAMA DE PAGAMENTO. TRANSAÇÃO.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ART. 26, § 2º, DO CPC.
1. A adesão ao Programa de Pagamento dos expurgos
inflacionários relativos às contas vinculadas de FGTS - Lei vergastado violara os incisos IV e VI do art. 267 e os artigos
Complementar nº 110, de 29/06/2001 - impõe a incidência do § 282, 283 e 284, do CPC. Consignam a responsabilidade do
2º do art. 26 do CPC quanto ao pagamento de honorários. BNDES, o que o legitimaria a ficurar no pólo passivo da
Precedentes do STJ: REsp 1.165.107/RJ, Rel. Min. BENEDITO presente demanda. Por esta razão, pedem a reforma da
GONÇALVES, DJ. 27/11/2009; REsp 844.727/BA, Rel. Min. decisão agravada. Deixam, contudo, de pedir a atribuição de
TEORI ALBINO ZAVASCKI, DJ 31/8/2006; REsp nº efeito suspensivo ao presente recurso (fls. 03/09).
560.393/PR, Rel. Min. É o relatório, passo a decidir.
ELIANA CALMON, DJ de 19.09.2005). O recurso não merece ser conhecido.
2. Agravo regimental desprovido. Como se sabe, o recurso de agravo de instrumento deve ser
(STJ, 1ª T., AgRg no REsp nº 1.152.173/RJ, Rel. Ministro LUIZ instruído tanto com as peças apontadas em lei como
FUX, j. em 11/05/2010, un., DJe 24/05/2010) “obrigatórias” (CPC, art. 525, I), quanto com os documentos
Se as partes transacionaram na forma da Lei Complementar nº necessários ao entendimento pleno da questão discutida, à
110/2006, remanesce, conforme o caso, o direito do patrono em prova das ocorrências e da contextura do feito principal, assim
haver os honorários contratados, mas não de os de condenação como à evidência dos argumentos empinados pelo agravante,
(STJ, 2ª T., EDcl no REsp nº 548.903-RN, Rel. Min. ELIANA documentos estes qualificados em lei como “facultativos” ou
CALMON, j. em 11.05.2004, un., DJ de 21.02.2005, p.137). “úteis” (CPC, art. 525, II).
Portanto, a decisão agravada não contrasta com a remansosa Assim, verificando-se a falta de qualquer dos aludidos
jurisprudência dos Tribunais superiores, fundamento no qual documentos, o Relator negará, liminarmente, seguimento ao
nego seguimento ao recurso interposto. agravo de instrumento que lhe for submetido, a teor do art. 527,
Face ao exposto, em com fulcro no caput, do art. 557, do CPC, I, do CPC, vez que a deficiência probatória positivamente
nego seguimento ao agravo de instrumento. apurada milita em detrimento direto do agravante, detentor do
Preclusa esta Decisão, remetam-se os autos à Vara de origem. ônus da prova específico.
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012. Com efeito, deixaram os agravantes de instruir o presente
SERGIO SCHWAITZER recurso com cópia de peça obrigatória contida no processo
RELATOR principal, nomeadamente, a decisão contra a qual foram
interpostos os embargos de declaração.
A pretensão recursal ora sob enfoque, portanto, tem seu
conhecimento inviabilizado no atual quadrante procedimental, a
teor, aliás, de precedente da Corte Especial do Egrégio Superior
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 211229 Tribunal de Justiça (EREsp n.º 509.394-RS), aresto
2012.02.01.004385-6 perfeitamente aplicável à espécie e cuja Ementa merece, aqui,
Nº CNJ :0004385-76.2012.4.02.0000 transcrição:
RELATOR :SERGIO SCHWAITZER “EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA – PROCESSUAL CIVIL –
AGRAVANTE :AILTON FLAUZINO DE PAULA E AGRAVO DE INSTRUMENTO – PEÇAS OBRIGATÓRIAS E
OUTROS NECESSÁRIAS PARA A FORMAÇÃO DO INSTRUMENTO –
ADVOGADO :ELIAS OTÁVIO DIAS E OUTRO ART. 252 DO CPC.
AGRAVADO :BANCO NACIONAL DE 1. O Código de Processo Civil indica, no inciso I do art. 525, os
DESENVOLVIMENTO ECONOMICO documentos indispensáveis à formação do agravo de
E SOCIAL-BNDES instrumento, sendo coercitiva sua juntada, sob pena de não-
ADVOGADO :RAONI DA CRUZ CHAVES E conhecimento do recurso. São as peças obrigatórias.
OUTROS 2. Relativamente às peças necessárias, mencionadas no inciso
AGRAVADO :INVESTVALE-CLUBE DE II do mesmo artigo, a Corte Especial, no EREsp n.º 449.486-PR,
INVESTIMENTOS DE firmou entendimento de que não é possível que o relator
EMPREGADOS DA VALE E OUTRO converta o julgamento em diligência para facultar à parte a
ADVOGADO :MARCUS COSENDEY complementação do instrumento, pois cabe a ela o dever de
PERLINGEIRO E OUTROS fazê-lo no momento de interposição do recurso.
ORIGEM :TRIGÉSIMA SEGUNDA VARA 3. Embargos de divergência conhecido, mas desprovido.”
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (STJ, Corte Especial, EREsp n.º 509.394-RS, Rel. Min. ELIANA
(201051010052504) CALMON, j. em 18.08.2004, maioria, DJU de 04.04.2005, p.
157)
DECISÃO Ademais (a) da ausência de peça obrigatória, a falta desta
Trata-se de agravo de instrumento interposto por AILTON inviabiliza, outrossim, (b) se o recurso ora interposto seria o
FLAUZINO DE PAULA E OUTROS contra ato judicial, proferido adequado, máxime porque, da leitura da petição de agravo,
nos autos do Processo nº 2010.51.01.005250-4 pelo MM Juízo pode-se concluir que o ato de fls. 766/768 seria sentença
da 32a Vara Federal do Rio de Janeiro/RJ, que, ao fundamento extintiva.
da inexistência omissão, contradição ou obscuridade de ato Face ao exposto, com fulcro no caput, do art. 557, do CPC,
judicial, negara provimento aos embargos de declaração por nego seguimento ao agravo de instrumento.
aqueles interpostos. Preclusa esta Decisão, remetam-se os autos à Vara de origem.
Neste recurso, os agravantes alegam que o ato judicial ora Rio de Janeiro, 09 de maio de 2012.
SERGIO SCHWAITZER
RELATOR

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III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 209723
2012.02.01.002463-1
Nº CNJ :0002463-97.2012.4.02.0000
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
SERGIO SCHWAITZER instrumento, sendo coercitiva sua juntada, sob pena de não-
AGRAVANTE :FUNDAÇÃO HABITACIONAL DO conhecimento do recurso. São as peças obrigatórias.
EXERCITO - FHE 2. Relativamente às peças necessárias, mencionadas no inciso
ADVOGADO :SEBASTIAO ZIMERMAN E OUTROS II do mesmo artigo, a Corte Especial, no EREsp n.º 449.486-PR,
AGRAVADO :MAURICIO MEIRELLES firmou entendimento de que não é possível que o relator
ADVOGADO :SEM ADVOGADO converta o julgamento em diligência para facultar à parte a
ORIGEM :VIGÉSIMA VARA FEDERAL DO RIO complementação do instrumento, pois cabe a ela o dever de
DE JANEIRO (200651010229425) fazê-lo no momento de interposição do recurso.
3. Embargos de divergência conhecido, mas desprovido.”
DECISÃO (STJ, Corte Especial, EREsp n.º 509.394-RS, Rel. Min. ELIANA
Trata-se de agravo de instrumento interposto por FUNDAÇÃO CALMON, j. em 18.08.2004, maioria, DJU de 04.04.2005, p.
HABITACIONAL DO EXERCITO - FHE contra ato judicial, 157)
proferido nos autos do Processo nº 2006.51.01.022942-5 pelo Face ao exposto, com fulcro no caput, do art. 557, do CPC,
MM Juízo da 20a Vara Federal do Rio de Janeiro/RJ, que nego seguimento ao agravo de instrumento.
indeferira requerimento formulado pelo agravante e o intimara Preclusa esta Decisão, remetam-se os autos à Vara de origem.
para se manifestar sobre a penhora efetuada por meio do Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012.
BACENJUD. SERGIO SCHWAITZER
Irresignada, a agravante relata que estabelecera contrato de RELATOR
mútuo de dinheiro com o agravado inadimplido nas condições
estabelecidas, razão por que ajuizara ação de execução de
título extrajudicial. Relata, ainda, que, citado o devedor para
pagar, este não o fizera. Tampouco foram encontrados bens do
devedor bastantes para a satisfação do crédito. Por estas III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 209442
razões, pede que seja efetuado desconto em folha de 2012.02.01.002102-2
pagamento do devedor, como, ademais, estaria previsto no Nº CNJ :0002102-80.2012.4.02.0000
contrato. Pede, bem assim, a atribuição de efeito suspensivo RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
ativo ao presente recurso (fls. 04/08). AGRAVANTE :LEMIM VIEIRA LEMOS
É o relatório, passo a decidir. ADVOGADO :LEMIM VIEIRA LEMOS
O recurso não merece ser conhecido. AGRAVADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL -
Como se sabe, o recurso de agravo de instrumento deve ser CEF
instruído tanto com as peças apontadas em lei como ADVOGADO :GILMAR ZUMAK PASSOS E
“obrigatórias” (CPC, art. 525, I), quanto com os documentos OUTROS
necessários ao entendimento pleno da questão discutida, à ORIGEM :3ª VARA FEDERAL CÍVEL DE
prova das ocorrências e da contextura do feito principal, assim VITÓRIA/ES (200850010142533)
como à evidência dos argumentos empinados pelo agravante,
documentos estes qualificados em lei como “facultativos” ou DECISÃO
“úteis” (CPC, art. 525, II). Trata-se de agravo de instrumento interposto por LEMIM
Assim, verificando-se a falta de qualquer dos aludidos VIEIRA LEMOS contra ato judicial, proferido pelo MM Juízo da
documentos, o Relator negará, liminarmente, seguimento ao 3ª Vara Federal Cível do Espírito Santo – ES à fl. 186 dos autos
agravo de instrumento que lhe for submetido, a teor do art. 527, do processo 2008.50.01.014253-3, cuja cópia acosta à fl. 9
I, do CPC, vez que a deficiência probatória positivamente destes autos, que indeferira a liberação de valores
apurada milita em detrimento direto do agravante, detentor do indisponibilizados, por meio do BACENJUD, em conta
ônus da prova específico. poupança titulada pelo agravante.
Com efeito, deixara a agravante de instruir o presente recurso Na decisão a quo, o MM Juízo positivara que o valor
com cópia de peça necessária ao entendimento das questões efetivamente bloqueado em conta e o valor cuja
debatidas, contida no processo principal à fl. 154, e indisponibilização determina a ordem judicial de fl. 128, seriam
expressamente referenciado pelo MM Juiz a quo na decisão discrepantes, não sendo lícito concluir, como o fizera o
agravada. agravante, que se trataria de penhora sobre a da mesma conta,
A pretensão recursal ora sob enfoque, portanto, tem seu fundamento no qual nega provimento ao pedido de liberação do
conhecimento inviabilizado no atual quadrante procedimental, a saldo bloqueado.
teor, aliás, de precedente da Corte Especial do Egrégio Superior Neste recurso, o agravante alega que, consoante prescrito no
Tribunal de Justiça, aresto perfeitamente aplicável à espécie e inc. X, do art. 649, do CPC, os depósitos de poupança inferiores
cuja Ementa merece, aqui, transcrição: a quarenta salários mínimos – circunstância em que se
“EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA – PROCESSUAL CIVIL – inscreveria a conta-poupança sobre a qual fora procedido o
AGRAVO DE INSTRUMENTO – PEÇAS OBRIGATÓRIAS E bloqueio – são impenhoráveis. Alega que a divergência entre
NECESSÁRIAS PARA A FORMAÇÃO DO INSTRUMENTO – valores teria sido resultado da soma de bloqueio de três contas.
ART. 252 DO CPC. Pede, portanto, a reforma da decisão agravada para que seja
1. O Código de Processo Civil indica, no inciso I do art. 525, os liberado o saldo de sua conta-poupança nº 80273-1, mantida na
documentos indispensáveis à formação do agravo de agência 0070, do Banco ITAÚ. Pede, outrossim, a atribuição de
efeito suspensivo ao presente recurso.
É o relatório, decido.
A decisão desmerece reparo.
A Lei nº 11.382, de 06.12.2006, ao dar nova redação aos
artigos 655 e 655-A, disciplinara a possibilidade de a penhora

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sobre dinheiro ser efetuada sobre depósito ou aplicação em
instituição financeira, oportunizando, ao titular do crédito,
requerer ao juiz que este intime a autoridade supervisora do
sistema bancário para que este informe a existência de ativos
em nome do executado.
O magistrado pode, se requerido, tendo em mão as informações Intime-se a parte agravada, nos termos do art. 527, V, do CPC.
prestadas pela aludida autoridade, efetuar a penhora por meio No retorno, voltem-me conclusos.
eletrônico, desde que citado para pagar (art. 652, do CPC). Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012.
Anote-se que a penhora procedida por este meio não está na FÁTIMA MARIA NOVELINO SEQUEIRA
ordem do art. 655, o qual elenca os bens e direitos sobre os JUÍZA FEDERAL CONVOCADA
quais, preferencialmente, deve recair a penhora. A penhora
alcunhada de “on line” é apenas o meio pelo qual é efetuada a
constrição do patrimônio titulado pelo devedor, não se
justificando que se lhe imponha o esgotamento do rol de bens a
que se refere o artigo 655, do CPC, para que se retome a busca III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.000842-0
por dinheiro (veja-se, e.g., STJ, 1ª T., AgRg no REsp nº Nº CNJ :0000842-65.2012.4.02.0000
1.202.794/PR, Rel. Min. ARNALDO ESTEVES LIMA, j. em RELATORA :J. F. C. FÁTIMA MARIA NOVELINO
19.05.2011, un., DJe 27.05.2011; 1ª Seção, AgRg no Ag nº SEQUEIRA
1.221.671/SC, Rel. Min. LUIZ FUX, julgado em 15.02.2011, DJe AGRAVANTE :ANTONIO CLAUDIO FRANCA PAIS
28.02.2011; EREsp nº 1.099.984/MT, Rel. Min. HERMAN E OUTROS
BENJAMIN, j. em 10.11.2010, DJe 01.02.2011). ADVOGADO :ELIAS OTÁVIO DIAS
Inexiste, conseqüentemente, qualquer óbice à penhora, em AGRAVADO :BANCO NACIONAL DE
dinheiro, por meio eletrônico após a nova redação dos artigos DESENVOLVIMENTO ECONOMICO
655 e 655-A, vez que os depósitos são bens preferenciais na E SOCIAL-BNDES
ordem de penhora, atribuído, ademais, ao executado (§ 2º, art. ADVOGADO :MARIA CAROLINA PINA CORREIA
655-A, CPC), comprovar que as quantias depositadas em conta DE MELO E OUTROS
corrente correspondem a alguma impenhorabilidade. ORIGEM :QUARTA VARA FEDERAL DO RIO
De fato, esse subscritor não desconhece que a lei veda a DE JANEIRO (201051010152018)
penhora incida sobre valores inferiores a quarenta salários
mínimos. DECISÃO
Entretanto, e como positivado no ato vergastado, o agravante Trata-se de agravo de instrumento interposto atacando decisão
não lograra demonstrar idoneamente que a penhora de que interlocutória que, impugnada por embargos de declaração,
trata o documento de fl. 178 dos autos do processo conhecidos e não providos, foi mantida na íntegra pelo Juízo a
2008.50.01.014253-3 (cópia à fl. 11) e o extrato de fl. 185 (cópia quo.
à fl. 13) correspondem à mesma conta de poupança. Sustenta a Agravante, em apertada síntese, que o BNDS é
Nem se pode aproveitar o agravante da alegação de que o valor parte legítima para figurar no pólo passivo do presente feito,
discrepara em razão da soma do saldo bloqueado de três uma vez que há pedido de que seja condenado a responder
contas, vez que é explícito que na conta do Banco ITAÚ solidariamente pelos prejuízos.
descrita à fl. 178 foram bloqueados R$ 6.028,83 (seis mil e vinte É o relatório.
e oito reais e oitenta e três centavos), enquanto na conta de O presente recurso de agravo, como manejado, carece de peça
poupança de fl.185, o bloqueio fora de R$ 5.684,34 (cinco mil taxativamente indicada como obrigatória pelo art. 525, I, do
seiscentos e oitenta e quatro reais e trinta e quatro centavos). CPC, qual seja, cópia da decisão agravada.
Face ao exposto, com fulcro no caput, do art. 557, do CPC, Não obstante tenha a parte agravante juntado aos autos a
nego seguimento ao agravo de instrumento. decisão de fls. 33/34, que julgou os embargos de declaração,
Preclusa esta Decisão, remetam-se os autos à Vara de origem. deixou de apresentar a decisão que fora objeto dos embargos
Rio de Janeiro, 08 de maio de 2012. de declaração, a qual, na realidade, contém o conteúdo
SERGIO SCHWAITZER decisório ora impugnado. Com efeito, a decisão trazida aos
RELATOR autos restringe-se a examinar as razões dos embargos de
declaração, para negar-lhe provimento.
Nesse sentido, desmerece seguimento o agravo, vez que não
atendida a norma jurídico-processual que condiciona seu
conhecimento pelo Tribunal, restando inviável o exame das
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.000729-3 razões de decidir adotadas pelo Juízo a quo, estas
Nº CNJ :0000729-14.2012.4.02.0000 desenvolvidas na decisão não trazida aos autos. É, assim,
RELATORA :J. F. C. FÁTIMA MARIA NOVELINO manifestamente inadmissível o recurso, já que não foi
SEQUEIRA acompanhado das peças obrigatórias para viabilizar seu exame.
AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL Face ao exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento, a
AGRAVADO :IGNEZ ESPESCHIT ZOLINI E teor do art. 557, caput, do CPC, face à sua manifesta
OUTROS inadmissibilidade, nos termos da fundamentação supra.
ADVOGADO :PEDRO DE OLIVEIRA Preclusa esta decisão, baixem os autos à Vara de Origem.
ORIGEM :QUARTA VARA FEDERAL DO RIO Rio de Janeiro, 8 de maio de 2012.
DE JANEIRO (9701107136) FÁTIMA MARIA NOVELINO SEQUEIRA
Juíza Federal Convocada
DESPACHO

III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2012.02.01.002013-3


Nº CNJ :0002013-57.2012.4.02.0000

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RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
AGRAVANTE :CAROLINA ANET CAMINHA
ADVOGADO :RENATO ANET E OUTROS
AGRAVADO :UNIAO FEDERAL
AGRAVADO :INSTITUTO NACIONAL DE
ESTUDOS E PESQUISAS RELATOR
EDUCACIONAIS - INEP
ADVOGADO :SEM ADVOGADO
ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DO RIO DE
JANEIRO (201251010009826)
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.017716-9
DESPACHO Nº CNJ :0017716-62.2011.4.02.0000
Intime-se o Agravado para os fins e no prazo do art. 527, V, do RELATORA :J. F. C. FÁTIMA MARIA NOVELINO
CPC. SEQUEIRA
Após, ao MPF. No retorno, voltem-me conclusos. AGRAVANTE :CONSORCIO MPE/CONSBEM
Rio de Janeiro, 08 de Maio de 2012. ADVOGADO :JOSE EDUARDO COELHO BRANCO
SERGIO SCHWAITZER JUNQUEIRA FERRAZ E OUTROS
RELATOR AGRAVADO :EMPRESA BRASILEIRA DE INFRA-
ESTRUTURA AEROPORTUARIA -
INFRAERO
ADVOGADO :SEM ADVOGADO
ORIGEM :SÉTIMA VARA FEDERAL DO RIO
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 204910 DE JANEIRO (201151010195265)
2011.02.01.013403-1
Nº CNJ :0013403-58.2011.4.02.0000 DECISÃO
RELATOR :SERGIO SCHWAITZER Trata-se de agravo de instrumento interposto para impugnar
AGRAVANTE :IFES - INSTITUTO FEDERAL DO decisão interlocutória que indeferiu a antecipação dos efeitos da
ESPIRITO SANTO tutela requerida pela parte ora agravante.
PROCURADOR :CLEBSON DA SILVEIRA O Juízo a quo entendeu não ter restado evidenciada a
AGRAVADO :ADILES DA PENHA CIRILO DE verossimilhança das alegações da parte agravante, em razão
AZEVEDO ANDRICH E OUTROS da exigência de dilação probatória, bem como da necessária
ADVOGADO :ADRIANO DE QUEIROZ MORAES E observância ao contraditório e à ampla defesa. Assim dispôs a
OUTROS decisão agravada:
ORIGEM :1ª VARA FEDERAL CÍVEL DE “CONSORCIO MPE/CONSBEM, já qualificado na inicial, ajuizou
VITÓRIA/ES (201150010099171) a presente AÇÃO ORDINÁRIA, com pedido de liminar, em face
da EMPRESA BRASILEIRA DE INFRA ESTRUTURA
DECISÃO AEROPORTUARIA - INFRAERO, objetivando, liminarmente,
Trata-se de recurso de agravo interno contra decisão que a requerida libere os valores retidos, relativos a serviços de
monocrática (fls. 441/2) por meio da qual se converteu em retido engenharia prestados pelo Autor, no valor de R$
agravo de instrumento (fls. 02-18) focando decisão interlocutória 701.955,36, e, no mérito, pugna pela declaração de inexistência
(fls. 89-91) por meio da qual, em sede de mandado de de crédito tributário apurado pela Ré, a título de diferenças de
segurança coletivo preventivo, foi deferida medida liminar CSLL e IRPJ, bem como a condenação da Ré condenação
pleiteada por servidores públicos civis federais ativos, para pelos danos materiais advindos da não repactuação anual dos
compelir o IFES no sentido de se abster de reduzir o valor pago preços dos contratos e restituição dos valores pagos pelo Autor,
a título de VBC – vencimento básico complementar instituído aos seus empregados, a título de adicional de periculosidade.
por meio do art. 15, § 2º, da Lei nº 11.091/2005, bem como de Sustentou que o valor mencionado se refere a suposto crédito,
realizar descontos em sua remuneração a título de reposição ao apurado pela Ré, em decorrência de repasse indevido de IRPJ
erário de valores por eles percebidos a esse título, sob o E CSLL, bem como de depreciação de veículos com despesas
fundamento de que é "incabível a devolução de parcelas operacionais e equipamentos.
salariais percebidas de boa-fé". (...)
Em razões de agravo interno (fls. 445-53), o IFES pede a O pleito antecipatório da parte autora não merece acolhimento.
reconsideração ou reforma da decisão monocrática, A parte autora demonstra ter contatado a parte Ré, mediante
sustentando, em síntese, que o óbice almejado pelos missivas, para realizar a repactuação contratual dos preços,
servidores, in casu, viola o princípio da legalidade. conforme previsão do contrato nº 068ST/2005/0061, firmado
É o relatório. Decido. entre as partes.
Não há o que reconsiderar na decisão ora agravada. Em resposta à providência da parte autora, a Ré informou, em
Além disso, tendo em vista a nova redação dada ao art. 527, II fevereiro de 2011 (fls. 679), que os créditos ora combatidos
do CPC através da Lei n.º 11.187/05, em vigor desde seriam cobrados em razão de diferenças relativas às
18/01/2006, cumpre reconhecer que contra a decisão que depreciações de equipamentos contidos na oferta, com base no
converte o agravo de instrumento em agravo retido não é mais Regulamento do Imposto de Renda e Instrução Normativa da
cabível a interposição de recurso de agravo interno. SRF, e encargos tributários repassados à Ré, haja vista as
Assim sendo, cumpra-se a parte final da decisão de fls. 441/2. decisões emanadas nos Acórdãos nº 325/2007, 293/2008 e
Rio de Janeiro, 8 de maio de 2012. 5887/2010, oriundos do Tribunal de Contas da União.
SERGIO SCHWAITZER Importa frisar, contudo, que o TCU firmou entendimento, no
Acórdão 325/2007 - ratificado no Acórdão 5887/2010 - julgado
pelo Plenário daquele órgão, no sentido de que “os tributos
IRPJ e CSLL não devem integrar o cálculo do LDI, nem
tampouco a planilha de custo direto, por se constituírem em
tributos de natureza direta e personalística, que oneram

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pessoalmente o contratado”.
O edital prevê, a seu turno, em seu subitem 6.3, alínea “e”, que
a Proposta de Preços deverá conter, dentre outros elementos, a
“planilha de composição das taxas de B.D.I. – Bonificação e
Despesas Indiretas, obedecendo ao modelo que apresenta o
Anexo X, com a indicação de taxa positiva, tendo-se como dilação probatória, havendo a necessidade de confronto dos
referência o percentual de 28,43% (vinte e oito vírgula quarenta argumentos e documentos apresentados pela agravante/autora
e três por cento). com a manifestação da empresa-ré, ora agravada, bem como
Os tributos objeto da presente demanda compunham o BDI da do INPI, tendo em vista que a medida perseguida necessita de
parte autora (fls. 257), em vista do que contém o Anexo X supra amplo convencimento, incompatível com o juízo preliminar, visto
mencionado, sendo certo que a Ré exige a restituição dos que os efeitos que se pretendem ver suspensos, são de atos
mesmos, de acordo com os documentos apresentados (fls. administrativos que, até prova em contrário, presumem-se
682/686), a contar apenas de 03/09/2010 e não dos 60 meses válidos. III – Quanto ao pleito de abstenção de uso da marca
relativos ao contrato entre as partes, não contrariando, portanto, formulado em face tão-somente de pessoa jurídica de direito
a orientação do TCU. privado, nada se pedindo ao INPI, configura-se de modo claro e
De outra banda, a questão afeta à depreciação dos veículos e indubitável a ilegitimidade da autarquia federal e,
elementos físicos utilizados pelas partes no contrato conseqüentemente, a incompetência da Justiça Federal para o
068ST/2005/0061 merece apreciação profunda, face às respectivo pedido. IV - Agravo interno improvido. (AG
informações trazidas nos autos, o que não se coaduna com a 201002010165977, Desembargador Federal ALUISIO
análise perfunctória preliminar. GONCALVES DE CASTRO MENDES, TRF2 - PRIMEIRA
A análise acurada da matéria posta a exame, portanto, exige TURMA ESPECIALIZADA, E-DJF2R - Data::07/01/2011 -
dilação probatória e observância ao contraditório e à ampla Página::89.)
defesa para fiel prestação jurisdicional.
Nesse sentido, vê-se que os argumentos trazidos pela parte PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PENSÃO
autora não estão lastreados pelos requisitos aptos a ensejar a POR MORTE. ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA
concessão da tutela antecipada vindicada na inicial. INDEFERIDA. REQUISITOS NÃO PREENCHIDOS. 1. A
Ademais, considerando-se que a parte autora teve ciência de antecipação dos efeitos da tutela somente pode ser concedida
que a parte ré poderia reter os pagamentos de faturas desde o quando atendidos os requisitos estabelecidos na legislação
mês de fevereiro de 2010, sem que tenha tomado qualquer processual civil, dentre os quais se destacam a verossimilhança
providência a tal respeito, não há como se alegar a presença, das alegações da parte autora e o risco de dano irreparável ou
nesse momento, de periculum in mora, a ensejar a liberação de difícil reparação. 2. Na hipótese, o Juízo a quo entendeu
dos valores retidos na Nota Fiscal em comento. que, embora os documentos juntados aos autos indiquem
Por fim, há que se destacar que a carta de fiança em nada verossimilhança no tocante à relação de companheirismo, não
interfere no teor da presente decisão, na medida em que sua restou clara a alegada dependência econômica, já que o
verdadeira natureza jurídica é de contra-cautela, ou seja, sua falecimento do segurado ocorreu em 2005 e, somente em 2010,
relevância jurídica pressupõe o chamado periculum in mora foi proposta a ação judicial. Além disso, entendeu que não se
inverso, aferido após a constatação da plausibilidade jurídica do faz presente o perigo de dano irreparável, pois o fato de a
pedido e do receio de dano irreparável ou de difícil reparação. autora somente ter ajuizado a ação cinco anos após o
Ante o exposto, INDEFIRO A ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS falecimento do instituidor da pensão sugere que não havia
DA TUTELA. dependência econômica entre os companheiros, ressaltando
(...) que, apenas com a produção de provas, poderá ser esclarecido
Publique-se. Intimem-se.” se assiste razão, ou não, à autora. 3. Como a apreciação da
Note-se que toda a argumentação da parte agravante recai questão depende de dilação probatória, há de se prestigiar,
sobre fatos que dependem de prova, o que corrobora o neste ínterim, o princípio da presunção de legalidade e
fundamento adotado na decisão recorrida de que se faz legitimidade dos atos administrativos. 4. As decisões
necessário exaurir a instrução probatória. Até a alegada monocráticas proferidas pelos Juízes singulares devem ser,
urgência, que não se afigura evidente nos autos, conforme sempre que possível, prestigiadas, seja em virtude do poder
retratado na decisão recorrida, dependeria de prova dos fatos geral de cautela inerente ao magistrado, seja em decorrência do
suscitados no recurso como geradores do periculum in mora. fato de a eles incumbir a condução do processo de
Nesse sentido, é corrente a jurisprudência desta Corte: conhecimento, somente devendo ser reformadas quando
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DA PROPRIEDADE houver manifesto abuso de poder ou se eivadas de ilegalidade,
INDUSTRIAL. AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE o que não se verifica in casu. 5. Agravo de instrumento
INSTRUMENTO. SUSPENSÃO DOS EFEITOS DO DO desprovido, mantendo-se a decisão agravada. Agravo interno
REGISTRO DA MARCA. INDEFERIMENTO DE PEDIDO DE da parte autora julgado prejudicado.(AG 201002010067359,
TUTELA ANTECIPADA. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS Desembargadora Federal LILIANE RORIZ, TRF2 - SEGUNDA
AUTORIZADORES. ABSTENÇÃO DE USO. INCOMPETÊNCIA TURMA ESPECIALIZADA, E-DJF2R - Data::10/11/2010 -
DA JUSTIÇA FEDERAL. I – A antecipação de tutela, nos termos Página::261.)
do artigo 273, I e II, do CPC, é cabível quando, existindo prova PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AGRAVO
inequívoca, o juiz se convença da verossimilhança da alegação INTERNO. INDEFERIMENTO DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA
e haja fundado receio de dano irreparável e de difícil reparação RECURSAL. I - Agravo Interno interposto contra a decisão que
ou fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o indeferiu o requerimento de antecipação da tutela recursal no
manifesto propósito protelatório do réu. II – Inexistência de Agravo de Instrumento interposto contra a decisão interlocutória
prova inequívoca a ensejar a concessão da antecipação de que, por sua vez, indeferiu o requerimento de antecipação de
tutela, uma vez tratar-se de questão complexa, exigindo-se tutela em ação de rito ordinário ajuizada em face da UNIÃO
FEDERAL. II - No caso em questão, conforme foi assinalado
pelo magistrado que indeferiu o requerimento de antecipação de
tutela, houve o desenvolvimento do procedimento
administrativo, sendo que a Administração Pública concluiu no
sentido da presença de irregularidades na obtenção de recursos

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em favor do projeto cinematográfico “O Caso Morel”. III - Assim,
como visto na decisão ora recorrida, a hipótese depende de
dilação probatória, considerando-se a presunção de
legitimidade inerente aos atos administrativos, e nos casos em
que se exija tal providência, dada a complexidade da matéria,
não satisfeita de plano pela parte autora, fica afastada a Mercante – EFOMM/2008. - Consoante a jurisprudência deste
verossimilhança da alegação, tornando-se, portanto, impossível Tribunal, a concessão de liminar em recursos deve ser
o deferimento da antecipação dos efeitos da tutela. IV - As reservada às hipóteses de manifesta inadequação da decisão
razões apresentadas pela Agravante, no bojo do Agravo recorrida, prestigiando-se, destarte, a atuação do juiz de
Interno, não abalaram os fundamentos da decisão agravada primeiro grau. Nesse sentido, veja-se o seguinte excerto: “Por
que, desse modo, deve ser mantida eis que ausentes os derradeiro, comungo do entendimento, reiteradamente, adotado
requisitos para a antecipação da tutela recursal. V – Agravo por esta Egrégia Corte, de que o deferimento da medida
Interno conhecido e improvido.(AGTAG 200502010102534, pleiteada se insere no poder geral de cautela do juiz que, à vista
Desembargador Federal GUILHERME CALMON/no afast. dos elementos constantes do processo que, pode melhor avaliar
Relator, TRF2 - OITAVA TURMA ESPECIALIZADA, DJU - a presença dos requisitos necessários à concessão; e,
Data::19/12/2005 - Página::365.) conseqüentemente, que a liminar, em casos como o ora em
exame, só é acolhível quando o juiz dá à lei uma interpretação
Assim, não merece reparos a decisão, ante a constatação de teratológica, fora da razoabilidade jurídica, ou quando o ato se
ausência do requisito da verossimilhança das alegações da apresenta manifestamente abusivo, o que inocorre, na hipótese”
parte autora, ora Recorrente, bem como do risco de dano (8ª Turma Especializada, AGV nº 135.487/RJ, Rel. Des. Federal
irreparável ou de difícil reparação, conforme acima constatado. Poul Erik Dyrlund, unân., DJ de 07.06.2005; AGV nº 145.192 /
Ademais, a decisão não se afigura, de forma alguma, RJ, rel. Des. Federal Vera Lúcia Lima, unân., DJ de
teratológica, abordando, consentaneamente, a hipótese trazida 25.08.2006). - Com efeito, consolidou-se o entendimento na
aos autos, pelo que impositiva é a sua manutenção. jurisprudência de nossos Tribunais, em matéria de concurso
A respeito, confira-se: público, no sentido de que, o Poder Judiciário possui restrito
“ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PENSÃO poder cognitivo sobre os critérios adotados pela Administração
POR MORTE. MILITAR NÃO CONTRIBUINTE. NÃO Pública quanto à elaboração e correção das questões de
CARACTERIZADO ACIDENTE EM SERVIÇO. CONCESSÃO provas, sob pena de indevida ingerência sobre a atribuição
DE TUTELA ANTECIPADA. NÃO CABIMENTO. 1. Para que meritória restrita da Administração. Desta forma, a competência
haja a antecipação de tutela, devem ser preenchidos os do Judiciário cinge-se ao controle de legalidade das normas do
requisitos elencados no art. 273, caput e incisos, do Código de Edital, bem como quanto ao seu cumprimento pela
Processo Civil, ou seja, aquela só poderá ser concedida Administração. - Contudo, de acordo com orientação firmada
quando, existindo prova inequívoca, se convença o Juiz da pelos Tribunais Superiores, a princípio, excepcionalmente, pode
verossimilhança da alegação e ocorrer fundado receio de dano o Judiciário apreciar a validade de questão de prova objetiva
irreparável ou de difícil reparação ou ficar caracterizado abuso nos casos de manifesta e evidente ocorrência de vícios como a
do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu. ausência de alternativa correta ou a existência de mais de uma
2. Ausência de fumus boni iuris quando o benefício da pensão é alternativa correta, desde que seja possível sua visualização de
pretendido pela genitora de militar não contribuinte da pensão plano, circunstância que não ocorre in casu. - Agravo de
militar, nos termos do art. 1º, § único, inc. II, da Lei 3765/60, instrumento desprovido. (AG 200702010161572,
vigente na data do óbito (08/10/2005), sendo certo que não foi Desembargadora Federal VERA LUCIA LIMA, TRF2 - QUINTA
caracterizado o acidente de serviço, o que afasta a aplicação do TURMA ESPECIALIZADA, DJU - Data::01/09/2008 -
art. 15, § único, do mencionado diploma legal. 3. Além disso, Página::492.)
conforme entendimento adotado por esta Corte, apenas em Assim, não merece reparo a decisão impugnada, tendo em vista
casos de decisão teratológica, com abuso de poder ou em que o Juízo a quo, decidiu no sentido da jurisprudência
flagrante descompasso com a Constituição, a lei ou com a dominante, inclusive nesta E. Turma, ao entender não ser
orientação consolidada de Tribunal Superior ou deste tribunal cabível a antecipação dos efeitos da tutela requerida.
seria justificável sua reforma pelo órgão ad quem, em agravo de Portanto, estando a matéria inserida na previsão do caput do
instrumento, sendo certo que o pronunciamento judicial artigo 557 do CPC, está autorizada a prolação de decisão
impugnado não se encontra inserido nessas exceções. 4. monocrática na hipótese, ao que nego seguimento ao presente
Agravo de instrumento desprovido.” recurso de Agravo de Instrumento.
(TRF – 2ª Região, AG – 190355/RJ, Oitava Turma Publique-se. Intimem-se. Precluso o direito de impugnar esta
Especializada, Rel. Maria Alice Paim Lyard, E-DJF2R - decisão, remetam-se os presentes autos à Vara de origem.
Data::01/03/2011 - Página::267) (Grifei) Rio de Janeiro, 8 de maio de 2012.
DIREITO ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL.
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO SELETIVO DE FÁTIMA M. NOVELINO SEQUEIRA
ADMISSÃO À ESCOLA DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DA JUÍZA FEDERAL CONVOCADA
MARINHA MERCANTE – EFOMM/2008. ANULAÇÃO DE RELATORA
QUESTÕES. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE FLAGRANTE.
RECURSO DESPROVIDO. - Cuida-se de agravo de
instrumento alvejando decisão que, em sede de ação de
conhecimento pelo rito ordinário, indeferiu o pedido de
antecipação dos efeitos da tutela para anular as questões de nº AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.010313-7
01 e 18 do caderno de prova amarelo do Processo Seletivo de Nº CNJ :0010313-42.2011.4.02.0000
admissão à Escola de Formação de Oficiais da Marinha RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
AGRAVANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL -
CEF
ADVOGADO :IANE RIOS ESQUERDO E OUTROS
AGRAVADO :JEITO BOM REFEICOES 2006 LTDA
ME E OUTROS

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Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
ADVOGADO :SEM ADVOGADO
ORIGEM :3CI VARA JUSTIÇA FEDERAL SAO
JOAO DE MERITI/RJ
(201051100009508)

DECISÃO do presente recurso com a medida obtida posteriormente pelo


Trata-se de agravo de instrumento interposto pela Caixa recorrente nos autos da ação originária, consistente na
Econômica Federal – CEF contra decisão proferida pelo MM. autorização para a expedição, pela instituição financeira, de
Juízo da 3ª Vara Federal de São João de Meriti, desta ofícios aos quais anexar-se-iam cópias desse novo
Seccional, a qual, nos autos da ação de cobrança pelo entendimento da autoridade judicial.
procedimento ordinário n.º 2010.51.10.000950-8, movida em Resta assim evidente a perda de interesse processual, que se
face de JEITO BOM REFEIÇÕES 2006 LTDA ME E OUTRAS, observa no caso concreto, com a preclusão lógica operada
indeferiu pedido da empresa pública consistente em autorização quanto à pretensão recursal em questão, configurando a
judicial para expedição de ofícios aos órgãos/concessionárias hipótese do artigo 557 do Código de Processo Civil.
de telefonia fixa, móvel e de serviços públicos com a finalidade Isto posto, com arrimo também no art. 44, parágrafo 1 o, I e II, do
de localização da parte ré/agravada, ao argumento de que tal RI desta Corte, julgo prejudicado o agravo de instrumento,
ônus compete a quem postula em juízo, não podendo o negando-lhe, pois, seguimento.
assoberbado Poder Judiciário substituir-se à função do Precluso o direito subjetivo de impugnar esta decisão
advogado. monocrática, remetam-se os presentes autos à Vara Federal de
Informa a autora/agravante que ao ingressar com a demanda origem.
requereu a citação das rés/agravadas, nos endereços Rio de Janeiro, 30 de abril de 2012.
fornecidos por estas na ocasião da celebração de Contrato de SERGIO SCHWAITZER
Limite de Crédito para as Operações de Desconto de Títulos RELATOR
entre as partes. Como não logrou êxito na efetivação da
diligência, oficiou a outros órgãos com vistas à obtenção de
novo logradouro para contato, providência que restou inatendida
em razão da observância pelos destinatários do princípio
constitucional do sigilo das informações pessoais, o qual só IV - APELACAO CIVEL 520214 2006.51.01.014755-0
poderia ser flexibilizado por determinação judicial. Nº CNJ :0014755-50.2006.4.02.5101
Diante disso, e tendo em vista o encargo que lhe cabe de RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
apresentar o endereço para a devida citação, socorreu-se do APELANTE :UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
Poder Judiciário solicitando autorização para a expedição de DE JANEIRO - UFRJ
novos ofícios. Esclarece, entretanto, que com tal pedido em PROCURADOR :FERNANDO KLEBER LANGKJER
nenhum momento buscou delegação de função privativa do BORGES
Poder Judiciário, e sim o empréstimo de força coercitiva aos APELADO :SILVIA MOREIRA GOULART
seus expedientes para que os mesmos sejam atendidos pelas ADVOGADO :JOANA BARBARA LAGO DE SOUSA
instituições e concessionárias de serviço público. E OUTRO
ORIGEM :DÉCIMA SEXTA VARA FEDERAL
Decido. DO RIO DE JANEIRO
Verifica-se nas seguintes reproduções de peças integrantes da (200651010147550)
ação originária, colhidas nesta data no Sistema de
Acompanhamento Processual da Justiça Federal de primeira DECISÃO
instância na 2ª Região, que o MM. Juízo a quo deferiu novo Trata-se de apelação interposta de sentença proferida pelo MM
pedido formulado pela Caixa Econômica Federal – CEF, Juiz da 16ª Vara Federal do Rio de Janeiro que, em ação
autorizando-a a expedir ofícios aos órgãos de telefonia fixa e proposta por Sílvia Moreira Goulart em face da Universidade
móvel, bem como às concessionárias de serviço público, com o Federal do Rio de Janeiro, julgou extinto o processo, sem
fim específico de informação dos endereços constantes em resolução de mérito, nos termos do art.267, VI, do CPC, por
seus cadastros referentes à parte ré, o que efetivamente ausência superveniente de interesse processual e, via de
ocorreu conforme se infere da citação determinada após conseqüência, impôs a autora à obrigação de arcar com custas
requerimento de fl. 119 dos autos principais. e honorários advocatícios no valor de R$ 500,00 (quinhentos
Sabendo-se que a dinâmica processual muitas vezes influencia reais).
a decisão interlocutória e o agravo que a ataca, constata-se no Na presente ação ordinária, em síntese, a autora objetivava
presente caso que, no âmbito do processo (principal) assegurar a continuidade, nas condições similares, de Curso de
2010.51.10.000950-8, a ora agravante, após o lançamento da Pós-Graduação, desativado e substituído por outro não
decisão desafiada, interveio novamente, obtendo daí a reconhecido pelo CAPES.
autorização almejada, manifestação do juízo que, por si, A fl. 135, a autora peticionou informando estar matriculada e
acarretou a preclusão lógica quanto ao presente recurso. cursando a pós-graduação objeto desta demanda na UFRJ,
Com efeito, não obstante não conste expressamente nas razão pela qual postulou a extinção do feito decorrente da perda
sobreditas peças a retratação da decisão objurgada, há que se de seu objeto.
concluir ter sido exaurida a pretensão recursal consubstanciada A fl. 137, o MM juiz a quo fundamentou a sentença nos
na autorização para expedição de ofícios aos seguintes termos:
órgãos/concessionárias de telefonia fixa, móvel e de serviços “Nos termos da petição de fl. 135, informa a autora a
públicos. inexistência superveniente de interesse processual de agir, uma
Há, no caso, portanto, incompatibilidade lógica da subsistência das condições necessárias ao legítimo exercício do direito de
ação, uma vez que já se encontra matriculada e cursando a
pós-graduação que constitui o objeto desta demanda.”
Pugna a recorrente UFRJ, em síntese, em seu apelo (fls.
148/152), pela reforma da sentença para que os honorários
advocatícios sejam fixados entre 10% e 20% sobre o valor da

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causa, a teor do disposto no § 3º, do artigo 20 do CPC.
Sem contrarrazões.
É o Relatório.
A autora propôs ação ao fundamento de encontrar-se na
iminência de ter sua matrícula no curso de pós-graduação
cancelada, porque durante seu curso de doutorado a UFRJ Recurso especial conhecido em parte e, nesta parte, provido.
resolveu desativar o curso reconhecido pelo CAPES de História (RESP 200601089074, LUIS FELIPE SALOMÃO, STJ -
das Cíências e das Técnicas e Epistemologia e criar outro curso QUARTA TURMA, DJE DATA:14/12/2009.)
sem o reconhecimento desse órgão, o que impossibilitou a Frente ao exposto, a teor do art. 557, caput, do CPC, nego
autora de continuar sua formação acadêmica. seguimento a apelação, nos termos acima mencionados.
A fl. 135, a autora peticionou informando encontrar-se Rio de Janeiro, 10 de abril de 2012.
matriculada e cursando a pós-graduação objeto desta demanda SERGIO SCHWAITZER
na Universidade Federal do Rio de Janeiro, postulando a RELATOR
extinção do feito ante a perda de seu objeto.
O MM juiz a quo proferiu sentença de extinção do processo,
sem julgamento do mérito,nos termos do art.267, VI, do CPC,
face a perda superveniente de interesse processual, impondo
ao autor o ônus de arcar com custas e honorários advocatícios IV - APELACAO CIVEL 457920 2008.51.01.010955-6
no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais). Nº CNJ :0010955-43.2008.4.02.5101
É certo que ao peticionar a fl. 135 do processo requerendo a RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
extinção do feito, sem resolução de mérito, decorrente da perda APELANTE :UNIAO FEDERAL
superveniente do objeto, a autora deu causa a prematura e APELADO :DALTON NENO ARAUJO
anômola extinção da demanda, devendo, assim, arcar com a ADVOGADO :ROSANA ALVES RAMOS E
verba honorária. OUTROS
No entanto, a fixação dos honorários advocatícios subordina-se ORIGEM :DÉCIMA SEGUNDA VARA FEDERAL
aos termos do artigo 20, § 4º do CPC, tendo em vista inexistir DO RIO DE JANEIRO
sentença condenatória, razão pela qual deve o juiz mediante (200851010109556)
apreciação equitativa fixá-los.
Nesse contexto, tem-se por justo o valor determinado na DECISÃO
sentença a título de honorários, diante da prematura extinção do Trata-se de apelação interposta de sentença de fls. 26/27 dos
processo, o que leva a significativa redução do trabalho autos, proferida pelo MM Juiz da 12ª Vara Federal do Rio de
realizado pelo Procurador da Autarquia e o tempo exigido para Janeiro que julgou procedentes embargos à execução opostos
o seu serviço. pela União Federal, fixando o valor total de R$ 65.284,88
Nesse sentido trago à colação julgados do Superior Tribunal de (sessenta e cinco mil, duzentos e oitenta quatro reais e oitenta
Justiça: oito centavos). Fixou, ainda, honorários advocatícios de R$
PROCESSO CIVIL. TRIBUTÁRIO. RESTITUIÇÃO DE IPI. 500,00 (quinhentos reais).
DESCONTOS E BONIFICAÇÕES CONCEDIDOS PELO O título conferido na ação ordinária reconheceu a embargada o
FABRICANTE. DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS. direito ao pagamento de valores atrasados a título de quintos
CONTRIBUINTE DE FATO. ILEGITIMIDADE AD CAUSAM. por força da edição da MP 2.225/2001.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. REMESSA NECESSÁRIA. Iníciada à execução, o embargado apresentou planilha de
PRECLUSÃO LÓGICA. AUSÊNCIA. HONORÁRIOS cálculo (valor principal + honorários advocatícios) no total geral
ADVOCATÍCIOS. ART. 20, § 4º, DO CPC. 1.(...) 2.(...). 3. de R$ 79.161,97 (setenta nove mil, cento e sessenta hum reais
Considerando-se a ausência de condenação, em virtude de ter e noventa sete centavos).
havido a extinção do feito sem resolução do mérito, os A União Federal opôs embargos à execução, nos termos do
honorários advocatícios devem ser fixados consoante disposto artigo 741, V, do CPC, alegando excesso á execução,
no art. 20, § 4º, do CPC. 4. Deve-se acrescentar ao acórdão decorrentes da inclusão do percentual de 11,98% e da
embargado a fundamentação acerca da ausência de preclusão equivocada aplicação da taxa de juros, razão pela qual o valor
lógica e a condenação da parte autora ao pagamento de total devido era de R$ 65.824,88 (.sessenta cinco mil,
honorários advocatícios. 5. Embargos de declaração acolhidos. oitocentos e vinte quatro reais e oitenta oito centavos),
(EDRESP 200901062620, CASTRO MEIRA, STJ - SEGUNDA resultando no excesso de R$ 13.877,09.
TURMA, DJE DATA:18/02/2011.) As fls. 26/27 dos autos, o MM juiz a quo acolheu os cálculos
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM apresentados pela União Federal.
GARANTIA. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. CONVERSÃO Requer, em síntese, a União Federal em seu apelo (fls. 31/33) o
EM AÇÃO DE DEPÓSITO. FALÊNCIA DA EMPRESA aumento dos honorários advocatícios fixados, pugnando pela
FIDUCIÁRIA. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO fixação no percentual de 20% do excesso encontrado.
DE MÉRITO. CREDORES QUIROGRAFÁRIOS. 1(...).. 2(...). 3. Contrarrazões acostada às fls. 36/38.
Nas hipóteses em que não haja sentença condenatória, É o Relatório.
exatamente como no caso em apreço, os honorários serão Conforme visto, a União Federal opôs embargos à execução
fixados consoante apreciação eqüitativa do juiz, em discordando do valor apresentado pelo Embargado apontando o
conformidade com o art. 20, § 4, do CPC. 4. Com base nos excesso de R$ 13.877,09 (treze mil, oitocentos e setenta sete
critérios descritos no art. 20, § 4º e levando em consideração as reais e nove centavos).
circunstâncias da causa, notadamente o fato de o processo ter A sentença ao acolher o excesso à execução reconheceu que o
sido extinto sem resolução do mérito, fixo os honorários em R$ credor (embargado) pleiteou quantia superior à efetivamente
500,00 (quinhentos reais), atualizados a partir dessa data. 5. devida.
O julgamento de procedência dos Embargos à Execução revela
que o embargado deu causa à instauração do processo diante
do excesso de sua pretensão executória, decorrendo, daí, o
ônus de arcar com a verba de sucumbência, que deve ser
arbitrada de modo não excessivo ou irrisório.

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Em regra, havendo julgamento de procedência dos embargos à
execução, como no caso vertente, a base de cálculo dos
honorários advocatícios deve recair sobre a diferença entre o
valor apresentado pelo exeqüente e àquele acolhido pelo juiz na
sentença, e observadas às normas do artigo 20, §§ 4º e 3º do
CPC, que autoriza ao juiz nas causas de pequeno valor e nas seguintes termos:
execuções embargadas ou não fixar os honorários consoante “Tendo em vista que o autor SEVERINO ANTÔNIO ALVES
apreciação equitativa. firmou transação perante a Administração Pública nos termos
Aliás, nesse sentido é o julgado do Superior Tribunal de Justiça do art. 7º da Medida Provisória n. 2169-43 de 24/08/2001, e
que trago à colação: sendo a falta do instrumento de transação suprida pela
AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. JUROS apresentação de documentos expedidos pelo Sistema Integrado
DE MORA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. de Administração de Recursos Humanos – SIAPE (art. 7º,
INOVAÇÃO ARGUMENTATIVA. QUESTÃO NÃO VENTILADA parágrafo 2º da Medida Provisória supracitada), conforme fls.
NAS CONTRARRAZÕES AO RECURSO ESPECIAL. 1.(...). 05, impõe-se o reconhecimento do excesso de execução ante o
2(...). 3.(...). 4.(...). 5. A base de cálculo dos honorários acordo celebrado.”
advocatícios, em sede de embargos à execução, deve Pugna a recorrente União Federal, em síntese, em seu apelo
corresponder, necessariamente, ao montante alegado como (fls. 73/79), pela reforma da sentença para que os honorários
excessivo. Precedentes. 6. De acordo com o art. 20, § 4.°, do advocatícios sejam fixados em percentual não inferior a 10%
Código de Processo Civil, nas lides em que for sucumbente a (dez por cento) do valor do excesso de execução.
Fazenda Pública, o juiz, mediante apreciação eqüitativa e Às fls. 82/84, em Contrarrazões, o embargado alega ser
atendendo as normas estabelecidas nas alíneas do art. 20, § beneficiário da assistência gratuita,razão pela qual indevido o
3.°, do Código de Processo Civil, poderá fixar os honorários pagamento de honorários.
advocatícios aquém ou além dos limites estabelecidos no É o Relatório.
referido parágrafo 7. Agravo regimental da União desprovido. Na ação de cognição, o autor obteve o direito a incorporar aos
Agravo regimental de Amilcar Estanilau de Souza parcialmente seus vencimentos o índice de 28,86%.
provido.(ADRESP 200901060546, LAURITA VAZ, STJ - Preliminarmente, quanto a alegado em contrarrazões, frise-se
QUINTA TURMA, DJE DATA:13/12/2010.) que a gratuidade de justiça assegurada pela Lei nº 1.060/50 tem
No entanto, na adoção do critério acima estabelecido, qual seja, por fim conferir àquele cuja situação econômica não lhe permita
o excesso encontrado, deve-se levar em consideração a pagar custas do processo e os honorários de advogado, sem
ausência de complexidade da causa, o que facilita o trabalho prejuízo do sustento próprio ou da família, o acesso a justiça e,
realizado pelo advogado e reduz o tempo exigido para o seu via de regra, a concessão desse benefício circunscreve-se ao
serviço processo de cognição, cumprindo, assim, o Estado com sua
Dentro desse contexto, tem-se por irrisória a quantia fixada de obrigação constitucional.
R$ 500,00 (quinhentos reais) à título de honorários Assim, não há impedimento legal de imposição de nos
advocatícios, razão pela qual fixo o percentual de 10% (dez por embargos à execução arque o embargado, ainda que tenha
cento) do excesso encontrado. litigado no processo de cognição amparado pela gratuidade de
Frente ao exposto, a teor do art. 557, § 1º-A, do CPC, dou justiça, com a verba honorária, mormente quando o título
parcial provimento a apelação, nos termos supramencionados. judicial modifique a sua situação financeira.
Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012. No mérito, é certo que o embargado deu causa ao início a
SERGIO SCHWAITZER execução.
RELATOR Verificado no sistema de informatização constatou-se pela
movimentação do processo nº 97.0102037-5 (principal),.que
quando do início da liquidação/execução, em 17/08/2004, o
Embargado não tinha interesse de agir face ao adimplemento
da obrigação, decorrente do acordo firmado entre as partes
IV - APELACAO CIVEL 516535 2008.51.01.011028-5 para o recebimento dos valores na via administrativa.
Nº CNJ :0011028-15.2008.4.02.5101 Com efeito, quando do julgamento do recurso na fase de
RELATOR :SERGIO SCHWAITZER cognição, em 19/02/2004, por esse Tribunal (fl. 39), o autor
APELANTE :UNIAO FEDERAL Severino Antônio Alves já havia, em 18/05/1999, formalizado
APELADO :SEVERINO ANTONIO ALVES acordo para o recebimento dos valores administrativamente,
ADVOGADO :ADRIANA MONTEIRO VINCLER conforme documento de fl. 05 dos autos.
FIORANI Assim sendo, ao iniciar a liquidação/execução do julgado, em
ORIGEM :VIGÉSIMA TERCEIRA VARA 17/08/2004, o embargado encontrava-se desprovido de
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO interesse (necessidade/utilidade) na execução do julgado, razão
(200851010110285) pela qual deve arcar com o ônus de pagar honorários
advocatícios, face ao princípio da causalidade.
DECISÃO Nesse sentido trago à colação julgados do Superior Tribunal de
Trata-se de apelação interposta de sentença proferida pelo MM Justiça:
Juiz da 23ª Vara Federal do Rio de Janeiro que, em embargos à PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. ALÍNEA "C" DO
execução proposto pela União Federal, homologou transação PERMISSIVO CONSTITUCIONAL. DISSÍDIO COMPROVADO.
firmada entre as partes e julgou extinta a execução, nos termos CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. ADIMPLEMENTO
do artigo 794, II, do CPC.Determinou, ainda, o não pagamento VOLUNTÁRIO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. NÃO-
de custas e honorários. CABIMENTO. PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE. RECURSO
As fls. 68/69, o MM juiz a quo fundamentou a sentença nos ESPECIAL NÃO PROVIDO. 1. A condenação em honorários
advocatícios, no direito pátrio, pauta-se pelo princípio da
causalidade, ou seja, somente aquele que deu causa à
demanda ou ao incidente processual é que deve arcar com as
despesas deles decorrentes. 2. Incidem honorários advocatícios
na fase de cumprimento da sentença, na nova sistemática de

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execução estabelecida a partir da edição da Lei n. 11.232/05,
quando não há o adimplemento voluntário da condenação
fixada na fase de conhecimento. Precedente da Corte Especial
(REsp n. 1.028.855 - SC). A inexistência de adimplemento
voluntário do devedor, depois de já condenado em fase de
conhecimento, dá causa a novas condutas processuais, em ad cautelam, do levantamento dos valores referentes ao
razão do que há de se determinar nova condenação em Precatório citado (nº 51000242010000122), até o oportuno
honorários. 3. No adimplemento voluntário, diferentemente, o exame, pelo Relator do requerido às fls. 351/352.
pagamento é simples desdobramento lógico, legal e natural da Publique-se. Oficie-se. Intimem-se.
obrigação, fixada na sentença condenatória. A causa que deu Rio de Janeiro, 09 de maio de 2012.
origem a tal ação cognitiva condenatória já foi compensada pela SERGIO SCHWAITZER
fixação de seus próprios honorários sucumbenciais. Portanto, Desembargador Federal
não deve ser fixada nova verba honorária, porquanto não se (nas férias regulares do Relator)
tenha gerado novo esforço laboral para os advogados de
nenhuma das partes. 4. Recurso especial não provido.
(RESP 200801058440, MAURO CAMPBELL MARQUES, STJ -
SEGUNDA TURMA, DJE DATA:08/02/2011.)
PROCESSUAL CIVIL. DIREITO ADMINISTRATIVO. BOLETIM: 126866
SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. INCOMPETÊNCIA DA
PRIMEIRA SEÇÃO PARA O JULGAMENTO DO RECURSO
ESPECIAL. INEXISTÊNCIA. FUNDAMENTO INATACADO. III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 211122
DEFICIÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DO RECURSO 2012.02.01.004285-2
ESPECIAL. SÚMULAS 283 E 284/STF. PRINCÍPIO DA Nº CNJ :0004285-24.2012.4.02.0000
CUSALIDADE. INAPLICABILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
1(...)2(...).3(...) 4. Demostrado que o equívoco que deu causa a AGRAVANTE :INSTITUTO ESTADUAL DO MEIO
interposição de embargos à execução, julgados procedentes, AMBIENTE - INEA
não é imputável à parte exequente, que se limitou a cumprir a PROCURADOR :SIMONE MAIATO GOMES
determinação judicial para incluir nos cálculos o índice de AGRAVADO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
11,98%, não é cabível a condenação em honorários ORIGEM :3 VARA JUSTIÇA FEDERAL SAO
advocatícios, porquanto inaplicável o princípio da causalidade. GONCALO/RJ (201251170001933)
5. Agravo regimental improvido.(AGRESP 200900050199,
ARNALDO ESTEVES LIMA, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE DECISÃO
DATA:30/08/2010.) Trata-se de agravo de instrumento interposto por INSTITUTO
Frente ao exposto, a teor do art. 557, § 1º-A, do CPC, dou ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - INEA contra ato judicial,
provimento a apelação, para fixar os honorários advocatícios no proferido pelo MM Juízo da 3a Vara Federal de São Gonçalo/RJ.
percentual de 10% (dez por cento) incidente sobre total O recurso não merece ser conhecido.
recebido administrativamente à fl.05 dos autos, correspondente Como se sabe, o recurso de agravo de instrumento deve ser
a R$ 542,97(quinhentos e quarenta e dois reais e noventa sete instruído tanto com as peças apontadas em lei como
centavos). “obrigatórias” (CPC, art. 525, I), quanto com os documentos
Preclusa esta decisão, baixem os autos à Vara de origem necessários ao entendimento pleno da questão discutida, à
Rio de Janeiro, 17 de abril de 2012. prova das ocorrências e da contextura do feito principal, assim
SERGIO SCHWAITZER como à evidência dos argumentos empinados pelo agravante,
RELATOR documentos estes qualificados em lei como “facultativos” ou
“úteis” (CPC, art. 525, II).
Assim, verificando-se a falta de qualquer dos aludidos
documentos, o Relator negará, liminarmente, seguimento ao
agravo de instrumento que lhe for submetido, a teor do art. 527,
IV - APELACAO CIVEL 520974 2010.51.01.006132-3 I, do CPC, vez que a deficiência probatória positivamente
Nº CNJ :0006132-55.2010.4.02.5101 apurada milita em detrimento direto do agravante, detentor do
RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL ônus da prova específico.
POUL ERIK DYRLUND Com efeito, o agravante deixara de instruir o presente recurso
APELANTE :UNIAO FEDERAL com cópia de peça obrigatória contida no processo principal,
APELADO :ZENEIDE GUIMARAES FERREIRA nomeadamente, a cópia da decisão agravada, vez que a
ADVOGADO :OLAVO DA SILVA GOIANO decisão de fls. 36/38 fora proferida nos autos da massa falida
ORIGEM :VIGÉSIMA QUARTA VARA de CONSERVAS RUBI S/A e do INSTITUTO ESTADUAL DO
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO AMBIENTE – INEA (Processo nº 0000192-90.2012.4.02.5117,
(201051010061323) nº antigo 2012.51.17.000192-1), que tem, portanto, parte
diversa daquela indicada neste agravo de instrumento, vale
DECISÃO dizer, IDÚSTRIA GRADIM LTDA, que figura como réu no
Tendo em vista, a) o óbito da Autora (fls. 355), b) a liberação Processo nº 0000811-8832010.4.02.5117 (nº antigo
para saque do Requisitório nº 51000242010000122 (cuja 2010.51.17.000811-6).
beneficiária é a autora falecida) estar prevista para o dia 15 de A pretensão recursal ora sob enfoque, portanto, tem seu
maio do corrente, e c) o requerimento de substituição conhecimento inviabilizado no atual quadrante procedimental, a
processual formulado às fls. 351/352; determino a suspensão, teor, aliás, de precedente da Corte Especial do Egrégio Superior
Tribunal de Justiça (EREsp n.º 509.394-RS), aresto
perfeitamente aplicável à espécie e cuja Ementa merece, aqui,
transcrição:
“EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA – PROCESSUAL CIVIL –
AGRAVO DE INSTRUMENTO – PEÇAS OBRIGATÓRIAS E

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NECESSÁRIAS PARA A FORMAÇÃO DO INSTRUMENTO –
ART. 252 DO CPC.
1. O Código de Processo Civil indica, no inciso I do art. 525, os
documentos indispensáveis à formação do agravo de
instrumento, sendo coercitiva sua juntada, sob pena de não-
conhecimento do recurso. São as peças obrigatórias. requisitos formais do recurso cabível, dentre eles a
2. Relativamente às peças necessárias, mencionadas no inciso tempestividade.
II do mesmo artigo, a Corte Especial, no EREsp n.º 449.486-PR, - No caso, além de constituir erro grosseiro a interposição do
firmou entendimento de que não é possível que o relator agravo de instrumento previsto no artigo 522 e seguintes do
converta o julgamento em diligência para facultar à parte a Código de Processo Civil contra decisão que negou seguimento
complementação do instrumento, pois cabe a ela o dever de ao recurso de apelação, não foi observado o prazo de cinco
fazê-lo no momento de interposição do recurso. dias do agravo interno, que seria o recurso cabível na espécie.
3. Embargos de divergência conhecido, mas desprovido.” - Recurso não conhecido.
(STJ, Corte Especial, EREsp n.º 509.394-RS, Rel. Min. ELIANA ACÓRDÃO
CALMON, j. em 18.08.2004, maioria, DJU de 04.04.2005, p. Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
157) indicadas:
Face ao exposto, com fulcro no caput, do art. 557, do CPC, Decide a Oitava Turma Especializada do Tribunal Regional
nego seguimento ao agravo de instrumento. Federal da 2ª Região, por unanimidade, não conhecer do
Preclusa esta Decisão, remetam-se os autos à Vara de origem. recurso, nos termos do relatório e voto constantes dos autos,
Rio de Janeiro, 09 de maio de 2012. que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
SERGIO SCHWAITZER Rio de Janeiro, de de 2012 (data do julgamento)
RELATOR Desembargadora Federal VERA LUCIA LIMA
Relatora

BOLETIM: 126867
IV - REMESSA EX OFFICIO EM AÇÃO CÍVEL 491237
2009.51.01.015347-1
IV - APELACAO CIVEL 2007.51.01.008783-0 Nº CNJ :0015347-89.2009.4.02.5101
Nº CNJ :0008783-65.2007.4.02.5101 RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
RELATOR :DESEMBARGADORA FEDERAL PARTE :GERUSA FREIRE DE AZEVEDO
VERA LÚCIA LIMA AUTORA
APELANTE :JOSE CARLOS OLIVEIRA DA SILVA ADVOGADO :JULIANO BIZZO NETTO
ADVOGADO :MARCOS JOSE DA COSTA PARTE RÉ :UNIAO FEDERAL
MESQUITA REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 1A VARA-RJ
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DO RIO
CEF DE JANEIRO (200951010153471)
ADVOGADO :ROGEL CARMAN GOMES
BARBOSA E OUTROS EMENTA
ORIGEM :VIGÉSIMA TERCEIRA VARA ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO CIVIL COMUM
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FEDERAL INATIVO. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DE
(200751010087830) ATIVIDADE TÉCNICO-ADMINISTRATIVA. LEI N.º 10.404/2002
E DECRETO N.º 4.247/2002. GRATIFICAÇÃO DE
EMENTA DESEMPENHO DE ATIVIDADE TÉCNICO-ADMINISTRATIVA
PROCESSUAL CIVIL. INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO DE E DE SUPORTE. MPV N.º 304/2006 E LEI N.º 11.357/2006.
INSTRUMENTO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA. ERRO GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DO PLANO GERAL DE
GROSSEIRO.IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DO CARGOS DO PODER EXECUTIVO. MPV N.º 431/2008 E LEI
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE RECURSAL. RECURSO NÃO N.º 11.784/2008. APLICAÇÃO ÀS APOSENTADORIAS JÁ
CONHECIDO. CONCEDIDAS. IMPOSSIBILIDADE DE PAGAMENTO EM
- Cinge-se a controvérsia quanto ao não conhecimento de SEUS LIMITES MÁXIMOS. CARÁTER PRO LABORE
agravo de instrumento interposto em face de decisão FACIENDO. POSSIBILIDADE DE PAGAMENTO EM LIMITES
monocrática que negou seguimento a recurso de apelação, PRÓPRIOS DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL COMUM
tendo em vista tratar-se de erro grosseiro FEDERAL ATIVO. CARÁTER EX FACTO OFFICII. PRINCÍPIO
- Verifica-se que, ao invés de interpor o agravo regimental, JURÍDICO DA ISONOMIA. PRECEDENTE DO STF.
consoante previsto no art. 557, § 1º, do CPC, o recorrente I. A GDATA – Gratificação de Desempenho de Atividade
interpôs o agravo de instrumento com fulcro no art. 522, do Técnico-Administrativa, a GDPGTAS – gratificação de
mesmo diploma legal, o que configura erro grosseiro, tornando- desempenho de atividade técnico-administrativa e de suporte, e
se inaplicável o princípio da fungibilidade recursal. a GDPGPE – gratificação de desempenho do plano geral de
- Precedentes do Superior Tribunal de Justiça citados. cargos do Poder Executivo, são pagas, primordialmente, ao
- Na linha da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e do servidor público civil comum federal ativo, em razão de
Supremo Tribunal Federal, a aplicação do princípio da determinado desempenho individual do servidor público civil
fungibilidade pressupõe a existência de dúvida fundada quanto comum federal ativo no exercício de cargo público efetivo e
ao recurso adequado, e, além disso, que se atenda aos demais também de determinado desempenho institucional da entidade ou
do órgão em cujo quadro de pessoal o cargo público efetivo se
encontra lotado.
II. Como é faticamente impossível a aferição de determinado
desempenho individual do servidor público civil comum federal
que, no momento da instituição da vantagem pecuniária em

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foco, já tinha passado à inatividade — já que não há mais, por
parte deste, exercício de cargo público efetivo —, os diplomas
normativos pertinentes previram que àquele e ao respectivo
pensionista seria paga a GDATA, a GDPGTAS e a GDPGPE
em seus limites mínimos, e nunca em seus limites máximos de
100 (cem) pontos. determinar a responsabilidade civil do réu, bem assim a
III. Contudo, deve-se destacar que, recentemente, o STF veio a obrigação de indenizar os “danos causados” globalmente.
destacar que os diplomas normativos supra referidos conferiram - Quando em jogo “sentença coletiva condenatória genérica”
à GDATA – Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico- proferida em processo conduzido por entidade associativa ou
Administrativa — ontologicamente similar à GDPGTAS e à sindical e concernente a interesses e direitos individuais
GDPGPE —, vantagem pecuniária propter laborem, um duplo homogêneos das pessoas inseridas nas respectivas categorias,
caráter: pro labore faciendo, de modo eminente, em razão de a a pertinente liquidação/execução pode ser promovida (a) pelos
pontuação variar conforme determinado desempenho individual respectivos beneficiários, em nome próprio e em interesse e
no exercício de cargo público efetivo; e, também, ex facto officii, direito próprio, mediante processo individual ou em
de modo excepcional, em razão de a pontuação ser firmada litisconsórcio, e/ou, ainda, (b) pela entidade associativa ou
pela simples ocupação daquele. sindical, em nome alheio e em interesse e direito alheio,
IV. Focando a segunda situação jurídica supra descrita, o STF mediante regular “representação processual” de cada
veio a reconhecer, em favor do servidor público civil comum beneficiário ou de beneficiários em litisconsórcio.
federal que, no momento da instituição da vantagem pecuniária - No que toca à verificação do órgão jurisdicional competente
em foco, já tinha passado à inatividade, e em favor do para a liquidação e execução da “sentença coletiva
respectivo pensionista, a percepção da GDATA de forma condenatória genérica” concernente a interesses e direitos
peculiar (cf. o Enunciado nº 20 da Súmula Vinculante do STF), e, individuais homogêneos, competentes são (a) o foro/juízo do
nesse passo, também da GDPGTAS e da GDPGPE. domicílio do beneficiário, no caso de liquidação e execução a
ACÓRDÃO título estritamente individual (art. 98, § 2º, I, c/c o art. 101, I, da
Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as Lei n.º 8.078/1990), e (b) o juízo prolator da sentença coletiva,
acima indicadas. no caso de liquidação e execução a título coletivo promovida
Decide a Oitava Turma Especializada do Tribunal Regional pelo ente exponencial legitimado mediante “representação
Federal da 2.ª Região, à unanimidade, negar provimento à processual” (art. 98, § 2º, II, c/c o art. 101, I, da Lei n.º
remessa necessária, nos termos do voto do Relator, constante 8.078/1990). Subsidiariamente competente, ainda, (c) o juízo
dos autos, que fica fazendo parte integrante do presente prolator da sentença coletiva, no caso específico de
julgado. liquidação/execução residual a título de “reparação fluida” (art.
Rio de Janeiro, (data do julgamento). 100 c/c o art. 101, I, da Lei n.º 8.078/1990).
SERGIO SCHWAITZER - No caso, verifica-se que a liquidação e execução da “sentença
RELATOR coletiva condenatória genérica” foi concretamente deflagrada, a
título estritamente individual, por uma das pessoas beneficiárias
daquela sentença, e não, a título “coletivo”, pela entidade
associativa autora da ação condenatória coletiva.
- Em hipóteses que tais, a teor do art. 98, § 2º, I, c/c o art. 101,
IV - APELACAO CIVEL 376301 2004.51.01.023275-0 I, da Lei n.º 8.078/1990, a competência para o processo de
Nº CNJ :0023275-67.2004.4.02.5101 liquidação/execução é detida por um dos órgãos jurisdicionais
RELATOR :SERGIO SCHWAITZER do foro do domicílio do beneficiário liquidante/exeqüente a título
APELANTE :MARIA HELENA DUARTE estritamente individual, observados, obviamente, (a) o âmbito
MARQUES E OUTROS de eficácia ditado pelo art. 2º-A, da Lei n.º 9.494/1997 (na
ADVOGADO :FELIPE SANTA CRUZ E OUTROS redação dada pela Medida Provisória n.º 2.180-35/2001), e (b) a
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - livre distribuição, em caso de pluralidade de juízos
CEF identicamente competentes na mesma base territorial de regular
ADVOGADO :CINTIA GUIMARAES MORGADO E atividade judicante.
OUTROS - Caso em que, ademais, não oposta exceção declinatória de
ORIGEM :VIGÉSIMA SEXTA VARA FEDERAL competência pelo legítimo interessado, atraindo, pois, a
DO RIO DE JANEIRO aplicação da Súmula nº 33 do E. Superior Tribunal de Justiça.
(200451010232750) - Apelação provida para desconstituir a sentença terminativa e
para determinar o prosseguimento do feito perante o Juízo
EMENTA Federal a quo (Juízo da 26ª Vara Federal do Rio de Janeiro –
PROCESSUAL CIVIL – PROCESSO COLETIVO DE RJ).
CONHECIMENTO REFERENTE A INTERESSES E DIREITOS ACÓRDÃO
INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS – COMPETÊNCIA PARA Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as
LIQUIDAÇÃO E EXECUÇÃO DE SENTENÇA COLETIVA acima indicadas.
CONDENATÓRIA GENÉRICA (AÇÃO DE CUMPRIMENTO DE Decide a Oitava Turma Especializada do Tribunal Regional
SENTENÇA COLETIVA) – LIQUIDAÇÃO E EXECUÇÃO A Federal da 2ª Região, à unanimidade, dar provimento à
TÍTULO ESTRITAMENTE INDIVIDUAL VERSUS LIQUIDAÇÃO apelação cível, nos termos do Voto do Relator, constante dos
E EXECUÇÃO A TÍTULO “COLETIVO”. autos, que fica fazendo parte integrante do presente julgado.
- A teor do art. 95, da Lei n.º 8.078/1990, a “sentença coletiva Rio de Janeiro, de de 2012 (data de julgamento).
condenatória genérica” proferida em sede de processo referente SERGIO SCHWAITZER
a interesses e direitos individuais homogêneos limita-se a fixar e RELATOR

IV - APELACAO CIVEL nº 510297/RJ 2008.51.01.003920-7

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Nº CNJ :0003920-32.2008.4.02.5101
RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
APELANTE :RONALDO FELIX CARVALHO
ADVOGADO :PAULO FERNANDO BANDEIRA DA
SILVA E OUTROS
APELADO :UNIAO FEDERAL Nº CNJ :0000302-60.2000.4.02.5101
ORIGEM :VIGÉSIMA QUARTA VARA RELATORA :J. F. C. FÁTIMA MARIA NOVELINO
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO SEQUEIRA
(200851010039207) APELANTE :MOACYR ANTONIO CERBINO
FILHO
EMENTA ADVOGADO :RONALDO GOTLIB COSTA E
ADMINISTRATIVO. MILITAR. SOLDADO RESERVISTA DE 1a OUTROS
CATEGORIA. CONCESSÃO DE REFORMA. INEXISTÊNCIA APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL -
DE INCAPACIDADE DEFINITIVA. DESCABIMENTO. CEF
INOVAÇÃO DO PEDIDO EM SEDE RECURSAL. ADVOGADO :DANIELLE DE ALEXANDRE
I – Não há apreciar a parte do recurso relativamente à anulação LOURENCO E OUTROS
do ato de licenciamento com o fito de que o Apelante seja ORIGEM :VIGÉSIMA SEGUNDA VARA
reintegrado ao serviço ativo da Aeronáutica e possa submeter- FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
se a exame pela Junta Médica competente e/ou continuar (200051010003020)
mantendo direito a consultas médicas em seus hospitais e
ambulatórios, porquanto não constam da exordial tal EMENTA
fundamentação e pedido. A apelação só devolve ao Tribunal a APELAÇÃO CÍVEL. SFH. CÓDICO DE DEFESA DO
matéria suscitada e discutida nos autos, não podendo a parte CONSUMIDOR. REAJUSTAMENTO DO SALDO DEVEDOR.
Apelante, em sede recursal, inovar na pretensão deduzida, sob TR. PLANO DE EQUIVALÊNCIA SALARIAL. TABELA PRICE.
pena de afronta ao art. 515 do CPC. E, até contraditória se ANATOCISMO.
mostra a assertiva, haja vista que o próprio Autor, na inicial, I – O STJ firmou entendimento no sentido da aplicabilidade do
afirma ter sido submetido à inspeção de saúde antes do término Código de Defesa do Consumidor às relações jurídicas
do tempo de serviço a que se obrigou a prestar. pertinentes ao SFH. A contratação do seguro é inerente aos
II – Na espécie, inviável pretensão de reforma, a teor da Lei contratos firmados no âmbito do SFH, não se configurando
6.880/80 (arts. 104, II c/c 106, II), pois não evidenciada venda casada. Não é cabível a livre escolha da seguradora pelo
incapacidade definitiva em decorrência da prestação do serviço mutuário, dadas as peculiaridades do contrato de financiamento
militar, mormente porque o licenciamento se deu por conclusão imobiliário no âmbito do SFH.
do tempo de serviço e a prova pericial expressamente negou a II – Cuidando-se de contrato firmado em data anterior à edição
presença de alguma incapacidade laborativa, seja para a da Lei nº 8177/91, mas com previsão de reajustamento do saldo
atividade militar ou civil. devedor pelo mesmo coeficiente de remuneração dos depósitos
III – Não preenchido o requisito de incapacidade definitiva, via de de poupança, é cabível a adoção da TR.
conseqüência, perde propósito qualquer questionamento acerca III – Inexiste óbice legal à adoção da Tabela Price, devendo-se
de cuidar-se de enfermidade adquirida, ou não, quando da observar os ditames contratuais (pacta sunt servanda).
prestação do serviço militar. De toda sorte, o laudo pericial IV – A capitalização de juros vedada ocorre nos períodos de
atestou claramente que não há uma relação de causa e efeito amortização negativa, pois nessa hipótese parcela do encargo
entre a atividade militar e a patologia (“Hipertensão Arterial”) mensal correspondente aos juros é somada ao saldo devedor,
apresentada pelo ex-Soldado. sobre o qual haverá, em seguida, incidência de juros
IV – Ressalte-se que o licenciamento se deu pelo cumprimento contratuais. Não constatada a ocorrência de amortizações
do tempo máximo de permanência previsto para a graduação, negativas, conforme planilha de evolução do financiamento
eis que, consoante o Decreto 3.690/00 que aprova o juntada aos autos.
Regulamento do Corpo de Pessoal Graduado da Aeronáutica, o
Soldado-de-Segunda-Classe (S2) pode obter prorrogação do V – Recurso de apelação não provido. Agravo Retido
tempo de serviço, até o limite máximo de 4 (quatro) anos de prejudicado. Sentença confirmada.
efetivo serviço. ACÓRDÃO
V – Apelação desprovida. Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes
ACÓRDÃO as acima indicadas.
Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as Decide a Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª
acima indicadas. Região, à unanimidade, julgar prejudicado o agravo retido da
Decide a Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª CEF e negar provimento à apelação da parte autora, nos termos
Região, à unanimidade, negar provimento ao recurso, nos do voto da Relatora, constante dos autos, que fica fazendo
termos do voto do Relator, constante dos autos, que fica parte integrante do presente julgado.
fazendo parte integrante do presente julgado. Rio de Janeiro, 09 de maio de 2012. (data de julgamento).
Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012. FÁTIMA MARIA NOVELINO SEQUEIRA
SERGIO SCHWAITZER – RELATOR RELATORA

IV - APELACAO CIVEL 2000.51.01.000302-0 IV - APELACAO CIVEL 2002.51.10.003755-6


Nº CNJ :0003755-65.2002.4.02.5110
RELATOR :FÁTIMA MARIA NOVELINO
SEQUEIRA
APELANTE :SONIA MARIA CASTRO VIANA
ADVOGADO :JORGE JACKSON DA CRUZ

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APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL -
CEF
ADVOGADO :GERSON DE CARVALHO FRAGOZO
E OUTROS
ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DE SÃO
JOÃO DE MERITI autos pelo MPF.
(200251100037556) III – Agravo Interno não provido. Decisão monocrática
confirmada.
EMENTA ACÓRDÃO
APELAÇÃO CIVEL. SFH. LEI 10.931/2004. EXECUÇÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as
EXTRAJUDICIAL. NOTIFICAÇÃO. CONSTITUCIONALIDADE acima indicadas.
DA EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL (DECRETO-LEI 70/66).
LEILOEIRO PÚBLICO. ADJUDICAÇÃO. INVIABILIDADE DE Decide a Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª
REVISÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS APÓS A Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno,
ADJUDICAÇÃO. nos termos do voto da Relatora, constante dos autos, que fica
I – Inexiste cerceamento de defesa quanto à manifestação da fazendo parte integrante do presente julgado.
parte quando comprovado o recebimento da intimação por
advogado que a patrocina, com oportunidade de manifestação Rio de Janeiro, 09 de maio de 2012 (data de julgamento).
sobre o laudo pericial. FÁTIMA MARIA NOVELINO SEQUEIRA
II - O STF já firmou entendimento no sentido da JUÍZA FEDERAL CONVOCADA
constitucionalidade do DL 70/66. A limitação da atuação do RELATORA
leiloeiro público é relativa às execuções judiciais, o que não
ocorre no caso.
II – Inviabilidade de discussão de cláusulas contratuais após a
adjudicação do imóvel em execução extrajudicial.
III – Recurso de apelação a que se nega provimento. Sentença III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.012214-4
confirmada. Nº CNJ :0012214-45.2011.4.02.0000
ACÓRDÃO RELATOR :FÁTIMA MARIA NOVELINO
Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as SEQUEIRA
acima indicadas. AGRAVANTE :UNIAO FEDERAL
Decide a Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª AGRAVADO :MARIA DE LOURDES
Região, à unanimidade, negar provimento ao recurso, nos HEINZELMANN FONTAINHA DE
termos do voto da Relatora, constante dos autos, que fica ARAUJO
fazendo parte integrante do presente julgado. ADVOGADO :SERGIO EDUARDO FISHER E
Rio de Janeiro, 09 de maio de 2012. (data de julgamento). OUTROS
FÁTIMA MARIA NOVELINO SEQUEIRA ORIGEM :VARA ÚNICA DE NOVA FRIBURGO
RELATORA (201151050003648)

EMENTA
AGRAVO INTERNO. SERVIDOR PÚBLICO. PENSÃO POR
MORTE. UNIÃO ESTÁVEL. DECISÃO NÃO TERATOLÓGICA
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.003868-6 NEM ABUSIVA. LEI 9.494/97. POSSIBILIDADE DE
Nº CNJ :0003868-08.2011.4.02.0000 ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA.
RELATOR :FÁTIMA MARIA NOVELINO I – Os documentos que instruem o recurso de agravo de
SEQUEIRA instrumento não elidem o acerto do decisum impugnado, haja
AGRAVANTE :DEPARTAMENTO NACIONAL DE vista a verossimilhança das alegações da parte autora,
PRODUCAO MINERAL - DNPM retratada na decisão proferida pelo juízo a quo.
PROCURADOR :JANICE MUNIZ DE MELO II – Não se tratando de decisão teratológica ou abusiva, deve
AGRAVADO :MINISTERIO PUBLICO FEDERAL prevalecer a decisão do juízo de primeira instância, que
ORIGEM :5ª VARA FEDERAL CÍVEL DE examinou a matéria e decidiu, em conformidade com os
VITÓRIA/ES (200950010120591) elementos nos autos, à luz do direito.
III – É pacífico o entendimento no sentido de que o artigo 1º da
EMENTA Lei 9.494/97 não se aplica às questões previdenciárias em
PROCESSO CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. MIGRAÇÃO DE sentido lato, sendo, portanto, possível a antecipação dos efeitos
PÓLO DE PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO. da tutela no caso concreto.
INTERESSE PÚBLICO. JUÍZO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA. VI– Agravo Interno não provido. Decisão monocrática
CONDUÇÃO DO PROCESSO. confirmada.
I – A migração de pessoa jurídica de Direito Público do pólo ACÓRDÃO
passivo para o ativo na Ação Civil Pública é possível quando Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as
presente o interesse público. acima indicadas.
II – Como a condução do processo cabe ao Juízo de Primeira
instância, deve ser prestigiado entendimento do juízo a quo, que Decide a Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª
indeferiu, provisoriamente, a alteração processual requerida, Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno,
com base nas peças processuais e nas provas produzidas nos nos termos do voto da Relatora, constante dos autos, que fica
fazendo parte integrante do presente julgado.

Rio de Janeiro, 02 de maio de 2012 (data de julgamento).


FÁTIMA MARIA NOVELINO SEQUEIRA
JUÍZA FEDERAL CONVOCADA

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RELATORA

III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.015031-0 DISPOSITIVO DE LEI OU DE PRECEITO CONSTITUCIONAL


Nº CNJ :0015031-82.2011.4.02.0000 APLICADO. DENECESSIDADE DE ESGOTAMENTO DE
RELATOR :FÁTIMA MARIA NOVELINO TODAS AS ALEGAÇÕES DAS PARTES.
SEQUEIRA I – O que alega como omissão é, na verdade, inconformismo,
AGRAVANTE :COMPANHIA ACUCAREIRA requerendo a modificação do julgado ou a manifestação sobre
PARAISO questões que alega deveriam ter sido enfrentadas.
ADVOGADO :DENILSON SALES DE SOUZA II – A iterativa jurisprudência do Plenário do C. STF e da Corte
AGRAVADO :UNIAO FEDERAL / FAZENDA Especial do E. STJ, órgãos de cúpula do Poder Judiciário do
NACIONAL Estado Brasileiro no que tange, respectivamente, às questões
ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DE de interpretação e aplicação do direito constitucional e do direito
CAMPOS (200951030029108) federal infraconstitucional, firma-se, muito acertadamente, no
sentido de que desnecessária é a menção expressa ao(s)
EMENTA dispositivo(s) legal(is) e/ou ao(s) preceito(s) constitucional(is)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROVA PERICIAL. incidente(s) e aplicado(s) na decisão proferida, em única ou
ADVERTÊNCIA ACERCA DO ÔNUS PROBATÓRIO. última instância, pelos Tribunais Regionais Federais para o fim
INOCORRÊNCIA DE PREJUÍZO À PRODUÇÃO DA PROVA. de aferir-se a pertinência de percurso das vias recursais
I – Advertência dirigida às partes, por ocasião do deferimento de especial e/ou extraordinária, disciplinadas, respectivamente, no
prova pericial, no sentido de ressaltar o encargo probatório que art. 105, III, alíneas “a”, “b” e “c”, e no art. 102, III, alíneas e §§,
lhes incumbe, quanto à apresentação dos documentos que ambos da Constituição Federal. Precedentes: STF, RE
entendam devam ser periciados, não constitui restrição, nem 141.788-CE; STJ, EREsp n.º 144.844-RS, EREsp n.º 155.321-
mesmo óbice à livre atuação do perito e assistentes técnicos na SP, EREsp n.º 181.682-CE.
realização da prova. III – Tendo sido devidamente enfrentada e explicitada a questão
II – Recurso de Agravo de Instrumento não provido. Decisão constitucional e/ou federal no Acórdão que se pretende
interlocutória confirmada. impugnar, oportunamente, por meio de Recurso Extraordinário
ACÓRDÃO e/ou Especial, irrelevante é a menção ou indicação dos
Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as preceitos constitucionais e/ou dos dispositivos legais aplicados
acima indicadas. e, nesta rota, impertinentes revelam-se os embargos de
Decide a Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª declaração opostos, in casu.
Região, à unanimidade, negar provimento ao recurso de agravo IV – O magistrado não está obrigado a esgotar todas as
de instrumento, nos termos do voto da Relatora, constante dos alegações das partes quando os fundamentos adotados são
autos, que fica fazendo parte integrante do presente julgado. suficientes e determinantes da decisão proferida. Precedentes:
Rio de Janeiro, 09 de maio de 2012. (data de julgamento). STJ, RESP 422541, RESP 787408.
FÁTIMA MARIA NOVELINO SEQUEIRA V – Não evidenciada a sustentada omissão.
RELATORA VI – Embargos de declaração desprovidos.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as
acima indicadas.
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.003908-3 Decide a Oitava Turma Especializada do Tribunal Regional
Nº CNJ :0003908-87.2011.4.02.0000 Federal da 2ª Região, à unanimidade, negar provimento aos
RELATOR :FÁTIMA MARIA NOVELINO embargos de declaração, nos termos do voto da Relatora,
SEQUEIRA constante dos autos, que fica fazendo parte integrante do
AGRAVANTE :AGENCIA NACIONAL DO presente julgado.
PETROLEO, GAS NATURAL E
BIOCOMBUSTIVEIS - ANP Rio de Janeiro, 09 de maio de 2012 (data de julgamento).
PROCURADOR :ROBERVAL BORGES FILHO FÁTIMA MARIA NOVELINO SEQUEIRA
AGRAVADO :CENTRO AUTOMOTIVO RELATORA
CORCOVADO LTDA
ADVOGADO :SEM ADVOGADO
ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DE
EXECUÇÃO FISCAL - RJ
(200951015044090) III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.003902-2
Nº CNJ :0003902-80.2011.4.02.0000
EMENTA RELATOR :FÁTIMA MARIA NOVELINO
PROCESSUAL CIVIL – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – SEQUEIRA
OMISSÃO INEXISTENTE - PREQUESTIONAMENTO - AGRAVANTE :AGENCIA NACIONAL DO
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL E/OU CONSTITUCIONAL PARA PETROLEO, GAS NATURAL E
FINS DE RECURSO ESPECIAL E/OU EXTRAORDINÁRIO – BIOCOMBUSTIVEIS - ANP
DESNECESSIDADE DE MENÇÃO OU INDICAÇÃO DE PROCURADOR :ROBERVAL BORGES FILHO
AGRAVADO :POSTO DE GASOLINA VERA CRUZ
LTDA
ADVOGADO :SEM ADVOGADO
ORIGEM :SEXTA VARA FEDERAL DE
EXECUÇÃO FISCAL - RJ

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Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
(200951015078190)

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO –
OMISSÃO INEXISTENTE - PREQUESTIONAMENTO -
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL E/OU CONSTITUCIONAL PARA AGRAVADO :EXPEDITO CARLOS ARRUDA DA
FINS DE RECURSO ESPECIAL E/OU EXTRAORDINÁRIO – SILVA
DESNECESSIDADE DE MENÇÃO OU INDICAÇÃO DE ADVOGADO :SEM ADVOGADO
DISPOSITIVO DE LEI OU DE PRECEITO CONSTITUCIONAL ORIGEM :TRIGÉSIMA SEGUNDA VARA
APLICADO. DENECESSIDADE DE ESGOTAMENTO DE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
TODAS AS ALEGAÇÕES DAS PARTES. (201051010176874)
I – O que alega como omissão é, na verdade, inconformismo,
requerendo a modificação do julgado ou a manifestação sobre EMENTA
questões que alega deveriam ter sido enfrentadas. PROCESSO CIVIL. AGRAVO INTERNO. EXECUÇÃO.
II – A iterativa jurisprudência do Plenário do C. STF e da Corte EXPEDIÇÃO DE OFÍCIOS. LOCALIZAÇÃO DO DEVEDOR.
Especial do E. STJ, órgãos de cúpula do Poder Judiciário do PEDIDO DE EXPEDIÇÃO DE OFÍCIOS A RECEITA FEDERAL.
Estado Brasileiro no que tange, respectivamente, às questões ESGOTAMENTO DE TODOS OS MEIOS DISPONÍVEIS.
de interpretação e aplicação do direito constitucional e do direito DEVER DO EXEQUENTE.
federal infraconstitucional, firma-se, muito acertadamente, no I – A expedição de ofícios a instituições públicas ou privadas
sentido de que desnecessária é a menção expressa ao(s) somente deve ser deferida após a comprovação de que todos
dispositivo(s) legal(is) e/ou ao(s) preceito(s) constitucional(is) os meios disponíveis para obtenção das informações
incidente(s) e aplicado(s) na decisão proferida, em única ou necessárias foram exauridos.
última instância, pelos Tribunais Regionais Federais para o fim II – É dever do exeqüente demonstrar que diligenciou no sentido
de aferir-se a pertinência de percurso das vias recursais de obter as informações pretendidas acerca do endereço do
especial e/ou extraordinária, disciplinadas, respectivamente, no executado.
art. 105, III, alíneas “a”, “b” e “c”, e no art. 102, III, alíneas e §§, III – Agravo Interno não provido. Decisão monocrática
ambos da Constituição Federal. Precedentes: STF, RE confirmada.
141.788-CE; STJ, EREsp n.º 144.844-RS, EREsp n.º 155.321- ACÓRDÃO
SP, EREsp n.º 181.682-CE. Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes
III – Tendo sido devidamente enfrentada e explicitada a questão as acima indicadas.
constitucional e/ou federal no Acórdão que se pretende
impugnar, oportunamente, por meio de Recurso Extraordinário Decide a Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª
e/ou Especial, irrelevante é a menção ou indicação dos Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno,
preceitos constitucionais e/ou dos dispositivos legais aplicados nos termos do voto da Relatora, constante dos autos, que fica
e, nesta rota, impertinentes revelam-se os embargos de fazendo parte integrante do presente julgado.
declaração opostos, in casu.
IV – O magistrado não está obrigado a esgotar todas as Rio de Janeiro, 09 de maio de 2012 (data de julgamento).
alegações das partes quando os fundamentos adotados são FÁTIMA MARIA NOVELINO SEQUEIRA
suficientes e determinantes da decisão proferida. Precedentes: JUÍZA FEDERAL CONVOCADA
STJ, RESP 422541, RESP 787408. RELATORA
V – Não evidenciada a sustentada omissão.
VI – Embargos de declaração desprovidos.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as
acima indicadas. III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.012710-5
Decide a Oitava Turma Especializada do Tribunal Regional Nº CNJ :0012710-74.2011.4.02.0000
Federal da 2ª Região, à unanimidade, negar provimento aos RELATOR :FÁTIMA MARIA NOVELINO
embargos de declaração, nos termos do voto da Relatora, SEQUEIRA
constante dos autos, que fica fazendo parte integrante do AGRAVANTE :MARIA ANGELICA VALOURA
presente julgado. ADVOGADO :ANDREA MENGE SILVA DA ROCHA
Rio de Janeiro, 09 de maio de 2012 (data de julgamento). E REIS E OUTRO
FÁTIMA MARIA NOVELINO SEQUEIRA AGRAVADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL -
RELATORA CEF E OUTRO
ADVOGADO :SEM ADVOGADO
ORIGEM :SÉTIMA VARA FEDERAL DO RIO
DE JANEIRO (201151010127697)
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.014823-6 EMENTA
Nº CNJ :0014823-98.2011.4.02.0000 AGRAVO INTERNO. SUPERVENIÊNCIA DE SENTENÇA.
RELATOR :FÁTIMA MARIA NOVELINO AGRAVO PREJUDICADO POR PERDA DE OBJETO.
SEQUEIRA I – A superveniência da sentença que extingue o processo sem
AGRAVANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - resolução de mérito prejudica o agravo de instrumento
CEF E OUTRO interposto contra decisão interlocutória, proferida no processo
ADVOGADO :IANE RIOS ESQUERDO E OUTROS principal, que indefere a antecipação dos efeitos da tutela.
II – Agravo Interno não provido. Decisão monocrática
confirmada.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes
as acima indicadas.

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Decide a Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª
Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno,
nos termos do voto da Relatora, constante dos autos, que fica
fazendo parte integrante do presente julgado.

Rio de Janeiro, 09 de maio de 2012 (data de julgamento). Nº CNJ :0017658-59.2011.4.02.0000


FÁTIMA MARIA NOVELINO SEQUEIRA RELATOR :FÁTIMA MARIA NOVELINO
JUÍZA FEDERAL CONVOCADA SEQUEIRA
RELATORA AGRAVANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL -
CEF
ADVOGADO :DANIELLE DE ALEXANDRE
LOURENCO E OUTROS
AGRAVADO :MATEUS DE OLIVEIRA PEREIRA
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.008275-4 ADVOGADO :SEM ADVOGADO
Nº CNJ :0008275-57.2011.4.02.0000 ORIGEM :DÉCIMA OITAVA VARA FEDERAL
RELATOR :FÁTIMA MARIA NOVELINO DO RIO DE JANEIRO
SEQUEIRA (201051010026300)
AGRAVANTE :HENRIQUE GONCALVES NEVES
ADVOGADO :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO EMENTA
AGRAVADO :UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO PROCESSO CIVIL. AGRAVO INTERNO. EXECUÇÃO.
DE JANEIRO - UFRJ EXPEDIÇÃO DE OFÍCIOS. LOCALIZAÇÃO DO DEVEDOR.
PROCURADOR :SEM PROCURADOR PEDIDO DE EXPEDIÇÃO DE OFÍCIOS A RECEITA FEDERAL.
AGRAVADO :ADRIANO CICERO RABELLO ESGOTAMENTO DE TODOS OS MEIOS DISPONÍVEIS.
ADVOGADO :SEM ADVOGADO DEVER DO EXEQUENTE.
AGRAVADO :SERGIO HISSAO INQUE I – A expedição de ofícios a instituições públicas ou privadas
ADVOGADO :SEM ADVOGADO somente deve ser deferida após a comprovação de que todos
AGRAVADO :ANA ELISA YURI KATAYAMA os meios disponíveis para obtenção das informações
DALLOZ necessárias foram exauridos.
ADVOGADO :SEM ADVOGADO II – É dever do exeqüente demonstrar que diligenciou no sentido
ORIGEM :DÉCIMA SEGUNDA VARA FEDERAL de obter as informações pretendidas acerca do endereço do
DO RIO DE JANEIRO executado.
(201151010034634) III – Agravo Interno não provido. Decisão monocrática
confirmada.
EMENTA ACÓRDÃO
AGRAVO INTERNO. CONCURSO PÚBLICO. ANULAÇÃO DO Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes
CERTAME. TUTELA ANTECIPADA INDEFERIDA. DECISÃO as acima indicadas.
NÃO TERATOLÓGICA. Decide a Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª
I – Há limites à atuação do poder judiciário no que concerne à Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno,
anulação de concurso público, exigindo-se o exaurimento da nos termos do voto da Relatora, constante dos autos, que fica
instrução probatória e do exame dos elementos nos autos, para fazendo parte integrante do presente julgado.
que se dê o provimento de mérito pretendido pelo ora Rio de Janeiro, 09 de maio de 2012 (data de julgamento).
agravante. FÁTIMA MARIA NOVELINO SEQUEIRA
II – Não se tratando de decisão teratológica e sendo JUÍZA FEDERAL CONVOCADA
consentânea a decisão proferida, deve prevalecer a presunção RELATORA
de legitimidade do ato administrativo impugnado.
III– Agravo Interno não provido. Decisão monocrática
confirmada.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELACAO CIVEL
as acima indicadas. 2005.51.08.000161-7
Decide a Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Nº CNJ :0000161-44.2005.4.02.5108
Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno, RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
nos termos do voto da Relatora, constante dos autos, que fica EMBARGANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL -
fazendo parte integrante do presente julgado. CEF
EMBARGADO :ACÓRDÃO DE FL. 212
Rio de Janeiro, 09 de maio de 2012. (data de julgamento). APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL -
FÁTIMA MARIA NOVELINO SEQUEIRA CEF
JUÍZA FEDERAL CONVOCADA ADVOGADO :MAURICIO CHATEAUBRIAND
RELATORA LUSTOSA BORGES PEREIRA E
OUTROS
APELADO :CRISTIANE DO COUTO SOUZA
CANNONE
ADVOGADO :ALVARO LUIZ CARVALHO DA
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.017658-0 CUNHA E OUTRO
ORIGEM :VARA ÚNICA DE SÃO PEDRO DA
ALDEIA (200551080001617)

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO –

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LIMITES OBJETIVOS DO RECURSO – INEXISTÊNCIA DE
VÍCIOS NO JULGADO.
I – Os embargos de declaração constituem recurso hábil para
sindicar a existência de obscuridade, contradição ou omissão no
bojo de ato judicial decisório, nos estritos termos do art. 535 do
CPC, descabendo, em sua sede, deduzir-se, de modo recursos do SFH, assim como a plausibilidade das teses
apriorístico e incontido, pretensão de reforma substancial do adotadas pelos agentes financeiros, no âmbito dos respectivos
julgado que resta impugnado, vez que dito questionamento contratos.
transcende os limites objetivos do aludido recurso. IV – Não evidenciada a cobrança de Coeficiente de
II – Não se verificando qualquer obscuridade, contradição ou Equiparação Salarial – CES.
omissão no ato judicial embargado de declaração, descabe V – A capitalização de juros vedada ocorre nos períodos de
falar-se em saneamento e integração daquele por força deste. amortização negativa, hipótese em que parcela do encargo
III – Embargos de declaração improvidos. mensal correspondente aos juros é somada ao saldo devedor,
ACÓRDÃO sobre o qual haverá, em seguida, incidência de juros
Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as contratuais. Inexistência de períodos em que havida
acima indicadas. amortização negativa, conforme constatado em sede de prova
Decide a Oitava Turma Especializada do Tribunal Regional pericial.
Federal da 2ª Região, à unanimidade, negar provimento aos VI – Inexistente previsão contratual que autorize a aplicação do
embargos declaratórios, nos termos do voto do Relator, INPC para reajustamento do saldo devedor, deve ser aplicada a
constante dos autos, que fica fazendo parte integrante do TR, eis que pactuada entre as partes, e visto que o contrato foi
presente julgado. firmado posteriormente à edição da Lei 8.177/91.
Rio de Janeiro, _________________________________ (data VII – Recurso de apelação não provido. Sentença confirmada.
de julgamento). ACÓRDÃO
SERGIO SCHWAITZER Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes
RELATOR as acima indicadas.
Decide a Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª
Região, à unanimidade, negar provimento ao recurso de
apelação, nos termos do voto da Relatora, constante dos autos,
que fica fazendo parte integrante do presente julgado.
BOLETIM: 126872 Rio de Janeiro, 09 de maio de 2012. (data de julgamento).
FÁTIMA MARIA NOVELINO SEQUEIRA
RELATORA
IV - APELACAO CIVEL 2004.51.01.019547-9
Nº CNJ :0019547-18.2004.4.02.5101
RELATOR :FÁTIMA MARIA NOVELINHO
SEQUEIRA
APELANTE :MARCOS AURELIO DA COSTA IV - APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO
ADVOGADO :ELIEL SANTOS JACINTHO E 2009.51.01.014413-5
OUTROS Nº CNJ :0014413-34.2009.4.02.5101
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
CEF EMBARGANTE PEDRO PAULO VICENTE
ADVOGADO :DANIEL VERSIANI CHIEZA E RODRIGUES GUERRA
OUTROS EMBARGADO ACÓRDÃO DE FLS. 108/109
ORIGEM :DÉCIMA NONA VARA FEDERAL DO APELANTE :UNIAO FEDERAL
RIO DE JANEIRO APELADO :PEDRO PAULO VICENTE
(200451010195479) RODRIGUES GUERRA
ADVOGADO :PAULO VINICIUS NASCIMENTO
EMENTA FIGUEIREDO E OUTROS
APELAÇÃO CÍVEL. SFH. CÓDIGO DE DEFESA DO REMETENTE :JUIZO FEDERAL DA 7A VARA-RJ
CONSUMIDOR. TAXA REFERENCIAL. INPC. ANATOCISMO. ORIGEM :SÉTIMA VARA FEDERAL DO RIO
COEFICIENTE DE EQUIPARAÇÃO SALARIAL DE JANEIRO (200951010144135)
I - O STJ firmou entendimento no sentido da aplicabilidade do
Código de Defesa do Consumidor às relações jurídicas EMENTA
pertinentes ao SFH. PROCESSUAL CIVIL – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO –
II – A Inversão do ônus da prova é cabível em casos de VÍCIOS NO ACÓRDÃO – INEXISTÊNCIA – REDISCUSSÃO DA
verossimilhança das alegações do consumidor ou de MATÉRIA.
hipossuficiência, esta entendida como dificuldade de produzir a I – Os embargos de declaração, de acordo com os incisos I e II
prova necessária nos autos. No caso concreto, foi produzida do art. 535 da Lei Processual Civil, são cabíveis nos casos de
prova pericial, esta suficiente à elucidação das questões omissão, contradição e obscuridade.
controvertidas, ao que, superada a questão da inversão do ônus II – O acórdão embargado encontra-se devidamente
probatório, que não se confunde com os ônus sucumbenciais fundamentado, tendo havido manifestação, inclusive, quanto à
referentes ao custo da prova produzida. necessidade de o impetrante comprovar a existência de
III - Não é cabível a devolução do indébito em dobro, tendo em compatibilidade de horários para o reconhecimento do direito à
vista o caráter social das operações a que destinados os acumulação de cargos.
III – O embargante pretende rediscutir matéria já decidida,
pretensão essa que deve ser deduzida na via processual
adequada.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as

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acima indicadas.
Decide a Oitava Turma Especializada do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, à unanimidade, negar provimento ao
recurso, nos termos do voto do Relator, constante dos autos,
que fica fazendo parte integrante do presente julgado.
Rio de Janeiro, de de 2012 (data de E OUTROS
julgamento). AGRAVADO :NELIO VITOR DA SILVA
SERGIO SCHWAITZER ADVOGADO :SEM ADVOGADO
RELATOR ORIGEM :TRIGÉSIMA VARA FEDERAL DO
RIO DE JANEIRO
(200551010141025)

EMENTA
IV - APELACAO CIVEL 534786 2008.51.01.028499-8 PROCESSUAL CIVIL – EMENDA DA INICIAL – EXTINÇÃO –
Nº CNJ :0028499-44.2008.4.02.5101 INTIMAÇÃO DA PARTE – DESNECESSIDADE.
RELATOR :SERGIO SCHWAITZER - A extinção do processo pelo indeferimento da inicial é
APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - conseqüência do descumprimento de diligência a este
CEF incumbida (parágrafo único, do art. 284, CPC), revelando-se
ADVOGADO :RODRIGO VILLA REAL AYALA E integralmente dispensável nova intimação daquele.
OUTROS ACÓRDÃO
APELADO :FREDERICO GUILHERME JAEGER Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as
E OUTRO acima indicadas.
ADVOGADO :SEM ADVOGADO Decide a Oitava Turma Especializada do Tribunal Regional
ORIGEM :VIGÉSIMA NONA VARA FEDERAL Federal da 2ª Região, à unanimidade, negar provimento ao
DO RIO DE JANEIRO agravo interno, nos termos do voto do Relator, constante dos
(200851010284998) autos, que fica fazendo parte integrante do presente julgado.
Rio de Janeiro, de de 2012.
EMENTA SERGIO SCHWAITZER
PROCESSUAL CIVIL – EMENDA DA INICIAL – CITAÇÃO DO RELATOR
RÉU – EXTINÇÃO – INTIMAÇÃO DA PARTE –
DESNECESSIDADE.
I – Cabe às partes, em especial, ao postulante preencher os
pressupostos de constituição e desenvolvimento válido e regular
do processo, observando e integrando todos os pressupostos IV - APELACAO CIVEL 412688 2007.51.01.005006-5
processuais, mormente velando pela regularidade formal do Nº CNJ :0005006-72.2007.4.02.5101
processo, bem como pela prova dos fatos constitutivos do RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
direito que alega violado na inicial. AGRAVANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL -
II – A citação daquele indicado para figurar no pólo passivo da CEF
demanda é ônus do autor, sem o que é mister que seja ADVOGADO :SANDRO CORDEIRO LOPES E
indeferida a petição inicial. OUTROS
III – A extinção do processo pelo indeferimento da inicial é AGRAVADO :GOULART IND/COMDE ALIMENTOS
conseqüência do descumprimento de diligência incumbida à LTDA E OUTRO
parte (parágrafo único, do art. 284, CPC), revelando-se ADVOGADO :SEM ADVOGADO
integralmente dispensável nova intimação daquele. ORIGEM :DÉCIMA SÉTIMA VARA FEDERAL
ACÓRDÃO DO RIO DE JANEIRO
Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as (200751010050065)
acima indicadas.
Decide a Oitava Turma Especializada do Tribunal Regional EMENTA
Federal da 2ª Região, à unanimidade, negar provimento ao PROCESSUAL CIVIL – EMENDA DA INICIAL – EXTINÇÃO –
agravo interno, nos termos do voto do Relator, constante dos INTIMAÇÃO DA PARTE – DESNECESSIDADE.
autos, que fica fazendo parte integrante do presente julgado. - A extinção do processo pelo indeferimento da inicial é
Rio de Janeiro, de de 2012. conseqüência do descumprimento de diligência a este
SERGIO SCHWAITZER incumbida (parágrafo único, do art. 284, CPC), revelando-se
RELATOR integralmente dispensável nova intimação daquele.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as
acima indicadas.
Decide a Oitava Turma Especializada do Tribunal Regional
IV - APELACAO CIVEL 514551 2005.51.01.014102-5 Federal da 2ª Região, à unanimidade, negar provimento ao
Nº CNJ :0014102-82.2005.4.02.5101 agravo interno, nos termos do voto do Relator, constante dos
RELATOR :SERGIO SCHWAITZER autos, que fica fazendo parte integrante do presente julgado.
AGRAVANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - Rio de Janeiro, de de 2012.
CEF SERGIO SCHWAITZER
ADVOGADO :MARIA LUCIA CANDIOTA DA SILVA RELATOR

IV - APELACAO CIVEL 540589 2007.51.01.005891-0

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Nº CNJ :0005891-86.2007.4.02.5101
RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
AGRAVANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL -
CEF
ADVOGADO :ANTONIO EMILIO CAPORALI E
OUTROS título.
AGRAVADO :FRANCISCO DE ASSIS MATOS IV – Rescindida a sentença condenatória, inexiste título
ADVOGADO :SEM ADVOGADO executivo e, na falta dele, a execução não pode ser instaurada
ORIGEM :VIGÉSIMA TERCEIRA VARA ou, instaurada, deve ser extinta. Na eventualidade (a) de a
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO anulação ser parcial ou (b) de o objeto da rescisória ser menor
(200751010058910) do que a sentença condenatória rescindida, remanescendo
desta algum conteúdo condenatório, este conteúdo será o título
EMENTA executivo judicial cuja execução pode ser promovida pelo titular
PROCESSUAL CIVIL – EMENDA DA INICIAL – EXTINÇÃO – do crédito.
INTIMAÇÃO DA PARTE – DESNECESSIDADE. ACÓRDÃO
- A extinção do processo pelo indeferimento da inicial é Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as
conseqüência do descumprimento de diligência a este acima indicadas.
incumbida (parágrafo único, do art. 284, CPC), revelando-se Decide a Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª
integralmente dispensável nova intimação daquele. Região, à unanimidade, negar provimento à apelação cível, nos
ACÓRDÃO termos do voto do Relator, constante dos autos, que fica
Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as fazendo parte integrante do presente julgado.
acima indicadas. Rio de Janeiro, de de 2012. (data de julgamento)
Decide a Oitava Turma Especializada do Tribunal Regional SERGIO SCHWAITZER
Federal da 2ª Região, à unanimidade, negar provimento ao RELATOR
agravo interno, nos termos do voto do Relator, constante dos
autos, que fica fazendo parte integrante do presente julgado.
Rio de Janeiro, de de 2012.
SERGIO SCHWAITZER
RELATOR IV - APELACAO CIVEL 436588 2005.51.01.022612-2
Nº CNJ :0022612-84.2005.4.02.5101
RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
AGRAVANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL -
CEF
IV - APELACAO CIVEL 477728 2004.50.03.000390-9 ADVOGADO :MARIA LUCIA CANDIOTA DA SILVA
Nº CNJ :0000390-62.2004.4.02.5003 E OUTROS
RELATOR :SERGIO SCHWAITZER AGRAVADO :HAMILTON SANTOS
APELANTE :AGUIDA CELESTE CREMASCO ADVOGADO :JOAO BAPTISTA RIBEIRO E
SCARDINI OUTRO
ADVOGADO :ANDRE LUIZ PACHECO CARREIRA ORIGEM :DÉCIMA VARA FEDERAL DO RIO
APELADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - DE JANEIRO (200551010226122)
CEF
ADVOGADO :ERIKA SEIBEL PINTO E OUTROS EMENTA
ORIGEM :1 VARA JUSTIÇA FEDERAL SAO PROCESSUAL CIVIL – EMENDA DA INICIAL – EXTINÇÃO –
MATEUS/ES (200450030003909) INTIMAÇÃO DA PARTE – DESNECESSIDADE.
- A extinção do processo pelo indeferimento da inicial é
EMENTA conseqüência do descumprimento de diligência a este
PROCESSUAL CIVIL – IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ – AÇÃO incumbida (parágrafo único, do art. 284, CPC), revelando-se
RESCISÓRIA – EXECUÇÃO – ÍNDICES REMANESCENTES. integralmente dispensável nova intimação daquele.
I – O princípio da identidade física é do órgão jurisdicional, não ACÓRDÃO
se vislumbrando qualquer nulidade em ato decisório proferido Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as
em embargos de declaração interpostos contra ato jurisdicional acima indicadas.
proferidos este e aquele por magistrados diversos. Decide a Oitava Turma Especializada do Tribunal Regional
II – A execução deve ser perfeitamente fiel ao título que fixara o Federal da 2ª Região, à unanimidade, negar provimento ao
crédito, revelando-se inidônea a inclusão que qualquer outro agravo interno, nos termos do voto do Relator, constante dos
valor não contemplado na sentença proferida no conhecimento autos, que fica fazendo parte integrante do presente julgado.
ou de critério diferente de atualização ou taxa de juros, já que a Rio de Janeiro, de de 2012.
sentença identifica e individualiza a norma concreta que decorre SERGIO SCHWAITZER
do preceito inobservado pelo sucumbente. RELATOR
III – Cumpre ao magistrado reprimir todos os atos de qualquer
dos coadjuvantes que tenham objetivo de frustrar a entrega
jurisdicional do objeto da lide, seja para reduzir o valor
positivado no título, seja para executar bem da vida diferente
(não compatível com aquele fixado na sentença), ou mesmo de IV - APELACAO CIVEL 475281 2004.51.01.000240-9
executar o crédito de outro modo que não aquele prescrito no Nº CNJ :0000240-78.2004.4.02.5101
RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
AGRAVANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL -
CEF
ADVOGADO :MARCIO LUIZ DE CAMPOS
MATHIAS E OUTROS

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AGRAVADO :ANTONIO DOMINGUES BATISTA
ADVOGADO :SEM ADVOGADO
ORIGEM :QUINTA VARA FEDERAL DO RIO
DE JANEIRO (200451010002409)

EMENTA que a aplicação deste é condicionada, dentre outros requisitos,


CIVIL E PROCESSUAL CIVIL – PRESCRIÇÃO – pela existência de dúvida objetiva quanto ao recurso
INTERRUPÇÃO – DÍVIDAS LÍQUIDAS. interponível, que pode ser de três ordens: (a) a má técnica de
I – inc. I, do art. 202, do Código Civil (Lei nº 10.406/2002), ao redação legislativa que designa um recurso por outro; (b) a
dispor que o despacho do juiz, ao ordenar a citação, interrompe divergência jurisprudencial ou doutrinária sobre qual o recurso
a prescrição, estabelecera o ato processual por meio do qual a adequado a determinado ato judicial e (c) o juiz profere um ato
citação é determinada. no lugar de outro.
II – Permanecem válidas as disposições do CPC, no que tocam ACÓRDÃO
à indispensabilidade da citação válida do réu (incumbência Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as
atribuída ao autor, na forma do § 2º, do art. 219) para que o acima indicadas.
prazo prescricional seja interrompido, condição que não se Decide a Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª
verifica nos autos, vez que, até a presente data, não há notícia Região, à unanimidade, negar provimento ao agravo interno,
de que a relação processual tenha-se perfectibilizado. nos termos do voto do Relator, constante dos autos, que fica
III – A Lei nº 10.406/2002 estabelecera, para a prescrição das fazendo parte integrante do presente julgado.
ações de cobrança de dívidas líquidas constantes de Rio de Janeiro, de de 2012 (data de julgamento).
instrumento público ou particular, o prazo qüinqüenal, como SERGIO SCHWAITZER
previsto no inc. I, do § 5º, do art. 206, da Lei nº 10.406/2002. RELATOR
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as
acima indicadas.
Decide a Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª
Região, à unanimidade, negar provimento ao agravo interno, EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AC 2010.51.01.022814-0
nos termos do voto do Relator, constante dos autos, que fica Nº CNJ :0022814-85.2010.4.02.5101
fazendo parte integrante do presente julgado. RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
Rio de Janeiro, de de 2012. (data de julgamento) EMBARGANTE :RAFAEL CARVALHO SILVA
SERGIO SCHWAITZER EMBARGADO :ACÓRDÃO DE FLS. 347
RELATOR APELANTE :RAFAEL CARVALHO SILVA
ADVOGADO :PATRICIA VAIRAO CARELLI VIEIRA
APELADO :UNIAO FEDERAL
ORIGEM :QUARTA VARA FEDERAL DO RIO
DE JANEIRO (201051010228140)
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 197813
2011.02.01.003402-4 EMENTA
Nº CNJ :0003402-14.2011.4.02.0000 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – REDISCUSSÃO DA
RELATOR :J. F. C. ELOÁ ALVES FERREIRA MATÉRIA – NÃO CABIMENTO.
AGRAVANTE :LUIZ SILVA LEITE E OUTRO I - O cabimento dos embargos declaratórios está adstrito às
ADVOGADO :CLAUDIO ROBERTO PIERUCCETTI hipóteses de omissão, contradição e obscuridade (art. 535, I e
MARQUES E OUTROS II, do CPC), não se prestando, portanto, à rediscussão de
AGRAVADO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - matéria já apreciada na decisão embargada.
CEF II – Não está o Colegiado obrigado a enfrentar o ângulo da
ADVOGADO :ARCINELIO DE AZEVEDO CALDAS questão posta pelo Embargante, se os fundamentos adotados
E OUTROS são suficientes, por si, para a conclusão.
ORIGEM :SÉTIMA VARA FEDERAL DO RIO III - Embargos de declaração desprovidos.
DE JANEIRO (9600031681) ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as
EMENTA acima indicadas.
PROCESSUAL CIVIL – ATO JUDICIAL QUE EXTINGUE Decide a Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª
PROCESSO – RECURSO ADEQUADO. Região, à unanimidade, negar provimento aos embargos de
I – O cabimento, que é um dos requisitos intrínsecos para declaração, nos termos do voto do Relator, constante dos autos,
interposição de recurso, exige duas condições: que a decisão que fica fazendo parte integrante do presente julgado.
seja, ao menos em tese, impugnável, e que, para este fim, o Rio de Janeiro, 09 de maio de 2012. (data de julgamento)
recurso eleito pelo recorrente seja adequado. SERGIO SCHWAITZER
III – Na sistemática do CPC, para cada pronunciamento judicial RELATOR
– à exceção dos despachos de mero expediente – cabe um
recurso adequado, sendo vedada a interposição de um recurso
por outro.
IV – Existindo recurso indicado expressamente no texto da lei
para o ato judicial, a utilização de outro recurso configura erro IV - APELACAO CIVEL 534688 2008.51.01.024975-5
grosseiro, não sendo invocável o princípio da fungibilidade, vez Nº CNJ :0024975-39.2008.4.02.5101
RELATOR :SERGIO SCHWAITZER
EMBARGANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL -
CEF
ADVOGADO :MARILDA AMORIM VIANNA E
OUTROS

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EMBARGADO :SIDNEY DAS NEVES FERREIRA
ADVOGADO :SEM ADVOGADO
ORIGEM :PRIMEIRA VARA FEDERAL DO RIO
DE JANEIRO (200851010249755)

EMENTA pela ora recorrente, para prolação de decisão acerca do


PROCESSUAL CIVIL – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – cabimento ou não da prova pericial, antes mesmo da decisão
OMISSÃO NO ACÓRDÃO DE APLICAÇÃO DE DISPOSITIVO específica pelo Juízo a quo, representaria supressão de
DE LEI. instância. Ausência de sucumbência quanto à questão
I – Prestam-se os embargos de declaração ao saneamento de específica.
eventual obscuridade, contradição ou omissão em ato judicial IV - Recurso de Agravo de Instrumento não conhecido.
decisório, nos estritos termos do art. 535 do CPC, sendo que ACÓRDÃO
este último defeito se dá quando deixa de apreciar questões Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as
relevantes para o julgamento, suscitadas pela pelas partes ou acima indicadas.
examináveis de ofício. Decide a Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª
II – A eventual omissão, pelo julgador, no momento da Região, à unanimidade, não conhecer do recurso de agravo de
apreciação do recurso, de prescrições legais não é idônea à instrumento, nos termos do voto da Relatora, constante dos
interposição de recurso de embargos de declaração. autos, que fica fazendo parte integrante do presente julgado.
III – Recurso de Embargos de Declaração não provido. Rio de Janeiro, 09 de maio de 2012. (data de julgamento).
ACÓRDÃO FÁTIMA MARIA NOVELINO SEQUEIRA
Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as RELATORA
acima indicadas.
Decide a Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª
Região, à unanimidade, negar provimento aos embargos de
declaração, nos termos do voto do Relator, constante dos autos,
que fica fazendo parte integrante do presente julgado. AGRAVO INTERNO EM APELACAO CIVEL
Rio de Janeiro, de de 2012. (data de julgamento) 2005.51.01.010543-4
SERGIO SCHWAITZER Nº CNJ :0010543-20.2005.4.02.5101
RELATOR RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL
SERGIO SCHWAITZER
AGRAVANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL -
CEF
AGRAVADA :DECISÃO DE FLS. 92/94
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011.02.01.015563-0 APELANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL -
Nº CNJ :0015563-56.2011.4.02.0000 CEF
RELATOR :FÁTIMA MARIA NOVELINO ADVOGADO :CESAR EDUARDO FUETA DE
SEQUEIRA OLIVEIRA E OUTROS
AGRAVANTE :SUELY MASTRANGELO BIBE APELADO :DARCY PEREIRA GARCEZ
ADVOGADO :RACINE LIMA DOS SANTOS FILHO ADVOGADO :IZABEL CRISTINA DOS SANTOS E
AGRAVADO :UNIAO FEDERAL OUTROS
ORIGEM :VARA ÚNICA DE SÃO PEDRO DA ORIGEM :DÉCIMA PRIMEIRA VARA FEDERAL
ALDEIA (200951080023722) DO RIO DE JANEIRO
(200551010105434)
EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO. TAXA DE OCUPAÇÃO. EMENTA
REAVALIAÇÃO DO IMÓVEL. PROVA PERICIAL. CIVIL – SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAÇÃO – PENHORA
INEXISTÊNCIA DE INDEFERIMENTO. SUPRESSÃO DE SOBRE IMÓVEL HIPOTECADO PELO INCORPORADOR –
INSTÂNCIA. POSTERIOR ALIENAÇÃO A ADQUIRENTE DA UNIDADE
I – A decisão impugnada não indeferiu a produção da prova HABITACIONAL – IMPOSSIBILIDADE DA CONSTRIÇÃO –
pericial, apenas reconsiderou decisão anterior que a SÚMULA 308 DO STJ – EXEGESE DO ART. 22 DA LEI Nº
determinara de ofício, para dar à parte autora a oportunidade 4.864/65 – CANCELAMENTO DA HIPOTECA.
processual de manifestação em réplica e de requerimento de I – Tratando-se de relação jurídica no âmbito do Sistema
provas. A advertência de que requerimentos genéricos de Financeiro da Habitação, incide, no que se refere à hipoteca nas
prova, sem a devida fundamentação, seriam indeferidos, bem incorporações imobiliárias, a norma específica contida no art. 22
evidencia o propósito do Juízo a quo de apreciar os pleitos das da Lei nº 4.864/65.
partes, para deferir ou não, a produção das provas que vierem a II – Embora o estabelecimento da forma de garantia prevista no
ser requeridas. diploma legal acima transcrito não seja imperativo, é certo que a
II – A decisão recorrida, na realidade, determina o cumprimento CEF tinha pleno conhecimento de que o empreendimento em
do rito processual ordinário do CPC, não tendo negado a questão destinava-se à comercialização das unidades
realização de prova pericial, cuja apreciação de sua pertinência habitacionais, de forma que seus créditos fossem garantidos
e necessidade, em cotejo com os elementos nos autos, se dará pelos direitos decorrentes da comercialização das unidades
a partir de requerimento de qualquer das partes no sentido de habitacionais.
sua produção. III – A matéria já se encontra pacificada no Superior Tribunal de
III – A apreciação da matéria em segunda instância, pretendida Justiça com a edição da Súmula nº 308, segundo a qual “a
hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro,
anterior ou posterior à celebração da promessa de compra e
venda, não tem eficácia perante os adquirentes do imóvel”.
IV – Agravo interno improvido.
ACÓRDÃO

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Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as
acima indicadas.
Decide a Oitava Turma Especializada do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, à unanimidade, negar provimento ao
agravo interno, nos termos do voto do Relator, constante dos
autos, que fica fazendo parte integrante do presente julgado. ADV : CLAUDIO MOREIRA DA ANUNCIACAO
Rio de Janeiro, _________________________________ (data E OUTROS
de julgamento). APTE : JONE SALES
SERGIO SCHWAITZER ADV : GILSON BATISTA TAVARES E OUTROS
RELATOR APDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
RELATO : DES.FED. ANTONIO IVAN ATHIÉ -
R 1A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0001)
IV - APELACAO CIVEL 523634 2009.51.01.017149-7 PROCESS : 2008.51.01.815865-9 (200851018158659)
Nº CNJ :0017149-25.2009.4.02.5101 O 9679 - ACR RJ
RELATOR :SERGIO SCHWAITZER NUM. : 0815865-80.2008.4.02.5101
APELANTE :AMPOINT ALIMENTOS E BEBIDAS CNJ
LTDA APTE : NELBER FERNANDES ESTEVES - REU
ADVOGADO :ADRIANO LUIS PEREIRA PRESO
APELADO :EMPRESA BRASILEIRA DE INFRA APTE : EVERADO FERNANDES DOS ANJOS
ESTRUTURA AEROPORTUARIA - ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
INFRAERO APDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
ADVOGADO :LEDA MARIA SERPA WATANABE E RELATO : DES.FED. ANTONIO IVAN ATHIÉ -
OUTROS R 1A.TURMA ESPECIALIZADA
ORIGEM :VIGÉSIMA VARA FEDERAL DO RIO DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0002)
DE JANEIRO (200951010171497)
PROCESS : 2009.51.04.003162-8 (200951040031628)
EMENTA O 548560 - AC RJ
PROCESSUAL CIVIL – PROVA – JUNTADA DE NUM. : 0003162-10.2009.4.02.5104
DOCUMENTOS – INTIMAÇÃO DA PARTE. CNJ
- O art. 398, do CPC, determina que, quando uma das partes APTE : CHARLES BOTELHO
requerer a juntada de documento, o juiz deverá ouvir a outra ADV : STELLA MARIS VITALE E OUTROS
parte. APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
ACÓRDÃO SOCIAL - INSS
Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as PROC : ALINE THEREZINO RODRIGUES
acima indicadas. FRANCISCO DA SILVA
Decide a Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª RELATO : DES.FED. ANTONIO IVAN ATHIÉ -
Região, à unanimidade, negar provimento ao agravo interno, R 1A.TURMA ESPECIALIZADA
nos termos do voto do Relator, constante dos autos, que fica DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0003)
fazendo parte integrante do presente julgado.
Rio de Janeiro, de de 2012 (data de julgamento). PROCESS : 2011.51.01.805294-7 (201151018052947)
SERGIO SCHWAITZER O 9692 - ACR RJ
RELATOR NUM. : 0805294-45.2011.4.02.5101
CNJ
APTE : HIGO SEVERO MORAES DA SILVA
APTE : THIAGO RODRIGUES DOS SANTOS
ADV : LUIS LAGO DOS SANTOS E OUTROS
SECRETARIA DE ATIVIDADES JUDICIÁRIAS APDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
RELATO : DES.FED. ANTONIO IVAN ATHIÉ -
R 1A.TURMA ESPECIALIZADA
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0004)
SECRETARIA DE ATIVIDADES JUDICIÁRIAS
ATA DE DISTRIBUIÇÃO DO DIA 09.05.2012 PROCESS : 2011.51.01.808279-4 (201151018082794)
O 548523 - AC RJ
PROCESS : 2007.51.17.006226-4 (200751170062264) NUM. : 0808279-84.2011.4.02.5101
O 9689 - ACR RJ CNJ
NUM. : 0006226-57.2007.4.02.5117 APTE : LUIZ ROCHA DA SILVA
CNJ ADV : RICARDO CANELLAS RINALDI
APTE : INALDO IVO BEZERRA JUNIOR E OUTROS
ADV : ROBERTO PAULO OLIVEIRA APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
AZEVEDO E OUTROS SOCIAL - INSS
APTE : PAULO ROBERTO DA CONCEICAO PROC : LILIAN BARROS DA SILVEIRA
CORTES SIQUEIRA
RELATO : DES.FED. ANTONIO IVAN ATHIÉ -
R 1A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0005)

PROCESS : 2012.02.01.005492-1 (001090032390)

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O 548582 - AC ES
NUM. : 0005492-34.2012.4.02.9999
CNJ
APTE : LUZIA DE AMORIM MACHADO
ADV : LEANDRO FERNANDES E OUTROS
APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0010)
SOCIAL - INSS
PROC : VINICIUS DOMINGUES FERREIRA PROCESS : 2010.51.01.803678-0 (201051018036780)
RELATO : DES.FED. ANTONIO IVAN ATHIÉ - O 548593 - AC RJ
R 1A.TURMA ESPECIALIZADA NUM. : 0803678-69.2010.4.02.5101
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0006) CNJ
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
PROCESS : 2003.51.10.005710-9 (200351100057109) SOCIAL - INSS
O 548535 - APELRE RJ PROC : MARCO ANTONIO DE ANDRADE
NUM. : 0005710-97.2003.4.02.5110 APTE : MARIA MARLENE DE AMURIM DA
CNJ SILVA
APTE : NICE TELES AZEVEDO ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
ADV : CARLOS VARGAS FARIAS E OUTROS APDO : OS MESMOS
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO RELATO : DES.FED. PAULO ESPIRITO SANTO -
SOCIAL - INSS R 1A.TURMA ESPECIALIZADA
PROC : FLAVIA CORREA AZEREDO E OUTROS DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0011)
APDO : OS MESMOS
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 3A VARA DE SAO PROCESS : 2011.51.01.806733-1 (201151018067331)
JOAO DE MERITI-RJ O 9680 - ACR RJ
RELATO : DES.FED. PAULO ESPIRITO SANTO - NUM. : 0806733-91.2011.4.02.5101
R 1A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0007) APTE : JOÃO HENRIQUE BARBOSA DOS REIS
ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
PROCESS : 2005.50.02.001009-0 (200550020010090) APDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
O 548564 - AC ES RELATO : DES.FED. PAULO ESPIRITO SANTO -
NUM. : 0001009-58.2005.4.02.5002 R 1A.TURMA ESPECIALIZADA
CNJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0012)
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS PROCESS : 2012.02.01.004890-8
PROC : SIMONE LENGRUBER DARROZ O (00001672819828190039) 548548 - AC RJ
ROSSONI NUM. : 0004890-43.2012.4.02.9999
APDO : MARIA DA PENHA RIBEIRO GOMES CNJ
ADV : JOAO CARLOS ASSAD APTE : TELMA MARIA DE MEDEIROS
RELATO : DES.FED. PAULO ESPIRITO SANTO - ADV : AMERICO AUGUSTO BELCHOR E
R 1A.TURMA ESPECIALIZADA OUTROS
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0008) APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS
PROCESS : 2008.51.01.813379-1 (200851018133791) PROC : SEM PROCURADOR
O 9688 - ACR RJ RELATO : DES.FED. PAULO ESPIRITO SANTO -
NUM. : 0813379-25.2008.4.02.5101 R 1A.TURMA ESPECIALIZADA
CNJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0013)
APTE : PAULO CEZAR BANDEIRA DE MELLO
LABUTO PROCESS : 2012.02.01.004893-3
ADV : YURI SAHIONE E OUTROS O (00002474519898190039) 548541 - AC RJ
APDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL NUM. : 0004893-95.2012.4.02.9999
RELATO : DES.FED. PAULO ESPIRITO SANTO - CNJ
R 1A.TURMA ESPECIALIZADA APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0009) SOCIAL - INSS
PROC : PATRICIA ALVIM FIGUEIREDO
PROCESS : 2009.51.17.000192-2 (200951170001922) APDO : ENEAS DA COSTA MELO
O 9696 - ACR RJ ADV : CLESIO DOS SANTOS
NUM. : 0000192-95.2009.4.02.5117 RELATO : DES.FED. PAULO ESPIRITO SANTO -
CNJ R 1A.TURMA ESPECIALIZADA
APTE : MARIA OTELINDA MARQUES COSTA DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0014)
ADV : FONTAINE DE ARAUJO SILVA E
OUTRO PROCESS : 1998.51.01.063223-3 (9800632239) 9687 -
APDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL O ACR RJ
RELATO : DES.FED. PAULO ESPIRITO SANTO - NUM. : 0063223-26.1998.4.02.5101
R 1A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
APTE : MARCO ANTONIO DE FARIA FRANCA
ADV : LUCIANO SALDANHA COELHO E
OUTROS
APTE : ANTONIO CORREA FILHO
ADV : LAIZA MARIA DE JESUS VIEIRA E

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OUTROS
APTE : EDEMILSON DO PAZO BARROSO
ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
APDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
RELATO : DES.FED. ABEL GOMES - 1A.TURMA
R ESPECIALIZADA APTE : SINESIA LEITE DIAS
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0015) ADV : ANTONIO JOSE MANSUR E OUTRO
APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
PROCESS : 2010.51.13.000515-3 (201051130005153) SOCIAL - INSS
O 9682 - ACR RJ PROC : SANDRO JOSE DE OLIVEIRA COSTA
NUM. : 0000515-78.2010.4.02.5113 RELATO : DES.FED. ABEL GOMES - 1A.TURMA
CNJ R ESPECIALIZADA
APTE : SEZAR ORÇAY DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0020)
ADV : MARCIO MESQUITA MALAFAIA E
OUTROS PROCESS : 2012.02.01.004921-4
APDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL O (00006760520088190020) 548562 - AC RJ
RELATO : DES.FED. ABEL GOMES - 1A.TURMA NUM. : 0004921-63.2012.4.02.9999
R ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0016) APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS
PROCESS : 2011.50.01.002490-0 (201150010024900) PROC : JOAO FELIPE PONTES SINATTI
O 9695 - ACR ES APDO : ANA CLAUDIA PAES DA SILVA
NUM. : 0002490-49.2011.4.02.5001 ADV : DEFENSORIA PUBLICA-RJ
CNJ RELATO : DES.FED. ABEL GOMES - 1A.TURMA
APTE : ILDO ROQUE FRACALOSSI R ESPECIALIZADA
ADV : MARIO DE SOUZA GOMES E OUTROS DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0021)
APDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
RELATO : DES.FED. ABEL GOMES - 1A.TURMA PROCESS : 2005.51.54.000065-2 (200551540000652)
R ESPECIALIZADA O 548533 - APELRE RJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0017) NUM. : 0000065-85.2005.4.02.5154
CNJ
PROCESS : 2012.02.01.004887-8 APTE : JOSE CARLOS GAMA
O (00017074520088190025) 548558 - AC RJ ADV : JUSSARA BORGES DE LIMA
NUM. : 0004887-88.2012.4.02.9999 APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
CNJ SOCIAL - INSS
APTE : DILMA CARVALHO ALVES PROC : TITO LIVIO SAMPAIO VIEIRA
ADV : DEFENSORIA PUBLICA-RJ RMTE : JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE
APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO VOLTA REDONDA-RJ
SOCIAL - INSS RELATO : DES.FED. NIZETE LOBATO CARMO -
PROC : JOSEMAR LEAL PESSANHA R 2A.TURMA ESPECIALIZADA
RELATO : DES.FED. ABEL GOMES - 1A.TURMA DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0022)
R ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0018) PROCESS : 2008.50.01.010128-2 (200850010101282)
O 548600 - APELRE ES
PROCESS : 2012.02.01.004888-0 NUM. : 0010128-41.2008.4.02.5001
O (00036235620088190012) 548554 - CNJ
APELRE R APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
NUM. : 0004888-73.2012.4.02.9999 SOCIAL - INSS
CNJ PROC : JOAO CARLOS DE GOUVEIA
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO FERREIRA DOS SANTOS
SOCIAL - INSS APDO : ELIANE MARIA SOUZA VIEIRA
PROC : CARLOS ALBERTO RIBEIRO ALVES CHIESA
APDO : JORGE LEITE DE ARAUJO ADV : HELTON TEIXEIRA RAMOS E OUTRO
ADV : CEZAR DE ALMEIDA RMTE : JUIZO DA 1A VARA FEDERAL CIVEL
RMTE : JUIZO DE DIREITO DA 1 VARA DE DE VITORIA-ES
CACHOEIRAS DE MACACU RJ RELATO : DES.FED. NIZETE LOBATO CARMO -
RELATO : DES.FED. ABEL GOMES - 1A.TURMA R 2A.TURMA ESPECIALIZADA
R ESPECIALIZADA DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0023)
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0019)
PROCESS : 2009.51.04.000579-4 (200951040005794)
PROCESS : 2012.02.01.004894-5 O 548561 - APELRE RJ
O (00017238920068190050) 548577 - AC RJ NUM. : 0000579-52.2009.4.02.5104
NUM. : 0004894-80.2012.4.02.9999 CNJ
CNJ APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS
PROC : BARBARA DILASCIO DE ALMEIDA
APDO : RAUL SOARES FERREIRA DE
ALMEIDA
ADV : GERALDO MARCELINO DE FREITAS

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JUNIOR E OUTROS
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE
VOLTA REDONDA-RJ
RELATO : DES.FED. NIZETE LOBATO CARMO -
R 2A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0024) NUM. : 0004901-72.2012.4.02.9999
CNJ
PROCESS : 2010.51.07.000267-0 (201051070002670) APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
O 9691 - ACR RJ SOCIAL - INSS
NUM. : 0000267-33.2010.4.02.5107 PROC : LIA VIZEU GIL
CNJ APDO : LUIZ CARLOS MACHADO PINHEIRO
APTE : HELDER PINTO MARTINS ADV : MARILU FREITAS E OUTRO
ADV : THAIS CORREA VILA VERDE E RELATO : DES.FED. NIZETE LOBATO CARMO -
OUTROS R 2A.TURMA ESPECIALIZADA
APDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0029)
RELATO : DES.FED. NIZETE LOBATO CARMO -
R 2A.TURMA ESPECIALIZADA PROCESS : 2012.02.01.005505-6
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0025) O (00054192320088190064) 548584 -
REOAC RJ
PROCESS : 2011.51.01.490409-0 (201151014904090) NUM. : 0005505-33.2012.4.02.9999
O 2957 - RSE RJ CNJ
NUM. : 0490409-02.2011.4.02.5101 PARTEA : LUIZ FELIPE DA SILVA QUINTINO
CNJ ADV : ALBERTO MYRKO OLIVEIRA SANTOS
RECTE : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL E OUTROS
RECDO : DEOLINDO ALVES ROLO ADV : FERNANDA CHRISTIANO GARCIA
ADV : JORGE LUIZ DO NASCIMENTO NAUS E PARTER : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
OUTROS SOCIAL - INSS
RELATO : DES.FED. NIZETE LOBATO CARMO - PROC : BRUNA DADDARIO ORTIZ PRESTES
R 2A.TURMA ESPECIALIZADA RMTE : JUIZO DE DIREITO DA 2 VARA DE
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0026) VALENCA RJ
RELATO : DES.FED. NIZETE LOBATO CARMO -
PROCESS : 2012.02.01.004889-1 R 2A.TURMA ESPECIALIZADA
O (00001842019898190039) 548550 - DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0030)
APELRE R
NUM. : 0004889-58.2012.4.02.9999 PROCESS : 2008.51.04.002053-5 (200851040020535)
CNJ O 548575 - APELRE RJ
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO NUM. : 0002053-92.2008.4.02.5104
SOCIAL - INSS CNJ
PROC : THADEU JOSE PIRAGIBE AFONSO APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
APDO : MAURICIO JOSE DE OLIVEIRA SOCIAL - INSS
ADV : WELLINGTON BERTHOUX PROC : ARTHUR OLIVEIRA DE CARVALHO
RMTE : JUIZO DE DIREITO DA 1 VARA DE APDO : RAUL FERNANDES
PARACAMBI RJ ADV : MARIZA SILVA SANTOS
RELATO : DES.FED. NIZETE LOBATO CARMO - RMTE : JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE
R 2A.TURMA ESPECIALIZADA VOLTA REDONDA-RJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0027) RELATO : DES.FED. LILIANE RORIZ - 2A.TURMA
R ESPECIALIZADA
PROCESS : 2012.02.01.004897-0 DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0031)
O (00000127819898190039) 548563 - AC RJ
NUM. : 0004897-35.2012.4.02.9999 PROCESS : 2009.50.01.014150-8 (200950010141508)
CNJ O 548602 - AC ES
APTE : LINO DA SILVEIRA PASCHOAL NUM. : 0014150-11.2009.4.02.5001
ADV : ANA MARIA DE SOUZA FLORIANO E CNJ
OUTROS APTE : SÉRGIO FERNANDES ARAÚJO
APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO ADV : HELTON TEIXEIRA RAMOS E OUTRO
SOCIAL - INSS APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
PROC : PATRICIA DA SILVA BOTELHO DE SOCIAL - INSS
CASTRO PROC : FLAVIO TELES FILOGONIO
RELATO : DES.FED. NIZETE LOBATO CARMO - RELATO : DES.FED. LILIANE RORIZ - 2A.TURMA
R 2A.TURMA ESPECIALIZADA R ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0028) DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0032)
PROCESS : 2012.02.01.004901-9 PROCESS : 2009.51.04.003470-8 (200951040034708)
O (00001197420018190016) 548580 - AC RJ O 548555 - APELRE RJ
NUM. : 0003470-46.2009.4.02.5104
CNJ
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS
PROC : BARBARA DILASCIO DE ALMEIDA

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APDO : EDMAR FREITAS SOUZA
ADV : OSWALDO DA SILVA E OUTRO
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE
VOLTA REDONDA-RJ
RELATO : DES.FED. LILIANE RORIZ - 2A.TURMA
R ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0033) APTE : EDMUNDO DA PAIXAO BRITO
ADV : ANDRE MANGINI ANTONELLI E
PROCESS : 2010.51.04.002495-0 (201051040024950) OUTROS
O 2956 - RSE RJ APDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
NUM. : 0002495-87.2010.4.02.5104 RELATO : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO -
CNJ R 2A.TURMA ESPECIALIZADA
RECTE : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0038)
RECDO : DARLAN DE SOUZA ALVES
ADV : SEM ADVOGADO PROCESS : 2006.51.06.001460-0 (200651060014600)
RELATO : DES.FED. LILIANE RORIZ - 2A.TURMA O 548559 - AC RJ
R ESPECIALIZADA NUM. : 0001460-28.2006.4.02.5106
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0034) CNJ
APTE : ALZINO PEREIRA DA SILVA
PROCESS : 2011.51.01.490286-9 (201151014902869) ADV : EURIVALDO NEVES BEZERRA E
O 9693 - ACR RJ OUTRO
NUM. : 0490286-04.2011.4.02.5101 APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
CNJ SOCIAL - INSS
APTE : MARC OLIVIER BELLO - REU PRESO PROC : PAULO FERNANDO DE FARIA
ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO PEREIRA
APDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL RELATO : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO -
RELATO : DES.FED. LILIANE RORIZ - 2A.TURMA R 2A.TURMA ESPECIALIZADA
R ESPECIALIZADA DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0039)
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0035)
PROCESS : 2008.51.01.809661-7 (200851018096617)
PROCESS : 2012.02.01.004891-0 O 9694 - ACR RJ
O (00006168720108190076) 548546 - AC RJ NUM. : 0809661-20.2008.4.02.5101
NUM. : 0004891-28.2012.4.02.9999 CNJ
CNJ APTE : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO APDO : CARLOS HENRIQUE FERREIRA LIMA
SOCIAL - INSS ADV : LUIZ ALBERTO CABRAL DE MELLO
PROC : MARIA HELENA PULCHERIO DE JUNIOR E OUTROS
ANDRADE RELATO : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO -
APDO : CARMEM PINTO FERREIRA R 2A.TURMA ESPECIALIZADA
ADV : MANOEL MARTINS ESTEVES E DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0040)
OUTROS
RELATO : DES.FED. LILIANE RORIZ - 2A.TURMA PROCESS : 2009.51.17.000269-0 (200951170002690)
R ESPECIALIZADA O 9685 - ACR RJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0036) NUM. : 0000269-07.2009.4.02.5117
CNJ
PROCESS : 2004.51.54.003086-0 (200451540030860) APTE : ALCILELIO RODRIGUES DA SILVEIRA
O 548552 - REOAC RJ ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
NUM. : 0003086-06.2004.4.02.5154 APDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
CNJ RELATO : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO -
PARTEA : LEONICE DA COSTA QUIRINO R 2A.TURMA ESPECIALIZADA
JUSTINIANO DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0041)
ADV : DARLENE DA COSTA DA SILVA
PARTER : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO PROCESS : 2011.51.01.490266-3 (201151014902663)
SOCIAL - INSS O 9686 - ACR RJ
PROC : TITO LIVIO SAMPAIO VIEIRA NUM. : 0490266-13.2011.4.02.5101
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE CNJ
VOLTA REDONDA-RJ APTE : EVERALDO FARIAS DANTAS
RELATO : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO - ADV : MARCELO MUNIZ SOUSA E OUTROS
R 2A.TURMA ESPECIALIZADA APDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0037) RELATO : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO -
R 2A.TURMA ESPECIALIZADA
PROCESS : 2005.51.01.522526-0 (200551015225260) DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0042)
O 9690 - ACR RJ
NUM. : 0522526-56.2005.4.02.5101 PROCESS : 2012.02.01.004892-1
O (00003730620108190057) 548543 -
APELRE R
NUM. : 0004892-13.2012.4.02.9999
CNJ
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO

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SOCIAL - INSS
PROC : MARCELO NOVELINO CAMARGO
APDO : ERONIUZA CARNEIRO FERREIRA
ADV : MANOEL MARTINS ESTEVES E
OUTROS
RMTE : JUIZO DE DIREITO DA 1 VARA DE ADV : SEM ADVOGADO
SAPUCAIA RJ RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
RELATO : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO - R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
R 2A.TURMA ESPECIALIZADA DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0047)
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0043)
PROCESS : 1988.51.01.011099-5 (8800110991) 548576
PROCESS : 2001.51.01.518581-5 (200151015185815) O - REOAC RJ
O 548567 - APELRE RJ NUM. : 0011099-18.1988.4.02.5101
NUM. : 0518581-03.2001.4.02.5101 CNJ
CNJ PARTEA : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
NACIONAL PARTER : ENGEFORT RIO ENGENHARIA E
APDO : MMC CONSULTORIA COMERCIAL CONSTRUCOES LTDA - MASSA
LTDA - MASSA FALIDA FALIDA E OUTRO
ADV : SEM ADVOGADO ADV : MARINA RODRIGUES DE SOUZA
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 2A VARA DE PARTER : CLEBER PAES OLIVEIRA
EXECUCAO FISCAL-RJ ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ - RMTE : JUIZO FEDERAL DA 2A VARA DE
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA EXECUCAO FISCAL-RJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0044) RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
PROCESS : 2001.51.01.540530-0 (200151015405300) DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0048)
O 548579 - APELRE RJ
NUM. : 0540530-83.2001.4.02.5101 PROCESS : 2001.51.01.537002-3 (200151015370023)
CNJ O 548585 - AC RJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NUM. : 0537002-41.2001.4.02.5101
NACIONAL CNJ
APDO : TRIUNFO SOCIEDADE CORRETORA APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
DE CAMBIO LTDA E OUTROS NACIONAL
ADV : SEM ADVOGADO APDO : MINI MERCADO CARAVILLAS DO
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 2A VARA DE POVO LTDA E OUTROS
EXECUCAO FISCAL-RJ ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ - RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0045) DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0049)
PROCESS : 2005.51.01.506784-8 (200551015067848) PROCESS : 2002.51.01.512117-9 (200251015121179)
O 548542 - AC RJ O 548556 - AC RJ
NUM. : 0506784-88.2005.4.02.5101 NUM. : 0512117-26.2002.4.02.5101
CNJ CNJ
APTE : AUTO DIESEL LTDA APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
ADV : VANY ROSSELINA GIORDANO E NACIONAL
OUTROS APDO : ESPORTE MONERO LTDA E OUTROS
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA ADV : SEM ADVOGADO
NACIONAL RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ - R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0050)
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0046)
PROCESS : 2007.51.06.001198-5 (200751060011985)
PROCESS : 2009.51.01.525071-5 (200951015250715) O 548545 - AC RJ
O 548597 - AC RJ NUM. : 0001198-44.2007.4.02.5106
NUM. : 0525071-60.2009.4.02.5101 CNJ
CNJ APTE : COMDEP - COMPANHIA MUNICIPAL
APTE : CONSELHO REGIONAL DE DE DESENVOLVIMENTO DE
ENGENHARIA ARQUITETURA E PETROPOLI
AGRONOMIA ADV : CARLOS MARCOS BATISTA DE MELO
ADV : DAMIAO PEREIRA DOS SANTOS E E OUTRO
OUTROS APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
APDO : PAULO CESAR TEIXEIRA TRINO NACIONAL
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0051)

PROCESS : 1983.51.01.533574-2 (0005335744) 548583

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O - AC RJ
NUM. : 0533574-81.1983.4.02.5101
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APDO : B CORIOLANO DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0056)
ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE PROCESS : 2008.51.01.026529-3 (200851010265293)
R CASTRO MENDES - 3A.TURMA ESPE O 548537 - AC RJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0052) NUM. : 0026529-09.2008.4.02.5101
CNJ
PROCESS : 1997.51.01.067996-8 (9700679969) 548573 APTE : JOSE LUIZ DE MOURA E OUTROS
O - APELRE RJ ADV : WILMAR DA SILVA BAPTISTA E
NUM. : 0067996-51.1997.4.02.5101 OUTRO
CNJ APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA NACIONAL
NACIONAL APDO : OS MESMOS
APDO : SALUTARIS REFEIÇOES INDUSTRIAIS RELATO : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE
LTDA E OUTRO R CASTRO MENDES - 3A.TURMA ESPE
ADV : SEM ADVOGADO DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0057)
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 2A VARA DE
EXECUCAO FISCAL-RJ PROCESS : 1998.51.01.050996-4 (9800509968) 548514
RELATO : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE O - AC RJ
R CASTRO MENDES - 3A.TURMA ESPE NUM. : 0050996-04.1998.4.02.5101
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0053) CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
PROCESS : 1998.51.01.056376-4 (9800563768) 548511 NACIONAL
O - REOAC RJ APDO : KING RIO COMERCIO E
NUM. : 0056376-08.1998.4.02.5101 REPRESENTAÇOES LTDA ME E OUTRO
CNJ ADV : SEM ADVOGADO
PARTEA : UNIAO FEDERAL / FAZENDA RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA -
NACIONAL R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
PARTER : ZEZE D'ALICE PRODUÇOES LTDA ME DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0058)
E OUTRO
ADV : SEM ADVOGADO PROCESS : 1999.51.01.075715-0 (9900757157) 548504
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 2A VARA DE O - REOAC RJ
EXECUCAO FISCAL-RJ NUM. : 0075715-16.1999.4.02.5101
RELATO : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE CNJ
R CASTRO MENDES - 3A.TURMA ESPE PARTEA : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0054) SOCIAL - INSS
PROC : JOSE PAULO MEIRA FILHO
PROCESS : 1998.51.06.703953-5 (9807039533) 548604 PARTER : EMPRESAS REUNIDAS OTICAS
O - AC RJ BRASIL S/A E OUTROS
NUM. : 0703953-15.1998.4.02.5106 ADV : SEM ADVOGADO
CNJ RMTE : JUIZO FEDERAL DA 2A VARA DE
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA EXECUCAO FISCAL-RJ
NACIONAL RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA -
APDO : ARESTO INDUSTRIA E COMERCIO DE R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
CALCADOS LTDA ME E OUTROS DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0059)
ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE PROCESS : 2001.51.01.507699-6 (200151015076996)
R CASTRO MENDES - 3A.TURMA ESPE O 548588 - APELRE RJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0055) NUM. : 0507699-79.2001.4.02.5101
CNJ
PROCESS : 2002.51.01.536286-9 (200251015362869) APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
O 548594 - AC RJ NACIONAL
NUM. : 0536286-77.2002.4.02.5101 APDO : BRASCEP ENGENHARIA LTDA
CNJ ADV : SEM ADVOGADO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA RMTE : JUIZO FEDERAL DA 2A VARA DE
NACIONAL EXECUCAO FISCAL-RJ
APDO : CALÇADOS TURISTA LTDA RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA -
ADV : SEM ADVOGADO R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
RELATO : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0060)
R CASTRO MENDES - 3A.TURMA ESPE
PROCESS : 1992.51.01.081768-1 (9200817688) 548551
O - APELRE RJ
NUM. : 0081768-57.1992.4.02.5101
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA

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Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
NACIONAL
APDO : LINOLIVRO SOC. C. C. GRAFICAS
LTDA E OUTRO
ADV : JOSE CARLOS DE OLIVEIRA E SILVA E
OUTRO
APDO : JOSE MAURO XAVIER ELSAS APDO : MARAJA 133 MATERIAL DE
ADV : LEANDRO JOSE TEIXEIRA SIMAO E CONSTRUÇÃO LTDA
OUTRO ADV : SEM ADVOGADO
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 2A VARA DE RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
EXECUCAO FISCAL-RJ R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES - DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0065)
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0061) PROCESS : 2006.51.01.014263-0 (200651010142630)
O 548510 - AC RJ
PROCESS : 1997.51.01.067780-7 (9700677800) 548570 NUM. : 0014263-58.2006.4.02.5101
O - AC RJ CNJ
NUM. : 0067780-90.1997.4.02.5101 APTE : VECTOR CONTROL SAUDE PUBLICA
CNJ LTDA
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA ADV : ARTHUR CARLOS DA SILVA E
NACIONAL OUTROS
APDO : BUFFET MIKONOS LTDA APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
ADV : MARCIO ANDRE MENDES COSTA E NACIONAL
OUTROS RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
APDO : FRANCISCO RECAREY VILAR R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
ADV : FREDERICO FELIPE DE ALMEIDA DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0066)
ROCHA E OUTRO
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES - PROCESS : 2009.51.01.508638-1 (200951015086381)
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA O 548587 - AC RJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0062) NUM. : 0508638-78.2009.4.02.5101
CNJ
PROCESS : 1999.51.01.064448-3 (9900644484) 548507 APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
O - APELRE RJ NACIONAL
NUM. : 0064448-47.1999.4.02.5101 APDO : J GALLO E FILHOS LTDA
CNJ ADV : SEM ADVOGADO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
NACIONAL R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
APDO : CLIMATIZA AR CONDICIONADO LTDA DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0067)
E OUTROS
ADV : SEM ADVOGADO PROCESS : 2011.51.01.500101-1 (201151015001011)
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 2A VARA DE O 548596 - AC RJ
EXECUCAO FISCAL-RJ NUM. : 0500101-25.2011.4.02.5101
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES - CNJ
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA APTE : CONSELHO REGIONAL DE
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0063) ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO -
COREN/RJ
PROCESS : 2002.51.01.511861-2 (200251015118612) ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
O 548581 - AC RJ OUTROS
NUM. : 0511861-83.2002.4.02.5101 APDO : SONIA MARIA DA SILVA
CNJ ADV : SEM ADVOGADO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
NACIONAL R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
APDO : VANET ENGENHARIA E PROJETOS DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0068)
LTDA E OUTRO
ADV : SEM ADVOGADO PROCESS : 2003.51.01.514892-0 (200351015148920)
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES - O 548601 - APELRE RJ
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA NUM. : 0514892-77.2003.4.02.5101
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0064) CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
PROCESS : 2003.51.01.532021-1 (200351015320211) NACIONAL
O 548598 - AC RJ APDO : JOINA APARECIDA BIASI VITORIA
NUM. : 0532021-95.2003.4.02.5101 ADV : CELSO PINTO DE MIRANDA E OUTRO
CNJ RMTE : JUIZO FEDERAL DA 2A VARA DE
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA EXECUCAO FISCAL-RJ
NACIONAL RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO -
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0069)

PROCESS : 2004.51.01.522700-8 (200451015227008)


O 548591 - APELRE RJ

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Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
NUM. : 0522700-02.2004.4.02.5101
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APDO : VARIOS ESCRITOS COMERCIO DE
LIVROS LTDA DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0074)
ADV : SEM ADVOGADO
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 2A VARA DE PROCESS : 2005.50.02.000337-1 (200550020003371)
EXECUCAO FISCAL-RJ O 548549 - AC ES
RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO - NUM. : 0000337-50.2005.4.02.5002
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0070) APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADV : GETULIO DE VITA RODRIGUES E
PROCESS : 2004.51.06.002783-9 (200451060027839) OUTROS
O 548605 - AC RJ APDO : PAULO AUGUSTO CORREA MARQUES
NUM. : 0002783-39.2004.4.02.5106 E OUTRO
CNJ ADV : SEM ADVOGADO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA RELATO : DES.FED. GUILHERME
NACIONAL R DIEFENTHAELER - 5A.TURMA
APDO : BURGER FACTORY COMERCIAL LTDA ESPECIALIZADA
E OUTROS DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0075)
ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO - PROCESS : 2007.51.10.007862-3 (200751100078623)
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA O 548508 - APELRE RJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0071) NUM. : 0007862-79.2007.4.02.5110
CNJ
PROCESS : 2006.51.01.508081-0 (200651015080810) APTE : UNIAO FEDERAL
O 548553 - AC RJ APDO : NELY ROSA DUARTE DE BRITO E
NUM. : 0508081-96.2006.4.02.5101 OUTROS
CNJ ADV : JULIANO BIZZO NETTO E OUTRO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA RMTE : JUIZO FEDERAL DA 3A VARA DE SAO
NACIONAL JOAO DE MERITI-RJ
APDO : QUANTUR QUANTIA TURISMO LTDA RELATO : DES.FED. GUILHERME
ME R DIEFENTHAELER - 5A.TURMA
ADV : SEM ADVOGADO ESPECIALIZADA
RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO - DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0076)
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0072) PROCESS : 2008.51.01.517750-3 (200851015177503)
O 548534 - APELRE RJ
PROCESS : 2009.50.01.000783-0 (200950010007830) NUM. : 0517750-08.2008.4.02.5101
O 548603 - AC ES CNJ
NUM. : 0000783-17.2009.4.02.5001 APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
CNJ NACIONAL
APTE : TARGET TRADING S.A APDO : MILITARIA COMERCIO E
ADV : SAMIRA MIRANDA LYRA SCHWARTZ IMPORTAÇÃO LTDA
E OUTROS ADV : TESSIO ALEXANDRE RODRIGUES E
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA OUTROS
NACIONAL RELATO : DES.FED. GUILHERME
RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO - R DIEFENTHAELER - 5A.TURMA
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0073) DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0077)
PROCESS : 2009.51.02.003120-9 (200951020031209) PROCESS : 2009.51.01.011585-8 (200951010115858)
O 548544 - APELRE RJ O 548506 - AC RJ
NUM. : 0003120-64.2009.4.02.5102 NUM. : 0011585-65.2009.4.02.5101
CNJ CNJ
APTE : AURELIO RODRIGUES E OUTRO APTE :VANESSA COSTA SOUSA
ADV : LEANDRO RODRIGUES SANDIN PROC :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA APDO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
NACIONAL ADV :AURIVAL JORGE PARDAUIL SILVA E
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 2A VARA DE OUTROS
NITEROI-RJ RELATO : DES.FED. GUILHERME
RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO - R DIEFENTHAELER - 5A.TURMA
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0078)

PROCESS : 2007.51.01.023259-3 (200751010232593)


O 548513 - AC RJ
NUM. : 0023259-11.2007.4.02.5101

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CNJ
APTE : WELLINGTON DE OLIVERA PEREIRA
ADV : FELIZUMIR DIAS RIBEIRO E OUTROS
APDO : UNIAO FEDERAL
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO -
R 5A.TURMA ESPECIALIZADA ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0079) APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADV : ANTONIO EMILIO CAPORALI E
PROCESS : 2007.51.01.026677-3 (200751010266773) OUTROS
O 548501 - APELRE RJ RELATO : DES.FED. FREDERICO GUEIROS -
NUM. : 0026677-54.2007.4.02.5101 R 6A.TURMA ESPECIALIZADA
CNJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0084)
APTE : UNIAO FEDERAL
APDO : AURINO RODRIGUES VASCONCELOS PROCESS : 2007.51.01.015235-4 (200751010152354)
BARROS REP/P/ MARIA JOSE O 548521 - AC RJ
RODRIGUES BARROS E OUTRO NUM. : 0015235-91.2007.4.02.5101
ADV : MARCOS JOSE NOVAES DOS SANTOS CNJ
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE SAO APTE : MARIA CRISTINA DE OLIVEIRA
PEDRO DA ALDEIA-RJ PADILHA E OUTROS
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO - ADV : LUIZ ROBERTO LEVEN SIANO E
R 5A.TURMA ESPECIALIZADA OUTROS
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0080) APDO : UNIAO FEDERAL
RELATO : DES.FED. FREDERICO GUEIROS -
PROCESS : 2008.51.08.000409-7 (200851080004097) R 6A.TURMA ESPECIALIZADA
O 548574 - AC RJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0085)
NUM. : 0000409-05.2008.4.02.5108
CNJ PROCESS : 2008.51.02.000248-5 (200851020002485)
APTE :ADENILSON CARLOS SILVA ARAUJO O 548568 - AC RJ
ADV :NUBIA MARINHO DE SOUZA NUM. : 0000248-13.2008.4.02.5102
APDO :UNIAO FEDERAL CNJ
RMTE :JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE SAO APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
PEDRO DA ALDEIA-RJ ADV : VICTOR CALDAS WILLIAM E OUTROS
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO - APDO : JOSE CARLOS TEANI MACHADO
R 5A.TURMA ESPECIALIZADA ADV : SEM ADVOGADO
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0081) RELATO : DES.FED. FREDERICO GUEIROS -
R 6A.TURMA ESPECIALIZADA
PROCESS : 2009.51.01.027934-0 (200951010279340) DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0086)
O 548524 - AC RJ
NUM. : 0027934-46.2009.4.02.5101 PROCESS : 2009.51.01.017439-5 (200951010174395)
CNJ O 548500 - AC RJ
APTE : UNIAO FEDERAL NUM. : 0017439-40.2009.4.02.5101
APDO : ANA CRISTINA RODRIGUES DA CNJ
ROCHA APTE :EDMEA GRIMIAO DE FREITAS
ADV : ROSANA ALVES RAMOS E OUTRO ADV :KELI CRISTINA BEZERRA LINHARES
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO - APDO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
R 5A.TURMA ESPECIALIZADA ADV :GERSON DE CARVALHO FRAGOZO E
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0082) OUTROS
RELATO : DES.FED. FREDERICO GUEIROS -
PROCESS : 2011.51.01.010026-6 (201151010100266) R 6A.TURMA ESPECIALIZADA
O 548528 - AC RJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0087)
NUM. : 0010026-05.2011.4.02.5101
CNJ PROCESS : 2005.51.01.016407-4 (200551010164074)
APTE : ESTER DE SOUZA PUCU O 548589 - AC RJ
ADV : PATRICIA VAIRAO CARELLI VIEIRA NUM. : 0016407-39.2005.4.02.5101
APDO : UNIAO FEDERAL CNJ
RELATO : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA APTE : MARIDETE DA SILVA CINTRA
R SILVA - 5A.TURMA ESPECIALIZADA ADV : MOISES PEDRO TEIXEIRA E OUTRO
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0083) APDO : MARY DE SOUZA FARINA E OUTROS
ADV : MARCELO MANOEL DA SILVA E
PROCESS : 2007.51.01.003278-6 (200751010032786) OUTROS
O 548516 - AC RJ APDO : UNIAO FEDERAL
NUM. : 0003278-93.2007.4.02.5101 RELATO : DES.FED. GUILHERME COUTO DE
CNJ R CASTRO - 6A.TURMA ESPECIALIZADA
APTE : SIDNEY LEITE RIBEIRO DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0088)

PROCESS : 2007.51.01.002720-1 (200751010027201)


O 548529 - AC RJ
NUM. : 0002720-24.2007.4.02.5101
CNJ

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APTE :PIERRY PERES FELIPPE
PROC :DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
APDO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADV :ANTONIO EMILIO CAPORALI E
OUTROS
RELATO : DES. FED. GUILHERME CALMON - DNIT
R NOGUEIRA DA GAMA - 6A.TURMA PROC : JANICE MUNIZ DE MELO
ESPEC APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0089) SOCIAL - INSS
PROC : SERGIO ROBERTO LEAL DOS SANTOS
PROCESS : 2008.50.01.016178-3 (200850010161783) APDO : OS MESMOS
O 548590 - AC ES RELATO : DES.FED. LUIZ PAULO DA SILVA
NUM. : 0016178-83.2008.4.02.5001 R ARAUJO FILHO - 7A.TURMA ESPECIA
CNJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0093)
APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADV : RODRIGO SALES DOS SANTOS E PROCESS : 2004.51.06.000918-7 (200451060009187)
OUTROS O 548540 - AC RJ
APDO : NEFTAL MOREIRA DE SOUZA NUM. : 0000918-78.2004.4.02.5106
ADV : MARCELO CORDEIRO ALVARENGA E CNJ
OUTROS APTE : AGENCIA NACIONAL DE
RELATO : DES. FED. GUILHERME CALMON TRANSPORTES TERRESTRES - ANTT E
R NOGUEIRA DA GAMA - 6A.TURMA OUTRO
ESPEC PROC : FRANK LARRUBIA SHIH
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0090) APTE : CIA/ DE CONCESSAO RODOVIARIA
JUIZ DE FORA-RIO (CONCER)
PROCESS : 2008.51.08.000454-1 (200851080004541) ADV : CLAUDIA MARIA FERRARI BARBOSA
O 548503 - APELRE RJ E OUTROS
NUM. : 0000454-09.2008.4.02.5108 APDO : DARIO STUTZEL
CNJ ADV : FILIPE MIGUEL LOPES PIMPAREL
APTE :UNIAO FEDERAL RELATO : DES.FED. LUIZ PAULO DA SILVA
APDO :RUBENS PORTO FILHO R ARAUJO FILHO - 7A.TURMA ESPECIA
ADV :MARCELO CARLOS CASTRO DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0094)
RMTE :JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE SAO
PEDRO DA ALDEIA-RJ PROCESS : 1990.51.01.027600-4 (9000276004) 548569
RELATO : DES. FED. GUILHERME CALMON O - AC RJ
R NOGUEIRA DA GAMA - 6A.TURMA NUM. : 0027600-76.1990.4.02.5101
ESPEC CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0091) APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
PROCESS : 2009.51.04.002940-3 (200951040029403) APDO : ORGANIZACAO UNIVERSAL DE
O 548586 - AC RJ GENEROS ALIMENTICIOS E COM/
NUM. : 0002940-42.2009.4.02.5104 ADV : SEM ADVOGADO
CNJ RELATO : DES.FED. JOSÉ ANTONIO NEIVA -
APTE : PRISCILLA DE SOUZA LOPES R 7A.TURMA ESPECIALIZADA
ADV : BRUNO BOCK E OUTROS DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0095)
APDO : CONSELHO REGIONAL DE EDUCACAO
FISICA DA 1ª REGIAO - CREF1 PROCESS : 2010.51.01.005246-2 (201051010052462)
ADV : BRUNO DE SOUZA GUERRA E O 548566 - AC RJ
OUTROS NUM. : 0005246-56.2010.4.02.5101
APDO : UBM - CENTRO UNIVERSITARIO DE CNJ
BARRA MANSA APTE : ADEMIR NUNES VIEIRA E OUTROS
ADV : CELESTINO RAIMUNDO RESENDE E ADV : ELIAS OTAVIO DIAS
OUTROS APDO : CLUBE DE INVESTIMENTO DOS
RELATO : DES. FED. GUILHERME CALMON EMPREGADOS DA VALE -
R NOGUEIRA DA GAMA - 6A.TURMA INVESTVALE E OUTRO
ESPEC ADV : MARCUS COSENDEY PERLINGEIRO E
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0092) OUTROS
APDO : BANCO NACIONAL DE
PROCESS : 2004.50.01.007986-6 (200450010079866) DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E
O 548526 - AC ES SOCIAL - BNDES
NUM. : 0007986-06.2004.4.02.5001 ADV : RAONI DA CRUZ CHAVES E OUTROS
CNJ RELATO : DES.FED. JOSÉ ANTONIO NEIVA -
APTE : DEPARTAMENTO NACIONAL DE R 7A.TURMA ESPECIALIZADA
INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0096)

PROCESS : 2011.51.01.000330-3 (201151010003303)


O 548512 - APELRE RJ
NUM. : 0000330-42.2011.4.02.5101
CNJ

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APTE : UNIAO FEDERAL
APDO : MARLENE DUPONT SOBRINHO
ADV : JULIANO BIZZO NETTO
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 17A VARA-RJ
RELATO : DES.FED. JOSÉ ANTONIO NEIVA -
R 7A.TURMA ESPECIALIZADA R 8A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0097) DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0101)
PROCESS : 2007.51.01.024407-8 (200751010244078) PROCESS : 2005.51.01.017646-5 (200551010176465)
O 548502 - APELRE RJ O 548538 - AC RJ
NUM. : 0024407-57.2007.4.02.5101 NUM. : 0017646-78.2005.4.02.5101
CNJ CNJ
APTE : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE APTE : ELISABETE NOGUEIRA
JANEIRO - UFRJ ADV : DANIEL PARACAMPOS PATACO
PROC : JORGE GAVINO SOBRINHO APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
APDO : GALEAO TURISMO LTDA ADV : ANA CLAUDIA VILLA NOVA
ADV : VAGNER LIMA GABRIEL E OUTROS PESSANHA DE SOUZA E OUTROS
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 23A VARA-RJ APDO : DOMINGOS SAVIO LOPES XIMENES E
RELATO : DES.FED. VERA LÚCIA LIMA - OUTRO
R 8A.TURMA ESPECIALIZADA ADV : LUIS HENRIQUE ANDRE DA SILVA E
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0098) OUTROS
RELATO : DES.FED. SERGIO SCHWAITZER -
PROCESS : 2008.51.01.009881-9 (200851010098819) R 8A.TURMA ESPECIALIZADA
O 548505 - AC RJ DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0102)
NUM. : 0009881-51.2008.4.02.5101
CNJ PROCESS : 2006.51.01.020020-4 (200651010200204)
APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF O 548522 - APELRE RJ
ADV : ANTONIO EMILIO CAPORALI E NUM. : 0020020-33.2006.4.02.5101
OUTROS CNJ
APDO : B MENEZES ROSA MERCEARIA LTDA APTE : UNIAO FEDERAL
E OUTROS APDO : LENISSE DE SOUZA SILVA
ADV : SEM ADVOGADO ADV : EVANDRO GARCIA GOMES
RELATO : DES.FED. VERA LÚCIA LIMA - RMTE : JUIZO FEDERAL DA 28A VARA-RJ
R 8A.TURMA ESPECIALIZADA RELATO : DES.FED. SERGIO SCHWAITZER -
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0099) R 8A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0103)
PROCESS : 2009.51.01.008877-6 (200951010088776)
O 548525 - AC RJ PROCESS : 2008.51.01.015215-2 (200851010152152)
NUM. : 0008877-42.2009.4.02.5101 O 548519 - AC RJ
CNJ NUM. : 0015215-66.2008.4.02.5101
APTE : CAIXA DE ASSISTENCIA DOS CNJ
ADVOGADOS DO ESTADO DO RIO DE APTE : RICARDO ROCHA DA SILVA
JANEIRO - CAARJ ADV : ROSEJANE SANTOS DA SILVA
ADV : ROBERTO CARDOSO PONTES DE PEREIRA E OUTROS
MIRANDA FILHO E OUTROS APDO : UNIAO FEDERAL
APDO : REMAC BIOMEDICA COMERCIAL RELATO : DES.FED. SERGIO SCHWAITZER -
LTDA R 8A.TURMA ESPECIALIZADA
ADV : SERGIO AUGUSTO MALTA JUNIOR E DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0104)
OUTROS
RELATO : DES.FED. VERA LÚCIA LIMA - PROCESS : 2010.51.01.002705-4 (201051010027054)
R 8A.TURMA ESPECIALIZADA O 548530 - AC RJ
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0100) NUM. : 0002705-50.2010.4.02.5101
CNJ
PROCESS : 2004.50.02.000812-1 (200450020008121) APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
O 548557 - AC ES ADV : VINICIUS PEREIRA MARQUES
NUM. : 0000812-40.2004.4.02.5002 APDO : ZENAIDE PIRES VASCONCELLOS -
CNJ ESPOLIO
APTE : ELIAS TADEU ZANELLATO DOS REIS ADV : CLAUDIA JAKOBI E OUTROS
ADV : MARCELO SMARZANO MATOS E RELATO : DES.FED. SERGIO SCHWAITZER -
OUTROS R 8A.TURMA ESPECIALIZADA
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0105)
ADV : LEONARDO JUNHO GARCIA E
OUTROS PROCESS : 2005.50.02.001398-4 (200550020013984)
RELATO : DES.FED. SERGIO SCHWAITZER - O 548539 - AC ES
NUM. : 0001398-43.2005.4.02.5002
CNJ
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS
PROC : THIAGO COSTA BOLZANI

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APTE : METALURGICA MOZER LTDA
ADV : SERGIO ROBERTO LEAL DOS SANTOS
APDO : OS MESMOS
APDO : SERRARIA DE MARMORES SANTO
ANTONIO LTDA
ADV : PEDRO PAULO BICAS PROCESS : 2012.02.01.005913-0
RELATO : DES.FED. POUL ERIK DYRLUND - O (00038114520118190044) 212321 - AG RJ
R 8A.TURMA ESPECIALIZADA NUM. : 0005913-48.2012.4.02.0000
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0106) CNJ
AGRTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
PROCESS : 2007.51.01.007031-3 (200751010070313) SOCIAL - INSS
O 548531 - AC RJ PROC : JOSEMAR LEAL PESSANHA
NUM. : 0007031-58.2007.4.02.5101 AGRDO : ELZIRA APARECIDA DE PAULA
CNJ MONTEIRO
APTE : MARIO PEREIRA ADV : DEFENSORIA PUBLICA - RJ
ADV : ANDREIA AVELAR CLEMENTE E RELATO : DES.FED. PAULO ESPIRITO SANTO -
OUTROS R 1A.TURMA ESPECIALIZADA
APDO : UNIAO FEDERAL DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0111)
RELATO : DES.FED. POUL ERIK DYRLUND -
R 8A.TURMA ESPECIALIZADA PROCESS : 2012.02.01.006012-0
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0107) O (00035213020118190044) 212410 - AG RJ
NUM. : 0006012-18.2012.4.02.0000
PROCESS : 2009.51.01.004295-8 (200951010042958) CNJ
O 548520 - AC RJ AGRTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
NUM. : 0004295-96.2009.4.02.5101 SOCIAL - INSS
CNJ PROC : JOSEMAR LEAL PESSANHA
APTE : ISAC ABRAHAO MAQUINAS E AGRDO : MANOEL VELOZO DOS SANTOS FILHO
EQUIPAMENTOS E OUTROS ADV : DEFENSORIA PUBLICA ESTADUAL -
ADV : SALIM SALOMAO RJ
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF RELATO : DES.FED. PAULO ESPIRITO SANTO -
ADV : ELTON NOBRE DE OLIVEIRA E R 1A.TURMA ESPECIALIZADA
OUTROS DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0112)
RELATO : DES.FED. POUL ERIK DYRLUND -
R 8A.TURMA ESPECIALIZADA PROCESS : 2012.02.01.006069-6 (200351015213066)
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0108) O 8352 - HC RJ
NUM. : 0006069-36.2012.4.02.0000
PROCESS : 2010.51.01.021471-1 (201051010214711) CNJ
O 548518 - AC RJ IMPTE : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
NUM. : 0021471-54.2010.4.02.5101 IMPDO : JUIZO DA 5A. VARA FEDERAL
CNJ CRIMINAL DO RIO DE JANEIRO
APTE : MURILO TEIXEIRA DA CUNHA PACTE : MARIA LUCILIA RODRIGUES DA
ADV : CRISPIM JOSE DOS SANTOS E OUTRO SILVA
APDO : UNIAO FEDERAL ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
RELATO : DES.FED. POUL ERIK DYRLUND - RELATO : DES.FED. PAULO ESPIRITO SANTO -
R 8A.TURMA ESPECIALIZADA R 1A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA EM 09.05.2012 (0109) DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0113)
PROCESS : 2012.02.01.006067-2 (201202010060672) PROCESS : 2012.02.01.005911-6 (200851170017846)
O 11917 - CC RJ O 212325 - AG RJ
NUM. : 0006067-66.2012.4.02.0000 NUM. : 0005911-78.2012.4.02.0000
CNJ CNJ
AUTOR : JOSE CANDIDO DE CARVALHO AGRTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
REU : F. T. SOCIAL - INSS
SUSCTE : OUVIDOR GERAL DA JUSTIÇA PROC : ELVIRA REBELLO
FEDERAL DA 2A REGIAO AGRDO : PAULO GAZE DA SILVA
SUSDO : CORREGEDOR REGIONAL DA JUSTICA ADV : ANTONIO FABIANO ALVARES
FEDERAL DA 2A REGIAO LADISLAU
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL - RELATO : DES.FED. ABEL GOMES - 1A.TURMA
R TRIBUNAL PLENO R ESPECIALIZADA
IMPEDID : DES.FED.ABEL GOMES DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0114)
O(S)
DES.FED.ANDRÉ FONTES PROCESS : 2012.02.01.006018-0
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0110) O (00023173720118190080) 212412 - AG RJ
NUM. : 0006018-25.2012.4.02.0000
CNJ
AGRTE : CREMILSON MENDONCA LINHARES
ADV : DEFENSORIA PUBLICA ESTADUAL -
RJ
AGRDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO

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SOCIAL - INSS
PROC : SEM PROCURADOR
RELATO : DES.FED. ABEL GOMES - 1A.TURMA
R ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0115)
CNJ
PROCESS : 2012.02.01.005990-6 AGRTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
O (00218404820118190011) 212398 - AG RJ SOCIAL - INSS
NUM. : 0005990-57.2012.4.02.0000 PROC : JOSEMAR LEAL PESSANHA
CNJ AGRDO : JOAO FELIPE VALENTIM NETO
AGRTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO ADV : DEFENSORIA PUBLICA ESTADUAL -
SOCIAL - INSS RJ
PROC : ADRIANA REIS DE PAULA RELATO : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO -
AGRDO : MARGARETE SALLES SANT'ANA R 2A.TURMA ESPECIALIZADA
ADV : DENISE CORREA NUNES DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0120)
RELATO : DES.FED. NIZETE LOBATO CARMO -
R 2A.TURMA ESPECIALIZADA PROCESS : 2012.02.01.006011-8 (201251030004342)
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0116) O 212409 - AG RJ
NUM. : 0006011-33.2012.4.02.0000
PROCESS : 2012.02.01.006017-9 (201151018119239) CNJ
O 212411 - AG RJ AGRTE : DIARIO NORTE FLUMINENSE
NUM. : 0006017-40.2012.4.02.0000 EDITORA GRAFICA E PUBLICIDADE
CNJ LTDA
AGRTE : ALTHAMIRO NATIVIDADE BOECHAT ADV : SALATIEL ANDRIOLA PIZELLI
ADV : SILVERIA LUCIANA RIBEIRO DE AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
SOUZA E OUTRO NACIONAL
AGRDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
SOCIAL - INSS R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
PROC : SEM PROCURADOR DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0121)
RELATO : DES.FED. NIZETE LOBATO CARMO -
R 2A.TURMA ESPECIALIZADA PROCESS : 2012.02.01.006026-0 (201251010048121)
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0117) O 212422 - AG RJ
NUM. : 0006026-02.2012.4.02.0000
PROCESS : 2012.02.01.005914-1 CNJ
O (00045233520118190044) 212320 - AG RJ AGRTE : PRESENCA EM COMUNICACAO E
NUM. : 0005914-33.2012.4.02.0000 PUBLICIDADE LTDA
CNJ ADV : FATIMA MARIA AMARAL TAVARES
AGRTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO PAES
SOCIAL - INSS AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
PROC : JOSEMAR LEAL PESSANHA NACIONAL
AGRDO : ROBSON JUNIOR DE SOUZA CABRAL RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
REP/ P/ LUSCIMAR MARIA DE SOUZ R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
ADV : DEFENSORIA PUBLICA - RJ DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0122)
RELATO : DES.FED. LILIANE RORIZ - 2A.TURMA
R ESPECIALIZADA PROCESS : 2012.02.01.006027-1 (200351015472655)
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0118) O 212423 - AG RJ
NUM. : 0006027-84.2012.4.02.0000
PROCESS : 2012.02.01.006019-2 (201251010151280) CNJ
O 212413 - AG RJ AGRTE : COMPANHIA BRASILEIRA DE
NUM. : 0006019-10.2012.4.02.0000 MULTIMIDIA - CBM E OUTRO
CNJ ADV : ROBERTO SELVA CARNEIRO
AGRTE : CELSO DA FONSECA TELLES MONTEIRO FILHO E OUTROS
ADV : SILVERIA LUCIANA RIBEIRO DE AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
SOUZA E OUTRO NACIONAL
AGRDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
SOCIAL - INSS R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
PROC : SEM PROCURADOR DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0123)
RELATO : DES.FED. LILIANE RORIZ - 2A.TURMA
R ESPECIALIZADA PROCESS : 2012.02.01.005924-4 (201150010025229)
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0119) O 212301 - AG ES
NUM. : 0005924-77.2012.4.02.0000
PROCESS : 2012.02.01.006010-6 CNJ
O (00046965920118190044) 212408 - AG RJ AGRTE : CONSELHO REGIONAL DE
NUM. : 0006010-48.2012.4.02.0000 CONTABILIDADE DO ESTADO DO
ESPIRITO SANTO - CRC/ES
ADV : JUCIARA BRITO CAMARGO
AGRDO : JOSE CARLOS BALEEIRO DE BRITO
ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -

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R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0124)

PROCESS : 2012.02.01.005912-8 (200950040001051)


O 212323 - AG ES
NUM. : 0005912-63.2012.4.02.0000 BEBIDAS LTDA
CNJ ADV : FABIO HENRIQUE ANDRADE DOS
AGRTE : INSTITUTO NACIONAL DE SANTOS E OUTROS
METROLOGIA, QUALIDADE E RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA -
TECNOLOGIA (INMETRO) R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
PROC : ALCINA MARIA COSTA NOGUEIRA DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0129)
LOPES
AGRDO : OBADIAS FERREIRA DA SILVA PROCESS : 2012.02.01.005931-1 (201051200027636)
ADV : SEM ADVOGADO O 212310 - AG RJ
RELATO : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE NUM. : 0005931-69.2012.4.02.0000
R CASTRO MENDES - 3A.TURMA ESPE CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0125) AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
PROCESS : 2012.02.01.005918-9 (200051015336163) AGRDO : ELI RESENDE LEITE
O 212314 - AG RJ ADV : SEM ADVOGADO
NUM. : 0005918-70.2012.4.02.0000 RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA -
CNJ R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
AGRTE : ROBERTO NOBRE PEREIRA DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0130)
ADV : PAULO MALTA DE ALBUQUERQUE
MARANHÃO JUNIOR PROCESS : 2012.02.01.006016-7 (201251160004500)
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA O 212407 - AG RJ
NACIONAL NUM. : 0006016-55.2012.4.02.0000
RELATO : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE CNJ
R CASTRO MENDES - 3A.TURMA ESPE AGRTE : ENSCO DO BRASIL PETROLEO E GAS
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0126) LTDA
ADV : AMANDA L. CUNHA E OUTRO
PROCESS : 2012.02.01.005999-2 (201251010008810) AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
O 212378 - AG RJ NACIONAL
NUM. : 0005999-19.2012.4.02.0000 RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA -
CNJ R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
AGRTE : SEMPRE EDITORA LTDA DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0131)
ADV : DECIO FLAVIO GONCALVES TORRES
FREIRE E OUTROS PROCESS : 2012.02.01.006023-4 (200751100085421)
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA O 212418 - AG RJ
NACIONAL NUM. : 0006023-47.2012.4.02.0000
RELATO : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE CNJ
R CASTRO MENDES - 3A.TURMA ESPE AGRTE : DUQUE DE CAXIAS REVENDEDORAS
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0127) DE VEICULOS LTDA
ADV : LUIZ CARLOS ALVES CARNEIRO E
PROCESS : 2012.02.01.006007-6 (200551015217846) OUTROS
O 212403 - AG RJ AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NUM. : 0006007-93.2012.4.02.0000 NACIONAL
CNJ RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA -
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
NACIONAL DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0132)
AGRDO : CAMPING CLUBE DO BRASIL
ADV : GUSTAVO VILELA MONTEIRO PROCESS : 2012.02.01.005906-2 (201051170022370)
SALVINI E OUTROS O 212332 - AG RJ
RELATO : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE NUM. : 0005906-56.2012.4.02.0000
R CASTRO MENDES - 3A.TURMA ESPE CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0128) AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
PROCESS : 2012.02.01.005923-2 (9900228820) 212293 AGRDO : KA EMI BATERIAS E PEÇAS LTDA EPP
O - AG RJ ADV : SEM ADVOGADO
NUM. : 0005923-92.2012.4.02.0000 RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
CNJ R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0133)
NACIONAL
AGRDO : COMERCIAL RIO DE JANEIRO DE PROCESS : 2012.02.01.005925-6 (201051200012918)
O 212304 - AG RJ
NUM. : 0005925-62.2012.4.02.0000
CNJ
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL

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AGRDO : L.V.N MARMORARIA LTDA E OUTROS
ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0134)
ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO -
PROCESS : 2012.02.01.005926-8 (201151200005580) COREN/RJ
O 212308 - AG RJ ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
NUM. : 0005926-47.2012.4.02.0000 OUTROS
CNJ AGRDO : SELMA FELICIO ELOY
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA ADV : SEM ADVOGADO
NACIONAL RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO -
AGRDO : VIP MANIPULAR FARMACIA DE R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
MANIPULACAO E COMERCIO LTDA DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0139)
ME
ADV : SEM ADVOGADO PROCESS : 2012.02.01.006013-1 (201251010122473)
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES - O 212399 - AG RJ
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA NUM. : 0006013-03.2012.4.02.0000
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0135) CNJ
AGRTE : M.L.Z. E OUTRO
PROCESS : 2012.02.01.005928-1 (201051200013297) ADV : MARIA RITA FERRAGUT E OUTROS
O 212297 - AG RJ AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NUM. : 0005928-17.2012.4.02.0000 NACIONAL
CNJ RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO -
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
NACIONAL DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0140)
AGRDO : SOCIEDADE DE ORIENTAÇÃO
EDUCACIONAL LTDA. - SOEL PROCESS : 2012.02.01.005921-9 (201151010178127)
ADV : SEM ADVOGADO O 212298 - AG RJ
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES - NUM. : 0005921-25.2012.4.02.0000
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0136) AGRTE : ELAINE RIBEIRO BARBOSA
ADV : GUSTAVO AFONSO MELLO BERNER E
PROCESS : 2012.02.01.005920-7 (9900041658) 212311 OUTROS
O - AG ES AGRDO : UNIAO FEDERAL
NUM. : 0005920-40.2012.4.02.0000 RELATO : DES.FED. GUILHERME
CNJ R DIEFENTHAELER - 5A.TURMA
AGRTE : CENTRAL GRANDE VITORIA DE ESPECIALIZADA
COMPREAS LTDA DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0141)
ADV : JORGE FERNANDO PETRA DE
MACEDO E OUTRO PROCESS : 2012.02.01.006014-3 (200550010112837)
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA O 212400 - AG ES
NACIONAL NUM. : 0006014-85.2012.4.02.0000
RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO - CNJ
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA AGRTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0137) ADV :ERIKA SEIBEL PINTO E OUTROS
AGRDO :BERNADETE DOS SANTOS E OUTROS
PROCESS : 2012.02.01.005929-3 (201151200015080) ADV :CLAUDIA CARLA ANTONACCI E
O 212295 - AG RJ OUTRO
NUM. : 0005929-02.2012.4.02.0000 RELATO : DES.FED. GUILHERME
CNJ R DIEFENTHAELER - 5A.TURMA
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA ESPECIALIZADA
NACIONAL DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0142)
AGRDO : TRANSPORTADORA ROTA LTDA
ADV : SEM ADVOGADO PROCESS : 2012.02.01.005900-1 (201251010055873)
RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO - O 212349 - AG RJ
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA NUM. : 0005900-49.2012.4.02.0000
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0138) CNJ
AGRTE : COMPANHIA DAS DOCAS DO RIO DE
PROCESS : 2012.02.01.005996-7 (201151180018299) JANEIRO
O 212372 - AG RJ ADV : ARISTARTE GONCALVES LEITE
NUM. : 0005996-64.2012.4.02.0000 JUNIOR E OUTROS
CNJ AGRDO : EQUIPAV S/A PAVIMENTACAO
AGRTE : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E COMERCIO E OUTRO
ADV : SORAIA GHASSAN SALEH E OUTRO
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO -
R 5A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0143)

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Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
PROCESS : 2012.02.01.005998-0 (201251010035230)
O 212375 - AG RJ
NUM. : 0005998-34.2012.4.02.0000
CNJ
AGRTE : UNIAO FEDERAL
AGRDO : LEANDRO LESSA DE VASCONCELOS NUM. : 0005905-71.2012.4.02.0000
ADV : ROGERIO FONTES DE SIQUEIRA CNJ
RELATO : J.F.CONV. RICARDO PERLINGEIRO - AGRTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
R 5A.TURMA ESPECIALIZADA ADV : DANIELLE RODRIGUES DE SOUSA E
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0144) OUTROS
AGRDO : ANDREA MARQUES MACHADO E
PROCESS : 2012.02.01.005903-7 (9600124752) 212338 OUTROS
O - AG RJ ADV : SEM ADVOGADO
NUM. : 0005903-04.2012.4.02.0000 RELATO : DES.FED. GUILHERME COUTO DE
CNJ R CASTRO - 6A.TURMA ESPECIALIZADA
AGRTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0149)
ADV : DANIELLE DE ALEXANDRE
LOURENCO E OUTROS PROCESS : 2012.02.01.005909-8 (201251020007589)
AGRDO : MARCOS LINO DUARTE O 212328 - AG RJ
ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO NUM. : 0005909-11.2012.4.02.0000
AGRDO : ANTONIO MENDES SILVA E OUTRO CNJ
ADV : SEM ADVOGADO AGRTE : NELSON DIAS
RELATO : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA ADV : CARMEN SYLVIA ELY DE SA FREIRE E
R SILVA - 5A.TURMA ESPECIALIZADA OUTRO
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0145) AGRDO : UNIAO FEDERAL
RELATO : DES.FED. GUILHERME COUTO DE
PROCESS : 2012.02.01.005907-4 (201051020026230) R CASTRO - 6A.TURMA ESPECIALIZADA
O 212330 - AG RJ DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0150)
NUM. : 0005907-41.2012.4.02.0000
CNJ PROCESS : 2012.02.01.006064-7 (201151090007525)
AGRTE : RICARDO SOUZA DA SILVA O 212417 - AG RJ
ADV : JULIO CESAR LEMOS DOS SANTOS NUM. : 0006064-14.2012.4.02.0000
AGRDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF CNJ
ADV : SEM ADVOGADO AGRTE : SERVATIS S/A
RELATO : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA ADV : SERGIO TEIXEIRA FIRMO E OUTROS
R SILVA - 5A.TURMA ESPECIALIZADA AGRDO : BANCO NACIONAL DE
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0146) DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E
SOCIAL-BNDES
PROCESS : 2012.02.01.006002-7 (200851010143746) ADV : BRUNO MACHADO EIRAS E OUTROS
O 212401 - AG RJ RELATO : DES.FED. GUILHERME COUTO DE
NUM. : 0006002-71.2012.4.02.0000 R CASTRO - 6A.TURMA ESPECIALIZADA
CNJ DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0151)
AGRTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADV : ANDREA BANDEIRA DOS SANTOS E PROCESS : 2012.02.01.006065-9 (200151010249372)
OUTROS O 212421 - AG RJ
AGRDO : ASA VIDEO CLUB LTDA E OUTROS NUM. : 0006065-96.2012.4.02.0000
ADV : SEM ADVOGADO CNJ
RELATO : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA AGRTE : ERTON PIMENTA BASTOS
R SILVA - 5A.TURMA ESPECIALIZADA ADV : SYDNEY LIMEIRA SANCHES E
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0147) OUTROS
AGRDO : SERVICO FEDERAL DE
PROCESS : 2012.02.01.005904-9 (201151100044537) PROCESSAMENTO DE DADOS -
O 212336 - AG RJ SERPRO
NUM. : 0005904-86.2012.4.02.0000 ADV : VALDIR VIEIRA E OUTROS
CNJ RELATO : DES. FED. GUILHERME CALMON
AGRTE : BAYER S/A R NOGUEIRA DA GAMA - 6A.TURMA
ADV : EDIS MILARE E OUTROS ESPEC
AGRDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0152)
RELATO : DES.FED. GUILHERME COUTO DE
R CASTRO - 6A.TURMA ESPECIALIZADA PROCESS : 2012.02.01.005902-5 (201251010047372)
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0148) O 212345 - AG RJ
NUM. : 0005902-19.2012.4.02.0000
PROCESS : 2012.02.01.005905-0 (201051020043573) CNJ
O 212335 - AG RJ AGRTE : UNIAO FEDERAL
AGRDO : MERI VEIGA PEREIRA PRATA
ADV : GUSTAVO A M BERNER E OUTROS
RELATO : DES.FED. LUIZ PAULO DA SILVA
R ARAUJO FILHO - 7A.TURMA ESPECIA
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0153)

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PROCESS : 2012.02.01.005915-3 (201251020002488)
O 212318 - AG RJ
NUM. : 0005915-18.2012.4.02.0000
CNJ
AGRTE : PASCOA MARINES PENTEADO E NATURAI RENOVAVEIS - IBAMA
OUTRO PROC : SEM PROCURADOR
ADV : ROMEU FERNANDO CARVALHO DE RELATO : DES.FED. JOSÉ ANTONIO NEIVA -
SOUZA E OUTROS R 7A.TURMA ESPECIALIZADA
AGRDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0158)
ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : DES.FED. LUIZ PAULO DA SILVA PROCESS : 2012.02.01.005901-3 (201251010006321)
R ARAUJO FILHO - 7A.TURMA ESPECIA O 212347 - AG RJ
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0154) NUM. : 0005901-34.2012.4.02.0000
CNJ
PROCESS : 2012.02.01.005991-8 (201151020044843) AGRTE :PAULO SOARES DUTRA
O 212395 - AG RJ ADV :MARIO DE CASTRO SILVA E OUTROS
NUM. : 0005991-42.2012.4.02.0000 AGRDO :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
CNJ ADV :LEONARDO FAUSTINO LIMA E
AGRTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF OUTROS
ADV : DANIELLE RODRIGUES DE SOUSA E RELATO : DES.FED. VERA LÚCIA LIMA -
OUTROS R 8A.TURMA ESPECIALIZADA
AGRDO : JORGE FERNANDO DIAS GOMES DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0159)
ADV : SEM ADVOGADO
RELATO : DES.FED. LUIZ PAULO DA SILVA PROCESS : 2012.02.01.005919-0 (201150010139296)
R ARAUJO FILHO - 7A.TURMA ESPECIA O 212312 - AG ES
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0155) NUM. : 0005919-55.2012.4.02.0000
CNJ
PROCESS : 2012.02.01.005916-5 (201051010175699) AGRTE : WILSON NADER COSTA
O 212317 - AG RJ ADV : MARIA NAZARET DE CASTRO
NUM. : 0005916-03.2012.4.02.0000 BATISTA
CNJ AGRDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF E
AGRTE : GILBERTO BERDIAO GARCIA OUTRO
ADV : JOSE WESTON DE MEIRELES E OUTRO ADV : LEONARDO JUNHO GARCIA E
AGRDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF OUTROS
ADV : SEM ADVOGADO RELATO : DES.FED. VERA LÚCIA LIMA -
RELATO : DES.FED. REIS FRIEDE - 7A.TURMA R 8A.TURMA ESPECIALIZADA
R ESPECIALIZADA DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0160)
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0156)
PROCESS : 2012.02.01.006015-5 (201251010048923)
PROCESS : 2012.02.01.005917-7 (201251010053268) O 212405 - AG RJ
O 212315 - AG RJ NUM. : 0006015-70.2012.4.02.0000
NUM. : 0005917-85.2012.4.02.0000 CNJ
CNJ AGRTE : SANDRA SOARES CASTELLIANO DE
AGRTE : ROSANE FERNANDES DA SILVA LUCENA
ADV : DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO ADV : JORGE ANTONIO CULUCHI E OUTROS
AGRDO : UNIAO FEDERAL AGRDO : UNIAO FEDERAL
AGRDO : ESTADO DO RIO DE JANEIRO RELATO : DES.FED. VERA LÚCIA LIMA -
AGRDO : MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO R 8A.TURMA ESPECIALIZADA
PROC : SEM PROCURADOR DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0161)
RELATO : DES.FED. REIS FRIEDE - 7A.TURMA
R ESPECIALIZADA PROCESS : 2012.02.01.006006-4 (201251030000040)
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0157) O 212402 - AG RJ
NUM. : 0006006-11.2012.4.02.0000
PROCESS : 2012.02.01.005910-4 (201250010036608) CNJ
O 212327 - AG ES AGRTE : TRILHA DO PETRÓLEO
NUM. : 0005910-93.2012.4.02.0000 COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES
CNJ LTDA
AGRTE : AGENCIA MARITIMA UNIVERSAL ADV : ROBERTO LANDES DA SILVA JUNIOR
LTDA AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
ADV : MARCO ANTONIO GAMA BARRETO E NACIONAL
OUTROS RELATO : DES.FED. POUL ERIK DYRLUND -
AGRDO : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO R 8A.TURMA ESPECIALIZADA
AMBIENTE E DOS RECURSOS DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0162)

PROCESS : 2012.02.01.006024-6 (200851010171675)


O 212419 - AG RJ
NUM. : 0006024-32.2012.4.02.0000
CNJ

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AGRTE : MARIANA BARRETO REZENDE DE
OLIVEIRA E CONJUGE
ADV : ROMULO OLIVEIRA DE SOUZA PINTO
E OUTROS
AGRDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
RELATO : DES.FED. POUL ERIK DYRLUND - GUIMARAES ARKADER E OUTROS
R 8A.TURMA ESPECIALIZADA RELATO : DES. FED. GUILHERME CALMON
DISTR. AUTOMÁTICA INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0163) R NOGUEIRA DA GAMA - 6A.TURMA
ESPEC
PROCESS : 2004.51.01.020065-7 (200451010200657) DISTR. POR DEPENDÊNCIA EM 09.05.2012 (0167)
O 548572 - AC RJ
NUM. : 0020065-08.2004.4.02.5101 PROCESS : 2001.51.01.005283-7 (200151010052837)
CNJ O 548536 - AC RJ
APTE : UNIAO FEDERAL NUM. : 0005283-98.2001.4.02.5101
APTE : CENTRAIS ELETRICAS BRASILEIRAS CNJ
S/A - ELETROBRAS APTE : SONIA MARIZA RIBEIRO BASTOS
PROC : LUIZ ANTONIO PEREIRA MADEIRA ADV : MARCUS ALEXANDRE SIQUEIRA
APDO : DROGARIA SAO LOURENCO LTDA MELO E OUTROS
ADV : ROBERTA CARIDADE MARIANO DE APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
CAMPOS E OUTROS ADV : TUTECIO GOMES DE MELLO E
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA - OUTROS
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA RELATO : DES.FED. REIS FRIEDE - 7A.TURMA
DISTR. POR DEPENDÊNCIA EM 09.05.2012 (0164) R ESPECIALIZADA
DISTR. POR DEPENDÊNCIA EM 09.05.2012 (0168)
PROCESS : 2010.51.01.524877-2 (201051015248772)
O 548599 - AC RJ PROCESS : 2012.02.01.006068-4 (201202010060684)
NUM. : 0524877-26.2010.4.02.5101 O 11918 - CC RJ
CNJ NUM. : 0006068-51.2012.4.02.0000
APTE : CONSELHO REGIONAL DE CNJ
ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO - AUTOR : CESARIO SALGADO DE ALMEIDA
COREN/RJ REU : NAO IDENTIFICADO
ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E SUSCTE : OUVIDOR GERAL DA JUSTIÇA
OUTROS FEDERAL DA 2A REGIAO
APDO : VERA MIRANDA BATISTA SUSDO : CORREGEDOR REGIONAL DA JUSTICA
ADV : SEM ADVOGADO FEDERAL DA 2A REGIAO
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES - RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA R TRIBUNAL PLENO
DISTR. POR DEPENDÊNCIA EM 09.05.2012 (0165) IMPEDID : DES.FED.ABEL GOMES
O(S)
PROCESS : 1990.51.01.003011-8 (9000030110) 548632 DES.FED.ANDRÉ FONTES
O - AC RJ DISTR. POR DEPEND. INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0169)
NUM. : 0003011-20.1990.4.02.5101
CNJ PROCESS : 2012.02.01.006063-5 (201202010060635)
APTE : TERESA MARIA ROSA BAPTISTA - O 2425 - MCI RJ
ESPOLIO E OUTRO NUM. : 0006063-29.2012.4.02.0000
ADV : GABRIEL QUINTELLA CNJ
APDO : IMOBILIARIA NORA LAGE LTDA REQTE : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
ADV : HENRIQUE FELIPE FERREIRA REQDO : APURAR RESPONSABILIDADE
APDO : UNIAO FEDERAL RELATO : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO -
RELATO : DES. FED. GUILHERME CALMON R 1A.SEÇÃO ESPECIALIZADA
R NOGUEIRA DA GAMA - 6A.TURMA DISTR. POR DEPEND. INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0170)
ESPEC
DISTR. POR DEPENDÊNCIA EM 09.05.2012 (0166) PROCESS : 2012.02.01.005993-1 (201151180018500)
O 212366 - AG RJ
PROCESS : 2010.51.01.001811-9 (201051010018119) NUM. : 0005993-12.2012.4.02.0000
O 548571 - AC RJ CNJ
NUM. : 0001811-74.2010.4.02.5101 AGRTE : CONSELHO REGIONAL DE
CNJ ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO -
APTE : ALINE LAURA GUEDES SILVA COREN/RJ
ADV : DEFENSOR PUBLICO DA UNIAO ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
APDO : UNIAO FEDERAL OUTROS
APDO : CONSELHO REGIONAL DE SERVICO AGRDO : ANA CRISTINA INÁCIO MACIEL
SOCIAL DA 7A. REGIAO - CRESS-7 ADV : SEM ADVOGADO
ADV : MONICA TEIXEIRA FARIA RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. POR DEPEND. INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0171)

PROCESS : 2012.02.01.005989-0 (9200823602) 212397


O - AG RJ

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NUM. : 0005989-72.2012.4.02.0000
CNJ
AGRTE : SERGIO TENDLER
ADV : FLORIANO ARTHUR VASCONCELOS
DE MIRANDA E OUTRO
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA PROCESS : 2012.02.01.006028-3 (201151180033951)
NACIONAL O 212424 - AG RJ
RELATO : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE NUM. : 0006028-69.2012.4.02.0000
R CASTRO MENDES - 3A.TURMA ESPE CNJ
DISTR. POR DEPEND. INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0172) AGRTE : CONSELHO REGIONAL DE
ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO -
PROCESS : 2012.02.01.006001-5 (9400450931) 212384 COREN/RJ
O - AG RJ ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
NUM. : 0006001-86.2012.4.02.0000 OUTROS
CNJ AGRDO : ANA PATRICIA TEIXEIRA DE SOUZA
AGRTE : TAO ENGENHARIA QUIMICA LTDA ADV : SEM ADVOGADO
ADV : ROBERTO EDWARD HALBOUTI E RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
OUTROS R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
AGRDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO DISTR. POR DEPEND. INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0177)
SOCIAL - INSS
PROC : RODRIGO GASPAR DE MELLO PROCESS : 2012.02.01.005997-9 (201051160006755)
RELATO : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE O 212374 - AG RJ
R CASTRO MENDES - 3A.TURMA ESPE NUM. : 0005997-49.2012.4.02.0000
DISTR. POR DEPEND. INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0173) CNJ
AGRTE : UNIAO FEDERAL
PROCESS : 2012.02.01.005908-6 (200251015257090) AGRDO : LUCY RODRIGUES RICART
O 212329 - AG RJ ADV : GUILHERME DEMETRIO MONTEIRO
NUM. : 0005908-26.2012.4.02.0000 RODRIGUES
CNJ RELATO : J.F.CONV. MARCELO PEREIRA DA
AGRTE : LUISA MARIA SALGUEIRO BAPTISTA R SILVA - 5A.TURMA ESPECIALIZADA
ADV : MARIA DUARTE BORGES PEREIRA DISTR. POR DEPEND. INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0178)
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL PROCESS : 2012.02.01.005899-9 (200651010163803)
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA - O 212351 - AG RJ
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA NUM. : 0005899-64.2012.4.02.0000
DISTR. POR DEPEND. INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0174) CNJ
AGRTE : MARIA LUIZA VELOSO DE OLIVEIRA
PROCESS : 2012.02.01.005988-8 (200451020047360) ADV : MELAINE CHANTAL MEDEIROS
O 212396 - AG RJ ROUGE E OUTRO
NUM. : 0005988-87.2012.4.02.0000 AGRDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
CNJ SOCIAL - INSS
AGRTE : CONDOMINIO VIVENDA DE ICARAI PROC : MARCELLO TEIXEIRA BITTENCOURT
ADV : VITOR SEIGARRO JUNIOR RELATO : DES.FED. REIS FRIEDE - 7A.TURMA
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA R ESPECIALIZADA
NACIONAL DISTR. POR DEPEND. INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0179)
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA -
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA PROCESS : 2012.02.01.006008-8 (200951100063112)
DISTR. POR DEPEND. INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0175) O 212404 - AG RJ
NUM. : 0006008-78.2012.4.02.0000
PROCESS : 2012.02.01.005995-5 (201151180033926) CNJ
O 212370 - AG RJ AGRTE : MARIO PEREIRA MARQUES FILHO
NUM. : 0005995-79.2012.4.02.0000 ADV : RONALD CARDOSO ALEXANDRINO E
CNJ OUTRO
AGRTE : CONSELHO REGIONAL DE AGRDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL
ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO - RELATO : DES.FED. JOSÉ ANTONIO NEIVA -
COREN/RJ R 7A.TURMA ESPECIALIZADA
ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E DISTR. POR DEPEND. INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0180)
OUTROS
AGRDO : ANA PAULA GONÇALVES DA SILVA PROCESS : 2012.02.01.005898-7 (200351010250358)
ADV : SEM ADVOGADO O 212354 - AG RJ
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA - NUM. : 0005898-79.2012.4.02.0000
R 4A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTR. POR DEPEND. INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0176) AGRTE : ITAU UNIBANCO S/A
ADV : ALFREDO FERNANDES PEREIRA
AGRDO : CARLOS ALBERTO DE OLIVEIRA E
OUTRO
ADV : ELIEL SANTOS JACINTHO E OUTROS
RELATO : DES.FED. SERGIO SCHWAITZER -
R 8A.TURMA ESPECIALIZADA

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DISTR. POR DEPEND. INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0181)

PROCESS : 2012.02.01.005922-0 (200951010017551)


O 212296 - AG RJ
NUM. : 0005922-10.2012.4.02.0000
CNJ APTE : LAURA DE ANDRADE MOREIRA
AGRTE : ASSOCIACAO DE COMUNIDADES ADV : ELIANE DURAES CAMPOS E OUTROS
QUILOMBOLAS DO ESTADO DO RIO APDO : UNIAO FEDERAL
DE JANEIRO - ACQUILERJ RELATO : DES.FED. POUL ERIK DYRLUND -
ADV : ANA CLAUDIA DIOGO TAVARES R 8A.TURMA ESPECIALIZADA
AGRDO : QUATIS AGROPECUÁRIA LTDA DISTRIB. PARA ORGÃO JULGADOR EM 09.05.2012 (0186)
ADV : CARLOS ALBERTO MEDEIROS
MAGALHAES PROCESS : 2012.02.01.005992-0 (201151015283557)
RELATO : DES.FED. POUL ERIK DYRLUND - O 212365 - AG RJ
R 8A.TURMA ESPECIALIZADA NUM. : 0005992-27.2012.4.02.0000
DISTR. POR DEPEND. INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0182) CNJ
AGRTE : CONSELHO REGIONAL DE
PROCESS : 2009.50.02.000003-0 (200950020000030) ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO -
O 548532 - AC ES COREN/RJ
NUM. : 0000003-74.2009.4.02.5002 ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
CNJ OUTROS
APTE : SERGIO PERIM AGRDO : ANNA CRISTINA OLIVEIRA DA COSTA
ADV : ANTONIO JUSTINO COSTA E OUTROS ADV : SEM ADVOGADO
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
SOCIAL - INSS R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
PROC : LUCIANO JOSE RIBEIRO DE DISTR. PREVENÇAO INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0187)
VASCONCELOS FILHO E OUTROS
APDO : OS MESMOS PROCESS : 2012.02.01.005994-3 (201151180033732)
RELATO : DES.FED. ANTONIO IVAN ATHIÉ - O 212368 - AG RJ
R 1A.TURMA ESPECIALIZADA NUM. : 0005994-94.2012.4.02.0000
DISTRIB. PARA ORGÃO JULGADOR EM 09.05.2012 (0183) CNJ
AGRTE : CONSELHO REGIONAL DE
PROCESS : 2002.51.07.000318-5 (200251070003185) ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO -
O 9684 - ACR RJ COREN/RJ
NUM. : 0000318-25.2002.4.02.5107 ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
CNJ OUTROS
APTE : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL AGRDO : ANTONIO SILVA COSTA
APDO : CARMEM SALLES DE OLIVEIRA ADV : SEM ADVOGADO
MARTINS RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
ADV : ALEXANDRE DE BARROS E CASTRO E R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
OUTROS DISTR. PREVENÇAO INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0188)
APTE : ANA MARIA VELLUTO VICTORINO
ADV : JOSIANE L. DE CASTRO PROCESS : 2012.02.01.006000-3 (201151180018561)
APDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL O 212380 - AG RJ
RELATO : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO - NUM. : 0006000-04.2012.4.02.0000
R 2A.TURMA ESPECIALIZADA CNJ
DISTRIB. PARA ORGÃO JULGADOR EM 09.05.2012 (0184) AGRTE : CONSELHO REGIONAL DE
ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO -
PROCESS : 2009.51.01.021046-6 (200951010210466) COREN/RJ
O 548578 - AC RJ ADV : CAROLINA CARVALHO EFFGEN E
NUM. : 0021046-61.2009.4.02.5101 OUTROS
CNJ AGRDO : ANA CRISTINA COSTA DE OLIVEIRA
APTE : UNIAO FEDERAL ADV : SEM ADVOGADO
APDO : LIDIO COSTA VELOSO FILHO E RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
OUTROS R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
ADV : JORGE SANTANA QUEIROZ DISTR. PREVENÇAO INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0189)
RELATO : DES.FED. POUL ERIK DYRLUND -
R 8A.TURMA ESPECIALIZADA PROCESS : 2012.02.01.006009-0 (200651010132909)
DISTRIB. PARA ORGÃO JULGADOR EM 09.05.2012 (0185) O 212406 - AG RJ
NUM. : 0006009-63.2012.4.02.0000
PROCESS : 2010.51.01.021067-5 (201051010210675) CNJ
O 548515 - AC RJ AGRTE : BANCO ITAU UNIBANCO S/A
NUM. : 0021067-03.2010.4.02.5101 ADV : CARLOS MARTINS DE OLIVEIRA E
CNJ OUTROS
AGRDO : MARCELLO SANTOS SERRANO E S/M
ADV : LUCIANO BANDEIRA ARANTES E
OUTROS
RELATO : DES.FED. POUL ERIK DYRLUND -
R 8A.TURMA ESPECIALIZADA

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DISTR. PREVENÇAO INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0190)

PROCESS : 2012.02.01.005927-0 (201151200004768)


O 212306 - AG RJ
NUM. : 0005927-32.2012.4.02.0000
CNJ R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO
NACIONAL EM VISTA A R. DECISAO DE FLS. 9
AGRDO : RESOLVE SEGURANÇA E VIGILANCIA REDISTRIB P/ ALTERACAO CLASSE EM 09.05.2012 (0195)
LTDA
ADV : SEM ADVOGADO PROCESS : 2010.51.01.514855-8 (201051015148558)
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL - O 538344 - AC RJ
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA NUM. : 0514855-06.2010.4.02.5101
DISTR. ORGÃO JULG. INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0191) CNJ
APTE : NEY MACHAROTO
PROCESS : 2012.02.01.006022-2 (9903031475) 212416 ADV : SAMUEL GOMES FILHO E OUTROS
O - AG RJ APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
NUM. : 0006022-62.2012.4.02.0000 SOCIAL - INSS
CNJ PROC : ALEXANDRA ABDO BARRETO
AGRTE : CIA/ USINA CAMBAHYBA RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO -
ADV : RICARDO GOMES DE MENDONCA R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
AGRDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA REDISTRIB P/ ALTERACAO CLASSE EM 09.05.2012 (0196)
NACIONAL OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO
RELATO : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS.
R CASTRO MENDES - 3A.TURMA ESPE
DISTR. ORGÃO JULG. INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0192) PROCESS : 2002.51.01.006016-4 (200251010060164)
O 535998 - AC RJ
PROCESS : 2012.02.01.006020-9 (9700072401) 212414 NUM. : 0006016-30.2002.4.02.5101
O - AG RJ CNJ
NUM. : 0006020-92.2012.4.02.0000 APTE : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE
CNJ JANEIRO - UFRJ
AGRTE : COMPANHIA NACIONAL DE PROC : OLYNTHO JOSE TITONELI ALVIM
ABASTECIMENTO - CONAB APDO : AIDE SOEVO - ESPOLIO
ADV : MARCELO OLIVEIRA ROCHA E ADV : WAINER BORGOMONI E OUTROS
OUTROS RELATO : DES.FED. FREDERICO GUEIROS -
AGRDO : GRUMEY S/A ARMAZENS GERAIS R 6A.TURMA ESPECIALIZADA
GUARDATUDO REDISTRIB P/ ALTERACAO CLASSE EM 09.05.2012 (0197)
ADV : ALBERTO VENANCIO FILHO E OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO
OUTROS EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS.
RELATO : DES.FED. LUIZ PAULO DA SILVA
R ARAUJO FILHO - 7A.TURMA ESPECIA PROCESS : 2012.02.01.005946-3 (200951015241325)
DISTR. ORGÃO JULG. INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0193) O 10761 - MS RJ
NUM. : 0005946-38.2012.4.02.0000
PROCESS : 2012.02.01.006066-0 (9701025504) 212425 CNJ
O - AG RJ IMPTE : HADYR GRACIE BRITO DE ALMEIDA
NUM. : 0006066-81.2012.4.02.0000 ADV : HADYR GRACIE BRITO DE ALMEIDA
CNJ IMPDO : JUIZO FEDERAL DA 24A VARA-RJ
AGRTE : HUMBERTO DA COSTA GUIMARAES RELATO : DES.FED. JOSÉ ANTONIO NEIVA -
LIMA R 7A.TURMA ESPECIALIZADA
ADV : MAX ANDRE FERREIRA DA SILVA OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO
AGRDO : UNIAO FEDERAL EM VISTA A R. DECISAO DE FLS. 4
RELATO : DES.FED. POUL ERIK DYRLUND - REDISTRIB P/ ALTERACAO CLASSE EM 09.05.2012 (0198)
R 8A.TURMA ESPECIALIZADA
DISTR. ORGÃO JULG. INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0194) PROCESS : 2012.02.01.006067-2 (201202010060672)
O 11917 - CC RJ
PROCESS : 2010.51.17.002149-2 (201051170021492) NUM. : 0006067-66.2012.4.02.0000
O 527904 - AC RJ CNJ
NUM. : 0002149-97.2010.4.02.5117 AUTOR : JOSE CANDIDO DE CARVALHO
CNJ REU : F. T.
APTE : ILMA DE ALMEIDA BARBOSA SUSCTE : OUVIDOR GERAL DA JUSTIÇA
ADV : ELISABETH SIQUEIRA GONCALVES FEDERAL DA 2A REGIAO
DUARTE E OUTRO SUSDO : CORREGEDOR REGIONAL DA JUSTICA
APDO : UNIAO FEDERAL FEDERAL DA 2A REGIAO
RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA - RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
R TRIBUNAL PLENO
IMPEDID : DES.FED.ABEL GOMES
O(S)
DES.FED.ANDRÉ FONTES
J.F.CONV.ALUISIO GONCALVES DE CASTRO MEN

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J.F.CONV.MARCELO PEREIRA DA SILVA
J.F.CONV.RICARDO PERLINGEIRO
J.F.CONV.THEOPHILO MIGUEL
REDISTR. AUTOMÁT. INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0199)

PROCESS : 2012.02.01.006068-4 (201202010060684) AGRON. - CREA/RJ


O 11918 - CC RJ PROC : LUIS EDUARDO DE ATHAYDE VIEIRA
NUM. : 0006068-51.2012.4.02.0000 E OUTROS
CNJ APDO : MARIA CARLOTA MAMEDE LAGE
AUTOR : CESARIO SALGADO DE ALMEIDA ADV : SEM ADVOGADO
REU : NAO IDENTIFICADO RELATO : DES. FED. LANA REGUEIRA -
SUSCTE : OUVIDOR GERAL DA JUSTIÇA R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
FEDERAL DA 2A REGIAO REDISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 09.05.2012 (0203)
SUSDO : CORREGEDOR REGIONAL DA JUSTICA OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO
FEDERAL DA 2A REGIAO EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS.
RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
R TRIBUNAL PLENO PROCESS : 2000.02.01.060532-7 (9902032451) 249534
IMPEDID : DES.FED.ABEL GOMES O - AC RJ
O(S) NUM. : 0060532-45.2000.4.02.0000
DES.FED.ANDRÉ FONTES CNJ
J.F.CONV.ALUISIO GONCALVES DE CASTRO MEN APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
J.F.CONV.MARCELO PEREIRA DA SILVA NACIONAL
J.F.CONV.RICARDO PERLINGEIRO APDO : RIBEIRO & D'AVILA LTDA
J.F.CONV.THEOPHILO MIGUEL ADV : LUIZ CARLOS DE ABREU E OUTROS
REDISTR. POR DEP. INSTANTÂNEA EM 09.05.2012 (0200) RMTE : JUIZO FEDERAL DA 4A VARA DE
NITEROI-RJ
PROCESS : 2004.51.04.000188-2 (200451040001882) RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
O 415060 - AC RJ R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
NUM. : 0000188-73.2004.4.02.5104 REDISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 09.05.2012 (0204)
CNJ OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO
APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS.
SOCIAL - INSS
PROC : GUSTAVO AUGUSTO FREITAS DE PROCESS : 2005.51.01.011167-7 (200551010111677)
LIMA O 399840 - AC RJ
APDO : ZILMO FERREIRA DA SILVA NUM. : 0011167-69.2005.4.02.5101
ADV : CELIO VENTURA CNJ
RELATO : DES.FED. MESSOD AZULAY NETO - APTE : CELY LOBATO DE CARVALHO E
R 2A.TURMA ESPECIALIZADA OUTROS
OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO ADV : GARY DE OLIVEIRA BON ALI E
EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS. OUTROS
REDISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 09.05.2012 (0201) APDO : ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC : WALDEMAR DECCACHE
PROCESS : 2000.51.01.019904-2 (200051010199042) APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
O 295054 - AC RJ NACIONAL
NUM. : 0019904-37.2000.4.02.5101 RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
CNJ R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
APTE : UNIMED CAMPO BELO COOPERATIVA REDISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 09.05.2012 (0205)
DE TRABALHO MEDICO OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO
ADV : MARIA INES MURGEL E OUTROS EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS.
APDO : AGENCIA NACIONAL DE SAUDE
SUPLEMENTAR - ANS PROCESS : 2008.51.01.002281-5 (200851010022815)
PROC : LUIZ FELIPE CONDE O 460552 - AC RJ
RELATO : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE NUM. : 0002281-76.2008.4.02.5101
R CASTRO MENDES - 3A.TURMA ESPE CNJ
REDISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 09.05.2012 (0202) APTE : IRB BRASIL RESSEGUROS S/A
OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO ADV : ANDRE GOMES DE OLIVEIRA E
EM VISTA FLS. 471 VERSO. OUTROS
APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
PROCESS : 1994.51.01.016358-6 (9400163584) 309597 NACIONAL
O - AC RJ RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES -
NUM. : 0016358-81.1994.4.02.5101 R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
CNJ REDISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 09.05.2012 (0206)
APTE : CONSELHO REGIONAL DE OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO
ENGENHARIA, ARQUITETURA E EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS.

PROCESS : 1993.51.01.026055-1 (9300260553) 317120


O - AC RJ
NUM. : 0026055-63.1993.4.02.5101
CNJ

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APTE : FUNDACAO NACIONAL DE ARTES -
FUNARTE
ADV : ENIA ROSE DE BRITO PIMENTA
APDO : NELSON FLORENTINO DA SILVA
FILHO
ADV : FLAVIO JORGE MARTINS
RELATO : DES.FED. GUILHERME PROCESS : 2008.51.01.009580-6 (200851010095806)
R DIEFENTHAELER - 5A.TURMA O 463598 - AC RJ
ESPECIALIZADA NUM. : 0009580-07.2008.4.02.5101
REDISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 09.05.2012 (0207) CNJ
OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO APTE : MARCIO MOURA TACION
EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS. ADV : ROGERIO MACIEL E OUTRO
APDO : UNIAO FEDERAL
PROCESS : 2011.02.01.002551-5 (200851010204024) RELATO : DES.FED. JOSÉ ANTONIO NEIVA -
O 10290 - CC RJ R 7A.TURMA ESPECIALIZADA
NUM. : 0002551-72.2011.4.02.0000 REDISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 09.05.2012 (0211)
CNJ OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO
AUTOR : IVANY BRANDAO E OUTROS EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS.
ADV : WILLIAM TEODORO DA SILVA FILHO
E OUTROS PROCESS : 2010.02.01.017013-4 (200751010265574)
RÉU : UNIAO FEDERAL O 3728 - AR RJ
RÉU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO NUM. : 0017013-68.2010.4.02.0000
SOCIAL - INSS CNJ
PROC : SEM PROCURADOR AUTOR : IZAQUIEL FABIO NUNES DE MORAES
SUSCTE : IVANY BRANDAO E OUTROS ADV : CRISTINA NOGUEIRA DUARTE
ADV : WILLIAM TEODORO DA SILVA FILHO REU : UNIAO FEDERAL
E OUTROS RELATO : DES.FED. SERGIO SCHWAITZER -
SUSDO : JUIZO FEDERAL DA 15A VARA-RJ R 8A.TURMA ESPECIALIZADA
RELATO : DES.FED. GUILHERME COUTO DE REDISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 09.05.2012 (0212)
R CASTRO - 6A.TURMA ESPECIALIZADA OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO
REDISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 09.05.2012 (0208) EM VISTA FLS. 84.
OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO
EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS. PROCESS : 2008.51.01.002909-3 (200851010029093)
O 467375 - APELRE RJ
PROCESS : 2003.51.02.004941-8 (200351020049418) NUM. : 0002909-65.2008.4.02.5101
O 495780 - AC RJ CNJ
NUM. : 0004941-16.2003.4.02.5102 APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
CNJ NACIONAL
APTE : LUCAS PINHEIRO PACHECOS REP/ P/ APDO : TELEMAR NORTE LESTE S/A
LUIZ CARLOS FERREIRA PACHECO ADV : EDUARDO MANEIRA E OUTROS
ADV : CRISTINA SUEMI KAWAY STAMATO E RMTE : JUIZO FEDERAL DA 7A VARA-RJ
OUTROS RELATO : DES.FED. SALETE MACCALÓZ -
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
ADV : CRISTINA CIDADE DA SILVA IMPEDID : J.F.CONV.ALUISIO GONCALVES DE
GUIMARAES E OUTROS O(S) CASTRO MEN
RELATO : DES.FED. JOSÉ ANTONIO NEIVA - REDISTRIB. PARA ORGÃO JULGADOR EM 09.05.2012 (0213)
R 7A.TURMA ESPECIALIZADA OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO
REDISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 09.05.2012 (0209) EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS.
OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO
EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS. PROCESS : 2006.51.01.012182-1 (200651010121821)
O 423573 - AC RJ
PROCESS : 2003.51.14.000289-2 (200351140002892) NUM. : 0012182-39.2006.4.02.5101
O 488984 - AC RJ CNJ
NUM. : 0000289-17.2003.4.02.5114 APTE : TELEMAR NORTE LESTE S/A
CNJ ADV : SACHA CALMON NAVARRO COELHO
APTE : MARIA JOSE MACIEL DE FREITAS APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
ADV : ROSANGELA PEREIRA DA SILVA NACIONAL
QUEIROBIM E OUTRO APDO : OS MESMOS
APDO : UNIAO FEDERAL RMTE : JUIZO FEDERAL DA 14A VARA-RJ
RELATO : DES.FED. JOSÉ ANTONIO NEIVA - RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL -
R 7A.TURMA ESPECIALIZADA R 3A.TURMA ESPECIALIZADA
REDISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO EM 09.05.2012 (0210) IMPEDID : J.F.CONV.ALUISIO GONCALVES DE
OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO O(S) CASTRO MEN
EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS. REDISTRIB. PARA ORGÃO JULGADOR EM 09.05.2012 (0214)
OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO
EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS.

PROCESS : 2008.51.01.509725-8 (200851015097258)


O 460484 - APELRE RJ

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NUM. : 0509725-06.2008.4.02.5101
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL
APDO : TELEMAR NORTE LESTE S/A
ADV : DONOVAN MAZZA LESSA E OUTROS CNJ
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 14A VARA-RJ APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL - SOCIAL - INSS
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA PROC : RODRIGO LYCHOWSKI
IMPEDID : J.F.CONV.ALUISIO GONCALVES DE APDO : JOAQUIM DAS NEVES MADUREIRA
O(S) CASTRO MEN ADV : ALOYSIO SILVA JUNIOR E OUTRO
REDISTRIB. PARA ORGÃO JULGADOR EM 09.05.2012 (0215) RMTE : JUIZO FEDERAL DA 9A VARA-RJ
OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO RELATO : DES.FED. LILIANE RORIZ - 2A.TURMA
EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS. R ESPECIALIZADA
ALTERAÇÃO DE CLASSE EM 09.05.2012 (0219)
PROCESS : 2010.02.01.006169-2 (200951010111877) OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO
O 188378 - AG RJ EM VISTA A R. DECISAO DE FLS. 7
NUM. : 0006169-59.2010.4.02.0000
CNJ PROCESS : 1998.51.01.000645-0 (9800006451) 479475
AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA O - REOAC RJ
NACIONAL NUM. : 0000645-27.1998.4.02.5101
AGRDO : TELEMAR NORTE LESTE S/A CNJ
ADV : DONOVAN MAZZA LESSA E OUTROS PARTEA :
ROMULO GENTIL
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL - ADV :
DILMAR BRUM DE OLIVEIRA
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA PARTER :
UNIAO FEDERAL
IMPEDID : J.F.CONV.ALUISIO GONCALVES DE PARTER :
FERNANDA MUSSI GAZOLLA E
O(S) CASTRO MEN OUTROS
REDISTRIB. PARA ORGÃO JULGADOR EM 09.05.2012 (0216) ADV : JOAQUIM DO AMARAL FILHO E
OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO OUTROS
EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS. RMTE : JUIZO FEDERAL DA 29A VARA-RJ
RELATO : DES.FED. FREDERICO GUEIROS -
PROCESS : 2008.51.01.007776-2 (200851010077762) R 6A.TURMA ESPECIALIZADA
O 445003 - AC RJ ALTERAÇÃO DE CLASSE EM 09.05.2012 (0220)
NUM. : 0007776-04.2008.4.02.5101 OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO
CNJ EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS.
APTE : FRANCOISE FERREIRA DUTRA
ADV : LUIZ GOMES DOS REIS NETO E PROCESS : 2007.51.10.000753-7 (200751100007537)
OUTROS O 548032 - APELRE RJ
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF NUM. : 0000753-14.2007.4.02.5110
ADV : SEM ADVOGADO CNJ
RELATO : DES.FED. REIS FRIEDE - 7A.TURMA APTE : UNIAO FEDERAL
R ESPECIALIZADA APTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
REDISTRIB. PARA ORGÃO JULGADOR EM 09.05.2012 (0217) SOCIAL - INSS
OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO PROC : MARIA CLARA DE M COSENDEY
EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS. APDO : ROSANGELA ALBINO MORAES E
OUTROS
PROCESS : 2007.51.01.018972-9 (200751010189729) ADV : SELMA MACIEIRA GRANADO
O 421839 - AC RJ RMTE : JUIZO FEDERAL DA 4A VARA DE SAO
NUM. : 0018972-05.2007.4.02.5101 JOAO DE MERITI-RJ
CNJ RELATO : DES.FED. REIS FRIEDE - 7A.TURMA
APTE : IRANYR MARSICANO PEIXOTO E R ESPECIALIZADA
OUTRO ALTERAÇÃO DE CLASSE EM 09.05.2012 (0221)
ADV : LEONARDO P MEIRELLES QUINTELLA OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO
APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF EM VISTA A REMESSA DE FLS. 161.
ADV : LEILA MATHEUS REGA E OUTROS
RELATO : DES.FED. JOSÉ ANTONIO NEIVA - PROCESS : 2009.51.01.019823-5 (200951010198235)
R 7A.TURMA ESPECIALIZADA O 547812 - APELRE RJ
REDISTRIB. PARA ORGÃO JULGADOR EM 09.05.2012 (0218) NUM. : 0019823-73.2009.4.02.5101
OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO CNJ
EM VISTA O R. DESPACHO DE FLS. APTE : MARIA DE LOURDES RODRIGUES DOS
SANTOS
PROCESS : 2010.51.01.800948-0 (201051018009480) ADV : JULIANO BIZZO NETTO
O 505180 - APELRE RJ APDO : UNIAO FEDERAL
NUM. : 0800948-85.2010.4.02.5101 RMTE : JUIZO FEDERAL DA 1A VARA DE
MAGE-RJ
RELATO : DES.FED. REIS FRIEDE - 7A.TURMA
R ESPECIALIZADA
ALTERAÇÃO DE CLASSE EM 09.05.2012 (0222)
OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO

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EM VISTA REMESSA DE FLS. 158.

PROCESS : 2008.51.02.005082-0 (200851020050820)


O 522319 - APELRE RJ
NUM. : 0005082-59.2008.4.02.5102
CNJ
APTE : UNIAO FEDERAL PROCESS : 2001.51.01.008673-2 (200151010086732)
APDO : ETIENE FELIX CORREIA RUFINO E O 50753 - AMS RJ
OUTRO NUM. : 0008673-76.2001.4.02.5101
ADV : JOSE DE ALMEIDA FERREIRA FILHO CNJ
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 2A VARA DE APTE : MTRADING COM/ IMP/ EXP/ LTDA E
NITEROI-RJ OUTRO
RELATO : DES.FED. JOSÉ ANTONIO NEIVA - ADV : JOSE OSWALDO CORREA E OUTROS
R 7A.TURMA ESPECIALIZADA APDO : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
ALTERAÇÃO DE CLASSE EM 09.05.2012 (0223) NACIONAL
OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO -
EM VISTA A REMESSA DE FLS. 278. R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
ATRIBUIÇÃO POR SUCESSÃO EM 09.05.2012 (0227)
PROCESS : 2011.50.02.000846-0 (201150020008460)
O 548090 - APELRE ES PROCESS : 2011.02.01.008987-6 (201151180000120)
NUM. : 0000846-68.2011.4.02.5002 O 201651 - AG RJ
CNJ NUM. : 0008987-47.2011.4.02.0000
APTE : CONSELHO REG. DE ENGEN. ARQUIT. CNJ
E AGRON. - CREA/ES AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
ADV : NICOLE PORCARO BRASIL E OUTRO NACIONAL
APDO : PATRICIA GONÇALVES FARIA AGRDO : CORREIA E ROCHA COMERCIO DE
ADV : FELIPE BARBOSA DE PAIVA TABACOS LTDA
RMTE : JUIZO DA 3A VARA FEDERAL CIVEL ADV : SEM ADVOGADO
DE VITORIA-ES RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO -
RELATO : DES.FED. JOSÉ ANTONIO NEIVA - R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
R 7A.TURMA ESPECIALIZADA ATRIBUIÇÃO POR SUCESSÃO EM 09.05.2012 (0228)
OBS : PROCESSO REDISTRIBUÍDO TENDO
EM VISTA A REMESSA DE FLS. 109. PROCESS : 2011.02.01.009536-0 (200851100001564)
ALTERAÇÃO DE CLASSE EM 09.05.2012 (0224) O 202065 - AG RJ
NUM. : 0009536-57.2011.4.02.0000
PROCESS : 2007.51.01.025342-0 (200751010253420) CNJ
O 431826 - APELRE RJ AGRTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NUM. : 0025342-97.2007.4.02.5101 NACIONAL
CNJ AGRDO : ANDERSON HENRIQUE BARBOSA
APTE : G.GORDILHO ADVOGADOS ADV : SEM ADVOGADO
ASSOCIADOS RELATO : DES.FED. JOSE F. NEVES NETO -
ADV : RICARDO ALMEIDA RIBEIRO DA R 4A.TURMA ESPECIALIZADA
SILVA E OUTROS ATRIBUIÇÃO POR SUCESSÃO EM 09.05.2012 (0229)
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA
NACIONAL QUADRO DEMONSTRATIVO DA DISTRIBUIÇÃO DE 09.05.2012
APDO : OS MESMOS
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 6A VARA-RJ DESEMBARG EN AT 1R 2R DIS RE TO
RELATO : J.F.CONV. THEOPHILO MIGUEL - ADOR C RI EG EG T DI TA
R 3A.TURMA ESPECIALIZADA L
ATRIBUIÇÃO POR SUCESSÃO EM 09.05.2012 (0225) FREDERICO 0 0 0 0 4 2 6
GUEIROS
PROCESS : 2003.51.01.516137-6 (200351015161376) ANTONIO 0 0 0 0 7 0 7
O 443177 - AC RJ IVAN ATHIÉ
NUM. : 0516137-26.2003.4.02.5101 LANA 0 0 0 0 11 2 13
CNJ REGUEIRA
APTE : UNIAO FEDERAL / FAZENDA PAULO 0 0 0 0 11 0 11
NACIONAL ESPIRITO
APDO : SBC COM/ INTERNACIONAL LTDA E SANTO
OUTROS NIZETE 0 0 0 0 11 0 11
ADV : RICARDO FERNANDES MAGALHAES LOBATO
DA SILVEIRA E OUTROS CARMO
RELATO : J.F.CONV. ALUISIO GONCALVES DE VERA LÚCIA 1 0 0 0 6 0 7
R CASTRO MENDES - 3A.TURMA ESPE LIMA
ATRIBUIÇÃO POR SUCESSÃO EM 09.05.2012 (0226) LUIZ 1 0 0 0 14 3 18
ANTONIO
SOARES
SALETE 0 0 0 0 8 3 11
MACCALÓZ
THEOPHILO 0 1 0 0 11 3 15

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MIGUEL
GUILHERME 0 0 0 0 5 1 6
COUTO DE
CASTRO
GUILHERME 0 0 0 0 6 1 7
DIEFENTHAE
LER PROCESS : 2006.50.01.009233-8 (200650010092338)
LILIANE 1 0 0 0 8 1 10 O 548592 - APELRE ES
RORIZ NUM. : 0009233-51.2006.4.02.5001
SERGIO 0 0 0 0 6 1 7 CNJ
SCHWAITZER APTE : UNIAO FEDERAL
POUL ERIK 1 0 0 0 11 0 12 APDO : RODRIGO PIMENTEL JEVEAUX
DYRLUND ADV : LUIS FERNANDO NOGUEIRA
RICARDO 1 0 0 0 6 0 7 MOREIRA E OUTROS
PERLINGEIRO RMTE : JUIZO DA 2A VARA FEDERAL CIVEL
LUIZ PAULO 0 0 0 0 6 0 6 DE VITORIA-ES
DA SILVA RELATO : DES.FED. VERA LÚCIA LIMA (0002)
ARAUJO R
FILHO
REIS FRIEDE 1 0 0 0 4 3 8 PROCESS : 2006.51.01.007864-2 (200651010078642)
JOSE F . 0 3 0 0 10 1 14 O 548565 - AC RJ
NEVES NETO NUM. : 0007864-13.2006.4.02.5101
GUILHERME 0 0 0 0 7 0 7 CNJ
CALMON : 200651010230130
NOGUEIRA APTE : ODEMAR PEREIRA DE LIMA
DA GAMA ADV : CARLOS HENRIQUE GOMES
JOSÉ 1 0 0 0 5 7 13 APDO : UNIAO FEDERAL
ANTONIO RELATO : DES.FED. POUL ERIK DYRLUND (0003)
NEIVA R
ALUISIO 0 1 0 0 13 1 15
GONCALVES PROCESS : 2006.51.01.023836-0 (200651010238360)
DE CASTRO O 548509 - AC RJ
MENDES NUM. : 0023836-23.2006.4.02.5101
ABEL GOMES 1 0 0 0 9 0 10 CNJ
MESSOD 0 0 0 0 10 1 11 APTE : RUI XAVIER DA SILVA
AZULAY ADV : MARCIO ALVIM DE ALMEIDA E
NETO OUTROS
MARCELO 0 0 0 0 5 0 5 APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF E
PEREIRA DA OUTRO
SILVA ADV : OCTAVIO CAIO MORA Y ARAUJO DE
TOTAL 8 5 0 0 194 30 237 COUTO E SILVA E OUTROS
APDO : SUL AMERICA COMPANHIA
NACIONAL DE SEGUROS
PROCESSOS REMETIDOS PARA ANÁLISE DE CORRELAÇÃO: ADV : RICARDO ADOLFO LABANCA BASTOS
E OUTROS
PROCESS : 2002.51.07.000388-4 (200251070003884) RELATO : DES.FED. JOSÉ ANTONIO NEIVA (0004)
O 9683 - ACR RJ R
NUM. : 0000388-42.2002.4.02.5107
CNJ PROCESS : 2007.51.01.017546-9 (200751010175469)
: 200251070003136 O 548547 - AC RJ
APTE : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL NUM. : 0017546-55.2007.4.02.5101
APDO : CARMEM SALLES DE OLIVEIRA CNJ
MARTINS : 200851010183800
ADV : ALEXANDRE DE BARROS E CASTRO E APTE : ELIZIER SABINO DOS SANTOS JUNIOR
OUTROS ADV : PAULO RENATO DE AGUIAR MORAES
APTE : LUIZ FRANCISCO FIORATO ALVES
ADV : UBIRATAN CUSTODIO E OUTROS APDO : SERVICO FEDERAL DE
APTE : CARMEM SALLES DE OLIVEIRA PROCESSAMENTO DE DADOS -
MARTINS SERPRO
ADV : ALEXANDRE DE BARROS E CASTRO E ADV : FERNANDA TERCAS MARQUES DA
OUTROS COSTA E OUTROS
APDO : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL APDO : FUNDACAO UNIVERSIDADE DE
RELATO : DES.FED. ABEL GOMES (0001) BRASILIA - FUB
R PROC : ALEXANDER ALI SHAH
RELATO : DES.FED. SERGIO FELTRIN CORREA
R (0005)

PROCESS : 2009.51.01.019765-6 (200951010197656)


O 548527 - APELRE RJ

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NUM. : 0019765-70.2009.4.02.5101
CNJ
: 200751010284568
APTE : UNIAO FEDERAL/FAZENDA
NACIONAL
APDO : HERMES DE SOUZA 2006.51.01.024162-
ADV : DANIELLE DA MOTTA AZEVEDO E 0
OUTROS
ALBERTO MYRKO 2012.02.01.005505-
RMTE : JUIZO FEDERAL DA 2A VARA DE
OLIVEIRA SANTOS RJ075662 6
NITEROI-RJ
ALBERTO VENANCIO 2012.02.01.006020-
RELATO : DES.FED. LUIZ ANTONIO SOARES
FILHO RJ008367 9
R (0006)
ALCINA MARIA COSTA 2012.02.01.005912-
PROCESS : 2009.51.01.806239-9 (200951018062399) NOGUEIRA LOPES ES00297B 8
O 2955 - RSE RJ ALEXANDRA ABDO 2010.51.01.514855-
NUM. : 0806239-03.2009.4.02.5101 BARRETO 8
CNJ ALEXANDRE DE 2002.51.07.000318-
: 200951018140696 BARROS E CASTRO RJ145022 5
RECTE : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL ALEXANDRE KUWADA 2009.51.01.029000-
RECDO : MIGUEL SANCHES FILHO OBERG FERRAZ RJ080429 0
ADV : PAULO SERGIO NUNES DE ALMEIDA ALEXANDRE MENEZES 2010.51.01.012395-
RELATO : DES.FED. LILIANE RORIZ (0007) MELLO RJ085636 0
R ALFREDO FERNANDES 2012.02.01.005898-
PEREIRA RJ085204 7
PROCESS : 2012.02.01.006025-8 (201051010129719) ALINE THEREZINO
O 212420 - AG RJ RODRIGUES FRANCISCO 2009.51.04.003162-
NUM. : 0006025-17.2012.4.02.0000 D 8
CNJ 2010.51.01.800948-
: 9500088282 ALOYSIO SILVA JUNIOR RJ057336 0
AGRTE : LUIZ FERNANDO PINTO PALHARES 2012.02.01.006016-
ADV : LUIZ FERNANDO PINTO PALHARES AMANDA L. CUNHA RJ122660 7
AGRDO : UNIAO FEDERAL AMERICO AUGUSTO 2012.02.01.004890-
RELATO : DES.FED. REIS FRIEDE (0008) BELCHOR RJ038168 8
R ANA CLAUDIA DIOGO 2012.02.01.005922-
TAVARES RJ128986 0
T E R M O D E E N C E R R A M E N T O - 2ª V I A
ANA CLAUDIA VILLA 2005.51.01.017646-
NOVA PESSANHA DE SO RJ100501 5
Contém a presente ata a distribuição de 0229 feitos, realizada por
ANA MARIA DE SOUZA 2012.02.01.004897-
processamento eletrônico de dados e 0008 encaminhados para
FLORIANO RJ031786 0
verificação de correlação totalizando, 0033 folhas, todas por mim
conferidas e rubricadas. (a) ............................ (Rui de Araújo Santos), ANDRE GOMES DE 2008.51.01.002281-
Diretor da Secretaria de Atividades Judiciárias. OLIVEIRA RJ085266 5
ANDRE MANGINI 2005.51.01.522526-
Rio de Janeiro - RJ, 09 de maio de 2012. ANTONELLI RJ039457 0
ANDREA BANDEIRA 2012.02.01.006002-
MARIA HELENA CISNE DOS SANTOS RJ079503 7
DESEMBARGADORA FEDERAL ANDREIA AVELAR 2007.51.01.007031-
PRESIDENTE CLEMENTE RJ109632 3
ANTONIO EMILIO 2007.51.01.002720-
CAPORALI RJ080714 1
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO 2007.51.01.003278-
SECRETARIA DE ATIVIDADES JUDICIÁRIAS 6
ÍNDICES POR ADVOGADO DOS FEITOS DISTRIBUÍDOS EM 2008.51.01.009881-
09.05.2012. 9
ANTONIO FABIANO 2012.02.01.005911-
ALVARES LADISLAU RJ068032 6
Código 2012.02.01.004894-
Nome do Advogado OAB Número do Processo ANTONIO JOSE MANSUR RJ088367 5
ADRIANA REIS DE 2010.51.08.000532- ANTONIO JUSTINO 2009.50.02.000003-
PAULA 1 COSTA ES010887 0
2012.02.01.005990- ARISTARTE
6 GONCALVES LEITE 2012.02.01.005900-
ADRIANA RIBEIRO DOS 2005.51.01.009057- JUNIOR DF003780 1
SANTOS LIMA RJ133855 1 ARTHUR CARLOS DA 2006.51.01.014263-
SILVA RJ071499 0
ARTHUR OLIVEIRA DE 2008.51.04.002053-
CARVALHO 5
AURIVAL JORGE 1996.51.01.014068-
PARDAUIL SILVA RJ000821 6

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2009.51.01.011585-
8
BARBARA DILASCIO DE 2009.51.04.000579-
ALMEIDA 4
2009.51.04.003470-
8 CLAUDIA CARLA 2012.02.01.006014-
BRUNA DADDARIO 2012.02.01.005505- ANTONACCI ES007873 3
ORTIZ PRESTES 6 2010.51.01.002705-
BRUNA SARMENTO DOS 2007.51.01.813370- CLAUDIA JAKOBI RJ146436 4
SANTOS RJ113351 1 CLAUDIA MARIA 2004.51.06.000918-
2009.51.04.002940- FERRARI BARBOSA RJ049430 7
BRUNO BOCK RJ120970 3 CLAUDIO MOREIRA DA 2007.51.17.006226-
BRUNO DE SOUZA 2009.51.04.002940- ANUNCIACAO RJ148826 4
GUERRA RJ129011 3 2012.02.01.004893-
BRUNO MACHADO 2012.02.01.006064- CLESIO DOS SANTOS RJ048183 3
EIRAS RJ112579 7 CRISPIM JOSE DOS 2010.51.01.021471-
BRUNO VAZ DE 2007.51.01.021434- SANTOS RJ082107 1
CARVALHO RJ097626 7 CRISTINA CIDADE DA 2003.51.02.004941-
CARLOS ALBERTO 2012.02.01.005922- SILVA GUIMARAES RJ138017 8
MEDEIROS MAGALHAES RJ076656 0 CRISTINA NOGUEIRA 2010.02.01.017013-
CARLOS ALBERTO 2012.02.01.004888- DUARTE RJ085912 4
RIBEIRO ALVES 0 CRISTINA SUEMI 2003.51.02.004941-
CARLOS EDUARDO 2008.51.01.004533- KAWAY STAMATO RJ123502 8
LEITE SABOYA RJ110265 5 DAMIAO PEREIRA DOS 2009.51.01.525071-
CARLOS LENO DE 2003.51.01.523350- SANTOS RJ043647 5
MORAES SARMENTO RJ075458 8 DANIEL PARACAMPOS 2005.51.01.017646-
CARLOS MARCOS 2007.51.06.001198- PATACO RJ113724 5
BATISTA DE MELO RJ075704 5 DANIELLE DE
CARLOS MARTINS DE 2012.02.01.006009- ALEXANDRE 2012.02.01.005903-
OLIVEIRA RJ019608 0 LOURENCO RJ116610 7
CARLOS VARGAS 2003.51.10.005710- DANIELLE RODRIGUES 2012.02.01.005905-
FARIAS RJ074153 9 DE SOUSA RJ123989 0
CARMEN SYLVIA ELY 2012.02.01.005909- 2012.02.01.005991-
DE SA FREIRE RJ055898 8 8
CAROLINA CARVALHO 2010.51.01.524877- DARLENE DA COSTA DA 2004.51.54.003086-
EFFGEN RJ130500 2 SILVA RJ087509 0
2011.51.01.500101- DECIO FLAVIO
1 GONCALVES TORRES RJ002255 2012.02.01.005999-
2012.02.01.005992- FREIRE A 2
0 DEFENSOR PUBLICO DA 2010.51.01.001811-
2012.02.01.005993- UNIAO 9
1 2002.02.01.005359-
2012.02.01.005994- DEFENSORIA PUBLICA 5
3 DEFENSORIA PUBLICA - 2012.02.01.005913-
2012.02.01.005995- RJ 0
5 2012.02.01.005914-
2012.02.01.005996- 1
7 DEFENSORIA PUBLICA 1998.51.01.063223-
2012.02.01.006000- DA UNIAO 3
3 2001.51.02.000415-
2012.02.01.006028- 3
3 2006.51.01.014432-
CELESTINO RAIMUNDO 2009.51.04.002940- 8
RESENDE RJ061610 3 2007.51.01.002720-
2004.51.04.000188- 1
CELIO VENTURA RJ065132 2 2007.51.01.003278-
6
CELSO PINTO DE 2003.51.01.514892- 2008.51.01.815865-
MIRANDA RJ091464 0 9
2012.02.01.004888- 2009.51.01.011585-
CEZAR DE ALMEIDA RJ005960 0 8
2009.51.01.029000-
0
2009.51.17.000269-
0
2010.51.01.803678-
0

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Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
2011.51.01.490286-
9
2011.51.01.806733-
1
2012.02.01.005903-
7 FATIMA MARIA
2012.02.01.005917- AMARAL TAVARES 2012.02.01.006026-
7 PAES RJ059135 0
2012.02.01.006069- FELIPE BARBOSA DE 2011.50.02.000846-
6 PAIVA RJ164194 0
DEFENSORIA PUBLICA 2012.02.01.006010- FELIZUMIR DIAS 2007.51.01.023259-
ESTADUAL - RJ 6 RIBEIRO RJ050916 3
2012.02.01.006012- FILIPE MIGUEL LOPES 2004.51.06.000918-
0 PIMPAREL RJ130813 7
2012.02.01.006018- FLAVIA CORREA 2003.51.10.005710-
0 AZEREDO 9
DEFENSORIA PUBLICA- 2012.02.01.004887- 1993.51.01.026055-
RJ 8 FLAVIO JORGE MARTINS RJ032442 1
2012.02.01.004921- FLAVIO TELES 2009.50.01.014150-
4 FILOGONIO 8
2012.02.01.005990- FLORIANO ARTHUR
DENISE CORREA NUNES RJ142321 6 VASCONCELOS DE 2012.02.01.005989-
DILMAR BRUM DE 1998.51.01.000645- MIRAND RJ075648 0
OLIVEIRA RJ070857 0 FONTAINE DE ARAUJO 2009.51.17.000192-
DONOVAN MAZZA 2008.51.01.509725- SILVA RN004773 2
LESSA RJ121282 8 2004.51.06.000918-
2010.02.01.006169- FRANK LARRUBIA SHIH 7
2 FREDERICO FELIPE DE 1997.51.01.067780-
2012.02.01.005904- ALMEIDA ROCHA RJ136059 7
EDIS MILARE SP129895 9 1990.51.01.003011-
RJ112792 2008.51.01.002909- GABRIEL QUINTELLA RJ108987 8
EDUARDO MANEIRA A 3 GARY DE OLIVEIRA BON 2005.51.01.011167-
ELIANE DURAES 2010.51.01.021067- ALI RJ004474 7
CAMPOS RJ063064 5 2008.51.01.004533-
MG03310 2010.51.01.005246- 5
ELIAS OTAVIO DIAS 5 2 GENILSON GARCIA 2010.51.08.000532-
ELIEL SANTOS 2007.51.01.021434- LOPES RJ104026 1
JACINTHO RJ059663 7 GERALDO MARCELINO 2009.51.04.000579-
2012.02.01.005898- DE FREITAS JUNIOR RJ152212 4
7 GERSON DE CARVALHO 2009.51.01.017439-
ELISABETH SIQUEIRA 2010.51.17.002149- FRAGOZO RJ106445 5
GONCALVES DUARTE RJ122342 2 GETULIO DE VITA 2005.50.02.000337-
ELTON NOBRE DE 2009.51.01.004295- RODRIGUES ES002751 1
OLIVEIRA RJ068058 8 GILSON BATISTA 2007.51.17.006226-
2012.02.01.005911- TAVARES RJ030748 4
ELVIRA REBELLO 6 GUILHERME DEMETRIO 2012.02.01.005997-
ENEIDA MARIA DOS 2009.51.01.811009- MONTEIRO RODRIGUES RJ145965 9
SANTOS 6 MG08688 2012.02.01.005902-
2010.51.01.801910- GUSTAVO A M BERNER 7 5
1 GUSTAVO AFONSO MG86887 2012.02.01.005921-
ENIA ROSE DE BRITO 1993.51.01.026055- MELLO BERNER B 9
PIMENTA RJ045599 1 GUSTAVO AUGUSTO 2004.51.04.000188-
2012.02.01.006014- FREITAS DE LIMA 2
ERIKA SEIBEL PINTO ES009181 3 GUSTAVO VILELA 2012.02.01.006007-
EURIVALDO NEVES 2006.51.06.001460- MONTEIRO SALVINI RJ016257 6
BEZERRA RJ096471 0 HADYR GRACIE BRITO 2012.02.01.005946-
EVANDRO GARCIA 2006.51.01.020020- DE ALMEIDA RJ059344 3
GOMES RJ072214 4 HELTON TEIXEIRA 2008.50.01.010128-
RAMOS ES009510 2
FABIO HENRIQUE 2012.02.01.005923- 2009.50.01.014150-
ANDRADE DOS SANTOS RJ133340 2 8
HENRIQUE FELIPE 1990.51.01.003011-
FERREIRA RJ134106 8
HERBERTH MEDEIROS 2005.51.01.009057-
SAMPAIO RJ101253 1
2006.51.01.024162-
0

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HUMBERTO JANSEN 1994.51.01.011728-
MACHADO RJ013911 0
IZABEL MEIRA COELHO 2011.51.01.007916-
LEMGRUBER PORTO 2
2004.50.01.007986-
JANICE MUNIZ DE MELO 6 2009.51.01.019823-
2005.50.02.001009- 5
JOAO CARLOS ASSAD ES001035 0 2011.51.01.000330-
JOAO CARLOS DE 3
GOUVEIA FERREIRA 2008.50.01.010128- JULIO CESAR LEMOS 2012.02.01.005907-
DOS S 2 DOS SANTOS RJ101021 4
JOAO CARLOS L. VAZ 2003.02.01.014757- JUSSARA BORGES DE 2005.51.54.000065-
MARQUES LEZIRIA RJ065392 0 LIMA RJ111488 2
JOAO FELIPE PONTES 2012.02.01.004921- 2006.51.01.014432-
SINATTI 4 KAREN FARAH ARRUDA 8
JOAQUIM DO AMARAL 1998.51.01.000645- KELI CRISTINA 2009.51.01.017439-
FILHO RJ031043 0 BEZERRA LINHARES RJ081312 5
JORGE ANTONIO 2012.02.01.006015- LAIZA MARIA DE JESUS 1998.51.01.063223-
CULUCHI RJ041449 5 VIEIRA RJ115518 3
JORGE FERNANDO 2012.02.01.005920- 2012.02.01.005492-
PETRA DE MACEDO ES007152 7 LEANDRO FERNANDES SP266949 1
JORGE GAVINO 2007.51.01.024407- LEANDRO JOSE 1992.51.01.081768-
SOBRINHO 8 TEIXEIRA SIMAO RJ068151 1
JORGE LUIZ DO 2011.51.01.490409- LEANDRO RODRIGUES 2009.51.02.003120-
NASCIMENTO NAUS RJ142762 0 SANDIN RJ153475 9
JORGE SANTANA 2009.51.01.021046- 2007.51.01.018972-
QUEIROZ RJ056145 6 LEILA MATHEUS REGA RJ123747 9
JOSE ALFREDO BARROS 2008.51.04.000739- LEONARDO FAUSTINO 2012.02.01.005901-
DA SILVA REIS NET 7 LIMA RJ123287 3
JOSE CARLOS DE 1992.51.01.081768- LEONARDO FIRME LEAO 2009.50.01.008003-
OLIVEIRA E SILVA RJ060096 1 BORGES ES008760 9
JOSE DE ALMEIDA 2008.51.02.005082- LEONARDO JUNHO 2004.50.02.000812-
FERREIRA FILHO RJ029843 0 GARCIA ES010864 1
JOSE HERCULES 1996.51.01.014068- 2012.02.01.005919-
FERREIRA NUNES RJ062193 6 0
JOSE OSWALDO 2001.51.01.008673- LEONARDO P 2007.51.01.018972-
CORREA RJ012667 2 MEIRELLES QUINTELLA RJ113921 9
JOSE PAULO MEIRA 1999.51.01.075715- LETICIA MARQUES DO 2003.51.01.003132-
FILHO 0 NASCIMENTO RJ097702 6
JOSE WESTON DE 2012.02.01.005916- 2012.02.01.004901-
MEIRELES RJ138955 5 LIA VIZEU GIL 9
JOSEMAR LEAL 2012.02.01.005913- LILIAN BARROS DA 2011.51.01.808279-
PESSANHA RJ043043 0 SILVEIRA SIQUEIRA 4
2012.02.01.005914- LUCIANO BANDEIRA 2012.02.01.006009-
1 ARANTES RJ085276 0
2012.02.01.006010- LUCIANO JOSE RIBEIRO 2009.50.02.000003-
6 DE VASCONCELOS F 0
2012.02.01.006012- LUCIANO SALDANHA 1998.51.01.063223-
0 COELHO RJ076271 3
JOSEMAR LEAL 2012.02.01.004887- LUCIMAR DO ROSARIO 2009.51.01.808218-
PESSANHA 8 SOARES RJ090559 0
2002.51.07.000318- LUIS EDUARDO DE 1994.51.01.016358-
JOSIANE L. DE CASTRO RJ154192 5 ATHAYDE VIEIRA RJ103763 6
JUCIARA BRITO 2012.02.01.005924- LUIS HENRIQUE ANDRE 2005.51.01.017646-
CAMARGO ES009367 4 DA SILVA RJ089142 5
JULIANA PIMENTEL DE 2003.51.01.523350- 2011.51.01.805294-
ALMEIDA 8 LUIS LAGO DOS SANTOS RJ081588 7
2007.51.10.007862- LUIZ ALBERTO CABRAL 2008.51.01.809661-
JULIANO BIZZO NETTO RJ132796 3 DE MELLO JUNIOR RJ150516 7
2008.51.01.011736- LUIZ ANTONIO PEREIRA 2004.51.01.020065-
0 MADEIRA 7
LUIZ CARLOS ALVES 2012.02.01.006023-
CARNEIRO RJ061219 4
2000.02.01.060532-
LUIZ CARLOS DE ABREU RJ003865 7
2000.51.01.019904-
LUIZ FELIPE CONDE 2

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LUIZ GOMES DOS REIS 2008.51.01.007776-
NETO RJ059169 2
LUIZ ROBERTO LEVEN 2007.51.01.015235-
SIANO RJ094122 4
MANOEL MARTINS 2012.02.01.004891-
ESTEVES RJ155466 0 MARIA NAZARET DE 2012.02.01.005919-
2012.02.01.004892- CASTRO BATISTA ES013876 0
1 2012.02.01.006013-
MARCELLO TEIXEIRA 2012.02.01.005899- MARIA RITA FERRAGUT SP128779 1
BITTENCOURT 9 MARIANA CORREA 2009.51.01.813946-
MARCELO CARLOS 2008.51.08.000454- MARQUES PINTO RJ153813 3
CASTRO RJ109428 1 2012.02.01.004901-
MARCELO CORDEIRO 2008.50.01.016178- MARILU FREITAS RJ122529 9
ALVARENGA ES015131 3 MARINA RODRIGUES DE 1988.51.01.011099-
2011.02.01.001811- SOUZA RJ072580 5
MARCELO DAVIDOVICH RJ053782 0 MARIO DE CASTRO 2012.02.01.005901-
MARCELO MANOEL DA 2005.51.01.016407- SILVA RJ084810 3
SILVA RJ077066 4 MARIO DE SOUZA MG12007 2011.50.01.002490-
MARCELO MUNIZ 2011.51.01.490266- GOMES 5 0
SOUSA RJ106155 3 2008.51.04.002053-
MARCELO NOVELINO 2012.02.01.004892- MARIZA SILVA SANTOS RJ080032 5
CAMARGO 1 MAX ANDRE FERREIRA 2012.02.01.006066-
MARCELO OLIVEIRA 2001.51.01.015720- DA SILVA RJ130792 0
ROCHA RJ002683 9 MELAINE CHANTAL 2012.02.01.005899-
MARCELO OLIVEIRA RJ002683 2012.02.01.006020- MEDEIROS ROUGE RJ104771 9
ROCHA A 9 MOISES PEDRO 2005.51.01.016407-
MARCELO SMARZANO 2004.50.02.000812- TEIXEIRA RJ123017 4
MATOS ES008838 1 2006.51.01.000911-
MARCIO ANDRE 1997.51.01.067780- MONICA SALES CABRAL RJ122359 5
MENDES COSTA RJ074823 7 MONICA TEIXEIRA
2001.51.10.001818- FARIA GUIMARAES 2010.51.01.001811-
1 ARKAD RJ063458 9
MARCIO MESQUITA 2010.51.13.000515- NICOLE PORCARO 2011.50.02.000846-
MALAFAIA RJ085305 3 BRASIL ES011101 0
MARCIO MIRANDA DE 2011.51.01.007916- NUBIA MARINHO DE 2008.51.08.000409-
SOUZA RJ108564 2 SOUZA RJ123796 7
MARCO ANTONIO DE 2010.51.01.803678- OLYNTHO JOSE 2002.51.01.006016-
ANDRADE 0 TITONELI ALVIM 4
MARCO ANTONIO GAMA 2012.02.01.005910- 2009.51.04.003470-
BARRETO ES009440 4 OSWALDO DA SILVA RJ058308 8
MARCO ANTONIO 2007.51.01.030602- PATRICIA ALVIM 2012.02.01.004893-
HURTADO RJ085157 3 FIGUEIREDO 3
MARCOS JOSE NOVAES 2007.51.01.026677- PATRICIA DA SILVA 2012.02.01.004897-
DOS SANTOS RJ098805 3 BOTELHO DE CASTRO 0
MARCOS VINICIUS 2009.51.01.813946- PATRICIA VAIRAO 2011.51.01.010026-
RAYOL SOLA RJ168929 3 CARELLI VIEIRA RJ069386 6
MARCUS ALEXANDRE 2001.51.01.005283- PAULO FERNANDO DE 2006.51.06.001460-
SIQUEIRA MELO RJ065342 7 FARIA PEREIRA 0
MARCUS COSENDEY 2010.51.01.005246- PAULO MALTA DE
PERLINGEIRO RJ096965 2 ALBUQUERQUE 2012.02.01.005918-
MARIA CLARA DE M 2007.51.10.000753- MARANHÃO J RJ051007 9
COSENDEY 7 PAULO SERGIO NUNES 2009.51.01.811009-
MARIA CRISTINA M. DE 2001.51.01.015720- DE ALMEIDA RJ052935 6
B. AMOREIRA RJ067861 9 2005.50.02.001398-
MARIA DUARTE 2012.02.01.005908- PEDRO PAULO BICAS 4
BORGES PEREIRA RJ123007 6 RAONI DA CRUZ 2010.51.01.005246-
MARIA HELENA CHAVES RJ108845 2
PULCHERIO DE 2012.02.01.004891- RICARDO ALMEIDA 2007.51.01.025342-
ANDRADE 0 RIBEIRO DA SILVA RJ081438 0
2000.51.01.019904- RICARDO CANELLAS 2011.51.01.808279-
MARIA INES MURGEL RJ114798 2 RINALDI JUNIOR RJ114491 4
RICARDO FERNANDES 2003.51.01.516137-
MAGALHAES DA SILVEI RJ087849 6
RICARDO GOMES DE 2012.02.01.006022-
MENDONCA RJ066685 2
ROBERTA CARIDADE 2004.51.01.020065-
MARIANO DE CAMPOS RJ124497 7

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ROBERTO CARDOSO
PONTES DE MIRANDA 2009.51.01.008877-
FIL RJ096295 6
ROBERTO EDWARD 2012.02.01.006001-
HALBOUTI RJ016926 5
ROBERTO LANDES DA 2012.02.01.006006- 1998.51.01.050996-
SILVA JUNIOR RJ126188 4 4
ROBERTO PAULO 2007.51.17.006226-
OLIVEIRA AZEVEDO RJ104218 4 1998.51.01.056376-
ROBERTO SELVA 4
CARNEIRO MONTEIRO 2012.02.01.006027- 1998.51.06.703953-
FILHO RJ144373 1 5
RODRIGO GASPAR DE 2012.02.01.006001- 1999.51.01.064448-
MELLO 5 3
2009.51.01.808218- 1999.51.01.075715-
RODRIGO LYCHOWSKI 0 0
2010.51.01.800948- 2001.51.01.507699-
0 6
RODRIGO SALES DOS 2008.50.01.016178- 2001.51.01.518581-
SANTOS ES009196 3 5
ROGERIO FONTES DE 2012.02.01.005998- 2001.51.01.537002-
SIQUEIRA RJ076678 0 3
2008.51.01.009580- 2001.51.01.540530-
ROGERIO MACIEL RJ055718 6 0
ROMEU FERNANDO 2012.02.01.005915- 2002.51.01.511861-
CARVALHO DE SOUZA RJ065722 3 2
ROMULO OLIVEIRA DE 2012.02.01.006024- 2002.51.01.512117-
SOUZA PINTO RJ131061 6 9
RONALD CARDOSO 2012.02.01.006008- 2002.51.01.536286-
ALEXANDRINO RJ001678 8 9
2009.51.01.027934- 2003.51.01.532021-
ROSANA ALVES RAMOS RJ063413 0 1
ROSANGELA PEREIRA 2003.51.14.000289- 2004.51.01.522700-
DA SILVA QUEIROBIM RJ111353 2 8
2010.50.01.015279- 2004.51.06.002783-
ROSE MARY GRAHL ES018430 0 9
2010.51.01.801910- 2005.50.02.000337-
ROSE MARY GRAHL RJ121191 1 1
ROSEJANE SANTOS DA 2008.51.01.015215- 2006.51.01.508081-
SILVA PEREIRA RJ098081 2 0
SACHA CALMON 2006.51.01.012182- 2008.51.01.007776-
NAVARRO COELHO RJ112794 1 2
SALATIEL ANDRIOLA 2012.02.01.006011- 2008.51.01.009881-
PIZELLI RJ114429 8 9
2009.51.01.004295- 2008.51.02.000248-
SALIM SALOMAO RJ008703 8 5
SAMIRA MIRANDA 2009.50.01.000783- 2009.51.01.508638-
LYRA SCHWARTZ ES010621 0 1
2010.51.01.514855- 2009.51.01.525071-
SAMUEL GOMES FILHO RJ051280 8 5
SANDRO JOSE DE 2012.02.01.004894- 2010.51.01.524877-
OLIVEIRA COSTA 5 2
SELMA MACIEIRA 2007.51.10.000753- 2010.51.04.002495-
GRANADO RJ030610 7 0
1983.51.01.533574- 2011.02.01.008987-
SEM ADVOGADO 2 6
1988.51.01.011099- 2011.02.01.009536-
5 0
1990.51.01.027600- 2011.51.01.500101-
4 1
1997.51.01.067996- 2012.02.01.005903-
8 7
2012.02.01.005905-
0
2012.02.01.005906-
2

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2012.02.01.005907-
4
2012.02.01.005912-
8
2012.02.01.005915-
3 SERGIO RICARDO DE 2006.51.01.000911-
2012.02.01.005916- OLIVEIRA ANDRADA RJ093742 5
5
2012.02.01.005924- SERGIO RICARDO 2010.51.01.810082-
4 MAZZALA MELLO RJ104438 2
2012.02.01.005925- SERGIO ROBERTO LEAL 2004.50.01.007986-
6 DOS SANTOS ES006520 6
2012.02.01.005926- 2005.50.02.001398-
8 4
2012.02.01.005927- SERGIO RODRIGO 2005.51.01.021849-
0 CAMPOS MONTEIRO RJ107341 6
2012.02.01.005928- SERGIO TEIXEIRA 2012.02.01.006064-
1 FIRMO RJ032823 7
2012.02.01.005929- SILVERIA LUCIANA 2012.02.01.006017-
3 RIBEIRO DE SOUZA RJ129217 9
2012.02.01.005931- 2012.02.01.006019-
1 2
2012.02.01.005991- SIMONE LENGRUBER 2005.50.02.001009-
8 DARROZ ROSSONI ES004078 0
2012.02.01.005992- SORAIA GHASSAN 2012.02.01.005900-
0 SALEH RJ127572 1
2012.02.01.005993- 2008.51.04.000739-
1 STELLA MARIS VITALE RJ063123 7
2012.02.01.005994- 2009.51.04.003162-
3 8
2012.02.01.005995- STENIO CESAR
5 LUTTERBACH 2002.02.01.005359-
2012.02.01.005996- LEMGRUBER RJ005593 5
7 SYDNEY LIMEIRA 2012.02.01.006065-
2012.02.01.006000- SANCHES RJ066176 9
3 TATIANA BATISTA DE 2011.51.01.001643-
2012.02.01.006002- SOUZA D'ASSUMPCAO RJ103912 7
7 TESSIO ALEXANDRE 2008.51.01.517750-
2012.02.01.006028- RODRIGUES RJ143455 3
3 THADEU JOSE PIRAGIBE 2012.02.01.004889-
1994.51.01.016358- AFONSO 1
SEM ADVOGADO RJ999999 6 THAIS CORREA VILA 2010.51.07.000267-
2011.02.01.001811- VERDE RJ106406 0
SEM PROCURADOR 0 THIAGO COSTA 2005.50.02.001398-
2011.02.01.002551- BOLZANI 4
5 TITO LIVIO SAMPAIO 2004.51.54.003086-
2012.02.01.004890- VIEIRA 0
8 TITO LIVIO SAMPAIO 2005.51.54.000065-
2012.02.01.005910- VIEIRA RJ094832 2
4 TUTECIO GOMES DE 2001.51.01.005283-
2012.02.01.005917- MELLO RJ075478 7
7 2005.51.01.021849-
2012.02.01.006017- 6
9 2007.51.01.024407-
2012.02.01.006018- VAGNER LIMA GABRIEL RJ113888 8
0 2012.02.01.006065-
2012.02.01.006019- VALDIR VIEIRA RJ040796 9
2 VANY ROSSELINA 2005.51.01.506784-
SERGIO AUGUSTO 2009.51.01.008877- GIORDANO RJ055299 8
MALTA JUNIOR RJ062963 6 VICTOR CALDAS 2008.51.02.000248-
SERGIO PERRINI 2007.51.01.813370- WILLIAM RJ113689 5
BODART RJ047776 1 VILMAR LOBO 2010.50.01.015279-
ABDALAH JR. 0
VINICIUS DOMINGUES 2012.02.01.005492-
FERREIRA 1
VINICIUS PEREIRA 2010.51.01.002705-
MARQUES RJ118627 4

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Diário Eletrônico
DA JUSTIÇA FEDERAL DA 2ª REGIÃO
Segunda-feira, 14 de maio de 2012 Caderno Judicial TRF
VITOR SEIGARRO 2012.02.01.005988-
JUNIOR RJ104948 8
RJ001444 2002.51.01.006016-
WAINER BORGOMONI B 4
2005.51.01.011167-
WALDEMAR DECCACHE RJ046590 7
WELLINGTON 2012.02.01.004889-
BERTHOUX RJ038165 1
WILLIAM TEODORO DA 2011.02.01.002551-
SILVA FILHO RJ095879 5
WILMAR DA SILVA 2008.51.01.026529-
BAPTISTA RJ053121 3
WILSON DE CARVALHO 2003.51.01.003132-
SILVA RJ084169 6
1996.51.01.014068-
WILSON SIMOES FILHO RJ066383 6
2008.51.01.813379-
YURI SAHIONE RJ145879 1

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