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Centro Educacional André Luís

Trabalho de Matemática 1
Aluno: Gabriel Curcio Ramos Procópio 6º Ano
Professor (a): Ricardo Silva de Mello

Durante a pandemia da covid-19, escolas fecharam as portas em todo o país. Sem


previsão de fim, além do isolamento, a quarentena trouxe dúvidas sobre como fica o ano
letivo e quais alternativas professores e alunos têm para seguir com as aulas. Para
diminuir o impacto na educação dos estudantes, escolas adotaram o ensino remoto.

Entre os quase 56 milhões de alunos matriculados na educação básica e superior no


Brasil, 35% (19,5 milhões) tiveram as aulas suspensas devido à pandemia de covid-19,
enquanto que 58% (32,4 milhões) passaram a ter aulas remotas. Na rede pública, 26%
dos alunos que estão tendo aulas online não possuem acesso à internet. Esses são
alguns dos dados de pesquisa do Instituto DataSenado sobre a educação na pandemia,
divulgada nesta quarta-feira (12).

O levantamento foi apresentado pelo senador Flávio Arns (Rede-PR), vice-presidente da


Comissão de Educação (CE), em uma live nas redes sociais. A apresentação contou com
a participação de representantes do Ministério da Educação, do Conselho Nacional de
Secretários de Educação (Consed), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de
Educação (Undime) e dos movimentos Todos pela Educação e Campanha Nacional pelo
Direito à Educação.

Para Arns, os dados chamam a atenção para a grande parcela de brasileiros que depende
do ensino público e fica desassistida neste período.

“A pandemia tem mostrado a face da desigualdade no Brasil e esse dado mostra que no
acesso à educação isso não tem sido diferente. Nossa responsabilidade deve ser garantir
que todos tenham as mesmas oportunidades. Só assim poderemos avançar como país”,
analisa.

Os dados revelam que, na opinião de 63% dos pais de alunos que tiveram aulas remotas,
a qualidade do ensino diminuiu. O levantamento mostra ainda que 75% dos pais cujos
filhos tiveram aulas remotas nos últimos 30 dias preferem que as aulas voltem a ser
presenciais somente quando a pandemia acabar.

A pesquisa concluiu que estamos vivendo em uma realidade preocupante, principalmente


no que diz respeito aos quase 18 milhões de estudantes da educação básica, pois são
alunos que dependem mais dos recursos de aulas presenciais.
Na opinião de Arns, o grande número de brasileiros com aulas suspensas e a percepção
de queda da qualidade do ensino comprovam que os impactos da pandemia na educação
são severos e exigem medidas articuladas entre os sistemas de ensino no país.

“Assim como a saúde e a economia, a educação também está sendo fortemente


impactada pela pandemia. São milhões de brasileiros sem qualquer alternativa de ensino
neste período e precisamos de um plano articulado entre União, estados e municípios
para enfrentar essa realidade”, destacou o senador.

Escolas Particulares
O ensino remoto, feito atualmente pelas escolas particulares brasileiras é aprovado por
82,4% dos pais de alunos. Esse é um dos principais dados trazidos pelo “Diagnóstico
Nacional da Educação” – um estudo feito com mais de 11 mil famílias e 4 mil professores
de cerca de 300 escolas particulares brasileiras, pelo Escolas Exponenciais – líder em
pesquisa e apoio estratégico para instituições de ensino. O intuito da pesquisa foi fazer um
“Raio X” do relacionamento entre pais e instituições de ensino durante a pandemia.

Quando perguntados sobre a qualidade das aulas online, a nota média dada pelos pais é
8 e, para a qualidade da comunicação entre escolas e pais, 8,6. As ações tomadas pelas
escolas particulares durante a pandemia também estreitaram a relação com as famílias.
42,4% dos pais disseram que seu relacionamento com a gestão da escola saiu fortalecido
e 48,5% relataram que a proximidade permanece a mesma. Apenas 9,1% dos
pesquisados responderam que o laço com a escola se enfraqueceu no período.

Se por um lado os laços entre escolas e pais ficaram fortalecidos, a pesquisa mostra uma
queda na renda das famílias, o que pode trazer um impacto para o ensino privado: 71%
dos respondentes tiveram redução salarial durante a pandemia. Isso reflete também no
crescimento do número de pais que pretendem trocar os filhos de escola. Se antes do
início da quarentena esta era a intenção de 8,4% dos pais, atualmente 19,7% pensam em
mudar seus filhos de escola – sendo que 52,2% o fariam por motivos financeiros.
As secretarias de Educação buscaram diferentes soluções para oferecer o
ensino remoto durante a quarentena. No Rio de Janeiro, por exemplo, as aulas
remotas serão contabilizadas como dias letivos. Segundo a secretaria estadual,
cada unidade de ensino construiu um plano de atividades domiciliares. São
responsáveis ainda pela verificação de frequência e de aprendizagem.

FONTES:

https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2020/08/12

https://pensaraeducacao.com.br/pensaraeducacaoempauta/aulas-remotas-e-seus-desafios-em-
tempo-de-pandemia/

Pnad Covid-19) mensal, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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