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EMPRESARIAL
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
SEJA BEM-VINDO(A)!
UNIDADE I
15 Introdução
16 Ciência Contábil
32 Princípios de Contabilidade
42 Considerações Finais
50 Referências
51 Gabarito
UNIDADE II
SISTEMATIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO
55 Introdução
60 Obrigações
62 Patrimônio
67 Balanço Patrimonial
70 Ativo
74 Passivo
10
SUMÁRIO
76 Patrimônio Líquido
80 Origens e Aplicações
81 Balanços Sucessivos
86 Considerações Finais
94 Referências
95 Gabarito
UNIDADE III
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
99 Introdução
135 Referências
136 Gabarito
UNIDADE IV
139 Introdução
158 Referências
159 Gabarito
UNIDADE V
163 Introdução
185 Referências
187 Gabarito
188 CONCLUSÃO
Professora Me. Juliana Moraes da Silva
ESTRUTURA BÁSICA DA
I
UNIDADE
CONTABILIDADE
Objetivos de Aprendizagem
■■ Compreender a inserção da ciência contábil na ciência social.
■■ Diferenciar as pessoas físicas das jurídicas.
■■ Reconhecer o objeto, objetivo e usuários internos e externos da
contabilidade.
■■ Identificar os campos de atuação da contabilidade na atualidade.
■■ Conhecer os princípios de contabilidade da Resolução CFC n. 750-
1993 e alterações.
■■ Verificar os atributos da informação contábil da Resolução CFC n.
185-1995.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Ciência contábil
■■ Pessoas física e jurídica
■■ Objeto, objetivo e usuários da Contabilidade
■■ Campo de atuação da ciência contábil
■■ Princípios de Contabilidade
■■ Atributos da Informação contábil
15
INTRODUÇÃO
Introdução
16 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
©shutterstock
CIÊNCIA CONTÁBIL
Ciência Contábil
18 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
concernentes à sua aplicação prática, na solução de questões concretas.
O patrimônio também é objeto de outras ciências sociais – por exemplo, da
Economia, da Administração e do Direito – que, entretanto, o estudam por
ângulos diversos daquele da contabilidade, que o estuda nos seus aspec-
tos quantitativos e qualitativos. A contabilidade busca, primordialmente,
aprender, no sentido mais amplo possível, e entender as mutações sofridas
pelo patrimônio, tendo em vista, muitas vezes, uma visão prospectiva de
possíveis variações. As mutações tanto podem decorrer da ação do homem,
quanto, embora quase sempre secundariamente, dos efeitos da natureza
sobre o patrimônio.
Assim como as casas são feitas de pedras, a ciência é feita de fatos. Mas uma
pilha de pedras não é uma casa e uma coleção de fatos não é, necessaria-
mente, ciência.
(Jules Henri Policare)
©shutterstock
Desde os tempos mais remotos o homem procurou se agrupar, viu que sozinho,
sem ajuda mútua, não poderia sobreviver. Com o passar dos anos, passou a se
juntar, principalmente para a realização de determinados objetivos comuns ou
negócios, criando as companhias ou empresas.
Hoje, por força de lei, a pessoa natural recebe o nome de pessoa física, e as
pessoas físicas, quando identificadas por um número de Cadastro Nacional de
Pessoa Jurídica (CNPJ), são denominadas pessoas jurídicas.
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Pessoa Física Pessoa Jurídica
Figura 1 – Pessoa física e pessoa jurídica.
Pessoa Jurídica
II - as sociedades.
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
V - os partidos políticos.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
controle e de registro relativas à administração econômica.
A Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avalia-
ção destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de
natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação
à entidade objeto de contabilização (Deliberação 29/1986 da Comissão
de Valores Mobiliários).
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Objetivo da contabilidade
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
geral (para todas as empresas) ou em particular (aplicada em certo ramo de ativi-
dade ou setor da economia). Assim, no estudo da Contabilidade pode-se enfocar,
dentre outros, os seguintes ramos:
■■ Contabilidade Comercial e de Serviços.
■■ Contabilidade Industrial.
■■ Contabilidade Bancária.
■■ Contabilidade Hospitalar.
■■ Contabilidade Pública.
■■ Contabilidade Agropecuária.
■■ Contabilidade Securitária.
■■ Contabilidade de Transporte (rodoviário, marítimo, aéreo).
■■ Contabilidade das Pessoas Físicas e Atividade Rural.
■■ Contabilidade de Autônomos.
Usuários da contabilidade
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ Governo: necessita obter informações sobre as receitas e as despesas, para
poder atuar sobre o resultado operacional no que concerne a sua parcela
de tributação.
■■ Fornecedores: interessados em conhecer a situação da entidade para poder
continuar ou não as transações comerciais com a entidade, além de medir
a garantia de recebimento futuro.
■■ Clientes: interessados em medir a integridade da entidade e a garantia de
que seu pedido será atendido nas suas especificações e no tempo acordado.
■■ A qualidade da informação fornecida aos usuários deve sempre ser asse-
gurada pelos Princípios de Contabilidade.
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Condicionada às
Não está condicionada às Condicionado às
Vínculo à legislação disposições legais e
disposições legais. disposições legais.
tributárias.
Normalmente o fisco
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Deve acompanhar
Vínculo aos Princí- acompanha, mas tem
Não precisa acompanhar. todos os Princípios
pios Contábeis poder de determinar
de Contabilidade.
tratamento diferente.
Conjunto completo
Relatórios para planeja- Relatórios específicos
Produto Principal de demonstrações
mento e controle. exigidos por lei.
contábeis.
Empresa como um Empresa como um
Visão da empresa Interesse nas partes.
todo. todo.
Relevante e confi-
A informação é Rápida. Precisa (objetiva).
ável.
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PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE
V. Princípio da Competência.
I. O princípio da entidade
Princípios de Contabilidade
34 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Art. 6º - O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações ínte-
gras e tempestivas.
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na
divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância,
por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade
da informação.
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo
liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem
favorecimentos.
Princípios de Contabilidade
36 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o
ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação
de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aqui-
sitivo da moeda nacional em um dado período.
V. O princípio da competência
Art. 9º. O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e
outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independen-
temente do recebimento ou pagamento.
Parágrafo único: O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade
da confrontação de receitas e de despesas correlatas.
O princípio da competência é um dos mais importantes em termos em
relação à verificação do resultado das entidades, nesse sentido, Castro (2014)
apresenta os seguintes exemplos, um para gastos e outro para receitas:
Exemplo 1: Gastos
Suponhamos que a assinatura semestral de um jornal custou $120,00 e esta quan-
tia foi paga para a editora em quatro vezes sem juros de $30,00. No regime de
caixa, respectivamente no fluxo de caixa, os valores pagos serão considerados
Princípios de Contabilidade
38 UNIDADE I
Exemplo 2: Receitas
Na venda de mercadorias a prazo no mês de janeiro no valor de $200,00, sendo
o recebimento em quatro parcelas iguais de $50,00, sendo uma parcela à vista e
as demais três parcelas nos próximos meses, veja como ficaria:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Lançamento dessa transação pelo regime de competência:
Veja que nesse caso da venda, como supostamente a mercadoria sai da empresa
no momento da venda, ou seja, ela deixa o patrimônio da empresa, ela é conta-
bilizada em sua totalidade no primeiro mês. Resumindo:
■■ confiabilidade.
■■ tempestividade.
■■ compreensibilidade.
■■ comparabilidade.
1.4 – DA CONFIABILIDADE
1.4.1 – A confiabilidade é atributo que faz com que o usuário aceite a
informação contábil e a utilize como base de decisões, configurando,
pois, elemento essencial na relação entre aquele e a própria informa-
ção.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
procedimentos respaldados na ciência da contabilidade, nos limites de
certeza e previsão por ela possibilitados.
1.5 – DA TEMPESTIVIDADE
1.5.1 – A tempestividade refere-se ao fato de que a informação contá-
bil deve chegar ao conhecimento do usuário em tempo hábil, a fim de
que este possa utilizá-la para seus fins.
1.6 – DA COMPREENSIBILIDADE
1.6.1 – A informação contábil deve ser exposta da forma mais com-
preensível possível ao usuário que se destine.
1.7 – DA COMPARABILIDADE
1.7.1 – A comparabilidade deve possibilitar ao usuário o conhecimen-
to da evolução entre determinada informação ao longo do tempo,
numa mesma entidade ou em diversas Entidades, ou a situação destas
num momento dado, com vista a possibilitar-se o conhecimento das
suas posições relativas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
o objeto de estudo da contabilidade é o patrimônio, seja esse da pessoa física ou
jurídica. Quanto ao objeto de estudo, ficou evidente que desde os primórdios,
continua sendo o mesmo, fornecer informações contábeis úteis aos diversos usu-
ários para fins de auxiliar no processo decisório.
Vale lembrar que o profissional contábil tem um amplo campo de atua-
ção, podendo se relacionar com a contabilidade gerencial, fiscal ou financeira,
cada qual com suas características de controle e aplicação. Nesta primeira uni-
dade, diferenciamos os campos de atuação da contabilidade. Vale ressaltar que
o objetivo desta disciplina consiste em utilizar as informações geradas pela con-
tabilidade para auxiliar no processo decisório.
Nesta primeira unidade, há informações quanto aos princípios de contabili-
dade à luz da resolução 750 do CFC, bem como as suas alterações. O cumprimento
das normas é obrigatória na elaboração das informações e na evidenciação dos
resultados nas demonstrações financeiras disponibilizadas ao fisco e aos demais
usuários.
Agora que você já conheceu os principais termos relacionados com a contabi-
lidade, podemos avançar nas informações econômicas registradas e demonstradas
na contabilidade, possibilitando que você, aluno(a), compreenda quais são as
informações geradas.
1. Onofre possui uma grande rede de supermercado a mais de 5 (cinco) anos. Mui-
tos dados são enviados mensalmente ao contabilista para que a contabilidade
possa gerar diversos relatórios. Considerando a diversidade de usuários, dis-
corra sobre quais seriam os prováveis usuários de informação contábil.
2. Em contabilidade, não basta conhecer o usuário, mas é preciso compreender o
tipo de informação necessária para cada um deles no processo decisório. Utili-
zando a relação entre usuário e informação gerada, associe o número de
cada usuário da informação contábil com a possível informação utilizada
por eles.
1. Acionista em potencial.
2. Banco de empréstimo.
3. Administrador.
4. Empregado.
5. Governo.
( ) Análise do potencial de reajuste de salários.
( ) Exame das Declarações do Imposto de Renda.
( ) Exame da eficácia da atuação dos empregados.
( ) Avaliação da probabilidade de que as dívidas assumidas sejam pagas nos
vencimentos.
( ) Confronto da rentabilidade da empresa considerando as diversas opções de
investimentos atuais.
Marque a alternativa que apresenta a sequência correta:
a. ( ) 4 – 5 – 3 – 2 – 1.
b. ( ) 5 – 4 – 3 – 1 – 2.
c. ( ) 3 – 1 – 2 – 4 – 5.
d. ( ) 2 – 4 – 5 – 3 – 1.
e. ( ) 4 – 5 – 2 – 1 – 3.
3. Quanto ao conceito, objetivo e objeto da contabilidade, leia as afirmações e
assinale a alternativa correta.
I. O principal objetivo da contabilidade é identificar os usuários da informação
contábil.
II. O objeto de estudo da contabilidade é o patrimônio apenas dos bens e direi-
tos da entidade.
44
também se faz necessária nas atividades internas de uma empresa, para seu bom fun-
cionamento. Essa área da Contabilidade também é estudada dentro da disciplina de
Contabilidade e Análises de Balanços da Unicamp. A Contabilidade, enquanto registro
sistemático e permanente das operações econômicas e financeiras feitas pela empre-
sa, pode fazer com que simples registros contábeis se tornem elementos úteis para o
processo de tomadas de decisões, assim como contribuir para a boa gestão dos negó-
cios da empresa. Diante do assunto tratado, tanto para os economistas governamentais
como para aqueles que trabalham com análises globais ou setoriais da economia, as
informações contábeis auxiliam para a realização de suas tarefas (IUDÍCIBUS et al., 1980).
Segundo Martinez (2007), os dados fornecidos pela Contabilidade subsidiam também
os economistas que trabalham em empresas, atuando no planejamento estratégico e
na gestão das mesmas.
Fonte: Carrijo (2009).
MATERIAL COMPLEMENTAR
Material Complementar
REFERÊNCIAS
Referências On-Line
¹Em:<http://www.portaldecontabilidade.com.br/legislacao/resolucaocfc774.htm>.
Acesso em: 29 set. 2016.
²Em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3000.htm>. Acesso em: 29
set. 2016.
³Em: <http://www.portalprudente.com.br/apostilas/Contabilidade/ManualConta-
bilidade.doc.>. Acesso em: 13 mar. 2014.
4
Em: <http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pro-
nunciamento?Id=80>. Acesso em: 29 set. 2016.
5
Em: <http://www.ebah.com.br/content/aBAAABLVKAD/apostila-contabilidade-
-basica-miranda>. Acesso em: 13 mar. 2014.
6
Em: <http://www.fundata.org.br/legislacao/Normas_Contabeis/ResC-
FC_785_1995.htm>. Acesso em: 29 set. 2016.
51
GABARITO
SISTEMATIZAÇÃO DO
II
UNIDADE
PATRIMÔNIO
Objetivos de Aprendizagem
■■ Diferenciar os bens móveis e imóveis dos direitos econômicos.
■■ Compreender a diferença entre obrigações econômicas e não
econômicas.
■■ Definir a constituição de um patrimônio.
■■ Sistematizar o patrimônio.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Bens e Direitos Econômicos
■■ Obrigações
■■ Patrimônio
■■ Balanço Patrimonial
■■ Origens e Aplicações
■■ Balanços Sucessivos
55
INTRODUÇÃO
Olá caro(a) aluno(a), na natureza, tudo que você tocar ou imaginar, com exceção
do ser humano, são coisas. As coisas materiais, corpóreas e tangíveis, são aquelas
que conseguimos tocar, pegar. Por outro lado, as coisas imateriais, incorpóreas
e intangíveis, são aquelas que não conseguimos tocar, correspondem aos frutos
da imaginação. Esta unidade do nosso livro traz a diferença entre as “coisas” e
sua relação com a contabilidade.
Definições de conceitos básicos na contabilidade como bens, direitos e
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introdução
56 UNIDADE II
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Bens
Bens correspondem a todas as coisas úteis ao ser humano, ou seja, tudo que pode
proporcionar utilidade ao homem.
Bens econômicos
Para a economia, bens econômicos são aquelas coisas que, sendo úteis ao ser
humano, são passíveis de avaliação econômica, ou seja, podemos atribuir valor
econômico (em dinheiro). São aquelas coisas que, sendo úteis ao homem, exis-
tem em quantidade limitada, são úteis e raros, portanto, passíveis de avaliação
econômica.
Para indicação do grau de utilidade dos bens econômicos criou-se o valor
que expressa as relações de quantidade entre bens. Para D’Áuria (1959), valor é
a medida mental da utilidade ou eficiência das coisas, são fatores positivos ou
negativos do valor dos componentes: o uso, o tempo, a moeda, as leis econômi-
cas e as condições da sociedade.
SISTEMATIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO
57
Cada ciência tem sua classificação para Bens. A Ciência Contábil classifica os Bens
em: tangíveis (corpóreos ou materiais) e intangíveis (incorpóreos ou imateriais).
a) Bens Tangíveis
Só poderão ser destruídos por uma ação física, e, se destruídos, obviamente,
deixam de existir na sua forma física original.
São aqueles que podem ser tocados, têm existência tangível, têm corpo ou
matéria, subdividindo-se em imóveis e móveis.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
continuaria circulando? Ela perdeu o valor (foi destruída)? De que forma ela
foi destruída?
São todos os valores que a Entidade Contábil tem a receber de terceiros, repre-
sentados por títulos de crédito (duplicatas a receber; nota promissória a receber,
cheques a receber etc.).
Crédito, no sentido exposto, é um bem passível de avaliação econômica. Se a
nota promissória que representa materialmente o crédito ou direito/bem intangí-
vel foi danificada pela umidade, o crédito não deixa de existir. O bem intangível
não pode ser destruído fisicamente. Operacionalmente, podemos substituir a
nota promissória por outra, nas mesmas características.
Título de crédito é o documento necessário ao exercício do direito literal e
autônomo nele contido (Cód. Civil art. 887).
O título de crédito é apenas uma cártula representativa do direito creditó-
rio, não é o direito em si.
O conceito de crédito acima é jurídico e corresponde à soma monetária a
receber, ou tudo aquilo que alguém nos deve.
Neste sentido, crédito é um bem intangível que também recebe a denomi-
nação de direito, ou simplesmente de crédito.
Portanto, um valor a receber é representado por uma cártula. Exemplo: nota
promissória.
SISTEMATIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO
59
Direito creditório é um bem que a pessoa tem em relação a outra. Este bem
é representado normalmente por uma cártula que denominamos títulos de cré-
ditos (nota promissória, letra de câmbio, cheque, duplicata).
Direito à Marca
econômica.
Para o consumidor, a marca pode resultar em agregação de valor aos produtos.
Como a contabilidade atribui valor econômico a uma marca?
De acordo com Marion (2015) por não se comprar e vender as marcas
constantemente, o seu valor pode ser bastante subjetivo, sem uma forma bem
definida de mensuração, mas uma possibilidade de mensurar consiste na com-
binação da contabilidade com as avaliações objetivas, com documentos, bens
palpáveis e visíveis.
Direito à Patente
De acordo com os Arts. 89 a 91 do Código Civil, bens singulares são aqueles que:
Art. 89. Embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos
demais.
Art. 90 Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singula-
res que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária.
OBRIGAÇÕES
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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São todos os compromissos, deveres ou ações passivas que não envolvam valor
econômico, ou seja, não são avaliadas em dinheiro.
Toda pessoa tem a obrigação de respeitar o direito da outra pessoa. Todo cida-
dão tem a obrigação moral de defender a sua honra.
No passado, antes da existência do papel, as obrigações eram assumidas da
seguinte forma: uma pessoa tomava por empréstimo 10 sacas de trigo e prome-
tia devolver, num prazo estabelecido, 12 sacas de trigo. Como visto, a operação
SISTEMATIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO
61
não envolveu dinheiro na forma hoje conhecida. Por outro lado, como não havia
papel para formalizar o compromisso (contrato), era comum a operação ser con-
cretizada na presença de testemunhas.
Obrigações econômicas
São todos os compromissos, deveres ou ações passivas que envolvam valor eco-
nômico, ou seja, são avaliadas em dinheiro.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Obrigações
62 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
De acordo com o CPC 00 (R1) (on-line)1, a liquidação de uma obrigação
pode ocorrer por meio de: (a) pagamento em caixa; transferência de outros ati-
vos; prestação de serviços; substituição da obrigação por outra; ou conversão da
obrigação em item do patrimônio líquido.
PATRIMÔNIO
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SISTEMATIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO
63
Patrimônio
64 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
sistematizado.
A Figura 1 representa o patrimônio não sistematizado, ou seja, os bens e as
obrigações não estão organizados nem sistematizados.
SISTEMATIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO
65
Naquela época, pela dificuldade de se ensinar álgebra, Pacioli criou várias figu-
ras de linguagem para explicar e exemplificar o sistema por ele idealizado.
Diante dos parâmetros estabelecidos por Luca Pacioli pode-se estabelecer
algumas relações:
■■ + Bens – Obrigações para com terceiros = Sobra (Patrimônio Líquido)
ou Falta (Patr. Liquido a Descoberto).
■■ Ativo > Passivo, logo: + Ativo = - Obrigações terceiros - Patrimônio
Líquido.
■■ Ativo < Passivo, logo: + Ativo = - Obrigações terceiros + Patrimônio
Líquido a Descoberto (Negativo).
■■ Ativo Total = Passivo Total.
Por meio do que é apresentado por Castro (2014), podemos visualizar o Patrimônio
Economicamente Sistematizado, da seguinte forma:
Patrimônio
66 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 3 – Sistematização do Patrimônio
Fonte: Castro (2014).
Por meio da figura, se torna evidente que no Ativo são considerados os valores
positivos do patrimônio e no Passivo os valores negativos do patrimônio.
Ocorre quando a soma dos bens são maiores que as somas das obrigações para
com terceiros.
Essa situação nos proporciona uma situação líquida positiva, pois os valores
componentes do Ativo permitem solver as obrigações e ainda apresentam saldo.
Exemplo:
Ativo: R$ 100.000,00
Exigível: R$ 70.000,00
PL= R$ 100.000- R$ 70.000 = R$ 30.000
SISTEMATIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO
67
Ativo: R$ 70.000,00
Passivo Exigível: R$ 90.000,00
PL= R$ 70.000 – R$ 90.000 = R$ (20.000,00)
BALANÇO PATRIMONIAL
Balanço Patrimonial
68 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 4 – Estrutura Patrimonial
Fonte: A autora.
SISTEMATIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO
69
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Balanço Patrimonial
70 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ATIVO
SISTEMATIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO
71
Ativo Circulante
Ativo
72 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Realizável de Longo Prazo: nesse subgrupo são classificados os bens e direi-
tos realizáveis após 12 meses da data do balanço ou em um período maior do
que o ciclo operacional da empresa e, os bens e direitos oriundos de negócios
não usuais realizados com partes relacionadas.
Por partes relacionadas entende-se o conjunto de entidades, físicas ou jurí-
dicas que possuam algum vínculo com a empresa de modo que haja uma relação
de dependência ou influência entre elas. Isso significa que os negócios existentes
entre elas são feitos da mesma maneira que seriam com terceiros (pessoas não
relacionadas à empresa). Como exemplo de partes relacionadas pode-se men-
cionar: coligadas, controladas, diretores, acionistas ou participantes dos lucros
da empresa.
Yamamoto, Paccez e Malacrida (2011, p. 13) consideram que
os direitos a receber decorrentes de operações não usuais da entidade
ou de mero empréstimo de recursos com partes relacionadas devem
ser classificados como realizável de longo prazo, independentemente
do prazo de vencimento. Isso se caracteriza como uma exceção pre-
vista na legislação brasileira, pois contraria os critérios de separação
apresentados.
SISTEMATIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO
73
IMOBILIZADO
Edifícios 500.000,00
Veículos 300.000,00
Instalações 150.000,00
Equipamentos 130.000,00
Móveis e Utensílios 28.000,00
Implementos 120.000,00
Maquinários Agrícolas 250.000,00
Terrenos 300.000,00
Ativo
74 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
PASSIVO
SISTEMATIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO
75
Passivo Circulante
Passivo
76 UNIDADE II
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
função da atividade desempenhada pela empresa até o momento. Representa a
riqueza residual que pertence aos seus proprietários.
Cabe mencionar que, em alguns casos, o patrimônio líquido (grupo que
representa os recursos dos proprietários) é denominado passivo. Nesses casos,
é assumido um entendimento mais genérico acerca de passivo, e nessa ótica o
passivo representa todas as fontes de recursos da empresa. Porém, em um sen-
tido mais restrito, os passivos são apenas os recursos que possam ser exigidos
por terceiros (passivo circulante e passivo não circulante), também, denomina-
dos Capital de Terceiros.
Nessa ótica, o Patrimônio Líquido é entendido como um passivo não exi-
gível imediatamente, pois os sócios acionistas não têm a intenção imediata de
exigir o retorno financeiro dos recursos alocados no patrimônio líquido. Por
isso, é atribuída a denominação Capital Próprio, ao patrimônio líquido. A soma
do Capital de Terceiros com o Capital Próprio é conhecida como Capital Total
à disposição da empresa.
Um resumo da classificação dos grupos que compõem os itens do Balanço
Patrimonial pode ser verificado resumidamente no seguinte quadro:
SISTEMATIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO
77
Com o objetivo de ter uma visão mais abrangente do exposto a respeito do patri-
mônio e do Balanço patrimonial, segue o demonstrativo de Souza Cruz ([2016]
on-line)4.
Patrimônio Líquido
78 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
+ Contas a Receber 764,4 M 637,8 M 582,6 M 634,7 M 465,5 M
SISTEMATIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO
79
- Passivo e Patrimônio
30/09/2015 30/09/2014 30/09/2013 30/09/2012 30/09/2011
Líquido
+ Patrimônio Líquido
1.877,3 M 2.081,7 M 2.085,1 M 2.027,8 M 1.712,6 M
Consolidado
Patrimônio Líquido
80 UNIDADE II
ORIGENS E APLICAÇÕES
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
cursos, toda a origem de capital. Nenhum recurso entra na empresa se
não for via Passivo ou Patrimônio Líquido.
SISTEMATIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO
81
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
BALANÇOS SUCESSIVOS
Balanços Sucessivos
82 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
inconveniência no seu aspecto prático: não é recomendável quando a empresa
realiza muitas operações (que é o caso de quase todas as empresas). Imaginemos
uma empresa com mil operações diárias: teríamos que fazer mil balanços sucessi-
vos, o que seria impraticável. Deste modo, sem perder de vista esta metodologia,
utiliza-se outro processo mais rápido e prático: o controle individual por con-
tas, registrando-se aumentos e diminuições em cada conta isoladamente. Ao final
de um período determinado, relacionam-se todas as contas, de forma resumida
e ordenada, e chega-se ao Balanço Patrimonial.
Segundo Favero et al. (1997, p. 71) “o Balanço Patrimonial nada mais é do que
o inventário de todos os bens, direitos e obrigações em determinado momento”.
Para o autor, com a evolução do comércio e dos negócios, há necessidade
permanente de se ter em mãos informações sobre a situação econômico-finan-
ceira da empresa. Por isso é que existem sistemas complexos para obtenção
dessas informações, procurando registrar as variações ocorridas no patrimônio,
visto que não seria viável a cada mês, semana ou mesmo diariamente efetuar um
inventário de todos os bens, direitos e obrigações da empresa.
No entanto, trata-se de uma poderosa ferramenta de aprendizagem na
Contabilidade, tendo em vista sua facilidade de visualização dos acontecimen-
tos ocorridos no balanço patrimonial.
SISTEMATIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO
83
Apresentação da metodologia
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Balanços Sucessivos
84 UNIDADE II
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Banco 20.000.00 Fornecedores 7.000.00
Estoques mat. prima 7.000.00 Exigível a Longo Prazo
Ativo Permanente Financiamentos 50.000.00
Trator 50.000.00 Patrimônio Líquido
Capital Social 20.000.00
Total do Ativo 77.000.00 Total do Passivo 77.000.00
Fonte: a autora
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Banco 19.000.00 Fornecedores 7.000.00
Estoques mat. prima 7.000.00 Exigível a Longo Prazo
Estoques mat. diversos 1.000.00
Ativo Permanente Financiamentos 50.000.00
Trator 50.000.00 Patrimônio Líquido
Capital Social 20.000.00
Total do Ativo 77.000.00 Total do Passivo 77.000.00
Fonte: a autora
SISTEMATIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO
85
Balanços Sucessivos
86 UNIDADE II
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Nem sempre os bens e obrigações foram sistematizados. A obra de Luca
Pacioli, publicada em 1944, demonstrou a sistematização do patrimônio (orga-
nização dos bens, direitos e obrigações), o que possibilitou toda a evolução da
contabilidade e estruturação do Balanço Patrimonial.
O balanço patrimonial pode ser considerado como uma exposição estrutu-
rada do ativo, passivo e patrimônio líquido de uma entidade (física ou jurídica)
em uma determinada data. Neste demonstrativo, o objetivo é evidenciar, quali-
tativa e quantitativamente, a posição patrimonial e financeira das entidades. A
situação patrimonial evidenciada pode ser positiva (quando a soma dos bens
e direitos maiores que as obrigações) ou negativa (quando a soma dos bens e
direitos são menores que as obrigações). A situação líquida nula ocorre quando
a soma dos bens e direitos é igual às obrigações.
Nesta unidade caro(a) aluno(a), você foi apresentado ao principal relatório
contábil, o Balanço Patrimonial. A sistematização dos bens, direitos e obrigações
foi evidenciada neste demonstrativo, rico em informações acerca das origens e
aplicações de recursos da entidade, mas existem vários outros demonstrativos
utilizados pela contabilidade para controle e análise das informações.
Embora seja o relatório mais usual da contabilidade, o Balanço Patrimonial
não é o único. Vamos conhecer os outros relatórios interessantes, ricos em infor-
mações financeiras passíveis de serem analisadas.
SISTEMATIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO
87
ATIVO PASSIVO
Caixa $12.000.00
Estoque de Materiais $12.000.00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital $21.000.00
89
b)
ATIVO PASSIVO
Contabilidade Introdutória
Stephen Charles Kanitz, Sérgio de Iudícibus e Eliseu Martins
Ano: 2010
Editora: Atlas
Sinopse: o livro Contabilidade Introdutória inova o ensino
da Contabilidade no Brasil. Permanentemente revisto e
atualizado, tem em vista não só sua adaptação aos modernos
padrões de ensino da Contabilidade, como ainda as frequentes
modificações introduzidas na legislação fiscal e societária do
País. Originou-se de cursos desenvolvidos no Departamento
de Contabilidade da FEA/USP, sob a preocupação básica de clareza e de didática na exposição da
matéria. Quanto ao conteúdo e ao enfoque operacional, a diretriz central tem sido a de apresentar a
Contabilidade como poderoso instrumento de administração.
O livro parte de uma visão de conjunto dos relatórios emanados pela Contabilidade, descendo então
em nível de detalhes sobre os lançamentos originários. Expõe os significados da função controladora
da Contabilidade e das peças contábeis. Traz em apêndices explicações sobre a correção monetária
do balanço e análise de demonstrações contábeis.
Material Complementar
REFERÊNCIAS
BRASIL. Presidência da República, Casa Civil. Subchefia para assuntos Jurídicos. LEI
Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Institui o código civil. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>. Acesso em: 30 set. 2016.
CASTRO, S. C. de. Contabilidade Gerencial. Maringá-PR: Unicesumar, 2014.
D’ÁURIA, F. Primeiros princípios de contabilidade pura. São Paulo: Companhia
Editora Nacional, 1959.
FAVERO, H. et al. Contabilidade Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, 1997.
IUDÍCIBUS, S. de; MARION, J. C. Contabilidade para não contadores. 3. ed. São Pau-
lo: Atlas, 2000.
MARION, J. C. Contabilidade básica. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
NUNES, P. Dicionário de Tecnologia Jurídica. 12. ed. Rio de Janeiro: livraria Freitas
Bastos: 1994.
SILVA, L. Trajetória de um conceito: patrimônio, entre a memória e a história. Mo-
saico-Revista Multidisciplinar de Humanidades, v. 1, n. 1, p. 36-42. jan/jun., 2010.
YAMAMOTO, M. M.; PACCEZ, J. D.; MALACRIDA, M. J. C. Fundamentos da contabili-
dade: A nova contabilidade no contexto global. São Paulo: Saraiva, 2011.
Referências On-Line
1
Em: <http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pro-
nunciamento?Id=80>. Acesso em: 30 set. 2016.
Em: <http://www.normaslegais.com.br/legislacao/contabil/resolucaocfc774.htm>.
2
1. B.
2. E.
3. C.
4. Obrigações não econômicas são todos os compromissos, deveres ou ações
passivas que não envolvam valor econômico, ou seja, não são avaliadas em
dinheiro. Já as Obrigações econômicas, são todos os compromissos, deveres
ou ações passivas que envolvam valor econômico, ou seja, são avaliadas em
dinheiro.
5. A) Constituição da empresa onde os sócios colocam dinheiro no caixa e no es-
toque.
B) a empresa adquire móveis e utensílios a prazo.
Professora Me. Juliana Moraes da Silva
DEMONSTRAÇÕES
III
UNIDADE
FINANCEIRAS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Identificar as demonstrações financeiras que têm divulgação
obrigatória.
■■ Compreender o processo dedutível da demonstração do resultado
do exercício.
■■ Conhecer as demonstrações financeiras geradas pela contabilidade.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Demonstrações Financeiras
■■ Demonstração do Resultado do Exercício
■■ Outras Demonstrações Financeiras
99
INTRODUÇÃO
Introdução
100 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
101
Com a Lei 11.638/07 ([2016], on-line)3, deixa de ser exigido a DOAR (Demonstração
de Origens e Aplicação de Recursos) e passa a serem exigidas, além das demons-
trações já citadas, também as demonstrações:
■■ DFC (Demonstração de Fluxos de Caixa).
■■ DVA (Demonstração de Valor Adicionado) para companhia de capital
aberto.
Ainda, caso a organização opte, ela pode ao invés de apresentar a DLPA, apre-
sentar a Demonstração das mutações do patrimônio líquido (DMPL), desde que
a DLPA esteja contida dentro da DMPL, de forma transparente.
A lei 6.404/76 ([2016], on-line)2 prevê que as demonstrações serão comple-
mentadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações
necessárias para esclarecer a situação patrimonial e os resultados do exercício.
A Lei 11.941/09 ([2016], on-line)4 passa a detalhar os elementos que são eviden-
ciados pelas notas explicativas, dentre estes se destacam:
■■ Apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações
financeiras e das práticas contábeis específicas, selecionadas e aplicadas
para negócios e eventos significativos.
■■ Divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no
Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demons-
trações financeiras.
Demonstrações Financeiras
102 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A lei 11.638/07 ([2016], on-line)3 prevê que as companhias fechadas com patri-
mônio líquido, na data do balanço, inferior a 2.000.000,00 (dois milhões de reais)
não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração de fluxo de caixa.
Uma vez abordados aspectos gerais, quanto às demonstrações financeiras
obrigatórias, passa-se a abordar elementos vinculados ao processo de elabora-
ção de das seguintes demonstrações obrigatórias: BP - Balanço Patrimonial e
DRE - Demonstração do Resultado do Exercício.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
103
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ao Patrimônio Líquido da empresa.
Receita
São consideradas receitas, eventos como: vendas à vista e a prazo, venda com
recebimento de outro ativo, juros sobre aplicações financeiras (gerados por uma
aplicação financeira), liquidação de uma dívida com desconto.
Despesa
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
105
Uma despesa pode ser entendida como o custo do uso ou o custo de bens ou
serviços consumidos nas atividades da empresa, a fim de se obter receita. Ou
seja, as despesas representam os sacrifícios de benefícios econômicos e devem
ser reconhecidas quando surge decréscimo nos futuros benefícios econômicos
provenientes da diminuição do ativo ou do aumento de passivo, desde que possa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Estrutura da demonstração de resultado
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
107
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Assim, se obtém o “Resultado Bruto”, “Resultado Bruto com Mercadorias”,
“Resultado com Serviços” ou “Lucro Bruto”. O Resultado Bruto representa uma
medida da capacidade da empresa em exercer as atividades a que se propõe.
Também fornece uma medida sobre a capacidade da empresa em colocar seus
produtos e serviços no mercado, cobrindo os custos de aquisição ou produção e
gerando uma margem sobre esses custos. A margem resultante serve para cobrir
os demais gastos com a estrutura da empresa e como consequência, se obtém o
resultado do período.
Assim, as receitas e despesas podem ser apresentadas em determinados gru-
pos conforme modelo.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
109
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
empresa Souza Cruz.
Quadro 2 - Souza Cruz: Demonstrativo do Resultado
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
111
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Evidencia a mutação do Patrimônio Líquido de forma global (novas integraliza-
ções de capital, resultado do exercício, ajustes de exercícios anteriores, dividendos,
reavaliações) e também as mutações internas (incorporações de reservas de capi-
tal, transferências de lucros acumulados para reservas e vice-versa).
A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL é obrigató-
ria para empresas de capital aberto, conforme exigência da CVM – Comissão de
Valores Mobiliários, em sua instrução nº 59, de 22 de dezembro de 1986.
A DMPL fornece informações referentes às diversas movimentações ocor-
ridas nas contas do Patrimônio Líquido durante o exercício social. Desta forma,
todo acréscimo ou diminuição no Patrimônio Líquido é evidenciado por meio
desta demonstração.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
113
CAPITAL LUCROS
HISTÓRICO RESERVAS TOTAL
REALIZADO ACUMULADOS
Saldo em 31.12.____
Ajustes de Exercícios Ante-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
riores
Efeitos de mudança de crité-
rios contábeis
Retificação de erros de exercí-
cios anteriores
Aumento de Capital
Com lucros e reservas
Por subscrição realizada
Reversões de Reservas
De contingências
De lucros a realizar
Lucro Líquido do Exercício
Proposta da Administração
de Destinação do Lucro
Transferências para reservas
Reserva legal
Reserva estatutária
Reserva de lucros para ex-
pansão
Reserva de lucros a realizar
Dividendos a distribuir (R$ ...
por ação)
Saldo em 31.12.____
Fonte: adaptado do CPC 26 (R1) ([2016], on-line)5 (?).
5.03 Saldos Iniciais Ajustados 854.756 1.909 1.252.293 0 331.416 2.440.374 0 2.440.374
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Dividendo aprovado na AGO/E
5.04.09 0 0 0 0 0 -819.249 0 -819.249
em moeda estrangeira
Instrumentos Derivativos(NDF - Non
5.05.02.12 0 0 0 0 22.687 22.687 0 22.687
Deliverable Foward)
5.07 Saldos Finais 856.756 1.909 433.044 801.855 352.284 2.443.848 0 2.443.848
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
115
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Aumento em Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa.
Aumento/Redução em Estoques.
Aumento/Redução em Fornecedores.
Redução de Salários a Pagar.
Outros.
Caixa Líquido das Atividades.
FLUXOS DE INVESTIMENTOS
Pagamento na Compra de Imobilizado.
Recebimento pela Venda de Imobilizado.
Outros.
Caixa Líquido de Investimentos.
FLUXOS DE FINANCIAMENTOS
Integralização de Aumento de Capital.
Amortização de Empréstimos e Financiamentos.
Recebimento/Pagamento de Dividendos.
Novas Captações de Empréstimos e Financiamentos.
Outros
Caixa Líquido de Financiamentos.
AUMENTO/REDUÇÃO DE CAIXA
SALDO INICIAL DE CAIXA
SALDO FINAL DE CAIXA
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
117
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
duziu, ou seja, o quanto ela adicionou de valor aos seus fatores de produção e
o quanto dessa riqueza foi distribuída (entre empregados, governo, acionistas,
financiadores de capital) ou retida e, de que forma essas transações aconteceram.
A sua utilidade é notória do ponto de vista macroeconômico, pois, conceitual-
mente, o somatório dos valores adicionados de um país representa seu Produto
Interno Bruto (PIB).
Em suma, a DVA demonstra ao usuário o quanto cada companhia criou
de riqueza e como distribuiu aos agentes econômicos que ajudaram a criar essa
riqueza. Então, o objetivo maior da DVA é o de demonstrar o quanto a empresa
gerou de riqueza (recursos) e como distribuiu esses recursos aos agentes que
contribuíram para tal formação.
Segue Demonstração de Valor Adicionado da empresa Souza Cruz:
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
119
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Quadro 9 - Modelo da Demonstração do Resultado Abrangente
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
(REAIS MIL)
IGUAL
ACUMULADO
TRIMESTRAL ACUMULADO DO TREMESTRE
DO EXERCÍCIO
CÓDIGO DA ANUAL ATUAL EXERCÍCIO DO EXERCÍCIO
DESCRIÇÃO DA CONTA ANTERIOR
CONTA 01/04/2014 A 01/01/2014 A ANTERIOR
01/01/2013 A
30/06/2014 30/06/2014 01/04/2013 A
30/06/2013
30/06/2013
Lucro Líquido Consolidado
4.01 392.967 848.274 435.649 889.936
do Período
Outros Resultados Abran-
4.02 192 20.868 -627 -2.489
gentes
Notas explicativas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
d. Os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias pres-
tadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes.
e. A taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações em
longo prazo.
f. O número, espécies e classes das ações do capital social.
g. As opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício.
h. Ajustes de exercícios anteriores.
i. Eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham,
ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resul-
tados futuros da companhia.
A seguir um exemplo de Nota Explicativa da Souza Cruz:
Quadro 11 – Souza Cruz: Nota Explicativa
Notas Explicativas
As contas a receber correspondem aos valores a receber de clientes pela venda de mercadorias
e serviços no decurso normal das atividades da Companhia. As contas a receber são incialmen-
te reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado
com base no método de taxa de juros efetiva menos a provisão para perdas com créditos, se
necessária.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
123
A provisão para perdas com créditos (impairment) é fundamentada em análise dos créditos
pela Administração, que leva em consideração o histórico e os riscos envolvidos em cada ope-
ração, e é constituída em montante considerado suficiente para cobrir as prováveis perdas na
realização das contas a receber.
3.7 Estoques
Os estoques estão demonstrados pelo menor valor entre o valor líquido de realização e o custo
médio de produção ou preço médio de aquisição. O custo é determinado pelo método de
avaliação dos estoques “custo médio ponderado”. As provisões para perda de estoque de baixa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
rotatividade ou obsoletos, ou aquelas constituídas para ajustar ao valor de mercado, são con-
tabilizadas quando aplicável.
Os demais ativos são apresentados ao valor de custo ou de realização, incluindo, quando apli-
cável, os rendimentos, as variações nas taxas de câmbio e as variações monetárias auferidos.
3.9 Imobilizado
Instalações 10 10
Móveis e Utensílios 10 10
Veículos 20 5
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
125
Relatório da administração
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Relatório dos auditores independentes
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
127
Introdução
Revisamos as informações contábeis intermediárias, individuais e consolidadas, da
Souza Cruz S.A. (“Companhia”), contidas no Formulário de Informações Trimestrais
– ITR, referentes ao trimestre findo em 30 de junho de 2014, que compreendem o
balanço patrimonial em 30 de junho de 2014 e as respectivas demonstrações do re-
sultado e do resultado abrangente para o período de três e seis meses findos naque-
la data e das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o período de
seis meses findo naquela data, incluindo as notas explicativas.
A administração da Companhia é responsável pela elaboração das informações
contábeis intermediárias individuais de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC
21(R1) – Demonstração Intermediária e das informações contábeis intermediárias
consolidadas de acordo com o CPC 21(R1) e com a norma internacional IAS 34 – In-
terim Financial Reporting, emitida pelo International Accounting Standards Board
– IASB, assim como pela apresentação dessas informações de forma condizente com
as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, aplicáveis à elaboração
das Informações Trimestrais - ITR. Nossa responsabilidade é a de expressar uma con-
clusão sobre essas informações contábeis intermediárias com base em nossa revi-
são.
Alcance da revisão
Conduzimos nossa revisão de acordo com as normas brasileiras e internacionais de
revisão de informações intermediárias (NBC TR 2410 - Revisão de Informações In-
termediárias Executada pelo Auditor da Entidade e ISRE 2410 - Review of Interim
Financial Information Performed by the Independent Auditor of the Entity, respec-
tivamente). Uma revisão de informações intermediárias consiste na realização de
indagações, principalmente às pessoas responsáveis pelos assuntos financeiros e
contábeis e na aplicação de procedimentos analíticos e de outros procedimentos
de revisão.
O alcance de uma revisão é significativamente menor do que o de uma auditoria
conduzida de acordo com as normas de auditoria e, consequentemente, não nos
permitiu obter segurança de que tomamos conhecimento de todos os assuntos sig-
nificativos que poderiam ser identificados em uma auditoria. Portanto, não expres-
samos uma opinião de auditoria.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tos relevantes, de acordo com o CPC 21(R1) e o IAS 34 aplicáveis à elaboração de
Informações Trimestrais - ITR e apresentadas de forma condizente com as normas
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
Outros assuntos
Demonstrações do valor adicionado
Revisamos, também, as Demonstrações do valor adicionado (DVA), individuais e
consolidadas, referentes ao período de seis meses findo em 30 de junho de 2014,
preparadas sob a responsabilidade da administração da Companhia, cuja apresenta-
ção nas informações intermediárias é requerida de acordo com as normas expedidas
pela CVM - Comissão de Valores Mobiliários aplicáveis à elaboração de Informações
Trimestrais - ITR e considerada informação suplementar pelas IFRS, que não reque-
rem a apresentação da DVA. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos
procedimentos de revisão descritos anteriormente e, com base em nossa revisão,
não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que não foram
elaboradas, em todos os seus aspectos relevantes, de forma consistente com as in-
formações contábeis intermediárias individuais e consolidadas tomadas em conjun-
to.
Rio de Janeiro, 29 de julho de 2014
KPMG Auditores Independentes
CRC SP-014428/O-6 F-RJ
Manuel Fernandes Rodrigues de Sousa
Contador CRC RJ-052428/O-2
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
129
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado(a) aluno(a), nesta unidade você deve ter observado que as demons-
trações financeiras geradas pela contabilidade correspondem aos relatórios que
evidenciam a situação econômica e financeira da empresa em determinado tempo.
As principais demonstrações citadas nesta unidade e utilizadas para análise
nas unidades seguintes correspondem ao Balanço Patrimonial e a Demonstração
do Resultado, no entanto, várias outras podem ser elaboradas com os dados pro-
cessados pela contabilidade.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Considerações Finais
130
Contabilidade Básica
José Carlos Marion
Editora: Atlas
Ano: 2015
Sinopse: a matéria exposta neste livro procura ir além
da existente em livros destinados ao ensino de iniciação
à Contabilidade. Apresenta uma metodologia moderna,
testada em algumas escolas e com resultados considerados
satisfatórios, por meio de uma linguagem simples e
acessível ao iniciante em contabilidade. Desenvolvido com
base em autores da moderna escola de Contabilidade, apresenta a mecânica de escrituração dos
lançamentos contábeis a partir de uma visão conjunta dos relatórios Contábeis, com especial
ênfase no Balanço Final e na demonstração de resultado do Exercício. A matéria é apresentada
numa sequência de exploração gradativa do assunto para despertar o interesse do estudante
na aprendizagem da disciplina. Procurou-se também dar um embasamento legal e tributário,
possibilitando ao leitor situar-se na realidade em que a empresa atua. No final de cada capítulo,
são sugeridas tarefas práticas a serem desenvolvidas, proporcionando uma aprendizagem fora da
sala de aula.
Material Complementar
MATERIAL COMPLEMENTAR
Referências On-Line
Em:
2
<http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/147_CPC00_R1.pdf>
Acesso em: 13 out. 2016.
3
Em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htm>. Acesso em: 3
out. 2016.
Em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>.
4
1. C
2. B
3. C
4. E
5. A DLPA apresenta os lucros obtidos em exercícios anteriores devidamente ajus-
tados, incorporando-se o resultado do período e excluindo as transferências de
modo a apresentar o saldo acumulado dos lucros retidos na entidade. Já a DMPL
tem maior volume de evidenciação, uma vez que evidencia a mutação do Patri-
mônio Líquido de forma global (novas integralizações de capital, resultado do
exercício, ajustes de exercícios anteriores, dividendos, reavaliações) e também
as mutações internas (incorporações de reservas de capital, transferências de lu-
cros acumulados para reservas e vice-versa).
Professora Me. Juliana Moraes da Silva
ANÁLISE VERTICAL E
IV
UNIDADE
HORIZONTAL
Objetivos de Aprendizagem
■■ Definir aspectos que devem ser analisados antes da aplicação de
técnicas de análises.
■■ Aplicar a técnica da análise vertical no Balanço Patrimonial e
Demonstração do Resultado do Exercício.
■■ Elaborar a técnica da análise de comparação de valores em diferentes
exercícios sociais.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Introdução à análise das demonstrações financeiras
■■ Análise vertical
■■ Análise horizontal
139
INTRODUÇÃO
Introdução
140 UNIDADE IV
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
foram registradas.
Elaborar cálculos
Esta é a etapa mais longa. Há diversos métodos de cálculo utilizados para anali-
sar as demonstrações. As técnicas aplicadas neste material serão análise vertical,
horizontal e indicadores.
ANÁLISE VERTICAL
Análise Vertical
144 UNIDADE IV
DRE 20X1 AV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
(=) Receitas Vendas 244.800 100%
(-) Custo do Produto Vendido - 144.000
(=) Lucro Bruto 100.800
(-) Desp. Operacionais - 50.000
(=) Resultado Antes EncFinanc 50.800
(+/-) Desp-Receita Financeiras - 3.000 1,2%
(=) Result. Antes IR e CS 47.800
(-) Impos. de Renda e Contrib. Social - 18.000 7,4%
(=) Result. Líquido do Período 29.800
Fonte: a autora.
Fonte: a autora.
Análise Vertical
146 UNIDADE IV
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■■ Valor da AV das Aplicações = (7000 ÷ 153000) x 100 = 5%
■■ Valor da AV dos Investimentos = (12000 ÷ 153000) x 100 = 8%
■■ Valor da AV do Imobilizado = (82000 ÷ 153000) x 100 = 54%
ANÁLISE HORIZONTAL
Uma vez fixada a data utilizada como base, pode-se aplicar a fórmula (2)
para apurar o percentual de aumento ou redução de cada uma das contas das
demonstrações.
No quadro 3, o ano de 20X0 foi considerado como base para aplicação da téc-
nica da análise horizontal.
Quadro 3 - Demonstração do resultado do exercício - Cia Gutamoc S/A
Análise Horizontal
148 UNIDADE IV
Fonte: a autora.
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■■ Valor da AH do Lucro Bruto = [(100800 ÷ 95000) – 1] x 100 = 6%
■■ Valor da AH das Despesas operacionais = [(50800 ÷ 60000) – 1] x 100
= - 17%
■■ Valor da AH do Resultado antes Encargos Financeiros = [(50800 ÷ 35000)
– 1] x 100 = 45%
■■ Valor da AH de Outras Receitas e Despesas = [(3000 ÷ 15000) – 1] x 100
= - 120%
■■ Valor da AH do Resultado antes do Imposto de Renda e Contribuição
Social = [(47800 ÷ 50000) – 1] x 100 = - 4%
■■ Valor da AH do Imposto de Renda e Contribuição Social = [(18000 ÷
15000) – 1] x 100 = 20 %
■■ Valor da AH do Lucro Líquido do Exercício = [(29800 ÷ 35000) – 1] x
100 = - 15%
Análise Horizontal
150 UNIDADE IV
No quadro 5, o ano de 20X0 foi considerado como base para a AH das Contas
do Passivo, conforme segue:
Quadro 5 - Passivo e Patrimônio Líquido do Balanço Patrimonial
CIA GUTAMOC S/A
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IMPOSTOS 4.000 33% 3.000 100%
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 10.200 -32% 15.000 100%
EMPRÉSTIMOS 10.200 -32% 15.000 100%
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 99.800 43% 70.000 100%
CAPITAL SOCIAL 30.000 0% 30.000 100%
LUCRO ACUMULADO 69.800 75% 40.000 100%
TOTAL PASSIVO+PL 153.000 9% 141.000 100%
Fonte: a autora.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
152
a. 3-2-1.
b. 2-3-1.
c. 1-2-3.
d. 3-1-2.
e. 2-1-3.
20X1
Passivo Circulante = $ 600.000
No entanto, o presidente não está contente com a redução de 25% Passivo Circulan-
te, ele determinou que o percentual aceitável é de 50%. Tomando por base essas
informações, assinale a alternativa correta.
153
03. Faça a análise vertical em cada ano, sabendo que o Passivo Total corresponde
a 100%.
04. Considerando as informações ao longo do tempo, faça análise horizontal,
sabendo que o período mais remoto de todos corresponde a 100% (base de cál-
culo).
05. Compare o Patrimônio Líquido (obrigações não exigíveis) de 20X1 com o de
20X2. Comente.
06. Indique um ponto positivo na evolução das dívidas.
155
empresas do mesmo ramo de atividade para servir de base de comparação para outras
empresas desse mesmo ramo, estamos calculando o índice-padrão”. A comparação
com padrões do setor tem relevância no sentido de fornecer uma melhor avaliação da
empresa, pois permite compará-la com realidade do mercado. Segundo Padoveze e
Benedicto (2010, p. 221), “a utilização de outros dados referenciais, além dos constantes
nas demonstrações contábeis, torna-se importante e contribui para uma visão
mais abrangente da empresa, principalmente dentro de seu segmento de atuação”.
Matarazzo (2010, p. 122) ressalta que “a análise de Balanços através de índices só adquire
consistência e objetividade quando os índices são comparados com padrões, pois do
contrário, as conclusões se sujeitam á opinião e, não raro, ao humor do analista”. Dessa
forma, a comparação com o índice padrão do setor tem grande importância para que a
análise seja mais confiável. Para o cálculo dos indicadores, existem diversas fórmulas que
podem ser utilizadas nesse contexto, como explica Marion (2010), o cálculo dos índices
com base nas fórmulas é a primeira etapa da análise através de indicadores, sendo que
a segunda etapa é a interpretação do que significa o índice, ou seja, como explicá-lo, e
a terceira etapa é conceituação, isto é, saber se é bom, ruim, razoável etc., dessa forma,
não é somente realizar o cálculo dos indicadores, mas interpretá-los de maneira correta.
Material Complementar
REFERÊNCIAS
1. B.
2. C.
3.
4.
5. Não houve alteração nas obrigações não exigíveis, permaneceram os três anos
com $ 1.000.000. Em 20X1 houve um aumento do lucro de $ 200.000, mas de
20X1 a 20X2, não houve alteração nem no lucro, sugerindo a inexistência de
lucro em 20X2.
6. As dívidas de longo prazo (Financiamento) têm reduzido de ano pra ano.
Professora Me. Juliana Moraes da Silva
ANÁLISE DE INDICADORES
V
UNIDADE
FINANCEIROS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Compreender o conceito de indicador.
■■ Medir a capacidade de pagamento da empresa.
■■ Avaliar o grau de endividamento das empresas.
■■ Analisar o ganho sobre as vendas realizadas.
■■ Apreciar os aspectos econômicos na análise empresarial.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Indicadores financeiros
■■ Índice de liquidez
■■ Índice de endividamento
■■ Índice de lucratividade
■■ Índice de rentabilidade
163
INTRODUÇÃO
Olá caro(a) aluno(a), a análise visual das demonstrações financeiras nos traz
várias informações sobre os saldos finais dos fatos ocorridos na empresa, mas
uma compreensão intrínseca dos valores evidenciados nestes demonstrativos
possibilita uma melhor compreensão da “saúde financeira” em que a empresa
se encontra num determinando momento ou durante um intervalo de tempo.
Nesta última unidade, você compreenderá a técnica de análise das demonstra-
ções financeiras por meio do cálculo e interpretação de indicativos. Os diversos
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Introdução
164 UNIDADE V
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INDICADORES FINANCEIROS
Fonte: a autora.
Introdução
166 UNIDADE V
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ÍNDICE DE LIQUIDEZ
Fonte: a autora.
A. Cálculo
Índice de Liquidez
168 UNIDADE V
De acordo com Assaf Neto (2012), quanto maior a liquidez corrente, mais
alta é a capacidade da empresa em financiar suas necessidades de capital de giro.
Para Marion (2002), o índice de liquidez corrente superior a 1,0, de maneira
geral, é uma situação positiva, todavia, sem outros parâmetros, é uma atitude
bastante arriscada, por isso, desaconselhável.
A observância das contas que compõem este ativo circulante é essencial, uma
vez que o grupo pode ser constituído basicamente de estoque, fato que implica-
ria em dificuldade de liquidez rápida.
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Liquidez Seca (LS)
A. Cálculo
A. Cálculo
A. Cálculo
Índice de Liquidez
170 UNIDADE V
ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO
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O endividamento das pessoas, das cidades, dos estados e dos países torna este
indicador um dos mais utilizados no meio empresarial.
O ativo de uma empresa é financiado pelo capital próprio (Patrimônio
Líquido) e por capitais de terceiros (Passivo), para este indicador, quanto maior
for a participação do capital de terceiros no financiamento da empresa, maior
será o risco que os terceiros estão expostos (SZUSTER, et al., 2013).
A. Cálculo
Quanto maior for este indicador, mais elevada corresponde a dependência finan-
ceira da empresa pela utilização de capitais de terceiros.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A. Cálculo
Índice de Endividamento
172 UNIDADE V
A. Cálculo
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O indicador de endividamento avalia a proporção de dívidas, desta forma,
quanto maior for o indicador de endividamento, maior o risco de se investir
na empresa.
ÍNDICE DE LUCRATIVIDADE
Depreciação de $ 1.000.
Fonte: a autora.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A. Cálculo
B. Interpretação: para cada $ 1,00 de venda, sobra 41% (após deduzir cus-
tos de produção).
De acordo com Bruni (2011), quanto mais alto o percentual do indicador,
melhor a situação financeira, sugerindo a existência de custos menores dos pro-
dutos vendidos.
Índice de Lucratividade
174 UNIDADE V
A. Cálculo
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
B. Interpretação: para cada $ 1,00 de venda, sobra 21% antes do resultado
financeiro.
Por corresponder ao ganho relativo após o pagamento dos custos dos pro-
dutos e das despesas operacionais, de modo geral, quanto maior o percentual
obtido, maior é o ganho gerado.
A. Cálculo
B. Interpretação: para cada $ 1,00 de venda, sobra 12% após deduzir cus-
tos, despesas e impostos.
No qual:
Lajir = lucro antes dos encargos/ receitas financeiras e imposto de renda
Interpretação: para cada $ 1,00 de venda, sobra 37,09% após deduzir custos
e despesas operacionais desembolsáveis.
Índice de Lucratividade
176 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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ÍNDICE DE RENTABILIDADE
A. Cálculo
B. Interpretação: para cada $ 1,00 investido, o retorno líquido é de 30%.
O RPL é o principal indicador para o investido, pois ele mede o retorno sobre
o capital investido pelos acionistas (BRUNI, 2011).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
É o quociente entre o lucro líquido e o ativo total, por meio da seguinte fórmula:
A. Cálculo
B. Interpretação: para cada $ 1,00 dos recursos aplicados, o retorno líquido
é de 19%.
O ROI é, provavelmente, o mais importante indicador de análise finan-
ceira contábil, pois ele mede o retorno sobre o capital investido pelos acionistas
(BRUNI, 2011).
Índice de Rentabilidade
178 UNIDADE V
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado aluno(a), com o término desta unidade você está habilitado a realizar
a análise de demonstrações financeiras de toda e qualquer entidade, bem como
interpretar e relatar uma opinião quanto à “saúde financeira” da mesma.
Os resultados econômicos e financeiros das empresas são evidenciados nas
demonstrações financeiras, mas muitas vezes, a simples leitura desses quadros
e relatórios não possibilita uma compreensão de capital, ou seja, a análise visual
é insuficiente para traçar um panorama da situação atual e as perspectivas da
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
empresa.
Então, neste contexto, a utilização de técnicas de análise amplia drastica-
mente o poder de evidenciar a posição financeira e econômica da empresa em
um dado momento e, ainda, possibilita a comparação da empresa em análise
com outras empresas de mesma atividade econômica. Tal fato é de extrema rele-
vância, pois permite verificar se o desempenho de uma entidade está de acordo
com as demais.
É importante lembrar que as técnicas de análise existentes na literatura é
bastante vasta, no entanto, neste material foi abordado a técnica de cálculo de
indicadores financeiros, cujas fórmulas, parâmetros de comparação e interpre-
tação estão descritos detalhadamente.
A quantidade de indicadores é vasta e, durante os estudos desta unidade
abordamos alguns indicadores relacionados com a liquidez, o endividamento, a
lucratividade e a rentabilidade.
Para finalizar, caro(a) aluno(a), vale ressaltar que nenhum indicador deve
ser utilizado isoladamente. A elaboração de vários indicadores em diferentes
anos, comparados com a situação econômica de empresas de mesma atividade
econômica, aliados ao conhecimento acerca do produto, processos, ramo eco-
nômico, política da empresa e outros dados, possibilita uma análise com maior
nível de clareza e confiança na análise realizada.
1. No que diz respeito à gestão financeira das empresas, numere a coluna relacio-
nando os índices com os respectivos cálculos para se obtê-los:
1. Liquidez imediata.
2. Liquidez seca.
3. Rentabilidade do Patrimônio Líquido.
4. Composição de exigibilidades.
( ) Lucro líquido sobre Patrimônio Líquido médio.
( ) Disponível sobre o Passivo Circulante.
( ) Ativo Circulante menos estoques sobre Passivo Circulante.
( ) Passivo Circulante sobre capital de terceiros.
Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta de cima para baixo.
a. 3-1-2-4.
b. 1-2-3-4.
c. 3-4-2-1.
d. 4-1-3-2.
e. 1-3-4-2.
Balanço Patrimonial
Gucal Ltda.
Períodos de 20X0 e 20X1
Fonte: a autora.
Fonte: a autora
181
Sobre o conceito de índices, MARION (2012, p. 24) define que: “os índices são relações
que se estabelecem entre duas grandezas; facilitam sensivelmente o trabalho do ana-
lista, uma vez que a apreciação de certas relações ou percentuais é mais significativa
(relevante) que a observação de montantes, por si só”. De acordo com Marion (2012), a
análise dos índices, é dividida em três etapas, das quais a primeira é denominada sim-
plesmente de cálculo do índice com base em uma fórmula predeterminada, a segunda
é a interpretação do índice, ou seja, a explicação do resultado do cálculo e, a terceira
etapa é, na visão dele, a mais importante, pois é a conceituação do índice, ou seja, cabe
ao analista identificar se o resultado encontrado é bom, razoável ou ruim. Segundo Ma-
tarazzo (2010), os principais índices que podem ser utilizados para realização da análise
das demonstrações financeiras englobam os índices financeiros e econômicos. São eles,
respectivamente: índices de liquidez, índices de estrutura de capital e índices de renta-
bilidade.
– Índices de Liquidez: Matarazzo(2010) define que por meio dos índices de liquidez, po-
de-se verificar a situação financeira da empresa, pois são a partir desses que ocorre o
confronto dos ativos circulantes com as dívidas. Para uma empresa ter boas condições
de pagar suas dívidas deve-se ter bons índices e quanto maior for este indicador, me-
lhor. O grupo de índices de liquidez é subdividido em: liquidez geral; liquidez corrente e
liquidez seca. A) Liquidez Geral: tem a finalidade de refletir a capacidade que a empresa
tem de pagamento das suas dívidas em longo prazo. Se o resultado do índice for menor
do que R$ 1,00, a empresa apresenta problemas financeiros no curto prazo. Porém, se
for superior a R$ 1,00, a empresa possui bens e direitos suficientes para liquidar seus
compromissos financeiros (HOJI, 2010); B) Liquidez Corrente é considerada como o me-
lhor indicador para avaliar a situação líquida da empresa. Pois relaciona quanto de di-
nheiro disponível e conversível imediatamente tem a empresa em relação às dívidas de
curto prazo (IUDÍCIBUS, 2009); C) Liquidez Seca demonstra a capacidade que a empresa
tem de pagar suas dívidas em curto prazo, mesmo que não consiga vender seus esto-
ques (BEGALLI; PEREZ JR., 2009).
– Índices de Estrutura de Capital Segundo Iudícibus (2009): a análise dos índices de es-
trutura de capital é uma fonte geradora de informações sobre investimentos e finan-
ciamentos, pois as duas opções geram para empresa retornos e riscos que devem ser
analisados de forma cautelosa. Matarazzo (2010) aponta que esse grupo de índices de-
monstra grandes segmentos para a linha de decisões financeiras em termos de aplica-
ção e obtenção de recursos. De modo geral, quanto menor for este indicador, melhor.
O grupo de índice de estrutura de capital é subdividido em: participação de capital de
terceiros; composição do endividamento; imobilização do patrimônio líquido e imobi-
lização dos recursos não correntes, porém, para o estudo em questão, serão analisados
apenas os dois primeiros: A) Participação de Capital de Terceiros representa, em por-
centagem, quanto é o endividamento da empresa em relação aos fundos totais. Esse
percentual não pode ser muito grande, pois aumenta progressivamente suas despesas
financeiras, acabando com a rentabilidade da organização. No caso, se a taxa de des-
pesas financeira sobre o endividamento médio continuar menor que a taxa de retorno
183
obtida pelo uso dos empréstimos, a participação de capitais de terceiros será favorável
para a organização (IUDÍCIBUS, 2009); B) Composição do Endividamento representa o
percentual de obrigações de curto prazo em relação às obrigações totais. Esse indicador
deve ficar entre os valores 0 e 1, quanto menor for o quociente, menor é a concentração
de dívidas no curto prazo. Quando se tem dificuldades para a captação de recursos em
longo prazo, orienta-se então que a aplicação desses recursos deve ser feita em ativos
de rápida recuperação (BEGALLI; PEREZ JR., 2009).
– Índices de Rentabilidade: a análise dos índices de rentabilidade tem o objetivo de me-
dir a capacidade de produzir lucro e de todo o capital investido nos negócios. Não é so-
mente o capital próprio que gera lucro, mas também todos os capitais aplicados, sendo
de terceiros ou próprios. Matarazzo (2010) define que por meio desse grupo de índice
é possível verificar os capitais investidos e, com isso, qual foi o resultado econômico da
empresa, quanto maior for este indicador, melhor. O grupo de índice de rentabilidade
é subdividido em: giro do ativo; margem líquida; rentabilidade do ativo e rentabilidade
do patrimônio líquido. A) Giro do Ativo indica quantas vezes a empresa recuperou o
valor do seu ativo por meio de suas vendas, de um determinado período. É um retorno
sobre os investimentos (BEGALLI; PEREZ JR, 2009); B) Margem Líquida indica a capacida-
de da empresa em gerar lucro em comparação à sua receita líquida de vendas (BEGALLI;
PEREZ JR, 2009); C) Rentabilidade sobre o Ativo representa o retorno sobre o total do
ativo, independente da procedência, é a rentabilidade total dos recursos administrados
pela empresa. Esse índice mostra quanto a empresa obteve de lucro líquido em relação
ao ativo (MATARAZZO, 2010); D) Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido demonstra
quanto rende o capital aplicado na empresa pelos proprietários. O patrimônio médio
corresponde ao patrimônio líquido inicial mais o patrimônio líquido final dividido por
dois (HOJI, 2010).
1. A
2. Por meio dos indicadores verifica-se que a empresa possui capacidade de pa-
gamento, no entanto, há uma dependência muito grande estoques e despesas
antecipadas.
3. O índice baixo sugere uma atenção maior para as dívidas, tendo em vista que as
obrigações exigíveis não estão financiando o ativo.