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7ª EDIÇÃO

RIO DE JANEIRO
2020

REALIZAÇÃO
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO METODOLÓGICA


DIRETORIA DE ENSINO TÉCNICO

ASSESSORIA TÉCNICA
JOSÉ EDUARDO TEIXEIRA ARIAS – 2020
ILDEBRANDO NERES JUNIOR – 2019
MANOELA LOUISE ASSAYAG DE MAGALHÃES SOUZA – 2018

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO


ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS – GERÊNCIA DA ESCOLA VIRTUAL
PICTORAMA DESIGN

É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele,


sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola.

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola de Negócios e Seguros

E73t Escola de Negócios e Seguros. Diretoria de Ensino Técnico.


Teoria geral do seguro / Supervisão e Coordenação metodológica da
Diretoria de Ensino Técnico; assessoria técnica de José Eduardo Teixeira
Arias. -- 7.ed. -- Rio de Janeiro : ENS, 2020.
152 p. ; 28 cm

1. Seguro – Teoria. I. Arias, José Eduardo Teixeira. III. Título.

0019-2427 CDU 368.01(072)

TEORIA GERAL DO SEGURO


A
ENS, promove, desde 1971, diversas iniciativas no âmbito
­educacional, que contribuem para um mercado de seguros,
previdência complementar, capitalização e resseguro cada
vez mais qualificado.

Principal provedora de serviços voltados à educação continuada, para


profissionais que atuam nessa área, a Escola de Negócios e Seguros
oferece a você a oportunidade de compartilhar conhecimento e
experiências com uma equipe formada por especialistas que possuem
sólida trajetória acadêmica.

A qualidade do nosso ensino, aliada à sua dedicação, é o caminho para


o sucesso nesse mercado, no qual as mudanças são constantes e a
competitividade é cada vez maior.

Seja bem-vindo à Escola de Negócios e Seguros.

TEORIA GERAL DO SEGURO


SUMÁRIO
INTERATIVO

INFORMAÇÃO IMPORTANTE 10

1. PRINCIPIOS BÁSICOS DO SEGURO 11


O SEGURO NO TEMPO 12

DEFINIÇÕES DE SEGURO 14

OBJETIVO E FINALIDADE DO SEGURO 15

CARACTERÍSTICAS DO SEGURO 16
Previdência 16
Incerteza 16
Mutualismo 16
ELEMENTOS BÁSICOS E ESSENCIAIS DO SEGURO 17
Risco 17
Segurado 20
Seguradora 20
Prêmio 21
Indenização 21
DIVISÃO E CLASSIFICAÇÃO DO SEGURO 22
Quanto à Responsabilidade pela sua Operação 23
Quanto à Natureza 23
Quanto à Classificação dos Seguros Privados 23
Ramos Elementares e Suas Características 24

TEORIA GERAL DO SEGURO


FIXANDO CONCEITOS 1 29

2. OS SISTEMAS NACIONAIS
SEGUROS, CAPITALIZAÇÃO E SAÚDE 32
ESTRUTURA DO MERCADO SEGURADOR 33
Importância da Regulação do Mercado de Seguros 34
SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS (SNSP) 34
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) 36
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) 37
Sociedades Autorizadas a Operarem em Seguros Privados (Seguradoras) 38
Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPC) 38
Empresas de Resseguro 38
Corretores de Seguros 39
Sistema Nacional de Capitalização (SNC) 39
SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE 39
Ministério da Saúde 39
Conselho de Saúde Suplementar (CONSU) 40
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) 40
Câmara de Saúde Suplementar (CAMSS) 40
Operadoras 41
FIXANDO CONCEITOS 2 46

3. ETAPAS DO SEGURO 48
ETAPAS DA OPERAÇÃO DE SEGUROS 49
Desenvolvimento do produto 50
Comercialização do seguro 50
INSTRUMENTOS CONTRATUAIS 51
Proposta 52
Subscrição de risco 54

TEORIA GERAL DO SEGURO


Apólice 58
Outros Instrumentos Contratuais 61
COBRANÇA DE PRÊMIO 62

PRAZO DE VIGÊNCIA DO SEGURO 63


Seguro a Prazo Curto 63
Seguro a Prazo Longo 65
FIXANDO CONCEITOS 3 68

4. DISPOSIÇÕES CONTRATUAIS 72
DISPOSIÇÕES CONTRATUAIS 73
Condições Gerais, Especiais e Particulares 74
Garantias ou Coberturas 74
Limite Máximo de Garantia (LMG) e Limite Máximo de Indenização (LMI) 76
RISCOS COBERTOS E NÃO COBERTOS OU EXCLUÍDOS 77
Riscos Cobertos 77
Riscos Não Cobertos ou Excluídos 77
FORMAS DE CONTRATAÇÃO – SEGUROS
PROPORCIONAIS E NÃO PROPORCIONAIS 78
Seguros Proporcionais 79
Seguros Não Proporcionais 85
Reintegração da Importância Segurada ou Limite Máximo de Garantia 85
Concorrência de Apólices 86
Formas de Contratação no Seguro de Automóveis 88
FIXANDO CONCEITOS 4 89

5. MECANISMOS DE PULVERIZAÇÃO DO RISCO 92


A PULVERIZAÇÃO DO RISCO 93
Limite de Retenção 94
Transferência de Risco 94
COSSEGURO 94

TEORIA GERAL DO SEGURO


RESSEGURO 96
Funções do Resseguro 97
RETROCESSÃO 98

FIXANDO CONCEITOS 5 99

6. PROCESSO DE SINISTRO 101


INTRODUÇÃO 102

ETAPAS DO PROCESSO DE SINISTRO 102


Sinistro de bens 102
Apuração de Danos 103
Regulação 103
Liquidação 104
PREJUÍZOS INDENIZÁVEIS 105

SALVADOS 105

RESSARCIMENTO 105

SUB-ROGAÇÃO 105

INDENIZAÇÃO 106

FRANQUIA 107

PARTICIPAÇÃO OBRIGATÓRIA DO SEGURADO (POS) 109

VALOR DE NOVO E VALOR ATUAL 110

DEPRECIAÇÃO 110

FIXANDO CONCEITOS 6 113

7. NOÇÕES BÁSICAS SOBRE OS


PRINCIPAIS RAMOS DE SEGUROS 116
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS 117

SEGUROS COMPREENSIVOS (RESIDENCIAIS, CONDOMINIAIS E EMPRESARIAIS) 117

RISCOS NOMEADOS E RISCOS OPERACIONAIS 118

TEORIA GERAL DO SEGURO


Seguros de Riscos Nomeados 118
Seguro de Riscos Operacionais 118
SEGURO DE ROUBO 119

LUCROS CESSANTES 119

RAMOS DIVERSOS 120

SEGUROS DE TRANSPORTES 120

SEGUROS DE AERONÁUTICOS 121

SEGURO DE CASCOS MARÍTIMOS (EMBARCAÇÕES) 121

SEGUROS DE RESPONSABILIDADE CIVIL 121

SEGUROS DE CRÉDITO 122

SEGURO DE GARANTIA 122

SEGURO DE RISCOS DE ENGENHARIA 122

SEGURO RURAL 123

SEGUROS DE PESSOAS 123

HABITACIONAL 123

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA 124

RISCOS ESPECIAIS 124


Seguro Riscos de Petróleo 124
Seguros Nucleares 124
Riscos Decorrentes da Operação Nuclear 124

ANEXOS 125
ANEXO 1– MODELO DE PROPOSTA DE SEGURO DE PESSOAS – VIDA INDIVIDUAL 125
ANEXO 2 – MODELO DE APÓLICE DE SEGURO DE PESSOAS – ACIDENTES PESSOAIS 126
Anexo 3 – Modelo de Proposta de Seguro de Danos 127
Anexo 4 – Modelo de Apolice de Seguro de Danos 131
ANEXO 5 – MODELO DE CERTIFICADO DE SEGURO 135

TEORIA GERAL DO SEGURO


UNIDADE

ANEXO 6 – MODELO DE APÓLICE DE SEGURO DE AUTOMÓVEL 136


ANEXO 7 – CODIFICAÇÃO DOS RAMOS DE SEGUROS 138

GABARITO 145

GLOSSÁRIO 146

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 152

TEORIA GERAL DO SEGURO 9


UNIDADE

INFORMAÇÃO IMPORTANTE
Informamos que, em 12/11/2019, foi publicada a Medida Provisória nº 905/19
que, dentre outras medidas, revogou a Lei 4.594/64, que trata da profissão
do Corretor de Seguros, e retirou da SUSEP a competência para regula-
mentar essa atividade profissional. A validade dessa Medida Provisória
expira em 12/05/2020 e, face a natural incerteza sobre sua conversão ou
não em lei, não haverá, em prova, cobrança de questões relacionadas a
essa mudança. Assim, ao avaliar o conteúdo do Manual, tenham em mente
que, caso a mencionada Medida Provisória seja convertida em lei, todas as
menções a sanções passíveis de serem aplicadas pela SUSEP, bem como,
à Lei 4.594/64, perderão seu efeito.

TEORIA GERAL DO SEGURO 10


01
PRINCIPIOS
BÁSICOS
do SEGURO
UNIDADE 1

Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■■ Conhecer o surgimento do ■■ Citar as características
seguro. inerentes ao seguro. O SEGURO NO TEMPO
■■ Definir seguro e explicar ■■ Identificar os elementos
DEFINIÇÕES DE SEGURO
sua finalidade. básicos e essenciais do
seguro. OBJETIVO E FINALIDADE
DO SEGURO

CARACTERÍSTICAS DO
SEGURO

ELEMENTOS BÁSICOS E
ESSENCIAIS DO SEGURO

DIVISÃO E CLASSIFICAÇÃO
DO SEGURO

FIXANDO CONCEITOS 1

TEORIA GERAL DO SEGURO 11


UNIDADE 1

O SEGURO NO TEMPO
A luta por melhores condições de vida envolve, entre outros aspectos, a
constituição de um patrimônio e de uma renda familiar. Acumulados ao lon-
go de anos de trabalho, eles podem ser perdidos, de uma hora para outra,
em virtude da exposição a riscos imprevisíveis e inevitáveis.

A necessidade de proteção contra o perigo, a incerteza quanto ao futuro


e a possibilidade de perda dos bens e da receita da família e do indivíduo
acompanham o ser humano em sua evolução.

O conhecimento dos fatos históricos que marcaram o desenvolvimento


da atividade securitária ao longo dos séculos serve como paradigma que
busca, nos acontecimentos passados, os fundamentos para o desenvolvi-
mento de técnicas capazes de conhecer os riscos em suas várias formas.

Viver envolve riscos. Se, no passado, o ser humano corria o risco de ser
atacado por uma fera ou morrer de frio ou de fome, hoje enfrenta riscos
ambientais que afetam seu patrimônio e sua saúde, esta última também
afetada por outros riscos originados pela falta ou por excessos em sua ali-
mentação, por doenças novas para as quais a cura ainda não existe e pelo
próprio estilo de vida do indivíduo.

Portanto, o ser humano evoluiu, e os riscos o acompanharam nessa mudança.

Nossa história recente registrou fatos cuja probabilidade foi constatada


após a sua ocorrência, e não o contrário, como deveria ser, para que os
indivíduos se prevenissem. Por isso, conhecer um pouco da história do
seguro nos mostra o caminho que o mercado segurador trilhou até chegar
aos dias de hoje.

Se pudéssemos encontrar palavras para definir o surgimento da atividade


de seguros, certamente essas palavras seriam “solidariedade” e “mutualis-
mo”, princípios aplicados inclusive no contrato de seguros.

TEORIA GERAL DO SEGURO 12


UNIDADE 1

Durante o curso, você conhecerá o surgimento do seguro, sua regulação,


termos técnicos utilizados somente no mercado segurador, elementos
essenciais do seguro, como se faz um seguro, enfim, assuntos que envol-
vem todas as etapas do seguro.

Saiba mais
Necessidade de controlar riscos
O ser humano sempre esteve preocupado com a estabilidade de sua existência. Por
sofrer as consequências das variações climáticas e dos perigos da vida, desde a
Pré-História, procurava se organizar em grupos para ter mais força e garantir o sustento
e a segurança da comunidade. Com o tempo, a evolução das atividades comerciais
mostrou também a necessidade de proteção contra os prejuízos financeiros. E foi dessa
forma, justamente buscando garantir as finanças e diminuir a insegurança nas ativida-
des cotidianas, que surgiu o seguro, da necessidade de controlar riscos.

Outras Curiosidades
Cerca de 2.500 anos antes de Cristo, os cameleiros da Babilônia, preocupados com
as constantes perdas nas caravanas, instituíram uma forma mutualística de amparar o
companheiro prejudicado, mediante um acordo por meio do qual as perdas ocorridas
durante a expedição seriam rateadas entre todos.
Os navegadores fenícios e hebreus também rateavam os prejuízos ocorridos durante
as suas viagens, principalmente nos mares Egeu e Mediterrâneo.
No século 12 d.C., surgiu uma modalidade de seguro chamada Contrato de Dinheiro a
Risco Marítimo, segundo a qual um financiador emprestava ao navegador o dinheiro
no valor da embarcação. Se a embarcação se perdesse, o navegador não devolvia o
dinheiro emprestado, mas, se a embarcação chegasse intacta ao seu destino, o dinhei-
ro emprestado era devolvido ao financiador, acrescido de juros.
No mesmo século 12, o Papa Gregório IX proibiu a realização de Contratos de Dinheiro
a Risco Marítimo e, consequentemente, surgiu uma forma similar de seguro denomina-
da Feliz Destino, pela qual um banqueiro comprava a embarcação, com a previsão de
recompra pelo vendedor. Se a embarcação chegasse sem sofrer qualquer sinistro, a
Cláusula de Recompra era acionada, e o banqueiro revendia a embarcação ao proprie-
tário original por um valor maior. Se a embarcação ou a carga se perdesse, o dinheiro
adiantado pelo banqueiro corresponderia à indenização pelo sinistro.
Em 1347, surgiu em Gênova, na Itália, o primeiro contrato de Seguro Marítimo, com a
emissão de apólice de seguro.

TEORIA GERAL DO SEGURO 13


UNIDADE 1

DEFINIÇÕES DE SEGURO
Pessoas ou empresas estão sujeitas a diversos tipos de eventos imprevisí-
veis, ou seja, a diversos tipos de riscos, como um incêndio ou acidente de
automóvel. O seguro pode ajudar as pessoas ou empresas a diminuirem as
preocupações futuras que poderão acarretar prejuízos.

Seguro é um mecanismo de transferência de risco de uma pessoa ou


empresa para uma seguradora que assumirá esse risco. Ao transferir o
risco, uma pessoa ou empresa pagará determinado valor à seguradora.
Caso esse risco aconteça, a seguradora reembolsará as perdas sofridas.

FIGURA 1: TRANSFERÊNCIA DE RISCO

CONTRATO

TRANSFERÊNCIA
DO
RISCO
SEGURADO SEGURADORA SEGURADO

SINISTRO

O segurado Caso ocorra o risco


paga o Prêmio relacionado, a seguradora
paga a indenizaçao

Entre as diversas definições de seguro, destacamos as seguintes:

“Contrato em virtude do qual um dos contratantes (segu-


rador) assume a obrigação de pagar ao outro (segurado),
ou a quem este designar, uma indenização, um capital ou
uma renda, no caso em que advenha o risco indicado e
temido, obrigando-se o segurado, por sua vez, a lhe pagar
o prêmio que se tenha estabelecido.”
(Houaiss)

TEORIA GERAL DO SEGURO 14


UNIDADE 1

"Operação pela qual, mediante o pagamento de uma peque-


na remuneração, uma pessoa se faz prometer para si ou para
outrem, no caso da efetivação de um evento determinado,
uma prestação de uma terceira pessoa que, assumindo um
conjunto de eventos determinados, os compensa de acordo
com as leis da estatística e o princípio do mutualismo.”
(Hermard)

OBJETIVO E FINALIDADE
DO SEGURO
Diante dessas definições, podemos dizer que o objetivo do seguro é
garantir a reposição de um bem ou minimizar a perda de uma pessoa ou
uma empresa por meio do pagamento da quantia estipulada no contrato.

A finalidade específica do seguro é restabelecer o equilíbrio econômico


perturbado, sendo vedada, por lei, a possibilidade de se revestir do aspec-
Importante to de jogo ou de dar lucro ao segurado.

Quando um indivíduo morre, O seguro foi criado em função da necessidade de proteção contra o peri-
pode ser que sua família fique go, da incerteza do futuro e da imprevisibilidade dos acontecimentos.
econômica e financeiramente Progressivamente, foi aperfeiçoado, constituindo-se, atualmente, em um
desamparada, o que vem a mecanismo de atuação também no campo macroeconômico, uma vez que
ser um problema de ordem promove a acumulação de recursos por meio da formação das reservas
social. O mesmo acontece inerentes à atividade, além de contribuir para formar poupança interna e
em caso de invalidez, com para gerar investimentos no país.
a perda da capacidade
A finalidade do seguro está, portanto, vinculada à proteção dos indivíduos,
laborativa do responsável
da família e da própria sociedade, podendo, assim, ser dita de natureza
pelo sustento da família.
particular, mas que atinge, consequentemente, objetivo de ordem social ao
preservar condições de sustento individual ou familiar.

Isto é básico
O seguro não pode ser um jogo e nem dar lucro ao segurado.

TEORIA GERAL DO SEGURO 15


UNIDADE 1

CARACTERÍSTICAS DO SEGURO
As características básicas do seguro são: Previdência, Incerteza e Mutualismo.

—— Previdência
O seguro oferece proteção às pessoas com relação a perdas e danos que
venham a sofrer no futuro, atingindo a elas próprias ou às suas proprie-
dades ou bens. Assim, verificamos que uma pessoa que se preocupa em
resguardar a si ou aos seus bens contra os prováveis riscos a que estão
expostos em seu dia a dia, adotando medidas de prevenção e/ou contra-
tando seguro, está sendo previdente.

—— Incerteza
Na contratação do seguro, sempre há o elemento de incerteza: seja quan-
to à ocorrência (se vai acontecer) ou quanto à época (quando vai aconte-
cer). Nos Seguros de Vida, a incerteza refere-se somente à época.

—— Mutualismo
Na atividade de seguros, entende-se por Mutualismo a reunião de um grupo
de pessoas com interesses seguráveis comuns, que concorrem para a forma-
ção de uma massa econômica, com a finalidade de suprir, em determinado
momento, necessidades eventuais de algumas daquelas pessoas do grupo
ou de parte do grupo. Assim, o impacto financeiro de um evento, que poderia
ser fatal ou catastrófico para um indivíduo ou empresa, é distribuído entre os
integrantes de um grupo maior por custo relativamente baixo.

Exemplos se apresentam de diversas formas em nosso cotidiano, como


quando um grupo de estudantes se cotiza para realizar uma festa de for-
matura ao término de seu curso ou quando os condôminos incluem em
suas cotas condominiais mensais um valor destinado à formação de um
fundo de reserva para fazer face às despesas eventuais não orçadas de
seu condomínio.

No caso de Mutualismo, as seguradoras reúnem todos os prêmios que


recebem em um fundo que é usado para pagar as perdas que ocorrem
com frequência.

TEORIA GERAL DO SEGURO 16


UNIDADE 1

ELEMENTOS BÁSICOS E
ESSENCIAIS DO SEGURO
São cinco os elementos básicos e essenciais para que exista um seguro:
Risco, Segurado, Seguradora, Prêmio e Indenização.

Serão abordados também, além dos elementos básicos e essenciais do


seguro, outros conceitos como: estipulante, beneficiário, e corretor de
seguros.

—— Risco
Nas operações de seguro, risco é a possibilidade de ocorrência de um
evento aleatório que cause dano de ordem material, pessoal ou mesmo
de responsabilidades. Ele é assumido pela seguradora, que se obriga a
indenizar a importância segurada na ocorrência do risco coberto, mediante
o pagamento do prêmio do seguro realizado.

Risco é ainda o evento incerto ou de data incerta que independe da vonta-


de das partes contratantes e contra o qual é feito o seguro. Risco é expec-
tativa de sinistro. Sem risco, não faz sentido contratar um seguro.

Segundo a ABNT NBR ISO 31.000:2009, risco é o efeito da incerteza em


relação aos objetivos (das pessoas ou das empresas).

Sob o ponto de vista legal, o risco constitui o objeto do seguro, pois o segu-
rado transfere à seguradora, por meio do seguro, o risco, e não o bem.

Não se faz Seguro de Vida, mas sim do evento morte. Não se faz Seguro
de Automóveis, mas sim dos riscos que podem causar danos ao veículo
(por colisão) ou a sua perda (por roubo).

Nas operações de seguro, as condições indispensáveis que definem o ris-


co como segurável são:

Ser possível
Para que haja possibilidade de seguro, deve haver uma probabili-
dade de ocorrência. Segurar risco impossível de acontecer seria o
mesmo que admitir um contrato sem objeto.

Exemplo: para contratar um Seguro de Automóveis, é necessá-


rio que a pessoa tenha algum interesse segurável (no caso desse
seguro, um veículo). Se a pessoa não tem um veículo próprio ou
sob sua responsabilidade, não existe bem a ser segurado. Logo,
também não há risco segurável.

TEORIA GERAL DO SEGURO 17


UNIDADE 1

Ser futuro
Considera a possibilidade de um risco futuro. Eventos já ocorridos
(sinistros) até o momento da realização do contrato não podem ser
admitidos como riscos e, portanto, não são seguráveis.

Exemplo: não se pode contratar um Seguro de Vida para garantir


a morte de alguém já falecido. Da mesma forma, não se pode con-
tratar o Seguro de Automóveis para garantir o roubo ou furto se o
veículo já estiver desaparecido por roubo ou furto.

Ser incerto
A natureza incerta ou aleatória do risco não pode ser dissociada
do Contrato do Seguro. Logo, só se pode fazer Seguro para garan-
tir riscos incertos, que podem ou não ocorrer, ou, no caso de risco
certo, que tenha data incerta para a ocorrência.

Exemplo: uma pessoa que se atira de um avião em pleno ar, de


grande altitude, sem paraquedas sabe as consequências que seu
ato pode acarretar.

Independer da vontade das partes contratantes


O risco deve ocorrer de forma acidental, e não intencional.

Exemplo: se uma pessoa contrata o seguro de um imóvel para


garantir riscos de incêndio, queda de raio e explosão, e tem a
intenção de incendiá-lo, está descaracterizando a incerteza quan-
to à ocorrência dos danos pelo fogo.

Resultar de sua ocorrência um prejuízo


É necessário que o contratante tenha algum interesse segurável
para que ele ou seu(s) beneficiário(s) venha(m) a receber indeniza-
ção, ou seja, a ocorrência do risco deve comportar uma perda ou
prejuízo financeiro.

Exemplo: a ocorrência de um vendaval que atinja um imóvel e o


danifique gera prejuízo financeiro.

Ser mensurável
Se o risco não puder ser medido, a seguradora não poderá estabe-
lecer um custo adequado para a sua aceitação.

Exemplo: o risco de acidentes na construção civil.

TEORIA GERAL DO SEGURO 18


UNIDADE 1

Divisão e Classificação dos Riscos


Nas operações de seguros, existe a seguinte classificação de riscos:

Quanto à Natureza
Risco puro
Risco generalizado, que afeta a sociedade como um todo, para o
qual só existem duas possibilidades: perder ou não perder. Esse
tipo de risco é objeto de análise, feita por técnicos de seguro, ou
seja, é segurável.

Exemplo: A possibilidade de morte dos indivíduos é um risco puro. Se


ocorrer a morte de alguém, há perda e, se não ocorrer, não há perda.

Risco especulativo
Risco que envolve três possibilidades: perder, não perder ou ganhar.
Esse tipo de risco não é segurável no mercado de seguros, uma
vez que envolve a possibilidade de ganho, vedado por lei nas ope-
rações dessa natureza. Deve ser tratado com técnicas comerciais.

Exemplo: Uma sapataria adquire determinada quantidade de


sapatos com a intenção de ­vendê-los por preço maior. Caso isso
aconteça, há ganho. Se a mercadoria for vendida pelo mesmo pre-
ço, não há perda nem ganho. Entretanto, se o preço de venda for
inferior ao da compra, há perda.

Importante
Embora as expressões “riscos puros” e “riscos particulares” geralmente sejam utilizadas
com o mesmo significado, nos riscos particulares, os riscos se limitam a situações particu-
larizadas, enquanto, nos riscos puros, os riscos são generalizados. Observamos que em am-
bos só existem duas possibilidades: perder ou não perder. Portanto, são riscos seguráveis.
Exemplos: o risco de explosão de uma indústria é um risco puro, enquanto o risco de explo-
são da indústria “X” é um risco particular.
A possibilidade de choque entre automóveis é um risco puro, enquanto o choque entre os
veículos de dois indivíduos identificados é um risco particular.

Quanto à Origem
Riscos fundamentais
Riscos impessoais que resultam de mutações sociais e econômi-
cas, afetando a coletividade. O tratamento desses riscos compete
ao Estado.

Exemplo: perdas decorrentes de guerra ou inflação.

TEORIA GERAL DO SEGURO 19


UNIDADE 1

Riscos particulares
Aqueles que afetam somente os indivíduos ou empresas em parti-
cular, e não a sociedade, e para os quais também só existem duas
possibilidades: perder ou não perder. Esses são riscos seguráveis,
a serem tratados por seguradores particulares.

Exemplo: morte ou invalidez de um cidadão.

—— Segurado
É a pessoa física ou jurídica em nome da qual o seguro é contratado. É
quem tem interesse economicamente no bem exposto ao risco e que
transfere para a seguradora, mediante o pagamento de certa quantia (prê-
mio), o risco de um determinado evento atingir o bem de seu interesse ou
gerar uma responsabilidade.

Em situações específicas, conforme o tipo de seguro contratado, podem


existir adicionalmente as figuras do estipulante e do beneficiário, assim
qualificados:

■■ estipulante – é a pessoa física (natural) ou jurídica que contrata


apólice coletiva de seguros, ficando investida dos poderes de
representação dos segurados perante a sociedade seguradora
nos termos da regulamentação em vigor – art. 801 do Código Civil
Brasileiro; e
■■ beneficiário – é a pessoa física (natural) ou jurídica designada pelo
segurado para receber as indenizações devidas pelo segurador
ou, ainda, as pessoas legalmente reconhecidas como habilitadas
para este fim.
Na maioria dos ramos de seguro, o segurado é o próprio estipulante e
beneficiário do seguro.

—— Seguradora
É a pessoa jurídica que assume a responsabilidade por riscos contratados
e responde junto ao segurado pelas obrigações assumidas. É responsável
por emitir a apólice — em caso de ocorrência de sinistro — e pagar indeni-
zação ao segurado ou ao(s) seu(s) beneficiário(s).

As principais obrigações da seguradora são: gerenciar corretamente os


riscos que lhe são confiados e pagar o prejuízo resultante de risco coberto
assumido na ocorrência de sinistro, ou seja, indenizar o beneficiário de
acordo com as condições estabelecidas no contrato.

Em situações específicas, conforme o tipo de seguro contratado, podem exis-


tir adicionalmente as figuras do estipulante, do beneficiário e do tomador.

TEORIA GERAL DO SEGURO 20


UNIDADE 1

—— Prêmio
É a prestação paga pelo segurado para a contratação do seguro, efetivada
com a emissão da apólice por parte da empresa seguradora. É o mesmo
que custo ou preço do seguro.

O prêmio deve ser especificado no contrato de seguro, de forma a garan-


tir que o segurador assuma a responsabilidade de um determinado risco.
Com o pagamento do prêmio, o segurado adquire o direito à indenização
previamente combinada, e devidamente estabelecida, desde que o sinis-
tro corresponda ao risco coberto pelo contrato de seguro.

O prêmio é um dos elementos essenciais do contrato de seguro. A falta de


pagamento, nas condições legais e contratualmente estabelecidas, implica
a dispensa da obrigação de indenizar por parte da seguradora, na forma
do art. 763 do Código Civil.

O prêmio do seguro pode ser pago de uma só vez pelo segurado ou pelo
estipulante, podendo, ainda, ser fracionado ou dividido em parcelas (com
ou sem juros, por decisão do segurador).

Importante
A falta de pagamento do prêmio ou parcelas, nas condições estabelecidas, implica o
cancelamento automático do contrato, independentemente de qualquer interpelação
judicial ou extrajudicial.
O prêmio pago se refere a todo o período de vigência do seguro. Entretanto, as segura-
doras denominam prêmio ganho à parcela de prêmio relativa ao período de tempo do
risco já passado.
Exemplo: se a seguradora emitiu uma apólice anual e decorreram 210 dias do prazo do
seguro sem a ocorrência de sinistro no período, o prêmio correspondente a 210/365 do
prêmio anual é denominado prêmio ganho.

—— Indenização
É a contraprestação do segurador ao segurado que, com a efetivação do
risco (ocorrência de evento previsto no contrato), venha a sofrer prejuízos
de natureza econômica, tendo direito à indenização acordada.

TEORIA GERAL DO SEGURO 21


UNIDADE 1

A indenização é considerada um dos elementos do seguro por ser a con-


traprestação da seguradora ao segurado, caso ocorra um sinistro coberto.

Assim, se, por um lado, o segurado tem por obrigação pagar um prêmio à
seguradora quando contrata um seguro, por outro, a seguradora tem por
obrigação efetuar o pagamento de uma indenização ao segurado quando
ocorre um risco coberto pelo contrato de seguro (sinistro).

Exemplo
Suponha que uma empresa X tenha negociado com a Seguradora Imaginária um
seguro de Vida em Grupo, para todos os seus funcionários, com cobertura de morte
(qualquer causa) e invalidez permanente, ao custo mensal de R$ 12.000,00. Suponha
também que, durante a vigência do seguro, houve o óbito de um funcionário, cabendo
à esposa e aos filhos uma indenização de R$ 100.000,00.
Identificamos, nesse exemplo, os seguintes elementos:
■■ Estipulante: empresa X.
■■ Seguradora: Imaginária.
■■ Segurados: todos os funcionários da empresa X.
■■ Riscos cobertos: morte (qualquer causa) e invalidez permanente.
■■ Prêmio Mensal: R$ 12.000,00.
■■ Indenização: R$ 100.000,00.
■■ Beneficiários: esposa e filhos do funcionário falecido

Não esqueça:

Seguro é um contrato entre duas partes — o segurador (pessoa jurídica)


e um segurado (uma empresa ou pessoa física) —, no qual está prevista
a possibilidade de um determinado acontecimento, o risco, pelo qual se
paga uma quantia, o prêmio, para que, quando ocorra esse acontecimento
(sinistro), haja a reparação dos danos, que é a indenização ao segurado
ou a terceiros (os beneficiários).

DIVISÃO E CLASSIFICAÇÃO
DO SEGURO
Os seguros são classificados de acordo com vários pontos de vista, entre
eles: quanto à responsabilidade pela sua operação, quanto aos ramos de
seguro e quanto à sua natureza.

TEORIA GERAL DO SEGURO 22


UNIDADE 1

—— Quanto à Responsabilidade
pela sua Operação
São divididos em Seguros Sociais e Seguros Privados:

Seguros Sociais
São aqueles operados pelo Estado por meio da Previdência Social.
Incluem assistência médica, aposentadoria, pensão, acidentes de
trabalho e outros benefícios, como os concedidos no âmbito do
Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Seguros Privados
São os operados por empresas privadas de seguro. Podem ou não
ser obrigatórios e podem apresentar, ainda, características sociais,
como é o caso do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causa-
dos por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT).

—— Quanto à Natureza
Saiba mais Seguros de Danos
Destinam-se à reparação, à compensação de um dano sofrido. É a
Sobre Seguros de Danos – reparação de perdas materiais em consequência de risco coberto
art. 778 a 788 do Código Civil e prejuízos aos bens de propriedade do segurado. São considera-
Brasileiro. dos seguro de bens: de incêndio, roubo, furto etc.

Seguros de Pessoas
Garantem pessoas contra os riscos a que estão expostas: sua exis-
tência, sua integridade física e sua saúde. Não há reparação de
danos ou indenização propriamente dita.

—— Quanto à Classificação
dos Seguros Privados
O Código Civil Brasileiro instituiu uma nova divisão dos seguros em Segu-
ros de Danos e Seguros de Pessoas. A legislação atual classifica os segu-
ros da seguinte forma:

Ramos Elementares
Os que visam garantir perdas e danos ou responsabilidades prove-
nientes de riscos de fogo, transporte, acidentes pessoais e outros
eventos que possam ocorrer e afetar pessoas, coisas e bens, res-
ponsabilidades, obrigações, garantias e direitos.

Pessoas (Vida)
Os que, com base na duração da vida humana, visam garantir a

TEORIA GERAL DO SEGURO 23


UNIDADE 1

segurados ou a terceiros o pagamento, dentro de determinado


prazo e condições, de quantia certa, renda ou outro benefício.

Como exemplos de Seguros de Pessoas, temos: Seguro de Vida,


Seguro Funeral, Seguro de Acidentes Pessoais, Seguro Educa-
cional, Seguro Viagem, Seguro Prestamista, Seguro de Diária
por Internação Hospitalar, Seguro-Desemprego (perda de renda),
Seguro de Diária de Incapacidade Temporária, Seguro de Perda de
Certificado de Habilitação de Voo.

As sociedades seguradoras autorizadas a operar Seguros de


Pessoas podem também operar Seguro de Acidentes Pessoais
e Seguro Habitacional, na forma regulamentada pelo Conselho
Nacional de Seguros Privados (CNSP) e pela Superintendência de
Seguros Privados (SUSEP).

No que se refere à classificação dos Seguros Privados, esta foi


inicialmente determinada pelo Decreto n° 61.589/1967, que mais
recentemente foi modificado pela MP n° 2.177-44/2001. Com a cria-
ção da ANS pela Lei nº 9.961, as atribuições que eram do CNSP
e da SUSEP passaram para o Conselho de Saúde Suplementar
(CONSU) e para a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS),
tendo como resultado dessa mudança a retirada do ramo Saúde
da regulamentação da SUSEP.

Atenção
Seguro-Saúde
Não se pode mais chamar a Saúde Suplementar de seguro, mas muitos ainda conside-
ram razoável tratar o assunto dessa forma, porque os indivíduos são beneficiários dos
seguros de pessoas e também de consultas, exames e outros procedimentos na Saúde
Suplementar.
Em algumas corretoras de seguros, há uma segmentação no atendimento aos clientes
denominada Área de Benefícios, que engloba tudo o que se destina a pessoas, sejam
Seguros, Planos de Saúde ou Odontológicos.

—— Ramos Elementares e
Suas Características
No Brasil, os seguros são divididos em ramos, que, em alguns casos, são
divididos em modalidades. Entende-se por grupo o conjunto de ramos com
alguma característica em comum. Por exemplo: Seguro de Roubo, Seguro
Contra Tumultos e Seguro Global de Bancos visam proteger o patrimônio,
sendo classificados pela SUSEP no grupo de Seguros Patrimoniais.

TEORIA GERAL DO SEGURO 24


UNIDADE 1

Os Ramos de Seguros estão atualmente classificados e codificados confor-


me a Circular SUSEP n° 535/2016, que estabeleceu, para efeitos contábeis,
um código de grupo e um identificador para cada ramo de seguro.

É importante que o corretor de seguros conheça a codificação estabe-


lecida pela SUSEP para saber como são feitos os enquadramentos dos
diversos ramos de seguro e para identificar, nas estatísticas disponíveis no
mercado, a partir dos códigos de contabilização, a quais ramos se referem.

Além disso, as seguradoras costumam identificar no número da apólice


por meio dos códigos de contabilização, a sucursal e o ramo a que se
refere o seguro contratado.

Ramo de Seguro
O termo “ramo” engloba o conjunto de coberturas diretamente
relacionadas ao objeto ou objetivo do plano de seguro.

Exemplo: se uma seguradora oferecer um plano de seguro cujo obje-


tivo seja conceder cobertura para cargas transportadas em cami-
nhões, no território nacional, contra os riscos de acidentes do veículo
transportador, que causem dano à carga (tombamento, capotagem),
deverá adotar as coberturas do ramo Transporte Nacional, que tem,
em seu conjunto de coberturas, os riscos de acidentes rodoviários.

A expressão “ramo principal” se refere ao ramo, dentre todos os incluí-


dos em um determinado plano de seguro, que melhor caracteriza o
referido plano, considerando-se as coberturas abrangidas por ele.

Exemplo: se uma seguradora vier a comercializar um Plano de


Seguro para Academias, no qual esteja definida, como cobertura
básica, a indenização relativa a perdas e danos decorrentes dos
riscos de incêndio, raio e explosão (previstos no ramo de Seguro
Compreensivo Empresarial), e mais, sob a forma de contratação
agregada ou facultativa, a cobertura de responsabilidade civil por
guarda de veículos de terceiros (prevista no ramo Responsabilida-
de Civil Geral), teríamos como ramo principal o de Seguro Com-
preensivo Empresarial, já que as coberturas que melhor caracteri-
zam o objetivo do plano de seguro criado pela seguradora para as
academias estão alocadas nesse ramo.

Plano de Seguro
A nomenclatura plano de seguro é utilizada para definir cada pro-
duto ou cada tipo de seguro que é ou vier a ser comercializado
pelo mercado segurador, podendo abranger um único ramo de
seguro ou vários.

Exemplo: as seguradoras costumam comercializar o plano de


Seguro de Automóvel (ou simplesmente Seguro de Automóvel)
incluindo o ramo Automóvel — Casco (que é um ramo de seguro),

TEORIA GERAL DO SEGURO 25


UNIDADE 1

acoplando a ele coberturas do ramo Acidentes Pessoais de Pas-


sageiros (APP), que é outro ramo de seguro, de Responsabilidade
Civil Facultativo de Veículos (RCFV), que também é outro ramo de
seguro, e de Assistência e Outras Coberturas, que agora passou a
ser um novo ramo de seguro. Temos, nesse caso, quatro Ramos de
Seguro independentes envolvidos em um mesmo plano de seguro.

Também é comum as seguradoras comercializarem planos que


envolvam somente um ramo de seguro.

Por exemplo: Plano de Seguro de Lucros Cessantes (ou simples-


mente Seguro de Lucros Cessantes), que envolve somente o Ramo
Lucros Cessantes.

Além das definições citadas, a SUSEP, a partir da Circular n° 535/2016,


estabeleceu várias outras definições e normatizações aplicáveis aos
Seguros de Danos, entre as quais destacamos as seguintes:

■■ Plano de Seguro Simples


É o plano de seguro que contempla exclusivamente cobertu-
ras de um único ramo.

Exemplo: Plano de Seguro de Riscos de Engenharia (ou sim-


plesmente Seguro de Riscos de Engenharia).

■■ Plano de Seguro Composto


É o plano de seguro que, além das coberturas do ramo prin-
cipal, contém coberturas agregadas (ou facultativas) submeti-
das em conjunto à SUSEP para aprovação (essas coberturas
podem ser pertencentes ou não ao mesmo grupo).

Exemplo: um Plano de Seguro de Vida com Acidentes Pessoais


e Perda de Renda ou Desemprego (nesse plano de seguro,
estão incluídos três ramos de seguro do mesmo grupo — Pes-
soas Coletivo —, conforme tabela do Anexo 2 deste material).

■■ Cobertura Agregada
É a cobertura de contratação facultativa em um plano de
seguro composto, pertencente a ramo de seguro distinto do
ramo principal.

Retomando o exemplo em que uma seguradora decidiu


comercializar um Plano de Seguro para Academias, citamos,
como cobertura básica, os riscos de incêndio, raio e explosão,
e como coberturas agregadas ou facultativas, todas as demais
opções de cobertura: alagamento, desmoronamento, rou-
bo, equipamentos estacionários e responsabilidade civil pela
guarda de veículos de terceiros.

TEORIA GERAL DO SEGURO 26


UNIDADE 1

■■ Plano de Seguro Principal


É o plano de seguro simples ou composto, ao qual o plano

Notas secundário poderá estar vinculado.

Ainda utilizando o exemplo do Plano de Seguro para Acade-


Confira a nova codificação de mias, teremos como ramo de seguro principal o Seguro Com-
Ramos de Seguro no Anexo 7. preensivo Empresarial.

■■ Plano de Seguro Secundário


É o plano de seguro que apresenta coberturas típicas de um
único ramo, que somente poderão ser comercializadas em
conjunto com um ou mais planos de seguro principal, e que
possui registro próprio na SUSEP.

Exemplo: uma seguradora poderá definir que somente con-


tratará Seguro de Roubo como plano de seguro secundário,
em complemento aos seus planos de Seguros Compreensivos
Residenciais ou Condominiais, ou empresariais, os quais serão
definidos como ramo principal.

TEORIA GERAL DO SEGURO 27


UNIDADE 1

ETAPAS
1 DO SEGURO
+ PREENCHIMENTO
DA PROPOSTA
O Proponente, intermediado pelo
Corretor de Seguros, preenche
proposta: um questionário com
condições do contrato.

ENCAMINHAMENTO
DA PROPOSTA 2 3
3.1
ANÁLISE DO RISCO
Seguradora analisa o Risco.
O Corretor encaminha a proposta
a uma Seguradora. 3.2 Se aceito, emite a Apólice
contendo: nome e domicílio do
Segurado e da Seguradora,
objeto ou pessoa seguradora,
natureza dos riscos garantidos,
prazo de vigência, valor
segurado, prêmio, etc.

EFETIVAÇÃO DO RISCO
Ocorre uma situação que
5 4 SEGURADO PAGA O
PRÊMIO
caracteriza o Sinistro. O Segurado realiza o
pagamento do prêmio.

6 COMUNICAÇÃO DE SINISTRO
O Segurado comunica a ocorrência do
Sinistro à Seguradora.

7 REGULAÇÃO DO SINISTRO
A Seguradora aciona seus peritos para apurar e
quantificar a extensão dos prejuízos.

8 PAGAMENTO
DA INDENIZAÇÃO
A Seguradora paga a
indenização ao Segurado.

+
TEORIA GERAL DO SEGURO 28
FIXANDO CONCEITOS

FIXANDO CONCEITOS 1

Marque a alternativa correta.


1. A finalidade específica do seguro é:

(a) Garantir ao segurado a substituição do bem sinistrado sempre que


houver a sua perda.
(b) Permitir ao segurado comprar um veículo novo quando houver sinistro.
(c) Restabelecer o equilíbrio econômico perturbado pela ocorrência de
risco coberto.
(d) A troca de uma despesa incerta futura e de valor elevado por outra,
certa, antecipada e de valor comparativamente menor.
(e) Dar lucro ao segurado quando o seguro for contratado com impor-
tância segurada superior ao valor real do bem.

2. Na definição de seguro de Hermard, consta que a operação de seguro é


a assunção de um conjunto de eventos determinados pelo segurador, que
os compensa de acordo com:

(a) As leis da estatística e o valor matemático do risco.


(b) O princípio do mutualismo e o custo médio dos sinistros.
(c) O valor matemático do risco e o mutualismo.
(d) As leis matemáticas e o princípio do mutualismo.
(e) As leis da estatística e o princípio do mutualismo.

Analise as proposições a seguir e assinale a alternativa correta.


3. São elementos essenciais do seguro:

I) A apólice e o prêmio.
II) O segurador e o segurado.
III) A indenização e o risco.

Assinale a alternativa correta:

(a) Somente I é proposição verdadeira.


(b) Somente II é proposição verdadeira.
(c) Somente I e III são proposições verdadeiras.
(d) Somente II e III são proposições verdadeiras.
(e) I, II e III são proposições verdadeiras.

TEORIA GERAL DO SEGURO 29


FIXANDO CONCEITOS

Marque a alternativa correta.


4. As características básicas do seguro são:

(a) Apólice, indenização e prêmio.


(b) Incerteza, mutualismo e previdência.
(c) Indenização, teoria das probabilidades e sinistro.
(d) Solene, de boa-fé e fundamental.
(e) Risco puro, fundamental e especial.

Marque a alternativa correta.


5. Pode-se definir risco puro como sendo aquele que:

(a) Deve ser tratado com técnicas de seguro, havendo apenas duas
possibilidades: perder ou não perder.
(b) Deve ser tratado pelo Estado com técnicas de seguro.
(c) Deve ser tratado com técnicas de seguro, havendo apenas duas pos-
sibilidades: perder ou ganhar.
(d) Deve ser tratado com técnicas comerciais, havendo as possibilida-
des de perder ou ganhar.
(e) Não pode ser garantido pelo seguro.

6. Para que o risco seja segurável, são indispensáveis os seguintes parâ-


metros:

(a) Deve apenas independer da vontade das partes.


(b) Deverá causar prejuízo de ordem financeira em alguns casos e ser
mensurável.
(c) Deve ser mensurável e incerto em alguns casos.
(d) Deve ser mensurável e depender da vontade das partes.
(e) Deve ser possível, futuro e incerto.

7. A característica básica do seguro, que pode ser definida como “um gru-
po de pessoas com interesses seguráveis comuns”, é denominada:

(a) Previdência.
(b) Incerteza.
(c) Mutualismo.
(d) Indenização.
(e) Carência.

TEORIA GERAL DO SEGURO 30


FIXANDO CONCEITOS

Analise as proposições a seguir e assinale a alternativa correta.


8. Com relação aos princípios básicos do seguro, podemos afirmar que:

I) O seguro tem como finalidade específica restabelecer o equilíbrio


econômico perturbado, podendo, inclusive, dar lucro ao segurado.
II) A finalidade do seguro está vinculada à proteção dos indivíduos, da
família e da sociedade.
III) A operação do seguro promove a acumulação de recursos, forma
reservas, forma poupança interna e gera investimentos.

Assinale a alternativa correta:

(a) Somente I é proposição verdadeira.


(b) Somente III é proposição verdadeira.
(c) Somente I e II são proposições verdadeiras.
(d) Somente I e III são proposições verdadeiras.
(e) Somente II e III são proposições verdadeiras.

TEORIA GERAL DO SEGURO 31


OS SISTEMAS
NACIONAIS
SEGUROS,
CAPITALIZAÇÃO e SAÚDE
02 UNIDADE 2

Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■■ Entender como são ■■ Conhecer a função de
constituídos os Sistemas cada órgão pertencente
Nacionais de Seguros ao Sistema Nacional de ESTRUTURA DO
Privados, Capitalização e Seguros. MERCADO SEGURADOR
Saúde e suas atribuições.
SISTEMA NACIONAL DE
■■ Conhecer as instituições SEGUROS PRIVADOS (SNSP)
que constituem o
segmento do Sistema SISTEMA NACIONAL DE
Nacional de Seguros. SAÚDE

FIXANDO CONCEITOS 2

TEORIA GERAL DO SEGURO 32


UNIDADE 2

ESTRUTURA DO
MERCADO SEGURADOR
O mercado de seguros é regulado em todo o processo produtivo do segu-
ro. Desde a criação de um produto (serviço), a aprovação do produto jun-
to ao órgão regulador, sua comercialização, o funcionamento de quem
desenvolve o produto, a atuação de quem comercializa o produto, o rela-
cionamento com o cliente desde a compra até a utilização dos serviços.

O processo produtivo do seguro abrange clientes, seguradoras, forne-


cedores e parceiros de negócios (corretores de seguros). Todos os elos
dessa cadeia de suprimentos são regulados por órgãos estabelecidos
pelo Governo.

FIGURA 2: CADEIA DE SUPRIMENTOS

RISCO SEGUROS SEGURADORAS E CORRETORES SEGURADO


RESSEGURADORAS

MINISTÉRIO
Automóveis
DA ECONOMIA
Vida
CNSP – CONSELHO
NACIONAL DE Incêndio
SEGUROS PRIVADOS
Danos
SUSEP – SUPERINTENDÊNCIA
NACIONAL DE SEGUROS Responsabilidades
PRIVADOS

ORGÃOS REGULADORES MATÉRIA-PRIMA PRODUTOS FABRICANTES DISTRIBUIDOR CONSUMIDOR


SEGURADOR

TEORIA GERAL DO SEGURO 33


UNIDADE 2

—— Importância da Regulação
do Mercado de Seguros
Por que o seguro é regulado?
A regulação é fundamental para garantir o bom funcionamento do mer-
cado em todos os elos da cadeia. Resguarda o setor de seguros dos
riscos sistêmicos, diminuindo a probabilidade de falência (ou “quebra”)
de empresas de seguros e resseguros. Um dos objetivos é preservar a
solvência das empresas, garantindo que elas cumpram os compromissos
financeiros assumidos.

A regulação também protege os consumidores, ao estabelecer padrões


de coberturas, taxas e preços adequadas de seguro, evita vendas de
seguros desnecessários e apresentação enganosa de coberturas impe-
dindo fraudes e comportamentos antiéticos no mercado.

Se um processo é bem regulado, traz impactos positivos. Da mesma forma,


um mau regulamento também gera impactos negativos em toda a cadeia.

Vimos os benefícios que o seguro proporciona para a sociedade. Esses


benefícios somente são possíveis pela regulação eficaz do mercado.

SISTEMA NACIONAL DE
SEGUROS PRIVADOS (SNSP)
Embora seguros, previdência complementar e capitalização sejam ativi-
dades exercidas por empresas privadas, são normatizadas, reguladas e
fiscalizadas pelo Governo. A atividade seguradora é regulada não apenas
no Brasil, mas nos demais mercados desenvolvidos em outros países.

A necessidade de regulação surgiu em razão do crescimento desse mer-


cado no mundo. Cada país tem sua regulação própria. No Brasil, foi cria-
do o Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP).

TEORIA GERAL DO SEGURO 34


UNIDADE 2

FIGURA 3: ESTRUTURA DO SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS (SNSP)

MINISTÉRIO
DA ECONOMIA

CNSP
CONSELHO NACIONAL
DE SEGUROS PRIVADOS

SUSEP
SUPERINTENDÊNCIA
DE SEGUROS PRIVADOS

Sociedades
Entidades
Autorizadas Empresas
Abertas de
a Operarem de Resseguro
Previdência
em Seguros
Complementar
Privados

Os órgãos do SNSP estão subordinados ao Ministério da Economia, que


cuida basicamente da formulação e da execução da política econômica.
Suas áreas de competências incluem a moeda, o crédito, as instituições
financeiras, a poupança popular, os seguros privados e a Previdência Com-
plementar Aberta, excluindo-se a Saúde Suplementar e a Capitalização.

O Sistema de Saúde Privada e Suplementar é da competência do Ministé-


rio da Saúde, que atua por meio do Conselho Nacional de Saúde Suple-
mentar (CONSU) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O
órgão que integra as empresas de Capitalização é o Sistema Nacional de
Capitalização (SNC).

Isto é básico
CNSP: fixa as diretrizes e normas da política de Seguros Privados no Brasil.
SUSEP: regula, supervisiona, controla, fiscaliza e incentiva as atividades de seguro no Brasil.

Sistema Nacional de Seguros Privados


O SNSP foi instituído pelo Governo Federal por meio do ­Decreto-Lei
n° 73/1966, art. 8°:

TEORIA GERAL DO SEGURO 35


UNIDADE 2

Art. 8º Fica instituído o Sistema Nacional de Seguros Privados,


regulado pelo presente Decreto-lei e constituído:

a) do Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP;

b) da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP;

c) dos resseguradores (Redação dada pela Lei Complementar nº


126, de 2007);

d) das Sociedades autorizadas a operar em seguros privados;

e) dos corretores habilitados.

A promulgação da Lei Complementar n° 126/2007, processou a abertura


do resseguro, e, portanto, o IRB-Brasil Resseguros S.A. deixou de ser o
único ressegurador no mercado.

Em 1998, foi criado o Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Segu-


ros Privados, de Previdência Complementar Aberta e de Capitalização
(CRSNSP) como órgão colegiado, integrante da estrutura básica do Minis-
tério da Fazenda, que tem por finalidade o julgamento, em última instância
administrativa, dos recursos de decisões dos órgãos fiscalizados do SNSP.

—— Conselho Nacional de
Seguros Privados (CNSP)
É o órgão governamental encarregado da fixação das diretrizes e normas
da política de Seguros Privados no Brasil, entre outras atribuições:
■■ Regular a constituição, a organização, o funcionamento e a fiscali-
Importante zação dos que exercem atividades subordinadas ao SNSP, bem
como a aplicação das penalidades previstas.
O CNSP é presidido pelo
■■ Fixar as características gerais dos contratos de Seguro, Previdên-
ministro de Estado da
cia Privada Aberta, Capitalização e Resseguro.
Fazenda e, em sua ausência,
pelo superintendente da ■■ Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro.
SUSEP. ■■ Conhecer dos recursos de decisão da SUSEP e do IRB.
■■ Prescrever os critérios de constituição das sociedades segurado-
ras, de Capitalização, entidades de Previdência Privada Aberta e
Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das res-
pectivas operações.
■■ Disciplinar a corretagem do mercado.
O CNSP é composto dos seguintes membros:

■■ Ministro de Estado da Economia ou seu representante.


■■ Representante do Ministério da Justiça.

TEORIA GERAL DO SEGURO 36


UNIDADE 2

■■ Representante do Ministério da Previdência e Assistência Social.


■■ Superintendente da SUSEP.
■■ Representante do Banco Central do Brasil.
■■ Representante da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

—— Superintendência de Seguros
Privados (SUSEP)
São atribuições da SUSEP:
■■ Fiscalizar a constituição, a organização, o funcionamento e a ope-
ração das sociedades seguradoras, de capitalização, entidades
de previdência privada aberta e resseguradores, na qualidade de
executora da política traçada pelo CNSP.
■■ Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que
se efetua por meio das operações de seguro, previdência privada
aberta, capitalização e resseguro.
■■ Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados
supervisionados.
■■ Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos
operacionais a eles vinculados, com vistas à maior eficiência do
SNSP e do Sistema Nacional de Capitalização.
■■ Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, asse-
gurando a sua expansão e o funcionamento das entidades que
neles operem.
■■ Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram
o mercado.
■■ Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em
especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas.
■■ Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as ati-
vidades que por este forem delegadas.
■■ Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP.
A esse órgão são encaminhadas as denúncias dos segurados contra segu-
radoras e outros órgãos do mercado de seguros.

TEORIA GERAL DO SEGURO 37


UNIDADE 2

—— Sociedades Autorizadas a Operarem


em Seguros Privados (Seguradoras)
São empresas legalmente constituídas sob a forma de sociedade anônima,
que assumem e gerem os riscos de acordo com critérios técnicos e admi-
nistrativos regulamentados pela SUSEP.

Para se contratar um seguro, é preciso existir alguém que queira se pro-


teger de possíveis riscos que possam acarretar prejuízo financeiro, uma
empresa que queira assumir esse risco e alguém que faça intermediação
entre as partes.

Uma seguradora é uma empresa que comercializa seguros. Existem várias


empresas seguradoras no mercado que criam seus próprios produtos.
Estes, quando estão na fase de projeto, são submetidos ao órgão regu-
lador, que é a SUSEP. Essa submissão também se aplica a um Plano de
Previdência ou a um Título de Capitalização.

—— Entidades Abertas de Previdência


Complementar (EAPC)
São aquelas constituídas unicamente sob a forma de sociedades anôni-
mas, que têm por objetivo principal instituir planos que podem ter cobertu-
ras de morte, invalidez ou sobrevivência.

—— Empresas de Resseguro
São as empresas legalmente constituídas com a finalidade de operar o
Resseguro, entendido como transferência de riscos de uma seguradora
para um ressegurador.

Entende-se como Empresas de Resseguro, as resseguradoras nacionais,


as estrangeiras autorizadas a operar no país e as corretoras de resseguro.

Saiba mais
A Importância do resseguro
O Resseguro tem por função preliminar garantir que as seguradoras possam fazer
frente a riscos que lhes são oferecidos, cedendo parte desses riscos de forma propor-
cional ou não a resseguradores. Em caso de sinistros, os resseguradores auxiliam as
seguradoras financeiramente a indenizar os segurados. Além disso, fornecem expertise
técnica e muitos outros serviços às seguradoras.

TEORIA GERAL DO SEGURO 38


UNIDADE 2

—— Corretores de Seguros
Pessoas físicas ou jurídicas, são intermediários com a função de angariar e
promover contratos de seguros entre as seguradoras e as pessoas físicas
ou jurídicas de direito privado.

—— Sistema Nacional de
Capitalização (SNC)
Nos termos do Decreto-Lei n° 261, o Sistema Nacional de Capitalização, cria-
do em 28 de fevereiro de 1967, tem a seguinte composição: CNSP, SUSEP,
Sociedades de Capitalização e Corretores de Capitalização.

A atividade de capitalização tem por objeto a colocação pública de títulos


de capitalização. O Título de Capitalização é uma economia programada de
prazo definido, com um pagamento único ou em parcelas periódicas. Duran-
te a vigência do título, o consumidor tem o direito de participar de sorteios.

A capitalização não integra o SNSP. O Título de Capitalização não é um pla-


no de seguro comercializado por uma seguradora. Os títulos somente podem

Atenção ser administrados por sociedades de Capitalização. Portanto, as sociedades


de capitalização não se confundem com as sociedades seguradoras.

O SNC e suas características No entanto, a fiscalização e a regulamentação da Capitalização, por força


serão abordados de forma do Decreto-Lei n° 261/1967, que criou o Sistema Nacional de Capitalização,
detalhada no material de também estão a cargo da SUSEP e do CNSP, respectivamente, da mesma
Capitalização. forma que ocorre com as sociedades seguradoras.

SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE


No Brasil, o Sistema Nacional de Saúde é formado pelo Sistema Único de
Saúde (SUS) e pelo Sistema da Saúde Suplementar.

A estrutura da Saúde Suplementar é formada por:

—— Ministério da Saúde
Órgão de assessoramento da Presidência da República, integrante do
Poder Executivo. Tem ação direta sobre os componentes do Sistema
Nacional de Saúde (SUS e Saúde Suplementar).

TEORIA GERAL DO SEGURO 39


UNIDADE 2

—— Conselho de Saúde
Suplementar (CONSU)
Criado pela Lei n° 9.656/1998, e posteriormente alterado pelo Decreto n°
4.044/2001, o CONSU é um órgão colegiado integrante da estrutura regi-
mental do Ministério da Saúde, sendo composto pelo Ministro da Justiça
—que o preside —, pelo Ministro da Saúde, pelo Ministro da Fazenda e
pelo Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, além do Presidente
da ANS, que atua como Secretário das reuniões.

O CONSU tem competência para desempenhar as seguintes atividades:

■■ Estabelecer e supervisionar a execução de políticas e diretrizes


gerais do setor de Saúde Suplementar.
■■ Aprovar o contrato de gestão da ANS.
■■ Supervisionar e acompanhar as ações e o funcionamento da ANS.
■■ Fixar diretrizes gerais para a constituição, organização, funciona-
mento e fiscalização das empresas operadoras de produtos de
que trata a Lei n° 9.656/1998.
■■ Deliberar sobre a criação de câmaras técnicas, de caráter consulti-
vo, de forma a subsidiar as decisões.

—— Agência Nacional de Saúde


Suplementar (ANS)
A ANS é autarquia sob regime especial, vinculada ao Ministério da Saúde.
Sua missão é promover a defesa do interesse público na Assistência
Suplementar à Saúde, regulando as operadoras setoriais, inclusive quanto
às suas relações com prestadores e consumidores, contribuindo para o
desenvolvimento das ações de saúde no país.

—— Câmara de Saúde
Suplementar (CAMSS)
Câmara de caráter consultivo da estrutura da ANS, conforme a Lei n°
9.961/2000, que tem como principal objetivo promover a discussão de
temas relevantes para o setor de Saúde Suplementar no Brasil, além de
dar subsídios às decisões da ANS.

TEORIA GERAL DO SEGURO 40


UNIDADE 2

—— Operadoras
As operadoras que compõem a estrutura empresarial do setor de saúde suple-
mentar se classificam em diferentes modalidades de atuação no mercado:

■■ Medicinas de grupo.
■■ Seguradoras especializadas em saúde.
■■ Cooperativas médicas.
■■ Filantropias.
■■ Autogestões.
■■ Odontologias de grupo.
■■ Cooperativas odontológicas.
■■ Administradoras de benefício.

TEORIA GERAL DO SEGURO 41


UNIDADE 2

Saiba mais
O SEGURO NO BRASIL

O Surgimento e o Desenvolvimento da Indústria do Seguro

1808
No Brasil, o seguro surgiu em 1808, em consequência da vinda da família real para
o Brasil.
A primeira seguradora brasileira, a Companhia de Seguros Boa-Fé, foi fundada em
24 de fevereiro de 1808, regulada e dirigida pela Casa de Seguros de Lisboa, com
a finalidade de operar no Seguro Marítimo. Nesse período, a atividade segurado-
ra era regulada pelas leis portuguesas. A Previdência Privada (atual Previdência
Complementar) surgiu em 1835, com a criação do Montepio Geral de Economia dos
Servidores do Estado (Mongeral).

1850
Em 1850, foi promulgado o Código Comercial Brasileiro. A partir desse momento,
o seguro marítimo foi, pela primeira vez, estudado e regulado em todos os seus
aspectos, sendo estabelecidos os direitos e deveres das partes contratantes.
Esse código foi de fundamental importância para o desenvolvimento do seguro no
Brasil, incentivando o aparecimento de inúmeras seguradoras, que passaram a ope-
rar não apenas com o seguro marítimo, expressamente previsto na legislação, mas
também com o seguro terrestre. Porém, o Código Comercial Brasileiro foi parcial-
mente revogado pelo Código Civil — Lei n° 10.406/2002.

1855
Tranquilidade foi a primeira Companhia de Seguros de Vida autorizada a funcionar
no Brasil, em 1855, com sede no Rio de Janeiro, e a primeira a comercializar Seguro
de Vida.

1901
O Decreto n° 4.270/1901 regulou as operações de seguros no Brasil e criou as Ins-
petorias de Seguros, subordinadas ao Ministério da Fazenda.

1916
Em 1916, ocorreu o maior avanço de ordem jurídica no campo do contrato de
seguro com a promulgação do Código Civil brasileiro (substituído pelo atual
Código Civil brasileiro de 2002). Com ele, foram fixados os princípios essen-
ciais do contrato de seguros e disciplinados os direitos e obrigações das partes,
de modo a evitar e dirimir conflitos entre os interessados. Foram esses princí-
pios fundamentais que garantiram o desenvolvimento da instituição do seguro.

TEORIA GERAL DO SEGURO 42


UNIDADE 2

1929
Em 1929, surgiu a capitalização, com a criação da SulAmérica Capitalização S.A.

1932
No ano de 1932, foi fundado o primeiro Sindicato dos Corretores de Seguros e, em
1933, foi fundado o primeiro Sindicato das Seguradoras, ambos no Rio de Janeiro.

1939
O IRB-Instituto de Resseguros do Brasil, hoje IRB-Brasil Resseguros S.A., foi fundado
em 1939. Desde então, as entidades seguradoras passaram a ressegurar no IRB as
responsabilidades que excedessem sua capacidade de retenção própria. E o IRB
também, quando excedia sua capacidade através da retrocessão, passou a compar-
tilhar o risco com as sociedades seguradoras em operação no Brasil.

1951
Em 1951, foi criada a Federação Nacional de Empresas de Seguros Privados e de
Capitalização (FENASEG), entidade de representação sindical do mercado segurador.

1966
Em 1966, foi publicado o Decreto-Lei n° 73, que reformulou a política de seguros no
Brasil e criou o Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP), constituído pelo Con-
selho Nacional de Seguros Privados (CNSP), pela Superintendência de Seguros Priva-
dos (SUSEP), pelo Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), pelas sociedades autoriza-
das a operar em seguros privados e pelos corretores habilitados, sendo considerado
uma referência em termos de legislação devido a seu alcance e sua abrangência.

1968
Em 1968, foi fundada a Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados,
de Capitalização, de Previdência Privada e das Empresas Corretoras de Seguros
(FENACOR).
Uma entidade sindical, de grau superior, de âmbito nacional, reconhecida como
entidade coordenadora dos interesses da categoria econômica dos corretores de
seguros e de capitalização.

1971
O mercado de seguros, ciente das necessidades de formação técnica e aprimoramen-
to das ciências do seguro, criou, em 1971, a Fundação Escola de Negócios e Seguros
(FUNENSEG), responsável pelo ensino e pela divulgação do seguro no Brasil. Atual-
mente, a FUNENSEG chama-se Escola de Negócios e Seguros e é mante nedora da
Escola Superior Nacional de Seguros (ESNS), única instituição de ensino superior a ofe-
recer curso de graduação em Administração com Ênfase em Seguros e Previdência.

TEORIA GERAL DO SEGURO 43


UNIDADE 2

1998
No ano de 1998, foi criado o Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros
Privados, de Previdência Complementar Aberta e de Capitalização (CRSNSP) como
um órgão colegiado, integrante da estrutura básica do Ministério da Fazenda e que
tem por finalidade o julgamento, em última instância administrativa, dos recursos de
decisões dos órgãos fiscalizados do SNSP.

2007
Com a promulgação, em 15 de janeiro de2007, da Lei Complementar n° 126, que,
entre outras matérias, dispôs sobre a política de resseguros e retrocessão promo-
vendo a abertura do mercado ressegurador brasileiro, o IRB perdeu o monopólio e
outros resseguradores passaram a operar no mercado brasileiro.

Em 2007, em virtude da necessidade de um novo modelo de representação ins-


titucional, a FENASEG dividiu-se em quatro federações. Cabem às federações a
execução das funções e o desenvolvimento de ações no interesse específico das
áreas representadas, ou seja:

■■ Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg): atua na área de Seguros Gerais.


■■ Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi): atua na área de
Previdência Complementar Aberta.
■■ Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde): atua na área de Saúde
Suplementar.
■■ Federação Nacional de Capitalização (FENACAP): atua na área de capitalização.
2008
Em agosto de 2008, foi criada a Confederação Nacional das Empresas de Seguros
Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), em
assembleia, pelas federações associativas.

A CNseg é a entidade máxima de representação institucional do mercado segura-


dor, entendida como o conjunto dos setores de seguros, previdência complementar
aberta, saúde suplementar e capitalização. Tem como missão:

■■ Congregar as principais lideranças.


■■ Coordenar as ações políticas.
■■ Representar o mercado junto às instituições nacionais e internacionais.
■■ Elaborar o planejamento estratégico do segmento.
■■ Desenvolver atividades comuns aos interesses das federações.

TEORIA GERAL DO SEGURO 44


UNIDADE 2

2012
Em junho de 2012, a SUSEP iniciou a normatização e a regulamentação do Microsse-
guro, cuja operação tem um mercado principal estimado em 128 milhões de brasileiros.
A Saúde Suplementar passou a ter vida própria. As seguradoras que operavam
também em Saúde Suplementar agora são denominadas operadoras de saúde
suplementar, participando de um mercado muito promissor e, ao mesmo tempo,
complexo, que tem a ANS como seu órgão regulador, desde a sua fundação pela
Lei n° 9.961/2000, não havendo mais influência da SUSEP sobre as seguradoras.

TEORIA GERAL DO SEGURO 45


FIXANDO CONCEITOS

FIXANDO CONCEITOS 2

Marque a alternativa correta


1. O mercado de seguros no Brasil se desenvolveu ao longo dos anos.
Órgãos foram criados e legislações incorporadas ao sistema, de forma a
aprimorá-lo. Dentre essas legislações, uma delas reformulou a política de
seguros no Brasil e criou o Sistema Nacional de Seguros Privados, sendo
considerada uma referência, em termos de legislação, pelo seu alcance e
abrangência. Estamos nos referindo ao:

(a) Código Civil Brasileiro.


(b) Código Comercial.
(c) Código de Defesa do Consumidor.
(d) Decreto-Lei 73/66.
(e) Decreto das S.A.

Correlacione as colunas e marque a alternativa correta.


2. Em relação ao Sistema Nacional de Seguros Privados, associe seus
órgãos e empresa às suas respectivas atribuições:

1) Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).


2) Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).
3) Seguradoras.

( ) Determina as diretrizes e normas da política de Seguros Privados


no Brasil.
( ) Assume e gere os riscos que lhe são transferidos pelos segurados, de
acordo com os critérios técnicos e administrativos regulamentados.
( ) Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mer-
cado.
( ) Fiscaliza as seguradoras.
( ) Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados
supervisionados.

Marque a alternativa correta:


(a) 1, 1, 2, 3, 3.
(b) 1, 1, 3, 3, 3.
(c) 1, 2, 1, 3, 3.
(d) 2, 2, 1, 3, 3.

TEORIA GERAL DO SEGURO 46


FIXANDO CONCEITOS

(e) 1, 3, 2, 2, 2.

Marque a alternativa correta.


3. O órgão governamental que fixa as diretrizes e normas da política de
Seguros Privados no Brasil, entre outras atribuições, é o(a):

(a) Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP).


(b) Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).
(c) Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).
(d) Ministério da Fazenda.
(e) Banco Central do Brasil.

Marque a alternativa correta.


4. O órgão responsável pela regulação, pelo controle, pela fiscalização
e pelo incentivo das atividades de seguros, previdência, capitalização e
resseguro é o(a):

(a) IRB-Brasil Resseguros S. A.


(b) Comissão de Valores Mobiliários.
(c) Ministério da Fazenda.
(d) Conselho Nacional de Seguros Privados
(e) Superintendência de Seguros Privados.

TEORIA GERAL DO SEGURO 47


ETAPAS
do SEGURO
03 UNIDADE 3

Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS
DESTA UNIDADE
■■ Compreender as ■■ Identificar e entender cada
disposições gerais do instrumento contratual do
ETAPAS DA OPERAÇÃO DE
seguro. seguro.
SEGURO
■■ Relacionar e definir as
características do contrato INSTRUMENTOS CONTRATUAIS
de seguro.
COBRANÇA DE PRÊMIO

PRAZO DE VIGÊNCIA
DO SEGURO

FIXANDO CONCEITOS 3

TEORIA GERAL DO SEGURO 48


UNIDADE 3

ETAPAS DA OPERAÇÃO DE SEGUROS


Vimos em sua definição que seguro é uma transferência de risco de uma
pessoa ou empresa para uma companhia de seguros. Veremos agora
como ocorre essa transferência, ou seja, como se contrata um seguro.

A contratação de um seguro, envolve a operação de seguros.

Uma operação de seguro inicia desde a oferta de exposição de riscos


de pessoas e empresas até a liquidação de eventuais sinistros, passando
pelas seguintes etapas: desenvolvimento do produto, processo de cota-
ção de seguros, elaboração da proposta, subscrição de riscos, emissão
da apólice, cobrança de prêmio, eventual alteração no contrato (endosso),
processo de sinistro (aviso, regulação e liquidação de eventual sinistro).

Nesta unidade,serão vistas as etapas: Comercialização, Subscrição, Emissão


da apólice, Cobrança do prêmio, emissão de endosso. As etapas de Regu-
lação de Sinistro e Pagamento de Indenizações, serão vistos na unidade 6.

FIGURA 4: ETAPAS DA OPERAÇÃO DE SEGUROS

Subscrição de
Desenvolvimento risco (avaliação
do produto técnica)

Cotação de
seguros e
Pagamento de elaboração
indenizações da proposta.

Regulação Emissão
do sinistro da Apólice

Emissão Cobrança
do Endosso do prêmio

TEORIA GERAL DO SEGURO 49


UNIDADE 3

A partir de agora vamos conhecer o que acontece em cada uma dessas etapas.

—— Desenvolvimento do produto
Um produto de seguros é criado por uma seguradora, a partir das neces-
sidades demandadas pela evolução do próprio mercado de seguros. A
seguradora desenvolve um produto adequado a essas demandas, define
regras do produto como coberturas e taxas, elabora notas técnicas atua-
riais e submete a Susep o pedido formal de autorização para comercializa-
ção do produto ou plano de seguro.

Os planos de seguros, em sua comercialização pelas seguradoras, podem


ser classificados ainda em padronizados e não padronizados:

Plano Padronizado
É o plano de seguro cujas condições contratuais são idênticas
àquelas aprovadas pela SUSEP ou pelo CNSP (incluindo a tarifa-
ção padronizada, se houver).

Entende-se por tarifação padronizada o conjunto de informa-


ções técnicas específicas de uma modalidade de seguro, previs-
tas em normas da SUSEP ou do CNSP, relacionadas ao cálculo
do prêmio final do seguro (taxas, franquias, prêmio mínimo, des-
contos, agravações).

Exemplo: Seguro Garantia e Seguro Fiança Locatícia.

Plano Não Padronizado


É o plano de seguro cujas condições contratuais e nota técnica
atuarial são elaboradas pelas seguradoras e encaminhadas à
SUSEP para análise e aprovação antes de sua comercialização.
Cada seguradora, autorizada pela SUSEP, pode elaborar seus pró-
prios produtos, e podem ocorrer diferenças significativas entre eles,
principalmente em relação às taxas, franquias e condições, exigindo
atenção do Corretor de Seguros ao oferecê-los a seus segurados.

Exemplo: qualquer plano ou modalidade de seguro específico


que a seguradora tenha interesse em comercializar por meio de
seus canais de venda.

—— Comercialização do seguro
Como formas de comercialização de seguros, temos:

Venda direta
A venda direta de seguros, sem a intermediação de corretores,
é permitida por lei. O seguro pode ser contratado diretamente
pelo proponente, porém, através de Representantes devidamen-
te autorizados pelas sociedades seguradoras.

TEORIA GERAL DO SEGURO 50


UNIDADE 3

O representante do seguro é a pessoa jurídica que assume a obri-


gação de promover, em caráter não eventual e sem vínculos de
dependência, a realização de contratos de seguro à conta e em
nome da seguradora e de acordo com os poderes delimitados no
contrato firmado com ela (Resolução CNSP n° 297/2013).

A figura do representante não se confunde com a do corretor de


seguros nem com a do estipulante. É também vedado ao repre-
sentante o exercício da atividade de corretagem de seguros ou
atuação como estipulante.

Os planos de seguros ofertados por representantes de seguros


estão limitados à emissão de apólices individuais ou de bilhete
e aos ramos de riscos diversos, garantia estendida de bens e de
automóveis, auxílio-funeral, viagem, prestamista, desemprego/per-
da de renda, eventos aleatórios, animais e microsseguro de pes-
soas, danos e previdência.

Venda intermediada pelo corretor de seguros


É a forma mais comum de contratação de seguros. O mercado de
seguros é um mercado muito técnico e exige especialização/for-
mação técnica de quem irá atender ao segurado devido à comple-
xidade dos contratos de seguros.

Por meio de um corretor oficial, uma pessoa encaminha uma pro-


posta para uma seguradora, que avalia o risco e decide se aceitará
ou não. Caso aceite, emitirá uma apólice.

O papel principal do corretor de seguros é identificar as neces-


sidades do cliente, ajudando-o a analisar e avaliar os riscos aos
quais está exposto e buscar planos de seguros mais adequados,
visando reduzir possíveis perdas financeiras.

Para ajudar um futuro cliente a identificar as necessidades de cobertura, o


primeiro passo é a compreensão de exposição aos riscos a que ele está
sujeito. Não é uma tarefa simples — especialmente quando se trata de uma
indústria que tem atuação em vários estados, por exemplo. Por isso, a inter-
mediação de um profissional com especialização técnica é fundamental.

INSTRUMENTOS CONTRATUAIS
Para se contratar um seguro, alguns instrumentos contratuais são essen-
ciais: a proposta e a apólice.

TEORIA GERAL DO SEGURO 51


UNIDADE 3

—— Proposta
A proposta de seguro é um formulário impresso, que advém da cotação
prévia realizada, e que pode incluir as respostas a um questionário deta-
lhado a ser preenchido pelo proponente que se candidata à contratação
de um seguro.

Da proposta, devem constar dados do proponente, dados do bem a ser segura-


do, forma de exposição ao risco relativo à pessoa ou ao bem a ser segurado, for-
mas de contratação e outras informações que influenciarão no custo do seguro.

Atenção O corretor de seguros deve orientar o proponente no preenchimento da


proposta. É importante frisar que a análise e a aceitação do risco, feitas
Caso a aceitação da proposta pela seguradora, tomam por base os dados da proposta. Por isso, são de
dependa de contratação ou fundamental importância os dados ali contidos, considerando os princípios
alteração da cobertura de da boa-fé e a veracidade das declarações que caracterizam o contrato. A
resseguro facultativo, os prazos boa-fé é uma característica do contrato do seguro.
mencionados serão suspensos
Por meio da análise dos elementos da proposta, a seguradora mensura o
até que o ressegurador se
risco e avalia se poderá assumi-lo ou não. Sua finalidade é, portanto, satis-
manifeste formalmente.
fazer uma necessidade técnica.

A proposta servirá de base para a emissão da apólice de seguro, caso o


Atenção risco seja aceito pela seguradora. Ela é indispensável, conforme determi-
nado no art. 759 do Código Civil Brasileiro, e seus critérios de aceitação
Com o advento dos cotadores encontram-se regulamentados por legislações da SUSEP.
eletrônicos presentes nos
portais das seguradoras O artigo cita a proposta, como segue: “A emissão da apólice deverá ser
na internet, sobretudo para precedida da proposta escrita com a declaração dos elementos essenciais
os ramos massificados, as do interesse a ser garantido e do risco”.
propostas são impressas e
A proposta é dispensada em caso de seguro contratado por meio de bilhete.
assinadas pelo interessado
apenas para arquivo (o que Regras de aceitação da proposta
é recomendável). Havendo A Circular SUSEP n° 251/2004, alterada pela Circular SUSEP n°
o aceite do segurado para a 394/2009, estabelece regras para a aceitação da proposta de
cotação, o corretor coleta todos seguro e a emissão de apólice pela seguradora:
os dados e transmite a proposta,
■■ A celebração de um contrato de seguro ou sua alteração,
enviando cópia ao segurado.
exceto bilhete, somente poderá ser feita mediante proposta
assinada pelo proponente, por seu representante legal ou cor-
retor de seguros (estes dois últimos em certas situações espe-
cíficas autorizadas por lei).
■■ A seguradora deverá fornecer protocolo que identifique
a proposta recebida, com indicação de data e hora de
seu recebimento.

TEORIA GERAL DO SEGURO 52


UNIDADE 3

Prazos de aceitação ou recusa da proposta


■■ Seguros do ramo transportes

A seguradora terá 7 (sete) dias nos Seguros do Ramo Transpor-


tes, cobrindo uma única viagem (apólice avulsa).

■■ Seguros rurais
A seguradora terá 45 (quarenta e cinco) dias nos seguros
rurais com subvenção econômica aos prêmios.

■■ Demais seguros
Nos demais seguros, a seguradora tem o prazo de 15 (quinze)
dias para manifestar-se sobre a proposta, sendo tais prazos
contados a partir da data de seu recebimento, conforme pro-
tocolo citado.

Caso haja ausência de manifestação da seguradora, por escri-


to, nos prazos citados, estará caracterizada a tácita aceitação
da proposta de seguro.

■■ Seguros de danos
No Seguro de Danos, em caso de recusa de proposta den-
tro dos prazos citados, a cobertura de seguro prevalecerá por
mais 2 (dois) dias úteis, contados a partir da data em que o pro-
ponente, o seu representante legal ou o corretor de seguros
tiver conhecimento formal da recusa.

Caso tenha havido adiantamento de prêmio, a seguradora


reterá a parte do prêmio relativo ao período de cobertura, na
base pro rata temporis, devolvendo a diferença ao segurado
em até dez dias corridos.

Solicitação de documentos para análise da proposta


■■ Caso a seguradora necessite de documentos complementa-

res para a análise da aceitação do risco ou de alteração de


seguro vigente, poderá solicitá-los apenas uma vez e dentro
dos prazos citados, no caso de segurado pessoa física, e mais
de uma vez para pessoa jurídica, desde que o pedido seja
fundamentado pela seguradora. O prazo ficará suspenso até
a apresentação dos documentos solicitados, passando nova-
mente a correr a partir da data em que se der a entrega da
referida documentação.
■■ A aceitação da proposta poderá ou não ser comunicada pela
seguradora ao segurado, a seu critério. Todavia, a recusa deve
ser feita pela seguradora, obrigatoriamente e por escrito, ao
proponente, ao seu representante legal ou ao corretor de
seguros, especificando os motivos.

TEORIA GERAL DO SEGURO 53


UNIDADE 3

Após preenchida a proposta, o corretor de seguros a encami-


Atenção nha para a seguradora, quando será direcionada à área res-
ponsável pelo processo de subscrição de risco.
Confira um modelo de
proposta no Anexo 2.
——Subscrição de risco
Subscrição é o processo pelo qual uma seguradora determina se deve ou
não aceitar uma proposta de seguro e, se optar por aceitar, quais termos e
condições serão aplicados, além do nível de prêmio a cobrar.

Esse processo é executado por um profissional chamado de subscritor de


riscos, que, a partir dos elementos da proposta, avalia e mensura os riscos,
decidindo se irá aceitá-los ou recusá-los.

São atividades desse processo:

■■ Decidir quais riscos são aceitáveis.


■■ Determinar qual o prêmio será cobrado.
■■ Decidir quais os termos e condições do contrato de seguro.
■■ Monitorar cada uma dessas decisões.

Como são calculados os produtos de seguros?


Na comercialização de qualquer produto ou serviço, o preço é um dos
fatores decisivos para o consumidor fechar uma compra. Em seguros não
é diferente. Quanto mais coberturas e serviços uma seguradora oferece,
mais a qualidade dos serviços reflete no custo do seguro.

Os consumidores nem sempre estão dispostos a pagar mais, e podem optar


por comprar menos coberturas e serviços para diminuir o custo do seguro.

É importante para o corretor de seguros entender como funciona a precifi-


cação do seguro, porque esse conhecimento o ajudará a esclarecer seus
clientes na decisão ou no fechamento de uma venda, fazendo com que este
adquira um seguro adequado às suas necessidades por um preço justo.

O prêmio do seguro é o pagamento periódico feito pelo segurado à segurado-


ra pela transferência do risco. Cada pagamento do prêmio compra a proteção
de seguro por um período de tempo. É o que chamamos de prazo de vigência.

O seguro é um serviço intangível, cuja qualidade não é percebida no


momento da compra, pois somente será percebida caso o risco previsto
aconteça. Entretanto, o cálculo de um seguro é feito de forma rigorosa, de
modo científico e com técnicas atuariais.

O prêmio do seguro deve ser mensurado pela exposição à perda, devendo


haver uma estreita relação entre o prêmio cobrado e o risco (possibilidade

TEORIA GERAL DO SEGURO 54


UNIDADE 3

de perda financeira). Quanto mais próxima essa relação, mais justo será o
valor do prêmio para ambas as partes: segurado e segurador.

O objetivo principal de uma tarifação adequada é determinar o prêmio mais


baixo que atenda a todos os objetivos necessários. Uma parte importante do
processo é identificar todas as características que permitam prever as indeni-
zações futuras e selecionar bem os segurados, cobrando prêmios mais baixos
nos grupos de menor risco e prêmios mais altos nos grupos de maior risco.

Essa é a razão pela qual as companhias de seguros gastam dinheiro em


estudos atuariais com o objetivo de identificar todas as características que
predizem confiavelmente os sinistros futuros.

O prêmio de cada seguro deve ser estabelecido em um nível adequado,


de forma a permitir que o total de prêmios pagos por um grupo de segura-
dos similares pague as perdas e despesas desse grupo e que a segurado-
ra tenha um lucro razoável.

O valor do prêmio deve cobrir ainda as indenizações por sinistros, as des-


pesas diversas em que incorre e gerar um lucro normal para a seguradora,
em linha com as condições de concorrência. Tudo isso para que a segura-
dora tenha saúde financeira adequada e equilibrada para honrar com os
compromissos assumidos juntos aos segurados.

Classificação e Tipo de Prêmio


O prêmio pode ser classificado como:

Contributário
Quando pago total ou parcialmente pelo segurado.

Exemplo: seguro contratado por uma empresa para seus empre-


gados, sendo parte do prêmio paga pelos funcionários e parte
pela empresa; ou seguro contratado por uma empresa para seus
empregados, com 100% do prêmio pago pelo segurado.

Não contributário
Quando o segurado não tem responsabilidade ou o ônus do
pagamento.

Exemplo: Seguro contratado por uma empresa para seus empre-


gados, com 100% do prêmio pago pela empresa.

Parâmetros gerais utilizados


para calcular o prêmio
■■ Prazo do seguro (período de vigência do seguro): quanto maior o
prazo de vigência do seguro, maior será seu custo.
■■ Importância segurada: quanto maior o limite máximo de indenização
de uma determinada cobertura, maior será seu custo na apólice.

TEORIA GERAL DO SEGURO 55


UNIDADE 3

■■ Exposição ao risco: consequência direta da probabilidade de ocor-


rência de sinistro (valor matemático do risco) e da severidade de pre-
juízos, caso esse sinistro venha a ocorrer (custo médio dos sinistros).
Exemplo: quanto maior o índice de roubo de um determinado veícu-
lo, maior será o custo da cobertura contra roubo e furto na apólice.

Mensuração do risco
É a primeira etapa do cálculo do prêmio, quando são analisados e traba-
lhados os dados da amostra. São considerados elementos dessa etapa: o
valor matemático do risco (VMA), o custo médio de sinistros (CM), o prêmio
puro ou prêmio estatístico, a taxa estatística, além de outros dados relati-
vos à análise estatística da amostra para fixação do prêmio.

Tipos de prêmios
De acordo com os elementos levados em conta para sua determina-
ção, o prêmio pode ser de três tipos:

Prêmio Estatístico (PE) ou Prêmio Puro (PP)


Tem por objetivo cobrir o risco médio, sendo também denominado
Prêmio de Risco. A partir do Prêmio Estatístico, obtém-se o Prêmio
Saiba mais Puro (PP).

Carregamento A denominação Prêmio Puro é utilizada para definir o Prêmio Esta-


de segurança tístico acrescido de um carregamento de segurança, e ele será
exatamente igual ao Prêmio Estatístico quando tal carregamento
Margem adicionada ao prêmio
for nulo.
estatístico ou à taxa estatística
para fazer face aos desvios Em suma, o Prêmio Puro é igual ao Prêmio de Risco ou Prêmio
desfavoráveis de sinistralidade. Estatístico mais um carregamento de segurança.

Prêmio Comercial (PC) ou Prêmio Tarifário (PT) ou


Prêmio Líquido (PL)
Corresponde ao Prêmio Puro ou Prêmio Estatístico (quando o
­carregamento de segurança for nulo), acrescido do carregamento
Saiba mais comercial, destinado a cobrir as demais despesas da seguradora e
mais sua margem de lucro.
Carregamento
de prêmio
Prêmio Bruto (PB)
Acréscimo ao prêmio puro ou à Corresponde ao Prêmio Comercial acrescido dos encargos, como
taxa pura de seguro para fazer juros ou adicional de fracionamento e dos impostos que incidem
face às despesas administrativas, diretamente sobre o Prêmio Comercial mais encargos.
às comissões de corretagem e
ao lucro do segurador. O prêmio do seguro é estabelecido a partir da sua decomposição em ele-
mentos distintos, que são incorporados até seu cálculo final, conforme
demonstrado no quadro a seguir.

TEORIA GERAL DO SEGURO 56


UNIDADE 3

QUADRO 1: TIPOS DE PRÊMIOS DE SEGUROS

TIPOS DE PRÊMIOS ELEMENTOS QUE COMPÕEM O PRÊMIO

Prêmio Estatístico (PE) ou Prêmio ■■ Valor Matemático do Risco (VM) ou Frequência Relativa
Puro (PP) de Sinistros: resultante da análise estatística do risco.
■■ Custo Médio de Sinistros (CM) – valor médio indenizado.

Prêmio Comercial (PC), Prêmio ■■ Despesas Administrativas ou Gastos de Gestão Interna:


Tarifário (PT) ou Prêmio Líquido despesas de responsabilidade do segurador destinadas
(PL) à administração de seu negócio: pessoal, aluguel,
comunicações.
■■ Despesas de Aquisição e Produção ou Gastos de Gestão
Externa: gastos decorrentes do processo comercial de
distribuição e venda do seguro: aquisição de novos clientes,
venda do seguro e gestão do processo. Por exemplo:
comissão do corretor, material de propaganda, custos com
veiculação de propaganda na mídia.
■■ Remuneração do Capital: valor correspondente ao lucro
do segurador e à constituição de suas reservas patrimoniais.

Prêmio Bruto (PB) ■■ Encargos: cobranças adicionais do segurador. Exemplo:


juros ou adicional de fracionamento.
■■ Impostos: impostos considerados no estabelecimento do
prêmio, sendo atualmente aplicado somente o Imposto
sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas
a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF).

O que as seguradoras fazem com os prêmios que arrecadam?


Por determinação da lei, as seguradoras não podem dispor livremente dos prêmios recebidos.
As características de negócios das seguradoras exigem que tenham condições de honrar
com os compromissos assumidos, ou seja, são obrigadas a constituir provisões para isso.
Essas provisões são denominadas RESERVAS TÉCNICAS.
Os prêmios arrecadados com o seguro são utilizados para diversos fins pelas seguradoras.
Por exemplo:
■■ Constituem uma reserva para pagamento dos sinistros.
■■ Pagam as despesas envolvidas em vender e disponibilizar a proteção do seguro.
■■ Investem o dinheiro que não será necessário de imediato. As receitas desses investimen-
tos ajudam a limitar o custo do seguro para os segurados.

TEORIA GERAL DO SEGURO 57


UNIDADE 3

—— Apólice
A apólice é o contrato do seguro.
O contrato de seguro tem algumas características fundamentais:

■■ Nominado: os contratos previstos em lei estão sob a classificação


de nominados, e contrato de seguro tem previsão nos art. 757 a
802 do Código Civil Brasileiro.
■■ Adesão: o contrato de seguro é contrato de adesão, pois a segu-
radora, na maioria dos casos, redige unilateralmente as cláusulas
e as submete à aprovação do órgão regulador competente, res-
tando ao proponente aderir ao seu conteúdo sem possibilidade
de propor mudanças no clausulado. A exceção ocorre nos seguros
de grandes riscos, nos quais as partes, em razão da complexidade
do risco e do envolvimento econômico do interesse segurável, dis-
cutem e ajustam conjunta e previamente as cláusulas contratuais.
■■ Bilateral: o contrato de seguro é assim definido, pois segurado e
segurador detêm obrigações recíprocas.
■■ Oneroso: o contrato de seguro será sempre oneroso, ocorrendo ou
não o sinistro, pois o segurado paga um prêmio e o segurador sempre
pagará uma indenização, havendo a ocorrência de um risco coberto.
■■ Aleatório: o contrato de seguro é também aleatório, porque se encon-
tra fundamentado na possibilidade de ocorrência ou não do risco.
■■ Formal ou solene: os contratos de seguro são assim compreendi-
dos porque exigem formato previsto em lei.
■■ Da máxima boa-fé: o contrato de seguro é assim caracterizado
porque obriga as partes a atuarem com a máxima honestidade na
interpretação de seus termos e na determinação do significado
dos compromissos assumidos.
É fundamental que o segurado faça declarações verdadeiras e comple-
tas, não omitindo nada sobre as circunstâncias que envolvem o risco,
objeto do seguro, sob pena de perder o direito ao recebimento da inde-
nização (art. 766 do Código Civil). É justamente com base nas informa-
ções e nas declarações do segurado que a seguradora mensura o risco
proposto e faz sua taxação, fixando o respectivo prêmio. A seguradora
pode, inclusive, rejeitar a proposta do seguro, a partir da análise de infor-
mações e declarações do segurado.

Se, posteriormente, na vigência do contrato de seguro, for descoberta alte-


ração no risco por omissão do segurado na contratação, isso pode acarre-
tar a perda de direito indenizatório, uma vez que a seguradora foi induzida
ao erro, podendo ter recusado o risco ou ter agravado a taxa do prêmio.

TEORIA GERAL DO SEGURO 58


UNIDADE 3

Definição de apólice
A Apólice é o documento que formaliza o contrato de seguro, estabele-
cendo os direitos e as obrigações da seguradora e do segurado. A Apólice
de seguro caracteriza a aceitação dos itens discriminados na Proposta e o
compromisso formal da seguradora em atender todas as obrigações advin-
das das cláusulas contidas na Proposta.

É o documento emitido pela seguradora, que se traduz no contrato de


seguro propriamente dito e que contém as cláusulas e Condições Gerais,
Especiais e/ou Particulares do contrato.

O art. 757 do Código Civil estabelece que contrato de seguro é um acordo


em que o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a garan-
tir interesse legítimo do segurado, relativo à pessoa ou ao bem, contra
riscos predeterminados.

O art. 758 do Código Civil Brasileiro cita a apólice: “O contrato de seguro


prova-se com a exibição da apólice ou do bilhete de seguro, e, na falta
deles, por documento comprobatório do pagamento do respectivo prêmio”.

A emissão da apólice, do certificado ou do endosso será feita em até 15


(quinze) dias, contados a partir da data da aceitação da proposta.

Tipos de apólices
No que se refere às apólices, além das tradicionais, utilizadas pelos
diversos ramos de seguro, existem outros tipos que servem para
atender a situações específicas. Entre esses tipos específicos de
apólice, destacamos as seguintes:

■■ Apólice de averbação ou aberta: adotada principalmente nos


Ramos de Seguros de Transportes, sendo também denominada
“apólice de averbações”. Destina-se à inclusão por averbações de
verbas e bens a segurar. É recomendada para segurados que efe-
tuam embarques com frequência.
■■ Apólice ajustável: típica de seguro de armazéns ou depósitos, em
que o valor em risco é variável no decorrer da vigência do seguro.
Nesse tipo de apólice, geralmente, o segurado paga um prêmio de
depósito que é ajustado periodicamente em função do valor real
do estoque segurado.
■■ Apólice avulsa: destinada a cobrir riscos eventuais e transitórios,
é muito comum no Ramo Transportes e visa à cobertura de um úni-
co embarque. A contratação dessa apólice é recomendada para
empresas que não efetuam embarques com frequência.
■■ Apólice de multirriscos: adotada nos Seguros Compreensivos,
que cobrem vários riscos em uma só apólice. É muito utilizada

TEORIA GERAL DO SEGURO 59


UNIDADE 3

nos seguros residenciais, empresariais, comerciais e em algumas


modalidades de Seguro do Ramo Riscos Diversos.
■■ Apólice de riscos nomeados: pode ser definida como uma apó-
lice na qual os riscos cobertos são enumerados, excluindo-se da
cobertura tudo aquilo que não tenha sido especificamente nomea-
do. Diferencia-se da cobertura multirrisco pelo tipo de resseguro
e pelos valores de Limite Máximo de Indenização (LMI) e Valor em
Risco (VR). A apólice de riscos nomeados é também chamada de
riscos nominados.
■■ Apólice de riscos operacionais: caracteriza-se por sua cobertura
tipo all risks, isto é, por uma cobertura que abrange todas as per-
das ou danos materiais causados aos bens segurados, exceto os
formalmente considerados excluídos em suas condições. A contra-
Atenção tação do seguro de riscos operacionais para indústrias com perfil
de risco bem definido e limitado não é recomendável, uma vez
Confira um exemplo de que, em alguns casos, o custo torna-se elevado. Nesses casos, é
Apólice no Anexo 4. mais aconselhável a contratação do seguro tipo riscos nomeados.

Alterações na apólice - Endosso


Durante a vigência de um contrato de seguro, é comum a necessi-
dade da emissão de um documento denominado endosso ou adi-
tivo para o processamento de alterações, de complementações e
até mesmo do cancelamento do contrato.

Os endossos podem ser de três tipos diferentes, em função da


movimentação ou não de prêmio, a saber:

■■ Endosso de cobrança: usado para cobrar eventuais diferen-


ças de prêmio, em função dos riscos que resultem no agra-
vamento de taxa, ou quando o segurado desejar aumentar a
importância segurada ou ampliar as coberturas anteriormente
contratadas ou substituir por outro bem cujo custo do seguro
é mais elevado.
Exemplo: um segurado substitui seu veículo por um modelo
idêntico, porém um ano mais novo do que o anterior. Nesse
caso, o valor da respectiva importância segurada será aumen-
tado e, provavelmente, também o prêmio do seguro, gerando
a cobrança de prêmio adicional.

■■ Endosso de restituição: usado para proceder a eventuais


devoluções de prêmio resultantes de alterações de taxas, por
modificações nos riscos do contrato ou extinção de garantias.
Exemplo: um segurado que deseja cancelar seu seguro anual,
após terem decorrido dois meses do início do contrato.

TEORIA GERAL DO SEGURO 60


UNIDADE 3

■■ Endosso sem movimento: utilizado quando a modifica-


Atenção ção efetuada não resulta em qualquer alteração de prê-
mio ou taxa.
Confira um modelo de
Exemplo: endosso de alteração ou retificação do nome
Endosso no Anexo 4.
do segurado.

—— Outros Instrumentos Contratuais


Para complementar o contrato de seguro, podem ainda ser adotados
outros instrumentos contratuais, como a averbação, o bilhete de seguro e
o certificado de seguro.

■■ Averbação: documento emitido pelo segurado para informar à


seguradora sobre bens e verbas a garantir, genericamente previs-
tos nas apólices abertas. É utilizada apenas em determinados tipos
de seguros.
Exemplo: em Seguros de Transportes, por meio de apólice de
averbação ou aberta, na qual o segurado comunica à seguradora
a realização de seus embarques.

■■ Bilhete de seguro: documento jurídico, emitido pela seguradora,


que dispensa a obrigatoriedade da proposta e substitui a apólice.
É utilizado para agilizar a contratação de determinada modalidade
de seguro.
Exemplo: DPVAT – Bilhete de Seguro para Danos Pessoais Causa-
dos por Veículos Automotores de Vias Terrestres.
Atenção
■■ Certificado de seguro: documento emitido pela seguradora e
Confira um modelo de enviado aos segurados, contendo a certificação da contratação
Certificado de Seguro no do seguro.
Anexo 5. Exemplo: nos Seguros de Vida, são emitidos certificados individuais.

TEORIA GERAL DO SEGURO 61


UNIDADE 3

FIGURA 5: RESUMO DO PROCESSO DE CONTRATAÇÃO DE SEGURO

SÍNTESE DO PROCESSO DE CONTRATAÇÃO E EMISSÃO

O cliente,
nte, por meio
nt
Seguradora analisa
de corretor,
retor, formaliza
O corretorr encaminha a proposta,
interesse
sse pela
proposta à seguradora considerando riscos
tação do
contratação
e regulamentação
seguroo

Seguradora emite
mite apólice
A seguradoraa decide
ou certificado para o aceite
se aceita ou recusa a
ou carta-recusaa em caso de
proposta
roposta
negação da proposta

Após a aceitação da apólice, inicia-se o período de vigência do serviço


contratado, que é o seguro e a cobrança do prêmio.

COBRANÇA DE PRÊMIO
A cobrança de prêmio dos seguros é efetuada, obrigatoriamente, por meio
da rede bancária.

É permitido, também, que o pagamento e a cobrança de prêmio de seguro


sejam efetivados através de cartão de crédito, desde que haja a concor-
dância expressa do segurado e sejam respeitadas as formalidades legais,
como a indicação no extrato de cobrança do nome do segurado, do valor
do prêmio e do número do documento de seguro a que se refere, entre
outros. Também é permitido o débito em conta corrente.

É da competência das seguradoras indicar ao segurado os bancos e res-


pectivas agências, além de enviar os documentos para pagamento do prê-
mio, até a data limite prevista na nota de seguro.

O prêmio do seguro pode ser pago de uma só vez pelo segurado ou pelo
estipulante, podendo, ainda, ser fracionado ou dividido em parcelas (com
ou sem juros, por decisão do segurador).

TEORIA GERAL DO SEGURO 62


UNIDADE 3

PRAZO DE VIGÊNCIA
DO SEGURO
De modo geral, o prazo de vigência de um contrato de seguro é de um
ano. Entretanto, nada impede que sejam contratados seguros com prazos
inferiores ou superiores a um ano, dependendo das normas específicas
de cada ramo e do apetite da seguradora por aquele risco. O prêmio do
seguro é calculado, também, em função desse prazo.

Nota
A Circular SUSEP n° 251/2004 estabelece que as apólices, os certificados de seguro e
os endossos terão seu início e término de vigência às 24 horas das datas para tal fim
neles indicadas, ressalvados os Seguros de Danos garantidos por apólices coletivas e
aqueles sujeitos à averbação, os quais possuem condições específicas.

—— Seguro a Prazo Curto


É o seguro contratado por prazo inferior a um ano, desde que não haja
restrição técnica específica.

O prêmio é calculado em função de uma tabela de prazo curto que majora, em


termos relativos, o valor dos prêmios em relação ao prêmio anual. Normalmen-
te, é utilizada para determinar a parte do prêmio que será retida pela segura-
dora quando a rescisão do contrato de seguro é solicitada pelo segurado.

A Tabela de Prazo Curto é utilizada quando não existe justificativa plausível


para a redução de prazo normalmente utilizado nos seguros. Com isso, as
seguradoras procuram inibir a tentativa de contratação de seguros somen-
te para períodos em que o proponente acredita existir maior possibilidade
de ocorrência de sinistros.

Exemplo: colheitadeira segurada apenas na época da safra.

Para se calcular o prêmio do seguro a prazo curto, utiliza-se uma tabela


como a seguinte, divulgada pela Circular SUSEP n° 256/2004:

TEORIA GERAL DO SEGURO 63


UNIDADE 3

TABELA 1: SEGURO A PRAZO CURTO

% DO PRÊMIO
PRAZO (ATÉ) LÍQUIDO ANUAL

15 dias 13

30 dias 20

45 dias 27

60 dias 30

75 dias 37

90 dias 40

105 dias 46

120 dias 50

135 dias 56

150 dias 60

165 dias 66

180 dias 70

195 dias 73

210 dias 75

225 dias 78

240 dias 80

255 dias 83

270 dias 85

285 dias 88

300 dias 90

Notas 315 dias 93

330 dias 95

A majoração, consequente da 345 dias 98


aplicação da Tabela de Prazo 365 dias 100
Curto, justifica-se pela maior
despesa administrativa, própria Os percentuais correspondentes aos prazos registrados na tabela devem
a esse tipo de seguro, e pela ser aplicados ao valor do prêmio anual do seguro.
sua maior exposição ao risco.

TEORIA GERAL DO SEGURO 64


UNIDADE 3

Para percentuais diferentes da tabela, adotam-se os percentuais imediata-


mente inferiores.

Exemplo
Assim, se o prêmio anual é de R$ 36.000,00, num seguro a prazo curto de 90 dias,
o prêmio a ser cobrado será:
90 dias ⊲ 40% de R$ 36.000,00 = R$ 14.400,00
Note-se que o prêmio de seguro a prazo curto não é proporcional à sua vigência. Se
fosse, deveria ser cobrado:
90 × (R$ 36.000,00 / 365) = R$ 8.876,00
Logo, o prêmio a prazo curto majora de forma relativa o prêmio anual nos casos
em que a vigência for inferior a 1 ano.

Prêmio de Seguro Pro Rata Temporis (em Proporção


ao Tempo)
Em alguns casos, para atender as condições justificadas tecnica-
mente, o cálculo do prêmio de um seguro com prazo inferior a um
ano pode ser efetuado sem aplicação da tabela de prazo curto. Nes-
se caso, diz-se que o prêmio foi calculado na base pro rata temporis.

Entende-se por prêmio pro rata temporis o prêmio cobrado por


um determinado prazo de seguro, calculado proporcionalmente ao
custo anual desse seguro, ou seja, de forma proporcional ao tempo.

Alterações durante a vigência da apólice


Algumas vezes, durante a vigência de um contrato de seguro,
ocorrem alterações (endossos) que modificam o valor do prêmio
devido pelo segurado. Nesses casos, ou em outros previstos em
normas, o cálculo do prêmio a devolver ou a cobrar é feito na base
pro rata temporis, isto é, proporcionalmente ao número de dias do
ano (365 ou 366 dias, conforme o caso), não havendo majoração
da taxa quando a referência é o custo anual, diferentemente da
tabela de prazo curto.

—— Seguro a Prazo Longo


No seguro contratado por prazo superior a um ano, utiliza-se uma Tabela
de Prazo Longo, que diminui, em termos relativos, o valor do prêmio em
relação ao prêmio anual.

TEORIA GERAL DO SEGURO 65


UNIDADE 3

O Seguro a Prazo Longo só pode ser contratado pelo prazo máximo


de cinco anos.

Para calcular o prêmio do seguro a prazo longo, utiliza-se também uma


tabela, como a do exemplo a seguir.

TABELA 2: SEGURO A PRAZO LONGO

PRAZO EM PRAZO EM
% %
MESES MESES

13 108 37 278

14 116 38 284

15 124 39 291

16 132 40 297

17 140 41 303

18 147 42 309

19 155 43 315

20 162 44 321

21 169 45 327

22 176 46 333

23 183 47 338

24 (2 anos) 190 48 (4 anos) 344

25 197 49 350

26 205 50 356

27 212 51 362

28 219 52 367

29 226 53 373

30 233 54 379

31 239 55 384

32 246 56 389

33 252 57 394

34 259 58 400

35 265 59 405

36 (3 anos) 271 60 (5 anos) 410

TEORIA GERAL DO SEGURO 66


UNIDADE 3

A Tabela de Prazo Longo é utilizada de forma análoga à de Prazo Curto.

Restituição de Prêmio em Caso de Cancelamento


Quando a seguradora rescindir o contrato de seguro, ela reterá do
prêmio recebido o IOF e a parte proporcional ao tempo decorrido,
ou seja, na base pro rata temporis.

Caso seja a pedido do segurado, a seguradora poderá reter, no


máximo, além do IOF, o prêmio calculado de acordo com a Tabela
de Prazo Curto, constante das condições contratuais entregues ao
segurado. A forma de retenção tem de estar definida nas condi-
ções contratuais.

Durante a vigência, caso não haja rescisão, o seguro poderá ser


renovado. O corretor deve ficar atento e manter relacionamento
com o segurado, lembrando-o da possibilidade e da vantagem de
renovação do seguro.

TEORIA GERAL DO SEGURO 67


FIXANDO CONCEITOS

FIXANDO CONCEITOS 3

Marque a alternativa correta.


1. Alguns dos instrumentos do contrato de seguro, entre outros, são:

(a) Apólice/averbação/mutualismo.
(b) Proposta/apólice /averbação.
(c) Endosso/incerteza/previdência.
(d) Previdência/incerteza/mutualismo.
(e) Averbação/proposta/incerteza.

Correlacione as colunas e assinale a alternativa correta.


2. Considerando os tipos de apólices existentes, suas características são:

1) Aberta.
2) Multirrisco.
3) Risco Nomeado.
4) Avulsa.
( ) Destina-se a cobrir riscos eventuais e transitórios.
( ) Adotada nos Seguros Compreensivos e em algumas modalidades
do Ramo Riscos Diversos.
( ) Em Seguros de Transportes, é também chamada averbação.
( ) Garante os riscos nomeados na apólice e é também chamada apó-
lice de riscos nominados.

Assinale a alternativa correta:


(a) 1, 2, 3, 4.
(b) 2, 3, 1, 4.
(c) 4, 2, 1, 3.
(d) 3, 4, 1, 2.
(e) 4, 1, 2, 3.

TEORIA GERAL DO SEGURO 68


FIXANDO CONCEITOS

Marque a alternativa correta.


3. A apólice de seguro que se caracteriza por possuir uma cobertura tipo
4, isto é, por uma cobertura que abrange todas as perdas ou danos mate-
riais causados aos bens segurados, exceto os formalmente considerados
excluídos em suas condições, é denominada:

(a) Ajustável.
(b) Multirrisco.
(c) Riscos operacionais.
(d) Riscos nomeados.
(e) Aberta.

4. O tipo de apólice de seguro adotada principalmente no Ramo de Seguro


Incêndio, para depósitos e armazéns onde há grande variação de estoque, é:

(a) Ajustável.
(b) Multirrisco.
(c) Riscos operacionais.
(d) Riscos nomeados.
(e) Aberta.

5. Os prazos estabelecidos pela SUSEP por meio das Circulares


n° 251/2004 e n° 394/2009, para que a seguradora se manifeste sobre a
aceitação ou a recusa de uma proposta de seguro, são:

(a) Sete dias nos seguros do Ramo Transportes cobrindo uma única
viagem (apólice avulsa), 45 dias nos Seguros Rurais com subvenção
econômica aos prêmios e 15 dias nos demais seguros.
(b) Sete dias em todos os seguros do Ramo Transportes e 15 dias nos
demais seguros.
(c) Sete dias nos seguros do Ramo Transportes (apólice de averbação)
e 15 dias nos demais seguros.
(d) Quinze dias em todos os ramos de seguro.
(e) Quinze dias nos seguros do Ramo Transportes cobrindo uma única
viagem (apólice avulsa) e sete dias nos demais seguros.

TEORIA GERAL DO SEGURO 69


FIXANDO CONCEITOS

6. Analise as proposições a seguir e assinale a alternativa correta.

I) As alterações nas apólices em vigor devem ser feitas por meio de


endossos.
II) O art. 758 do Código Civil Brasileiro estabelece que a existência
do contrato de seguro é comprovada com a exibição da apólice ou
do bilhete de seguro. Na falta deles, comprova-se por documento
comprobatório do pagamento do respectivo prêmio.
III) A cobrança do custo de apólice para endossos que não impliquem
cobrança de prêmio adicional ou que gerem restituição de prêmio
ao segurado deve ser de R$ 60,00.
IV) A aceitação da proposta poderá ou não ser comunicada pela segu-
radora ao segurado, a seu critério. Todavia, a sua recusa deve ser
feita pela seguradora, obrigatoriamente e por escrito, ao proponen-
te, ao seu representante legal ou ao corretor de seguros, especifi-
cando os motivos da recusa, conforme determinação da SUSEP.

Assinale a alternativa correta:


(a) Somente II é proposição verdadeira.
(b) Somente I e III são proposições verdadeiras.
(c) Somente II e III são proposições verdadeiras.
(d) Somente III e IV são proposições verdadeiras.
(e) Somente I, II e IV são proposições verdadeiras.

7. Com relação aos prazos do seguro, podemos afirmar que:

I. A Circular SUSEP n° 251/2004 estabelece que as apólices, os cer-


tificados de seguro e os endossos terão início e término de vigên-
cia às 24 horas das datas para tal fim neles indicadas, ressalvados
os Seguros de Danos garantidos por apólices coletivas e aqueles
sujeitos à averbação, os quais possuem condições específicas.
II. O Seguro a Prazo Longo pode ser contratado pelo prazo máximo de
cinco anos.
III. A tabela de cálculo do prêmio para Seguro a Prazo Curto majora, em
termos relativos, o valor dos prêmios em relação ao prêmio anual.
IV. Para percentuais diferentes da Tabela de Prazo Curto, ­recomenda-se
que se adotem os percentuais imediatamente superiores.

Assinale a alternativa correta:


(a) Somente II é proposição verdadeira.
(b) Somente I e III são proposições verdadeiras.
(c) Somente III e IV são proposições verdadeiras.
(d) Somente I, II e III são proposições verdadeiras.
(e) I, II, III e IV são proposições verdadeiras.
TEORIA GERAL DO SEGURO 70
FIXANDO CONCEITOS

8. Como parâmetros utilizados para calcular o prêmio do seguro, podemos


relacionar:

I) A taxa de seguro, a franquia e a importância segurada.


II) O prazo do seguro, a exposição ao risco e a taxa do seguro.
III) A importância segurada, o prazo do seguro e a exposição ao risco.

Assinale a alternativa correta:

(a) Somente I é proposição verdadeira.


(b) Somente III é proposição verdadeira.
(c) Somente I e III são proposições verdadeiras.
(d) Somente II e III são proposições verdadeiras.
(e) I, II e III são proposições verdadeiras.

Correlacione as colunas e marque a alternativa correta.


9. Considere os carregamentos comerciais e associe cada um deles à sua
destinação:

Tipos de carregamento comercial (C) Destinação

1) Despesas Administrativas (DA) ( ) É o lucro dos acionistas do


2) Despesas de Produção (DP). segurador.
3) Remuneração do Capital ( ) São aquelas originadas pelo
Empregado. processo comercial de dis-
tribuição e venda do seguro,
englobando comissão de cor-
retagem e material de propa-
ganda.
( ) Destinadas à administração da
seguradora, como pagamen-
to de folha salarial, aluguéis,
comunicações.

Assinale a alternativa correta:

(a) 1, 2, 3.
(b) 2, 1, 3.
(c) 2, 3, 1.
(d) 3, 1, 2.
(e) 3, 2, 1.

TEORIA GERAL DO SEGURO 71


04
DISPOSIÇÕES
CONTRATUAIS
UNIDADE 4

TÓPICOS
DESTA UNIDADE
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:

DISPOSIÇÕES
■■ Distinguir riscos cobertos ■■ Identificar os riscos CONTRATUAIS
de riscos não cobertos ou excluídos, entendendo os
excluídos. motivos que implicam a RISCOS COBERTOS E NÃO
exclusão. COBERTOS OU EXCLUÍDOS

FORMAS DE CONTRATAÇÃO –
SEGUROS PROPORCIONAIS
E NÃO PROPORCIONAIS

FIXANDO CONCEITOS 4

TEORIA GERAL DO SEGURO 72


UNIDADE 4

DISPOSIÇÕES CONTRATUAIS
Nesta unidade, veremos o conteúdo das apólices. Como existem vários
tipos de Seguros, as apólices também podem variar. Porém, qualquer tipo
de apólice deverá conter, entre outros, os seguintes elementos:

■■ Condições do seguro (gerais, particulares e especiais);


■■ Nomes, endereços e obrigações (do Segurado e do Segurador);
■■ Objeto do seguro (bens ou pessoas);
■■ Riscos Cobertos e Não Cobertos;
■■ Coberturas/ garantias;
■■ Prazo do seguro;
■■ Prêmio; área geográfica, etc.;
■■ Importância Segurada.
Veremos alguns destes elementos.

O artigo 757 do Código Civil estabelece que contrato de seguro é um acor-


do em que o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a
garantir interesse legítimo do segurado, relativo à pessoa ou ao bem, con-
tra riscos predeterminados.

A operação de seguro se efetiva, portanto, através do contrato de seguro,


representado pela exibição da apólice ou do bilhete de seguro e, na falta
deles, por documento que comprove o pagamento do prêmio.

O contrato é norteado por cláusulas expressas através de Condições


Gerais, Condições Especiais e Condições Particulares, definidas pelos
órgãos compententes do mercado segurador.

TEORIA GERAL DO SEGURO 73


UNIDADE 4

—— Condições Gerais, Especiais


e Particulares
Condições gerais
São compostas pelo conjunto de cláusulas contratuais comuns
a todas as modalidades e/ou coberturas de um mesmo ramo de
seguro, que estabelecem obrigações e direitos do segurado e do
segurador. Elas dizem respeito a todos os contratos de um mesmo
ramo de seguro, ou seja, são as cláusulas da apólice que têm apli-
cação geral aos riscos da mesma natureza.

Exemplo: todos os seguros do Ramo Vida terão as Condições


Gerais do Ramo Vida.

As Condições Gerais deverão apresentar a definição dos termos


técnicos utilizados no contrato de seguro.

Condições especiais:
Constituem o conjunto das disposições específicas relativas a cada
modalidade e/ou cobertura de um ramo de seguro, que eventual-
mente alteram as Condições Gerais. São disposições inseridas na
apólice que ampliam ou restringem parte das disposições constan-
tes das condições gerais.

Exemplo: no Ramo Riscos Diversos, é sempre necessária a


­existência de condições especiais para definir as modalidades
de cobertura.

Condições particulares:
Constituem o conjunto de cláusulas que alteram as condições
gerais ou especiais de um plano ou ramo de seguro, modificando
Atenção ou cancelando disposições já existentes ou, ainda, introduzindo
novas disposições e, eventualmente, ampliando ou restringindo
A Circular SUSEP n° 256/2004 a cobertura.
e respectivas atualizações
Exemplo: as condições particulares que definem beneficiários da
dispõem sobre a estruturação
indenização que não são os segurados, muito comuns nos segu-
mínima das condições
ros residenciais e empresariais de prédios realizados pelos loca-
contratuais (condições gerais,
dores em favor dos locatários.
especiais e particulares) dos

—— Garantias ou Coberturas
contratos de Seguro de Danos.

Na contratação do seguro, existem variados tipos de apólices. As segura-


doras ofertam diversos produtos com diferentes tipos de garantias, para
atender a necessidades específicas dos segurados.

TEORIA GERAL DO SEGURO 74


UNIDADE 4

Embora haja padronização da SUSEP para as seguradoras operarem deter-


minados ramos, as seguradoras podem ofertar produtos que diferem uma da
outra para atender a necessidades específicas de diferentes segurados. Por
isso, existem diferentes tipos de apólices, com diferentes tipos de garantias.

Em uma apólice, poderá haver várias garantias e um valor estabelecido


para cada uma delas. No momento da contratação, o segurado deve esta-
belecer um limite máximo de garantia ou importância segurada para cada
cobertura contratada.

Definição
Garantia ou cobertura é a natureza da obrigação pecuniária assumida pelo
segurador, que, dependendo do ramo do seguro, pode ser a de pagar uma
soma segurada, uma renda, uma indenização, uma diferença de rendimen-
to, uma reparação ou um reembolso, tendo em vista a consequência do
acontecimento: morte, invalidez, incapacidade, doença, perda, prejuízo,
insolvência de clientes, avaria ou dano.

Em qualquer ramo de seguro, é prevista uma garantia, entendida como garan-


tia básica para indenizar ou reembolsar o segurado dos prejuízos consequen-
tes de ocorrência de um dos riscos estipulados no contrato de seguro.

Existem, no entanto, várias garantias, o que torna possível adaptar o con-


trato básico do ramo às características próprias das atividades ou dos ris-
cos que se pretende segurar.

Classificação das Garantias


As garantias ou coberturas podem ser classificadas em básicas,
adicionais ou acessórias e especiais.

■■ Garantia Básica
É a principal garantia, em que são especificados os riscos
contra os quais é oferecida a cobertura padrão do ramo de
seguro. É denominada básica, porque sem ela não é possí-
vel emitir uma apólice. Na garantia básica, são agregadas as
garantias ou coberturas adicionais, acessórias ou especiais,
quando necessárias.

Importante ■■ Garantias Adicionais ou Acessórias


São aquelas em que o segurado paga prêmios adicionais, rela-
As garantias adicionais são tivos às taxas dos riscos adicionais que deseja cobrir em seu
definidas em função da contrato de seguro, garantindo-se dos prejuízos que esses ris-
necessidade de se acrescentar cos venham causar a ele.
ao contrato, além da garantia
básica, outras garantias que Exemplo: no Seguro de Automóvel, além da garantia básica, é
atendam às exigências de possível contratar a de Responsabilidade Civil Facultativa de
segurados em geral. Veículos (RCFV) e, com isso, pagar um prêmio adicional.

TEORIA GERAL DO SEGURO 75


UNIDADE 4

■■ Garantia Especial ou Particular


Importante
É muitas vezes confundida com a garantia adicional ou acessó-
ria, mas representa a garantia definida em função da necessi-
As garantias especiais são
dade de um segurado em particular. Pelas suas peculiaridades
definidas em função da
ou grau de agravação, requer previsões ou taxas especiais.
necessidade de um único
segurado em particular. Nas demais garantias que o segurado desejar acobertar no con-
trato de seguro firmado, as taxas são diferenciadas para cada
risco ou conjunto de riscos adicionais, acessórios ou especiais.

—— Limite Máximo de Garantia


(LMG) e Limite Máximo
de Indenização (LMI)
Limite Máximo de Garantia (LMG)
Limite Máximo de Garantia (LMG) é o valor fixado pela seguradora e repre-
senta o valor máximo a ser pago, com base na apólice, resultante de
determinado evento ou série de eventos ocorridos na vigência da apólice,
abrangendo uma ou mais coberturas contratadas.

Limite Máximo de Indenização (LMI)


O limite máximo de indenização é o respectivo valor fixado para a cobertu-
ra contratada pelo Segurado, e representa o valor máximo a ser pago pela
Seguradora em decorrência de um sinistro ou série de sinistros garantidos
por aquela cobertura, respeitado o Limite Máximo de Garantia da apólice.

Atenção
Dependendo do ramo de seguro e observadas as disposições do Código Civil Brasileiro,
a expressão importância segurada recebe outras denominações, sendo as mais comuns:
capital segurado, soma segurada, limite máximo de indenização, limite máximo de res-
ponsabilidade, limite máximo de garantia.

No caso de contratação de várias coberturas em uma mesma apólice, é


comum o contrato estabelecer, para cada uma delas, um distinto limite
máximo de responsabilidade por parte da seguradora. Cada um deles é
denominado Limite Máximo de Indenização (ou Importância Segu-
rada) de cada cobertura contratada. Ressalte-se que esses limites são
independentes, não se somando nem se comunicando (Circular SUSEP
n° 321/2006). Exemplo: as coberturas de roubo de bens, danos elétricos e
responsabilidade civil, nos Seguros Compreensivos, podem trazer limites
distintos e não se somam.

TEORIA GERAL DO SEGURO 76


UNIDADE 4

Especialmente nos Seguros de Pessoas (Vida), a importância segurada


recebe o nome de capital segurado, que é o pagamento a ser efetuado
ao assistido ou beneficiário sob a forma de pagamento único ou de renda
(Resolução CNSP n° 140/2005).

Nos Seguros de Danos, a importância segurada é atribuída pelo segurado,


mas não deve ser superior ao valor do bem.

No Seguro de Pessoas, como não se pode estimar o valor em risco, não


há limite para determinação do capital segurado. Por isso, para evitar uma
exposição demasiada ao risco, as seguradoras estabelecem um limite
máximo de aceitação de capital segurado por vida.

RISCOS COBERTOS E NÃO


COBERTOS OU EXCLUÍDOS

—— Riscos Cobertos
São os riscos que a seguradora cobrirá em caso de sinistro, observadas as
cláusulas e condições contratadas.

Exemplos
■■ No Seguro de Vida, a morte do segurado por causa natural estaria coberta, levando a
seguradora a proceder ao pagamento do capital segurado ao(s) beneficiário(s), respei-
tadas as cláusulas do contrato de seguro firmado.
■■ Na cobertura de Incêndio, no Ramo Seguro Compreensivo Residencial, estariam cober-
tos também os danos causados pela queda de raio na área do edifício segurado, geran-
do o pagamento de indenização ao segurado.

—— Riscos Não Cobertos ou Excluídos


São riscos não cobertos pelo contrato de seguro, podendo ser excluídos
por força da lei ou por força do contrato.

■■ Por força da lei


De acordo com o art. 762 do Código Civil, são riscos excluídos
aqueles decorrentes de atos ilícitos dolosos ou de culpa grave
equiparável ao dolo praticados pelo segurado, beneficiário ou
pelo representante legal, de um ou de outro.

TEORIA GERAL DO SEGURO 77


UNIDADE 4

Nos casos de seguros contratados por pessoas jurídicas, a exclu-


são aplica-se a atos ilícitos, dolosos ou culpa grave praticados
pelos sócios controladores, seus dirigentes e administradores
legais, beneficiários e seus respectivos representantes legais.

Exemplo: Seguro de Transporte de carga roubada.

■■ Por força do contrato


São riscos excluídos em função do ramo de seguro e para os quais
a seguradora não tem interesse em conceder a cobertura securitá-
ria na eventualidade de sua ocorrência.

Exemplo: no Seguro de Automóvel (Casco) estão excluídos os


danos causados ao veículo segurado cuja causa tenha sido tumulto.

Existem ainda dois tipos de riscos não cobertos:

■■ Riscos fundamentais ou catastróficos: que devem ser tratados


pelo Estado, pois podem dar margem a perdas desmensuradas,
tanto de vidas quanto de bens materiais.
Exemplo: risco de explosão nuclear que poderá ocasionar mortes
e perdas de caráter catastrófico.

■■ Riscos que constituem carteiras específicas: cada risco possui


um ramo de seguro específico, portanto riscos diferentes podem e
devem ser objetos de apólices distintas.
Exemplo: no Seguro de Vida, não estará coberto o roubo de um
veículo. Para ter o risco de roubo do veículo coberto, o segurado
deverá contratar um seguro do Ramo Automóvel (Casco).

FORMAS DE CONTRATAÇÃO –
SEGUROS PROPORCIONAIS
E NÃO PROPORCIONAIS
A forma de contratação tem grande influência no valor da indenização a
ser recebida pelo segurado.

Dependendo do ramo, os seguros e as formas de contratação de seguros


podem ser proporcionais ou não proporcionais.

A Circular SUSEP n° 256/2004, define para os seguradores que os Planos


de Seguros devem caracterizar a sua Forma de Contratação, que pode ser:

TEORIA GERAL DO SEGURO 78


UNIDADE 4

■■ Risco Total (proporcional).


■■ Risco Relativo (proporcional).
■■ Risco Absoluto (não proporcional).
Para melhor compreensão dos seguros proporcionais, é necessário enten-
der a relação da importância segurada com o valor do bem (valor em risco).

No momento da contratação do Seguro de Danos ou Coisas, é possível


conhecer o valor do bem exposto ao risco, estabelecendo-se esse valor
como importância segurada. Essa importância é fixada pelo segurado e
será verificada pela seguradora, em caso de sinistro, na data de sua ocor-
rência. Para a seguradora, serve como base de cálculo do limite máximo
da indenização exigível.

A seguradora não reconhece a fixação da importância segurada pelo


segurado como previamente determinando o valor do bem. Esse valor
será apurado por ela na data de ocorrência do sinistro e confrontado com
o valor em risco declarado pelo segurado na apólice.

Importante
Importância Segurada
Vale a pena recordar o conceito de Importância Segurada (IS) ou Limite Máximo de
Garantia (LMG): valor atribuído pelo segurado ao bem ou conjunto de bens segura-
dos, representando o limite máximo de garantia para a cobertura contratada. Deve ser
entendido como a soma dos limites de todas as garantias previstas em uma apólice que
podem ser envolvidas em um único evento.
A importância segurada deve corresponder ao valor do bem segurado.

Valor em Risco
Valor em risco é o valor do bem ou conjunto de bens expostos ao risco. Assim, quan-
do o segurado contrata um seguro proporcional, ele declara o valor em risco do bem,
denominado Valor em Risco Declarado (VRD), e, em caso de ocorrência de sinistro, a
seguradora apura o Valor em Risco, denominado Valor em Risco Apurado (VRA).

—— Seguros Proporcionais
Estabelecem que, em determinados casos de sinistros, havendo a insu-
ficiência de importância segurada, o segurado e o segurador participam,
proporcionalmente, dos prejuízos.

A seguradora não é juridicamente responsável por essa insuficiência. O


ônus recai sobre o segurado, que participa do prejuízo por meio de rateio.

Quando a importância segurada é compatível com o valor apurado do bem

TEORIA GERAL DO SEGURO 79


UNIDADE 4

segurado na ocorrência do sinistro, a seguradora arca sozinha com o pre-


juízo. Porém se, na data do sinistro, a importância segurada for menor do
que o valor do bem segurado (valor em risco apurado), é constatada a
insuficiência do seguro. Nesse caso, o segurado participa dos prejuízos na
mesma proporção dessa insuficiência, conforme estabelecido em disposi-
tivo contratual denominado Cláusula de Rateio.

Atenção
Cláusula de Rateio é a condição contratual que prevê a possibilidade de o segurado
assumir uma proporção da indenização do seguro quando o valor em risco declarado
for inferior ao valor em risco apurado no momento do sinistro.

Assim, o que caracteriza um seguro proporcional é a existência da


cláusula de rateio dos prejuízos entre o segurador e o segurado quan-
do o seguro é contratado de forma insuficiente, conforme estabelece
o art. 783: “Salvo disposição em contrário, o seguro de um interesse por
menos do que valha acarreta a redução proporcional da indenização, no
caso de sinistro parcial”.

O Seguro Proporcional existe apenas no Seguro de Danos.

Seguro a Risco Total


É a forma mais comum de Seguro Proporcional. Aquela em que, ao
ser constatada insuficiência do seguro, ou seja, quando a impor-
tância segurada é menor do que o valor do bem no dia do sinistro
(Valor em Risco Apurado VRA), o segurado participa dos prejuízos
na mesma proporção dessa insuficiência.

O seguro é considerado insuficiente quando a importância segura-


da é menor do que o Valor em Risco Apurado (IS < VRA) e, portan-
to, haverá a aplicação do rateio.

Por outro lado, se a Importância Segurada é maior ou igual


(IS ≥ VRA), não haverá a aplicação do rateio.

Suponhamos, por exemplo, que um segurado realize o seu seguro


cobrindo apenas 50% do seu bem. Em caso de sinistro parcial, sua
indenização será equivalente a 50% de seus prejuízos.

Para o cálculo da indenização, nos Seguros Proporcionais a Risco


Total, utiliza-se, portanto, a cláusula de rateio, procedendo-se da
seguinte forma: em primeiro lugar, verifica-se se há rateio, compa-
rando-se a importância segurada com o Valor em Risco apurado
na data do sinistro (VR ou VRA).

Nesse caso, obtém-se o valor da indenização aplicando-se a fór-


mula de rateio:

TEORIA GERAL DO SEGURO 80


UNIDADE 4

IS
I= P
VRA ˟

Onde:

I = Indenização

P = Prejuízo

IS = Importância Segurada

VRA = Valor em Risco Apurado na data do sinistro

Exemplo
Considerando-se um prejuízo de R$ 500.000,00, importância segurada de R$
3.200.000,00 e Valor em Risco Apurado de R$ 6.400.000,00, o valor da indenização do
seguro, sendo ele proporcional, será:

R$ 3.200.000,00
I= x R$ 500.00,00 ⊲ I = R$ 250.000,00
R$ 6.400.000,00

Nesse caso, o segurado arcará com 50% dos prejuízos e a seguradora com
o restante. Verifica-se que o seguro foi realizado para garantir apenas 50%
do valor do bem.

Havendo perda total, a indenização será igual à importância segurada.


Nesse caso, portanto, o segurado também arca com parte do prejuízo, cor-
respondente à parte não segurada do bem sinistrado.

Importante
Nos sinistros em que haja franquia e/ou pós e rateio simultaneamente, calculam-se os
prejuízos indenizáveis aplicando-se as regras da franquia e da POS, e depois as regras
de rateio.

TEORIA GERAL DO SEGURO 81


UNIDADE 4

Exemplo
Determinada indústria contratou um seguro a Risco Total para um equipamento, com
Limite Máximo de Indenização de R$ 200.000,00 e franquia de R$ 5.000,00.
Durante a vigência da apólice, ocorreu um incêndio com perda total do equipamento e
durante a regulação do sinistro a Seguradora verificou que o valor do equipamento era
de R$ 400.000,00.
Pergunta:
Qual o valor da indenização?
Resposta:
A apesar do segurado ter contratado um seguro com um Limite Máximo de Indenização
que representa apenas metade do bem segurado, neste caso a indenização será o pró-
prio valor segurado, ou seja, R$ 200.000,00, pois houve a perda total do equipamento.
Na prática, o rateio não deixou de ser aplicado, pois serão necessários outros R$
200.000,00 para aquisição de um novo equipamento.

Exemplo
Tomando por base o mesmo seguro descrito no exemplo 1 anterior, qual seria a indeni-
zação paga ao segurado se o equipamento tivesse sofrido uma perda parcial no valor
de R$ 80.000,00?
Resposta:
Como o seguro foi contratado com valor segurado representando 50% do seu valor, a
segurdora aplicará o rateio nessa mesma proporção:
Prejuízo apurado: R$ 80.000,00 – R$ 5.000,00 (Franquia) = R$ 75.000,00
Indenização: R$ 75.000,00 x 50% = R$ 37.500,00

É fundamental que, no momento da contratação, o corretor de seguros


alerte para que o valor da importância segurada seja estabelecido de for-
ma compatível com o valor do bem, para que o segurado não seja sur-
preendido no momento de ocorrência de um sinistro, tendo que pagar por
um valor não planejado.

Na contratação a risco total, deverá ser informado ao segurado que segu-


rar um bem por menos do que ele vale acarretará a redução proporcional
da indenização.

TEORIA GERAL DO SEGURO 82


UNIDADE 4

Seguro a Risco Relativo


O seguro a primeiro risco relativo é bastante comum nos ramos
Compreensivos, nos seguros de Riscos Nomeados e Operacional.
Nesse tipo de contratação, a Seguradora responde integralmente
pelos prejuízos cobertos, até os Limites Máximos de Indenização
constante da apólice, desde que o Valor em Risco Declarado pelo
segurado (VRD), seja igual ou superior a um determinado percen-
tual do Valor em Risco Apurado (VRA) no dia do sinistro.

Caso essa relação entre VRD e o VRA, não seja igual ou supe-
rior a esse percentual especificado na apólice, correrá por conta
do segurado a parte proporcional dos prejuízos correspondente à
diferença encontrada entre a relação do VRD e o VRA.

Para que não haja a aplicação do rateio, as condições atuais pra-


ticadas na maioria dos seguros contratados a 1º Risco Relativo,
especificam, que essa relação percentual entre VRD e VRA não
seja inferior a 80%.

Assim, na ocorrência de um sinistro, serão verificadas as seguintes


situações (admitindo o percentual de 80%):

1 – Se a relação VRD ≥ 80% - Não caberá a aplicação de rateio


VRA

2 – Se a relação VRD < 80% - A aplicação do rateio obedecerá


VRA
a seguinte fórmula:

I = VRD × P
VRA

Onde:

I = Indenização

VRD = Valor em Risco Declarado

VRA = Valor em Risco Apurado

P = Prejuízo

Observação Importante:

A possibilidade de contratação de um seguro a 1º Risco Relativo,


onde se admite existir uma pequena diferença entre o VRD e o
VRA, foi pensada para que o segurado não seja penalizado com a
aplicação do rateio, gerado por um erro ou dificuldade na apura-
ção do Valor em Risco que será declarado na apólice.

TEORIA GERAL DO SEGURO 83


UNIDADE 4

Exemplo
Exemplo 1:
Uma empresa contratou um seguro Compreensivo para um determinado equipamento,
cuja apólice previa a Cláusula de Seguro a 1º Risco Relativo a razão de 80%.
Como o seguro se destina a um bem específico, o importância segurada ou LMI, deverá
ser igual ao próprio valor de reposição do bem, assim temos:
LMI = R$ 1.200.000,00
Valor em Risco Declarado (VRD) = R$ 1.200.000,00
Franquia = R$ 5.000,00
Durante a vigência da apólice ocorreu um sinistro, com perdas parciais, onde foram
apurados os seguintes valores:
Prejuízo apurado = R$ 500.000,00
Valor em Risco Apurado (VRA) = R$ 1.500.000,00
Cálculo da Indenização:
1 – Verificação da aplicação do rateio:

R$ 1.200.000,00 (VRD) = 80%


R$ 1.500.000,00 (VRA)

Neste caso não será aplicado o rateio.


2 – Cálculo da Indenização
Indenização = Prejuízo – Franquia
Ind = R$ 500.000,00 – R$ 5.000,00 = R$ 495.000,00
Exemplo 2:
Admitindo-se no exemplo acima que o Valor em Risco Apurado (VRA) por ocasião do
sinistro tenha sido de R$ 1.600.000,00, qual seria o cálculo da indenização:
1 – Verificação da aplicação do rateio:

R$ 1.200.000,00 (VRD) = 75%


R$ 1.600.000,00 (VRA)

Neste caso será aplicado o rateio.


2 – Cálculo da Indenização
Indenização = (Prejuízo – Franquia) x 75%
Ind = (R$ 500.000,00 – R$ 5.000,00) x 75% = R$ 371.250,00

TEORIA GERAL DO SEGURO 84


UNIDADE 4

—— Seguros Não Proporcionais


Por essa forma de contratação, a importância segurada é fixada a critério
do segurado. O segurador responde pelos prejuízos integralmente, até o
montante da importância segurada ou limite máximo de garantia fixado na
apólice. Não se aplica o rateio dos prejuízos indenizáveis entre segurado
e seguradora.

A característica básica dos Seguros Não Proporcionais é a impossibilidade


ou a inconveniência de se estabelecer, no momento da contratação do
seguro, uma relação de equivalência entre a Importância Segurada (IS) ou
Limite Máximo de Garantia (LMG) e o Valor em Risco (VR). Caso ocorra o
sinistro, indeniza-se o valor do prejuízo até o LMG.

Exemplo: Seguro de Responsabilidade Civil, Pessoas, Acidentes Pessoais.

Os Seguros de Responsabilidade Civil Geral são seguros não proporcio-


nais, pois neles é impossível fixar, por ocasião do contrato, o montante de
responsabilidade que, eventualmente, caberá ao segurado pela prática de
ato culposo que possa causar danos a terceiros.

Os seguros de danos, quando contratados na modalidade não proporcio-


nal, recebem o nome de Seguros a 1º Risco Absoluto.

Nos seguros de Riscos Nomeados e Operacionais, é comum a cobertura


básica de incêndio ser contrata na modalidade a 1º Risco Relativo e as
coberturas acessórias na modalidade 1º Risco Absoluto.

—— Reintegração da Importância
Segurada ou Limite
Máximo de Garantia
Reintegrar o limite máximo de garantia de um seguro é fazer com que seu
valor, após a liquidação de um sinistro parcial, volte ao valor original. Para
que o seguro não se torne insuficiente, é necessário que o limite máximo de
garantia seja reintegrado. A falta de reintegração apresenta aspectos mais
graves nos Seguros Proporcionais. Nestes, a insuficiência do valor segura-
do fará com que o beneficiário participe, proporcionalmente, nos prejuízos
decorrentes do sinistro, por força da aplicação da cláusula de rateio.

A reintegração da importância segurada, ou limite máximo de garan-


tia, é justificada somente nos Seguros de Bens, considerando-se que
esses seguros possibilitam a determinação do valor em risco do bem
garantido na época da contratação do seguro.

TEORIA GERAL DO SEGURO 85


UNIDADE 4

A reintegração facultativa é prevista em alguns grupos de ramos, atra-


vés de cláusulas específicas onde são estabelecidos os critérios e prazos,
sempre condicionando à manifestação expressa do segurado e ao paga-
mento do prêmio adicional correspondente.

Na reintegração automática, também prevista em alguns grupos de


ramos, a recomposição da importância segurada logo após o sinistro, é
garantida independentemente da manisfestação do segurado. Dependen-
do do ramo de seguro, poderá ou haver a cobrança de prêmio adicional
para essa reintegração.

Para o cálculo do prêmio de reintegração, consideram-se:

■■ a aplicação da taxa do seguro ao valor indenizado;


■■ o prazo, a partir da data do sinistro, até o vencimento do contrato; e
■■ a base pro rata temporis.

—— Concorrência de Apólices
A cláusula de concorrência de apólices tem por objetivo, na ocorrência
de sinistro em que os bens segurados estiverem garantidos, simultanea-
mente, por mais de uma apólice cobrindo o mesmo risco, resolver como
cada apólice contribuirá para a indenização dos prejuízos. Ressalte-se que
a concorrência de apólices não é aplicada aos seguros de pessoas.

É importante lembrar que o segurado que quiser fazer um novo contrato


sobre os bens garantidos por outra apólice deverá comunicar sua inten-
ção, previamente, a todas as seguradoras envolvidas, sob pena de perda
de direito.

Os artigos 782, 778 e 766 do Código Civil Brasileiro estabelecem a ado-


ção da contribuição proporcional para a concorrência de apólices ou duplo
seguro, a qual não se aplica aos seguros com as coberturas de morte e/
ou invalidez.

Art. 782.
“O segurado que, na vigência do contrato, pretende obter novo
seguro sobre o mesmo interesse, e contra o mesmo risco com
outro segurador, deve previamente comunicar sua intenção por
escrito ao primeiro, indicando a soma por que pretende segurar-
-se, a fim de se comprovar a obediência ao disposto no artigo 778.”

Art. 778.
“Nos seguros de dano, a garantia prometida não pode ultrapassar
o valor do interesse segurado no momento da conclusão do con-
trato, sob pena do disposto no artigo 766, e sem prejuízo de ação

TEORIA GERAL DO SEGURO 86


UNIDADE 4

penal que no caso couber.”

Art. 766.
“Se o segurado, por si ou por seu representante, fizer declarações
inexatas ou omitir circunstâncias que possam influir na aceitação da
proposta ou na taxa do prêmio, perderá o direito à garantia, além de
ficar obrigado ao prêmio vencido.

Parágrafo único – Se a inexatidão ou omissão nas declarações não


resultar de má-fé do segurado, o segurador terá direito a resolver o
contrato, ou a cobrar, mesmo após o sinistro, a diferença do prêmio.”

A Circular SUSEP 270, de 13/10/2004, unificou a Clausula de Concorrên-


cia de Apólices, excluindo-se obviamente as coberturas que garantem mor-
te e/ou invalidez. Essa circular estabeleceu que o segurado que, na vigência
do contrato, pretender obter novo seguro sobre os mesmos bens e contra
os mesmos riscos devera comunicar sua intenção, previamente, por escrito,
a todas as seguradoras envolvidas, sob pena de perda de direito.

Na ocorrência de sinistro, a distribuição das responsabilidades entre as


apólices existentes obedecera aos seguintes critérios:

Primeiramente, deve-se determinar o valor do prejuízo total a indenizar,


calculado como segue:

Se a cobertura do seguro for de Responsabilidade Civil o prejuízo total


a indenizar será constituído pela soma:

■■ das despesas comprovadas, efetuadas pelo segurado com o obje-


tivo de reduzir sua responsabilidade; e
■■ com os valores das reparações estabelecidas em sentença transi-
tada em julgado ou resultante de acordo aprovado pelas segura-
doras envolvidas.
Se a cobertura for de outro tipo de seguro o prejuízo total a indenizar
será constituído pela soma:

■■ das despesas comprovadas de salvamento;


■■ com o valor dos danos materiais causados pelo segurado ou por
terceiros para minorar o dano ou salvar a coisa, devidamente com-
provados; e
■■ com os danos sofridos pelos bens segurados.
Em seguida, deve-se determinar o valor da indenização cabível a cada
seguradora, distribuindo- se o valor total a indenizar, conforme estabele-
cido pela SUSEP.

TEORIA GERAL DO SEGURO 87


UNIDADE 4

—— Formas de Contratação no
Seguro de Automóveis
Nos Seguros de Automóveis (Casco), a SUSEP prevê duas formas de con-
tratação de apólices: Valor Determinado e/ou Valor de Mercado Referen-
ciado. O segurado deverá contratar o seguro na modalidade que desejar,
dentre as oferecidas pela seguradora.

■■ Valor determinado: é a modalidade que garante ao segurado,


em caso de indenização integral, o pagamento do valor monetário
definido na apólice no ato da contratação do seguro, não estando
sujeito a qualquer variação do valor de mercado do veículo.
■■ Valor de mercado referenciado: é a modalidade que garante ao
segurado, no caso de indenização integral (em moeda corrente
nacional), o pagamento de quantia variável, determinada de acor-
do com a tabela de referência previamente fixada na proposta do
seguro, conjugada com fator de ajuste em percentual a ser aplica-
do sobre o valor de cotação do veículo, na data da liquidação do
sinistro. A tabela de referência e o valor de ajuste deverão constar
da apólice do seguro, além de uma cláusula admitindo uma tabela
alternativa, caso haja a interrupção ou a extinção da publicação
adotada na época da contratação do seguro.

TEORIA GERAL DO SEGURO 88


FIXANDO CONCEITOS

FIXANDO CONCEITOS 4

Analise as proposições a seguir e depois marque a alternativa correta.


1. O contrato de seguros é norteado por cláusulas expressas por meio de
Condições Gerais, Condições Especiais e Condições Particulares. Sobre
essas disposições contratuais, pode-se afirmar que:

I) As Condições Gerais são compostas pelo conjunto de cláusulas


contratuais comuns a todas as modalidades ou coberturas de um
mesmo ramo do seguro, que estabelecem as obrigações e direitos
do segurado e do segurador.
II) As Condições Especiais constituem o conjunto das disposições bási-
cas de cada modalidade do seguro, sem ela não é possível emitir
uma apólice. Essas condições cancelam disposições já existentes.
III) As Condições Particulares constituem o conjunto de cláusulas que
alteram as Condições Gerais ou Especiais de um plano ou ramo
de seguro, modificando ou cancelando disposições já existentes,
eventualmente amplia ou restringe as coberturas.

Agora assinale a alternativa correta:


(a) Somente I é proposição verdadeira.
(b) Somente II é proposição verdadeira.
(c) Somente II e III são proposições verdadeiras.
(d) Somente I e III são proposições verdadeiras.
(e) I, II e III são disposições verdadeiras.

Marque a alternativa correta:


2. As garantias ou coberturas são classificadas em básicas, adicionais ou
acessórios e especiais. É correto afirmar que as garantias adicionais ou aces-
sórias:

(a) São definidas em função da necessidade de se acrescentar ao con-


trato, além da garantia básica, outras garantias que atendam às exi-
gências de segurados em geral.
(b) São as principais garantias, em que são especificados os riscos con-
tra os quais é oferecida a cobertura padrão do ramo de seguro.
(c) Representam a garantia definida em função da necessidade de um
segurado em particular.
(d) São denominada adicionais ou acessórias, porque sem as especifi-
cações particulares, não é possível emitir uma apólice.
(e) São definidas em função da necessidade básica de cada segurado.

TEORIA GERAL DO SEGURO 89


FIXANDO CONCEITOS

Analise se as proposições são verdadeiras ou falsas e depois marque


a alternativa correta:
3. Pode-se afirmar que é (são) risco (s) não coberto (s) pelo contrato de
seguro:

( ) Morte do segurado por causa natural no seguro de Vida e dano cau-


sado pela queda de raio na área do edifício segurado na cobertura
Incêndio, no Ramo Compreensivo Residencial.
( ) Risco decorrente de ato ilícito doloso ou por culpa grave praticado
pelo segurado.
( ) Dano causado ao veículo segurado, no Seguro de Automóvel, cau-
sado por tumulto.

Agora assinale a alternativa correta:


(a) V,V,V.
(b) V,V,F.
(c) F,V,V.
(d) F,V,F.
(e) V,F,V.

Analise se as proposições são verdadeiras ou falsas e depois marque


a alternativa correta:
4. Sobre os seguros proporcionais e não proporcionais, pode-se afirmar que:

( ) O seguro proporcional existe apenas no seguro de danos.


( ) Nos Seguros Não proporcionais, a importância segurada é fixada a
critério do segurado.
( ) Os seguros não proporcionais são conhecidos como Seguros a 1º
Risco Absoluto.

Agora assinale a alternativa correta:


(a) V,F,V.
(b) F,V,V.
(c) V,V,F.
(d) F,F,V.
(e) V,V,V.

TEORIA GERAL DO SEGURO 90


FIXANDO CONCEITOS

Analise as proposições a seguir e depois marque a alternativa correta:


5. Sobre o prazo de vigência do seguro, é correto afirmar:

I) Não interfere no cálculo do prêmio.


II) Nada impede que o seguro seja contratado com prazos inferiores
ou superiores a um ano, dependendo das normas específicas de
cada ramo.
III) O prazo de vigência de um contrato, de modo geral, é de um ano.

Agora assinale a alternativa correta:


(a) Somente I é proposição verdadeira.
(b) Somente II é proposição verdadeira.
(c) Somente I e II são proposições verdadeiras.
(d) Somente II e III são proposições verdadeiras.
(e) I, II e III são proposições verdadeiras.

TEORIA GERAL DO SEGURO 91


MECANISMOS
05
de PULVERIZAÇÃO do RISCO
UNIDADE 5

TÓPICOS
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: DESTA UNIDADE

■■ Identificar os mecanismos ■■ Compreender cada


de pulverização de risco: mecanismo de A PULVERIZAÇÃO
cosseguro, resseguro e pulverização de risco. DO RISCO
retrocessão.
COSSEGURO

RESSEGURO

RETROCESSÃO

FIXANDO CONCEITOS 5

TEORIA GERAL DO SEGURO 92


UNIDADE 5

A PULVERIZAÇÃO
DO RISCO
A técnica das operações de seguros baseia-se em vários princípios, entre
os quais se destaca o princípio da distribuição das responsabilidades decor-
rentes dos negócios segurados. Esse princípio também é conhecido como
princípio de pulverização das responsabilidades ou pulverização dos riscos.

A pulverização dos riscos é a repartição do risco pertencente a uma apólice


ou carteira de seguros entre o maior número possível de participantes, com
o objetivo de aumentar a capacidade técnica do tomador do risco.

Assim, é possível estruturar a aceitação de um seguro de grande por-


te com condições e custos adaptados às suas características.

E como funciona?

Todas as seguradoras têm uma capacidade máxima de retenção de riscos que


não deve ser ultrapassada, denominada Limite de Retenção.

Importante
O Limite de Retenção de cada ramo de seguro, não deve ser confundido com os valo-
res de aceitação ou com a importancia segurado do risco, ou seja, as Seguradoras po-
dem aceitar seguros com valores superiores ao seu Limite de Retenção, porém, nestes
casos, ela necessariamente deverá recorrer aos processos para pulverização do risco,
especificamente o cosseguro e/ou resseguro. .

TEORIA GERAL DO SEGURO 93


UNIDADE 5

—— Limite de Retenção
Com bases em critérios atuariais, as seguradoras calculam os valores que
cada ramo de seguro terá como a sua capacidade máxima de retenção em
cada risco isolado, os quais não poderão ser ultrapassados.

Essa capacidade máxima é chamada de Limite de Retenção (LR), e serão


determinados com base no valor do Patrimônio Líquido Ajustado (PLA) da
Seguradora.

Antes de darmos mais de detalhes sobre os Limites de Retenção, precisa-


mos conhecer os seguintes conceitos:

Risco Isolado: pode ser definido como o objeto ou conjunto de objetos


de seguro (bens segurados) cuja probabilidade de serem atingidos por um
mesmo evento gerador de perdas seja relevante.

Patrimônio Líquido Ajustado (PLA): Patrimônio líquido contábil da Segu-


radora, ajustado por adições e exclusões, realizadas para apurar mais
qualitativamente os recursos disponíveis que possibilitem resguardar sua
solvência.

Os Limites de Retenção de cada ramo, são calculados levando em con-


ta critérios atuariais muito específicos, que ao final dos cálculos aplicados
representarão um percentual do Patrimônio Líquido Ajustado (PLA) da
Seguradora – (Resolução CNSP 321/2015).

—— Transferência de Risco
Os risco assumidos por uma seguradora ou resseguradora quando superarem
os respectivos limites técnicos deverão ser transferidos pelas cedentes a outras
congêneres por meio de operações de cosseguro, resseguro ou retrocessão.

Por cedente, entende-se a sociedade seguradora que contrata a operação de


resseguro ou o ressegurador que contrata a operação de retrocessão.

COSSEGURO
É uma operação de seguro em que duas ou mais sociedades seguradoras,
com a anuência (o consentimento) do segurado, distribuem entre si, percen-
tualmente, os riscos de determinada apólice, sem solidariedade entre elas.

TEORIA GERAL DO SEGURO 94


UNIDADE 5

FIGURA 6: COSSEGURO

APÓLICE

SEGURADORA 1 SEGURADORA 2

O cosseguro poderá ocorrer pela emissão de apólice única com a parti-


cipação de todas as seguradoras. A seguradora encarregada da emissão
denomina-se líder e as demais são apenas cosseguradoras.

Saiba mais
O art. 761 do Código Civil Brasileiro, ao citar o cosseguro, consagra a prática adotada
pelo mercado ao prescrever que a seguradora líder administrará o contrato e repre-
sentará as demais seguradoras para todos os seus efeitos: “Art. 761: Quando o risco for
assumido em cosseguro, a apólice indicará o segurador que administrará o contrato e
representará os demais, para todos os seus efeitos”.

TEORIA GERAL DO SEGURO 95


UNIDADE 5

Exemplo
Em cosseguro, três seguradores assumiram uma responsabilidade de
R$ 10.000.000,00, da seguinte forma:
■■ segurador 1 – 20% (líder)
■■ segurador 2 – 30%
■■ segurador 3 – 50%
Supondo-se que a taxa do seguro seja de 1%, a distribuição a cargo de cada Cosse-
guradora referente: ao cálculo da responsabilidade assumida, ao prêmio recebido e a
indenização a ser paga para um prejuízo de R$ 1.500.000,00 será de:

RESPONSABILIDADE PRÊMIO
(1% DE INDENIZAÇÃO (R$)
R$ 10.000.000,00
SEGURADOR % VALOR (R$) = R$ 100.000,00)

1 20 2.000.000,00 20.000,00 300.000,00

2 30 3.000.000,00 30.000,00 450.000,00

3 50 5.000.000,00 50.000,00 750.000,00

RESSEGURO
É uma operação de transferência de riscos/responsabilidade de um
cedente para um ressegurador.

É a operação pela qual o segurador (cedente), com o objetivo de ade-


quar a responsabilidade assumida na aceitação de um risco, transfere
parte dele e do prêmio recebido, para um ressegurador.

Resseguro, portanto, é seguro da seguradora para cobrir riscos que ela assu-
miu perante os segurados e que não pode ou não deseja garantir sozinha.

FIGURA 7: RESSEGURO

SEGURADORA RESSEGURADORA

A diferença básica do resseguro para o cosseguro é que as partes contra-

TEORIA GERAL DO SEGURO 96


UNIDADE 5

tantes do resseguro são o segurador e o ressegurador, sem conhecimento


ou qualquer interferência do segurado.

O ressegurador pode efetuar um repasse de parte das responsabilida-


des recebidas, procedendo, assim, a uma cessão que recebe o nome de
retrocessão.

Exemplo
Uma importância segurada (responsabilidade) de R$ 5.000.000,00 foi dividida da se-
guinte forma em resseguro:
Segurador = R$ 1.000.000,00 ⊲ 20%
Ressegurador = R$ 4.000.000,00 ⊲ 80%
Se houver pagamento de uma indenização de R$ 500.000,00, será dividida assim:
Segurador = R$ 100.000,00
Ressegurador = R$ 400.000,00
Se o prêmio do seguro foi de R$ 50.000,00, teremos que:
Segurador = R$ 10.000,00
Ressegurador = R$ 40.000,00

—— Funções do Resseguro
O resseguro é a ferramenta mais importante, para a proteção às segurado-
ras, de sua carteira de riscos aceitos.

O resseguro assume várias funções, entre as quais destacamos:

■■ Aumentar a capacidade de aceitação de riscos da seguradora, uma


vez que a parte que superar o seu limite de retenção será transferi-
da ao ressegurador (função mercadológica).
■■ Estabilizar os resultados e proteger a seguradora contra catástro-
fes e prejuízos financeiros elevados.
■■ Possibilitar a especialização da seguradora em um segmento
de mercado, ficando a cargo do ressegurador atuar de forma
diversificada.
■■ Fornecer uma proteção de resultados, em função da oscilação
entre períodos bons e ruins (função gerencial).
■■ Permitir à seguradora a concentração geográfica de seus esforços
de negócios.

TEORIA GERAL DO SEGURO 97


UNIDADE 5

■■ Melhorar a compreensão de novos mercados, uma vez que o res-


segurador, que tem uma visão ampla de mercado, troca experiên-
cias com os seguradores e auxilia na criação de inovações técni-
cas a partir de banco de dados e experiências do ressegurador
(função educacional).

RETROCESSÃO
É uma operação de transferência de riscos de resseguro de ressegurado-
res para resseguradores ou para sociedades seguradoras locais.

Assim, para limitar e equilibrar o seu risco, o ressegurador cede parte


da cobertura de Resseguro por ele assumida a um retrocessionário, que
poderá ser um segurador ou um ressegurador.

Os contratos de retrocessão podem utilizar todas as formas de resseguro


existentes.

A retrocessão funciona de forma semelhante aos resseguros, em que as


retrocessionárias assumem riscos excedentes dos retrocedentes e pagam
uma comissão de retrocessão sobre o prêmio recebido. Em suma, retroces-
são é um resseguro de segundo grau, que absorve apenas determinados
riscos, que após saturar a capacidade do ressegurador, vão para retrocessão.

FIGURA 8: RETROCESSÃO

RESSEGURADORA

RESSEGURADORA

SOCIEDADES
SEGURADORAS LOCAIS

A abertura do mercado de resseguro no Brasil, foi realizada através da


Lei Complementar nº 126, de 15/07/2007 e conjunto de resoluções subse-
quentes, as quais regulam todas as operações de resseguro e retrocessão
no mercado brasileiro.

TEORIA GERAL DO SEGURO 98


FIXANDO CONCEITOS

FIXANDO CONCEITOS 5

Marque a alternativa correta.


1. Os mecanismos de pulverização dos riscos utilizados pelo mercado
segurador brasileiro para sua autoproteção, quando assumem riscos de
terceiros, são conhecidos como:

(a) Endosso e retrocessão.


(b) Franquia e resseguro.
(c) Cosseguro e seguros proporcionais.
(d) Excesso de danos e retrocessão.
(e) Cosseguro, resseguro e retrocessão.

2. A participação direta de duas ou mais seguradoras em um mesmo risco


é denominada:

(a) Cosseguro.
(b) Resseguro.
(c) Retrocessão.
(d) Risco comum.
(e) Risco vultoso.

Analise se as proposições são verdadeiras ou falsas e assinale a


alternativa correta.
3. Sobre as funções do resseguro, podemos afirmar que:

( ) Aumenta a capacidade da seguradora de aceitação de riscos.


( ) Permite à seguradora reduzir o preço de seus seguros.
( ) Permite que o segurado possa obter mais de uma indenização.
( ) Protege a seguradora contra catástrofes e prejuízos financeiros
elevados.

Assinale a alternativa correta:


(a) F, V, F, F.
(b) V, F, V, V.
(c) V, V, F, F.
(d) F, V, F, V.
(e) V, F, F, V.

TEORIA GERAL DO SEGURO 99


FIXANDO CONCEITOS

Marque a alternativa correta.


4. Resseguro pode ser definido como:

(a) Espécie de seguro contra riscos excluídos na apólice.


(b) Cobertura adicional para um mesmo risco.
(c) Transferência de riscos de resseguradores para corretores.
(d) Operação em que duas ou mais seguradoras distribuem entre si os
riscos de determinada apólice.
(e) Operação de transferência de riscos de um cedente para um ressegurador.

5. A operação feita pelo ressegurador, que consiste na cessão de partes


das responsabilidades por ele aceitas a outro ressegurador, é chamada:

(a) Retrocessão.
(b) Resseguro.
(c) Cosseguro.
(d) Seguro de segundo grau.
(e) Cosseguro secundário.

TEORIA GERAL DO SEGURO 100


PROCESSO
de SINISTRO
06 UNIDADE 6

TÓPICOS
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: DESTA UNIDADE

■■ Distinguir as etapas do ■■ Definir franquia e distinguir INTRODUÇÃO


processo de sinistro. as modalidades de
franquia. ETAPAS DO
■■ Reconhecer cada fator PROCESSO DE SINISTRO
que integra as variáveis
na formação do prêmio de PREJUÍZOS INDENIZÁVEIS
seguro.
SALVADOS

RESSARCIMENTO

SUB-ROGAÇÃO

INDENIZAÇÃO

FRANQUIA

PARTICIPAÇÃO
OBRIGATÓRIA
DO SEGURADO (POS)

VALOR DE NOVO
E VALOR ATUAL

DEPRECIAÇÃO

FIXANDO CONCEITOS 6

TEORIA GERAL DO SEGURO 101


UNIDADE 6

INTRODUÇÃO
O sinistro é a manifestação concreta do risco que é previsto no contrato de
seguro e ocasiona prejuízo ou responsabilidade. Ele somente tem amparo
técnico quando previsto no contrato do seguro.

O processo de sinistro se baseia no levantamento e na coleta de um con-


junto de documentos necessários para que se possa regular e liquidar o
sinistro. É o meio pelo qual examinam-se a cobertura, os procedimentos, o
cálculo da indenização e a documentação.

É nesse momento que se percebe a importância do corretor de seguros,


uma vez que o segurado precisa lidar com uma situação adversa (roubo,
furto, colisão, incêndio, entre outros) e que em muitos casos não tem ideia
de como proceder. O corretor, pela experiência e conhecimento técnico
que possui, deve ser capaz de auxiliá-lo durante o processo de sinistro.

ETAPAS DO
PROCESSO DE SINISTRO

—— Sinistro de bens
Nos sinistros de bens, o processo de sinistro geralmente abrange três eta-
pas de operações interdependentes: a apuração de danos, a regulação e
a liquidação.

TEORIA GERAL DO SEGURO 102


UNIDADE 6

—— Apuração de Danos
A apuração de danos consiste basicamente no levantamento da causa,
natureza e extensão do sinistro.

Exemplo
Um acidente rodoviário ou de navegação, um incêndio em um imóvel, um arrombamento
seguido de furto, a colisão de um veículo.

Dependendo da natureza da ocorrência, a apuração dos danos pode ser


feita por meio de vistorias, registros policiais ou de outras formas.

Uma das formas mais utilizadas é a vistoria, definida como ato de ver. Os
prejuízos são constatados por intermédio de exame do objeto sinistrado.

Atenção
Em casos de perda total, pode ou não ser cabível a vistoria.
No caso de ser causada por extravio de volumes inteiros e furto ou roubo total, por
exemplo, a vistoria do objeto perdido é impossível, pois não se pode vistoriar algo que
desapareceu.

—— Regulação
A regulação tem por objetivo verificar se o sinistro está ou não coberto;
definir, em caso de indenização, quem será o beneficiário e qual o valor a
ser pago/recebido.

A etapa da regulação destina-se a permitir à seguradora analisar o rela-


tório ou certificado de vistoria, solicitando informações e/ou documentos
complementares ao segurado ou ao vistoriador, se for o caso, visando à
decisão quanto à liquidação do sinistro.

Nessa etapa, também é feita a análise dos documentos relativos ao risco, ao


seguro e ao sinistro para fins de levantamento dos prejuízos indenizáveis.

Cabe à seguradora verificar:

■■ Se há coerência entre as informações contidas nos documentos do


seguro, nota fiscal, conhecimentos de embarque, laudos periciais.
■■ Se foram cumpridos ou não os prazos para entrega das averbações,
pagamento do prêmio e protesto contra o causador do sinistro.

TEORIA GERAL DO SEGURO 103


UNIDADE 6

■■ Se a natureza do sinistro tem cobertura do seguro, observadas as


condições/garantias da apólice.
■■ Se há viabilidade de ressarcimento contra os terceiros responsá-
veis pelo sinistro.
Após ser calculada a indenização devida, é elaborado o relatório da regu-
lação, que deverá definir quanto deve ser pago e quem deve receber.
Importante
O art. 779 do Código Civil estabelece que: “o risco do seguro compreen-
Um sinistro só pode ser derá todos os prejuízos resultantes ou consequentes, como os estragos
encerrado sem indenização se ocasionados para evitar o sinistro, minorar o dano, ou salvar a coisa”.
ficar demonstrado que não há
Assim, caso o sinistro esteja coberto, é necessário calcular a indenização,
cobertura ou que os prejuízos
que abrange:
encontram-se abaixo da
franquia. Compete à seguradora ■■ Os prejuízos sofridos pelo objeto.
provar essa circunstância.
■■ As despesas oriundas dos estragos, realizadas para evitar o sinis-
tro, minorar o dano ou salvar todo ou parte do bem sinistrado.

—— Liquidação
A exemplo do que ocorre com a regulação, a liquidação de sinistros é
observada sob dois aspectos:

■■ Restritamente: ato de pagar a indenização (valor devido em conse-


quência de um sinistro coberto) ou encerrar um sinistro sem inde-
nização.
■■ Genericamente: execução das conclusões da regulação em seu
sentido mais amplo.
Considera-se a liquidação de sinistro como a etapa final desse processo.
Apurados os danos e concluído o processo de regulação, cabe, então:

■■ Efetuar o pagamento da indenização ou encerrar o processo sem


indenização.
■■ Negociar eventuais salvados.
■■ Tentar o ressarcimento contra os causadores do sinistro.
No processo de liquidação, são utilizados termos técnicos, que serão des-
critos abaixo:

TEORIA GERAL DO SEGURO 104


UNIDADE 6

PREJUÍZOS INDENIZÁVEIS
São os prejuízos passíveis de indenização que devem estar previstos nos
contratos de seguros. Geralmente, dependendo da modalidade de seguro
contratada, são indenizáveis também, além dos danos materiais, as despe-
sas decorrentes de providências tomadas para o combate à propagação
dos riscos cobertos, para salvamento e proteção dos bens descritos na
apólice e para o desentulho do local. Essas despesas poderão ser indeni-
zadas, desde que obedecido o bom senso no ato do desembolso.

SALVADOS
Dá-se o nome de “salvados” a tudo que restar dos bens sinistrados e
que tenha valor econômico para qualquer das partes contratantes. Con-
sideram-se salvados tanto os bens que tenham ficado em perfeito estado
quanto os parcialmente destruídos ou danificados, quando ocorre sinistro.

RESSARCIMENTO
O ressarcimento é a busca do reembolso feita pela seguradora, no caso
de uma indenização paga ao segurado, em consequência de um evento
danoso provocado por terceiros.

É o exercício de direitos nos quais a seguradora se sub-roga, quando pagar


uma indenização ao seu segurado por sinistro causado por terceiros.

SUB-ROGAÇÃO
A sub-rogação ocorre no seguro quando, após o sinistro causado por um
terceiro ao segurado, a seguradora pagará a indenização ao segurado e
cobrará do terceiro judicialmente.

Em outras palavras, quando o prejuízo sofrido pelo segurado tiver sido


decorrente de ato doloso (intencional) ou culposo (involuntário, caracteri-

TEORIA GERAL DO SEGURO 105


UNIDADE 6

zado pela negligência, imprudência ou imperícia) de um terceiro, a segu-


radora, após pagamento da indenização, sub-roga-se (toma o lugar) no
direito dele (segurado), podendo ingressar na justiça com uma ação de
regresso, ou seja, pleitear contra o causador do prejuízo (terceiro) o ressar-
cimento da indenização paga ao segurado.

A sub-rogação de direitos está prevista no Código Civil Brasileiro, com a


seguinte redação:

Art. 786 - Paga a indenização, o segurador sub-roga-se nos limites


do valor respectivo, nos direitos e ações que competirem ao segu-
rado contra o autor do dano.

§ 1º Salvo dolo, a sub-rogação não tem lugar se o dano foi causado


pelo cônjuge do segurado, seus descendentes ou ascendentes,
consanguíneos ou afins.

§ 2º É ineficaz qualquer ato do segurado que diminua ou extinga,


em prejuízo do segurador, os direitos a que se refere este artigo.

Nos Seguros de Pessoas, a sub-rogação de direitos é vedada pelo art. 800


do Código Civil Brasileiro.

INDENIZAÇÃO
A indenização é a contraprestação da seguradora, diante do pagamento
Saiba mais do prêmio pelo segurado.

O art. 776 do Código O processo de indenização é o pagamento que a Seguradora faz ao segu-
Civil Brasileiro diz: “O rado ou aos seus beneficiários, decorrente de um sinistro, observando as
segurador é obrigado a condições estabelecidas no contrato de seguro.
pagar em dinheiro o prejuízo
A Circular SUSEP n° 256/2004 estabelece que o não pagamento da inde-
resultante do risco assumido,
nização, após 30 dias da entrega de toda a documentação à seguradora,
salvo se convencionada a
acarretará o pagamento de juros de mora, independentemente de even-
reposição da coisa”.
tual atualização prevista.
Assim, geralmente, o
pagamento da indenização dos Caso não seja o segurado o legítimo proprietário do bem sinistrado, a inde-
sinistros é efetuado em dinheiro nização será liberada ao proprietário, independentemente de quem tenha
(ou cheque). Pode-se, todavia, efetuado o pagamento do prêmio do seguro.
se convencionado na apólice,
optar pela restauração ou
reposição do bem sinistrado.

TEORIA GERAL DO SEGURO 106


UNIDADE 6

Atenção
A indenização não pode ser superior à importância se-
gurada e nem ao valor real dos prejuízos, ou seja, é ve-
dado por lei que o segurado tenha lucro com o seguro.

FRANQUIA
É o valor, previsto na apólice, com o qual o segurado participará em caso
de sinistro. Normalmente, a franquia serve para eliminar o pagamento de
sinistros de baixo valor, geradores de custos administrativos para a segura-
dora e que elevam os resultados estatísticos envolvidos nos cálculos dos
prêmios.

Em algumas modalidades, é prevista, por meio de cláusula específica, uma


redução de prêmio do seguro em caso de aplicação de franquias diferenciadas.

As franquias são fixadas a partir das perdas normais esperadas, geralmen-


te de valor reduzido, e que podem ser suportadas pelo segurado.

Na prática, quando não se especifica o tipo de franquia, trata-se da fran-


quia dedutível.

Exemplo
Em um Seguro de Automóvel, a seguradora poderá fornecer duas opções para a con-
tratação do seguro, por exemplo:
■■ 1ª opção: Prêmio de R$ 1.320,00 e franquia dedutível de R$ 1.200,00;
■■ 2ª opção: Prêmio de R$ 1.998,00 e franquia dedutível de R$ 600,00.
Note-se que os prêmios e as franquias são inversamente proporcionais. Ou seja: se au-
mentamos a franquia, o prêmio diminui e, se diminuímos a franquia, o prêmio aumenta.

Tipos de franquia:

■■ Franquia dedutível: forma mais conhecida de franquia. É mais


frequentemente adotada nos seguros multirriscos e ramo automó-
veis. É aquela cujo valor é deduzido de todos os prejuízos.
■■ Franquia simples: forma rara de franquia e pouco utilizada pelas

TEORIA GERAL DO SEGURO 107


UNIDADE 6

seguradoras. É aquela que deixa de ser considerada quando o


prejuízo ultrapassa o seu valor. É pouco utilizada e, tecnicamen-
te, tem aplicação adequada nas modalidades de seguro em que
haja grande incidência de prejuízos inexpressivos em relação
aos valores segurados.

Atenção
É importante considerar, na contratação do seguro, que o prêmio e a franquia são cus-
tos para o segurado.
O prêmio é custo no momento da contratação. A franquia é custo eventual, mas será
considerada (descontada da indenização), no momento do sinistro.

Exemplo
Considere um seguro cuja importância segurada seja R$ 6.000.000,00 e a franquia 10%
dessa importância. Se ocorrer um prejuízo de R$ 800.000,00, adotam-se os seguintes
procedimentos:
a) No caso de franquia dedutível
Franquia = 10% de R$ 6.000.000,00 = R$ 600.000,00
Como o prejuízo (R$ 800.000,00) é maior do que a franquia, a indenização será:
R$ 800.000,00 – R$ 600.000,00 = R$ 200.000,00
b) No caso de franquia simples
Franquia = 10% de R$ 6.000.000,00 = R$ 600.000,00
Como o prejuízo é maior do que a franquia, esta deixa de ser considerada. Logo, a
indenização será igual ao prejuízo: R$ 800.000,00.

Lembre-se
Franquia e prêmio de seguro são valores que variam inversamente: aumentando-se
a franquia, o prêmio do seguro pode diminuir e vice-versa, embora nem sempre em
bases proporcionais.

TEORIA GERAL DO SEGURO 108


UNIDADE 6

PARTICIPAÇÃO OBRIGATÓRIA
DO SEGURADO (POS)
Instrumento semelhante à franquia dedutível, a Participação Obrigatória
do Segurado (POS) é aplicável a toda e qualquer indenização por sinistro,
inclusive na eventual perda total do bem segurado, o que nem sempre
acontece com a franquia, que destina a fazer com que o segurado assuma
os pequenos prejuízos.

A POS é muito utilizada na subscrição de riscos como forma de pulverizar


o risco, fazendo com que o segurado se torne mais ativo na gestão de
seus riscos, para que não tenha que incorrer nessas participações em
eventuais sinistros.

A aplicação de POS deverá estar consignada na apólice de seguro, sendo


normalmente expressa em porcentagem e com limites mínimo e máximo.

Exemplo
Simulando as seguintes situações de sinistro, considerando que a POS seja de 10% dos
prejuízos, com um mínimo de R$ 500,00, teremos:
a) Se o prejuízo for de R$ 80.000,00
POS = 10% de R$ 80.000,00 = R$ 8.000,00
Indenização = R$ 80.000,00 - R$ 8.000,00 = R$ 72.000,00
b) Se o prejuízo for de R$ 4.000,00
POS = 10% de R$ 4.000,00 = R$ 400,00
Como R$ 400,00 é inferior a R$ 500,00 (valor mínimo da POS), este será o valor
adotado como POS no cálculo da indenização.
Indenização = R$ 4.000,00 - R$ 500,00 = R$ 3.500,00
c) Se o prejuízo for de R$ 400,00
Não haverá indenização, pois o valor dos prejuízos é inferior ao valor mínimo da
POS, que é de R$ 500,00.

TEORIA GERAL DO SEGURO 109


UNIDADE 6

VALOR DE NOVO
E VALOR ATUAL
A indenização do sinistro pode ser feita pelo Valor de Novo ou pelo Valor
Atual do bem sinistrado.

■■ Valor de Novo (VN): Esse seguro objetiva a possibilidade de


reposição do mesmo bem em estado de novo. As seguradoras
estabelecem que a indenização no seguro contratado pelo VN
fique limitada a duas vezes o VA (valor atual).
■■ Valor Atual (VA): é o valor do bem, no estado em que se encontra,
no dia e local do sinistro, levando-se em conta uma depreciação
relativa ao uso, à idade e ao estado de conservação.
Valor Atual (VA) = Valor de Novo (VN) – Depreciação (DP)

No caso de sinistro de perda total, após apuração dos prejuízos


e indenização do bem pelo Valor Atual (VA), quando o segurado
comprovar o início dos reparos ou a reposição dos bens sinistra-
dos nos prazos indicados na apólice, o valor deduzido, relativo à
depreciação, poderá ser reembolsado, garantindo assim a indeni-
zação pelo Valor de Novo (VN). Entretanto, a indenização final não
pode ultrapassar o limite de duas vezes o Valor Atual (VA).

DEPRECIAÇÃO
A depreciação é a desvalorização sofrida pelo bem segurado em decor-
rência do uso, da idade e do estado de conservação, e corresponderá à
diferença entre o Valor de Novo e o Valor Atual.

Na prática, geralmente, o vistoriador apura o Valor de Novo do bem sinistrado


e o deprecia para atingir o Valor Atual, utilizando vários métodos de cálculo.

A depreciação tanto pode ser expressa em valor quanto em um percentual


do Valor de Novo.

TEORIA GERAL DO SEGURO 110


UNIDADE 6

Assim, depreciação é o custo ou a despesa da obsolescência dos ativos


imobilizados, como máquinas, veículos, móveis, imóveis ou instalações.

Em seguros, há sempre discussão entre seguradoras e segurados sobre a


depreciação dos bens quando da ocorrência de sinistros, dado que, para
sua determinação, os peritos de sinistros seguem critérios matemáticos
associados a critérios comparativos.

Para determinados equipamentos, as seguradoras têm adotado a estraté-


gia de informar, nas condições gerais, como será calculada a depreciação
em função da idade dos bens, evitando, assim, discussões posteriores.

Exemplo
1) Para um sinistro de roubo de computador com tempo de uso de pouco mais de 2
(dois) anos, cujo valor de novo é de R$ 4.000,00, a indenização seria assim calculada:
Valor Atual (VA) = Valor de Novo (VN) – Depreciação (DP)
VA = R$ 4.000 – R$ 1.200,00 (Depreciação estimada em 30%)
VA = R$ 2.800,00
Indenização = R$ 2.800,00
Onde:
VA: Valor Atual
VN: Valor de Novo
DP: Depreciação
Quando o segurado apresentar nota fiscal de reposição do bem, a diferença de R$
1.200,00 deduzida por conta da depreciação poderá ser reembolsada desde que a
indenização por conta do Valor de Novo (VN) não ultrapasse duas vezes o Valor Atual
do bem.
Como VN = VA + DP = R$ 2.800,00 + R$1.200,00 = R$ 4.000,00 (menor que 2xVA = R$
5.600,00), neste caso a indenização final será de R$ 4.000,00.

TEORIA GERAL DO SEGURO 111


UNIDADE 6

Exemplo
Considerando os mesmos números do exemplo anterior, porém com tempo de uso do
computador em cerca de 5 (cinco) anos, a indenização seria assim calculada:
Valor Atual (VA) = Valor de Novo (VN) – Depreciação (DP)
VA = R$ 4.000,00 – R$ 3.000,00 (Depreciação estimada em 75%)
VA = R$ 1.000,00.
Indenização = R$ 1.000,00
Quando o segurado apresentar nota fiscal de reposição do bem, a diferença de R$
3.000,00, deduzida por conta da depreciação, não será integralmente reembolsada ao
segurado, pois a indenização calculada pelo critério do Valor de Novo (VN) não pode
ultrapassar duas vezes o Valor Atual (VA).
Como VN = VA + DP = R$ 1.000,00 + R$ 3.000,00 = R$ 4.000,00 (maior que 2xVA = R$
2.000,00), neste caso a indenização final será de R$ 2.000,00.

Importante
A regra de indenização pelo Valor de Novo, demonstrada nos exemplos acima, somen-
te se aplica aos casos de sinistros com perda total e após comprovação da reposição
do bem sinistrado

FIGURA 9: RESUMO DO PROCESSO DE SINISTRO

Seguradora recebe
Analisa eventos e
o registro inicial
perdas com base
das comunicações
no contrato
de sinistro

Liquida indenização Define valor


e recupera perdas da indenização

TEORIA GERAL DO SEGURO 112


FIXANDO CONCEITOS

FIXANDO CONCEITOS 6

Marque a alternativa correta das questões abaixo.


1. Nos processos de sinistros de bens, geralmente, a seguradora segue as
seguintes etapas:

(a) Subscrição e liquidação.


(b) Apuração de danos e subscrição.
(c) Apuração de danos, regulação eresseguro.
(d) Regulação, liquidação e subscriçao.
(e) Apuração de danos, regulação e liquidação.

2. Nos processos de sinistros de bens, a etapa destinada ao levantamento


da causa do sinistro, natureza e extensão das avarias é denominada:

(a) Apuração de danos.


(b) Regulação.
(c) Liquidação.
(d) Ressarcimento.
(e) Sub-rogação.

3. A vistoria é uma das formas de apuração de danos nos sinistros de bens,


não sendo, todavia, possível em sinistros de:

(a) Perda total.


(b) Naufrágio.
(c) Incêndio em armazém.
(d) Roubo total da carga e do veículo simultaneamente.
(e) Explosão.

Analise as proposições a seguir e assinale a alternativa correta.


4. Em relação à etapa da regulação do processo de sinistro, podemos afir-
mar que:

I) A análise da coerência entre as informações prestadas e os documen-


tos do sinistro e do seguro, visando à existência ou não de cobertura
técnica do seguro, ocorre na etapa da regulação.
II) Na regulação, é feita a análise dos documentos relativos ao risco, ao segu-
ro e ao sinistro, para fins de levantamento dos prejuízos indenizáveis.
III) O objetivo da regulação é analisar se o sinistro está ou não coberto.
IV) O ressarcimento e a venda de salvados são processados na etapa da
regulação.

TEORIA GERAL DO SEGURO 113


FIXANDO CONCEITOS

Assinale a alternativa correta:


(a) Somente II é proposição verdadeira.
(b) Somente I e III são proposições verdadeiras.
(c) Somente III e IV são proposições verdadeiras.
(d) Somente I, II e III são proposições verdadeiras.
(e) I, II, III e IV são proposições verdadeiras.

Marque a alternativa correta.


5. Em Seguros de Bens, geralmente, são considerados prejuízos indenizá-
veis e, portanto, passíveis de indenização:

(a) Despesas de desentulho do local sinistrado.


(b) Perda de ponto.
(c) Vício próprio.
(d) Lucros cessantes.
(e) Multas contratuais.

Analise as proposições a seguir e assinale a alternativa correta.


6. Em um sinistro de incêndio de um guindaste, a seguradora indenizará:

I) Em espécie ou pela substituição do bem, ou pela restauração do


guindaste.
II) O valor real dos prejuízos, independentemente do valor segurado.
III) O legítimo proprietário do bem sinistrado, independentemente de
quem tenha pago o prêmio do seguro.

Assinale a alternativa correta:


(a) Somente II é proposição verdadeira.
(b) Somente I e III são proposições verdadeiras.
(c) Somente I, II e III são proposições verdadeiras.
(d) Somente I e II são proposições verdadeiras.
(e) Somente I é uma proposição verdadeira.

Marque a alternativa correta das questões abaixo.


7. O Valor Atual de um bem pode ser definido como:

(a) Valor determinado.


(b) Valor de mercado.
(c) Valor de reembolso.
(d) Valor de reposição mais atualização.
(e) Valor no estado de novo levando-se em consideração uma depreciação.

TEORIA GERAL DO SEGURO 114


FIXANDO CONCEITOS

8. Após o sinistro, consideram-se salvados somente:

(a) Os bens de interesse do segurado.


(b) Os bens segurados que não foram danificados.
(c) Tudo o que restar e tiver valor econômico para o segurado.
(d) Os bens segurados que estiverem em perfeito estado e tenham
valor econômico para a seguradora.
(e) O que restar dos bens segurados e que tenha valor econômico para
qualquer das partes contratantes.

9. Sabendo que a regulação de sinistro tem como objetivo verificar se o


sinistro está ou não coberto, um sinistro pode ser encerrado sem indeni-
zação se:

(a) Os prejuízos ultrapassarem a importância segurada.


(b) O vistoriador constatar ato ilícito de terceiros.
(c) Não houver possibilidade de a seguradora se ressarcir dos prejuí-
zos contra o terceiro causador do dano.
(d) O segurado se recusar a participar dos prejuízos.
(e) Os prejuízos estiverem abaixo da franquia.

Marque a alternativa que preenche corretamente as lacunas.


10. O reembolso a que a seguradora tem direito quando a indenização
paga ao _____ é decorrente de prejuízo causado culposamente por um
_____ é denominado _____.

(a) Terceiro/segurado/prêmio.
(b) Segurado/terceiro/ressarcimento.
(c) Beneficiário/segurado/reintegração.
(d) Segurado/terceiro/valor determinado.
(e) Terceiro/segurado/resgate.

11. Franquia dedutível é aquela cujo valor é deduzido ____, enquanto


a franquia simples é aquela que deixa de ser considerada quando
_____. A mais utilizada é a franquia _____.
(a) Em todos os prejuízos/apenas dos prejuízos que a superam/simples.
(b) Apenas dos prejuízos inferiores a ela/em todos os prejuízos/dedutível.
(c) Apenas dos prejuízos que a superem/apenas dos prejuízos inferio-
res a ela/simples.
(d) Em todo os prejuízos / o prejuízo ultrapassa o seu valor / dedutível.
(e) Apenas no caso de danos materiais/somente dos prejuízos que não
a superem/dedutível.

TEORIA GERAL DO SEGURO 115


NOÇÕES
BÁSICAS
SOBRE os
PRINCIPAIS
07
RAMOS de SEGUROS
UNIDADE 7

TÓPICOS
Após ler esta DESTA UNIDADE
unidade, você
deverá ser capaz de:
SEGUROS DE AUTOMÓVEIS SEGUROS DE CRÉDITO
■■ Apresentar de forma
resumida as noções SEGUROS COMPREENSIVOS SEGURO DE GARANTIA
(RESIDENCIAIS, CONDOMINIAIS
básicas dos principais
E EMPRESARIAIS) SEGURO DE
ramos de seguros RISCOS DE ENGENHARIA
patrimoniais e de pessoas RISCOS NOMEADOS E
disponíveis no mercado RISCOS OPERACIONAIS SEGURO RURAL
segurador brasileiro.
SEGURO DE ROUBO SEGUROS DE PESSOAS

LUCROS CESSANTES HABITACIONAL

RAMOS DIVERSOS PREVIDÊNCIA


COMPLEMENTAR ABERTA
SEGUROS DE TRANSPORTES
RISCOS ESPECIAIS
SEGUROS DE AERONÁUTICOS
ANEXOS
SEGURO DE
CASCOS MARÍTIMOS
(EMBARCAÇÕES)

SEGUROS DE
RESPONSABILIDADE CIVIL

TEORIA GERAL DO SEGURO 116


UNIDADE 7

SEGUROS DE AUTOMÓVEIS
OBJETIVO: indenizar o Segurado pelos prejuízos que o mesmo venha a
sofrer, em virtude de danos ocasionados ao veículo ou veículos, inclusive,
prejuízos causados a terceiros, discriminados na apólice e decorrentes de:

■■ colisão,
■■ abalroamentos,
■■ capotagem acidental,
■■ incêndio, explosão, raio e suas consequências
■■ roubo.
Assim, podem ser segurados não só particulares de PASSEIO, como tam-
bém CAMINHÕES, ÔNIBUS E DEMAIS VEÍCULOS AUTOMOTORES.

Para complementar esse seguro, é comum a comercialização do seguro


do casco com os seguros de danos a terceiros, por meio do ramo de segu-
ro RCF-V — responsabilidade civil facultativa de veículos e com o seguro
de APP — acidentes pessoais de passageiros.

SEGUROS COMPREENSIVOS
(RESIDENCIAIS, CONDOMINIAIS
E EMPRESARIAIS)
A finalidade dos seguros compreensivos é garantir ao segurado, até o limi-
te das importâncias seguradas em cada uma das garantias contratadas e
de acordo com as condições do contrato, o pagamento de indenização por

TEORIA GERAL DO SEGURO 117


UNIDADE 7

prejuízos, devidamente comprovados, diretamente decorrentes de perdas


e danos aos bens segurados, ocorridos no local segurado, em consequên-
cia de risco coberto.

Cobertura básica dos seguros compreensivos (residenciais e empresariais)

■■ Incêndio de qualquer natureza;


■■ Queda de raio dentro da área do terreno ou edifício segurado;
■■ Explosão de gás de uso doméstico dentro da área do terreno ou
edifício, desde que o gás não tenha sido gerado no local e/ou o
local segurado não faça parte de uma fábrica de gás.

RISCOS NOMEADOS E
RISCOS OPERACIONAIS

—— Seguros de Riscos Nomeados


Riscos Nomeados é um seguro feito sob medida (tailor made) para um deter-
minado local, com base na análise dos riscos, a partir da qual serão nomea-
dos os riscos considerados como possíveis de serem seguráveis. O segura-
do escolhe (nomeia) as coberturas que deseja segurar, com ampla liberdade,
a seguradora analisa caso a caso e submete à apreciação do ressegurador,
que estabelece as normas e condições para a aceitação do risco.

—— Seguro de Riscos Operacionais


O Seguro de Riscos Operacionais se caracteriza por sua cobertura do tipo
all risks, isto é, por uma cobertura que abrange todas as perdas ou danos
materiais causados aos bens segurados. Exceto os formalmente conside-
rados excluídos em suas condições.

Os seguros de riscos nomeados, assim como os de riscos operacionais,


exigem a avaliação individual de cada negócio e são formatados com base
nas necessidades de cada segurado em particular, ou seja, prevalece a
composição “sob medida”, sendo normalmente utilizados apenas para
coberturas de grandes riscos.

Por se tratarem de seguros do grupamento de compreensivos, a cobertura


básica desses seguros é:

TEORIA GERAL DO SEGURO 118


UNIDADE 7

■■ Incêndio de qualquer natureza;


■■ Queda de raio dentro da área do terreno ou edifício segurado;
■■ Explosão de gás dentro da área do terreno ou edifício, desde que
o gás não tenha sido gerado no local e/ou o local segurado não
faça parte de uma fábrica de gás.

SEGURO DE ROUBO
OBJETIVO: reembolsar o Segurado de prejuízos que este venha a sofrer,
em consequência de roubos e furto qualificado de bens citados na apólice.

Abrangência
■■ abrange apenas os atos praticados no recinto indicado na apólice
como local de seguro, e garante também danos materiais causa-
dos aos bens segurados, e/ou decorrência dos atos acima mencio-
nados, mesmo que por simples tentativa.
■■ nesse Seguro existe a cobertura “All Risks” para pessoas físicas des-
de que os bens segurados sejam de uso exclusivamente pessoal.

LUCROS CESSANTES
O Seguro de Lucros Cessantes é aquele que tem por finalidade garantir a
situação financeira da empresa segurada após um sinistro de Danos Mate-
riais que tenha perturbado, ou paralisado, o movimento normal de seus
negócios. Esse seguro tem por objeto a manutenção da operacionalidade
e lucratividade da empresa, sendo as perdas ocorridas identificadas atra-
vés da análise dos relatórios financeiros elaborados pela contabilidade.

Logo, é fundamental e obrigatório que a contabilidade esteja perfeitamen-


te organizada para comprovar as perdas oriundas do sinistro.

As perdas cobertas por esse seguro decorrem da não efetivação do lucro


líquido operacional que o segurado não obteve em virtude da paralisação
causada pelo sinistro, bem como as despesas fixas (aquelas que ele terá
que realizar mesmo sem ter receita para financiá-las).

TEORIA GERAL DO SEGURO 119


UNIDADE 7

RAMOS DIVERSOS
Existem várias modalidades de seguros agrupadas no Ramo de Riscos
Diversos.

Cada uma delas possui condições especiais, critérios específicos de taxa-


ção e determinado número de riscos cobertos.

A indenização, por parte da seguradora, é garantida em função da ocorrên-


cia de um dos riscos previstos nas respectivas apólices.

Atualmente, estão regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Ris-


cos Diversos

■■ terremoto ou tremores de terra e maremotos;


■■ derrame de água ou outra substância líquida de instalações de
chuveiros automáticos (sprinklers);
■■ valores em trânsito em mãos de portador ou dentro de estabeleci-
mentos ou transportados em carros-fortes;
■■ equipamentos: móveis (incluído o risco de translado e viagens de
entrega); cinematográficos; fotográficos e de televisão (exclusi-
vamente em estúdio e laboratórios ou em reportagens externas);
anúncios luminosos; em exposição (podendo incluir ou excluir o
risco de transporte); estacionários (cobertura limitada no local indi-
cado na apólice); em operações sobre água; instrumentos musi-
cais e equipamentos de som; arrendados ou cedidos a terceiros;
■■ inundação.

SEGUROS DE TRANSPORTES
A carteira de transportes abrange o conjunto de seguros relativos a bens
e mercadorias transportadas. Compreende, assim, todos os seguros que
visam cobrir os riscos relacionados às viagens nacionais, internacionais,
realizadas por quaisquer meios de transporte regular, e, também, os Segu-
ros de Responsabilidade Civil dos Transportadores de Carga.

Nesses ramos de seguro, existem diversas coberturas básicas, adicionais


e cláusulas específicas.

TEORIA GERAL DO SEGURO 120


UNIDADE 7

SEGUROS DE AERONÁUTICOS
Este Seguro oferece cobertura para riscos do transporte aéreo.

Abrange a AERONAVE E A RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRA TERCEIROS


e ACIDENTES PESSOAIS, de que resultem morte, invalidez ou tratamento
médico de passageiros e tripulantes. Garante também as indenizações por
prejuízos, reembolsos de despesas e responsabilidades legais a aeronave.

SEGURO DE
CASCOS MARÍTIMOS
(EMBARCAÇÕES)
Este Seguro cobre perdas e danos causados a embarcações, de carga ou
lazer, que atinjam o casco, máquinas e equipamentos, estando as embar-
cações em operação, construção ou em reparos.

As coberturas podem incluir:

■■ Perda total (por naufrágio ou outros motivos),


■■ Assistência e Salvamento,
■■ Avaria Grossa e Avaria Particular,
■■ Responsabilidade Civil por Albaroação,
■■ Desembolso, etc.

SEGUROS DE
RESPONSABILIDADE CIVIL
O seguro de responsabilidade civil geral garante ao segurado o reembol-
so das quantias pelas quais vier a ser responsável civilmente, relativas à
reparação por danos involuntários, corporais e/ou materiais causados a
terceiros e que decorram de riscos cobertos pela apólice.

TEORIA GERAL DO SEGURO 121


UNIDADE 7

SEGUROS DE CRÉDITO
O seguro de crédito é uma modalidade de seguro que tem por objetivo
ressarcir o segurado (credor), nas operações de crédito realizadas den-
tro do território nacional, das perdas líquidas definitivas causadas por
devedor insolvente.

Em outras palavras, o objetivo do seguro de crédito é garantir ao segurado


(credor) as perdas líquidas definitivas resultantes do não recebimento de
valores relativos às operações de crédito realizadas pelo credor aos seus
diversos clientes (devedores).

SEGURO DE GARANTIA
Seguro garantia é o seguro que garante o fiel cumprimento das obrigações
contraídas pelo tomador junto ao segurado em contratos privados e/ou
públicos, bem como em licitações, como definido pela legislação em vigor.

SEGURO DE
RISCOS DE ENGENHARIA
O Seguro de Riscos de Engenharia garante PROTEÇÃO CONTRA PERI-
GOS QUE AFETAM TODO TIPO DE OBRA CIVIL, com:

■■ Incêndio,
■■ Erro de execução,
■■ Sabotagens,
■■ Roubo e furto qualificado.
■■ Danos decorrentes de vendaval, queda de granizo,
■■ Entre outros, inclusive, prejuízos causados a terceiros.
Cobre, ainda, máquinas e equipamentos em fase de instalação e
montagem, além do maquinário em operação.

TEORIA GERAL DO SEGURO 122


UNIDADE 7

SEGURO RURAL
Protege o produtor contra PERDAS CAUSADAS POR FENÔMENOS ADVER-
SOS DA NATUREZA até o limite máximo de indenização contratado.

Além da atividade agrícola, o seguro rural abrange também:

■■ a atividade pecuária,
■■ o patrimônio do produtor rural,
■■ seus produtos,
■■ o crédito para comercializar a produção
■■ o risco de morte dos produtores.

SEGUROS DE PESSOAS

Exemplo Estes Seguros têm por objetivo garantir o pagamento de uma indenização
ao Segurado ou aos seus beneficiários quando ocorrer um evento coberto
Seguro de vida, Seguro especificado nas condições contratuais.
funeral, Seguro de acidentes
Eles podem ser contratados:
pessoais, Seguro educacional,
Seguro viagem, Seguro ■■ de forma individual.
prestamista, Seguro de ■■ de forma coletiva. Nesse caso, os Segurados aderem a uma apóli-
diária por internação
ce contratada pelo estipulante.
hospitalar, Seguro perda de
renda, Seguro de diária de
incapacidade temporária,
dentre outros.
HABITACIONAL
OBJETIVO: oferecer garantias adicionais às operações de FINANCIA-
MENTO PARA AQUISIÇÃO OU PARA A CONSTRUÇÃO DE IMÓVEL
RESIDENCIAL.

CONTRATAÇÃO: é OBRIGATÓRIA em financiamentos habitacionais.

COBERTURAS: contempla, no mínimo, coberturas que prevejam os riscos


de morte e invalidez permanente do mutuário (Segurado) e os riscos de
danos físicos no imóvel financiado. Além dessas, podem ser contrata-
das, de forma facultativa, outras coberturas.

TEORIA GERAL DO SEGURO 123


UNIDADE 7

PREVIDÊNCIA
COMPLEMENTAR ABERTA
A previdência complementar é FACULTATIVA e tem a finalidade de propor-
cionar ao indivíduo proteção adicional àquela fornecida pela previdência
social (INSS e instituições semelhantes).

A decisão de participar de um plano de previdência significa fazer uma


poupança mensal “forçada” durante o período de acumulação (data de
contratação até data escolhida para início do recebimento do benefício),
visando a juntar recursos para receber de uma única vez ou sob a forma
de renda mensal.

RISCOS ESPECIAIS

—— Seguro Riscos de Petróleo


Este Seguro cobre bens e responsabilidade civil relativo às atividades
ligadas às operações de PROSPECÇÃO, PERFURAÇÃO E PRODUÇÃO DE
PETRÓLEO E/OU GÁS NO MAR E NA TERRA.

—— Seguros Nucleares
São oferecidas coberturas de danos materiais e de responsabilidade civil
relacionados à energia nuclear.

—— Riscos Decorrentes da
Operação Nuclear
Eles são objeto de Seguro específico no Brasil e nos demais países do
mundo, inclusive com a pulverização dos referidos riscos através de pools
de empresas internacionais. No mercado mundial existem pools de Segu-
radoras especializadas em riscos nucleares que aceitam e repassam riscos
das usinas entre si.

TEORIA GERAL DO SEGURO 124


ANEXOS

ANEXOS

—— ANEXO 1– MODELO DE
PROPOSTA DE SEGURO DE
PESSOAS – VIDA INDIVIDUAL

TEORIA GERAL DO SEGURO 125


ANEXOS

—— ANEXO 2 – MODELO DE
APÓLICE DE SEGURO DE
PESSOAS – ACIDENTES PESSOAIS
ESCOLA NACIONAL de SEGUROS

Apólice no: Renovação no: Vigência:

Nome do Segurado: CPF/CNPJ:

Limite Máximo de Indenização: Taxa

Prêmio Tarifário: Prêmio Líquido: Custo de Apólice:

Adicional de Fracionamento: IOF: Prêmio Total:

Natureza do Seguro: (individual ou coletivo)

A) Características do Seguro

Item Relação de CPF Data Nasc. Ocupação Beneficiário


Segurados

B) Capitais Segurados

Item Morte Acidental R$ Invalidez Permanente Total ou Parcial por Acidente R$

C) Capitais Segurados/Prêmios

1. Morte Acidental R$

2. Invalidez Permanente Total ou Parcial por Acidente R$

Prêmio Líquido a Cobrar:

Processo SUSEP: CNP

Código do Corretor: Nome do Corretor:

______________________
Data Assinatura Seguradora

TEORIA GERAL DO SEGURO 126


ANEXOS

—— ANEXO 3 – MODELO DE
PROPOSTA DE SEGURO DE DANOS
ORIGEM N. PROPOSTA COMPANHIA

PROPOSTA DE SEGURO
00 - 0000000
EMISSAO: TIPO DE SEGURO:
05/12/2018 RENOVACAO
VIGÊNCIA DAS 24H DO DIA TARIFA:
15/12/2018 DEZEMBRO/2018
ATÉ AS 24H DO DIA IMPRESSAO:
15/12/2019 05/12/2018 - 11:30:59
C.N.P.J. 00.000.000/0001-00 SUSEP N.: 15414.002287/2005-31, 15414.004431/2006-54, 15414.004453/2006-14

DADOS GERAIS

PROPONENTE TIPO DE PESSOA CNPJ


xxx RESTAURANTE XXXX JURÍDICA /
00000000 0001-01
ENVIAR CÓPIA DA APÓLICE PARA O E-MAIL DO CORRETOR ? ENVIAR APÓLICE FÍSICA PARA
SIM ENDEREÇO DE COBRANÇA
TELEFONE E-MAIL DO SEGURADO
(11)0000-0000 xxxxxxx @xxxxxxx.com.br
TIPO DE EMPRESA
EMPRESA PRIVADA
TELEFONE RESIDENCIAL TELEFONE CELULAR TELEFONE COMERCIAL
(11)0000-0000 (11)0000-0000 (11)0000-0000
PATRIMÔNIO LÍQUIDO RECEITA OPERACIONAL BRUTA CONTROLADORES
NÃO DESEJO ANUAL NÃO DESEJO INFORMAR OS ADMINISTRADORES, CONTROLADORES E
INFORMAR NÃO DESEJO INFORMAR PROCURADORES
TELEFONE PARA FUTUROS CONTATOS DE INSPEÇÃO

TELEFONE RAMAL CONTATO


(11)0000-0000 xxxxxxx
ENDEREÇO EMPRESARIAL

CEP CIDADE ESTADO ENDEREÇO


-
00000 000 SAO PAULO SP R. NATINGUI
NÚMERO COMPLEMENTO BAIRRO
123 VILA MADALENA
ENDEREÇO COBRANÇA

CEP CIDADE ESTADO ENDEREÇO


00000-000 SAO PAULO SP R. NATINGUI
NÚMERO COMPLEMENTO BAIRRO
123 VILA MADALENA
INFORMAÇÕES CADASTRAIS DO CORRETOR

SUSEP NOME DA CORRETORA TELEFONE % PART.


123Nxx CORRETORA DE SEGUROS LTDA ( 100,00
E-MAIL CÓD. DE OPERAÇÃO
33
LOCAL DE RISCO 1

CEP CIDADE ESTADO ENDEREÇO


SAO ROQUE SP ROD. CASTELO BRANCO CATARINA FASHION OUTLET
NÚMERO COMPLEMENTO BAIRRO
SEM NÚMERO LJ L10A DONA CATARINA
ATIVIDADE ECONÔMICA
998 - RESTAURANTE
COBERTURAS

DESCRIÇÃO L.M.I. PRÊMIO LÍQUIDO P.O.S.

INCÊNDIO 600.000,00 584,48 10% das indenizações


DANOS ELÉTRICOS 10.000,00 165,70 10% das indenizações, com mínimo de R$ 900,00.
DANOS MORAIS 13.000,00 27,84 10% das indenizações com mínimo de R$ 500,00.
DERRAME SPRINKLERS 10.000,00 6,93
SUBTRAÇÃO DE BENS 10.000,00 207,78 10% das indenizações
PERDA DE ALUGUEL 30.000,00 42,53
RESPONSABILIDADE CIVIL 130.000,00 197,83 10% das indenizações, com mínimo de R$ 500,00.

CORRETORA DE SEGUROS LTDA - EMPRESA PÁGINA 1 de 4

TEORIA GERAL DO SEGURO 127


ANEXOS

Indenizações relativas a 5 dias de paralisação da atividade do


DESPESAS FIXAS 120.000,00 103,34
estabelecimento segurado.
COBERTURA DE DESPESAS FIXAS DECORRENTES DE:

Incêndio(X) Danos Elétricos() Vendaval() Tumultos()


QUESTIONÁRIO OBRIGATÓRIO

Importante: Declarações falsas, inexatas ou omissas implicarão na perda de indenização e cancelamento da apólice, conforme itens 23 e 25
das Condições Gerais.

Qual a Especialidade do Restaurante?


Italiano/Cantina/Pizzarias/Mexicano
QUESTÕES RESPOSTAS

HOUVE SINISTRO NO LOCAL NOS ÚLTIMOS 12 MESES ? NÃO


O LOCAL DE RISCO POSSUI ISOPAINEL EM SUA CONSTRUÇÃO ? NÃO
CLASSE DE EXPERIÊNCIA BÔNUS 2
POSSUI SEGUROS VIGENTES PARA O MESMO LOCAL DE RISCO ? NÃO
O IMÓVEL POSSUI UM PROGRAMA CONTÍNUO DE REUSO, REAPROVEITAMENTO OU USO EFICIENTE DE ÁGUA ? NÃO
CLÁUSULAS DE SERVIÇOS

Plano Prata - Rede Referenciada


Encanador(E) Reparos em Porta de Aço Ondulada(E)
Eletricista(E) Vigia(E)
Desentupimento(E) Reparos em Bebedouro(E)
Substituição de Telhas e cumeeiras(E) Chaveiro Comum(E)
Reparos ar condicionado(E)
Plano Compacto - Gratuito Livre Escolha
Guarda da Residência(S) Cobertura Provisória de Telhados(S)
Limpeza(S) Cob.prov.Portas,Janelas,Divisas e Vitrine(S)

Legenda: (E) = reparos emergenciais (S) = serviço em caso de sinistro


DESCONTOS

DESCONTO EM SHOPPING/HIPERMERCADO/AEROPORTO - CONSORCIO CONDOMINIO CATARINA FASHION OUTLET


DESCONTO POR AGRUPAMENTO DE COBERTURAS
CLÁUSULAS PARTICULARES

Sub. Bens Clientes nas Dep. do Segurado


A cobertura de Subtracao de Bens prevista nas Condicoes Geraisfica estendida aos clientes que estiverem no estabelecimento segurado e
forem vítimas da subtracao mediante ameaça direta o u emprego de violencia, exclusivamente dos seguintes bens: joias, relogios, aliancas,
bijuterias, canetas, oc ulos, bolsas, carteiras, equipamentos eletronicos (celulares, smartphones, notebooks, tablets, cameras digita is), vestuario,
pertencentes aos clientes que estiverem dentro do local de risco. A indenizacao será de acordo com o item Apuracao dos prejuizos previsto
nas Condicoes Gerais. Em caso de sinis tro a comprovacao devera ocorrer por meio de registro da ocorrencia (B.O) e os clientes deverao
comprovar os b ens atraves de nota fiscal e/ou outros documentos comprobatorios. Exclusoes: Nao havera cobertura para furto simples, furto
qualificado, desaparecimento, estelionato, apropriaç ao indebita e extravio, Limite Maximo de Indenizacao: A indenização será de até 30% do
valor contratado na cobertura de Subtração de Bens, limitado a R$ 40.000,00 quando o Segurado possuir sistema de gravação de imagens
(CFTV) com monitoramento e sistema de vigilância durante o horário de expediente, nos casos em que não houver sistema de CFTV a
indenização garantida será de até 30% do valor contratado na cobertura de Subtração de Bens, limitado a R$ 10.000,00. POS (Participacao
Obrigatoria do Segurado): 10% das indenizacoes com minimo de R$ 1.000,00.

CORRETORA DE SEGUROS LTDA - EMPRESA PÁGINA 2 de 4

TEORIA GERAL DO SEGURO 128


ANEXOS

IA - Construções Isopainel Incêndio


Fica entendido e acordado que conforme descrito no item Empresas Abrangidas pelo Seguro das condições gerais, caso seja constatado que
no local de risco possua construção em Isopainel ou 'painel sanduíche' constituído por chapas metálicas unidas por um material isolante,
será cobrado prêmio adicional e participação obrigatória, considerando o Limite Máximo de Indenização contratado para a cobertura de
Incêndio, Explosão e Fumaça, conforme segue: 10% das indenizações com mínimo de R$ 25.000,00. Ratificam-se os demais dizeres das
Condições Gerais que não tenham sido alteradas pela presente cláusula.
DEMONSTRATIVO DE PRÊMIO DO LOCAL

PRÊMIO LÍQUIDO COBERTURAS PRÊMIO LÍQUIDO CLÁUSULAS PRÊMIO LÍQUIDO TOTAL CUSTO DE APÓLICE I.O.F. PRÊMIO TOTAL
1.336,43 270,05 1.606,48 0,00 118,56 1.725,04
AVISOS

Além das garantias de Incêndio, Raio (danos físicos), Explosão e Fumaça, a cobertura básica também ampara despesas decorrentes de
medidas tomadas para redução dos prejuízos e desentulho, em caso de sinistro coberto.
Atividades inspecionáveis ( conforme Manual ) estão sujeitas a inspeção para Análise de Aceitação.
A Participação Obrigatória do Segurado (POS) será deduzida da indenização de cada sinistro, em moeda corrente de acordo com o valor
estabelecido na especificação deste documento.
Para pagamento a vista em parcela única, haverá desconto de 5% sobre o prêmio final.
DEMONSTRATIVO DE PRÊMIO

PRÊMIO LÍQUIDO TOTAL CUSTO DE APÓLICE I.O.F. PRÊMIO TOTAL


1.606,48 0,00 118,55 1.725,04
INFORMAÇÃO DE COBRANÇA

FORMA DE PAGAMENTO PAGAMENTO DA PRIMEIRA PARCELA EM


81 - 4 x Carne - 1ª a Vista boleto BOLETO
VALOR DAS PARCELAS

1º PARCELA DEMAIS PARCELAS(R$) JUROS I.O.F. ENCARGOS


431,26 431,26 0,00 118,56 0,00
OBSERVAÇÕES

A aceitação do seguro estará sujeita à análise do risco. O registro deste plano na SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo
ou recomendação a sua comercialização. O segurado poderá consultar a situação cadastral de seu corretor de seguros, no site
www.susep.gov.br, por meio do número de seu registro na SUSEP, nome completo, CNPJ ou CPF.
Este orçamento tem validade de 30 (trinta) dias corridos a contar do final de vigência da apólice atual.
As condições contratuais/regulamento deste produto protocolizadas pela sociedade/entidade junto à Susep poderão ser consultadas no
endereço eletrônico www.susep.gov.br, de acordo com o número de processo constante da apólice/proposta.
DECLARAÇÕES DO PROPONENTE

Declaro que as informações foram prestadas com exatidão, boa fé e veracidade e assumo integral responsabilidade pelas mesmas, inclusive
às não descritas de próprio punho. Tomei conhecimento prévio das Condições Gerais correspondentes a esta proposta e declaro ainda que
o imóvel objeto dessa proposta não se encontra em construção, demolição, reconstrução ou reforma. Estou ciente e de acordo de que o
enquadramento da ocupação da empresa em um código de atividade ou o tipo de construção do imóvel em desacordo com as regras
constantes nas Condições Gerais resultará na perda de indenização em caso de sinistro.
CÁLCULO DE RATEIO : Estou ciente e de acordo que somente nos casos em que o Valor em Risco Declarado (VRD) for inferior a 80%
(oitenta por cento) do Valor em Risco Apurado (VRA) no momento do sinistro, o segurado participará proporcionalmente dos prejuízos
correspondentes a esta diferença, conforme determina as Condições Gerais. Para locais com valor contratado para a cobertura de Incêndio
(LMI) inferior a R$2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será solicitado o VRD, nestes casos o cálculo de rateio será feito utilizando
o LMI contratado.Quando na ocasião do sinistro o valor em risco apurado (VRA) for inferior a R$2.000.000,00 (dois milhões de reais) a
contratação será a Primeiro Risco Absoluto. Estou ciente e de acordo que se o Valor em Risco Apurado for superior a R$2.000.000,00
(dois milhões de reais) e o Limite Máximo de Indenização contratado for inferior a 80% do Valor em Risco Apurado no momento do
sinistro será aplicada a cláusula de Rateio, a qual determina que o segurado deverá assumir parte proporcional dos prejuízos correspondentes
e esta diferença, conforme determina as Condições Gerais.
Tenho conhecimento e estou de acordo que a Seguradora tem o prazo de 15 dias contados do protocolo da Proposta de Seguro com o
respectivo pagamento do prêmio da 1º parcela do prêmio, para se manifestar sobre a concretização ou não do seguro. No caso de não
aceitação da Proposta de Seguro o eventual pagamento de prêmio efetuado será devolvido devidamente corrigido pelo IPCA/IBGE
proporcional aos dias decorridos.
Declaro estar ciente e expressamente autorizo a inclusão de todos os dados e informações relacionadas ao presente seguro, assim como
de todos os eventuais sinistros e ocorrências referentes ao mesmo, em banco de dados, ao quais a seguradora poderá recorrer para
analise de riscos atuais e futuros e na liquidação de sinistros.

CORRETORA DE SEGUROS LTDA - EMPRESA PÁGINA 3 de 4

TEORIA GERAL DO SEGURO 129


ANEXOS

Conforme estabelece o artigo 10, 11 "e" da Circular Susep 445/2012, o proponente pessoa jurídica deve informar a seguradora os nomes
dos controladores até o nível de pessoa física, dos principais administradores e procuradores, garanto a veracidade e completude dos dados
fornecidos, nos termos do artigo 766 do Código Civil.
-
-
-
-
-
____________________________ ____________________________ ____________________________
LOCAL E DATA ASSINATURA DO PROPONENTE ASSINATURA DO CORRETOR

SAC: (informações, reclamações e cancelamento) - (atendimento exclusivo para pessoas com deficiência auditiva) - Solicitações de
serviços/sinistro: (Gde. São Paulo) - (Demais Localidades) Ouvidoria:

CORRETORA DE SEGUROS LTDA - EMPRESA PÁGINA 4 de 4

TEORIA GERAL DO SEGURO 130


ANEXOS

—— ANEXO 4 – MODELO DE
APOLICE DE SEGURO DE DANOS
Cia de Seguros Gerais
Avenida ,Campos São Paulo CEP
CNPJ Regulamentada pelo Decreto Lei 20.138 de 06/12/1945 Central 24 Horas
de Atendimento, nos telefones SAC: 0800 000 0000 APÓLICE DO RAMO
(informação, reclamação e cancelamento) 0800 727 8736 (atendimento exclusivo
para deficientes auditivos) Solicitação de serviços/sinistro: 3366-3110 (Gde. São
Paulo) 0800 727 8118 (Demais Localidades) Ouvidoria 0800 727 1184
COMPREENSIVO EMPRESARIAL
Código de registro junto à SUSEP 05886
RENOVA APÓLICE Nº APÓLICE Nº PROPOSTA Nº RAMO FOLHA
0000.00.00.000-0 000.00.00.0000-00 xxxxxxx xxx/xxx/xxx 1 de 2
Vigência do seguro: a partir das 24 horas do dia 15/12/2017 até as 24 horas do dia 15/12/2018 As coberturas desta apólice
foram contratadas com as condições vigentes em: 15/11/2017 Processo SUSEP Nº 15414.002287/2005-31, 15414.004453/2006-14,
15414.900596/2013-88
DADOS DO SEGURADO
NOME
xxxx xxxxxxx xxxx
RG / RNE / DOCUMENTO DE CLASSE DATA EXPEDIÇÃO ORGÃO EXPEDIDOR/UF CPF/CNPJ
. . / -
00 000 000 00001 00
ENDEREÇO BAIRRO
R xxxxx VILA MADALENA
CIDADE ESTADO CEP
SAO PAULO SP 00000-000
DADOS DO DESTINATÁRIO
xxxx xxxxxx xxxxx
R NATINGUI, 123 24EMP
SAO PAULO - SP 02030370945102
00000-000

C Carnê
123Nxx CORRETORA DE SEGUROS LTDA

DADOS DO CORRETOR
CORRETOR LÍDER: CORRETORA DE SEGUROS LTDA 100% TELEFONE: 011 xxxxxx
SUSEP : 123Nxx SUSEP OFICIAL: xxxxxxx
UNIDADE OPERACIONAL: RAMOS ELEMENTARES
E-MAIL: xxxxxx@MAIL.COM
DADOS DO SEGURO
LOCAL DO RISCO: xxxxx, S/N - xxxx- SP - CEP : -
00000 000

OUTROS SEGUROS: NÃO


RAMO DE ATIVIDADE: 998 - RESTAURANTE
CLASSE DE EXPERIÊNCIA: 1
COBERTURAS CONTRATADAS E LIMITES MÁXIMOS DE GARANTIA(VALORES EM REAIS)
COBERTURAS LIMITE MÁXIMO DE INDENIZAÇÃO PRÊMIO LÍQUIDO
INCENDIO, EXPLOSAO E FUMACA 600.000,00 1.115,90
DANOS ELETRICOS 7.000,00 271,07
DESPESAS FIXAS 120.000,00 198,61
PERDA DE ALUGUEL 30.000,00 81,74
SUBTRACAO DE BENS 7.000,00 360,72
RESPONSABILIDADE CIVIL 130.000,00 380,22
DERRAME VAZAMENTO DE SPRINKLERS 6.000,00 8,69
DESCONTOS OU AGRAVAMENTOS
DESCONTO POR AGRUPAMENTO
DESCONTO TECNICO
SHOPPING/HIPERMERCADO/AEROPORT
SEGURO COM DESCONTO MÁXIMO
PARTICIPAÇÃO OBRIGATÓRIA DO SEGURADO
Será deduzido da indenização, a título de participação do segurado em cada sinistro, a quantia equivalente a:
INCENDIO, EXPLOSAO E FUMACA
10% das indenizações
DANOS ELETRICOS
10% das indenizações, com mínimo de R$ 900.00.

xxx xxxx xxxx xxxx xxxx RAMOS ELEMENTARES 21/12/2017 via do Segurado AP1xxxxxx Página: 1

TEORIA GERAL DO SEGURO 131


ANEXOS

DESPESAS FIXAS
Indenizações relativas a 5 dias de paralisação da atividade do estabelecimento segurado.
PERDA DE ALUGUEL
Não há
SUBTRACAO DE BENS
10% das indenizações
RESPONSABILIDADE CIVIL
10% das indenizações, com mínimo de R$ 500.00.
DERRAME VAZAMENTO DE SPRINKLERS
Não há
PREÇO DO SEGURO (VALORES EM REAIS) FORMA DE PAGAMENTO
VALOR DA PARCELA VENCIMENTO TIPO DE PAGAMENTO
Prêmio Tarifário 2.416,94 1 424,90 18/12/2017 RECEBIMENTO - CHEQUE
Desconto 1.078,15 2 424,91 20/01/2018 RECEBIMENTO-BOLETO
Serviços Emergenciais 244,01 3 424,91 20/02/2018 RECEBIMENTO-BOLETO
Prêmio Líquido 1.582,80 4 424,91 20/03/2018 RECEBIMENTO-BOLETO
Adicional de Fracionamento 0,00
Custo de Emissão 0,00
IOF 116,81
Preço Total do Seguro 1.699,62
Taxa de Juros ao mês % 0,00
Taxa de Reativação 0,00
Havendo inadimplência o pagamento só poderá ser efetuado na seguradora acrescido de uma taxa de 0,30% ao dia.
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DO RISCO
IMPORTANTE: Declarações falsas, inexatas ou omissas implicarão na perda de indenização e cancelamento da apólice, conforme
itens 17 e 19 das Condições Gerais.
Houve sinistro no local nos ultimos 12 meses : NAO

O risco possui Isopainel em sua construções : Não

Possui seguros vigentes para o mesmo local de risco : Não

Além da cobertura de Despesas Fixas decorrentes de Incêndio, deseja contratar para: :


Somente incêndio
O imóvel possui um programa contínuo de reuso , reaproveitamento ou uso eficiente de água : Não

Qual a especialidade do Restaurante : Self Service


SERVIÇOS DISPONÍVEIS PARA O LOCAL DE RISCO

PLANO PRATA - REDE REFERENCIADA Limite Máximo de Indenização R$ 1000.00


Reparos Hidráulicos(E) Reparos Elétricos(E)
Desentupimento(E) Substituição de Telhas e cumeeiras(E)
Reparos ar condicionado(E) Reparos em Porta de Aço Ondulada(E)
Vigia(E) Reparos em Bebedouro(E)
Chaveiro Comum(E)
PLANO COMPACTO - GRATUITO LIVRE ESCOLHA Quantidade de utilizações: 2 por serviço
Segurança e Vigilância(S) Limpeza(S)
Cobertura Provisória de Telhados(S) Cob.prov.Portas,Janelas,Divisas e Vitrine(S)
CLÁUSULA DE ADMISSÃO POR TRANSMISSÃO ELETRÔNICA
TRANSMISSÃO ELETRÔNICA EM 12/12/2017 às 14:33
A presente apólice foi emitida eletronicamente conforme solicitação feita em nome do Segurado pelo Corretor de seguros acima
mencionado.
- os valores das coberturas, franquias, prêmios e demais condições, foram estabelecidos na transmissão eletrônica de
dados, cuja data e hora estão registradas em campo próprio desta apólice.
- os dados e informações fornecidos são de inteira responsabilidade do Proponente e do Corretor, seu representante legal
neste contrato de seguro.
xxxxx xxxxx xxxx xx xxxx RAMOS ELEMENTARES 21/12/2017 via do Segurado AP1xxxx Página: 2

TEORIA GERAL DO SEGURO 132


ANEXOS

Cia de Seguros Gerais


Avenida ,Campos São Paulo CEP
CNPJ Regulamentada pelo Decreto Lei 20.138 de 06/12/1945 Central 24 Horas
de Atendimento, nos telefones SAC: 0800 000 0000
(informação, reclamação e cancelamento) 0800 727 8736 (atendimento exclusivo
APÓLICE DO RAMO
para deficientes auditivos) Solicitação de serviços/sinistro: 3366-3110 (Gde. São
Paulo) 0800 727 8118 (Demais Localidades) Ouvidoria 0800 727 1184 COMPREENSIVO EMPRESARIAL
Código de registro junto à SUSEP 05886

RENOVA APÓLICE Nº APÓLICE Nº PROPOSTA Nº RAMO FOLHA


0000.00.00.000-0 000.00.00.0000-00 xxxxxxxxx xxxxxxxx 2 de 2
CLÁUSULA DE ADMISSÃO POR TRANSMISSÃO ELETRÔNICA
- É permitido ao segurado, caso não concorde com as condições da proposta do seguro e/ou da apólice e queira desistir do
contrato, solicitar o cancelamento dentro de 07(sete) dias corridos a contar do início da vigência do seguro, desde que nenhum
serviço ou garantia contratada tenham sido utilizadas. Terá ainda o direito à devolução de eventual parcela já paga, acrescido
da atualização monetária pelo IPCA.
CLÁUSULAS PARTICULARES
Plano Prata - Rede Referenciada
O Seguro Empresa oferece serviços de mão de obra para reparos emergenciais. A disponibilidade varia de região para região.
Os reparos disponíveis são somente os descritos nesta apólice, conforme campo "serviços disponíveis para o local de risco".
O limite de utilização é de R$1.000,00 durante a vigência do seguro. Esta apólice garante apenas a mão de obra
necessária para os reparos. Demais des pesas são de responsabilidade do segurado.
(E) = reparos emergenciais
Para maiores informações, consulte as condições gerais do produto disponível também no site
IA - Construções Isopainel Incêndio
Fica entendido e acordado que conforme descrito no item Empresas abrangidas pelo seguro das condições gerais, caso seja
constatado que no local de risco possua construção em Isopainel ou"painel sanduiche" constituido por chapas metálicas unidas
por um material isolante, será cobrado prêmio adicional e participação obrigatória, considerando o limite Máximo de
Indenização contratado para a cobertura de Incêndio, Explosão e Fumaça, conforme segue: 10% das indenizações com
mínimo de R$ 25.000.00.
Ratificam-se os demais dizeres das Condições Gerais que não tenham sido alteradas pela presente cláusula.
IA - Construções Isopainel Incêndio
Fica entendido e acordado que conforme descrito no item Empresas Abrangidas pelo Seguro das condições gerais, caso seja
constatado que no local de risco possua construção em Isopainel ou "painel sanduíche" constituído por chapas metálicas
unidas por um material isolante, será cobrado prêmio adicional e participação obrigatória, considerando o Limite
Máximo de Indenização contratado para a cobertura de Incêndio, Explosão e Fumaça, conforme segue: 10% das indenizações
com mínimo de R$ 25.000,00.
Ratificam-se os demais dizeres das Condições Gerais que não tenham sido alteradas pela presente cláusula.
Plano Compacto - Gratuito Livre Escolha
O Seguro Empresa oferece serviços gratuitos de mão de obra para serviços de reparos em caso de sinistro.
A disponibilidade varia de região para região. Os reparos disponíveis são somente os descritos nesta apólice, conforme campo
"serviços disponíveis para o local de risco".O limite de utilização é de 2 atendimentos,por serviço, durante a vigência do
seguro.
Os reparos em caso de sinistro, só poderão ser acionados na ocorrência de evento coberto e amparado por esta apólice,
podendo ser liberado pela seguradora a contratação de serviço particular na indisponibilidade de mão de obra da rede
referenciada. Quando contratada mão de obra particular, deverá ser respeitado o valor máximo para reembolso conforme
descrito nas condições gerais do produto disponível também no site http://www.portoseguro.com.br.
Esta apólice garante apenas a mão de obra necessária para os reparo s. Demais despesas são de
responsabilidade do segurado.
(S) = reparos em caso de sinistro
Para maiores informações, consulte as condições gerais do produto disponível também no site xxxx@xxxx.com.br
CLAUSULA PARTICULAR DE RATEIO
Estou ciente e de acordo que somente nos casos em que o Limite Máximo de Indenização da cobertura Básica ou do
Valor em Risco Declarado for inferior a 80% (oitenta por cento) do Valor em Risco Apurado, no momento do sinistro, o
segurado participará proporcionalmente dos prejuízos correspondentes a esta diferença, conforme determina as Condições
Gerais.
VERSÃO CONDIÇÕES GERAIS
CONDIÇÕES GERAIS EMPRESA

xxxx xxxxxx xxxxxx xxxxx RAMOS ELEMENTARES 21/12/2017 via do Segurado AP1xxxxxx Página: 3

TEORIA GERAL DO SEGURO 133


ANEXOS

SUSEP - Superintendência de Seguros Privados - Autarquia Federal responsável pela fiscalização, normatização e controle dos
mercados de seguro, previdência complementar aberta, capitalização, resseguro e corretagem de seguros.
Número de telefone gratuito de atendimento ao público da Susep: 0800 021 8484.
AS CONDIÇÕES CONTRATUAIS/REGULAMENTO DESTE PRODUTO PROTOCOLIZADAS PELA SOCIEDADE/ENTIDADE JUNTO À
SUSEP PODERÃO SER CONSULTADAS NO ENDEREÇO ELETRÔNICO WWW.SUSEP.GOV.BR, DE ACORDO COM O NÚMERO
DE PROCESSO CONSTANTE DA APÓLICE/PROPOSTA.
O registro deste plano na SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo ou recomendação a sua comercialização.
PARA VALIDADE DO PRESENTE CONTRATO, A SEGURADORA, REPRESENTADA POR SEU DIRETOR PRESIDENTE, ASSINA
ESTA APÓLICE.

SAO PAULO - PENHA 21 DE DEZEMBRO DE 2017


Local e Data CIA DE SEGUROS GERAIS
SAC: xxxx xxx xxxx (informações, reclamações e cancelamento) - xxxx xxx xxxx (atendimento exclusivo para pessoas com
deficiência auditiva) Solicitação de serviços /sinistro: xxxx xxxx (Grande São Paulo) - xxxx xxxx xxx (Demais localidades)
Ouvidoria: xxx xxxx xxxx
Site: www.seguro.com.br

xxxx xxxx xxxx xxxx RAMOS ELEMENTARES 21/12/2017 via do Segurado AP1xxxxxxxx Página: 4

TEORIA GERAL DO SEGURO 134


TEORIA GERAL DO SEGURO
APÓLICE Nº 001/04 ESCOLA NACIONAL de SEGUROS

CNPJ 99.999.999/0001-99

VIDA INDIVIDUAL

Nº CERTIFICADO NOME INICIO DE VIGÊNCIA

ENDEREÇO

EM CASO DE ROUBO OU ACIDENTE FAVOR COMUNICAR NO ENDEREÇO ACIMA

MORTE NATURAL (R$) INV. PERMAN. TOTAL P/DOENÇA (R$) MORTE ACIDENTAL (R$) INV. PERMAN. TOT/PARC.ACIDENTE (R$)

CORRETOR CODIGO FONE

UNIDADE PRODUTIVO FONE CERTIFICADO EMITIDO EM


—— ANEXO 5 – MODELO DE
CERTIFICADO DE SEGURO

Presidente Diretor de Seguros

135
ANEXOS
ANEXOS

—— ANEXO 6 – MODELO DE
APÓLICE DE SEGURO DE
AUTOMÓVEL

ESCOLA NACIONAL de SEGUROS

CNPJ 99.999.999/0001-99

, daqui em diante designada Seguradora, baseando-se nas informações constantes da proposta que lhe foi apresentada
pelo proponente, daqui em diante designado Segurado, proposta essa que, serviu de base para emissão da presente apólice, obriga-se a indenizar,
nos termos e sob as Condições Gerais, Coberturas Básicas, Coberturas Especiais, Coberturas Adicionais, Cláusulas Especiais e/ou Particulares
ratificadas nesta apólice.

DADOS DO SEGURO
Sucursal: Ramo: Vigência:

Apólice/Endosso: Código de Identificação: Proposta No: Renovação Apólice Contrato No:


No:
DADOS DO SEGURADO
Nome: CNPJ/CPF: Código do Telefone: Fax:
Segurado No:

Endereço: Bairro: Cidade: CEP:

ENDEREÇO DE COBRANÇA
Endereço: Bairro: Cidade: CEP:

CORRETOR
Código: Nome: Telefone: Fax:

DADOS DO VEÍCULO
Marca/Tipo: Ano/Modelo: Placa: Chassi: Categoria Tarifária:

Lotação: Cobertura Básica: Região Habitual de Tráfego: Bônus Auto (Classe): Bônus RCF (Classe):

TEORIA GERAL DO SEGURO 136


ANEXOS

FRANQUIA Limite Máximo de Indenização em Reais


Auto – Tipo: Auto – Valor R$: RCF – R$: Cód. Veíc. Tabela Casco V.M.
Referenciado

Auto
Equipamentos – R$: Blindagem – R$: Tabela Fator de Ajuste Divulgação

Carroceria – R$: Vidros – R$: Danos Materiais R$


RCF
Uso do Veículo Danos Pessoais R$

Danos Morais R$

Acessórios Rádio/Toca-fita/Demais R$
Demais Acessórios R$

Equipamentos Carroceria de R$
Caminhão Demais
Equipamentos R$

Blindagem R$

Morte R$
OPCIONAIS APP – Limite Número de
PRINCIPAIS por Passageiro Passageiros
Invalidez R$
Dias Parados Dias Diária R$ R$
Adicional de Despesas
CLÁUSULAS
DMH do Segurado
Pós-vida

DADOS COMPLEMENTARES
“Declara-se para os devidos fins e efeitos que os dados abaixo, referentes ao motorista principal, informados pela proponente quando da contratação do seguro, fazem
parte integrante da presente apólice.”

Motorista principal: Reside com pessoa entre 18 e 25 anos que dirija o veículo?
Data de nascimento do motorista
principal: CPF: Telefone: Mantém o veículo guardando em garagem fechada quando não em trânsito durante a
Sexo: noite? Qual a quantidade de veículos existentes na residência do segurado?
Data de habilitação do motorista
principal? CEP da residência do
motorista principal?
“A Seguradora reserva-se o direito de verificar os dados referentes ao motorista principal, que serviram de base para a determinação do prêmio tarifário, a qualquer
tempo. C aso o Segurado s e recuse a c onfirmar a s informações ou s ejam e ncontradas i rregularidades, a S eguradora excluirá, através de e ndosso, o desconto
concedido, cobrando o prêmio correspondente, ficando sem cobertura do seguro qualquer sinistro ocorrido antes do pagamento do referido endosso.

CUSTO DO SEGURO – Expresso em


Reais
Auto Subtotal Vidros IOF
RCF Emergência 24 Valor Líquido Adicional
APP h Carro Reserva Custo de Fracionamento Valor
Apólice Total
Forma de Pagamento:

Para validade do presente contrato, o representante da Seguradora assina esta apólice.


Seguradora

TEORIA GERAL DO SEGURO 137


ANEXOS

—— ANEXO 7 – CODIFICAÇÃO
DOS RAMOS DE SEGUROS
Circular SUSEP 455, de 6 de dezembro de 2012.

Altera a Circular Susep 395, de 3 de dezembro de 2009,


e dispõe sobre a classificação de coberturas contidas em
planos de microsseguro para fins de contabilização.

TABELA DE RAMOS E GRUPOS

NOME DO IDENTIFICADOR
GRUPO NOME DO RAMO OBSERVAÇÃO
GRUPO DO RAMO

Ramo novo. Operações anterior-


mente informadas no Ramo Ris-
cos Diversos (0171). Engloba as
Assistência – Bens operações de seguro de garantia
01 Patrimonial 12
em Geral estendida/ complementação de
garantia e de seguros similares
aos Serviços de Assistência.

Compreensivo Inalterado.
01 Patrimonial 14
Residencial

01 Patrimonial 15 Roubo Inalterado.

Compreensivo Inalterado.
01 Patrimonial 16
Condomínio

Compreensivo Inalterado.
01 Patrimonial 18
Empresarial

01 Patrimonial 41 Lucros Cessantes Inalterado.

01 Patrimonial 67 Riscos de Engenharia Inalterado.

Inclui os antigos Ramos Tumul-


01 Patrimonial 71 Riscos Diversos
tos, Fidelidade e Vidros.

01 Patrimonial 73 Global de Bancos Inalterado.

Garantia Estendida/ Inalterado.


01 Patrimonial 95 Extensão de Garantia –
Bens em Geral

Riscos Nomeados Inalterado.


01 Patrimonial 96
e Operacionais

02 Riscos Especiais 34 Riscos de Petróleo Inalterado.

02 Riscos Especiais 72 Riscos Nucleares Inalterado.

TEORIA GERAL DO SEGURO 138


ANEXOS

NOME DO IDENTIFICADOR
GRUPO NOME DO RAMO OBSERVAÇÃO
GRUPO DO RAMO

02 Riscos Especiais 74 Satélites Inalterado.

R.C. de Administradores Inalterado.


03 Responsabilidades 10
e Diretores – D&O

Ramo Novo. Operações ante-


03 Responsabilidades 13 R.C. Riscos Ambientais riormente informadas no Ramo
R.C. Geral (0351).

03 Responsabilidades 51 R.C. Geral Inalterado.

03 Responsabilidades 78 R.C. Profissional Inalterado.

Acidentes Pessoais de Inalterado.


05 Automóvel 20
Passageiros – APP

Garantia Estendida/ Inalterado.


05 Automóvel 24 Extensão de Garantia –
Auto

05 Automóvel 25 Carta Verde Inalterado.

Seguro Popular de Auto- Inalterado.


05 Automóvel 26
móvel Usado

05 Automóvel 31 Automóvel – Casco Inalterado.

Ramo novo. Operações anterior-


mente informadas no Ramo Ris-
cos Diversos (0171). Engloba as
operações de seguro de garan-
Assistência e Outras tia estendida/ complementação
05 Automóvel 42
Coberturas – Auto de garantia, os seguros similares
aos Serviços de Assistência e
outras coberturas que estejam
diretamente relacionadas ao
veículo segurado.

Não deve ser incluído neste


Responsabilidade Civil
Ramo o RCF – ônibus (0628),
05 Automóvel 53 Facultativa Veículos –
embarcações (1428) e aerona-
RCFV
ves (1528).

Inalterado. Inclui todas as cate-


gorias – Cats. 3 e 4, incluídas
05 Automóvel 88 DPVAT
somente a partir de janeiro de
2005.

06 Transportes 21 Transporte Nacional Inalterado.

06 Transportes 22 Transporte Internacional Inalterado.

TEORIA GERAL DO SEGURO 139


ANEXOS

NOME DO IDENTIFICADOR
GRUPO NOME DO RAMO OBSERVAÇÃO
GRUPO DO RAMO

Ramo novo. Operações ante-


Resp. C.T. Rodoviário riormente informadas no Ramo
06 Transportes 23 Interestadual e Interna- Resp. C. T. Rodoviário Interesta-
cional – RC Ônibus dual e Internacional – RC ônibus,
do Grupo Automóvel (0523).

Ramo Novo. Anteriormente era


Responsabilidade Civil
informada no Ramo Responsabi-
06 Transportes 28 Facultativa Veículos –
lidade Civil Facultativa Veículos
RCFV Ônibus
– RCFV (0553).

Resp. Civil do Transporta-


dor de Carga em Viagem
06 Transportes 32 Inalterado.
Internacional – RCTR-
-VI-C

Resp. Civil do Transpor-


06 Transportes 38 tador Ferroviário Carga Inalterado.
– RCTF-C

R.C.Transp. em Viagem
Ramo novo. Operações anterior-
Internacional pessoas
06 Transportes 44 mente informadas no respectivo
transportadas ou não –
ramo do Grupo Auto (0544).
Carta Azul

Resp. Civil do Transpor- Inalterado.


06 Transportes 52 tador Aéreo Carga –
RCTA-C

Resp. Civil do Transpor- Inalterado.


06 Transportes 54 tador Rodoviário Carga
– RCTR-C

Resp. Civil do Transpor- Inalterado.


06 Transportes 55 tador Desvio de Carga
– RCF-DC

Resp. Civil do Transpor- Nova nomenclatura. Operações


06 Transportes 56 tador Aquaviário Carga anteriormente informadas no
– RCA-C Ramo Resp. Civil Armador.

Passou a englobar as operações


Resp. Civil do Operador
informadas no Ramo Resp. Civil
06 Transportes 58 do Transporte Multimodal
do Transportador Intermodal
– RCOTM-C
(0627).

Ramo novo. Operações ante-


07 Riscos Financeiros 43 Stop Loss riormente informadas no Ramo
Riscos Diversos (0171).

07 Riscos Financeiros 46 Fiança Locatícia Inalterado.

TEORIA GERAL DO SEGURO 140


ANEXOS

NOME DO IDENTIFICADOR
GRUPO NOME DO RAMO OBSERVAÇÃO
GRUPO DO RAMO

Ramo novo. Operações anterior-


mente informadas nos Ramos
07 Riscos Financeiros 48 Crédito Interno Crédito Doméstico Risco Comer-
cial (0860) e Crédito Doméstico
Risco Pessoa Física (0870).

Ramo novo. Operações anterior-


mente informadas nos Ramos
07 Riscos Financeiros 49 Crédito à Exportação Crédito à Exportação Risco
Comercial (0819) e Crédito à
Exportação Risco Político (0859).

Ramo novo. Operações anterior-


mente informadas nos Ramos Ga-
Garantia Segurado – rantia Financeira (0739), Garantia
07 Riscos Financeiros 75
Setor Público de Obrigações Públicas (0745),
Garantia de Concessões Públicas
(0747) e Garantia Judicial (0750).

Ramo novo. Operações anterior-


mente informadas nos Ramos
Garantia Segurado –
07 Riscos Financeiros 76 Garantia Financeira (0739), Ga-
Setor Privado
rantia de Obrigações Privadas
(0740) e Garantia Judicial (0750).

09 Pessoas Coletivo 29 Auxílio Funeral Ramo novo.

Perda do Certificado de Inalterado.


09 Pessoas Coletivo 36 Habilitação de Voo –
PCHV

Alteração de nomenclatura –
09 Pessoas Coletivo 69 Viagem
anteriormente era Turístico.

Não deverá conter informações


referentes aos Ramos Seguro Ha-
Prestamista (exceto Habi-
09 Pessoas Coletivo 77 bitacional em Apólice de Mercado
tacional e Rural)
– Prestamista (1061) e Seguro de
Vida do Produtor Rural (1198).

09 Pessoas Coletivo 80 Educacional Inalterado.

Incluir a cobertura de APP quando


09 Pessoas Coletivo 82 Acidentes Pessoais não for comercializada como co-
bertura agregada de outro Grupo.

09 Pessoas Coletivo 83 Dotal Misto Ramo novo.

Doenças Graves ou Ramo novo.


09 Pessoas Coletivo 84
Doença Terminal

09 Pessoas Coletivo 86 Dotal Puro Ramo novo.

Desemprego/Perda de Ramo novo.


09 Pessoas Coletivo 87
Renda

TEORIA GERAL DO SEGURO 141


ANEXOS

NOME DO IDENTIFICADOR
GRUPO NOME DO RAMO OBSERVAÇÃO
GRUPO DO RAMO

09 Pessoas Coletivo 90 Eventos Aleatórios Inalterado.

Alteração de nomenclatura – an-


09 Pessoas Coletivo 93 Vida
teriormente, era Vida em Grupo.

VGBL/VAGP/VRGP/
09 Pessoas Coletivo 94 Inclui informações VRSA e VRI.
VRSA/VRI

Doenças Graves ou Ramo novo.


09 Pessoas Coletivo 84
Doença Terminal

09 Pessoas Coletivo 86 Dotal Puro Ramo novo.

Desemprego/Perda Ramo novo.


09 Pessoas Coletivo 87
de Renda

09 Pessoas Coletivo 90 Eventos Aleatórios Inalterado.

Alteração de nomenclatura – an-


09 Pessoas Coletivo 93 Vida
teriormente, era Vida em Grupo.

VGBL/VAGP/VRGP/
09 Pessoas Coletivo 94 Inclui informações VRSA e VRI.
VRSA/VRI

Ramo novo. Operações anterior-


Seguro Habitacional em
mente informadas nos Ramos
10 Habitacional 61 Apólices de Mercado –
Seguro Habitacional Fora do
Prestamista
S.F.H. (1068) e Prestamista (0977).

Ramo novo. Operações ante-


Seguro Habitacional em
riormente informadas no Ramo
10 Habitacional 65 Apólices de Mercado –
Seguro Habitacional Fora do
Demais Coberturas
S.F.H. (1068).

Seguro Habitacional do Inalterado.


10 Habitacional 66 Sistema Financeiro da
Habitação

Seguro Agrícola sem Inalterado.


11 Rural 01
­cobertura do FESR

Seguro Agrícola com Inalterado.


11 Rural 02
­cobertura do FESR

Seguro Pecuário sem Inalterado.


11 Rural 03
­cobertura do FESR

Seguro Pecuário com Inalterado.


11 Rural 04
­cobertura do FESR

Seguro Aquícola sem


11 Rural 05 Inalterado.
­cobertura do FESR

Seguro Aquícola com


11 Rural 06 Inalterado.
­cobertura do FESR

Seguro Florestas sem


11 Rural 07 Inalterado.
­cobertura do FESR

TEORIA GERAL DO SEGURO 142


ANEXOS

NOME DO IDENTIFICADOR
GRUPO NOME DO RAMO OBSERVAÇÃO
GRUPO DO RAMO

Seguro Florestas com


11 Rural 08 Inalterado.
­cobertura do FESR

Seguro da Cédula do
11 Rural 09 Inalterado.
­Produto Rural

Seguro Benfeitorias e
11 Rural 30 Inalterado.
­Produtos Agropecuários

Alteração de nomenclatura – ex-


cluída a expressão “Instituições
Financeiras Privadas”. Passou
11 Rural 62 Penhor Rural
a englobar as operações do
Ramo Penhor Rural Instituições
Financeiras Públicas (1163).

11 Rural 64 Seguros Animais Inalterado.

Engloba as operações ante-


Seguro de Vida do
11 Rural 98 riormente informadas no Ramo
Produtor Rural
Prestamista (0977).

12 Outros 79 Seguros no Exterior Inalterado.

Saúde – Ressegurador Ramo novo.


12 Outros 85
Local

12 Outros 99 Sucursais no Exterior Inalterado.

13 Pessoas Individual 29 Auxílio Funeral Ramo novo.

Perda do Certificado de Novo Grupo.


13 Pessoas Individual 36 Habilitação de Voo –
PCHV

Viagem Alteração de Novo Grupo.


13 Pessoas Individual 69 nomenclatura – anterior-
mente, era Turístico.

Novo Grupo. Não deverá conter


informações referentes aos
Prestamista (exceto Habi- Ramos Seguro Habitacional em
13 Pessoas Individual 77
tacional e Rural) Apólice de Mercado – Presta-
mista (1061) e Seguro de Vida
do Produtor Rural (1198).

13 Pessoas Individual 80 Educacional Novo Grupo.

Novo Grupo. Incluir cobertura de


APP quando não for comerciali-
13 Pessoas Individual 81 Acidentes Pessoais
zada como cobertura agregada
de outro Grupo.

13 Pessoas Individual 83 Dotal Misto Ramo novo.

Doenças Graves ou
13 Pessoas Individual 84 Novo Ramo e novo Grupo.
Doença Terminal

TEORIA GERAL DO SEGURO 143


ANEXOS

NOME DO IDENTIFICADOR
GRUPO NOME DO RAMO OBSERVAÇÃO
GRUPO DO RAMO

13 Pessoas Individual 86 Dotal Puro Ramo novo.

Desemprego/Perda de
13 Pessoas Individual 87 Ramo novo.
Renda

13 Pessoas Individual 90 Eventos Aleatórios Novo Grupo.

Alteração de Nomenclatura – an-


13 Pessoas Individual 91 Vida
teriormente era Vida Individual.

VGBL/VAGP/VRGP/
13 Pessoas Individual 92 Inclui VRSA e VRI.
VRSA/ VRI

Seguro Compreensivo Ramo novo. Operações ante-


14 Marítimos 17 para Operadores Por- riormente informadas no Ramo
tuários Marítimos (0433).

Responsabilidade Civil Ramo novo.


14 Marítimos 28 Facultativa para Embar-
cações – RCF

Ramo novo. Grupo alterado de


14 Marítimos 33 Marítimos (Casco)
cascos para embarcações.

Grupo alterado de cascos para


14 Marítimos 57 DPEM
embarcações.

Responsabilidade Civil Ramo novo.


15 Aeronáuticos 28 Facultativa para Aerona-
ves – RCF

Ramo novo. Grupo alterado de


15 Aeronáuticos 35 Aeronáuticos (Casco)
cascos para embarcações.

Responsabilidade Civil Grupo alterado de cascos para


15 Aeronáuticos 37
Hangar embarcações.

Responsabilidade do Grupo alterado de cascos para


Explorador ou Respon- embarcações.
15 Aeronáuticos 97 sabilidade do Explorador
ou Transportador Aéreo
– RETA

Grupo/Ramo novo. Inclui as


16 Microsseguros 01 Pessoas coberturas de pessoas relativas
aos planos de microsseguro.

Grupo/Ramo novo. Inclui as co-


16 Microsseguros 02 Danos berturas de danos relativas aos
planos de microsseguro.

Grupo/Ramo novo. Inclui as


coberturas de Morte e Invalidez
16 Microsseguros 03 Previdência Permanente e Total relativas aos
planos de previdência equipara-
dos a planos de microsseguro.

TEORIA GERAL DO SEGURO 144


GABARITO

GABARITO

Fixando conceitos
UNIDADE 1 UNIDADE 2 UNIDADE 3 UNIDADE 4 UNIDADE 5 UNIDADE 6

1–C 1–D 1–B 1–D 1–E 1–E

2–E 2–E 2–C 2–A 2–A 2–A

3–D 3–C 3–C 3–C 3–E 3–D

4–B 4–E 4–A 4–E 4–E 4–D

5–A 5–A 5–D 5–A 5–A

6–E 6–E 6–B

7–C 7–D 7–E

8–E 8–B 8–E

9–E 9–E

10 – B

11 – D

TEORIA GERAL DO SEGURO 145


GLOSSÁRIO

GLOSSÁRIO
ACEITAÇÃO: ato pelo qual o segurador aceita o seguro que lhe foi proposto.

ACIDENTE: todo caso fortuito, especialmente aquele do qual deriva um dano.

ADESÃO: termo utilizado para definir características do contrato de segu-


ro, contrato de adesão, ato ou efeito de aderir.

ADITIVO: termo utilizado para definir instrumento do contrato de seguro,


utilizado para alterar a apólice, sem, contudo, alterar a cobertura básica
contida nela; o mesmo que endosso.

AGRAVAÇÃO: termo utilizado para definir ato do segurado em tornar o


risco mais grave do que originalmente se apresenta no momento de con-
tratação do seguro, podendo, por isso, perder o direito a este.

APÓLICE: instrumento do contrato de seguro pelo qual o segurado repas-


sa à seguradora a responsabilidade sobre os riscos estabelecidos na
apólice. A apólice contém as cláusulas e condições gerais, especiais e/ou
particulares do contrato. Constitui-se, assim, no contrato de seguro pro-
priamente dito.

AVISO DE SINISTRO: comunicação da ocorrência de um evento (sinistro)


que o segurado é obrigado a fazer à seguradora, assim que dele tenha
conhecimento. Pode-se dizer que é a comunicação oficial à seguradora
sobre a ocorrência do sinistro, sua natureza e gravidade.

BENEFICIÁRIO: pessoa física ou jurídica à qual é devida a indenização


em caso de sinistro. O beneficiário pode ser certo (determinado), quando
constituído nominalmente na apólice, ou incerto (indeterminado), quando
desconhecido na formação do contrato.

É a pessoa que recebe a indenização prevista em caso de ocorrência de


sinistro com risco coberto. O segurado pode escolher quantas e quais pes-
soas deseja como beneficiárias, bastando indicá-las no ato da contratação
do seguro, desde que o segurado preveja a figura do beneficiário.

BILATERAL: é assim também chamado o contrato de seguro em que duas


partes tomam, sobre si, obrigações recíprocas.

BOA-FÉ: convicção ou persuasão de ter agido dentro da lei ou de estar por


ela amparado. O contrato de seguro é de estrita boa-fé.

BÔNUS: termo que define o desconto a ser concedido ao segurado, na


renovação de certos e determinados seguros, por não ter reclamado inde-
nização ao segurador, durante o período de vigência do seguro; direito
intransferível; desconto progressivo; redução no prêmio.

TEORIA GERAL DO SEGURO 146


GLOSSÁRIO

CADUCIDADE: perecimento de um direito pelo seu não exercício, em deter-


minado intervalo de tempo, marcado pela lei ou pela vontade das partes.

CANCELAMENTO: baixa do seguro, no registro geral de apólice, por falta


de pagamento do prêmio, anulação do contrato ou pelo pagamento de
indenização pela perda total do bem segurado.

CAPITAL SEGURADO: importância segurada fixada, na apólice, corres-


pondente ao valor máximo estabelecido para o objeto do seguro. Pode
ser fixo, quando a indenização é paga integralmente (Seguros de Vida, por
exemplo), ou proporcional, quando a indenização é apurada segundo os
prejuízos sofridos pelo objeto segurado (Ramos Elementares, em geral). É,
portanto, o valor escolhido pelo segurado para as coberturas dos seguros.

CERTIFICADO DE SEGURO: nos seguros em grupo, é o documento expe-


dido pela sociedade seguradora. Ele prova a existência do seguro para
cada indivíduo componente do grupo segurado.

CLASSE DO RISCO: expressão empregada para designar a situação do


risco, quando encarada sob determinado aspecto.

CLÁUSULA: disposição particular. Parte de um todo que é o contrato.

CLÁUSULA ADICIONAL: cláusula suplementar, adicionada ao contrato,


estabelecendo condições suplementares.

COMISSÃO: modo de pagamento empregado pelas sociedades segura-


doras para remunerar o trabalho dos corretores de seguros.

COMISSÃO DE RESSEGURO: percentagem que o ressegurador paga ao


segurador pela cessão total ou parcial do seguro.

CONDIÇÕES (GERAIS, ESPECIAIS OU ADICIONAIS) DO SEGURO: cláu-


sulas que definem os riscos cobertos, riscos não cobertos e demais direi-
tos e obrigações das partes contratantes do seguro.

CORRETOR DE SEGUROS: intermediário, pessoa física ou jurídica, com a


função de angariar e promover contratos de seguro entre as seguradoras
e as pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, podendo ser brasileiro
ou estrangeiro e, se pessoa física, com residência permanente no país.

COSSEGURO: operação que consiste na repartição de um mesmo risco,


de um mesmo segurado, entre duas ou mais seguradoras.

DANO: todo prejuízo material ou pessoal sofrido por um segurado, pas-


sível de indenização, de acordo com as condições de cobertura de uma
apólice de seguro.

DENÚNCIA: base de processo administrativo para verificação de infrações


cometidas pelas sociedades de seguros.

TEORIA GERAL DO SEGURO 147


GLOSSÁRIO

DEPRECIAÇÃO: diz-se que há depreciação quando um bem, móvel ou


imóvel, sofre redução em seu valor.

DOLO: falta intencional para ilidir uma obrigação.

DURAÇÃO DO SEGURO: expressão usada para indicar o prazo de vigên-


cia do seguro.

ENDOSSO OU ADITIVO: documento expedido pelo segurador durante


a vigência do contrato, pelo qual aquele e o segurado acordam quanto
à alteração de dados, modificam condições ou objetos da apólice ou os
transferem a outrem.

ESTIPULANTE: pessoa física (natural) ou jurídica que contrata apólice


coletiva de seguros, ficando investida dos poderes de representação dos
segurados perante a sociedade seguradora.

EVENTO: acontecimento futuro, possível, incerto, desvinculado de ilícito


das partes, que causa prejuízos econômicos para o segurado e que acon-
tece independentemente de sua vontade.

EXTINÇÃO DO CONTRATO: o contrato de seguro extingue-se, normal-


mente, na data do vencimento fixada na apólice ou quando é paga indeni-
zação pelo seu todo pelo segurador.

FRANQUIA: valor previsto na apólice, pelo qual o segurado fica responsá-


vel em cada sinistro. Pode ser dedutível ou simples.

GARANTIA: designação genérica utilizada para indicar as responsabilida-


des pelos riscos assumidos por um segurador ou ressegurador. É também
empregada como sinônimo de cobertura.

IMPORTÂNCIA SEGURADA: valor atribuído ao patrimônio ou às conse-


quências econômicas do risco sob expectativa de prejuízos, para o qual o
segurado deseja a cobertura do seguro, ou seja, é o limite de responsabili-
dade da seguradora que, nos Seguros de Coisas, não deverá ser superior
ao valor do bem. Também designada por capital segurado, soma segura-
da, limite máximo de indenização, limite máximo de probabilidade ou limite
máximo de garantia. Esse valor é escolhido pelo segurado para as cober-
turas dos Seguros de Bens Materiais e de Responsabilidade.

INDENIZAÇÃO: contraprestação do segurador ao segurado que, com a


efetivação do risco (ocorrência de evento previsto no contrato), venha a
fazer jus a um recebimento pactuado.

INTERESSE SEGURÁVEL: legítimo interesse econômico ou pecuniário que


as pessoas físicas ou jurídicas podem ter com relação a si próprias, outras
pessoas ou bens seguráveis.

JURISPRUDÊNCIA: modo uniforme pelo qual os tribunais interpretam e


aplicam determinadas leis.

TEORIA GERAL DO SEGURO 148


GLOSSÁRIO

LEI DOS GRANDES NÚMEROS: princípio geral das ciências de observa-


ção, segundo o qual a frequência de determinados acontecimentos, veri-
ficada em um grande número de casos análogos, tende a se estabilizar
cada vez mais à medida que aumenta o número de casos observados,
aproximando-se dos valores previstos pela Teoria das Probabilidades.

LIMITE TÉCNICO: valor básico da retenção, que a companhia de segu-


ros deve adotar em cada ramo ou modalidade que operar, fixado pela
ciência atuarial.

MÁ-FÉ: agir de modo contrário à lei ou ao direito, propositadamente de


má-fé, considerada e consubstanciada na legislação de quase todos os
países. Assume, nos contratos de seguros, excepcional relevância.

NOTA DE SEGURO: documento de cobrança que acompanha as apólices


e endossos remetidos ao banco cobrador.

PERDA TOTAL: dá-se a perda total do objeto segurado, quando este pere-
ce completamente ou quando se torna, de forma definitiva, impróprio ao
fim a que era destinado.

PRÊMIO: importância paga pelo segurado, ou estipulante, à seguradora


em troca da transferência do risco a que ele está exposto. Em princípio, o
prêmio resulta da aplicação de um percentual (taxa) à importância segura-
da. O prêmio deve corresponder ao preço do risco transferido à segura-
dora. O preço do seguro também pode ser denominado custo do seguro.

PRÊMIO ADICIONAL: prêmio suplementar cobrado em certos e determi-


nados casos.

PRÊMIO FRACIONADO: prêmio anual, dividido em parcelas, para efeito


de pagamento.

PRÊMIO GANHO: parcela do prêmio referente ao período de tempo de


risco decorrido.

PRESCRIÇÃO: meio pelo qual, de acordo com o transcurso do tempo,


adquirem-se direitos e se extinguem obrigações.

PROBABILIDADE: diz-se da possibilidade de realização de um determina-


do evento. A probabilidade pode ser matemática ou estatística.

PROPOSTA: formulário impresso, contendo um questionário detalhado


que deve ser preenchido pelo segurado, ou seu representante de direito,
ao candidatar-se à cobertura do seguro. A proposta é a base do contrato
de seguro, geralmente fazendo parte dele.

PULVERIZAÇÃO DO RISCO: distribuição do seguro, por um grande núme-


ro de seguradores, de modo que o risco, assim disseminado, não venha
a constituir, por maior que seja a sua importância, perigo iminente para a
estabilidade da carteira.

TEORIA GERAL DO SEGURO 149


GLOSSÁRIO

REINTEGRAÇÃO: restabelecimento da importância segurada após o sinistro


parcial e o pagamento de uma indenização. A reintegração visa restabelecer
o valor da importância segurada para as coberturas dos Seguros de Bens
Materiais e de Responsabilidades. É prevista em alguns ramos de seguro.

RESERVA TÉCNICA: termo utilizado para definir valores matematicamente


calculados pelo segurador, com base nos prêmios recebidos dos segura-
dos, para garantia dos pagamentos eventuais dos riscos assumidos e não
expirados. Ex.: Reserva de Sinistros a Liquidar.

RISCO: evento incerto ou de data incerta, que independe da vontade das


partes contratantes e contra o qual é feito o seguro. O risco é a expectativa
de sinistro. Sem risco, não pode haver contrato de seguro.

SEGURADO: pessoa física ou jurídica que, tendo interesse segurável, con-


trata o seguro em seu benefício pessoal ou de terceiros. Pode também ser
definido como “a pessoa ou empresa protegida pela cobertura de uma
apólice de seguro, para os casos de perdas materiais ou eventos relacio-
nados com a vida”.

SEGURADORA: pessoa jurídica que assume a responsabilidade por riscos


contratados e paga indenização ao segurado ou ao(s) seu(s) beneficiário(s)
no caso de ocorrência de sinistro coberto. São empresas legalmente cons-
tituídas para assumir e gerir coletividades de riscos, obedecidos os crité-
rios técnicos e administrativos específicos.

SEGURO: contrato pelo qual uma das partes se obriga, mediante cobrança
de prêmio, a indenizar a outra pela ocorrência de determinados eventos ou
por prejuízos eventuais.

SINISTRALIDADE: relação entre os valores indenizados, ou a indenizar, e os


prêmios pagos pelo segurado. Mede a expectativa de perda, que é impres-
cindível para estabelecer o prêmio estatístico ou o custo puro de proteção.

SINISTRO: ocorrência de acontecimento previsto no contrato de seguro e


que, legalmente, obriga a seguradora a indenizar.

SUB-ROGAÇÃO: ocorre no seguro quando, após a ocorrência do sinistro e


o pagamento da indenização pelo segurador, este substitui o segurado nos
direitos e ações que tem de demandar o terceiro responsável pelo sinistro.

TARIFA: relação das taxas correspondentes a cada classe de risco. É de


acordo com a taxa constante da tarifa que o segurador calcula o prêmio
relativo ao seguro que lhe é proposto.

TARIFAÇÃO: avaliação do risco de pessoa física ou jurídica.

TAXA: elemento necessário à fixação das tarifas de prêmios, cálculos de


juros, reservas matemáticas. A taxa é um percentual fixo que se aplica a cada
caso determinado, estabelecendo a importância necessária ao fim visado.

TEORIA GERAL DO SEGURO 150


GLOSSÁRIO

TERCEIRO: pessoa que, envolvida em um sinistro, não represente nenhu-


ma das duas partes do contrato de seguro (segurado e seguradora). Não
se incluem no conceito de terceiros parentes, cônjuge, funcionários, sócios
ou representantes do segurado, bem como objetos ou bens de sua pro-
priedade ou posse.

VIGÊNCIA: período de tempo fixado para validade do seguro (ou cobertu-


ra). É o prazo que determina o início e o fim da duração das coberturas ou
garantias contratadas.

VISTORIA DE SINISTRO: inspeção feita por profissionais habilitados, após


o sinistro, para verificar e estabelecer os danos ou prejuízos sofridos pelo
objeto segurado.

VISTORIA DO RISCO: inspeção feita por profissionais habilitados para


avaliar as condições do risco a ser segurado, com a finalidade de estabe-
lecer o valor em risco.

TEORIA GERAL DO SEGURO 151


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, Hamilcar S. C. de. Teoria geral do seguro. Rio de Janeiro:
MIC/IRB, [s.d.].

ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Teoria


geral do seguro. Assessoria técnica de Bruno Kelly. 13. ed. Rio de Janeiro:
Funenseg, 2014. 196 p.

ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Teoria


geral do seguro I. Assessoria técnica de Bruno Kelly. 13. ed. Rio de Janei-
ro: Funenseg, 2014. 116 p.

ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Teoria


geral do seguro I. Assessoria técnica de Alessandra de Souza Teixeira. 14.
ed. 1a reimpressão. Rio de Janeiro: Funenseg, 2015. 116 p.

ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Teoria


geral do seguro II. Assessoria técnica de Bruno Kelly. 14. ed. Rio de Janei-
ro: Funenseg, 2015. 154 p.

ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Teoria


geral do seguro. Assessoria técnica de Alessandra de Souza Teixeira. Rio
de Janeiro: Funenseg, 2016. 214 p.

ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Teo-


ria geral do seguro. Assessoria técnica de Manoela Louise Assayag de
Magalhães Souza. 2. ed. Rio de Janeiro: Funenseg, 2017. 214 p.

RIBEIRO, Paulo Gomes. História do seguro: um resumo. Rio de Janei-


ro: Funenseg, 1994.

SOUZA, Antonio Lober Ferreira et al. Dicionário de seguros: vocabulá-


rio conceituado de seguros. Rio de Janeiro: IRB-Brasil Re S/A/Funenseg,
2000.

TEIXEIRA, Antonio Carlos. Contrato de seguro, danos, risco e meio


ambiente. Rio de Janeiro: Funenseg, 2004 (T264 C).

Sites

www.fazenda.gov.br

www.susep.gov.br

www2.irb-brasilre.com.br

TEORIA GERAL DO SEGURO 152

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