Apresentação
Como dito anteriormente, somos constituído por nossa relação com Outrem,
que formulam nosso psiquismo, nossa interioridade. Nossas relações com esses
elementos são tidas pela nossa exterioridade, ou melhor, nossa alteridade, como
pontua Levinas.1 É pela postura de se colocar frente a frente com o mundo exterior
que somos apresentados ao mundo real. A exterioridade de um Outrem, por sua
diferença, é que nos revela o mundo, isso ocorre, principalmente, a meu ver, pela
relação posicional dos entes, que obedecem a primeira lei da impenetrabilidade, por
exemplo, onde dois corpos não assumem “a mesma” posição no mundo. Desse
modo, já somos constituídos pelos elementais, somos postos de um ponto de vista
específico, chegam a nós pelo todo desses elementos que nos constituem; somos
eles para os Outros? Somos devorados pelo que vem de fora e vice e versa. Assim,
as perguntas, do que crescemos e o que vamos ser, dependia da resposta de um
externo para sua designação, apresentando assim, um mundo de uma economia
geral, como foi apresentado na Parte Maldita, por Georges Bataille. A constituição
de um ser obedece a regra de delimitações por posição, uma vez que para os dois
autores, o pluralismo de uma sociedade só se postula pela diferença dos
elementares. O que Didi-Huberman vem apontar, sobre a teoria das formas do
Bataille, como “a insubordinação dos fatos materiais”.
Bibliografia:
2 Maciel, 2019.