UNIDADES
ELECTRÓNICAS DE
COMANDO, SENSORES
E ACTUADORES
COMUNIDADE EUROPEIA
Fundo Social Europeu
Referências
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Todos os direitos reservados
IEFP
“Produção apoiada pelo Programa Operacional Formação Profissional e Emprego, cofinanciado pelo
Estado Português, e pela União Europeia, através do FSE”
“Ministério de Trabalho e da Solidariedade – Secretaria de Estado do Emprego e Formação”
ÍNDICE
DOCUMENTOS DE ENTRADA
OBJECTIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS DO MÓDULO.......................................... E.1
PRÉ-REQUISITOS ..................................................................................................... E.3
CORPO DO MÓDULO
0. INTRODUÇÃO........................................................................................................ 0.1
2. SENSORES............................................................................................... 2.1
2.1- SENSORES ELECTROMAGNÉTICOS (INDUTIVOS) ................................. 2.2
2.1.1- SENSOR DE VELOCIDADE / POSIÇÃO DO MOTOR.................................... 2.7
2.1.2- SENSOR DE PRESSÃO ............................................................................... 2.15
2.2- SENSOR DE EFEITO DE HALL ................................................................. 2.17
2.2.1- EXEMPLO DE APLICAÇÃO .......................................................................... 2.20
2.3- SENSOR PIEZOELÉCTRICO ..................................................................... 2.27
2.3.1- SENSOR DE DETONAÇÃO......................................................................... 2.29
2.3.2 - SENSOR DE PRESSÃO ABSOLUTA ......................................................... 2.33
2.4- SENSORES RESISTIVOS .......................................................................... 2.36
2.4.1- POTENCIÓMETROS ................................................................................... 2.37
2.4.1.1 - INDICADOR DE NÍVEL DE COMBUSTÍVEL............................... 2.38
2.4.1.2 - POTENCIÓMETRO DA BORBOLETA
DO ACELERADOR................................................................... 2.40
2.4.1.3 - INTERRUPTOR DA BORBOLETA .............................................. 2.43
2.4.1.4 - POTENCIÓMETRO DO MEDIDOR DO
CAUDAL DE AR ....................................................................... 2.45
2.4.1.5 - POTENCIÓMETRO DO ACELERADOR ..................................... 2.48
2.4.2 - SENSOR DE FIO QUENTE (SENSOR DE MASSA DE AR)....................... 2.49
2.4.3 - INTERRUPTOR TÉRMICO (BIMETÁLICO) ................................................ 2.53
2.4.4 - RESISTÊNCIAS VARIÁVEIS COM A TEMPERATURA ................................ 2.56
BIBLIOGRAFIA.............................................................................................C.1
DOCUMENTOS DE SAÍDA
ANEXOS
OBJECTIVO GERAL
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
PRÉ-REQUISITOS
C i r c. I nt eg r ad o s,
Lei t ur a e
M i cr o co nt r o l ad o r C ar act er í st i cas e C ál cul o s e C ur vas S i st emas d e
I nt er p r et ação d e
es e F unci o nament o D i st r i b ui ção C ar act er í st i cas A d mi ssão e d e
Esq uemas
M i cr o p r o cessad o d o s M o t o r es do M otor Escap e
E l éct r i co s A ut o
r es
Si st emas d e
S i st emas d e Lâmp ad as, F ar ó i s F o cag em d e S i st emas d e
So b r eal i ment ação A vi so A cúst i co s e
I nf o r mação e F ar o l i ns F ar ó i s C o muni cação
Lumi no so s
Si st emas d e D i ag nó st i co e
Ó r g ão s d a V ent i l ação
D i r ecção G eo met r i a d e R ep . d e A var i as S i st emas d e
Susp ensão e seu F o r çad a e A r
M ecâni ca e D i r ecção no S i st ema d e Seg ur ança A ct i va
F unci o nament o C o nd i ci o nad o
A ssi st i d a Susp ensão
U ni d ad es Emi ssõ es
D i ag nó st i co e
S i st emas E l ect r ó ni cas d e Si st emas d e Po l uent es e
R ep ar ação em Si st emas d e
E l ect r ó ni co s C o mand o , I nj ecção D i sp o si t i vo s d e
S i st emas I nj ecção M ecâni ca
D i esel Senso r es e E l ect r ó ni ca C o nt r o l o d e
M ecâni co s
A ct uad o r es Emi ssõ es
D i ag nó st i co e D i ag nó si co e
A nál i se d e G ases R ep ar ação em R ep ar ação em
M anut enção
d e E scap e e S i st emas co m Si st emas R o d as e Pneus T er mo d i nâmi ca
Pr o g r amad a
O p aci d ad e G est ão E l éct r i co s
El ect r ó ni ca C o nvenci o nai s
N o çõ es d e C o nst i t ui ção e
G ases Leg i sl ação Pr o cesso s d e
M ecâni ca F unci o nament o d o P r o cesso s d e
C ar b ur ant es e E sp ecí f i ca so b r e T r açag em e
A ut o mó vel p ar a E q ui p ament o C o n- C o r t e e D esb ast e
C o mb ust ão G PL P unci o nament o
GPL ver so r p ar a G P L
R ed e d e A r
P r o cesso s d e R ed e El éct r i ca e
C o mp . e
F ur ação , N o çõ es B ási cas M anut enção d e F er r ament as
M et r o l o g i a M anut enção d e
M and r i l ag em e d e S o l d ad ur a F er r ament as M anuai s
F er r ament as
R o scag em E l éct r i cas
Pneumát i cas
LE G E N D A
Módulo em
Pré-Requisito
estudo
0 - INTRODUÇÃO
A indústria automóvel não ficou indiferente a esta evolução. Hoje, todos os automóveis
possuem sistemas em tudo semelhantes aos computadores, que controlam a generali-
dade dos sistemas mecânicos; sistemas de travagem, sistemas de climatização, siste-
mas de injecção e ignição, sistemas de tracção, etc., todos podem ser geridos electroni-
camente, através de unidades electrónicas de comando.
Creio que os sensores e os actuadores serão os elementos que mais evoluirão num
futuro próximo. As unidades electrónicas de comando já são extremamente rápidas e
potentes, de tal modo que as suas capacidades ainda não são utilizadas a 100%.
Por tudo isto, o mecânico de automóveis dos nossos dias transformou-se num electro-
mecânico, e já não consegue intervir ao nível da mecânica se não souber como funcio-
nam as unidades electrónicas de comando e os diversos tipos de sensores e actuado-
res.
1.1 - ARQUITECTURA
Para explicar melhor o funcionamento de uma UEC, iremos descrever de seguida o fun-
cionamento genérico de uma unidade utilizada pela Bosch num sistema Motronic (figura
1.2).
Construção
Uma ficha com 35 terminais estabelece a ligação com a bateria, sensores e elementos
de saída (actuadores).
Esta unidade de comando incorpora ainda circuitos de segurança que protegem contra
inversões inadvertidas da tensão de alimentação e curto circuitos nos terminais.
Operação
Esta unidade conta ainda com uma fonte de alimentação (do tipo fonte comutada), e de
um gerador de frequência estabilizada (clock), indispensável para o processamento
interno de dados. Esta frequência é gerada por um oscilador de quartzo, com uma fre-
quência de 6 MHz.
2
3
5
6
1 – Memória ROM
2 – Conversor Analógico-digitaal
3 – Microprocessador
De uma forma simplista, podemos dizer que os esquemas eléctricos de um sistema con-
trolado por um microprocessador é quase sempre igual e muito simples: todos os sen-
sores ligam directamente à UEC, o mesmo acontecendo com os actuadores. O funcio-
namento do sistema é conseguido através dos programas armazenados na UEC, ao
contrário do que acontecia com os sistemas analógicos mais antigos. Nesses casos,
eram utilizados esquemas eléctricos bastante complexos, porque o funcionamento do
sistema era conseguido à custa de hardware. Hoje, podemos dizer que quem define e
destingue as características de um sistema é o software.
1.2 – MICROPROCESSADORES
A CPU é a responsável pelo controlo da sequência dos processos, leitura dos dados
necessários das memórias e controlo das entradas e saídas.
1.3 - MEMÓRIAS
Como já foi dito antes, nenhum microprocessador consegue funcionar por si só. Entre
outros elementos, são necessários dispositivos para armazenamento de dados.
Armazenamento
Recuperação e leitura
São memórias para serem utilizadas por períodos de tempo curtos, e o processador
pode ler e escrever (gravar) nelas em qualquer momento. São, por esse facto, designa-
das RAM (Random Access Memory). O seu conteúdo perde-se quando se desliga a ten-
são de alimentação. Nesta memória são armazenados os dados enviados pelos diver-
sos sensores (dados de entrada), até que o microprocessador os vá buscar ou sejam
substituídos por outros mais recentes.
São memórias para períodos longos, mantendo a informação gravada mesmo depois de
se desligar a tensão de alimentação. Por este facto, são também conhecidas como
memórias de valor fixo. A designação ROM (Read Only Memory) resulta do facto destas
memórias serem apenas de leitura, não permitindo que se escreva nelas, como aconte-
ce com as RAM.
Embora algumas memórias deste tipo possam ser reprogramadas, isto é, apagar o seu
conteúdo e voltar a escrever nelas, tal só é possível com o recurso a equipamentos
especiais. Nalguns casos estas memórias são construídas para aplicações bem defini-
das, e o seu conteúdo não pode mais ser alterado. De acordo com estas características,
as ROM podem ainda ser classificadas da seguinte forma:
Do ponto de vista da utilização, estas memórias servem para armazenar todos os pro-
gramas (software), todas as curvas características, valores teóricos dos mais diversos
parâmetros, etc. Para o armazenamento de informação relacionada com avarias
(códigos de defeito) em sistemas electrónicos de gestão de motores, utilizam-se as
EEPROM.
Muitos sensores geram sinais analógicos, que enviam para a unidade de comando. No
entanto, os micro-computadores só conseguem processar sinais digitais. Deste modo,
os sinais analógicos têm que ser convertidos em sinais digitais.
Por exemplo, uma tensão com formato em dente de serra (sinal analógico) é transfor-
mado num conjunto de impulsos (normalmente sete) em intervalos de tempo constan-
tes. O número de impulsos de cada conjunto é um código digital.
Os conversores A/D são, portanto, andares de entrada que preparam os sinais forneci-
dos pelos sensores de modo a poderem ser processados pela UEC. Actualmente esta
função é realizada por circuitos integrados específicos que conseguem converter vários
sinais simultaneamente.
Os sinais de saída das unidades electrónicas de comando têm como função o controlo
dos diversos actuadores: relé, electroválvulas, motores, resistências, etc. No entanto, os
circuitos digitais funcionam com potências extremamente baixas, pelo que não são
capazes de controlar directamente a maioria dos actuadores.
Por isso, os sinais de saída passam por andares de amplificação antes de serem envia-
dos para a bomba de combustível, os electroinjectores, bobine de ignição, etc.
As linhas de data bus são as responsáveis pela circulação de informação entre os vários
elementos do micro-computador.
Através das linhas de adress bus são enviados os endereços de origem e destino dos
dados.
O control bus é responsável pelo envio de dados de controlo, que garantem a validade
dos dados.
Um gerador de impulsos (clock) controla a circulação dos dados e garante que todas as
operações do micro-computador são realizadas no momento correcto.
2 - SENSORES
Um sensor é um dispositivo que, a partir da energia (sinal) que se deseja medir, gera um
sinal de saída proporcional à variável a medir. Os termos sensor e transdutor utilizam-se
muitas vezes como sinónimos, embora o termo sensor possua um significado mais lar-
go: ampliação dos sentidos para poder medir uma quantidade física que, pela sua natu-
reza e/ou grandeza, não pode ser medida directamente.
A distinção entre transdutor de entrada (sinal físico / sinal eléctrico) e transdutor de saí-
da (sinal eléctrico / sinal físico) praticamente já não se utiliza. A tendência actual é para
a utilização dos termos sensor (ou captor) para designar transdutor de entrada e actua-
dor para designar transdutor de saída.
Analógicos Potenciómetro
Sinal de saída
Digitais Sensor Hall
Uma outra forma de classificar os sensores, considera a grandeza medida. Desta for-
ma, poderemos falar de sensores de temperatura, pressão, caudal, humidade, posição,
velocidade, aceleração, força, etc. Contudo, esta forma de classificar os sensores nunca
poderá ser exaustiva, já que a quantidade de grandezas que poderemos medir é prati-
camente inesgotável.
Do ponto de vista da engenharia, é mais normal a classificação dos sensores ser feita
de acordo com o parâmetro variável: resistência, capacidade, indutância, etc. Será este
o tipo de classificação que iremos utilizar mais nos capítulos seguintes, uma vez que se
presta melhor ao estudo de sensores específicos.
Neste tipo de sensores, a amplitude do sinal eléctrico de saída não varia de forma linear
em relação à grandeza a medir. Além disso, a frequência de variação da grandeza a
medir não poderá ser superior a um determinado valor.
Por vezes estes sensores são designados geradores, porque geram um sinal proporcio-
nal à grandeza a medir.
d
L=N
di
Os modelos que actuam por diferencial (figuras 2.2 b, d, f, g, i) são menos sensíveis a
campos magnéticos externos, variações de temperatura, variações de tensão e frequên-
cia de alimentação.
Como se pode concluir da figura 2.2, uma das aplicações mais vulgares dos sensores
electromagnéticos de relutância variável, é na medida de deslocamentos e posições, e na
detecção de proximidade de objectos metálicos ferromagnéticos, particularmente em
locais sujeitos a poeiras e vibrações.
Os sensores indutivos podem também ser utilizados para medir outras grandezas, se for
utilizado um transdutor primário que converta essas grandezas num deslocamento. Este
é o caso do sensor de pressão esquematizado na figura 2.3, no qual o diafragma é ferro-
magnético. Neste caso, o deslocamento do diafragma faz variar a relutância dos circuitos
magnéticos correspondentes às bobines L1 e L2.
Para que os sensores indutivos possam ser utilizados na medida de posições lineares e
angulares, são utilizados dispositivos auxiliares, como o disco representado na figura
2.4., que se desloca solidário com a peça cuja posição se deseja determinar. Este ele-
mento possui dois tipos de zonas ou sectores com propriedades magnéticas diferentes,
dispostas de determinada forma.
Deste modo, uma variação de posição produz uma alteração no sinal de saída de um
sensor que esteja colocado junto do disco.
Uma das desvantagens deste tipo de dispositivo é não permitir detectar o sentido do
movimento, se não dispuser de elementos adicionais.
1 – Orifícios
2 – Localização do sensor
3 – Disco
3
Este fenómeno irá induzir na bobine uma tensão eléctrica, cuja frequência e amplitude
dependerá da velocidade de rotação da roda.
1
2 3
A forma do sinal gerado pelo sensor é quase sinusoidal. A sua aplicação está limitada
por uma velocidade mínima e uma velocidade máxima. A fraca sensibilidade deste sis-
tema para velocidades baixas é a sua principal limitação.
Este tipo de sensor é utilizado para detectar a velocidade das rodas nos sistemas ABS,
para detectar a velocidade e a posição do volante de inércia do motor, etc.
Como se disse anteriormente, os sensores indutivos são muito utilizados para medir
velocidades e posições angulares.
Este tipo de sensor é constituído por um tubo (1) que contém no interior um íman perma-
nente (3) e um enrolamento eléctrico (2). Se um objecto metálico ferromagnético se
mover junto do núcleo, o campo magnético é alterado e cria uma tensão eléctrica na bobi-
ne.
2 1
1 – Tubo de protecção
2 – Enrolamento eléctrico (bobine)3
– Íman permanente
Fig. 2.9 – Sinal eléctrico enviado para a UEC pelo sensor de velocidade e posição
Exemplos de aplicação
Sensor das rodas do ABS; sensor do ponto morto superior; sensor do ângulo da cambo-
ta; sensor de velocidade do veio da caixa de velocidades automática; sensor de veloci-
dade do veículo; sensor de indução montado num distribuidor de ignição.
Note-se que a “cabeça” do sensor, parte ilustrada na figura 2.10, pode magnetizar-se por
causa do íman do sensor, pelo que facilmente partículas estranhas se agarram a ela.
Dianteiro Traseiro
Parte magnetizável
3 – Verificar se os sensores têm ligação à massa – por exemplo com uma ponta de pro-
va no sensor e a outra no negativo da bateria.
No caso exemplificado pela figura 2.13, se o sensor estiver em boas condições, o voltí-
metro deve indicar 10 V quando se acciona a chave de ignição.
Note-se que o entreferro, distância que deve existir entre o extremo do sensor e o ponto
de referência (volante do motor, roda dentada, etc.) deve ser a recomendada pelo fabri-
cante.
6 – Ligar a ignição.
8 – Desligar a ignição.
O osciloscópio permite visualizar a forma de onda de uma tensão (AC). Podemos utilizar um osci-
loscópio para analisar a forma de onda da tensão de saída dos sensores. Para isso devemos
conectar os terminais do osciloscópio aos terminais do sensor e simular o sinal.
Uma outra aplicação para os sensores do tipo indutivo é na medição de pressões. Alguns siste-
mas de ignição e de injecção utilizam sensores deste tipo para captarem a pressão no colector
de admissão.
A figura seguinte apresenta um destes sensores, utilizado nos sistemas de injecção D-Jetronic.
Como se pode ver na figura 2.18, existem duas câmaras distintas, com pressões diferentes.
Assim, a câmara A está em contacto com a atmosfera, de modo que a pressão nesta zona é a
atmosférica. Pelo contrário, na parte B do sensor existe a depressão que se transmite através da
tomada de vácuo (1), a qual está em contacto com o colector de admissão. A peça encarregada
de estabelecer uma posição de equilíbrio entre ambos os valores de pressão é o diafragma (2),
que está solidário com um pistão (3) que faz deslocar para a direita ou para a esquerda, de acor-
do com o estado de depressão existente.
Ligação do vácuo
Núcleo de imersão
Entrada
Saída
Mola
Enrrolamento
Membrana
As avarias neste tipo de sensor podem ser eléctricas ou mecânicas. As avarias eléctricas
podem ser provocadas por uma interrupção da bobine ou do condutor de ligação à unida-
de de comando.
defeitos, podemos proceder do seguinte modo: colocar o motor a rodar a cerca de 3000
rpm e retirar o tubo de vácuo; o número de rotações do motor deve baixar. Se tal não
acontecer comprovar a estanquecidade do tubo de vácuo. Se o tubo estiver bom o defeito
será do sensor ou da unidade electrónica de comando.
H - Hall
IV - corrente de alimentação
A1 - superfície de ligação
para o negativo
A2 - superfície de ligação
para o positivo
B - campo magnético
Influência da Pressão
Influência da Temperatura
Por outro lado, a temperatura altera a mobilidade dos electrões portadores do semicon-
dutor, e, portanto, a sua sensibilidade. Tendo em conta que estes dois efeitos actuam em
sentidos opostos, é possível que se compensem. No entanto, convém limitar o valor da
corrente de comando IV, para evitar aquecimentos do semicondutor.
Aplicações
Movimento Movimento
Entreferro
Movimento Elementos
ferromagnéticos
Lamina
ferromagnética
Na figura 2.21 d), por exemplo, o fluxo magnético criado pelo íman permanente circula
habitualmente por um circuito magnético de baixa relutância, que passa pelo sensor Hall.
No entanto, se se interpuser uma lâmina ou diafragma ferromagnético entre o íman per-
manente e o sensor, este deixará de receber fluxo. É, aliás, este o princípio de funciona-
mento do sensor Hall utilizado nalguns sistemas de ignição electrónicos, para medir a
velocidade de rotação do distribuidor (figura 2.22). Na figura 2.21 e) é apresentado o
esquema de um “potenciómetro magnético”, utilizado para medir deslocamentos angula-
res. Há um íman permanente que pode girar em torno de um ponto que coincide com o
centro de um elemento Hall estático. Se se aplica corrente ao elemento Hall (numa direc-
ção perpendicular ao plano do papel), obtém-se entre A e B uma tensão proporcional ao
fluxo magnético que recebe na direcção perpendicular à corrente. Deste modo, a tensão
de saída é proporcional ao seno do ângulo , criado pelo íman.
Como já se referiu atrás, uma das aplicações mais importante do sensor Hall é nos siste-
mas de ignição electrónicos, como gerador dos impulsos de ignição.
Tendo em conta o seu funcionamento, nesta aplicação o sensor / gerador Hall é compos-
to por uma parte fixa, e por uma parte rotativa, o rótor que possui rasgos para cada cilin-
dro e que roda com o veio do distribuidor. A parte fixa é constituída por um íman perma-
nente com peças condutoras e o sensor Hall propriamente dito.
1 - Janelas de largura B
2 - Peças condutoras de
aço magnético macio
3 - Circuito integrado Hall
4 - Entreferro
UG - Tensão do gerador
1 – Sensor Hall
2 – Semicondutor Hall
3 – Ligações
4 – Circuito integrado de efeito de Hall
5 – Placa metálica
1 - Rótor
2 - Barreira magnética
3 - Peça condutora
4 - Entreferro
5 - Suporte de cerâmica do
circuito integrado Hall
6 - Cabo do gerador de
impulsos de três condutores
7 - Veio do distribuidor de ignição
8 - Placa de suporte
9 - Caixa do distribuidor
10 - Rótor do distribuidor
Quando uma janela do rótor se interpõe no entreferro da parte fixa, desvia então o cam-
po magnético, impedindo que este passe pelo circuito integrado Hall. O integrado Hall
fica quase sem campo e, por conseguinte, a tensão gerada é nula. A saída de sinal do
circuito integrado Hall bloqueia a corrente do sinal; diz-se então que o circuito integrado
Hall desliga. Quando a janela do rótor se afasta do entreferro, o campo magnético atra-
vessa de novo o elemento Hall e a tensão é novamente activada; o circuito integrado
Hall é ligado. Neste momento tem lugar a ignição. Estes dois estados de funcionamento
estão representados na figura 2.25.
A B
1 – Íman permanente; 2 – Base de apoio; 3 – Circuito integrado Hall; 4 – Rótor
Na figura seguinte (figura 2.27) pode ver-se uma aplicação diferente do sensor Hall.
Volante de inércia
Orificio
O sensor de efeito de Hall só funciona se tiver uma tensão de alimentação. Esta tensão
de alimentação pode ser de 5 ou de 12 V, dependendo do sistema em causa.
todos os sistemas electrónicos requer uma tensão de alimentação para funcionar. Todos
os sensores de efeito Hall têm sempre 3 terminais, 2 de alimentação e 1 para o sinal.
Para se verificar o estado de um sensor deste tipo deve proceder-se da seguinte forma:
Deve aparecer uma onda de forma quadrada. De referir que a duração das pulsações
diminui à medida que o regime do motor aumenta (Fig. 2.25, A e B).
Placas metálicas
Em primeiro lugar, a resistência eléctrica que este tipo de materiais apresentam, embora
seja elevada em alguns casos, nunca é realmente infinita, pelo que ao aplicar um esfor-
ço constante, inicialmente será gerada uma carga que desaparece ao fim de algum tem-
po. Desta forma, a resposta não é contínua.
No exemplo (b), as placas metálicas são curto circuitadas e aplica-se uma força F. O
resultado é o aparecimento de uma polarização entre as duas placas, e uma deforma-
ção do material. Esta disposição é aplicada na medida de vibrações, forças, pressões e
deformações, através de um sistema do tipo mola.
No exemplo (c) da figura, a deformação é nula, porque se aplica uma força F que com-
pensa a tensão de polarização V.
No circuito aberto do exemplo (d), não há transferência de carga eléctrica entre as pla-
cas, pelo que, embora se aplique uma força, a densidade de carga é zero.
Esta disposição é utilizada em sistemas de ignição de gases (sistema de disparo dos air-
bag e dos cintos pirotécnicos, por exemplo).
(a) - Força aplicada; (b) - Campo eléctrico nulo; (c) - Deformação nula
(d) - Densidade de carga nula
A partir destes sinais eléctricos, a unidade de comando “sabe” se existe, ou não, detona-
ção. Assim, quando ocorre detonação, a unidade de controlo retarda o instante da ignição
(diminui o avanço), de forma a eliminar o efeito.
Depois, de forma gradual, vai levando o ponto de ignição (ângulo de avanço) ao valor pre-
viamente estabelecido.
O maior problema que se coloca com o sensor de detonação é a sua localização e fixa-
ção. O som gerado pela detonação num cilindro, desloca-se ao longo do bloco em
direcção aos outros cilindros, podendo eventualmente anular o efeito da detonação
desses, o que eliminará a hipótese de detecção. Embora possam ser instalados em
diferentes locais, normalmente são colocados na parte.
- Para um sensor
Superior do bloco do motor, entre o cilindro dois e três (para motores com 4 cilindros). A
instalação do sensor num local errado, ou a sua deficiente fixação, fará com que não
seja detectada a auto-detonação, e o motor será submetido a esforços elevados. Reco-
menda-se que o aperto do parafuso de fixação do sensor seja feito com uma chave
dinamométrica, garantindo assim o binário definido pelo fabricante. Um binário de aper-
to demasiado elevado poderá levar à destruição do sensor, ou a uma diminuição da sua
sensibilidade.
Movimento
Força
Pressão
O sensor de pressão absoluta, denominado habitualmente por sensor MAP, mede a car-
ga do motor captando a pressão do ar no colector de admissão.
O funcionamento do motor gera uma depressão no colector de admissão que, por conse-
guinte, produz uma acção mecânica sobre a membrana cerâmica do sensor, a qual flecte
fazendo variar o valor das resistências. Uma vez que a tensão de alimentação (fornecida
pela UEC) é constante (normalmente 5 V), variando o valor da resistência, varia o valor
da tensão na saída, de acordo com a Figura 2.41.
Deste modo, tem-se uma câmara fechada na qual se cria vácuo de tal forma que o fun-
cionamento do sensor não é influenciado pela pressão atmosférica, mas apenas pela
pressão do motor.
Este sensor é instalado num invólucro de plástico sobre o qual existe uma tubagem que,
ligada por um tubo de borracha em qualquer ponto do colector de admissão, assegura a
ligação pneumática.
Esta informação, em conjunto com a da temperatura do ar, é utilizada pela UEC para cal-
cular a densidade do ar aspirado.
Note-se que este sensor apenas funciona quando existe tensão de alimentação, que nor-
malmente é de 5 V.
2.4.1 – POTENCIÓMETROS
Outro factor importante a considerar é o atrito do cursor e a sua inércia, que devem ser
desprezáveis mas sem colocarem em causa um bom contacto entre a parte fixa e a par-
te móvel.
Por último, para que a resolução do potenciómetro seja elevada, deve ser considerado o
ruído provocado pela resistência de contacto, que pode alcançar valores elevados devi-
do ao pó, humidade, oxidação e desgaste. Ao variar a resistência de contacto de umas
posições para outras, a corrente que a atravessa provoca variações na tensão de saída,
influenciando assim o sistema de medida posterior.
Apesar de nem sempre ser possível garantir que estes problemas não existem, este
dispositivo, simples e robusto, permite obter exactidões bastante boas, principalmente
se tivermos em conta o seu preço.
Para que o condutor possa saber a qualquer momento qual a quantidade de combustí-
vel que existe no depósito, utiliza-se um indicador instalado no painel de instrumentos.
Este indicador é comandado por um potenciómetro (sensor) que está acoplado a uma
bóia flutuadora instalada no interior do depósito. A posição desta bóia depende da
quantidade (nível) de combustível existente no depósito.
Quando o interruptor de ignição (2) está aberto, não circula corrente no circuito. O
núcleo (N) está na sua posição de repouso e o ponteiro (A) aponta o zero da escala,
através da mola em espiral (E). Ao fechar o interruptor de ignição (2), quando o depósi-
to de combustível (D) está vazio, o flutuador (F) estará na posição I e o cursor (C) situa-
se na posição correspondente à mínima resistência (R) no circuito, cujo valor se situa à
volta de 500 . Quando está nesta posição, a corrente fornecida pela bateria (1) circula
pelo enrolamento da bobine (B1) e fecha-se directamente à massa, não passando pela
bobine (B2). Desta forma, a armadura (N) está apenas submetida ao campo magnético
da bobine (B1) e o ponteiro continuará a apontar o zero da escala.
Quando o depósito está cheio, o flutuador (F) ocupa a posição II e faz deslocar para a
direita o cursor (C) sobre a resistência (R), introduzindo no circuito da bobine (B1) a máxi-
ma resistência. Deste modo, a corrente que circula por (B1) derivará, na sua maior parte,
para a bobine (B2), que está em paralelo com a resistência, criando-se na bobine um for-
te campo magnético que atrai para si o núcleo (N), deslocando o ponteiro indicador para
a posição de depósito cheio.
O indicador luminoso de reserva de combustível faz parte deste circuito. Quando a ala-
vanca do flutuador (F) está na posição mais baixa, o depósito ainda contém algum com-
bustível. Nesta situação, o núcleo (N) actua sobre um contacto (3), alimentando desta
forma o sinalizador (4).
1 – Cursor
4 – Contacto de ralenti
O potenciómetro é constituído por uma resistência sob a forma de pista e por um con-
tacto móvel comandado pelo veio da válvula da borboleta.
Tensão de saída
Ralenti
Parcialmente carregado
Totalmente carregado
2 – Came de accionamento
3 – Veio da borboleta
4 – Contacto de ralenti
O prato sonda está solidário com o cursor (6) que se desloca sobre o potenciómetro (7),
de tal modo que proporcionará sinais eléctricos diferentes de acordo com a posição do
prato sonda.
1 – Prato sonda
2 – Potenciómetro
3 – Ficha de ligação
Na figura 2.49 pode ver-se com é constituído este medidor de caudal de ar. Todo o
mecanismo encontra-se dentro de uma caixa estanque, no interior da qual existe uma
atmosfera muito seca.
Na figura 2.50 pode ver-se um esquema que mostra a constituição eléctrica do poten-
ciómetro.
No interior de um tubo calibrado, por onde passa uma percentagem do ar admitido pelo
motor, encontram-se os componentes mais importantes para a medição: um fio quente
(fio de platina com aproximadamente 0,07 mm de diâmetro), uma resistência de com-
pensação e uma resistência de medição. Este tubo calibrado está montado no interior
de um canal cilíndrico (figura 2.53) por onde passa todo o ar. O dispositivo possui ainda
um circuito regulador electrónico, que se encontra localizado numa caixa fundida com o
corpo do canal. Nos lados de entrada e saída, redes de arame protejam o fio quente
contra acções mecânicas.
1
6
5 2
Ao mudar o estado de carga do motor, aspira-se mais ou menos ar, variando a corrente
de aquecimento necessária para compensar a maior ou menor evacuação de calor no
fio quente. A corrente de aquecimento passa ao mesmo tempo através da resistência de
medição, cuja queda de tensão provocada constitui uma grandeza directa de medida da
massa de ar aspirado. Este sinal de tensão (UM) é processado no dispositivo de contro-
lo.
As variações de temperatura do
ar aspirado são igualmente cap-
tadas pela resistência de com-
pensação que também se
encontra na ponte (resistência
de película de platina), pelo que
não originam nenhuma variação
na tensão de saída (UM).
Chama-se bimetal a uma peça formada por dois metais com diferentes coeficientes de
dilatação térmica, unidos fortemente, por exemplo através de soldadura, e submetidas
à mesma temperatura. Quando a temperatura varia, a peça deforma-se, formando um
arco circular uniforme.
Como se pode ver na figura 2.57, existe uma temperatura à qual o bimetálico possui
uma forma rectilínea. A esta temperatura os dois metais possuem o mesmo comprimen-
to. Quando a temperatura aumenta, um dos metais dilata mais que o outro e o bimetálico
dobra num sentido. Quando a temperatura baixa, dá-se o efeito contrário e o dispositivo
forma um arco no sentido contrário. O raio do arco circular assim formado é tanto maior
quanto maior for a variação da temperatura. A sensibilidade destes dispositivos depende
do tipo de material utilizado e da espessura do mesmo. Podem ser utilizados desde -
75ºC até +540ºC, embora seja entre 0 e 300ºC que mais se utilizam.
Podem ser utilizados como actuadores mecânicos, por exemplo no comando de válvu-
las, para abrirem e fecharem contactos eléctricos (termóstatos, interruptores ON-OFF) e
para protegerem circuitos eléctricos (disjuntor térmico). Neste último caso a corrente
eléctrica percorre o próprio dispositivo, que aquece por efeito de Joule até atingir uma
temperatura suficiente para que se exerça uma força mecânica sobre o dispositivo que
interrompe a passagem de corrente.
1 - Ligação eléctrica
2 - Corpo
3 - Bimetal
4 - Filamento de aquecimento
5 - Interruptor de conta
2.º Com o motor frio, medir a resistência entre cada um dos os terminais e a
massa (corpo), utilizando um ohmímetro. Num caso deve obter-se uma resis-
tência baixa e no outro aproximadamente 0 . Se isto não acontecer significa
que o interruptor está interrompido e deverá ser substituído.
Aplicações
Aplicações
2.4.4.3 – APLICAÇÕES
A tensão máxima sobre este sensor é de 5 V. Esta tensão provém da UEC e é também a
tensão de trabalho do microprocessador. Uma vez que a resistência do sensor varia com
a temperatura, sempre que esta se altera, ocorre uma variação da corrente que a atra-
vessa, o que significa uma diferente tensão sobre o sensor. Esta alteração da tensão é
sentida pela UEC que, deste modo, determina a temperatura a partir da tensão. No caso
do sensor de temperatura do motor é esta informação que ao chegar à UEC a faz actuar
no sentido de corrigir a mistura ar/combustível.
A tabela seguinte apresenta os valores normais para este tipo de sensor (distintos para
cada veículo):
0 5,8 – 7,6
20 2,3 – 3,2
40 0,9 – 1,5
80 0,26 – 0,36
0 5,3 – 6,7
20 2,3 – 3,2
80 0,30 – 0,42
O primeiro material utilizado para este tipo de resistência foi o selénio. Hoje são utiliza-
das novas substâncias, como o sulfureto de cádmio, que tem uma sensibilidade 10 000
vezes superior à do selénio. Os compostos de chumbo são sensíveis aos infraverme-
lhos.
Características
Resistência no escuro: 1 M a 10 M
Aplicações
Quando a diferença de potencial entre o emissor e a base é suficiente para que o tran-
sístor entre em condução, as luzes de presença serão alimentadas através do colector
do transístor, e deste modo acendem. O díodo D e a resistência R1 fixam o valor da ten-
são de condução do transístor. O valor da intensidade luminosa necessária para accio-
nar o circuito depende do valor da LDR e da sua localização no veículo. Para evitar a
influência dos faróis de outros veículos, a fotorresistência deve instalar-se num local em
que não incida a iluminação deles.
Um electrólito sólido utilizado para detectar oxigénio (O2), é o óxido de zircónio dopado
com ítrio (Zr O2 -Y2 O3), disposto entre dois eléctrodos de platina porosos, numa câmara
aquecida entre 600 e 800º C. Estes sensores possuem um tempo de resposta muito
rápido e suportam elevadas temperaturas (600 a 1200ºC). Pelo facto de todos os seus
elementos serem sólidos, a sua sensibilidade a acelerações e vibrações é mínima. Dois
inconvenientes são a necessidade de os manter a alta temperatura e a fraca sensibilida-
de a pequenas variações de pressão.
Este tipo de sensor é utilizado para determinar a concentração de oxigénio nos gases
de escape dos motores a gasolina, e indirectamente a relação ar/combustível que entra
no motor (factor lambda).
É um sensor electroquímico que mede o teor de oxigénio nos gases de escape. Encon-
tra-se situado, normalmente, perto do colector de escape, dado que necessita de eleva-
das temperaturas para realizar a sua função. Uma das suas superfícies cerâmicas
encontra-se em contacto com o gás de escape, enquanto que a superfície oposta per-
manece em contacto constante com o ar ambiente.
1 – Sonda lambda
2 – UEC – Unidade electrónica de controlo
3 – Conversor catalítico
Acima dos 300ºC o material cerâmico adquire certas características que lhe permitem
transportar iões de oxigénio desde a superfície em contacto com o ar ambiente até à
superfície oposta, gerando uma tensão. Esta tensão depende da concentração de oxigé-
nio entre as duas superfícies do sensor. Os gases de escape gerados pelos motores de
combustão interna, contém sempre uma concentração de oxigénio residual, mesmo
quando o motor funciona com misturas excessivamente ricas.
1 – Electrólito sólido
2 – Eléctrodo em contacto com o
gás de escape
3 – Zona de delimitação, em con-
tacto com o gás de escape
4 – Tubo de escape
5 – Eléctrodo em contacto com o
ar
6 – Zona de delimitação, em con-
tacto com o ar
7 – Ião de oxigénio com dupla
carga negativa
Quando na superfície que está em contacto com o gás de escape, a proporção de oxigé-
nio é inferior à ideal ( <1, mistura rica), os iões de oxigénio da superfície em contacto com
o ar ambiente, deslocam-se para a outra superfície, que se encontra com défice de oxigé-
nio, gerando uma tensão de, aproximadamente, 900 mV (figura 2.70). Se no gases de
escape existir uma proporção de oxigénio superior à ideal (>1, mistura pobre), não ocorre
o deslocamento de iões entre ambas as superfícies, pelo que não se gera mais do que
uma tensão residual de aproximadamente 100 mV.
Do ponto de vista construtivo, podemos distinguir dois tipos de sondas lambda: sem pré-
aquecimento e com pré-aquecimento. Fisicamente, têm um aspecto similar, diferencian-
do-se pela sua posição no sistema de escape e pelo número de condutores de ligação.
Fig. 2.71 – Curva característica da tensão de saída de uma sonda lambda, para
uma temperatura de serviço de 600ºC
Dado que este tipo de sonda não possui aquecimento interno e que, para realizar a sua
função necessita de alcançar os 300ºC, encontra-se sempre situada o mais próxima
possível das válvulas de escape. Possui um único condutor de ligação, normalmente de
cor preta, que corresponde ao positivo da tensão gerada pela sonda. O negativo é obti-
do através do contacto com a massa (rosca com que a sonda se fixa ao colector). Nor-
malmente este tipo de sonda muda o seu sinal (900 mV ou 100 mV) com uma elevada
frequência, já que recebe o gás de escape directamente de cada um dos cilindros, inde-
pendentemente, variando o seu estado de sinal de acordo com a composição de cada
um deles.
Sonda pré-aquecida
Este tipo de sonda possui uma resistência interna, alimentada através de um relé ou da
própria unidade de comando electrónica, elevando a sua temperatura interna até aos
níveis de funcionamento em poucos segundos e mantendo-a acima desse nível de traba-
lho, independentemente da temperatura dos gases de escape. Assim, existe uma maior
liberdade de colocação deste tipo de sondas dentro do sistema de escape. Normalmente
encontram-se entre o colector de escape e o catalisador principal.
Este tipo de sonda costuma ter uma duração superior às que não possuem resistência
de aquecimento, dado que estas últimas se encontram mais próximas dos cilindros e
sofrem uma maior degradação térmica quando o motor trabalha a plena carga.
4.º Medir a tensão de saída (alterna) – com a ficha do sensor conectada e com o
motor a trabalhar, efectuar a medição, ligando um voltímetro aos terminais de
saída do sensor por trás da ficha de ligação deste e retirando os resguardos,
os valores obtidos são, normalmente de 620 – 1125 mV, no caso de a mistura
ser rica e de 0 – 160 mV, no caso de mistura pobre. Se os valores obtidos
não corresponderem com os dados pelo fabricante, deve-se verificar a conti-
nuidade do fio de tensão de saída. Se existir continuidade, então deve-se
substituir o sensor.
Se após todos estes testes e depois de se ter substituído a sonda lambda o problema
persistir, então, deve-se verificar a alimentação à UEC. Se existir, então provavelmente
o defeito é da UEC, pelo que deve ser substituída.
um fotodíodo (díodo que conduz quando sobre ele incide um feixe luminoso) ou um foto-
transístor (transístor que conduz quando sobre ele incide um feixe luminoso).
Os problemas mais
Fonte de luz
importantes relacionadas
Opaco
com a utilização deste
tipo de sensor, estão
associados à existência Transparente
Fotodetector
de pó, fumos, envelheci-
Saída
mento dos elementos
ópticos e vibrações. No
entanto, e atendendo a LED Fotodetector
A figura 2.77 representa um sensor utilizado pela Mitsubishi, mas outros fabricantes utili-
zam um dispositivo semelhante.
1 – Árvore de cames
2 – Disco
3 – Sensor
O sensor é constituído por um ou mais LED’s e por detectores de luz (fotodíodos), colo-
cados de forma a receberem a luz emitida pelos LED’s. No espaço entre estes dois
componentes existe um disco metálico rotativo, com ranhuras. Este disco pode inter-
romper a passagem da luz para os detectores, que por sua vez informam a unidade de
comando dessa situação. Deste modo, quer a velocidade do motor quer a posição da
cambota podem ser identificadas com precisão.
1 – LED’s
2 – Ranhura correspondente ao
PMS do 1º cilindro
3 – Ranhura correspondente à
velocidade do motor
4 – Detectores de luz
Fig. 2.78 – Posição relativa dos diversos elementos que constituem o sensor
1 – Sensor de PMS
2 – Sensor de velocidade
do motor
3.º Fazendo rodar o motor, medir o sinal à saída do sensor, utilizando um vol-
tímetro ou um osciloscópio. Se o sinal estiver de acordo com o indicado
pelo fabricante, repetir a mesma medição junto da unidade de comando.
Se a primeira medição der resultado negativo, o defeito poderá ser do
sensor. Se o resultado da primeira medição for positivo e o da segunda
negativo, provavelmente existe um defeito intermitente, que poderá ser
provocado por falta de continuidade dos condutores.
O princípio de funcionamento deste sensor, que está montado sobre o pára-brisas, por
detrás do retrovisor, é o seguinte (Figura 2.80):
Quanto maior for a quantidade de água sobre o pára-brisas, maior é a dispersão do fei-
xe luminoso e menor é o feixe luminoso recebido.
Quando é alimentado, o díodo 3 (LED) acende e emite um feixe luminoso. Este feixe
percorre o seguinte trajecto:
Deflector 4
1 – Díodo receptor de luz (fotodíodo); 2 – Circuito electrónico; 3 – Díodo emissor de luz (LED);
4 / 8 – Deflector de luz (prisma); 5 – Juntas de silicone; 6 – Resistência de aquecimento; 7 –
Gotas de água; 9 – Pára brisas; 10 – Feixe luminoso calibrado; 11 – Feixe luminoso detectado; 12
– Feixe luminoso perdido.
A – Constituição do sensor
B – Funcionamento sem água no pára brisas
C – Funcionamento com água no pára brisas
Quando há água na zona de detecção, sobre o pára brisa, uma parte do feixe luminoso
emitido pelo díodo 3 dispersa-se através das gotas de água 7 para o exterior do pára-
brisas (feixes 12). Neste caso a intensidade do feixe luminoso 11 recebido pelo díodo 1
é inferior à do feixe emitido pelo díodo 3 e o sinal enviado pelo díodo ao circuito electró-
nico é inferior ao de referência.
Constituição e funcionamento
O campo ultra-sónico, como já foi dito, consiste em radiações sonoras que excedem os
20 kHz, e é gerado à custa de geradores de som piezoeléctricos. O gerador de som, ou
transdutor, é feito de uma “pastilha” de cristal. A espessura dessa pastilha varia quando
é afectada por um campo eléctrico. Desse modo, quando uma tensão eléctrica alterna-
da é aplicada ao cristal, a pastilha sofre vibrações mecânicas. As vibrações tornam-se
particularmente pronunciadas se a frequência natural da pastilha for igual à frequência
da tensão alternada aplicada (situação de ressonância). O princípio de funcionamento
de um emissor ultra-sónico (transdutor) está representado na figura 2.81. Nesse emis-
sor, um multivibrador envia uma tensão alternada para o transdutor piezoeléctrico, o
que faz com que a pastilha de cristal transmita ondas ultra-sónicas com uma frequência
de aproximadamente 40 kHz.
1 – Anel metálico
2 – Eléctrodos
3 – Pastilha de cristal
4 – Ar
5 – Superfície de radiação sonora
As ondas sonora são emitidas a partir da superfície da pastilha de cristal (figura 2.78).
Estas ondas sonoras atingem um segundo transdutor (receptor), que as converte num
sinal eléctrico. A unidade de comando compara o sinal gerado pelo receptor com o sinal
enviado ao emissor, quanto à fase, amplitude e frequência.
2 – Pára brisas
3 – Janelas laterais
4 – Óculo traseiro
Efectivamente, se o sinal for reflectido por objectos em movimento (uma porta a abrir ou
um intruso), a relação de fase, frequência e/ou amplitude variam.
Estas variações influenciam o sinal eléctrico gerado pelo transdutor receptor (sensor) e
são amplificadas no amplificador HF – alta frequência (figura 2.78). Depois, o sinal é
desmodulado (rectificado) e separado da frequência portadora de 40 kHz.
O sinal de baixa frequência assim obtido, pode ser atenuado para a sensibilidade apro-
priada, através do ajuste do ganho. Depois é encaminhado para um filtro amplificador,
que remove componentes do sinal de frequências indesejáveis altas e baixas, reduzindo
assim consideravelmente a hipótese de falso alarme.
3 – ACTUADORES
3.1 – BOBINES
ou um dispositivo electromagnético).
Fig. 3.1 – Princípio de funcionamento de uma
bobine electromagnética
Sempre que houver necessidade de controlar um determinado fluido (ar, água, combustí-
vel, óleo, gases, etc.) através de um sinal eléctrico, pode utilizar-se uma electroválvula. O
elemento fundamental destes transdutores é uma bobine, funcionado como elemento de
comando; o núcleo da bobine, por sua vez, ao deslocar-se por acção do campo magnéti-
co, actua sobre o elemento mecânico (válvula) que abre e fecha o circuito. Podemos
dizer que uma electroválvula é composta por uma válvula normal, comandada electrica-
mente através de uma bobine.
Estrutura
A - Entrada de combustível
B - Câmara de combustível
C - Saída para o distribuidor-doseador
1 - Placa da válvula
2 - Eixo
3 - Bobines
4 - Ficha de ligação
5 - Mola
6 - Parafuso de afinação
O combustível que pode entrar na câmara B poderá sair de novo para o doseador-
distribuir através da conduta C, por onde será feito o acesso às câmaras baixas do distri-
buidor para variar a pressão de comando ou de controlo, que determina o doseamento do
sistema.
Na figura 3.4 podemos ver um desenho que nos mostra a formação de correntes magné-
ticas que se produzem nos núcleos dos electroímans, quando circula corrente em cada
uma das bobines. O equilíbrio magnético que se produz na placa da válvula resultante
das correntes magnéticas que a UCE produz ao enviar diferentes intensidades às bobi-
nes, determina a posição da placa e com isso o combustível disponível para o dosea-
mento. Uma vez que em posição de repouso a placa da válvula permanece aberta, pode
dizer-se que o dispositivo continuaria a funcionar mesmo que a UCE não funcionasse.
1 – Prato sonda
2 – Distribuidor - doseador
3 – Entrada de combustível
4 – Saída de combustível para os injectores
5 – Retorno de combustível para o depósito
6 – Tubo estrangulador calibrado
7 – Câmara superior da válvula
8 – Câmara inferior da válvula
9 – Membrana
10 – Válvula electromagnética
11 – Placa da válvula
12 – Entrada de combustível (sede da válvula)
13 – Pólo magnético
1 - Ar Frio
2 - Ventilador
3 - Sensor interior
3.a - Para o ventilador
4 - Válvula electromagnética
5 - Radiador
6 - Selector de temperatura
7 - Sensor de temperatura de entrada
8 - Ar quente
9 – Unidade de comando
1 – Núcleo
2 – Cone de vedação
3 – Furo
4 – Cone de vedação principal
5 – Mola de retorno
6 – Bobine
As figura 3.8 e 3.9 apresentam dois tipos de válvulas utilizados nestes sistemas pela
Bosch (ABS Bosch 5).
A figura 3.8 representa uma electroválvula normalmente aberta (n.a.), ou seja, uma vál-
vula que no seu estado de repouso, quando não recebe alimentação, está aberta, per-
mitindo a passagem do fluido. Quando se aplica uma tensão à bobine, neste caso 12 V,
o campo magnético criado faz com que o núcleo se desloque, fechando hermeticamen-
te a válvula. Logo que a tensão desaparece, o núcleo regressa à posição anterior por
acção da mola.
A figura 3.9 representa uma electroválvula normalmente fechada (n.f.), ou seja, uma
válvula que no seu estado de repouso, está fechada, não permitindo a passagem do
fluido. Quando se aplica uma tensão nominal à bobine, o campo magnético criado faz
com que o núcleo se desloque, abrindo a válvula. Logo que a tensão desaparece, o
núcleo regressa à posição anterior por acção da mola.
3.1.2 – ELECTROINJECTORES
Os injectores são válvulas específicas, embora o seu funcionamento seja em tudo seme-
lhante ao descrito em 3.1.1. São constituídos por uma bobine e por uma agulha de injec-
ção, a qual está solidária com o induzido magnético (figura 3.12) Quando o enrolamento
não é percorrido por corrente a agulha do injector é empurrada contra o seu assento,
fechando o injector hermeticamente, por acção de uma mola helicoidal. Desta forma
fecha-se a saída da válvula. Quando se alimenta a bobine a agulha do injector desloca-
se aproximadamente 0,1mm da sua ranhura circular calibrada. O extremo dianteiro da
agulha do injector tem uma espiga pulverizadora com faces, para pulverizar o combustí-
vel. Os tempos necessários para abertura e fecho da válvula são da ordem de 1 a 1,5ms.
Para conseguir uma boa distribuição de combustível com pouca condensação, tem que
se evitar o humedecimento das paredes do tubo de admissão. Por esta razão tem que se
manter um ângulo de injecção determinado bem como uma distância bem definida entre
o injector e a válvula de admissão, que são específicas para cada motor.
1 – Filtro
2 – Bobine
3 – Induzido magnético
4 – Agulha do injector
5 – Ficha de ligação
Quer nos sistemas multiponto, quer nos monoponto, o combustível é enviado pela bom-
ba para a entrada dos injectores. Os injectores possuem dois terminais de ligação.
O tempo de abertura do injector é determinado pela UEC e depende dos dados recebi-
dos de diversos sensores.
Verificação de um electroinjector
3. Com a ficha ligada e com o motor a funcionar, medir a tensão que chega ao
injector, utilizando um osciloscópio. Se a forma da tensão medida for seme-
lhante à da figura 3.14 e com amplitude igual à indicada pelo fabricante, a
avaria será do injector, no caso de não funcionar. Se não chegar tensão ao
injector, verificar continuidade dos condutores e UCE.
3.1.3 - RELÉS
Estes são actuadores especiais, já que muitas vezes são utilizados para alimentarem
outros actuadores, nomeadamente electroválvulas, motores, resistências, etc.
Relés para buzinas, luzes, motores de arranque ou bombas de combustível, diferem ape-
nas no tamanho, já que todos têm o mesmo princípio de funcionamento.
Uma das extremidades da bobine do relé está ligada à massa, através do terminal (86).
A outra extremidade está ligada à tensão de ignição (15), através do terminal (85).
Logo que chega tensão à bobine do relé, o que acontece quando se roda a chave de
ignição, o contacto fecha e a tensão da bateria (30) é enviada através do terminal (87)
para a unidade electrónica de comando, injectores, válvula de controlo de ralenti, válvu-
la de abertura do depósito de vapor de combustível, etc.
No esquema da figura 3.21 está representado o relé através do qual a bomba de com-
bustível é alimentada. Este relé é controlado pela unidade de comando, através da qual
a sua bobine liga à massa. A tensão de alimentação é fornecida pelo interruptor de igni-
ção.
O relé é alimentado durante alguns segundos, logo que se roda o interruptor de ignição.
Se durante este intervalo a unidade de comando não receber sinal de rotação do motor, o
relé é desligado.
Logo que a unidade de comando recebe sinal do sensor de rotação do motor, o relé volta
a ser activado. Isto funciona como medida de segurança em caso de colisão do veículo.
Muitas vezes o relé da bomba está ligado ao relé principal do sistema. Nesse caso, a ten-
são de alimentação do relé (86) é fornecida através do relé principal.
2 – Unidade de comando
3 – Fusível
4 – Bomba de combustível
Por conveniência o condutor é formado por uma espira giratória (figura 3.22). As linhas
de força magnéticas vão de pólo a pólo (de sapata polar a sapata polar).
1 2
1 – Escovas
2 – Íman
3 – Espira condutora
4 – Colector
4 3
Fig. 3.22 – Diagrama esquemático de um motor de cor-
rente contínua com uma espira
Debaixo das sapatas polares, as linhas de campo têm a direcção radial, pelo que a força
actua tangencialmente sobre os dois condutores da espira. Quando os dois condutores
se encontram debaixo das sapatas polares, na zona do campo magnético, a força que
actua sobre a espira condutora é constante e tem um sentido determinado. Ao fim de
meia volta, quando cada condutor entra na zona do campo magnético de sentido opos-
to, a força tem certamente o mesmo valor, mas em sentido contrário. Quando se encon-
tram os condutores exactamente no centro entre as sapatas polares, a força é igual a
zero. Se se faz com que depois de cada meia volta se inverta o sentido da corrente na
espira condutora, a força tem então sempre o mesmo sentido, podendo produzir-se uma
rotação contínua da espira.
1 2
1 – Escovas
2 – Íman
3 – Espiras condutoras
4 – Colector
Fig. 3.23 – 3
4
Fig. 3.24 – Motor eléctrico bipolar, com Fig. 3.25 - Motor eléctrico tetrapolar, com
um par de condutores 12 pares de condutores
De acordo com o que se disse no ponto anterior, concluímos que o motor eléctrico de
Corrente contínua (C.C.) é constituído por uma parte fixa (estátor) e por uma parte girató-
ria (rótor). O estátor é constituído por pólos individuais que se magnetizam através dos
enrolamentos de excitação. Em alternativa aos enrolamentos de excitação, podem ser
utilizados ímans permanentes, principalmente em motores de baixas potências. As bobi-
nes do rótor (induzido), encontram-se alojadas em ranhuras e ligadas a um colector. A
ligação ao colector é feita através de escovas de carvão. Ao girar o colector inverte-se o
sentido da corrente nas bobines do induzido. O tipo de ligação existente entre o enrola-
mento de excitação e o do induzido, leva a diferentes relações entre o número de rota-
ções e o binário.
Ligação em série
Ligação em paralelo
A bomba de combustível utilizada nos sistemas de injecção é uma bomba de roletes, cujo
motor eléctrico está sempre banhado por combustível.
A bomba é accionada por um motor eléctrico com excitação por íman permanente.
O disco rótor ,montado excentricamente na caixa da bomba, possui roletes metálicos alo-
jados à volta do círculo, que são lançados contra o anel de encosto da caixa da bomba
pela força centrífuga funcionando como vedantes. O combustível é arrastado pelas cavi-
dades que se formam entre os roletes. O combustível flui directamente à volta do motor
eléctrico. Não existe nunca perigo de explosão porque dentro da blindagem do motor nun-
ca se forma uma mistura explosiva, já que não existe ar.
Cada vez mais se utilizam motores “passo a passo”, também conhecidos por “motores
de corrente contínua de comutação electrónica”. Do ponto de vista construtivo, trata-se
de um motor sem colector e excitado por um íman permanente. Possui um sensor de
posição do rótor e é alimentado com corrente contínua, através de uma unidade elec-
trónica de comando. O controlo da corrente nos enrolamentos do estátor, dependente
da posição do rótor – os ímans de excitação estão no rótor – permite que o número de
rotações dependa do binário, tal como num motor de corrente contínua clássico. A prin-
cipal diferença reside no facto de as funções magnéticas do rótor e do estátor estarem
trocadas.
Nos automóveis, este tipo de motor encontra cada vez mais aplicações: nos sistemas
de ventilação e climatização, nos mais diversos accionamentos de regulação, nas bom-
bas , etc.
Para que um motor funcione ao ralenti, isto é com a válvula da borboleta completamen-
te fechada, necessita de uma certa quantidade de ar e de combustível, por forma a ven-
cer o atrito interno e manter o regime de rotação. Esta quantidade de ar deve aumentar
se ao veículo é aplicada uma carga adicional, por exemplo se o sistema de aquecimen-
to é ligado. Da mesma forma, quando o motor ainda não atingiu a sua temperatura de
funcionamento é também necessário, para além do fluxo adicional de ar, uma quantida-
de adicional de combustível injectado, que a unidade electrónica de comando (UEC)
providencia tendo por base a temperatura do fluido de arrefecimento do motor. Esta
quantidade de ar adicional é obtida através da abertura modulada de uma conduta by-
pass colocada em paralelo com a válvula da borboleta.
1 - Rolamento
2 – Porca guia
3 - Bobine
4 - Íman permanente
5 - Parafuso
6 - Estrias anti rotação
7 – Cone obturador
Na figura 3.30 pode ver-se uma válvula reguladora de ralenti ligeiramente diferente,
embora também do tipo motor passo a passo.
1 – Ligação eléctrica
2 – Corpo metálico
3 – Mola de reposição
4 – Bobine
5 – Induzido rotativo
6 – Canal de ar (by-pass)
7 – Batente de ajuste
8 – Diafragma giratório
BIBLIOGRAFIA
ROBERT BOSCH GMBH - Manual de la Técnica del Automóvil, Editorial Reverté, S.A.,
1999
PÓS TESTE
1. Qual o elemento responsável pela realização dos cálculos necessários ao fun-
cionamento de uma unidade electrónica de comando?
a) Memória ROM...................................................................................... □
b) Memória RAM....................................................................................... □
c) Conversores A/D.................................................................................. □
d) Microprocessador................................................................................. □
2. Em que elemento de uma unidade electrónica de comando são armazenados
os parâmetros de trabalho do sistema?
□
a) O sinal de Clock é utilizado apenas por algumas UEC, com o objec-
tivo de as tornar mais rápidas...................................................................
□
b) As UEC funcionam com potências muito baixas, embora sejam
capazes de processar rapidamente muita informação............................
□
das UEC, uma das hipótese consistem em alimentá-las com sinais de
elevada potência.......................................................................................
□
d) As UEC utilizam memórias RAM, sempre que é necessário controlar
mais de três actuadores em simultâneo...................................................
a) Fotodíodo............................................................................................. □
b) LED....................................................................................................... □
c) Pastilha semicondutora........................................................................ □
d) Bobine.................................................................................................. □
a) Medir distâncias.................................................................................... □
b) Medir velocidades e posições angulares............................................ □
c) Medir a concentração de gases............................................................ □
d) Medir níveis de líquidos....................................................................... □
8. Suponha que mede a resistência de um sensor de rotação (por exemplo do
ABS) com um ohmímetro. Que valor deverá obter?
a) Um amperímetro................................................................................... □
b) Um ohmímetro ou um voltímetro.......................................................... □
c) Um voltímetro ou um osciloscópio........................................................ □
d) Só poderia utilizar o ohmímetro............................................................ □
10. Qual a forma de onda do sinal gerado por um sensor de efeito de Hall?
a) Rectangular......................................................................................... □
b) Dente de serra...................................................................................... □
c) Quase sinusoidal................................................................................. □
d) Sinusoidal puro.................................................................................... □
11. De que depende o valor máximo da tensão gerada por um sensor Hall, utiliza-
do nos sistemas de ignição?
a) Indutivo................................................................................................. □
b) Piezoeléctrico....................................................................................... □
c) Óptico................................................................................................... □
d) Resistivo............................................................................................... □
14. Alguns sistemas de injecção, do tipo L-Jetronic, utilizam um potenciómetro
no medidor de caudal de ar. Qual a resistência que esse potenciómetro deve-
rá medir?
a) Entre 10 e 100..................................................................................... □
b) Entre 500 e 1000................................................................................. □
c) Entre 10 K e 100 K............................................................................... □
d) Entre 0,5 M e 5 M................................................................................ □
□
a) Alimentar circuitos que exigem velocidades de comutação muito
rápidas...............................................................................................
□
d) Alimentar receptores de grande potência, a partir de sinais de fraca
intensidade..........................................................................................
□
d) Motor de corrente contínua sem colector e excitação por íman per-
manente...............................................................................................
.
CORRIGENDA E TABELA DE
COTAÇÃO DO PÓS-TESTE
1 D 0,87
2 D 0,87
3 C 0,87
4 A 0,87
5 B 0,87
6 D 0,87
7 B 0,87
8 C 0,87
9 C 0,87
10 A 0,87
11 C 0,87
12 D 0,87
13 D 0,87
14 B 0,87
15 B 0,87
16 C 0,87
17 B 0,87
18 A 0,87
19 C 0,87
20 B 0,87
21 D 0,87
22 C 0,87
23 B 0,87
EXERCÍCIOS PRÁTICOS
Exemplo de exercícios práticos a desenvolver no seu posto de trabalho e de acordo com
a matéria constante no presente módulo.
EQUIPAMENTO NECESSÁRIO
TAREFAS A EXECUTAR
VALOR INDICADO
PELO FABRICANTE VALOR MEDIDO
EQUIPAMENTO NECESSÁRIO
TAREFAS A EXECUTAR
EQUIPAMENTO NECESSÁRIO
TAREFAS A EXECUTAR
EQUIPAMENTO NECESSÁRIO
TAREFAS A EXECUTAR
Resistência (Ω)
EQUIPAMENTO NECESSÁRIO
TAREFAS A EXECUTAR
GUIA DE AVALIAÇÃO
DOS EXERCÍCIOS PRÁTICOS
GUIA DE
NÍVEL DE
TAREFAS A EXECUTAR AVALIAÇÃO
EXECUÇÃO
(PESOS)
1 Elevar a viatura e retire a roda respectiva. 1
CLASSIFICAÇÃO 20
GUIA DE
NÍVEL DE
TAREFAS A EXECUTAR AVALIAÇÃO
EXECUÇÃO
(PESOS)
1 Abrir o capôt do veículo e localizar o distribuidor 2
de ignição.
CLASSIFICAÇÃO 20
GUIA DE
NÍVEL DE
AVALIA-
EXECUÇÃO
TAREFAS A EXECUTAR
ÇÃO
(PESOS)
1 Abrir o capôt do veículo e localizar o potencióme- 2
tro da borboleta do acelerador.
CLASSIFICAÇÃO 20
GUIA DE
NÍVEL DE
AVALIAÇÃO
EXECUÇÃO
TAREFAS A EXECUTAR
(PESOS)
1 Medir a resistência do sensor à temperatura 5
ambiente.
CLASSIFICAÇÃO 20
GUIA DE
NÍVEL DE
AVALIAÇÃO
EXECUÇÃO
TAREFAS A EXECUTAR
(PESOS)
1 Abrir o capôt do veículo e localizar um electroin- 3
jector.
1 Desligar a ficha de ligação do electroinjector. 3
CLASSIFICAÇÃO 20