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2ª EDIÇÃO
2ª EDIÇÃO
CURSO DE EXTENSÃO
Autores
Dr. Neiva de Araujo Marques
Edson Rodrigues de Aro
Bartolomeu José Ribeiro de Sousa
Rose Cléia Ramos da Silva
Atualização
Claudia Oneida Rouiller
Maria Felícia Santos da Silva
Apoio Técnico
Murillo Oberdan dos Santos Gouveia
Apoio Administrativo
Josane Ferreira de Araújo
Colaboração
Patrícia Simone Nogueira
Revisão
Irene Cajal
DADOS DO CURSO DE EXTENSÃO
Curso de Extensão: “Cidadania e Controle Social”
ÁREA DE CONHECIMENTO
Educação e Políticas Públicas”
NATUREZA E MODALIDADE
Extensão (EAD)
UNIDADE RESPONSÁVEL
Secretaria de Articulação Institucional e Desenvolvimento da Cidadania do TCE-MT
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
Esther de Mello Menezes
Gerente do EaD da Escola Superior de Contas do TCE-MT
COORDENAÇÃO EXECUTIVA
Anayna Auerswald
Coordenadora de Projetos
SUPERVISOR DE TUTORIA
Claudia Oneida Rouiller
COORDENADORES DE TUTORIA
Isabela Gomes de Paiva
Karina Richter Modelli
Simony Jin
REVISÃO TEXTO
Solange Maria de Barros
Alice Matos – Jornalista DRD 643/MT
ENDEREÇO DE FUNCIONAMENTO
Escola Superior de Contas do Tribunal de Contas de Mato Grosso
Rua Conselheiro Benjamin Duarte Monteiro, S/N, - Edifício Marechal Rondon
Centro Político Administrativo – Cuiabá-MT / CEP 78.049-915
Fone: (65) 3613-7550 – Email: escola_contas@tce.mt.gov.br
Horário de Funcionamento: 8h às 18h
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
M433c
Mato Grosso. Tribunal de Contas do Estado
Copyright © Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, 2017.
Consolidação de entendimentos técnicos : súmulas e prejulgados
Tribunal de Contas do Estado. 7. ed. – Cuiabá : Publicontas, 2015.
As informações técnicas são de livre reprodução, total ou parcial, desde que citada a fonte.
320p. ; 22,8x15,8 cm.
ISBN 978-85-98587-46-2
CDU 35.08
ProDução De ConteúDo
SuperviSão Maria Aparecida Rodrigues Oliveira........................ Secretária-Geral de Controle Externo
Consultoria técnica
Coordenação e reviSão Bruno Anselmo Bandeira ............................................ Secretário-Chefe da Consultoria Técnica
elaboração Natel Laudo da Silva ..................................................... Assessor Tecnico da Consultoria Tecnica
Bruna Henriques de Jesus Zimmer.......................... Técnico de Controle Público Externo
Colaboração Edicarlos Lima Silva ....................................................... Consultor de Estudos Técnicos
Emerson Augusto de Campos................................... Consultor de Orientação ao Fiscalizado
Loide Santana Pessoa Bombassaro ......................... Auditora Pública Externo
Renato Marçal de Mendonça..................................... Técnico de Controle Público Externo
MÓDULO 1 .................................................................................................13
UNIDADE 1 - O ESTADO E SEUS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS........................18
1.1 Um pouco de história.....................................................................................................19
1.2 Você sabia que existem duas concepções distintas de Estado?.........................21
1.3 Como se organiza o Estado brasileiro?......................................................................22
1.4 Princípios da Administração Pública..........................................................................26
REFERÊNCIAS..................................................................................................99
MÓDULO 2 ......................................................................................................................106
UNIDADE 1 - CONCEITOS BÁSICOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS..........................108
1.1 Conceitos Básicos de Políticas Públicas...................................................................108
1.2 Ciclo de Políticas Públicas............................................................................................118
REFERÊNCIAS..................................................................................................217
MÓDULO 3 ......................................................................................................................222
UNIDADE 1 - FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DA FUNCIONALIDADE
DOS CONSELHOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS.....................................................224
1.1 A gestão democrática nas políticas e serviços públicos........................................224
1.2 O controle social exige integração das ações e trabalho em rede.......................226
REFERÊNCIAS..................................................................................................239
Caro(a) Cursista
Seja bem-vindo(a) a este Curso de Extensão!
módulo I
módulo III
1
mod.
ATIVIDADES
ESCREVA
Quando um link externo, livro, vídeo ou PDF for necessário para que
o assunto seja melhor compreendido, o ícone de “saiba mais” será
exibido.
SAIBA MAIS
REFLITA
RESUMINDO
Caro(a) Cursista, você está iniciando o seu primeiro módulo do Curso: “CIDADANIA
E CONTROLE SOCIAL”. Conforme deve ter observado na apresentação geral
do curso, o conteúdo está organizado em três módulos que se articulam e se
complementam. Neste, trazemos cinco unidades: Unidade I, “O Estado e seus
elementos constitutivos”; Unidade II, “Democracia, perspectivas liberal e social”;
Unidade III, “Modalidades de participação e institucionalização dos conselhos
de políticas públicas”; Unidade IV, “O controle na Gestão Pública”; e finalmente,
Unidade V "O Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso".
É muito importante que você tenha empenho em relação aos estudos, inclusive,
realizando todas as atividades propostas ao final do módulo. Cada uma delas
deve ser resolvida antes de você passar para o módulo seguinte.
Caso encontre alguma dificuldade, peça ajuda ao seu professor tutor, coordenador,
supervisor e também procure discutir e socializar os conhecimentos com outros
cursistas do seu município que estejam participando deste curso.
Vamos começar o nosso curso refletindo sobre um conceito que será fundamental
para a compreensão das políticas públicas, da participação, do controle social e
para sua atuação como cidadão. Trata-se do conceito de Estado.
Definir Estado é uma tarefa complexa, pois esse termo pode abrigar uma
variedade de conceitos. Em uma definição clássica, o Estado pode ser definido
como a ordem jurídica soberana, que tem por fim o bem comum de um povo,
situado em determinado território (DALLARI, 2007).
Apesar do Estado ser uma criação humana, é importante não tratá-lo em abstrato,
ou seja, desenraizado da realidade e da história. Na prática, os Estados têm
grandes dificuldades de exercerem os seus poderes políticos, regular a sociedade,
aplicar regras e controlar a entrada de elementos externos indesejáveis no seu
território (PEREIRA, 2008 p. 143).
RESUMINDO
Estado – é definido como o conjunto das instituições permanentes – como
órgãos legislativos, tribunais, exército e outras que não formam um bloco
monolítico necessariamente e que possibilitam a ação do governo.
Não se esqueça!
I – a soberania;
II – a cidadania;
V – o pluralismo político.
Parágrafo único - Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Como você pode perceber, pelo exposto acima, a essência da dinâmica política de
uma federação é produzir pactos. Assim, as relações intergovernamentais entre
a União, os estados e os municípios, conforme a Constituição Federal, devem ser
de cooperação e colaboração recíproca e orientada por processos de pactuação,
tendo em vista o interesse público.
a) Soberania
Pode ser definida como o poder político supremo, a liberdade de poder político
e decisório dentro de seu respectivo território nacional, principalmente no
tocante à defesa dos interesses nacionais.
b) Cidadania
Decorre diretamente do princípio do Estado Democrático de Direito,
consistindo na participação política do indivíduo nos negócios do Estado.
e) Livre iniciativa
Ligada ao liberalismo econômico, envolve a liberdade de empresa e a
liberdade de contrato. A livre iniciativa é também um princípio fundante da
ordem econômica.
f) Pluralismo político
Diz respeito a uma sociedade plural onde exista diversidade e onde as
liberdades devem ser respeitadas. O pluralismo é social, político, religioso,
econômico, de ideias, cultural, dos meios de informação.
RESUMINDO
RESUMINDO
SENTIDO FORMAL SENTIDO MATERIAL
Funções do Estado
GOVERNO Três Poderes (atividade administrativa,
legislativa e judiciária)
Conjunto de órgãos e
Serviço público (atividade
ADMINISTRAÇÃO entidades que realizam
administrativa)
serviço público
L LEGALIDADE
I IMPESSOALIDADE
• CONSTITUCIONAIS M MORALIDADE
PRINCÍPIOS
P PUBLICIDADE
E EFICIÊNCIA
• RAZOABILIDADE
• PROPORCIONALIDADE PLANEJAMENTO
• MOTIVAÇÃO COORDENAÇÃO
• PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DESCENTRALIZAÇÃO
DECRETO LEI 200/67 DELEGAÇÃO DE
COMPETENCIA
RESUMINDO
RESUMINDO
Nesta primeira unidade, você pode compreender o conceito de Estado, a
organização política que organiza a nossa vida em sociedade.
Vimos que, até o século XV, o Estado era tratado como uma entidade divina,
que não se separava da pessoa do rei ou governante. Após esse período,
com o desenvolvimento sociopolítico, temos a consolidação dos Estados
Nacionais, constituídos por um poder coercitivo, por um território, máquina
burocrática e por um conjunto de condutas e comportamentos.
Vimos também que o nosso país, além de uma federação, é uma República
e, como uma República, deve garantir a supremacia do interesse público
sobre o privado. Você também pode conhecer os princípios que regem
a administração pública e que também recaem sobre os Conselhos de
Políticas Públicas.
Depois que a democracia ateniense teve seu fim, houve uma interrupção por dois
mil anos e, somente com os movimentos da Revolução Americana e Revolução
Francesa (ambas no Século XVIII), é que ela reaparece com novas concepções
filosóficas.
Democracia representativa: neste modelo, o direito de fazer leis não deveria ser
estendido a todo o povo reunido em assembleia, mas a representantes eleitos
pelos cidadãos, aos quais são reconhecidos e garantidos os seus direitos
políticos. Para Benjamin Constant (1767-1830), Alex Tocqueville (1805-1859) e
John Stuart Mill (1806-1873), esse modelo é a única forma de governo possível
para reconhecer e garantir alguns direitos fundamentais (direitos de liberdade, de
pensamento, de religião, de imprensa, reunião etc.)
Democracia deliberativa: conceito mais difundido nos anos de 1980, a obra que
mais influenciou esse modelo foi a de Jürgen Habermas sobre ação comunicativa.
Dois aspectos básicos constituem esse modelo:
A teoria de Marx e Engels influenciou líderes socialistas. Dentre eles Lênin que
se destacou como um teórico defensor da democracia genuína e um severo
crítico da democracia burguesa. Apesar de reconhecer avanços na república
democrática, ele afirma que nas sociedades capitalistas o conceito de liberdade
é contraditório.
SAIBA MAIS
IMPORTANTE
REALIDADE SOCIOECONÔMICA
IMPORTANTE
O RICO
O POBRE
RESUMINDO
RESUMINDO
Nesta unidade, você conheceu o percurso histórico da democracia e
os seus modelos postos em prática. Assim, tivemos cinco modelos de
democracia: direta, representativa, radical, participativa e deliberativa.
Dentre os modelos apresentados, os mais próximos à prática dos conselhos
são os da democracia participativa e deliberativa. Mostramos também,
nesta unidade, que temos dois Brasis, um rico e um pobre, chamando a
sua atenção para as contradições do sistema capitalista em nosso projeto
societário vigente, de modo a provocar a sua reflexão sobre a perspectiva
de democracia que nos referência em nossa prática cotidiana. O que é
democracia para você? Ela deve se materializar apenas formalmente ou
substancialmente, no que se refere à igualdade política, econômica, cultural
e social? Pense nisso.
ARTIGO 1
O artigo de ALMEIDA, Carla e TATAGIBA, Luciana, de 2012, o qual faz uma excelente
abordagem sobre o argumento referente às expectativas democratizantes dos
conselhos gestores pode trazer-nos elementos teórico-empíricos fundamentais
para uma compreensão crítica e pertinente à nossa realidade, no que tange ao
funcionamento dessas instâncias.
Para fins deste estudo, vamos conhecer agora um pouco da história dos
Conselhos no Brasil.
FUNDOS
CONTÁBEIS
CONSELHOS DE POLÍTICAS
PÚBLICAS
SOCIEDADE CIVIL
Possibilidade de
participação/ Controle O que é Artigos
Social
Consulta popular
realizada pelo governo
sobre matéria de
acentuada relevância, de
natureza constitucional,
legislativa ou Artigo 14, inciso I;
administrativa. É artigo 18, parágrafos
Plebiscito
convocado antes 3º e 4º; artigo 2º do
de atos legislativos ADCT.
ou administrativos,
cabendo ao povo,
pelo voto, aprovar ou
denegar o que lhe tenha
sido submetido.
Consulta popular
realizada pelo governo
sobre um assunto
de grande relevância,
Artigo 14, inciso II;
Referendo na qual o povo se
artigo 49, XV.
manifesta sobre uma
lei após esta estar
constituída, podendo
ratifica-la ou rejeitá-la.
Segundo Siraque (2005), embora o termo “Conselho” não seja citado de forma
explícita, faz-se referência a ele através de expressões e vocábulos semelhantes
quanto ao sentido de “participação, controle, gestão democrática, fiscalização,
os quais têm as características básicas dos conselhos de políticas públicas”
(p.126). Esses termos são, segundo o autor, encontrados nos artigos 10, 198,
inciso III, 204, inciso II, e no artigo 206, inciso VI, abaixo transcritos:
Betlinski (2006) afirma que, no Brasil, aproximadamente 35% dos eleitores são
analfabetos ou não concluíram o ensino fundamental. Esse dado indica que,
embora a CF reconheça esses cidadãos como iguais perante outros, parece
razoável concluir que uma massa de cidadãos excluídos de condições culturais
e educacionais e acesso às informações que signifiquem sua promoção e
emancipação social não poderá gozar da cidadania de forma plena.
A redemocratização dos anos 1980 é uma luz no fim do túnel no que se refere à
possibilidade de criação de uma cultura cívica que fomente a cidadania ativa em
nossa sociedade.
1. O que é controle?
Uma família com renda de três salários mínimos que já comprometeu mais
de 50% dos rendimentos com dívidas no cartão de crédito e cheque especial
e continua sem fazer um controle financeiro dos gastos.
Como você pode perceber o controle é essencial no nosso cotidiano nas mais
diversas situações. Na gestão pública não é diferente.
IMPORTANTE
• Solicitação de vistas a
processos administrativos ou
judiciais;
FUNDOS
CONTÁBEIS
• Leitura do Diário Oficial;
• Requerimento ou petição
solicitando certidões ou
informações junto aos órgãos
públicos;
• Cartas
• Denúncias
• Representação;
• Reclamação verbal ou escrita CONTROLE CONTROLE
à própria administração,
ao Ministério Público, ao INTERNO EXTERNO
Tribunal de Contas e ao Poder
Legislativo.
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres da União;
Na base está o controle interno que é realizado por uma unidade administrativa,
a qual integra a estrutura dos órgãos das esferas federal, estadual, distrital e
municipal.
Nos municípios, o controle interno fica a cargo da Controladoria Interna que deve
coordenar todo o processo nas secretarias e órgãos da administração pública
municipal.
• Erros de julgamento.
Por último, cabe destacar que o controle interno não pode se isolar em si mesmo,
tendo como preocupação apenas a análise da conformidade legal dos atos
oficiais, ou a análise contábil. É necessária uma atuação voltada para a garantia
da economicidade, eficiência, eficácia e efetividade das políticas públicas, o que
exige um trabalho articulado com o controle externo e com o controle social.
O artigo 5° da citada Resolução legislou, como prazo máximo, para que os entes
implantem o Sistema de Controle Interno até o final do exercício de 2011.
1-Avaliar
Dos Programas de Governo
Execução
2-Comprovar a Legalidade
Orçamentária
SISTEMA DE Órgãos e
Eficiência Gestão
CONTROLE Financeira Entidades da
INTERNO Adm. Direta
3-Avaliar Resultados
Eficácia Patrimonial
Adm. Indireta
Fonte: GUIMARÃES, Fernando Agusto Melo apud CASTRO, Rodrigo, Pironti Agirre de.
E O CONTROLE SOCIAL?
COMO PODE SER REALIZADO?
QUEM SÃO OS RESPONSÁVEIS POR ESSE CONTROLE?
Após vinte anos de ditadura militar em que predominou uma forte centralização
das decisões, sobretudo, no Poder Executivo Federal, em que foram cerceados
os direitos a livre manifestação do pensamento e outras garantias individuais,
as propostas discutidas durante o período de abertura democrática nos anos
1980 convergiam para a superação desse Estado autoritário. Era imperativo e
urgente ampliar a participação nas decisões e descentralizar a gestão pública,
aproximando as decisões do Estado do cotidiano do cidadão (BRASIL, 2009).
4.4 | REFLEXÃO
Nas análises sobre a corrupção no Brasil, um conjunto de abordagens foram
desenvolvidas por analistas e estudiosos do assunto que procuram explicar as
suas causas, delineando alternativas de superação desse problema.
RESUMINDO
RESUMINDO
Nesta unidade, foi possível compreender o conceito de controle, numa
perspectiva ampla, a importância do controle para qualquer ação humana
e as formas de controle na gestão pública.
NÉGOCIO
Controle da gestão dos recursos públicos.
MISSÃO
Controlar a gestão dos recursos públicos do Estado e dos municípios de
VISÃO
Ser reconhecido como instituição essencial ao regime democrático, atuando
pela melhoria da qualidade da gestão pública e no combate à corrupção e ao
desperdício.
VALORES
Justiça: Pautar-se estritamente por princípios de justiça, pela verdade e pela
lei, com integridade, equidade, coerência, impessoalidade e imparcialidade.
Qualidade: Atuar de forma ágil, tempestiva, efetiva, eficiente e eficaz, com
base em padrões de excelência de gestão e de controle.
Profissionalismo: Atuar com base nos princípios e valores éticos e de forma
independente, técnica, responsável, proativa, leal e comprometida com a
identidade institucional e com o interesse público.
Transparência: Disponibilizar e comunicar tempestivamente, em linguagem
clara e de fácil acesso, as ações, decisões e atos de gestão do TCE, bem
como as informações dos fiscalizados sob sua guarda, no interesse da
sociedade.
Consciência Cidadã: Estimular o exercício da cidadania e o controle social
da gestão pública.
I. Tribunal Pleno;
II. Câmaras;
III. Presidência;
IV. Vice-presidência;
V. Corregedoria Geral;
VI. Conselheiros;
X. Área de Gestão;
XI. Ouvidoria.
XI. fixar prazo para que o titular do órgão ou entidade adote providências
para o exato cumprimento das normas legais, se verificada ilegalidade;
E “contas reprovadas”?
A reprovação das contas demonstra que o governante não planejou sua
administração e aplicou de forma errada os recursos públicos. Isso ocorrendo,
quem sofre é a população como um todo, que deixa de receber serviços e obras
de que necessita para ter uma administração pública mais eficiente. O mau
gestor recebe sanções do Tribunal de Contas que vão de multa, ressarcimento à
responsabilização criminal (TCE-MT,s/d).
Cabe lembrar, que a palavra final sobre o julgamento das contas de governo, sejam
as do Presidente da República, dos governadores e dos prefeitos municipais, é
sempre do Poder Legislativo.
RESUMINDO
RESUMINDO
Nesta unidade, você teve a oportunidade de conhecer a missão institucional
do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso e as competências
constitucionais desta Corte de Contas.
ABREU, Alzira Alves de; ARAUJO, Juliana Gagliardi de. A federação brasileira –
estados e municípios: estrutura e atribuições. In: ABREU, Alzira Alves de (org.)
Caminhos da cidadania. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009.
2
mod.
É muito importante que você realize todas as leituras, na sequência em que estão
apresentadas, procurando resolver as atividades propostas. Cada uma delas deve
ser resolvida antes de você passar para a temática seguinte. Caso encontre alguma
dificuldade, peça ajuda ao seu tutor.
REFLITA
Cursista, como você define sociedade? Escreva o que é sociedade para você.
Muito bem! Como um cidadão que está na importante função do controle social de
seu município, faz-se importante refletir continuamente a respeito de definições e
conceitos que, de tão próximos, vão se tornando corriqueiros, simples e, às vezes,
já nem pensamos mais a respeito, entramos no “automático”. Você concorda?
Porque o conflito é próprio da vida coletiva. Porém, para que a sociedade possa
sobreviver e progredir, o conflito deve estar dentro de limites administráveis. Ou
seja, embora nós, indivíduos, possamos divergir, competir e entrar em conflito,
precisamos evitar o confronto. Para tanto, é necessário que haja alguns consensos
em relação às regras e aos limites necessários ao bem-estar coletivo.
Por isso, as sociedades recorrem à política, seja para construir os consensos, seja
para controlar o conflito. Cabe indagar, então, o que é a política. Uma definição
bastante simples é oferecida por Schmitter, citado em Ruas, que diz que a “política
é a resolução pacífica para os conflitos” (1984, p. 34).
Assim, embora uma política pública implique decisão política, nem toda decisão
política chega a constituir uma política pública. Podemos encontrar um exemplo
na emenda constitucional para reeleição presidencial, ou a CPMF, ou, ainda,
a criação de um novo estado da federação. Observe que essas situações
apresentadas são decisões, mas não são políticas públicas. Já a reforma agrária,
o Sistema Único de Saúde, o financiamento da educação superior ou a adoção de
mecanismos de transferência de renda são políticas públicas.
Neste curso, vamos estudar apenas o modelo sistêmico de análise, por considerá-
lo o mais apropriado à compreensão da política, definida como resposta de um
sistema político à forças geradas no ambiente. O sistema político é o conjunto
de estruturas e processos inter-relacionados que funcionam para produzir
alocações de valores para a sociedade. O conceito de sistema implica uma
série de instituições e atividades na sociedade que funcionam para transformar
demandas em decisões imperativas, requerendo suporte legitimador da
sociedade como um todo. Implica também que os elementos do sistema são
inter-relacionados, que eles podem responder à forças do seu ambiente e que
De acordo com o exposto, podemos afirmar que as demandas podem ser, por
exemplo, reivindicações de bens e serviços, como saúde, educação, estradas,
transportes, segurança pública, normas de higiene e controle de produtos
alimentícios, previdência social etc. Ou, ainda, demandas de participação no
sistema político, como reconhecimento do direito de voto dos analfabetos, acesso
a cargos públicos para estrangeiros, organização de associações políticas,
direitos de greve etc. Ou, ainda mais, demandas de controle da corrupção, de
preservação ambiental, de informação política, de estabelecimento de normas
para o comportamento dos agentes públicos e privados etc.
Esses são apoios passivos, pois não exigem qualquer esforço especial por parte
dos atores envolvidos e podem resultar até mesmo da conformidade obtida
mediante a socialização. Mas os apoios podem ser também ativos, quando se
trata de atos conscientes e deliberados, como o envolvimento na implementação
Qualquer que seja o seu tipo, os inputs ocorrem nos vários níveis sistêmicos.
Existe, por definição, um sistema internacional. Quando os empresários, por
exemplo, como forma de protesto contra uma dada medida de governo, deixam
de pagar impostos, constata-se a ausência de um input de apoio. São globais,
no qual tem lugar relações diversas entre múltiplos atores: Estados nacionais
(países), blocos regionais (Mercosul, União Europeia, por exemplo), organismos
internacionais, atores transnacionais (como o sistema financeiro global,
corporações multinacionais, grupos terroristas, crime organizado, ONGs etc.).
Além disso, nos mais diversos aspectos da vida dos países – religião, economia,
cultura, ciência e tecnologia etc., surgem questões cuja resolução pode envolver,
direta ou indiretamente, interesses de outros países. Exemplos claros disso
são as questões ambientais, os problemas de segurança sanitária, os conflitos
religiosos e étnicos etc.
SISTEMA
INTERNACIONAL GLOBAL
SISTEMA NACIONAL
(social, econômico,
cultural, etc)
DEMANDAS
INPUTS SISTEMA DECISÕES E OUTPUTS
AÇÕES
APOIOS POLÍTICO
WITHINPUTS
RETROALIMENTAÇÃO
(feedback)
Uma forma de lidar com essa complexidade, sem descartar a dinâmica sistêmica,
é associar o modelo sistêmico com o modelo do ciclo de política (policy cycle),
que aborda as políticas públicas mediante a sua divisão em etapas sequenciais
(figura 4).
ANÁLISE DO PROBLEMA
Nesse caso, as etapas são compreendidas não como um processo linear, mas como
uma unidade contraditória, em que o ponto de partida não está claramente definido
e atividades de etapas distintas podem ocorrer simultaneamente ou as próprias
etapas podem apresentar-se parcialmente superpostas.
A correta compreensão do ciclo das políticas pode ser de grande valia para o
gestor, favorecendo seu entendimento correto do processo das políticas públicas
e auxiliando-o a refletir com clareza sobre como e mediante quais instrumentos as
políticas poderão ser aperfeiçoadas.
O ciclo de políticas é uma abordagem para o estudo das políticas públicas que
identifica fases sequenciais e interativas-iterativas no processo de produção de uma
política. Essas fases são:
Quando falamos das relações entre burocracia e políticas públicas, vale destacar
que a literatura da área faz menção ao grupo conhecido como burocracia de
nível de rua. Trata-se de servidores administrativos que operam na ponta, no
atendimento ao público, e que se apresentam como a face pessoal de um
governo, podendo afetar fortemente a implementação das políticas públicas
devido ao seu controle de acessos, seu conhecimento do público etc.
Ainda no sistema nacional, temos presentes outros atores, situados além das
relações entre o capital e o trabalho. Compreendem um universo extremamente
amplo e diversificado, seja quanto às áreas temáticas em que atuam, quanto
ao estilo de atuação, quanto à capacidade de mobilização, quanto escopo de
ação etc. Podem ser entidades voltadas para a defesa de interesses específicos,
como associações de moradores, de proteção a animais, entidades religiosas,
ambientalistas etc. Algumas delas se apresentam como cooperativas,
associações, ONG etc.
A mídia será um ator quando seus interesses estiverem em jogo em uma política
pública, como ocorreu com a proposta da Lei do Audiovisual no governo Lula.
Frequentemente, a mídia é um recurso de poder de atores que têm capacidade de
mobilizar os instrumentos mediáticos em favor dos seus interesses. Os jornais
e a televisão são importantes agentes formadores de opinião, principalmente
porque possuem capacidade de mobilizar a ação de outros atores. Na verdade,
a televisão representa um inestimável recurso de poder, devido a sua enorme
capacidade de influir na agenda de demandas públicas, de chamar a atenção do
público para problemas diversos, de mobilizar a indignação popular, enfim, de
influenciar as opiniões e os valores da massa popular.
SOCIEDADES
SISTEMA POLÍTICO
DEMANDAS REPRIMIDAS
ESTADOS DE COISAS
NOVAS RECORRENTES
NÃO - DECISÃO
PROBLEMAS
POLÍTICOS
AGENDA
A “não decisão” não se refere à ausência de decisão sobre uma questão que
foi incluída na agenda política. Isso seria mais propriamente resultado do
emperramento do processo decisório, que pode ocorrer por motivos diversos
associados ao fluxo da política (politics). Logo, a “não decisão” significa que
determinadas temáticas que contrariam os códigos de valores de uma sociedade
ou ameaçam fortes interesses, enfrentam obstáculos diversos e de variada
intensidade à sua transformação de um estado de coisas em um problema
político e, portanto, à sua inclusão na agenda governamental.
a) mobilize ação política: seja ação coletiva de grandes grupos, seja ação
coletiva de pequenos grupos dotados de fortes recursos de poder, seja
ação de atores individuais estrategicamente situados;
Toda ação tem um custo real, ou custo de oportunidade, desde que haja escolha.
Só não há custo quando a escolha não existe.
RESUMINDO
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
Para saber mais a respeito da Constituição Federal Brasileira, acesse:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
C) EXCLUSIVIDADE; H) ESPECIFICAÇÃO;
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Uma proposta, que contém o projeto de lei do orçamento, deve ser elaborada
pelo Executivo e submetida ao Legislativo (Congresso Nacional, em nível federal),
para que possa ocorrer apreciação (autorização – controle político) e a posterior
devolução da lei ao Poder Executivo para sanção e publicação.
O orçamento precisa ter força de lei para que todos saibam que ele foi autorizado
com aval da sociedade por meio de seus representantes legais.
B) Princípio da Anulidade/Periodicidade
O orçamento deve ter vigência limitada a um exercício financeiro. Impõe que as
previsões de receita e despesas devem referir-se, sempre, a um período limitado
no tempo. O orçamento deve obedecer a certa periodicidade, que, na maioria
das vezes, é de um ano, uma vez que esta é a medida de tempo normal para
previsões dentro do setor público (ano civil). Esse princípio está consagrado na
legislação brasileira por meio da Constituição Federal (art. 165, inciso III) e Lei nº
4.320/64 (artigos 2º e 34).
IMPORTANTE
VOCÊ SABIA QUE O PERÍODO DO ANO CIVIL COINCIDE COM O PERÍODO
DO EXERCÍCIO FINANCEIRO?
C) Princípio da Exclusividade/Pureza
A lei orçamentária não poderá conter matéria estranha à previsão das receitas e
à fixação das despesas. Esse princípio está consagrado na legislação brasileira
por meio da Constituição Federal (art. 165, § 8º) e Lei nº 4.320/64 (art. 7º).
D) Princípio da Unidade/Totalidade
O orçamento deve ser uno, ou seja, do ponto de vista estritamente formal cada
ente federado (União, Estado, Distrito Federal e Município) deve ter apenas um
orçamento. Busca-se, dessa forma, eliminar a existência de orçamentos paralelos.
No caso do Brasil, a União possui três peças orçamentárias integradas de forma
harmônica dentro de um sistema integrado de planejamento-orçamento:
1. orçamento fiscal;
E) Princípio da Universalidade
O orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes
da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta.
Esse princípio está consagrado na legislação brasileira por meio da Constituição
Federal (art. 165, §5º) e Lei nº 4.320/64 (art. 2º).
F) Princípio do Equilíbrio
Assegura que as despesas não serão superiores à previsão das receitas.
Contabilmente o orçamento está sempre equilibrado, pois se as receitas
esperadas forem inferiores às despesas fixadas, e o governo resolver não cortar
gastos, a diferença deve ser coberta por operações de crédito que, por lei, devem
também constar do orçamento.
G) Princípio da Publicidade
Zela pela garantia da transparência e total acesso a qualquer interessado às
informações necessárias ao exercício da fiscalização sobre a utilização dos
recursos arrecadados dos contribuintes.
H) Princípio da Especificação/Especialização/Discriminação
Veda as autorizações de despesas globais. As receitas e despesas devem ser
discriminadas, demonstrando a origem e a aplicação dos recursos. O §4º do art.
5º, da Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF estabelece a vedação de consignação
de crédito orçamentário com finalidade imprecisa, exigindo a especificação da
despesa. As exceções a esse princípio orçamentário são os programas especiais
de trabalho e a reserva de contingência (art. 5º, III, da LRF).
IMPORTANTE
Constituição Federal/88
IMPORTANTE
Constituição Federal/88
Art. 35 (...)
C) SANÇÃO E VETO
Conforme disposição do artigo 66 da Constituição Federal, em síntese, o
Presidente da República terá 15 dias úteis, a contar da data do recebimento do
projeto, para sancioná-lo. Ainda poderá vetá-lo no todo ou em parte, comunicando
o fato em 48 horas ao presidente do Senado Federal, expondo suas razões. E
também o silêncio do presidente importará em sanção.
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
Pesquise sobre as circunstâncias de veto presidencial parcial ou total da
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA
DISCUSSÃO E APROVAÇÃO DA LEI ELABORAÇÃO DA PROPOSTA
E FINANCEIRA/CONTROLE E
ORÇAMENTÁRIA ANUAL - LOA ORÇAMENTÁRIA ANUAL - PLOA
AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO
Fonte: http://www.orcamentobrasil.com
IMPORTANTE
Os programas compreendem:
• A definição dos problemas que se tem por objetivo solucionar;
• O conjunto de ações que deverão ser empreendidas para atingir os
objetivos estabelecidos.
Para a definição das metas, foi feito um contraponto da situação atual, dado
representativo dos indicadores na data mais recente, com um valor de referência
adotado a ser perseguido para o ano de 2019. As estratégias, por sua vez,
representam um corpo coerente e integrado de ações que explicitam as escolhas
do governo e da sociedade, que colocam as mudanças em movimento e levam
ao desenvolvimento futuro do Estado. Elas definem as grandes prioridades que
organizam e estruturam o conjunto de programas, projetos e atividades numa
determinada direção.
Objetivos
Indicadores Unidade 2009 2015
Específicos
Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica nos anos Escala de
4,9 5,2
iniciais do ensino fundamental - 0 a 10
(IDEB)
índice de Desenvolvimento da
Melhorar a Escala de
Educação Básica nos anos finais 4,3 4,7
qualidade 0 a 10
do ensino fundamental
do ensino
Percentual de alunos com
fundamental
aprendizado adequado em língua Percentual 23,9 40,7
portuguesa no 8ª/9ª anos
Percentual de alunos com
aprendizado adequado em Percentual 12,7 33,7
matemática no 8ª/9ª anos
Indice de Desenvolvimento da
Escala de
Educação Básica (IDEB) Ensino 3,2 4,3
0 a 10
médio
Melhorar a % de alunos com aprendizado
qualidade do adequado em língua portuguesa Percentual 21 47,2
ensino médio na 3ª série do ensino médio
% de alunos com aprendizado
adequado em matemática na 3ª Percentual 6,0 36,0
série do ensino médio
Universalizar
o atendimento População de 4 a 17 anos na
Percentual 89,7 100
escolar na faixa de escola
4 a 17 anos
IMPORTANTE
(http://www.orcamentobrasil.com).
REFLITA
Além das audiências citadas, temos ainda o § 4º, do art. 9º, da Lei Complementar
nº 101/2000, que determina que o Poder Executivo, até o final dos meses de
fevereiro, maio e setembro, deve demonstrar e avaliar o cumprimento das metas
fiscais, em audiência pública na Câmara Municipal.
Lei Complementar
Fevereiro Audiência da Saúde até 28/02
141/2012
ADCT da Constituição de
Abril Audiência da LDO até 15/04 *
Federal e Lei 10.527/2001
Lei Complementar
Audiência da Saúde
141/2012
Maio até 31/05
Audiências das Metas Lei Complementar
Fiscais 101/2000
Audiência do PPA
ADCT da Constituição de
Agosto até 31/08
Federal e Lei 10.527/2001
Audiência da LOA
Previsão
A previsão é o estágio em que a receita é estimada e passará a constar na lei
orçamentária. O artigo 12, da Lei Complementar 101/2000, dispõe que:
A etapa da previsão das receitas antecede a fixação das despesas públicas, pois,
serão as receitas que suportarão a assunção de despesas pelos entes/entidades
públicas.
Lançamento
Segundo o artigo 53, da Lei nº 4.320/1964, lançamento como ato da repartição
competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é
devedora e inscreve o débito desta.
Arrecadação
Corresponde à entrega dos recursos devidos, aos entes públicos, pelos
contribuintes ou devedores, por meio dos agentes arrecadadores ou instituições
financeiras autorizadas.
Previsão
A previsão é o estágio em que a despesa é fixada e passará a constar na lei
orçamentária.
Empenho
O empenho é o primeiro estágio da execução efetiva da despesa e pode ser
conceituado como sendo o ato emanado de autoridade competente que cria
para o Estado a obrigação de pagamento, pendente ou não de implemento de
condição.
Liquidação
É nesse estágio da execução da despesa que será cobrada a prestação dos
serviços ou a entrega dos bens, ou ainda, a realização da obra, evitando, dessa
forma, o pagamento sem o implemento de condição.
Pagamento
O último estágio da despesa é o pagamento e consiste na entrega de numerário
ao credor do ente público, extinguindo dessa forma o débito ou obrigação. Esse
nascimentos, óbitos,
IBGE estatísticas do registro Civil
casamentos
Estatísticas sociais e
econômicas diversas, em
diferentes níveis de atualização
IBGE www.ibge.gov.br
e desagregação territorial,
acessíveis nas publicações, no
@Cidades, Sidra e BME.
Estatísticas educacionais,
Ministério Docentes e equipamentos,
www.inep.gov.br
da Educ. Avaliação de desempenho
educacional.
Estatísticas mensais do
Ministério
Cadastro Geral de Empregados
do www.mte.gov.br
e Desempregados, Relação
trabalho
Anual das Informações Sociais.
Indicadores de Pobreza
Ministério
e Indigência, Acesso aos
do Desenv. www.mds.gov.br
Programas de Transferência de
Social
Renda
Por exemplo:
• Construir mais escolas, salas de aula ou quadras esportivas pode implicar
a construção de um número menor de moradias populares;
• Aumentar e diversificar o atendimento médico e hospitalar pode limitar
o alcance de programas de expansão de infraestrutura urbana para áreas
ainda não atendidas; e
• Melhorar e subsidiar o transporte público pode concorrer com as
necessidades de ampliação de vagas em creches e asilos.
Por exemplo, para calcular a taxa de mortalidade infantil, trata-se de uma razão
entre o total de óbitos de crianças de até um ano de idade e o total de crianças
nascidas vivas ao longo do mesmo ano de referência, como apresentado na
fórmula a seguir:
Estes dados podem ser encontrados com grande confiabilidade por meio do
Censo Escolar do INEP. Podemos também encontrar pesquisas com informações
de indicadores em nível dos governos federal, estadual e municipal, em diversas
instituições como IPEA, PNUD, Datasus, Portalodm, Muninet.org.br. Essas
instituições trazem informações que podem atender a determinada necessidade
de pesquisa em uma área de estudo, para compreensão de determinados
cenários em que a população está inserida e podem colaborar na elaboração de
projetos e programas sociais pelos agentes governamentais.
Trata-se de uma valiosa ferramenta a ser utilizada pelos controles externo, interno
e social. Ao retratar os resultados das políticas públicas de saúde e educação do
Governo do Estado e dos municípios, o controle externo avalia a eficiência na
gestão dos recursos públicos; os gestores públicos avaliam sua própria atuação
verificando a evolução dos resultados e sua posição em comparação com a média
Brasil e Mato Grosso, o que permite a tomada de decisões; e por fim, a sociedade,
que poderá verificar como está o desempenho do Estado e dos municípios mato-
grossenses e cobrar ações dos gestores no sentido de melhorar a qualidade dos
serviços ao cidadão.
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
Acesse o site do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso e verifique
a situação do seu município, nos últimos três anos, quanto a classificação
nos índices IGF – Índice de Gestão Fiscal, IGFM-TCE/MT e quanto a política
de segurança implementada pelo Governo do Estado.
RESUMINDO
Nesta unidade, vimos a importância da administração financeira e
orçamentária como ferramenta para a gestão dos recursos públicos. Os
governos federal, estadual e municipal utilizam o orçamento público para
controlar as informações de todos os gastos governamentais.
O poder público é o agente que tem como poder absoluto a busca da satisfação
dos interesses dos cidadãos com atenção especial à educação, saúde, segurança,
saneamento, energia, transporte coletivo etc. Dessa forma, para atingir esses
objetivos é necessária a realização de despesas que serão custeadas por dinheiro
público, ou seja, do povo.
A figura 10 mostra uma das charges estampadas na mídia que retrata a questão
da corrupção no Brasil.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u706261.shtml
Vejamos o que diz a Lei - A Lei Nº 8.429, de 2 de Junho de 1992, dispõe sobre as
sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito, no
exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta,
indireta ou fundacional.
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele
que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por
eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
Leia essa Lei na íntegra visitando o sítio eletrônico http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/L8429.htm
Dessa forma, podemos perceber que o agente público não pode incorrer na
tentação de ofertas de todo gênero, como presentes, favores indevidos, preços
diferenciados, ignorar fatos ilícitos (fazer vista grossa), aceitar produtos fora das
especificações, o chamado (gato por lebre), e diversas situações que podem
ocasionar a improbidade administrativa.
O agente público deve ter uma trajetória financeira pela qual possa ser comprovado
o seu acúmulo patrimonial. Além disso, destaca-se a apropriação indevida de
bens, rendas, verbas, ou valores que pertencem ao patrimônio público estatal,
dentre outros.
Em 1998, foi editada a Lei n. 9.755/98, que dispõe sobre a criação de uma página
na internet, com o título Contas Públicas, pelo Tribunal de Contas da União.
Nessa página, todos os poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios,
administrações diretas e indiretas, devem publicar suas contas, conforme
regulamentado pela Instrução Normativa n. 28/99 e Portaria n. 275/00. Logo
após, em 2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF trouxe a obrigatoriedade
de publicação dos instrumentos de transparência da gestão fiscal inclusive em
meios eletrônicos de acesso público (CRUZ, 2012).
Em Brasil (2000), conforme Inciso I, do artigo 5º, da Lei n.º 10.028/00, constitui
infração administrativa contra as leis de finanças públicas deixarem de divulgar
ou de enviar ao Poder Legislativo e ao Tribunal de Contas o relatório de gestão
fiscal. E também relata que a punição prevista no § 1º, do artigo 5º, da lei citada, é
multa de 30% dos vencimentos anuais do agente que lhe der causa, sendo que o
pagamento da multa é de responsabilidade pessoal do agente, não da instituição.
EFETIVIDADE
CIDADANIA
(RESULTADO/ TRANSPARÊNCIA TRANSPARÊNCIA
(PARTICIPAÇÃO
EFICÁCIA. (PARTICIPAÇÃO POPULAR TRANSPARÊNCIA (ATIVA E PASSIVA DE
POPULAR +
PROGRAMAS E NA ELABORAÇÃO E (ÓRGÃOS PÚBLICOS) TODOS OS ÓRGÃOS
CONCELHOS
PROJETOS DE DISCUSSÃO DOS PLANOS) PÚBLICOS)
PÚBLICOS)
GESTÃO)
3.3 | OUVIDORIA
Você já fez uso dos canais de comunicação da Ouvidoria de alguma instituição
pública ou privada?
Segundo Cruz (2012), ela é como uma “via de mão dupla” entre governo e o
cidadão, em que o cidadão pode obter o dado, gerar informações e contribuir
para o Estado dando feedback operacional, permitindo ao Estado melhorar
suas rotinas e seus procedimentos, além de revisar os dados que divulga para o
cidadão.
Por meio dos canais de comunicação, disponíveis nesta página, o cidadão pode
registrar elogios, sugestões, reclamações, solicitar informações e comunicar
irregularidades sobre os serviços prestados pela administração pública municipal
e estadual.
Aqui na Ouvidoria, você contribui com a fiscalização para que os recursos públicos
sejam aplicados de forma correta e eficiente.
Telefone: E-mail:
(65) 3613-7664 ouvidoria@tce.mt.gov.br
Fax: Correspondência:
(65) 3613-7524 Ouvidoria do TCE-MT
Rua Cons Benjamin Duarte Monteiro, nº1
Centro Político e Administrativo
Cuiabá-MT
Cep:78049-915
REFLITA
CONTROLE EXTERNO
INSTUMENTO DE CIDADANIA
(TCE-MT)
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
Para maior compreensão do tema, leia o “Guia de Implementação do
Sistema de Controle Interno na Administração Pública”, disponível no site
www.tce.mt.gov.br – link: publicações
art. 72. A comissão mista permanente a que se refere o art. 166, § 1º,
diante de indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma
Cruz (2012) observa que fiscalizar significa recorrer a técnicas de auditoria, testes
de observância e demais recursos metodológicos para exercer o mandamento
constitucional. Por esse e outros motivos, há necessidade de contar com o
auxílio técnico do Tribunal de Contas. No entanto, quando o sistema de controle é
modelo de plano Plurianual, não favorece uma efetiva fiscalização. Observamos
ainda que a Lei de orçamento é apenas autorizativa, quer dizer, com ausência da
imposição decisória.
II. Verbalmente;
Por fim, no art. 74, § 2º, a Carta Magna legitimou todo cidadão e algumas
entidades para diretamente dialogar com o Tribunal denunciando desvios ou má
aplicação dos recursos públicos: “Qualquer cidadão, partido político, associação
ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou
ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União”.
Nesses eventos, onde todos têm voz e vez, são apresentadas as funções do órgão
de controle externo – o TCE-MT, as consequências do julgamento das contas
públicas sob sua competência, as informações do Portal do Cidadão (receita,
despesa, políticas públicas, obras em execução, limites da LRF), a Ouvidoria, o
Portal Transparência, além dos canais disponíveis para o cidadão estabelecer
um contato direto com a Corte de Contas.
O Programa foi implantado pelo TCE, a partir de cinco projetos que foram
concebidos de modo integrado, onde a ação de um colabora na execução de
outro. São eles:
Parcerias Institucionais
A SAI desenvolve também ações de integração do TCE-MT com outras entidades
através da formalização de parcerias institucionais que tenham por objetivo
implementar as ações estratégicas, incluindo o intercâmbio de informações para
elevar a qualidade do controle externo e de incentivar o controle social.
RESUMINDO
Nesta unidade, vimos que o poder público é o agente que busca a satisfação
dos interesses dos cidadãos em diversas áreas como: Saúde, Educação,
Saneamento Básico, Energia, Transporte coletivo etc. Para atender todas
essas necessidades, o governo arrecada receitas e realiza despesas que
precisam ser controladas e acompanhadas. Assim, o tripé do controle é
formado pelo controle interno, externo e social que são instrumentos de
grande importância nesse processo de acompanhamento dos gastos
públicos. Sabemos que muitas vezes esses recursos não são aplicados
corretamente pelos agentes públicos e, desta forma, os instrumentos de
controle contribuem com a fiscalização e cobrança da responsabilidade
fiscal.
Elabore uma denúncia sobre mau uso de recursos públicos que poderia ser
encaminhada ao Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso.
BACHRACH, P.; BARATZ, M.S. Power and poverty: theory and practice. New York:
Oxford University Press, 1970.
BEZERRA FILHO, João Eudes. Orçamento aplicado ao setor público. 2 ed. São
Paulo: Atlas, 2013.
DYE, T. R. Understanding public policy. 4 ed. New Jersey: Prentice Hall, 1981.
OLSON, M. A lógica da ação coletiva. Fábio Fernandes (trad.). São Paulo: Edusp,
1999.
3
mod.
Caro(a) Cursista, você está iniciando o seu terceiro e último módulo do Curso.
As experiências de leitura e estudos realizados até este momento, deverão, agora,
darem condições a uma intervenção significativa em sua realidade local.
Discuta sobre isso com os demais cursistas nos fóruns, elabore suas sínteses e,
no que tange à atividade final, articule autonomamente tudo o que você aprendeu
com o conteúdo dos três módulos do curso e com as atividades de interação com
os tutores e com os outros cursistas.
O exercício da participação nos conselhos não pode ser um fim em si mesmo. Para
uma prática efetiva de controle social sobre o Estado, é necessário que o exercício
da participação no conselho se articule com outros conselhos e com outras
instâncias e espaços. Fundamentos teórico-metodológicos da funcionalidade
dos conselhos de políticas públicas de participação social e política como as
conferências, audiências públicas, ouvidorias e outros que venham a ser criados
no âmbito local.
É importante advertir que não se trata de uma mera “parceria” entre atores,
instituições e setores da administração pública, mas uma outra lógica de
compreender os problemas sociais e o cidadão numa perspectiva de totalidade
e outras ferramentas para o pensar e o agir.
REFLITA
5. Modernização Institucional.
IMPORTANTE
REFLITA
( ) sim ( ) não
( ) sim ( ) não
SAIBA MAIS
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ar ttext&pid=S0104-
62762008000100002&lng=pt&nrm=iso
OBJETIVOS:
• Para os conselheiros: Desenvolver estratégias e ações práticas que
favoreçam a sua atuação.
• Para o conselheiro ou futuro conselheiro: Envolvê-los na discussão e
proposição de ações que representem a sistematização das demandas
reais da população de seu município.
Nessa perspectiva, como preparação para sua atuação ou futura atuação como
conselheiro, o trabalho final do curso se apresenta como uma possibilidade de
apreensão dos conhecimentos transmitidos e deve ser encarado, principalmente,
como a possibilidade de ter suas ideias ouvidas, analisadas e quiçá postas em
prática possibilitando melhorias na qualidade de vida da população.
No trabalho final, você deverá escrever sobre determinada política pública, relatar
um problema na prestação de um serviço público relacionado a essa política
pública local e propor soluções para o problema, melhorias ou um jeito novo de
se fazer a mesma coisa com menor custo ou eficiência, levando-se em conta, a
realidade concreta de cada município.
Os trabalhos devem ser apresentados ao seu tutor que irá orientá-los quanto a
forma e conteúdo dos mesmos.
M433c
M433c
Mato Grosso.
Mato Grosso. Tribunal
Tribunal de
de Contas
Contas dodo Estado
Estado
Consolidação
Consolidação de
de entendimentos
entendimentos técnicos
técnicos :: súmulas
súmulas ee prejulgados
prejulgados
Tribunal de
Tribunal de Contas
Contas do
do Estado.
Estado. 7.
7. ed.
ed. –– Cuiabá
Cuiabá :: Publicontas,
Publicontas, 2015.
2015.
320p. ;; 22,8x15,8
320p. 22,8x15,8 cm.
cm.
ISBN
ISBN 978-85-98587-46-2
978-85-98587-46-2
1.
1. Administração
Administração Pública.
Pública. 2.
2. Controle
Controle Administrativo.
Administrativo.
3. Controle
3. Controle Externo.
Externo. 4.
4. Orientação.
Orientação. 5.
5. Fiscalização.
Fiscalização. I-
I- Título.
Título.
CDU
CDU 35.08
35.08
Jânia
Jânia Gomes
Gomes dada Silva
Silva
Bibliotecária CRB1
Bibliotecária CRB1 2215
2215
ProDução De
ProDução De ConteúDo
ConteúDo
SuperviSão
SuperviSão Maria Aparecida
Maria Aparecida Rodrigues
Rodrigues Oliveira
Oliveira........................ Secretária-Geral de
........................ Secretária-Geral de Controle
Controle Exte
Exte
Consultoria
Consultoria técnica
técnica
Coordenação
Coordenação e
e reviSão
reviSão Bruno
Bruno Anselmo
Anselmo Bandeira ............................................ Secretário-Chefe
Bandeira ............................................ Secretário-Chefe da
da Consultoria
Consultoria TT
elaboração
elaboração Natel Laudo da Silva ..................................................... Assessor Tecnico da Consultoria TT
Natel Laudo da Silva ..................................................... Assessor Tecnico da Consultoria
Bruna Henriques
Bruna Henriques de
de Jesus
Jesus ZimmerZimmer.......................... Técnico de
.......................... Técnico de Controle
Controle Público
Público Exter
Exter
Colaboração
Colaboração Edicarlos Lima
Edicarlos Lima Silva
Silva ....................................................... Consultor de
....................................................... Consultor de Estudos
Estudos Técnicos
Técnicos
Emerson Augusto
Emerson Augusto de
de Campos
Campos................................... Consultor de
................................... Consultor de Orientação
Orientação ao
ao Fisca
Fisca
Loide Santana
Loide Santana Pessoa
Pessoa Bombassaro
Bombassaro ......................... Auditora Pública
......................... Auditora Pública Externo
Externo
Renato
Renato Marçal
Marçal de
de Mendonça ..................................... Técnico
Mendonça..................................... Técnico de
de Controle
Controle Público
Público Exter
Exter
Rua
Rua Conselheiro
Conselheiro Benjamin
Benjamin Duarte
Duarte Monteiro,
Monteiro, nº
nº 1
1
Centro Político
Centro Político e
e Administrativo
Administrativo –– CEP:
CEP: 78049-915
78049-915 –– Cuiabá-MT
Cuiabá-MT
Rua Conselheiro Benjamin Duarte Monteiro, nº 1
+55
+55 65
65 3613-7500
3613-7500 –– tce@tce.mt.gov.br
tce@tce.mt.gov.br –– www.tce.mt.gov.br
www.tce.mt.gov.br
Centro Político e Administrativo – CEP: 78049-915 – Cuiabá-MT
C
Carta de S
arta de ServiçoS ao C
erviçoS ao Cidadão
idadão
+55 65 3613-7561 – publicontas@tce.mt.gov.br – www.tce.mt.gov.br
http://www.tce.mt.gov.br/uploads/flipbook/CartadeServicos2013/index.html
http://www.tce.mt.gov.br/uploads/flipbook/CartadeServicos2013/index.html
Horário
Horário de
de atendimento:
atendimento: 8h
8h às
às 18h,
18h, de
de segunda
segunda aa sexta-feira.
sexta-feira.
Siga:
Siga: TCEMatoGrosso
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@TCEmatogrosso