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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ

UNIFEI

EME902 – REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO

GRUPO 2: Projeto de câmara frigorífica para resfriar,


congelar e armazenar peru e embutidos de peru

Amanda Silva de Morais - 2016001030


Cynthia Siqueira Corrêa - 2016012525
Mariana Brito Alves - 2016006573

Orientação: Dr. Osvaldo Jose Venturini

Setembro/2019
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Esquema da parede utilizando uma camada de isolante .......................................... 19
Figura 2 - Curva de rendimento volumétrico do compressor da câmara de congelamento ..... 33
Figura 3 - Curva de rendimento volumétrico do compressor da câmara de armazenamento .. 35
Figura 4 - Rendimento isentrópico ........................................................................................... 36
Figura 5 – Temperatura de bulbo seco, úmido e máxima para as cidades da Região Sul conforme
Norma NBR6401 ...................................................................................................................... 41
Figura 6 – Paletes ..................................................................................................................... 42
Figura 7 - Caixa plástica ........................................................................................................... 42
Figura 8 - Painel isolante .......................................................................................................... 43
Figura 9 - Informações do painel isolante ................................................................................ 43
Figura 10 - Porta ....................................................................................................................... 44
Figura 11 - Empilhadeira .......................................................................................................... 44
Figura 12 - Diagrama Pxh do ciclo ........................................................................................... 48
Figura 13 - Evaporador do congelamento ................................................................................ 49
Figura 14 - Ventilador do evaporador de congelamento .......................................................... 49
Figura 15 - Evaporador do congelamento ................................................................................ 50
Figura 16 - Ventilador do congelamento .................................................................................. 50
Figura 17 - Compressor da câmara de congelamento .............................................................. 51
Figura 18 - Compressor da câmara de armazenamento ............................................................ 52
Figura 19 - Condensador do congelamento .............................................................................. 53
Figura 20 – Fator de correção do condensador da câmara de armazenamento ........................ 53
Figura 21 - Condensador do congelamento .............................................................................. 54
Figura 22 - Correção do condensador de congelamento .......................................................... 54
Figura 23 - Válvula termostática .............................................................................................. 55
Figura 24 - Correção da válvula de expansão termostática ...................................................... 55
Figura 25 - Filtro secador – armazenamento ............................................................................ 56
Figura 26 - Filtro secador - congelamento................................................................................ 57
Figura 27 - Válvula solenoide .................................................................................................. 57
Figura 28 - Visor de líquido ..................................................................................................... 58
Figura 29 - Separador de óleo................................................................................................... 58
Figura 30 - Tanque de líquido .................................................................................................. 58
Figura 31 – Pressostato ............................................................................................................. 59
Figura 32 – Termostato ............................................................................................................ 59
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 -Fator de correção da câmara de congelamento ........................................................ 18
Tabela 2 - Fator de correção da câmara de armazenamento..................................................... 19
Tabela 3 - Dados para calcular a espessura do isolamento....................................................... 21
Tabela 4 - Pressão de saturação e de vapor .............................................................................. 21
Tabela 5 - Dados para calcular carga térmica do produto ........................................................ 22
Tabela 6 – Características de operação do compressor da câmara de congelamento............... 31
Tabela 7 - Dados do ciclo A ..................................................................................................... 32
Tabela 8 - Dados do ciclo B ..................................................................................................... 32
Tabela 9 - Dados do ciclo C ..................................................................................................... 32
Tabela 10 – Características de operação do compressor da câmara de armazenamento .......... 34
Tabela 11 - Dados do ciclo D ................................................................................................... 34
Tabela 12 - Dados do ciclo E.................................................................................................... 34
Tabela 13 - Dados do ciclo F .................................................................................................... 34
Tabela 14 - Tabela de correção da temperatura das paredes 3 .................................................. 45
Tabela 15 - Fator de resistência dos materiais 3 ....................................................................... 45
Tabela 16 - Fator de troca de ar de câmaras frigoríficas para conservação 3 ........................... 45
Tabela 17 - Calor cedido por cada metro cúbico de ar 3........................................................... 46
Tabela 18 - Calor dissipado por motores 3 ............................................................................... 46
Tabela 19 - Diferença de temperatura do evaporador 3 ............................................................ 47
SUMÁRIO

MEMORIAL DESCRITIVO .................................................................................................. 2

1 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 3

2 DESENHOS ...................................................................................................................... 3

3 DESCRIÇÃO GERAL DO SISTEMA ........................................................................... 3


3.1 Peru ............................................................................................................................. 4
3.2 Embutido de Peru ....................................................................................................... 4
3.3 Armazenamento .......................................................................................................... 4
3.4 Resfriamento e congelamento .................................................................................... 5

4 NORMAS DE REFERÊNCIA ........................................................................................ 5

5 CONDIÇÕES DE EXTERNAS DE PROJETO ............................................................ 5

6 DADOS GERAIS DAS CÂMARAS ............................................................................... 6


6.1 Câmara de resfriamento e congelamento.................................................................... 6
6.2 Câmara de armazenamento ......................................................................................... 6

7 CARGAS TÉRMICAS ..................................................................................................... 7


7.1 Câmara de resfriamento e congelamento.................................................................... 7
7.2 Câmara de armazenamento ......................................................................................... 7

8 COMPONENTES DO SISTEMA FRIGORÍFICO ...................................................... 7


8.1 Painéis isolantes .......................................................................................................... 7
8.1.1 Especificação do Isolante Térmico dos Painéis .................................................... 8
8.1.2 Recomendações para Montagem dos Painéis Modulares ..................................... 8
8.2 Portas frigoríficas ....................................................................................................... 8
8.2.1 Dimensões das Portas ........................................................................................... 9
8.2.2 Revestimento ........................................................................................................ 9
8.2.3 Aquecimento ......................................................................................................... 9
8.2.4 Vedação ................................................................................................................ 9
8.2.5 Soleiras ................................................................................................................. 9
8.3 Piso ............................................................................................................................. 9

9 EQUIPAMENTOS MECÂNICOS ............................................................................... 10


9.1 Evaporador................................................................................................................ 10
9.1.1 Câmara de resfriamento e congelamento............................................................ 10
9.1.2 Câmara de armazenamento................................................................................. 10
9.2 Condensador ............................................................................................................. 10
9.2.1 Câmara de resfriamento e congelamento............................................................ 10
9.2.2 Câmara de armazenamento................................................................................. 10
9.3 Válvula de Expansão ................................................................................................ 11
9.3.1 Câmara de resfriamento e congelamento............................................................ 11
9.3.2 Câmara de armazenamento................................................................................. 11
9.4 Compressor ............................................................................................................... 11
9.4.1 Câmara de resfriamento e congelamento............................................................ 11
9.4.2 Câmara de armazenamento................................................................................. 11
9.5 Componentes auxiliares ............................................................................................ 11
9.5.1 Filtro secador ...................................................................................................... 12
9.5.2 Válvula solenoide ............................................................................................... 12
9.5.3 Visor de líquido .................................................................................................. 13
9.5.4 Separador de óleo ............................................................................................... 13
9.5.5 Tanque de líquido ............................................................................................... 13
9.5.6 Pressostato .......................................................................................................... 13
9.5.7 Termostato .......................................................................................................... 14

10 ENCARGOS E RESPONSABILIDADES DO INSTALADOR ................................. 15

11 GARANTIA .................................................................................................................... 16
MEMORIAL DE CÁLCULO ............................................................................................... 17

12 ESPESSURA DO ISOLANTE ...................................................................................... 18


12.1 Câmara de resfriamento e congelamento.................................................................. 18
12.2 Câmara de armazenamento ....................................................................................... 19
12.3 Difusão de vapor ....................................................................................................... 19

13 CARGA TÉRMICA ....................................................................................................... 22


13.1 Produtos .................................................................................................................... 22
13.2 Transmissão de calor ................................................................................................ 23
13.3 Infiltração de Ar Externo .......................................................................................... 23
13.4 Iluminação ................................................................................................................ 24
13.5 Pessoas ...................................................................................................................... 24
13.6 Motor das empilhadeiras .......................................................................................... 24
13.7 Paletes e caixas ......................................................................................................... 25
13.8 Carga Térmica Parcial .............................................................................................. 25
13.9 Ventiladores .............................................................................................................. 26
13.10 Carga Total Estimada ............................................................................................. 26

14 PARÂMETROS DO CICLO......................................................................................... 27
14.1 Temperatura de Evaporação ..................................................................................... 27
14.2 Temperatura de condensação.................................................................................... 27
14.3 Sub-resfriamento ...................................................................................................... 27
14.4 Superaquecimento .................................................................................................... 28
14.5 Condições de projeto ................................................................................................ 28

15 EVAPORADOR ............................................................................................................. 29
15.1 Câmara de resfriamento e congelamento.................................................................. 29
15.2 Câmara de armazenamento ....................................................................................... 29

16 COMPRESSOR .............................................................................................................. 31
16.1 Câmara de resfriamento e congelamento.................................................................. 31
16.2 Câmara de armazenamento ....................................................................................... 33

17 CONDENSADOR ........................................................................................................... 36
17.1 Câmara de resfriamento e congelamento.................................................................. 36
17.2 Câmara de armazenamento ....................................................................................... 37

18 VÁLVULA DE EXPANSÃO ......................................................................................... 39


18.1 Câmara de resfriamento e congelamento.................................................................. 39
18.2 Câmara de armazenamento ....................................................................................... 39

19 REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 40

ANEXO A – CONDIÇÕES EXTERNAS DE PROJETO .................................................. 41

ANEXO B – CAIXAS E PALETES ...................................................................................... 42

ANEXO C – COMPONENTES DO SISTEMA FRIGORÍFICO ...................................... 43

ANEXO D – ESPESSURA DO ISOLANTE ........................................................................ 45

ANEXO E – CARGA TÉRMICA ......................................................................................... 45

ANEXO F – PARÂMETROS DE PROJETO ..................................................................... 47

ANEXO G – EVAPORADOR ............................................................................................... 49

ANEXO H – COMPRESSOR ............................................................................................... 51

ANEXO I – CONDENSADOR .............................................................................................. 53

ANEXO J – VÁLVULA DE EXPANSÃO TERMOSTÁTICA ......................................... 55

ANEXO K – COMPONENTES AUXILIARES .................................................................. 56


EME902 – REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
Câmaras de resfriamento, congelamento e armazenamento de peru e embutido de peru

MEMORIAL
DESCRITIVO

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Câmaras de resfriamento, congelamento e armazenamento de peru e embutido de peru

1 OBJETIVOS

O presente Memorial Descritivo tem por objetivo definir as características e requisitos


mínimos a serem seguidos e observados na construção das câmaras frigoríficas para o
congelamento e armazenamento de peru e de embutidos de peru em Concórdia- SC.

A construção das câmaras compreenderá do fornecimento, montagem e da instalação de


todos os elementos, realização de regulagens e testes de funcionamento. Foram considerados
vários aspectos que conferirão às instalações a máxima segurança da manutenção das condições
especificadas e, portanto, todos os componentes e processos construtivos prescritos deverão ser
rigorosamente obedecidos, sendo considerados imprescindíveis.

2 DESENHOS

• Câmaras de resfriamento e congelamento (planta) - Folha 1/4


• Cortes – Câmara de armazenamento – Folha 2/4
• Cortes – Câmara de armazenamento e resfriamento – Folha 3/4
• Isométrico dos equipamentos – Folha 4/4

3 DESCRIÇÃO GERAL DO SISTEMA

O sistema de refrigeração é composto por duas câmaras frigoríficas: uma de


congelamento e a outra de armazenamento do produto, cujo tempo de operação será de 22h por
dia.

A câmara de resfriamento possui 6 metros de pé direito, 8,7 metros de comprimento,


5,5 metros de largura e capacidade diária de armazenamento será de 6,5 toneladas. Já a câmara
de armazenamento possui 19 metros de comprimento, 6 metros de pé direito, 10 metros de
largura e capacidade diária de armazenamento de 40 toneladas de peru mais embutidos.

A temperatura de armazenamento do peru e embutidos de peru3 é de -12 °C e sua


umidade relativa de armazenamento entre 85%.

Para armazenamento e resfriamento, foram colocadas em cada pallet 12 caixas. Cada


palete tem dimensão de 100 x 120 [cm] e suporta uma carga dinâmica de até 800 kg (ANEXO
B), porém deve-se levar em conta a altura máxima que se pode colocar em uma empilhadeira
(ANEXO D) para não comprometer a visão do motorista. Como cada caixa tem uma altura de

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23 cm, o pallet uma altura de 15 cm e a altura máxima de carregamento da empilhadeira é de


92 cm, cabem 3 fileiras de caixas sobre o pallet.

3.1 Peru

O produto peru possui uma densidade de armazenamento de 380 kg/m³ e é armazenado


nas caixas plástica alimentícias com capacidade de 46 litros (ANEXO B). Portanto, a cada
metro cúbico da caixa poderá ser colocado 380 kg de peru6, como a caixa escolhida tem um
volume interno de 46 litros, serão colocados em cada caixa 16 kg de peru em cada (4 perus de
4kg cada).

3.2 Embutido de Peru

O produto embutido de peru possui uma densidade de armazenamento de cerca de 600


kg/m³ e é armazenado em caixas plástica alimentícias, iguais às que foram armazenadas o
produto peru, com as dimensões 230 x 400 x 600 [mm] e uma capacidade de 46 litros (ANEXO
B). Portanto, a cada metro cúbico da caixa poderá ser colocado 600 kg de embutidos de peru,
como a caixa escolhida tem um volume interno de 46 litros, serão colocados em cada caixa 26
kg de peru (52 pacotes, 520 salsichas).

3.3 Armazenamento

Para a armazenagem dos produtos vão ser necessárias 1563 caixas de peru
(armazenando 25 toneladas) e 577 caixas de embutidos de peru (armazenando 15 toneladas),
somando um total de 2140 caixas para armazenagem distribuídas em paletes. Cada caixa tem
uma área de 400 x 600 mm sendo possível colocar 4 caixas em cada palete, já em relação ao
empilhamento, deve-se levar em conta a altura máxima que cada empilhadeira pode ter, sem
prejudicar a visão do motorista, como a altura máxima permitida é de 92 cm (ANEXO B), só
poderá se empilhar 3 caixas de 23 cm mais o palete que possui 15 cm de altura.

Ao total teremos 179 paletes dividido em 3 porta paletes, com 15 colunas e 4 andares
cada. Para o cálculo da área levar em consideração um espaço de 0,3 m entre cada andar, 0,15
m do palete e um espaço de 1 m entre a última caixa e o teto. Por fim, a área da câmara de
armazenagem será de 5,5 x 10 x 19 [m].

A disposição das caixas é visível nas folhas 1, 2 e 3 de desenhos técnicos presentes nos
anexos.

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Câmaras de resfriamento, congelamento e armazenamento de peru e embutido de peru

3.4 Resfriamento e congelamento

Para o resfriamento dos produtos vão ser necessárias 125 caixas de peru (congelando 2
ton/dia) e 173 caixas de embutidos de peru (congelando 4,5 ton/dia), somando ao total de 298
caixas para armazenagem distribuídas em paletes. Cada palete tem dimensão de 100 x 120 [cm]
e suporta até 800 kg (ANEXO B), cada caixa tem uma área de 40 x 60 cm sendo possível
colocar 4 caixas em cada palete, já em relação ao empilhamento, deve-se levar em conta a altura
máxima que cada empilhadeira pode ter, sem prejudicar a visão do motorista, como a altura
máxima permitida é de 92 cm (ANEXO B), só poderá se empilhar 3 caixas de 23 cm mais o
palete que possui 15 cm de altura.

Ao total teremos 25 paletes dividido em 2 porta paletes. Sendo um com 5 colunas e


outro com 4, contendo 3 andares cada. Para o cálculo da área é levado em consideração um
espaço de 0,3m entre cada andar e um espaço de 1m entre a última caixa e o teto. Por fim, a
área da câmara de armazenagem será de 4,5 x 5,5 x 8,7 [m].

A disposição das caixas é visível nas folhas 1, 2 e 3 de desenhos técnicos presentes nos
anexos.

4 NORMAS DE REFERÊNCIA

• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas


• ASHRAE - American Society of Heating Refrigeration and Air Conditioning
Engineers

5 CONDIÇÕES DE EXTERNAS DE PROJETO

• Local: Concórdia - SC
• Latitude - 27° 14’ 03”
• Longitude: - 52° 01’ 40”
• Altitude: 569 m
• Temperatura de bulbo seco: 32 ºC
• Temperatura de bulbo úmido: 26 ºC
• Temperatura máxima: 36 °C
• Umidade relativa: 63,46%

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Câmaras de resfriamento, congelamento e armazenamento de peru e embutido de peru

Esses dados foram obtidos da norma NBR 6401/1980, apresentada no ANEXO A e a


umidade relativa foi obtida através de [1] com os dados de temperatura de bulbo seco e úmido
e com a altitude.

Como a cidade de Concórdia não consta na Norma, foi necessário utilizar a cidade mais
próxima em latitude e longitude da cidade do projeto, que é Florianópolis.

A cidade possui latitude de - 27° 35’ 48” e longitude de - 48° 32’ 57”. ²

6 DADOS GERAIS DAS CÂMARAS

6.1 Câmara de resfriamento e congelamento

• Volume: 215,325 m³;


• Temperatura interna: -12°C;
• Temperatura de evaporação: -18 °C;
• Pé direito: 6 m;
• Regime de operação do compressor: 22h/dia;
• Capacidade Frigorífica: 11,547 TR.

6.2 Câmara de armazenamento

• Volume: 1045 m³;


• Temperatura interna: -12°C;
• Temperatura de evaporação: -18°C;
• Pé direito: 6 m;
• Regime de operação do compressor: 22h/dia;
• Capacidade Frigorífica: 3,846 TR.

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7 CARGAS TÉRMICAS

7.1 Câmara de resfriamento e congelamento

CARGAS TÉRMICAS kcal/dia


CARGA TÉRMICA DEVIDO À TRANSMISSÃO DE CALOR 33724,8
CARGA TÉRMICA DEVIDO AOS PRODUTOS 465212,6
CARGA TÉRMICA DEVIDO À INFILTRAÇÃO DE AR EXTERNO 36153,38
CARGA TÉRMICA DEVIDO À ILUMINAÇÃO 246,906
CARGA TÉRMICA DEVIDO AOS TRABALHADORES 1183,36
CARGA TÉRMICA DEVIDO AO MOTOR EMPILHADEIRA 40062
CARGA TÉRMICA DEVIDO AOS PALLETS E CAIXAS 84954,04
CARGA TÉRMICA DEVIDO AOS VENTILADORES 106639,04
CARGA TÉRMICA TOTAL ESTIMADA 768176,13

7.2 Câmara de armazenamento

CARGAS TÉRMICAS kcal/dia


CARGA TÉRMICA DEVIDO À TRANSMISSÃO DE CALOR 97728
CARGA TÉRMICA DEVIDO AOS PRODUTOS 0
CARGA TÉRMICA DEVIDO À INFILTRAÇÃO DE AR EXTERNO 86833,31
CARGA TÉRMICA DEVIDO À ILUMINAÇÃO 980,4
CARGA TÉRMICA DEVIDO AOS TRABALHADORES 1183,36
CARGA TÉRMICA DEVIDO AO MOTOR EMPILHADEIRA 40062
CARGA TÉRMICA DEVIDO AOS PALLETS E CAIXAS 0
CARGA TÉRMICA DEVIDO AOS VENTILADORES 29083,32
CARGA TÉRMICA TOTAL ESTIMADA 255870,39

8 COMPONENTES DO SISTEMA FRIGORÍFICO

8.1 Painéis isolantes

Os painéis isolantes escolhidos são feitos de Poliestireno Expandido (EPS), com encaixe
tipo macho-fêmea e sobreposição de chapas que garantem perfeita estanqueidade, isolação
térmica, durabilidade e facilidade na montagem.

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Para melhorar o isolamento e não permitir a difusão de vapor será aplicada entre o
isolante e a alvenaria uma camada de manta asfáltica.

Como os painéis selecionados possuem um revestimento externo de aço, não será


necessário aplicar argamassa e azulejo nas paredes.

As placas utilizadas apresentam as seguintes dimensões e o catálogo do fabricante


encontra-se no ANEXO C.

8.1.1 Especificação do Isolante Térmico dos Painéis

• Tipo: Poliestireno
• Densidade mínima: 14 kg/m3
• Condutividade térmica (k): 0,028 kcal/h. m.°C;
• Fator de resistência à difusão de vapor (µ): 70;
• Câmara de Produtos Resfriados: espessura de 200 mm;
• Câmara de Produtos Armazenados: espessura de 200 mm
• Vão máximo entre apoios: 2500 mm.

8.1.2 Recomendações para Montagem dos Painéis Modulares

Após o termino da alvenaria, deve-se montar e fixar os painéis modulares em superfícies


que estejam niveladas e impermeabilizadas.

Os painéis deveram ser colocados na forma horizontal (para o piso e teto) e na vertical
(para paredes).

É necessário fixar os painéis com ganchos de pressão para que sejam instalados de modo
justapostos, não admitindo frestas superiores a 2,0 mm entre painéis contíguos.

O elastômero será utilizado para a vedação dos painéis após a montagem.

8.2 Portas frigoríficas

As portas escolhidas são portas de correr, ideal para passagem de grandes volumes e
empilhadeiras. Revestida de Aço Inox AISI 304 com núcleo em EPS e acabamento em
Alumínio Anodizado. Possui resistência elétrica para portas de câmaras de congelamento, nas
dobradiças ou nas gaxetas. A porta escolhida é apresentada no ANEXO C.

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8.2.1 Dimensões das Portas

As portas deverão possuir as seguintes dimensões:

• Altura: 2,00 m;
• Largura: 2,50 m;
• Espessura: 0,10 m (100 mm), para câmaras de resfriados e 0,15 m (150
mm) para câmara de congelados.

8.2.2 Revestimento

As folhas das portas são revestidas em chapa de aço inox AISI 304 com núcleo EPS. O
acabamento é feito com alumínio anodizado e possui vedação com borracha em EPDM de dupla
densidade.

8.2.3 Aquecimento

As portas da câmara de resfriamento e congelamento serão equipadas com


resistências elétricas de aquecimento, nas dobradiças ou nas gaxetas.

8.2.4 Vedação

A vedação das portas se dará por gaxetas de borracha em EPDM de dupla densidade,
sendo elas reguláveis.

8.2.5 Soleiras

Nas portas de acesso a câmara, é feita uma soleira, que pode ser metálica (bordas em
cantoneiras e interior em concreto), preferencialmente com resistências elétricas, afim de
impedir o congelamento na abertura das portas;

8.3 Piso

O piso será composto por uma camada de concreto, isolante, concreto e coberto por
argamassa e pisos. Além de ser aquecido por resistências elétricas.

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9 EQUIPAMENTOS MECÂNICOS

9.1 Evaporador

9.1.1 Câmara de resfriamento e congelamento

• Marca: TRINEVA;
• Modelo: FTBI 542;
• Quantidade: 1 evaporador;
• Ventiladores: 4 ventiladores.

9.1.2 Câmara de armazenamento

• Marca: TRINEVA;
• Modelo: TRS-451;
• Quantidade: 2 evaporadores;
• Ventiladores: 5 ventiladores.

9.2 Condensador

9.2.1 Câmara de resfriamento e congelamento

• Fabricante: MIPAL;
• Modelo: VmaxF 053R;
• Quantidade: 1 condensador;
• Ventiladores: 1 ventilador;
• Resfriado a ar.

9.2.2 Câmara de armazenamento

• Fabricante: MIPAL;
• Modelo: Mini C- Flex 16;
• Quantidade: 1 condensador;
• Ventiladores: 1 ventilador;
• Resfriado a ar.

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Câmaras de resfriamento, congelamento e armazenamento de peru e embutido de peru

9.3 Válvula de Expansão

9.3.1 Câmara de resfriamento e congelamento

• Fabricante: DANFOSS;
• Modelo: TEX 5-7 5;
• Quantidade: 1 válvula;

9.3.2 Câmara de armazenamento

• Fabricante: DANFOSS;
• Modelo: TX2/TEX 2-1.5;
• Quantidade: 2 válvulas;

9.4 Compressor

9.4.1 Câmara de resfriamento e congelamento

• Fabricante: GEA;
• Modelo: HG6/1410-4S;
• Quantidade: 1 compressor;
• Tipo: semi-hermético;
• Refrigerado por gás de sucção

9.4.2 Câmara de armazenamento

• Fabricante: Bitzer;
• Modelo: 4CES-6;
• Quantidade: 1 compressor;
• Tipo: semi-hermético.

9.5 Componentes auxiliares

Será instalado um tanque de líquido e uma válvula solenoide na entrada dos


compressores, a fim de evitar que entre líquido no equipamento quando o sistema for desligado.
Por motivos de segurança também serão instalados um filtro secador e um visor de líquido antes
da entrada dos compressores.

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Câmaras de resfriamento, congelamento e armazenamento de peru e embutido de peru

Um pressostato será utilizado para medir a pressão antes e depois do compressor, além
de um termostato para medir a temperatura de descarga do equipamento, com o objetivo de
evitar que o óleo lubrificante carbonize devido às altas temperaturas de saída.

Também será instalado um separador de óleo na saída dos compressores para garantir
que uma pequena quantidade de óleo seja arrastada para o condensador. Esse separador de óleo
será ligado ao cárter de cada compressor.

9.5.1 Filtro secador

Câmara de resfriamento e congelamento

• Fabricante: Parker
• Modelo: AT 487
• Quantidade: 1
• Recarregável

Câmara de armazenamento

• Fabricante: Elgin
• Modelo: FSE 053 R
• Quantidade: 1
• Rosqueado

9.5.2 Válvula solenoide

Câmara de resfriamento e congelamento

• Fabricante: Elgin
• Modelo: VSE 058 R
• Quantidade: 1
• Rosqueada

Câmara de armazenamento

• Fabricante: Elgin
• Modelo: VSE 012 R
• Quantidade: 1
• Rosqueado

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9.5.3 Visor de líquido

• Fabricante: Danfoss
• Modelo: SGP I
• Quantidade: 2

9.5.4 Separador de óleo

Câmara de resfriamento e congelamento

• Fabricante: Elgin
• Modelo: SOE 058 S
• Quantidade: 1

Câmara de armazenamento

• Fabricante: Elgin
• Modelo: SOE 138 S
• Quantidade: 1

9.5.5 Tanque de líquido

Câmara de resfriamento e congelamento

• Fabricante: RAC Brasil


• Modelo: VLR-30
• Quantidade: 1

Câmara de armazenamento

• Fabricante: RAC Brasil


• Modelo: VLR-50
• Quantidade: 1

9.5.6 Pressostato

• Fabricante: DANFOSS
• Modelo: KP 15
• Código: 060-126566
• Faixa de operação
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o Baixa: -2 a 7,5 bar


o Alta: 8 a 32 bar
• Quantidade: 2

9.5.7 Termostato

• Fabricante: DANFOSS
• Modelo: RT108
• Código: 017-506066
• Faixa de operação: 30 – 140 °C
• Quantidade: 2

14
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10 ENCARGOS E RESPONSABILIDADES DO INSTALADOR

• Garantia da qualidade e funcionamento da instalação.


• Transporte de todos os equipamentos e materiais necessários à execução dos seus serviços,
incluindo os equipamentos fornecidos pela contratante.
• Execução dos ajustes e regulagens de todos os equipamentos instalados.
• Fornecimento e instalação de materiais e equipamentos que não são usualmente
especificados ou indicados nos desenhos, mas que são necessários para que a instalação
funcione de maneira satisfatória.
• Fornecimento de equipamentos e materiais novos e sem uso.
• Fornecimento de todos os equipamentos de serviço e ferramentas necessárias à execução
das instalações.
• Fornecimento dos instrumentos apropriados para a realização dos testes e inspeções em
campo tais como: anemômetros, voltímetros, manômetros, vácuometros, termômetros,
psicrômetros, manômetros, bombas de vácuo, etc.
• Conexão de todos os equipamentos de serviço de acordo com as seguranças exigidas pelas
Normas.
• Proteção de todos os equipamentos e materiais existentes no local, já instalados ou não,
contra danos causados por seu trabalho ou de terceiros.
• Execução das instalações dos equipamentos de acordo com as recomendações dos
fabricantes dos mesmos.
• Caso haja necessidade de pequenas modificações de layout, devido a medidas diferentes
dos equipamentos adquiridos daquelas indicadas nos desenhos ou para evitar interferências
com outras instalações, estas deverão ser executadas pelo instalador, sem ônus para a
contratante.
• Fornecimento, ao final da obra, de todos os desenhos da instalação de acordo com o projeto
efetivamente executado, contendo todas as modificações efetuadas no decorrer da execução
da instalação.
• Caberá ao instalador, a apresentação de toda a documentação técnica referente à instalação,
tais como: catálogos técnicos de todos os equipamentos e componentes, folhas de dados dos
condicionadores de ar e ventiladores, devidamente preenchidos, check-list dos
equipamentos conforme modelo do fabricante e Manual Técnico de Manutenção dos
equipamentos instalados

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11 GARANTIA

Deverá ser dada garantia de um ano de funcionamento, no mínimo, contra quaisquer


defeitos de qualidade, fabricação ou instalação, exceto aqueles que se verificarem por não
obediência às recomendações feitas pelo fornecedor.

Itajubá, 23 de setembro de 2019

Engenheiras responsáveis:

Amanda Silva de Morais

Cynthia Siqueira Corrêa

Mariana Brito Alves

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MEMORIAL DE
CÁLCULO

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12 ESPESSURA DO ISOLANTE

O isolante utilizado nas câmaras serão os painéis de poliestireno expandido, uma vez
que possuem condutividade térmica de 0,028 kcal/h.m.°C (ANEXO C) e são fáceis de instalar.

Para o cálculo da espessura do isolante será considerada que o fluxo de calor é de 8


kcal/h.m², caracterizando o isolamento como excelente. ³

Assim, a equação (1) dará o valor da espessura:

𝑘𝑖𝑠𝑜 ×[(𝑇𝑒𝑥𝑡− 𝑇𝑖𝑛𝑡 )+ 𝛥𝑇 ′ ]


𝐿𝑖𝑠𝑜 = (1)
(𝑄̇ /𝐴)

onde

𝐿𝑖𝑠𝑜 - Espessura do isolante;

𝑘𝑖𝑠𝑜 - Condutividade térmica do isolante;

𝑇𝑒𝑥𝑡 - Temperatura do ar exterior a câmara, temperatura ambiente;

𝑇𝑖𝑛𝑡 - Temperatura do ar no interior da câmara;

(𝑄̇ /𝐴) - Fluxo de calor por unidade de área da parede = 8 kcal/h.m²;

𝛥𝑇 ′ - Fator de correção.

Os valores do fator de correção de acordo com a cor da parede e sua orientação estão
presentes no ANEXO D.

12.1 Câmara de resfriamento e congelamento

As paredes da câmara de armazenamento serão pintadas de cor clara para diminuir a


espessura do isolante.

Os valores obtidos estão presentes na tabela abaixo

Tabela 1 -Fator de correção da câmara de congelamento

PAREDE Fator de correção Espessura do Isolante (m)


Teto 5 0,1715
Parede norte 2 0,161
Parede sul 0 0,154
Parede leste 0 0,154

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Parede oeste 3 0,1645


Piso 0 0,154
Assim, serão utilizados painéis de 200 mm em todas as paredes da câmara frigorífica.

12.2 Câmara de armazenamento

As paredes também serão pintadas de cor clara e a espessura do isolante obtida estão
presentes abaixo:

Tabela 2 - Fator de correção da câmara de armazenamento

PAREDE Fator de correção Espessura do Isolante (m)


Teto 5 0,1715
Parede norte 0 0,154
Parede sul 0 0,154
Parede leste 0 0,154
Parede oeste 3 0,1645
Piso 0 0,154

O fabricante de painéis fornece espessura de 50 a 250 mm (ANEXO C).

Assim, serão utilizados painéis de 200 mm em todas as paredes da câmara frigorífica.

12.3 Difusão de vapor

É importante avaliar essa condição, pois se o vapor condensar e congelar toda a estrutura
de isolamento da câmara será prejudicada.

Para isso é necessário avaliar se a pressão de vapor é menor do que a pressão de


saturação em cada ponto da parede da câmara, tanto da de alvenaria como também nos painéis
isolantes. A figura abaixo representa a configuração da parede de alvenaria e do isolante.

Figura 1 - Esquema da parede utilizando uma camada de isolante

19
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Assim, calcula - se a resistência térmica do isolante e da parede de alvenaria por meio


da equação (2):
1 𝐿 𝐿 1
𝑅𝑇 = + 𝑘𝑎𝑙𝑣 + 𝑘𝑖𝑠𝑜 + (2)
𝛼𝑒𝑥𝑡 𝑎𝑙𝑣 𝑖𝑠𝑜 𝛼𝑖𝑛𝑡

𝛼𝑒𝑥𝑡 - Coeficiente de convecção do ar externo a câmara;

𝛼𝑖𝑛𝑡 - Coeficiente de convecção do ar no interior da câmara;

𝑘𝑎𝑙𝑣 - Condutividade térmica da alvenaria;

𝑘𝑖𝑠𝑜 - Condutividade térmica do isolante;

𝐿𝑎𝑙𝑣 - Espessura da alvenaria;

𝐿𝑖𝑠𝑜 - Espessura do isolante.

Os valores dos coeficientes de convecção para o ar externo dependem da velocidade do


ar e podem variar de 7 a 35 W/m².K para o ar externo e de 7 a 12 W/m².K para o ar interno.³
Serão utilizados os valores de 20 W/m².K para o ar externo e 10 W/m².K para o interno.

A partir desse valor é possível calcular o fluxo de calor real pela equação (3)

𝑄̇ 𝑇𝑒𝑥𝑡 − 𝑇𝑖𝑛𝑡 kcal


= = 5,79 (3)
𝐴 𝑅𝑇 h.m²

Utilizando a equação acima é possível obter a temperatura nos pontos a, b e c


apresentados na figura 1, apenas manipulando os valores 𝑅𝑇 e diferença de temperatura.

A pressão de saturação é obtida a partir da equação (4):


1,50038+0,08382×𝑇
ln(𝑝𝑠𝑎𝑡 ) = (4)
1+0,005627×𝑇−0,0000098×𝑇²

A pressão de vapor para os pontos a e c correspondem, respectivamente, às pressões de


saturação referentes à temperatura externa e a interna. Esse valor é dado por:

𝑝𝑣𝑎𝑝 = 𝑈𝑅 × 𝑝𝑠𝑎𝑡 (5)

Essa equação não pode ser utilizada para o ponto b, pois a umidade relativa não é
conhecida. Assim, utiliza-se a equação abaixo para obter esse valor
𝑚̇𝑣 𝛥𝑝𝑣𝑎𝑝
= (6)
𝐴 𝐿𝑎𝑙𝑣 /δ𝑎𝑙𝑣

Sendo 𝛥𝑝𝑣𝑎𝑝 = (𝑝𝑣𝑎𝑝 )𝑎 − (𝑝𝑣𝑎𝑝 )𝑏, o fluxo de vapor pela estrutura dado por:

20
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𝑚̇𝑣 𝛥𝑝𝑣𝑎𝑝
= (7)
𝐴 𝑅𝑉

𝑅𝑉 é a resistência a difusão de calor dada pela equação:


𝐿𝑎𝑙𝑣 𝐿𝑖𝑠𝑜
𝑅𝑉 = + (8)
δ𝑎𝑙𝑣 δ𝑖𝑠𝑜

O valor da permeabilidade (δ) da alvenaria é 0,037 g/h.m.mmHg, já a do isolante é


obtida por meio do fator de resistência à difusão de vapor (μ), que é a razão entre a
permeabilidade do ar (0,093 g/h.m.mmHg ) e a do isolante, para o material selecionado μ = 70.
δ𝑎𝑟
μ= (9)
δ𝑖𝑠𝑜

Substituindo os valores obtidos é possível obter a pressão de evaporação em b.

Os valores utilizados para os cálculos estão presentes na tabela abaixo:

Tabela 3 - Dados para calcular a espessura do isolamento

𝑻𝒊𝒏𝒕 (°C) -12


𝑻𝒆𝒙𝒕 (°C) 32
𝑼𝑹𝒊𝒏𝒕 (%) 85
𝑼𝑹𝒆𝒙𝒕 (%) 63,46
𝛂𝒆𝒙𝒕 (W/m².K) 20
𝛂𝒊𝒏𝒕 (W/m².K) 10
𝒌𝒂𝒍𝒗 0,8
𝒌𝒊𝒔𝒐 0,028
𝑳𝒂𝒍𝒗 (m) 0,25
𝑳𝒊𝒔𝒐 (m) 0,2
𝛍𝒊𝒔𝒐 70
𝛅𝒂𝒓 (g/h.m.mmHg) 0,093
𝛅𝒂𝒍𝒗 (g/h.m.mmHg) 0,037
Os valores para a análise da difusão de vapor obtidos estão presentes na tabela

Tabela 4 - Pressão de saturação e de vapor

TEMPERATURA PRESSÃO DE SATURAÇÃO PRESSÃO DE VAPOR


PONTO
(°C) (mmHg) (mmHg)
a 31,71 35,12 22,65
b 29,90 31,69 21,74
c -11,42 1,79 1,45
Analisando os valores percebe-se que a pressão de vapor é menor do que a de saturação
em todos os pontos, assim não há condensação do vapor.

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13 CARGA TÉRMICA

13.1 Produtos

A carga térmica do produto em unidade de calor por dia é dada por:

𝑄̇ 𝑝𝑟𝑜𝑑 = 𝐺𝑀 × [𝑐𝑝1 × (𝑇𝑒𝑛𝑡 − 𝑇1) + ℎ𝑐𝑔 + 𝑐𝑝2 × (𝑇1 − 𝑇2)] + 𝐺𝑇 × 𝑄𝑟𝑒𝑠𝑝 (10)

GM - Movimentação diária do produto kg/dia;


cp1 - Calor específico do produto antes do congelamento kJ/kg.ºC;
Tent - Temperatura de entrada do produto antes de entrar na câmara ºC;
T1 - Temperatura de congelamento do produto ºC;
hcg - Calor latente de congelamento kJ/kg;
cp2 - Calor específico do produto após congelamento kcal/kg.°C;
T2 – Temperatura final do produto congelado °C;
GT - Quantidade de produto na câmara kg;
Qresp - Calor liberado pela respiração do produto kJ/kg.dia.

Como os produtos são de origem animal, não há calor liberado pela respiração.

• Câmara de resfriamento e congelamento

Os valores utilizados nos cálculos da estão presentes na tabela abaixo:

Tabela 5 - Dados para calcular carga térmica do produto

PERU EMBUTIDO DE PERU


cp1 (kcal/kgºC) 0,72 0,79
Cp2 (kcal/kgºC) 0,39 0,55
Tent (°C) 25 25
T1 (°C) -2,8 -2,62
T2 (°C) -12 -12
Movimentação (kg/dia) 2000 4500
hcg (kcal/kg) 52 42,8

Fonte: [2] até [10]

A carga térmica do peru é de 2,27 TR e do embutido 4,72 TR, totalizando um

𝑄̇𝑝𝑟𝑜𝑑 = 7 𝑇𝑅

• Câmara de armazenamento

22
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Como o produto entra na câmara de armazenamento com a mesma temperatura que será
armazenado e como não há carga térmica devido a respiração, a carga térmica total dos produtos
é zero.

𝑄̇𝑝𝑟𝑜𝑑 = 0

13.2 Transmissão de calor

A carga térmica devido a transmissão de calor [kcal/dia] é dada por:

𝑄 ̇
𝑄̇𝑡𝑟𝑚 = × 𝐴𝑐𝑎𝑚 × 24 (11)
𝐴

𝐴𝑐𝑎𝑚 é área de todas as superfícies da câmara (paredes, teto e piso) em contato com o
ambiente externo em m².

• Câmara de resfriamento e congelamento


𝑄̇𝑡𝑟𝑚 = 33724,8 𝑘𝑐𝑎𝑙/𝑑𝑖𝑎
• Câmara de armazenamento
𝑄̇𝑡𝑟𝑚 = 97728𝑘𝑐𝑎𝑙/𝑑𝑖𝑎

13.3 Infiltração de Ar Externo

A carga térmica devido a infiltração de ar quente externo através de portas e outras


aberturas é dada por:

𝑄̇𝑖𝑛𝑓 = 𝑉𝑐â𝑚 × 𝐹𝑇𝐴 × 𝛥𝐻′ (12)

𝑉𝑐â𝑚 - Volume da câmara em m³;


FTA - Fator de troca de ar da câmara;
𝛥𝐻′ - Calor cedido por cada metro cúbico de ar que entra na câmara em kcal/m³.

As tabelas utilizadas para obter o FTA e o 𝛥𝐻′ estão presentes no ANEXO E.

• Câmara de resfriamento e congelamento


𝛥𝐻 ′= 34,27 kcal/m³. FTA = 4,9 trocas/dia
𝑄̇𝑖𝑛𝑓 = 36153,38 𝑘𝑐𝑎𝑙/𝑑𝑖𝑎
• Câmara de armazenamento

𝛥𝐻 ′= 34,27 kcal/m³. FTA = 2,425 trocas/dia

𝑄̇𝑖𝑛𝑓 = 86833,31 𝑘𝑐𝑎𝑙/𝑑𝑖𝑎


23
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13.4 Iluminação

A carga de iluminação em kcal/dia é dada pela equação (13):

𝑄̇𝑖𝑙𝑢𝑚 = 3 × 𝐴𝑐â𝑚 × 𝜏 × 0,86 (13)

τ - Tempo que as lâmpadas ficarão ligadas em horas.


Considerando que a câmara possui um tempo de iluminação de 2 horas por dia, e que é
necessário 3 W de iluminação por cada área da câmara, utilizando lâmpadas LEDs.

• Câmara de resfriamento e congelamento


𝑄̇𝑖𝑙𝑢𝑚 = 246,91 𝑘𝑐𝑎𝑙/𝑑𝑖𝑎
• Câmara de armazenamento

𝑄̇𝑖𝑙𝑢𝑚 = 980,4 𝑘𝑐𝑎𝑙/𝑑𝑖𝑎

13.5 Pessoas

Carga devido à presença de pessoas no interior das câmaras em kcal/dia é dada por:

𝑄̇𝑝𝑒𝑠 = (272 − 6 × 𝑇𝑐â𝑚 × 𝑛 × 𝜏 × 0,86) (14)

𝑇𝑐â𝑚 - Temperatura da câmara em °C;


τ - Tempo em que os trabalhadores permanecerão dentro da câmara em horas;
n - Número de trabalhadores.
Admite-se que a movimentação de pessoas seja de 2h, a mesma quantidade de horas que
as luzes ficam acesas.

𝑄̇𝑝𝑒𝑠 = 1183,36 kcal/dia

13.6 Motor das empilhadeiras

𝑄̇𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 = 𝑄̇𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜 × 𝑊̇𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 × 𝜏 (15)

𝑊̇𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 - Potência do motor;


𝑄̇𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜 - Calor liberado de acordo com a capacidade do motor, em kcal/h.cv;
τ - Tempo em horas que a empilhadeira ficará ligada.
A empilhadeira possui um motor para tração e outro motor para elevação e será
considerado que cada motor trabalha por 2 horas.

24
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A empilhadeira utilizada é da Toyota modelo 8FBE13. Os dados de potência dos


motores foram obtidos no catálogo da empresa (ANEXO C):

O calor dissipado pelo motor é 800 kcal/h.cv (ANEXO E).

𝑄̇𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 = 40062 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ. 𝑐𝑣

13.7 Paletes e caixas

𝑄̇ = ∑ 𝑁𝑖 × 𝑚𝑖 × 𝑐𝑝 𝑖 × (𝑇𝑖 − 𝑇𝑐â𝑚 ) (16)

𝑄̇ - Carga térmica devido as caixas e dos paletes


N - Número de caixas e paletes;
m - Massa da cada caixa e palete, em kg;
𝑐𝑝 - Calor específico da caixa e palete, em kcal/kg.ºC;
T - é a temperatura de entrada das caixas e paletes na câmara, ºC.
• Câmara de resfriamento e congelamento

PALETES PALETES CAIXA


N 204 2438
m (kg) 1,8 1,8
cp (kcal/kg.ºC) 0,406 0,406
T (°C) 32 32
Tcam (°C) -12 -12
𝑸̇ (kcal/dia) 6559,66 78394,37

• Câmara de armazenamento

Como os paletes e caixas são transportados da câmara de resfriamento para a de


armazenamento, eles já estão na temperatura da câmara. Assim 𝑄̇ = 0.

13.8 Carga Térmica Parcial

A carga térmica parcial é a soma de todas as cargas calculadas anteriormente, sem


considerar a carga térmica devido aos ventiladores dos evaporadores.

• Câmara de resfriamento e congelamento


𝑄̇𝑝𝑎𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙 = 661537,08 kcal⁄dia = 9,94 TR
• Câmara de armazenamento
𝑄̇𝑝𝑎𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙 = 226787,07 kcal⁄dia = 3,41 𝑇𝑅
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13.9 Ventiladores

Para o cálculo da potência estimada dos ventiladores é considerado que a potência do


ventilador do evaporador é da ordem de 0,5 cv a cada 1TR.

𝑊̇
𝑄̇𝑣𝑒𝑛𝑡 = 𝜂 𝑣𝑒𝑛𝑡 × 𝜏 × 632 (17)
𝑣𝑒𝑛𝑡

O valor do rendimento é tabelado e é de 78% (ANEXO E)

• Câmara de resfriamento e congelamento


𝑄̇𝑣𝑒𝑛𝑡 = 88626,76 𝑘𝑐𝑎𝑙/𝑑𝑖𝑎
• Câmara de armazenamento
𝑄̇𝑣𝑒𝑛𝑡 = 30382,88 𝑘𝑐𝑎𝑙𝑑𝑖𝑎

O valor da real potência dos ventiladores será obtida após a seleção do evaporador,
porém para selecionar esse equipamento é necessário ter o valor da carga térmica das câmaras,
por isso é feita essa estimativa.

13.10 Carga Total Estimada

A carga total estimada é a soma da carga parcial com a carga dos ventiladores.

• Câmara de resfriamento e congelamento


𝑄̇𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 750163,84 𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄𝑑𝑖𝑎 = 11,28 𝑇𝑅
• Câmara de armazenamento
𝑄̇𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 257169,96 𝑘𝑐𝑎𝑙 ⁄𝑑𝑖𝑎 = 3,85 𝑇𝑅

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14 PARÂMETROS DO CICLO

14.1 Temperatura de Evaporação

A seleção do evaporador é em função das características do produto, ou seja,


temperatura e a umidade relativa.

Sabendo que a temperatura final dos produtos é -12°C e a umidade é 85%, a partir da
tabela presente no ANEXO F é possível afirmar que o 𝛥𝑇𝑒𝑣𝑎𝑝 é de 6 °C, sendo

𝛥𝑇𝑒𝑣𝑎𝑝 = 𝑇𝑒𝑎 − 𝑇𝑜 (18)

Como 𝑇𝑒𝑎 é a temperatura de entrada do ar, que é igual a temperatura da câmara:

𝑻𝒐 = −𝟏𝟖 °𝑪

14.2 Temperatura de condensação

Para o compressor se considera uma diferença de temperatura de 10 a 15 °C entre a


temperatura de entrada e a de condensação.

𝛥𝑇𝑐𝑜𝑛𝑑 = 𝑇𝑐 − 𝑇𝑒𝑎 (19)

Como o condensador será resfriado à ar, a temperatura de entrada é a de bulbo seco,


32ºC.

Adotando o 𝛥𝑇𝑐𝑜𝑛𝑑 igual a 12ºC, tem se

𝑻𝒄 = 𝟒𝟒 °𝑪

14.3 Sub-resfriamento

Para garantir que na válvula de expansão passe somente fluido no estado líquido é
necessário que haja o um sub-resfriamento do fluido.

É recomendado que esse valor esteja entre 3 e 5 °C, assim adotou-se

𝛥𝑇𝑠𝑢𝑏 = 𝑇𝑐 − 𝑇3 = 4 °𝐶 (20)

Desse modo, 𝑇3 = 40 °𝐶

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14.4 Superaquecimento

Para garantir que entre apenas vapor no compressor é necessário que haja o
superaquecimento do fluido.

É recomendado que esse valor esteja entre 5 e 10 °C, assim adotou-se

𝛥𝑇𝑠𝑢𝑝 = 𝑇1 − 𝑇𝑜 = 5 °𝐶 (21)

Desse modo, 𝑇1 = −13°𝐶

14.5 Condições de projeto

A partir do software CoolPack foi possível obter o diagrama do ciclo presente no


ANEXO F.

Em resumo, os valores mais importantes do ciclo estão presentes abaixo:

• 𝑇𝑜 = −18 °𝐶
• 𝑃𝑜 = 𝑃1 = 2,643 𝑏𝑎𝑟
• 𝑇𝑐 = 44 °𝐶
• 𝑃𝑐 = 𝑃2 = 16,885 𝑏𝑎𝑟
• 𝛥𝑇𝑠𝑢𝑝 = 5 °𝐶
• 𝛥𝑇𝑠𝑢𝑏 = 4 °𝐶
• ℎ1 = 401,615 𝑘𝐽/𝑘𝑔
• ℎ2 = 450,232 𝑘𝐽/𝑘𝑔
• ℎ3 = ℎ4 = 249,674 𝑘𝐽/𝑘𝑔
• 𝑣1 = 0,088522 𝑚3 /𝑘𝑔
• 𝑅𝑃 = 6,389

28
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15 EVAPORADOR

15.1 Câmara de resfriamento e congelamento

Considerando que o evaporador irá operar 22h por dia, tem se que a carga total estimada
é de 34098,36 kcal/h.

A partir do catalogo da TRINEVA presente no ANEXO G tem se os valores para as


temperaturas de evaporação de -15°C e -20°C e ΔT = 6ºC do modelo FTBI 542.

Interpolando os valores, obtém-se a carga nominal para a temperatura de -18 °C igual a


36809,6 kcal/h, como o ΔT do catálogo é igual ao do projeto, esse já é o valor da capacidade
nominal do evaporador para as condições de projeto.

O evaporador selecionado possui quatro ventiladores que juntos somam uma potência
de 4,4 kW, corrigindo esse valor no cálculo da carga térmica dos ventiladores obtém se que a
carga térmica total da câmara de resfriamento é de

𝑸̇𝒄𝒐𝒓𝒓𝒊𝒈𝒊𝒅𝒐 = 𝟑𝟒𝟗𝟏𝟕, 𝟎𝟗 𝒌𝒄𝒂𝒍/𝒉

A carga térmica corrigida é menor do que o evaporador selecionado, totalizando um


superdimensionamento de cerca de 7,37%.

15.2 Câmara de armazenamento

Para a câmara de armazenamento serão escolhidos dois evaporadores com flecha de


11m cada para garantir que o produto não seque ao colocar um único evaporador com alto
alcance.

Considerando que o evaporador irá operar 22h por dia, tem se que a carga total estimada
é de 11689,54 kcal/h.

A partir do catálogo da TRINEVA presente no ANEXO G tem se os valores para as


temperaturas de evaporação de -15°C e -20°C e ΔT = 6ºC do modelo TRS-451.

Esse evaporador tem para a temperatura de -18°C uma capacidade de retirar 6115,80
kcal/h, totalizando 12231,60 kcal/h com os dois equipamentos.

Esse evaporador possui cinco ventiladores cada, totalizando uma potência 1,2 kW para
as duas máquinas. Corrigindo esse valor no cálculo da carga térmica dos motores tem que a
capacidade térmica total da câmara de armazenamento é

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𝑸̇𝒄𝒐𝒓𝒓𝒊𝒈𝒊𝒅𝒐 = 𝟏𝟏𝟔𝟑𝟎, 𝟒𝟕 𝒌𝒄𝒂𝒍/𝒉

Assim, os evaporadores selecionados estão de acordo com as especificações do projeto


e estão 4,91% superdimensionados.

30
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16 COMPRESSOR

16.1 Câmara de resfriamento e congelamento

O catálogo de compressores da GEA foi utilizado para selecionar o compressor da


câmara de congelamento. Segundo o catálogo as condições do compressor HG6/1410-4S
(ANEXO H) são:

• 𝛥𝑇𝑠𝑢𝑏 = 0 𝐾
• Tsucção = T1 = 25 °C
• Tc = 30, 40, 50 °C
• 𝑉̇𝑑 = 146,9 𝑚3 /ℎ

Os valores obtidos são:

Interpolando nas temperaturas de evaporação de -15°C e -20°C, obtém-se os valores da


capacidade frigorifica para To = -18°C para as três temperaturas de condensação acima.

Tabela 6 – Características de operação do compressor da câmara de congelamento

Ciclo Tc (°C) To (°C) Qo (kcal/h) Qo (W)


A 30 -18 41.880,60 48.707,14
B 40 -18 37.394,60 43.489,92
C 50 -18 32.085,60 37.315,55

Para realizar a seleção é necessário achar as entalpias, pressões e o volume especifico


de sucção para cada ponto do sistema, ou seja, um ciclo com os valores para cada Tc e com To,
T1 e 𝛥𝑇𝑠𝑢𝑏 fixos, obtidos através do CoolPack.

Além disso é necessário obter os valores de vazão de fluido, eficiência volumétrica e a


relação de pressão, equações para obter esses valores são dadas abaixo:

𝑄̇𝑜
𝑚̇𝑓 = (22)
(ℎ1 −ℎ4 )

𝑚̇𝑓 ×𝑣1
𝜂𝑣 = (23)
𝑉̇𝑑

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Sendo:

𝑚̇𝑓 – Vazão de fluido [kg/s]

𝑄̇𝑜 – Capacidade frigorifica [W]


(ℎ1 − ℎ4 ) – Efeito frigorífico [J/kg]
𝑉̇𝑑 - Volume deslocado [m³/s]
Os valores obtidos para cada ciclo estão presentes abaixo:

Tabela 7 - Dados do ciclo A

h1 (kJ/kg) 427,064 P1(bar) 2,643


h2 (kJ/kg) 472,698 P2 = Pc (bar) 11,919
h3 = h4 (kJ/kg) 236,651 T1 (°C) 25
𝜟𝑻𝒔𝒖𝒑 43 v1 (m³/s) 0,104213
𝒎̇𝒇 (kg/s) 0,2558 𝜼𝒗 0,6533
RP 4,51

Tabela 8 - Dados do ciclo B

h1 (kJ/kg) 427,064 P1(bar) 2,643


h2 (kJ/kg) 481,101 P2 = Pc (bar) 13,335
h3 = h4 (kJ/kg) 249,674 T1 (°C) 25
𝜟𝑻𝒔𝒖𝒑 43 v1 (m³/s) 0,104213
𝒎̇𝒇 (kg/s) 0,2452 𝜼𝒗 0,6261
RP 5,05

Tabela 9 - Dados do ciclo C

h1 (kJ/kg) 427,064 P1(bar) 2,643


h2 (kJ/kg) 489,16 P2 = Pc (bar) 19,423
h3 = h4 (kJ/kg) 263,253 T1 (°C) 25
𝜟𝑻𝒔𝒖𝒑 43 v1 (m³/s) 0,104213
𝒎̇𝒇 (kg/s) 0,2278 𝜼𝒗 0,5818
RP 7,35

A partir dos dados de RP e de 𝜂𝑣 o gráfico abaixo foi plotado:

32
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Figura 2 - Curva de rendimento volumétrico do compressor da câmara de congelamento

A partir da equação da linha de tendência e da razão de pressão de projeto de 6,389 é


possível obter a eficiência do projeto, a partir desse valor a vazão de fluido é calculada com as
entalpias do projeto.

𝜼𝒗 = 𝟓𝟖, 𝟔𝟒% 𝒎̇𝒇 = 𝟎, 𝟐𝟕𝟎𝟑 𝐤𝐠/𝐬

A partir desses valores e das condições de projeto obtém que a capacidade do


compressor selecionado é de 41.073,71W. O valor calculado para projeto é de 40.608,58 W,
assim o compressor selecionado possui um superdimensionamento de 1,13%.

16.2 Câmara de armazenamento

O catálogo de compressores da Bitzer foi utilizado para selecionar o compressor da


câmara de armazenamento. Segundo o catálogo as condições do compressor 4CES-6 (ANEXO
H) são:

• 𝛥𝑇𝑠𝑢𝑏 = 0 𝐾
• Tsucção = T1 = 20 °C
• Tc = 30, 40, 50 °C
• 𝑉̇𝑑 = 39,2 𝑚3

Os valores obtidos são:

Interpolando nas temperaturas de evaporação de -15°C e -20°C, obtém-se os valores da


capacidade frigorífica para To = -18°C para as três temperaturas de condensação acima.

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Tabela 10 – Características de operação do compressor da câmara de armazenamento

Ciclo Tc (°C) To (°C) Qo (W)


D 30 -18 16.584
E 40 -18 14.380
F 50 -18 12.406

Seguindo o mesmo sistema de equações e diagramas citados no compressor acima os


valores obtidos para cada ciclo são:

Tabela 11 - Dados do ciclo D

h1 (kJ/kg) 423,667 P1(bar) 2,643


h2 (kJ/kg) 468,433 P2 = Pc (bar) 11,919
h3 = h4 (kJ/kg) 236,651 T1 (°C) 20
𝜟𝑻𝒔𝒖𝒑 38 v1 (m³/s) 0,104213
𝒎̇𝒇 (kg/s) 0,0887 𝜼𝒗 0,8487
RP 4,51

Tabela 12 - Dados do ciclo E

h1 (kJ/kg) 423,667 P1(bar) 2,643


h2 (kJ/kg) 476,675 P2 = Pc (bar) 15,335
h3 = h4 (kJ/kg) 249,674 T1 (°C) 20
𝜟𝑻𝒔𝒖𝒑 38 v1 (m³/s) 0,104213
𝒎̇𝒇 (kg/s) 0,0826 𝜼𝒗 0,7909
RP 5,80

Tabela 13 - Dados do ciclo F

h1 (kJ/kg) 423,667 P1(bar) 2,643


h2 (kJ/kg) 484,576 P2 = Pc (bar) 19,423
h3 = h4 (kJ/kg) 263,253 T1 (°C) 25
𝜟𝑻𝒔𝒖𝒑 38 v1 (m³/s) 0,104213
𝒎̇𝒇 (kg/s) 0,0773 𝜼𝒗 0,7401
RP 7,34

A partir dos dados de RP e de 𝜂𝑣 o gráfico abaixo foi plotado:

34
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Figura 3 - Curva de rendimento volumétrico do compressor da câmara de armazenamento

A partir da equação da linha de tendência e da razão de pressão de projeto de 6,389 é


possível obter a eficiência do projeto, a partir desse valor a vazão de fluido é calculada com as
entalpias do projeto.

𝜼𝒗 = 𝟕𝟕, 𝟏𝟐% 𝒎̇𝒇 = 𝟎, 𝟎𝟗𝟒𝟖𝟕 𝐤𝐠/𝐬

A partir desses valores e das condições de projeto obtém que a capacidade do


compressor selecionado é de 14414,49W. O valor calculado para projeto é de 13526,24 W,
assim o compressor selecionado possui um superdimensionamento de 6,16%.

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17 CONDENSADOR

17.1 Câmara de resfriamento e congelamento

Para realizar a seleção do condensador da câmara é necessário estimar o calor que será
rejeitado pelo condensador no processo de resfriamento e congelamento utilizando a seguinte
equação:
𝑄̇𝑐 = 𝑚̇𝑓 × (ℎ2 − ℎ3 ) (24)

Os dados de fluxo de refrigerante (𝑚̇𝑓 ) e a entalpia do ponto 3 já foram citadas, sendo


0,308579 kg/s e 249,674 kJ/kg, respectivamente. Para determinar entalpia do ponto 2 real é
necessário a utilização da fórmula a seguir:

ℎ1 +(ℎ2𝑠 −ℎ1 )
ℎ2 = (25)
η𝑖𝑠𝑒𝑛

Determina-se o rendimento isentrópico do compressor a partir da figura 4:

Figura 4 - Rendimento isentrópico

Com o dado de razão de pressão de projeto no valor de 6,389, se obtém um rendimento


na faixa de 75% e utilizando a entalpia do ponto 1 de 401,615 kJ/kg e do ponto 2 isentrópico
de 450,323 kJ/kg, é possível obter uma entalpia do ponto 2 real de 466,559 kJ/kg.
Assim, a partir da equação (26), já utilizando a conversão de kW para kcal/h obtemos:

̇ 𝑓 ×3600)×(ℎ2 −ℎ3 )
(𝑚
𝑄̇𝑐 = = 50412,564 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ (26)
4,1868

36
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Será analisado o condensador de modelo VmaxE 047R do fabricante Mipal (ANEXO I)


de capacidade frigorifica de 𝑸̇𝒄 = 𝟒𝟑𝟔𝟕𝟐 𝐤𝐜𝐚𝐥/𝐡, baseado nas seguintes condições:

• Diferencial de temperatura (ΔT): 10 °C;


• Fluido frigorífico: R22;
• Atitude: 0 m;
• Temperatura de entrada do ar: 35 °C.

Porém as condições do projeto se diferenciam, tem-se ΔT de 12 °C, uma atitude de 695


m e uma temperatura de entrada do ar no condensador de 32 °C. Será então necessário realizar
algumas correções através de coeficientes dados pelo catálogo (ANEXO I):

𝑄̇𝑐,𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 = 𝑄̇𝑜 × 𝐹1 × 𝐹2 × 𝐹3 × 𝐹4 (27)

𝑄̇𝑐,𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 = 50412,564 × 0,83 × 1 × 0,988 × 1,0379 = 42908,495 kcal/h

Portanto, como 𝑸̇𝒄,𝒄𝒂𝒕𝒂𝒍𝒐𝒈𝒐 = 𝟒𝟑𝟔𝟕𝟐 𝐤𝐜𝐚𝐥/𝐡 > 𝑸̇𝒄,𝒄𝒐𝒓𝒓𝒊𝒈𝒊𝒅𝒐 = 𝟒𝟐𝟗𝟎𝟖, 𝟒𝟗𝟓 𝐤𝐜𝐚𝐥/𝐡, o
condensador Mipal VmaxF 053R foi selecionado para a câmara de resfriamento deste projeto,
com um superdimensionamento de 1,75%. O condensador escolhido possui as seguintes
informações:
• Marca: Mipal;
• Modelo: VmaxE 047R;
• Quantidade: 1 condensador;
• Tipo: Condensador a ar;
• Capacidade: 43672 kcal/h;

17.2 Câmara de armazenamento

Para realizar a seleção do condensador da câmara é necessário estimar o calor que será
rejeitado pelo condensador no processo de armazenamento utilizando a seguinte equação:

̇ 𝑓 ×3600)×(ℎ2 −ℎ3 )
(𝑚
𝑄̇𝑐 = = 50412,564 𝑘𝑐𝑎𝑙/ℎ (28)
4,1868

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Os valores das entalpias já foram citadas anteriormente e o valor de fluxo de refrigerante


da câmara de armazenamento (𝑚̇𝑓 ) é de 0,308579 kg/s. Então, a partir da fórmula se obtém
17691,883 kcal/h que será rejeitado pela câmara de armazenamento (𝑄̇𝑐 ).
Será analisado o condensador de modelo Mini C-flex 16 do fabricante MIPAL (ANEXO
I) de capacidade frigorifica de 𝑄̇𝑐 = 16162 kcal/h, baseado nas seguintes condições:

• Diferencial de temperatura (ΔT): 10 °C;


• Fluido frigorífico: R22;
• Atitude: 0 m;
• Temperatura de entrada do ar: 35 °C.

Porém as condições do projeto se diferenciam, tem-se ΔT de 12 °C, uma atitude de 695


m e uma temperatura de entrada do ar no condensador de 32 °C. Será então necessário realizar
algumas correções através de coeficientes dados pelo catálogo (ANEXO I):

𝑄̇𝑐,𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 = 𝑄̇𝑜 × 𝐹1 × 𝐹2 × 𝐹3 × 𝐹4 (29)


𝑄̇𝑐,𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 = 17691,883 ∗ 0,83 ∗ 1 ∗ 0,988 ∗ 1,0379 = 15058,391 kcal/h

Portanto, como 𝑸̇𝒄,𝒄𝒂𝒕𝒂𝒍𝒐𝒈𝒐 = 𝟏𝟔𝟏𝟔𝟐 𝐤𝐜𝐚𝐥/𝐡 > 𝑸̇𝒄,𝒄𝒐𝒓𝒓𝒊𝒈𝒊𝒅𝒐 = 𝟏𝟓𝟎𝟓𝟖, 𝟑𝟗𝟏 𝐤𝐜𝐚𝐥/𝐡, o
condensador Mipal VmaxF 053R foi selecionado para a câmara de resfriamento deste projeto,
com um superdimensionamento de 6,83%. O condensador escolhido possui as seguintes
informações:

• Marca: Mipal;
• Modelo: Mini C-flex 16;
• Quantidade: 1 condensador;
• Tipo: Condensador a ar;
• Capacidade: 16162 kcal/h;

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18 VÁLVULA DE EXPANSÃO

Para a seleção das válvulas de expansão termostática é necessário entrar no catálogo


com o diferencial de pressão e a temperatura de evaporação.

No caso de projeto esses valores são:

𝛥𝑃 = 𝑃𝑐 − 𝑃𝑜 = 14,242 𝑏𝑎𝑟 (30)

𝑇𝑜 = −18 °𝐶

18.1 Câmara de resfriamento e congelamento

A capacidade térmica da câmara de congelamento é de 40,61 kW.

A partir do catálogo da DANFOSS presente no ANEXO J, foi possível obter o valor


nominal de operação da válvula TEX 5-7 5 a partir de interpolação dupla entre os diferenciais
de pressão de 14 e 16 bar e das temperaturas de evaporação de -10 e -20°C. O valor obtido é de
34,47 kW.

Utilizando o fator de correção de 1,03 fornecido pelo fabricante tem se que o valor é
35,50 kW, com o superdimensionamento de – 14,37%

18.2 Câmara de armazenamento

A capacidade térmica da câmara de armazenamento é de 13,52 kW, porém serão


utilizados dois evaporadores, logo, deverão ser selecionadas duas válvulas com a capacidade
de 6,76 kW.

A partir do catalogo da DANFOSS presente no ANEXO J, foi possível obter o valor


nominal de operação da válvula TX2/TEX 2-1.5 a partir de interpolação dupla entre os
diferenciais de pressão de 14 e 16 bar e das temperaturas de evaporação de -10 e -20°C. O valor
obtido é de 6,19 kW.

Utilizando o fator de correção de 1,03 fornecido pelo fabricante tem se que o valor é
6,38 kW, com o superdimensionamento de - 6,08%

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19 REFERÊNCIAS

[1] AGAIS.COM. CÁLCULO DAS PROPRIEDADES PSICROMÉTRICAS DO AR.


Disponível em: <http://www.agais.com/toolbox/psicrometria3.php>.
[2] APOLO11. Latitude e Longitude das cidades Brasileiras. Disponível em:
<https://www.apolo11.com/latlon.php?uf=sc&cityid=24>
[3] VENTURINI, Osvaldo Jose. Apostila: Refrigeração Industrial. Disponível em:
https://nest.unifei.edu.br/portugues/pags/aluno/graduacao/eme902/files/Apostila_Refrigeracao
.pdf
[4] USP. TABELAS DA DISCIPLINA DE REFRIGERAÇÃO E CADEIA DO
FRIO. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4430921/mod_resource/content/1/Tabelas%20de%2
0Refrigera%C3%A7%C3%A3o%20e%20Cadeia%20do%20Frio.pdf
[5]UNISINOS. Capítulo 8- Carga Térmica de Refrigeração. Disponível em:
<http://www.professor.unisinos.br/mhmac/Refrigeracao/CAP8_REF_2015_v1.pdf
[6] STROBEL, Christian; UFPR. Carga térmica em instalações frigoríficas. Disponível em:
<http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/EngMec_NOTURNO/TM374/Aula%2006%20-
%20Carga%20T%E9rmica%20de%20Refrigera%E7%E3o%20-
%20Refrigera%E7%E3o%20e%20Ar%20condicionado.docx>.
[7] TAVMAN, Sebnem; KUMCUOGLU, Seher; GAUKEL, Volker. Apparent Specific Heat
Capacity of Chilled and Frozen Meat Products. International Journal Of Food Properties,
[s.l.], v. 10, n. 1, p.103-112, 17 jan. 2007. Informa UK Limited.
http://dx.doi.org/10.1080/10942910600755151.
[9] American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers (ASHRAE).
Handbook, Refrigeration Systems and Applications, American Society of Heating,
Refrigerating and Air Conditioning Engineers, Atlanta,1986

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ANEXO A – CONDIÇÕES EXTERNAS DE PROJETO

Figura 5 – Temperatura de bulbo seco, úmido e máxima para as cidades da Região Sul conforme Norma
NBR6401

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ANEXO B – CAIXAS E PALETES

Figura 6 – Paletes

Figura 7 - Caixa plástica

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ANEXO C – COMPONENTES DO SISTEMA FRIGORÍFICO

Figura 8 - Painel isolante

Figura 9 - Informações do painel isolante

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Figura 10 - Porta

Figura 11 - Empilhadeira

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ANEXO D – ESPESSURA DO ISOLANTE

Tabela 14 - Tabela de correção da temperatura das paredes 3

Tabela 15 - Fator de resistência dos materiais 3

ANEXO E – CARGA TÉRMICA

Tabela 16 - Fator de troca de ar de câmaras frigoríficas para conservação 3

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Tabela 17 - Calor cedido por cada metro cúbico de ar 3

.
Tabela 18 - Calor dissipado por motores 3

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ANEXO F – PARÂMETROS DE PROJETO

Tabela 19 - Diferença de temperatura do evaporador 3

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Figura 12 - Diagrama Pxh do ciclo

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ANEXO G – EVAPORADOR

Figura 13 - Evaporador do congelamento

Figura 14 - Ventilador do evaporador de congelamento

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Figura 15 - Evaporador do congelamento

Figura 16 - Ventilador do congelamento

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ANEXO H – COMPRESSOR

Figura 17 - Compressor da câmara de congelamento

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Figura 18 - Compressor da câmara de armazenamento

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ANEXO I – CONDENSADOR

Figura 19 - Condensador do congelamento

Figura 20 – Fator de correção do condensador da câmara de armazenamento

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Figura 21 - Condensador do congelamento

Figura 22 - Correção do condensador de congelamento

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ANEXO J – VÁLVULA DE EXPANSÃO TERMOSTÁTICA

Figura 23 - Válvula termostática

Figura 24 - Correção da válvula de expansão termostática

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ANEXO K – COMPONENTES AUXILIARES

Figura 25 - Filtro secador – armazenamento

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Figura 26 - Filtro secador - congelamento

Figura 27 - Válvula solenoide

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Figura 28 - Visor de líquido

Figura 29 - Separador de óleo

Figura 30 - Tanque de líquido

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Figura 31 – Pressostato

Figura 32 – Termostato

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