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PLANO DE TRABALHO E QUALIDADE PARA SOLDAS DE

TUBOS E CONEXÕES DE PEAD PELO MÉTODO DE


TERMOFUSÃO CONFORME NORMAS
TÉCNICAS DVS-2207 e ABNT 14464

EMPRESA FILIADA À:

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INTRODUÇÃO

Este documento foi elaborado pelo departamento de engenharia de processos da


Complastec afim de orientar a nossa equipe de soldadores termoplásticos quanto ao procedimento
a ser seguido antes, durante e depois da execução de soldas do tipo termofusão em tubos e
conexões de PEAD (polietileno de Alta Densidade).

Todas as máquinas de Termofusão são acompanhas da tabela de parâmetros de solda


desenvolvida pelo fabricante do equipamento a qual deve ser seguida fielmente. Segue modelo:

(imagem ilustrativa)

SIGNIFICADOS DA TABELA

• SDR – Classe de pressão;


• D (mm) – Diâmetro externo do tubo;
• S (mm) – Espessura da parede do tubo;
• T (º C) – Temperatura da placa de aquecimento;
• P1 (bar) – Pressão de soldagem;
• H (mm) – Espessura mínima de virola (bulbo);
• P2 (bar) – Pressão de aquecimento após virola;
• T1 (sec.) – Tempo de aquecimento;
• T2 (sec.) – Tempo de abertura para retirada da placa de aquecimento;
• T3 (sec.) – Fechamento da máquina;
• P3 (bar) – Pressão de soldagem;
• T4 (min.) – Tempo de resfriamento da solda.

OBS: • Sempre que iniciar uma solda verificar a pressão de arraste;


• Pressão de fechamento de solda somar + arraste.

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CUIDADOS ESSENCIAIS PRÉ E DURANTE O PROCESSO DE SOLDAGEM

• 1º Procure assentar o equipamento sobre uma base regular ou terreno plano e consistente;

• 2º Coloque o equipamento preferencialmente em um local abrigado, de forma a evitar ventos,


que trazem sujeira e criam diferenças de temperatura nas superfícies da placa de solda;

• 3º Providencie bases para o alinhamento dos tubos;

• 4º Certifique-se que a fonte de energia (gerador ou rede elétrica) tenha potência e voltagem
adequada ao equipamento. Se usar gerador, verifique se há combustível suficiente;

• 5º Ligue o gerador e estabilize-o na voltagem e frequência correta conforme necessidade do


equipamento de solda. Deixe-o aquecer por pelo menos 5 minutos e assegure-se que está
estabilizado. NUNCA conecte o equipamento de soldagem ao gerador antes de executar o
procedimento citado acima, caso contrário o equipamento poderá ser danificado;

• 6º Certifique-se de possuir os parâmetros de soldagem adequados ao equipamento e dimensão


do tubo;

• 7º Verifique através do visor digital ou termômetro se a placa de solda atingiu a temperatura de


trabalho necessária conforme tabela de parâmetros;

• 8º Coloque o tubo na máquina deixando espaço suficiente para inserir a faceadora entre os tubos
ou conexões;

• 9º Verifique a pressão de arraste do tubo fixado na máquina;

• 10º Iniciar faceamento com 5 a 10 bar de pressão + arraste;

• 11º Depois de faceado, fechar a máquina e verificar seu desalinhamento e aplicar a pressão de
soldagem P1 (bar) + arraste;

• 12º Ao abrir a máquina, limpar a face do tubo com álcool (92.8%) e introduzir a placa de
aquecimento, fechar a máquina com a pressão já estabelecida;

• 13º Aguardar a formação inicial do bulbo, vide tabela de parâmetros;

• 14º Liberar pressão;


OBS: Quando o arraste for acima de 10 bar, considerar pressão de arraste e liberar apenas a
pressão de solda P1 (bar), e iniciar o tempo de aquecimento, vide tabela de parâmetros;

• 15º Após o tempo de aquecimento retirar a placa e fechar a máquina com a pressão estabelecida
P3 (bar) + arraste e aguardar tempo de resfriamento;
OBS: Toda vez que iniciar uma solda, verificar a pressão de arraste;
Pressão de fechamento de solda (P1 ou P3 “bar”) somar sempre + arraste.

• 16º Assim que se iniciar o resfriamento, antes do bulbo enrijecer, marcar o mesmo com o
marcador de bulbo. A marcação deve ser feita em pelo menos 3 pontos do bulbo diferentes, e a
força de aplicação deve ser tal que imprima uma marca uniforme e não muito profunda.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL DE SOLDAGEM DE PEAD

No processo de soldagem é muito importante verificar as condições ambientais antes do


início do processo, devendo sempre evitar as influências negativas da atmosfera, como umidade e
temperatura abaixo de 0ºC. A temperatura nas paredes dos tubos a serem soldados devem
sempre ser mantidas constantemente, para isso, deve-se tomar as medidas necessárias, sendo
algumas delas, construir cabanas para armazenamento das máquinas ou manter sempre em local
onde o clima não possa prejudicar.

PROCESSOS NECESSÁRIOS PARA INÍCIO DA SOLDAGEM

• PREPARAÇÃO DO HIDRAULICO – Verificar sempre o nível de óleo, se o marcador de pressão


está zerado. Instalar as mangueiras no hidráulico e no chassi. Colocar a tomada do hidráulico na
tomada da extensão.

• PREPARAÇÃO DA PLACA DE AQUECIMENTO – Limpar a placa com um pano umedecido em


álcool. Regular a temperatura da placa conforme o tipo de material. Colocar a tomada da extensão
e ligar a placa.

• PREPARAÇÃO PARA SOLDAGEM – Colocar os tubos em cima do cavalete e os dispositivos


nos tubos apertando as porcas até conseguir um paralelismo entre eles. Verificar a pressão de
arraste dos tubos e somar a pressão indicada na tabela de parâmetros. Os tubos da soldagem
devem ser posicionados no chassi de forma a ficar paralela a superfície da peça a ser soldada. A
superfície das partes a serem soldadas devem estar totalmente livre de impurezas. Talvez haja um
desalinhamento ou ovulação nas paredes do tudo de solda, sendo admissível desde que não
ultrapasse 10% da espessura de sua parede. As máquinas de solda têm a capacidade de
desovalizar o tubo durante o aperto dos parafusos, exceto em casos aonde o tubo se encontra
muito ovalizado, sendo nesse caso indicado o corte da parte ovalizada.

(imagem ilustrativa)

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• FACEAMENTO – Os tubos e conexões da soldagem devem ser posicionados de forma que suas
extremidades sejam usinadas com a Faceadora em um passo menor que 0,2mm. Por sua vez a
faceadora deve ser colocado entre os dois tubos ou conexões que serão soldados, posicionando-o
ente os eixos do chassi, ligando a faceadora e sempre controlando a pressão hidráulica. O
faceamento será completado quando o cavaco de corte estiver continuo e uniforme. Ao final retirar
totalmente a pressão do faceamento, após isso abrir a unidade hidráulica, retirar a faceadora e
fechar a unidade hidráulica para verificar se não existe folga entre as faces a serem soldadas.

(imagem ilustrativa)

• LIMPEZA – Após o faceamento, os equipamentos de solda devem ser todos limpos com pano ou
papel (ele não deverá soltar nenhuma fibra ou resíduo e é proibido o uso de estopa para esse
procedimento) umedecido com álcool.

• SOLDAGEM – No início do processo de soldagem deve-se sempre verificar as variáveis: pressão


inicial, virola, tempo de aquecimento, pressão final (fechamento) e tempo de resfriamento. Para
iniciar a solda, primeiro deve-se determinar a pressão de arraste e somar as pressões informadas
na tabela de parâmetros. Depois disso, posiciona-se a placa no cavalete aplicando a pressão para
formação da virola, logo após a pressão deve ser aliviada para pressão de aquecimento.
Terminando o tempo de aquecimento deve-se retirar a placa e aplicar a pressão de fechamento
até o tempo de resfriamento.

(imagem ilustrativa)

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• RESFRIAMENTO – Deve-se tomar muito cuidado, pois na região onde está sendo feita a
soldagem não é permitido resfriamento brusco, essa área deve permanecer presa ao equipamento
com a pressão aplicada, obedecendo ao tempo de resfriamento informado na tabela de
parâmetros.

(imagem ilustrativa)

• IDENTIFICAÇÃO DA SOLDA – Marcação é importante para se obter a rastreabilidade da solda.

(imagem ilustrativa)

• VIROLA – A virola (bulbo) deve apresentar aspecto liso com formatos arredondados para os dois
lados. Abaixo temos exemplos de virolas e prováveis causas.

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FLUXOGRAMA DE PROCESSO PARA SOLDAS DE TERMOFUSÃO

Fluxograma de Processo 01
Engenharia de Processos
Aplicação Revisões Grupo de trabalho
Centro de trabalho: DEPARTAMENTO DE OBRAS Data de criação: 14/05/2020 Nome Setor Ramal e-mail
Fluxo de processo: 1 Criado por: Artur Costa Artur Costa 25 artur@complastec.com.br
Descrição: SOLDAS DE TERMOFUSÃO Revisado por: Artur Costa
Data de revisão:
PREPARAÇÃO, SOLDA E Revisão número: 0
Operações:
LIBERAÇÃO

Ponto de Movimentação e Sentido do Fluxo de


Início / Fim Corte Operação Operação e Inspeção Inspeção
Decisão Transporte Processo

Sentido Fluxo de
refugo/Desmontagem
Sentido Fluxo de
retrabalho
Retorno de Retrabalho Característica Crítica C Característica Principal P Característica Secundária S Refugo Ponto de Contaminação

Meios instalados

Fluxo de operações N° Operação CL Descrição da operação Máquinas / Equipamentos Observações


Meios de Medição
Periféricos / Métodos

001 I nício *** *** ***

PT.10.00 Anal is e e e scolha do l oca l onde os tra ba l hos s e rão executa dos *** Inspeçã o vis ual ***

Ca minhã o Munk /
PT.20.00 Acomodar má qui na de s olda em s upe rfi ci e pla na *** ***
Es ca vade ira

PQ.20.01 C Os e qui pa me ntos estão e m uma supe rfi ci e pl ana ? *** Inspe çã o vi s ual

PQ.20.02 C Os equi pame ntos es tã o em boa s condi çõe s de traba lho? *** Inspe çã o vis ual

O e s pa ço é s ufici ente pa ra o posi ci ona me nto das ba rra s de tubos /


PQ.20.03 C cone xões ?
*** Inspe çã o vis ual ***

PQ.20.04 C Pos s ui os parâme tros corretos de solda ? *** Inspe çã o vi s ual ***

Cami nhã o Munck /


PT.30.00 Ins erir e a jus tar tubos / conexões na má quina de s ol da *** ***
Es ca va de ira

Exis te e s paço s uficiente pa ra ins e ri r a fa ceadora e pe rmiti r o


PQ.30.01 C fe cha mento pos te rior?
*** Inspe çã o vis ual ***

PQ.30.02 C Os tubos / conexões e s tão ali nha dos ? *** Inspe çã o vis ual ***

PT.40.00 Re ali zar o fa ce a mento Uni da de fa cea dora *** ***

PQ.40.01 C As fi tas es tão s a indo intei riça s e cons ta ntes ? *** Inpeçã o vi sua l ***

PQ.40.02 C As fa ce s e stão perfe itame nte perpe ndi cul ares ? *** Inpeçã o vi sua l ***

PQ.40.03 C As fa ce s e s tão al i nha das ? *** Inspeçã o vis ual ***

PT.50.00 Li mpe za das faces Ma nua l *** ***

PQ.50.01 C As face s e s tã o l impa s ? *** Inspeçã o vis ual ***

PT.60.00 Re a liza r o aque cime nto Pla ca a quece dora *** ***

A pla ca aquece dora está na tempe ra tura de a cordo com os


PQ.60.01 C pa ra me tros de s olda?
*** Vi sor di gita l / Hi gh te ch ***

O bul bo i ni cia l e s tá no ta ma nho de a cordo com os para me tros de


PQ.60.02 C s ol da ?
*** Trena / Régua gra dua da ***

PQ.60.03 C O te mpo de cozimento es tá de a cordo com os pa ra metros de solda ? *** Cronômetro ***

PT.70.00 Re ali zar o fe cha mento Uni da de Hi dráulica *** ***

PQ.70.01 C O bulbo e s tá no forma to i de al ? *** Inspe çã o vis ual ***

PQ.70.02 C A pre s sã o util iza da foi conforme para me tros de s olda? *** Ma nometro ***

Foi re s pei ta do o tempo de re s fri ame nto conforme parametros de


PQ.70.03 C s ol da ?
*** Cronômetro ***

É pos s i ve l o rea provei ta mento dos ma te ri a i s ? *** Inspe çã o vis ual ***

Cortar a s olda *** *** ***

PT.80.00 Re move r má qui na de s olda *** *** ***

02 Fim *** *** ***

Qualquer dúvida, favor entrar em contato com o Depto. Técnico da COMPLASTEC, pelo telefone:
(34) 3232-3212 ou e-mail complastec@complastec.com.br

Elaborado por: Artur Costa Andreotti Rev.02 09/07/2020

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