Você está na página 1de 14

1.

A Era Vargas (1930-1945)

Objetivos:

• Compreender o processo que levou à chegada ao poder de Getúlio


Vargas (Revolução de 1930);
• Entender as interações e os atores políticos, a economia –
especialmente em relação à Crise de 1929 e à Segunda Guerra
Mundial – e a sociedade brasileira na década de 1930.

1.1 Introdução
Podemos compreender a Era Vargas como um grande período de um
governo que se divide em três períodos distintos:
• O Governo Provisório, entre 1930 e 1934;
• O Governo Constitucional, entre 1934 e 1937;
• E o Estado Novo, entre 1937 e 1945.
Apesar disso, devemos compreender como foi o processo que levou
Vargas ao poder, retomando os movimentos de insatisfação social
(movimentos operários e o tenentismo) e as disputas oligárquicas na
política.

1.2 A Revolução de 1930


Conforme o acordo tácito existente entre as elites políticas de Minas
Gerais e de São Paulo, o candidato que deveria suceder a Washington
Luís seria mineiro. No entanto, Washington Luís decide romper com a
política tradicional e indicar um candidato de sua confiança, o então
governador de São Paulo, Júlio Prestes.

Diante desse fato, as oligarquias de Minas Gerais, Rio Grande do Sul


e Paraíba, fundaram, em junho de 1929, a Aliança Liberal, que
apresentou a candidatura de Getúlio Vargas à presidência. Vargas havia
sido importante para a pacificação da elite gaúcha, após anos de disputas
pelo poder no estado, sendo eleito governador e, posteriormente,
tornando-se ministro da fazenda no governo Washington Luís. Seu vice na
chapa da Aliança Liberal era João Pessoa, então governador da Paraíba.

Após a eleição correu como o esperando, consagrando o candidato


do governo, Júlio Prestes. Nesse momento, as divergências oligárquicas
tendiam à pacificação. Mas, com o assassinato de João Pessoa (que não
se relacionava com a disputa política) e com a intensa repressão do
governo aos dissidentes políticos de Minas Gerais e da Paraíba, há uma
mudança no processo político, em benefício da intervenção armada. Além
disso, os tenentes também mobilizam uma reação armada.
Para evitar que os tenentes tomassem o poder, com quebra de
hierarquia, o alto oficialato das forças armadas dá o golpe do 03/10/1930,
que governa, por um triunvirato, o país por um mês, até entregar o poder
para Vargas. Terminava de forma vitoriosa a Revolução de 1930,
acabando com o domínio das oligarquias e com a República Velha.

1.3 1930-1934 – o Governo Provisório


A principal característica do Governo Provisório é o que se denomina
na historiografia como “Estado de Compromisso”, condição na qual havia
uma ausência de uma classe com capacidade de comandar sozinha o
país. Há, portanto, uma autonomização do Poder Executivo, representada
por uma grande autonomia daquele que o comanda. Dentro dessa
característica abrangente, podemos destacar aspectos importantes do
governo provisório:
• O governo é feito por Decretos-lei;
• A Constituição de 1891 é revogada;
• Há o fim do federalismo, interventores são nomeados para os
Estados, com exceção daqueles que apoiaram a Aliança
Liberal (há, aqui, uma disputa entre os tenentes por cargos de
interventor nos estados);
• Criação do Ministério do Trabalho, da Indústria e do Comércio
(o “ministério da revolução).

Em 1931, é editada a Lei da Sindicalização, que tem como


pressuposto a unicidade sindical, estabelecendo a tutela estatal sobre o
trabalho (só tinha direitos trabalhistas a categoria que aceitava essa
tutela). À Lei de Sindicalização, opõem-se dois grupos: a burguesia e o
sindicalismo revolucionário.

Já no Governo Provisório, podemos perceber uma diferença clara em


relação ao governo Washington Luís em relação à presença do Estado na
economia. Vargas promove um forte intervencionismo, cujos exemplos
principais são:
• Conselho nacional do Café (CNC);
• Incentivo do Estado para a erva-mate, a borracha, o algodão,
etc;
• Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA).

No que diz respeito à economia, podemos destacar as ações do


Governo Provisório para enfrentar os efeitos da Crise de 1929, que abalou
profundamente o sistema agrário-exportador brasileiro, baseado no café.
Como o Brasil dependia fortemente das exportações do café para se
financiar, a crise ameaçava gravemente a estabilidade macroeconômica
do país. No entanto, não foi o que ocorreu. Já em 1933, a economia
brasileira voltava a crescer, paralelamente ao crescimento da indústria.

A indústria brasileira, nesse momento, beneficiou-se de certo


dinamismo que já possuía e das políticas adotadas por Vargas para
combater a crise. Mas quais foram as principais medidas do governo?
• Em 1931, é feito mais um funding loan (empréstimo para
consolidar a dívida);
• Manutenção da moeda desvalorizada para incentivar as
exportações e desincentivar as importações;
• Nova Política de Defesa do café, com queima dos excedentes,
o que reduziu o incentivo ao plantio.
• É instituída a “cota de sacrifício”, arrecadada na cafeicultura
para investimento em outros setores.

Consequentemente, a capacidade brasileira de importar produtos cai


consideravelmente. No entanto, a política de defesa do café permitiu a
recuperação da economia interna, inclusive aumentando o poder de
compra do consumidor nacional. Como esse mercado era abastecido por
produtos importados, a procura por produtos industrializados era maior
que a oferta. Esse é o cenário perfeito para o que se convencionou chamar
na literatura Industrialização por Substituição de Importações.

Durante boa parte da década de 1930, a indústria cresceu ao


aproveitar sua capacidade ociosa. Quando esta foi completamente
aproveitada, as indústrias brasileiras já possuíam condições de reinvestir
em sua produção, tornando o processo de industrialização irreversível.

1.3.1 A Revolução Constitucionalista de São Paulo (1932)

Em São Paulo, o Partido Democrático e o Partido Republicano


Paulista unem-se em uma frente única contra o governo Vargas. Apenas
uma parte do proletariado não adere à oposição contra Vargas (se cair na
prova que todos os setores de São Paulo se aliaram contra Vargas, a
resposta é correta).

São Paulo tentou o apoio do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais,


dois Estados que, apesar de terem participado da Revolução de 1930,
estavam insatisfeitos com a política centralizadora de Vargas.

A campanha “Ouro para o Bem de São Paulo” une a sociedade


paulista em torno da agenda revolucionária:
• Fim da ditadura;
• Interventor civil e paulista (os interventores eram tenentes,
lembra?);
• Constitucionalização do país.

Vargas evita que Rio Grande do Sul e Minas Gerais unam-se a São
Paulo por meio de acordos; para tanto, anuncia o código eleitoral de 1932
e a data de eleições de uma assembleia constituinte, neutralizando as
demandas mineiras e paulistas.
O Código Eleitoral de 1932:
• Institui o voto secreto;
• Incorpora o voto feminino aos pleitos federais;
• Institui a Justiça Eleitoral (ou seja, acaba a CVP, instância do
próprio legislativo capaz de determinar quem seriam os
parlamentares).

A vitória, ao final, é de Vargas; ainda que a história tenha dito que


São Paulo teve uma derrota militar e uma vitória política, pois as
concessões dadas por Vargas foram, em grande parte, reflexo de sua
política de trazer o Rio Grande do Sul e Minas Gerais para junto de si.

São Paulo consegue um interventor civil e paulista e, em 1933, houve


eleições para a constituinte.

1.3.2 A Constituição de 1934

A Constituição aprovada em 16 de julho de 1934 – a terceira até então


– foi a mais democrática que o Brasil teve, até aquele momento. Suas
características básicas foram:
• Inspirações:
o Constituição do Rio Grande do Sul;
o Constituição Republicana de 1891;
o Constituição de Weimar de 1919 (Alemanha).
• Mandato presidencial de 4 anos, sem reeleição;
o A primeira eleição foi indireta, e foi disputada por vários
candidatos. Vargas vence, ainda que de forma apertada.
• Retoma o federalismo da constituição republicana (uma certa
derrota de Vargas) e o liberalismo político.
• Uma grande derrota de Vargas foi a aprovação da pluralidade
sindical.
• Em termos de direitos políticos, as inovações do Código
Eleitoral de 1932 são incorporados: voto secreto, voto feminino,
bancada classista, justiça eleitoral.
• A Justiça do Trabalho, com esse nome, é criada pela
constituição de 1934.
o Além disso, a Constituição incorpora leis trabalhistas
(vitória de Vargas).
• O Estado passa a ter obrigação de prover ensino gratuito e
obrigatório.
• Nacionalização dos recursos naturais.

1.4 1934-1937 – o Governo Constitucional


Getúlio Vargas assumiu a presidência constitucional do Brasil em
1934, para permanecer no mandato até 1938. No entanto, em novembro
de 1937, Vargas estabeleceu a ditadura do Estado Novo, por meio de um
golpe de Estado. O que aconteceu durante esse período, que levou ao
golpe, é o que vamos entender.

Apesar da aparente normalidade trazida pela Constituição de 1934,


novos fatores econômicos, políticos e sociais que surgiram desde a
Revolução de 1930 ainda eram muito instáveis.
• Novos grupos sociais tentavam participar, de alguma maneira,
da política: operários, elementos da classe média,
profissionais liberais e militares.
• Os cafeicultores, ainda importantes para a economia,
demandavam maior intervenção e centralização do Estado.
• Por outro lado, os industrialistas demandavam, do seu lado, o
apoio Estatal para ampliar sua produção.
A conjuntura, em geral, favorecia o fortalecimento do Poder
Executivo, e Vargas soube manejar a situação em seu favor. Nesse
contexto, a radicalização política, tanto à direita como à esquerda,
especialmente a partir de 1934, acabou por favorecer Vargas em sua
política.

Há o declínio e a fragmentação do tenentismo, em virtude do Código


dos Interventores, da atuação de militares como Juarez Távora e Góes
Monteiro, que atuaram para limitar a ação dos tenentes dentro do próprio
exército. Em paralelo, há uma ascensão política do Exército, que passa a
acumular uma elaboração conceitual sobre a segurança nacional. Essa
ascendência do exército sobre o Estado leva à promulgação da Lei de
Segurança Nacional, em 1935.

Nesse período, existia uma polarização entre fascistas e


antifascistas, em todo o mundo. No Brasil, os fascistas foram
representados pela Ação Integralista Brasileira (AIB, surgida em 1932),
ao passo que a frente antifascista era representada pela Aliança Nacional
Libertadora (ANL, surgida em 1935), que tinha à frente comunistas (e cujo
presidente de honra era Luís Carlos Prestes), mas que reunia inclusive
liberais, e que não tinha um programa comunista.

Prestes estava na União Soviética (URSS), e seu retorno ao Brasil é


bancado pela 3ª Internacional. Ao chegar ao Brasil, profere um discurso,
em julho de 1935, que terminava com “todo poder à ANL”, em alusão aos
comunistas da URSS. Depois desse episódio, a ANL foi fechada.

Prestes enxerga isso como um sinal de força dos comunistas, e por


isso deflagrou a revolta, em novembro de 1935: a intentona comunista.
A repressão se dá sob Estado de Exceção (1935-1937), com a formação
do Tribunal de Segurança Nacional (1936). A repressão dá-se contra
quase toda a oposição, exceto nas elites paulistas.

Nesse contexto de Estado de Exceção e de revoltas, vinha-se


desenvolvendo a campanha eleitoral, em 1937 (os candidatos eram: José
Américo, representando o governo; Plínio Salgado, pela AIB; Armando
Salles de Oliveira, por São Paulo; e Góis Monteiro, pelo Exército). No
entanto, a repressão policial era tamanha, que se tornava impossível uma
campanha eleitoral normal e pacífica. Enquanto isso, Vargas somente
esperava a melhor oportunidade para dar o golpe e estabelecer a ditadura.

Em 1937, entra em cena o Plano Cohen, um falso plano elaborado


por um integralista a serviço do Estado-Maior, que une antissemitismo e
anticomunismo para justificar um golpe (o falso plano era, em tese, de um
judeu que pretendia tomar o poder e implantar o comunismo no Brasil).
Tudo isso serviu como pretexto para cancelar as eleições de 1938.

A 10 de novembro de 1937, Vargas dá o golpe do Estado Novo, após


negociar com os governadores de Estados. Vargas enviou Negrão de Lima
para negociar com os governadores, oferecendo sua manutenção no
cargo em troca do apoio ao golpe. Trata-se de um golpe militar (golpe
branco) com o objetivo de refundar a República.

1.5 1937-1945 – o Estado Novo


O período que se inicia com o golpe de 1937 inaugura a Ditadura do
Estado Novo, momento de autoritarismo do Poder Executivo na pessoa de
Getúlio Vargas. As principais características e objetivos desse
período/governo são:
• Refundar a república;
• Fechamento das instâncias legislativas – democracia social;
o “não há mais intermediários entre o governo e o povo”.
• Estado centralizado – queima das bandeiras estaduais.
• Inspirações:
o Salazarismo (Portugal);
o Corporativismo (Itália fascista).
• Influência também do positivismo gaúcho e da doutrina social
da Igreja.

Por mais estranho que se pareça, Vargas governou durante a


ditadura do Estado Novo amparado por uma constituição, a Constituição
de 1937, conhecida como “Polaca”, por força de sua semelhança e
inspiração na constituição da Polônia de Pilsudski, igualmente autoritária.
As principais características da “Polaca” são:
• Também pode ser aceito que teve inspiração na constituição
positivista gaúcha de 1891.
• Foi outorgada.
• É autoritária, mas não é fascista.
• Previa um plebiscito para ratificar a constituição, após 6 anos.
• Dissolução de todas as instâncias parlamentares. Essa
dissolução não significa extinção, não é definitiva.
• Retomada das interventorias, mas não necessariamente
militares.
• Direitos civis restringidos: pena de morte, censura, restrição ao
direito de greve.

Vale destacar que, ao contrário dos regimes fascistas, o Estado Novo


não queria mobilizar a sociedade.

Outro ponto que requer atenção é a criação de diversas instituições,


por meio de Decretos Presidenciais. Algumas delas existem até hoje:
• Criação do DASP: instituição dos concursos públicos, plano de
carreira no serviço público, modernização da burocracia.
• IBGE: desde 1934 já havia sinais de sua implantação, mas só
em 1938 é constituído, tornando-se o agente mais capilarizado
do Estado brasileiro, após os correios. Era visto como um
agente de civilização.
• Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP): fazia censura
e propaganda de massa. (em 1940, a Rádio Nacional foi
encampada).

Se o início da Era Vargas é marcado pela industrialização da


economia brasileira, com o início do processo de substituição de
importações, quando se verifica o crescimento industrial muito maior do
que o crescimento do setor agrícola; o período pós-1937 é marcado pelo
desenvolvimentismo.

O Estado passa a ser um forte agente regulador da economia, como


exemplo, tem-se o Banco do Brasil como agente fiscal, cambial e de
crédito e a criação dos códigos de Minas, Águas e Florestal. Além disso,
o Estado passa a ser um produtor direto, por meio de diversas estatais que
são criadas nesse período:
• Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) – que surge após um
acordo de financiamento dos Estados Unidos, em troca da
entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado dos
Aliados.
• Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF).
• Companhia Vale do Rio Doce.

Como consequência da política desenvolvimentista inaugurada por


Vargas, e posteriormente seguida por governos democráticos e militares,
verificou-se uma ampliação da concentração econômica no Sudeste, que
caracterizou o que se convencionou chamar de modernização
conservadora.
1.5.1 Crise no Estado Novo

O início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, trouxe inúmeras


consequências para o Brasil. Em primeiro lugar, permitiu a Vargas uma
habilidosa neutralidade em sua política externa, no que ficou conhecido
como a Equidistância Pragmática, prática em que ora se aproximava dos
Alemães, ora dos Estadunidenses. Jogando dessa maneira, o governo
conseguiu obter dos Estados Unidos o financiamento para a construção
da usina siderúrgica de Volta Redonda (CSN), a compra de armamentos
alemães e o fornecimento de material bélico americano.

O início da 2ª Guerra Mundial, com o bloqueio britânico do Atlântico,


impôs sério impacto nas relações comerciais entre Brasil e Alemanha.
Além disso, a entrada dos Estados Unidos no conflito, em fins de 1941, e
o torpedeamento pelos alemães de vários navios marcantes brasileiros
fizeram com que a opinião pública começasse a se manifestar a favor da
declaração de guerra contra o Eixo. Em janeiro de 1942, há a Conferência
do Rio de Janeiro, em que se faz uma recomendação de rompimento dos
países americanos com o eixo; o Brasil rompe imediatamente, trazendo
consigo praticamente toda a América Latina (exceção feita à Argentina e
Chile). O Brasil organizou a Força Expedicionária Brasileira (FEB) e
participou efetivamente do conflito na Europa, credenciando-o para
participar das futuras negociações de paz e da criação das Nações
Unidas.

Muito mais do que os efeitos militares, a guerra foi importante por


suas consequências sobre a política interna brasileira. Ficava evidente a
contradição entre um regime ditatorial defender as causas da liberdade e
da democracia, como se preconizava o embate dos Aliados contra o Eixo.
Uma parte da elite política, que até então tinha apoiado a ditadura
varguista, retirou publicamente esse apoio, por meio do Manifesto dos
Mineiros, publicado em outubro de 1943.

Durante todo o ano de 1944, multiplicaram-se as manifestações


favoráveis à redemocratização, apesar das repressões. Pressionado pela
oposição e pela alta cúpula do Exército, Vargas promulga a Lei
Constitucional nº 9, anunciando a convocação de eleições dentro de um
prazo de 90 dias, liberando a formação de novos partidos, dessa vez,
federais.

Nesse momento, os principais partidos são a União Democrática


Nacional (UDN), o Partido Social Democrático (PSD), o Partido
Trabalhista Brasileiro (PTB) e a legalização do Partido Comunista
Brasileiro (PCB), além de outros partidos menores. Nesse contexto, o
PSD e o PTB lançam a candidatura do general Gaspar Dutra; a UDN indica
a candidatura do brigadeiro Eduardo Gomes (ex-líder tenentista); e o PCB
lançou o nome de Yedo Fiúza.

De março a maio de 1945, o movimento da panela vazia, pró-Vargas,


em São Paulo, demonstra que havia sustentação popular a Vargas,
surpreendendo seus opositores. Também em maio de 1945, surge o
movimento queremista, que demandava a candidatura de Vargas. Não
há comprovação de ligação entre o queremismo e o movimento da panela
vazia, ainda que haja uma continuidade entre os movimentos.

Após alguns eventos públicos e decisões de Vargas em sentido


centralizador, o alto Comando Militar das forças armadas se mobilizaram
e derrubaram Vargas do poder, em 29/10/1945. Os militares chegam a um
acordo com Vargas, que se coloca em auto-exílio em São Borja. Além
disso, Vargas tem que fazer uma declaração pública dizendo que
concorda com a sua deposição.
Diante da possibilidade de vitória de Eduardo Gomes, Vargas é
convencido a apoiar Dutra; com isso, ele faz um acordo com o general,
assegurando o ministério do trabalho para o PTB. O apoio de Vargas foi
essencial para a vitória de Dutra.

Você também pode gostar