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materiais e serviços
para obras
Canteiro de obras
Demolições
Transportes internos
Terraplenagem
e tratamento
de taludes
Fundações
Concreto armado
Escoramentos
e andaimes
Lajes
Alvenaria
e fechamentos
Aglomerantes,
argamassa e rejuntes
Impermeabilizações
Esquadrias
Coberturas
Elétrica
Hidráulica
Revestimentos
Vidros
JPW
Como comprar
materiais e serviços
para obras
2010
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro. SP. Brasil)
ISBN 978-85-7266-230-7
10-07097 CDD-691
R u a A n h a i a , 9 6 4 - C E P 0 1 1 3 0 - 9 0 0 - S ã o Paulo, S P
Tel.: 11 2 1 7 3 - 2 3 2 8 - Fax: 11 2 1 7 3 - 2 3 2 7
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P u b l i c a d a m e n s a l m e n t e no G u i a d a C o n s t r u ç ã o (PINI), a s e ç ã o C o m o C o m -
a c a r ê n c i a d e i n f o r m a ç õ e s s o b r e o s p r o c e d i m e n t o s d e c o m p r a d e materiais
e, e m e s p e c i a l , a c o n t r a t a ç ã o d e s e r v i ç o s d e c o n s t r u ç ã o . A l g o c o n s t a t a d o na
fonte ú n i c a q u e r e u n i s s e as o r i e n t a ç õ e s e m e l h o r e s p r á t i c a s d e c o m p r a s n o
/
setor. E para p r e e n c h e r esta l a c u n a q u e a P I N I l a n ç a C o m o C o m p r a r M a t e -
d a d o c o n t e ú d o d a s e ç ã o d e s d e a g o s t o d e 2 0 0 3 . U m total d e 8 4 materiais
m e r c a d o ou o b t i d o s c o m o s p r ó p r i o s f o r n e c e d o r e s . I n f o r m a ç õ e s d e c a t á l o -
gos d e f a b r i c a n t e s , n o r m a s e c a d e r n o s t é c n i c o s d e c o n s t r u t o r a s s e s o m a m
à e x p e r i ê n c i a d e mais d e 2 0 0 c o n t r a t a n t e s , p e s q u i s a d o r e s e f o r n e c e d o r e s
q u e c o n c e d e r a m e n t r e v i s t a s a o G u i a d a C o n s t r u ç ã o a o longo d e s s e s anos. E
d e c o m p r a e c o n t r a t a ç ã o , o leitor e n c o n t r a s e m p r e i n d i c a ç õ e s d e f o n t e s p a r a
a p r o f u n d a r a p e s q u i s a . A P I N I t e m a honra d e d i s p o n i b i l i z a r a o s profissionais
as á r e a s t é c n i c a s e d e s u p r i m e n t o s d a s e m p r e s a s . B o a c o n s u l t a .
GUSTAVO MENDES
Editor d o G u i a da C o n s t r u ç ã o
S U M A R I O - por tipo de material ou serviço
11 CANTEIRO DE OBRA
1 3 Alojamento de obra
1 5 Alojamento fixo de madeira
1 9 Alojamento móvel para canteiro de obras
2 3 Equipamentos de proteção individual (EPI)
25 Nível e laser
2 7 Sanitários químicos
2 9 Sanitários Temporários
31 DEMOLIÇÕES
3 3 Desmonte de rochas e estruturas de concreto
3 7 Serviços de demolições
41 TRANSPORTES INTERNOS
4 3 Balancins
4 5 Elevador de cremalheira
4 9 Elevadores de obra
5 3 Grua
5 7 Guindaste sobre rodas
6 9 FUNDAÇÕES
7 1 Estacas pré-fabricadas de concreto
7 3 Serviços de sondagem à percussão
7 7 C O N C R E T O ARMADO
7 9 A ç o cortado e dobrado
8 3 C h a p a s para fôrmas
8 5 C o r t e e dobra de aço
8 7 C o r t e e furo de concreto
9 1 Desmoldantes
9 3 f-ôrma de alumínio para parede de concreto
9 7 Recuperação de estruturas de concreto
l O l VergaIhões de aço
1 0 5 E S C O R A M E N T O S E ANDAIMES
1 0 7 Andaimes
l O Ç Escoramentos metálicos (I)
1 1 1 Escoramentos metálicos (II)
1 1 5 Escoramentos metálicos (III)
1 1 9 LAJES
121 Laje pré-fabricadas de concreto
1 2 3 Lajes treliça
1 2 6 ALVENARIAS E FECHAMENTOS
1 2 9 Àlambrados e telas
1 3 2 Blocos cerâmicos de vedação
1 3 4 Blocos de concreto
1 3 7 Blocos d e vedação d e concreto
1 3 9 Drywall
1 4 3 Telas galvanizadas
l ó l IMPERMEABILIZAÇÕES
1 6 3 mpermeabilização rígida
1 Ó 5 Mantas asfálticas
1Ó7 Membranas rígidas e flexíveis
1 6 9 ESQUADRIAS
1 7 1 Esquadrias de alumínio padronizados
1 7 3 Fechaduras
1 7 5 Porta Corta-Fogo
1 7 7 COBERTURAS
1 7 9 Coberturas de policarbonato
l 8 l Estrutura de aço galvanizado para telhado
1 Ô 5 Subcoberturas
1 8 9 Telhas cerâmicas
1 9 2 Telhas d e concreto
1 9 4 Telhas de fibrocimento
1 9 6 Telhas metálicas termoacústicas
2 0 1 ELÉTRICA
2 0 3 Eletrodutos
::
205 ios e cabos elétricos
2 0 7 Quadros e caixas de distribuição elétrica
2 0 9 HIDRÁULICA
2 1 1 Caixa dagua
2 1 4 Divisórias sanitárias
2 1 7 Louças sanitárias
2 1 9 Pias e cubas de aço inoxidável
2 2 1 Reservatórios elevados de água
2 2 3 Sistemas P E X para instalações hidráulicas
2 2 5 Tubos de cobre
2 2 9 Tubos de concreto
2 3 3 Tubos de P V C
2 3 5 Tubos e conexões de cobre
2 3 8 Tubos e conexões de P V C
2 4 0 "ubos e conexões para água fria
2 4 5 REVESTIMENTOS
2 4 7 Forros d e P V C
2 5 0 Forros Drywall
2 5 2 Mámores e granitos
2 5 4 Pavimento intertravado de concreto
2 5 7 Pavimentos intertravados
2 5 9 Piso de concreto estampado
2 Ó 1 Piso Intertravado
2 6 3 Pisos elevados
2 6 5 Pisos vinílicos
2 6 7 Revestimentos acústicos
2 7 0 Revestimentos cerâmico para piso
2 7 3 VIDROS
2 7 5 Vidros
2 7 7 Vidros de segurança
S U M Á R I O - por ordem alfabética
Á 7 9 A ç o cortado e dobrado
1 2 9 Alambrados e telas
1 3 Alojamento de obra
1 5 Alojamento fixo de madeira
1 9 Alojamento móvel para canteiro de obras
1 0 7 Andaimes
1 4 7 Argamassa colante
1 5 1 Argamassa de revestimento
1 5 5 Argamassa de revestimento industrializada
B 4 3 Balancins
1 3 2 Blocos cerâmicos de vedação
1 3 4 Blocos de concreto
1 3 7 Blocos de vedação de concreto
C 2 1 1 Caixa d "água
1 5 7 C a l hidratada
8 3 C h a p a s para fôrmas
1 7 9 Coberturas de policarbonato
8 5 C o r t e e dobra de aço
8 7 C o r t e e furo de concreto
D 9 1 Desmoldantes
3 3 Desmonte de rochas e estruturas de concreto
2 1 4 Divisórias sanitárias
1 3 9 Drywall
E 2 0 3 Eletrodutos
4 5 Elevador de cremalheira
4 9 Elevador de obra
2 3 Equipamentos de proteção individual (EPI)
1 0 9 Escoramentos metálicos (I)
1 1 1 Escoramentos metálicos (II)
1 1 5 Escoramentos metálicos (iII)
1 7 1 ^squadrias de alumínio padronizadas
7 1 Estacas pré-fabricadas d e concreto
1 8 1 Estrutura de aço galvanizado para telhado
1 7 3 Fechaduras
2 0 5 Fios e cabos elétricos
9 3 Fôrma de alumínio para parede de concreto
2 4 7 Forros de P V C
2 5 0 Forros Dryv/all
6 3 Geogrelhas
5 3 Grua
1 Ó 3 Impermeabilização rígida
1 2 3 Laje treliçada
2 5 Nível a laser
1 4 3 Telas galvanizadas
1 8 9 Telhas cerâmicas
1 9 2 Telhas de concreto
1 9 4 Telhas de fibrocimento
1 9 6 Telhas metálicas termoacústicas
2 2 5 Tubos de cobre
2 2 9 Tubos de concreto
2 3 3 Tubos de P V C
2 3 5 Tubos e conexões de cobre
2 3 8 Tubos e conexões de P V C
2 4 0 Tubos e conexões para água fria
Í O I Vergalhões de aço
2 7 5 Vidros
2 7 7 Vidros de segurança
como comprar
CANTEIRO DE OBRAS
Alojamento de obra
A l o j a m e n t o fixo d e m a d e i r a
Alojamento móvel para canteiro d e obras
E q u i p a m e n t o s d e proteção individual (EPI)
N í v e l a laser
Sanitários químicos
Sanitários temporários
C A N T E I R O DE O B R A
ALOJAMENTO DE OBRA
ESPECIFICAÇÃO
CONDIÇÕES DE PAGAMENTO
O contrato de locação é mensal e, por isso. o pagamento é realizado 28 dias após a data de saída do
equipamento. A partir daí. o aluguel é renovado a cada 3 0 dias. No caso de compra de alojamentos.
•
13
5 0 % cio pagamento é feito no pedido e o restante em 3 0 dias. Dependendo do tamanho da enco-
menda. formas de parcelamento podem ser negociadas.
PRAZO DE ENTREGA
De 3 0 a óO dias. Por isso. é recomendável que a construtora faça o pedido cerca de 9 0 dias antes
do início da obra.
FORMA DE ENTREGA
REQUISITOS DE QUALIDADE
Não há certificados ou selos de qualidade nesse setor. De qualquer forma, o construtor deve asse-
gurar que a empresa contratada oferece alojamentos em conformidade com a NR-18.
NORMAS TÉCNICAS
D i m c m i o n a m e n t o e x i g e p r e v i s ã o d o pico d e m i o d e obra no c a n t e i r o
Alojamentos fixos são edificações temporárias construídas no canteiro para abrigar os funcionários
empregados em uma obra. Podem ser fabricados em diversos materiais e assumem as mais variadas
funções: dormitório, vestiário, sanitários, refeitório, escritório etc. No caso da madeira, o alojamento
pode ser feito pela própria construtora ou comprado em peças modulares pré-fabricadas de empre-
sas especializadas. Nas duas situações, planejamento e projeto são fundamentais para garantir uma
aquisição segura e adequada ao uso.
"Um canteiro de obras é uma área de vivência e de produção que deve atender aos critérios da N P
18". afirma Luiz Sérgio Coelho, professor de tecnologias da construção e urbanismo da FEI (Fundação
Educacional Inaciana Pe. Sabóia de Medeiros). Segundo o professor, esse é o primeiro e mais impor-
tante cuidado na compra ou construção desses ambientes. C o e l h o destaca que manter a equipe
alojada requer da empresa mais do que cuidados técnicos: "E preciso gestão integrada para pensar
na qualidade, segurança e responsabilidade social com aqueles que trabalham para você".
ESPCCiriCAÇÕCS
"O dimensionamento deve levar em conta qual será o pico de mão de obra e qual o prazo de uti-
lização". explica Coelho. Esses dados norteiam não apenas a planta e o cálculo da estrutura, mas
também a escolha do material: obras longas demandam madeiras mais resistentes.
•
15
Segundo o professor, fazer um projeto é imperativo e, nele. devem constar, além da arquitetura, a
estrutura, o sistema hidráulico e as instalações elétricas.
LOGÍSTICA
A localização do alojamento é outro ponto crítico a ser observado em projeto. "O posicionamento
deve ser pensado para dar acesso rápido ao local de trabalho sem dificultar o deslocamento de
pessoal, equipamentos e o trânsito dos veículos", alerta Márcio Estefano, professor de materiais
de construção do Instituto Mauá de Tecnologia. O transporte e montagem podem ser feitos pelo
construtor ou pela equipe do fornecedor, a depender do projeto e da negociação entre as partes.
O s fornecedores de alojamentos para canteiro se concentram no Sul e Sudeste do País. mas é possí-
vel contratar o serviço para todas as regiões. Segundo Luiz Coelho, para uma compra bem-sucedida
é essencial conhecer o fornecedor ou buscar referências anteriores. Embora a disponibilidade seja
variável, é válido checar com pelo menos dois meses de antecedência, para evitar contratempos. A
garantia deve ser exigida e o alojamento deve estar incluído no seguro de responsabilidade civil do
empreendimento.
Antes da instalação do alojamento, a construtora deve providenciar alguns serviços no local da mon-
tagem, seguindo sempre as orientações do fornecedor. Em geral, os preparativos envolvem o sistema
de água. coleta de esgoto, instalações elétricas e nivelamento do terreno. No momento da chegada
do material, vale conferir a qualidade da madeira, a integridade das peças e. durante a montagem, se
os caixilhos estão benfeitos e vedam contra a chuva.
Há também alguns cuidados durante o uso que ajudam a conservar as edificações e a evitar aci-
dentes. Por serem construções de madeira, a precaução contra incêndios é fundamental. O s fun-
cionários devem ser orientados a não utilizar material inflamável e não acender fogareiros dentro
do alojamento. A integridade da madeira também deve ser preservada para permitir reutilizações
do material. "A equipe não deve bater pregos na parede para pendurar cabides e outros objetos.
Normalmente a empresa fabricante já tem fixadores nos locais corretos", completa Márcio Estefano.
C a s o o tempo de permanência no canteiro seja longo, é aconselhável fazer uma checagem periódica
da madeira para prevenir ataques de cupim e repintar as paredes quando necessário.
NORMAS TÉCNICAS
O s alojamentos móveis para canteiros de obras são instalações provisórias, utilizadas para a reali-
zação de serviços complementares à construção dos empreendimentos. Também conhecidos como
módulos habitacionais, compreendem ambientes como escritórios, depósitos, vestiários, estande de
vendas, banheiros, cozinha e refeitório, entre outros.
"Muitas vezes são vistos como uma ferramenta de marketing, podendo atrair a atenção de futuros
clientes", conta o professor Kurt André Pereira Amann. do Departamento de Engenharia Civil do
Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana).
Esses equipamentos podem ser tanto alugados como comprados. "Cada caso é um caso e deve
ser feita uma comparação levando em consideração a obra e o retorno do investimento. Para obras
esporádicas, por exemplo, os equipamentos podem ser alugados", explica Ivo Moscatelli. da Escola
de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
ESPECIFICAÇÕES
Basicamente, os alojamentos móveis para canteiro de obras se diferenciam pelo material com o qual
são fabricados, como o metal ou madeira, e por serem desmontáveis ou não. De acordo com Carlos
Aransanz Loeche. diretor da Alec (Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Bens Móveis),
existem dois tipos de alojamentos móveis no mercado. O primeiro são os módulos metálicos habita-
cionais. fabricados exclusivamente para uso de pessoas, reaproveitáveis e que podem ser acoplados
nos sentidos lateral e longitudinal formando um único ambiente.
Já o outro tipo, são os módulos marítimos, originalmente utilizados para o transporte de carga, mas
que podem acomodar pessoas se tiverem laudos contra riscos químicos e biológicos. Esse tipo não
é desmontável e deve ser transportado apenas em carretas.
NORMAS TÉCNICAS
O s alojamentos móveis são regulamentados pelo P C M A T (Programa de C o n d i ç õ e s e Meio Am-
biente de Trabalho na Indústria da Construção), que faz parte da NR-18. e estabelece condições
e diretrizes de segurança do trabalho para obras e atividades relacionadas. "Não existe nenhuma
norma técnica que regulamente ou dê parâmetros para dimensionamento e fabricação de módulos
habitacionais no Brasil", explica Loeche. da Alec.
LOGÍSTICA
O transporte dos alojamentos móveis é feito pelos próprios fornecedores do produto, caso isso
seja contratado. Se transportados montados, o ideal é que seja levada uma unidade por caminhão
ou duas unidades por carreta. Já se estiverem desmontados, dependendo do caso. podem ser en-
tregues até sete unidades por caminhão e 14 unidades por carreta. É importante utilizar cordas ou
cintas com catracas para melhorar o travamento do material na carroceria, evitando problemas com
frenagem e curvas. Q u a n d o chegar ao canteiro de obras, deve-se verificar se as dimensões estão d e
acordo com o que foi pedido, o funcionamento das instalações elétricas e hidráulicas, se há falhas na
pintura e como está o funcionamento da caixilharia dos alojamentos.
C A N T E I R O DE O B R A
J Podem ser transportados montados (uma unidade por caminhão ou duas uni-
dades por carreta) ou desmontados (sete unidades por caminhão ou 14 unida-
des por carreta).
Colaboraram: Carlos Arasanz Loeche. diretor da Alec (Assoc aç3o Brasileira das Empresas Locadoras
de Bens Móveis); Ivo Moscatelli. professor da Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana
MacUenzie; Márcio J. Estefano de Oliveira, professor do curso de engenharia civil da Escola de
Engenharia Mauá; Kurt André Pereira Amann e Lu>z Sérgio Mendonça Coelho, professores do
Departamento ce Engenharia Civil do Centro Universitário da PCI (Fundação Educacional Iraciana).
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL (EPI)
ESPECIFICAÇÃO
O primeiro passo é cotar empresas que só trabalhem com EPIs que tenham C A (Certificado de
Aprovação). E importante verificar se a empresa tem profissionais de segurança para orientar os
clientes e se oferece treinamento para a utilização de seus produtos. C h e c a r se o fornecedor é asso-
ciado a uma entidade de classe pode ser uma garantia adicional da idoneidade da empresa.
FORMA DE ENTREGA
O s fabricantes devem fornecer os EPIs com instruções técnicas em português orientando sobre
sua utilização, manutenção e restrições. O equipamento deve vir marcado com o lote de fabricação,
nome da empresa e C A emitido pelo Ministério do Trabalho. Verifique a empresa responsável pelo
produto (pode ser o próprio fabricante ou um importador) e se as características d o EPI fornecido
são as mesmas das relacionadas no C A . O s funcionários devem estar treinados para utilizar e con-
servar corretamente os equipamentos. Para evitar problemas futuros, a empresa p o d e comprovar
via documental q u e entregou o equipamento ao funcionário.
CONDIÇÕES DE PAGAMENTO
Não há c o n d i ç õ e s específicas para esse tipo d e equipamento. C a d a caso deve ser negociado c o m
o fabricante ou revendedor.
REQUISITOS DE QUALIDADE
NORMAS TÉCNICAS
NÍVEL A LASER
ESPECIFICAÇÕES
Comercializados em duas tipologias, os níveis a laser p o d e m ser ponto a ponto ou rotativo. No
primeiro tipo, os feixes, emitidos por uma base fixa. marcam os pontos de fixação nas superfícies,
garantindo o exato alinhamento e nivelamento. D e p e n d e n d o da finalidade d o equipamento, ou seja.
se é utilizado para níveis, prumos e/ou esquadros, a ferramenta p o d e criar até três eixos ortogonais.
respectivamente.
J á no rotativo, a fonte do raio laser é posicionada sobre um rotor. Q u a n d o o feixe é emitido, cria-
se um c a m p o magnético circular na área a ser nivelada. C o m o perímetro rastreado pelo laser
- invisível a olho nu. o nivelamento é orientado por alarmes sonoros, que norteiam o profissional
quanto è conformidade da linha. N o final, dá-se a medição precisa de superfícies em ambientes
fechados.
A ferramenta também oferece dois modos de operação: autonivelante e manual, esse último raro no
mercado e utilizado apenas esporadicamente ou por amadores.
FIQUE ATENTO
Um bom nível a laser não pode apresentar erros de marcação superior a 1 mm/lO m percorridos,
e não d e v e ter alcance maior do que ÍOO m. A q u e l e s equipamentos que apresentam especi-
ficações superiores não seguem os padrões exigidos pelo mercado e. portanto, não d e v e m ser
utilizados nos canteiros de obras.
O s equipamentos a laser podem ser utilizados desde as etapas iniciais da obra. como na marcação
e fundação, até as fases posteriores de acabamento, como a regularização dos planos para a aplica-
ção dos pisos. E recomendado que o equipamento seja calibrado a cada seis meses e que, no ato
da revisão, seja solicitado um laudo de calibração válido para a I S O (International Organization for
Standardization ou, em português, Organização Internacional para Padronização) ao fornecedor.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
A p e s a r de o produto ser exportado, uma vez que faltam fabricantes nacionais, o equipamento
pode ser encontrado em todas as regiões do país. É importante verificar a procedência do aparelho,
sua garantia e se a empresa fabricante possui um laboratório no Brasil capaz de realizar todas as
revisões recomendadas.
Uma boa dica para os compradores é pesquisar quais modelos importados se adaptam melhor às
condições de trabalho brasileiras e se as especificações e tarefas do produto correspondem às ca-
racterísticas e necessidades da obra em questão.
LOGÍSTICA
O s modelos modernos d e níveis a laser são resistentes às trepidações normais d o transporte, po-
rém. mesmo assim, é preciso evitar que o produto sofra grandes movimentações. Por isso. a dica
é carregá-lo em local estável, como dentro de um carro ou na cabine dos utilitários. Além disso, o
ideal é que o profissional responsável pela entrega da ferramenta faça uma pequena orientação
sobre as diversas aplicações dos níveis a laser, garantindo assim seu correto manuseio. Por fim.
exija todos os itens e componentes dos equipamentos, além do próprio d o c u m e n t o fiscal.
NORMAS T É C N I C A S
A fabricação e comercialização dos níveis a laser é baseada em normas técnicas americanas, pois
não há regulamentação alguma nacional para o produto.
26
C A N T E I R O DE O B R A
SANITÁRIOS QUÍMICOS
A l e m d e f o r n e c e r o e q u i p a m e n t o , as l o c a d o r a s r e a l i z a m
manutorvçtos p e r i ó d i c a s d e h i g i o n i j a ç i o e d e s c a r t o d o s r e s í d u o s
O s sanitários químicos são utilizados em locais que não dispõem de redes de água e esgoto, preve-
nindo a contaminação dos solos e das águas superficiais e subterrâneas. Devido è sua mobilidade e
proximidade às frentes de trabalho, diminui o tempo gasto para a locomoção dos operários até os
sanitários comuns, localizados muitas vezes longe das obras.
De acordo com a NR-18 e a NR-31, é obrigatória a instalação de sanitários, químicos ou não. em obras
e áreas agrícolas.
As locadoras de sanitários estão presentes em quase todo o Brasil, principalmente nos grandes
centros. A o alugar o equipamento, as empresas também são contratadas para realizar manutenções
periódicas de higienização e descarte dos resíduos sanitários.
ESPECIFICAÇÕES
É recomendado que a fabricação dos sanitários químicos seja feita em polietileno de alta densi-
dade e que as unidades possuam piso antiderrapante. A largura e altura são variáveis, porém não
podem ter menos que 2 m de altura e área interna de no mínimo 1.37 m 7 . Também é indispensável
um tanque d e retenção de 2 0 0 I. sendo que cada equipamento tem capacidade para atender, no
máximo, a 15 operários.
Existem no mercado basicamente quatro tipos de sanitários químicos: Standart, Luxo, Superluxo e
especial para deficientes físicos. O s modelos se diferenciam pela quantidade de acessórios instala-
dos no equipamento. O Standart. que é recomendado para obras de construção civil, possui apenas
um vaso sanitário, um mictório masculino e o porta-papel higiênico, enquanto o Superluxo também
vem com porta-toalha, saboneteira, luz interna e um lavatório com reservatório de água.
A instalação deve ser feita pela própria equipe locadora dos sanitários químicos, antes ou assim que
os primeiros operários começarem a trabalhar. E importante escolher, se possível, uma área plana,
sombreada e com ventilação natural próxima às frentes de trabalho.
Verifique se a empresa possui todas as licenças necessárias para a comercialização desses equipa-
mentos. Uma das mais importantes é a Licença de O p e r a ç ã o do órgão ambiental estadual. C o m ela.
o cliente terá a certeza de que os resíduos sanitários não foram descartados em lugares impróprios,
e sim em uma E T E (Estação de Tratamento de Esgoto). C o m o comprovação, receberá o Manifesto
de Resíduos ou o C a d r i (Certificado de Aprovação para Destinação de Resíduos Industriais). Ambos
são assinados pelo fornecedor, pelo responsável da E T E e pelo encarregado da obra.
Também é importante definir quantas manutenções serão necessárias durante cada semana e a data
para a realização desse serviço, que deve ser seguida rigorosamente tanto pela locadora quanto
pelos responsáveis da obra.
LOGÍSTICA
NORMAS TÉCNICAS
Por ser uma indústria nova no Brasil, ainda não existem normas específicas que regulamentem a
fabricação, locação e a operacionalização dos sanitários químicos. Por isso, muitos fornecedores
seguem os padrões estipulados na indústria norte-americana.
Colaborou: Roberto Ze tlin. presidente da Ecotec Tecnologia Ecológica Ltda. Arlindo Barbosa,
coordenador de vendas da Magikban e Messias CHacur. engenheiro da Planeta Módulos.
C A N T E I R O DE O B R A
SANITÁRIOS TEMPORÁRIOS
Bianca A n t u n e s - C o n i t r u ç ã o M e r c a d o 36. j u l h o / 2 0 0 4
ESPECIFICAÇÃO
A opção pelos banheiros químicos é feila com base no tipo de obra. Rapidez, por exemplo, é levada
em conta na hora de escolhê-los como sistema sanitário (em vez de construir banheiro próprio ou
utilizar alojamentos). Outro item que influi é o tamanho da obra - se muito pequena, os banheiros
temporários não ocupam espaço; se muito grande, instalar sanitários em pontos diferentes da obra
resolve o problema da extensão do canteiro.
TIPOS
O s sanitários temporários podem ser classificados pelo tipo de cabina e de acessórios que possuem,
além do material com que são fabricados: fibra de vidro ou metálicos. O modelo-padrão para obra
contém apenas vaso sanitário e mictório. mas existem opções com papeleira. higienizador de mãos.
luminária e espelho. Há. ainda, modelos com chuveiro e acessórios para deficientes físicos. A maioria
das cabinas é importada, mas existem modelos nacionais.
INSTALAÇÃO
O serviço é feito por empresas especializadas, que fazem manutenção periódica e cobram aluguei
mensal pelas cabinas. São essas empresas, também, as responsáveis por instalar e retirar a cabina.
Na hora de contratar, é preciso se certificar do fornecimento de desinfetante. papel higiênico e
outros suprimentos. Semanalmente ou conforme necessidade, é feita a retirada dos efluentes e a
higienização. Na instalação, é necessário que o terreno seja plano e permita a aproximação dos equi-
pamentos de manutenção a. no máximo, 15 m de distância. A vantagem de se comprar um sanitário é
não ter o custo mensal da locação - mas. por outro lado. a construtora seria responsável por comprar
produtos que inibem o odor. adquirir suprimentos, contratar uma empresa especializada para reco-
lher os dejetos da cabina e repor os produtos químicos.
MANUTENÇÃO
A freqüência para realizar a limpeza e higienização dos banheiros depende de quantas pessoas o
utilizam - cada sanitário com uma manutenção semanal é dimensionado para até 15 homens traba-
lhando em regime de até úa horas semanais.
O mercado de banheiros temporários cresceu nos últimos anos - o que fez com que surgissem mui-
tas empresas novas. São Paulo e Bahia concentram o maior número de fornecedores. Na Bahia, o
grande atrativo não se concentra na construção civil, mas nas festas e eventos que ocorrem durante
todo o ano - que também utilizam esse tipo de produto. Em regiões onde não existem fornecedores,
é possível contratar empresas de outras cidades. Nesses casos, é cobrada uma taxa. normalmente
baseada na distância, para cobrir custos de viagem.
CONDIÇÕES DE PAGAMENTO
Mensal.
PRAZO DE ENTREGA
FORMA DE ENTREGA
O s banheiros são transportados por carretas acopladas a veículos da frota ou por picapes que le-
vam até dois sanitários por viagem. O s banheiros devem chegar limpos e higienizados - a adição dos
produtos químicos deve ser feita no local de instalação.
REQUISITOS DE QUALIDADE
Ao cabinas devem ser fabricados com material resistente c piso antiderrapante. Devem possuir
superfície lisa nas paredes internas, telas superiores para circulação de ar e dispositivo de trinco
com indicação "livre/ocupado". Não existem normas técnicas brasileiras para o produto, até porque
a maioria disponível é importada. É importante, no entanto, observar a NP-18, que especifica, por
exemplo, a distância máxima que o operário deve percorrer até o sanitário (150 m). Para se assegurar
da qualidade da empresa locadora, é preciso solicitar comprovação de descarga dos dejetos em
estações de tratamento de efluentes, licença de funcionamento da C e t e s b e o C a d r i (Certificado
de Aprovação de Destinação de Resíduos Industriais). O s funcionários também devem estar regular-
mente contratados - pois passam por treinamentos e devem ter sua função registrada em carteira.
Apoio do ongenharia: Rcgianc Grigoli Pessarelo. Colaboraram: Ubiraci Esp nolli do Souza, da Poli-USP
e Januário Fabrim. direlor da Planeta Saneamentos.
como comprar
DEMOLIÇÕES
DESMONTE DE ROCHAS E
ESTRUTURAS DE CONCRETO
O u t r a alternativa é a chamada demolição controlada c o m sistemas de cortes feitos por discos, co-
roas e fio de diamante. G e r a l m e n t e esses recursos são muito utilizados para não interferirem nos
processos produtivos da área a ser demolida. Existem máquinas d e diferentes tamanhos (portáteis
ou não) e diferentes sistemas d e propulsão (gasolina, elétricas, hidráulicas e pneumáticas).
C a d a processo possui limitações distintas. O uso d e explosivos, por exemplo, p o d e ser inviável em
grandes centros urbanos. A orgomosso expansivo p o d e dificultar bons resultados em concreto arma
do. pois a armadura dificulta a produção das microfissuras. Já o desmonte por corte c o m ferramenta
diamantada p o d e ser oneroso por se tratar d e equipamentos e peças importadas. Por isso, é preciso
ter grande conhecimento sobre as condições d e desmonte, verificando as dimensões da estrutura a
ser perfurada ou cortada, se há ferragens entre o concreto a ser retirado e os prazos para a execu-
ção do serviço. A análise dessas condicionantes indicará o método mais adequado.
Para G i l b e r t o Giassetti, consultor da Alec (Associação Brasileira das Empresas Locadoras), "a cons-
trutora deve. em primeiro lugar, avaliar o prazo e os recursos disponíveis para a atividade. Depois,
preparar um estudo d e viabilidade sobre o impacto na área e entorno, além de consultar a regula-
mentação local em casos d e demolição convencional".
ESPECIFICAÇÃO
As avaliações sobre a área de desmonte bem como as licenças junto à prefeitura em casos de demo-
lição convencional são de responsabilidade da construtora. A empresa deve informar ao fornecedor
como o serviço deverá ser executado, o prazo disponível e prever o tamanho das peças a serem
retiradas. A construtora que não possui o conhecimento necessário sobre a área de desmonte pode
contratar uma empresa de engenharia que forneça um laudo técnico com a descrição das condições
da área e as necessidades específicas do canteiro.
Há dois tipos de contrato: por preço global, em que são especificados os projetos de desmonte em
toda a área, ou por metro quadrado da área de seção dos cortes. A contratada cabe assegurar a
execução do serviço de acordo com o especificado no projeto de desmonte, fornecer os equipa-
mentos. a mão de obra especializada e os treinamentos necessários para os funcionários do canteiro
de obra. Também indica-se que a fornecedora apresente os devidos comprovantes de regularidade
junto ao C r e a (Conselho Regional de Engenharia. Arquitetura e Agronomia) para a execução dos
serviços, assim como atestados de outras obras executadas pela empresa ou ainda certificações de
qualidade como I S O e outras. Já à empresa contratante fica a responsabilidade pela execução do
estudo de viabilidade.
O prazo para pagamento varia de acordo com o tipo de contrato, mas geralmente é efetuado de 15
a 2 0 dias após a execução do serviço. Se o contrato for longo, podem ser acordados pagamentos
mensais, de acordo com a medição dos serviços executados.
LOGÍSTICA
A grande vantagem do desmonte controlado por serra diamantada é a facilidade de operação, pois
os equipamentos são compactos e em alguns casos até portáteis. Entretanto, é preciso que se tenha
próximo à execução um ponto de água para realizar o resfriamento do disco.
No desmonte convencional, são utilizadas perfuratrizes para criar os orifícios onde serão armazena-
dos explosivos o u depositada a aigamassa expansiva. N o caso d e sistemas d e p i o p u l s a o pneumá-
ticos. é necessário prever a utilização de compressor, o que demanda uma equipe para acionar e
abastecer o equipamento no canteiro.
CUIDADOS NO CANTEIRO
NORMAS TÉCNICAS
NR-1Ç - Explosivos
B r u n o Loturco • G u i a d a C o n s t r u ç ã o 1 0 2 . j a n e i r o / 2 0 1 0
A d i t i v o s d e c o n t r a t o são f r e q ü e n t e s n e s s e tipo d e s e r v i ç o
Antes da implantação efetiva do canteiro é comum que o construtor precise demolir estruturas
existentes no terreno. Q u a n d o isso acontece, geralmente é necessário contratar empresas especia-
lizadas nesse tipo de serviço. No entanto, apesar de ser uma atividade destrutiva, exige a tomada de
cuidados relacionados tanto à segurança e à logística, quanto à própria contratação em si.
Recomenda-se. também, que a construtora fique atenta à necessidade de aditivos de contraio, fre-
qüentes nesse tipo de serviço, conforme aponta Giassetti. "As alterações de requisito com relação ao
serviço inicialmente contratado são corriqueiras, salvo para casos em que foi feito estudo criterioso,
envolvendo ambas as partes", diz. Nessas circunstâncias, deve estar prevista a possibilidade de rea-
linhar as condições comerciais estabelecidas.
— «
37
ESPECIFICAÇÕES
LOGÍSTICA
Conforme explica Giassetti, é necessário verificar se os equipamentos são compatíveis com o tipo
de serviço a ser realizado e se é possível deslocá-los ao local das atividades. "É preciso assegurar a
existência de estrutura para remoção dos resíduos, o que inclui verificar se a quantidade de equi-
pamentos é adequada ao fluxo da remoção", complementa. C a s o haja necessidade de melhorar o
acesso, a solução deve ser combinada entre as partes, diz Júlio Fernandes Silva, comprador técnico
sênior de suprimentos da Schahin Engenharia. "Normalmente, não existe essa comunicação, pois o
próprio material de demolição é utilizado para melhoria dos acessos", explica.
CUIDADOS GERAIS
Para evitar problemas no decorrer da execução dos serviços, indicam-se alguns cuidados adicionais,
como informar-se sobre o tipo de energia a ser utilizada pelos equipamentos, se combustível ou
elétrica. Também deve atentar para a quantidade de equipamentos disponíveis.
Outro ponto importante, levantado por Giassetti. refere-se à regularização da empresa prestadora
junto aos organismos de classe, como o C r e a (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agrono-
mia). O registro da demolidora pode ajudar a evitar problemas relativos à segurança e ao cumprimento
de normas. "A contratante é responsável solidária pelos funcionários da contratada dentro da obra.
portanto deve fiscalizar sua atuação e estabelecer parâmetros para uma execução sem surpresas",
recomenda Silva ao lembrar que EPIs (equipamentos de proteção individual) e E P C s (equipamentos
de proteção coletiva) são obrigatórios em qualquer atividade de demolição. Giassetti conta que a de-
molidora deve treinar constantemente seus colaboradores para atualização com relação à segurança.
DEMOLIÇÕES
NORMAS TÉCNICAS
TRANSPORTES
INTERNOS
Balancins
Elevador de cremalheira
Elevador de obra
Grua
Guindaste sobre rodas
BALANCINS
Bainca A n t u n e s - C o n s t r u ç ã o M e r c a d o 40. n o v e m b r o / 2 0 0 4
ESPECIFICAÇÃO
O s balancins (também chamados de andaimes suspensos) são destinados a abrigar mão de obra para
execução de serviços cie acabamento, manutenção e restauração de fachadas. Há duas formas de
classificá-los: peso ou sistema de funcionamento. Segundo a primeira classificação, os leves são uti-
lizados em pequenos serviços de reparos, pintura e manutenção, com capacidade máxima de dois
trabalhadores. Já os pesados devem ser utilizados em execução de argamassa externa, assentamento
de pastilhas, fechamento, entre outros. A NR-18 especifica as situações de uso para cada um dos tipos.
SISTEMAS UE FUNCIONAMENTO
Podem ser manuais de catraca. elétricos ou. ainda, plataformas com cremalheira. O s manuais de ca-
traca são os mais utilizados na construção civil brasileira (são. também, os mais baratos) e a elevação
da plataforma funciona por meio de manivela. Uma opção a esse sistema é o funcionamento por
meio de um sistema elétrico (os dois modelos são a cabo). A plataforma tipo cremalheira é movida
por engrenagens, de maneira semelhante às utilizadas nos elevadores, e sustentada por duas torres.
O custo de compra ou de aluguel é crescente entre os tipos citados, assim como a velocidade e a
segurança. Entre os quesitos que influenciam na escolha de um sistema estão a velocidade de pro-
dução necessária e a necessidade de ir e voltar a cada parte da fachada - o que implica a adoção de
equipamentos mais ágeis ou não.
INSTALAÇÃO
Pode ser feita pelo locador ou pelo locatário. Escolher a primeira opção é importante para se asse-
gurar da responsabilidade pela instalação - e de que está benfeita.
O mais usual é alugar, ainda que alguns empreiteiros ou construtoras costumem comprá-los. Isso por-
que cada obra tem uma característica e pode exigir equipamentos diferentes. É possível encontrar
fabricantes e locadores de balancins manuais em qualquer região brasileira. Já os fornecedores de
balancins elétricos estão concentrados em grandes capitais, como Rio de Janeiro. São Paulo, Curiti-
ba. Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife. É possível, no entanto, contratar esses balancins, mesmo
quando se está fora dessas regiões - locadores fazem o transporte até o local ou. ainda, pode-se
fazer a retirada diretamente no fornecedor.
C O N D I Ç Õ E S DE PAGAMENTO
PRAZO DE ENTREGA
Imediato
FORMA DE ENTREGA
VERIFICAÇÃO
Antes de aceitar o equipamento no canteiro, é preciso verificar alguns quesitos que atestem boa qua-
lidade e conservação. As condições do cabo, por exemplo, é importante para o funcionamento seguro.
Não deve haver concreto ou massa no cabo (o que significa falta de revisão do equipamento). As fixa-
ções na laje sao importantes e é imprescindível revisá-las, seguindo as especificações da NR-iô.
REQUISITOS DE QUALIDADE
A NR-18 é referência na busca pela qualidade e segurança dos equipamentos. A norma regulamen-
tadora discorre sobre os cuidados na instalação, operação, sustentação e itens necessários ao bom
funcionamento do sistema.
Apoio d© engenharia: Regían© Grigoli Pessarelo. Colaboraram: Pu; Manuel Ventura do Posório © Silva,
diretor de acesso da Alec. e Ubiraci E spinelli Lemes de Souza, professor e pesquisador da PoliUSP
ELEVADOR DE CREMALHEIRA
Adriano Bastos, engenheiro coordenador de obras da REM Construtora, avalia que. embora o eleva-
dor a cabo possa apresentar custos um pouco menores, o de cremalheira reduz os gastos ao longo
do tempo por melhorar a logística da obra. "O elevador de cremalheira tem melhor funcionalidade,
ou seja. não exige constantes interrupções por falhas mecânicas", comenta. É também uma máquina
de fácil instalação, montagem e operação e tem capacidade de carga equivalente a outras soluções
de transporte vertical, como a grua.
ESPECIFICAÇÕES
Existem diferentes modelos de elevadores de cremalheira: com cabine simples (plataforma única) ou
dupla (duas plataformas independentes correndo em lados opostos de uma mesma torre). Há ainda
um tipo de cabine com compartimento isolado para o operador. A escolha por um ou outro modelo
depende da necessidade de abastecimento dos pavimentos. Antes de locar, é importante conferir
se a capacidade de carga do equipamento e as dimensões da cabine são compatíveis à demanda da
obra. O s produtos disponíveis no mercado suportam entre uma e duas toneladas e. em geral, têm
velocidade de deslocamento vertical entre 3 0 m/min e 4 0 m/min.
Na hora de locar o elevador de cremalheira. deve-se levar em conta o prazo em que o equipamento
será utilizado e a disponibilidade do fornecedor em cumprir as datas de instalação, extensão da
torre e manutenção. As responsabilidades das partes também devem estar previstas no contrato de
locação. A instalação, desinstalação e manutenção costumam ficar a cargo da locadora e. por isso.
entram na análise da cotação de preços. Expedito Arena, presidente da Alec (Associação Brasileira
das Empresas Locadoras de Bens Móveis), lembra que. "em todos os contratos, deve estar bem de-
finido quem. como e por quanto tempo será feita a manutenção do elevador".
A oferta de elevador de cremalheira costuma se concentrar nos pólos onde a construção civil tem
maior expressividade e a demanda pelo equipamento é grande. Atualmente, o prazo para contrata-
ção gira em torno de 120 e 150 dias. Para evitar problemas por falta de disponibilidade, vale consultar
o fornecedor desde o início da obra. Indica-se contratar seguro caso não seja possível incluí-lo no
seguro de responsabilidade civil do empreendimento.
LOGÍSTICA
Embora o transporte do elevador seja, em geral, de responsabilidade do contratante, o serviço deve ser
orientado e fiscalizado, sempre que possível, pela contratada para evitar acidentes durante a locomoção.
No momento do recebimento, é importante verificar a quantidade e o estado de conservação das peças
e exigir da locadora a A R I (Anotação de Responsabilidade Técnica) de montagem e do equipamento.
É fundamental escolher um local de fácil acesso para instalar o elevador de cremalheira. de prefe-
rência próximo ao portão ou à área de carga e descarga, mas principalmente onde ele não interfira
na construção de outros sistemas como caixilhos. vigas e colunas. "Por ser uma peça fundamental
para a logística e, consequentemente, para o d e s e m p e n h o produtivo, o estudo da utilização, mon-
tagem e desmontagem do elevador deve ser contemplado no planejamento do empreendimento
e no projeto do canteiro de obras", avalia Adriano Bastos.
O especialista aconselha desenvolver um cronograma físico para materiais, equipamentos e mão de
obra e. a partir daí, elaborar o plano de uso do transporte vertical, com todos os horários diários de
operação pré-definidos, levando em conta a demanda por pavimento, a produtividade das equipes
e a capacidade do equipamento.
Durante a utilização, deve-se respeitar a capacidade máxima de carga e checar os itens de segurança
como o freio de trabalho, de emergência e o sistema de cancelas, que impede que o elevador se mova
com as portas abertas. Vale reforçar que a revisão e a manutenção preventiva são fundamentais.
NORMAS T É C N I C A S
Uma norma técnica regulamenta o uso do elevador de cremalheira no Brasil. A NR-18 normatiza as
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e possui um item específico
para "Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas" (18.14).
CHECK-LIST
y O local de instalação deve ser estudado no projeto do canteiro para não inter-
ferir em outros sistemas construtivos.
Colalxxaiam: Adriano Bastos, engenhe-.ro coordenador de obras da REM Construtora, e Expedito Arena,
presidente da Alec (Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Bens Móveis).
TRANSPORTES INTERNOS
ELEVADORES DE OBRA
Para q u e m compra, segurança é exigir produtos novos, com garantia contra defeitos d e fabricação
por. no mínimo, seis meses, assistência técnica própria do fabricante ou d e empresa qualificada por
ele. O produto d e v e estar em conformidade c o m normas vigentes e a c o m p a n h a d o d e seus manuais
de operação e funcionamento.
ESPECIFICAÇÃO
Utilizados nos canteiros d e obra para transporte vertical só de passageiros, só d e cargas, ou d e pas-
sageiros e d e cargas (não simultaneamente), os elevadores de obra possuem sustentação por c a b o
de aço ou por conjunto d e pinhão e cremalheira.
"Elevadores a cabo são compostos de torre metálica, painéis modulares com travamentos a cada
segmento, uma cabine sustentada por cabo de aço. que pode ser semifechada (para cargas) ou
fechada (para passageiros ou de uso misto), além de um conjunto de tração (guincho) acionado por
motofreio (motor com freio mecânico)", define Tadashi. Há ainda um tambor para armazenamento do
cabo de sustentação da cabine, um painel de comando elétrico e o sistema de barreiras (cancelas)
em cada andar, protegendo o corpo do trabalhador durante o trajeto.
Já o elevador do tipo pinha o e cremalheira é composto por torre metálica, onde são fixadas as ré-
guas de cremalheira. o pinhão motorizado e encaixado nas réguas - para que a cabine movimente-se
ao longo da estrutura e um sistema de cancelas em cada andar.
Elevadores a cabo de aço têm preços geralmente mais baixos, uma vez que as peças dos de crema-
lheira podem ser importadas. No entanto, muitos construtores têm optado, no Brasil, pelos elevado-
res de cremalheira. já que esses equipamentos suportam cargas maiores e trazem a possibilidade da
instalação de duas cabines em uma única torre, proporcionando ganhos de produtividade.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
No caso de locações, os pagamentos são mensais, e cada aumento necessário na altura da torre
será cobrado à parte (mão de obra e deslocamento do locador). assim como a montagem inicial e a
desmontagem do equipamento ao final da obra.
Segundo o gerente de suprimentos da Eztec, Ângelo Labadia, a cotação de elevadores deve ser feita
com base na relação capacidade de carga almejada x velocidade de execução. "O equipamento é
segurado, e esse custo é do locador; já os custos de entrega, retirada, montagem e desmontagem
podem ser negociados no valor da locação mensal", revela.
Para Júlio "é preciso diferenciar dois tipos de custos de manutenção: a preventiva, na qual a empresa
é obrigada a verificar, uma vez por mês, itens de segurança, e para a qual é assinada uma contratação
mensal; e a manutenção corretiva, que se faz somente quando há defeitos ou quebra de qualquer
parte do equipamento, e que também é cobrada por intervenção". Apesar de parecer mais barata, a
manutenção corretiva pode parar a obra até que seja realizada.
A locação de elevadores de pinhão e cremalheira geralmente inclui manutenção, exceto por mau
uso. "Hoje. sua compra pode ser financiada por linhas de crédito do B N D E S (Banco Nacional do
Desenvolvimento Econômico e Social)", afirma o engenheiro-diretor da Alec. Especialistas indicam
também a visita aos fornecedores para conhecer de perto seu material, ter mais segurança de que
os equipamentos locados estão revisados e dentro das especificações de normas técnicas.
LOGÍSTICA
Embora a torre do elevador ganhe altura conforme a construção dos pavimentos-tipo na obra. a
entrega de todas as peças d o equipamento é feita de uma única vez e conforme o projeto final
especificado. Por isso. é recomendável reservar, em canteiro, um local apropriado para armazena-
gem de acessórios como ascensores de cancela, fechaduras, parafusos e outros. "Normalmente os
equipamentos de controle são deixados no almoxarifado. porque não podem entrar em contato com
água nem com sujeira de terra, areia e cimento, e muito menos devem sumir do canteiro", alerta Júlio
Tadashi.
"Peças grandes, que não sejam de controle, podem ser organizadas em qualquer ponto do canteiro."
CUIDADOS NO CANTEIRO
Para instalação dos elevadores. Labadia. da Eztec, indica que se execute base em concreto armado
e fixações a cada dois pavimentos. "As lajes devem estar concretadas e com as vigas desenformadas.
para realização dessas fixações", complementa. Na obra, vale a lembrança: elevadores de obra só
podem ser operados por profissional qualificado, com certificado e registro específico na carteira
de trabalho. "A qualificação é feita por órgãos oficiais de ensino, como o Senai (Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial), ou por fabricantes e locadores d o equipamento."
51
NORMAS TÉCNICAS:
C o m p r i m e n t o d a l a n ç a d e p e n d e da carga e s p e c i f i c a d a
A grua é um equipamento de transporte vertical de cargas usado desde a fase de estrutura da obra
até o término do fechamento. Versátil, ela transporta diversos tipos de materiais - aço, blocos de
alvenaria, caçambas de concreto etc. - e rivaliza com outros aparelhos como o elevador de obra, a
minigrua e o bombeamento de concreto. "A grua tem maior capacidade de carga e não tem limitação
de volume. O elevador, por exemplo, não pode transportar materiais maiores do que sua cabine". diz
Gilbert Kenj. coordenador de suprimentos da construtora Conx.
Há três tipos principais de grua: a fixa, chumbada no solo sobre uma base de concreto ou um chassi
metálico; a móvel, montada sobre trilhos; e a ascensional, instalada no meio do edifício com um me-
canismo que lhe permite subir os andares conforme os pavimentos são construídos. A torre é mon-
tada progressivamente, acompanhando a altura do edifício, mas o tamanho final deve ser estipulado
desde a contratação.
O comprimento da lança - braço horizontal - deve ser suficiente para que todos os pontos de carga
e descarga estejam sob seu raio de ação. A capacidade de carga varia ao longo da lança e deve ser
avaliada em conjunto com a velocidade de içamento do motor. É necessário verificar ainda se as
instalações elétricas do canteiro são suficientes para alimentar a grua. levando em conta os demais
instrumentos elétricos.
C O T A Ç Õ E S DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
O mercado de gruas se concentra nas grandes capitais do País. mas é possível contratar o forneci-
mento para todas as regiões brasileiras. C o m o regra geral, a locação deve ser feita pelo menos três
meses antes do uso, mas a disponibilidade varia em função da demanda. "No mercado atual, reco-
mendo no mínimo seis meses cie antecedência", aconselha Gilbert Kenj.
Ele acrescenta que antes de escolher um fornecedor é preciso verificar a situação da empresa e do
equipamento perante órgãos de fiscalização e pesquisar junto aos clientes da locadora se o desem-
penho foi satisfatório nas contratações anteriores. É fundamental que a construtora exija do forne-
cedor a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) do equipamento, da montagem e da operação,
além de incluir a grua no seguro da obra.
LOGÍSTICA
O transporte da grua até o canteiro, bem como a montagem, desmontagem e a operação, devem
ficar sob responsabilidade do fornecedor, ainda que ele opte por terceirizar esses serviços. Não se
aconselha armazenar a grua para uso posterior, mas caso a estocagem seja necessária, os cuidados
devem se concentrar na proteção contra umidade e no empilhamento correto das peças, levando
em conta a seqüência de montagem. "Há itens de manutenção mesmo para equipamentos fora de
operação", acrescenta Paulo Carvalho, diretor de gruas da Alec (Associação Brasileira das Empresas
Locadoras de Bens Móveis).
O local de montagem também deve ser estudado no projeto do canteiro, para assegurar o abas-
tecimento de todos os pontos sem interferir em outros sistemas da obra ou em edifícios vizinhos.
O estaiamento da torre, na estrutura do prédio, é um fator crítico de segurança e merece atenção
especial durante a execução.
TRANSPORTES INTERNOS
O u t r o ponto chave é a manutenção preventiva e corretiva, que deve ser inserida no contrato d e lo-
c a ç ã o e tem importância vital para o bom funcionamento não só da grua. mas da obra c o m um lodo.
"A logística passa a ser pensada contando c o m o suporte da grua. apostando em paletes e em con-
juntos de maior dimensão. Picar um dia sem ela vira um e n o r m e transtorno", conclui Ubiraci Sousa,
professor d e engenharia civil da Escola Politécnica da Universidade d e São Paulo.
NORMAS TÉCNICAS
CHECK-LIST
plano de cargas são O s mais comuns são: queda de materiais durante o içamento. proce-
requisitos mínimos dimentos inadequados na montagem e desmontagem, normalmente
causados por falta de supervisão técnica do fornecedor nesses pro-
A n t ô n i o Pereira do N a s c i m e n t o cessos e planos de cargas que não preveem o fluxo de pessoas e
c o o r d e n a d o r do Programa Estadual d a materiais sob a grua. podendo causar acidentes.
C o n s t r u ç J o do S i o Paulo no Ministério
d o Trabalho e c o o r d e n a d o r d o C P R -
S C ( C o m i t ê P e r m a n e n t e Regional
s o b r e C o n d i ç õ e s e Meio A m b e n t e d e C o m o você avalia o uso da grua no Brasil e qual a tendência do
Trabalho n a Indústria da C o n s t r u ç ã o )
mercado?
O uso de gruas veio para ficar e a tendência é que se torne cada vez
mais freqüente, principalmente com o investimento em obras públicas
proveniente do P A C (Programa de Aceleração do Crescimento), linhas
do metrô, urbanização de favelas, montagem industria! entre outras
obras. Não há como aliar velocidade, produtividade e segurança sem
o uso da grua. mas ainda existe certo receio por parte de alguns enge-
nheiros. A dúvida é natural, visto que uma falha nesse equipamento pode
causar acidentes graves ou fatais. O uso de várias gruas no mesmo can-
teiro aumenta ainda mais os riscos. Contudo, são problemas que aju-
dam a amadurecer o mercado e gerar soluções de controle eficazes no
gerenciamento desses riscos.
G u s t a v o NáHir - G u i a d a C o n s t r u ç ã o 104. m a r ç o / 2 0 1 0
O guindaste sobre rodas é um equipamento utilizado para içamento vertical d e carga e descarga d e
materiais pesados dentro de um canteiro d e obras. O tipo d e equipamento varia d e acordo com a
c a p a c i d a d e d e carga almejada e a topografia do terreno. O s principais modelos são:
• G u i n d a s t e À T (ali lerrain): apropriado para todos os terrenos e suporta cargas leves e pesadas, que
p o d e m chegar a 1.200 toneladas;
• RT (rough terrain): freqüentemente usado e m terrenos acidentados, é indicado para uso severo e
fora d e estradas;
• C i (compact truck): modelo compacto que carrega cargas médias e atua em locais com pouco
espaço de locomoção;
• Guindastes para movimentações em áreas industriais: máquinas com capacidade de carga entre
cinco e óo toneladas e que podem movimentar-se com o material transportado.
ESPECIFICAÇÕES
Para não errar na especificação do equipamento adequado à função prevista, o professor Ubiraci
Souza, do departamento de engenharia civil da Universidade de São Paulo, recomenda a consulta ao
indicador tonelada x metro, impressa no próprio guindaste. O indicativo mostra o quanto ele suporta
de carga. "E importante utilizar um gráfico que indique a carga para cada comprimento de abertura
da lança e para cada ângulo da lança em relação à horizontal", explica o professor. Por meio desse
balanço, é possível determinar características, como a tabela de carga (que indica alcance, raio e
altura da lança), capacidade (de carga), contrapeso, se a carga é frontal ou lateral e aspectos que
podem definir a adequação do equipamento ao serviço.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
Para escolher entre locar e comprar, é possível fazer uma conta que indique o custo mensal e inicial
com o equipamento, as despesas com manutenção e o tempo de utilização. C o m base na análise
desses fatores, pode-se fazer o comparativo para o uso previsto do equipamento. Entretanto, na
maioria das vezes, a locação é a escolha mais procurada, mediante os benefícios, como serviços
de manutenção e suporte ao usuário. "Comprar vale a pena apenas quando o tempo de utilização
é longo, a aplicação é freqüente e há indisponibilidade no mercado locador". analisa o engenheiro
Silvimar Reis.
O s fornecedores podem ser encontrados no Brasil inteiro. No entanto, quando se trata de guindas-
tes especiais, a oferta é menos capilarizada e as quantidades estão disponíveis preferencialmente
nas regiões Sudeste e Sul.
LOGÍSTICA
As funções do guindaste sobre rodas podem ser desempenhadas por outros equipamentos de
movimentação de materiais pesados na construção civil, como o elevador de carga, os guindastes
fixos (como a grua e a minigrua) e os móveis (como o guindaste sobre esteira). O diferencial é o
movimento horizontal facilitado no tráfego de materiais pesados. "O guindaste sobre rodas conse-
gue aliar o fato de levantar cargas de uma altura razoável com a flexibilidade do equipamento de
se deslocar na horizontal", aponta Ubiraci Souza.
A execução dos serviços é feita por operadores d e guindastes, que passaram por um treinamento
antes d e estarem em um canteiro de obras. Em face disso, é fundamental contratar e q u i p e s que
sejam especializadas e contem com funcionários qualificados na operação do equipamento. O u t r o
fator relevante é a fiscalização desse trabalho, d e modo a precaver possíveis acidentes e a ç õ e s que
fujam dos regulamentos previstos na norma NR18. "É importante ter pessoas q u e orientem o proce-
dimento dos operadores d e guindaste", confirma o engenheiro civil J o s é Eduardo Rodrigues Pereira,
encarregado pelo planejamento d e obras da Ambiental Ribeirão Preto Serviços.
NORMAS TÉCNICAS
N B R 1 0 8 5 2 - G u i n d a s t e d e rodas c o m p n e u s
CHECK-LIST
Colaboraram: José Eduardo Rodrigues Pereira, engenheiro civil da Ambental Ribeirão Preto
Serviços Ltda.: Mário Humberto Marques, presidente da Sobratema e diretor de equipamentos e
suprimentos da Construtora Andrade Gutierrez: Silvimar Pcmandes Reis. engenheiro mecânico e
diretor de suprimentos da Galvão Engenharia S A.: Ubirac> cspnelli Lemes de Souza, professor do
departamento do engenharia do construção civil (PCC) da Escola Politécnica do Universidade
de S3o Paulo.
como comprar
TERRAPLENAGEM
E TRATAMENTO
DETALUDES
Geogrelhas
Serviços de terraplenagem
GEOGRELHAS
As geogrelhas são geossintéticos com estrutura de malha aberta e com grande capacidade de re-
sistência à tração em uma ou duas direções ortogonais. São usadas para reforçar solos de baixa
resistência (exceção dos expansíveis e colapsíveis) em muros de contenção, taludes muito íngremes,
aterros. São também empregadas na estabilização de pavimenlos rodoviários e ferroviários, aeropor-
tos. reforço de fundações.
A configuração em formato de malha permite o travamento entre o solo e as geogrelhas por meio de
atrito e empuxo passivo, em função das aberturas da malha, junto com os grãos de solo. Filamentos
mais ou menos entrelaçados e com maior ou menor resistência dos nós afetam as condições de
ancoragem e o efeito de confinamento.
ESPECIFICAÇÕES
As especificações do projeto básico são fundamentais para a escolha da geogrelha mais adequada para a
execução da obra. E importante observar a resistência à tração, à rigidez, à geometria, aos coeficientes de
interação (resistência ao arrancamento). O s fatores de redução (fluência em tração, danos de instalação,
meio ambiente, emendas) devem ser considerados para determinar a propriedade funcional que será com-
parada à propriedade requerida na avaliação de aplicabilidade.
CUIDADOS DE INSTALAÇÃO
Deve-se evitar o trânsito de equipamentos pesados diretamente sobre asgeogrelhas durante a fase de
compactação do solo. para minimizar riscos de danos mecânicos ao material.
NORMAS TÉCNICAS
LOGÍSTICA
Na entrega do produto, é importante observar se cada bobina está identificada e é acompanhada do re-
latório de ensaio de resistência à tração do lote. e se esses dados estão em conformidade com o definido
na especificação. Para acondicionar o produto, recomenda-se uma plataforma coberta com um plástico
branco, que proteja as bobinas do sol e de eventuais fluxos de água. É importante acatar também as
condições de empilhamento.
Colaboraram: Nélcio Azevedo. professor da Escola do Engenhada Maué: Dolma V.dal. professora do
Engenharia Gv<l-Aeronáutica do ITA; Mauric-o Ehrlich. presidente da IGS Brasil {Associação Brasileira
do Geossintéticos) o professor da Coppe/UFRJ; André Estévào Ferreira da Silva, tesoureiro do IGS
Brasil.
TERRAPLENAGEM E TRATAMENTO DE TALUDES
SERVIÇOS DE TERRAPLENAGEM
O í d o a l • q u « s e tenha u m profissional c a p a c i t a d o n à o só p a r a a c o n t r a t a ç ã o
d o s s e r v i ç o s o u e q u i p a m e n t o s , c o m o t o m b e m para fiscalizar a e x e c u ç ã o
Praticamente em todas as obras d e construção civil realizadas no solo, seja um edifício residencial
ou uma rodovia, é necessário q u e se faça a terraplenagem para preparar o terreno d e acordo c o m o
empreendimento q u e será implantado, retirando o excesso d e terra para locais onde esteja em falta
ou para simples descarte. O procedimento c o m p r e e n d e basicamente quatro etapas: a escavação, o
carregamento, o espalhamento e o transporte do excesso d e terra.
C a d a uma dessas fases possui tipos d e equipamentos próprios para sua execução. Por isso. é impor-
tante q u e o profissional d e suprimentos seja capacitado para realizar a contratação do serviço. " O s
diversos equipamentos e processos são analisados caso a caso. em função d o solo a ser escavado e
a partir do projeto a ser implantado", afirma Flavio Henrique Rosa Tatit. professor de engenharia civil
da Escola d e Engenharia Mauá.
Em obras de pequeno porte, a terraplenagem pode ser feita com equipamentos manuais. Em pro-
jetos de médio e grande porte, os equipamentos mecanizados são os mais indicados. O andamento
do serviço depende do tamanho e tipo de terreno que vai ser trabalhado, os acessos a esse local, as
condições meteorológicas, desníveis a serem escavados, prazo de execução do serviço, equipamen-
to que se pretende utilizar e a eficiência do operador da máquina.
O s equipamentos de terraplenagem são divididos em grupos de acordo com sua principal função.
Para a escavação, por exemplo, recomenda-se utilizar tratores com lâminas, motoscraper, carrega-
deiras, escavadeiras e motoniveladoras. Para o transporte do material escavado, usam-se caminhão
basculante. caminhões fora de estrada, dumpers. vagões e até mesmo os carrinhos de mão. Por fim.
para a compactação do excesso do material, são utilizados rolo pé de carneiro, rolo vibratório, rolo
pneumático, rolo de grade, entre outros.
NORMAS TÉCNICAS
Não há normas técnicas específicas que orientem a execução dos serviços de terraplenagem. No en-
tanto, algumas normas regulamentadoras de segurança no trabalho devem ser consultadas. Entre elas.
está a NR-8. que orienta sobre a segurança em edificações, e a NR-11, que determina o transporte,
movimentação, armazenagem e manuseio de materiais. Em relação ao equipamento, há uma única nor-
ma da A B N T (Associação Brasileira de Normas Técnicas), a NBRNM-ISOói65. que classifica máquinas
rodoviárias projetadas para realizar escavação, dispersão e compactação de terra e outros materiais.
Mesmo sendo mais utilizada para preparar o terreno antes de receber um determinado projeto,
a terraplenagem ainda pode ser feita em fases mais adiantadas da obra. É o caso da escavação
de subsolos para garagens nos edifícios, que é executada após a conclusão da estrutura e das
vedações.
Em todos os estágios da obra, alguns cuidados devem ser tomados, como a utilização de equipamentos
e implementos apropriados para o serviço, a execução dos procedimentos com condições meteoro-
lógicas favoráveis, o bom dimensionamento da equipe para evitar tempos ociosos de espera, além de
um bom almoxarifado que tenha as peças mais utilizadas na manutenção dos equipamentos para não
haver espera na aquisição de peças de reposição.
LOGÍSTICA
Ao receber a equipe contratada na obra, deve-se verificar se os locais estão livres e desimpedidos
para o início dos trabalhos e se os equipamentos trazidos pela empresa são os adequados para o
serviço. Outro ponto importante é notar se foram providenciados equipamentos de segurança, esta-
dia e alimentação para os operadores; se foi previsto o abastecimento de combustível e lubrificante
nas máquinas; e. finalmente, se há local para o estacionamento das máquinas para reparos, monta-
gens e substituição de peças.
COTAÇÃO DE PREÇOS E FORNECEDORES
J Não há normas técnicas que determinem como deve ser feito um serviço de
terraplenagem. Porém, as empresas devem seguir as normas regulamentado-
ras de segurança do trabalho.
FUNDAÇÕES
A s e s t a c a s d e v e m ser c r a v a d a s n o m í n i m o s e l e d i a s a p ó s a sua c o n c r c t a g c m
Seu objetivo é suportar as cargas de estruturas (sejam elas de pequenos conjuntos habitacionais ou
até mesmo de grandes projetos industriais) de forma adequada, transferindo o peso do empreendi-
mento para as camadas mais profundas do solo.
ESPECIFICAÇÕES
O s produtos são especificados de acordo com sua resistência e formatos, sendo observado aspec-
tos como a carga de suporte, seção transversal, área de ponta ou perímetro das estacas. Em relação
à seção transversal, as formas geométricas mais empregadas são as circulares. quadradas, hexago-
nais e octogonais, podendo ter área de ponta vazada ou maciça.
As estacas também se diferenciam pelo processo de produção - podendo ser vibradas, centrifuga-
das. extrudadas. entre outros tipos -. e pela armação protendida ou passiva. Para cargas de baixa
magnitude, as estacas vibradas protendidas maciças são. normalmente, mais econômicas. Nos de-
mais níveis, as soluções são competitivas, sendo importante o processo de vazamento da estaca.
— •
71
NORMAS TÉCNICAS
Se for preciso utilizar estacas numa profundidade maior do que 12 m. a alternativa encontrada por
construtores e aceita pela NBR Ó122 é emendar as peças com solda. As antigas emendas que eram
feitas por anéis metálicos ou por luvas de encaixe tipo macho e fêmea só são permitidas quando não
existem esforços de tração. Atualmente, a legislação sobre fundações está em revisão, mas ainda não
foi à consulta pública.
As estacas pré-fabricadas de concreto são instaladas durante a fundação, uma das etapas iniciais
da construção de qualquer empreendimento. Na maioria dos projetos, a cravação das estacas é
feita com o processo de percussão, que emprega pilões de queda livre e que tem como principal
desvantagem o alto nível de vibração, podendo não só perturbar a vizinhança, como também dani-
ficar edificações localizadas na região. Normalmente, por r e q u e r e r e m mais c u i d a d o s e técnicas
específicas, as estacas p r é - f a b r i c a d a s são instaladas por e m p r e s a s e s p e c i a l i z a d a s n e s s e tipo
de atividade.
Muito mais do que escolher entre um ou outro fabricante, o imprescindível na compra das estacas
é saber quais são as características e necessidades da obra, de forma que seja adquirido o produto
ideal para cada projeto. Uma dica importante é comparar as seções transversais das estacas oferta-
das. nos aspectos área e perímetro, antes da verificação das cargas de trabalho.
LOGÍSTICA
As estacas pré-fabricadas de concreto são transportadas em pequenos lotes nas carretas. O ideal
é que o utilitário também já possua guindaste para efetuar a descarga do material. Não há nenhuma
restrição em relação ao seu armazenamento, no entanto, o recomendado é que as datas de entrega
das estacas sejam compatíveis com o início dos trabalhos de instalação no solo. No recebimento do
material, deve-se fazer uma inspeção visual, observando o aspecto do concreto e a magnitude de
possíveis fissuras no produto. E preciso solicitar o Relatório dos Ensaios dos Corpos-de-Prova refe-
rentes ao lote das estacas fornecidas. A data de fabricação também deve ser verificada, visto que.
normalmente, as estacas só podem ser cravadas no mínimo sete dias após a sua concretagem. para
que tenham resistência adequada aos esforços de cravação.
Colaborou: Roberto José Poá. diretor da Abef (Associação Brasileira de Empresas de Fundações e
Geotecnia). Outra fonte reportagem de capa da revista Tóchne 85. de fovere>ro de 2004
FUNDAÇÕES
SERVIÇOS DE SONDAGEM
À PERCUSSÃO
B r u n o L o t u r c o • G u i a d a C o n s t r u ç ã o ÍOÓ. m a o / 2 0 1 0
E s p e c i f i c a ç ã o p a r a c o n t r a t a ç ã o d e s o n d a g e m i p e r c u s s ã o d e v o i n f o r m a r a l o c a ç ã o d o s p o n t o s a s e r e m p e r f u r a d o s e a q u a n t i d a d e d e furos previstos
Por meio do SPT. que também permite realizar ensaios de infiltração para medir a permeabilidade, são
coletadas amostras do solo. Isso é feito com a cravação do amostrador a partir d e golpes de martelo.
O diâmetro da perfuração é de, geralmente. 2.5" e a profundidade varia conforme as características
da obra e do terreno, geralmente ficando entre 10 m e 2 0 m. O teste deve ser acompanhado por um
engenheiro geotécnico ou um geólogo.
73
C o m o resultado, o ensaio à percussão deve gerar um relatório contendo planta com a locação dos pontos
de sondagens, fotos dos furos, perfis geológicos contendo a classificação táctil visual das várias camadas de
solo. profundidade do lençol freático, técnicas utilizadas na perfuração (trado ou lavagem), profundidade
total da perfuração, número de SPT a cada metro, dentre outros.
ESPECIFICAÇÕES
LOGÍSTICA
A solicitação do serviço de sondagem também exige a indicação, em planta, da localização dos pontos
onde devem ser feitos os furos, a verificação da viabilidade de acesso ao terreno, o fornecimento de água
e. por fim, o tipo de sondagem a ser executada, lembra o engenheiro Ivan Joppert, projetista de funda-
ções e diretor da Infraestrutura Engenharia. Em alguns casos, faz-se necessária, inclusive, a montagem de
plataformas especiais para realização do trabalho.
Nesse tipo de serviço, os preços variam bastante em função do local que se encontra a obra e do
porte da empresa prestadora. Conforme conta Joppert. "os preços normalmente são fornecidos por
metro de sondagens executada, sendo que é comum a cobrança de uma quantidade mínima. Além
disso, cobra-se também a taxa de instalação da equipe e a eventual demolição de pisos ou pavimentos
existentes".
Para Gisleine. é importante, como para qualquer serviço de engenharia, ter referências do trabalho
técnico desenvolvido pelas empresas almejadas e certificar-se de que seus equipamentos e procedi-
mentos seguem as recomendações da norma brasileira.
CUIDADOS GERAIS
A recomendação para que a execução das sondagens à percussão transcorra sem problemas é que
todos os funcionários envolvidos no processo utilizem os EPIs (equipamentos de proteção individu-
al). Para evitar tombamentos dos equipamentos durante os ensaios. Gisleine destaca a importância
da instalação adequada do tripé de sondagem. "No Brasil, a A B N T (Associação Brasileira de Normas
Técnicas) regulamenta todo o procedimento de ensaio, incluindo os equipamentos e a apresentação
dos resultados", salienta.
W a l d e r r a r M a c h c h professor l i l u l a r
<fo Engenharia G « o t 4 c n i c a da E s c o l a E necessário buscar mais de um laudo técnico?
Politécnica d a U S P (Universidade d e
S J o Paulo) O terreno de fundação é um material natural que nunca será conheci-
do em sua plenitude. O projeto é feito com base em um modelo men-
tal do subsolo baseado na geologia e nas prospecções. Em princípio
não é necessário mais do que um laudo. Não se descarta, todavia, a
possibilidade de a construtora desejar, em casos especiais, ouvir uma
segunda opinião sobre as características d o terreno.
— «
75
CHECK-LIST
CONCRETO ARMADO
A Ç O CORTADO E DOBRADO
Projetos detalhados e parcerias com fornecedores são decisivos para compra adequada
Por reduzir o desperdício de materiais, o procedimento realizado por fornecedores também se tornou
uma alternativa poupadora de mão d e obra. "Com a eliminação da etapa d e corte e dobra, a equipe de
armação pode ser reduzida ou alocada em outras frentes de trabalho", conta Dennis Sampietro Uzal.
responsável pelo C o r t e e Dobra da Votorantim Siderurgia.
ESPECIFICAÇÕES
C o m o citado acima, pode-se executar os serviços de corte e dobra de forma artesanal. com bancadas
e pequenos equipamentos mecânicos nos canteiros de obras, ou de forma automatizada, com máqui-
nas sofisticadas em centrais d e corte e dobra das indústrias.
Entre os materiais utilizados, estão os vergalhões G G 5 0 . aços para concreto armado C A 2 5 . C A 5 0 e
CAóO, entre outros. As quantidades e formas de execução do corte e dobra desses produtos variam
de acordo com as especificações e necessidades de cada projeto estrutural.
NORMAS TÉCNICAS
Tanto o processo de corte e dobra do aço em fábrica, quanto no canteiro, ainda não possuem uma
norma técnica específica para a sua execução. Porém, existem alguns critérios em outras normas que
podem ser seguidos. O aço utilizado, por exemplo, possui certificação conforme a NBR 7480 que
especifica os requisitos exigidos para encomenda, fabricação e fornecimento de barras e fios de aço
destinados a armaduras para estruturas de concreto armado. Já a aplicação do aço cortado e dobra-
do deve seguir algumas recomendações descritas na norma NBR 6118. que se destina a projetos de
estruturas de concreto simples, armado e protendido.
CUIDADOS DURANTE A E X E C U Ç Ã O
O aço cortado e dobrado é utilizado na fase estrutural da obra, desde a fundação até a última laje.
A aplicação do produto deve ser realizada após a montagem das fôrmas e antes da concretagem. É
fundamental que a colocação do material siga as orientações especificadas no projeto de armação.
O cronograma de execução da obra é um dos fatores principais para o bom andamento da aplicação.
Não só o cliente deve segui-lo, como também o fornecedor. Sendo assim, o recomendado é que a fá-
brica só inicie a operação após receber a programação e os projetos da obra atendida.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
É possível encontrar fornecedores de aço cortado e dobrado em todo o Brasil. Ao buscar uma empre-
sa para realizar o serviço, deve-se escolher aquela que trate as relações com maior transparência pos-
sível, já que será solicitado um produto feito sob medida e. caso não consiga cumprir com o prometido,
não existirá estoque para pronta entrega em outro fornecedor.
Outros fatores também devem ser analisados. São eles: maior produtividade, eliminação de perdas
de materiais, qualidade do serviço e prazo de entrega. Esse último, aliás, é um aspecto determinante,
pois o produto tem que ser entregue de acordo com o cronograma da construção. C a b e à constru-
tora, porém, cuidar do planejamento físico-financeiro, para que o aço seja comprado no momento e
pelo custo mais adequado.
Vale lembrar que o corte e dobra do aço é um serviço que representa pouco no custo total da obra.
mas que pode causar um enorme prejuízo se for entregue atrasado, pois atrapalhará o cronograma
e. por conseqüência, o planejamento financeiro do empreendimento.
LOGÍSTICA
Por ser um material resistente, não são necessários grandes cuidados durante o transporte do aço
cortado e dobrado. A carga precisa apenas estar bem amarrada e as peças mais pesadas devem ser
colocadas embaixo das outras.
de qualidade que possui todas as características de fabricação do produto. Feito isso, o indicado é
separar as peças de acordo com a programação da obra para facilitar o trabalho no canteiro.
O material pode ser armazenado para uso posterior desde que protegido com lonas para que re-
sista às intempéries. No entanto, os fornecedores indicam que não se faça estocagens em grandes
volumes e por grande tempo, pois o aço cortado e dobrado é um produto sob encomenda pronto
para aplicação imediata.
J A fabricação de aço cortado e dobrado ainda não possui uma norma específi-
ca. só a sua aplicação segue alguns requisitos da NBR 6n8 e o material utiliza-
do é especificado pela NBR 7480.
/ O aço cortado e dobrado deve ser estocado de forma organizada para facilitar
sua aplicação, mas recomenda-se que o produto não fique armazenado por muito
tempo.
Colaboraram: Eugênio Carlos dos Santos, gerente ce processos do Belgo Pronto da ArcelorMittal Aços
longot. Ricardo Giuzeppe Mascheroni. diretor-executivo comercial da O p e r a d o de Negócioi Açot
Longos da Gerdaa e Dennis Sampietro Uzal. responsável pelo Corte e Dobra da Votorantim Siderurgia.
CHAPAS PARA FÔRMAS
A p c n a i o p e r á r i o s c j p c c i a l u a d o v p o d e m manusear o» l i i l c m a » d e fôrma»
As chapas para fôrmas, sistema para execução das estruturas de edifícios, pilares, lajes e vigas são um
componente importante no orçamento de qualquer obra. Dependendo do material e das especificações
escolhidas, chega a representar até 4 5 % dos custos com a estrutura do projeto, o que leva os construtores
e engenheiros a analisarem com atenção os diferentes tipos de chapas existentes no mercado.
ESPECIFICAÇÕES
As chapas podem ser encontradas em aço, alumínio, polipropileno, entre outros materiais, porém o
mais utilizado nas construções é a madeira compensada, já que possui características importantes para
esse tipo de sistema, como resistência, estabilidade, não toxicidade e possibilidade de variação das
dimensões quando submetida às diversas temperaturas.
A l é m do material, as chapas também são especificadas pela sua espessura, tamanho, número
de lâminas e resistência à compressão. O construtor d e v e ficar atento a essas características,
pois são essenciais na c o m p o s i ç ã o do orçamento.
Um bom exemplo de como a escolha das especificações influencia nos custos é a comparação entre o
uso de chapas de madeira ou metálicas. Enquanto a primeira pode ser reutilizada em cerca de 20 vezes, a
segunda é quase cinco vezes mais produtiva. No entanto, as chapas metálicas demandam o uso de equi-
pamentos específicos para sua execução, o que pode pesar no orçamento da obra. É preciso avaliar as
necessidades e prioridades de determinado projeto para saber qual sistema é o mais adequado.
NORMAS TÉCNICAS
As fôrmas em geral devem seguir a recomendação da NBR 14931. que determina como devem ser
as dimensões do produto, inclusive das chapas. Porém, as chapas d e madeira compensada pos-
suem normas próprias, descritas nas NBR I S O 2426-1:2006. 2426-2:2006. 2426-3:2006 e, também,
nas N B R ISO 1096, 12466-2. 2426-1. 2426-2 e 2426-3. Uma nova norma para fôrmas e cimbramentos
está em fase de estudos e consulta pública.
As chapas podem ser utilizadas desde a fundação dos edifícios até a estrutura e outros pontos da obra.
É importante ressaltar que apenas operário especializado pode manusear o sistema, tomando cuida-
dos principalmente na desenforma. na aplicação de desmoldantes e na limpeza do material. C a s o os
processos não sejam feitos de maneira correta, as chapas podem ser danificadas, permitindo a entrada
de umidade em pequenas fissuras e. consequentemente, diminuindo a qualidade e vida útil garantida
pelo fornecedor.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
Durante a escolha entre uma marca ou outra, o consumidor deve ficar atento ao histórico da empresa, suas
referências no mercado e tipo de serviços oferecidos. O s fornecedores de chapas para fôrmas estão con-
centrados principalmente na região Sul do País. em Estados como o Paraná e Santa Catarina, mas também
estão presentes em cidades do Sudeste, como São Paulo e Rio de Janeiro. Mesmo não espalhadas pelo
País, as empresas oferecem serviços de entrega e abastecimento para outros Estados.
Já em regiões onde não é possível encontrar um fornecedor, é muito comum a confecção de fôrmas
e chapas no próprio canteiro de obras, método esse que deve seguir as recomendações da legisla-
ção brasileira.
LOGÍSTICA
As chapas são entregues no canteiro de obras pelos próprios fornecedores e devem ser transportadas
paletizadas. No recebimento do material, além da inspeção visual, é necessário atentar também às es-
pecificações do produto (se correspondem com o que foi pedido). Alguns contratantes realizam testes
informais para verificar a qualidade das chapas, como o que testa a colagem do material, retirando um
pedaço da chapa e colocando-o em água quente por cerca de uma hora. No fim do processo, caso a
chapa tenha descolado ou feito bolhas, o produto não é de boa qualidade. Na armazenagem, os pro-
dutos não devem ficar em contato direto com a umidade e devem ser cobertos com manta plástica.
CORTE E DOBRA DE A Ç O
ESPECIFICAÇÃO
O aço já é especificado no projeto estrutural, que deve discriminar a resistência do material, seção,
massa e comprimento das barras para cada ponto da estrutura. A construtora, em geral, cuida do
planejamento físico-financeiro, para que o aço seja comprado no momento e pelo custo mais ade-
quado. Além disso, deve assegurar que antes de comprar o material a equipe esteja preparada para
manejar aço cortado e dobrado.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
Três grandes siderúrgicas trabalham com esse material, tanto realizando o corte e dobra diretamente
quanto credenciando empresas para fazer o serviço. Pequenas empresas também fornecem o mate-
rial. mas contam com processos mais artesanais e, eventualmente, com menos garantia de qualidade.
Essas últimas, muito mais numerosas, atendem principalmente a construtoras de pequeno porte.
C O N D I Ç Õ E S DE P A G A M E N T O
O serviço de corte e dobra tem o custo incluído no do aço para vergalhão. C o m isso. as condições
são semelhantes às da armadura, com prazos de pagamento entre 21 e 3 0 dias.
PRAZO DE ENTREGA
C o m o projeto em mão, as empresas demoram entre cinco e sete dias de prazo a partir da solicita-
ção. Esse tempo é suficiente para que a indústria possa passar as informações do projeto para as
máquinas que prepararão o aço.
FORMA DE E N T R E G A
O aço chega ao canteiro com etiquetas, identificando em que local cada peça deverá ser utilizada.
É recomendável que o construtor mantenha a menor quantidade possível de material armazenado,
se programando para aplicar o aço cortado e dobrado pouco depois do recebimento no canteiro.
Estoques grandes podem levar à desorganização das peças, desperdício de tempo e perda de parte
da vantagem de contratar um serviço de corte e dobra fora do canteiro. No entanto, não é raro essa
etiqueta se soltar, o que exige medição e identificação por parte da equipe de obra. já que os feixes
são entregues sem separação.
R E Q U I S I T O S DE Q U A L I D A D E
Diretamente ligado ao serviço corte e dobra, há certificações I S O para as empresas dessa área. Além
disso, as siderúrgicas indicam as empresas qualificadas para trabalharem com seus aços. Porém, há
mecanismos que atestam a qualidade do material. A Marca de Conformidade Compulsória para
vergalhões utilizados em construção civil é válida também para o aço cortado e dobrado. O selo é
emitido pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia), de acordo com os parâmetros da A B N T (As-
sociação Brasileira de Normas Técnicas) e está impresso, na etiqueta de identificação do vergalhão
entregue no canteiro.
NORMAS TÉCNICAS
(B -
e
"Serviços d e corte e furo devem ser contratados somente em casos específicos, e m q u e outras téc-
nicas não p o d e m ser aplicadas ou q u a n d o o prazo é mais importante q u e o custo", pontua G i l b e r t o
Giassetti, consultor da A l e c (Associação Brasileira das Empresas Locadoras).
Há, ainda, um terceiro caso. associado a obras antigas, em q u e costuma ser c o m u m a contratação d e
serviços d e corte e furo d e concreto para verificação da qualidade e resistência do material. Tam-
bém em obras já existentes, a passagem d e dutos ou tubos para modernização da edificação p o d e
demandar adaptações da estrutura por meio d e incisões no concreto.
ESPECIFICAÇÕES
LOGÍSTICA
Para Giassetti. a cotação é a parte mais delicada de todo o processo e deve partir da comparação
entre empresas de mesmo porte e experiência, com atenção a prazos, plano de remoção proposto
- cuja execução geralmente fica a cargo da contratante - e cumprimento de obrigações trabalhistas,
legais e contábeis. "A solução deve abranger desde a análise de riscos até a remoção do material e
colocação no bota-fora. Só assim é possível comparar preços e decidir pela solução mais interessan-
te do ponto de vista financeiro", conta Giassetti.
Outro ponto a observar é a exigência, por parte da contratada, de mão de obra de apoio a ser forne-
cida pela contratante, o que não é contemplado no preço, mas aumenta o custo real. "Se determina-
da empresa se encarrega de praticamente todo o serviço, prevê prazo razoável e aceita multas pelo
seu não cumprimento, são aspectos que devem ser considerados", pondera Figueiredo. O tipo de
equipamento pode influenciar no orçamento também, pois custa mais contratar maquinário menos
barulhento, mais econômico em relação à energia consumida, mais seguro e eficiente. Em geral, os
pagamentos são feitos após medição dos serviços realizados, mas podem ser realizados por meio de
taxa diária, nos casos de contratos menores.
CUIDADOS GERAIS
de concreto protendido, pois é um risco extremamente alto a realização d e furos q u e possam atingir
os fios e cordoalhas", salienta Figueiredo.
NORMAS TÉCNICAS
CHECK-LIST
A n t o n i o D o m i n g u c s d e Figueiredo,
p r o í e i i o r da Poli-USO
Quais cuidados de segurança o contratante deve ter?
( E i c o l a Po'.técnica
O contratante também é responsável pela segurança das pessoas e
da Universidade d e S í o Paulo)
equipamentos utilizados. Normalmente, o serviço ocorre com a obra
em operação, o que aumenta a possibilidade de conflitos com outros
serviços. A empresa encarregada da realização cios furos é responsável
direta pela segurança de mão de obra e equipamento ligados às opera-
ções de serviço, como o uso de EPI (Equipamentos de Proteção Indivi-
duais) e a segurança na fixação e operação dos equipamentos. Não se
pode esquecer que, durante a furação ou corte de uma laje. há sempre
o risco de que o pedaço extraído caia no andar de baixo. Por isso. deve
estar isolado e demarcado para garantir a segurança das pessoas.
DESMOLDANTES
A a p l i c a ç ã o d e d e s m o l d a n t e s c o m rolo d e v e gerar u m a c a m a d a h o m o g ê n e a
O s desmoldantes são utilizados na construção civil para impedir a aderência do concreto à fôrma.
Dessa forma, auxiliam a desenforma rápida, melhoram a qualidade da superfície do concreto, aumen-
tam a vida útil das fôrmas e a agilidade do processo.
ESPECIFICAÇÕES
O s desmoldantes podem ser feitos à base de óleos puros (mineral, vegetal e animal) e também
emulsionados em água. Podem, ainda, ser ativos quimicamente. reagindo com a pasta de cimento do
concreto e formando um composto estável (uma espécie de sabão) - o que permite uma remoção
fácil da peça concretada. Essa reação evita a formação de cavidades, manchas ou irregularidades
na superfície do concreto. Dessa forma, são indicados para concreto aparente. Já os desmoldantes
passivos apenas formam uma barreira entre as paredes da fôrma e do concreto.
CUIDADOS DURANTE A APLICAÇÃO
A fôrma deve estar limpa na aplicação do desmoldante - sem sujeiras ou com outros tipos de pro-
dutos. O desmoldante não deve ser aplicado com grandes espessuras para evitar sua absorção, o
que pode causar manchas. Além disso, o excesso diminui a aderência do concreto, prejudicando a
aplicação de revestimentos.
E também importante seguir a diluição indicada pelo fabricante. A aplicação cio desmoldante puro
pode formar uma camada muito grossa. A prática comum de utilizar óleo diesel puro ou diluído no
produto não é recomendada, pois também reduz a aderência. A quantidade a ser aplicada varia
de acordo com o tipo de fôrma e produto, sendo que a aplicação pode ser feita com pano. rolo de
pintura ou escovão. Entretanto, borrifar o desmoldante tende a formar uma película mais uniforme.
O rolo é também recomendado pela homogeneidade na espessura de aplicação. A broxa e o pincel
geram camadas irregulares, mas facilitam aplicações localizadas. Recomenda-se que o produto se-
que antes cio início da concretagem e que a aplicação não seja feita com muita antecedência para
evitar aderência de poeira.
A remoção do desmoldante da peça de concreto pode ser de forma mecânica (jato de areia seca
ou úmida, jato de água quente em alta pressão), química (escovamento com água e detergente) ou
com o apicoamento do concreto. Para verificar a remoção do desmoldante, basta jogar um pouco de
água sobre a superfície da estrutura. Se ela absorver a água, o produto foi removido com sucesso. Se
apresentar comportamento hidrófobo. novas lavagens são necessárias.
COTAÇÃO
LOGÍSTICA
NORMAS TÉCNICAS
O Brasil não possui norma específica alguma para a fabricação ou a aplicação dos desmoldantes.
G u s t a v o Nériir • G u i a d a C o n s t r u ç ã o 106. m a i o / 2 0 1 0
A fôrma de alumínio, aplicada à execução do molde de paredes de concreto, é constituída por um sistema
de painéis com chapas e perfis metálicos estruturados. Por causa de sua leveza e flexibilidade, esses pai-
néis. com largura máxima de ÓO cm, possibilitam ganhos de produtividade, diferentes combinações
geométricas e inúmeras reutilizações. Por isso, é opção apropriada aos empreendimentos com
grande volume de unidades e que precisam ser concluídos em um curto espaço de tempo. " C o m
o incremento dos programas de financiamento de habitação popular no Brasil, as empresas d e
construção estão procurando sistemas competitivos como esse para a construção em larga escala",
analisa Tibério de Andrade, engenheiro civil da U F P E (Universidade Federal de Pernambuco).
ESPECIFICAÇÕES
A função da fôrma de alumínio no processo de execução das paredes de concreto é servir como
molde para o formato final das estruturas, que são desenformadas e ficam prontas para a aplicação
da pintura final e acabamento especializado de acordo com o projeto. "O processo de execução [das
paredes de concreto] consiste basicamente na colocação de fôrmas metálicas, de madeira ou de
plástico, que serão preenchidas após a colocação das ferragens", define o projetista de fôrmas Nilton Nazar.
Após o sistema ser desenformado. as fôrmas devem ser limpas para a reutilização. Conforme aponta
a engenheira civil Mércia Bottura de Barros. o material tem de ser escovado para que todo o resíduo
de argamassa seja eliminado, possibilitando a aplicação de um desmoldante (geralmente a base de
água ou parafina líquida) para evitar a aderência do concreto. Barros admite que essa medida facilita
a desenforma e dá maior vida útil à fôrma.
Por fim. depois de limpa, uma das faces da fôrma é montada e nela são aplicados os embutidos, que
incluem as esquadrias de portas e janelas, instalações elétricas, e. eventualmente, hidráulicas. A en-
genheira explica que o sistema hidráulico é mais bem aproveitado quando é organizado por cápsulas
tipo P E X . visto que esse material possibilita trocas caso haja problemas.
O sistema de fôrmas de alumínio ainda não está totalmente difundido no mercado nacional, mas as
fontes consultadas confirmam que é possível encontrar distribuidoras que atendem todas as regiões
do País. com concentração no Estado de São Paulo. Dentre os benefícios no ato da compra, está a
garantia de um ano para o conserto e reposição das peças com defeito e. em algumas vezes, o ofe-
recimento de cursos e treinamentos para a capacitação dos montadores.
Para se ler uma idéia da rentabilidade e da cotação de preços, o engenheiro civil Tibério de Andrade
utiliza como referência a construção de uma casa de 5 0 m2. Nesse caso, a fôrma custaria em torno
de R$ 5 0 0 mil. mas poderia ser reaproveitada em torno de 1.500 vezes, tendo um custo resultante
de R$ 2.70/m ? .
LOGÍSTICA
Um dos aspectos que elevem ser levados em conta é a quantidade de reaproveitamentos, principal
destaque do uso da fôrma de alumínio frente a outros tipos de fôrmas, como as de madeira e plásti-
co. "O principal benefício das fôrmas de alumínio é sua vida útil. que pode chegar a até mil utilizações
se bem manuseada", informa o projetista de fôrmas Nilton Nazar. No entanto, ele também destaca
que esse sistema deve ser selecionado dentro de uma concepção do projeto arquitetônico que con-
templa db paiedes dt; concreto como bolução estrutural e de vedação, lendo como bas>tí análibtíS da
relação do custo x beneficio do material.
Quanto à mão de obra. não é necessário um alto grau de especialização dos montadores, que po-
dem ser profissionais da própria equipe de obra. como pedreiros e carpinteiros. Contudo, como o
material é leve e sensível, o uso não planejado pode levar ao desgaste mais cedo da fôrma, influen-
ciando no seu potencial de reutilização e. consequentemente, no custo final do projeto.
CONCRETO ARMADO
NORMA TÉCNICA
Não existe uma norma específica que certifique os critérios para a utilização das fôrmas de alumínio.
Todavia, um referencial apresenta as condições gerais para a execução das estruturas provisórias
que utilizam fôrmas e escoramentos. a NBR 15696:2009 - Fôrmas e Escoramentos para Estrutura
de Concreto - Projeto. Dimensionamento e Procedimentos Executivos. Vale salientar que essa nor-
ma não apresenta detalhes sobre os diversos tipos de fôrma e foi aplicada há menos de um ano.
E N T R E V I S T A C O M M E R C I A B O T T U R A DE B A R R O S
C o m o se trata A mão de obra deve ser altamente qualificada para trabalhar com
de fôrmas que essas fôrmas?
trabalham Normalmente, quem trabalha com as fôrmas de madeira é o oficial carpin-
por encaixe, o teiro. que precisa ser muito bem qualificado para o seu trabalho. Já com as
treinamento da mão fôrmas metálicas, tanto o carpinteiro como o montador de estruturas pode
de obra é facilitado executar o material. Como se trata de fôrmas que trabalham por encaixe,
o treinamento da mão de obra é facilitado, sendo possível formar um exce-
M c r c i a Bottura d o Barre»
lente profissional com menos tempo.
engenheira civil e professor» d a Escola
Politécnica d j Universidade d c S i o
Paulo
O mercado nacional está familiarizado com as fôrmas de alumínio?
B r u n o l o t u r c o • G u l a d a C o n s t r u ç ã o 104. m a r ç o / 2 0 1 0
C o t a ç ã o d o s e r v i ç o d e r e c u p e r a ç ã o do o s t r u t u r a do c o n c r e t o só d e v o ser feita c o m a p r e v i s ã o ,
e m projoto, d a s causas, da m e t o d o l o g i a a ser a p l i c a d a e dos trabalhos a s e r e m e x e c u t a d o s
O ideal é que as estruturas de concreto passem por inspeção rotineira para averiguação de eventu-
ais sintomas, pois. conforme conta Carmona, a constatação precoce diminui custos e riscos. O s sinais
que indicam necessidade de reforço, no caso das patologias, são corrosão, fissuras, trincas, manchas,
deformações, ruptura do cobrimento das armaduras ou esmagamento do concreto, por exemplo.
ESPECIFICAÇÕES
LOGÍSTICA
E responsabilidade do contratante prever pontos de água e luz e livre acesso às áreas. Além disso,
a depender do estabelecido em contrato, deve providenciar materiais para recuperação e equipa-
mentos de acesso. "Existe uma gama muito ampla de equipamentos que podem ser utilizados.
C O T A Ç Õ E S DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
Ao comparar preços, vale a mesma recomendação. Em virtude do risco de situações não previstas
em projeto, os valores previamente considerados, pautados em critérios de qualidade e de escopo
de serviços, podem ser afetados. "Na avaliação de eventuais pleitos, a consultoria de empresa espe-
cializada em recuperação estrutural é de grande valia", diz Carmona.
CUIDADOS GERAIS
O contrato deve incluir a existência de plano de segurança, com procedimentos efetivos de planeja-
mento e controle de riscos, além de acesso restrito a pessoas autorizadas. E direito do contratante
realizar, após a conclusão dos serviços, além de inspeção visual por profissional especializado, en-
saios auxiliares para verificação da qualidade. Dentre os lestes possíveis estão os de resistência de
aderência, controle da porosidade, velocidade de propagação de ondas de ultrassom, ensaios ele-
troquímicos como o potencial elétrico e intensidade elétrica de corrosão e aderência de películas.
CONCRETO ARMADO
NORMAS TÉCNICAS
"Não existem normas brasileiras para reforço estrutural e este é um assunto ainda em processo de
elaboração no resto do mundo", explica Graziano. São aplicáveis ao serviço apenas conceitos de
segurança das normas de projeto e aqueles relacionados à qualidade dos materiais.
J Embora não existam normas específicas para esse tipo de serviço, observe as
regulamentações de segurança e qualidade pertinentes.
CONCRETO ARMADO
VERGALHÕES DE A Ç O
Apesar de muitos chamarem d e ferro, os vergalhões são feitos, na verdade, de aço. A principal dife-
rença está na composição: o a ç o é uma liga d e ferro-carbono q u e contém d e 0 . 0 0 8 % até aproxima-
damente 2 . 0 % cie carbono. N o ferro, esse teor é d e 2.04 a 6.7%.
ESPECIFICAÇÃO
O C A - 2 5 é liso e mais maleável do que os outros. É pouco utilizado na construção e apenas em situ-
ações que prescindem de barras nervuradas. As indústrias de pré-moldados costumam empregá-lo
para fazer alças para içamento das peças. O C A - 6 0 é usado para estribos. treliças. telas e armaduras
de lajes e pisos. O C A - 5 0 é o mais utilizado na construção civil por ser dúctil. suportar alta concen-
tração de carga e aderir bem ao concreto. As nervuras impedem que o C A - 5 0 gire dentro do concre-
to. dessa forma o vergalhão age conjuntamente à estrutura quando submetida à carga.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S
Quanto menor o diâmetro, mais caro é o produto. Isso acontece porque para a produção de um
vergalhão de bitola pequena é necessário mais tempo de máquina e mais máquinas para se chegar
à medida exata. Além disso, como o preço é por quilo, a produtividade/hora de um vergalhão de
diâmetro pequeno é baixa, pois ele tem massa linear menor. A exceção é o vergalhão com 32 mm,
fabricado sob encomenda e. por isso. mais caro.
FORNECEDORES
Três fornecedores em todo o Brasil vendem a linha completa de vergalhões: Belgo Mineira. Gerdau e
Barra Mansa (Votoraço). O s três possuem distribuidores em todo o País. Há também outros fabrican-
tes que fornecem apenas uma das classes, com menor variedade de bitolas. O s fabricantes devem
possuir marca de conformidade fornecida pelo Inmetro. O órgão faz auditorias nas fábricas para
verificar o sistema de qualidade. São realizados também testes com amostras coletadas nas fábricas
e no mercado. Desde 1999. o Inmetro estabeleceu a compulsoriedade da certificação das barras e
fios de aço fabricados no Brasil e importados que sejam destinados à execução de armaduras de
concreto. Alguns fabricantes oferecem serviço de corte e dobra do vergalhão. seguindo as especifi-
cações de projeto fornecidas pelo comprador. A entrega pode ser programada.
C O N D I Ç Õ E S DE P A G A M E N T O
O s fabricantes dão. normalmente, duas possibilidades: preço de tabela, em 21 dias. ou à vista com
desconto. A possibilidade de descontos e negociação do pagamento vai depender do mês e da taxa
de juros do momento. Já os distribuidores oferecem condições variadas: desde pagamento à vista
até parcelado em 3 0 / 6 0 dias.
P R A Z O DE E N T R E G A
O s grandes fornecedores possuem centros de distribuição em todo o Brasil e. por isso. a entrega é
imediata. O preço do frete, normalmente, já está incluído no produto. Mesmo assim, a compra do aço
deve ser feita com antecedência para permitir a realização de ensaios por laboratórios especializa-
dos antes de serem utilizados. Para garantir as especificações do produto, é necessário fazer, além
dos ensaios técnicos de tração, dobramento e elasticidade, ensaios d e diâmetro nominal. Para
obras de pequeno porte, em que o ensaio torna-se inviável economicamente, recomenda-se fazer
um levantamento da metragem das barras, já que possuem aproximadamente o mesmo comprimen-
to (12 m) e massa linear determinada.
CONCRETO ARMADO
FORMA DE ENTREGA
ARMAZENAGEM
Recomenda-se separar os vergalhões por bitola, pois a identificação visual é difícil e apenas o C A - 5 0
possui o diâmetro nominal gravado. O vergalhão não d e v e ficar em contato com o solo nem exposto
às intempéries, para não sofrer corrosão. Para facilitar a fiscalização, devem ser mantidas as etiquetas
de identificação.
REQUISITOS DE QUALIDADE
Resistência característica de
Categoria escoamento (fy)
kgf/mm1 MPa
CA-25 25 250
CA-50 50 500
CA-60 ÓO ÓOO
CA-25 e CA-50
Bitola Pesos lineares (kg/m)
(mm) Mínimo Nominal Máximo
-io% 0% •10%
CA-60
Bitola Pesos lineares (kg/m)
(mm) Mínimo Nominal Máximo
-6% 0% •6%
Colaboraram: José Luiz Andrade, assessor técnico da Belgo Mineira; Domingos Somma.
vice-presidente executivo do Aços Longos Brasil, do G'upo Gerdau e Fernando Matos,
do IbS (Instituto brasileiro de Siderurgia).
como comprar
ESCORAMENTOS
E AINDAIMES
Andaimes
E s c o r a m e n t o s m e t á l i c o (I)
E s c o r a m e n t o s m e t á l i c o (II)
E s c o r a m e n t o s m e t á l i c o (III)
ESCORAMENTOS E ANDAIMES
ANDAIMES
ESPECIFICAÇÃO
Existem poucos fabricantes no país e vasta quantidade d e locadores. Por isso. é importante a ve-
rificação da qualidade d e fabricação e d o produto, d o material utilizado, uso de equipamentos que
atendam a exigência d a s normas vigentes e dar preferência a empresas que ofereçam suporte e
orientação sobre montagem e uso d o equipamento.
FORMA DE ENTREGA
A retirada dos andaimes geralmente é feita pelo cliente ou transportador por ele contratado. Du-
rante o transporte, a carga deve estar devidamente amarrada, se possível, em feixes ou paletes
descarregados com gruas ou guindastes. Recomenda-se a presença de conferentes na retirada
(e na devolução) na empresa fornecedora, checando-se quantidades e estado físico das peças
fornecidas, além de nota fiscal específica para acompanhar a carga. O s produtos devem estar em
perfeito estado, isentos de ferrugem, partes amassadas ou quebradas e com todos os acessórios
necessários. Ainda deve estar incluso um manual de orientação sobre procedimentos de mon-
tagem, desmontagem e o uso correto para cada situação.
PRAZO DE ENTREGA
C O N D I Ç Õ E S DE PAGAMENTO
A locação geralmente é feita por períodos regulares (semanal, quinzenal ou mensal), cobrada por
meio de boleto bancário no vencimento do prazo da locação. Em caso de compra do equipamento,
o pagamento poderá ser feito à vista ou parcelado, de acordo com as condições negociadas ou
oferecidas por cada empresa.
REQUISITOS DE QUALIDADE
Projeto construtivo do andaime fornecido pelo fabricante ou locador, dimensionamento dos an-
daimes na montagem por profissional legalmente habilitado, montagem realizada por trabalhador
qualificado, fixação, sustentação e apoio dos equipamentos, sistema de guarda-corpo e rodapés em
consonância com o item 18.13-5 da NR-18. acesso do trabalhador, inspeção diária dos equipamentos,
manutenção preventiva e corretiva de acordo com as indicações do fabricante ou locador. capacita-
ção dos trabalhadores na utilização dos andaimes.
NORMAS TÉCNICAS
108
ESCORAMENTOS METÁLICOS (I)
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O d e s e m p e n h o d o cscoramonto d e p e n d e do informações detalhadas c o m o cronogramas da obra.
As escoras metálicas são formadas basicamente de aço (galvanizado ou pintado) e alumínio. Nesse
último caso, o material não resiste a tanta compressão quanto o aço. tendo a flexão e a leveza como
pontos fortes em relação ao outro material.
ESPECIFICAÇÕES
O escoramento metálico pode ser executado por meio de torres de encaixe, escoras pontuais me-
tálicas ou um misto dos dois sistemas. Esses equipamentos devem passar por constantes manuten-
ções, inspeções e revisões.
As torres possuem diversos usos, acessórios, encaixes e número de peças. O s diferentes diâmetros e
espessuras das paredes dos tubos determinarão a capacidade de carga desse sistema.
O material e os projetos executivos são oferecidos conjuntamente com a assistência técnica de orientação
à obra. Má situações em que é necessário modificar o escoramento durante a sua implantação. Para isso,
deve-se buscar a orientação da fornecedora. A improvisação não é uma opção.
CUIDADOS DURANTE A INSTALAÇÃO
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
Há uma grande variação de limites de deformação oferecida nos orçamentos e. portanto, com dife-
rentes valores. É importante observar que o serviço de entrega é oferecido gratuitamente por algu-
mas empresas, e a disponibilidade de certas escoras é pequena. Isso porque o território brasileiro
apresenta uma forte deficiência no fornecimento de escoras metálicas. A demanda concentrou as
empresas em algumas capitais brasileiras (Manaus, Salvador. Brasília, Natal, fortaleza. Porto Alegre)
e. principalmente, no Sudeste.
NORMAS TÉCNICAS
LOGÍSTICA
O transporte deve ser realizado por caminhões com os feixes de equipamentos devidamente cin-
tados. com paletes e sacos para as peças pequenas. Durante a descarga é necessário cuidado para
não amassar o tubo das escoras, os quadros metálicos, seus encaixes e principalmente as roscas
existentes nas escoras telescópicas, sapatas e forcados ajustáveis.
Para evitar fretes desnecessários, é possível armazenar os escoramentos em uma área separada
e restrita do canteiro de obra. Essas medidas são importantes, pois as peças de escoramento são
facilmente confundidas com entulho e possuem alto valor no mercado de reciclagem - principal-
mente o alumínio.
0 sistema de escoramento metálico é composto por elementos de aço ou alumínio que servem
de apoio às fôrmas para concreto com a função de sustentar as cargas e sobrecargas da estrutura
e transferi-las ao chão ou ao pavimento inferior. O sistema pode ser usado em diversos tipos de
obras - edifícios, obras industriais, barragens - e nas mais variadas aplicações - blocos de fundação,
cortinas, pilares, vigas, lajes etc.
Embora a maior parte dos construtores opte pela locação desse material, o projetista Nilton Nazar,
sócio-diretor da Hold Engenharia, afirma que a compra não é uma má opção quando se pensa no longo
prazo: "É um investimento alto que leva anos para ser diluído e implica manter um galpão para fazer
manutenção, repintar, engraxar, trocar peças, desamassar etc. Esse custo tem que ser levado em conta.
Em compensação, a vida útil é muito longa".
Haroldo Miller Júnior, presidente da Abrasfe (Associação Brasileira das Empresas de Fôrmas e Es-
coramentos), complementa: "Na locação, estão embutidos ainda os custos de projeto, assistência
técnica e administração dos materiais. Comprar ou locar dependerá do tipo de obra. do prazo de
utilização e da estrutura da empresa".
ESPECIFICAÇÕES
Geralmente, o projeto de escoramento é feito pelo próprio fornecedor, portanto, é aconselhável con-
tratar o sistema de dez a 15 dias antes da data prevista para o uso. No caso de obras de grande porte,
esse prazo pode se estender para até um mês. Deve-se exigir do fornecedor a garantia dos equipamen-
tos e o recolhimento da A R T (Anotação de Responsabilidade Técnica) do projeto.
Segundo Nilton Nazar, no contrato de locação, é importante dar atenção aos custos de reposição de
peças eventualmente danificadas ou extraviadas. Esses valores podem ser muito superiores ao custo de
aquisição, pois levam em conta o lucro cessante, ou seja. o extravio ou dano do material impede a empre-
sa locadora de lucrar com outros aluguéis.
LOGÍSTICA
Embora os fornecedores de escoramentos estejam mais concentrados nas regiões Sul e Sudeste do
País. há filiais e representantes que atendem a todo o território nacional. Na escolha, é importante,
"em primeiro lugar, optar por uma empresa com comprovada capacitação técnica e fornecer todos
os projetos [da estrutura] e os cronogramas de utilização de material", aconselha Haroldo Miller.
O equipamento é retirado pelo locatário no depósito do fornecedor e deve ser contado e conferido
no ato da entrega. "Os fornecedores têm pedido que um fiscal da construtora vá até o depósito e
acompanhe o material até o canteiro. Se isso não for possível, o material deverá ser conferido mi-
nuciosamente no local da obra. com a fiscalização da construtora e do fornecedor", adverte Nazar.
C a s o haja alguma irregularidade nas peças entregues, o fornecedor deve ser contatado imediata-
mente, para que o locatário não seja obrigado a pagar indevidamente por mau uso. O material não
pode apresentar soldas trincadas nem corrosão; a pintura ou galvanização devem estar conservadas:
as roscas, lubrificadas, e as peças não podem estar deformadas, empenadas ou apresentar resíduos
de argamassa ou concreto.
O armazenamento deve ser feito em local fechado, com acesso controlado por uma só pessoa - normalmen-
te. o almoxarife da obra - a fim de se evitarem furtos. Após o uso, recomenda-se lavar as peças para eliminar
restos de concreto e argamassa. Engraxar as roscas é outra medida preventiva que pode ser adotada.
A montagem do cimbramento é feita pela equipe da construtora, sob supervisão técnica do forne-
cedor. O projeto de montagem deve ser seguido rigorosamente com relação ao posicionamento
das torres, escoras e vigas, obedecendo aos espaçamentos máximos determinados. Haroldo Miller
conta que os erros mais comuns se devem a adaptações na montagem, desrespeitando o projeto
do fornecedor.
A qualificação da mão de obra é outro ponto crítico, bem como erros na execução de travamentos e
erros na seqüência de montagem. O professor cia Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana
Mackenzie. Bruno Ribeiro, lembra ainda que é preciso verificar as condições do piso e. em terrenos
sem contrapiso, utilizar placas de apoio.
NORMAS TÉCNICAS
Optar pela compra ou locação de escoramentos metálicos requer a avaliação dos recursos a serem
investidos pela construtora. O s sistemas podem ser utilizados para o cimbramento de diversas es-
truturas e tipos de construção, mas a decisão de comprar ou locar o equipamento dependerá do
tipo de projeto, do prazo de utilização, da carteira de obras e da disponibilidade da construtora em
realizar a manutenção e guarda das peças.
Para empresas que executam obras com o mesmo projeto de estrutura, como em projetos popula-
res, o investimento pode ser viável pensando no retorno de longo prazo. O s equipamentos possuem
vida útil longa, desde que bem armazenados - em local amplo e com controle de acesso - e com o
atendimento às manutenções especificadas pelo fabricante para garantir boa conservação. "As em-
presas que optam pela compra acabam agregando serviços de serralheria em seus canteiros para
poderem realizar a manutenção que as escoras. vigas e torres precisam", diz André Logello, membro
da Abrasfe (Associação Brasileira das Empresas de Pôrmas e Escoramentos).
Já para as empresas que constroem empreendimentos com plantas diversas, os custos de compra,
armazenamento e manutenção geralmente tornam-se dispendiosos. C o m a variação dos projetos, as
cargas e sobrecargas da estrutura, bem como os tipos de fôrmas, mudam de uma obra para outra e
sempre será necessário haver peças de reposição/substituição. Q u a n d o a empresa opta por locar o
equipamento, o fornecedor cria o projeto de estrutura provisória, realizando o estudo e o dimensio-
namento de cada peça para a obra em questão.
ESPECIFICAÇÕES
O s sistemas são compostos por escoras telescópicas ajustáveis, torres ou postes, e travessas utiliza-
das como apoios verticais, além de vigas apoiadas em forcados (ou cabeçais) que permitem a regula-
gem fina para nivelamento das fôrmas. Há também conectores, cometas e cruzetas que auxiliam na
montagem dos cimbramentos e facilitam, inclusive, o reescoramento após a concretagem. As peças
são montadas conforme o projeto realizado pelo fornecedor e sua combinação varia para atender
à cada aplicação.
C O T A Ç Õ E S DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
O mercado oferece diversos fornecedores, tanto para locação quanto para compra, mas é preciso
cuidado na hora de avaliar as propostas e contratos. Avalie atentamente se, no projeto, os equipa-
mentos estão dimensionados corretamente de acordo com as cargas e o tipo de estrutura, com
respeito às normas técnicas e a quantidade das peças listadas. O contratante deve requerer também
o recolhimento da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica).
O s estudos e orçamentos podem ser feitos por preço unitário das peças, por pavimento ou por
metro cúbico do trecho e variam de acordo com o tipo de equipamento especificado. A cobrança
de aluguel das peças costuma ser por dia de permanência em obra. É preciso estar atento também
aos custos de peças eventualmente danificadas ou extraviadas que. em virtude do mau uso e falta de
controle, podem gerar custos indenizatórios. "E fundamental investir em controle dos equipamentos
na obra. com pessoal treinado e capacitado. Controle não significa custo, e sim investimento", ob-
serva o engenheiro Alexandre Pandolfo, coordenador do Comitê de Desenvolvimento de Mercado
da Abrasfe.
LOGÍSTICA
Além dibbo. é prudente contar e conferii o material peça a peça nos depósitos da*> lucaduiaj». Esse
procedimento deve ser realizado na retirada e na devolução, mediante a fiscalização das duas partes
para evitar divergências de critério e cobranças indevidas. "Mesmo sendo algo subjetivo, os critérios
de aceitação de equipamentos na retirada são identicamente válidos na devolução", pontua Alexan-
dre Pandolfo.
O equipamento não pode apresentar soldas trincadas ou corrosão, as roscas devem estar lubrifica-
das e a pintura ou galvanização conservadas e sem resíduos grosseiros de argamassa ou concreto.
ESCORAMENTOS E ANDAIMES
O projeto deve ser seguido a risca na execução do cimbramento. A instalação das peças do sistema
deve ser realizada pela construtora, mas recomenda-se q u e os fornecedores ofereçam a supervisão
e assistência técnica. A s escoras d e v e m estar aprumadas corretamente, e o alinhamento e espaça-
mento entre elas devem o b e d e c e r à especificação d e projeto.
A o final da concretagem d e cada pavimento, d e v e m ser respeitados os tempos d e cura. que são
variáveis em função dos ciclos d e concretagem. do traço e aditivos utilizados. N o reescoramento,
uma parte das peças de apoio deve ser mantida para evitar futuras patologias como fissuras. Muitas
vezes os cronogramas d e obra p e d e m q u e os andares sejam liberados o quanto antes para os tra-
balhos d e acabamento, sem ter atingido a resistência suficiente para receber cargas mais elevadas.
"Por isso. é importante a interface da construtora c o m o escritório calculista para, juntos, definirem
os panoramas de distribuição de cargas e verificar as deformações admissíveis ao longo da evolução
da obra", diz A n d r é Logello.
Em obras d e grandes vãos, por exemplo, é preciso se atentar para a forma d e trabalho d a s vigas.
A escora, q u a n d o acionada, é o ponto d e apoio e o c u i d a d o na retirada evita o comprometimento
da estrutura acabada. É aconselhável sempre retirar as escoras d o centro para as extremidades e m
vãos apoiados, e do balanço para o pilar, no caso de um único apoio.
NORMAS TÉCNICAS
CHECK-LIST
LAJES
Lajes pré-fabricadas de concreto
Laje treliçada
LAJES
LAJES PRÉ-FABRICADAS
DE CONCRETO
Kelly C a r v a l h o - C o m t r u ç J o M e r c a d o . 48 julho/2005
ESPECIFICAÇÃO
As lajes pré-fabricadas podem ser com vigotas (comuns, protendidas. treliçadas), pré-lajes treliçadas
ou painéis alveolares. C a d a uma possui características que melhor atendem a determinado tipo de
obra. A definição cia laje mais adequada deve contemplar, além dos itens citados, o tipo de carrega-
mento atuante, principalmente se houver cargas concentradas.
INSTALAÇÃO
A laje é instalada com as fôrmas do vigamento de borda (caixaria) já prontas e com as armaduras
posicionadas. No caso de uso de canaletas, a instalação ocorre com a conclusão do respaldo da
alvenaria. O escoramento é montado antes da colocação da laje e não deve ser retirado antes de
21 dias. A boa montagem reduz o risco cie problemas durante a fase de concretagem e desforma. É
importante que a madeira seja de boa qualidade para que não haja retração, caso essa tenha sido a
opção de material de montagem. A base dos pontaletes deve ser apiloada com o uso de tábuas para
o aumento da área de contato. O apoio da laje é feito com tábuas na posição vertical, alternando o
lado a ser pregado nos pontaletes. O espaçamento entre linhas de escora não pode ultrapassar o
valor máximo informado pelo fabricante. As contraflechas são aplicadas antes da colocação das vigo-
tas. C a s o o pé-direito seja elevado, deve-se analisar a necessidade de contraventamento em ambas
as direções. Para a concretagem. devem ser seguidas as instruções do fabricante.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
Ao comparar preços leva-se em conta a área de aço inclusa na vigota a ser fornecida (armadura
positiva). É recomendável que a área de aço necessária seja fornecida na totalidade pelo fabricante,
embora a norma permita que seja colocada na obra posteriormente. Somente será possível obter o
custo real da laje com informações em mãos sobre o consumo do concreto, do aço complementar e
do escoramento necessário. O serviço deve incluir as vigotas ou pré-lajes. bem como elementos de
enchimento, frete e o projeto de montagem. A medição e vistoria da pré-concretagem também estão
inclusas. O serviço de colocação da laje (mão de obra. guindaste), o escoramento (material e monta-
gem), as armaduras e o concreto complementares ficam por conta do contratante. Contrariando o
que é praticado pelo mercado, um ou mais desses itens pode estar incluso, desde que claramente
informado no contrato de fornecimento de materiais e prestação d e serviços assinado pelas partes.
F O R M A DE E N T R E G A
P R A Z O DE E N T R E G A
O pedido tem de ser feito com. no mínimo, dez dias de antecedência da data prevista para a concre-
tagem. Esse intervalo de tempo é necessário para a medição da obra. fabricação e cura adequada do
material, elaboração do desenho de montagem, entrega do produto e colocação do material.
C O N D I Ç Õ E S DE P A G A M E N T O
R E Q U I S I T O S DE Q U A L I D A D E
As lajes pré-fabricadas têm de atender aos requisitos das normas específicas (NBR 14859-1, NBR
14859-2. NBR 148ÓO-1. NBR 14860-2. NBR 14861. NBR 14862) em vigor desde 2002. O s itens não con-
templados nessas normas devem obedecer ao prescrito na NBR 9062 e na NBR 6n8, nessa ordem.
O Programa Setorial de Qualidade para lajes pré-fabricadas está inserido no P B Q P - H (Programa
Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat). que acompanha o desempenho dos produtos
colocados no mercado das empresas participantes.
LAJETRELIÇADA
ESPECIFICAÇÕES
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
U m p r o j e t o d e t a l h a d a m e n t e e s p e c i f i c a d o n ã o a p e n a s facilita a c o m p r a d e laje t r e l i ç a d a p e l a á r e a d e
s u p r i m e n t o s , c o m o t a m b é m t o r n a mais t r a n s p a r e n t e a c o m p a r a ç ã o d e p r e ç o s e n t r e d i f e r e n t e s for-
n e c e d o r e s . já q u e t o d o s d e v e r ã o o r ç a r a m e s m a e s p e c i f i c a ç ã o . O m e s m o n ã o o c o r r e q u a n d o o s di-
m e n s i o n a m e n t o s são feitos pelos f o r n e c e d o r e s e critérios n ã o a d e q u a d o s d e p r o j e t o são utilizados.
Para s i t u a ç õ e s c o m o essas, a d i c a é c o m p a r a r o q u e c a d a f o r n e c e d o r está p r o p o n d o c o m o solução,
e n ã o a p e n a s o p r e ç o . " D e v e - s e analisar, e m especial, a a r m a ç ã o t r e l i ç a d a q u e está s e n d o p r o p o s t a
p o r c a d a c o n c o r r e n t e e. n o c a s o d e d i f e r e n ç a s d e e s p e c i f i c a ç ã o , q u e s t i o n a r c o m o a q u e l e dimen-
s i o n a m e n t o foi m e n s u r a d o " , diz M o n t e i r o . S e g u n d o ele. é c o m u m e n c o n t r a r d i f e r e n ç a s d e p r e ç o e m
painéis treliçados. cuja largura (25 cm. 3 0 cm. 35 c m etc.) varia c o n f o r m e o fabricante. E m geral, c o m o
os painéis são v e n d i d o s p o r m e t r o q u a d r a d o , fabricantes q u e comercializam p r o d u t o s c o m larguras
m a i o r e s o f e r e c e m p r e ç o s m e l h o r e s , p o i s c o n t a b i l i z a m m e n o s a ç o p o r m e t r o q u a d r a d o cie laje.
LOGÍSTICA
Q u a n d o o p r o d u t o é e n t r e g u e na o b r a , é i m p o r t a n t e v e r i f i c a r se as d i m e n s õ e s d a b a s e d e con-
c r e t o e a a r m a ç ã o t r e l i ç a d a s e g u e m as e s p e c i f i c a ç õ e s c o n t r a t a d a s . N o d e s c a r r e g a m e n t o . d e v e - s e
c u i d a r p a r a q u e as p e ç a s s e j a m t r a n s p o r t a d a s p o r m e i o d o s p o n t o s d e a p o i o r e c o m e n d a d o s pelo
fabricante.
A a t e n ç ã o às b a s e s d a s lajes t a m b é m s e a j u s t a a o a r m a z e n a m e n t o . A s p l a c a s d e v e m s e r a r m a z e n a d a s
s o b r e c a l ç o s , n a s d i s t â n c i a s r e c o m e n d a d a s . P o r s e r e m f e i t a s c o m fios t r e f i l a d o s , as t r e l i ç a s s o f r e m u m
p r o c e s s o d e o x i d a ç ã o mais a c e l e r a d o q u e o a ç o d e c o n s t r u ç ã o , o q u e n ã o é prejudicial e m períodos
curtos d e armazenagem.
CUIDADOS DURANTE A E X E C U Ç Ã O
N a a p l i c a ç ã o d a s lajes, f e i t a d u r a n t e a e t a p a d e e x e c u ç ã o d a e s t r u t u r a , o s p r i n c i p a i s c u i d a d o s s e
voltam para o posicionamento das escoras (com espaçamentos adequados para a laje q u e será
concretada). das a r m a d u r a s c o m p l e m e n t a r e s e a v i b r a ç ã o a d e q u a d a d a c o n c r e t a g e m . Para algumas
LAJES
o c a s i õ e s , G r a z i a n o p o n d e r a q u e a a p l i c a ç ã o d a s lajes p o d e s e r p o s t e r g a d a à e t a p a d e e x e c u ç ã o d a
e s t r u t u r a . S e g u n d o e l e . "o b o m d e s e m p e n h o d a e x e c u ç ã o d o s e r v i ç o d e p e n d e d o c u m p r i m e n t o d a s
especificações d e projeto, d o manuseio e da c o n s o l i d a ç ã o d o e l e m e n t o p r é - f a b r i c a d o aos m o l d a d o s
in Ioco d e f o r m a a o b t e r - s e m o n o l i t i z a ç ã o d a s l i g a ç õ e s e s p e c i f i c a d a s p a r a d a r a p o i o à laje".
NORMAS TÉCNICAS
CHECK-LIST
J H á lajes c o m faixas d e p e q u e n a largura, i n c o r p o r a n d o a p e n a s u m a linha
d e treliças. e placas mais largas q u e p o d e m t o m a r até t o d a a largura da
laje p r o j e t a d a .
y E x i s t e m d o i s t i p o s d e laje treliçada: a q u e l a s c o m p o s t a s p o r vigotas t r e l i ç a d a s
e as c o m p o s t a s p o r p a i n é i s t r e l i ç a d o s .
J O d e s e m p e n h o d a s lajes d e p e n d e d e u m p r o j e t o a d e q u a d a m e n t e d i m e n s i o n a d o
e detalhado.
J N o d e s c a r r e g a m e n t o d e v e - s e c u i d a r p a r a q u e as p e ç a s s e j a m t r a n s p o r t a d a s
por meio dos pontos d e apoio r e c o m e n d a d o s pelo fabricante.
ENTREVISTA C O M P É R I C L E S BRASILIENSE F U S C O - ACERTE NA COMPRA
ALVENARIAS
E FACHADAS
À l a m b r a d o s e telas
Blocos cerâmicos de v e d a ç ã o
Blocos de concreto
Blocos de v e d a ç ã o de concreto
Drywall
Telas galvanizadas
ALVENARIAS E FACHADAS
ALAMBRADOS E TELAS
Por G i o v a n n y G o f o l l i . m a i o / í O l O
ESPECIFICAÇÃO
E m p r e s a s q u a l i f i c a d a s e n t r e g a m e i n s t a l a m as telas d e a l a m b r a d o s . F o r n e c e d o r e s i n f o r m a m a i n d a
qual o p r o d u t o a d e q u a d o a c a d a uso, a l é m d e p o d e r e m o f e r e c e r p r o j e t o s o u idealizar montagens
p a r a seus c l i e n t e s . Telas d e s i m p l e s t o r ç ã o são f a c i l m e n t e i n s t a l a d a s c o m m o u r õ e s d e c o n c r e t o ou
t u b o s d e aço, c o m o u sem mureta - e s e m p r e c o m a supervisão d e u m profissional qualificado.
O s u c e s s o d a i n s t a l a ç ã o d o s a l a m b r a d o s d e p e n d e d i r e t a m e n t e d e m e d i ç õ e s c o r r e t a s . P o r isso. é
b o m t e r c u i d a d o d u r a n t e as v e r i f i c a ç õ e s d e nível, p r u m o e p r o f u n d i d a d e . Para g a r a n t i r b o m d e s e m -
p e n h o e m e l h o r r e s u l t a d o e s t é t i c o , é i n d i c a d o q u e se utilize o m e s m o fio q u e c o m p õ e o a l a m b r a d o
ao fazer a amarração. C a s o os m o u r õ e s sejam pintados, é i m p o r t a n t e q u e eles estejam secos antes
da instalação das telas.
QUALIDADE
COTAÇÃO
C O N D I Ç Õ E S DE PAGAMENTO
FORMA DE ENTREGA
PRAZO DE ENTREGA
O p e d i d o é g e r a l m e n t e a t e n d i d o e m n o m á x i m o 15 d i a s . P e q u e n a s q u a n t i d a d e s ( a t é 5 0 0 rir 1 ) p o d e m
ser e n t r e g u e s e m até c i n c o dias.
NORMAS TÉCNICAS
CHECK-LIST
y A o s e r e m t r a n s p o r t a d o s , os rolos d e v e m p e r m a n e c e r p o r inteiro na c a r r o c e r i a
d o c a m i n h ã o para evitar d a n o s ao material.
J A s telas d e v e m c h e g a r a o c a n t e i r o e m r o l o s b e m f e c h a d o s c o m as e x t r e m i d a -
d e s e m b a l a d a s , a fim d e i m p e d i r q u e as p o n t a s se e n r o s q u e m .
A n a P a i / a Rocha - G u a da C o n s t r u ç ã o - C o n s t r u ç J o f ^ o r c a d o Ô 4 . julho/JOOÃ
O s blocos cerâmicos de vedação - ou tijolos, como são popularmente conhecidos - são aqueles que
não exercem a função estrutural do edifício, mas apenas a função de vedação de estruturas, como fe-
chamento de vãos. Dependendo da espessura, da argamassa e do revestimento empregado, os blo-
cos também podem proporcionar isolação térmica e acústica, resistência ao fogo. impermeabilidade,
entre outras funções.
Segundo a Anicer (Associação Nacional das Indústrias de Cerâmica), existem cerca de 3-600 fabri-
cantes de blocos cerâmicos de vedação espalhados por todas as regiões do Brasil.
ESPECIFICAÇÕES
O s tijolos são encontrados no mercado em diversos tamanhos e tipos, porém sempre seguindo o
padrão brasileiro de fabricação. O menor bloco cerâmico de vedação permitido pela regulamenta-
ção é o 9 x 14 x 19 (9 cm de largura. 14 cm de altura e 19 cm de comprimento). A partir desse, outros
de tamanhos maiores podem ser desenvolvidos se utilizarem as medidas padronizadas de 9 cm, 11,5
cm, 14 cm, 19 cm, 24 cm, 29 cm, e assim por diante, podendo variar 3 mm para mais ou para menos no
seu comprimento, largura e altura.
Outras especificações também são indispensáveis para garantir um melhor desempenho dos blocos.
Entre elas está a resistência à compressão, que não pode ser inferior a 1,5 MPa, e a absorção de água.
que tem que estar numa faixa entre 8 % e 2 2 % . de acordo com a norma.
ALVENARIAS E FACHADAS
NORMAS TÉCNICAS
A f a b r i c a ç ã o d o s b l o c o s c e r â m i c o s d e v e d a ç ã o é r e g u l a m e n t a d a p e l a N B R 15270-1. q u e estipula
v a r i a ç õ e s dimensionais, d e s v i o s d e forma, resistência à c o m p r e s s ã o e a b s o r ç ã o d e água. Para a apli-
c a ç ã o d o s blocos, ainda n ã o há n e n h u m a n o r m a específica, a o c o n t r á r i o d o s b l o c o s estruturais que
terão regulamentação a partir d o ano q u e vem.
O s b l o c o s c e r â m i c o s d e v e d a ç ã o só p o c l e m ser a s s e n t a d o s a p ó s a e x e c u ç ã o d e q u a t r o o u cinco
p a v i m e n t o s estruturais. Para r e s u l t a d o a d e q u a d o , é p r e c i s o utilizar os t i p o s d e argamassas e r e b o c o s
i d e a i s p a r a c a d a p r o j e t o , a s s i m c o m o a d o s a g e m c e r t a d o s m a t e r i a i s . E m p a r e d e s c o m m a i s d e 10 m,
é n e c e s s á r i o d i v i d i r o v ã o e incluir u m pilarete. J á n o c a s o d e p a r e d e s c o m alturas s u p e r i o r e s a 4.5 m.
a regulamentação orienta dividir o vão c o m a utilização d e cinta d e c o n c r e t o armado.
O c o n s u m i d o r d e v e levar e m c o n t a n ã o só a q u a l i d a d e d o p r o d u t o , c o m o t a m b é m as d i m e n s õ e s d o s
b l o c o s e. c o n s e q u e n t e m e n t e , a q u a n t i d a d e n e c e s s á r i a p o r m e t r o q u a d r a d o . Q u a n t o m a i o r o n ú m e r o
d e tijolos, mais argamassa. c i m e n t o e m ã o d e o b r a serão utilizados, o q u e p o d e pesar n o o r ç a m e n t o
do projeto.
LOGÍSTICA
O s b l o c o s d e v e m ser t r a n s p o r t a d o s e m c a m i n h õ e s , s o b r e p a l e t e s , e d e v e m e s t a r p r o t e g i d o s . N a h o r a d o
r e c e b i m e n t o , é n e c e s s á r i o verificar s e o t i p o . as d i m e n s õ e s e a q u a n t i d a d e d o s tijolos s ã o o s m e s m o s solici-
t a d o s n o p e d i d o . T a m b é m é i m p o r t a n t e n ã o haver b l o c o s c o m d e f e i t o s c o m o trincas, q u e b r a s , superfícies
irregulares, d e f o r m a ç õ e s e d e s u n i f o r m i d a d e na c o r . A m a n e i r a ideal d e a r m a z e n a r o s tijolos é e m p i l h a n d o - o s
e m u m a superfície plana e c o b r i n d o - o s c o m u m a m a n t a plástica, para evitar a p e n e t r a ç ã o d e água e o u t r o s
resíduos prejudiciais.
B onco A n t u n e s - C o n s t r u ç ã o M e r c a d o 25. a g o s t o / 2 0 0 3
ESPECIFICAÇÃO
O s b l o c o s d e c o n c r e t o s ã o c l a s s i f i c a d o s , d e a c o r d o c o m a f u n ç ã o : e s t r u t u r a l o u d e v e d a ç ã o . A es-
c o l h a vai d e p e n d e r d a d e f i n i ç ã o d o p r o j e t o . A p a r t i r daí. d e v e - s e e s c o l h e r a d i m e n s ã o d o b l o c o (ver
tabela), para q u e seja u s a d o o maior n ú m e r o d e c o m p o n e n t e s básicos n o projeto. A l é m d a d i m e n s ã o ,
o u t r a s características d o p r o d u t o são levadas e m conta. c o m o . p o r e x e m p l o , a a b s o r ç ã o , a retração,
a textura e a resistência à compressão. O s blocos destinados à vedação t ê m resistência média à
c o m p r e s s ã o d e . n o m í n i m o , 2,5 M P a . J á o s b l o c o s e s t r u t u r a i s d e v e m t e r , n o m í n i m o , 4 . 5 M P a d e r e -
sistência característica à compressão. Alguns e m p r e e n d i m e n t o s já usam valores acima d e 2 0 MPa.
Resistências especiais d e v e m ser solicitadas s o b e n c o m e n d a .
O S i n a p r o c i m ( S i n d i c a t o N a c i o n a l d a I n d ú s t r i a d e P r o d u t o s d e C i m e n t o ) e s t i m a q u e haja c e r c a d e
três mil f a b r i c a n t e s e m t o d o o país - isso s e m c o n t a r o s informais, q u e são c e r c a d e 2 0 % d o s pro-
dutores. s e g u n d o a entidade. A maioria d o s fabricantes está n o Estado d e São Paulo - p o r volta d e
1 . 8 0 0 . A p e n a s 22 e m t o d o o B r a s i l e s t ã o q u a l i f i c a d o s p e l a A B C P ( A s s o c i a ç ã o B r a s i l e i r a d e C i m e n t o
Portland) e t ê m o selo d e qualidade. C e r c a d e 3 0 fabricantes e s t ã o e m fase d e qualificação. O selo
d e q u a l i d a d e f o i c r i a d o p a r a c o m p r o v a r a c o n f o r m i d a d e d o s p r o d u t o s c o m as n o r m a s b r a s i l e i r a s .
O s p r o d u t o r e s i n c l u s o s n o P r o g r a m a d o S e l o d e Q u a l i d a d e A B C P se e n q u a d r a m n o P B Q P - H (Pro-
grama Brasileiro d e Q u a l i d a d e e Produtividade d o Habitat). A associação m a n t é m uma central d e
a t e n d i m e n t o p a r a q u e m q u i s e r s a b e r o n d e e n c o n t r a r f o r n e c e d o r e s e. p a r a tirar d ú v i d a s s o b r e o
p r o d u t o , o 0 8 0 0 - 5 5 5 7 7 6 . P e l o site ( w w w . a b c p . o r g . b r ) é possível c o n s u l t a r as e m p r e s a s q u a l i f i c a d a s .
N ã o c o m p r e d e empresas informais o u q u e não t e n h a m c o n t r o l e d e qualidade, já q u e o desperdício,
principalmente e m virtude de quebras, p o d e chegar a 40%, segundo o Sinaprocim.
C O N D I Ç Õ E S DE PAGAMENTO
PRAZO DE ENTREGA
FORMA DE ENTREGA
REQUISITOS DE QUALIDADE
O s b l o c o s e s t r u t u r a i s e d e v e d a ç ã o s e g u e m a N B R 6136:2007. A e s p e s s u r a d a s p a r e d e s d o bloco
d e v e s e r d e , n o m í n i m o . 15 m m p a r a o s b l o c o s d e v e d a ç ã o e d e 2 5 m m p a r a o s e s t r u t u r a i s .
14 x 19 x 39 cm 14 x 19 x 34 c m
19 x 19 x 3 9 c m 19 x 19 x 3 9 c m
Família 29
19 x 19 x 29 c m 14 x 19 x 29 c m
14 x 19 x 29 c m 14 x 19 x 29 c m 14 x 19 x 14 c m (meio bloco)
9 x 19 x 29 c m 14 x 19 x 44 c m
Fonte: Davidson Figueiredo Deana
4 Principais medidas
NORMAS TÉCNICAS
A finalização de elementos estruturais como vigas, pilares e lajes exige o início da vedação dos em-
preendimentos. Para isso, é possível utilizar blocos de vedação de concreto que devem ser vazados,
exceto o tipo canaleta.
ESPECIFICAÇÕES
Há diversas espessuras para os blocos de concreto de vedação. A NBR 6136 estabelece as possíveis
larguras dimensionais em 7,5 cm, 12,5 cm, 14 cm e 20 cm. Esses blocos devem ter a resistência carac-
terística mínima de 2,0 MPa. a umidade menor que 4 % e a absorção de água menor que 1 0 % .
As faces desses elementos são regulamentadas em 19 cm x 39 cm. com larguras padrões de 9 cm, 14
cm e 19 cm. Recomenda-se evitar a compra fora dessas medidas.
O peso não deve variar entre blocos do mesmo lote. pois afeta a resistência. A tonalidade da cor é
outra característica que não deve variar no mesmo lote. pois indica falhas de fabricação, com proble-
mas de traço, cura e consequentemente resistência.
CUIDADOS DURANTE A INSTALAÇÃO
O s blocos de concreto não devem ser umedecidos. O planejamento adequado das instalações
hidráulicas e elétricas também é importante para evitar recortes desnecessários na alvenaria e. con-
sequentemente. diminuir a resistência do conjunto.
O s elementos de alvenaria devem ser assentados com as juntas desencontradas (amarração), para
garantir uma maior resistência e estabilidade. Deve-se também vedar as juntas, impermeabilizando
as primeiras fiadas de alvenaria junto ao terreno natural.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
E importante conhecer os resultados dos ensaios dos blocos e sua conformidade com as normas.
O s pontos que merecem destaque são tamanho, resistência à compressão, traços de fabricação,
absorção de água e retração por secagem.
Em regiões distantes dos grandes centros, principalmente, predominam fábricas de blocos e olarias
sem documentação, equipamentos adequados e mão de obra qualificada. Por essa razão é importan-
te uma pesquisa sobre os fornecedores e também de obras que atenderam.
LOGÍSTICA
Na entrega do produto, deve-se inspecionar visualmente suas superfícies e observar arestas vivas,
áreas sem trincas ou fraturas, aspereza para garantir boa aderência. A textura deve ser homogênea
e uniforme. As dimensões nominais (largura, altura, comprimento e espessura das paredes) também
devem ser conferidas.
O s blocos devem ser empilhados em terreno plano e mantidos nos paletes ou em pilhas. A altura
deve ser limitada pelo manuseio. Recomenda-se o armazenamento em local seco e proteger a área
com uma lona para evitar umidade da chuva.
NORMAS TÉCNICAS
A NBR ói3ó da A B N T estabelece os requisitos para os blocos vazados de concreto simples, desti-
nados à execução de alvenaria com ou sem função estrutural. Já a N B R 12118:2010 determina a ab-
sorção de água, do teor de umidade e da área líquida dos blocos vazados de concreto simples para
alvenaria. A argamassa de assentamento também deve ser observada por meio da NBR 13277:20 0 5
que trata sobre retenção de água.
Colaborou: Kurt André Amann. coordenador do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário
da FEI (Fundação Educacional Inaoana). Luiz Sérgio Mendonça Coelho, professor da FEl; Cláudio
Olivoira. Geronte do Projeto Indústria da ABCP {Associação Brasileira do Cimonto Portland).
DRYWALL
Fidelidade ao f o r n e c e d o r pode garantir bons preços e melhor assessoria
técnica. C u i d a d o s d e v e m ser maiores com recebimento e armazenagem
Binnc.i A n t u n e s - C o n s t r u ç S o M e r c a d o 31. f o v o r e i r o / 2 0 0 4
ESPECIFICAÇÃO
O s sistemas drywall são utilizados para a execução de paredes, forros e revestimentos internos. Para
compor os fechamentos, as chapas são fixadas em estrutura de aço galvanizado. No Brasil, as primei-
ras chapas foram fabricadas em 1972. mas o sistema ganhou adeptos apenas há cerca de cinco anos.
A matéria-prima é o gesso natural, com aditivos e cartão duplo de papel reciclado. O gesso propor-
ciona resistência à compressão, e o cartão, resistência à tração. Má três tipos de chapas disponíveis
no mercado (ver tabela l): standard (para áreas secas), resistente à umidade (para áreas molháveis) e
resistente ao fogo (para áreas especiais). Além disso, o sistema pode ser dividido de acordo com o
uso e a espessura (ver tabela 2). Para melhorar o isolamento acústico, podem-se colocar mantas de
fibra de vidro ou lã de rocha entre as chapas.
INSTALAÇÃO
Há três fabricantes no Brasil, todos europeus: Knauf, Lafarge e Placo. Existem fábricas instaladas em
Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro. As três possuem redes de distribuidores e instaladores.
além de produtos padronizados. Algumas lojas de materiais de construção começam a vender pro-
dutos para drywall - principalmente seus acessórios, como buchas e peças de fixação. Na hora da
compra, é importante estar atento a todos os componentes do sistema, entre eles. os perfis metá-
licos. parafusos, massas e fitas para juntas, que devem ser adquiridos de acordo com as indicações
do fabricante. Outro item importante é a massa específica para execução das juntas entre as chapas,
que impede o aparecimento das trincas e permite um acabamento ideal.
C O N D I Ç Õ E S DE P A G A M E N T O
Em média. 3 0 dias.
P R A Z O DE E N T R E G A
F O R M A DE E N T R E G A
Para pequenos volumes, as chapas podem ser entregues avulsas e descarregadas uma a uma. Já
em grandes obras, as chapas devem ser entregues paletizadas com cintas de reforço e calços de
óo cm entre elas e, no máximo, a IO cm da borda. O empilhamento deve ser de. no máximo, cinco
paletes. A composição desses paletes varia de acordo com o fabricante e com a altura das chapas
(de 1,80 a 3 m). Na hora de receber o produto, é importante verificar se as bordas das chapas estão
em perfeito estado. Perfis e montantes devem ser amarrados em feixes.
ARMAZENAMENTO
As chapas de gesso devem ficar longe de umidade e estocadas em cima de caibros a cerca de 7 cm
do chão. Recomenda-se cobri-las com plástico para proteção.
REQUISITOS DE QUALIDADE
Há normas brasileiras que garantem a qualidade dos produtos. O s três fabricantes no Brasil seguem
essas normas - os sistemas são testados em laboratórios técnicos oficiais e os fabricantes podem
disponibilizar os laudos aos clientes. Além disso, os associados à Abragesso (Associação Brasileira
dos Fabricantes de Blocos e Chapas de Gesso) possuem Certificado de Referência Técnica do IPT.
A associação está elaborando também uma cerificação de qualidade que deve ser adotada no se-
gundo semestre de 2004.
ALVENARIAS E FACHADAS
NORMAS T É C N I C A S
12.5 1ÔOO
2000
1200 2400
28OO 8 a 12
ST Standard <° Rebaixada BR W
3000
2000
600
2500
15 1200 2500 IO a 14
Quadrada B Q ® 12.5 1243 2500 8 a 12
(:>
RU Resistente à umidade 12.5 8 a 12
Rebaixada BR W
15 10 a 14
1200 25OO
RP Resistente ao fogo ' 12.5 8 a 12
Rebaixada BR W
15 IO a 14
Espessura (mm)
Tipo de parede Uso Perfis Chapa Espessura final
metálicos de gesso da parede
48 25 73
70 25 95
Divisões e n t r e a m b i e n t e s e m uma
Parede simples
mesma unidade residencial ioo
75 25
90 25 "5
96 50 146 n
180 50 230 n
Fonte: Abragesso
O termo tela galvanizada é empregado no mercado para se referir aos diversos tipos de tela. que
têm em comum o fato de serem produzidas com arames de aço revestidos com uma camada de
zinco. Este último, por sua vez, é utilizado para garantir uma vida útil longa ao produto, protegendo-o
contra a corrosão, mesmo quando exposto às variações climáticas.
As telas galvanizadas podem ser aplicadas em diversos processos da construção civil, como no reforço
dos revestimentos de fachadas, no ancoramento entre colunas de concreto e paredes de alvenaria,
evitando futuras trincas nas paredes, e também no cercamento de áreas, como jardins e quadras po-
liesportivas. Ao contrário do que muitos pensam, as telas soldadas destinadas para o reforço estrutural
do concreto não são galvanizadas.
ESPECIFICAÇÕES
Existem basicamente três tipos principais do produto no Brasil: as telas soldadas, as telas hexagonais
e as telas de alambrado. também conhecidas como telas de simples torção, já que são fabricadas
com malhas quadrangulares. As especificações variam em relação ao tamanho da malha, ao diâmetro
dos arames e. principalmente, na forma de produção da tela.
NORMAS TÉCNICAS
O s f a b r i c a n t e s n a c i o n a i s d e t e l a s g a l v a n i z a d a s s e g u e m a N B R 10118, q u e f i x a a s c o n d i ç õ e s p a r a e n c o -
m e n d a . f a b r i c a ç ã o e f o r n e c i m e n t o d e t e l a s d e a r a m e d e s i m p l e s t o r ç ã o , e a N B R 10122, q u e a b o r d a o s
requisitos dimensionais e d e r e v e s t i m e n t o d e telas hexagonais galvanizadas.
LOGÍSTICA
AGLOMERANTES,
ARGAMASSAS
E REJUNTES
Argamassa colante
Argamassa de revestimento
Argamassa de revestimento industrializada
C a l hidratado
Rejuntes
ARGAMASSA COLANTE
P o r G i o v a n n y Gorolla. maio/íOlO
ESPECIFICAÇÕES
São encontrados no mercado três tipos básicos de argamassa colante. A A C - I resiste às solicitações
mecânicas e termo-higroscópicas típicas de revestimentos internos, com exceção daqueles aplica-
dos em saunas, churrasqueiras, estufas e outros casos em que há exposição à umidade e ao calor. A
A C - I I tem adesividade que permite absorver os esforços existentes sobre revestimentos de pisos e
paredes internos e externos, sujeitos a ciclos d e variação termo-higrométrica e à ação d o vento. Já
o t i p o A C - I I I p o s s u i a d e r ê n c i a s u p e r i o r às a n t e r i o r e s , s e n d o a p l i c a d o e m r e v e s t i m e n t o s cerâmicos
d e f a c h a d a s . " O s t r ê s t i p o s c o l a n t e s p o d e m t e r . c a d a u m . u m a f ó r m u l a v a r i a n t e c h a m a d a 'E'. q u e s e
caracteriza por apresentar t e m p o em a b e r t o estendido", aponta Nakakura.
" C o m relação à resistência da aderência, são tipos d e cura a normal e a d e cura c o m imersão em
água, a m b a s exigidas p a r a os três t i p o s d e argamassa A C ; e há ainda a d e c u r a e m estufa, exigida para
as a r g a m a s s a s A C - I I e A C - I I I " , r e l e m b r a o p e s q u i s a d o r .
LOGÍSTICA E QUALIDADE
N ã o d e v e m ser a c e i t o s p r o d u t o s c o m p r a z o d e v a l i d a d e v e n c i d o , n e m e m e m b a l a g e n s rasgadas,
m o l h a d a s o u avariadas d u r a n t e o t r a n s p o r t e . O a r m a z e n a m e n t o o c o r r e e m local s e c o e p r o t e g i d o d a
ação d e intempéries, e sem c o n t a t o d i r e t o c o m pisos e p a r e d e s ( p o d e ser a r m a z e n a d o s o b r e e s t r a d o
d e madeira), p a r a p r e s e r v a ç ã o d e sua q u a l i d a d e .
A m a i o r i a d o s f a b r i c a n t e s c o m e r c i a l i z a o p r o d u t o e m e m b a l a g e n s p l á s t i c a s d e 2 0 kg. t r a n s p o r t a d a s
e m p a l e t e s . C o m r e l a ç ã o à q u a l i d a d e d o p r o d u t o , p a r a as a r g a m a s s a s c o l a n t e s d o t i p o A C - I , há rela-
tórios d o Programa Setorial d e Qualidade, d o Ministério das Cidades, q u e p e r m i t e a verificação d e
marcas que estejam conforme padrões tecnicamente pré-exigidos.
CUIDADOS DE USO
SEGURANÇA NA EXECUÇÃO
Cavani alerta que é prática comum dos fabricantes "adjetivar" seus produtos, como por exemplo
'Super Argamassa', ou Argamassa Flexível'". O consumidor, no entanto, não deve atentar a esses
adjetivos, mas verificar qual o tipo da massa colante oferecida (se é A C -I. A C - I I ou AC-III). "Muitas
vezes a denominação dada na embalagem pode criar expectativas que não condizem com a real qua-
lidade e/ou desempenho do produto", afirma. "Não recomendo comparar preços sem comprovação
do desempenho dos produtos."
NORMAS TÉCNICAS
Traço d e a r g a m a i s a d e p e n d e d o l i p o d e a p l i c a ç ã o
A argamassa de revestimento é a mistura de cimento, areia e água usada para regularizar, proteger e
dar acabamento à alvenaria e às estruturas d a s edificações. Ela ajuda também na impermeabilização
das superfícies e. como todos os tipos d e argamassa, p o d e ser feita na obra ou processada indus-
trialmente.
A argamassa industrializada, por ser dosada na fábrica, confere uniformidade às várias utilizações
e padroniza a qualidade final do revestimento. "Ela traz facilidade operacional e minimiza o des-
perdício. N ã o há mais necessidade de produzir qualquer argamassa no canteiro d e obras", afirma
Luiz Sérgio C o e l h o , professor do Departamento d e Engenharia Civil da F E I (Fundação Educacional
Inaciana Pe. Sabóia d e Medeiros).
ESPECIFICAÇÕES
O traço da argamassa - proporção entre os elementos da mistura - varia para satisfazer as necessi-
dades d e c a d a aplicação. O traço d o chapisco, por exemplo, é mais rico em cimento e mais fluido do
q u e o e m b o ç o e reboco, pois tem a função d e criar uma ponte d e aderência entre a superfície e as
camadas d e argamassa. J á o revestimento externo deve ter maior resistência mecânica q u e o inter-
no, para enfrentar a ação da chuva, cio vento e d e agentes agressivos. O mercado oferece produtos
específicos para c a d a finalidade.
CUIDADOS DURANTE A EXECUÇÃO
Ler as i n s t r u ç õ e s d a e m b a l a g e m é f u n d a m e n t a l , b e m c o m o r e s p e i t a r o s t e m p o s d e p r e p a r o e o p r a z o
d e utilização d e p o i s d o c o n t a t o c o m a água. A s u p e r f í c i e d o s u b s t r a t o d e v e e s t a r l i m p a e livre d e
i m p u r e z a s p a r a n ã o i n t e r f e r i r na a d e r ê n c i a .
NORMAS TÉCNICAS
LOGÍSTICA
E m p r i m e i r o lugar, é i m p o r t a n t e e l a b o r a r u m p r o j e t o , q u e d e v e levar
e m c o n t a as c a r a c t e r í s t i c a s d a e d i f i c a ç ã o , o t i p o d e revestimento,
a q u a l i f i c a ç ã o d a e q u i p e e as a ç õ e s d o m e i o a m b i e n t e . C a s o a ar-
gamassa seja p r o d u z i d a na o b r a . deve-se solicitar a u m l a b o r a t ó r i o a
e l a b o r a ç ã o d o s traços, l e v a n d o e m c o n s i d e r a ç ã o os p a r â m e t r o s do
projeto. Se a o p ç ã o for a argamassa industrializada, deve-se p r o c u r a r
um fornecedor cujo histórico garanta a qualidade d o produto.
Q u a n d o é r e c o m e n d a d a a c o m p r a da argamassa e m sacos ou a
AdaÜton do O l - v c r a G o m © $
e s p a ç o no canteiro, mas a escolha p e l o f o r m a t o d e v e n d a d e v e ser
professor da Escola Po'«técnica da definida e m função das especificidades da obra.
Univorsidado Poderá! da Bahia o coordenador
d o C o t a (Centro Tecnológ-co do Argamavia)
J A o r e c e b e r o p r o d u t o , v e r i f i q u e se a e s p e c i f i c a ç ã o c o n f e r e c o m o p e d i d o e se
a validade n ã o está próxima d o vencimento.
/ M e s m o s e g u i n d o as r e c o m e n d a ç õ e s , a a r g a m a s s a n ã o p o d e ficar armazenada
p o r mais d o q u e 9 0 dias.
ARGAMASSA DE REVESTIMENTO
INDUSTRIALIZADA
O d e s e m p e n h o d o r e v e s t i m e n t o d e p e n d e d a b a s e d e aplicação,
c o n d i ç ã o c l i m á t i c a c q u a l i f i c a ç ã o d a m ã o d e obra
ESPECIFICAÇÕES
As argamassas de revestimento são constituídas basicamente de cimento, cal. areia, água e eventu-
almente aditivos. Essa mistura pode ser feita de forma manual, mecânica ou comprada já usinada.
Entretanto, há uma necessidade de atenção especial na dosagem de cada substância (traço). A ar-
gamassa industrializada facilita essa questão, pois a composição e dosagem são definidas pelo fabri-
cante e requerem apenas a adição de água.
Diversos fatores alteram o desempenho do revestimento como características das bases, condições
climáticas, mão de obra. As patologias mais comuns são eflorescência. bolor, vesículas, descolamento
com empolamento. em placas, com pulverulência, fissuras.
A prática r e c o m e n d a d a para a seleção d o f o r n e c e d o r é a e x e c u ç ã o d e painéis d e teste no próprio
canteiro. Assim, o e n s a i o é s u b m e t i d o às c o n d i ç õ e s d a o b r a ( t i p o s d e base, e x p o s i ç ã o d a s fachadas,
p r o c e s s o d e aplicação). R e c o m e n d a - s e q u e a realização d o e n s a i o seja c e r c a d e 9 0 dias a n t e s do
início d o revestimento.
A f a s e m a i s c r í t i c a é a d a a p l i c a ç ã o d a a r g a m a s s a , r e a l i z a d a a p ó s a c o n c l u s ã o d o s u b s t r a t o e as
instalações prediais p r o n t a s e e m b u t i d a s . A superfície d o s u b s t r a t o necessita ser limpa a n t e s da
a p l i c a ç ã o d a argamassa, q u e p o d e ser d e f o r m a manual o u m e c â n i c a (projetada).
O u t r o fator importante é manter o chapisco úmido durante a cura para q u e o substrato não absorva
p o r capilaridade a água d e amassamento da argamassa. c o m p r o m e t e n d o a hidratação. A q u a n t i d a d e
d e água d e p e n d e r á d o substrato, d o tipo de argamassa empregado, d o m é t o d o de aplicação e das
condições d o meio ambiente.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
LOGÍSTICA
A a r g a m a s s a i n d u s t r i a l i z a d a p o d e ser f o r n e c i d a e m s a c o s , a g r a n e l o u e m silos. N o p r i m e i r o c a s o .
há a necessidade d o rótulo conter o n o m e d o fabricante, designação d o produto, massa líquida d o
p r o d u t o c o n t i d o na e m b a l a g e m e m quilogramas, tipo d e argamassa. c o m p o s i ç ã o qualitativa e quan-
titativa d e á g u a a ser i n c o r p o r a d a a o p r o d u t o e m litros, d a t a d e f a b r i c a ç ã o e v a l i d a d e d o produto,
t e m p o d e mistura e maturação, instruções e cuidados necessários para o manuseio e aplicação do
p r o d u t o e i n f o r m a ç õ e s s o b r e as c o n d i ç õ e s d e a r m a z e n a m e n t o d o p r o d u t o . S e a a r g a m a s s a for for-
n e c i d a a g r a n e l o u e m silos, a d o c u m e n t a ç ã o d e v e c o n t e r e s s e s itens.
NORMAS TÉCNICAS
A n o r m a q u e a p r e s e n t a o s r e q u i s i t o s p a r a as argamassas d e r e v e s t i m e n t o é a N B R 1 3 2 8 1 / 2 0 0 5 - Ar-
g a m a s s a p a r a A s s e n t a m e n t o e R e v e s t i m e n t o d e P a r e d e s e T e t o s - R e q u i s i t o s . Essa n o r m a s e a p l i c a
igualmente à argamassa industrializada, p r e p a r a d a e m central o u e m obra. Há t a m b é m a n o r m a NBR
13749/90 - R e v e s t i m e n t o d e P a r e d e s e T e t o s d e A r g a m a s s a s I n o r g â n i c a s - E s p e c i f i c a ç ã o q u e fixa as
c o n d i ç õ e s exigíveis para o r e c e b i m e n t o d e r e v e s t i m e n t o d e argamassas inorgânicas aplicadas s o b r e
p a r e d e s e t e t o s d e edificações. Já a n o r m a N B R 7 2 0 0 / 9 8 - E x e c u ç ã o d e R e v e s t i m e n t o d e Paredes e
T e t o s d e A r g a m a s s a s I n o r g â n i c a s - P r o c e d i m e n t o fixa o p r o c e d i m e n t o d e e x e c u ç ã o d e r e v e s t i m e n t o
d e paredes e tetos.
Ubiratan t e a ! - C o n s t r u ç ã o M e r c a d o 4 2 . j a r e i r o / 2 0 0 5
ESPECIFICAÇÃO
De acordo com o texto da NBR 7175 - C a l hidratada para argamassas - Requisitos, esse produto
pode ser classificado em C H - I . II ou III. A C H - I , ou cal hidratada especial, é a mais pura. com hidró-
xido de cálcio ou mistura de hidróxido de cálcio e hidróxido de magnésio e teor de gás carbono em
até 5%- A CH-II, cal hidratada comum, tem especificações semelhantes à cal do tipo I. mas contém
também óxido de magnésio e não prevê limites para os óxidos não hidratados. A CH-III, cal hidra-
tada comum com carbonatos, é composta por hidróxido de cálcio, hidróxido de magnésio e óxido
de magnésio e conta com até 1 3 % de gás carbônico. Uma especificação equivocada da cal hidratada
pode aumentar as chances do surgimento de empolamento do revestimento de argamassa. Por isso.
é importante verificar se a cal hidratada está em conformidade com a norma e realizar a análise quí-
mica e a caracterização físico-mecânica do material.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
Há 22 fabricantes que produzem cal hidratada em conformidade de acordo com o Programa Setorial
da Qualidade do P B Q P - H (ver site). O Inmetro também verificou a qualidade do material de diversos
fabricantes e i m p o r t a d o r e s . A s e m p r e s a s e m c o n f o r m i d a d e p a r t i c i p a n t e s d o P r o g r a m a se d i s t r i b u e m
por Bahia, Minas Gerais, Paraná. Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe.
C O N D I Ç Õ E S DE P A G A M E N T O
P R A Z O DE E N T R E G A
Depende da demanda e localização do ponto de entrega, mas varia entre um e três dias.
F O R M A DE E N T R E G A
Em sacos de 20 kg com o tipo de cal identificado na embalagem. O produto também pode ser adqui-
rido a granel. Deve estar seco e com identificação de marca e tipo de cal. Materiais como cal hidrata-
da com adição, cal hidratada com leucofilito e cal hidratada pozolânica não são previstos pela norma.
REQUISITOS DE QUALIDADE
A A B P C (Associação Brasileira dos Produtores de Cal) criou o Selo A B P C . que identifica as cales com
controle de qualidade de pureza, principalmente em relação à incorporação de filito (um tipo de areia).
A lista de empresas com esse selo pode ser encontrada no site da entidade (www.abpc.org.br). No caso
de produtos fornecidos a granel, o construtor deve se certificar da origem do material. Outra medida
recomendável é verificar na página do P B Q P - H (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do
Habitat) na internet (www.cidades.gov.br/pbqp-h) quais marcas têm atendido à NBR 6473-
VERIFICAÇÃO DA QUALIDADE
Um teste simples e rápido que pode ser feito no canteiro é misturar uma colher de café de cal e um
terço de copo com ácido muriático. A cal deve dissolver quase que totalmente após 3 minutos de
agitação. Muito resíduo no fundo do copo é sinal da presença de areia ou outro material que não é
cal. Também é possível analisar o produto de acordo com seu rendimento. Dependendo do tipo de
cal hidratada, um saco de 2 0 kg deve corresponder entre 25 e 35 I. Produtos com adulteração po-
dem render até menos de 2 0 I. o que exige a compra de mais cal para fazer uma mesma quantidade
de argamassa e encarece a obra. Por fim. o construtor também pode verificar a qualidade do material
de acordo com sua cor. A cal de qualidade é branca. O s produtos adulteradores dão ao material tom
entre bege e marrom.
NORMAS TÉCNICAS
REJUNTES
D u l c e Rosc4l - G u i a da C o n s t r u ç ã o - C o n s t r u ç ã o M e r c a d o 72. j u l h o / 2 0 0 7
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iiiiii • r: . • •'
A c o r r o í a e s p e c i f i c a ç ã o do u m rojunto d e v o c o n s i d e r a r d i v e r s a s p a r t i c u l a r i d a d e s , c o m o o tipo d e r e v e s t i m e n t o ,
a á r e a d e a p l i c a ç ã o o a p r e s e n ç a o u a u s ê n c i a d o s o l i c i t a ç õ e s e s p e c i a i s , c o m o s a u n a s e piscinas
ESPECIFICAÇÃO
A norma diferencia os rejuntes Tipo I e Tipo II: o primeiro para aplicação e m áreas internas e o se-
gundo em áreas sujeitas a variações de temperatura e sol. Há outros tipos d e rejuntes. mas especifi-
camente os tipos I e II d e v e m atender às seguintes características:
• A b s o r ç ã o d e água por capilaridade: < o.ó g/cm 2 - Tipo I ou < 0,3 g/cm 2 - Tipo II;
Deve-se dar atenção aos rejuntes especiais, que necessitam de cuidados adicionais na aplicação e
limpeza, como os anticorrosivos, por exemplo. A aplicação deve ser feita após o assentamento das
peças cerâmicas, respeitando o prazo d e 72 horas pós-assentamento. Porém, existem alguns produtos
específicos que assentam e rejuntam simultaneamente. É preciso verificar também se as juntas estão
secas e limpas para um total preenchimento, retirando todo excesso de argamassa, pó. graxa, óleo etc.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
P R A Z O DE E N T R E G A
R E Q U I S I T O S DE Q U A L I D A D E
Na aplicação do produto, o comprador deve atentar para as recomendações e orientações dos fabri-
cantes nas embalagens, a limpeza das peças e locais onde será aplicado e as condições do ambiente
no momento da aplicação, como a incidência de sol no local.
LOGÍSTICA
Para um melhor aproveitamento do rejunte. o transporte deve ser realizado em embalagem fechada
para que a integridade do material seja mantida. A entrega deve ser feita nas quantidades solicita-
das, em embalagens que identifiquem claramente os produtos por tipo, cor, entre outros itens. O s
produtos podem ser armazenados no canteiro respeitando a validade do produto impressa nas
embalagens, mas elevem ser separados em lotes. O local de armazenamento deve ser seco e arejado
e o produto deve ficar sobre estrado, em sua embalagem original e fechada. O s fabricantes entrevis-
tados recomendam empilhamento máximo até 1,5 m de altura.
NORMAS TÉCNICAS
Existem quatro normas vigentes: NBR 14992 - Argamassa à base de cimento Portland para rejun-
tamento de placas cerâmicas - Requisitos e métodos de ensaios que especificam as propriedades
técnicas das argamassas cimentícias: NBR 13753 - Revestimento de piso interno ou externo com
placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante - Procedimento; NBR 13754 - Revestimento
de paredes internas com placas cerâmicas e com utilização de argamassas colantes - Procedimento;
NBR 13755 - Revestimento de paredes externas e fachadas com placas cerâmicas e com utilização
de argamassas colantes - Procedimento.
Colaboraram: Fábio Luiz Campora. secretário- executivo da Abai (Assoc açào Brasileira da Argamassa
Industrializada): engenheira Amanda de Andrade Neme. supervisora técnica e de atendimento da Ga>l
Arquitetura em cerâmica; Wiltam Aloise, diretor de marketing da Weber Quartzolit.
como comprar
IMPERMEABILIZAÇÕES
Impermeabilização rígida
Mantas asfálticas
M e m b r a n a s rígidas e flexíveis
IMPERMEABILIZAÇÃO RÍGIDA
ESPECIFICAÇÃO
O s cuidados para garantir o melhor desempenho do produto começam no projeto, que deve prever
todas as interferências. O sistema rígido tem sua principal aplicação na fundação, pisos em contato
com solo (umidade do solo), paredes de encosta (pressão unilateral) e piscina enterrada (pressão bila-
teral). É necessário preparar a superfície conforme solicitação do produto e seguir a especificação do
fabricante, principalmente quanto ao consumo, tempo de secagem e proteção mecânica. O desem-
penho do produto depende da mão de obra. portanto é preciso verificar a experiência do aplicador.
PREÇOS E FORNECEDORES
P R A Z O DE E N T R E G A
C O N D I Ç Õ E S DE P A G A M E N T O
R E Q U I S I T O S DE Q U A L I D A D E
A argamassa que receberá o aditivo deve ser composta de cimento novo e areia média, sem mate-
riais orgânicos. A água deve ser de qualidade, conforme norma vigente. A embalagem do produto
deve conter a denominação comercial, tipo e efeitos principais, identificação do lote do fabricante,
dosagem recomendada, modo de adição è argamassa. condições e prazo máximo de armazenamen-
to, cuidados no manuseio, primeiros socorros e composição básica.
LOGÍSTICA
NORMAS TÉCNICAS
As comissões de estudo da A B N T (Associação Brasileira de Normas Técnicas) têm sido mais atuan-
tes nos últimos anos e muitas normas estão sendo criadas e revisadas. A norma que rege a seleção
e projeto da impermeabilização é a NBR 9575/20 03. Em outubro de 2 0 0 3 . a A B N T divulgou outras
duas importantes normas técnicas, validadas a partir de dezembro daquele ano: a NBR 9575/2003
(impermeabilização/seleção e projeto), que cancela e substitui a versão anterior da NBR 9575/1998.
além das normas NBR 8 0 8 3 / 2 0 0 3 (materiais e sistemas utilizados em impermeabilização - terminolo-
gia). NBR 9575/20 03 (materiais e sistemas utilizados em impermeabilização - classificação), e a NBR
12190/2002 (seleção de impermeabilização).
ESPECIFICAÇÃO
As mantas asfálticas são destinadas à impermeabilização de lajes em geral, lajes de cobertura, ter-
raços e varandas, estacionamentos, piscinas e tanques. Pré-fabricadas, são constituídas por um es-
truturante central coberto por um composto asfáltico. O produto contempla os tipos I, II. III e IV de
mantas com espessura mínima de 3 mm ou manta com 2 mm no caso do sistema com dupla manta.
O s tipos variam de acordo com a resistência à tração e à flexibilidade em baixa temperatura. O pro-
duto ainda é classificado conforme o tipo de asfalto (oxidado, plastomérico e elastomérico). com o
tipo de armadura (filme de polietileno, véu de fibra de vidro, não-tecido de poliéster ou tela de poli-
éster) e tipo de acabamento da superfície (granular, metálico e não-tecido de poliéster). A escolha da
manta depende da função dos locais e estruturas, clima e solicitações mecânicas. C a b e ao técnico
responsável definir o tipo de manta indicado para cada obra.
INSTALAÇÃO
Pode ser aderida com asfalto quente ou utilizando-se um maçarico para fundir a parte inferior da
manta à laje. Antes, a laje deve ser regularizada e receber uma demão de primer. A execução da
manta pode acontecer em diversas fases da obra. de acordo com o local a ser impermeabilizado. Em
obras com baldrames, a aplicação acontece antes do levantamento das alvenarias. Nos banheiros, a
impermeabilização é feita antes do acabamento e nas coberturas a manta é aplicada no final da obra.
Acima dos subsolos, é aplicada antes de se fazer a jardinagem do térreo.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
F O R M A DE E N T R E G A
P R A Z O DE E N T R E G A
C O N D I Ç Õ E S DE P A G A M E N T O
Variável, d e a c o r d o c o m o p o n t o d e venda.
IMPERMEABILIZAÇÕES
D u l c e Roseli - G u i a Oa C o n s t r u ç ã o - C o n s t r u ç ã o M e r c a d o 7J. A g o s t o / 7 0 0 7
N o r m a do e x e c u ç ã o c i t á c m p r o c e s s o d o r o v i s i o n a A B N T o dovo t e r p u b l i c a d a a i n d a n o i t e ano
O s materiais moldados in loco são produtos obtidos pela aplicação de sucessivas demãos, direta-
mente no local a ser impermeabilizado, configurando um tipo de impermeabilização monolítica, sem
emendas, podendo ou não ser estruturado com reforços têxteis entre camadas.
ESPECIFICAÇÃO
Podem ser as mais diversas, dependendo das características do tipo de impermeabilizante. Variam,
por exemplo, quanto à flexibilidade, tipo de polímero, composição química, resistência à exposição.
Comparando o mesmo tipo de produto, de diferentes fabricantes, como por exemplo uma mem-
brana acrílica, é possível notar diferenças técnicas que podem interferir diretamente no rendimen-
to. como: teor de sólidos, viscosidade, capacidade de cobertura, qualidade da resina, flexibilidade,
quantidade de carga, resistência a UV.
CUIDADOS C O M A INSTALAÇÃO
A aplicação deve seguir rigorosamente as orientações do fabricante e ser executada por empresa espe-
cializada. que deve dar garantia de cinco anos para os serviços executados. Lembre-se de que o desem-
penho do produto é resultado de um conjunto de fatores: seleção e dimensionamento da impermeabili-
zação. preparo da superfície, qualidade dos produtos, aplicação e a utilização adequada da área.
PREÇOS E FORNECEDORES
Deve-se comparar produtos com as mesmas características e checar qual o consumo necessário
de cada um para atingir o mesmo objetivo. É imprescindível verificar as garantias ofertadas pelo
fabricante e propostas de material e mão de obra fornecidas por instaladores, fazendo sempre uma
análise crítica do orçamento.
P R A Z O DE E N T R E G A
R E Q U I S I T O S DE Q U A L I D A D E
O s materiais que são normalizados devem atender aos parâmetros das normas pertinentes, e aque-
les que ainda não possuem norma devem seguir parâmetros internacionais ou definidos pelo fabri-
cante. que deve necessariamente garantir a eficiência de seu produto.
LOGÍSTICA
Pelas regulamentações nacionais e internacionais, as características do produto não correspondem aos parâ-
metros oficiais que definem produtos perigosos para fins de transporte. No entanto, os produtos devem estar
em suas embalagens originais e intactas, de preferência, acondicionados em caixas ou agrupados com invólucro
plástico. É preciso ter cuidado na manipulação e no transporte das embalagens para evitar avarias. Ao recebê-los.
verificar se as quantidades solicitadas estão de acordo com o solicitado, o bte e a validade. No canteiro, é neces-
sário estocá-los em local coberto, fresco, seco e ventilado, bem como longe de fontes de calor.
NORMAS TÉCNICAS
Existem normas técnicas que estabelecem parâmetros mínimos de desempenho para alguns tipos
de impermeabilizantes moldados no local. O s fabricantes devem atender aos seguintes parâme-
tros: NBR 13121 - Asfalto Elastomérico para Impermeabilização; NBR 13321 - Membrana Acrílica para
Impermeabilização; NBR 1 3 7 2 4 - Membrana Asfáltica para Impermeabilização com estrutura apli-
cada a quente; NBR 15414 - Membrana de Poliuretano com Asfalto para Impermeabilização; NBR 8521
- Emulsões Asfálticas com Fibras de Amianto para Impermeabilização; NBR 9 6 8 5 - Emulsão Asfáltica para
Impermeabilização; NBR 99K) - Asfaltos Modificados para Impermeabilização sem Adição de Polímeros/
Características cie Desempenho. Em relação à execução, há uma comissão técnica no CB-22 da ABNT
(Comitê Brasileiro de Impermeabilização da Associação Brasileira de Normas Técnicas), trabalhando na
revisão da N B R 9 5 7 4 - Execução de impermeabilização, cuja publicação é de 1 9 8 5 e está bastante
defasada. Nessa revisão a comissão está incluindo parâmetros mínimos para a aplicação de todos os
tipos de impermeabilização, relacionados na NBR 9575 - Impermeabilização - Seleção e Projeto. A
comissão estima que esse trabalho será concluído ainda neste ano.
Colaboraram: eng. Marcos Storte. gerente de negócios da Viapol; arq. Leonilda F. G. Ferme. gerente
técnica da Donvor Impermoabilizantos: ong. Eliono Vontura. do departamento técnico da Vedacit/
Otto Baumgarfc 1 BI (Instituto Brasilc 'o de Impermeabilização).
como comprar
ESQUADRIAS
ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO
PADRONIZADAS
Kolíy C a r v a l h o - C o n s t r u ç ã o M e r c a i 46. m a i o / 2 0 0 5
ESPECIFICAÇÃO
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
P R A Z O DE E N T R E G A
F O R M A DE E N T R E G A
R E Q U I S I T O S DE Q U A L I D A D E
O c o n s t r u t o r d e v e v e r i f i c a r se a e s q u a d r i a foi d e v i d a m e n t e e m b a l a d a p e l o f a b r i c a n t e , g e r a l m e n t e
c o m c h a p a d e m a d e i r a . D e v e o b s e r v a r t a m b é m s e as d i m e n s õ e s e s t ã o d e a c o r d o c o m o p e d i d o , s e a
p e ç a está íntegra, s e m riscos o u a m a s s a d o s , e se a c o r d a p i n t u r a o u a n o d i z a ç ã o está d e a c o r d o c o m
o solicitado. É possível medir a c a m a d a anódica para verificar a c o n f o r m i d a d e c o m a n o r m a técnica
utilizando aparelho apropriado. A s janelas e m c o n f o r m i d a d e a t e n d e m ao requisito da N o r m a Técnica
d e a p r e s e n t a ç ã o , p o r i s s o a e m b a l a g e m d e v e i n f o r m a r , a i n d a , a r e g i ã o d o País o n d e o p r o d u t o pode
ser utilizado e a altura máxima d o edifício q u e p o d e r e c e b e r aquela e s q u a d r i a ( n ú m e r o d e pavimen-
t o s ) . A s e s q u a d r i a s d e a l u m í n i o p a d r o n i z a d a s d e v e m a t e n d e r às e x i g ê n c i a s d a N o r m a T é c n i c a 1 0 8 2 1
d a A B N T ( A s s o c i a ç ã o Brasileira d e N o r m a s Técnicas) q u a n t o à e s t a n q u e i d a d e è á g u a e r e s i s t ê n c i a às
p r e s s õ e s d e v e n t o d a s c i n c o r e g i õ e s d o País. T e s t e s f e i t o s e m l a b o r a t ó r i o s , c o m o o d o IPT, d e f i n e m a s
d u a s c o n d i ç õ e s b á s i c a s p a r a s u a utilização.- a a l t u r a e a l o c a l i z a ç ã o g e o g r á f i c a d o p r é d i o q u e p o d e r á
recebê-las. As esquadrias são classificadas para p r é d i o s d e até dois p a v i m e n t o s (térreo e s o b r a d o )
e para até q u a t r o p a v i m e n t o s . A partir daí. o p r o d u t o p o d e exigir a d e q u a ç ã o c o n f o r m e a região.
D e v e m obedecer, ainda, a critérios d e ciclos d e abertura e fechamento, acessórios a d e q u a d o s e
tratamento d e superfície, entre outros quesitos.
D u l c e Roseli - G u i a d a C o n s t r u ç ã o - C o n s t r u ç ã o M e r c a d o 67. f e v e r e i r o / 2 0 0 7
As fechaduras são geralmente compostas por ligas metálicas. Seu maquinário é produzido com cha-
pas de aço e os componentes são de ligas variadas, como Zamak, latão ou alumínio. Podem ser
classificadas e diferenciadas quanto à classe de utilização, grau de segurança e grau de resistência
à corrosão.
ESPECIFICAÇÃO
São especificadas inicialmente em função da sua distância de broca. Para as maçanetas tipo bola.
recomenda-se as distâncias entre 55 e 70 mm. Para maçanetas tipo alavanca, recomendam-se dis-
tâncias menores, de 40 e 45 mm. O segundo passo da especificação é determinar sua classe de
utilização, que varia de acordo com a freqüência de uso.
A instalação deve ser realizada no momento da montagem das portas, exceto quando se trata de
porta pronta. Porém, é recomendável que os acabamentos sejam colocados na fase final do empre-
endimento, pois as atividades da construção podem danificá-los.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
Ao cotar preços e fornecedores o comprador deve estar atento, em primeiro lugar, às classificações
da fechadura. Antes de comparar os preços é preciso garantir que os produtos sejam para a mesma
aplicação. Posteriormente, é necessário verificar os acabamentos e modelos das fechaduras.
P R A Z O DE E N T R E G A
Deve ser tratado e combinado com o fornecedor para entrega no momento mais adequado com o
cronograma da obra.
R E Q U I S I T O S DE Q U A L I D A D E
O s requisitos que devem ser seguidos são os especificados pela NBR 14913. que abrangem: análise
visual; análise dimensional; características funcionais; resistência a corrosão; manobra e resistência
da lingüeta submetida a um esforço lateral exercido pela contratesta; manobra e resistência do trin-
co submetido a um esforço lateral exercido pela contratesta; funcionamento do trinco por ataque
lateral; funcionamento da lingueta e recolhimento do trinco por rotação da chave/tranqueta/rolete;
resistência a um momento aplicado ao cubo e funcionamento do trinco comandado pelo cubo; resis-
tência da lingueta a um esforço contrário ao seu avanço; introdução e retirada da chave; resistência
a um momento aplicado à chave; resistência a um esforço aplicado à maçaneta.
LOGÍSTICA
Para um melhor aproveitamento do produto, ele deve ser transportado em embalagem protetora
(fornecida pelo fabricante), tomando os devidos cuidados para evitar quedas e batidas. Elas podem
ser armazenadas no canteiro, desde que em condições adequadas, em suas embalagens protetoras
e em local apropriado, sem umidade e sem possibilidade de quedas e batidas.
NORMAS TÉCNICAS
A Norma atual prevê três classes de utilização: tráfego leve. tráfego médio e tráfego intenso. Além
disso, a norma está sendo revista para que sejam incorporadas classificações para o grau de se-
gurança. considerando níveis para a resistência ao arrombamento e classificações para o grau de
resistência à corrosão, considerando o ambiente instalado.
PORTA CORTA-FOGO
Bianca A n t u n e s - C o n s t r u ç ã o M e r c a d o 3 ? . m a r ç o / J O O a
ESPECIFICAÇÃO
As portas corta-fogo são divididas em classes de acordo com o tempo que cada uma mantém a
integridade durante um incêndio: 30. 60 ou 90 minutos. Assim, são chamadas, respectivamente, de
P30. Póo e P90. Essas portas são consideradas leves e podem ser utilizadas em edifícios multifa-
miliares ou comerciais (nos quais se enquadram, além de edifícios de escritórios, casas de shows e
shoppings). A aplicação mais comum é nas saídas de emergência, com o objetivo de isolar a escada
de incêndio ou a área de fuga. Também devem ser usadas na entrada de casa de maquinas, de ele-
vadores, salas de distribuição de energia, casa de bombas, entre outros.
As portas industriais têm resistência maior e são classificadas como P120. P 1 8 0 e P 2 4 0 (esses núme-
ros representam o tempo, em minutos, que mantêm a integridade em um incêndio). Essas portas são
apropriadas para cobrir grandes vãos - normalmente, mais de 3 m de largura e 2,5 m de altura - por
onde há passagem de equipamentos. Em qualquer um dos casos (portas leves ou industriais) é o
projeto de incêndio que determino quol porto é o ideol. Poro isso, levo-se em conto, por exemplo, o
carga de incêndio a que a edificação está submetida. Tudo de acordo com o código de obras das
prefeituras e as instruções técnicas dos bombeiros de cada Estado. O s bombeiros verificam o pro-
jeto e. depois de pronto, fazem a vistoria para se certificarem de que a regulamentação foi atendida.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
O Estado de São Paulo concentra a maioria dos fabricantes de portas corta-fogo tanto das leves
quanto industriais. A explicação para isso é o grande número de edifícios construídos e em constru-
ção. As regiões Sul e Nordeste também possuem fábricas, principalmente de portas leves. A distri-
buição é feita pelos fabricantes, que, normalmente, atendem a todo o Brasil. As portas-padrão são
mais baratas do que as feitas por encomenda.
C O N D I Ç Õ E S DE P A G A M E N T O
PRAZO DE ENTREGA
FORMA DE ENTREGA
Se e n t r e g u e na m e s m a cidade e m q u e foi f a b r i c a d a , a p o r t a n ã o é e m b a l a d a . Se n e c e s s i t a r de
t r a n s p o r t e d e longa distância, d e v e ser p r o t e g i d a p o r p a p e l ã o o u plástico bolha, para evitar c o n t a t o
c o m a u m i d a d e . E m b o r a c o n f e c c i o n a d a s c o m c h a p a s d e a ç o galvanizado, as p o r t a s c o r t a - f o g o são
i n t e r n a m e n t e frágeis. P o r isso, e l e v e m f i c a r a r m a z e n a d a s e m l o c a i s l i m p o s e s e c o s , f o r a d o alcance
d e i n t e m p é r i e s e u m i d a d e . D e v e m a c o m p a n h a r as p o r t a s u m m a n u a l d e i n s t r u ç õ e s , q u e indica c o m o
armazenar, instalar e fazer as m a n u t e n ç õ e s .
REQUISITOS DE QUALIDADE
NORMAS TÉCNICAS
COBERTURAS
Coberturas de policarbonato
E s t r u t u r a d e a ç o g a l v a n i z a d o para t e l h a d o
Subcobertuas
Telhas cerâmicas
Telhas de concreto
Telhas fibrocimento
Telhas metálicas termoacústicas
COBERTURAS DE POLICARBONATO
ESPECIFICAÇÃO
Existem três tipos básicos de policarbonatos para coberturas: as chapas compactas, aplicadas quan-
do há exigência de grande transparência, pois são visualmente similares ao vidro; as chapas alveo-
lares. parecidas com os vidros canelados aplicadas quando se requer uma iluminação natural, sem
necessidade de nitidez de imagem sobre a cobertura; e as telhas de policarbonato. que são perfis de
telhas leves, bastante utilizadas em coberturas.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
P R A Z O DE E N T R E G A
Varia de acordo com a empresa. É necessário, porém, observar se a entrega do produto será feita
no momento adequado ao cronograma, pois a cobertura deve ser instalada quase no fim da obra.
R E Q U I S I T O S DE Q U A L I D A D E
As chapas devem ser limpas pelo menos uma vez por mês, levando-se em conta as condições am-
bientais do local e aplicação, e deve ser realizada somente com água e sabão neutro suave, com
uma esponja ou pano macio. É necessário evitar o contato com solventes ou acetonas, e qualquer
outro produto com alta composição alcalina. A armazenagem deve ser feita em local seco e limpo,
mantendo a chapa na sombra para evitar reação e descolamento da película protetora. O s alvéolos
precisam ser selados com fita adesiva. As chapas devem ser empilhadas na horizontal em local plano
e nivelado, para que não haja empenamento.
LOGÍSTICA
As chapas d e até 3 m de comprimento por 1 m de largura podem ser manuseadas com segurança
por um operário; em tamanhos maiores, por dois ou mais. As chapas devem ficar na sombra, in-
clusive durante o transporte. Não se deve arrastar o produto na hora da retirada do transporte.
A o receber as chapas, o comprador deve verificar se não há riscos na superfície e se há a película
protetora de um dos lados, pois é o lado que indica a correta posição cie aplicação das chapas.
NORMAS TÉCNICAS
No momento não existem normas técnicas que definam requisitos de especificação, qualidade e en-
saios para coberturas de policarbonato (há apenas para uso em artigos hospitalares e odontológicos.
capacitores metalizados e fixos com dielétrico).
ESTRUTURA DE A Ç O
GALVANIZADO PARA TELHADO
G a l v a n i z a ç ã o d e v e ser e s p e c i f i c a d a c o n f o r m e c o n d i ç õ e s d o a m b i e n t e d e instalação
ESPECIFICAÇÕES
Rizzo c h a m a a a t e n ç ã o p a r a f a l h a s n o d i m e n s i o n a m e n t o d a e s t r u t u r a , q u e p o d e m s e r e v i t a d a s d u r a n t e
o p r o j e t o : " c o s t u m a a c o n t e c e r a d i m i n u i ç ã o d a e s p e s s u r a d o s p e r f i s p a r a b a r a t e a r o p r e ç o , m a s isso
p o d e resultar e m p r o b l e m a s estruturais".
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
O s f o r n e c e d o r e s d e e s t r u t u r a s m e t á l i c a s se c o n c e n t r a m n a s r e g i õ e s Sul e S u d e s t e d o país. m a s
é p o s s í v e l e n c o m e n d a r o t r a n s p o r t e p a r a q u a l q u e r p a r t e d o Brasil. N a h o r a d e e s c o l h e r o f o r n e -
cedor. o principal r e q u i s i t o é o e n s a i o d o material. " D e v e - s e fazer a análise e m l a b o r a t ó r i o espe-
cializado o u exigir d o f a b r i c a n t e o c á l c u l o e s t r u t u r a l d o p r o d u t o " , a p o n t a C a r m e n Q u e s a d a s . A
garantia d e v e cobrir, no mínimo, cinco anos.
LOGÍSTICA
C U I D A D O S NA I N S T A L A Ç Ã O
O p e s q u i s a d o r d o IPT ( I n s t i t u t o d e P e s q u i s a s T e c n o l ó g i c a s d o E s t a d o d e S ã o P a u l o ) C l á u d i o M i t i d i e -
ri a f i r m a q u e a p l a n i c i d a d e e o a l i n h a m e n t o d a e s t r u t u r a s ã o f u n d a m e n t a i s p a r a g a r a n t i r a e s t a n q u e i -
d a d e d o t e l h a d o à água, u m d o s p o n t o s críticos p a r a a c o n s e r v a ç ã o d a s peças. Possíveis q u e b r a s
n a s t e l h a s o u i n f i l t r a ç õ e s d e v e m s e r i m e d i a t a m e n t e c o r r i g i d a s . "A e v e n t u a l c o n d e n s a ç ã o d e vapor
d e água na e s t r u t u r a t a m b é m p o d e criar u m a m b i e n t e mais agressivo d o p o n t o d e vista d a c o r r o s ã o ,
além d e causar g o t e j a m e n t o d e água n o forro", alerta Mitidieri.
NORMAS TÉCNICAS
/ A g a l v a n i z a ç ã o d e v e ser e s p e c i f i c a d a c o n s i d e r a n d o a a g r e s s i v i d a d e d o am-
b i e n t e o n d e a estrutura será instalada.
SUBCOBERTURAS
A s s u b c o b e r t u r a s s ã o a p l i c a d a s a p o i a d a s n a e s t r u t u r a d e s u p o r t e d o t e l h a d o , s o b as t e l h a s . S u a
finalidade é criar u m a c a m a d a d e p r o t e ç ã o c o n t r a a transmissão d e calor e d e u m i d a d e , m e l h o r a n d o
o c o n f o r t o t é r m i c o d a s e d i f i c a ç õ e s . Elas t a m b é m a u x i l i a m na p r e v e n ç ã o d e p r o b l e m a s c o m o g o t e i r a s
e infiltrações ocasionadas por desgaste natural das telhas ou ventos fortes, p o r exemplo.
ESPECIFICAÇÃO
C o m e r c i a l i z a d a s e m r o l o s o u b o b i n a s , as s u b c o b e r t u r a s p o d e m a p r e s e n t a r , a i n d a , r e s i s t ê n c i a a b o -
lores o u fungos.
O projeto e a especificação das subcoberturas, além da supervisão pela instalação, é de responsa-
bilidade de profissionais com formação em engenharia ou arquitetura e especialização em conforto
térmico. A execução, no entanto, pode ser realizada pelo telhadista.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S
NORMAS TÉCNICAS
Ainda não existe norma técnica específica para as subcoberturas. No entanto, alguns projetistas e
fabricantes tomam como referência para os projetos a NBR 9575 - Impermeabilização - Seleção e
Projeto. NBR 9574 - Execução de Impermeabilização e a NBR 9952 - Manta Asfáltica para Imperme-
abilização.
CHECK-LIST
J C o n f i r a s e o í n d i c e d e e m i s s i v i d a d e d o m a t e r i a l a t e n d e às e x i g ê n c i a s d e r e d u -
ção d o calor previstas e m projeto.
J A s s e g u r e - s e d e q u e a s u p e r f í c i e o n d e as m a n t a s s e r ã o a p o i a d a s e s t á livre d e
p r e g o s o u o b j e t o s q u e p o s s a m furá-las o u rasgá-las.
/ C a s o o t e l h a d o t e n h a calhas, e s t e n d a as m a n t a s a t é o p o n t o a b a i x o d e s s e s
elementos.
/ S o b r e p o n h a as m a n t a s e m IO c m nas b e i r a d a s .
Bianca A n t u r » » - C o n s t r u ç ã o M e r c a d o 27. o u t u b r o / 2 0 0 5
|mt
O
u
ESPECIFICAÇÃO
Uma cobertura com telhas cerâmicas pode utilizar um único tipo de peça ou dois tipos diferentes.
O sistema de cobertura de duas peças é mais conhecido como "capa e canal". As telhas canais
conduzem a água, e as capas cobrem a junção entre elas. A telha ou cobertura cerâmica deve ser
escolhida em função do projeto da edificação (se tem uma ou mais águas), inclinação e condições
climáticas locais, índice de conforto térmico e acústico desejado e, por fim, estilo, já que não se pode
falar em um tipo esteticamente ideal de telha para cada obra. Há também telhas que recebem uma
camada de esmalte logo após a primeira queima, que confere à peça uma aparência vitrificada e
maior durabilidade.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
Há cerca de 4,5 mil fabricantes de telhas cerâmicas no Brasil. Ao todo, são cerca de 2.2 bilhões de
peças produzidas mensalmente, segundo dados da Anicer (Associação Nacional da Indústria Cerâ-
mica). Há alguns polos de produção, como a região de Monte Carmelo, em Minas Gerais, a de Itu.
no interior de São Paulo, além de pontos em Santa Catarina. Rio Grande do Sul. Piauí e Maranhão.
Essas empresas são em geral de pequeno a médio porte e a grande maioria familiares. C o m o a
concorrência é grande, quem ganha é o consumidor. Segundo a Anicer. o preço atual é o menor já
comercializado no setor.
As telhas são vendidas em milheiro. mas. na hora de comprar, é necessário saber, primeiro, a me-
tragem da área a ser coberta. Isso porque as telhas podem variar de tamanho, dependendo do
fabricante e do tipo de peça. e. pela relação peça/m2, consegue-se chegar à quantidade exata das
telhas necessárias (veja tabela). E desejável que a telha possua no fundo uma marcação com o nome
do fabricante, município e telefone. Dessa forma, quando for necessário repor peças, será mais fácil
encontrar fornecedores.
C O N D I Ç Õ E S DE PAGAMENTO
É negociável, de acordo com o distribuidor. Pagamentos à vista ou a 3 0 dias são mais comuns.
PRAZO DE ENTREGA
FORMA DE ENTREGA
A granel.
REQUISITOS DE QUALIDADE
A A B N T tem normas para alguns tipos de telhas cerâmicas, como a francesa e algumas de capa e
canal. Outros tipos, que não estão incluídos em normas da ABNT. seguem características técnicas
básicas, como nível de absorção de água e resistência mecânica, levando em conta os dados das te-
lhas normalizadas. Isso ocorre também com produtos exclusivos, já que muitos fabricantes produzem
telhas com novos designs para se diferenciarem no mercado. A Anicer e a A B N T estão revisando
algumas normas e estudando a produção de outras para incluir esses novos modelos. A associação
também mantém um Programa Setorial de Qualidade dentro do P B Q P - H .
CONFORMIDADE
O selo do Inmetro é uma garantia de que o produto está de acordo com as normas e deve estar
impresso em todas as telhas. O comprador também pode pedir o certificado do produto. Na hora da
compra, algumas características de qualidade podem ser checadas. Q u a n d o percutidas com algum
objeto, a telha cerâmica deve propagar um som metálico. Isso é um indicativo de que o cozimento da
peça foi uniforme. As superfícies devem ser lisas, para facilitar o escoamento da água. E importante
observar se não há fissuras, esfoliações, quebras, rebarbas ou deformações, como empenamento.
que prejudiquem o encaixe.
FIXAÇÃO
C e r t o s tipos de telha necessitam de uma argamassa para melhor fixação; outras devem ser amarra-
das para não se deslocarem.
COBERTURAS
NORMAS TÉCNICAS
TIPOS
C a p a e canal Peça única
COLONIAL FRANCESA
A i d u a s p e ç a » q u e f o r m a m a telho Possui, nas b o r d a s , saliências e
são iguais c t e m a m e s m a largura. rccnlràncias que permitem o
S ã o s e m e l h a n t e s às p r i m e i r a s e n c a i x e longitudinal e transversal
telhas trazidas p e l o s p o r t u g u e s o s e n t r e os c o m p o n e n t e s . O d e s e n h o
d u r a n t e a colonização. da s u p e r f í c i e p o d e mudar d e
Rendimento: 25 peças/m' acordo com o fabricante
Inclinação mínima: 7yt» R e n d i m e n t o : 16 p e ç a s / m 1
Inclinação m i n i m a : 4 0 %
PAULISTA ROMANA
É d e r i v a d a da telha colonial c se E n c a i x a - s e longitudinal c
c a r a c t e r i z a por a p r e s e n t a r a c a p a transversalmente, compondo
c o m largura l i g e i r a m e n t e inferior v e d o s e s t a n q u e s ã água
o canal Rendimento: 16 p e ç a s / m '
Rendimento: JS peças/m' Inclinação minima: ãOV.
Inclinação mínima: 251*
PLAN PORTUGUESA
É u m a v a r i a ç ã o das d u a s a n t e r i o r e s E n c a i x a - s e longitudinal e
o p o s s u i formas r e l a s transversalmente, c o m p o n d o
Rendimento: 34 p e ç a s / m ' v e d o s e s t a n q u e s à água
Inclinação mínima: 3 5 % Rendimento:
13 p e ç a s / m ' - italiana
16 p e ç a s / m ' - p o r t u g u e s a
Inclinação mínima: 3 0 %
PLANA
As telhas foram codidas pela Cia. das Tolhas Utilizadas c m p a í s e s o n d e o
m
inverno é rigoroso. O s t e l h a d o s
www.ciadastelhas.com.br são b a s t a n t e inclinados p a r a q u e a
n e v e e s c o r r a . N o Brasil, são u s a d a s
Colaboraram: Anicer (A$sooaç3o Nacional da Indústria Cerâmica). para c o m p o r c o b e r t u r a s d e e s t i l o
e n x a i m e l (casas coloniais a l e m ã s
Abratecc {Associação Brasileira dos fabricantes de Telhas
suíças)
Cerâmicos Certificadas) e CCB {Centro Cerâmico do Brasil).
Rondimonto: J S p e ç a s / m '
Inclinação minima: 4 3 %
TELHAS DE CONCRETO
As telhas de concreto são fabricadas com equipamentos de extrusão e coloridas por meio de pig-
mentação ou de pintura. A pigmentação é empregada para telhas de coloração escura com adição
de pigmentos na massa do concreto. Já nas de coloração clara, é realizada pintura superficial logo
após sua produção.
ESPECIFICAÇÕES
As especificações devem obedecer à NBR 13858-2. que determina aspectos visuais, dimensões e
geometria, classes, detalhes funcionais e requisitos físicos.
Devem ser assentadas no telhado preferencialmente após a conclusão cias alvenarias portantes.
No caso de edificações com laje de cobertura, a execução deve ser realizada no término das plati-
bandas. dos barriletes ou de outros sistemas prediais. É conveniente que o telhado esteja finalizado
antes do início das vedações leves, dos sistemas prediais embutidos (shafts ou paredes) e dos reves-
timentos. Estes cuidados evitam patologias provocadas por umidade.
O s maiores problemas referentes às telhas de concreto estão na montagem. Deve-se respeitar os
pontos em que são executados furos de encaixes e de fixações. A aplicação de resina acrílica ou de
silicone, para impermeabilizar esses pontos e impedir a degradação, formação de fungos ou fixação
de fuligens, é recomendada. O s cortes das telhas devem ser realizados com disco especial para con-
creto. Isso evita danos, fissurações e trincas. Para evitar quebras por não acomodação e até mesmo
desalinhamentos. recomenda-se utilizar juntas de dilatação.
A declividade das telhas é importante por determinar a velocidade de escoamento das águas no
telhado, evitando o transbordamento da calha de drenagem. O tamanho dos panos de telhados
determina a declividade (esses valores constam em tabelas disponibilizadas na norma NBR 13858-2
e devem ser informados pelos fabricantes das telhas).
Outro problema comum é referente à utilização das telhas de concreto em cores escuras e sem o
uso da manta bloqueadora da transmissão de calor.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
C a s o a empresa não tenha certificação, é importante solicitar ensaios dos requisitos estabelecidos
na NBR 13858-2. Para os itens especificados em norma, há fabricantes que oferecem garantia de 2 0
a 25 anos. Outros fatores a observar são o sistema de qualidade da empresa, assistência técnica da
concepção ao término da vida útil do empreendimento.
LOGÍSTICA
As peças devem ser cobertas com lona plástica e ter base de apoio rígida e plana. Há empresas que
fornecem as peças paletizadas. o que é uma vantagem até mesmo para conferência de quantidade.
Indica-se que as pilhas de telhas não ultrapassem cerca de l m ou aproximadamente três alturas de
peças. Essas devem ser dispostas com a face voltada para baixo para evitar problemas nas nervuras
de enrijecimento ou mesmo nos marcadores ou pré-furos.
NORMAS TÉCNICAS
ESPECIFICAÇÃO
C O M O U SEM AMIANTO
Em virtude do combate ao uso do amianto, a composição das telhas está mudando. A legislação
brasileira, assim como em outros países, discute atualmente a aprovação de projeto que bani esse
tipo de material, que segundos os críticos seria o responsável por doenças como o câncer. A fórmula
inicial do produto contém cimento Portland. fibras de amianto e água (com eventuais adições). O s
novos materiais substituem as fibras, que servem como reforço. Uma das alternativas é a utilização
do fio de PVA (álcool polivinílico), importado. No começo de 2004. um dos fabricantes instalou uma
fábrica de fio sintético feito à base de polipropileno, também com o intuito de substituir o amian-
to. mas com matéria-prima nacional, para alcançar maior competitividade. A tecnologia aplicada a
esses novos produtos chama-se C R F S (Cimento Reforçado com Fio Sintético). As novas telhas têm
aparência semelhante as tradicionais, o que facilita a substituição das antigas em caso de reforma.
Mesmo com todo o investimento, o produto tradicional continua sendo fabricado.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
Há fabricantes distribuídos em todo o território nacional, mas a região Sudeste concentra os mais
importantes.
COBERTURAS
C O N D I Ç Õ E S DE PAGAMENTO
PRAZO DE ENTREGA
Revendas maiores estocam uma quantidade maior de produtos, p o d e n d o tê-los disponíveis para
pronta entrega.
FORMA DE ENTREGA
N ã o necessitam d e embalagem especial, mas precisam ser estocadas e m superfícies planas e fir-
mes. É preciso observar o limite máximo d e empilhamento. q u e varia d e acordo c o m o modelo d e
telha e das especificações d o fabricante. A verificação visual inclui análise da superfície, que deve
estar regular e uniforme, c o m lados alinhados, sem trincas, quebras ou remendos. É possível que o
produto apresente pequenas variações na cor. em virtude da à procedência d o cimento utilizado.
REQUISITOS DE QUALIDADE
A A B N T possui normas q u e devem ser seguidas pelos fabricantes d e telhas d e fibrocimento - ain-
da q u e apenas as telhas c o m amianto possuam normas. A norma para telhas sem amianto está e m
desenvolvimento.
NORMAS TÉCNICAS
A n a P a u l a Rocha - G u i a da C o n s t r u ç ã o - C o n s t r u ç ã o M o r c a d o 9 2 . m a r ç o / 2 0 0 9
As telhas metálicas termoacústicas. também conhecidas como telhas duplas ou painel sanduíche,
são produtos que possuem a capacidade não só de cobertura dos empreendimentos, como também
de redução da passagem de calor e ruído para o ambiente interno. Basicamente, elas são formadas
por materiais isolantes que dão um melhor conforto térmico e acústico, como o poliuretano, o polies-
tireno, as lãs de vidro ou de rocha, e que são colocados entre duas telhas metálicas feitas, na maioria
dos casos, de aço ou alumínio.
É preciso contar com o auxílio de um profissional capacitado na hora da compra do material, prá-
tica ainda pouco comum no mercado e que acaba prejudicando o desempenho do sistema. "Em
casos mais complexos de geração interna de calor em função de processos industriais específicos,
por exemplo, a simples adoção desses produtos sem critério algum pode não trazer o resultado
esperado", explico Yovor Luketic, vice-presidente de coberturas metálicos do A B C C M (Associoçõo
Brasileira da Construção Metálica).
Além da especificação e compra correta da telha, é importante lembrar que ela é apenas parte de
um sistema. "Uma vez certificada a qualidade do produto, os fatores que podem ajudar no seu de-
sempenho seriam: um projeto detalhado de sistema construtivo com atenção à técnica do material.
mão de obra qualificada e treinada para a instalação e a manutenção periódica após a execução da
obra", lembra Sunao Kishi. professor titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universida-
de Presbiteriana Mackenzie.
ESPECIFICAÇÕES
Em relação ao formato, os produtos que possuem perfis ondulados ou trapezoidais são recomenda-
dos para coberturas em forma de arco ou que exigem sobrecargas concentradas. Já para cobertura
de forma curva aconselha-se usar telha metálica ondulada com lã de vidro.
NORMAS TÉCNICAS
Ainda não existem normas técnicas específicas que orientem a fabricação, transporte e instalação de
telhas metálicas termoacústicas. No entanto, alguns materiais que compõem o sistema são normati-
zados. C o m o é o caso do alumínio que. quando usado como telha, seja termoacústica ou não. obe-
dece a NBR 7823. que determina as propriedades mecânicas das chapas. As telhas de aço revestido
com seção ondulada e seção trapezoidal também possuem legislação própria e atendem às normas
NBR 14513 e NBR 14514. respectivamente. C a d a isolante também possui uma legislação específica
para a sua utilização.
A aplicação das telhas metálicas temoacústicas deve ser feita após a execução da estrutura do
edifício e da subestrutura da cobertura. Durante a execução do serviço é necessário tomar alguns
cuidados como o recobrimento das telhas para evitar goteiras e a inclinação mínima adequada em
função da extensão do telhado.
Não é recomendado que o produto fique estocado no canteiro de obras por muito tempo, já que
as telhas duplas são frágeis ao impacto e às intempéries, além de altamente inflamáveis no caso de
produtos compostos por poliuretano. Por isso. é importante programar com o fornecedor para que
a entrega dos materiais seja feita de acordo com o cronograma físico da obra, pouco tempo antes
da execução da cobertura.
LOGÍSTICA
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
CHECK-LIST
J O s p r o d u t o s s e d i f e r e n c i a m d e a c o r d o o t i p o d e i s o l a n t e e m p r e g a d o , s u a es-
pessura e o material q u e c o m p õ e a chapa metálica.
/ N ã o h á n o r m a s t é c n i c a s q u e d e t e r m i n e m e s p e c i f i c a m e n t e a f a b r i c a ç ã o e ins-
talação das telhas metálicas termoacústicas, mas alguns materiais q u e fazem
p a r t e d o sistema são normatizados, c o m o o alumínio e os isolantes.
J A s t e l h a s d u p l a s d e v e m ser t r a n s p o r t a d a s p a l e t i z a d a s o u e m l o t e s p r o t e g i d o s c o n t r a
impactos.
y D e v e - s e e v i t a r o a r m a z e n a m e n t o d o m a t e r i a l p a r a u s o p o s t e r i o r , p o i s as t e l h a s
s ã o frágeis às i n t e m p é r i e s .
COBERTURAS
ELÉTRICA
Eletrodutos
Fios e cabos elétricos
Q u a d r o s e caixas de distribuição elétrica
ELETRODUTOS
ESPECIFICAÇÃO
O s eletrodutos têm a função de servir como passagem de fios e cabos. Podem ser feitos de diversos
materiais como aço carbono, alumínio e P V C . O s eletrodutos galvanizados eletrolíticos são feitos
para utilização em instalações abrigadas, já os galvanizados a fogo podem ser instalados ao ar livre,
pois resistem a intempéries. Ambos servem para instalações comuns, assim como os de P V C . O ele-
troduto de aço inoxidável é recomendado para hospitais e indústrias alimentícias, em que é necessá-
rio baixo índice de contaminação. Também é indicado para ambientes em que exista evaporação de
gases corrosivos ou com alto grau de maresia. Para áreas industriais pesadas, como indústrias quími-
cas e petroquímicas, o mais recomendado é o eletroduto galvanizado a fogo com rebarba removida,
que não danifica os cabos. O s de alumínio são os mais novos e ainda não têm norma. Também são
utilizados em indústrias pesadas.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
É fácil encontrar os produtos em distribuidoras de materiais elétricos, mas a maioria mantém, nor-
malmente, estoque apenas de alguns tipos, como o eletrolítico. o galvanizado a fogo e o cie P V C .
Pedidos maiores dos outros produtos devem ser feitos com antecedência. O eletroduto galvanizado
eletrolítico leve é o mais barato e o de alumínio, o mais caro. Há cerca de 15 fabricantes de eletro-
dutos no Brasil, a maioria no Estado de São Paulo, mas poucas empresas fabricam todos os tipos.
C O N D I Ç Õ E S DE P A G A M E N T O
Varia de acordo com o volume do pedido, da fidelidade do cliente e da negociação comercial. Nor-
malmente, pode ser feito em 28 ou 3 0 dias ou. ainda, parcelado.
Imediato, mas pode variar de acordo com a quantidade em estoque e a região do Brasil. O transpor-
te. dependendo da distância, pode demorar de quatro a 15 dias.
FORMA DE ENTREGA
O s produtos são entregues amarrados, e o número de barras varia de acordo com o diâmetro exter-
no dos eletrodutos. É importante estar atento na hora de descarregar: os produtos não podem bater
e os que passaram por processo de galvanização devem ficar longe do contato com ácidos.
REQUISITOS DE QUALIDADE
Não há selo que certifique os produtos. No entanto, o comprador deve verificar se o fornecedor
segue as normas técnicas da A B N T - a empresa deve ter um certificado dos materiais normalizados.
Empresas com qualificação de fornecedor da Petrobrás ( C R C C ) passaram por avaliações.
NORMAS TÉCNICAS
N B R 5 6 2 4 - Eletroduto rígido de aço carbono, com costura, com revestimento protetor e rosca
(NBR 8133)
N B R 5 5 9 8 - Eletroduto rígido de aço carbono com revestimento protetor, com rosca BSP -
Requisitos
Dulce R o í c l l - G u i a da C o n i t r u ç ã o 64. n o v e m b r o / 2 0 0 6
Existem inúmeros tipos de fios e cabos elétricos; porém, os mais utilizados e conhecidos são os fios
rígidos de 1,5 a IO mm; os cabos flexíveis de 1,5 a 240 mm; os cabos rígidos de 1.5 a 2 4 0 mm, além
dos cabos de 1.000 V com bitolas também de 1,5 a 240 mm. Fios e cabos se diferenciam no seguinte
aspecto: os fios são sólidos compostos por um único condutor de cobre, enquanto os cabos são
compostos por um conjunto de fios.
ESPECIFICAÇÃO
O s fios e cabos têm como condutor o cobre. Externamente, são isolados com P V C (policloreto de
vinila) ou EPR (borracha etileno-propileno). O P V C é o material mais utilizado no mercado brasileiro
e suporta temperaturas de até / o ^ C , enquanto que o EPR resiste a temperaturas de até y u ^ C . O s
condutores rígidos são normalmente utilizados para entrada de energia, enquanto os flexíveis, para
distribuição. Nas tomadas e interruptores são utilizados os fios mais delgados.
A energia elétrica deve estar desligada e os cabos e fios não devem ser ligados antes do término da
instalação, que só deve ser iniciada após a acomodação da tubulação hidráulica.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
Existem inúmeras opções e grande variedade de preços. Por isso, deve-se atentar quanto à quali-
dade do produto e obedecer às normas técnicas, pois a quantidade de fornecedores do material é
grande.
P R A Z O DE E N T R E G A
C O N D I Ç Õ E S DE P A G A M E N T O
Fabricantes parcelam o pagamento, em média, entre 28 e 42 dias. De acordo com a loja pesquisada,
o pagamento à vista pode ter desconto de 1.5 a 3 % , dependendo da situação.
R E Q U I S I T O S DE Q U A L I D A D E
É importante verificar se os fios e cabos têm o selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia.
Normalização e Qualidade Industrial) impresso, o número da norma, o tipo de isolação. a tensão
(voltagem) e dimensões. Além disso, o produto deve apresentar, na embalagem, o número de cer-
tificação da empresa, características do material e número da norma.
LOGÍSTICA
O s fios e cabos elétricos devem ser armazenados para transporte em rolos e bobinas e não podem
ficar expostos às intempéries, pois o seu isolamento resseca, diminuindo consideravelmente sua
vida útil. que gira em torno de 5 0 anos. Durante a entrega, o encarregado da obra deve conferir as
informações que constam na embalagem do produto e aquelas gravadas no próprio material, para
certificar-se de que não houve equívocos.
NORMAS TÉCNICAS
A A B N T (Associação Brasileira de Normas Técnicas) estabelece normas que prezam pela qualidade
do produto, como determinação da resistência ao fogo, verificação das características dimensionais,
ensaio de perda de massa, entre outros.
QUADROS E CAIXAS DE
DISTRIBUIÇÃO ELÉTRICA
N a aquisição, o c o m p r a d o r d e v e verificar se os p r o d u t o s s e g u e m
as n o r m a s d e i n s t a l a ç ã o e t a m b é m as garantias d o m o n t a d o r
Esses d i s p o s i t i v o s p r e c i s a m ser b e m i n s t a l a d o s p a r a n ã o g e r a r e m p r o b l e m a s c o m o c h o q u e s , q u e i m a -
duras. incêndio o u até m e s m o a parada no f o r n e c i m e n t o d e energia elétrica.
ESPECIFICAÇÕES
As normas determinam que os painéis passem por duas séries de testes para garantir a segurança.
O s primeiros testes, conhecidos como ensaios de tipo. são realizados em laboratório e verificam se
os produtos foram fabricados de acordo com os requisitos da legislação. Um painel que obedeça
a todos os requisitos recebe o conceito de painel TTA (Type Tested Assembly). ou seja, montado
conforme o protótipo que foi submetido aos ensaios de tipo.
E importante lembrar que os quadros de distribuição sofrem perdas internas de energia durante
toda a vida do equipamento. Porém, quando o equipamento é bem dimensionado, essas dissipações
são reduzidas.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
O s painéis elétricos são encontrados em todas as regiões do Brasil. Na hora da compra, o consu-
midor deve verificar se os produtos seguem as normas de instalação, se possuem as características
certas para o projeto e quais são as garantias do montador.
C o m o existe uma grande variedade de painéis elétricos - que variam conforme a aplicação, potência a
ser utilizada, número de circuitos a serem comandados, entre outras especificações -. uma alternativa
para o consumidor são as empresas especializadas na montagem dos quadros de distribuição, que
podem oferecer soluções padronizadas, kits para montagem ou até mesmo soluções personalizadas.
LOGÍSTICA
As precauções variam de acordo com cada tipo de painel elétrico. Se o produto for pequeno, daqueles
instalados por eletricistas, não requer grandes cuidados, o consumidor só deve evitar quedas ou expo-
sição à umidade excessiva. Já os quadros maiores precisam de maior atenção, principalmente durante o
transporte.quandoas trepidações podemcausarodeslocamentodeparafusosoudispositivos internos.
HIDRÁULICA
Caixa d água
Divisórias sanitárias
Louças sanitárias
Pias e c u b a s d e a ç o inoxidável
Tubos de cobre
Tubos de concreto
Tubos de PVC
B i a n c a A n t u n e s - C o n s t r u ç ã o M e r c a d o Jô. s e t c r r b r o / 2 0 0 4
ESPECIFICAÇÃO
Polietileno. fibra de vidro, aço inox. fibrocimento ou C R F S (Cimento Reforçado com Fios Sintéticos)
são os principais materiais com que as caixas d 'água podem ser fabricadas. A escolha entre um ou
outro material varia de acordo com a utilização e a facilidade na instalação. Independentemente do
tipo de material, o produto precisa seguir algumas recomendações da Anvisa (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária), com características como níveis de potabilidade e de toxidade, que não preju-
diquem a qualidade da água.
Historicamente, o mercado brasileiro de caixas d 'água é dominado pelo fibrocimento. que contém,
em sua fórmula, cimento Portland, fibras de amianto e água. com eventuais adições. No entanto,
devido ao combate ao uso do amianto, as caixas d'água passam por uma reestruturação - tanto
com investimento em outros materiais quanto em uma nova fórmula para o fibrocimento, que não
utilize amianto na mistura. Embora não haja. no Brasil, uma legislação específica, os consumidores
se influenciaram pela comoção internacional de combate ao amianto, responsável, de acordo com
pesquisas, por desenvolvimento de doenças como o câncer.
INSTALAÇÃO
É importante respeitar os 'ocais indicados para fazer os furos de instalação, pois são especialmente
reforçados. O s reservatórios têm de ser colocados em bases planas e homogêneas, que possam
sustentar o produto, para evitar que a caixa se rompa. Na avaliação do local em que será instalada,
cleve-se levar em conta o peso da caixa d 'água cheia.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
C O N D I Ç Õ E S DE P A G A M E N T O
A vista, mas com possibilidade de pagamentos a prazo, de acordo com o cadastro e histórico dos
clientes, além do volume de compra.
P R A Z O DE E N T R E G A
F O R M A DE E N T R E G A
O s c u i d a d o s n o t r a n s p o r t e e a r m a z e n a m e n t o v a r i a m d e a c o r d o c o m o t i p o d e material utilizado na
f a b r i c a ç ã o d o s reservatórios. As d e fibra d e vidro, p o r exemplo, m e r e c e m a t e n ç ã o especial, já que,
p o r s e r e m mais rígidas, d e v e m ser e s t o c a d a s deitadas, p a r a q u e , n a h o r a d e e n c a i x a r as c a i x a s , n ã o
haja pressão. O c u i d a d o n o m a n u s e i o d e v e ser r e d o b r a d o , p o i s o m a t e r i a l n ã o resiste a g r a n d e s
i m p a c t o s . O s c u i d a d o s s ã o p a r e c i d o s c o m as p e ç a s d e f i b r o c i m e n t o , c a r a c t e r i z a d a s p o r s e r e m p e s a -
das. Já os r e s e r v a t ó r i o s d e p o l i e t i l e n o são mais resistentes a i m p a c t o s , pois são flexíveis e leves. O
a r m a z e n a m e n t o d e v e ser de boca para cima. nunca deitadas, para evitar q u e amassem.
R E Q U I S I T O S DE Q U A L I D A D E
ESPECIFICAÇÕES
A s d i v i s ó r i a s p o d e m s e r u s a d a s n a s e p a r a ç ã o d e v a s o s s a n i t á r i o s , c h u v e i r o s , t r o c a d o r e s o u a i n d a c o m o ta-
pa-vista nos mictórios o u na p o r t a d e e n t r a d a d o banheiro. O s m o d e l o s variam c o n f o r m e o material, m o d o
d e fixação, t i p o d e ferragens - batentes, fechaduras, d o b r a d i ç a s , p u x a d o r e s etc. - e acessórios, c o m o
p r a t e l e i r a s e c a b i d e i r o s . E m t o d o s o s c a s o s , o m a t e r i a l d e v e ser i m p e r m e á v e l e as f e r r a g e n s , i n o x i d á v e i s .
O t i p o d e p o r t a t a m b é m p o d e variar. N o c a s o d o l a m i n a d o m e l a m í n i c o o u d o P V C . as p o r t a s c o s t u -
m a m s e r f e i t a s d o m e s m o m a t e r i a l d o s p a i n é i s . J á p a r a as d i v i s ó r i a s d e p e d r a o u g r a n i l i t e . e l a s p o d e m
ser d e madeira, vidro, alumínio o u m e s m o d e laminado melamínico. É aconselhável q u e os painéis e
p o r t a s sejam e l e v a d o s d o c h ã o para facilitar a limpeza.
C O T A Ç Õ E S DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
A o e n c o m e n d a r as d i v i s ó r i a s s a n i t á r i a s , o c l i e n t e d e v e e n t r e g a r a o f o r n e c e d o r u m p r o j e t o d o i n t e r i o r
d o banheiro c o m a especificação das dimensões das divisórias e indicação dos p o n t o s hidráulicos. O
d e s e n h o d e v e p r i o r i z a r o b o m a p r o v e i t a m e n t o d o e s p a ç o ; as m e d i d a s d e v e m ser p r e c i s a s p a r a e v i t a r
incompatibilidades e transtornos na hora da montagem.
M u i t a s e m p r e s a s p o s s u e m r e p r e s e n t a n t e s e m t o d o o País. m a s "é i m p o r t a n t e e s c o l h e r u m f o r n e c e -
d o r q u a l i f i c a d o , p e r g u n t a r o n d e o p r o d u t o já foi a p l i c a d o e b u s c a r r e f e r ê n c i a s d e c o m p r a d o r e s a n t e -
riores". a l e r t a Luiz S é r g i o C o e l h o . A garantia c o n t r a d e f e i t o s d e f a b r i c a ç ã o n o r m a l m e n t e é f o r n e c i d a
e d e v e ser exigida. Se a m o n t a g e m for feita p e l o f o r n e c e d o r o u p o r e q u i p e terceirizada, i n f o r m e - s e
s o b r e a garantia d e instalação.
LOGÍSTICA
A o r e c e b e r as p e ç a s d o f o r n e c e d o r , é i m p o r t a n t e c h e c a r a q u a n t i d a d e d e p e ç a s e f e r r a g e n s . V e r i -
f i q u e t a m b é m as m e d i d a s d o s p a i n é i s e c e r t i f i q u e - s e d e q u e n ã o há q u e b r a s o u i r r e g u l a r i d a d e s n o
m a t e r i a l . S e n ã o f o r e m i n s t a l a d a s i m e d i a t a m e n t e , as d i v i s ó r i a s d e v e m s e r a r m a z e n a d a s e p r o t e g i d a s
d e i n t e m p é r i e s , s e g u n d o as r e c o m e n d a ç õ e s d e a c o n d i c i o n a m e n t o d e c a d a f o r n e c e d o r .
C U I D A D O S DURANTE A INSTALAÇÃO
É a l t a m e n t e r e c o m e n d á v e l q u e as d i v i s ó r i a s s e j a m instaladas p e l o f a b r i c a n t e o u p o r u m a equipe
c r e d e n c i a d a p o r ele. A e x p e r i ê n c i a c o m o material g a r a n t e segurança n o t r a n s p o r t e , a l i n h a m e n t o ,
m a r c a ç ã o e fixação das peças e p o d e evitar erros e q u e b r a s prematuras. A l é m disso, a e m p r e s a
m o n t a d o r a costuma oferecer garantia pelo serviço executado.
O p r o j e t o h i d r á u l i c o d o b a n h e i r o d e v e s e r o b s e r v a d o t a m b é m d u r a n t e a f i x a ç ã o d o s painéis, p a r a e v i t a r a
p e r f u r a ç ã o d o e n c a n a m e n t o . G e r a l m e n t e , as divisórias e s t ã o p r o n t a s l o g o a p ó s a m o n t a g e m , m a s v a l e c o n f e r i r
c o m o f o r n e c e d o r q u a i s o s c u i d a d o s i m e d i a t o s a p ó s a instalação, c o m o a p l i c a ç ã o d e resina o u cera. A l i m p e z a
d a s d i v i s ó r i a s d e v e s e r f e i t a a p e n a s c o m p r o d u t o s n e u t r o s e n ã o a b r a s i v o s , s e g u i n d o s e m p r e as r e c o m e n -
d a ç õ e s d o fabricante. A durabilidade d o s painéis é indefinida e d e p e n d e d o c u i d a d o n o uso e manutenção.
Não existe uma norma técnica específica para divisórias sanitárias no Brasil. O que precisa ser segui-
do por todos os fornecedores e contratantes são as dimensões mínimas do interior de cada cabine.
que devem estar de acordo com as exigências do Código de Obras e Edificações do município.
Mesmo sem regras específicas para o sistema de divisórias. Jorge Wiszniewiecki defende a criação
de parâmetros e acredita que a medida beneficiaria os próprios fornecedores. "É de interesse dos
empresários do setor a elaboração de uma norma para regular a fabricação, determinar padrões de
qualidade e homologar as empresas", conclui
P R I N C I P A I S MATERIAIS
Alvenaria
Granilite
Painel de concreto pré-moldado com armação interna, chumbado no chão. Nas pare-
des é encaixado em perfil U ou chumbado
G r a n i t o ou ardósia
Divisória de pedra maciça, chumbada na parede e no chão
CHECK-LIST
J A escolha do material deve levar em conta as características do projeto, pú-
blico-alvo, tempo de instalação, credibilidade do fornecedor e facilidade de
manutenção.
/ A resistência do material é ponto crítico para garantir a durabilidade da peça.
/ A fixação dos painéis deve levar em conta o projeto hidráulico para evitar
perfuração do encanamento.
/ A instalação deve ser feita pelo fornecedor ou por uma equipe certificada por ele.
Keliy C a r v a l h o - C o n s t r u ç ã o M e r c a d o 47. ; u n H o / 2 0 0 5
ESPECIFICAÇÃO
O s fabricantes de louças sanitárias oferecem diversas linhas, das mais populares às mais sofisticadas,
e uma série de opções em bacias, cubas, bidês, mictórios e tanques de louça. A escolha das louças
depende do tipo do empreendimento, do gosto do usuário e freqüência de uso. O maior cuidado
deve ser na escolha da bacia sanitária. Mesmo possuindo dimensões, modos de funcionamento e
características geométricas variáveis em função da tecnologia do fabricante, todas devem consumir,
no máximo. 6.8 I de água por descarga.
INSTALAÇÃO
São instaladas depois das fases de acabamento, após a execução de pisos, cerâmica e pintura. Aten-
ção especial quanto as posições de instalação para entrada de água e saída de esgoto, que devem
ser informadas pelo fabricante. Recomenda-se ainda o uso de anéis de vedação de qualidade entre
a bacia e a saída do esgoto.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
As louças sanitárias estão disponíveis em lojas de material de construção, mas a compra de grandes
lotes pode ser negociada diretamente com o fornecedor.
A carga é de responsabilidade do fornecedor. Na hora da entrega, deve-se observar se não houve
danos no transporte. Além disso, verificar brilho, uniformidade de cor. ausência de poros e meca-
nismos de funcionamento. As louças são embaladas individualmente, acondicionadas em plástico
para a proteção ou em caixas de papelão, no caso de louças de luxo. Na obra. o material deve ser
guardado em local especial, empilhadas em paletes.
P R A Z O DE E N T R E G A
O prazo de entrega é geralmente de uma semana, a não ser no caso de compra de uma cor especial.
C O N D I Ç Õ E S DE P A G A M E N T O
R E Q U I S I T O S DE Q U A L I D A D E
É importante verificar se o fabricante está inserido no P B P Q - H (Programa Brasileiro de Qualidade e
Produtividade no Habitat), que assegura requisitos como análises visual e dimensional detalhadas, o
volume de água consumido, o respingo provocado pela água e a capacidade para remoção dos resí-
duos. As louças sanitárias devem se enquadrar nos requisitos estabelecidos pelas seguintes normas
técnicas: NBR 15097 - Aparelhos sanitários de material cerâmico - Requisitos e métodos de ensaio,
que estabelece todas as exigências técnicas para a adequação das louças sanitárias: NBR 1 5 0 9 8 -
Aparelhos sanitários cie material cerâmico - Procedimentos para instalação, que define os requisitos
aplicáveis à instalação dos produtos fabricados em louça sanitária e NBR 1 5 0 9 9 - Aparelhos sanitá-
rios de material cerâmico - Dimensões padronizadas, sobre as dimensões que os produtos de louça
devem possuir.
As pias e cubas estão disponíveis nos aços inoxidáveis tipo AISI 4 3 0 e AISI 3 0 4 . O AISI 4 3 0 . entre-
tanto. é inoxidável a p e n a s à água d o c e . Já o AISI 3 0 4 é mais resistente q u e o a n t e r i o r e m a n t é m b o m
d e s e m p e n h o f r e n t e a o u s o d e á c i d o s d o m é s t i c o s t a i s c o m o sal. v i n a g r e , d e t e r g e n t e e s u c o s .
ESPECIFICAÇÃO
O u s u á r i o d e v e r e c e b e r as p e ç a s e m p e r f e i t o e s t a d o , p o r isso. d e v e m s e r m a n u s e a d a s c o m c u i -
d a d o p a r a e v i t a r b a t i d a s , r i s c o s e m a n c h a s . O i d e a l é q u e o s p r o d u t o s s e j a m i n s t a l a d o s a o final d a
o b r a , d e p o i s d o s t r a b a l h o s d e p i n t u r a e d e g e s s o p a r a e v i t a r q u e as p e ç a s s e j a m contaminadas
p o r esses materiais.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
Em f u n ç ã o d a d i v e r s i d a d e d e o p ç õ e s d e m o d e l o s e d i m e n s õ e s , b e m c o m o d e a c a b a m e n t o s , há gran-
de variedade de preços e o construtor deve conhecer todos os diferenciais entre um m o d e l o e outro
para a d q u i r i r o p r o d u t o mais a d e q u a d o . N o Brasil existe g r a n d e q u a n t i d a d e d e casas d e materiais d e
c o n s t r u ç ã o , m a r m o r a r i a s e lojas d e m ó v e i s q u e c o s t u m a m t r a b a l h a r c o m esses p r o d u t o s .
P R A Z O DE E N T R E G A
C O N D I Ç Õ E S DE P A G A M E N T O
R E Q U I S I T O S DE Q U A L I D A D E
LOGÍSTICA
D u r a n t e a e n t r e g a , o e n c a r r e g a d o d a o b r a d e v e c o n f e r i r o p r o d u t o p a r a verificar se n ã o há d a n o s e
se está d e a c o r d o c o m o q u e foi solicitado. É i m p o r t a n t e c h e c a r se a v á l v u l a a c o m p a n h a o produto,
caso esta tenha sido a o p ç ã o acertada.
NORMAS T É C N I C A S
N ã o e x i s t e m . O m a i o r p r o b l e m a d a falta d e n o r m a se reflete p r i n c i p a l m e n t e n o s c a s o s d e pias m o -
noblocos. pois é c o m u m a existência d e gabinetes d e medidas diferentes q u e dificultam a adaptação
das peças.
D u l c e Roseli - G u i a da C o n s t r u ç ã o - C o n s t r u ç ã o M e r c a d o 63. r r a r ç o / 2 0 0 7
O s reservatórios elevados de água podem ser fabricados nos seguintes materiais: plástico reforçado
com fibra de vidro ou compósitos (PRFV); polielileno de média densidade (PEMD). em reservatórios
de volume inferior a 5O01; polietileno de alta densidade (PEAD), para reservatórios de 5 0 0 1 ou mais;
fibrocimento; aço inox e concreto armado.
ESPECIFICAÇÃO
O concreto armado, seguido pelo aço inox. é o material que pode ter suas dimensões mais facilmente
ajustadas sem que haja incremento expressivo de custos. No caso dos reservatórios de PEMD, o PEAD e o
poliéster reforçado com fibra de vidro, produtos não-padronizados acarretam em forte elevação do custo.
Em geral, todos os materiais, exceto o concreto armado, facilitam o processo de higienização interna. A
tendência atual é adotar reservatórios produzidos em escala industrial, que são concebidos, geralmente,
de modo a permitir a limpeza sem o ingresso de pessoas, como por exemplo, a higienização das superfí-
cies lisas internas, que é feita por hidrojateamento sob pressão. Ainda assim, os reservatórios devem ser
práticos e prover facilidades que permitam o ingresso de pessoal técnico adequado para limpar.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
O comprador deve estar sempre atento quanto ao respeito às normas técnicas, garantia do produto
(durabilidade), facilidades de manutenção e reparos, limpeza e higienização. Também é importante
exigir manual de instalação.
P R A Z O DE E N T R E G A
Normalmente, o produto está disponível nas revendas de materiais de construção e o prazo de en-
trega é estabelecido pelo revendedor.
R E Q U I S I T O S DE Q U A L I D A D E
O s reservatórios não devem conferir odor, sabor, cor ou toxicidade à água armazenada, nem ser
suscetíveis à proliferação de microorganismos. Esse último detalhe contra indica a adoção de reser-
vatórios de concreto armado.
NORMAS TÉCNICAS
LOGÍSTICA
D u l c e RoseU - G u i a da C o n s t r u ç ã o - C o n s t r u ç ã o M e r c a d o t/). a b r i l / 2 0 0 7
M a n u t e n ç ã o d o c o n t r o l o da q u a l i d a d e sobro o $ p r o d u t o » f a b r i c a d o * e a d i s p o n i b i l i d a d e d e m a n u a l de a p l i c a d o
ü o i t e n s i m p o r t a n t e » q u e d e v e m ser o b s e r v a d o s a o c o m p r a r o» s i s t e m a s P E X
O s tubos de polietileno reticulado dos sis-temas PEX são semiflexíveis. o que possibilita sua passa-
gem por dentro de conduíte e dispensa o uso de conexões, como joelhos e cotovelos. O sistema
resiste à corrosão galvênica, ao contrário do cobre e do ferro, e suporta a condução de água fria e
quente a 9 5 ° C . É um material inerte à grande maioria dos produtos químicos, resistente a impactos,
altas temperaturas e ao congelamento. Ademais, a superfície lisa do tubo. a ausência de depósitos
de calcário e de corrosão, associadas ao número reduzido de conexões, permitem ao sistema baixos
níveis de perda de carga.
ESPECIFICAÇÃO
O sistema apresenta tubos em bobinas flexíveis e conexões mecânicas de metal (latão), enquanto
outros sistemas apresentam tubos rígidos retilíneos e conexões com solda ou rosca. O s PEX seguem
especificações DIN (Norma de Controle de Qualidade Alemã) ou UNE (Norma de Controle de Qua-
lidade Espanhola), entre outras, dependendo da origem do fabricante ou de seu representante no
território nacional.
CUIDADOS DURANTE A INSTALAÇÃO
O sistema utiliza um tubo guia de maior bitola e pode ser aplicado após a etapa de revestimento.
PREÇOS E FORNECEDORES
P R A Z O DE E N T R E G A
O prazo de entrega varia de acordo com o fabricante ou fornecedor. E imprescindível ter uma garan-
tia de que o produto será entregue em momento adequado ao cronograma da obra.
R E Q U I S I T O S DE Q U A L I D A D E
O comprador deve sempre observar se o fabricante disponibiliza o sistema completo (tubos e conexões).
A manutenção do controle de qualidade sobre os produtos fabricados e a disponibilidade de manual
de aplicação também são itens importantes, assim como a verificação da qualidade no treinamento da
mão de obra e a assistência de aplicação e técnica. Além disso, é necessário averiguar se o fornecedor
ou fabricante já possui sistemas instalados de comprovação sobre condições de funcionamento.
LOGÍSTICA
Os produtos devem ser transportados em embalagens apropriadas para estocagem no canteiro de obras. Po-
dem ser armazenados no local, porém, como é um material plástico, deve ser protegido de raios ultravioleta.
Devido à flexibilidade, os tubos podem ser entregues em rolos de grande comprimento e as cone-
xões embaladas e separadas por itens, facilitando o trabalho do almoxarifado da obra. Na entrega,
o cuidado a ser tomado é o mesmo para qualquer outro tipo de material, pois embora o PEX seja
muito resistente, é preciso evitar possíveis trincas e outras avarias nos tubos.
NORMAS TÉCNICAS
ESPECIFICAÇÃO
O s tubos rígidos de cobre são divididos em três categorias: A, E e I, de acordo com a finalidade da
instalação e a pressão de serviço (espessura de parede do tubo). O s da classe A possuem espessura
de parede entre 0,70 mm e 1.50 mm e são indicados para instalações de água quente, água fria, rede
de hidrantes e rede de sprinklers. O s tubos da classe E são usados nas mesmas situações dos da
classe A. além de instalações de calefação e locais em que as pressões de serviço variam entre 14
e 41 kgf/cnr. Têm espessura de parede de O.50 mm a 1.20 mm. Já a categoria I. com espessura de
parede entre 1 e 2 mm. é voltada para instalações de gás combustível, gases medicinais e instalações
em que as pressões de serviço variam de 2 0 a 88 kgf/cm7. Vale ressaltar que. quanto menor o diâme-
tro, maior a pressão de serviço. O s tubos flexíveis são indicados para condução de gás para o fogão
e em sistemas de refrigeração. Ás conexões, necessárias para acoplamento dos tubos, podem ser
produzidas em cobre ou bronze, que é liga do cobre. São soldadas aos tubos com maçarico a gás
e a adesão entre as peças é perfeita se há condições adequadas de limpeza, ajuste e temperatura.
CUIDADOS
O cobre, por ser metal nobre, tem excelente resistência à corrosão. Mas. na presença de águas
agressivas, pode apresentar reação e, com isso, perda de estanqueidade. Assim, é necessário saber
de onde vem a água que irá passar pelos tubos. Q u a n d o o abastecimento for por meio de poços ou
minas, a água deve ser analisada para verificar se possui agressividade e, em caso positivo, ela deve
ser tratada. Quando as tubulações forem enterradas, elas não devem ficar em contato direto com o
solo. para evitar que agentes agressivos reajam com o cobre. É recomendável a proteção da tubula-
ção. que pode ser feita com fitas adesivas.
É preciso tomar cuidados na estocagem do produto, para preservar as qualidades técnicas do mate-
rial. O s tubos e conexões devem ser guardados em locais limpos, e sem contato direto com o solo.
Eles também não devem ficar em contato com produtos químicos, tubos de aço, arame recozido,
aço para construção, ou outro metal que não seja cobre e suas ligas. Devem-se evitar choques me-
cânicos. O s tubos de cobre rígidos devem ser tampados em suas extremidades, para evitar que seu
interior se suje. O s tampões devem ser retirados somente no momento da instalação do tubo.
Há apenas dois fabricantes de tubo de cobre no Brasil e cinco de conexões. A maioria tem sede no
Estado de São Paulo, mas possuem distribuidores em todo o país. A ordem de compra deve conter
informações como norma seguida, diâmetro nominal do tubo, classe (A. E ou I) e marca do fabricante.
A ordem de compra das conexões deve informar se são de cobre ou bronze, a norma seguida, o
diâmetro nominal da conexão e a marca do fabricante. O preço varia dependendo da espessura e
do diâmetro do tubo: quanto maiores, mais caros.
C O N D I Ç Õ E S DE PAGAMENTO
PRAZO DE ENTREGA
FORMA DE ENTREGA
O s tubos rígidos são fornecidos em barras com comprimento mínimo de 5 m e embalados em filme
plástico. Já os flexíveis são vendidos em rolos de 2 3 0 a 235 m, com 4 0 a 45 kg/bobina. A s conexões
são vendidas a granel. A fábrica pode cortar os tubos no tamanho necessário para a construtora, mas
vai depender do volume pedido. O instalador, com uma serra especial, também pode cortar no local.
REQUISITOS DE QUALIDADE:
Todos os tubos devem seguir as normas da ABNT. que também especifica o diâmetro do produto e sua
espessura. Para facilitar o controle pelo comprador, eles devem ter gravado, a tinta preta, na parede
externa, a norma específica do tubo, o nome do fabricante, diâmetro e espessura da parede e a classe.
O s tubos são fornecidos tamponados, por tampões plásticos em suas extremidades, nas cores verde,
amarelo e azul (respectivamente nas classes E. A e I). o que facilita a identificação das classes.
HIDRÁULICA
NORMAS TÉCNICAS
66 66.7 x l.OO 1.839 20.0 66.7 x 1.20 2.200 24.0 66.7 x 1.5 2.737 28.0
79 79.4 x 1.20 2.627 19.0 79.4 x 1.50 3.271 24.0 79.4 x 1.9 4.122 27.0
IO4 104.8 x 1.20 3.48o 14.0 IO4.8 x 1.50 4.337 18.0 104.8 x 2.0 5.755 20.0
Ponto: Procobro
NBR 7541 - TUBOS FLEXÍVEIS
Diâmetro nominal (polegadas) (mm) Diâmetro externo Espessura do Peso (kg/m) Pressão do sorvido (kg/cm 1 )
parede
O d e s e m p e n h o d e uma o b r a d e d r e n a g e m realizada c o m t u b o s d e c o n c r e t o d e p e n d e da q u a l i d a d e d o
p r o d u t o , q u e d e v e s e r f a b r i c a d o d e a c o r d o c o m as n o r m a s d a A B N T ( A s s o c i a ç ã o B r a s i l e i r a d e N o r m a s
T é c n i c a s ) , e t a m b é m d a q u a l i d a d e d o p r o j e t o , q u e p r e c i s a s e g u i r as r e g r a s q u e d e t e r m i n a m fatores
c o m o os limites d e velocidades, declividades, d i m e n s i o n a m e n t o estrutural e hidráulico, e n t r e outros.
O v i c e - p r e s i d e n t e d a A B T C ( A s s o c i a ç ã o Brasileira d e T u b o s d e C o n c r e t o ) , A l í r i o Brasil G i m e n e z ,
l e m b r a q u e u m d o s principais fatores q u e os c o m p r a d o r e s d e v e m se atentar é a c o m p a r a ç ã o d o s
preços entre os fornecedores. "Existem alguns p r o d u t o s q u e aceitam algumas informalidades e m seu
p r o c e s s o d e f a b r i c a ç ã o e os t u b o s d e c o n c r e t o n ã o f o g e m a essa regra. N e l e s , as q u a n t i d a d e s de
c i m e n t o e aço d e f i n e m os custos d e fabricação e c o n s e q u e n t e m e n t e os preços d e venda", explica.
P o r isso. a m e l h o r s a í d a é n ã o a d q u i r i r d e t e r m i n a d o s t u b o s a p e n a s p o r c o n t a d o p r e ç o , s e j a e l e
acessível o u não. e s i m c o n s i d e r a n d o se o s p r o d u t o s a t e n d e m as e s p e c i f i c a ç õ e s e s t i p u l a d a s p e l a s
n o r m a s técnicas. " M u i t a s vezes, os t u b o s r e p r e s e n t a m m e n o s d e l % d o valor total d o e m p r e e n d i m e n -
to e uma c o m p r a sem critério técnico p o d e c o m p r o m e t e r t o d o o investimento", explica Gimenez.
ESPECIFICAÇÕES
Já os tubos de junta rígida são utilizados em todos os processos de drenagem, menos para o transporte
de esgoto sanitário, já que os sistemas de encaixe são rejuntados com argamassa de areia e cimento
em vez de anéis de borracha, o que oferece riscos de contaminação do subsolo e do lençol freático.
O s tubos de junta elástica apresentam exigências técnicas mais severas que os tubos de junta rígida
e também são mais caros que o outro modelo. Entre todos os tipos de tubos, os de junta elástica
para cravação, também chamados de "jacking pipe", apresentam custos mais elevados por possibili-
tar a execução de obras de drenagem com as menores interferências na superfície.
NORMAS TÉCNICAS
As normas técnicas da A B N T são diferentes para cada tipo de produto. O s tubos de concreto de
seção circular destinados à captação e condução de águas pluviais e esgoto sanitário devem ser
fabricados de acordo com a NBR 8890/2007. Já os tubos jcicking pipe recebem tratamento diferen-
ciado e devem ser fabricados e controlados tecnicamente pela NBR 1 5 3 1 9 / 2 0 0 7 .
A instalação dos tubos é um dos primeiros trabalhos a serem desenvolvidos na obra junto com os
serviços de terraplenagem. Recentemente foi aprovada a NBR 15645 que regulamenta os critérios
técnicos a serem empregados na execução de obras com tubos de concreto.
O s tubos podem ser armazenados no canteiro para uso posterior, desde que de forma correta. O
aconselhado é que os produtos sejam estocados na posição vertical, evitando esforços mecânicos
desnecessários que poderiam ser causados na posição horizontal. Além disso, é importante que
não sejam colocados muito próximos as extremidades das valas, pois podem gerar sobrecargas não
previstas e contribuir para a ruptura do solo e fechamento da vala.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
É possível encontrar fabricantes de tubos de junta rígida em todo o Brasil, porém, não acontece o
mesmo com os de junta elástica, já que 9 5 % dos fabricantes desse produto concentram-se nas regiões
Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Durante a compra, é preciso verificar se o produto atende às exigências
das normas técnicas e se as especificações dos tubos são as ideais para o projeto que vai ser instalado.
LOGÍSTICA
Assim como na estocagem, os tubos de concreto devem ser transportados pelos fonecedores na
posição vertical, devidamente amarrados e travados.
A recomendação só não vale para os tubos destinados à captação de esgoto sanitário, pois esses
produtos são muito compridos e devem ser transportados na posição horizontal.
E importante lembrar que nunca se deve laçar um tubo passando o cabo de aço por dentro dele. porque
pode provocar a quebra dos cantos. O recomendado é que os tubos sempre sejam laçados externamen-
te pelo seu diâmetro com a utilização de cabos de aço flexíveis ou fitas corretamente dimensionadas.
HIDRÁULICA
J O s t u b o s só p o d e m ser e s t o c a d o s na p o s i ç ã o vertical.
J D u r a n t e o t r a n s p o r t e , d e v e m ser laçados e x t e r n a m e n t e .
TUBOS DE PVC
ESPECIFICAÇÃO
O s tubos de P V C podem ser usados para a condução de água fria ou para esgoto. Nesse último
caso. divide-se em série normal (esgoto doméstico) e reforçada (águas pluviais e ventilação). A di-
ferenciação se faz por meio das cores: marrom para água fria. branco para esgoto sanitário série
normal e bege-pérola para esgoto série reforçada.
A especificação não se dá apenas pela utilização que a tubulação terá. O construtor deve considerar
peculiaridades do projeto, como, por exemplo, o caso de tubulações enterradas, que exigem mais
da resistência à compressão do material, além de se verificar o dimensionamento das tubulações e
o atendimento dos parâmetros definidos pelas normas técnicas.
C O N D I Ç Õ E S DE P A G A M E N T O
É difícil especificar as condições oferecidas, já que se dão por vários canais diferentes, como dis-
tribuidores. revendas e home cenlers. Há casos de pagamento em várias parcelas, outros que só
permitem compra à vista.
Como tubos e conexões podem s e r e s t o c a d o s , as e m p r e s a s r e s p o n s á v e i s p e l a d i s t r i b u i ç ã o dos
componentes geralmente têm serviço d e entrega imediata.
FORMA DE ENTREGA
REQUISITOS DE QUALIDADE
NORMAS TÉCNICAS
Kelly C a r v a l h o - C o n s t r u ç ã o M e r c a d o 53, d e r e m b r o / 2 0 0 5
ESPECIFICAÇÃO
O s produtos são destinados à instalação hidráulica, gás e refrigeração. O s tubos rígidos de cobre
apresentam, no mínimo. 9.9% de cobre em sua composição e são fabricados nos mesmos diâme-
tros das conexões. O produto é fornecido em três classes, que se diferenciam pelas espessuras
de parede, pesos e pressões de serviço. O s tubos de classe E são recomendados para instalações
hidráulicas prediais, cuja pressão de serviço máxima na rede é de 4.0 kgf/cm 2 ou 4 0 mca. O s tubos
da classe A são utilizados nas instalações de gás e os de classe I são recomendados para instalações
de alta pressão (industriais). As conexões são produzidas com ou sem anel de solda e possuem
pressão de serviço compatível com a dos tubos de cobre. A diferença é que a primeira já vem com a
solda incorporada na própria conexão, não necessitando acrescentar qualquer outra quantidade de
solda externa, já na segunda é necessária a adição de solda no momento de execução dos serviços.
As conexões rosqueáveis são utilizadas em pontos terminais e possuem alta resistência mecânica.
INSTALAÇÃO
A execução é realizada por meio de soldagem. Adiciona-se, após a limpeza das partes, um fluxo
líquido para soldagem a fim de melhor conduzir a solda no momento da aplicação. Em fixações com
abraçadeiras, devem ser previstos materiais isolantes entre os metais. Em flanges e registros que não
são de liga de cobre, a união das peças ocorre com rosca em conexões de bronze, em que o vedan-
te plástico toma a função de isolante metálico. Ao término da montagem, enquanto as tubulações
estiverem totalmente expostas, deve ser previsto o teste hidrostático. a fim de identificar possíveis
vazamentos. C o m o sistema hidráulico pronto, realize a lavagem da tubulação para a retirada de
impurezas e excessos d e materiais p r o c e d e n t e s d a soldagem. A p ó s o teste hidráulico, a água não
d e v e r á ficar e s t a g n a d a na t u b u l a ç ã o , d e v e n d o - s e esvaziá-la o u realizar l a v a g e n s c o n s t a n t e s até a
efetiva utilização d o sistema.
FORMA DE ENTREGA
PRAZO DE ENTREGA
C O N D I Ç Õ E S DE PAGAMENTO
C o m b i n a r c o m o fornecedor.
REQUISITOS DE QUALIDADE
Normas de produto
NBR 13206 - Tubo de cobre leve, m é d i o e p e s a d o s e m costura, para c o n d u ç ã o de
fluidos
N B R 5 0 1 9 - P r o d u t o s e ligas d e c o b r e - Terminologia
Normas de instalações
Agua Quente: NBR 7198 - Projeto e execução d e instalações prediais d e água quente
Incêndio
NBR 10897 - Proteção contra incêndio por chuveiros automáticos
K«lly C a r v a l h o - C o n s t r u ç ã o M e r c a d o 52. n o v e r r . b r o / J O O i
ESPECIFICAÇÃO
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
Há pontos de vendas e fornecedores com políticas próprias. Alguns fazem visitação e acompanha-
mento na obra, enquanto outros vendem direto. Portanto, a construtora deve avaliar o atendimento
mais adequado às necessidades da obra. Além do atendimento e do preço, é importante que a
escolha seja baseada na qualidade da marca. Atualmente, o Programa de Garantia da Qualidade
de Tubos e Conexões de P V C para Instalações Hidráulicas possui 12 empresas participantes, que
correspondem a 18 unidades fabris. Essas empresas são responsáveis por. aproximadamente. 9 1 % da
produção nacional de tubos de P V C para instalações hidráulicas prediais*.
* A luta do fabricantes podo w r encontrada no sito do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat - www.cidadcs.gov.br/pbqp-h
HIDRÁULICA
FORMA DE ENTREGA
PRAZO DE ENTREGA
A maioria dos fornecedores trabalha com o produto estocado, portanto, a entrega pode ser imediata.
Medidas de menor volume de venda devem ser e n c o m e n d a d a s c o m dez a 3 0 dias de antecedência.
C O N D I Ç Õ E S DE PAGAMENTO
REQUISITOS DE QUALIDADE
O s tubos e conexões d e P V C para sistemas hidráulicos prediais d e v e m atender aos requisitos espe-
cificados nas Normas Brasileiras N B R 5648/99 - Sistemas Prediais de Água Fria - Tubos e C o n e x õ e s
de P V C 6.3. P N 7 5 0 KPa. com Junta Soldável - Requisitos-, N B R 5688/99 - Sistemas Prediais d e Água
Pluvial, Esgoto Sanitário e Ventilação - Tubos e C o n e x õ e s d e P V C , tipo D N - Requisitos.
NORMAS TÉCNICAS
Tubos e conexões compõem o sistema hidráulico de uma edificação e são responsáveis por conduzir a
água fria até os pontos de consumo ou descarga. O sistema é instalado em três fases na obra: as pru-
madas ligam a fonte de água da edificação do seu nível superior aos inferiores; a distribuição conecta as
prumadas aos ambientes; e os ramais e sub-ramais fazem a água chegar aos pontos d e consumo.
Independentemente d o sistema escolhido, sempre haverá pequenas perdas do material, pois. eventual-
mente, os produtos são danificados ou não são evitadas sobras d e pontas ao cortar o tubo para que se
faça cada parte do encanamento. Por isso, é importante elaborar um projeto detalhado para orientar a
execução do sistema e até mesmo fazer um protótipo para servir d e referência e reduzir as perdas.
ESPECIFICAÇÕES
Além do material no qual são fabricados, os tubos e conexões se diferenciam de acordo com sua resis-
tência à pressão e temperaturas. Por isso. os produtos feitos em P V C . polipropileno. sistema P E X e cobre
são os mais usados para sistemas hidráulicos d e água fria. pois suportam somente temperaturas de 2 0 ° C .
no primeiro caso, ou até 8o<>C. nos outros três. Já os tubos e conexões fabricados em aço-carbono são
capazes de conduzir água com até 2 0 0 ° C .
Devido a essas diferenças, para garantir o bom desempenho das tubulações de água fria, o dimensiona-
mento dos produtos deve ser feito por um profissional capaz de identificar qual material possui vazão e
pressão confortável e econômica para os aparelhos hidráulicos de determinado empreendimento.
NORMAS TÉCNICAS
A instalação dos tubos e conexões deve seguir as recomendações da A B N T NBR 5626, que determina
como elaborar o projeto, realizar a execução e manutenção do sistema hidráulico de água fria. Já em
relação à fabricação, cada tipo de produto possui a sua própria norma técnica. Por exemplo, os tubos e
conexões de P V C marrom soldáveis e branco roscáveis obedecem à NBR 5648 e NBR 5680, respecti-
vamente. O s tubos fabricados em cobre, classe I. A e E. devem seguir as determinações da NBR 1320Ó.
Também utilizados para água quente, os tubos de aço-carbono com ou sem costura são fabricados de
acordo com a norma EN 10255 e NBR 5580, e os tubos de aço-carbono preto ou galvanizado, segundo
a A S T M A120. Já a fabricação das conexões de ferro maleável galvanizadas obedece à NBR 6943. No
caso de aço-carbono. as referências são as normas ANSI-Bló.9 e A S T M A234 W P B .
As normas técnicas de outros materiais como polipropileno e do sistema PEX estão em discussão
nas comissões de estudo da A B N T (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
CUIDADOS DURANTE A E X E C U Ç Ã O
A instalação dos tubos e conexões de água fria é iniciada pelas prumadas e. posteriormente, assim
que executadas as alvenarias. Alguns pontos devem ser analisados com cuidado para que se evite
o desperdício exagerado de materiais de construção. E importante verificar, por exemplo, se há a
necessidade de quebrar a base para fazer o embutimento da tubulação, como em paredes de blo-
cos. e qual o nível de dificuldade para esse procedimento, já que podem existir pontos de concreto.
C a s o não haja dificuldades relevantes, o próximo passo é constatar se o equipamento utilizado para
quebrar a parede ou o piso está disponível. Mas. se o procedimento for difícil, uma boa clica é fazer
o embutimento em paredes ocas ou usar carenagens ou shafts (peças para cobrir a tubulação).
No entanto, para isso, é preciso determinar previamente a posição predominante das tubulações (na
parede, no teto. no piso etc.) e contratar uma equipe capacitada para a execução do serviço. Outra
dica importante é não deixar faltar material no local da instalação para que não se perca tempo com
novas compras. Também é válido observar se a quantidade de conexões por metro de tubulação é
suficiente, pois o número maior ou menor do material aumenta a dificuldade de acoplamento.
LOGÍSTICA
No descarregamento, os tubos precisam ser manuseados com cuidado para não sofrerem trincas,
amassados ou quebras. O s produtos podem ser armazenados para uso posterior desde que sejam
devidamente identificados e colocados em locais apropriados, como baias com alturas definidas ou
em gavetas, no caso das conexões.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
O s fornecedores de tubos e conexões são encontrados em todo o Brasil principalmente nas regi-
ões Sul e Sudeste. Para selecionar o fabricante, o ideal é verificar sua capacidade de fornecimento,
o prazo a ser cumprido e facilidades no caso de manutenções futuras. Outro ponto importante é
encomendar materiais que sigam as especificações do projeto da obra. verificando se os tubos e
conexões estão compatíveis quanto à pressão de trabalho, acabamento e limpeza.
CHECK-LIST
J Além disso, cada tipo d e tubo e conexão possui normas próprias para a fabri-
cação.
Colaboraram: Natal José Garrafoli. diretor do Grupo Setorial de Tubos e Conexões de Plásticos da
Asfamas (Associação 3rasileira dos Fab'icantes de Materiais e Equipamentos para Saneamento) e
Marta Tomaz. engenheira hidráulica.
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como comprar
REVESTIMENTO
Forros de P V C
Forros Drywall
Mármores e granitos
Pavimento intertravado de concreto
Pavimentos intertravados
Piso intertravado
Pisos de concreto estampados
Pisos elevados
Pisos vinílicos
Revestimentos acústicos
Revestimentos cerâmicos para piso
REVESTIMENTO
FORROS DE PVC
Bianca A n t u n e t - C o m t r v i ç S o M e r c a d o W . m a í o / J O O d
ESPECIFICAÇÃO
O forro de P V C é formado por réguas (perfis) que se encaixam. O sistema mais comum de encaixe é
o tipo macho e fêmea. As medidas podem variar, mas a maioria dos fabricantes produz réguas de 3 a
12 m de comprimento (a de 6 m é a mais utilizada). Tamanhos fora de padrão podem ser encomenda-
dos. mas é preciso Ipvar pm conta a forma de transporta das p^ças - verificar, por «^x^mplo, sp caberá
na carroçaria de um caminhão. Não há. também, limites de altura ou de espessura das peças, mas é
recomendável que tenham peso médio de 1.9 kg/m 2 . O produto é disponibilizado em cores variadas,
inclusive com imitação de madeira. Na hora da compra, é importante verificar se o fabricante possui
uma linha completa de acessórios de acabamento, para garantir que tenham a mesma cor do forro.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
Má mais de 70 fabricantes no Brasil, ainda que apenas oito deles estejam em conformidade com as
normas. Apesar de parecer um número pequeno, essas empresas representam cerca de ó O % do
mercado nacional de forros e estão presentes em todo o Brasil. Mas não são os fabricantes que ins-
talam - para isso, há empresas especializadas. O construtor, no caso. pode deixar todo o trabalho de
compra e execução para o instalador. Outra opção é comprar o forro do fabricante (ou da revenda)
e contratar, separadamente, apenas o serviço de instalação.
C O N D I Ç Õ E S DE P A G A M E N T O
P R A Z O DE E N T R E G A
Estoque e distância para transporte são dois fatores que influenciam no prazo de entrega. Mas, nor-
malmente. pode variar de cinco a dez dias.
F O R M A DE E N T R E G A
São embalados em pacotes com dez réguas cada e cobertos por um plástico transparente, com as
pontas protegidas com papelão (onde ficam as informações do fabricante).
É preciso estar atento à forma com que as réguas são amarradas na hora do transporte - a carroçaria
deve ter tamanho suficiente para que as réguas fiquem retas, ou seja. nunca se deve deixá-las para
fora. Assim, evita-se que entortem ou que se formem ondulações. Pelo mesmo motivo, é preciso
estocá-las em local plano e nunca apoiar outros materiais em cima das placas. O empilhamento
máximo deve ser de dez pacotes.
R E Q U I S I T O S DE Q U A L I D A D E
O produto possui programa de qualidade, por meio do P B Q P - H . As normas técnicas são relati-
vamente novas - foram publicadas pela primeira vez em 1999. O s perfis passam por testes como
medição da deformação máxima devido ao calor, características mecânicas, resistência ao impacto,
linearidade (para que haja um encaixe perfeito), entre outros. Todas as empresas (conformes e não-
conformes) têm seus produtos ensaiados periodicamente - seja com perfis retirados na fábrica ou
nas lojas. A página web do P B Q P - H (www.cidades.gov.br/pbqp-h) disponibiliza a relação das empre-
sas em conformidade.
REVESTIMENTO
NORMAS TÉCNICAS
N B R 1 4 2 9 1 - Perfil d e P V C r í g i d o p a r a f o r r o s - D e t e r m i n a ç ã o d a e s t a b i l i d a d e a o i n t e m -
perismo provocado artificialmente
N B R 1 4 3 7 1 - F o r r o s cie P V C r í g i d o p a r a i n s t a l a ç ã o e m o b r a - Procedimentos
N o r e c e b i m e n t o d o m a t e r i a l , é p r e c i s o verificar se as cKapas
não a p r e s e n t a m c a n t o s q u e b r a d o s o u f e r r u g e m n a e s t r u t u r a d e s u p o r t e
O forro drywall é u m sistema construtivo para uso interno f o r m a d o por chapas d e gesso acartonado
d e alta resistência acústica e m e c â n i c a . M u i t o utilizado nos Estados U n i d o s e na Europa, n ã o utiliza
n e m á g u a n e m c i m e n t o . Sua m o n t a g e m é realizada p o r a c o p l a m e n t o m e c â n i c o , s e n d o q u e as c h a p a s
são suportadas p o r u m a estrutura fabricada e m aço galvanizado. A instalação é rápida, limpa e não
acumula entulho.
ESPECIFICAÇÕES
A diferença básica entre os diversos tipos de forros drywall está na estrutura de suporte às chapas
e se estas são removíveis ou não. Além disso, ainda existem peças com maior vedação acústica e
chapas lisas, curvas, inclinadas ou trabalhadas de acordo com o projeto.
O passo iniciai e fundamental para a instalação dos forros drywall é a criação de um projeto que leve
em consideração todas as exigências e limitações da arquitetura, sua segurança, o grau de exposição
que as vedações externas estão submetidas e a localização de portas e janelas, para que assim se
escolha o tipo de forro que atenda às necessidades do usuário. Um projeto benfeito reduz custos e
futuras patologias, como fissuras.
A aplicação do sistema de chapas deve ser feita após a execução da superestrutura. das vedações
verticais, do acabamento das paredes e da garantia de que não haverá vazamento ou infiltração acima
do forro. Apesar de ser possível acrescentar ou revisar instalações após o forro pronto, é recomendado
que todos os sistemas de iluminação, ar-condicionado. som, telefonia e sprinkler já estejam instalados.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
O maior cuidado a ser tomado na escolha de fornecedores é a qualificação da mão de obra con-
tratada. Para um melhor desempenho, os forros drywall devem ser instalados por especialistas que
saibam escolher materiais dentro dos padrões da A B N T e que atendam às necessidades do projeto.
Um dos principais erros cometidos é a comparação de preços de produtos com especificações que
não são compatíveis entre si.
LOGÍSTICA
O s forros drywall são transportados pelo fornecedor sobre paletes, devidamente protegidos contra
a umidade e outros danos que podem diminuir o desempenho do produto. Na hora do recebimento
do material, é preciso verificar se as chapas não apresentam cantos quebrados, bordas rasgadas,
faces molhadas ou rasgadas e se não há pontos de ferrugem nos metais. Também é importante esco-
lher um local de estocagem coberto e armazenar as chapas afastadas do chão plano, sobre estrados
ou pontaletes, protegidas por manta plástica.
NORMAS TÉCNICAS
No Brasil, apesar de não existirem normas específicas para forros em drywall. existem quatro normas
sobre chapas em gesso acartonado. A NBR 14715-1 e NBR 14715-2 referem-se à fabricação de chapas;
a NBR 15217 é referente à fabricação de perfis de aço para sistemas de gesso acartonado. Também
está em elaboração uma norma sobre montagem de drywall e dos demais componentes. A quarta
norma é a 15758-2 que trata dos requisitos para sistemas usados como forros.
Kelly C a - v a l h o - C o r v j i r u ç â o M e r c a d o 51. o u l u b r o / 2 0 0 5
ESPECIFICAÇÃO
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
O Brasil tem cerca de 1.500 mineradoras. 1.5OO serrarias e 9 mil marmorarias que fornecem o pro-
duto ao consumidor final. C o m o as pedras exigem um trabalho apurado de corte e acabamento, é
importante cautela na hora de encomendar o serviço, observando, inclusive, a tradição do marmo-
rista que fornece o trabalho.
REVESTIMENTO
FORMA DE ENTREGA
Em geral as pedras são entregues em paletes, principalmente em grandes obras. A forma de entrega,
no entanto, varia de região para região. Em São Paulo, por exemplo, contrata-se o serviço acabado,
com a medição e colocação das pedras. Já em Minas G e r a i s e Espírito Santo, em geral, depois do
material comprado, contrata-se um profissional para fazer o desenho e o trabalho de marmoraria.
PRAZO DE ENTREGA
Depende do tipo e do volume do material. Para produtos sob encomenda devem ser feitos com até
três meses de antecedência. Para as pedras padronizadas, é possível a entrega imediata ao pedido.
C O N D I Ç Õ E S DE PAGAMENTO
REQUISITOS DE QUALIDADE
As rochas sofrem solicitações naturais que provocam desgaste, perda de resistência mecânica, fissu-
ração, manchamento, eflorescência de sais e mudanças de coloração. Para prever esses problemas
a correta especificação diante do uso pretendido é importante.
NORMAS TÉCNICAS
O pavimento intertravado de concreto é composto por peças pré-moldadas de concreto (lajotas ou blocos)
feitas de cimento estrutural branco e pigmentos especiais. É utilizado na pavimentação de calçadas, vias
urbanas, praças, pátios de armazenamento, entre outros. Às peças são assentadas sobre uma camada de
areia firmada sobre base granular ou cimentada. As dimensões das peças variam de acordo com o projeto.
O material é de instalação simples, tem efeito antiderrapante e pode ser utilizado inclusive para locais de
tráfego pesado. Outra característica é a facilidade de manutenção, visto que em caso de patologias apenas
as peças afetadas são trocadas ou recolocadas. Uma particularidade pouco observada do pavimento é que.
em sua maioria, possui cor clara e pode gerar reflexão da luz do sol. o que permite maior luminosidade. "Isso
proporciona maior reflexão da luz solar durante o dia. consequentemente menor geração de calor. Já, à noi-
te, há uma maior reflexão da iluminação resultando em menor consumo de energia", observa o engenheiro
Cláudio Oliveira, gerente do projeto Indústria da A B C P (Associação Brasileira de Cimento Portland).
ESPECIFICAÇÕES
Além disso, é importante que o pavimento seja fabricado com um controle adequado do concreto. "A
fabricação do pavimento deve ser feita por processos que assegurem a obtenção de concreto sufi-
cientemente homogêneo, compacto e de textura lisa", adverte Márcio Joaquim Estefano de Oliveira,
professor de materiais de construção do curso de Engenharia Civil do Instituto Mauá de Tecnologia.
LOGÍSTICA
É recomendado que o material seja transportado em paletes da fábrica ao canteiro de obras pelo for-
necedor. No recebimento, é importante fazer uma análise visual que permita verificar se as peças estão
homogêneas, com aparência igual è da amostra da compra e se detêm as especificações necessárias
ao projeto a ser construído. Se houver dúvidas por parte do cliente, há recomendações previstas na
norma NBR 9780.
O s engenheiros Lucas Bach Adada. mestre em Engenharia Civil pela U F S C (Universidade federal de
Santa Catarina), e Paulo Roberto Ramos, doutor em Engenharia da Produção pela U F S C , apontam
orientações para o recebimento do produto: observar a permeabilidade e porosidade das peças
de concreto, que devem apresentar dificuldade em absorver a água; fazer um teste de massa, pois
quanto mais leve se apresentar, menos resistente; verificar se há grande variação na qualidade de
cor, que identifica um problema na compactação do concreto.
Deve-se averiguar, antes da compra, se o fornecedor oferece todas as garantias de fabricação, como
no caso cie problemas com a resistência à compressão e com a variabilidade nas dimensões.
C U I D A D O S DE I N S T A L A Ç Ã O
De acordo com os especialistas consultados, é preciso cuidado especial ao executar o subleito, terreno
de fundação que é base da estrutura do pavimento. É recomendável verificar se a camada e o mate-
rial de assentamento apresentam uniformidade e umidade natural (em torno de 4%). de modo a não
prejudicar a preparação do colchão de areia com a espessura e granulometria especificada no projeto.
Para evitar que as peças se soltem, deve-se promover um adequado preenchimento das juntas,
além de uma contenção lateral firme e. após a compactação, utilizar uma placa vibratória ou socador
manual apropriado.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
O s valores das peças de concreto variam, principalmente, de acordo com a espessura, tipo de uso
e região de produção.
Quanto aos fornecedores, há uma boa distribuição nas regiões Nordeste, Centro-Oeste. Sudeste
e Sul. De acordo com as fontes consultadas, o Brasil inteiro pode ser atendido, exceto o Estado do
Amazonas, que ainda enfrenta dificuldades no recebimento do material.
NORMAS TÉCNICAS
As peças cie concreto que são utilizadas no pavimento intertravado são regulamentadas de acordo
com a NBR 9780. de 1987. que determina os padrões de resistência à compressão, e a N B R 9781,
também de 1987, que traz as especificações.
Está em elaboração pelo CBi8. Comitê Técnico Normativo responsável por elaborar e atualizar as
normas técnicas para cimento, uma norma destinada exclusivamente aos pisos intertravados de con-
creto. C o m isso. as construtoras e os fabricantes vão passar a contar com uma referência técnica que
irá diminuir o uso inadequado do produto.
CHECK-LIST
ESPECIFICAÇÃO
INSTALAÇÃO
FORMA DE ENTREGA
O produto deve ser entregue paletizado. pois agiliza as operações de carga e descarga e evita o
desgaste das peças, provocados por choques mecânicos. Verifique se as arestas das peças são re-
gulares e bem definidas. A coloração deve ser homogênea. Observe também a qualidade das peças
por percussão. Peças bem compactas produzem sons mais estridentes (metálicos) enquanto as
porosas produzem sons suaves. A absorção de água de peças mal compactadas, e portanto de me-
nor resistência, é maior do que as peças bem compactadas. Jogue um pouco de água sobre a peça
e verifique se a absorção é imediata. Em peças bem compactadas a absorção será lenta, ou seja. a
água irá formar uma pequena camada superficial até ser absorvida.denotando que a peça tem maior
compacidade. o que deve resultar em maior resistência à compressão.
PRAZO DE ENTREGA
Em geral as fábricas têm grande capacidade de produção, mas deve-se respeitar o prazo mínimo
para atendimento da resistência à compressão especificada no projeto, que em geral é de sete dias.
Estabeleça em contrato o prazo negociado.
C O N D I Ç Õ E S DE PAGAMENTO
REQUISITOS DE QUALIDADE
O s requisitos avaliados de acordo com as normas brasileiras são as variações dimensionais admis-
síveis. os aspectos visuais e a resistência à compressão, sendo admitida uma resistência mínima à
compressão 35 MPa para solicitações de veículos comerciais de linha e 5 0 MPa para tráfego de
veículos especiais ou solicitações capazes de produzir efeitos de abrasão.
NORMAS TÉCNICAS
ESPECIFICAÇÃO
EXECUÇÃO
Há empresas que fabricam componentes para a execução dos pisos (como fôrmas, desmoldante
colorido, endurecedores coloridos de superfícies, resinas etc.) e o executam, e outras que apenas
fazem a aplicação, comprando todos esses produtos do fabricante. A maioria dos fabricantes e as
maiores empresas estão em São Paulo, mas existem aplicadores em todo o Brasil. A diferença de
preço é pequena e pode variar de acordo com a distância da obra (pois o transporte até o local será
incluído no preço) e. também, da área de piso a ser executada: quanto maior, menor o custo por
metro quadrado. O que influi, nesse caso. é a evolução do cronograma, pois as empresas conseguem
aplicar o produto em uma área maior e em menos tempo. Por isso. obras residenciais podem ter um
custo mais elevado do que obras maiores.
C O N D I Ç Õ E S DE P A G A M E N T O
O pagamento de grandes obras, com cronograma longo, é feito de acordo com medições quinzenais
da área executada; o pagamento é realizado dez dias após a verificação. Já o pagamento de obras
menores é feito normalmente dez dias após o término do piso.
P R A Z O DE E N T R E G A
Imediato. Prevê-se execução de 150 m 2 por dia - o que pode aumentar ou diminuir de acordo com as
especificidades da obra e a quantidade de mão de obra mobilizada.
R E Q U I S I T O S DE Q U A L I D A D E
Ainda não existem normas nacionais nem selo de qualidade para o de concreto estampado. C o m o
parâmetro, devem ser seguidas as normas de execução de pisos convencionais de concreto. Ainda
que não exista uma norma específica para o produto, alguns requisitos estão sendo estabelecidos
pela Abrace (Associação Brasileira do Concreto Estampado), criada há um ano. Para ser admitida
na associação, a empresa deve passar por testes e ensaios e realizar treinamentos regulares. Alguns
requisitos são essenciais para se certificar se a empresa contratada trabalha com qualidade. O prin-
cipal deles é verificar se a empresa utiliza endurecedores coloridos de superfície (pigmentos não
são recomendados) e concreto dosado em central, que tem controle de produção mais rigoroso.
C o m o agregado, o concreto deve conter pedriscos, pois facilitam o acabamento e estampagem da
superfície. Para se certificar de que o piso executado está de acordo com o que foi especificado, o
construtor pode pedir um corpo-de-prova com laudo. O piso deve ter resistência mínima de 18 MPa.
PISO INTERTRAVADO
B i o n o i A n t u n o s - C o m t r u ç S o M«rc.»do 37. n g o i i o / ? 0 0 4
ESPECIFICAÇÃO
O s pisos intertravados são compostos por blocos pré-moldados de concreto e podem ser usados
tanto para o tráfego leve como em calçadas e praças, quanto para o tráfego pesado como em ruas,
estacionamentos e até pistas de aeroporto. As classes de resistência são determinadas de acordo
com o tipo de tráfego: o bloco de 35 MPa é feito para uso comercial de veículos padrão e o de 5 0
MPa é fabricado para uso de veículos especiais ou com efeitos acentuados de abrasão, como em
pista de portos e aeroportos.
A espessura também deve ser levada em conta-. 6 cm para áreas de tráfego leve (passagem de pe-
destres, praças de lazer, estacionamento de veículos) e 8 a 10 cm para áreas de tráfego pesado ou
intenso.
O produto tem variedade de formato e de cor. o que facilita a adaptação de acordo com o proje-
to arquitetônico. As mais recentes utilizações no Brasil são em obras de revitalização das cidades
e o crescimento na adoção do sistema cresceu 41.1% de 2002 para 2003. segundo pesquisa da
A B C P (Associação Brasileira de Cimento Portland) com 35 empresas brasileiras de maior represen-
tatividade no mercado. O piso permite uma remoção mais fácil - em caso de troca de instalação
de serviços subterrâneos e de instalação de fibra óptica, por exemplo, é possível remover o piso e
reaplicar o mesmo material.
Outras características do piso intertravado são a menor reflexão de luz e melhor conforto térmico,
devido às peculiaridades do concreto. C o m o é assentado sobre uma camada de areia e há frestas
entre os blocos, o sistema é permeável e facilita a drenagem.
COTAÇÃO DE PREÇOS E FORNECEDORES
São Paulo concentra a maioria dos fabricantes de piso intertravado, mas há fábricas do produto em
todo o Brasil. Normalmente, a entrega dos pisos é feita em uma área de até 3 0 0 km da fábrica - mais
do que isso, o preço do frete pode inviabilizar o uso. O preço também pode variar de acordo com
o pigmento escolhido. Tons pastéis, feitos com oxido de ferro, são os mais usuais e mais baratos. Já
o verde e o azul feitos, respectivamente, de óxido de cromo e oxido de cobalto são mais caros, em
função da matéria-prima. E possível, ainda, especificar tons diferentes dos padrões, com o desen-
volvimento de pigmento específico - a viabilidade econômica irá depender do tamanho da obra. ou
seja. da quantidade de produto fabricado.
C O N D I Ç Õ E S DE PAGAMENTO
PRAZO DE ENTREGA
As fábricas mantêm estoques para peças padrão e em quantidade suficiente para iniciar uma obra.
Para pedidos de até 5 0 0 m 2 é pronta entrega (cor natural), para peças coloridas ou em maior quan-
tidade. o prazo é de aproximadamente uma semana.
FORMA DE ENTREGA
REQUISITOS DE QUALIDADE
As normas brasileiras definem o desempenho das peças, com especificação de resistência e tipo de
utilização. As dimensões também são definidas pela norma: o menor lado não pode ser menor de IO
cm e o maior lado não pocle ultrapassar 4 0 cm. A A B C P (Associação Brasileira de Cimento Portland)
criou um selo de qualidade para os pisos intertravados, com o objetivo de comprovar a conformida-
de dos produtos com as normas brasileiras. A associação acompanha, há quatro anos, o processo
de produção com ensaios exigidos pela norma. Pelo site (www.abcp.org.br), é possível consultar as
empresas qualificadas.
NORMAS TÉCNICAS
ESPECIFICAÇÃO
Para definir a altura do piso. a construtora deve ter condições de avaliar qual é a infraestrutura de
cabeamento e que fiação será necessária para a operação do empreendimento. Muitas vezes que o
incorporador ou o cliente podem passar essas definições. A medida mais utilizada é de 15 cm, mas
há casos em que esse valor chega a l m. A escolha do tipo de piso - madeira, aglomerado, aço ou
moldado in /oco - dependerá de outras condicionantes, como estética, conforto térmico e acústico,
tipo de revestimento desejado e a resistência necessária para atender ao tráfego estimado para
aquele ambiente. Nesse último caso. também é importante considerar a espessura das placas. Em
áreas críticas, como as que terão o tráfego de veículos, o nível de vibração deve ser calculado para
eventuais reforços ou especificações especiais de placas e estrutura. Diversos revestimentos podem
ser usados: carpete, borracha, revestimento vinílico. cerâmicas e pedras.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
O s fabricantes estão concentrados em especial, na região Sudeste, mas atendem praticamente todo
o país pelas redes distribuidoras.
C O N D I Ç Õ E S DE P A G A M E N T O
Em geral, a construtora paga a primeira parcela no pedido ou em até duas semanas. A segunda parte
é desembolsada na entrega do material e a última, na conclusão da execução do piso elevado.
Em p e q u e n a s q u a n t i d a d e s (o í n d i c e d e p e n d e das c o n d i ç õ e s d o f o r n e c e d o r o u d i s t r i b u i d o r d o piso),
o material é e n t r e g u e e m c e r c a d e u m a semana. Para g r a n d e s metragens, o p r a z o é maior.
FORMA DE ENTREGA
REQUISITOS DE QUALIDADE
NORMAS TÉCNICAS
N B R 1 1 8 0 2 - Pisos e l e v a d o s
N B R 1 2 5 1 6 - Pisos e l e v a d o s
PISOS VINÍLICOS
Variedade dos modelos nacionais é grande, mas importados ainda são maioria
ESPECIFICAÇÃO
Indicados para aplicação em locais fechados, os pisos vinílicos são divididos em linhas específicas
para cada utilização: residencial, comercial e para feiras. A variedade de composição, dependendo
da aplicação, leva em conta características como resistência à abrasão e ao impacto (alto ou baixo
tráfego), além de desempenho acústico e condutividade. Dentro de cada linha, o especificador pode
optar pelo produto em placas ou em mantas. O setor de saúde é um dos que mais utiliza piso vinílico
para hospitais e consultórios médicos. Um dos motivos dessa preferência é a ausência de juntas - em
especial na manta-, o que diminui o acúmulo de sujeira e. por conseqüência, dificulta a proliferação
de fungos e bactérias. Espessuras maiores significam maior resistência ao tráfego. O s residenciais
normalmente têm até 2 mm de espessura. A partir daí. são pisos indicados para alto tráfego.
COMPOSIÇÃO
Há dois tipos: homogêneo e heterogêneo. O piso homogêneo contém a mesma composição em toda
a espessuia e é produzido em placas ou em manias. Já o heterogêneo possui diversas camadas: o
P V C transparente na superfície, a camada que dá a coloração e a base de P V C expandido. Nesse
caso. há apenas produtos em mantas. Na hora de instalar, é importante que o contrapiso esteja nive-
lado, pois o piso vinílico fica com as marcas da superfície inferior.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
Embora existam poucos fabricantes nacionais de pisos de P V C . são oferecidas boas opções de co-
res e aplicações, além do preço mais baixo que os importados. Nos dois casos, há representantes em
todo o País. E importante que o consumidor verifique as garantias de pós-venda, como assistência
técnica, especialmente dos produtos importados.
C O N D I Ç Õ E S DE P A G A M E N T O
P R A Z O DE E N T R E G A
No caso dos importados, pode variar de acordo com o estoque de produtos. Q u a n d o não há su-
ficiente. pode-se esperar até óo dias. Quando há estoque, o prazo de entrega é de 15 dias. ou. em
alguns casos, como na cidade de São Paulo, a entrega pode ser feita em até 48 horas.
F O R M A DE E N T R E G A
As placas são vendidas em caixas (a quantidade de placas por caixa varia de acordo com a espessura
do produto). Há placas de 3 0 x 3 0 cm. ÓO x óO cm ou 61 x 61 cm. Já as mantas são vendidas em rolos
de 2 x 2 0 m ou 2 x 25 m. dependendo do fabricante. As espessuras variam de 1.6 mm a 3.4 mm.
R E Q U I S I T O S DE Q U A L I D A D E
O selo I S O 9 0 0 2 certifica o processo de produção das empresas. Mas é importante verificar, tam-
bém. se foram feitos os testes de resistência, abrasão e manchas - essas informações devem estar
no catálogo dos produtos. A A B N T possui normas técnicas para a produção de pisos vinílicos em
placas e em mantas.
NORMAS TÉCNICAS
Bmnca A n t u n e s - C o n s t r u ç ã o M e r c a d o 39. o u t u b r o / 2 0 0 4
ESPECIFICAÇÃO
L O C A I S DE I N S T A L A Ç Ã O
O s revestimentos acústicos são utilizados, principalmente, em ambientes amplos, como halls e au-
ditórios. em que a reverberação, além do desconforto, rebaixa a qualidade da audição. Também
são usados em escritórios, principalmente os panorâmicos, que favorecem a propagação horizontal
de ruídos. Nesses ambientes, a privacidade acústica das estações de trabalho depende de fatores
como a altura dos biombos, a disposição do mobiliário, a proximidade de paredes não-tratadas e.
principalmente, a presença de forros acústicos que chegam a absorver cerca de 1 5 % do ruído inte-
rior. Em ambientes domiciliares, o mais comum é instalá-los em home theaters.
Devem-se seguir as recomendações de cada fabricante, já que os cuidados diferem de acordo com o
tipo do material a ser utilizado para a fabricação. No caso de materiais suspensos, deve-se tomar cui-
dado com as placas que envergam. respeitar as distâncias máximas e as manter distantes dos dutos de
ar-condicionado. pois correm o risco de escurecer. Para os materiais colados, a cola deve ser específica
para cada tipo de superfície, a fim de evitar que a placa se desprenda com o tempo. Bons fornecedores
dispõem de material com instruções sobre instalação, já que existem recomendações especiais para
que a capacidade de absorção acústica não diminua ou se altere. As placas não podem receber poeira,
pois são baseadas na penetração de ar e. se perdem a porosidade, deixam de ter o efeito desejado.
Por isso, a instalação deve ser uma das últimas etapas da obra. Pelos mesmos motivos, não devem ser
pintadas - apenas se previsto pelo fabricante e observando as recomendações.
C O T A Ç Ã O DE P R E Ç O S E F O R N E C E D O R E S
A maioria dos fabricantes está concentrada na região de São Paulo, mas há distribuidores e aplicado-
res nas capitais da maioria dos Estados brasileiros, por isso. há entrega em todo o país. Há variedade
de produtos nacionais, além de importados.
C O N D I Ç Õ E S DE P A G A M E N T O
Em geral, 4 0 dias.
P R A Z O DE E N T R E G A
Alguns têm entrega imediata, outros, principalmente importados, devem ser encomendados. O s pra-
zos de entregas nacionais variam de três a ÓO dias. dependendo do tipo de produto escolhido (por
causa da programação de produção), ou da localização geográfica do local de consumo.
F O R M A DE E N T R E G A
R E Q U I S I T O S DE Q U A L I D A D E
Bons produtos devem ser previamente ensaiados em laboratórios como o do IPT. ou no exterior, no
caso dos importados. O s fabricantes devem ter disponível o relatório de ensaio dos produtos. Para
que o consultor faça os cálculos e escolha quais os produtos podem ser utilizados no local, precisa
ter em mãos esses relatórios de desempenho.
REVESTIMENTO
NORMAS TÉCNICAS
e p r o p r i e d a d e s físicas
Kelly C a r v a l h o • C o o i l r u ç i o M e r c a d o 49. a g O J l o / 2 0 0 5
ESPECIFICAÇÃO
O s revestimentos são produzidos com argilas e outras matérias-primas inorgânicas. Podem ser es-
maltados ou não-esmaltados. Devem ser escolhidos de acordo com o ambiente onde serão aplica-
das. pois possuem características esp^rífiras para rada ambiente Disponíveis c m diversos formatos
e tamanhos que variam entre 5 x 5 cm a óo x 120 cm.
EXECUÇÃO
É importante seguir as instruções de aplicação especificadas nas embalagens, além das orientações
da norma de assentamento NBR 13754. O local deverá ser devidamente impermeabilizado para
instalação das placas. Deverão ser feitos ensaios de estanqueidade das tubulações embutidas. Du-
rante a execução são necessárias inspeções de dosagem da argamassa. verificação do rejuntamento.
limpeza, dimensões das juntas, tempo decorrido entre a aplicação da argamassa colante e o assenta-
mento. aderência, alinhamento das juntas, nivelamento e prumo do revestimento.
REVESTIMENTO
FORMA DE ENTREGA
PRAZO DE ENTREGA
N ã o há uma regra, pois alguns revendedores d e materiais de construção mantêm produtos estoca-
dos. Um prazo c o m u m é de 14 dias.
C O N D I Ç Õ E S DE PAGAMENTO
REQUISITOS DE QUALIDADE
VIDROS
Vidros
Vidros de segurança
VIDROS
VIDROS
D u l c e ROMII - G u i a d a C o n j t r u ç â o 65. d « e m b r o / 2 0 0 6
CL
P r i g e i » . o » v i d r o » d e v e m a d e n t r a r o c a n t e i r o na f a s e final d a o b r a . A i n s t a l a ç ã o ,
determinante d o desempenho. exige respeito a o projeto o ás n o r m a s específicas
O s principais vidros utilizados na construção civil são os chamados vidros planos translúcidos, fa-
bricados em chapas. Um outro tipo de vidro plano, chamado impresso ou fantasia, também atende,
em menor quantidade, o setor. Vários outros setores vêm aumentando seu consumo de vidro, como
a indústria moveleira e o dos eletrodomésticos da chamada linha branca, como fogões, geladeiras e
micro-ondas.
ESPECIFICAÇÃO
O vidro comum, conhecido como float. é liso, transparente e é a matéria-prima que dá origem aos
temperados, laminados, insulados, serigrafados e espelhados. É aplicado na arquitetura, indústria
moveleira. automotiva e de linha branca (eletro domésticos). Atualmente, no Brasil, é produzido com
espessuras que variam de 3 a 19 mm.
O melhor é deixar para retirar o produto no final da obra. pois. somente aí, é possível instalá-lo. Po-
rém. o projeto do vidro deve ser estudado antes, no início da obra. especialmente se forem vidros
para conforto térmico e acústico.
PREÇOS E FORNECEDORES
P R A Z O DE E N T R E G A
C O N D I Ç Õ E S DE P A G A M E N T O
R E Q U I S I T O S DE Q U A L I D A D E
LOGÍSTICA
NORMAS T É C N I C A S
A A B N T estabelece normas específicas para cada tipo d e vidro. O Inmetro (Instituto Nacional de
Metrologia, N o r m a l i z a ç ã o e Q u a l i d a d e Industrial), v i n c u l a d o a o Ministério d o D e s e n v o l v i m e n t o , In-
dústria e C o m é r c i o Exterior, é responsável pelo c r e d e n c i a m e n t o dos organismos de certificação
e n c a r r e g a d o s d e avaliar o s p r o d u t o s e fiscalizar o m e r c a d o . Para a á r e a d e vidros, o I n s t i t u t o Falcão
Bauer d e Q u a l i d a d e é a única e n t i d a d e autorizada p e l o I n m e t r o para avaliar a a d e q u a ç ã o d o s p r o d u -
t o s às exigências i m p o s t a s pelas n o r m a s . A l é m d a s n o r m a s d e fabricação, na c o n s t r u ç ã o civil existe
u m a n o r m a e s p e c í f i c a , a N B R 7199. P r e v ê q u e f a b r i c a n t e s e f o r n e c e d o r e s d e v i d r o s d e v e m s e g u i r à
risca as r e c o m e n d a ç õ e s s o b r e p r o j e t o , e x e c u ç ã o e a p l i c a ç õ e s adequadas.
C u i d a d o s no transporte e armazenagem
diminuem patologias e aumentam a durabilidade
D u l c e Roseli - G u i a da C o n s t r u ç ã o - C o n s t r u ç ã o M e r c a d o 7'. j u n h o / 2 0 0 7
Requisitos d e q u a l i d a d e d o s v i d r o s d e s e g u r a n ç a v i o o s m e s m o s d o s c o m u n s .
D e v e m ter folgas nos c o n t o r n o s , a p o i o s d o f o r m i v e i s e r e s i s t ê n c i a às cargas d e v e n t o
O vidro de segurança protege ambientes contra incidentes, mantendo a comunicação entre o inte-
rior e o exterior. De acordo com a NBRNM293. quando fraturado, produz fragmentos menos propí-
cios a causar ferimentos graves do que os vidros comuns. Embora seja mais resistente que os demais,
possui praticamente a mesma composição química.
ESPECIFICAÇÃO
A instalação deve ser feita após a cornplementação da obra grossa (estrutura, alvenarias, instalações
embutidas, emboços e regularizações de pisos). Na colocação devem estar inclusas a disposição
de calços, gaxetas, massas, dobradiças e fechaduras (se necessário), selantes, fitas auto adesivas e
sinalizadoras e até a limpeza final.
PREÇOS E FORNECEDORES
Seja para controle de energia, acústico, estética ou resistência, existem vidros específicos para cada
finalidade e devem ser analisadas as diversas possibilidades - proteção e segurança no ambiente
de trabalho. C o m vidros, as exigências podem ser atingidas mantendo o design idealizado pelo es-
pecificados Além dos fatores usuais nas concorrências, tais como prazo de entrega, qualidade de
atendimento, variedade de produtos, o comprador deve ter em mente sempre a necessidade do
projeto e as especificações técnicas que cada fornecedor oferece para a situação.
P R A Z O DE E N T R E G A
Varia de acordo com o fabricante ou fornecedor. E necessário ter uma garantia de que o produto
será entregue no momento adequado ao cronograma da obra e que haja boas condições de trans-
porte e armazenagem.
R E Q U I S I T O S DE Q U A L I D A D E
As placas devem ser fabricadas com as dimensões definitivas, sem recorte em obra. De acordo com
o vidro, é preciso atentar ao cumprimento das normas. NBR Mó97 para vidro laminado. NBR 14698
para vidro temperado. E necessário também seguir a NBR 7199, referente a projeto, execução e apli-
cações de vidros na construção civil, que fixa condições a obedecer no projeto de envidraçamento.
Em cornplementação. devem ser consultadas a NBR 6123. que trata a força do vento em edificações
e a NBRNM293, sobre a terminologia de vidros. Normas específicas de outros mercados também
devem ser consultadas.
NORMAS TÉCNICAS
NBR7199 - Projeto, execução e aplicação de vidros na construção civil; NBR 6123 - Referente à força
do vento em edificações; NBR 14Ó97 - Vidro laminado; NBR 14698 - Vidro temperado: NBR 14718
- Guarda-corpos para edificação: NBR 11706 - Vidros na construção civil: NBR 14207 - Boxe para
banheiro fabricados com vidros de segurança; N B R N M 2 9 3 - Terminologia de vidros planos e dos
componentes acessórios à sua aplicação
Colaborou: Ângelo Arruda, gerente comercial de projetos especiais da Pilkington e Ercio Thomaz,
engenheiro e pesquisador do laboratório de componentes e sistemas construtivos do IPT (Instituto
d e Pesquisas Tecnológcas do Estado de Sào Paulo).
O livro aborda um total de 84 materiais e serviços de construção com
orientações estruturadas de forma prática e objetiva. São informa-
ções que antes precisavam ser garimpadas no mercado ou obtidas
com os próprios fornecedores. Dados de catálogos de fabricantes,
normas e cadernos técnicos de construtoras se somam à experiên-
cia de mais de 2 0 0 contratantes, pesquisadores e fornecedores que
concederam entrevistas ao Guia da Construção, publicado pela PINI.
E como o objetivo não é esgotar o tema, mas reunir as informações
essenciais de compra e contratação, o leitor encontra sempre indi-
cações de fontes para aprofundar a pesquisa. A PINI tem a honra de
disponibilizar aos profissionais da indústria da construção mais uma
importante referência para pesquisas de compras e contratações
com qualidade. Um belo ponto de partida para as áreas técnicas e de
suprimentos das empresas.
C C M S - 08.2189
ISBN 978-ÔS-7266-230-7