Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Últimas Notícias
Saúde
Segunda-feira, 13 de janeiro de 2020 - 14h18
A Agevisa orienta as pessoas sobre os riscos do alimentos estarem contaminados pelo caramujo-africano
Molusco africano hospedeiro de nematoides (vermes) muito perigosos para a saúde, o caramujo-gigante-africano entrou no
Brasil em 1983 como uma alternativa barata e irresponsável para produção do escargot, e acabou tornando-se um problema
de saúde pública, pelo número de patologias (doenças) fatais que pode gerar.
De acordo com a médica veterinária Ana Nazaré Silva, coordenadora do Grupo de Vigilância em Saúde Ambiental da
Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), ante o problema que se criou com a proliferação desenfreada do
caramujo (que se renova no período chuvoso), a Agência vem fazendo o trabalho de orientação das comunidades por meio
das administrações municipais, com orientações dirigidas para escolas, associações, unidades de saúde, e com o
importante trabalho dos agentes de saúde que levam informações e métodos de controle deste animal para as famílias.
A agente da Agevisa explicou que esse caracol (nome correto) pode transmitir ao ser humano o verme angiostrongylus
costriacensis, que pode ocasionar graves problemas abdominais, causando perfurações intestinal, peritonite e hemorragia
que, não sendo diagnosticada e tratada a tempo pode resultar na morte da pessoa infectada.
Essas são as doenças mais comuns transmitidas pelo caramujo africano, mas segundo a coordenadora da vigilância, um
outro tipo de verme também transmitido por esse animal é o angiostrongylus cantonensis, que pode causar a meningite
eosinofílica, que afeta o sistema nervoso central com graves reações inflamatórias, que nos casos mais graves podem levar
a óbito.
A médica veterinária explicou que a situação da proliferação do caramujo-gigante-africano, por ser um problema de saúde
pública, torna-se de responsabilidade de todos. Por isso, além do trabalho e orientação e controle promovido pelos órgãos
públicos, cabe a população fazer a sua parte, e neste ponto ela repassa um conjunto de recomendações que podem ser
adotadas no dia-a-dia por todas as pessoas.
RECOMENDAÇÕES DA AGEVISA
As recomendações da Agevisa foram alinhadas de modo didático para levar conhecimento, dar segurança e facilitar o
trabalho das pessoas na luta contra esse animal, em sete pontos:
“1) O combate ao molusco deve se basear no correto conhecimento e catação manual das espécimes para posterior
eliminação;
2) Ao coletar o molusco a pessoas deve se certificar que se trata de uma caramujo africano;
3) Os moluscos devem ser coletados sempre com proteção nas mãos, luvas descartáveis ou sacolas plásticas;
4) Não se deve usar veneno, sal ou outras substâncias que podem contaminar o ambiente e não afetam suas posturas (os
ovos);
5) Por medida de segurança, lavar bem as frutas, hortaliças, verduras e legumes, e fazer a desinfecção com hipoclorito de
sódio (colocar em imersão em uma colher de chá de água sanitária para um litro de água, por um período de 15 a 30
minutos), antes de consumir esses alimentos;
6) O excesso de plantas, matos e entulhos no quintal servem de criadouro para o caramujo;
7) Um caramujo-africano pode botar em média até 400 ovos, por isso a infestação pode ocorrer rapidamente, o que exige
um controle periódico”.
O combate tem de ser completo, ao caramujo e seus ovos, para evitar a super proliferação