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ETEC Prof.

Aprígio Gonzaga
DSP – Prof. Amaro
Nome: Lucas Cunha da Silva // Série: 3° Ano A

AMPLIFICAR OPERACIONAL

Um amplificador operacional ou amp op é um amplificador com ganho muito elevado,


tendo dois terminais de entrada: um designado por terminal inversor (–) e o outro
identificado por terminal não inversor (+). A tensão de saída é a diferença entre as
entradas (+) e (-), multiplicado pelo ganho em malha aberta:

A saída do amplificador pode ser única ou diferencial, o que é menos comum. Os


circuitos que utilizam amp ops frequentemente utilizam a realimentação
negativa (negative feedback). Porque devido ao seu ganho elevado, alta impedância de
entrada e baixa impedância de saída, o comportamento destes amplificadores é quase
totalmente determinado pelos elementos de realimentação (feedback).
Aproximadamente 1/3 dos CI’s lineares são Amplificadores Operacionais (amp op). Isso
decorre da necessidade de se ter um circuito amplificador de fácil construção e controle,
e de boa qualidade. O Amplificador Operacional é um componente ativo usado na
realização de operações aritméticas envolvendo sinais analógicos.
Os amp op são amplificadores que trabalham com tensão contínua tão bem como com
tensão alternada.

 As suas principais características são:


 Alta impedância de entrada
 Baixa impedância de saída
 Alto ganho
 Possibilidade de operar como amplificador diferencial
 Funções do Amplificador Operacional:
 Amplificação
 Regulação de Sistemas
 Filtragem
 Operações lineares e não lineares
 Controlo de processos
 Operações dos Amplificadores Operacionais:
 Soma
 Diferença
 Integração
 Logaritmo
 Funcionamento do Amplificador Operacional:
O amplificador operacional pode funcionar em três modos:
 Realimentação Positiva
 Realimentação Negativa
 Malha Aberta (Sem Realimentação)
 Características AmpOp:
Ganho A: ideal infinita. Na prática, são usados valores na ordem dos 200 000.
Impedância de entrada: ideal infinita. Na prática, valores são possíveis valores na ordem
dos 10 MΩ (significa que o amplificador não consome corrente pelas entradas).
Impedância de saída: No AmpOp ideal considera-se que a corrente de saída pode ter
um valor infinito o que implicaria uma impedância de saída nula.Na prática, são usados
valores na ordem dos 75 Ω, o que significa uma ausência de queda de tensão interna na
saída.
Resposta de frequência: ideal de 0 ao infinito. Na prática escolhem-se tipos com
resposta bastante acima da frequência na qual irão operar para dar uma aproximação
do ideal.
Relação de rejeição em modo comum: este parâmetro provavelmente é mais conhecido
pela sigla inglesa CMRR (common mode rejection ratio). Conforme igualdade I.1, um
amplificador operacional ideal tem saída nula se as entradas são iguais. Nos circuitos
práticos, há sempre uma pequena saída com as entradas iguais, condição esta chamada
de modo comum. A condição usual, isto é, com tensões de entrada diferentes, é
chamada modo diferencial. E o parâmetro é dado pela relação, expressa em decibéis,
dos ganhos em ambas as condições CMRR = 20 log (ganho modo diferencial / ganho
modo comum). Um circuito ideal teria CMRR infinito.

 Símbolo:
Um amplificador analógico é sempre representado como um triângulo em que um dos
vértices é a saída. Internamente é constituído por uma cascata de amplificadores com
transistores. É composto por duas entradas (V+) não inversora e (V-) inversora e uma
saída (VO).

O gráfico mostra o diagrama esquemático de


um Amplificador Operacional com seu modelo
mais usual.

+VCC e –VCC são as tensões de alimentação do amplificador operacional. Alguns


amplificadores operacionais também podem ser alimentados com +VCC e 0V.
A tensão de saída, VO, está limitada pelas tensões de alimentação (neste caso, VO ∈ [-
VCC, +VCC]).
Os amplificadores operacionais amplificam a diferença de tensão aplicada nas entradas
V+ e V–. VO = A (V+ – V-) onde A representa o ganho de tensão do amplificador. O ganho
pode atingir valores da ordem 105 a 106.

 Aplicações do Amp Op
Amplificador Operacional Ideal:
Para um amplificador operacional ideal considera-se que:

Ri = infinito  Correntes nulas nas entradas V+ e V–


RO = 0  tensão de saída, VO, não depende da carga
A = infinito  Zona Linear quando V D = 0 V+ = V-
Nas zonas de saturação verifica-se
VD > 0 ou V+ > V–  VO = +VCC (sat. positiva)
VD < 0 ou V+ < V–  VO = −VCC (sat. negativa)

Seguidor de tensão (característica ideal):

BUFFER
Considerando que o amplificador operacional é ideal, tem-se: V+ = V− na zona linear
Por análise do circuito verifica-se que V+ = VIN e V– = VOUT. Resultando, em VOUT = VIN.

Seguidor de Tensão (característica real):


No Amp Op verifica-se que VOUT = A (V+ – V-). Para esta montagem obtém-se VOUT = A
(VIN – VOUT).
Como A é muito elevado  VOUT ≈ VIN. Para que um amplificador funcione na zona
linear, é indispensável que esteja realimentado negativamente VOUT ligado a V–, direta
ou indiretamente).

Montagem Inversora (Amplificador Inversor):

Como não existe corrente na entrada do amplificador operacional ideal (I1 + I2 = 0) pode
escrever-se:
Montagem Não Inversora (Amplificador Não Inversor):

Como não existe corrente na entrada do amplificador operacional ideal, obtém-se

No Amplificador ideal, tem-se: V+ = V–

Resultando:

O Ganho A é sempre maior que 1:

Montagem Somadora
V+ = 0  V– = 0 Para as correntes I1, I2 e I3 obtém-se
Como não existe corrente na entrada do amplificador operacional verifica-se que

Resultando:

Se R1 = R2 = R3, obtém-se VOUT = – (V1 + V2)

Montagem de Diferença (Amplificador Diferencial)

Para determinar VOUT em função de V1 e V2 é conveniente utilizar o Teorema da


Sobreposição
Simulando V2=0 obtém-se uma montagem inversora.

Simulando V1=0 obtém-se uma montagem não inversora

Como não existe corrente na entrada do amplificador operacional ideal, obtém-se

Considerando um amplificador operacional ideal V+ = V–


Comparador

A característica de transferência de um Amp Op pode ser explorada para efeitos de


discriminação de sinais de tensão:
Se Vi > 0 Vo ≅ +VCC (saturação positiva)
Se Vi < 0 Vo ≅ −VCC (saturação negativa)
com Vi = V+ − V−

Amplificador de CA com AmpOP

Em determinadas circunstâncias existe a necessidade de bloquear a corrente contínua


e amplificar apenas a corrente alternada. Este tipo de aplicação é executado com a
inclusão de um condensador(capacitor) de acoplamento. Para que funcione como
amplificador de CA adiciona-se C1 e C2.
É preferível projetar o circuito de modo que os capacitores não apresentem reatâncias
muito elevadas. Assim, é normal adotar como regra prática um valor de R1
aproximadamente 10 vezes maior do que XC1, assim como o valor da carga no circuito
deve ser aproximadamente 10 vezes maior do que XC2.
Proteção de Entrada de Sinal no AmpOp

A entrada diferencial de um AmpOp pode ser danificada se a tensão exceder o máximo


da tensão diferencial na entrada. Por exemplo, para o CI 741 a tensão é de ±30V. Por
definição, a tensão diferencial de entrada é medida a partir da entrada não inversora
para a entrada inversora do AmpOp.
A forma de proteção mais comum para proteger as entradas de um AmpOp consiste na
utilização de dois diodos em antiparalelos entre os terminais das entradas de sinal do
amplificador. Os diodos utilizados devem ser diodos retificadores do tipo 1N4001 ou
equivalente. Costuma-se colocar resistores nas entradas para evitar uma provável
queima dos diodos e garantir uma melhor proteção.
Podemos concluir que essa proteção impede que a tensão diferencial de entrada
ultrapasse 700mV.

Proteção de Saída de Sinal no Amplificador Operacional


A maioria dos amplificadores operacionais têm proteção interna contra curto-circuito
na saída. O 741, por exemplo, tem essa proteção. Se consultarmos o datasheet do 741,
encontramos para a corrente de curto-circuito de saída um valor de 25mA.
O fabricante garante que a duração do curto-circuito de saída pode ser ilimitada ou
indeterminada, desde que a capacidade de dissipação térmica do componente não seja
excedida. Por outro lado, o CI 709 não possui proteção interna contra curto-circuito na
saída e, neste caso, o fabricante recomenda a colocação de uma resistência(resistor)
externa.

Proteção nas Entradas de Alimentação


Se a polaridade da tensão de alimentação no AmpOp for invertida, quase todos os
componentes internos serão polarizados incorretamente, o que danificará
irreversivelmente o componente. Uma das formas de proteger o circuito é colocar um
diodo polarizado corretamente para cada uma das entradas de alimentação.
Proteção contra Ruídos
Fontes de ruídos ou interferências, próximas dos circuitos com operacionais, podem
alterar o nível de tensão CC de alimentação do integrado, a qual deve ser estabilizada
com ripple o mais reduzido possível.
A alteração do valor de tensão provocada por ruído ou oscilações parasitas pode
prejudicar a resposta do circuito e, em função da aplicação e dos níveis dos sinais
processados, poderá provocar erros grosseiros e perigosos no sistema.
Para proteger o AmpOp contra ruídos e oscilações da fonte de alimentação, coloca-se
um condensador(capacitor) de 0,1µF entre a massa(terra) e cada um dos terminais de
alimentação. Os capacitores atuam como capacitores de passagem para as correntes
parasitas, normalmente de alta frequência, produzidas ao longo dos condutores entre a
fonte de alimentação e o circuito.

 Exemplo prático com 741


Um Amplificador Operacional pode ser entendido como um circuito amplificador de alto
ganho, onde a entrada é representada por uma resistência de alto valor e a saída por
uma fonte de tensão controlada e uma resistência em série.

Para um 741, Av = 100.000; Ro = 75 Ω.


Av = Ganho de tensão diferencial:

Normalmente dado em dB (deciBeis). Para um 741, Av = 100 dB.


Para calcular o ganho de tensão em dB basta fazer: Av(dB) = 20 log |Av|, que no caso do
741, será Av(dB) = 20 log 100000 = 20 log 105 = 20 * 5 log 10 = 100
Rin = Resistência de entrada.
Entradas com TJB: Rin = 1MΩ
Entradas com FET: Rin = 1012Ω
Ro = Resistência de saída.
Normalmente Ro = 100 Ω. O valor ideal para Ro seria 0 Ω, mas traria problemas para o
CI quando ocorresse curto-circuito na saída.
CMRR = Razão de Rejeição de Modo Comum

Vos = Tensão de Off-Set: Compensação das diferenças entre as tensões Vbe dos
transistores de entrada.
SR = Slew Rate: Taxa de inclinação (variação). É a taxa máxima de variação da tensão de
saída para uma variação em degrau na entrada
BP = Banda Passante: É a faixa de frequências para a qual o ganho do amplificador é
igual ou menor que 1/raiz 2 do ganho nominal ou em frequências médias. Para o 741,
sem realimentação, BP = 10Hz. Com realimentação negativa, o ganho nominal diminui,
mas a BP aumenta.
funidade: é a frequência para a qual o ganho do amplificador não realimentado é igual a
1, ou seja, igual a 0 dB.

Biografia:
https://www.electronica-pt.com/amplificadores-operacionais-ampop
https://pt.wikipedia.org/wiki/Amplificador_operacional

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