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INFORMÁTICA APLICADA

IMG CURSOS
(TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA)

2020

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SUMÁRIO

1 Introdução .....................................................................................3
2 Arquitetura básica dos computadores ....................................5
3 Word ..............................................................................................8
4 Excel .............................................................................................14
5 Power Point ................................................................................18
6 Fundamentos de Redes ............................................................20
7 Componentes de uma rede ........................................................28
8 Robótica básica ..........................................................................60
9 Referências ..................................................................................66

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Introdução
Hardware é o nome que se dá para a parte física do computador. É tudo que
você pode tocar (mouse, teclado, caixas de som, placas, fios, componentes em
geral).
Software é o nome que se dá a toda parte lógica do computador. Ou seja, são
os programas que você vê funcionar na tela do micro e que dão "vida" ao
computador.
Computador: dispositivo eletrônico capaz de receber um conjunto de
instruções e executá-las realizando cálculos sobre dados numéricos, ou
compilando e correlacionando outros tipos de informação.
Informática: vem de INFOrmação autoMÁTICA , ou seja, tratamento da
informação de forma automatizada. Associado a Informática temos o
COMPUTADOR, que hoje é o equipamento mais utilizado para o tratamento de
informações.
Dados: Conjunto de quaisquer símbolos capazes de representar uma idéia, um
evento, um fato, um conceito ou uma instrução, possibilitando a comunicação
e/ou processamento. Em informática dado é tudo aquilo que é fornecido ao
computador de forma “bruta” para ser processado.
Informação: Quando os dados são vistos dentro de um contexto e transmitem
algum significado às pessoas, tornam-se informações. Mas para serem
transformados em informações os dados precisam ser ordenados de maneira
lógica e racional.
Processamento: é o ato de realizarmos algum cálculo, alguma tarefa. Em
geral, o processamento envolve a transformação de algo que “Entra” para algo
que “Sai”. Por exemplo, quando realizamos um cálculo mental qualquer, como
uma adição de dois valores numéricos, está realizando o processamento de
dados. Outro exemplo seria fazermos uma vitamina de frutas. Neste caso
colocam-se todos os ingredientes necessários num liquidificador, liga-se e após
algum tempo de funcionamento transformamos os ingredientes iniciais na
vitamina de frutas e isto foi o processamento realizado.

Sistema de Processamento de Dados: É todo sistema que tem como objetivo


principal transformar e manipular os dados a fim de obter resultados.

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Arquitetura básica dos
computadores
Placa Mãe: A placa-mãe (ou motherboard, em inglês) é uma placa de circuito
impresso que permite interligar todos os componentes de um computador.
Nesse sentido, conta com um programa (software) básico conhecido como
BIOS, que lhe permite preencher as suas funções. A placa-mãe alberga os
conectores necessários para o processador, a memória RAM, as portas e as
restantes placas (como a placa de vídeo ou a placa de rede). Existem vários
conceitos associados às placas-mãe que devem ser compreendidos para
conhecer melhor o funcionamento desta placa base. Por exemplo, dá-se o
nome de chipset ao grupo dos principais circuitos integrados que se instalam
na placa-mãe.

Processador: Um microprocessador, ou simplesmente processador, é um


circuito integrado (ou chip), que é considerado o "cérebro" do computador. É
ele que executa os 3, faz os cálculos e toma as decisões, de acordo com as
instruções armazenadas na memória. Os microprocessadores formam uma
parte importantíssima do computador, chamada de UCP (Unidade Central de
Processamento), ou em inglês, CPU (Central Processing Unit). Antes da
existência dos microprocessadores, as CPUs dos computadores eram
formadas por um grande número de chips, distribuídos ao longo de uma ou
diversas placas. Um microprocessador nada mais é que uma CPU inteira,
dentro de um único CHIP.

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Memória: Todo computador é dotado de uma quantidade de memória (que pode
variar de máquina para máquina) a qual se constitui de um conjunto de circuitos
capazes de armazenar os dados e os programas a serem executados pela
máquina. Nós podemos identificar diferentes categorias de memória: n a memória
principal, ou memória de trabalho, onde normalmente devem estar armazenados
os programas e dados a serem manipulados pelo processador; n a memória
secundária que permitem armazenar uma maior quantidade de dados e
instruções por um período de tempo mais longo; o disco rígido é o exemplo mais
evidente de memória secundária de um computador, mas podem ser citados
outros dispositivos menos recentes como as unidades de fita magnética e os
cartões perfurados.

Tipos de memória: Os chips de memória podem ser divididos em duas


grandes categorias:

RAM (memória de leitura e escrita): são chips de memória que podem ser lidos
e gravados pela CPU a qualquer instante. A CPU usa a RAM para armazenar e
executar programas vindos do disco, para ler e gravar os dados que estão
sendo processados. Uma outra característica da RAM, é que se trata de uma
memória VOLÁTIL. Isso significa que quando o computador é desligado, todos
os seus dados são apagados. Por essa razão, é necessário que os programas
e dados fiquem gravados no disco, que é uma memória PERMANENTE.
Existem vários tipos de RAM com diversas características e para diversas
aplicações. A mais conhecida é a DRAM (dinâmica) e a SRAM (estática) e suas
evoluções. Estes tipos serão detalhados mais adiante.

Memórias Não Voláteis: são memórias cujas informações mantidas não são
perdidas caso o computador seja desligado. Nos microcomputadores, existe um
programa muito importante chamado de BIOS (Basic Input-Output System -
Sistema Básico de Entrada e Saída). O BIOS tem várias funções, entre as
quais, a de realizar a "partida" do computador. Quando ligamos o computador, o
BIOS realiza a contagem de memória, faz uma rápida checagem do
funcionamento do computador e realiza a carga do Sistema Operacional que
deve estar armazenado no disco. O BIOS está gravado em uma memória
permanente localizada na placa mãe. Existem diversos tipos de memória
permanente: - ROM: São chips de memória que podem ser lidos pela CPU a

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qualquer instante, mas não podem ser gravados pela CPU. Sua gravação é
feita apenas pelo fabricante do computador, ou pelo fabricante de memórias. Os
dados armazenados nela já saem prontos de fábrica e são produzidas em larga
escala na indústria. A característica importante de ROM é que trata-se de uma
memória PERMANENTE. Seu conteúdo nunca é perdido, mesmo com o
computador desligado Portanto este tipo de memória é usada para armazenar
programas estáticos (que não alteram) e produzidos em massa. Este tipo de
memória foi usado para armazenar o BIOS, que se localiza na placa-mãe.

Barramento PCI: PCI é a abreviação de Peripheral Component Interconnect,


um padrão de barramento local desenvolvido pela Intel Corporation. Embora
ele tenha sido desenvolvido pela Intel, o PCI não é ligado a qualquer família de
microprocessadores. A maior parte dos PCs modernos inclui um barramento
PCI em adição ao barramento de expansão ISA. Mas a tendência é que o
barramento ISA seja totalmente substituído pelo PCI.

Chipset é um chip (ou conjunto de chips) responsável pelo controle de diversos


dispositivos de entrada e saída como o barramento de comunicação do
processador, o acesso à memória, o acesso ao HD, periféricos on- board e off-
board, comunicação do processador com a memória RAM e entre outros
componentes da placa-mãe. Geralmente, é dividido em southbridge e
northbridge.

O northbridge faz a comunicação do processador com as memórias, através


do barramento de comunicação externa do processador, e com os barramentos
de alta velocidade AGP e PCI Express. Como ele faz o trabalho mais pesado,
geralmente requer um dissipador de calor devido ao seu aquecimento elevado.

O southbridge geralmente é responsável pelo controle de dispositivos de


entrada ou saída (I/O) como as interfaces IDE que ligam os HDs, os drives de
CD-ROM, drives de DVD-ROM ao processador. Controlam também as
interfaces Serial ATA. Geralmente cuidam também do controle de dispositivos
on-board como o som.

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Slots de expansão: Algumas tecnologias foram desenvolvidas para dar maior
flexibilidade aos computadores pessoais uma vez que cada cliente pretende
utiliza-lo para um fim específico.

O barramento PCI ou (Peripheral Component Interconnect) é uma tecnologia


para conectar diferentes periféricos na Placa-mãe. Veja maiores detalhes no
artigo Peripheral Component Interconnect.

Sistema Operacional: Um Sistema Operacional é constituído por um conjunto


de programas que possibilita ao usuário controlar os recursos do computador
como os de impressoras, teclado, discos, CPU e etc. O Sistema Operacional
pode ser considerado como a alma do computador, sem ele o computador não
é praticamente nada, apenas um monte de circuitos sem vida. Existem vários
Sistemas Operacionais, os mais conhecidos são o Macintosh, Linux e
Windows. Sendo este último o mais utilizado em todo o mundo e por isso será
alvo principal de nossos estudos.

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WORD
É um processador de texto, constituindo uma poderosa ferramenta de auxílio à
elaboração de documentos.
Com este aplicativo, você pode criar uma grande diversidade de documentos,
utilizando recursos como tabelas, gráficos, índices, imagens, som, vídeo e texto
em colunas entre muitos outros.

EXPLORANDO A JANELA DO WORD


Acessando o WordHá várias formas de acessar o Word. A mais utilizada é
clicar no botão Iniciar, Todos os programas, Microsoft Office, Microsoft
Office Word 2007. Observe a figura abaixo:

CONHECENDO A ÁREA DE TRABALHO DO WORD


Logo que abrimos o Word, um documento é criado automaticamente com o
nome de Documento 1.

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Menu Clicando sobre o Botão Office , no canto superior esquerdo,
aparecerão funções como Salvar, Imprimir e Fechar entre outras, que são as
principais ações de controle da janela do Word.

Barra de Título  Mostra o título do programa e o nome do documento


(arquivo) que está aberto.

Controle da janela  Controles para Minimizar, Maximizar (ficar do tamanho


da tela), Restaurar (poder ser redimensionada conforme necessidade) e
Fechar a janela.

Faixa de opções  A faixa de opções é o local onde estão os principais


comandos do Word, separados por guias: Início, Inserir, Layout da Página,
Referências, Correspondências, Revisão e Exibição

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Réguas  As réguas horizontais e verticais são usadas para definir e
visualizar os recuos de parágrafos, tabulação, margem das páginas e largura
das colunas, quando trabalhamos com tabelas (figura 8). Para habilitá-las ou
desabilitá-las, basta clicar no botão Régua, que fica no canto superior direito
(abaixo da faixa de opções).

Barra de rolagem  As barras de rolagem permitem que você navegue pelo


documento, quando a página for maior que a tela, clicando sobre as setas ou
arrastando o botão de rolagem.

Barra de status  Mostra informações sobre o documento atual, tais como o


número de páginas e a página atual. Está localizada na margem inferior da tela

OS BOTÕES MINIMIZAR, MAXIMIZAR/RESTAURAR E FECHAR

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 A partir deste momento serão executadas atividades praticas de
Word.

AMBIENTE DE TRABALHO

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Este é o separador que surge no friso quando criamos um documento novo e
estamos a introduzir texto. Inclui comandos e ferramentas relacionados com a
formatação básica: tipo de letra, alinhamento, estilos, cores, etc.

Separador referente aos comandos de inserção de tabelas, imagens,


hiperligações, etc.

Comandos relacionados com a formatação do documento, incluindo margens,


dimensão da folha, espaçamentos, avanços, etc.

O separador Referências agrupa comandos e funções relativos a notas de


rodapé, índice, referências cruzadas, etc.

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Há um separador específico que permite usar o Word para mailings, uma
funcionalidade muito interessante do programa mas cuja utilização não era
muito intuitiva –até agora.
Para quem usa o Word para funções de revisão de documentos, existe um
separador específico, onde estão também agrupados os comandos de
correção ortográfica e gestão de alterações.
O último separador predefinido chama-se Ver e agrupa as funções relativas à
visualização do documento.

Um separador adicional, chamado Programador, pode ser ativado a partir do


menu de Personalização do Word.

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EXCEL
É utilizado para criar planilhas eletrônicas profissionais com ou sem gráficos.
Também conta com muitas ferramentas utilizadas no Microsoft Word.
Por fim é o software mais indicado para quem deseja trabalhar com cálculos
matemáticos. O Excel conta com uma variedade de gráficos que podem ser
inseridos nas planilhas e também com uma variedade de Fontes (Tipos de
Letras) que podem ser utilizadas para deixarem a sua planilha mais
apresentável.

Conceitos básicos EXCEL


Operadores
Para construir as fórmulas do Excel, primeiro precisa-se conhecer os
operadores matemáticos e de igualdade. Veja-os a seguir
1. SINAIS DE OPERAÇÕES -- 2. SINAIS PARA
CONDIÇÃO

SINAL FUNÇÃO SINAL FUNÇÃO

+ SOMAR > MAIOR QUE


- SUBTRAÇÃO < MENOR QUE
* MULTIPLICAÇÃO <> DIFERENTE
QUE
/ DIVISÃO >= MAIOR E IGUAL
A
% PORCENTAGEM <= MENOR E IGUAL
A
= IGUALDADE = IGUAL A
^ EXPONENCIAÇÃO

Criação de fórmulas:
Veja o exemplo a seguir:

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A B C D
1 Produto Jan. vendas Fev. vendas Total
vendas
2 Mouse 300 500 =B2+C2
3 Disquete 800 700

Para calcular o total do exemplo acima devemos criar uma fórmula de adição.
Posicione o cursor na célula D2 e digite:

=B2+C2

Tecle ENTER ao terminar.


Toda fórmula sempre começa com sinal de igual para que o Excel entenda que
é um cálculo e não um texto qualquer que está digitando.
Não se coloca o valor na soma como, por exemplo, =300+500 porque estes
valores podem sofrer alterações e o resultado não seria atualizado, portanto
você teria que corrigir a fórmula depois.
Use sempre os endereços de célula (B2 e C2 como no exemplo). Assim
alterando-se os valores da célula o resultado será atualizado automaticamente.
FÓRMULA DA SUBTRAÇÃO
No exemplo abaixo você deseja saber qual o saldo líquido do José. Então é
simples: Basta que você digite o endereço do Salário Bruto – o endereço do
Desconto.Veja:

A B C D
1 FUNC. SLCRUTO DESC. LIQUIDO
2 JOSÉ 800 175 =B2-C2

FÓRMULA DA MULTIPLICAÇÃO
Agora a maneira como você subtraiu é a mesma para multiplicar, será preciso
apenas trocar osinal de subtração pelo o sinal de multiplicação (*). Veja o
exemplo.

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A B C D
1 PRODUTO VALOR QUANT. TOTAL
2 Feijao 1,50 50 =B2*C2

FÓRMULA DA DIVISÃO
A fórmula ocorre da mesma maneira que as duas anteriores. Você só precisa
trocar colocar o sinal para dividir (/).

1 RENDA MENBROS VALOR


2 25000 15 =A2/B2

FUNÇÕES
Em breves palavras, uma função é um comando que recebe uma informação
realiza um cálculo e devolve uma resposta ao usuário.

FUNÇÃO SOMA
Ex: =SOMA(A1:A8).
A função irá somar todos os valores que se encontram no endereço A1 até o
endereço A8.
Os dois pontos indicam até, ou seja, some de A1 até A8. A fórmula será
sempre a mesma, só mudará os devidos endereços dos valores que você
deseja somar.

Veja o outro exemplo:


A B C D E
1 10 25 15 10 =SOMA
(A1:D1)
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3
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POWER POINT
Programa utilizado para criação e apresentações de Slides. Para iniciá-lo basta
clicar no botão Iniciar da barra de tarefas do Windows, apontar para Todos os
Programas, selecionar Microsoft Office e clicar em Microsoft Office PowerPoint
2007.

TELA DO POWERPOINT

ELEMENTOS DA TELA DO POWERPOINT


1 – Botão do Microsoft Office
Ele substitui o menu Arquivo (versões anteriores) e está localizado no canto
superior esquerdo do programa.
Ao clicar no Botão do Microsoft Office, serão exibidos comandos básicos:Novo,
Abrir, Salvar, Salvar Como, Imprimir, Preparar, Enviar, Publicar e Fechar.
2– Barra de Ferramentas de Acesso Rápido

Localiza-se no canto superior esquerdo ao lado do Botão do Microsoft


Office(local padrão), é personalizável e contém um conjunto de comandos

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independentes da guia exibida no momento.É possível adicionar botões que
representam comandos à barra e mover a barrade um dos dois locais
possíveis.
3– Barra de Titulo
Exibe o nome do programa (Microsoft PowerPoint) e, também exibe o nome do
documento ativo.
4 – Botões de Comando da Janela
Acionando esses botões, é possível minimizar, maximizar e restaurar a janela
do programa PowerPoint.
5 – Faixa de Opções
A Faixa de Opções é usada para localizar rapidamente os comandos
necessários para executar uma tarefa. Os comandos são organizados em
grupos lógicos, reunido sem guias. Cada guia está relacionada a um tipo de
atividade como gravação ou disposição de uma página. Para diminuir a
desorganização, algumas guias são exibidas somente quando necessário. Por
exemplo, a guia Ferramentas de Imagem somente é exibida quando uma
imagem é selecionada.

1) Guias
2) Os grupos em cada guia dividem a tarefa em sub-tarefas.
3) Os botões de comando em cada grupo executam um comando ou exibem
um menu de comandos.
6 – Painel de Anotações
Nele é possível digitar as anotações que se deseja incluir em um slide.
7-Barra de Status
Exibe várias informações úteis na confecção dos slides, entre elas: o número
de slides, tema e idioma.

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8 – Nível de Zoom
Clicar para ajustar o nível de zoom

Fundamentos de Redes

Objetivo: Fornecer os fundamentos necessários à compreensão do


funcionamento de redes de computadores baseadas no modelo de referência
OSI.

Familiarizar com a terminologia e conceitos básicos dos serviços.

Introdução: É praticamente impossível hoje em dia não pensar em redes


quando o assunto é informática. Basta lembrar que grande parte das pessoas
compra computadores hoje para ter acesso à maior das redes existentes - a
internet.

Histórico

O que são redes de computadores? São dois ou mais computadores


conectados entre si, permitindo a seus usuários compartilhar programas e
arquivos.

Desenvolvimento das redes:

Década de 1970, começaram a surgir as primeiras redes experimentais.


Destaque para a ARPANET, desenvolvida em ambiente acadêmico.

A internet se originou de uma única rede chamada ARPANET. Esta foi criada
pelo Departamento de Defesa Norte-Americano, DARPA (Defense Advanced
Research Projects Agency), com o objetivo de promover o desenvolvimento na
área militar. Mais tarde se desmembrou em ARPANET, para pesquisa, e
MILNET, para instituições militares.

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Sob ponto de vista comercial, houve um crescimento cada vez mais acentuado
das redes de computadores e, com isso, passaram a existir de diversos tipos
de usuários e de aplicações com suas tecnologias de rede que melhor se
adequam ao perfil do usuário e seu aplicativo. Apareceram no mercado as
primeiras redes, que possibilitavam a comunicação entre equipamentos através
de protocolos especificados pelo próprio fabricante. Problema: NÃO ERA
POSSÍVEL CONECTAR SISTEMAS DE FABRICANTES DIFERENTES. Os
tais sistemas de comunicação era proprietários.

Torna-se então necessário um protocolo comum que independente da


tecnologia de rede utilizada, permite uma comunicação de forma transparente.

Em 1977 uma organização internacional, a ISO, que tem por objetivo a


elaboração de padrões internacionais, cria um subcomitê especial para
elaborar a padronização para interconexão de sistemas abertos. Paralelo a
isso, no meio acadêmico continuaram a desenvolver protocolos de
comunicação para a ARPANET e para redes experimentais. Esses protocolos
constituem a ARQUITETURA DE REDE INTERNET ou simplesmente
ARQUITETURA TCP/IP (referência aos seus dois protocolos mais conhecidos).

Arquitetura TCP/IP - é uma arquitetura padronizada de facto com grande


suporte do meio acadêmico e de fabricantes que oferecem uma gama de
produtos bastante significativa.

Arquitetura OSI - é uma arquitetura padronizada de jure conta com suporte de


organizações internacionais de padronização como a ISO.

O que são os protocolos? É o conjunto de regras que especificam o formato,


a sincronização, o seqüenciamento e a verificação de erros na comunicação,
para que se possa então efetuar essa conexão. O protocolo básico utilizado na
internet é o TCP/IP.

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Quais são as classificações das redes?

* LAN (Local Area Network)

* MAN (Metropolitan Area Network)

* WAN (Wide Area Network)

LAN (Rede Local): Pode-se caracterizá-la como sendo uma rede que permite
a interconexão de equipamentos de comunicação de dados numa “pequena
região”, em geral distâncias entre 100m e 25Km.
Características de LANs:

 Meios que permitem altas taxas de transmissão (até 10 Gbps).

 Baixas taxas de erros - taxas de erros (1 erro em 108 ou 1011 bits


transmitidos).

 Propriedade particular (privada).

 Topologias utilizadas: estrela, anel e barramento.

 Geograficamente limitadas.

MAN (Metropolitan Area Network): As Redes Metropolitanas (MANs -


Metropolitan Area Network) são intermediárias às LANs e WANs, apresentam
características semelhantes às redes locais e, em geral, cobrem distâncias
maiores que as LANs.

Um bom exemplo de MAN são as redes de TV a cabo.

Características de MANs:

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 restrita a uma área metropolitana

 meios de transmissão: Cabos ópticos e coaxiais

 taxas de transmissão: 10Mbps

WAN (Wide Area Network): Surgiram da necessidade de se compartilhar


recursos por uma comunidade de usuários geograficamente dispersos.

Características de WANs:

 conecta redes locais geograficamente distantes

 Custo de comunicação elevado devido a uso de meios como: linhas


telefônicas, satélites e microondas

 Baixas velocidades (taxas) de transmissão (dezenas de Kilobits,


podendo chegar a Megabits/segundo)

 Geralmente são de propriedade pública (redes públicas)

 A escolha de um tipo particular de rede para suporte a aplicações é uma


tarefa difícil. É necessário analisar atributos como: custo, confiabilidade,
tempo de resposta, disponibilidade, facilidade de manutenção, prazos
para atendimento de defeitos, velocidade, e outros.

Quais são as Topologias de Redes?

- Ponto a Ponto

- Bus - barramento

- Ring - anel

- Star - estrela

- Grafo - parcial

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- Híbrida

- Tree - árvore

Podemos dizer que, a estrutura de comunicação entre vários processadores é


um “arranjo topológico” ligado por enlace físico e organizados por regras
claras de comunicação, que são os protocolos. Esses enlaces são as linhas de
comunicação.

A topologia física é muitas vezes confundida com a topologia lógica. Podemos


ter topologia lógica em anel, mas ligados fisicamente em estrela. Isto é possível
principalmente devido aos equipamentos que dispomos hoje no mercado.

* Ponto-a-Ponto é comunicação entre dois ou mais processadores, não


necessariamente conectados diretamente e, que pode usar outros nós como
roteadores.

* Bus (barramento) o canal é compartilhado entre todos os processadores,


podendo o controle ser centralizado ou distribuído. É a mais comum, possui
alto poder de expansão utilizando repetidores.

* Ring (anel) utiliza em geral ligações ponto-a-ponto que operam em um único


sentido de transmissão. O sinal circula o anel até chegar ao destino. É uma
topologia confiável, mas com grande limitação quanto a sua expansão pelo

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aumento de “retardo de transmissão” (intervalo de tempo entre início e chegada
do sinal ao nó destino).

* Estrela utiliza um nó central (comutador ou switch) para chavear e gerenciar


a comunicação entre as máquinas. Provoca overhead localizado, já que uma
máquina é acionada por vez, simulando um ponto-a-ponto.

 Grafo (parcial) engloba características de varias topologias. Cada ponto


da rede possui uma rota alternativa para caso de congestionamento ou

falha. As rotas são definidas por máquinas que tem a função de rotear
endereços que não pertence a sua rede.

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* Híbrida é uma combinação de barramento e anel, utilizada quando temos a

necessidade de interligar duas ou mais redes de diferentes topologias.

* Árvore é utilizada principalmente na ligação de Hub’s e repetidores,


conhecida também por cascateamento.

Nas redes cliente/servidor, a administração e configuração da rede é


centralizada, o que melhora a organização e segurança da rede. Além disso,
há a possibilidade de serem executados programas cliente/servidor, como um

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banco de dados que pode ser manipulado por diversos usuários ao mesmo
tempo.
Como as redes cliente/servidor se baseiam em servidores especializados em
uma determinada tarefa, o servidor não é necessariamente um
microcomputador; pode ser um aparelho que desempenhe igual função. Os
tipos mais comuns de servidores são:

 Servidor de Arquivos: É um servidor responsável pelo


armazenamento de arquivos de dados - como arquivos de texto,
planilhas e gráficos - que necessitem ser compartilhados com os
usuários da rede. O programa necessário para ler o arquivo é
instalado e executado na máquina do usuário e não no servidor.
No servidor não há o processamento de informações; o servidor
é responsável apenas por entregar o arquivo solicitado, para
então o arquivo ser processado no cliente.
 Servidor de Impressão: É um servidor responsável por
processar os pedidos de impressão solicitados pelos micros da
rede e envia-los para as impressoras disponíveis. Como
diversos pedidos de impressão podem ser gerados ao mesmo
tempo na rede, o servidor fica responsável por enviar os dados
para as impressoras corretas e na ordem de chegada ( ou em
outra ordem, dependendo da configuração de prioridade ).
 Servidor de Aplicação: O servidor de aplicações é responsável
por executar aplicações cliente/servidor, como, por exemplo, um
banco de dados. Ao contrário do servidor de arquivos, que
somente armazena arquivos de dados e não os processa, o
servidor de aplicações executa as aplicações e processa os
arquivos de dados. Por exemplo, quando um micro cliente faz
uma consulta em um banco de dados cliente/servidor, essa
consulta será processada no servidor de aplicações e não no
micro cliente; o micro cliente apenas mostrará o resultado
enviado pelo servidor de aplicações.
 Servidor de Correio Eletrônico: Responsável pelo
processamento e pela entrega de mensagens eletrônicas. Se for

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um e-mail destinado a uma pessoa fora da rede, este será
repassado ao servidor de comunicação.
 Servidor de Fax: Permite que os usuários passem e recebam
fax facilmente. Normalmente é um micro ( ou aparelho ) dotado
de uma placa de fax. Quando algum usuário que passar um fax,
a mensagem de fax é repassada ao servidor de fax que disca
para o número do fax desejado e envia o documento.
 Servidor de Comunicação: Usado na comunicação entre a sua
rede a outras redes, como a internet. Por exemplo, se você
acessa a Internet através de uma linha telefônica convencional,
o servidor de comunicação pode ser um micro com uma placa
de modem que disca automaticamente para o provedor assim
que alguém tenta acessar a Internet.

Poderá encontrar outros tipos de servidor dependendo da necessidade da


rede. Por exemplo, servidor de backup, responsável por fazer backup dos
dados do servidor de arquivos e até mesmo dos servidores redundantes, que
são servidores que possuem os mesmos dados de um servidor principal e,
caso este apresente defeito, o servidor redundante entra imediatamente em
ação substituindo o servidor defeituoso. Outro exemplo é o servidor de acesso
remoto, que permite usuários acessarem a rede através de um modem - no
fundo esse tipo de servidor não deixa de ser um servidor de comunicação.

No mercado de redes, existem milhares de soluções disponíveis, dos mais


diversos fabricantes, cada uma para um tipo diferente de aplicação.

Componentes de uma Rede


Servidor: É um micro ou dispositivo capaz de oferecer um recurso para a rede.
Em redes ponto-a-ponto não há a figura do servidor; nesse tipo de rede os
micros ora funcionam como servidores, ora como clientes.

Cliente: É um micro ou dispositivo que acessa os recursos oferecidos pela


rede.

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Recurso: Qualquer coisa que possa ser oferecida e usada pelos clientes da
rede, como impressoras, arquivos, unidades de disco, acesso a internet, etc.

Protocolo: Pra que todos os dispositivos de uma rede possam se entender,


independente do programa usado ou do fabricante dos componentes, eles
precisam conversar usando uma mesma linguagem. Essa linguagem é
genericamente chamada de protocolo. Dessa forma, os dados de uma rede são
trocados de acordo com um protocolo, como, por exemplo, o TCP/IP.

Cabeamento: Os cabos da rede transmitem os dados que serão trocados


entre os diversos dispositivos que compõem uma rede.

Placa de Rede: A placa de rede, também chamada NIC (Network Interface


Card), permite que PCs consigam ser conectados em rede, já que internamente
os PCs usam um sistema de comunicação totalmente diferente do utilizado em
redes. Entre outras diferenças, a comunicação na placa-mãe de um PC é feita
no formato paralelo (onde todos os bits contendo informações são transmitidos
de uma só vez), enquanto que a comunicação em uma rede é feita no formato
serial (é transmitido um bit por vez, apenas).

Hardware de Rede: Poderá ser necessário o uso de periféricos para efetuar ou


melhorar a comunicação da rede. O uso de um hub, também chamado
concentrador, switches e roteadores são apenas alguns dos periféricos que se
poderá fazer o uso.

Transmissão de Dados

Como as redes foram criadas basicamente com um único propósito - a


transmissão de dados , eletronicamente, existem três tipos de transmissão de
dados:
 Simplex: Nesse tipo de transmissão de dados, um dispositivo é
o transmissor e o outro dispositivo é o receptor, sendo que esse
papel não se inverte, isto é, um dispositivo será sempre o
transmissor e o outro será sempre receptor.

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 Half-duplex: Esse tipo de transmissão de dados é bidirecional,
mas por compartilharem um mesmo canal de comunicação, não
é possível transmitir e receber dados ao mesmo tempo. Um
exemplo de transmissão half-duplex é a comunicação usando
um walkie-talkie (as duas pessoas podem conversar, mas só
uma de cada vez). Tradicionalmente a comunicação em redes é
do tipo half-duplex.
Full-duplex: É a verdadeira comunicação bidirecional. Podem transmitir e
receber dados ao mesmo tempo. Um exemplo é o aparelho telefônico.
Tradicionalmente em redes a comunicação full-duplex não é tão usual, sendo
recomendada para dispositivos que necessitem de alto desempenho, como
servidores de arquivos. Como as placas de rede que permitem esse tipo de
comunicação estão ficando mais baratas, está cada vez mais comum
encontrarmos hoje me dia redes que só usam esse

Cabo UTP (partrançado)

Há alguns anos a rede feita com cabo de par trançado vem substituindo as
redes construídas com cabos coaxiais de 50 Ohms devido principalmente a
facilidade de manutenção, pois com o cabo coaxial é muito trabalhoso achar
um defeito, pois, se houver um mau contato ou qualquer problema com as
conexões em algum ponto da rede o problema se refletirá em todas as
maquinas da rede, o que não acontece em uma rede de par trançado.

O cabo par trançado surgiu com a necessidade de se ter cabos mais flexíveis e
com maior velocidade e de transmissão.

Características

Este cabo consiste em um par de fios elétricos de cobre ou aço recoberto de


cobre (aumenta a resistência à tração). Os fios são recobertos de uma camada
isolante, geralmente de plástico, e entrelaçados em forma de trança (de onde
surgiu o seu nome). Este entrelaçamento é feito para se evitar a interferência
eletromagnética entre cabos vizinhos e para aumentar a sua resistência. O
conector utilizado é o RJ-45.

29
Sua transmissão pode ser tanto analógica quanto digital. Na transmissão
analógica, para o qual foi originalmente construído, é necessário um
amplificador a cada 5 ou 6 km. Na transmissão digital, um repetidor é
necessário a cada 2 ou 3 km.

Além do uso em redes de computadores, o cabo par trançado é muito utilizado


em telefonia, ligando aparelhos telefônicos a centrais ou a um centro de
comutação privado (PABX), ele é usado em ligações com multiplexação de 24
ou 30 canais, com uma banda de passagem de 268 ou 312 kHz. Dados digitais
são transmitidos usando-se modems de até 9600bps em PKS e multiplexação,
com banda agregada de 230 kbps. Também é utilizado em transmissões
digitais, como na interligação de centrais telefônicas com PCM de 24 ou 30
canais e taxa agregada de 1,5 ou 2 Mbps.

Vantagens e Desvantagens

Tem como vantagem se atingir maior taxa de transferência podendo trabalhar


não somente a 10 Mbps, mas também a 100 Mbps (Fast Ethernet) ou até 1000
Mbps (1 Gigabite Ethernet).

Sua desvantagem consiste no fato de ser suscetível à interferência e ao ruído,


inclusive "cross-talk" de fiações adjacentes, mas para se solucionar estes
problemas foram desenvolvidos dois tipos de cabo par trançado: o par trançado
sem blindagem (UTP) e o par trançado com blindagem (STP).

Tipos de Cabo Par Trançado

Como vimos anteriormente, existem dois tipos básicos de cabos par


trançado:

UTP - Unshielded Twisted Pair - Par trançado sem blindagem.

Este é sem duvida o cabo mais utilizado em redes de computadoes, pois, é de


fácil manuseio, instalação e permite maiores taxas de transmissão em relação
aos cabos coaxiais.

30
STP - Shielded Twisted Pair - Par trançado com blindagem.

O cabo blindado STP é muito pouco utilizado sendo basicamente necessários


em ambientes com grande nível de interferência eletromagnética. Podem ser
encontrados com blindagem simples ou com blindagem par a par.

Deve-se dar preferência a sistemas com cabos de fibra ótica em ambientes


com agressivos ruídos eletromagnéticos, pois estas são imune a qualquer tipo
de ruído eletromagnético, ou quando se desejam grandes distâncias ou altas
velocidades de transmissão.

Categorias

Os UTPs são divididos em 5 categorias, levando em conta o nível de


segurança e a bitola do fio, onde os números maiores indicam fios com
diâmetros menores.

Categoria 1 : sistema de telefonia;

Categoria 2 : UTP tipo 3 definido pela IBM. Baixa transmissão.

Categoria 3 : transmissão de até 16 Mhz. Utilização típica em até 10 Mbps.

Categoria 4 : transmissão de até 20 Mhz . Utilização típica em até 16Mbps.

Categoria 5 : transmissão de até 100 Mhz. Utilização típica em até 100Mbps.

Padrões de Conectorização

Conectorização T568A (Strainght Through) para 10BaseT e 100BaseT

cor pino função cor


1 + TD Vd/Br
2 - TD Verde
3 + RD Lr/Br
4 N/Utilizado Azul

31
5 N/Utilizado Az/Br
6 - RD Laranja
7 N/Utilizado Mr/Br
8 N/Utilizado Marrom
Esquema de ligação sem cruzamento
algum (Strainght Through) conforme
norma EIA/TIA 568A "Este é o esquema
de ligação mais utilizado em todo o
mundo"

Conectorização T568B (Half Cross) para 10BaseT e 100BaseT

cor pino função cor


1 + TD Lr/Br
2 - TD Laranja
3 + RD Vd/Br
4 N/Utilizado Azul
5 N/Utilizado Az/Br
6 - RD Verde
7 N/Utilizado Mr/Br
8 N/Utilizado Marrom
Esquema de ligação com cruzamento
parcial de T568A (Half Cross) conforme
norma EIA/TIA 568A

Conectorização T568A (Strainght Through) para 1000BaseT (Gigabit Ethernet)

cor pino função cor


1 +BI_DA Vd/Br
2 - BI_DA Verde
3 +BI_DB Lr/Br
4 +BI_DC Azul
5 -BI_DC Az/Br

32
6 - BI_DB Laranja
7 +BI_DD Mr/Br
-
8 Marrom
BI_DD
Esquema de ligação conforme norma
EIA/TIA 568A para 1000BaseT, a
codificação das cores é a mesma,
modificando-se somente os sinais e
que neste tipo de ligação se utiliza
todos os pinos de ligação para os
sinais (full duplex)

Conectorização Cross Over (Cruzamento Total) T568A para 1000BaseT


(Gigabit Ethernet)

cor pino função cor


1 +BI_DA Lr/Br
2 - BI_DA Laranja
3 +BI_DB Vd/Br
4 +BI_DC Mr/Br
5 -BI_DC Marrom
6 - BI_DB Verde
7 +BI_DD Azul
-
8 Az/Br
BI_DD

Cabo UTP

O cabo UTP é um dos meios físicos mais utilizados nas redes modernas,
apesar do custo adicional decorrente da utilização de hubs e outros
concentradores. O custo do cabo é mais baixo, e a instalação é mais simples.
Basta ligar cada um dos computadores ao hub ou switch. Cada computador

33
utiliza um cabo com conectores RJ-45 em suas extremidades. As conexões
são simples porque são independentes. Para adicionar um novo computador à
rede, basta fazer a sua ligação ao hub, sem a necessidade de remanejar cabos
de outros computadores.

Cabo UTP com conectores RJ-45.

Cabos de rede podem ser comprados prontos, com diversas medidas. É prático
usar cabos prontos quando seu uso é externo, ou seja, não embutido na
parede. São os casos dos cabos que ligam o computador ao hub ou tomada, e
também dos inúmeros cabos que interligam os equipamentos de rede nos
racks, como mostraremos mais adiante.

Conectores RJ-45.

A figura acima mostra um conector RJ-45 na extremidade de um cabo de par


trançado. Para quem vai utilizar apenas alguns poucos cabos, vale a pena
comprá-los prontos. Muitas lojas montam esses cabos sob medida. Para quem

34
vai precisar de muitos cabos, ou para quem vai trabalhar com instalação e
manutenção de redes, vale a pena ter os recursos necessários para construir
cabos. Devem ser comprados os conectores RJ-45, cabos, um alicate para
fixação do conector e um testador de cabos.

Cabo UTP com seus quatro pares


trançados.

A figura anterior mostra a extremidade de um cabo UTP usado em redes, já


desencapada e com seus quatro pares à mostra. Um desses pares tem um fio
azul escuro, trançado com um outro fio que pode ser azul claro ou então,
branco com listras azuis. Da mesma forma, um par tem um fio laranja trançado
com um fio branco com listras laranjas, um fio verde trançado com um fio
branco com listras verdes e um fio marrom trançado com um fio branco com
listras marrons. Dependendo do cabo, os fios brancos listrados citados podem
apresentar as cores laranja claro, verde claro e marrom claro, respectivamente.

Note que apesar das extremidades dos oito fios desencapadas, visto acima,
com a parte de cobre à mostra, não desencapamos essas extremidades
quando montamos um cabo de rede. O conector RJ-45 tem contatos cortantes
que penetram na cobertura plástica e atingem o condutor interno, fazendo o
contato.

A figura a seguir mostra em detalhes os conectores RJ-45, bem como a


numeração dos seus contatos. Apesar do conector RJ-45 ter oito fios, as
conexões por rede Ethernet usam apenas quatro fios. Entre os fios de números
1 e 2 (chamados de TD+ e TD– ) a placa envia o sinal de transmissão de
dados, e entre os fios de números 3 e 6 (chamados de RD+ e RD– ) a placa
recebe os dados. Nos hubs e switches, os papéis desses pinos são invertidos.
A transmissão é feita pelos pinos 3 e 6, e a recepção é feita pelos pinos 1 e 2.
Em outras palavras, o transmissor da placa de rede é ligado no receptor do hub
ou switch, e vice-versa.

35
Conectores RJ-45.

Para quem faz instalações de redes com freqüência, é conveniente adquirir


testadores de cabos, como os que vemos na figura abaixo. Lojas
especializadas em equipamentos para redes fornecem cabos, conectores, o
alicate e os testadores de cabos, além de vários outros equipamentos. Os
testadores mostrados na próxima figura formam uma dupla, e são vendidos
juntos. Para testar um cabo, conectamos em cada um dos testadores, uma
extremidade do cabo. Pressionamos o botão ON/OFF e observamos os LEDs
indicados no testador menor. Os quatro LEDs deverão acender
seqüencialmente, indicando que cada um dos quatro pares está firme e com
contato perfeito.

Testadores de cabos.

36
Um hub.

A figura logo acima mostra um hub, um dos equipamentos que ligam os


computadores em redes que utilizam par trançado. Existem hubs padrão
Ethernet (10 Mbits/s) e Fast Ethernet (100 Mbits/s). Existem ainda os modelos
duais, que permitem conexões com velocidades diferentes na mesma rede (10
Mbits/s e 100 Mbits/s). A maioria dos modelos hoje à venda são duais.
Podemos encontrar hubs com conexões para 4, 6, 8, 12, 16, 24 ou 32
computadores.

Os hubs e outros tipos de concentradores possuem em geral uma porta


adicional chamada Uplink. Esta porta é usada para conectar os hubs (ou outros
concentradores) entre si. Observe na figura anterior que a porta 8 tem uma
indicada uma ligação com a porta adicional, que é o Uplink. Na verdade o
Uplink é uma repetição desta porta (no nosso exemplo, da porta 8). Não é
permitido fazer conexões simultâneas em ambas as portas. No hub do nosso
exemplo, se a porta Uplink for usada, a porta 8 deve ficar sem conexão. Mais
adiante mostraremos como são feitas as ligações com o uso da porta Uplink.

37
Detalhe da conexão dos cabos no
hub.

Se você precisa implementar uma rede em que alguns computadores utilizam


placas de 10 Mbits/s (computadores antigos) e outros utilizam placas de 100
Mbits/s, tome cuidado com o tipo de hub que vai adquirir. Existem modelos
mais simples que, ao detectarem que existe pelo menos uma placa operando a
10 Mbits/s, obrigam todas as placas de 100 Mbits/s a reduzirem sua velocidade
para 10 Mbits/s. Existem modelos de melhor qualidade que dividem as
conexões em dois barramentos, um para cada velocidade. Desta forma, dois
computadores equipados com placas de 100 Mbits/s poderão trocar dados
nesta velocidade. Apenas quando um dos computadores envolvidos na
comunicação utiliza placa de 10 Mbits/s esta velocidade será utilizada.

Montagem de cabos UTP/RJ-45

Para montar cabos de rede com par trançado e conectores RJ-45, é preciso
utilizar um alicate apropriado, como o que vemos a seguir. Este alicate é
encontrado em lojas especializadas em acessórios para redes, e é
normalmente chamado de alicate crimpador ou alicate de crimpagem. Existe
também um modelo que é usado para conectores RJ-11, que têm 4 contatos e
são usados para conexões telefônicas.

38
Alicate para fixação de conectores RJ-45.

Este alicate possui duas lâminas e uma fenda para o conector. A lâmina
indicada com (1) é usada para cortar o fio. A lâmina (2) serve para desencapar
a extremidade do cabo, deixando os quatro pares expostos. A fenda central
serve para prender o cabo no conector.

O alicate em detalhes.

(1) : Lâmina para corte do fio


(2) : Lâmina para desencapar o fio
(3): Fenda para crimpar o conector

São as seguintes as etapas da montagem do cabo:

1° Use a lâmina (1) para cortar o cabo no tamanho necessário

39
Desencapando a cobertura externa e expondo
os quatro pares do cabo.

2° Use a lâmina para desencapar o cabo, retirando cerca de 2 cm da capa


plástica. É preciso alguma prática para fazer a operação corretamente. A
lâmina deve cortar superficialmente a capa plástica, porém sem atingir os fios.
Depois de fazer um leve corte, puxe o cabo para que a parte plástica seja
retirada.

Desencapando a extremidade do
cabo.

3º Você identificará quatro pares de fios:

a) Verde / Branco-verde
b) Laranja / Branco-laranja
c) Azul / Branco-azul
d) Marrom / Branco-marrom

OBS.: Branco-verde significa “fio branco com listras verdes”. Em alguns cabos
este fio é verde claro, ao invés de branco listrado de verde. O mesmo se aplica
aos outros três pares, com as respectivas cores.

4º Procure separar os pares na ordem indicada no item 3. O par laranja /


branco-laranja deverá ser desmembrado. O fio branco-laranja ficará depois do
par verde/branco-verde. Depois virá o par azul/branco-azul. Depois virá o fio

40
laranja, e finalmente o par marrom/branco-marrom. Desenrole agora os pares e
coloque os fios na seguinte ordem, da esquerda para a direita:

Branco-verde
Verde
Branco-laranja
Azul
Branco-azul
Laranja
Branco-marrom
Marrom

A operação completa é mostrada na figura abaixo. Procure posicionar os pares


de modo que já fiquem dispostos na sua configuração definitiva, sem que seja
preciso fazer grandes torções nos pares.

Colocando os fios na ordem


correta.

5º Use a lâmina (1) do alicate para aparar as extremidades dos 8 fios, de modo
que fiquem todos com o mesmo comprimento. O comprimento total da parte
desencapada deverá ser de cerca de 1,5 cm.

6º Introduza cuidadosamente os 8 fios dentro do conector RJ-45. Cada um dos


oito fios deve entrar totalmente no conector. Observe o ponto até onde deve
chegar a capa plástica externa do cabo. Depois de fazer o encaixe, confira se
os 8 fios estão na ordem correta.

41
Encaixando o cabo no conector RJ-45.

7º Agora falta apenas “crimpar” o conector. Introduza o conector na fenda


apropriada existente no alicate e aperte-o. Nesta operação duas coisas
acontecerão. Os oito contatos metálicos existente no conector irão “morder” os
8 fios correspondentes, fazendo os contatos elétricos. Ao mesmo tempo, uma
parte do conector irá prender com força a parte do cabo que está com a capa
plástica externa. O cabo ficará definitivamente fixo no conector. Finalmente use
o testador de cabos para verificar se o mesmo está em perfeitas condições.

Esteja preparado, pois a experiência mostra que para chegar à perfeição é


preciso muita prática, e até lá é comum estragar muitos conectores. Para
minimizar os estragos, faça a crimpagem apenas quando perceber que os oito
fios chegaram até o final do conector. Não fixe o conector se perceber que
alguns fios estão parcialmente encaixados. Se isso acontecer, tente empurrar
mais os fios para que encaixem até o fim. Se não conseguir, retire o cabo do
conector, realinhe os oito fios e faça o encaixe novamente.

Olhando atentamente, observamos


que alguns dos fios não ficaram
totalmente encaixados.

Protetor de borracha para o conector RJ-45

Nas lojas que vendem material para a montagem de cabos de rede, você
encontrará também protetores de borracha, como os que vemos logo abaixo.
Esses protetores estão disponíveis em várias cores, e é altamente
recomendável usá-los.

42
Protetores de borracha para os conectores
RJ-45.

O uso desses protetores plásticos traz vários benefícios:

 Facilita a identificação do cabo, com o uso de cores diferentes.


 Mantém o conector mais limpo.
 Aumenta a durabilidade do conector nas operações de encaixe e
desencaixe.
 Dá ao cabo um acabamento profissional.

Montar um cabo de rede com esses protetores é fácil. Cada protetor deve ser
instalado no cabo antes do respectivo conector RJ-45. Depois que o conector é
instalado, ajuste o protetor ao conector.

Cabos com protetores


de borracha.

Testando o cabo

Testar um cabo é relativamente fácil utilizando os testadores disponíveis no


mercado. Normalmente esses testadores são compostos de duas unidades
independentes. A vantagem disso é que o cabo pode ser testado no próprio
local onde fica instalado, muitas vezes com as extremidades localizadas em
recintos diferentes. Chamemos os dois componentes do nosso kit de testador e
terminador. Uma das extremidades do cabo deve ser ligada ao testador, no

43
qual pressionamos o botão ON/OFF. O terminador deve ser levado até o local
onde está a outra extremidade do cabo, e nele encaixamos o outro conector
RJ-45.

Testando um cabo com dois conectores RJ-


45.

Uma vez estando pressionado o botão ON/OFF no testador, um LED irá piscar.
No terminador, quatro LEDs piscarão em seqüência, indicando que cada um
dos quatro pares está corretamente ligado. Observe que este testador não é
capaz de distinguir ligações erradas quando são feitas de forma idêntica nas
duas extremidades. Por exemplo, se os fios azul e verde forem ligados em
posições invertidas em ambas as extremidades do cabo, o terminador
apresentará os LEDs piscando na seqüência normal. Cabe ao usuário ou
técnico que monta o cabo, conferir se os fios em cada conector estão ligados
nas posições corretas.

Montagem e teste de conectores RJ-45 fêmea na parede

Ao montar uma rede em uma pequena sala, os cabos são muitas vezes
passados ao longo da parede, fixados no rodapé. Muitas vezes os cabos vão
de uma sala a outra, totalmente à vista. Apesar do aspecto deste tipo de
instalação ser ruim, funciona bem. Apenas devemos evitar passar cabos de
rede próximos à fiação da rede elétrica. As instalações são entretanto mais
organizadas quando os cabos de rede passam dentro de conduítes próprios,
por dentro das paredes. Nunca passe cabos de rede por conduítes que já
sejam usados pela fiação da rede elétrica. Esses conduítes são instalados na

44
parede durante uma obra anterior à instalação da rede e dos computadores. É
preciso quebrar a parede, passar os conduítes e instalar as caixas de tomadas,
cimentar, fazer o acabamento e pintar.

Tomada de rede embutida na


parede.

Existem alternativas para este tipo de instalação. Em muitas empresas é usado


um “piso falso”. Basta levantar as placas e passar os cabos sob o piso. Se não
for o caso, podemos deixar o cabeamento de rede externo mas usar canaletas
para proteger os cabos e dar um acabamento melhor. Nos pontos onde serão
feitas as conexões, usamos caixas externas com tomadas de rede.

Tomadas de rede em caixas externas.

Tanto na tomada embutida como na externa encontramos conectores RJ-45


fêmea. O cabo da rede deve ser ligado internamente a esses conectores e

45
fixado com a ajuda de uma ferramenta de inserção apropriada. Na figura
abaixo vemos o aspecto do interior do conector RJ-45 fêmea.

OBS.: O conector RJ-45 macho também é chamado de plug RJ-45. O conector


RJ-45 fêmea também é chamado de jack RJ-45.

Detalhes de conectores RJ-45 fêmea.

A seguir é mostrada a ferramenta usada na fixação do cabo neste conector.


Trata-se de uma ferramenta de impacto. Uma peça chamada blade (lâmina) faz
simultaneamente o corte do excesso de fio e a fixação no conector. Tanto os
conectores quanto esta ferramenta são encontrados nas lojas especializadas
em suprimentos para redes.

Ferramenta para fixação do cabo


no conector RJ-45 fêmea.

46
Para montar este conector, siga o seguinte roteiro:

1º Use um alicate crimpador para desencapar cerca de 3 cm do plástico que


envolve o cabo.

2º Encaixe cada um dos fios nas posições corretas. Em caso de dúvida, use a
indicação das cores existente no próprio conector. Os fios devem ser totalmente
encaixados nas fendas do conector, como vemos em detalhe na figura abaixo.

47
Detalhe do encaixe dos fios no
conector.

3º Para cada uma das 8 posições do conector, posicione a lâmina da


ferramenta de inserção. A lâmina tem uma extremidade cortante que deverá
eliminar o excesso de fio. Cuidado para não orientar a parte cortante na
posição invertida. A parte cortante deve ficar orientada para o lado externo do
conector. Aperte a lâmina firmemente no sentido do conector. A lâmina fará um
impacto, e fixará o fio no conector, ao mesmo tempo em que cortará o seu
excesso.

Fixando os fios por impacto e cortando o seu


excesso.

4º Uma vez pronto o conector, devemos testá-lo. A seção completa de cabo


terá conectores RJ-45 fêmea em suas duas extremidades. Conecte nesses

48
pontos dois pequenos cabos com conectores RJ-45 macho, previamente
testados. Use então o mesmo procedimento usado nos testes de cabos de par
trançado, já mostrado neste capítulo.

5º Depois que os conectores forem montados e testados, podem ser


encaixados no painel frontal, conhecido como “espelho”. Finalmente este
espelho deve ser aparafusado na caixa, e a instalação estará pronta.

Fixe o conector no espelho e aparafuse o


espelho na parede.

Note que ao lado do espelho onde estão dois conectores RJ-45, existe um
espelho com tomadas elétricas. Lembre-se que a fiação de rede e a fiação
elétrica não devem compartilhar a mesma tubulação, mas você pode passar os
fios de rede em tubulações telefônicas. O tipo de caixa e espelho usados na
figura anterior são conhecidos no comércio como “4x4” (a caixa interna é um
quadrado com quatro polegadas de lado). Também são comuns as caixas e
espelho “4x2”. Usar uma caixa maior tem a vantagem de permitir mais
facilmente a instalação de novas conexões, bastando trocar o espelho.

Os produtores de tomadas e espelhos oferecem linhas de espelhos, tomadas e


interruptores modulares com excelente apresentação. Entre esses módulos
encontramos conectores RJ-11 para telefones e conectores RJ-45 para redes.

Cabo “crossed” (crossover)

É possível ligar dois computadores em rede utilizando par trançado, sem


utilizar um hub. Para isso é preciso usar um cabo trançado (crossed ou
crossover). Este cabo possui plugs RJ-45 em suas extremidades, porém é feita
uma inversão nos pares de transmissão e recepção. Para isso, um plug RJ-45

49
é montado da forma padrão. O outro deve ser montado de acordo com o
diagrama abaixo:

Ligações em um dos conectores


do cabo crossed.

O funcionamento deste cabo é baseado nas inversões dos sinais TD e RD


(transmissão e recepção):

TD+ e TD- do primeiro conector ligados em RD+ e RD- do segundo conector


RD+ e RD- do primeiro conector ligados em TD+ e TD- do segundo conector

O método de teste deste tipo de cabo é o mesmo para cabos comuns. A única
diferença é que a seqüência de acendimento dos LEDs será alterada. Ao invés
dos LEDs acenderem na ordem 1o, 2o, 3o, 4o, acenderão na ordem 2o, 1o, 3o,
4o. Lembre-se que neste cabo, apenas um dos conectores deve ter as
conexões feitas invertidas. O outro conector deve ter as conexões normais.

Fibras Óticas

Em 1966, num comunicado dirigido à Bristish Association for the Advancement


of Science, os pesquisadores K. C. Kao e G. A . Hockham da Inglaterra
propuseram o uso de fibras de vidro, e luz, em lugar de eletricidade e
condutores de cobre na transmissão de mensagens telefônicas.

A fibra óptica é um filamento de vidro, material dielétrico, constituído de duas


partes principais : o núcleo, por onde se propaga a luz, e a casca que serve
para manter a luz confinada no núcleo.

Cada um destes elementos, núcleo e casca, possuem índices de refração


diferentes fazendo com que a luz percorra o núcleo refletindo na fronteira com
a casca.

50
Transmissão

Para criarmos um sistema de comunicação através de fibras ópticas,


precisamos de alguns elementos além da fibra tais como receptores e
Transmissores, que transformam o sinal elétrico em luminoso, e vice versa.

A comunicação se estabelece da seguinte forma: O equipamento, hub ou


estação de trabalho, envia uma mensagem codificada através de um pulso
elétrico ao emissor que converte em pulso luminoso, este pulso luminoso
percorre a fibra até atingir seu destino, onde encontra um receptor que recebe
e converte novamente em pulso elétrico para que o outro equipamento possa
interpretar a mensagem. Os emissores e receptores geralmente ficam alojados
em equipamentos tais como hubs ópticos, placas ópticas e tranceivers.

Os transmissores ópticos são responsáveis pela conversão dos sinais elétricos


em sinais ópticos que serão transportados pela fibra. As fontes luminosas
usadas são :

LEDs (Light Emitting Diodes) : utiliza o processo de fotogeração por


recombinação espontânea. Os cabos com este tipo de transmissão são mais
baratos, além de serem mais adaptáveis à temperatura ambiente e de terem
um ciclo de vida maior.

LDs (Laser Diodes) : utiliza o processo de geração estimulada da luz. Os cabos


com este tipo de transmissão são mais eficientes em potência devido a sua
espessura reduzida.

A largura de banda deste meio é potencialmente muito alta , podendo chegar a


5Ghz, e tende a ser limitada pela taxa de modulação máxima da fonte
luminosa. Para os LEDs estas taxas variam entre 20 e 150 Mbps , taxas mais
altas são possíveis usando LDs.

Os receptores ópticos ou fotodetectores são responsáveis pela conversão dos


sinais ópticos em elétricos. Devem operar com sucesso até nos menores níveis
de potência ópticas possíveis, convertendo o sinal com o mínimo de distorção e
ruído para garantir o maior alcance possível.

51
Os fotodetectores mais utilizados são :

PIN : este tipo de receptor é mais barato, além de serem mais adaptáveis à
temperatura ambiente e de terem um ciclo de vida maior .

AFD : este tipo de receptor apresenta um custo maior do o PIN , além de


apresentar uma sensibilidade e uma relação sinal/ruído muito melhor que o
PIN.

Vantagens

Banda passante alta: a transmissão óptica tem uma grande capacidade de


transmitir informação em termos de largura de banda, a transmissão por
freqüências de onda de luz é muito grande no espectro electromagnético, dado
que a largura de banda é dependente da extensão da freqüência.

Perdas de transmissão baixa: o poder do sinal luminoso é apenas reduzido


ligeiramente após a propagação de grandes distâncias;

Pequeno tamanho e peso: resolvem o problema de espaço e de


congestionamento de dutos no subsolo das grandes cidades e em grandes
edifícios comercias. É o meio de transmissão ideal em aviões, navios e
satélites;

Imunidade a interferências: não sofrem interferências eletromagnéticas, pois


são compostas de material dielétrico, e asseguram imunidade à pulsos
eletromagnéticos;

Isolação elétrica : não há necessidade de se preocupar com aterramento e


problemas de interface de equipamento, uma vez que é constituída de vidro ou
plástico, que são isolantes elétricos;

Matéria-prima abundante: é constituída por sílica, material abundante e não


muito caro. Sua despesa aumenta no processo requerido para fazer vidros
ultra-puros desse material;

52
Desvantagens

Fragilidade das fibras ópticas sem encapsulamento: deve-se tomar muito


cuidado ao manusear-se uma fibra óptica, pois elas quebram facilmente;

Dificuldade de conexões das fibras ópticas: por ser de pequena dimensão,


exigem procedimentos e dispositivos de alta precisão na realização de
conexões e emendas;

Acopladores tipo T com perdas muito grandes: essas perdas dificultam a


utilização da fibra óptica em sistemas multiponto;

Impossibilidade de alimentação remota de repetidores: requer alimentação


elétrica independente para cada repetidor, não sendo possível a alimentação
remota através do próprio meio de transmissão;

Falta de padronização dos componentes ópticos: o contínuo avanço


tecnológico e a relativa imaturidade não tem facilitado o estabelecimento de
padrões.

Aplicações

Redes de telecomunicações;
Conexões de redes locais LANs e WANs;
Redes de comunicações em ferrovias e metrôs;
Redes para controle de distribuição de energia elétrica;
Redes de transmissão de dados;
Redes de distribuição de sinais de radiodifusão e televisão;
Redes de estúdios, cabos de câmeras de televisão;
Redes industrias, em monitoração e controle de processos;
Interligação de circuitos dentro de equipamentos;
Aplicação de controle em geral como em fábricas e maquinários ;
Em veículos motorizados, aeronaves, trens e navios.

Tipos de Fibras Ópticas

53
Podemos encontrar três tipos de fibra óptica :

Multimodo com índice degrau: este tipo de fibra foi o primeiro a surgir e é o tipo
mais simples. Constitui-se de um único tipo de vidro para compor o núcleo, ou
seja, com índice de refração constante.

Possui capacidade de transmissão limitada basicamente pela dispersão modal


(interferência entre pulsos consecutivos, onde ocorre o espalhamento dos
"modos" no decorrer do percurso) que reflete os diferentes tempos de
propagação da onda luminosa.

São utilizadas em transmissão de dados à curta distância e em iluminações. O


desempenho desta fibra não passa de 15 a 25 MHz.

Multimodo com índice gradual: este tipo de fibra é composto por vidros
especiais com diferentes valores de índice de refração, os quais tem o objetivo
de diminuir as diferenças de tempos de propagação da luz no núcleo, devido
aos vários caminhos possíveis que a luz pode tomar no interior da fibra,
diminuindo a dispersão do impulso e aumentando a largura de banda da fibra.

Possui taxas de transmissão igual a multimodo com índice degrau, entretanto


são menos sensíveis à dispersão modal.

54
Este tipo de fibra representa uma boa relação custo benefício para aplicações
em redes locais, ela possibilita backbones de até 2 km sem repetição, opera
com emissores do tipo LED, o que diminui consideravelmente o custo dos
equipamentos envolvidos.

Monomodo degrau : a luz percorre a fibra em um só "modo", evitando assim os


vários caminhos de propagação da luz no núcleo, consequentemente
diminuindo a dispersão do impulso luminoso.

A principal característica desta fibra é a pequena dimensão do núcleo.

Atualmente possuem grande importância em sistemas telefônicos.

Pode atingir taxas de transmissão na ordem de 1 GHz.

Quanto ao tipo de sinal suportado, tanto fibras multimodo quanto monomodo


operam com sinais de dados, voz e imagem.

Tipos de emendas

Normalmente tem-se ema idéia apenas da fibra ligando uma ponta a outra da
Rede, o que na maioria das vezes não é verdade. É muito comum
encontrarmos emendas durante o trajeto que a fibra faz.

Em vista disto estaremos descrevendo as características e aplicações dos


principais processos de Emendas Ópticas.

55
Emenda Óptica por Fusão das Fibras

Como o próprio nome diz, este processo consiste em fundir uma fibra com uma
outra fibra.

Para que ocorra a fusão das fibras é necessária a utilização de uma Máquina
de Emenda Óptica na qual duas fibras são alinhadas frente a frente mantendo-
se uma pequena distância entre as mesmas.

No local onde existe esta pequena distância, encontram-se de forma


perpendicular com as fibras, dois "pólos" também alinhados frente a frente um
com o outro.

Faz-se passar energia elétrica de um pólo para o outro e devido à distância que
existe entre os mesmos são formados arcos voltáicos, os quais aquecem as
fibras até temperaturas altíssimas e provocam a fusão entre as mesmas.

Além da Máquina de Emenda Óptica, são necessários também um Decapador


de Fibra Óptica, utilizado para remover o revestimento da fibra sem danificá-la,
e um clivador de fibra óptica utilizado para "cortar" as fibras num ângulo o mais
reto possível para que as fibras estejam perfeitamente alinhadas na hora da
fusão.

O processo de Emenda Óptica por Fusão exige um custo alto nos


equipamentos para a sua operação, entretanto agiliza as instalações e garante
uma grande confiabilidade no sistema.

Emenda Óptica Mecânica

Este processo consiste em alinhar duas fibras com a utilização de um tipo de


"luva" especialmente desenvolvida para tal finalidade, que mantém estas fibras
posicionadas frente a frente, sem uni-las definitivamente.

Para que seja possível a execução deste tipo de processo é necessário a


aquisição de alguns materiais, dentre eles, um Kit de Ferramentas para
Emenda Mecânica, as "luvas", e um Clivador de fibra óptica de precisão para

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cortar num ângulo o mais reto possível, para que as fibras estejam
perfeitamente alinhadas na hora do fechamento da luva.

O custo de investimento em materiais para a operação deste tipo de processo


é relativamente reduzido, sendo a sua instalação relativamente fácil, obtendo-
se com isso um tempo reduzido durante a instalação e uma grande facilidade
de locomoção visto que os materiais são portáteis.

Emenda Óptica por Acoplamento de Conectores

Este processo no alinhamento de duas fibras, em cada fibra é colocado um


conector óptico e estes dois conectores são encaixados em um acoplador
óptico para que se torne possível o alinhamento das fibras sem uni-las
definitivamente.

Para que este processo seja possível é necessária a aquisição de alguns


produtos, dentre eles, um Kit de ferramentas para conectorização de fibras
ópticas, conectores ópticos e acopladores ópticos.

O custo de investimento em materiais para a operação deste tipo de processo


é bem reduzido, sendo a sua instalação um pouco mais trabalhosa do que nos
processos anteriores, em vista disso destina-se um tempo maior para que se
efetue a instalação.

57
Robótica e eletrônica básica.
(Arduíno)
O que é? Arduíno é uma plataforma open-source de desenvolvimento que
consiste em uma placa com microcontrolador e uma IDE (Integrated
Development Environment), o software que permite ao usuário desenvolver o
código usado pela placa.

O grande diferencial do Arduíno é permitir a programação de um micro


controlador usando uma linguagem de alto nível, possibilitando que iniciantes e
leigos em eletrônica e programação possam desenvolver projetos
relativamente complexos. História O projeto iniciou-se na cidade de Ivrea, Itália,
em 2005, mais especificamente no Interaction Design Institute Ivrea. A equipe
de fundadores era composta por Hernando Barragan, Massimo Banzi, David
Cuartielles, Dave Mellis, Gianluca Marino, e Nicholas Zambetti. Na época, os
estudantes do instituto utilizavam sistemas de prototipagem considerados
caros.

Como alternativa a isso, surgiu o Arduíno. Tal nome veio de um bar em Ivrea,
onde alguns dos fundadores do projeto se encontravam. Seu sucesso foi
sinalizado com o recebimento de uma menção honrosa na categoria
Comunidades Digitais em 2006, pela Prix Ars Electronica, além da marca de
mais de 50.000 placas vendidas até outubro de 2008. Comunidade A
comunidade que estuda e utiliza Arduíno é bem numerosa e acessível. É
possível encontrar uma grande variedade de projetos e tutoriais através de
sites, fóruns online e livros. No próprio site do Arduíno existem tutoriais que
mostram diversas funcionalidades da placa e como desenvolver projetos com
ela. (https://www.Arduíno.cc/en/Tutorial/HomePage) Além disso, com o
Arduíno, também é possível utilizar vários tipos de sensores e shields (placas
de expansão de hardware) de maneira rápida e simples. Esses dispositivos são
extremamente úteis em diversas aplicações eletrônicas.

O que um iniciante precisa saber dessas informações? Que ele não deve
conectar o arduino a uma fonte maior que 12V.

58
Um computador já estabelece automaticamente uma tensão segura para a
placa a partir do USB, mas cuidado ao conectá-la a uma bateria ou tomada
pela entrada de energia, sempre cheque sua voltagem. Tensões maiores
podem danificar a placa e o computador em que ela está conectada. Pinos
analógicos trabalham com tensões que variam de 0V até 5V.

Pinos digitais trabalham com o valor de 0V (desligado) ou 5V (ligado). Você


aprenderá a programar a placa de modo que o pino escolhido exerça a tensão
desejada para realizar uma tarefa (como os exercícios propostos a neste guia).
Preste atenção na corrente, se você colocou 5V no pino, certifique-se que seu
circuito tem uma resistência equivalente de pelo menos 125 ohm (comprove
por ). https://www.arduino.cc/en/Main/arduinoBoardUno

Entradas Analógicas e Sensores Introdução ao Arduíno Grupo de estudos em


Robótica Protoboard Antes de começar a programar a placa são necessários
aprender a usar uma ferramenta extremamente util na prototipagem de
circuitos: a Protoboard. A protoboard é uma placa com vários furos para fazer
conexões entre componentes de um circuito elétrico, sendo, normalmente,
usada para fazer testes com circuitos pequenos devido à grande facilidade de
manuseio. O modelo utilizado pode ser visualizado na imagem abaixo. A placa
é espelhada e tem duas partes: a central, para conexões entre os componentes
elétricos, e a periférica, geralmente usados para conectar a alimentação e a

59
terra. Na parte central os furos das colunas são conectados entre si, mas não
se conectam com outras linhas. Já na parte periférica os furos das linhas são
conectados entre si e não se conectam com os furos das colunas. Como pode
ser visto na imagem abaixo. Para conectar um resistor, por exemplo, basta
colocar os seus dois terminais em colunas diferentes. Se uma ligação de dois
resistores em série for necessária, basta conectar os terminais de um resistor
em colunas diferentes e os terminais do outros resistor em uma das colunas já
utilizadas e em outra livre. No caso de uma ligação em paralelo, é necessário
ligar as pontas de cada resistor nas mesmas colunas.

Componentes de eletrônica básica do Arduino

O LED, Light Emitting Diode, como o próprio nome já diz, é um diodo, ou seja,
possui uma polaridade correta. Você deve conectar a alimentação do seu
circuito (5V) ao ânodo do LED (caracterizado pela perna maior) e o terra do
circuito (GND) ao catódo do LED. Desafio Adicional: Usando apenas duas
portas do Arduíno (5V e GND), conecte dois LEDs em série, em paralelo com
outros dois LEDs em série. Tente fazer este desafio com apenas dois resistores
e três jumpers.
Introdução ao ArduÍno Grupo de estudos em RobÓtica Estrutura básica de um
código Uma das facilidades propostas pelo Arduíno é uma IDE simples e fácil
60
de usar. Ela possui vários exemplos prontos de código, um monitor serial e
uma ferramenta que simplifica a adição de novas bibliotecas. Antes de
começarmos a programar é necessário que nos certifiquemos que a IDE esta
devidamente configurada para a nossa placa e para a entrada USB que
estamos utilizando. Para isso vá em: Tools > Board e se certifique de que a
opção Arduino Uno esteja selecionada. Depois vá em Tools > Serial Port e se
certifique de que a porta correta está selecionada (depende do seu
computador).

Agora podemos começar a programar. Provavelmente o maior atrativo do


Arduíno é que ele permite a programação de um micro-controlador com
linguagem de alto nível. Neste caso, utilizaremos C++ com uma série de
bibliotecas prontas oferecidas. Mais adiante, iremos abordar um pouco a
questão de Orientação a Objeto em um projeto do Arduíno. Introdução ao
ArduÍno Grupo de estudos em RobÓtica Um código usado no Arduíno possui
uma estrutura básica que sempre deve ser seguida. Basicamente, todo código
deve possuir duas funções: void setup() : Esta função é chamada apenas uma
vez, no inicio da execução do código, ela deve ser usada para setar qualquer
componente ou váriavel do código, analogamente à um método construtor de
uma classe. Obs: A função pode ser chamada pelo usuário posteriormente,
porém isto não é uma boa prática, por convenção a função setup() só deve ser
usada para inicialização. void loop() : Após a função setup(), o código irá
chamar esta função loop ad infinitum.

É interessante frisar que projetos de eletrônica e robótica normalmente


funcionam em cima de um loop infinito como é o caso do Arduíno. Esta função
é analóga a função main() de um código em C. Temos aqui um exemplo de
código, no proximo projeto explicaremos o que cada uma dessas funções aqui
usadas faz.

Este código especifico é um dos exemplos que podem ser acessados na IDE
em File >

Exeplos. Introdução ao Arduíno Grupo de estudos em Robótica

Projeto 1: Piscar LED Iremos escrever um código básico para fazer com que
dois LEDs pisquem alternadamente, ou seja, quando um liga o outro desliga.

O circuito para este projeto está na imagem a seguir: Utilizamos os pinos

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digitais 10 e 6. O Arduíno Uno possui 14 pinos que podem ser usados como
saídas digitais, eles podem ser usados para emitir um sinal de 5V (HIGH) ou de
aproximadamente 0V (LOW). Perceba que alguns pinos possuem um ~ ao lado
do número, isto será abordado mais tarde. Além disso os pinos 0 e 1 possuem
ao seu lado as palavras RXD e TXD, isto é utilizado para comunicações com o
protocolo serial, isto não será abordado neste curso porém tente não utilizar
estas portas.

Este é o código utilizado: Neste código utilizamos três funções importantes, são
elas:

pinMode(ledPin, OUTPUT)

Define o pino ledPin, no caso do exemplo os pinos 6 e 10, como OUTPUT


(saida) digitalWrite(ledPin, HIGH/LOW).

Manda um valor alto ou baixo para uma saída digital. delay(1000).

Pausa a execução do código, nesse caso a pausa dura 1000ms Desafio


Adicional.

Escreva um código que faça um LED piscar com diferentes frequências de


forma iterativa, ou seja, o LED começa a piscar lentamente, aumenta a
frequência gradualmente (até que o usuário não consiga perceber que está
piscando) e diminua a frequência até a frequência inicial. Desafio Adicional++:
Escreva um código que faça dois LEDs piscarem com diferentes frequências de
forma iterativa e alternada, ou seja, um Led começa a piscar lentamente,
aumenta a frequência gradualmente (até que o usuário não consiga perceber
que está piscando) e diminua a frequência até o estado inicial, o outro LED faz
o contrário, começa a piscar de forma rápida e diminui a frequência até ficar
constantemente ligado, depois volta a aumentar até a frequência inicial.

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Referencias Bibliográficas

ALMEIDA, Marcus Garcia de. Fundamentos de Informática - Software e Hardware. Rio de


Janeiro:
Brasport, 2002.
CADERNO 07- Informática Básica. João Kerginaldo Firmino. Cuaiabá -MT.
Disponível em: ead.ifap.edu.br › livros › Caderno_07_InformaticaBasica

INFORMÁTICA PASSO A PASSO - Para Terceira Idade e Iniciantes

Autor: Bizelli, M.H.S Sahão et all.

MORAES, Alexandre Fernandes de. Redes de computadores: fundamentos.


6.ed. São Paulo: Érica,2008.

NORTON, P. Introdução à Informática. Makron Books: São Paulo, 1996.

MC ROBERTS, Michael. Arduíno Básico. São Paulo: Editora Novatec, 2011.

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