MANEJO SANITÁRIO DE
CAPRINOS E OVINOS
PROGRAMA SANITÁRIO
Observar sinais e sintomas:
Animal triste / assustado;
Perda de apetite, seguida ou não de parada de rúmen;
Alteração da temperatura e movimentos respiratórios;
Alteração na aparência das mucosas;
Redução na produção;
Perda de peso;
Pelos arrepiados, ásperos, sem brilho;
Fezes líquidas (diarréia), ou duras e ressecadas (constipação);
Tosse;
Presença de secreções nas narinas, olhos ou vagina;
Região do vazio muito aumentada ou muito funda.
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1. Doenças Parasitárias
Os parasitas podem atingir os animais internamente
(endoparasitas) ou externamente (ectoparasitas),
causando grande desconforto ao animal, queda na
produção, mortalidade e grandes perdas econômicas na
criação.
1.1 Sarna
Ectoparasitas:
◦ Psoroptes ovis,
◦ Dermotex ovis e
◦ Sarcoptes ovis
Ao picarem a pele dos ovinos, causam afecção
cutânea, coceira, descamação, perda de peso e
da qualidade da lã, enfraquecimento e elevada
mortalidade dos animais jovens.
O contágio pode ocorrer de animal para
animal ou de maneira indireta, por intermédio
de abrigos, instalações e instrumentos.
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1.1 Sarna
Sintomas: inquietação, prurido intenso,
perda de pelos ou lã, pele avermelhada.
Tratamento: Cura das lesões, banhos
sarnicidas, antiparasitários injetáveis
Prevenção: fazer o controle nos animais a
serem introduzidos no rebanho; banho
sarnicida duas vezes por ano, com intervalos
de 10 a 15 dias.
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1.4 Coccidiose
Protozoário do gênero Eimeria sp
atua no intestino delgado destruindo os tecidos
e causando diarréia sanguinolenta. Contaminam-
se pela ingestão de oocistos da água e dos
alimentos.
Sintomas: Conversão alimentar ruim,
retardamento no crescimento e emagrecimento.
Tratamento: Utilização de coccidiostáticos e
sulfas.
Prevenção: Higiene e desinfecção dos
comedouros, bebedouros e instalações,
isolamento dos animais doentes, combate às
moscas
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1.5 Verminoses
Vermes que parasitam os órgãos
Caprinos e ovinos têm facilidade de contrair
vermes pelo hábito de pastejo rente ao solo.
Animais jovens com baixa resistência orgânica
apresentam-se mais susceptíveis ao ataque
dos vermes.
1.5 Verminoses
Como minimizar a infestação:
Evitar altas concentrações de animais;
Evitar pastoreio em áreas alagadiças;
Evitar contaminação fecal de cochos e bebedouros;
Boa preparação do esterco para fertilização;
Evitar acesso a pequenos piquetes;
Fazer rotação das pastagens;
Não juntar animais jovens aos adultos.
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1.5 Verminoses
Sintomas: Animais tristes, sentem desejo de
comer terra e fezes; apresentam diarréia,
emagrecimento, anemia, podem apresentar um
papo submandibular. A lã e o pêlo tornam-se
secos e arrepiados. Ascite.
Tratamento: Utilização de vermífugos
específicos ou de largo espectro, evitando
promover a resistência aos vermífugos.
Prevenção: Fazer exame de fezes nos animais
(OPG) periodicamente, utilizar vermífugos, fazer
rotação de pastagens, limpeza e desinfecção das
instalações, água de boa qualidade aos animais e
evitar lugares úmidos. 11
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Larva infectante
é ingerida com
o pasto
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Nematódeos
Ciclo de vida
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FAMACHA
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Fasciola hepática
Fasciolose
(baratinha-do-
fígado): em uma
fase de vida se
multiplica em
caramujos e na
fase adulta
parasita o fígado
dos ovinos e
caprinos.
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1.8 Eimeriose
Causada pelo protozoário do gênero Eimeria
invade e destrói a mucosa intestinal
Causa perdas econômicas decorrentes do baixo
desenvolvimento e morte dos animais.
Sintomas: variados, podem ser confundidos ou
associados a verminoses e subnutrição.
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1.8 Eimeriose
Os animais infectados geralmente apresentam diarréia, que
algumas vezes contém muco ou sangue e conseqüente
desidratação, anemia, baixa conversão alimentar,
emagrecimento progressivo, fraqueza ou morte.
Há casos em que o animal não apresenta diarréia e morre
agudamente com constipação.
Tratamento - Coccifin pó, à base de sulfaquinoxalina.
Dosagem: 0,20g de Coccifin por kg de PV, diluído em água
tratada ou limpa, na proporção de 100 g Coccifin para 100ml
de água; administrado por via oral
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2.1 Enterotoxemia
Causada por bactéria Clostridium perfrigens
tipo D, comum no intestino delgado.
Ocorre principalmente quando os animais são
alimentados com excesso de concentrado.
Sintomas: Perda da coordenação motora,
dores abdominais e o animal pode morrer
rapidamente.
Tratamento: Diminuir o concentrado.
Prevenção: Vacinar as fêmeas no último mês de
gestação e os cordeiros 15 dias antes do
desmame. Não fazer mudança brusca na
alimentação dos animais.
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2.2 Tétano
Cusada pelas toxinas do Clostridium tetani
Bactéria esporulante normalmente presente
nos excrementos de animais e no solo.
Os esporos se instalam nas lesões após a
prática de: tosquia, castração, caudectomia ou
nas feridas umbilicais dos recém-nascidos e
fêmeas após a parição, atingindo o sistema
nervoso central.
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2.2 Tétano
Sintomas: Rigidez muscular, desequilíbrio do
trem posterior; em cordeiros a morte pode vir
antes dos sintomas citados.
Tratamento: Para casos suaves, recomenda-se
a aplicação diária de penicilina. Em casos agudos
os animais não se recuperam, devendo ser
eliminados.
Prevenção: Higienização dos locais de criação,
principalmente para execução das práticas de
manejo recomendadas.Vacinação, 15 a 30 dias,
antes de qualquer ato cirúrgico. Em casos de
emergência, usar soro antitetânico, desde que
seja econômico.
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2.6 Pneumonia
Fatores Predisponentes: Congestões pulmonares,
helmintos (Dictiocaulus filaria), larvas de cestódios
(cistos hidáticos) larvas de moscas (Oestrus ovis),
medicamentos mal administrados (falsa via).
Prevenção: Não tosquiar os animais em épocas
sujeitas à chuvarada com ventos frios. Proteger
os animais tosquiados da chuva em abrigos
Usar corretamente medicamentos via oral
(nunca dosificar animais deitados, a cabeça deve
estar levemente levantada).
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Ectima
contagioso
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2.14 ARTRITE-ENCEFALITE
CAPRINA (CAE)
Causa: lentivírus da família Retroviridae, o qual apresenta
reação cruzada e tem significativo genoma homologo com
o vírus maedivisna.
Sintomas: encefalite aguda, artrite crônica em especial das
articulações do carpo (joelho inchado) distorção grave e
endurecimento do úbere (úbere duro ou mastite
indurativa) e pneumonia crônica.
Controle: identificação dos animais infectados e
manutenção dos mesmos fisicamente separados dos não
infectados.
Os cabritos recém-nascidos podem ser criados livres da
infecção, separando-os de suas mães imediatamente após
o parto, tratando-os com leite pasteurizado e testando-os
sorologicamente a intervalos regulares para se assegurar
que continuam livres da infecção.
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Aumento articular
(CAE)
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LINFADENITE
CASEOSA
Tratamento do
caroço
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Abcesso maduro
Pus caseoso
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Carcaça ovina
condenada devido a
abscessos superficiais
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2.16 MICOPLASMOSE
Causada por várias espécies de
microorganismos do gênero Mycoplasma.
Ataca os caprinos.
Agalaxia Contagiosa (M. agalactiae) e
Pleuropneumonia (M. mycoides subsp. Capri).
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2.18 Ceraconjutivite
Causada pala bactéria Moraxella spp. e Branhamella
ovis
Doença infecto–contagiosa de caráter subagudo e
crônica que afeta as estruturas oculares,.
Aparece na época seca com muito vento, o que
favorece poeira, pó de ração, ou quando existe grande
números de moscas ou outros insetos pousando ao
redor dos olhos do animal para outro.
Sintomas: lacrimejamento, irritação da mucosa
conjutival, fotofobia, mantendo sempre o olho
fechado e ceratite.
Prevenção: Evitar o contágio de animais doentes com
animais sadios
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Ceraconjutivite
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FOTOSSENSIBILIZAÇÃO
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3. Distúrbios Metabólicos
3.1 Toxemia da Gestação
Doença de origem alimentar que ocorre em
ovelhas nas últimas 6 semanas de gestação,
fase em que ocorre o maior crescimento
fetal (limitando a capacidade de ingestão da
fêmea) e os maiores requerimentos
nutricionais.
Quando ocorre uma limitação na nutrição
destes animais eles precisam mobilizar suas
reservas de gordura e assim geram alta
produção de corpos cetônicos (tóxicos
quando em excesso)
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3.2 Hipomagnesia
Deficiência de magnésio nas pastagens ou no
suplemento mineral.
Sintomas: O animal fica cambaleando, seus
músculos retraídos, espuma pela boca.
Tratamento: Injeções intravenosas de
magnésio e cálcio.
Prevenção: Fornecer magnésio para os
animais, tendo um concentrado como veículo.
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3.4 Acidose
A acidose é um distúrbio muito comum em
animais confinados, devido ao excesso de
concentrado na alimentação, sem uma
adaptação prévia.
Sintomas: Diarréia com muco,
enfraquecimento generalizado, taquicardia,
anorexia e pode ocorrer a morte do animal.
Tratamento: Solução de bicarbonato em
água fria, via oral.
Prevenção: Fazer adaptação prévia dos
animais ao alimento concentrado.
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Prevenção de doenças
Limpar, raspar e desinfetar todas as instalações
evitando o aparecimento ou dando combate aos
insetos e parasitas que porventura lá existam.
Usar do lança-chamas, pois o fogo desinfeta e
desinfesta, matando todos os micróbios e insetos
por ele atingidos
Lavar e desinfetar todos os comedouros e
bebedouros
Manter sempre secas as instalações e evitar
umidade
Não criar caprinos e ovinos junto com animais de
outras espécies como, bois, etc. e nem entrar em
contato com cães e gatos
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Prevenção de doenças
Eliminar ou isolar da criação qualquer animal que
apresente algum sinal de doença
a pessoa que lida com animais doentes não deve
ter contato com animais sadios
manter em quarentena os animais vindos de fora
evitar o aparecimento de animais que possam
transmitir doenças, como ratos, pássaros, cães,
gatos, morcegos, etc.
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Prevenção de doenças
Tirar da criação os animais fracos e de pouca
saúde
queimar ou desinfetar o esterco e todo
material que esteve em contato com animais
doentes ou suspeitos.
queimar ou enterrar os cadáveres e detritos
contaminados
fornecer alimentação racional e alimentos de
boa qualidade e frescos
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CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO
Vacina contra Gangrena Gasosa,
Enterotoxemia e Carbúnculo
Sintomático:
◦ Ovelhas – 30 dias antes do parto
◦ Cordeiros – 60 dias de vida, duas aplicações (dose
de reforço 21 dias após a primeira dose).
◦ Revacinação anual em todo rebanho (dose única)
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CUIDADOS AO PARTO
Desinfetar o cordão umbilical com tintura de
iodo;
Assegurar que a cria mame o colostro na
primeira hora de vida e até o terceiro dia de
vida;
Administrar vitamina ADE na primeira semana
de vida;
Descornar a cria na primeira semana;
Manter as crias em ambiente limpo, seco e
livre de ventos
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CASTRAÇÃO:
Retirada dos órgãos de reprodução (testículos ou
ovários)
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