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Resumo
O objetivo deste estudo é reunir e discutir os estudos econômicos da criminalidade
realizados no Brasil. Apresentam-se as principais dificuldades, evidências e controvérsias
encontradas nas pesquisas empı́ricas, além de algumas das principais bases de dados
criminais disponı́veis. A geral indisponibilidade de dados, a alta taxa de sub-registro
nos dados oficiais e a causalidade inversa entre as variáveis de deterrence e as taxas
de crimes são algumas das principais dificuldades inerentes à investigação econômica do
crime. A maior controvérsia entre os estudos é o efeito da segurança pública sobre as
taxas de crimes. As principais evidências são que a desigualdade de renda e os retornos do
crime parecem ser fatores de incremento da criminalidade. Além disso, há efeitos espaciais
afetando a criminalidade. Por fim, é um “fato estilizado” na literatura que a criminalidade
está sujeita aos efeitos de inércia.
Abstract
This study aims to gather and to discuss the literature on the economics of the
criminality in Brazil. The main difficulties, evidences and controversies found in empirical
research are presented, besides some of the main criminal data bases available in Brazil.
Unavailability of data, crime underreporting, and the inverse causality between the
deterrence variables and the criminality are some of the main inherent difficulties of the
economic investigation of crime. The main controversy among the studies is the effect
of law enforcement on crime rates. The main results are that income inequality and
returns on crime lead to increases in criminality. Also, there are spatial effects affecting
the criminality. Finally, it is a “stylized fact” in the literature that the criminality is
subject to inertial effects.
1. Introdução
? Recebido em maio de 2006, aprovado em outubro de 2007. Este artigo é uma versão modificada do
artigo que compõe a dissertação defendida no Departamento de Economia, Administração e Sociologia
da ESALQ, Universidade de São Paulo, pelo primeiro autor sob a orientação do segundo. Os autores
agradecem ao Professor Leandro Piquet Carneiro e a um parecerista anônimo pelas sugestões feitas
nas versões preliminares deste estudo. Obviamente, erros e omissões remanescentes são de inteira
responsabilidade dos autores. Por fim, agradecem ao CNPq pelo fomento da pesquisa.
E-mail addresses: marcelojustus@uepg.br e alkassou@esalq.usp.br.
1
Informações obtidas pelos autores através da tabulação de dados do Sistema de Informações sobre
Mortalidade (SIM) do Datasus.
2
Informação extraı́da de Rondon e Andrade (2003).
3
Trata-se de pesquisas por amostra de domicı́lios com perguntas especı́ficas sobre as ocorrências
de crimes. Para mais detalhes sobre vantagens e limitações desse tipo de pesquisa ver Fajnzylber e
Araujo Junior (2001), Kahn (2000) e Soares et alii (2003).
4
Os dois últimos estudos são citados por Becker (1968) e Ehrlich (1973). As referências completas no
final deste estudo são as fornecidas pelo segundo autor.
5
Prêmio concedido, a cada dois anos, ao melhor economista americano de menos de quarenta anos.
6
No Brasil, a primeira pesquisa de vitimização foi realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatı́stica (IBGE), em 1988, como parte integrante do suplemento especial sobre Participação
Polı́tico-Social da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicı́lios (PNAD). Desde então, diversas outras
pesquisas foram feitas no paı́s, porém, limitadas a apenas algumas cidades.
7
http://www.mj.gov.br/senasp.
8
Homicı́dio doloso, homicı́dio culposo no trânsito, outros homicı́dios culposos, tentativa de homicı́dio,
lesão corporal seguida de morte, lesão corporal – acidente de trânsito, lesão corporal – outros, outros
crimes contra a pessoa, estupro, atentado violento ao pudor, furto de veı́culos, outros furtos, roubo
seguido de morte, roubo de veı́culos, roubo de carga, roubo de estabelecimento bancário, outros roubos,
extorsão mediante seqüestro, estelionato, outros crimes contra o patrimônio, uso e porte de drogas,
tráfico de drogas, tortura, racismo, morte suspeita, resistência, resistência seguida de morte, recuperação
de veı́culos e outras ocorrências.
9
http:/www.seade.gov.br.
10
É usual na literatura econômica do crime chamar de efeitos de deterrence os efeitos daqueles fatores
de intimidação sobre o comportamento dos indivı́duos na decisão de delinqüir ou não (probabilidade de
apreensão, probabilidade de condenação, severidade das penas, entre outros).
Os autores ainda alertam para o fato de que dados em cross-section estão sujeitos
a problemas de mensuração da taxa de crimes devido aos diferentes processos
metodológicos de geração dos dados, bem como à definição das categorias de crimes.
Uma alternativa para contornar esse problema seria o uso de séries de tempo
de uma única unidade espacial que cobrisse um perı́odo com homogeneidade nos
procedimentos de coleta dos dados e definição das variáveis utilizadas. Contudo,
para análises econômicas e empı́ricas da criminalidade, uma melhor alternativa é
o emprego de dados em painel, por permitir explorar tanto a dimensão temporal
quanto a espacial dos dados, além de oferecer diversas outras vantagens, como,
por exemplo, o controle da heterogeneidade não-observável entre as unidades de
estudo.
O problema de investigar a criminalidade ocorre em primeiro lugar pela pouca (ou
quase nula) disponibilidade de informações fidedignas. Os dados oficiais existentes,
especialmente os registros policiais, são apenas estimativas subestimadas dos crimes
ocorridos, devido às altas taxas de sub-registro de crimes, principalmente no caso
de alguns tipos de crimes como, por exemplo, roubos, furtos, seqüestros e estupros.
Comprovadamente, a menor taxa de sub-registro é encontrada em dados de
homicı́dios intencionais. Nesse tipo de crime, o sub-registro é relativamente pequeno
por implicar perda de vida humana. Um homicı́dio não registrado é fruto, dentre
outros motivos, do fato de que nem todas as mortes consideradas homicı́dios
intencionais são corretamente classificadas e algumas mortes são simplesmente não
reportadas (Gutierrez et alii (2004); Fajnzylber e Araujo Junior (2001)).
Em função do erro de medida nas taxas de crimes, estudos que não buscam
maneiras alternativas de contornar esse problema podem obter resultados viesados.
Na tentativa de reduzir a possibilidade de viés de erro de mensuração nas
estimativas, tornou-se usual na literatura empı́rica pressupor que a taxa de
sub-registro é estável no tempo e, então, utilizar técnicas que exploram as
caracterı́sticas de painel de dados, sob a hipótese de que o erro de medição se
encontra correlacionado com as variáveis exógenas do modelo. Assim, trata-se o
erro de mensuração derivado das taxas de sub-registro como um efeito especı́fico
de estado não-observável que pode ser controlado utilizando, por exemplo, um
modelo de Efeitos Fixos. Vale destacar, porém, que há evidências empı́ricas de
que a taxa de sub-registro de crimes é influenciada por diversos fatores, muitos
deles presentes, também, na especificação de modelos empı́ricos para explicar a
criminalidade. Como observado por Myers Junior (1980), Goldberg e Nold (1980),
Craig (1987), MacDonald (1998), Duce et alii (2000) e Santos (2006), as condições
socioeconômicas das vı́timas e sua visão da eficiência das autoridades de polı́cia e
justiça podem determinar parcialmente o seu comportamento de registrar ou não
uma vitimização. Baseados nisso, deduzimos que, se houver, por exemplo, variações
no nı́vel de escolaridade de determinada região, no nı́vel de renda ou nos gastos
com segurança pública com reflexos na eficiência das instituições de prevenção
e combate à criminalidade, poderão ocorrer variações na taxa de sub-registro de
crimes. Portanto, a hipótese de que a taxa de sub-registro é estável ao longo do
tempo é, no mı́nimo, forte.
11
Renda per capita, gasto do governo local em atividades não policiais e o percentual de eleitores que
votaram contra o candidato democrata na eleição presidencial de 1988.
12
No caso especı́fico do Brasil, pelo teste de causalidade de Granger aplicado ao painel de dados dos
estados brasileiros, os autores concluı́ram que o crime não causa desigualdade.
contra a pessoa podem ter sua utilidade derivada expressa em unidades equivalentes
da aquisição de bens materiais. A única diferença em relação aos crimes contra a
propriedade é que, apesar de os custos serem também de ordem monetária, os
benefı́cios não têm a mesma caracterı́stica (Fajnzylber e Araujo Junior 2001).
Indiscutivelmente, há uma forte correlação entre crimes contra a propriedade e
crimes contra a pessoa, em especial no contexto da economia do crime organizado.
Albuquerque (2007), utilizando dados de cidades mexicanas que fazem fronteira
com os Estados Unidos, constata que há uma forte relação entre o crime organizado
e a taxa de homicı́dios. Santos e Kassouf (2007), analisando o contexto dos estados
brasileiros, também encontram evidências de que o crime organizado (mercado
de drogas) é um dos responsáveis pelas taxas de homicı́dios registradas. Essas
evidências sustentam as idéias de Fajnzylber et alii (1998) de que o mercado
de drogas não se limita à produção e comércio de drogas ilı́citas, mas também
envolvem violência fı́sica e corrupção para a sua manutenção. Além disso, é possı́vel
que um indivı́duo sob o efeito de drogas se torne mais violento e, portanto, mais
predisposto a delinqüir, principalmente no caso dos viciados que precisam obter
meio de sustentar o vı́cio (Santos e Kassouf 2007). Carneiro et alii (2005), utilizando
dados de uma população especı́fica de detentos, concluem que a probabilidade
de um indivı́duo usuário de drogas cometer um homicı́dio ou roubo aumenta em
10,22% e 7,26%, respectivamente. Tanto a relação do uso de drogas com a ocorrência
de crimes contra a pessoa como a sua relação com os crimes contra a propriedade são
defendidas por Fernandes e Chofard (1995). Cabe destacar que esse posicionamento
pode ser sustentado pelas evidências empı́ricas da relação positiva entre o mercado
de drogas e a criminalidade não-droga 13 observadas por Donohue III e Levitt
(1998), Blumstein (1995), Grogger e Willis (2000) e Corman e Mocan (2000).
Mesmo com todos os problemas supracitados, a literatura empı́rica que trata
o crime dentro de uma abordagem econômica tem avançado muito nos últimos
anos, sendo que, atualmente, o seu maior entrave não são problemas teóricos ou
econométricos, mas a geral indisponibilidade de dados sobre as tendências do crime
e das sanções impostas à atividade criminosa. Além disso, a taxa de sub-registro
presente nos dados criminais é um problema relevante por potencializar o risco de
resultados viesados e conclusões equivocadas.
14
Neste estudo, crimes violentos são aqueles que causaram prejuı́zo à vida humana, enquanto não
violentos são aqueles que causaram apenas prejuı́zos materiais.
cidades.
Nesse estudo, ainda se destacam os papéis da desigualdade de renda, da pobreza,
da ineficiência do ensino básico e das deficiências na estrutura familiar como fatores
que potencializam as taxas de homicı́dios, hipóteses não refutadas pelo fato de tais
variáveis se mostrarem significativa e positivamente relacionadas à criminalidade
dos municı́pios brasileiros. De acordo com os autores, o crescimento econômico não
implica diretamente aumento das taxas de homicı́dios, desde que haja aumento na
renda dos mais pobres, isto é, que haja redução na desigualdade de renda. Só foi
possı́vel chegar a essa conclusão por meio da decomposição da renda em duas partes:
a renda dos dez por cento mais pobres para mensurar os retornos monetários do
crime (benefı́cios) e a renda dos vinte por cento mais pobres para mensurar o custo
de oportunidade da atividade criminosa. Os resultados mostram que um aumento
na renda dos mais ricos aumenta a criminalidade, enquanto um aumento na renda
dos mais pobres tem efeito contrário.
A teoria econômica do crime de Becker (1968) prevê uma relação
inequivocamente positiva entre o retorno esperado da atividade ilegal e o crime.
Entretanto, ao se utilizar a renda per capita como proxy para os retornos esperados
do crime, não é possı́vel afirmar a priori a relação esperada, uma vez que essa
variável está associada tanto aos ganhos do crime, caso em que a relação seria
positiva, quanto aos seus custos de oportunidade, caso em que seria negativa.
Essa variável ainda integra os custos referentes a um indivı́duo que cumpre pena
de prisão, pois é plausı́vel que quanto maior a renda, maior será o custo do
insucesso da atividade criminosa, o que implica menores incentivos à delinqüência
e, conseqüentemente, menores taxas de crimes (Santos e Kassouf 2007).
Portanto, considera-se que, além da inclusão da população como variável
explicativa, a decomposição feita na variável renda com o intuito de separar os
efeitos positivos e negativos sobre as taxas de crimes é o principal diferencial desse
estudo com relação aos demais realizados no Brasil.
Embora haja alguns estudos no Brasil que tenham utilizado dados de indivı́duos
e de municı́pios, como apresentado, a maior parte das pesquisas tem sido realizada
com o emprego de painel de dados dos estados.
Andrade e Lisboa (2000) analisam a relação entre a evolução das taxas de
homicı́dios nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo entre 1981
e 1997 e algumas variáveis econômicas. Esse estudo mensura a violência pela
construção de freqüências de morte por homicı́dio para idade, sexo, ano e região
de residência. Foi calculada a probabilidade de morte para os homens dos quinze
aos quarenta anos de idade, permitindo a construção da base de dados segundo
coortes, em que cada uma foi definida pelo ano em que os homens tinham cinco
anos de idade.
Importantes resultados são encontrados, entre os quais o de que existe um “efeito
inercial” sobre as taxas de homicı́dios, de modo que parte da violência vivida
por uma geração tende a se perpetuar para as gerações seguintes. Observou-se
também que os parâmetros estimados para as variáveis econômicas, como salário
real e desemprego, são bastante diferenciados dependendo da coorte considerada,
sugerindo que o tratamento por coortes dos dados seja adequado para a investigação
econômica do crime. O grande mérito desse estudo foi o tratamento diferenciado que
se deu em relação à construção da variável dependente – violência – mensurada por
freqüências de morte considerando-se algumas das caracterı́sticas demográficas das
vı́timas, como, por exemplo, a probabilidade de morte para homens entre quinze
a quarenta anos de idade, uma vez que dados mostram que a violência atinge
principalmente homens em idade ativa. Como ponto frágil, ressalta-se a ausência
do controle para efeitos de deterrence, o que possivelmente afetou os resultados das
estimativas, devido à omissão de variável importante.
Fajnzylber e Araujo Junior (2001) investigaram as causas da criminalidade
utilizando a taxa de homicı́dios intencionais como proxy, como fez a maioria
dos estudos realizado no Brasil. Cabe destacar o uso do critério utilizado por
Carneiro 15 com o objetivo de diminuir o “erro de medição” nas taxas de homicı́dios.
Os dados são agregados por estados e cobrem o perı́odo de 1981 a 1996, os quais, à
exceção de 1996, são transformados em médias trianuais, com o objetivo de diminuir
o efeito de problemas conjunturais nas taxas de crimes.
Diversas variáveis explicativas foram empregadas nos modelos econométricos,
e adicionalmente são realizados três exercı́cios: emprego de outras variáveis de
deterrence alternadamente; inclusão de medidas alternativas de desigualdade de
renda, assim como a percentagem da população com renda abaixo de duas linhas
diferentes de pobreza; e uma investigação da relação existente entre a taxa de
homicı́dios e diferentes medidas de mobilidade social.
Os autores também testam a robustez dos resultados à presença de
endogeneidade nas variáveis explicativas pela aplicação do Método Generalizado
de Momentos (GMM), tal como sugerido por Arellano e Bond (1991), por meio
do qual também foi possı́vel investigar a existência de inércia nas taxas de crimes,
utilizando a taxa de homicı́dios defasada em um perı́odo como variável explicativa
do modelo.
Os principais resultados indicam que os parâmetros estimados para a renda per
capita, desemprego, desigualdade de renda (negativo da fração da renda detida
pelos 20% mais pobres) e percentagem de domicı́lios chefiados por mulheres
foram estatisticamente significativos e positivos, enquanto o número de policiais
militares por cem mil habitantes se mostrou negativamente relacionado às taxas
de crimes. Realizou-se também a substituição da variável de polı́cia militar pela
variável de polı́cia civil para testar a robustez da primeira, implicando mesma
relação com o crime. Neste ponto, ressaltamos que a estimativa do tamanho do
efetivo policial com base nos dados da PNAD, conforme feito pelos autores, não
é representativa e, portanto, não é uma boa saı́da para a ausência de informações
sobre o tamanho do contingente policial. Ademais, na polı́cia militar incluem-se
todas as categorias, isto é, bombeiros militares, policiais rodoviários e florestais.
15
Por este critério, 50% de todos os códigos de intencionalidade desconhecida são considerados como
intencionais e 96% dos intencionais são considerados como homicı́dios e 4% como suicı́dios (Carneiro
2000).
16
ESDA é uma coleção de técnicas para a análise estatı́stica de informações geográficas com o objetivo
de descobrir padrões espaciais nos dados.
17
Segundo dados enviados em resposta ao ofı́cio circular 003/2005 do Depen no dia 21 de janeiro de
2005, a população prisional do Brasil era de 262.710 indivı́duos (Fonte: Órgãos estaduais responsáveis
pelo sistema prisional nos estados).
Um dos aspectos mais importantes da criminalidade que ainda não foi explorado
no Brasil é o da delinqüência juvenil. Levitt (1998) se dedicou a essa questão nos
Estados Unidos e seu estudo pode servir de modelo ao desenho de um estudo
aplicado ao Brasil. Novamente, a barreira a ser superada é a da disponibilidade
de dados que possam ser utilizados. A coleta de dados através da aplicação
de questionários nas instituições responsáveis pela detenção e “recuperação” de
menores delinqüentes é uma saı́da.
7. Considerações Finais
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