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Descrição sobre artistas

escolhidas

Principal: Lygia Pape

Comparação: Lygia Clark e Amélia Toledo


Arquitetura e Urbanismo
Universidade Santa Úrsula
Atelier Bloco - Expressão - 2020.1
Professora : Moema Branquinho
Aluna : Anna Carolina Alvarado Madureira
Lygia Pape
(Nova Friburgo, RJ 1927 — Rio de Janeiro, RJ 2004)

Gravadora, escultora, pintora, cineasta, professora e artista multimídia brasileira

Lygia Pape iniciou seus estudos em arte com os gravadores


Fayga Ostrower e Ivan Serpa. Deixou uma obra marcada
pelo abstracionismo geométrico e por uma diversificação
exemplar. Uma de suas obras mais instigantes é o Livro do
Tempo, um conjunto de 365 peças de madeira diferentes
umas das outras. Importante representante da arte
contemporânea no Brasil, Lygia possui uma trajetória
artística que se iniciou com o abstracionismo geométrico.
Já na década de 1950 possuía renome na cena artística
carioca e, em 1959, foi uma das signatárias do manifesto
neoconcreto, encabeçado por Ferreira Gullar e Hélio
Oiticica.

Arte contemporânea
concretismo neoconcretismo
Lygia Pape
Além de sua carreira artística, Lygia Pape lecionou na
Faculdade de Arquitetura Santa Úrsula e na Escola de
Belas Artes da Universidade Federal do Rio de
Janeiro.

Participou da I Exposição Nacional de Arte Abstrata


Nacional, em Petrópolis, em 1953. Expôs as
xilogravuras Tecelares, com o Grupo Frente, no Museu
de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1955. Em
1956, participou da Exposição de Arte Concreta no
MASP e em Zurique. No final de 1956 e começo de
1957, participou da 1ª Exposição Nacional de Arte
Concreta, no Museu de Arte Moderna de São Paulo e
no Ministério da Educação e Cultura, no Rio. Em 1958,
apresentou no teatro do hotel Copacabana Palace o
Balé Neoconcreto, de autoria sua com a participação
de Reynaldo Jardim.

The Egg, 1967


madeira pintada com têmpera, polipropileno
De alguma forma, a obra Divisor une os
Lygia Pape participantes, formando um só corpo com muitos
pensamentos. Para movimentar-se, esse corpo
precisa de negociação, ação coletiva,
materializando uma experiência viva de
alteridade. Como dividir espaços e movimentos
com os outros? Que espaços políticos somos
capazes de construir nos dias atuais?

Releitura Divisor por alunos da Universidade Santa Úrsula,


orientado pelo professor Vitor Garcez, 2018

Divisor, 1968
pano de algodão, fenda

“Quando criou o Divisor, Lygia Pape pretendia explorar


relações de uma arte/ação coletiva, na qual as pessoas
pudessem experimentar estruturas e manifestações
performáticas sem que a artista tivesse
necessariamente que estar presente. ‘O Ovo e o Divisor
são estruturas tão simples que qualquer pessoa pode
repetir. Ideologicamente este tipo de proposta seria
uma coisa muito generosa, uma arte pública da qual as
pessoas poderiam participar.”
(Pape em entrevista a Lúcia Carneiro, 1998)
Lygia Clark
Lygia Pimentel Lins
(Belo Horizonte MG 1920 - Rio de Janeiro RJ 1988)

Foi uma pintora e escultora brasileira que se auto intitulava "não artista".

iniciou seu aprendizado artístico com Burle Marx


(1909-1994). Entre 1950 e 1952 passou a viver em Paris,
onde estudou com Fernand Léger (1881-1955), Arpad
Szenes (1897-1985) e Isaac Dobrinsky (1891-1973). De
volta para o Brasil, integrou o Grupo Frente, liderado por
Ivan Serpa (1923-1973). É uma das fundadoras do Grupo
Neoconcreto e participou da sua primeira exposição em
1959. Trocou sua pintura gradualmente pela experiência
com objetos tridimensionais. Realizou proposições
participacionais como a série Bichos, de 1960, construções
metálicas geométricas que se articulam por meio de
dobradiças e requerem a co-participação do espectador,
nesse ano lecionava artes plásticas no Instituto Nacional de
Educação dos Surdos.
Arte contemporânea
concretismo neoconcretismo
Lygia Clark

Dedicou-se à exploração sensorial em


trabalhos como A Casa É o Corpo, de 1968.
Participa das exposições Opinião 66 e
Nova Objetividade Brasileira, no Museu de
Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ).
Reside em Paris entre 1970 e 1976, período
em que leciona na Faculté d´Arts
Plastiques St. Charles, na Sorbonne. Nesse
período sua atividade se afasta da
produção de objetos estéticos e volta-se
sobretudo para experiências corporais em Exposição A Casa É o Corpo, 1968
que materiais quaisquer estabelecem
relação entre os participantes. A obra tem 8 metros de comprimento e simula um imenso útero a ser
penetrado pelo visitante, que reproduz as sensações de um parto, pois é
levado a experimentar sensações táteis ao passar por compartimentos
denominados "penetralção", "ovulação", "germinação" e "expulsão" do ser
vivo. O homem, se torna um organizmo vivo, inverte os conceitos casa e
corpo. Agora o corpo é a casa.
Retornando para o Brasil em 1976 Lygia Clark
Lygia se dedicou ao estudo das
possibilidades terapêuticas da arte
sensorial e dos objetos relacionais.
Sua prática fará que no final da vida a
artista considere seu trabalho
definitivamente alheio à arte e
próximo à psicanálise. A partir dos
anos 1980 sua obra ganhou
reconhecimento internacional com
retrospectivas em várias capitais
internacionais e em mostras
antológicas da arte internacional do
pós-guerra.

Série Bichos, 1960 a 1964

“um organismo vivo, uma obra


Com esta série, Lygia torna-se uma das
essencialmente atuante. Entre você e ele se
pioneiras na arte participativa mundial. estabelece uma integração total, existencial.
Em 1961, ganha o prêmio de melhor Na relação que se estabelece entre você e o
escultura nacional na VI Bienal de São Bicho não há passividade, nem sua nem
Paulo, com os “Bichos”. dele” – LYGIA CLARK – 1960
Amelia Toledo
Amelia Amorim Toledo
(São Paulo, SP 1926 -São Paulo, SP 2017)

Foi uma artista plástica brasileira.


Atuava como pintora, desenhista, escultora e gravadora, foi também designer de joias e professora.
Amélia Toledo nasceu em 1926, na cidade de Serra Negra, SP.
Em sua carreira, sempre utilizou materiais fluidos e em
transformação, como líquidos, bolhas e corpos cheios de ar,
que conferem à suas criações ares sinestésicos, que as
aproximam de expoentes como Lygia Clark e Lygia Pape. A
pesquisa da cor é feita pela artista de modo muito peculiar,
com materiais vazados e acrílicos. Outro ponto de distinção
de sua trajetória é o uso de material orgânico em uma relação
entre corpo e paisagem, em trabalhos que resignificam a
noção de escultura, tanto na escala pública quanto em
ambientes internos. Sua última exposição foi em 1999, uma
retrospectiva na Galeria do Sesi, em São Paulo, e, em 2004, foi
publicado o livro “Amélia Toledo: As Naturezas do Artifício”, de
Agnaldo Farias. Arte contemporânea
concretismo
Amelia Toledo
No início dos anos 1960, Amelia Toledo partiu
do estudo do espaço escultórico de raiz *
construtiva, e realizou curvaturas em
elementos geométricos regulares. Explorou
também as possibilidades oferecidas pela
superfície espelhada do aço inoxidável. Por
meio do jogo de reflexos, a multiplicação das
superfícies é potencializada, e o espaço
desdobra-se em um jogo de ressonâncias,
aproximando-se da arquitetura. Em Situação
Tendendo ao Infinito (1971)*, Toledo
baseava-se na geometria, empregando um
cubo de formas cristalinas que é dividido em
oito cubos menores e assim sucessivamente.
A obra faz um convite à manipulação - pode
ser desmontada e remontada em várias
Situação Tendendo ao Infinito, 1971
configurações. Caixa de acrílico contendo 8 caixas, cada uma contendo 8 caixas, cada uma
contendo 8 caixas.
Dimensões: 19 X 19 X 19 cm
Amelia Toledo
Amelia Toledo apresentou, desde a década *
de 1970, uma produção baseada nas formas
da natureza. Recolhia e colecionava
materiais como conchas e pedras. A
paisagem também é uma constante,
exemplificada em obras como Fatias de
Horizonte (1996)*, na qual anteparos com
chapas de aço recriam a ilusão visual da
linha do horizonte, envolvendo questões
como continuidade e descontinuidade. O
caráter experimental, a utilização de uma
extensa gama de materiais - da natureza e
industriais - e o interesse em recriar a
paisagem eram, portanto, recorrentes na
Fatias de Horizonte, 1996
obra da artista, que se dedicava também à
Chapas de aço inox espelhado e parcialmente oxidadas pela projeção de
pintura a óleo e aquarela, em obras granalha de ferro.
geralmente monocromáticas, com sutis Dimensões: 220 X 125 X 0,6 cm (cada módulo)
vibrações luminosas.
Reflexão
Amélia Toledo se resume a pesquisa do material. Apresenta um fluxo, movimento, que remete sempre ao infinito, nos dizendo,
através de suas obras, que tudo está sempre em transformação. O desenho orgânico presente em diversas das suas curvas,
vão “dançando” em um certo ritmo que as cores acabam provocando sensações e nostalgias.

Lygia Pape inventa novas formas de experimentar o cotidiano e a relação corpo, movimento e meio social. Possui a prática de
capturar pensamentos e questionamos através das suas obras, principalmente enquanto intervenções. Mistura arte e vida de
uma forma muito característica.

Lygia Clark foi das pinturas as obras tridimensionais, sempre buscando envolver o espectador de algum modo, fazendo a obra
de transformar com o corpo, com o olhar e com os questionamentos trazidos pela artista. Transformava os espaços através
das possibilidades terapêuticas da arte sensorial.

Escolha das artistas: Ambas as artistas trouxeram a necessidade do movimento em suas obras, tanto pelo material, quanto
pelo corpo e pelo fluxo. Inventaram novas formas de experimentar o espaço e as obras, cada uma a sua maneira e
peculiaridade. Participaram do mesmo movimento, o Neoconcretismo, que colocava a sensibilidade acima das formas nas
obras, ao contrário do concretismo. Era a recuperação das possibilidades criadoras do artista e a incorporação do observador
nas obras. Foi o momento de liberdade e transcendência da arte que contou com o nome dessas três grandes artistas. Foram
importantes mulheres na história da arte brasileira.
Bibliografia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Amelia_Toledo
https://ameliatoledo.com/artista/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lygia_Pape
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa950/lygia-pape
https://laart.art.br/blog/lygia-pape/
https://www.galerialuisastrina.com.br/artistas/36628/
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa1694/lygia-clark
https://www.escritoriodearte.com/artista/lygia-clark
http://multissenso.blogspot.com/2009/11/lygia-clark-casa-e-o-corpo-labirinto.html
https://casaclaudia.abril.com.br/moveis-acessorios/nova-york-se-curva-a-lygia-clark/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lygia_Clark
https://www.historiadasartes.com/nobrasil/arte-no-seculo-20/abstracionismo/neoconcretismo/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Neoconcretismo

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