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MANUAL TÉCNICO
MT 001-01
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Autores:
Capitão BM QOC/82 Paulo Roberto de Carvalho Cruz
Capitão BM QOC/82 Moisés Hely Chaves Filho
Capitão BM QOC/82 José Maurício Barros Gomes
Capitão QOBM/CE Heraldo Maia Pacheco
Capitão QOBM/CE Vigoberto Souza da Silva
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R E S O L V E:
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xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx - Cel BM
QOC/....
Ch EMG
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SUMÁRIO
Prefácio.................................................................... 15
1 Ciência do Fogo ............................................ 17
1.1 Histórico do Fogo .............................. 17
1.2 Conceito de Fogo ............................... 19
1.3 Conceito de Incêndio ......................... 20
1.4 Elementos Essenciais ao Fogo ............ 20
1.4.1 Combustível ....................................... 21
1.4.2 Comburente ....................................... 22
1.4.3 Calor .................................................. 24
1.4.3.1 Termometria ...................................... 25
1.4.3.2 Calorimetria ....................................... 25
1.5 Tetraedro do Fogo ............................. 26
1.5.1 Reação em Cadeia .............................. 27
1.6 Combustão ......................................... 29
1.6.1 Teoria da Combustão ......................... 29
1.6.1.1 Combustão de Gás ............................. 29
1.6.1.2 Combustão de Líquidos ...................... 30
1.6.1.3 Combustão dos Sólidos ...................... 31
1.6.2 Classificação da Combustão ............... 32
1.6.2.1 Quanto à Velocidade .......................... 32
1.6.2.2 Quanto à Reação ................................ 33
1.6.2.3 Quanto à Proporção de Oxigênio ....... 34
1.6.3 Fatores que Determinam a Velocidade
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1.7.3.3 Materiais Facilmente Combustíveis .... 46
1.7.4 Combustíveis Líquidos ....................... 47
1.7.4.1 Líquidos Infamáveis ........................... 48
1.7.4.2 Líquidos Extremamente Inflamáveis 48
...
1.7.4.3 Líquidos Combustíveis ....................... 49
1.7.4.4 Limite de Inflamabilidade ................... 49
1.7.4.5 Propriedades Importantes ao Estudo
da Ignição, da Extinção de Incêndios e
das Medidas Preventivas para os
Líquidos ............................................. 50
1.7.4.6 Substâncias Líquidas que Apresentam
Risco de Incêndio ............................... 52
1.7.5 Sólidos Combustíveis Inflamáveis....... 52
1.7.6 Gases ................................................. 54
1.7.6.1 Propriedades Importantes ao Estudo
da Ignição, da Extinção de Incêndios e
das Medidas Preventivas para os
Gases ................................................. 56
1.7.6.2 Substâncias Gasosas que Apresentam
Riscos de Incêndios ............................ 56
1.8 Classificação dos Incêndio .................. 57
1.8.1 Quanto à Proporção ........................... 57
1.8.1.1 Princípio de Incêndio .......................... 57
1.8.1.2 Pequeno Incêndio ............................... 58
1.8.1.3 Médio Incêndio .................................. 58
1.8.1.4 Grande Incêndio ................................. 59
1.8.1.5 Extraordinário Incêndio ...................... 59
1.8.2 Quanto ao Combustível ...................... 59
1.8.2.1 Classe A ............................................. 59
1.8.2.2 Classe B ............................................. 60
1.8.2.3 Classe C ............................................. 61
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PREFÁCIO
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1 CIÊNCIA DO FOGO
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1.4.1 COMBUSTÍVEL
Combustível é o elemento que serve de campo de
propagação do fogo. Na natureza tem-se materiais orgânicos,
que são todos combustíveis, e os inorgânicos, geralmente
incombustíveis nas condições normais de temperatura e
pressão (CNTP).
Os combustíveis podem ser sólidos, líquidos, e
gasosos; porém a combustibilidade (capacidade de entrar em
combustão) dos corpos ditos combustíveis é maior no estado
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1.4.2 COMBURENTE
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1.4.3 CALOR
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1.4.3.1 Termometria
Estuda as diversas leis que regem a aferição da
temperatura, bem como as diversas escalas existentes
(Celsius, Kelvin, Fahrenheit e outras).
1.4.3.2 Calorimetria
Estuda os mecanismos das trocas de calor, bem
como a sua medição.
Com isso a definição de calor, do ponto de vista
físico é a "energia térmica em trânsito, gerado pela vibração
molecular, entre os corpos a diferentes temperaturas" porém
faz-se necessário uma definição prática de calor, voltada ao
estudo da Ciência do Fogo
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1.6 COMBUSTÃO
É a reação química de oxidação e exotérmica que
toma lugar quando uma substância combustível é combinada
com o oxigênio, ativada pelo calor e numa proporção
suficiente para desenvolver energia luminosa, mais calor.
Do ponto de vista químico a combustão é uma
reação de oxidação irreversível e exotérmica processada
através de radicais livres.
Aqui, entende-se como combustível o material que
se oxida, também chamado de agente redutor, e como
comburente o material que se reduz, agente oxidante,
durante a reação de combustão.
De um modo geral, dá-se maior atenção somente ao
comburente oxigênio, pois o mesmo está presente em nossa
atmosfera em proporções superiores, entretanto, existem
outros tipos de comburentes como por exemplo, o cloro.
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1.6.2.1.1 Lentas
São as combustões em que o processo da reação se
dá muito lentamente, e não há produção de chama ou
qualquer outro fenômeno luminoso. Essa lentidão da reação
é decorrente da temperatura ser baixa, geralmente inferior a
500°C. É o caso das oxidações que tem como produto a
ferrugem.
1.6.2.1.2 Vivas
São as combustões em que o processo da reação se
dá com maior velocidade, havendo neste caso, além da
produção de calor mais acentuada e bastante sensível com
conseqüente queima, a produção de chama.
Pode-se distinguir dois aspectos na combustão viva:
as chamas e a incandescência
As chamas são uma mistura de gases combustíveis e
ar, em combustão viva, devendo as palavras inflamabilidade
e inflamação, serem reservadas aos fenômenos em que se
verifica a produção da chama.
A incandescência é produzida pela forma de
combustão viva dos corpos sólidos chamada ignição. Este
fenômeno revela-se pelo aparecimento de sinais luminosos
nos sólidos.
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1.6.2.1.4 Instantâneas
São as combustões que se processam com uma
velocidade superior a 300 m/s e atingem de forma súbita
toda a massa do combustível. Acontecem, principalmente,
com gases e são também chamadas de explosão. A explosão
quando o combustível, se for sólido, estiver sob a forma de
poeira e se for gás ou vapor, ocupar grande parte do espaço
do compartimento que o contém.
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1.7.2.4 Halogêneos
Como exemplo característico, tem-se o iodo que se
apresenta na forma de cristais voláteis, e que apresenta o
risco de explosão, quando misturado a outros produtos.
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1.7.4.5.4 Viscosidade
Praticamente, pode ser encarada como a grandeza
que avalia a resistência ao fluxo, que um líquido possui . De
um modo geral, pode-se afirmar que a facilidade de um
líquido entrar em combustão é inversamente proporcional à
viscosidade do mesmo.
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1.7.6 GASES
Gás é o estado físico de uma substância, que não
tem forma e ocupa o espaço posto a sua disposição. As
propriedades e desempenho dos gases são compreendidos,
sabendo-se que são compostos de partículas extremamente
diminutas em continua movimentação. O aumento de
temperatura intensifica esta movimentação. Suas moléculas
são separadas uma das outras e as ligações entre elas,
praticamente, deixam de existir.
Gás inflamável é qualquer material que no estado
gasoso, e sob temperatura ambiente e na pressão atmosférica,
queimará, quando em contato com uma concentração normal
de oxigênio no ar.
Gás inerte: São gases que não sustentam a
combustão, como, por exemplo, o nitrogênio, o argônio, o
hélio, etc.
Os gases representam um fator de alta importância
pelos riscos de: combustão, explosão (química e física) e
toxidez.
Tendo em vista a sua extensa utilização industrial,
domiciliar, comercial e medicinal, seus riscos não se limitam
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1.7.6.1.3 Viscosidade
Ao contrário dos líquidos, nos gases, a viscosidade
aumenta com aumento da temperatura.
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1.8.2.1 Classe A
São aqueles materiais de fácil combustão, com a
propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade,
deixando resíduos sólidos após a queima (cinzas).
Como maior exemplo temos os combustíveis
sólidos (madeira, papel, palha, tecido, etc.).
1.8.2.2 Classe B
São aqueles materiais considerados combustíveis ou
inflamáveis que queimam somente em sua superfície, não
deixando resíduos, como melhor exemplo tem-se os líquidos
combustíveis ou inflamáveis: gasolina, óleos, graxas, tintas,
álcool, vernizes, etc.
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1.8.2.4 Classe D
São aqueles que ocorrem em metais pirofóricos,
como por exemplo: magnésio, potássio, alumínio em pó,
zinco, sódio, titânio, etc.
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1.9.2 RESFRIAMENTO
O resfriamento ou o controle do calor, é o método
de extinção mais usado. Consiste em retirar calor do material
incendiado até um ponto determinado, abaixo do qual ele
não queima ou não emite mais vapores que por efeito do
calor reagem com o oxigênio produzindo a combustão. O
agente usado comumente para combater incêndio por
resfriamento é a água. Esta substância além de existir em
grande abundância na natureza, devido as suas
características e propriedades é simples sua utilização pelos
bombeiros. Também é a substância com maior capacidade de
absorver calor (seu calor específico e o seu calor latente são
mais altos do que o de outros agentes extintores).
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Fig. 21 Resfriamento.
1.9.3 ABAFAMENTO
O abafamento ou controle do comburente, é o mais
método de extinção o mais difícil, pois somente os pequenos
incêndios podem ser abafados com tampas de vasilhames,
panos, cobertores, etc., enquanto que para outros de maiores
proporções, são necessários aparelhamentos e produtos
específicos para se conseguir o abafamento. Consiste na
eliminação do oxigênio das proximidades imediatas do
combustível, e desde modo, interrompendo o triângulo do
fogo e, consequentemente, a combustão. A eliminação do
oxigênio para a extinção da combustão, não precisa ser total,
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Fig. 24 Abafamento.
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AQUECIMENTO
SUBLIMAÇÃO
FUSÃO VAPORIZAÇÃO
SOLIDIFICAÇÃO CONDENSAÇÃO
RESFRIAMENTO
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1.10.3.4 Desidratação
No estágio inicial reduz o volume de sangue e
promove a exautão. Em casos extremos produz distúrbios na
função celular, provocando até a deterioração do organismo,
uremia temporária, febre que pode levar ao óbito.
1.10.3.7 Queimaduras
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1.10.6.1 Condução
Condução é o modo de transferência de calor em
que a troca de energia tem lugar da região de alta
temperatura para a de baixa temperatura pelo movimento
cinético ou pelo impacto direto de moléculas, no caso de
fluidos em repouso, e pelo movimento de elétrons, no caso,
de metais. Num sólido que seja bom condutor elétrico, um
grande número livres se move através de uma rede; por isso
materiais bons condutores de eletricidade são geralmente
bons condutores de calor.
Pode-se também ainda definir condução como:
processo pelo qual o calor se transmite diretamente da
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1.10.6.2 Convecção
Se um fluido escoar sobre um corpo sólido ou
dentro de um canal, e se as temperaturas do fluido e da
superfície sólida forem diferentes, haverá transferência de
calor entre o fluido e a superfície sólida em conseqüência do
movimento do fluido em relação à superfície; este
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1.10.6.3 Radiação
Todos os corpos emitem continuamente energia em
virtude da sua temperatura; a energia assim emitida é a
radiação. A energia da radiação emitida por um corpo é
transmitida no espaço em forma de ondas eletromagnéticas,
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os objetos, aquecendo-os.
2 AGENTES EXTINTORES
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b) Espuma;
c) Dióxido de carbono;
d) Hidrocarbonetos halogenados; e
e) Pós químicos.
2.2 ÁGUA
A água é o agente extintor de incêndios mais antigo
e mais utilizado através dos tempos, sendo a substância mais
difundida na natureza e de valor financeiro irrelevante em
relação aos outros agentes existentes. Portanto, é de grande
importância ao Corpo de Bombeiros, a quem cabe prevenir,
controlar e extinguir os incêndios; para tanto, é necessário
conhecer suas propriedades para um bom emprego como
principal ferramenta nos trabalhos de combate à incêndio.
Nesta subseção serão analizadas suas características físicas e
químicas relativas à sua ação extintora, como também suas
limitações, e especialmente as suas diversas maneiras de
extinguir o fogo através das ações de resfriamento,
abafamento, emulsificação e diluição, com também suas
formas de emprego adequadamente corretas.
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2.2.2.2 Neblina
É empregada com a água no seu estado líquido. Sua
utilização surgiu com o avanço da tecnologia dos
equipamentos de combate à incêndio, principalmente dos
esguichos e “sprinklers” (chuveiros automáticos). Sua ação
extintora se dá por resfriamento e emulsificação nas classes
A e B respectivamente, e um pouco por abafamento. É uma
ótima opção quando se pretende atingir uma maior área com
quantidade menor de água.
2.2.2.3 Vapor
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2.2.2.4 Nebulizada
O conhecimento técnico da água nebulizada ou
pulverizada na proteção de incêndios é recente, as primeiras
experiências datam dos anos 50 nos Estados Unidos.
Durante os anos 60 e 70 desenvolveu-se intensa
atividade nesse sentido, e em 1980 foi utilizada pela primeira
vez em submarinos. Em 1984, tiveram início os estudos no
“Fire Rosearch Station”, da Grã-Bretanha, para a sua
aplicação em aviões.
Os objetivos fundamentais perseguidos pelo
trabalho de investigação sobre os sistemas de água
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2.2.2.4.1 Normatização
A Norma NFPA 750 define como sistemas de água
nebulizada aqueles em que ao menos 99% do volume de
água utilizado se aplica em gotas de tamanho inferior a 1000
micras. Deste modo, subdividem-se os sistemas de água
nebulizada em três diferentes categorias:
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2.2.2.4.3 Aplicações
Os sistemas de água nebulizada são utilizados para
as seguintes aplicações, tal como prescreve a Norma NFPA
750:
a) Controle de incêndio: consiste na limitação do
crescimento e propagação de um incêndio,
molhando previamente os materiais combustíveis
adjacentes e controlando as temperaturas dos
gases de combustão no local. Esta é a aplicação
típica para a substituição dos sistemas de
“sprinklers”, com grandes vantagens em muitas
aplicações, tais como: navios, hotéis, escritórios,
etc., dada a limpeza e quantidade de água
empregada, assim como a maior eficácia do
controle do fogo pela água nebulizada em
comparação à água em gotas de “sprinklers”
convencionais.
b) Supressão do Incêndio: a redução substancial e
rápida dos fatores que acompanham o incêndio,
desprendimento de calor e emissão de gases
durante o tempo de duração da descarga.
c) Extinção do incêndio: a completa supressão do
incêndio até o desaparecimento total de materiais
em combustão. É a aplicação típica para a
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2.2.2.4.4 Vantagens
Independente de sua utilização massiva ter sido
promovida pela interrupção da fabricação dos halons, a
realidade tem mostrado que este sistema desenvolve-se de
forma mais eficaz, econômica e confiável na proteção de
incêndios, que tradicionalmente era feita com halon e outros
sistemas de gás. Entre as características significativas que
avaliam as vantagens deste sistema podem ser citadas:
a) Economia do agente extintor;
b) Inocuidade para o pessoal exposto e equipa-
mento;
c) Controle de fumaça e gases postos, alta
capacidade de resfriamento e melhoria das
condições de acessibilidade;
d) Não necessitar de 100 % de estanqueidade;
e) Possibilidade de realizar teste periódicos com
custo mínimo;
f) Sistema 100% ecológico com possibilidades de
descargas múltiplas;
g) Facilidade de recarga e manutenção.
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h) Tensão aplicada;
i) Corrente de fuga no esguicho;
j) Corrente de fuga da viaturas.
Monitorando a corrente de fuga, principal fator de
risco para o operador, concluiu-se que ela aumenta com:
a) Aumento da pressão d’água;
b) Aumento do volume do jato d’água
c) Diminuição da resistividade d’água;
d) Diminuição da distância do esguicho, até o ponto
energizado;
e) Aumento da temperatura da água
Após 364 ensaios concluiu-se que é possível
combater manualmente incêndios em áreas com
equipamentos elétricos energizados, com o uso de água
como agente extintor, desde que sejam respeitados os
seguintes parâmetros:
a) Resistividade da água maior que
1200ohms/polegada;
b) Mangueiras condutivas de até 2 1/2”;
c) A distância mínima de aproximação do ponto
energizado deve ser maior ou igual à distância
deste ponto até o solo;
d) Os combatentes devem estar dentro da área de
proteção da malha de terra.
e) A pressão d’água deve ser de até 10Kg/ cm2;
f) A tomada de água deve estar ligada a malha de
terra.
Em circuitos de baixa tensão com valores até 480V
pode-se combater incêndios com o uso de extintores
portáteis ou o tipo carreta de água, respeitando os seguintes
requisitos:
a) Distância mínima de um metro entre o operador e
o circuito ou equipamento energizado;
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2.2.10.2 Zircônio
Não se deve aplicar pequenas quantidades de água
ou jatos compactos em zircônio incendiado pois há risco de
violentas reações, visto que, quando pulverizado e
umedecido o zircônio queima mais violentamente. A imersão
da parte incandescente em água é a melhor opção.
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2.2.10.4 Magnésio
As característica do magnésio são iguais às do
zircônio, mas também pode ser extinto com a água neblinada
ou nebulizada (pulverizada) sobre pequenas quantidades de
magnésio. A aplicação da água em incêndios de magnésio
onde haja a presença de metal fundido deve ser evitado, pois
a formação de vapor de água e a possível reação do metal
com a água pode ser explosiva.
2.3 ESPUMA
2.3.1 DEFINIÇÃO
Em termos de combate a incêndios, a espuma é
definida como um sistema físico-químico constituído de três
elementos fundamentais: água, ar ou CO2 e agente formador
de espuma.
A espuma formada por estes elementos possui
densidade bem baixa, flutuando sobre líquidos inflamados,
contornando obstáculos e desta forma formando um lençol
compacto. O lençol formado impede a passagem de gases
aquecidos, isolando o combustível do contato com o ar, por
períodos prolongados após sua aplicação. Nos casos
especiais das espumas AFFF, há a formação de uma película
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2.3.2 HISTÓRICO
A primeira notícia que se tem registrada sobre a
utilização de espuma remonta a 1877 através de patente
inglesa, a qual descrevia o processo de extinção de incêndios
em combustíveis líquidos. À superfície em chamas era
coberta com espuma formada a partir de reação química e
desta forma o fogo seria extinto. Entretanto, por falta de
utilização prática, este método ficou esquecido por algum
tempo.
Os estudos sobre a aplicação prática deste método
recomeçaram com a descoberta do petróleo. Surgiram então,
grandes reservatórios de líquidos inflamáveis, tanto nos
locais de comercialização quanto nas refinarias, começando
os primeiros problemas de combate a incêndios neste
produto.
Entretanto, quando, por qualquer motivo se
inflamavam, nada podia ser feito, naquela época. A única
forma disponível para combater a este tipo de incêndio era
através de jato compacto de água, completamente ineficiente
e mais ainda, sendo a água, imiscível e mais pesada que os
líquidos combustíveis derivados de petróleo, levava, por
transbordamento dos tanques, as chamas para outras áreas,
aumentando as proporções do incêndio original. Por algum
tempo esta situação continuou inalterada até que, por volta
de 1904, Laurent, utilizando espuma química, conseguiu
extinguir um incêndio em nafta, durante demonstração
ocorrida em “San Pitisburg” nos Estados Unidos.
Esta descoberta passou então a ser largamente
utilizada na extinção de incêndios em líquidos inflamáveis
de densidade inferior à da água.
124
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Solução A Solução B
Bombeamento Bombeamento
Câmara de espuma do
tanque a proteger
ESPUMA QUÍMICA
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Pó
Venturi Espuma
Química
Água
Fig. 41
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Líquido
Gerador de
Espuma
AR
130
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Neutralização
Filtração Resíduos
Proteína Hidrolizada
Formulação
Micro-Filtração
Normalização
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2.4.1 DEFINIÇÃO
O dióxido de carbono é um agente extintor de
grande eficiência no combate a incêndios classes B e C. Para
utiliza-lo deve ser armazenado em cilindros especiais de aço,
liquefazendo-se a uma pressão de aproximadamente 60 atm.
Ao ser aliviado da compressão, ocorre uma rápida
vaporização e expansão acompanhada de uma violenta queda
de temperatura até cerca de -78º C, solidificando parte do
gás em pequenas partículas, formando na superfície do com-
bustível uma neve carbônica (gelo seco).
138
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2.4.3.1 Abafamento
Ao ser liberado de seu reservatório o gás carbônico
envolve o combustível incendiado e dilue a concentração de
oxigênio ou reduz os produtos gasosos do mesmo na
atmosfera a níveis que impedem a combustão.
2.4.3.2 Resfriamento.
Este efeito é obtido pela neve carbônica que cobre
a superfície do combustível com um calor latente de 246,4
BTU por libra. Em virtude de apenas parte do gás carbônico
se converter em neve (à 26,6ºC apenas 25% é convertido em
neve), seu poder de resfriamento é bem menor que o da
água, 1 libra de gás produz gelo seco para absorver 100
BTU, e a mesma quantidade de água, se totalmente
evaporada, poderá absorver até 1000 BTU.
139
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2.4.4.1 Classe A
Apesar de ser efetivo na extinção das chamas por
abafamento, o gás carbônico torna-se ineficiente para
incêndios Classe A, em função de sua falta de penetração e
do pouco poder de resfriamento na superfície do
combustível, permitindo sua reignição. Para contornar este
problema, é necessário uma concentração de CO2 de modo a
reduzir a concentração de O2 no ambiente, para níveis abaixo
de 6%, até o resfriamento total do combustível.
2.4.4.2 Classe B
Em virtude do CO2 ser eficiente na ação de
abafamento e ter razoável poder de resfriamento superficial,
ele se transforma em um agente extintor muito eficaz em
incêndios de Classe B. O único problema é cobrir a
superfície do líquido combustível com gás em incêndios com
grande área superficial e ambientes abertos.
0BS: Concentração mínima para extinção com CO2
Acetileno........................55% Gasolina.........................28%
Acetona..........................26% Hexano..........................29%
Álcool Etílico.................36% Hidrogênio.....................62%
Álcool metílico...............26% Isobutano.......................30%
Benzeno, Benzol.............31% Metano..........................25%
Bissulfeto de Carbono....55% Monóxido de Carbono...53%
Butidieno........................34% Óleos Lubrificantes........28%
Butano............................28% Óleos de Têmperas........28%
Ciclopropano..................31% Óxido de Etileno............44%
Dicloreto de Etileno....... 21% Pentano..........................29%
Dowtherm...................... 38% Propano.........................30%
140
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Etano..............................33% Propileno.......................30%
Éter etílico......................38% Querosene......................28%
2.4.4.3 Classe C
O CO2 é o mais eficiente agente extintor para
incêndio Classe C, pois não é condutor de corrente elétrica e
não deixa resíduos que danificam equipamentos elétricos e
eletrônicos.
141
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2.5.1 NOMENCLATURA
É representada por um número composto
normalmente por quatro dígitos, cada dígito representa um
elemento da fórmula química do halon. Os halons com três
dígitos, são os que não possuem em sua composição química
142
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2.5.2 HISTÓRICO
O primeiro agente extintor halogenado a ser
utilizado em combate a incêndios foi o tetracloreto de
carbono (halon 104) em fins do século XIX. Em 1938, um
outro agente viria substituir o halon 104 em motores de
aviões, o brometo de metila (halon 1001) que devido a sua
alta toxidade, foi substituído pelo bromo-clorometano (halon
1011) em 1941.
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2.6.2.1 Composição
O PQS pode ser composto por bicarbonato de sódio
(NaHCO3), bicarbonato de potássio (KHCO3), cloreto de
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2.6.2.2 Estabilidade
O PQS é um produto estável à temperaturas de até
60ºC e acima desta margem dissocia-se, exercendo sua
função extintora.
2.6.2.3 Toxidade
O PQS não é tóxico para o ser humano, porém em
grandes quantidades e/ou área fechada pode causar
dificuldade respiratória momentânea e irritação nos olhos e
na pele.
154
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2.6.4.1 Abafamento
Quando aquecido, o bicarbonato libera dióxido de
carbono e vapor de água auxiliando na ação extintora do
PQS (se completamente decomposto, o PQS produzirá
apenas 26% de seu peso em CO2) conforme a reação abaixo:
2NaHCO3 → Na2 CO3 + CO2 + H2O
O pó apresenta a característica de, quando aquecido,
criar um resíduo fundido e pegajoso formando uma camada
selante na superfície do combustível isolando-o do
comburente.
2.6.4.2 Resfriamento
A capacidade de extinção por resfriamento é menor
no PQS.
Estudos comprovam que o PQS com 95% ou mais
de bicarbonato de sódio absorve 259 calorias por grama e o
bórax com 2% de esterato de zinco absorve 463 calorias por
grama.
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Substância Proporção
BICARBONATO DE SÓDIO 97%
ESTERATO DE MAGNÉSIO 1,5%
CARBONATO DE MAGNÉSIO 1%
TRICLORATO DE FÓSFORO 0,5%
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2.6.5.4.1 G-1
a) Composição: grafite com adição de um composto
orgânico;
b) Acondicionamento: em baldes metálicos ou bar-
ricas de papelão;
c) Manuseio: aplicado ao fogo através de conchas
ou de pás;
d) Aplicação: magnésio, sódio, potássio, titânio, lí-
tio, cálcio, zircônio, háfnio, tório, urânio e
plutônio; e
e) Método de extinção: resfriamento.
2.6.5.4.2 Met-L-X
a) Composição: cloreto de sódio com aditivos
(triofosfato de cálcio, esteratos metálicos e
outros);
b) Acondicionamento: extintores de 30 libras, car-
retas de 150 a 300 libras, unidades estacionárias
de 2000 libras e instalações fixas (sempre
propulsionada por CO2);
c) Manuseio: esguicho da unidade extintora, aberto,
aplicando fina camada sobre a massa incendiada;
d) Aplicação: magnésio, sódio potássio, ligas de
sódio-potássio, zircônio, urânio, titânio e pó de
alumínio; e
159
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2.6.5.4.3 Na-X
a) Composição: carbonato de sódio com aditivos;
b) Acondicionamento: baldes de 50 libras,
extintores portáteis de 30 libras, carretas ou
unidades estacionárias de 350 libras;
c) Manuseio: cobrir o combustível com o pó, for-
mando uma pasta;
d) Aplicação: sódio metálico; e
e) Método de extinção: abafamento.
2.6.5.4.4 Lith-X.
a) Composição: grafite e aditivos;
b) Acondicionamento: extintores;
c) Manuseio: idêntico ao extintor de CO2;
d) Aplicação: lítio, aparas de magnésio e de zir-
cônio;
e) Método de extinção: abafamento.
2.6.5.4.5 Pyromet
a) Composição: cloreto de sódio, fosfato de dia-
mônio, proteínas e outros agentes;
b) Acondicionamento: extintores portáteis com 25
libras, propulsionado por CO2 e com esguicho
tipo difusor;
c) Manuseio: idêntico ao extintor de CO2;
d) Aplicação: sódio, cálcio, zircônio, titânio, mag-
nésio em pó e alumínio em pó; e
e) Método de extinção: abafamento.
160
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3 EXTINTORES DE INCÊNDIO
3.1.1 CONCEITO
Extintores de Incêndio são equipamentos para
pronto emprego em incêndios incipientes, tal limitação
operacional é conseqüência de sua carga útil reduzida. Os
extintores de incêndio prescindem de quatro condições para
obter êxito em sua utilização:
Fig. 45
161
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3.1.2 HISTÓRICO
Na primeira década do século XIX surgiram os
primeiros extintores de incêndio realmente portáteis. Eram
extintores de soda-ácido que, quando em utilização,
proporcionavam uma reação química entre o ácido e um
cilindro com uma solução de soda. A reação química
resultante produzia uma pressão gasosa suficiente para
expelir a solução. Já por volta de 1820 surgiram os
primeiros extintores de água com ampola de gás propelente.
Passados mais de três décadas, por volta do ano de
1859, foram desenvolvidos os primeiros extintores de água
pressurizada, bem mais eficientes do que os modelos até
então existentes, tanto em relação a operação como a
manutenção dos mesmos. Entretanto levou-se mais de dez
anos para que ganhassem a devida confiabilidade
substituindo então os aparelhos mais antigos, sendo
atualmente, o tipo de extintor de uso predominante para os
incêndios incipientes de Classe A.
No ano de 1917 os extintores de espuma química
apareceram, obtendo-se então um agente extintor com
propriedades de resfriamento e de abafamento, ideal para
emprego em combustíveis sólidos comuns e líquidos
162
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3.1.3 TIPOS
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3.1.4.3 Simbologia
Para se ter êxito na utilização de um extintor de
incêndio o tempo é fator exponencial, haja vista que o ataque
às chamas tem que acontecer no incêndio ainda em sua fase
incipiente, para isto a localização e a identificação do
aparelho tem que ser rápida e precisa. Daí a necessidade de se
criar todas as facilidades para que os operadores de
equipamentos de combate a incêndio, principalmente
extintores, possam agir. Para tanto a utilização de símbolos
como cores, letras e palavras esclarecedoras permitem a
confirmação imediata de um extintor quanto a sua
171
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172
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Obs:
a) Os extintores indicados para mais de uma classe
de incêndio terão tantos símbolos quanto as
classes de incêndio que são indicados, em uma
seqüência horizontal;
b) Os símbolos deverão ser colocados na parte
superior e frontal do aparelho e deverão ser de
tamanho adequado que permita a sua
identificação, a no mínimo, um metro do
extintor.
3.2.1 APRESENTAÇÃO
Dentro de sua proposta de combater de maneira
imediata pequenos focos de incêndio, os extintores de água
173
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3.2.2 CONSTITUIÇÃO
174
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3.2.2.2.1 Portáteis
Extintores portáteis de água-gás consistem de um
cilindro com as mesmas especificações dos extintores de
água pressurizada e disponível em conteúdo de 10 litros.
Provido com tampa de alumínio fundido e dotada de válvula
de alívio.
A pressurização é efetuada através de um cilindro
contendo 80g de CO2, com tubo de aço de acordo com a
Norma ABNT 1040, sem costura. Válvula de pressurização
do tipo abertura lenta, construída em latão forjado e
dimensionada para funcionar a 18 kgf/cm2 e provido de
disco de segurança em bronze fosforoso, mangueira plástica
com características idênticas ao de água pressurizada.
175
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176
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3.2.3 EMPREGO
Os extintores de incêndio que funcionam a base de
água, quer pressurizada ou a gás, agem, principalmente,
retirando calor do sistema em combustão. Por ser a água o
composto químico de maior capacidade térmica, ser
encontrada de forma abundante na natureza e ser de caracter
atóxica e não reagente, seu emprego e largamente utilizado
como agente extintor em incêndios incipientes em materiais
que queimam à superfície e profundidade, também chamados
de Classe A. Todavia sua utilização é contra indicada em
materiais elétricos energizados, pois apesar da água em seu
estado natural ser uma substância de caráter não condutor, ao
receber substâncias como o cloro (Cl-), o flúor (F-) e o
sulfato de alumínio Al2(SO4)3, indispensáveis a sua
potabilidade, ela se torna , por força desses íons, suscetíveis
à passagem de corrente elétrica, se tornado contra indicados
para os incêndios incipientes da classe C. Em resumo são
recomendáveis para os princípios de incêndio da classe A
onde são desejáveis os efeitos do resfriamento e da
umidificação tornando contra indicados para os incêndios de
Classe C. Não são indicados para extinção de incêndios
incipientes em metais combustíveis como o alumínio, o
zinco, o zircônio, o sódio e o potássio, chamados incêndios
de Classe D.
178
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Fig. 57
3.2.5.1.1 Semanalmente
Verificar o acesso, o lacre, e a sinalização do
aparelho.
3.2.5.1.2 Mensalmente
Verificar se o extintor está carregado, checando a
pressão do manômetro ou o nível do agente, retirando-se a
tampa dos extintores de pressão indireta.
3.2.5.1.3 Semestralmente
Pesar o cilindro de gás, substituindo-o quando o
peso cair em mais de 10%.
3.2.5.1.4 Anualmente
Inspecionar totalmente o aparelho, verificar se o
mangotinho, a pintura e o manômetro estão em bom estado.
180
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181
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3.2.6.2 Ägua-Gás
Transportar pela alça até a proximidade do fogo, a
seguir, com uma das mãos, abrir a válvula da ampola de
CO2,. retirar o pino de segurança e acionar para baixo a
maçaneta que vai perfurar o disco de vedação do cilindro de
CO2 . A maçaneta de liberação do gás deve ficar lacrado
para que se tenha acerteza de sua incolumidade e portanto
com carga plena de gás. Nestes aparelhos deve haver uma
válvula de alívio de pressão no recipiente de gás. Os jatos
dos extintores de água-gás podem atingir até 15m e suas
descargas durar até 55s, para o caso dos portáteis, e até 240s
para o caso dos extintores sobre rodas. Suas carretas sempre
deverão possuir um dispositivo de interrupção do jato na
extremidade do mangote.
182
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183
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184
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3.3.1 APRESENTAÇÃO
Normatizados pela NBR 11716 de Dezembro de
1991, os extintores de dióxido de carbono (CO2), são
amplamente utilizados, atuando basicamente pelo processo
185
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3.3.2 CONSTITUIÇÃO
Os extintores de CO2 são constituídos essen-
cialmente de um cilindro de chapa de aço, na cor vermelha,
de acordo com a ABNT 1010, soldado eletronicamente,
fosfotizado e pintado internamente a base de ulha e,
externamente, com uma demão de tinta de fundo
anticorrosiva e uma demão de tinta de acabamento, a base de
poliuretano. Possui tubo sifão, punho, alça de transporte e
gatilho, mangueira de descarga e esguicho difusor
186
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3.3.2.1 Carga
Nos extintores de CO2 sua carga é expressa em
quilogramas, sem fração, e com tolerância de 5% para
menos. As cargas são de três tipos, segundo o seu local de
trabalho.
a) Carga Comum: é feita com gás seco, com a
capacidade nominal do extintor, de tolerância de
187
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3.3.3 EMPREGO
Os extintores de dióxido de carbono atuam por
abafamento e secundariamente por resfriamento, que é
intensificado quando o corpo incendiado fica coberto com a
neve carbônica conseqüente de uma descarga contínua de
gás. O fato do CO2 não ser corrosivo, não deixar resíduos,
não conduzir eletricidade, não se estragar com o tempo e não
188
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189
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Fig.68
190
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3.3.5.1 Manutenção
a) Semanalmente: verificar a acessibilidade, se o
pino de segurança e lacre estão corretos;
b) A cada seis meses: pesar o aparelho e registrar o
peso na etiqueta presa ao extintor. Comparar o
peso obtido com o estampado no extintor, na
válvula ou, em algumas marcas, na cinta,
recarregar o aparelho se a perda de gás for
superior a 10%;
c) Cada cinco anos: descarregar o aparelho e sub-
meter a ensaio hidrostático, segundo a norma
específica.
191
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192
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3.3.6 FUNCIONAMENTO
Quando sua válvula é acionada, o gás líquido sobe
através do tubo sifão, circula pela válvula e penetra na
mangueira indo até à base do esguicho, onde através de
pequenos orifícios é transformado em gás.
193
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Fig. 72 Fig. 73
3.4.1 APRESENTAÇÃO.
Os extintores de hidrocarbonetos halogenados estão
regulados pela a NBR 11762 de DEZEMBRO DE 1990, sob
195
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3.4.2 CONSTITUIÇÃO.
Os recipientes dos extintores atendem à norma que
define os vasos para o armazenamento e transporte de gases
a alta pressão, de forma que o cilindro suporte até duas vezes
e meia a pressão nominal de carga sem apresentar vasamento
ou deformação aparente, já a pressão de ruptura não pode ser
inferior a cinco vezes a pressão nominal de carga.
A quantidade de agente na fase líquida é de 75% do
volume do recipiente no caso do halon 1211 e de 68% no
halon 1301. Os extintores a partir de 4Kg de carga devem
possuir mangotinho para facilitar o direciomanento do jato,
com comprimento mínimo de 50cm e com esguicho difusor
na extremidade. Os extintores deverão ser equipados com
manômetro que indique as pressões de carga na escala de
carregamento em Kgf/cm2, a 20ºC. Os manômetros deverão
indicar na escala as faixas de : Operação e Recarregar em
cores diferentes.
3.4.3 EMPREGO
Os extintores de hidrocarbonetos halogenados
podem ser indicados para combate de incêndios de Classe A
196
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3.4.4 UTILIZAÇÃO.
a) Retirar o extintor do suporte.
b) Remover ou acionar a trava de segurança da vál-
vula.
c) Empunhar o mangotinho pelo esguicho.
d) Acionar a válvula, podendo-se obter um jato con-
tínuo ou interminente, que com auxílio do
esguicho difusor deve ser dirigido junto à base
do fogo, paralelamente à superfície dos líquidos
inflamáveis, ou diretamente no foco quando se
tratar de incêndio de equipamento elétrico ou de
Classe A.
197
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3.4 6 FUNCIONAMENTO
O gás sob pressão é liberado quando acionado o
gatilho.
198
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3.5.1 APRESENTAÇÃO.
Dentro de sua proposta de combater de maneira
imediata pequenos focos de incêndio os extintores de
espuma não substituem os grandes sistemas de extinção,
todavia podem ser usados de maneira eficaz em incêndios
incipientes das classes A e B, agem não só pelo abafamento,
separando a superfície do combustível do meio comburente,
mas também, em menor escala, pelo resfriamento, por gozar
das propriedades físico-químicas da água. Nos extintores de
espuma química ela é proveniente de uma reação envolvendo
o sulfato de alumínio, Al2(SO4)3 e o bicarbornato de sódio
NaHCO3. tendo como elemento estabilizador da reação
normalmente o alcaçuz.
No caso dos extintores de espuma mecânica para a
sua formação são necessários a água, o ar atmosférico e o
199
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3.5.2 CONSTITUIÇÃO.
3.5.2.1.1 Portátil
Extintores de espuma de química portátil consistem
de um recipiente externo construído em chapa de aço ABNT
1010, soldado eletronicamente, fosfotizado e pintado
internamente com tinta a base de ulha e, externamente, com
uma demão de tinta de fundo e uma de tinta vermelha à base
de poliuretano, tampa de alumínio fundido, junta de vedação
em borracha sintética, recipiente interno em plástico
resistente, com volume interno de 10 litros, tempo médio de
descarga na base de 65s e alcance do jato de
aproximadamente 10m.
200
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201
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3.5.2.2.1 Portátil.
Extintores de espuma mecânica portátil consistem
de um recipiente externo construído em chapa de aço, de
acordo com a EM-1002-ABNT, soldado eletronicamente,
volume de solução formadora do filme aquoso, na
proporção de 8,190l de água para 0,810l de AFFF.
Este extintor pode ser encontrado em dois modelos:
o de pressurização direta, com manômetro de pressurização
de 13,5kgf/cm2 de N2, e de pressurização indireta, com
ampola de 80g de CO2. O de pressurização direta deve
conter aclopada um manômetro e o de pressurização indireta,
uma válvula de segurança. A válvula de descarga deste
extintor é do tipo interruptora de jato para pressurização
direta ou indireta, é confeccionada em latão forjado, sendo
cabo e gatilho bicromatizados, com esguicho especial para
jato simples e de espuma. Seu jato pode alcançar até 10m e
202
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3.5.2.2.3 Estacionários.
Com as mesmas especificações do caso anterior,
sem contudo possuir as carretas
3.5.3 EMPREGO
Os extintores de incêndio que funcionam a base de
espuma são utilizados, prioritariamente, na extinção de
incêndios incipientes de classe B, em conseqüência das
propriedades funcionais da espuma formada, que como
citado, anteriormente, age impondo uma barreira entre o
meio comburente e a superfície combustível. Todavia
considerando as propriedades físico-químicas da água sua
204
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205
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3.5.5.1.1 Semanalmente
Verificar o acesso dos extintores.
3.5.5.1.2 Mensalmente
No caso dos extintores de espuma química verificar
se o extintor está carregado e se o bico está obstruído, em
hipótese afirmativa desobstruir com um alfinete. No caso dos
extintores de espuma mecânica com pressão direta verifique
a pressão do manômetro, e nos de pressão indireta verificar o
nível do agente retirando a sua tampa , e se os orifícios
laterais dos esguichos estão desobstruídos.
206
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3.5.6 FUNCIONAMENTO.
207
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3.5.6.2.1 Pressurizados
No caso dos extintores de espuma mecânica
portáteis pressurizados, retirar o aparelho do suporte,
conduzir até o local do fogo, para só então retirar o pino de
segurança da válvula, deslacrando-a. Sendo o extintor
pressurizado, o seu funcionamento depende da operação
direta da válvula.
Com a outra mão segurar o esguicho do mangotinho
com a finalidade de dirigir e controlar o jato de espuma.
Por ter grande velocidade, as partículas aspiram o ar
atmosférico pelos orifícios laterais do esguicho, gerando a
espuma mecânica.
O funcionamento dos extintores de espuma
mecânica portátil é explicitado nas figuras abaixo.
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3.5.6.2.2 A Pressurizar
3.5.6.2.2.1 Portáteis.
No caso dos extintores de espuma mecânica
portáteis a pressurizar, retirar o aparelho do suporte,
conduzir até o local do fogo, para só então retirar o pino de
segurança da válvula. Deve-se incialmente abri-la com uma
das mãos, para que o seu interior seja pressurizado,
acionando em seguida a válvula de descarga, localizada
junto à alça de transporte do aparelho, para que a solução
chegue até o quebra jato, quando então é dispersada em
pequenas partículas até o difusor de fluxo.
Com a outra mão segurar o esguicho do mangotinho
com a finalidade de dirigir e controlar o jato de espuma.
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3.6.1 APRESENTAÇÃO
São equipamentos que aliam a maneabilidade,
necessária a pronta extinção de incêndios incipientes;
retratados através da sua leveza, sua facilidade de manuseio
e de sua possibilidade de reaproveitamento; à eficácia na
obtenção de resultados imprescindíveis à limitação dos
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3.6.2 CONSTITUIÇÃO
3.6.2.1.1 Portáteis
Extintores portáteis obedecem as mesmas
especificações anteriores definidas para os extintores de
baixa pressão. Disponível nas capacidades de 4Kg, 6Kg,
8Kg, 10Kg e 12Kg. Possuem tempo de descarga que varia
de 10s a 30s, conforme a sua capacidade. O alcance de seu
jato está compreendido entre 5m e 8m. Utiliza o N2 como
gás propelente, que está contido no próprio bojo do extintor.
Sua pressão é medida através de um manômetro existente na
válvula. Incluem-se nesta classificação os produzidos
exclusivamente para utilização veicular, que possuem carga
mínima de 1 Kg, devendo seu funcionamento atender a faixa
de temperatura compreendida entre -10ºC e 85ºC.
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3.6.2.2.1 Portáteis
Extintores portáteis de pó químico a pressurizar são
providos de uma tampa de alumínio fundido e dotados de
válvula de alívio. Sua pressurização é efetuada através de
um cilindro contendo 80g de CO2,. Válvula de pressurização
do tipo abertura lenta, construída em latão forjado e
dimensionada para funcionar a 18kgf/cm2 provida de disco
de segurança em bronze fosforoso, e seguindo as demais
especificações do item anterior
Este tipo de extintor pode também ser encontrado
com uma pistola na ponta da mangueira, que é
confeccionada em resina acetálica com resistência mecânica
igual à das ligas metálicas não ferrosas.
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3.6.2.2.3 Estacionários
Obedecem as mesma especificações do item
anterior, todavia não apresentam sistema rodante, isto é, são
instalados de maneira fixa, normalmente em máquinas e
equipamentos ou para a proteção de uma área limitada com
carretel de mangotinho.
3.6.3 EMPREGO
Os extintores de incêndio que funcionam a base de
pó químico seco, quer pressurizados ou a gás, podem ser
empregados em praticamente todas as classes de incêndio,
com resultados comprovadamente eficientes. A escolha
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b) Ação em álcool.
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3.6.5.1.1 Semanalmente
Verificar o acesso dos extintores., o dispositivo de
segurança e o lacre. Verificar se o manômetro acusa
pressão suficiente para seu funcionamento.
3.6.5.1.2 Anualmente
Examinar o pó e se for notado qualquer
empedramento deverá ser substituído por novo. Pesar o
cilindro de gás e recarregue se a perda for superior a 10% em
relação ao peso do estampado no seu selo. Verificar a
mangueira e o esguicho quanto à obstrução e as condições da
válvula de alívio.
3.6.5.2 Recarga
3.6.5.3 Reteste
Somente poderá ser realizado por empresas com
registro na ABNT. Esta operação compreende uma série de
etapas que vão desde a medição da pressão de trabalho do
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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