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Universidade Pedagógica
Rua João Carlos Raposo Beirão nº 135, Maputo
1
Ficha técnica
© Todos os direitos reservados. Não pode ser publicado ou reproduzido em nenhuma forma ou meio –mecânico ou
eletrónico- sem a permissão da Universidade Pedagógica.
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Índice
Visão Geral do Módulo .................................................................................................................................................... 5
3
Lição no 1: Actividades Cognitivas dos Alunos ....................................................................................................... 65
Fundamentos para a Planificação ............................................................................................................ 66
Elaboração do Plano de aula .................................................................................................................... 69
o
Lição n 2: Excursão ..............................................................................................................................................77
Excursão Didáctica .................................................................................................................................. 78
Excursão Didáctica .................................................................................................................................. 78
Etapas da Planificação da Excursão ......................................................................................................... 78
Importância da Excursão para Estudo das Ciências Naturais .................................................................. 79
Propostas de Temas para Investigação ....................................................................................................................... 81
4
Visão Geral do Módulo
Introdução
Bem vindo ao Módulo “Didáctica de Ciências Naturais”
O Homem sempre soube da importância da educação para a sua formação integral.
Os fenómenos naturais são objectos muito fascinantes de interpretação para o
Homem e por isso, se preocupou em procurar formas de sistematizar todo o
conhecimento a eles relacionados, numa área denominada Ciências Naturais.
A Didáctica de Ciências Naturais surge como resposta à necessidade de viabilizar o
ensino dessa disciplina científica.
Terminado o estudo do módulo de Didáctica de Ciências Naturais você poderá ser
capaz de planificar e executar com sucesso as aulas de Ciências Naturais para o
ensino básico. Este módulo possui três unidades temáticas e um total de 7 lições
5
Objectivos do Módulo
O módulo tem o objectivo de tornar você capaz de:
Adquirir conhecimentos metodológicos de trabalho que permitam uma
futura intervenção inovadora, globalizante, integrada, activa e flexível;
Promover a interdisciplinaridade do conhecimento e da avaliação de
diferentes áreas de competências visando a iniciação à prática profissional;
Compreender a importância e a necessidade da articulação dos
conhecimentos científicos nas suas vertentes natural e na compreensão do
mundo;
Desenvolver metodologias activas e integradoras dos diferentes saberes,
que permitam o desenvolvimento de competências cognitivas, socio-
afectivas e psicomotoras da criança;
Elaborar materiais didácticos, que permitam um desenvolvimento e
formação harmoniosos da criança.
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Estrutura do Módulo
O curso está estruturado em unidades. Cada unidade inclui uma introdução,
objectivos da unidade, conteúdo da unidade incluindo actividades de
aprendizagem, um sumário da unidade e uma ou mais actividades para auto-
avaliação.
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Avaliação
Serão realizados dois testes escritos e quatro trabalhos para investigação com oito
temas que se encontram no final de cada unidade, incluindo a planificação de
unidades temáticas, aulas e produção de material didáctico.
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Ícones de Actividades
Caro estudante, para lhe ajudar a orientar-se no estudo deste módulo e
facilmente localizar cada um dos elementos da lição, foram usados marcadores de
texto do tipo ícones. Os ícones (na sua maioria) foram concebidos pelo CEMEC
(Centro de Estudos Moçambicanos e Etnociência) da Universidade Pedagógica.
Tomou-se em consideração a diversidade cultural Moçambicana. Encontre, a
seguir, a lista de ícones, o que a figura representa e a descrição do que cada um
deles indica no módulo:
[Jogo Ntxuva]
[à volta da fogueira] [mãos unidas]
9
10. Reflexão 11. Tempo 12. Resumo
[sentados à volta da
[sol]
fogueira]
[embondeiro]
13. Terminologia/ 14. Vídeo/Plataforma 15. Comentários
Glossário
1. Exercício (trabalho, exercitação) – A enxada relaciona-se com um tipo de trabalho, indica que é
preciso trabalhar e pôr em prática ou aplicar o aprendido.
2. Actividade - A colher com o alimento para provar indica que é momento de realizar uma
actividade diferente da simples leitura, e verificar como está a ocorrer a aprendizagem.
3. Auto-Avaliação – A peneira permite separar elementos, por isso indica que existe uma proposta
para verificação do que foi ou não aprendido.
4. Exemplo/Estudo de caso – Indica que há um caso a ser resolvido comparativamente ao jogo de
Ntxuva em que cada jogo é um caso diferente.
5. Debate – Indica a sugestão de se juntar a outros (presencialmente ou usando a plataforma digital)
para troca de experiências, para novas aprendizagens, como é costume fazer-se à volta da fogueira.
6. Trabalho em grupo –Para a sua realização há necessidade de entreajuda, que se apoiem uns aos
outros
7. Tome nota/Atenção – Chamada de atenção
8. Objectivos – orientação para organização do seu estudo e daquilo que deverá aprender a fazer ou a
fazer melhor
9. Leitura adicional – O livro indica que é necessário obter informações adicionais através de livros
ou outras fontes.
10
10. Reflexão – O embondeiro é robusto e forte. Indica um momento para fortalecer as suas ideias,
para construir o seu saber.
11. Tempo – O sol indica o tempo aproximado que deve dedicar á realização de uma tarefa ou
actividade, estudo de uma unidade ou lição.
12. Resumo – Representado por pessoas sentadas à volta da fogueira como é costume fazer-se para se
contar histórias. É o momento de sumarizar ou resumir aquilo que foi tratado na lição ou na
unidade.
13. Terminologia/Glossário – Representado por um livro de consulta, indica que se apresenta a
terminologia importante nessa lição ou então que se apresenta um Glossário com os termos mais
importantes.
14. Vídeo/Plataforma – O computador indica que existe um vídeo para ser visto ou que existe uma
actividade a ser realizada na plataforma digital de ensino e aprendizagem.
15. Balão com texto – Indica que existem comentários para lhe ajudar a verificar as suas respostas às
actividades, exercícios e questões de auto-avaliação.
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Conteúdos
UNIDADE
1
Objecto de Estudo da Didáctica de Ciências Naturais
Relação entre a Didáctica de Ciências Naturais e outras
Ciências
Importância da Didáctica de Ciências Naturais
Lição no 2: Conteúdos das Ciências Naturais”
Conceito de Conteúdo e sua classificação
Conceito de Conteúdo
Classificação dos Conteúdos
Critérios de Selecção dos Conteúdos
Procedimentos metodológicos para a formulação de
conteúdos
Princípios
Lição no 3: Objectivos
Conceito de Objectivo e sua classificação
Conceito Objectivo
Classificação dos Objectivos
Características, Propriedades e Elementos dos Objectivos
Formulação dos Objectivos
Pág. 12 - 42
12
o
Unidade n 1: Objectivos e Conteúdos das Ciências Naturais
Introdução Bem vindo à primeira unidade do Módulo de Didáctica de Ciências Naturais. No
nosso quotidiano, qualquer actividade que executamos possui uma finalidade
objectiva ou subjectiva e, tendo em conta isso, a executamos de forma específica.
Em relação ao ensino de Ciências Naturais, cada fenómeno ou processo que se
ensina constitui um conteúdo e para medirmos a materialização da sua
transmissão é necessário definirmos com clareza os objectivos. Nesta unidade
abordaremos os conceitos básicos de Didáctica, sua aplicação no âmbito do
ensino das Ciências Naturais, bem como os objectivos e conteúdos das Ciências
Naturais.
Esta unidade tem 3 lições. O tempo de leitura da unidade é de 125 minutos e o
tempo de resolução das actividades é de 100 minutos.
13
o
Lição n 1: Conceito “Didáctica de Ciências Naturais”
Introdução Para iniciarmos a nossa abordagem sobre a conceptualização da Didáctica de
Ciências Naturais, iremos discutir a origem da palavra Didáctica e seguidamente
faremos o seu enquadramento no contexto das Ciências Naturais. Por isso, nesta
lição apresentamos o conceito da Didáctica de Ciências Naturais, bem como os
objectivos que norteiam o seu estudo e a sua pertinência para você ter sucesso no
ensino das Ciências Naturais.
Tempo
14
Conceito de Didáctica e Didáctica de Ciências Naturais
Conceito de Didáctica
A palavra “Didáctica” vem da expressão grega techné didaktiké, que se pode
traduzir como arte ou técnica de ensinar.
Uma coisa deve ficar clara quando falamos de transposição didáctica, é que o
conhecimento científico organizado em áreas do saber científico precisa de ser
tansformado pelo professor num saber escolar útil para o quotidiano do aluno,
respeitando as suas potencialidades e limitações concretas. Por exemplo, se
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você quer ensinar técnicas de conservação de pescado aos alunos, poderá
recorrer a transposição didáctica para permitir a adaptabilidade das técnicas
científicas existentes às condições materiais concretas da comunidade onde a
escola e o aluno estão inseridos, podendo privilegiar as técnicas de frio,
salgamento ou fumagem adequadas.
Actividade
16
Relação entre a Didáctica de Ciências Naturais e outras Ciências
A Didáctica de Ciências Naturais não pode ser vista de forma isolada, mas sim de
forma integrada, considerando que ela se insere no grupo de outras ciências.
Neste âmbito, a Didáctica de Ciências Naturais, como toda outra didáctica,
insere-se dentro da Pedagogia, concretamente na Pedagogia do Ensino Escolar.
Por ser uma ciência pedagógica, enquadra-se no contexto das ciências humanas e
interactua com elas, buscando delas alguns subsídios para a sua viabilização.
De acordo com a figura acima, cada ponta da estrela representa uma área de
conhecimento com um conjunto organizado de conteúdos que fornecem bases
para o aprofundamento da compreensão na abordagem da Didáctica de Ciências
Naturais. Por exemplo, no contexto do ensino das Ciências Naturais, se por um
lado a Didáctica fornece as bases metodológicas de ensino de uma maneira geral,
a Psicologia fornece os pressupostos psicológicos que devem ser tomados em
17
conta no âmbito da planificação e leccionação das aulas, alinhados com os
conteúdos específicos das Ciências Naturais.
Segundo COSTA (1999: n.p.), durante muitos anos o ensino das ciências nos
diferentes níveis de escolaridade esteve centrado na memorização de conteúdos,
na realização de actividades de mecanização e na aplicação de regras para a
resolução de questões semelhantes às anteriormente apresentadas e resolvidas
pelo professor. Esta visão mecanicista entendia as ciências como um corpo
organizado de conhecimentos e regras a aprender e a aplicar sem qualquer ligação
com a realidade.
Uma das razões que justifica a inclusão das Ciências da Natureza no currículo do
Ensino Básico é a necessidade de os alunos adquirirem um conjunto de
conhecimentos e competências essenciais para se iniciarem no estudo das
Ciências. Este é o papel da disciplina de Ciências Naturais visto na perspectiva da
própria ciência. O papel desta disciplina no currículo justifica-se também na
perspectiva do indivíduo, pelo seu importante contributo para o desenvolvimento
de capacidades na criança. Justifica-se, ainda, na perspectiva da sociedade ao
permitir à criança adquirir uma compreensão científica dos fenómenos e
acontecimentos que compõem o mundo físico e social de que faz parte
(PEREIRA, 1992: n.p. apud COSTA 1999: n.p.).
18
Resumo A Didáctica é a parte da Pedagogia que se ocupa dos métodos e técnicas de
ensino, destinados a colocar em prática as directrizes da teoria pedagógica.
A Didáctica de Ciências constitui-se como uma das ramificações da
Didáctica que especifica as técnicas e métodos para a transmissão ou
mediação dos conteúdos específicos das Ciências Naturais.
A Didáctica de Ciências Naturais não pode ser vista de forma isolada, mas
sim de forma integrada, considerando que ela se insere no grupo de
ciências as quais é dependente e outras que dela dependem (veja a figura
1).
A importância da Didáctica de Ciências Naturais insere-se na necessidade
de viabilizar a leccionação das Ciências Naturais, permitindo compreender
a actividade de mediação para promover um encontro formativo e
educativo entre o aluno e a matéria de ensino.
19
Comentários 1. Para responder essa pergunta deve inicialmente ter em conta o conceito
Didáctica e, em seguinda, fazer um enquadramento no contexo das
Ciências Naturais. No final compare a sua resposta com a que se encontra
na parte inicial desta lição.
20
o
Lição n 2: Conteúdos das Ciências Naturais
Introdução Na lição anterior você aprendeu a definir a Didáctica de Ciências Naturais e a
fazer o seu enquadramento e relacionamento com as outras ciências. Ora, agora
vamos entender como seleccionar e combinar os conteúdos a leccionar. Nesse
contexto, devemos estar sempre em alerta pelo facto de que os conteúdos
científicos que representam as Ciências Naturais são de uma vasta variedade e
complexidade, pelo que, caberá a si no futuro, como professor, definir de acordo
com o programa de ensino o que dever ser ensinado e como deve ser ensinado.
Tempo
Terminologia
21
Conceito de Conteúdo e sua classificação
Conceito de Conteúdo
Conteúdo é a escolha consequente dos resultados duma ciência
organizados pedagógica e didacticamente, tendo em vista a assimilação
activa e a aplicação pelos alunos na sua prática da vida (MÜLLER,
2005: 14).
22
1. Imagine que você tenha que planificar uma aula e tem consigo o
programa de ensino e o manual do professor, como vai decidir que
conteúdo deve incluir na sua aula?
23
Em suma, um dos principais critérios para a selecção dos conteúdos é
considerar o aluno, sociedade e disciplina científica. Esta relação pode ser
representada da seguinte maneira:
Entretanto, você pode usar um outro sistema de critérios, que nos remete
analisar a:
Utilidade: os conteúdos devem ter aplicação no quotidiano dos alunos;
Validade: os conteúdos devem representar o conjunto de conhecimento
organizado e actualizado;
Significância: os conteúdos devem ter impacto na vida dos alunos;
Flexibilidade: os conteúdos devem ser susceptíveis a renovação constante;
Viabilidade: os conteúdos devem ser compatíveis com todos os recursos
(tempo disponível e meios de ensino).
24
Procedimentos metodológicos para a formulação de conteúdos
Método Indutivo
De acordo com LAKATOS (1991: 47) este método consiste em partir de uma
situação particular, para tirar uma conclusão, ou seja, parte-se do específico para
o geral.
Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados
particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou
universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos
argumentos é levar à conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das
premissas nas quais se basearam. Esse processo ocorre em três etapas,
nomeadamente, a observação dos objectos, fenómenos ou processos, em seguida
descobrir a relação entre eles e finalmente generalizar a relação. Para as Ciências
Naturais, podemos ter os seguintes exemplos:
25
Método Dedutivo
Exemplos:
Todo mamífero tem um coração.
Ora, todos os cães são mamíferos.
Logo, todos os cães têm um coração.
26
Fig. 3 – Hierarquia do conteúdo tendo em conta a sua relevância
27
Tabela 1: Princípios didácticos para a estruturação da matéria nova
Princípios
Características básicas
didácticos
Baseia-se no fundamento de que a criança não é um adulto em miniatura e nem
uma tábua rasa. Por isso, a estruturação dos conteúdos deve sempre ter em conta os
Princípio de conhecimentos prévios dos alunos, as suas necessidades presentes e as
espiral necessidades futuras. No princípio de espiral deve-se ter em consideração a
possibilidade de abordar o mesmo assunto ao longo de vários níveis de ensino com
vários níveis de complexidade ou profundidade.
Princípio da Tendo em conta este princípio, o professor deve estruturar os conteúdos,
situação respeitando as vivências dos alunos, baseadas em situações quotidianas.
Os conteúdos devem ser estruturados tendo em conta os componentes individuais,
Princípio da
sociais e ecológicos, isto é, deve-se respeitar a relação entre o Homem e o meio
ecologia
ambiente.
Os conteúdos devem ser estruturados tendo em conta a satisfação das necessidades
dos alunos. Todo o processo de aprendizagem deve ter como consequência uma
Princípio da
modificação no comportamento do educando, como resultado dos conhecimentos,
aplicação
habilidades e atitudes adquiridas. Neste âmbito, a aprendizagem ocorre tendo em
conta o contexto do aluno.
Princípio da De acordo com este princípio, o professor deve ter em conta que o Homem está no
centralização do centro das atenções de toda a actividade educativa.
Homem
Princípio da A estruturação do conteúdo deve ter em conta as diversas áreas do saber que estão
interdisciplinarid estritamente relacionadas com as Ciências Naturais, tendo em conta uma
ade abordagem transversal dos diversos conteúdos.
Princípio de Segundo este princípio, o professor deve valorizar os conhecimentos dos alunos,
consideração do adquiridos com a sua experiência, combinando-os e sistematizando-os em teorias e
empírico e leis.
teórico
Princípio de A história da ciência é um elemento importante e encorajador para os alunos, pois
consideração dos mostra que o conhecimento actualmente existente foi se acumulando ao longo de
aspectos várias gerações e que os alunos participam activamente nessa acumulação.
históricos
Princípio da De acordo com este princípio, o professor deve sempre ter em consideração que os
conteúdos devem ser aprendidos de forma hierárquica.
hierarquia da
matéria viva
Segundo MÜLLER, 2005 (adaptado)
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Resumo O conteúdo é a escolha consequente dos resultados duma ciência
organizados pedagógica e didacticamente, tendo em vista a assimilação
activa e a aplicação pelos alunos na sua prática da vida.
O conteúdo pode ser classificado em duas categorias: conteúdo do
programa de ensino e conteúdo de processo de aquisição.
Um dos sistemas de critérios para a selecção do conteúdo da matéria nova
considera: aluno, sociedade e disciplina específica.
Um outro sistema de critérios para a selecção do conteúdo da matéria nova
considera: Utilidade, Validade, Significância, Flexibilidade e Viabilidade.
Para a estruturação dos conteúdos da matéria nova é necessário ter em
conta os seguintes princípios didácticos: princípio de espiral, princípio da
interdisciplinaridade, princípio da centralização do Homem, princípio da
situação, princípio da ecologia, princípio da aplicação, princípio de
consideração do empírico e teórico, princípio de consideração dos aspectos
históricos e princípio da hierarquia da matéria viva.
29
Comentários 1. Conteúdo é a escolha consequente dos resultados duma ciência
organizados pedagógica e didacticamente, tendo em vista a assimilação
activa e a aplicação pelos alunos na sua prática da vida.
30
o
Lição n 3: Objectivos
Introdução No nosso dia-a-dia temos utilizado com certa frequência a palavra objectivo.
Recorremos a ela para indicar a finalidade de uma acção, a meta de um percurso,
entre outros aspectos. Na actividade docente, a reflexão sobre objectivos pode ser
considerada um complemento à reflexão sobre as estratégias, pois é necessário
analisar a realidade para se saber onde é que estávamos, onde estamos e para onde
é que vamos. Nesta lição vamos aprender a definir os objectivos de uma aula, a
partir dos objectivos e competências emanados no programa de ensino.
Tempo
Terminologia
31
Conceito de Objectivo e sua classificação
Critério de Projecção
32
Objectivos
podem ser
33
Objectivos
34
Tabela 2 - Definição das diferentes categorias do domínio cognitivo
35
Características, Propriedades e Elementos dos Objectivos
Características e propriedades
Característica/
Significado
propriedade
Pertinentes Devem estar relacionados com o conteúdo.
Compatíveis Devem estar de acordo com os pré-requisitos necessários para a sua materialização.
Alcançáveis Devem ter um horizonte palpável e possível.
Lógicos Devem apresentar os mesmos resultados, não devem apresentar contradições.
Inequívocos Devem ser definidos com precisão indicando o que se pretende exactamente.
Concretos Não devem apresentar ambiguidades.
Observáveis Devem possibilitar o alcance do objecto pelo qual foram traçados.
Realizáveis Devem estar relacionados com o ambiente real do aluno.
Mensuráveis Devem ser possíveis de medir através de uma escala de avaliação do aluno.
Relevantes Devem estar relacionados com os interesses reais do sujeito de aprendizagem.
Congruentes O conteúdo não pode ser diferente dos objectivos.
Equilibrados Deve haver um equilíbrio entre os âmbitos e níveis pelos quais foram traçados.
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Elementos dos Objectivos
Objectivos da aula
Nível cognitivo Nível psicomotor Nível afectivo
O aluno deve: O aluno deve ser capaz de: O aluno deve:
Conhecer os agentes Classificar os tipos de Dar o seu contributo
poluentes. poluição tendo em conta para preservar o meio
os agentes poluentes. ambiente livre da
poluição.
37
Resumo Objectivo é a transformação das orientações estratégicas, quer funções ou
finalidades, em resultados pré-concebidos e concreto-operacionalizados;
Os objectivos podem ser classificados tendo em conta vários critérios.
Existem dois critérios fundamentais: critério de projecção (taxonomia de
Möller) e critério de níveis de complexidade (taxonomia de Bloom).
De acordo com a taxonomia de Möller consideram-se três níveis ou esferas
de projecção: objectivos gerais, específicos e mais específicos. De acordo
com a taxonomia de Bloom, consideram-se três níveis: cognitivo,
psicomotor e afectivo.
No nível cognitivo, os objectivos focam a aprendizagem de conhecimentos,
desde a recordação e compreensão de algo estudado, aplicar, analisar e
reorganizar a aprendizagem de um modo singular e criativo, reordenando o
material ou combinando-o com ideias ou métodos anteriormente
aprendidos.
38
Tempo de Resolução: 35 minutos.
39
1. Objectivo é a transformação das orientações estratégicas, quer funções ou
Possíveis finalidades em resultados pré-concebidos e concreto-operacionalizados.
7.
40
Actividade de GRUPO
Tarefa: Formule objectivos de acordo com a taxonomia de Bloom para as
aulas, com os seguintes temas:
Pesca artesanal;
Movimentos Respiratórios;
Actividade Processo Digestivo no Homem;
Características dos rios.
41
Conteúdos
UNIDADE
2
Conceito e Função Geral de Meios Didácticos
Conceito Meios Didácticos
Função geral dos Meios Didácticos
Funções específicas dos Meios Didácticos
Factores para a escolha dos Meios Didácticos
Classificação dos Meios Didácticos
Importância dos Meios Didácticos
Propostas de Temas para Investigação
Pág. 43 - 63
42
o
Unidade n 2: Métodos, Procedimentos e Meios de Ensino das
Ciências Naturais
Objectivos
43
o
Lição n 1: Actividades Cognitivas dos Alunos
Introdução Como professor, você deve ter sempre em mente que a melhor maneira de ajudar
o seu aluno a aprender é dar-lhe uma actividade para exercer durante a aula. Para
tal, deve sempre apostar num ensino que deve ser construtivista, para promover a
mudança conceitual e facilitar a aprendizagem duradoura dos alunos.
A preocupação actual do ensino de Ciências centra-se na qualidade acima da
quantidade, o significado acima da memorização e a compreensão acima do
conhecimento.
As actividades cognitivas dos alunos são importantes para o desenvolvimento da
personalidade do aluno e contribuem para a aprendizagem significativa.
Tempo
44
Actividades cognitivas
45
hipótese
3.4. Revisão da veracidade da hipótese
4. Resposta ao problema
46
3.3. Comparação dos resultados da observação com as conclusões da
hipótese experimentalmente prováveis
3.4. Revisão da veracidade da hipótese
4. Resposta ao problema
47
Fig. 8 –Estrutura da actividade cognitiva de Fundamentar (adaptado de
MÜLLER, 2005)
48
Joseph Novak por volta 1970, nos Estados Unidos da América. São usados para
representar e organizar um conjunto de conhecimentos.
De acordo com MÜLLER (2005: 27), quando se estabelece um sistema de
conceitos ou mapa de conceitos, é necessário que se tenha em conta os seguintes
aspectos:
1. Um conceito precisa sempre de um outro;
2. Os conceitos devem ser comparáveis;
3. É necessário assegurar que haja uma comparação intra e
interespecífica para identificar as características gerais e essenciais.
49
para reduzir o excesso de texto na representação de um conhecimento.
50
5. Usando a actividade cognitiva de classificar, desenvolva um mapa de
conceitos, para o tema “Constituição do Solo”.
51
o
Lição n 2: Meios de Ensino
Introdução Com certeza você já entendeu que para a planificação de uma aula de Ciências
Naturais existe um conjunto de regras que deve ser seguido. Para a efectivação de
uma determinada aula sobre a abordagem de um objecto, fenómeno ou processo,
nem sempre é possível levá-lo a sala de aulas, daí que você deve criar condições
de representar esse objecto, fenómeno ou processo através de meios de ensino.
Nesta lição vamos tratar dos meios de ensino em Ciências Naturais. Existe uma
diversidade de meios para condução das aulas. A eficácia de cada meio para tratar
um determinado conteúdo, depende da sua escolha consciente, associando todos
os elementos importantes a ter em conta.
Tempo de Leitura: 35 minutos
Tempo
Terminologia
52
Conceito e Função Geral de Meios Didácticos
53
Meios Didácticos
Significa que Significa que Significa que Significa que Significa que Significa que
Como você pôde concluir na figura acima, as funções específicas dos meios
didácticos permitem a sua escolha consciente, tendo em conta a natureza do
conteúdo a transmitir. Portanto, se você pretende decidir por um ou outro meio
didáctico, deve ter sempre em mente que as funções devem ser conjugadas com
alguns factores que veremos a seguir.
De forma específica, você deve ter em conta que o tipo de aluno, quer seja tipo
visual, tipo táctil, tipo auditivo ou abstrato idiomático, define o tipo de meio
didáctico a usar para uma determinada aula. Entretanto, é necessário que haja
um equilíbrio ou combinação da categoria de meios, assumindo que estes
devem satisfazer a necessidade de cada aluno existente na turma.
54
O nível de pensamento do aluno pode ser aferido tendo em conta a sua idade,
sendo:
Pensamento situativo: desde o nascimento aos 5 anos;
Pensamento empírico: entre os 4 a 12 anos de idade;
Pensamento teórico: a partir da adolescência.
Portanto, você deve ter em conta que na maior parte das vezes, o seu aluno do
ensino básico se encontra no nível empírico logo, na escolha dos meios
didácticos deve partir de algo que ele já teve contacto anterior no seu
quotidiano.
Os meios didácticos devem também responder ao comportamento e
desempenho do professor, nesse caso, você também é um dos factores
importantes para equilibrar os demais factores, de acordo com a sua
criatividade, potencialidades e limitações na operação de alguns meios. Para as
Ciências Naturais, o local da aula determina também a escolha de conteúdos, se
por exemplo, a aula for dada dentro da sala de aulas, os meios devem
corresponder a essa realidade mas, se esta for dada fora da sala, por exemplo,
através de uma excursão, os meios se encontram de forma expressiva no local
da excursão (pátio escolar, jardim zoológico, fábrica, praia, etc.) e você deverá
prestar atenção na selecção dos meios de registo e manipulação dos objectos,
fenómenos ou processos.
Agora preste atenção na figura que ilustra de forma resumida os factores para a
escolha dos meios didácticos:
55
Fonte: MÜLLER, 2005
Agora que você já sabe quais são as funções dos meios didácticos e
reflectiu também sobre os factores que influenciam na sua escolha, resolva
as seguintes actividades:
56
1. Com certeza que esta reflexão não pode deixar de trazer as questões de
Possíveis fundo relacionadas com as funções dos meios didácticos. Por isso,
57
objectos. A abstração usa a estratégia de simplificação, em que detalhes
concretos são deixados ambíguos, vagos ou indefinidos.
Como se pode observar na figura acima, os objectos reais têm um menor grau de
abstração do que os objectos representativos, sendo que, a palavra escrita, por
exemplo «planta» representa o maior grau de abstração, por isso não é
acoselhável ser usado como único meio didáctico.
58
A utilização dos meios didácticos nas aulas de Ciências Naturais é um
imperativo, se tomarmos em consideração a complexidade dos fenómenos
naturais que são tratados durante o processo de ensino-aprendizagem.
O modelo é usado quando não é possível obter os objectos reais para a sua
utilização nas aulas.
A B
59
Resumo Os meios didácticos são um instrumento para auxiliar o professor a
alcançar os objectivos previamente traçados e contribuem para a
redução do grau de abstração nos alunos;
Os meios didácticos têm várias funções, dentre elas a de motivação,
efectivação, representação, informação, organização e consolidação;
Para a escolha dos meios didácticos, o professor deve ter em conta os
seguintes factores: tipo de aluno, objectivos de ensino, tempo
disponível, número de alunos na turma, local do ensino, conteúdo de
aprendizagem, nível de pensamento do aluno e o seu próprio
desempenho didáctico;
Os meios didácticos podem ser classificados tendo em conta o seu
grau de abstração em objectos reais e objectos representativos. Os
objectos reais por sua vez, podem estar em conexão com a realidade
ou fora da conexão com a realidade e os objectos representativos
podem ser representações ou simbolizações.
60
Possíveis 1. Os meios didácticos são um instrumento para auxiliar o professor a
Respostas alcançar os objectivos previamente traçados e contribuem para a redução do
grau de abstração nos alunos
61
Bibliografia Básica da Unidade 2
1. LAKATOS, Eva M. e MARCONI, Marina A., Metodologia Científica,
São Paulo, Editora Atlas S.A., 1991;
62
Conteúdos
Organização do ensino
Unidade no 3: Organização do ensino das Ciências Naturais das Ciências Naturais
Lição no 1: Actividades Cognitivas dos Alunos
Fundamentos para a Planificação
Elaboração do Plano de aula
Lição no 2: Excursão
UNIDADE
3
Excursão Didáctica
Excursão Didáctica
Etapas da Planificação da Excursão
Importância da Excursão para Estudo das
Ciências Naturais
Propostas de Temas para Investigação
Pág. 64 - 63
63
o
Unidade n 3: Organização do ensino das Ciências Naturais
Introdução Bem vindo à terceira e última unidade temática. Nas primeiras duas unidades,
abordamos os elementos indispensáveis para o sucesso de uma aula. Para que
você tenha certeza de que a sua aula vai decorrer de forma produtiva, deve prever
todos os momentos da mesma, num diagrama denominado plano de aula.
Nesta unidade abordam-se os elementos importantes a ter em consideração para a
elaboração do plano de lição.
Esta unidade tem 2 lições. O tempo de leitura da unidade é de 80 minutos e o
tempo de resolução das actividades é de 120 minutos.
Objectivos
64
o
Lição n 1: Actividades Cognitivas dos Alunos
Introdução Nesta lição vamos tratar da planificação das aulas.
O plano de aulas é uma concretização ideal dos vários momentos do decurso de
uma aula.
O plano de aula permite eliminar dois dos grandes males que enfermam o ensino:
a rotina e a improvisação na sala de aulas.
Tempo
Terminologia
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Fundamentos para a Planificação
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Triângulo Pedagógico de Houssayes
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Professor
Professor
Professor
Professor
Aluno Saber Aluno Saber
A relação forte é entre o Aluno e Saber. O Presença muito forte do Professor, em que a
Professor exerce uma mediação ligeira, tal direcção do processo de ensino-aprendizagem
como para realçar actividades ou estabelecer é por ele conduzida.
uma ordem.
Segundo: PEREIRA, 2003 (adaptado)
O que me leva a O que devo A quem devo O que deve ser Como devo
PERGUNTAS
ensinar? ensinar? ensinar? aprendido? ensinar?
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Durante da aula:
Depois da aula:
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transformação e redução didáctica.
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Eis alguns modelos de esquema de plano de aula.
Modelo 1:
Quadro mural
Nesta parte do plano, você deve colocar a síntese dos conteúdos que devem ficar registados nos cadernos
dos alunos em forma de apontamentos. Estes conteúdos, devem ser estruturados tendo em conta todos os
aspectos didáctico-metodológicos anteriormente referidos. Muitas vezes, você poderá recorrer ao uso de
um dos três tipos de quadro mural: quadro mural do tipo texto, quadro mural do tipo desenho e tipo
combinado (texto+desenho). O quadro mural do tipo texto é caracterizado por textos referentes a algum
conteúdo que se pretende transmitir e o tipo desenho é caracterizado por desenhos de objectos,
feonómenos ou processos. No tipo combinado, você recorre aos dois tipos descritos acima.
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Modelo 2:
Quadro mural
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Em relação às funções didácticas é importante recordar que se trata de uma
reflexão das regularidades do processo de transmissão, direcção e aquisição que
inclui uma selecção e um decurso específico das actividades do professor e do
aluno (MÜLLER, 2005: 28).
Deve – se garantir uma interconexão entre as funções didácticas, uma vez que
durante a aula as actividades do professor e do aluno devem garantir a
aprendizagem através das actividades cognitivas. É importante ainda recordar
que não existe uma sequência fixa entre elas.
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conhecimentos em: indutivos e dedutivos.
Indutivos - baseia-se em experiências e observação de factos.
Dedutivos - inicia do geral para o particular e o professor apresenta conceitos e
com base nestes, tira as conclusões.
Podem ainda ser definidos segundo a fonte em: apresentação, trabalho conjunto e
trabalho independente do aluno.
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O processo pelo qual o professor elabora o plano de lição denomina-se
Resumo planificação da aula;
Planificação é a previsão das actividades lectivas do professor e do aluno;
Para elaborar o plano de lição, o professor deve responder a muitas
questões: antes, durante e depois da aula;
O plano de aula deve reflectir tanto aspectos científicos da disciplina de
Ciências Naturais assim como, os aspectos didáctico-metodológicos;
A redução didáctica é uma restrição e simplificação dos conteúdos
científicos;
Existem dois métodos de redução didáctica: redução didáctica sectorial e
redução didáctica estrutural;
A redução didáctica sectorial, consiste na apresentação do essencial do
aspecto científico e, na redução didáctica estrutural ocorre uma simplificação da
extensão e da complexidade dos objectos, fenómenos ou processos científicos;
Função didáctica é uma reflexão das regularidades do processo de
transmissão, direcção e aquisição que inclui uma selecção e um decurso
específico das actividades do professor e do aluno;
Método básico é a actividade do professor durante o processo de
assimilação de conhecimentos, desenvolvimento de capacidades/ habilidades e
convicções/atitudes, pelos alunos;
Os métodos básicos podem ser classificados segundo a lógica de
obtenção dos conhecimentos em: indutivos e dedutivos;
Tendo em conta a fonte, os métodos básicos podem ser definidos em:
apresentação, trabalho conjunto e trabalho independente do aluno.
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1. Na planificação é importante considerar os três momentos determinantes:
Possíveis antes, durante e depois da aula, sendo que, para a elaboração do plano é
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o
Lição n 2: Excursão
Introdução Nesta lição vamos tratar da planificação de uma excursão.
O estudo das Ciências Naturais não se esgota na sala de aula. Há necessidade de
entrar em contacto directo com a natureza para melhor entender os seus
complexos fenómenos e processos. Nesse âmbito surge a excursão como
complemento do aprendizado na sala de aulas.
Tempo
Terminologia
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Excursão Didáctica
Excursão Didáctica
A primeira tarefa que o professor deve realizar no âmbito da planificação da
excursão é sensibilizar a Direcção da Escola sobre a necessidade de uma
actividade lectiva a ser realizada fora da sala de aulas. Se a excursão for feita
numa área muito distante das imediações da escola, pode carecer ainda da
autorização dos pais e encarregados de educação dos alunos.
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Durante a visita do campo de estudo
Assegurar que todos os objectos estejam nos seus devidos lugares ou nos
lugares anteriores à visita;
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uma na sala de aula e a outra leccionada através de uma excursão numa
área propícia para o efeito. Na sala de aula não poderemos trazer todos
os elementos que contribuem para a formação do solo e, mesmo que
tenhamos pequenas amostras, estas por sua vez não nos poderão
oferecer todas as propriedades que queremos estudar. Em contrapartida,
no terreno, os nossos alunos podem observar as camadas ou horizontes
do solo, características de cada camada, as consequências das diversas
características, o nível de sedimentação, a fertilidade, entre outros
aspectos, com maior clareza.
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1. Na planificação é importante consider os três momentos
Possíveis determinantes: antes, durante e depois da aula, sendo que para a elaboração
Elaborar um plano de uma aula exploratória no pátio escolar. (Para esta actividade você deve
inicialmente elaborar um guião de observação, tomando como tema da aula: introdução ao
estudo das plantas).
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1. Para a resolução do primeiro trabalho de investigação, você deve ter
em conta a classificação dos objectivos tendo em conta o critério de
projecção, isto é, definir objectivos para uma unidade didáctica (objectivos
específicos). Recorde-se que deve criar equilíbrio dos objectivos na
perspectiva de Bloom (nível cognitivo, nível psicomotor e nível afectivo). Em
Notas seguida, com base nos conteúdos contidos no programa de ensino, seleccionar
aqueles que correspondam ao tema em questão (Unidade Didáctica -
Poluição) e registar no diagrama ou mapa de planificação analítica,
combinando, sempre que necessário, com os conteúdos do currículo local ou
oculto. Depois de terminar a planificação da Unidade, deve planificar em
seguida uma das aulas. Use como sugestão a última aula. Para tal, você terá
que preencher inicialmente o cabeçalho do esquema do plano (ver figuras 18 e
19 da Unidade III deste módulo). Na parte referente aos objectivos, deve ter
em conta o critério de projecção, isto é, definir objectivos para uma aula ou
fases dela (objectivos mais específicos), sendo indispensável a definição
equilibrada na perspectiva de Bloom (nível cognitivo, nível psicomotor e
nível afectivo). Em seguida, com base nos conteúdos contidos no seu plano
analítico, seleccionar aqueles que correspondam a última aula e registar no
diagrama do plano de aula. Combinar criteriosamente as funções didácticas,
métodos básicos, tempo para cada conteúdo e fases da aula, bem como definir
claramente as actividades do professor e do aluno. Finalmente, com base no
livro do aluno e/ou outras fontes bibliográficas, elaborar um resumo sobre o
conteúdo essencial necessário para o registo ou sistematização do aluno em
forma de quadro mural. A avaliação do trabalho será feita pelo tutor geral ou
de especialidade.
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o que devem fazer para não tomar a aula como um recreio e se distrairem do
essencial. No seu plano de aula, deverá ter preenchido o esquema do plano
(ver figuras 18 e 19 da Unidade III deste módulo), respeitando todos os
procedimentos descritos no exercício número 4 da lição anterior. Depois da
visita, activar os grupos previamente formados para fazerem o balanço da
mesma, observando o fluxo de informação entre os grupos e orientar para que
cada um deles sintentize a informação num relatório. A avaliação do trabalho
será feita pelo tutor geral ou de especialidade
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Bibliografia Básica da Unidade 3
1. COSTA, José António Marques, Educação Em Ciências: Novas Orientações
[disponível on line em www.ipv.pt/millenium/19_spec6.htm , artigo capturado em 02 de
Março de 2014];
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Bibliografia Geral
1. ARENDS, RichardI I. Aprender a Ensinar, s.l, Editora MacGraw-Hill, 1994;
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14. KOCHE, José Carlos. Fundamentos de Metodologia Cientifica. 14ªed. São Paulo,
Vozes, 1997;
15. LAKATOS, Eva M. e MARCONI, Marina A., Metodologia Científica, São Paulo,
Editora Atlas S.A., 1991;
16. LAU, Francisco Apό et al. La enseñanza de las Ciencias Naturales en la escuela
primaria, Cuba, Editorial Pueblo y Educaciόn, 2004;
17. LIBÂNEO, J. Didáctica, São Paulo, Cortez Editora, 1992;
18. MARTINS, Hélder , Metodologia de Aprendizagem por Solução de Problemas,
Vol. II, Maputo, Editorial Milénio, 2000;
19. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 10 Regras Fáceis para Educar , in Ministério
da Educação, Contacto, 10 Regras Fáceis para Educar- Demostre afecto
incondicional pelo seu filho, vol. 30, Maputo , 2003;
20. Ministerio de Educaciόn. Hacia una didáctica de la asignatura el mundo en que
vivimos. Cuba, Editorial Pueblo y Educaciόn, 2001.
21. MÜLLER, Susann, Didáctica das Ciências Naturais, 1ª Edição, Maputo, Texto
Editores, 2005;
25. PATO, Maria Helena, Trabalho de Grupo no Ensino Básico- Guia prático para
professores, 3ª Edição, Lisboa, Texto Editora, 2001
26. PEREIRA, José Luís, História e Ensino de História, in Contacto: Valorizar a
aula, Eduacação para todos, Maputo, MINED, 2003;
27. PILETTI, Claudino. Didáctica Geral, São Paulo, Editora Atica; 2004;
28. PLANCHARD, Emile. Conhecer, Compreender e Ajudar os Alunos; Coimbra,
Coimbra Editora, 1979;
29. SOUSSAN, Georges, COMO ENSINAR AS CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS?:
Didática e Formação, Brasília, ©UNESCO, 2003.
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