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Departamento de Química
Bioquímica Experimental
Ribeirão Preto/SP
2019
1. OBJETIVOS
2. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Preparou-se uma bateria de tubos de ensaio nos quais foram mantidas constantes as
concentrações de tampão, substrato e enzima, variando apenas o pH do tampão utilizado. Foram
calculados os volumes utilizados de tampão, substrato, água e enzima para que o volume final
fosse 1,0 mL, segundo o protocolo indicado na tabela 1. As soluções estoque utilizadas foram:
tampão de citrato de sódio de diferentes valores de pH (200 mmol/L), substrato pNFF (20
mmol/L) e a enzima fosfatase ácida (100 ng/mL).
Em intervalos de 1 minuto foi adicionada a quantidade de enzima calculada em cada tubo,
deixando reagir por 30 minutos e então interrompendo cada reação adicionando 1,0 mL de
NaOH 1 mol/L. A base foi adicionada pois desnatura a enzima e transforma o substrato p-
nitrofenilfosfato (pNFF) em p-nitrofenol (amarelo) e fosfato inorgânico. O p-nitrofenol pode ser
dosado espectrofotometricamente, obtendo-se as absorbâncias apresentadas também na tabela 1,
medidas no comprimento de onda 410 nm:
2
Utilizando a lei de Lambert-Beer (A = εbc), foi possível calcular a concentração da
-1 -1
enzima, sabendo que o coeficiente de extinção molar é de 17600 M cm e o caminho óptico é
de 1 cm. A concentração foi calculada para 2,0 mL, volume final do tubo, para determinar a
quantidade de enzima em μmols por cada tubo. Em seguida, a velocidade foi calculada dividindo
a quantidade em μmols no tubo pelo tempo de reação, que no caso deste experimento, foi de 30
minutos para todas as reações. Por fim, obteve-se a quantidade de p-nitrofenolato formado por
quantidade de enzima, ou seja, a atividade enzimática (U/mL) e (U/mg), levando em
-6
consideração que no tubo havia 0,1 mL e 10 ng (10 x 10 mg) de enzima. Os resultados
encontrados estão registrados na tabela 2.
𝐴 1𝐿 𝑛
𝑐= ⇒ 𝑛 = 𝐶µmol /L 𝑥 2,0 𝑚𝐿 𝑥 ⇒ 𝑣=
17600 𝑀−1 𝑐𝑚−1 𝑥 1 𝑐𝑚 1000 𝑚𝐿 30 𝑚𝑖𝑛
𝑈 𝑣 𝑈 𝑣
= =
𝑚𝐿 0,1 𝑚𝐿 𝑚𝑔 10 𝑥 10−6 𝑚𝑔
Tabela 2 - velocidade das reações e quantidade de produto formado por quantidade de enzima
3
250
200
150
U/mg
100
(U/mg)
50
0
0 2 4 6 8
pH
Assim como no experimento anterior, preparou-se uma bateria de tubos de ensaio nos quais
foram mantidas constantes as concentrações de tampão e enzima, variando apenas a
concentração do substrato pNFF. Foram calculados os volumes utilizados de tampão, substrato,
água e enzima para que o volume final fosse 1,0 mL, segundo o protocolo indicado na tabela 3.
4
As soluções estoque utilizadas foram: tampão de citrato de sódio (200 mmol/L), pH 5.5;
substrato pNFF (20 mmol/L, 2 mmol/L e 1 mmol/L); e a enzima fosfatase ácida (100 ng/mL).
A enzima foi adicionada ao tubo em intervalos de 1 minuto foi e a reação foi interrompida no
tempo determinado para cada tubo, adicionando 1,0 mL de NaOH 1 mol/L. Assim como no
experimento anterior, o mesmo produto p-nitrofenol foi obtido e pode ser dosado
espectrofotometricamente, obtendo-se as absorbâncias apresentadas também na tabela 3,
medidas no comprimento de onda 410 nm:
𝐴 1𝐿 𝑛
𝑐= ⇒ 𝑛 = 𝐶µmol /L 𝑥 2,0 𝑚𝐿 𝑥 ⇒ 𝑣=
17600 𝑀−1 𝑐𝑚−1 𝑥 1 𝑐𝑚 1000 𝑚𝐿 30
5
Tabela 4 - concentração de enzima em cada tubo e velocidade de cada reação
1 0,05 0,039 2,22 0,00443 1,48 x 10-4 6769 20,0 338 0,00295
2 0,07 0,062 3,52 0,00704 2,35 x 10-4 4258 14,2 298 0,00335
3 0,10 0,085 4,82 0,00966 3,22 x 10-4 3106 10,0 310 0,00322
4 0,15 0,140 7,95 0,0159 5,30 x 10-4 1886 6,67 283 0,00354
-4
5 0,20 0,179 10,2 0,0203 6,78 x 10 1475 5,0 295 0,00339
-3
6 0,40 0,270 15,3 0,0307 1,02 x 10 978 2,50 391 0,00256
7 0,50 0,294 16,7 0,0334 1,11 x 10-3 898 2,00 449 0,00223
8 1,00 0,313 17,8 0,0356 1,19 x 10-3 843 1,00 843 0,00118
9 2,00 0,377 21,4 0,0428 1,42 x 10-3 700 0,50 1400 0,000714
-3
10 5,00 0,365 20,7 0,0415 1,38 x 10 723 0,20 3616 0,000276
0,0016
0,0014
0,0012
v (μmol/L.min)
0,001
0,0008
0,0006
0,0004
0,0002
0
0 1 2 3 4 5 6
[pNFF] (mmol/L)
6
8000
y = 296,7x + 919,5
7000
R² = 0,975
6000
5000
1/v
4000
3000
2000
1000
0
0 5 10 15 20 25
1/[pNFF]
4000
3500 y = 673,2x + 185,0
R² = 0,994
3000
2500
[pNFF]/v
2000
1500
1000
500
0
0 1 2 3 4 5 6
[pNFF]
0,0016
0,0014
0,0012
0,001
0,0008
v
0,0006
y = -0,346x + 0,001
0,0004
R² = 0,744
0,0002
0
0 0,001 0,002 0,003 0,004
v/[pNFF]
7
Observa-se pela curva da figura 2 que se mantendo fixa a quantidade de enzima e se
aumentando gradativamente a concentração de substrato, a velocidade da reação aumenta
progressivamente até certo ponto, e a partir daí v0 não apresenta variações significativas, mesmo
que sejam adicionadas grandes quantidades de substrato. Considera-se, nesta situação que v0
aproxima-se de seu valor máximo (vmáx), indicando que todas as enzimas estão com substrato
ligado aos seus sítios ativos.
Uma reação catalisada por uma enzima pode ser descrita por um modelo que considera
duas reações elementares, nas quais o substrato forma um complexo com a enzima que,
subsequentemente, decompõe- se nos produtos e na enzima, de acordo com a equação:
aproxima-se assintoticamente a vmáx. Na prática, entretanto, é muito difícil obter o valor de vmáx
com precisão a partir dos gráficos de v x [S], como na figura 2 (VOET, 2013).
Quando v0 = ½ vmáx, tem-se que:
1 𝑣𝑚á𝑥 [𝑆] 1 1
𝑣𝑚á𝑥 = ⇒ 𝐾𝑀 + 𝑆 = 𝑆 ⇒ 𝐾𝑀 = [𝑆]
2 𝐾𝑀 + [𝑆] 2 2
-3
Assim, pela análise da curva da figura 2, assumindo que vmáx seja 1,43 x 10 μmol/min, sua
-3
metade será 0,71x 10 μmol/min. A partir da estimativa gráfica, tem-se que a concentração de
8
Um método melhor para determinar os valores de vmáx e KM, que foi formulado por Hans
Lineweaver e Dean Burk, usa a recíproca da equação de Michaelis-Menten (VOET, 2013):
1 𝐾𝑀 1 1
= +
𝑣0 𝑣𝑚á𝑥 𝑆 𝑣𝑚á𝑥
1
= 919,5 ⇒ 𝑣𝑚á𝑥 = 1,09𝑥10−3 𝜇𝑚𝑜𝑙. 𝑚𝑖𝑛−1
𝑣𝑚á𝑥
𝐾𝑀 𝐾𝑀
= 296,7 ⇒ = 296,7 ⇒ 𝐾𝑀 = 0,323 mmol/𝐿
𝑣𝑚á𝑥 1,09𝑥10−3
[𝑆] 1 𝐾𝑀
= [𝑆] +
𝑣0 𝑣𝑚á𝑥 𝑣𝑚á𝑥
𝐾𝑀 𝐾𝑀
= 185,0 ⇒ = 185,0 ⇒ 𝐾𝑀 = 0,275 mmol/𝐿
𝑣𝑚á𝑥 1,48𝑥10−3
𝑣0
𝑣0 = − 𝐾𝑀 + 𝑣𝑚á𝑥
[𝑆]
9
Os valores de vmáx e KM encontrados por cada método foram reunidos na tabela 5. Os
valores de KM obtidos por cada método são próximos, com pequenas diferenças devido às
condições experimentais. O método de Hanes foi o que apresentou melhor linearidade.
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3. CONCLUSÕES
enzimas estão com substrato ligado aos seus sítios ativos. A constante de Michaelis (KM) foi
calculada através de quatro diferentes métodos, que apresentaram valores próximos a 0,3
mmol/L.
4. REFERÊNCIAS
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