Este documento fornece um gabarito com respostas para questões de direito constitucional. As questões abordam tópicos como soberania estatal, formação de novos estados, natureza do poder constituinte originário e controle de constitucionalidade no Brasil.
Descrição original:
Trabalho B2 - Constitucional 30042021 - Profº Cleber Medina
Título original
Trabalho B2 - Constitucional 30042021 - Profº Cleber Medina
Este documento fornece um gabarito com respostas para questões de direito constitucional. As questões abordam tópicos como soberania estatal, formação de novos estados, natureza do poder constituinte originário e controle de constitucionalidade no Brasil.
Este documento fornece um gabarito com respostas para questões de direito constitucional. As questões abordam tópicos como soberania estatal, formação de novos estados, natureza do poder constituinte originário e controle de constitucionalidade no Brasil.
10 -A Obs.: Respostas estarão em Vermelho e Negrito
1 - (Questão 18 - ENADE/2018) No Estado Moderno, a soberania vem sendo
apontada como elemento essencial à leitura do Estado, tendo sido de excepcional importância para que este se definisse, exercendo grande influência prática nos últimos séculos, sendo ainda uma característica fundamental do Estado. É, pois, de grande interesse o seu estudo, que deverá ser iniciado através da verificação dos precedentes históricos que explicam o seu aparecimento. DALLARI, D. A. Elementos de Teoria Geral do Estado. São Paulo: Saraiva, 2017 (adaptado). A partir das informações do excerto, assinale a opção correta.
A) Os sistemas de proteção aos direitos humanos preconizam a prevalência da soberania estatal sobre a soberania pessoal. B) O cidadão é um meio para que o Estado atinja sua finalidade maior, que é gerar o bem comum à sociedade, devido à prevalência da soberania nacional. C) A soberania estatal brasileira deve prevalecer em face da jurisdição da Corte Interamericana de Direitos Humanos, segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal. D) A soberania nacional indica que o ordenamento jurídico nacional não se submete ao internacional quando isso não for conveniente para a manutenção de um Estado forte e autodeterminado. E) A soberania estatal pode e deve ser exercida em contraposição aos direitos humanos, mesmo que o Estado tenha aderido voluntariamente à jurisdição de uma Corte Internacional de Direitos Humanos.
2 - (Questão 11 Exame XXVII) Após cumprimento de todas as formalidades constitucionais e legais exigíveis, o Estado Alfa se desmembra (desmembramento por formação), ocasionando o surgimento de um novo Estado-membro: o Estado Beta. Preocupados com a possibilidade de isso influenciar nas grandes decisões políticas regionais, um grupo de cidadãos inicia um movimento exigindo a imediata elaboração de uma Constituição para o novo Estado Beta. Os líderes políticos locais, sem maiores conhecimentos sobre a temática, buscam assessoramento jurídico junto a advogados constitucionalistas, sendo-lhes corretamente informado que, segundo a inteligência do sistema jurídico-constitucional brasileiro,
A) com a criação do Estado Beta no âmbito da República Federativa do Brasil, passou este a fazer parte do pacto federativo, subordinando-se tão somente à Constituição Federal, e não a qualquer outra constituição. B) tendo passado o Estado Beta a ser reconhecido como um ente autônomo, adquiriu poderes para se estruturar por meio de uma Constituição, sem a necessidade desta se vincular a padrões de simetria impostos pela Constituição Federal. C) pelo fato de o Estado Beta ter sido reconhecido como um ente federado autônomo, passa a ter poderes para se estruturar por meio de uma Constituição, que deverá observar o princípio da simetria, conforme os padrões fixados na Constituição Federal. D) o reconhecimento do Estado Beta como um ente federado autônomo assegurou-lhe poderes para se estruturar por meio de uma Constituição, cujo texto, porém, não poderá se diferenciar daquele fixado pela Constituição Federal.
3 - (Questão 10 - ENADE/2018) A autoridade máxima da Constituição,
reconhecida pelo constitucionalismo, vem de uma força política capaz de estabelecer e manter o vigor normativo do texto. Essa magnitude que fundamenta a validez da Constituição, desde a Revolução Francesa, é conhecida com o nome de poder constituinte originário. Como o poder constituinte originário traça um novo sentido e um novo destino para a ação do poder político, ele será mais nitidamente percebido em momentos de viragem histórica. MENDES, G. F.; BRANCO, P. G. G. Curso de direito constitucional. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2018 (adaptado). A partir do excerto apresentado, avalie as afirmações a seguir. I. O poder constituinte originário existe para ordenar e limitar juridicamente os poderes do Estado. II. O poder constituinte originário é ilimitado, visto que o povo outorga liberdade irrestrita para que o legislador originário estabeleça uma nova Constituição, conferindo a Estado a forma de direito que lhe aprouver. III. Uma das características da natureza jurídica do poder constituinte originário é ser ele incondicionado, não se sujeitando a formas prefixadas para operar, bem como não estando vinculado às convenções anteriores que formavam a base da ordem jurídica revogada.
É correto o que se afirmar em
A I, apenas. B II, apenas. C I e III, apenas. D II e III, apenas. E I, II e III.
4 - (Questão 16 Exame XXIX) Em 2005, visando a conferir maior estabilidade e
segurança jurídica à fiscalização das entidades dedicadas à pesquisa e à manipulação de material genético, o Congresso Nacional decidiu discipliná-las por meio da Lei Complementar X, embora a Constituição Federal não reserve a matéria a essa espécie normativa. Posteriormente, durante o ano de 2017, com os avanços tecnológicos e científicos na área, entrou em vigor a Lei Ordinária Y prevendo novos mecanismos fiscalizatórios a par dos anteriormente estabelecidos, bem como derrogando alguns artigos da Lei Complementar X. Diante da situação narrada, assinale a afirmativa correta. A) A Lei Ordinária Y é formalmente inconstitucional, não podendo dispor sobre matéria já tratada por Lei Complementar, em razão da superioridade hierárquica desta em relação àquela. B) Embora admissível a edição da Lei Ordinária Y tratando de novos mecanismos a par dos já existentes, a revogação de dispositivos da Lei Complementar X exigiria idêntica espécie normativa. C) A Lei Complementar X está inquinada de vício formal, já que a edição dessa espécie normativa encontra-se vinculada às hipóteses taxativamente elencadas pela Constituição Federal de 1988. D) A Lei Complementar X, por tratar de matéria a respeito da qual não se exige a referida espécie normativa, pode vir a ser revogada por Lei Ordinária posterior que verse sobre a mesma temática.
5 - (Questão 17 Exame XXVII) O Procurador-Geral de Justiça resolve
representar perante o Tribunal de Justiça, solicitando intervenção estadual no Município Alfa, sob a alegação de que esse ente federado tem violado frontalmente diversos princípios, de reprodução obrigatória, indicados na Constituição Estadual. Com base na hipótese narrada, assinale a afirmativa correta. A) A intervenção estadual no Município Alfa pode ser decretada, ex officio, pelo Governador de Estado, independentemente da representação. B) A intervenção estadual no Município Alfa dependerá de provimento do Tribunal de Justiça requisitando ao Governador de Estado que decrete a referida medida. C) A intervenção estadual não é possível, pois, devido à sua natureza excepcional, o rol previsto na Constituição da República não contempla a violação a princípios. D) A intervenção estadual no Município Alfa, após o acolhimento da representação pelo Tribunal de Justiça, ainda dependerá do controle político da Assembleia Legislativa Estadual.
6 - (Questão 28 – ENADE/2018) Há, no Brasil, duas sortes de controle de
constitucionalidade das leis: o controle por via de exceção e o controle por via de ação. A aplicação da via de exceção, unicamente pelo recurso extraordinário, a princípio, e, a seguir, também pelo mandado de segurança, configura o momento liberal das instituições pátrias, volvidas preponderantemente, desde a Constituição de 1891, para a defesa e salvaguarda dos direitos individuais. Sem a presença dessa inspiração tão forte, tão individualista, tão liberal, o país jamais teria chegado a cimentar o alicerce de um controle jurisdicional. A ação direta de inconstitucionalidade, dentro do sistema brasileiro de controle jurisdicional das leis, representa, desde a Constituição de 1946, um importantíssimo instrumento de proteção da Carta Magna, mais volvido tão somente para a tutela do direito objetivo, mediante o exame, em tese, da inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo federal ou estadual, sendo competente para processar e julgar originariamente essa ação o Supremo Tribunal Federal (STF). BONAVIDES, P. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Malheiros Editores, 2017 (adaptado). A partir dessas informações, assinale a opção correta em relação às especificidades do modelo de controle concentrado de constitucionalidade adotado no Brasil. A) O recurso extraordinário é o meio adequado de impugnação perante o controle concentrado federal. B) Os estados-membros da Federação não têm prerrogativa para exercer o controle concentrado de constitucionalidade. C) As decisões do STF são condicionadas à causa de pedir, devendo nelas ser apontado o fundamento constitucional violado. D) Os efeitos dados às decisões desse modelo de controle são erga omnes e, consequentemente, geram súmulas vinculantes. E) Os efeitos dados às decisões desse modelo de controle são ex tunc, em regra, podendo ser modulados em razão do interesse público.
7 - (Questão 16 Exame XXVII) O Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão
definitiva de mérito proferida em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade, declarou inconstitucional determinada lei do Estado Alfa. Meses após a referida decisão, o Estado Sigma, após regular processo legislativo e sanção do Governador, promulga uma lei estadual com teor idêntico àquele da lei federal que fora declarada inconstitucional pelo STF. Com base no ordenamento jurídico-constitucional vigente, assinale a afirmativa correta. A) As decisões proferidas em sede de controle concentrado, como no caso da Ação Direta de Inconstitucionalidade, gozam de efeitos erga omnes e vinculam o Poder Legislativo e o Poder Executivo; logo, a inconstitucionalidade da lei do Estado Sigma pode ser arguída em reclamação ao STF. B) A norma editada pelo Estado Sigma, ao contrariar decisão definitiva de mérito proferida pela Suprema Corte, órgão de cúpula do Poder Judiciário ao qual compete, precipuamente, a guarda da Constituição, já nasce nula de pleno direito e não produz quaisquer efeitos. C) A decisão definitiva de mérito proferida pelo STF em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade não possui efeito vinculante, razão pela qual inexiste óbice à edição de lei estadual com teor idêntico àquele de outra lei estadual que fora declarada inconstitucional pela Suprema Corte. D) A referida decisão proferida pelo STF, declarando a inconstitucionalidade da lei do Estado Alfa, apenas vincula os demais órgãos do Poder Judiciário e a administração pública direta e indireta, não o Poder Legislativo em sua função típica de legislar; logo, pode ser proposta nova ADI.
8 - (Questão 12 Exame XXVII) O Estado Y, bastante conhecido pela exuberância de suas praias, que atraem milhares de turistas todos os anos, edita lei estadual impedindo a pesca de peixes regionais típicos, ameaçados de extinção, e limitando o transporte marítimo de passageiros. A partir da hipótese narrada, nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil, assinale a afirmativa correta.
A) O Estado Y possui competência legislativa concorrente com a União para dispor sobre pesca, mas poderá legislar sobre transporte e navegação marítima, caso Lei Complementar federal o autorize. B) O Estado Y tem competência comum com os demais entes federados para legislar sobre a matéria; logo, a lei estadual é constitucional. C) A lei editada pelo Estado Y é inconstitucional, porque compete privativamente à União legislar sobre a proteção do meio ambiente e o controle da poluição. D) A lei editada pelo Estado Y é inconstitucional, porque trata de pesca e navegação marítima, que são de competência exclusiva da União, apesar de o Estado Y ter competência privativa para legislar sobre meio ambiente.
9 - (Questão 13 Exame XXX) As chuvas torrenciais que assolaram as regiões
Norte e Nordeste do país resultaram na paralisação de serviços públicos essenciais ligados às áreas de saúde, educação e segurança. Além disso, diversos moradores foram desalojados de suas residências, e o suprimento de alimentos e remédios ficou prejudicado em decorrência dos alagamentos. O Presidente da República, uma vez constatado o estado de calamidade pública de grande proporção, decretou estado de defesa. Dentre as medidas coercitivas adotadas com o propósito de restabelecer a ordem pública estava o uso temporário de ambulâncias e viaturas pertencentes ao Município Alfa. Diante do caso hipotético narrado, assinale a afirmativa correta. A) A fundamentação empregada pelo Presidente da República para decretar o estado de defesa viola a Constituição de 1988, porque esta exige, para tal finalidade, a declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira. B) Embora seja admitida a decretação do estado de defesa para restabelecer a ordem pública em locais atingidos por calamidades de grandes proporções da natureza, não pode o Presidente da República, durante a vigência do período de exceção, determinar o uso temporário de bens pertencentes a outros entes da federação. C) O estado de defesa, no caso em comento, viola o texto constitucional, porque apenas poderia vir a ser decretado pelo Presidente da República caso constatada a ineficácia de medidas adotadas durante o estado de sítio. D) A União pode determinar a ocupação e o uso temporário de bens e serviços públicos, respondendo pelos danos e custos decorrentes, porque a necessidade de restabelecer a ordem pública em locais atingidos por calamidades de grandes proporções da natureza é fundamento idôneo para o estado de defesa.
10 - (Questão 09 - ENADE/2018) Quando a si própria se designa como 'pura'
teoria do Direito, isto significa que ela se propõe a garantir um conhecimento apenas dirigido ao Direito e excluir desse conhecimento tudo quanto não pertença ao seu objeto, tudo quanto não se possa, rigorosamente, determinar como Direito. Quer isto dizer que ela pretende libertar a ciência jurídica de todos os elementos que lhe são estranhos. KELSEN, H. Teoria pura do direito. São Paulo: Martins Fontes, 2003 (adaptado). Considerando-se o excerto apresentado e o pensamento de seu autor, é correto afirmar que o fato de a teoria designar a si própria como pura teoria do direito pressupõe que ela
A) garante um conhecimento científico e neutro do direito, considerado em sua totalidade como norma, fato e valor. B) tem como base de análise o plano normativo, do dever ser, para permitir a construção de um modelo ideal de direito. C) tem por objeto de estudo o direito em sua autonomia, afastando-se de outros objetos de estudo e do sincretismo metodológico. D) apresenta concepção de base científica, o que garante que o direito seja compreendido a partir da sua universalidade e necessidade, aproximando-se ao método científico das ciências da natureza. E) detém autonomia científica, embora isso não impeça eventuais conexões com a moralidade, o que é importante para permitir que o direito atenda a demandas complexas das sociedades contemporâneas.
A irretroatividade das futuras novas sanções disciplinares do vindouro Código de Ética e Disciplina: da Polícia Militar do Estado de São Paulo em relação às transgressões disciplinares praticadas antes do início da vigência das novas normas repressivas
A repartição constitucional de competências na Constituição Federal de 1988: estudos intensos para a OAB e concursos públicos com base na jurisprudência do STF