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Fernandópolis, SP
2015
ii
Fernandópolis, SP
2015
iii
Assinatura do aluno:
Data:
iv
v
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente à Deus, por conseguir vencer mais essa etapa na minha
vida e por estar sempre me guiando.
Aos meus familiares, pela torcida e pelo apoio: pai, irmãos, tios, primos, e em especial
aos meus avós: Inocêncio e Maria.
Ao Prof. Me. Marcelo Rodrigo de Matos Pedreiro, pela confiança, amizade, orientação
e principalmente pela paciência.
A todos os professores da Universidade Camilo Castelo Branco – Unicastelo, que me
fizeram crescer em conhecimento e também como pessoa, durante esses cinco anos
de convívio e aprendizado.
Agradeço aos meus amigos, que sempre me incentivaram e apoiaram, em todos os
momentos.
vii
RESUMO
Terças de aço formadas a frio são muito utilizadas em sistemas de cobertura e
fechamento. Com esse crescimento surge também uma grande necessidade de
métodos de cálculos que auxiliem e ajudem a avaliar corretamente o desempenho
estrutural. Baseando-se nesta necessidade, o presente trabalho propõe o
desenvolvimento de uma planilha computacional que automatiza o processo de
cálculo dos esforços resistentes dos perfis U enrijecidos formados a frio, obtidos a
partir de dobragem a frio (em temperatura ambiente) de chapas de aço, avaliados
como terças bi-apoiadas e submetidos a flexão, segundo as recomendações da ABNT
NBR 14672/2010. Além das verificações de segurança, a seguinte planilha permite
também o cálculo das características geométricas do perfil U enrijecido, conforme
estabelecido pela ABNT NBR 6355/2012, e perfis não padronizados, deixando a critério
do projetista à escolha de qualquer perfil que deseja-se utilizar. Como no
dimensionamento manual deve ser feito as verificações e atender a todas as condições
de segurança de um perfil, no caso de resultados negativos, deve ser substituído e
repetido todos os cálculos novamente, verificando se atende as condições de
segurança. A planilha torna o dimensionamento, um trabalho menos cansativo e
trabalhoso para o usuário, uma vez que o processo otimiza o tempo.
ABSTRACT
Cold-formed steel purlins are widely used in roofs and wall systems. Because of this
increasing, it raises the necessity of methods of calculus which help to evaluate the
structural performance correctly. Based on the necessity, this paper proposes the
development of a computational spreadsheet which automates the process of
calculus of resistant efforts of U cold-formed steel, obtained from bending, in room
temperature, steel plates which assessed as beams bi supported are subjected to
simple bending, according to the recommendations of ABNT NBR 14762:2010.
Besides securiy checks, this spreadsheet also allows the calculus of geometric
characteristics of U hardened profiles, as established by ABNT NBR 6355:2012, and
nonstandard profiles, allowing the draftsman to choose any profile he or she wants.
As in the manual dimensioning, all checks must be done and all safety conditions
must be met. If the verifications aren’t met, the calculus must be replaced and
repeated, checking if the safety conditions are met. The spreadsheet makes the
dimensioning of U hardened profiles a less tiring and toilsome activity, since this
process optimizes the time.
bw - largura nominal da
alma
c - comprimento, na direção longitudinal da barra, de atuação da força
concentrada
cm - largura do enrijecedor de borda referente à linha média da
seção
fu - resistência à ruptura do aço na tração fy
- resistência ao escoamento do aço
fya - resistência ao escoamento do aço modificada, considerando o trabalho
a frio
fyc - resistência ao escoamento do aço na região das dobras do
perfil
fyf - resistência ao escoamento do aço, média, para as partes planas
do perfil
k - coeficiente de flambagem local do elemento
kl - coeficiente de flambagem local para a seção completa
kv - coeficiente de flambagem local por cisalhamento
r - raio de giração da seção bruta
re - raio externo de dobramento
ri - raio interno de dobramento
r0 - raio de giração polar da seção bruta em relação ao centro de torção
rx - raio de giração da seção bruta em relação ao eixo principal x ry
- raio de giração da seção bruta em relação ao eixo principal y t
- espessura da chapa ou do elemento
Xm - distância do centróide em relação à linha média da alma, na direção
do eixo x
x0 - distância do centro de torção ao centróide, na direção do eixo x y0
- distância do centro de torção ao centróide, na direção do eixo y
- coeficiente de ponderação das ações ou das resistências, em geral
ldist - índice de esbeltez reduzido associado à flambagem distorcional
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
RESUMO...................................................................................................................viii
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS .................................................. x
LISTA DE TABELAS .................................................................................................xiv
LISTA DE FIGURAS.................................................................................................. xv
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 19
1.1 Breve Histórico ............................................................................................. 19
1.2 Propriedades do aço .................................................................................... 20
1.3 Processo de fabricação................................................................................ 21
2. OBJETIVOS........................................................................................................ 23
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 24
3.1 Definição ...................................................................................................... 24
3.2 Métodos de produção dos perfis .................................................................. 25
3.3 Efeito do dobramento na resistência do perfil .............................................. 26
3.4 Emprego dos Perfis Formados a Frio........................................................... 27
3.5 Definições segundo a norma ABNT NBR 14762/2010................................. 29
3.6 Segurança e estados-limites ........................................................................ 30
3.7 Análise estrutural ......................................................................................... 30
3.8 Instabilidade do Perfil ................................................................................... 31
4. CÁLCULO DAS CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DE PERFIS U
ENRIJECIDOS SEGUNDO A ABNT NBR 6355/2012 ............................................... 32
4.1 Dimensões Básicas...................................................................................... 35
4.1.1 Perfil U Enrijecido – Características Geométricas .................................... 35
5. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................. 37
6. DIMENSIONAMENTO DE TERÇAS SUBMETIDAS À FLEXÃO SIMPLES
SEGUNDO ABNT NBR 14762:2010 ......................................................................... 38
6.1 Barras Fletidas ............................................................................................. 38
6.2 Generalidades.............................................................................................. 38
6.3 Momento fletor ............................................................................................. 39
6.3.1 Início do escoamento da seção efetiva ..................................................... 39
6.3.2.1 Cálculo da força de flambagem N para perfis U enrijecidos ................... 45
6.3.3 Flambagem distorcional ............................................................................ 46
6.3.3.1 Procedimento simplificado para o cálculo da flambagem distorcional ...... 47
6.3.3.1.1 Introdução ............................................................................................... 48
6.3.3.1.1 Metodologia de análise e procedimento ................................................ 50
6.3.3.1.2 Exemplo de cálculo................................................................................ 55
xviii
1. INTRODUÇÃO
As formas mais utilizadas de metais ferrosos são o aço, o ferro forjado, e o ferro
fundido, sendo o aço, o mais importante deles atualmente.
O aço e o ferro fundido, são ligas de ferro e carbono, com outros
elementos, que são de dois tipos: residuais decorrentes do processo de fabricação,
como manganês, fósforo, silício e enxofre, e elementos adicionados para fins de
21
2. OBJETIVOS
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 Definição
Os perfis formados a frio (PFF) são perfis obtidos a partir da dobragem a frio
de chapas. São dobradas chapas com espessuras mínimas de 0,4mm, e
25
estabelecido por norma, no máximo de 8mm, apesar que, pode-se ter perfis
formados a frio com chapas de até 19mm (CARVALHO, et al. 2014).
O que destaca na ideia principal dos PFF, é na sua simplicidade de
produção, o que traz grande vantagem desse tipo de perfil, podendo afirmar que os
perfis formados a frio serão, para um extenso leque de aplicação, o perfil do futuro,
num pais que ainda está em desenvolvimento (CARVALHO, et al. 2014).
Figura 4 - Perfiladeira
Fonte: CARVALHO, et al. (2014)
Identificar um perfil formado a frio é fácil, basta passar o dedo em algum de seus
cantos. Se o canto for arredondado, este é um perfil formado a frio, pois ao
pressionar a chapa em uma prensa dobradeira, por mais afiado que seja a punção
da prensa, ele dobrará com um raio de dobramento, formando um arco de dobras.
É onde se define como raio interno de dobramento. (CARVALHO, et al. 2014)
A análise estrutural tem como objetivo determinar os efeitos das ações nas
estruturas, bem como o seu comportamento sob a ação de tais esforços,
efetuando assim, as verificações para os estados-limites últimos e de serviço.
O objetivo da análise estrutural é que ela deve ser feita com base em um
modelo realista, que permita apresentar a resposta da estrutura, considerando as
deformações causadas pelos esforços solicitantes. (FÁVERO NETO, 2013)
31
Os perfis de aço formados a frio (PFF) possuem uma boa relação entre a
inércia/massa, podendo na maioria das vezes ganhar inércia com as formas
geométricas, gerando assim grande eficiência estrutural. (FÁVERO NETO, 2013)
Por se tratar de perfis formados a partir do dobramento das chapas, as
chapas utilizadas para sua execução possuem espessuras baixas, geralmente
entre 0,4mm e 8,00mm. Justamente por possuírem espessuras tão baixas, os
perfis são mais suscetíveis ao fenômeno de instabilidade, e no caso de perfis U
enrijecidos, que é um perfil de seção aberta, também é baixíssimo a resistência a
torção. (FÁVERO NETO, 2013)
Os fenômenos de instabilidade estão ligados as configurações dos eixos
das barras ou dos elementos que compõem sua seção transversal. Os elementos
que podemos associar são as mesas, almas e enrijecedores. Por isso, pode-se
definir três grandes grupos de instabilidade: instabilidades globais, locais e
distorcionais. (FÁVERO NETO, 2013)
Figura 14 - Modos de instabilidade em PFF. (a) Modo global (FLT). (b) Modo local. (c) Modo
distorcional. Fonte: (FÁVERO NETO, 2013)
instabilidade: por flexão, torção e flexo-torção. No caso de terças, que são vigas
submetidas à flexão, o modo mais crítico é de flexo-torção, que origina a
flambagem lateral com torção (FLT). A FLT é um modo de instabilidade que ocorre
em vigas fletidas em torno do eixo de maior inercia (FÁVERO NETO, 2013).
Instabilidade local é associada a deformação dos elementos que compõem
a barra. Este modo leva em conta a redução dos elementos do perfil isoladamente.
No caso de perfis monossimétricos ou com dupla simetria, submetidos à flexão,
pode ocorrer a instabilidade local na mesa, na alma ou no enrijecedor de borda
(FÁVERO NETO, 2013).
Instabilidade distorcional é associado a mudança da forma geométrica da
seção, ocorrendo deslocamento e rotação entre os elementos. A distorção só
ocorre em perfis que possuem enrijecedores, como no caso de perfis do tipo U e Z
enrijecidos. A norma brasileira ABNT NBR 14762:2010 não apresenta uma
expressão analítica simples e segura para a determinação do momento crítico de
flambagem distorcional, sendo dependente de analises por métodos de elementos
finitos (EF), faixas finitas (FF) ou teoria generalizada de vigas (GBT) (FÁVERO
NETO, 2013).
Os perfis formados a frio, podem ser criados pelo projetista, e devem ter suas
características geométricas determinadas, que ao contrário dos perfis laminados,
são padronizados e tem suas características geométricas padronizadas
(CARVALHO, et al. 2014).
As hipóteses e simplificações adotadas para o cálculo das propriedades
geométricas estão relacionadas abaixo:
>6,3mm;
e) emprego do “método linear”, isto é, todo o material é admitido como
concentrado na linha média da seção (linha esqueleto) e os elementos são
tratados como linhas retas (parte plana) ou curvas (dobras), exceto no
cálculo de Cw e da posição do centro de torção (CT) onde as dobras são
consideradas como cantos retos. Os valores assim obtidos são
multiplicados pela espessura t, de maneira a obter as propriedades
geométricas de interesse;
f) para o perfil, o eixo x é o eixo paralelo à mesa ou aba.
a) Dimensões Básicas:
A = bw − 2(r + 0,5t)
am= bw − t
r = r + 0,5t
34
u = 1,571r
u = 0,785r
35
4.1Dimensões Básicas:
= ( +2 +2 +4 )
2
= [ (0,5 + )+( + )( + 2 )] + 0,5
3a b + c (6a − 8c )
x =b + x − 0,5t
a + 6a b + c (8c − 12a c + 6a )
I = 0,333t (a + 2b + 2c + 4u )
36
⎡ 2a + 3a b + 48c + 112b c + 8a c ⎤
a b t ⎢+48a b c + 12a c + 12a b c + 6a c ⎥
C =
12 ⎢ 6a b + (a + 2c ) − 24a c ⎥
⎢ ⎥
⎣ ⎦
37
5. MATERIAIS E MÉTODOS
6.2 Generalidades
MSd MRd
onde
1 Informação fornecida por Paulo Roberto Marcondes de Carvalho via e-mail, em Maio de 2015.
39
M = W f /γ ( = 1,10)
onde
W =W para p 0,673
,
W = W 1− para p 0,673
,
λ =
Ml = kl ( )( /)
W
40
Tabela 1 - Coeficiente de flambagem local kl para a seção completa em barras sob flexão simples em
torno do eixo de maior inércia (Fonte: ABNT NBR 14762:2010)
Caso a
kℓ = η ,
(0,1 ≤ η ≤ 1,0)
Seção U enrijecido e Seção Z enrijecido
Caso b
As expressões a seguir são válidas para 0,2 ≤ η ≤ 1,0 e para os valores de µ
indicados
kℓ = a−b(µ − 0,2)
a= 81 − 730η + 4261η − 12304η + 17919η − 12796η + 3574η
b=0 para 0,1 ≤ µ ≤ 0,2 e 0,2 ≤ η ≤ 1,0
b=0 para 0,2 < µ ≤ 0,3 e 0,6 < η ≤ 1,0
b = 320 − 2788η + 13458η − 27667η + 19167η para 0,2 < µ ≤ 0,3 e 0,2 ≤ η ≤ 0,6
Seção tubular retangular com solda de costura continua
(para seção tubular retangular formada por dois perfis U simples ou U enrijecido com solda de
costura intermitente, kℓ deve ser calculado para cada perfil isoladamente).
Caso c
Tabela 2 - Valores do coeficiente de flambagem local kl da seção completa em barras sob flexão
simples em torno do eixo de maior inércia (Fonte: ABNT NBR 14762:2010)
M = W , f /γ ( = 1,10)
onde
W. =W para ≤ 0,673
43
,
W, =W 1− para > 0,673
,
λ =
ℓ
Ml = kl ( )( /)
W
,
λ =
,
M =C r N N
44
Coeficiente Cb
,
C = ,
Figura 16 - Definição de Cb
Fonte: CARVALHO, et al. (2014)
A força axial de flambagem global elástica dos perfis U enrijecidos que são
monossimétricos, cujo o eixo x é o eixo de simetria, é dado pelas equações de a) e
b):
N =
N = ( )
+ GJ
onde
,
r = r +r +x +y
46
M = (γ = 1,10)
onde
=1 para λ ≤ 0,673
,
= 1− para λ > 0,673
,
λ = wf /M
Para barras com seção U enrijecido e seção Z enrijecido, sob flexão simples
em torno do eixo de maior inércia, se a relação D/bw for igual ou superior aos
valores indicados na Tabela 3, a verificação da flambagem distorcional pode ser
dispensada.
47
Tabela 3 - Valores mínimos da relação D/bw de seções do tipo U enrijecido e Z enrijecido sob flexão
simples em torno do eixo de maior inércia, para dispensar a verificação da flambagem distorcional
(Fonte: ABNT NBR 14762:2010).
bw/t
bf/bw
250 200 125 100 50
0,4 0,05 0,06 0,10 0,12 0,25
0,6 0,05 0,06 0,10 0,12 0,25
0,8 0,05 0,06 0,09 0,12 0,22
1,0 0,05 0,06 0,09 0,11 0,22
1,2 0,05 0,06 0,09 0,11 0,20
1,4 0,05 0,06 0,09 0,10 0,20
1,6 0,05 0,06 0,09 0,10 0,20
1,8 0,05 0,06 0,09 0,10 0,19
2,0 0,05 0,06 0,09 0,10 0,19
NOTA 1 bf, bw e D são as dimensões nominais dos elementos, conforme indicado
nas figuras da Tabela 1.
NOTA 2 Para valores intermediários, interpolar linearmente.
6.3.3.1.1 Introdução
bw/t e bf/bw. Na flexão, para a maioria dos perfis usualmente utilizados, a relação
D/bw resulta abaixo do valor mínimo proposto na tabela de dispensa da análise da
flambagem distorcional, indicado na ABNT NBR 14762:2010, o que se faz
necessário calcular o momento fletor resistente associado à flambagem distorcional.
No entanto, conforme já citado, a norma não apresenta uma formulação que permita
se fazer tal cálculo manualmente, sendo necessário utilizar programas de
computador para a análise da flambagem distorcional (MALITE; GROSSI, 2013).
M = (γ = 1,10)
onde
=1 para λ ≤ 0,673
,
= 1− para λ > 0,673
,
λ = wf /M
, ,
α = 0,001 (fy em MPa) Eq. (1)
A partir desta função foi ajustada uma função polinomial, pelo método dos
52
6355:2012, que são os perfis usuais no mercado brasileiro, a formula proposta (eq.
2) por (MALITE; GROSSI, 2013) conduziu a resultados sempre a favor da
segurança, com desvio máximo de 18% (figura 22).
Também é apresentado na figura 22 a relação entre resultados obtidos pela
fórmula proposta (eq. 2) por (MALITE; GROSSI, 2013) e resultados experimentais
de perfis U enrijecidos submetidos à flexão conduzidos por Yu e Schafer (2006). Foi
observado um desvio máximo de 20% com exceção à um único resultado, todos os
outros resultados são a favor da segurança.
, , , ,
α = 0,001 = 0,001 = 0,62
, ,
= 1− = 1− , ,
= 0,70
Descrição δa
L /180b
Travessas de fechamento
L /120c d
L /180 e
Terças de coberturag
L /120 f
Vigas de cobertura g L /250 h
Vigas de piso L /350 h
Vigas que suportam pilares L /500 h)
Galpões em geral e edifícios de um pavimento: H /300
— Deslocamento horizontal do topo dos pilares em relação à base H /400 i
— Deslocamento horizontal do nível da viga de rolamento em
relação à base
Edifícios de dois ou mais pavimentos:
— Deslocamento horizontal do topo dos pilares em relação à base H /400
— Deslocamento horizontal relativo entre dois pisos consecutivos H /500 j
a
L é o vão teórico entre apoios ou o dobro do comprimento teórico do balanço, H
é a altura total do pilar (distância do topo à base) ou a distância do nível da viga
de rolamento à base, h é a altura do andar (distância entre centros das vigas de
dois pisos consecutivos ou entre centros das vigas e a base no caso do primeiro
andar).
b
Deslocamento paralelo ao piano do fechamento (entre linhas de tirantes, caso
eles existam).
c
Deslocamento perpendicular ao piano do fechamento.
d
Considerar apenas as ações variáveis perpendiculares ao plano de fechamento
(vento no fechamento) com seu valor característico.
e
Considerar combinações raras de serviço, utilizando-se as ações variáveis
de mesmo sentido que o da ação permanente.
f
Considerar apenas as ações variáveis de sentido oposto ao da ação
permanente (vento de sucção) com seu valor característico.
g
Deve-se também evitar a ocorrência de empoçamento, com atenção especial aos
telhados de pequena declividade. Caso haja paredes de alvenaria sobre ou sob
uma viga, solidarizadas com essa viga, o deslocamento vertical também não deve
exceder a 15 mm.
h
O diferencial do deslocamento horizontal entre pilares do pórtico que
suportam as vigas de rolamento não pode superar 15 mm.
i
Tornar apenas o deslocamento provocado pelas forças cortantes no
andar considerado, desprezando-se os deslocamentos de corpo rígido
provocados pelas deformações axiais dos pilares e vigas.
Segundo a ABNT NBR 14762:2010 o índice de elbeltez KL/r das barras comprimidas
não deve exceder 200.
59
7.1 Introdução
7.2 A Planilha
Figura 27 - Definição dos dados da terça analisada e dos comprimentos de flambagem Kx.Lx,
Ky.Ly e Kz.Lz
Fonte: (Próprio autor)
7.2.3 Cálculo
7.2.5 Relatório
8 EXEMPLO DE CÁLCULO
Figura 31 - Exemplo 1
Fonte: CARVALHO, et al. (2014)
= 605,75 = 0,231
= 71,79 = 5890,40
= 9,87 = 9,86
= 2,20 = 5,34
= 60,58
68
b 75 D 25
η= = = 0,375 ∴ µ = = = 0,125
b 200 b 200
a = 27,011
π E
M = 27,01. . 60,58 ; M = 5192,69 kN. cm
20,0
12(1 − v )
0,265
60,58.35,00
λ = ∴ λ = 0,639
5192,69
, ,
W = ,
1− ,
= 62,16 cm
Figura 32 - Determinação do Cb
Fonte: CARVALHO, et al. (2014)
69
12,5∙16,00
C = ∴ C = 1,30
2,5∙16,00+3∙7,00+4∙12,00+3∙15,00
= ∙ ∙ ∙
∙ ∙ ,
= ∴ = 354,27
1 ∙ ∙ 5890,4
= + 0,385 ∙ ∙ 0,231 ∴ = 317,29
9,86 200
, ∙ ,
= ,
= 0,702
b 75 D 25
η= = = 0,375 ∴ µ = = = 0,125 ∴ b = 0
b 200 b 200
a = 27,011
π E
M = 27,01. . 60,58
20,0
12(1 − v )
0,265
M = 5192,69 kN. cm
∙ ∙ , ∙ , ∙ ,
= = ,
= 0,625
, ,
= ,
∙ 1− ,
∴ = 62,81
∙ , ∙ , ∙ , ∙ ,
M = ,
= ,
= 1847 kN. cm
70
Figura 33 - Exemplo 2
Fonte: CARVALHO, et al. (2014)
71
5.0,0043. 762
=
384. . 340,11
= 2,78
=
180
= 4,23
d) Resultados:
RELATÓRIO DE CÁLCULO
1- PERFIL ESCOLHIDO
Ue 200 x 75 x 25 x 2,65
1.1.1- Dimensões
bw = 200 mm
bf = 75 mm
D = 25 mm
tn = 2,65 mm
1.1.2- Eixo x
Ix = 621,67 cm⁴
Wx = 62,17 cm³
rx = 7,83 cm
xg = 2,33 cm
x0 = 5,67 cm
1.1.3- Eixo y
Iy = 78,69 cm⁴
Wy = 15,3 cm⁴
ry = 2,79 cm⁴
2- AÇO
2.1- Aço escolhido: COS-CIVIL 350
2.1.1- Propriedades do aço estrutural:
fy = 350 MPa
fu = 490 MPa
E = 200000 MPa
ν = 0,3
G= 7700 MPa
78
a = 27,01 μ = 0,13
b = 0,00 ɳ = 0,38
kℓ = 27,01
Mℓ = 5329,01 kN.cm
λp = 0,64
Wef = Wx para λp < 0,673
Ney= 388,34 kN
Nez= 336,21 kN
2.2- Fator de modificação para momento fletor não uniforme, que pode ser tomado igual a
1,0 a favor da segurança.
2.2.1- Momento fletor de flambagem global elástica (FLT - Flambagem lateral com torção)
λ₀= 0,68
X FLT= 1,11*(1-0,278X²) para 0,6 < λ₀ < 1,336
XFLT= 0,97
2.4- Coeficiente de flambagem local kℓ para a seção completa em barras sob flexão
simples em torno do eixo de maior inércia - (Tabela 12 - Caso b).
a = 27,01 μ = 0,13
b = 0,00 ɳ = 0,38
kℓ = 27,01
Mℓ = 5329,01 kN.cm
λp = 0,63
Wef = Wx para λp < 0,673
2.6- Momento fletor resistente de cálculo referente à flambagem lateral com torção.
("Para análise da flambagem distorcional desta planilha foi utilizado fórmulas aproximadas
(semi-empíricas), que permite cálcular diretamente o momento fletor resistente de cálculo
(MRd) associado à flambagem distorcional sem a necessidade do cálculo do momento
fletor de flambagem distorcional elástica (Mdist).")
Para barras com seção U enrijecido e seção Z enrijecido, sob flexão simples em torno do
eixo de maior inércia, se a relação D/bw for igual ou superior aos valores indicados na
Tabela 14, a verificação da flambagem distorcional pode ser dispensada.
α= 0,24
80
Xdist= 0,87
Portanto, tomando o momento fletor resistente de cálculo como o menor dos valores
calculados:
MRd= 1900,10 kN.cm
4- DESLOCAMENTOS MÁXIMOS
Para a determinação da flecha limite da terça analisada, foi utilizado segundo a Tabela 1
(ANEXO), para terças de cobertura a seguinte verificação (L/180).
9. CONCLUSÕES
Nota-se que os valores apresentados pela planilha deste trabalho, coincidem com
os resultados do exercício resolvido por CARVALHO et al (2014), o que garante a
confiabilidade da planilha.
No projeto de estruturas metálicas, o dimensionamento é um pouco
diferente do procedimento para sistemas estruturais como de Concreto Armado,
Madeira e Concreto Protendido, que se define os elementos a partir de uma
solicitação (combinações de ações).
No caso das estruturas metálicas, desde a NBR 8800, os procedimentos
apresentados para o cálculo estrutural consistem de cálculos bastante
trabalhosos e de aspectos interativos, onde as características geométricas do
elemento, na maioria das operações, é um parâmetro utilizado. A norma brasileira
ABNT NBR 14762:2010, a característica das equações nela apresentada reforça
este teor. O dimensionamento de estruturas metálicas, assume o procedimento
de verificação das condições de segurança de um perfil, e no caso de não
atender a resistência solicitada, sua substituição e repetição dos cálculos deve
ser feito novamente.
A utilização de perfis U enrijecidos como terças submetidos a flexão
simples para este trabalho, é justificada pela questão de que a região em que
estamos, no interior de São Paulo, a utilização maciça de perfis U enrijecidos em
terças é quase permanente em todas as estruturas metálicas, raros os casos que
se utiliza outro tipo de perfil.
A elaboração desta planilha, tornou a análise e o dimensionamento de
terças metálicas um trabalho menos cansativo e árduo ao engenheiro de
estruturas metálicas, além de auxiliar os alunos da disciplina de “Estruturas
Metálicas”, oferecida pelo curso de engenharia civil da Universidade Camilo
Castelo Branco – UNICASTELO, o desenvolvimento e comparação de mais
exemplos práticos, uma vez que a planilha otimiza o tempo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS