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Prefeitura Municipal de Heliópolis

1 Quinta-feira • 25 de Junho de 2015 • Ano II • Nº 414


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Prefeitura Municipal de
Heliópolis publica:

 Lei N° 410/2015, de 23 de Junho de 2015 – Objeto: Aprova o Plano


Municipal de Educação – PME do Município de Heliópolis, em
consonância com a Lei nº 13.005/2014 que trata do Plano Nacional de
Educação – PNE.

Gestor - Ildefonso Andrade Fonseca / Secretário - Governo / Editor - Ass. Comunicação


Heliópolis - BA

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Quinta-feira
25 de Junho de 2015
2 - Ano II - Nº 414
Heliópolis
Leis

PODER EXECUTIVO MUNICIPAL


PREFEITURA MUNICIPAL DE HELIOPOLIS
Praça José Dantas de Souza, s/n – Centro, Heliópolis – Bahia
CEP: 48.445-000 CNPJ: 13.393.178/0001-91 Tel. (75) 3593-2180
GABINETE DO PREFEITO

LEI N° 410/2015, DE 23 DE JUNHO DE 2015.

Aprova o Plano Municipal de Educação


– PME do Município de Heliópolis, em
consonância com a Lei nº 13.005/2014
que trata do Plano Nacional de
Educação - PNE e dá outras
providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE HELIÓPOLIS, Estado da Bahia, faz saber que


a Câmara Municipal de Vereadores decreta e eu sanciono e promulgo
a seguinte Lei:

Art. 1º É aprovado o Plano Municipal de Educação – PME, com


duração de 10 (dez) anos, a contar da publicação desta Lei, na
forma do Anexo, com vistas ao cumprimento do disposto no art. 214
da Constituição Federal.
Art. 2º São diretrizes do PME:
I – erradicação do analfabetismo;
II – universalização do atendimento escolar;
III – superação das desigualdades educacionais, com ênfase
na promoção da cidadania e na erradicação de todas as
formas de discriminação;
IV – melhoria da qualidade do ensino;
V – formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase
nos valores morais e éticos em que se fundamenta a
sociedade;
VI – promoção do princípio da gestão democrática da
educação pública;
VII – promoção humanística, científica, cultura e
tecnológica do País;
VIII – estabelecimento de meta de aplicação de recursos
públicos em educação como proporção do Produto Interno

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PREFEITURA MUNICIPAL DE HELIOPOLIS
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GABINETE DO PREFEITO

Bruto – PIB, que assegure atendimento às necessidades de


expansão, com padrão de qualidade e equidade;
IX - valorização dos (as) profissionais da educação;
X - promoção dos princípios de respeito aos direitos
humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.

Art. 3º As metas previstas no Anexo desta Lei deverão ser


cumpridas no prazo da vigência do PME.
Art. 4º O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os
orçamentos anuais do Município deverão ser formulados de maneira a
assegurar a consignação de dotações orçamentárias compatíveis com
as diretrizes, metas e estratégias do PME, a fim de viabilizar sua
plena execução.
Art. 5º O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB será
utilizado para avaliar a qualidade do ensino a partir dos dados de
rendimento escolar apurados pelo censo da educação básica,
combinados com os dados relativos ao desempenho dos estudantes
apurados na avaliação nacional do rendimento escolar ou outro
índice que venha sucedê-lo.
Parágrafo Único - Estudos desenvolvidos e aprovados pelo MEC na
construção de novos indicadores, a exemplo dos que se reportam à
qualidade relativa ao corpo docente e à infraestrutura da educação
básica, poderão ser incorporados ao sistema da avaliação deste
plano.
Art. 6º O Município, em articulação e integração com o Estado, a
União e a sociedade civil e política, procederá à avaliação
periódica de implementação do Plano Municipal de Educação de
Heliópolis e sua respectiva consonância com os planos Estadual e
Nacional.
§ 1º O Poder Legislativo, com a participação da sociedade civil e
política, organizada e por intermédio da Comissão de Educação da
Câmara de Vereadores, Conselho Municipal de Educação e Fórum

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GABINETE DO PREFEITO

Municipal de Educação, acompanharão a execução do Plano Municipal


de Educação.
§ 2º A primeira avaliação do PME realizar-se-á durante o segundo
ano de vigência desta Lei, cabendo à Câmara de Vereadores aprovar
as medidas legais decorrentes, com vistas às correções de
eventuais deficiências e distorções.
§ 3º O Conselho Municipal e o Fórum Municipal de Educação:
I – Acompanhará a execução do PME e o cumprimento de suas metas.
II – Promoverá a conferência municipal de educação.
§ 4º A Conferência Municipal de Educação realizar-se-á com
intervalo de até 4 anos entre elas, com intenção de fornecer
elementos para o PNE e também refletir sobre o processo de
execução do PME.
Art. 7º O Fórum Municipal de Educação terá a representação dos
segmentos a seguir: Conselho Municipal de Educação, Conselho de
Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB, Conselho de
Alimentação Escolar, Prefeitura Municipal, Câmara de Vereadores,
Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de
Planejamento, Administração e Finanças, Departamento Pedagógico,
Direção Escolar, Controladoria Interna e Sindicato dos Servidores
Públicos Municipais de Heliópolis.
Art. 8º Caberá ao gestor municipal à adoção das medidas
governamentais necessárias para o alcance das metas previstas no
PME.
Parágrafo único. As estratégias definidas no anexo desta lei não
eliminam a adoção de medidas adicionais em âmbito local ou de
instrumento jurídicos que formalizem a cooperação entre os entes
federados.
Art. 9º O Município elaborou o seu PME em consonância com as
diretrizes, metas e estratégias, previstas no PNE, Lei nº
13.005/2014.
§ 1º O Município demarcou em seu PME estratégias que:

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GABINETE DO PREFEITO

I - Asseguram articulação das políticas educacionais com as demais


políticas sociais e culturais;
II- Consideram as necessidades específicas da população do campo,
assegurando a equidade educacional e a diversidade cultural;
III- Garantem o atendimento das necessidades específicas na
educação especial, assegurando o sistema educacional inclusivo em
todos os níveis, etapas e modalidades;
IV- Promovem a articulação intersetorial na implementação das
políticas educacionais.
Art. 10º Os Poderes do Município deverão empenhar-se em divulgar o
Plano aprovado por esta Lei, bem como na progressiva realização de
suas metas e estratégias, para que a sociedade o conheça
amplamente e acompanhe sua implementação.
Art. 11º Até o final do primeiro semestre do nono ano de vigência
deste PME, o poder executivo encaminhará à Câmara de Vereadores,
sem prejuízos das prerrogativas desse poder, o projeto de lei
referente ao Plano Municipal de Educação a vigorar no período
subsequente, que incluirá diagnóstico, diretrizes, metas e
estratégias para o próximo decênio.
Art. 12º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 13º Revogam-se as disposições em contrário.

Gabinete do Prefeito Municipal de Heliópolis (BA), em 23 de junho


de 2015.

Ildefonso Andrade Fonsêca


Prefeito Municipal

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Heliópolis

PREFEITURA MUNCIPAL DE HELIÓPOLIS

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO,


CULTURA, ESPORTE E LAZER

PLANO MUNICIPAL DE
EDUCAÇÃO
2015-2025

HELIÓPOLIS
2015
1

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PREFEITO

IDELFONSO ANDRADE FONSECA

VICE-PREFEITO

JOSÉ GAMA NEVES

SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

JOSÉ QUELTON ALMEIDA SANTOS

GRUPO COLABORATIVO
JOSÉ QUELTON ALMEIDA SANTOS
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

MARIA DE JESUS ANDRADE


REPRESENTANTE DO CONSELHO M. DE EDUCAÇÃO

GILVAN JESUS DOS SANTOS


REPRESENTANTE DO CONSELHO ESCOLAR

GICELMA FERREIRA DOS SANTOS SOUZA


REPRESENTANTE DE DIRETOR DA
ESCOLA DA REDE PÚBLICA

MEYRE JANE ROSÁRIO DOS SANTOS


REPRESENTANTE DE PROFESSOR DA
EDUCAÇÃO BÁSICA

GILVANDIO ALVES DOS SANTOS –


REPRESENTANTE DO SINDICATO DE
PROFESSORES

FABIANO DANTAS SILVA


REPRESENTANTE DO CONSELHO DO FUNDEB

RONALDO DE SANTANA SANTOS


REPRESENTANTE DO PODER LEGISLATIVO

RENATA SORAIA SANTOS SOUZA


REPRESENTANTE DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

VERALUCIA PEREIRA DE SANTANA


REPRESENTANTE DA EDUCAÇÃO PRIVADA

EDILENE DE JESUS ANDRADE


REPRESENTANTE DE PAIS

RENAN VIEIRA TAVARES


REPRESENTANTE DE ESTUDANTES

BRUNO CESAR RODRIGUES CARDOSO

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Heliópolis

REPRESENTANTE DA EDUCAÇÃO ESTADUAL


COMISSÕES REPRESENTATIVAS

COMISSÃO REPRESENTATIVA DA EDUCAÇÃO INFANTIL

COMISSÃO REPRESENTANTIVA DO ENSINO FUNDAMENTAL

COMISSÃO REPRESENTATIVA DO ENSINO MÉDIO

COMISSÃO REPRESENTATIVA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

COMISSÃO REPRESENTANTIVA DA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA

COMISSÃO REPRESENTATIVA DA EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL

COMISSÃO REPRESENTATIVA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO BÁSICA

COMISSÃO REPRESENTATIVA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)

COMISSÃO REPRESENTATIVA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE NÍVEL MÉDIO

COMISSÃO REPRESENTIVA DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

COMISSÃO REPRESENTATIVA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

COMISSÃO REPRESENTATIVA DA GESTÃO DEMOCRÁTICA DO ENSINO


PÚBLICO

COMISSÃO REPRESENTATIVA RECURSOS FINANCEIROS PARA A


EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO

COMISSÃO REPRESENTATIVA DA SAÚDE ALIMENTAR NA ESCOLA

COMISSÃO REPRESENTATIVA DA CULTURA, ESPORTE E LAZER

COMISSÃO REPRESENTATIVA DE AVALIAÇÃO

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

EJA - Educação de Jovens e Adultos

FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

LDB – Lei de Diretrizes e Bases

PAR - Plano de Ações Articuladas

PME – Plano Municipal de Educação

PAMEH - Plano de Ações e Metas da Educação de Heliópolis

PNE – Plano Nacional de Educação

UNEB - Universidade do Estado da Bahia

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LISTA DE FOTOS
Foto 1: Praça da Igreja, Rua da prefeitura, Açude..............................................................15

Foto 2: Atual Praça da Igreja Sagrado Coração de Jesus ..................................................16

Foto 3: Vista aérea parte da atual Heliópolis ......................................................................17

Foto 4: Mapa do Estado da Bahia, destacando o município de Heliópolis ..........................17

Foto 05: Festa de São Pedro ............................................................................................27

Foto 06: à direita Luiz Gonzaga 1988 .................................................................................27

Foto 07: Dança de Roda Tijuco .........................................................................................27

Foto 08: Quadrilha ...............................................................................................................28

Foto 09: Tradicional Festa do Carro de Boi ........................................................................28

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01. População do Município de Heliópolis ...........................................................19

Tabela 02. Informações sobre o Município de Heliópolis ...................................................20

Tabela 03. Estabelecimentos de saúde por tipo e localização ...........................................21

Tabela 04. Dados sobre Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) ..................................22

Tabela 05. Desenvolvimento Humano, períodos 1991, 2000 e 2010 .................................22

Tabela 06. Evolução da matrícula da Educação Infantil no município de Heliópolis-BA por


dependência administrativa e localização, período 2010 a 2013 ........................................35

Tabela 7. Frequencia por ano de nascimento segundo o Município residente ...................36

Tabela 8. Taxa de escolarização da Educação Infantil do município (2013) ......................36

Tabela 09. Taxa de Escolarização da Educação Infantil do Município de Heliópolis, por


localização 2013. ...............................................................................................................36

Tabela 10. Evolução das matrículas do Ensino Fundamental no Município de Heliópolis,


por dependência administrativa e localização 2010/2014...................................................42

Tabela 11. Nível educacional da população de 6 a 14 anos, 1991 e 2000 .........................42

Tabela 12. Matrícula do ensino fundamental do Município de Heliópolis, por idade e série.
Rede Municipal (2014) .......................................................................................................43

Tabela 13. Taxa de Rendimento – Rede Municipal ............................................................51

Tabela 14. Matrícula Inicial do Ensino Médio no Município de Heliópolis, por dependência
administrativa e localização 2011/2014 ............................................................................ 533

Tabela 15. Taxas de Rendimento do Ensino Médio – Rede Estadual ................................53

Tabela 16 - Desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem ) 2009.................54

Tabela 17. Matrículas da Educação Especial no Município de Heliópolis, por necessidade e


nível de ensino ...................................................................................................................59

Tablea 18. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica ( IDEB ) no Ensino


Fundamental 2005/2013 ....................................................................................................70

Tabela 19. Matrícula Inicial na Educação de Jovens e Adultos no município Heliópolis, por
dependência administrativa e localização ( 2011/2014) .....................................................76

Tabela 20 - Nível Educacional da População Jovem, (1991, 2000 e 2010) ......................76

Tabela 21 - Nível Educacional da População Adulta com mais de 25 anos, 1991, 2000 e
2010 ...................................................................................................................................76

Tabela 22. Funções docentes por Localização e Formação – Rede Municipal (2014) ......85
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Tabela 23. Número de professores e coordenadores na rede Municipal, Estadual e


Particular, por nível de formação em 2014. ........................................................................86

Tabela 24. Profissionais em educação, por nível de escolaridade na Rede Municipal em


2015. ..................................................................................................................................87

Tabela 25. Profissionais em educação, por situação funcional na Rede Municipal em


2015. ..................................................................................................................................88

Tabela 26 - Número de Escolas por Etapa de Ensino – Rede Estadual .............................91

Tabela 27 - Número de Escolas por Etapa de Ensino – Rede Municipal ............................91

Tabela 28 - Número dos estabelecimentos escolares de Educação Báscia do Município de


Heliópolis, por dependência administrativa e etapas de ensino..........................................91

Tabela 29. Outras receitas com o setor educacional do município de Heliópolis,


administrativa pela prefeitura (2010/2014) .........................................................................98

Tabela 30. Recursos aplicados em Educação pelo governo municipal de Heliópolis, por
nível ou modalidade de ensino 2010 a 2013 ......................................................................98

Tabela 31. Despesa com educação do município de Heliópolis por categoria e elemento de
despesa 2010 a 2013.........................................................................................................99

Tabela 32. Receita e aplicação dos recursos recebidos do FUNDEB no município de


Heliópolis de 2010 a 2013 ................................................................................................ 100

Tabela 33. Aplicação no Ensino Fundamental – Exercício 2013 (Em R$) ........................100

Tabela 34. Recursos da Educação no PPA (2010/2013) .................................................101

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01: ............................................................................................................. 30

Quadro 02: ............................................................................................................. 31

Quadro 03: ............................................................................................................. 32

Quadro 04: ............................................................................................................. 32

Quadro 05: ............................................................................................................. 47

Quadro 06: ............................................................................................................. 79

Quadro 07: ............................................................................................................. 80

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01: .............................................................................................................. 79

Gráfico 02: .............................................................................................................. 80

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................... 12

2 ANÁLISE SITUACIONAL DO MUNICÍPIO E DA EDUCAÇÃO......... 13

2.1 ANÁLISE SITUACIONAL DO MUNICÍPIO.......................................... 13

2.1.1 Caracterização do Município............................................................ 14

2.1.1.1 Aspectos Históricos............................................................................. 14

2.1.1.2 Aspectos Geográficos.......................................................................... 17

2.1.1.3 Aspectos Demográficos....................................................................... 18

2.1.1.4 Aspectos Socioeconômicos................................................................. 21

2.1.1.5 Aspectos Culturais............................................................................... 25

2.1.1.6 Infraestrutura Material......................................................................... 29

2.2 ANÁLISE SITUACIONAL DA EDUCAÇÃO......................................... 34

2.2.1 Níveis da Educação: Educação Básica e Superior....................... 34

2.2.1.1 Etapas da Educação Básica.............................................................. 34

2.2.1.2 Educação Infantil................................................................................. 34

2.2.1.3 Ensino Fundamental............................................................................ 40

2.2.1.4 Ensino Médio.......................................................................................


49

2.3 MODALIDADES E DESAFIOS DA EDUCAÇÃO ................................ 56

2.3.1 Educação Especial............................................................................ 56

2.3.2 Política de Alfabetização ............................................................. 61

2.3.3 Educação em Tempo Integral.......................................................... 65

2.3.4 Qualidade da Educação Básica....................................................... 68

2.3.5 Educação de Jovens e Adultos (EJA)............................................. 73

2.3.6 Educação Profissional de Nível Médio............................................ 78

2.4 EDUCAÇÃO SUPERIOR .................................................................... 81

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2.4.1 Ensino Superior ............................................................................... 81

2.5 VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO................. 83

2.6 GESTÃO DEMOCRÁTICA DO ENSINO PÚBLICO............................ 90

2.7 RECURSOS FINANCEIROS PARA A EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO. 97

2.7.1 Investimento Público em Educação................................................ 97

3 DIRETRIZES, METAS E ESTRATÉGIAS DO PME............................ 102

3.1 DIRETRIZES, METAS E ESTRATÉGIAS DO PME............................ 102

4 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PME............................... 128

REFERÊNCIAS................................................................................... 129

ANEXOS ............................................................................................. 130

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1. INTRODUÇÃO

“Ai de nós, educadores, se deixarmos de sonhar os


sonhos possíveis. E, o que eu quero dizer com sonho
possível? Na verdade, há sonhos impossíveis e o
critério de possibilidade ou impossibilidade dos sonhos
é um critério histórico-social e não individual. O sonho
impossível hoje torna-se possível amanhã”

Paulo Freire

Educar é tarefa que supõe concepções estruturadas e explícitas de


educação, escola, professor, aluno, currículo, prática pedagógica e avaliação.

Neste momento, o que se busca é deixar claro, embora em síntese, as


concepções pretendidas para sedimentar os comportamentos político-
administrativos e, sobretudo, político-pedagógicos na construção da educação no
Município de Heliópolis.

A Rede Municipal de Ensino de Heliópolis busca trabalhar na perspectiva


da “Escola Cidadã”, percorrendo um caminho de originalidade nos diferentes
momentos históricos de sua construção. Ao longo do tempo, manteve-se fiel aos
princípios de uma política democrática de educação, que investe na construção de
uma escola autônoma, de qualidade.

O Processo de construção e desenvolvimento de qualquer sociedade, a


formação da identidade cultural de um povo, a consciência social dos indivíduos, o
exercício político da cidadania, intrinsecamente estão relacionados com um
aspecto fundamental de nossa vida social: a educação.

Não entendemos sociedade/democracia/educação dissociadas. Elas se


entrelaçam e se completam, agem em consonância com as necessidades do
mundo atual, preparando seus componentes e dotando-os dos qualitativos
essenciais à continuação da humanidade.

Partindo desse princípio, serão implementadas políticas públicas para


construir e consolidar um projeto moderno e próprio, comprometido com a
transformação social e educacional do nosso município.
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18 - Ano II - Nº 414
Heliópolis

O debate instalado entre os grupos colaborativos municipais indicou que


eram muitos os obstáculos e desafios a serem enfrentados na educação do
município. Com uma investigação reflexiva e crítica à construção deste trabalho foi
significativo, assegurando oportunidades de experiências de aprendizagens que
desafiem o potencial criativo, incorporem avanços científicos e tecnológicos e
desencadeiem a paixão pela descoberta, estabelecendo a mediação necessária,
com o mundo cultural daqueles que procuram a escola pública de qualidade.

A participação da sociedade na apresentação das propostas, na


expressão dos desejos, no debate e na aprovação das proposições foi de
fundamental importância na elaboração e na construção deste Plano Municipal de
Educação.

Sabemos que o Plano Decenal de Educação do Município de Heliópolis


expressa os compromissos que os educadores e o governo municipal devem
promover e garantir no município, pois representa a preocupação e a necessidade
de se fazer projetos modernos e desenvolvimento autossustentável, comprometido
com a transformação social, além de assegurar a cidadania para todos e progresso
para o município, como também de atingir os objetivos e metas previstas no
Compromisso Todos pela Educação, constituindo-se como uma das prioridades do
Governo Municipal. O presente documento, assim idealizado e executado pela
municipalidade heliopolense, encaminhará as políticas públicas educacionais
através da Secretaria Municipal de Educação para o próximo decênio 2015 a 2025.
O município, com mais esta iniciativa, vislumbra um tempo de progresso e
cidadania na educação. Relembrando a célebre frase do saudoso educador Paulo
Freire: “Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível”, traçamos este
Plano Municipal de Educação na certeza de que ousar já é um passo decisivo rumo
ao desafio e às propostas mutacionais.

2. ANÁLISE SITUACIONAL DO MUNICÍPIO E DA EDUCAÇÃO


2.1 ANÁLISE SITUACIONAL DO MUNICÍPIO

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19 - Ano II - Nº 414

Distrito criado com a denominação de Novo Amparo, pelo decreto estadual


nº 7.237, de 29/01/1931, subordinado ao município de Cipó.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito figura no


município de Cipó.

Pelo decreto-Lei Estadual nº 11.089, de 30/11/1938, o distrito de Novo


Amparo passou a denominar-se Heliópolis.

Em divisão territorial datada de 01/07/1950, o distrito já denominado


Heliópolis figura no município de Cipó.

Pela lei estadual nº 1.027, de 14/08/1958, o distrito deixa de pertencer ao


município de Cipó para ser anexado ao novo município de Ribeira do Amparo.

Em divisão territorial datada de 01/07/1960, o distrito de Heliópolis figura no


município Ribeira do Amparo. Assim permanecendo em divisão territorial datada de
01/01/1979.

Elevado à categoria de município com a denominação de Heliópolis, pela


lei estadual nº 4.429, de 11/04/1985, desmembrado de Ribeira do Amparo Sede no
antigo distrito de Heliópolis. Constituído do distrito sede instalado em 01/01/1986.

2.1.1 Caracterização do Município

2.1.1.1 Aspectos Históricos

A cidade de Heliópolis surgiu no ano de 1910, por iniciativa de alguns


fazendeiros que habitavam essa redondeza. Entre outras, as pessoas que muito
contribuíram para a fundação do distrito que logo se transformara em cidade foram:
João Tavares, Balbino Torres, José Umburana, Leopoldino Pereira, Virgulino,
Pedro da Gama, Valentin.

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Foto 1: Praça da Igreja, Rua da prefeitura, Açude

Fonte: http://ctinetheliopolisbahia.blogspot.com.br

O primeiro nome do povoado que originou a cidade de Heliópolis na Bahia


foi Pau Comprido. Para a origem desse nome há algumas versões: A primeira
afirma que o nome Pau Comprido surgiu na época que havia uma feira-livre no
povoado. Certo dia houve uma briga tão violenta entre dois grupos de pessoas,
dando início a uma rixa que durou tanto tempo, que o lugar ficou conhecido como a
Terra do Pau Comprido. Outra versão, a mais aceita pela comunidade de hoje, diz
que o nome surgiu ainda na época em que não havia nem mesmo habitações na
região. O Sr. José Umburana, fazendeiro e comerciante da época decidiu apossar-
se da área, e sob uma enorme árvore, iniciou a prática de matar um boi sempre
aos sábados e vender a carne àqueles que passavam pela região. Desta forma,
outras pessoas também resolveram vender alguns produtos debaixo da referida
árvore, iniciando assim uma pequena feira-livre. O nome Pau Comprido foi usado
como referencia pelas comunidades vizinhas ao local onde era realizada a
pequena feira-livre. Com o passar do tempo e o aumento de circulação de pessoas
na área, iniciou a construção de uma Igreja, e na sua volta, residências começaram
a ser construídas. A primeira casa residencial foi construída por João Tavares, e
pertencia ao mesmo, à segunda pertencia a Balbino Torres, a terceira era de José
Umburana, na qual tinha uma pequena venda. Dando assim origem ao
povoamento da região. Logo depois o lugarejo passou a se chamar de Novo
Amparo, situado no município de Ribeira do Amparo, onde obteve rápido
crescimento, ganhando a condição de distrito com o nome de Heliópolis.

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Há também uma versão na qual a origem do nome de Heliópolis, vem de


um padre do Egito, que em sua primeira visita a esta cidade, achou o clima muito
quente, semelhante ao clima de sua cidade lá no Egito cujo nome era Heliópolis.

Existe ainda uma terceira versão mais recente, defendida pelos mais
idosos moradores, acrescentando que o povoamento urbano data da década de
1930. A primeira edificação foi um pequeno restaurante erguido por Maria de
Marcionílio, ao lado do qual foram construídas as casas das primeiras famílias. Já
há quem defenda a ideia de que Heliópolis começou pela mão de uma mulher.

O nome Heliópolis significa: Cidade do Sol (Hélio = gás existente no sol;


Polis = cidade, povo). Com isso a nossa cidade foi batizada com o nome de
Heliópolis. Município criado com território desmembrado de Ribeira do Amparo, por
força da Lei Estadual de 11 de abril de 1985. A sede foi elevada à categoria de
cidade, quando da criação do município.

Foto 2: Atual Praça da Igreja Sagrado Coração de Jesus

Fonte: http://ctinetheliopolisbahia.blogspot.com.br

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Heliópolis

Foto 3: Vista aérea parte da atual Heliópolis

Fonte: http://ctinetheliopolisbahia.blogspot.com.br

2.1.1.2 Aspectos Geográficos:

O município de Heliópolis possui uma área sw 313,2 Km, situa-se na


Microrregião de Ribeira do Pombal (Nordeste do estado brasileiro da Bahia),
próximo a fronteira com o estado de Sergipe, distante 300 km de Salvador.

Foto 4: Mapa do Estado da Bahia, destacando o município de Heliópolis

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Faz fronteira com os seguintes municípios: Cícero Dantas e Fátima (Norte);


Ribeira do Pombal (Oeste); Ribeira do Amparo (Sul); Poço Verde Sergipe (Leste).

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Possui os seguintes povoados e comunidades rurais: Araticum, Arrozal,


Barreira do Tubarão, Barreira Grande, Bendó, Caboatá, Caboré, Cajazeira,
Calumbí, Condão, Cumbanzê, Povoado Farmácia, Galinha Morta, Itapororoca de
Baixo, Itapororoca de Cima, Povoado Jibóia, Povoado João Grande, Mandacaru,
Maria Preta, Povoado Massaranduba, Melancia, Ouricuri, Povoado Pau-ferro,
Pindobal, Poço, Porteira, Queimada do Miguel, Quixabeira, Riachinho, Povoado
Riacho, Sacatinga, Sapé, Povoado Serra dos Correias, Serrota, Tamarindo,
Tamboril, Tanque das Vargens, Povoado Tanque Novo, Tanquinho, Terra Preta,
Povoado Tijuco, Umburana, Velame e Povoado Viuveira.

O clima de Heliópolis é o tropical Subúmido a Seco, onde as chuvas caem


no inverno e as trovoadas no verão. A temperatura média anual é de 24°C, com
máxima 30.8°C, e mínima 21.6°C. A Pluviosidade média anual é de 850 mm.
Devido a localização a cidade de Heliópolis não é considerada Sertão e sim
Agreste que é uma faixa de terra bastante estreita na direção Leste/Oeste e
alongada na direção Norte/Sul, situada entre o sertão semiárido e a Zona da Mata
úmida. É uma área de transição entre essas duas sub-regiões. Seu clima não é tão
seco quanto o do Sertão, nem tão úmido quanto o da Zona da Mata.

O relevo de Heliópolis é formado pelas planícies e pelos tabuleiros


costeiros (tabuleiro de Itapicuru e tabuleiro do Rio Real), com uma altitude de 324
metros.

A estrutura geológica do município de Heliópolis é composto pelos


Arenitos, Argilitos e Paraconglomerados.

Por se localizar numa área de transição (ecótono), Heliópolis apresenta


uma vegetação de contato entre o Cerrado e a Caatinga.

O município de Heliópolis está totalmente inserido na bacia hidrográfica do


Rio Real, possuindo o único açude dessa rede hidrográfica, o açude Pindorama.
Com uma extensão de 1,5Km suas águas servem para irrigação e para o lazer.
Atualmente o município conta também com um grande número de poços
artesianos, uma vez que a seca tem afetado muito a região e as pessoas tem

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investido na perfuração de poços para utilizar a água principalmente na irrigação de


hortas, capinzais,etc.

2.1.2.3 Aspectos Demográficos:

Tabela 01. População do Município de Heliópolis

Ano Pop. total Homem Mulher Pop. urbana Pop. Rural

2000 13.108 6.694 6.414 4.232 8.876

2010 13.192 6.666 6.526 5.428 7.764

2014 13.763 - - - -

Fontes: Censo Demográfico 2000; Censo Demográfico 2010; Disponível em:


<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2000/universo.php?tipo=31o/tabela13_1.sht
m&paginaatual=1&uf=29&letra=H> Acesso em: 30 mai. 2015.

Analisando a tabela 01, observa-se que houve apenas um pequeno


crescimento populacional entre os anos de 2000 e 2010 com aumento de 0,64%.
Percebe-se também que o número de homens diminuiu nesse período, apesar do
aumento da população municipal, enquanto que a quantidade de mulheres
aumentou.

Outro detalhe importante a ser observado é o fato de aproximadamente 68%


da população em 2010 está concentrada na zona rural, enquanto que em 2010
representa aproximadamente 58%, ou seja, nesta década fora evidenciado um
grande êxodo rural, chegando a 10%.

A população estimada para o ano de 2014 é de 13.763 habitantes, conforme


tabela acima, o que configura uma progressão de 4,4% em relação ao ano de
2010.

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Tabela 02. Informações sobre o Município de Heliópolis

35
anos
População 0a 6a
04 a 05 15 a 17 18 a 24 25 a 34 ou
(Localização/Faix Ano 03 14 Total
anos anos anos anos mais
a Etária) anos anos

2000 353 128 777 331 510 687 1.446 4.232

Urbana 2007 339 199 958 340 811 927 2.164 5.738

2010 290 154 895 324 660 843 2.262 5.428

2000 858 444 2.049 614 1.145 1.131 2.635 8.876

Rural 2007 538 329 1.761 552 1.115 1.134 2.792 8.221

2010 383 276 1.550 597 977 1.069 2.912 7.764

2000 1.211 572 2.826 945 1.655 1.818 4.081 13.108

Total 2007 877 528 2.719 892 1.926 2.061 4.956 13.959

2010 673 430 2.445 921 1.637 1.912 5.174 13.192

PIB
Taxa de analfabetismo (5)
(2) IDH (3) IDI (4)

População de 15
População de 10 a 15 anos anos ou mais
41.499 0.58 0.31
16.40 41.30

Fonte: Disponível em: < http://ide.mec.gov.br/2011/municipios/relatorio/coibge/2911857>. Acesso


em: 30 mai. 2015.

Analisando a tabela 2, percebe-se que a faixa etária da população nesse


período que se destaca é a acima de 35 anos e que vem crescendo a cada ano,
fato que caracteriza um aumento da expectativa de vida dos heliopolenses. Já a
população compreendida entre 0 e 14 anos vem caindo consideravelmente, o que
indica um certo controle de natalidade. Por outro lado, a população com faixa etária
de 15 a 34 anos, praticamente se manteve estável de 2000 a 2010.

Nos três anos analisados, a população heliopolense entre 15 e 24 anos


representa cerca de 20% da população municipal, bem como o contingente de
pessoas de 06 a 14, representa, respectivamente, nos anos de 2000, 2007 e 2010,

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22%, 19% e 18%. A partir dessa análise, percebe-se a necessidade da elaboração


de políticas públicas voltadas para essa faixa etária, visto que o nosso município é
carente de atividades que contribuam para o amadurecimento pessoal e
profissional do cidadão de forma sustentável.

Tabela 03. Estabelecimentos de saúde por tipo e localização

Números de estabelecimentos de saúde

Localização Total Posto


Centro Unidade Pronto
de Hospital Outros
de saúde mista socorro
saúde

Urbana 3 2 - 1 - - -

Rural 3 3 - - - - -

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde do Município de Heliópolis (março/2015).

Observando a tabela 03, que trata dos estabelecimentos de Saúde do


Município de Heliópolis, totalizam-se 06 (seis), sendo importante destacar que
nesses órgãos funcionam de forma integrada aos Postos de Saúde da Família
(PSF). Sendo que 05 destas unidades são apenas postos de saúde, unidades
destinadas à prestação de assistência a uma determinada população da zona rural.

No que diz respeito à única unidade mista, localizada na cidade, é destinada


à prestação básica e integral de saúde, com assistência médica permanente, com
unidade de internação com administração única e pode dispõe de
urgência/emergência.

A população do município está concentrada na área rural, o que demonstra


uma população essencialmente agrícola, por conta da existência de povoados,
assentamentos. De acordo com os dados dos censos de 1991 e 2000, houve um
aumento da população urbana e uma redução na população rural, devido à
migração de moradores que foram para cidades a procura de trabalho.

2.1.1.4 Aspectos Socioeconômicos:

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Tabela 04. Dados sobre Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

Indicadores de Renda e Pobreza (taxas)


Indicador
1991 2000 2010

IDH – municipal 0,227 0,370 0,563

Renda per capita 90,47 148,66 241,36

Proporção de pobres 83,16 65,27 44,30

Índice de Gini 0,47 0,51 0,50

Fonte: Atlas do desenvolvimento Humano no Brasil 2013. Disponível em:


http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/heliopolis_ba . Acesso em: 29 de mai. 2015.

Tabela 05. Desenvolvimento Humano, períodos 1991, 2000 e 2010

Índices
Indicadores
1991 2000 2010

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal 0,227 0,370 0,563

Educação 0,057 0,175 0,437

Longevidade 0,524 0,615 0,748

Renda 0,390 0,470 0,547

Fonte: Atlas do desenvolvimento Humano no Brasil 2013. Disponível em:


http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/heliopolis_ba. Acesso em: 30 mai. 2015.

Analisando as tabela 04 e 05, percebe-se que o Índice de Desenvolvimento


Humano (IDH) de Heliópolis cresceu consideravelmente de 1991 até 2010, tendo
praticamente dobrado, ou seja, aumentou gradativamente, chegando a mais de
100% nesse período. Da mesma forma, a renda per capita, cresceu bastante,
tendo um aumento de 167% nessas duas décadas.

Já a proporção de pobres caiu aproximadamente 32% em 2010 em relação


a 2000. Enquanto que a concentração de renda na mão de poucos diminuiu em
8,5% no período de 1991 a 2000 e cresceu apenas 2% entre 2000 e 2010, ou seja,
nessas duas décadas melhorou bastante a distribuição de renda da população
heliopolense.
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O município apresenta um índice de 0,563, segundo censo de 2010, o que


demostra um aumento substancial nesse índice de 0,370 com relação ao ano de
2000, crescendo aproximadamente 52%, evidenciando uma grande melhora nos
aspectos, saúde, renda e educação, mas que ainda é carente de políticas públicas
e iniciativas para seguir avançando.

No início do seu povoamento existia uma grande dificuldade de locomoção


para as cidades vizinhas. Praticamente não havia carros nem outros meios de
transporte, como ônibus e caminhões, forçando as pessoas a se locomoverem
utilizando transportes de tração animal (carros-de-boi, carroças e outros). Na
atualidade a cidade possui três estradas: a BA-393 que liga a BR-
110/Heliópolis/Poço Verde-SE e a estrada que liga Heliópolis/Cipó via Ribeira do
Amparo. O transporte feito por tração animal ainda é utilizado principalmente na
zona rural, mas já há muitas pessoas com transporte próprios, como automóveis e
motos.

Além dos Correios, por volta dos anos 80 o distrito e posteriormente a


cidade contava também com um sistema fixo de som do Senhor Zequinha de Maxi
(in memoria). A partir dos anos 90 se intensificaram as instalações de linhas
telefônicas chegando hoje a praticamente todas as casas, assim como as
televisões e os rádios. A internet também já faz parte do cotidiano do povo
Heliopolense, principalmente os jovens, que lotam as Lan Houses da cidade. Há
também uma rádio comunitária 104.9 atuando na sede do município. Além da
cobertura 3G da operadoda VIVO. O município conta com duas empresas
provedoras de INTERNET.

Até a década de 80 a população utilizava águas de tanques, de cisternas,


do açude e de minadouros. Hoje muitas residências possuem poços artesianos, e a
sede do município bem como parte expressiva da zona rural contam com sistema
de abastecimento de água pela EMBASA. Já a responsável pelo fornecimento de
energia é a COELBA, a qual cobre a zona urbana e zona rural com destaque do
programa Luz para Todos na zona rural.

Um dos principais problemas sociais da população brasileira é a falta de


habitação. Esta situação se reflete ainda mais em municípios de pequeno porte do

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nordeste brasileiro, onde a falta de acesso aos serviços essenciais por parte da
maioria da população é uma realidade concreta reproduzindo a situação de
extrema pobreza e vulnerabilidade social. O Município de Heliópolis não se difere
dos demais municípios baianos do interior da Bahia apresentando uma demanda
muito grande de habitação.

Segundo Censo 2010/IBGE existe no município, cerca de 4.649 domicílios


particulares, entretanto muitas famílias vivem em regime de co-habitação e/ou em
habitações que apresentam risco pessoal por encontrar-se em péssimas situações
estruturais. Ainda não se tem um diagnóstico da demanda habitacional do
município, há uma demanda alarmante de pessoas em busca de cadastramento
para possível seleção e aquisição de casa popular. Identifica-se, portanto, a
necessidade de mais incentivos para habitação no Município.

A saúde no Município não se faz muito diferente dos municípios baianos e


circunvizinhos, uma vez que Heliópolis esta localizada a uma distância de mais 300
km da capital, que é Salvador e faz fronteira com o município de Poço Verde/SE, a
maioria dos atendimentos de saúde acaba por ser realizados pelo Estado de
Sergipe, uma vez que a distância da capital Aracaju é de 156 km. Assim, agiliza os
atendimentos descritos como urgentes e/ou atendimentos da rede da básica
coberta pelo SUS. O município disponibiliza 02 transportes gratuitos para a
realização de exames em Aracaju diariamente.

O Município de Heliópolis possui:

x 01 Centro de saúde;
x 03 equipes de PSF’s;
x Serviços de atenção Básica;
x Conselho Municipal de Saúde
x Atividades Complementares
x Equipe de Vigilância Epidemiológica;
x Programa de Acompanhamento de Vitamina A
x Programa de Acompanhamento Sulfato Ferroso
x Equipe de endemias

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x Farmácia Básica
x Vigilância Sanitária.

Heliópolis está habilitada na gestão de Plena Atenção Básica de acordo


com a NOB-SUS 01/96, desenvolve em conjunto as ações e estratégias de
responsabilidade para este tipo de gestão.

x Controle de Diabetes
x Ações de Saúde da Criança
x Controle de Hipertensão
x Ações de Saúde da Mulher
x Controle de Tuberculose
x Ações de Vigilância Sanitária
x Eliminação de Hanseníase
x Ações de Vigilância Epidemiológica.

A Gestão da Atenção Básica está organizada de forma a contribuir para a


reorientação do modelo de atenção à saúde por meio da estratégia Saúde da
Família como estruturante dos sistemas de saúde; fortalecer a implantação de
redes de Atenção Básicas/Saúde da Família no Município.

2.1.1.5 Aspectos Culturais:

Assim como vários outros municípios nordestinos, Heliópolis tem se


destacado no que diz respeito à preservação da cultura local. Sua gente se destaca
pela cordialidade, ao tempo que manifesta isso também nos eventos culturais da
cidade e interior do município. Das cavalgadas aos trios elétricos, uma tradicional
festa do carro de boi, banda de pífanos, dança de roda, como também as
manifestações religiosas representam a todo instante a cultura do seu povo.
Corroborando com Azevedo (2008, p.108) “[...] as manifestações culturais
constituem um canal autêntico de difusão de histórias de vida, valores, crenças,
costumes e ideias de uma comunidade, várias seriam as formas de expressão
cultural, incluindo a música, a literatura, a dança, a festa religiosa e outros rituais’.

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O pequeno distrito denominado Novo Amparo, já realizava vários eventos


culturais, desde os movimentos profanos como também religiosos. Ao ser
emancipado em 1985, Heliópolis passou a realizar outra grande festa: O São
Pedro. Assim ao longo dos anos, o município fortaleceu eventos importantes como
as festas natalinas, os desfiles cívicos de aniversário da cidade e de Independência
do Brasil, as feiras culturais realizadas pelas escolas da rede municipal e estadual,
as cavalgadas realizadas no interior e na sede, as vaquejadas, a homenagem
anual ao saudoso violeiro Helvécio Pereira de Santana, as festas juninas em todas
as comunidades do interior e também na cidade, além de vários outros eventos
realizados pelo púbico evangélico, católicos, e outras manifestações – uma vez que
é uma região também caracterizada pela diversidade de crenças religiosas.

Importante ressaltar que a festa de São Pedro em Heliópolis, além de


fortalecer a cultura local, visto que é um espaço para as várias manifestações
juninas, representa um período de reunião de várias famílias, pois é a época que
as pessoas que moram em outras regiões do país se deslocam para cá, com o
objetivo de se divertir e ao mesmo tempo visitar as famílias. Além de fortalecer a
cultura local, a festa atrai pessoas de todo o mundo.

“A cultura pode assumir um sentido de


sobrevivência estímulo a resistência. Quando
valorizada, reconhecida como parte indispensável
das identidades individuais e sociais, apresenta-se
como componente do pluralismo próprio da vida
democrática” (PCN, 1997, P.44)

Ao longo desses trinta anos de festas, grandes artistas da Música Popular


Brasileira se apresentaram, entre eles: Luiz Gonzaga que em 1988 fez em
Heliópolis o seu último show no estado da Bahia e um dos últimos do país,
honrando esta grande festa, assim como Dominguinhos, Oswaldinho, Juquinha
Gonzaga, Genival Lacerda, Flávio José, Adelmário Coelho e vários outros.

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Foto 05: Festa de São Pedro

Foto 06: à direita Luiz Gonzaga, 1988

Fonte: http://ctinetheliopolisbahia.blogspot.com.br

Foto 07: Dança de Roda Tijuco

Fonte: informativojovem.blogspot.com.br

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Foto 08: Quadrilha

Fonte: http://ctinetheliopolisbahia.blogspot.com.br

Foto 09: Tradicional Festa do Carro de Boi

Fonte: informativojovem.blogspot.com.br

As imagens acima mostram a grandiosidade de uma festa que apresenta


uma manifestação cultural e trouxe para o município uma particularidade especial,
embora outras existam e representam também uma grande riqueza para os
munícipes.

Outro ponto muito forte no município é a atuação da juventude, que se


destaca na apresentação de teatros, bandas musicais, fanfarras, quadrilhas
juninas, atividades esportivas e ainda nas grandes feiras de cultura que ocorrem na
cidade, no interior e região.

Atualmente Heliópolis não conta com muitos espaços culturais


específicos (Ginásio de Esporte, Praça da Juventude, Teatro, Estádio etc.), mas
isso não significa a ausência de atividades festivas, esportivas e culturais.
Constantemente ocorrem todas as atividades mencionadas no texto. Estas por sua
vez ganham força e crescem a cada dia.
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2.1.1.6 Infraestrutura Material:

No Município de Heliópolis segundo os dados fornecidos pela Secretaria


Municipal de Saúde de Heliópolis conforme versa no Sistema de Informação de
Atenção Básica o abastecimento de energia elétrica é de 91,02% das unidades
habitacionais do Município possui energia elétrica, portanto um número
significativo, com necessidade de ampliação conforme o disposto na política da Luz
para todos. Quanto às escolas da rede Municipal, Privada e Estadual a energia é
oferecida na sua totalidade.

Nesta Municipalidade existe uma frota de veículos próprios para o


atendimento dos alunos da Rede Municipal de Ensino, composto por 06 (seis)
ônibus e 01 (um) micro-ônibus, sendo que existe contrato com empresas
terceirizadas para complementar o transporte dos alunos, representando
aproximadamente 80% dos veículos que transportam alunos, evidenciando assim a
falta de frota própria para o transporte de aluno da rede Municipal de Ensino.

O Município adquiriu recentemente 06 (seis) veículos de passeio com


recurso próprio, 02 (duas) ambulâncias, sendo uma com recurso próprio e outra
cedida pelo Governo do Estado para o atendimento dos munícipes, no que se
refere à saúde preventiva e corretiva da população. Também foi adquirido um
veículo de passeio para a Secretaria de Assistência Social, para o atendimento do
Programa Bolsa Família. Além dos veículos próprios, existem contratos com
empresa terceirizada para locação de veículos para atendimento da população do
Município.

Assim, o Município tem procurado o desenvolvimento de ações através de


manutenção constante que visam à melhoria das estradas e vicinais que facilitem o
transporte escolar a locomoção de pessoas e a escoação de produção agrícola do
Município.

Conforme pesquisa o meio de transporte predominante são as motocicletas


ou motonetas, seguido pelo automóvel, sendo que boa parte da população também
utiliza para locomoção ônibus e micro-ônibus, além do transporte feito por tração
animal que ainda é muito utilizado na zona rural.

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Em virtude da falta de oportunidade de trabalho ocorre o êxodo da zona


rural, sendo assim, muitas famílias se deslocam para a zona urbana em busca de
melhorias da qualidade de vida, chegando até mesmo mudar-se para outras
cidades. Por este motivo, muitos pais têm passado a maior parte do tempo fora do
seu domicílio, para tentar suprir as necessidades de suas famílias.

A habitação do Município baseia-se em construção de alvenaria, sendo


representado por 99,42% das unidades construídas. Parte da população não tem
acesso a saneamento básico, rede de esgoto, abastecimento de água e uma
parcela desta população não possuem um módulo sanitário na sua residência
conforme o quadro a seguir:

Quadro 01:

Destino fezes/urina Quantidade %

Sistema de esgoto 54 1,35

Fossa 3.303 82,84

Céu aberto 630 15,80

Fonte: Secretaria de Saúde de Heliópolis, 2014.

O Município vem procurando diminuir o déficit habitacional através de


parceria com o Governo Federal, fato este que resultou na construção de 60
(sessenta) unidades habitacionais entregues a população carente deste Município,
porém a demanda é muito maior. Neste mesmo sentido, o Município construiu, nos
04 (quatro) anos, 80 módulos sanitários domiciliares entregues à população da
zona urbana e rural, através de parceria da Fundação Nacional de Saúde
(FUNASA). Fato este que tem contribuído para o acesso de saneamento básico
nestas residências. Por outro lado com o início das obras de pavimentação em
diversas ruas do Município, deu-se início a ampliação de rede de esgoto nas
referidas ruas, amenizando o sofrimento enfrentado pela população.

De acordo informações do SIAB o abastecimento de água é feito da


seguinte forma:

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Quadro 02:

Abastecimento de água Quantidade %

Rede pública 2.678 67,17

Poço ou nascente 1.105 27,72

Outros 204 5,12

Fonte: Secretaria de Saúde de Heliópolis, 2014.

Hodierna, muitas residências possuem poços artesianos e na sede do


Município o abastecimento de água é fornecido pela rede pública, sendo que
existem outras formas de abastecimento. A água utilizada nas escolas é
proveniente da rede pública de abastecimento, porém uma pequena parte é
oriunda de poços artesianos, sendo armazenada em caixa d’água. Desse modo,
faz-se necessário um profissional responsável pela higienização para evitar risco
de contaminação alimentar. Também não existe teste de potabilidade da água nos
locais.

Ainda segundo os dados do SIAB, no que se refere ao tratamento de água


nos domicílios apresentam os seguintes dados:

Quadro 03:

Trat. água no domicílio Quantidade %

Filtração 2.411 60,47

Fervura 54 1,35

Coloração 407 10,21

Sem tratamento 1.115 27,97

Fonte: Secretaria de Saúde de Heliópolis, 2014.

Percebe-se que uma boa parte da população consome água sem


tratamento, beirando a 28% dos domicílios causando preocupação com o referido
índice. Devendo o Município buscar meios que visem o consumo de água tratado
em 100% dos domicílios.

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No que tange ao destino do lixo temos os seguintes dados:

Quadro 04:

Destino do lixo Quantidade %

Coleta pública 2.064 51,77

Queimado/enterrado 973 24,40

Céu aberto 950 23,83

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde de Heliópolis, 2014.

Apesar de 51,57% da população ser atendida por coleta pública, o destino


final do lixo não comtempla a legislação em vigor, tendo em vista a falta de aterro
sanitário no Município, devendo o mesmo buscar meios de construir espaço
adequado para a destinação final do lixo.

No que se refere aos meios de comunicação mais utilizados pela


população nos dias atuais são: Celulares, internet, televisão, rádio, dentre outros.

As escolas municipais da rede de ensino foram criadas em 1997, através


da Lei nº 163/97 que organiza todo o sistema, com Exceção da Escola Galdino
Babosa, que recebeu o decreto 224/2014 e a creche Maria Lícia Andrade através
do decreto 021/2015. Nessa mesma data também foi criado o Conselho municipal
de Educação através da Lei 174/97 em que o município passou reger-se por
sistema autônomo. No ano de 2002 as escolas foram nucleadas através da Lei
215/2002 criando nesse ínterim quatro polos educacionais, propiciando maior
autonomia as escolas e descentralização da rede. Em 2009 o município passou por
reforma legislativa parcial através da Lei 331, a qual reorganiza o sistema municipal
de ensino e define toda a estrutura da secretaria municipal de educação, e dispõe
sobre os órgãos colegiados. No ano de 2010 o Conselho normatizou o ensino de
nove anos, através de Resolução 007/2010 estabelecendo normas completares
para a sua implantação e funcionamento do ensino fundamental obrigatório,
atendendo a Lei federal nº 11.274 de 06 de fevereiro de 2006 em regime
gradativamente a partir do ano letivo de 2010.

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No Município existe 18 Unidades Escolares em funcionamento, cuja


mantenedora é a Prefeitura Municipal de Heliópolis, além de 02 escolas
particulares e uma Instituição de Ensino Médio da Rede Estadual de Ensino.

A estrutura física das escolas pertencentes à rede Municipal de Ensino é


precária, em virtude do tempo de uso já que foram edificadas aproximadamente há
25 anos, com exceção da unidade de Ensino Infantil Proinfância Maria Lícia
Andrade, que foi inaugurada no ano de 2014 e atende aos padrões mínimos de
qualidade.

No tocante as demais Unidades têm sido feita melhorias visando


adaptação de espaços para acesso e permanência dos alunos no espaço escolar,
como rampas e corrimão. Nesse sentido, torna-se evidente a necessidade de
melhorias nas unidades escolares com o objetivo de adaptá-las os alunos
portadores de necessidades especiais, bem como atingir os padrões mínimos de
qualidade.

Pela situação exposta e devido à falta de espaço físico o Município tem


enfrentado dificuldade na execução do Programa mais Educação, objetivando
alcança a Educação Integral nas escolas do munícipio. Sendo assim, o munícipio
tem planejado a ampliação de escolas sobre tudo de sala de aula, banheiros,
refeitórios, quadras poliesportivas cobertas, que possibilite a melhoria da estrutura
física e, por conseguinte das práticas educativas da Educação Integral.

Tendo em vista, que o Município só dispõe de duas creches situadas na


sede, faz-se necessário a construção de novas creches, principalmente nos
povoados que atendem as escolas polos, para que possamos ampliar a oferta da
Educação Infantil (Creche e Pré-escola).

No que se refere à captação de profissionais o Município realizou Concurso


Público no ano de 2014 para as diversas áreas e cargos que compõe a estrutura
administrativa do Município, sendo aprovados para desenvolver as ações que
visem o crescimento social e econômico do Município. Porém, algumas áreas não
foram preenchidas, em virtude da não aprovação ou da falta de inscritos, a
exemplo de psiquiatra, pediatra, dentre outros.

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Diante do exposto, no que se refere à infraestrutura material o Município


tem buscado desenvolver ações que visem a melhoria de qualidade de vida das
pessoas. Porém, é válido frisar que temos um longo caminho a percorrer, tornando-
se necessário a ampliação da frota de veículos, da construção de novas unidades
educacionais, de melhorias sanitárias domiciliar, da expansão da internet, como
meio de comunicação para a zona rural, bem como a construção e adaptação de
espaços escolares que permitam a universalização no atendimento de alunos
através do ensino regular, assim como de educação especial, buscando atingir a
Educação Infantil plenamente no Município.

2.2 ANÁLISE SITUACIONAL DA EDUCAÇÃO

2.2.1 Níveis da Educação: Educação Básica e Superior


2.2.1.1 Etapas da Educação Básica
2.2.1.2 Educação Infantil

Sabe-se que a Educação Infantil se constitui em primeira etapa da


educação básica e como tal tem a função de iniciar a formação necessária a todas
as crianças para que possam tornar-se pessoas capazes de exercer sua cidadania.

Nesse contexto, a finalidade da Educação Infantil é o desenvolvimento


integral da criança até 05 anos de idade em seus aspectos físico, psicológico,
intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.

Os assuntos relacionados à avaliação da qualidade da educação infantil


passaram a observar com mais cuidado os contextos familiares e locais.

Como resultado dessas discussões surge um consenso sobre a


importância da participação das famílias no ambiente educativo. Além disso, foram
enfatizadas também as questões relacionadas às diferenças de tradição, as
questões das desigualdades sociais e o respeito á diversidade cultural.

O Brasil é marcado por uma diversidade muito grande, nesse sentido as


questões relacionadas à igualdade e o respeito às diferenças são pontos
importantes e de extrema necessidade de ser discutido e enfatizado no âmbito

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educativo, por outro lado sabe-se também que são situações que não são fáceis de
serem alcançadas.

No que se refere às propostas curriculares das Instituições de Educação


Infantil é necessário que seja contemplado na proposta curricular o reconhecimento
e o respeito ás diversidades culturais; torna-se urgente considerar ações de
inclusão para crianças com necessidades especiais. Isso significa pensar em
propostas que permitam as crianças vivenciar momentos de aprendizagem a partir
da experimentação, da troca de saberes por meio da interação com outras crianças
e adultos.

A avaliação na Educação Infantil é definida a partir da concepção de


desenvolvimento integrado, para tanto deve ocorrer de modo processual, de forma
sistemática e contínua. O acompanhamento e os registros visam diagnosticar o
processo educativo e não reter a criança ou mesmo promovê-la. Essa prática exige
a redefinição das estratégias metodológicas para serem utilizadas com crianças de
0 a 05 anos de idade.

Tabela 06. Evolução da matrícula da Educação Infantil no município de Heliópolis-BA


por dependência administrativa e localização, período 2010 a 2014

Municipal Estadual Particular


Anos Total
Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural

2010 151 213 - - 82 - 446

2011 167 207 - - 100 - 474

2012 158 189 - - 89 - 436

2013 218 159 - - 81 - 458

2014 196 185 - - 69 - 381

Fonte: Secretaria Municipal de Educação, 2015.

Analisando a tabela 6, percebe-se a evolução de Matrícula da zona urbana no


período de 2010 a 2013, apresentando uma pequena queda em 2014. Já no que se
refere às matrículas da zona rural, se evidencia um descréscimo também neste

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mesmo período e um pequeno crescimento em 2014. Percebe-se também que de


2011 para cá vem caindo o número de matrículas na rede particular municipal de
ensino, fato que pode ser explicado por uma maior migração de alunos para a rede
pública.

Tabela 7. Frequencia por ano de nascimento segundo o Município residente

Nascidos Vivos – Bahia

2013 2014 Total

Município residente 743 910 1.653

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde de Heliópolis, 2015.

Com base na tabela 7, verifica-se que o número de nascidos vivos aumentou em


proximedamente 22% do ano de 2013 para 2014, ou seja, 167 a mais que o ano
anterior.

Tabela 8. Taxa de escolarização1 da Educação Infantil do município (2013)

População
Segmentos Matrícula (B) Não matriculados Taxa (C)%
(A)

Creche (0 a 3 anos) 697 79 618 11,3%

Pré-Escola (4 a 5 anos) 406 262 144 64,5%

Total (0 a 5 anos) 1.103 341 762 30,9%

Fontes: IBGE, para os dados de população; MEC/INEP, para os dados de matrícula.

Tabela 09. Taxa de Escolarização da Educação Infantil do Município de Heliópolis, por localização
2013.

População de 0 a 5
Localização Matrícula (B) Escolarização
anos (A)
Urbana 430 256 59,5%
Rural 673 125 18,5%
Fonte:IBGE, para os dados de população; MEC/INEP, para os dados de mtrícula.

1
A taxa de escolarização refere-se à proporção de pessoas de uma determinada faixa de
idade que frequenta a escola, em relação ao total de pessoas na mesma faixa etária.

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Analisando a tabela 08, observa-se que há uma pequena taxa na matrícula


na Creche (0 a 3 anos). Já na pré-escola (4 a 5 anos) apresenta um melhor índice,
sendo que no geral, percebe-se a necessidade de criar alternativas para aumentar
esse índice de matrículas. Já na tabela 9, nota-se um melhor desempenho na zona
urbana com um índice duas vezes maior que a zona rural.

Os dados apresentados na tabela 08 nos mostram uma situação muito


preocupante, pois apresenta dados baixos no que diz respeito à escolarização do
público entre 0 e 05 anos. Isso revela talvez a dificuldade que maioria dos
municípios brasileiros enfrenta no sentido ofertar creche e pré-escola. Faz-se
necessário urgentemente um esforço mútuo – município e União no sentido de
ampliação de espaços físicos, construção de creches, além do aumento do número
de pessoal e recursos financeiros para melhoria do atendimento a esse público.

Considerando os estudos apresentados acima sobre a Educação Infantil no


âmbito nacional e internacional, reconhecemos estes como parâmetros relevantes
para a implementação de um ensino de qualidade no município de Heliópolis-BA.

A Educação Infantil neste município teve seu inicio a partir da emancipação


política no ano de 1985. Segundo informações obtidas na Secretaria Municipal de
Educação e relatos de alguns moradores dessa municipalidade o atendimento era
oferecido apenas às crianças de 05 e 06 anos de idade, ministrados nas
residências dos professores ou em casas alugadas, o método era tradicional com
objetivo de ensinar o aluno a ler, escrever e contar e as turmas eram
multisseriadas, em turnos variados e na maioria das vezes compostas por um
contingente de 40 a 50 alunos.

Os profissionais da época não tinham formação especifica para esse


atendimento e eram escolhidos pelos políticos. Devido à ausência de uma
formação e acompanhamento pedagógico para os professores, as crianças mesmo
completando sete anos permanecia na Educação Infantil, exceto aqueles que
sabiam ler e escrever.

Na década de 90 foram construídos prédios escolares em diversas


localidades desse município, com estrutura física e mobiliário inadequado. A partir
do advento da Lei de Nucleação Nº 215/02 foram modificadas toda a infraestrutura
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educacional do município. Nesse momento as turmas multisseriadas foram sendo


gradativamente extintas, pois foram distribuídas por polos educacionais. Hodierna
ainda existe algumas turmas multisseriadas, porém com demandas
significativamente menor.

Houve significativas alterações no processo de ensino aprendizagem a


partir do ano de 1998. Isso aconteceu após a realização do primeiro concurso
público no município, haja vista que nessa época se exigia uma formação em
magistério além de um acompanhamento pedagógico; existia um coordenador
geral para orientar os professores.

Segundo relatos de populares aproximadamente no ano de 1988 já existia


uma Creche Municipal ofertada pelo poder público para o atendimento das crianças
de 02 a 05 anos. Este acontecia em uma casa residencial alugada, situada na
Praça 15 de novembro. Foi criada com objetivo assistencialista, porém as
professoras denominadas de “tias” ministravam atividades com indícios de caráter
pedagógico, mesmo sem uma orientação específica.

À demanda por esse atendimento era pequena, devido ao nível sócio-


cultural e econômico dos cidadãos da época. Nesse mesmo período, já havia uma
Escolinha privada.

No ano de 1992 foi fundada na cidade de Heliópolis a Creche Municipal


Luzia de Souza Bastos com o objetivo de prestar assistência social às famílias
carentes deste município.

A Creche Luzia de Souza Bastos era a única instituição da rede municipal


que atendia crianças na faixa etária de 0 – 5 anos. No primeiro ano de seu
funcionamento foram matriculadas 96 crianças com idade entre dois e cinco anos,
sendo 84% deste total da zona urbana e 12% da zona rural.

De acordo com documentos da secretaria municipal de educação a partir


do ano de 1996 o município passou a ofertar a modalidade Creche e pré – escola
com um trabalho voltado para o âmbito pedagógico em que se buscou priorizar o
desenvolvimento integral das crianças. Somente no ano de 2010 o conselho
autorizou a instituição sob a Resolução CME nº 23/2011.
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Em 2012 a Creche Luzia de Souza Bastos atendeu a aproximadamente


150 crianças, no ano de 2013 foi ampliado para 218 crianças, em 2014 a referida
Instituição atendeu a 200 crianças no período parcial. Desse número 20 crianças
estudavam em período integral.

Conforme podemos observar no ano de 2013 ocorreu um aumento


significativo da demanda e por isso o espaço disponibilizado foi considerado
insuficiente para o atendimento. Por conta dessa realidade foi necessário utilizar
duas salas emprestadas da Escola Governador Waldir Pires para atender 04
turmas da pré-escola com o intuito de garantir o atendimento a demanda do
município; Atualmente a referida instituição foi desmembrada passando a atender
apenas a pré- escola em período integral e parcial.

No ano de 2007 o município de Heliópolis recebeu a visita de técnicos


enviados pelo Ministério da Educação com o objetivo de elaborar o Plano de Ações
Articuladas (PAR). Este último é um conjunto articulado de ações que visa o
cumprimento de metas do Compromisso Todos pela Educação, e é parte integrante
do PDE – Plano de desenvolvimento da educação. O qual prevê a conjugação de
esforços da União e demais entes federados, atuando em regime de colaboração
com intuito de buscar a melhoria da educação básica. Desse modo, realizou-se o
diagnóstico da Educação do município; os quais aconteceram a partir da
contribuição de membros representantes de vários segmentos sociais, sob
orientação dos técnicos do MEC.

Por meio da pesquisa diagnóstica coletaram-se informações a partir da


análise de quatro dimensões: Gestão educacional, Formação de professores e dos
profissionais de serviço e apoio escolar; Práticas pedagógicas e Avaliação;
Infraestrutura e recursos pedagógicos. De forma detalhada observou-se a situação
de cada indicador. O juízo de valor sobre o nível de atendimento de cada critério foi
construída a partir das discussões da equipe desse município e levantamento de
evidências e necessidades concretas apresentadas pelo gestor através de
documentação. Posterior a essa análise iniciou-se a elaboração do PAR. Com
base nisso o Estado determinou as ações e subações mais pertinentes para o
encaminhamento.

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Foram definidas as ações e ou subações para serem executadas pelo


Estado; assistência técnica, com e sem a complementação financeira do MEC. Por
fim o PAR foi apresentado à Comissão Técnica do Compromisso Todos pela
Educação formada por representantes do FNDE, CAPES e INEP. Após uma série
de ajustes, as ações e diagnóstico da necessidade de ampliação do atendimento
às crianças de 0 a 5 anos de idade foram aprovadas.

Assim em 11 de abril de 2014 o município inaugurou a Creche Municipal


Maria Lícia Andrade, porém suas atividades funcionais iniciaram somente em seis
de outubro do mesmo ano, sob o decreto municipal 021/2015, atendendo a 195
crianças com idades variadas de 01 a 04 anos.

É importante ressaltar que apesar dos avanços acima elencados o


atendimento as crianças da educação infantil da zona rural ocorre, porém de forma
irregular, porque os espaços não são adequados para o atendimento das
necessidades, ocorre parcialmente, pois não atende ainda todas as crianças de 0-5
anos de idade. É precário devido à falta de estrutura física, mobiliário adequado,
bem como uma coordenação específica para buscar políticas públicas que venham
garantir os direitos das crianças.

Após esse estudo sobre a Educação Infantil no âmbito nacional e municipal


reafirmamos a necessidade de buscarmos melhorias para alcançarmos uma
educação de qualidade para as crianças desse município. Para isso, realizou-se no
primeiro momento uma pesquisa de campo com o intuito de diagnosticar o
quantitativo de crianças aptas a frequentar as turmas de Educação infantil na rede
municipal pública e particular de ensino. Verificou-se, a partir dos números
apresentados que uma quantidade significativa de crianças de 0 – 5 anos
moradoras do campo ainda não estão sendo atendidas em sua totalidade.

2.2.1.3 Ensino fundamental

O município de Heliópolis - BA, conta com 16 (dezesseis) Escolas do


Ensino Fundamental em caráter Municipal, tendo também 1 (uma) Escola Estadual
e 2(duas) Escolas Particulares.

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É proeminente destacar que, entre as missões prescritas pela LDB aos


Estados e ao Distrito Federal, está assegurar o Ensino Fundamental e oferecer,
com prioridade, o Ensino Médio a todos que demandarem. E ao Distrito Federal e
aos Municípios cabe oferecer a Educação Infantil em Creches e Pré-Escolas, e,
com prioridade, o Ensino Fundamental.

Todavia, a autonomia dada aos vários sistemas, LDB, no inciso IV do seu


artigo 9º, atribuiu à União estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a Educação Infantil, o
Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que nortearão os currículos e seus
conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum.

Evidencia-se que, além das condições para o acesso à escola, há de


garantir a permanência nela, inclusive para os que a ela não tiverem acesso na
idade própria. Esse requisito se constitui em um desafio de difícil consolidação,
mas não impossível. O artigo 6º, da LDB, alterado pela Lei nº 11.114/2005, prevê
que é dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a partir dos
seis anos de idade, no Ensino Fundamental. Intensificando-se, assim a garantia de
acesso a essas etapas da Educação Básica. Para o Ensino Médio, a oferta não
era, no seu início, obrigatória, mas recomendada como extensão progressiva,
entretanto, a Lei nº 12.061/2009 alterou o inciso II do artigo 4º e o inciso VI do
artigo 10 da LDB, para assegurar a universalização ao Ensino Médio gratuito e
para garantir o atendimento de todos os interessados ao Ensino Médio público. De
todo modo, o inciso VII do mesmo artigo já estabelecia que se deve garantir a
oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e
modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se
aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola.

Partindo desta exigência legal, confia-se que não basta o ensino ser
obrigatório e gratuito, mas é fundamental almejar que a criança tenha permanência
e resultado nessa etapa de ensino.

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Tabela 10. Evolução das matrículas do Ensino Fundamental no Município de


Heliópolis, por dependência administrativa e localização 2010/2014.

Anos Municipal Estadual Privada Total

Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural

2010 1313 1729 - - 85 - 3127

2011 1192 1645 - - 105 - 2942

2012 1150 1627 - - 105 - 2882

2013 1335 1595 - - 120 - 3050

2014 981 1567 - - 117 - 2665

Fonte: Secretaria Municipal de Educação de Heliópolis, 2014.

A tabela 10 mostra uma diminuição no número de matrículas do ensino


fundamental na rede pública municipal e um pequeno aumento no número de
matrículas no ensino fundamental na rede privada, acompanhando os dados
estatísticos de que houve uma redução de famílias e o número de filhos por família
também, a densidade demográfica do município nesse mesmo período se manteve
praticamente estável.

Tabela 11. Nível educacional da população de 6 a 14 anos, 1991 e 2000

Faixa etária Taxa de analfabetismo % de alunos na escola

(anos) 1991 2000 2010 1991 2000 2010

6 a 14 anos - - - 40,28 96,05 98,28

11 a 14
62,03 14,65 6,10 - - -
anos

Fonte:Disponível em:http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/consulta/. Acesso em 17 mai. 2015.

Analisando a tabela 11, percebe-se que nas útimas duas décadas aumentou
consideravelmente o número de matrículas de 6 a 14 anos enquanto que a taxa de
analfabetismo dos alunos entre 11 a 14 anos caiu praticamente 90% em relação
aos anos de 1991 a 2010.

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Tabela 12. Matrícula do ensino fundamental do Município de Heliópolis, por idade e


série. Rede Municipal (2014)

Idades 1º 2º 3º 4º 5º 5ª 6ª 7ª 8ª
ano série TOTAL
Ano Ano ano ano série série série

6 anos 138 10 1 - - - - - - 149

7 anos 27 112 9 - - - - - - 148

8 anos 1 39 139 18 - - - - - 197

9 anos 1 1 48 124 10 - - - - 184

10 anos 1 1 16 66 97 15 1 - - 197

11 anos 2 1 8 21 47 102 42 1 - 224

12 anos - 1 7 14 33 47 77 54 1 234

13 anos - - 4 4 20 35 39 71 49 222

14 anos - 1 9 13 12 34 44 39 57 209

15 anos - 1 1 3 5 26 26 28 36 126

+ de 16 anos - 3 2 8 6 18 59 18 62 176

Nº de alunos 1149
total em 32 58 105 147 133 175 211 140 148
defasagem

% em
defasagem 18,93 28,24 42,62 47,60 53,48 57,76 58,33 40,28 47,80

Fonte: Secretaria Municipal de Educação de Heliópolis, 2015.

Analisando a tabela 12, no que se referem às matrículas do Ensino


Fundamental, os anos/séries que apresentam maiores índices de distorção idade-
série são a partir das 5ªs séries com 57,76%, seguido das 8ªs séries com 47,80%.
Já os alunos dos 1ºs anos apresentam a menor taxa de distorção idade-série,
evidenciando que muitos alunos estão começando a frequentar a escola realmente
com 06 anos de idade. Mas no 3º ano, mesmo com a implantação do Programa
Nacional de Alfabetização na Idade Certa – PNAIC evidencia-se um percentual
bastante elevado de distorção, chegando a 42,62%.

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No Ensino Fundamental II, torna-se um fator preocupante, pois há uma


grande concentração de altos índices de distorção idade-série.

É importante esclarecer que até o 5º ano já temos, na sequência, o ensino


de nove anos, já que o mesmo fora implantado em nosso município no ano de
2010, enquanto que a partir da 5ª série, que já não é considerado 6º ano, haja vista
que ainda trata-se de séries remanescentes do ensino de oito anos e, portanto
continuarão sendo séries até concluir a 8ª série.

No município de Heliópolis BA, houve significativos avanços na educação,


principalmente no que diz respeito à implementação de programas como o da
regularização de fluxo, instruído pelo estado, e abraçado pelo município, o qual
trouxe significativos avanços no âmbito da leitura, escrita, cálculos, conhecimentos
e vivência de aspectos que envolvem a cidadania. A partir do ano de 2011 a
implantação do PACTO FEDERAL, todos pela educação, houve imprescindível
necessidade de adequar o currículo, a organização escolar, os calendários e dispor
de programas específicos e planejamento para melhorar o ensino aprendizagem do
município. É evidente que os frutos de boas práticas serão colhidos no amanhã que
refletirá no índice de aprendizagem e consequentemente no desenvolvimento
educacional.

O procedimento de implantação/implementação do disposto na alteração


da Lei nº 11.274/2006, que estabeleceu o ingresso da criança a partir dos seis
anos de idades no Ensino Fundamental, tem como perspectivas melhorar as
condições de igualdade e qualidade da Educação Básica, organizar um novo
Ensino Fundamental e possibilitar uma ampliação no tempo para as aprendizagens
da alfabetização e do letramento, em virtude disso, o município de Heliópolis
estabeleceu através da Resolução do CME nº 007/2010 de 27 de janeiro de 2010
normas complementares para implantação e funcionamento do ensino fundamental
obrigatório de 09 (nove), iniciando aos seis anos de idade, no sistema municipal de
ensino, a referida resolução entrou em vigor na data da sua publicação, porém, as
crianças que já haviam ingressado no ensino fundamental de oito anos
permaneceram no regime vigente no ato de seu ingresso para não prejudicar assim
a continuidade da sua formação, coexistindo o atendimento de séries e anos do
ensino fundamental, até conclusão dessas turmas pré-existentes, após a conclusão
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50 - Ano II - Nº 414
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de tais turmas será ofertado apenas o ensino fundamental de nove anos. Para
nosso município percebe-se que se faz necessário respeitar o tempo de
desenvolvimento do educando, somar o tempo para o processo de alfabetização,
evoluir e melhorar o processo de avaliação contínua e qualitativa, organizar as
turmas por idade, reduzir a repetência e evasão. É preciso que estas necessidades
estejam asseguradas na proposta pedagógica da escola e com base nas novas
Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica norteados pela Constituição
Federal e a LDB. (Alterada pela LEI Nº 9.475/97 e LEI Nº 10.287/2001, LEI No
10.328/2001, já inserida no texto).

Outro importante ponto a ser mencionado e ser priorizado no município de


Heliópolis BA, se refere ao espaço escolar que deve ser transformado num
ambiente educativo, prazeroso, de pesquisas, conhecimento e socialização, com
profissionais capacitados, neste contexto, não tem como falar em educação de
qualidade sem mencionar formação continuada de professores, que já vem sendo
considerada, juntamente com a formação inicial, uma questão fundamental nas
políticas públicas para a educação, como também está colocado e assegurado no
art. 3º da LDB, ao determinar os princípios da educação nacional, prevendo a
valorização do profissional da educação escolar.

Para, atenuar estes efeitos e melhorar a prática docente, algo que


inúmeros estudiosos desta área apontam como alternativa é a formação
continuada de professores. Segundo Schnetzler (1996, 2003), para justificar a
formação continuada de professores, três razões têm sido normalmente apontadas:

[...] a necessidade de contínuo aprimoramento


profissional e de reflexões críticas sobre a própria
prática pedagógica, pois a efetiva melhoria do processo
ensino-aprendizagem só acontece pela ação do
professor; a necessidade de se superar o
distanciamento entre contribuições da pesquisa
educacional e a sua utilização para a melhoria da sala
de aula, implicando que o professor seja também
pesquisador de sua própria prática; em geral, os
professores têm uma visão simplista da atividade
docente, ao conceberem que para ensinar basta
conhecer o conteúdo e utilizar algumas técnicas
pedagógicas. (SCHNETZLER e ROSA, 2003, p.27)

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A gestão pública necessita voltar seu olhar para melhorias da


infraestrutura das escolas, mais equipamentos, auditórios, quadra de esporte,
laboratórios de informática, ciências, arte e práticas educacionais culturais que
possam desenvolver nos educandos a socialização, a criatividade, a inclusão de
valores formando cidadãos críticos, conscientes de seus atos que possam exercer
seus direitos e deveres que busquem a cidadania plena.

Contudo, é preciso trabalhar os valores, princípios que norteia a educação,


pois a escola é composta de matéria humana desacreditada na sua profissão,
assim, torna-se urgente uma injeção de ânimo e de valorização da educação em
todo o seu contexto.

Portanto é notória a necessidade de inovar práticas pedagógicas que


possam proporcionar instigar, aguçar e motivar tanto os educadores quanto os
educandos, buscando desta forma formação continuada para os profissionais deste
nível de ensino, para almejar a tão sonhada educação de qualidade, pois se
acredita que a informação, o conhecimento e as novas metodologias de ensino
garantam novos horizontes para uma nova educação de excelência.

É preocupante em nosso município a grande taxa de evasão escolar e a


repetência sendo considerado um problema que pode ser contornado. Há muitos
motivos que levam o aluno a deixar de estudar - a necessidade de entrar no
mercado de trabalho, a falta de interesse pela escola, dificuldades de aprendizado
que podem acontecer no percurso escolar, doenças crônicas, deficiências no
transporte escolar, falta de incentivo dos pais, mudanças de endereço e outros.
Para serem minimizados, alguns desses problemas dependem de ações do poder
público. Outros, contudo, podem ser solucionados com iniciativas tomadas ao
longo do ano pelos gestores escolares e suas equipes, que têm a responsabilidade
de assegurar as condições de ensino e aprendizagem - o que, obviamente, pela
evasão.

É certo que o controle da frequência gera benefícios muito além dos


recursos financeiros às redes de Ensino. Isso porque, garante o acesso e a
permanência e efetiva inclusão social.

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Para corroborar analisaremos o quadro abaixo:

Quadro 05:
Fonte: Seetaria Municipal de Educação, 2015.

MATRÍCULAS MATRÍCULAS MATRÍCULAS


NÍVEL
2012 2013 2014

Ensino Fundamental Anos Iniciais 1435 1530 1509

Ensino Fundamental Anos Finais 1495 1316 1076

Fonte: Secretaria Municipal de Educação, 2015.

Orientação estabelecida no que se refere às responsabilidades dos


diversos sistemas de ensino como o atendimento nas Escolas do Campo, assegura
o respeito às diferenças numa perspectiva de inclusão, conforme rege o art. 28 da
LDB, que indica medidas de adequação da escola à vida do campo. Por tanto a
finalidade da Educação no Campo é proporcionar uma educação específica
associada à produção da vida, do conhecimento e da cultura do campo
desenvolvendo ações coletivas com a comunidade escolar numa perspectiva de
qualificar o processo de ensino aprendizagem.

Tratando-se das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das


Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana, se faz necessário evidenciar a proposta expressa pela alteração da Lei
9394/96 de Diretrizes e Base da Educação Nacional, e pela Lei 10639/2003 que
estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana na Educação Básica. Busca-se por tanto a valorização e o
reconhecimento da história, cultura à diversidade da nação brasileira, ao igual
direito à educação de qualidade, enfim, a formação educacional para a cidadania
responsável pela construção de uma sociedade justa e democrática.

Em relação ao projeto pedagógico da escola deve ser orientado pelo


princípio democrático da participação, através do funcionamento dos conselhos
escolares.

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Os Parâmetros Curriculares Nacionais expressam a base curricular


necessária ao desenvolvimento de habilidades do mundo atual.

Portanto, pensar em educação vai muito mais além, é preciso voltar ao


chão, escola e sonhos os limites possíveis, para tanto, é necessário projeção,
planejamento.

A educação do município também se preocupa em atender as suas


especificidades e peculiaridades locais, com olhar sensível para educação especial
e quilombola, assim, vem traçando ações pedagógicas primárias como base de
dados, lavamentos da história dos quilombolas existentes no povoado Tijuco para
posterior reconhecimento e certificação da mesma, para tanto, será necessário
adequação da proposta curricular com bases nos parâmetros curriculares da
educação infantil ao ensino fundamental.

EDUCAÇÃO QUILOMBOLA NO MUNICÍPIO

A população de Heliópolis a partir de 10 anos ou mais é declarada em sua


maioria parda, sendo total de 3.187, 490 são negros, de acordo com o censo IBGE
2010. Portanto, verifica-se uma proporção significativa declarada negra.

A Lei nº 13.005 de 25 de junho de 2014 do PNE prescreve em seu art. 8º §


1º, inciso II que os Estados, Distrito Federal e os Municípios deveram elaborar os
seus correspondentes plano de educação, ou adequar os planos já aprovados em
lei, em consonância com as diretrizes, metas, estratégias, previstas neste plano
nacional de educação, no prazo de um ano contado da publicação desta Lei.

O parágrafo §1º determina que os entes federados estabeleçam nos


respectivos planos de educação estratégias que:

II- considerem as necessidades especificas das populações do campo e


das comunidades indígenas e quilombolas, asseguradas a equidade educacional e
a diversidade cultural.

O município de Heliópolis é rico em cultura local com aspectos regionais, a


comunidade quilombola do povoado Tijuco é uma realidade que merece destaque.
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A comunidade do povoado Tijuco é constituída por sua maioria


afrodescendente, isso porque segundo fontes históricas e relatos vivos, os
primeiros moradores eram escravos da fazenda Umbuzeiro do povoado Farmácia.
No ano de 2007 a 2008 foi realizado levantamento histórico através do governo
local em parceria com a Secretaria de Cultura de Salvador, no entanto até o
presente momento não se tem conhecimento da sua conclusão.

A par disso, a comunidade Tijuquense reuniu-se em 22 de maio de 2015


através de associação local com objetivo de declarar a sua autoidentidade junto
aos órgãos competentes, e consequentemente a declaração no censo escolar
como sendo comunidade quilombola. Diante disso a escola Marcelino Borges dos
Santos firmou parceria com a associação, e juntos vem produzindo documentário
devidamente registrado em ata sobre os vestígios históricos e suas fontes,
deixados pelos descendentes quilombolas.

Assim, o documentário produzido com base em fontes históricas, entrevista


com os netos de escravos, bem como netos de senhores de engenhos e senzalas,
bem como fotos do local da senzala, sito á fazenda Umbuzeiro e de outros dos
locais onde os escravos trabalhavam, buscavam água para os senhores de
engenho e para suas necessidades básicas. As pias d água sito à fazenda pau
ferro é um exemplo das atividades escravas, pois segundo relatos, estes eram
obrigados a sair da fazenda Umbuzeiro, situada no povoado Farmácia e ir buscar
água a pé na fazenda Pau Ferro, e por conta da distância levava horas para chegar
a seu destino, e quando lá chegavam o pote d água era derramado e recebiam
como castigo nova ordem de retorno ao local.

Assim, a comunidade pretende receber a certificação da fundação Zumbi


dos Palmares como sendo este quilombola, para enfim, promover o resgate da
dignidade desse povo marginalizado, carente de justiça social.

2.2.1.4 Ensino Médio

A educação no Brasil tem sido alvo de muitas reformas curriculares,


organizadas por políticas públicas que buscam qualidade e equidade para o ensino
escolar público. Na década de 90 intensificaram-se as orientações para as
reformas curriculares, iniciada e conduzida a partir da LDB de 1996. Lei que
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garantiu a ampliação da educação básica e estabeleceu novas condições ao


ensino escolar.
Com a LDB nº 9.394/96, exige-se políticas públicas que intensifique ações na
área da educação, organizando-se orientações curriculares que engajem os
propósitos de qualidade e equidade. Essas orientações primam pela diversidade
curricular, considerando as características socioculturais de cada escola e
defendendo o princípio de igualdade quanto ao acesso e ao conhecimento escolar.
A LDB nº 9.394/96 ampara a necessidade de uma base comum no currículo
escolar para possibilitar uma modificação na qualidade de ensino, principalmente
da rede pública.
A LDB nº 9.394/96 proporcionou grandes avanços à educação, ampliando a
obrigatoriedade no ensino incorporando o Ensino Médio como parte obrigatória
correspondendo à Educação Básica no Brasil. No entanto, as orientações para que
esse ensino pudesse desenvolver um trabalho considerando a base comum
curricular, só foi proposto a partir de 1999 com a publicação dos Parâmetros
Curriculares Nacionais do Ensino Médio – PCNEM.
A LDB, ao reproduzir o mandamento constitucional, incluiu a expressão
“inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana”. Essa
“qualificação para o trabalho” ou “formação para o trabalho”, objetiva garantir o
direito à profissionalização do cidadão trabalhador.
Desde 2008 está legalmente garantido que o Ensino Médio, atendida a
formação geral do educando, poderá preparar o cidadão para o exercício de
profissões técnicas. Assim, o Ensino Médio passou a assumir, também, além de
seu objetivo primordial de “preparação básica para o trabalho e a cidadania”
facultativamente, a incumbência da oferta da habilitação profissional, preparando
cidadãos trabalhadores “para o exercício de profissões técnicas” cujos programas
poderão ser desenvolvidos “nos próprios estabelecimentos de Ensino Médio ou em
cooperação com instituições especializadas em educação profissional”.
Especificamente em relação à Educação Profissional Técnica de Nível Médio, esta
poderá ser desenvolvida nas seguintes formas:
1. Articulada com o Ensino Médio;
2. Subsequente, em cursos destinados a quem já tenha concluído o Ensino Médio.

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Na Educação Básica, o respeito aos estudantes e a seus tempos mentais,


sócio emocionais, culturais, identitários é um princípio orientador de toda a ação
educativa. É responsabilidade dos sistemas educativos responderem pela criação
de condições para que crianças, adolescentes, jovens e adultos, com sua
diversidade (diferentes condições físicas, sensoriais e sócios emocionais, origens,
etnias, gênero, crenças, classes sociais, contexto sociocultural), tenham a
oportunidade de receber a formação que corresponda à idade própria do percurso
escolar, da Educação Infantil ao Ensino Fundamental e ao Médio.
Adicionalmente, na oferta de cada etapa pode corresponder uma ou mais
das modalidades de ensino: Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos,
Educação do Campo, Educação Escolar Indígena, Educação Profissional e
Tecnológica, Educação a Distância, a educação nos estabelecimentos penais e a
educação quilombola.
Com relação à taxa de rendimento da Rede Estadual, não se tem o que
informar, haja vista que a única escola estadual que temos no município de
Heliópolis, o Colégio José Dantas de Sousa não oferta o Ensino Fundamental e sim
o Ensino Médio.

Tabela 13. Taxa de Rendimento – Rede Municipal

Série/Ano Ano Taxa de aprovação Taxa de reprovação Taxa de abandono

Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural

2008 62,5 58,6 25 33,4 12,5 8

1ª série/2º 2009 76,9 6,31 14,8 31,7 8,3 5,2


ano do EF
2010 75 74,5 17,4 19,5 7,6 6

2008 77,6 61,7 12,2 31,4 10,2 7,3

2ª série/3º 2009 90,3 73 7,8 22,8 1,9 4,2


ano do EF
2010 79,9 69,5 18 26,5 2,1 3,9

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2008 72,3 61,5 11,5 27,8 16,2 10,7

2009 83,1 70,4 13,1 24 3,8 5,6


3ª série/4º
ano do EF 2010 83,3 68 11,5 28,6 5,2 3,4

2008 73,6 68 15,7 19,8 10,7 12,2

4ª série/5º 2009 73,9 59,9 23,2 21,8 2,9 18,3


ano do EF
2010 86,6 75,2 3,1 10,3 10,3 14,5

2008 25,5 34,3 39,8 35,8 34,7 29,9

5ª série/6º 2009 53,1 45,2 24,7 32,6 22,2 22,2


ano do EF
2010 49,6 47,5 21,7 30,8 28,7 21,7

6ª série/7º 2008 37,9 64,4 26,9 15,3 35,2 20,3


ano do EF
2009 54,4 58,7 16,1 21,4 29,5 19,9

2010 67,1 76,9 13,7 10 19,2 13,1

2008 39,4 62,9 31,6 12,9 29 24,2

7ª série/8º 2009 59,2 59,6 19,1 22,2 21,7 18,2


ano do EF
2010 70,9 71,6 8,2 11,2 20,9 17,2

2008 55,9 66,4 22 5,2 22,1 28,4

8ª série/9º 2009 71 69 11,1 10,7 17,9 20,3


ano do EF
2010 85,5 78,4 4 5,2 10,5 16,4

Fonte: Secretaria Municipal de Educaçãode Heliópolis, 2015.

Avaliando a tabela 13, nota-se um crescimento considerável na taxa de


aprovação tanto na zona urbana como na zona rural no período de 2008 - 2010, já
no que se refere à taxa de reprovação no mesmo período, nota-se que há
oscilações no resultado de algumas séries/anos, onde houve redução e, na
minoria, constata-se aumento, como podemos observar a 2ª série/3º ano do EF
(urbana). Observando a taxa de abandono, verifica-se que nas séries iniciais há
quase que uma estabilização nos resultados, diferentemente das séries finais que
apresenta um aumento preocupante desse índice. Pois não se pode presumir ao

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certo o que ocorreu para tal mudança radical, possivelmente esse fato pode ter
ocorrido devido à mudança de rotina a que o aluno está acostumado, tanto
pedagógica quanto ambientalmente.

Tabela 14. Matrícula Inicial do Ensino Médio no Município de Heliópolis, por


dependência administrativa e localização 2011/2014

Municipal Estadual Privada Total


Ano
Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural

2011 - - 544 - - - 544

2012 - - 602 - - - 602

2013 - - 612 - - - 612

2014 - - 638 - - - 638

Fonte: Disponivel em: http://portal.inep.gov.br/basica-censo-escolar-matricula. Acesso em 04 mar.


2015.

Analisando a tabela 14, nota-se que o número de matrículas da rede


estadual vem crescendo em média 3,5% no período de 2011 a 2014.

No município de Heliópolis o Ensino Médio passou a ser ofertado pelo


estado, por isso a tabela (14) apresenta apenas a rede estadual urbana, uma vez
que existe apenas uma escola estadual no município e está localizada na sede.

Tabela 15. Taxas de Rendimento do Ensino Médio – Rede Estadual

Taxa de aprovação Taxa de Reprovação Taxa de Abandono

Fase/Nível Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total

2011 78,4 - 78,4 3,2 - 3,2 18,4 - 18,4

1º ano 2012 62,6 - 62,6 9,3 - 9,3 28,1 - 28,1

do EM 2013 44,6 - 44,6 27,7 - 27,7 27,7 - 27,7

2011 84 - 84 1,2 - 1,2 14,8 - 14,8

2º ano 2012 87,5 - 87,5 1,4 - 1,4 11,1 - 11,1

do EM 2013 80,5 - 80,5 10,7 - 10,7 8,8 - 8,8

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2011 96 - 96 0 - 0 4 - 4

3º ano 2012 91,7 - 91,7 0 - 0 8,3 - 8,3

do EM 2013 72,5 - 72,5 25,1 - 25,1 2,4 - 2,4

Fonte: http://portal.inep.gov.br/indicadores-educacionais. Acesso em 04 mar. 2015.

Na referida tabela (15) nota-se que na primeira série do Ensino Médio


costuma ter uma taxa de abandono maior, assim como a reprovação, isso seguindo
até mesmo uma tendência nacional, que é o funilamento ao longo do percurso na
Educação Básica. Já ao final (terceira série) esses números caem.

Tabela 16 - Desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem ) 2009

Nível Ano Média da prova Média total (Redação e Prova Objetiva )


objetiva

Rede Federal 2009 - -

Rede Estadual 2009 445.16 478.38

Rede Municipal 2009 442.01 535.78

Fonte : http://ide.mec.gov.br/2011/municipios/relatorio/coibge/2911857. Acesso em 04 mar. 2015.

Analisando a tabela 16, nota-se, inicialmente, que constam apenas


informações relativas ao ano de 2009, sendo dados mais recentes e também
únicos.

No que se refere à média na prova objetiva, percebe-se que os alunos da


rede estadual apresentaram uma pequena superioridade em relação aos alunos da
rede municipal, enquanto, na média total, ou seja, na Redação e Prova Objetiva
houve uma inversão, onde os alunos da rede pública municipal, última turma do
curso de magistério do município de Heliópolis, obtiveram melhores resultados,
chegando a superar os alunos da rede estadual em aproximadamente 12%.

A primeira escola de ensino médio de Heliópolis foi criada quando ainda


distrito, povoado de Ribeira do Amparo, no início dos anos oitenta. Escola
Cenecista Sagrado Coração de Jesus. O curso ofertado era o Magistério 1ª à 4ª
série, que perdurou até o ano de 1986. A escola Cenecista foi desativada, mas o
curso permaneceu mantido pelo já município de Heliópolis, desmembrado de

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Ribeira do Amparo, em 11 de abril de 1985. A primeira escola de ensino médio


mantida pelo município foi instalada na Praça Ananias Barbosa (Largo da
Emancipação), com o nome de Colégio Municipal de Heliópolis, que ofertava
também as séries do fundamental II. Com a construção de uma nova sede, na
Avenida Poço Verde, em área mais ampla, o colégio passou a se chamar Colégio
Waldir Pires. A instituição só deixou de oferecer ensino médio quando formou suas
últimas turmas, em 2009.
A partir de 2006, o Estado da Bahia passou a manter o ensino médio e abriu
matrículas para a modalidade, funcionando provisoriamente na Escola Castro Alves
até a conclusão do prédio na Rua Francisca Alves. O novo colégio passou a ser
denominado de José Dantas de Souza, fundador da cidade de Heliópolis. Como o
município necessitava do uso da escola Castro Alves, até porque já havia passado
o prazo de conclusão da obra, os alunos foram acomodados em depósitos cedidos
pela comunidade.
Em setembro de 2007, a escola estava pronta, necessitando apenas da
liberação do setor de engenharia, mas ninguém mais suportava as condições
insalubres e desconfortáveis nos imóveis utilizados. Com uma manifestação
estudantil em Ribeira do Pombal, os alunos pediam a liberação para se instalarem
no novo colégio. Rapidamente, o diretor regional autorizou a mudanças e a escola
começou a funcionar antes da inauguração, que só ocorreu em janeiro de 2008.
A única escola de ensino médio de Heliópolis, o Colégio Estadual José Dantas
de Souza possui originalmente a seguinte estrutura: 06 salas de aulas, 01
laboratório de Ciências, 01 sala de informática, 01 sala de vídeo, 01 biblioteca, 01
almoxarifado, 01 quadra de esporte, cozinha, cantina, pátio, depósito de material
de limpeza, depósito, diretoria, secretaria, vice-diretoria, sala dos professores,
guarita e banheiros. Hoje, contrariando o conceito de evolução, a escola não possui
mais laboratório de ciências, almoxarifado e sala de vídeo. Isso para dar lugar a
salas de aulas. No turno vespertino há 09 turmas, caracterizando superlotação.
Atualmente o ensino médio é ofertado para os três turnos, porém, o acesso
para os alunos da zona rural há limitação para os turnos matutinos e noturnos
devido ao transporte escolar.
A escola possui melhores condições de atendimento, contudo, precisa urgente
de ações em colaboração com a secretaria do estado da Bahia, reativar o

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laboratório de ciências, reaparelhamento da sala de informática e equipamentos


multimidiaticos todas as salas de aulas.
E ainda, a oferta alternativa ao ensino médio regular, para ensino médio
técnico ou implantação de curso pedagógico para alfabetização do 1º ao 5º ano,
bem como a implantação do programa Ensino Médio Inovador.
Urge a necessidade de abertura imediata de concurso público via Secretaria
do Estado para que possa extinguir as contratações de professores via Reda/PST,
haja vista que há dez professores efetivos, com dois assumindo cargos de direção,
apenas três funcionários efetivos no apoio. O quadro de funcionários se completa
por meio da terceirização. O quadro de professores se completa por meio da
contratação temporária – PST – e por meio de seleção – REDA
Diante do exposto, verifica-se que a oferta do ensino médio de Heliópolis,
necessita de muitos ajustes no tocante ações e metas delineadas a partir de
avanços inovadores que garantam o acesso e a permanência do educando ao
ensino de qualidade com plenas condições de ingressar no ensino superior e
consequentemente na vida profissional.

2.3 MODALIDADES E DESAFIOS DA EDUCAÇÃO

2.3.1 Educação Especial

A organização da Modalidade de Educação Especial no município de


Heliópolis orienta para a implantação/implementação de sistemas educacionais
inclusivos, seguindo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº
9.394, de 20-12-1996, trata, especificamente, no Capítulo V, da Educação
Especial.

A LDBEN define por modalidade de educação escolar, oferecida


preferencialmente na rede regular de ensino, para pessoas com necessidades
educacionais especiais. Assim, perpassa transversalmente todos os níveis de
ensino, desde a educação infantil ao ensino superior. Esta modalidade de
educação é considerada como um conjunto de recursos educacionais e de
estratégias de apoio que estejam à disposição de todos os alunos, oferecendo
diferentes alternativas de atendimento.

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O Ministério da Educação está investindo em um sistema de informações


adequado às exigências e complexidades da Educação Especial. Dessa forma a
educação especial encontra-se presente nos mais diversos contextos legais. É
dever do Estado da família e da sociedade, fazer valer esses direitos, dando
suporte necessário para o atendimento especial, para tanto, será necessário voltar
ao chão da escola e promover políticas inclusivas para atender a educação
especial.

Pensar em inserir o aluno especial a escola comum é proporcionar ações


que visem superar dificuldades, trazer um conhecimento significativo de igualdade
a todos, não admitindo as práticas discriminatórias dentro do contexto escolar, que
perpassam toda o nosso sociedade. Oferecer um atendimento especializado que
supra as necessidades é um direito e está determinado nas Diretrizes Nacionais
para a Educação Especial.

O AEE vem para atender a essas pessoas, proporcionando um


atendimento especializado complementar ou suplementar a classe comum. Esse
atendimento ocorre em um horário oposto ao da escolarização, onde ali os
mesmos conteúdos são trabalhados. Esse ambiente é resultado das muitas lutas
em prol da melhoria do ensino e da inclusão das pessoas com deficiência. Define,
ainda, no artigo 205, a educação como um direito de todos, garantindo o pleno
desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o
trabalho. ECA–Lei nº. 8.069/90 O artigo 55 reforça os dispositivos legais
supracitados ao determinar que "os pais ou responsáveis têm a obrigação de
matricular seus filhos na rede regular de ensino”.

A Política Nacional da Educação Especial - 1994 Orienta o processo de


“integração instrucional” condiciona ao cesso às classes comuns do ensino
regular àqueles que possuem condições de acompanhar desenvolver as atividades
curriculares programadas do ensino comum, no mesmo ritmo que os alunos
ditos normais.

A Lei 9394/96 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Art. 58.


Entende-se por Educação Especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de
educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para

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educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas


habilidades ou superdotação.

Plano Nacional de Educação - PNE, Lei nº 10.172/2001. “Destaca o


grande avanço que a década da educação deveria produzir seria a construção de
uma escola inclusiva que garanta o atendimento a diversidade humana”

Lei nº 10.436/2002 Reconhece LIBRAS como língua oficial no país


juntamente com o português

A Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação


Inclusiva – 2008. Têm como objetivo o acesso, a participação e a aprendizagem
dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação nas escolas regulares.

Importa ressaltar que, segundo esse dispositivo legal e atendendo aos


princípios da educação inclusiva, o aluno tem o direito incondicional à matrícula na
rede regular e sua avaliação deve ser “pedagógica” (art. 3 º. inciso II). Esse
processo avaliativo é iniciado pelo professor da classe comum e deve contar com a
participação da equipe escolar, do supervisor escolar, do professor de apoio e
acompanhamento à inclusão (PAAI) e, se atendido na sala de apoio e
acompanhamento à inclusão (SAAI), pelo professor regente dessa sala, pela
família e, quando necessário, deve envolver a equipe multiprofissional da saúde ou
instituições especializadas que atendem aos alunos da rede municipal de ensino
(art. 4 º. § 2.º)

Assim, a avaliação da aprendizagem implica a participação não apenas do


professor da classe comum, mas de todos os participantes na formação do
educando e, para isso, é importante que se estabeleçam, em conjunto, momentos
de estudo, análise e reflexão, pois os conhecimentos específicos das diferentes
áreas do conhecimento e a observação do aluno em diferentes situações, dentro e
fora da escola, que contribuem no sentido de melhor conhecer e compreender os
modos de aprender e interagir dos mesmos e as formas de inter-relacionamento no
âmbito das unidades educacionais (U.E.), de professores / alunos / coordenador /
diretor / supervisor e na família. Essa ação é importante para identificar consensos

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acerca de orientações sobre a melhor forma de atender esses alunos na escola e,


inclusive, em casa.

A organização dos dados coletados pela equipe da Educação especial foi


elaborada a presente versão, que orientará a organização e o desenvolvimento
curricular das escolas da rede municipal de Heliópolis.

Há muitos dados reais no senso escolar, em face de insensibilidade da


sociedade e dos gestores públicos em se fazer valer o direito de inclusão. O nosso
município passou a declarar no senso escolar a partir do ano de 2013, contudo, há
poucas informações diante da realidade, por isso foi necessário uma análise de
levantamento em todas as escolas do município e de acordo com essa pesquisa
foi detectado 36 crianças matriculadas com necessidades especiais. Sendo que
dessas apenas 11 foram informados no senso 2014 onde dessas 11 no ensino
infantil Pré-escola (01) criança, no ensino fundamental anos Iniciais (08) crianças, e
nos anos Finais ( 02 ) duas crianças com alguns tipos de déficit como transtorno
global do desenvolvimento ou altas habilidades / síndrome, auditiva, mental, física,
superdotação, dentre outros. Total de alunos com deficiência, transtorno global do
desenvolvimento ou altas habilidades/ superdotação por tipo de necessidade: 11.

De acordo com a pesquisa no conselho tutelar foram encontradas (10) dez


crianças especiais cadastrados. Vejamos a tabela abaixo:

Tabela 17. Matrículas da Educação Especial no Município de Heliópolis, por


necessidade e nível de ensino

Necessidades Nível de ensino Total

Ed. Infantil 1º AO 5º 6º ano a Ens.


ano 8ª Série Médio

Deficiência visual - 02 05 - 07

Deficiência mental - 10 07 17

Deficiência física - 05 05

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Defic. Auditiva - 04 02 06

Defic. Múltiplas - 06 06

Altas - - - - -
habilidades/superdotação

Total - 27 12 02 41

Fonte: Secretaria Municipal de Educaçãode Heliópolis, 2015.

Analisando a tabela 17, percebe-se que a maior concentração de alunos


com deficiências e/ou necessidades especiais é justamente na etapa incial do
ensino fundamental, representando aproximadamente 66% do universo dos 41
(quarenta e um) casos registrados no município de Heliópolis até o ano de 2014. E
quanto ao tipo de deficiência, nota-se que a que se destaca é a mental como cerca
de 41% do total e, em segundo lugar aparece a deficiência visual com 07 (sete)
casos, representando 17% aproximadamente.

É bom salientar que agora em 2015 a Secretaria Municipal de Educação –


SME, juntamente com os conselhos Tutelar e CMDCA (Conselho Municipal da
Criança e do Adolescente), depois de muita divulgação em todo município,
promoveu uma importante reunião com pais e/ou responsáveis de alunos
especiais, a fim de diagnosticar através de uma ficha, quais seriam as suas
respectivas deficiências para que as entidades supracitadas pudessem dar-lhes
uma atenção maior e, sobretudo especializada. Sendo que o município de
Heliópolis também fez a adesão junto ao Ministério da Educação para adiquirir uma
sala de recursos multifuncionais para que possa atender melhor esse público
especial, bem como enviou alguns professores da rede pública municipal para
fazer curso nesta área inclusiva na cidade de Paulo Afonso-Bahia, desde o ano de
2013.

No ano de 2009 o município de Heliópolis preocupado com demanda de


crinças especiais na rede instituiu a ser Lei 331/ 2009, em 2014 i 397/2014 que
corrobora com a anterior, disciplinando a atendimento especializado em toda a
rede de ensino, contudo o município não dispõe de estrutura física e humana para
o atendimento na classe regular e especial, por isso, a necessidade urgente de
recursos via Governo federal para adaptar às mudanças e acolhimento das
crianças com necessidades especiais bem como a formação de profissionais para
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desenvolver a proposta pedagógica de qualidade e inserção social. (Diário oficial


do município 2009)

A Lei nº 397/2014 que institui o plano trienal de Ações e Metas da


Educação de Heliópolis (PAMEH), prevê a implementação do atendimento
especializado na rede, conforme diretrizes nacionais.

O dispositivo de Lei acima tem prazo de validade de apenas três anos para
sua execução, pois a implementação de políticas públicas da educação especial é
gradativa, em face da deficiência de estrutura física e material humano, assim o
município necessita organizar toda a rede para esse tipo de atendimento, de modo
que a gestão atual pretende construir uma sala multifuncional na escola Castro
Alves, sede do município até o final de 2017. Nesse passo, o município já fez
adesão junto ao MEC para compra de equipamentos mobiliários para sala
multifuncional.

É cediço que o município não possui banco de dados genéricos acerca da


real demanda, haja vista que não houve em gestões anteriores essa coleta de
dados, somente a partir de 2013, a secretaria passou a adotar ficha diagnóstica,
em face de mobilização da população interessada. Assim os dados acima não
correspondem com a demanda integral da educação básica do município. Portanto,
o diagnóstico existe necessita de atualização para melhor atender a esse público
alvo.

2.3.2 Política de Alfabetização:

O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é um compromisso


formal assumido pelos governos federal, do Distrito Federal, dos estados e
municípios para assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito
anos de idade, ao final do 3º ano do ensino fundamental.

A atuação do Programa PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA


IDADE CERTA (PNAIC) no município de Heliópolis-Ba e sua contribuição para os
três primeiros anos do ensino fundamental no ciclo de alfabetização tem sido
realizada, tendo como base os princípios legais estabelecidos pelo referido
Programa.

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No campo da legislação vários avanços se deram para a organização


desse momento escolar – ciclo de alfabetização - concomitante ao processo de
democratização do acesso das camadas populares ao ensino público a partir da
década de 70.
É importante situarmos o marco legal de todo o ensino fundamental como o
primeiro segmento a se tornar obrigatório na educação brasileira. Foi a partir da Lei
nº 5.692 de 1971 que o ensino fundamental passou a ser constituído de oito anos
de duração ou dos sete aos catorze anos, uma vez que antes previa-se apenas
quatro anos de obrigatoriedade. A partir de 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional sinalizou para um ensino obrigatório com duração de nove
anos, mudando, assim, sua constituição etária de seis a catorze anos. Mas foi
somente em 2006 com a promulgação da Lei nº 11.274 que o ensino fundamental
de nove anos passou a ser uma realidade nos sistemas de ensino brasileiro.
Segundo a Lei, os sistemas teriam prazo até 2010 para sua total implantação.
Assim, com o novo ensino fundamental de nove anos implantado em todo o
país e com o consequente advento, em 2010, das Novas Diretrizes Curriculares
Nacionais do Ensino Fundamental, pelo Conselho Nacional de Educação (CNE),
alterações estruturantes compuseram a organização desse segmento de ensino.
O conceito de Ciclo de Alfabetização, como princípio organizativo dos três
primeiros anos do novo ensino fundamental de nove anos, aparece pela primeira
vez na legislação brasileira. Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
desde 1996, tinha-se o princípio de ciclo apenas como uma indicação de possibili-
dade de organização dos sistemas. A conferir:
Art. 23 – A educação básica poderá organizar-se em séries anuais,
períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não
seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma
diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem
assim o recomendar. (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei no
9.394/1996).
Já, na Resolução nº 7 de 2010, que constituiu as novas Diretrizes
Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental de Nove Anos, a referência à forma
de organização do ciclo dos três primeiros anos aparece de forma mais objetiva:
Art. 30 – Os três anos iniciais do Ensino Fundamental devem assegurar:

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I – a alfabetização e o letramento;
II – o desenvolvimento das diversas formas de expressão, incluindo o
aprendizado da Língua Portuguesa, a Literatura, a Música e demais artes, a
Educação Física, assim como o aprendizado da Matemática, da Ciência, da
História e da Geografia;
III – a continuidade da aprendizagem, tendo em conta a complexidade do
processo de alfabetização e os prejuízos que a repetência pode causar no Ensino
Fundamental como um todo e, particularmente, na passagem do primeiro para o
segundo ano de escolaridade e deste para o terceiro.
§ 1o Mesmo quando o sistema de ensino ou a escola, no uso de sua
autonomia, fizerem opção pelo regime seriado, será necessário considerar os três
anos iniciais do Ensino Fundamental como um bloco pedagógico ou um ciclo
sequencial não passível de interrupção, voltado para ampliar a todos os alunos as
oportunidades de sistematização e aprofundamento das aprendizagens básicas,
imprescindíveis para o prosseguimento dos estudos.
Como vemos, de forma explícita, foi designado aos sistemas de ensino que
organizassem de maneira contínua os três primeiros anos de escolaridade
constituindo, assim, o que denominamos de Ciclo de Alfabetização. Uma or-
ganização do tempo do aluno estruturada numa progressão continuada das
aprendizagens não passível de interrupção, ou seja, de reprovação. Tendo em
vista, a melhoria dos níveis de aprendizagem e assegurando que os alunos saíam
do Ciclo de Alfabetização, alfabetizados.

Em 2011 o município de Heliópolis aderiu ao programa Pacto com


Municípios pela Alfabetização, uma ação de responsabilidade do Governo Estadual
juntamente com os municípios, que tem como objetivo de alfabetizar com qualidade
as crianças até oito anos de idade. Tendo em vista que houve formação
continuada, material didático e pedagógico apenas para os docentes das turmas de
1º ano do Ensino Fundamental.

A trajetória do PNAIC no município de Heliópolis teve início em 2013, em


consonância com o Programa Pacto com Municípios pela Alfabetização, que neste
ano disponibilizou para o município material didático contendo: Proposta Alfabetizar
Letrando, Caderno do Aluno, Caderno de Fichas, Proposta Didática de

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Alfabetização Matemática, Caderno do Professor de Jogos, fichas e montagem,


Caderno de Atividades do aluno e Cartazes. Em contrapartida o PNAIC ofereceu
Cadernos de Estudos, que visam à contribuição e ampliação acerca das reflexões
das práticas e das experiências docentes, auxiliando-os na tarefa de conquistar a
alfabetização.

Em 2014 houve a adesão entre os dois programas que tem objetivos


semelhantes postergando-se em 2015. A partir daí ambos passaram a atuar juntos
proporcionando encontros de formação continuada mensalmente com professores
inseridos neste ciclo (1º ao 3º ano do Ensino Fundamental), visando à melhoria no
ensino-aprendizagem de crianças no Ciclo de alfabetização. Os projetos de
formação continuada devem fortalecer na escola a constituição de espaços e
ambientes educativos que possibilitem a aprendizagem, reafirmando a escola como
espaço do conhecimento, do convívio e da sensibilidade, condições
imprescindíveis para a construção da cidadania.

No entanto, a participação da família também é um dos fatores que


contribui para a criação de condições favoráveis de aprendizagem. Cabe aos
diretores, coordenadores pedagógicos e professores estabelecerem relações
favoráveis com as famílias, acatando suas contribuições e fornecendo as
informações e orientações que as ajudem a participar efetivamente da vida escolar
das crianças.

Em referência a alfabetização de crianças do campo, quilombolas e de


populações itinerantes, pode-se dizer que ela não é realizada com materiais
didáticos específicos a cada realidade. No entanto, nota-se que os professores e
professoras em questão, buscam adequar-se a cada situação da melhor forma
possível, sempre tendo em vista, atender as necessidades dos educandos. Se
tratando, da alfabetização das pessoas com deficiência considerando suas
especificidades, e da alfabetização bilíngue de pessoas surdas, é compreendido
que tal processo não ocorre da forma apropriada para os indivíduos in loco, devido
a vários fatores internos, tais como: ausência de formação continuada específica
para Educação Especial, ausência de professor auxiliar por sala, falta de sala e
material pedagógico que atenda a essa demanda. Porém, percebe-se um esforço
coletivo das partes envolvidas visando promover uma aprendizagem significativa.
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No contexto da implementação do Ciclo de Alfabetização, e no que se refere


a utilização dos espaços escolares, entende-se que existe a necessidade da
reorganização dos mesmos, tornando-os ambientes alfabetizadores propícios ao
desenvolvimento das atividades didáticas promovidas no Ciclo de Alfabetização. O
material didático disponibilizado ao 1º ano é fornecido pelo Pacto Estadual.
Entretanto, o mesmo não atende a demandados educandos do referido município,
com isso é utilizado o do PNLD, mas este não oferece para todos as áreas de
conhecimento. Já o material utilizado no 2º e 3º ano é entregue pelo PNLD, porém
este não vem atendendo de forma eficaz para todas as turmas do ciclo de
alfabetização. Desta forma, o professor utiliza-se de outras estratégias, que
possibilitem os discentes se apropriarem do sistema de escrita alfabética e torná-
los alunos e alunas numeralizados.

No caso da existência de ações pedagógicas implantadas em prol da


integração da Educação Infantil e o Ciclo de Alfabetização, é notório que o PNAIC
vem auxiliando neste processo através do suporte teórico-metodológico, realizando
formações e acompanhamento pedagógico dos professores, sendo que este não
se concretiza de forma eficiente. Além disso, vem sendo realizada formações
continuadas com professores da Educação Infantil e do Ciclo de Alfabetização
promovidas pelo município.

Dessa forma, objetivando o cumprimento do compromisso de alfabetizar


dentro da perspectiva do letramento todas as crianças até no máximo os oito anos
de idade ou/final do 3º ano só se efetivará na medida em que a proposta
pedagógica assegure a progressão das aprendizagens dos estudantes em cada
um dos anos que compõe o ciclo.

Sendo assim, sabendo do esforço que os docentes vêm dedicando às suas


práticas pedagógicas, ressaltamos que só com a priorização de investimentos na
política de alfabetização, possibilitará o alcance do desafio de garantir a
alfabetização de todas as crianças.

2.3.3 Educação em Tempo Integral

A Educação integral surge a partir de um ideal presente na legislação


educacional brasileira e do pensamento de alguns educadores como Anísio
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Teixeira que idealiza e defende como concepção de educação aquela que alcance
a universalização, as áreas mais amplas da cultura, da socialização, da preparação
para o trabalho e para a cidadania. Além disso, ela ajudará no acesso, na
permanência e na melhoria da aprendizagem dos alunos da escola pública. Como
também, na correção de injustiças e superação das desigualdades sociais.

A Secretaria de Educação Básica (SEB) por meio da Diretoria de


Currículos e Educação Integral e, com ela, o intuito de ampliar tempos, espaços e
oportunidades educativas que qualifiquem a educação pública brasileira institui a
Educação Integral que compreende o ser humano em suas múltiplas dimensões
como sujeito de Direitos.

Dentro dessa perspectiva, o município de Heliópolis no intuito de elevar o


IDEB e consequentemente a qualidade educacional elaborou e a provou o PAMEH
(Plano de Ações e Metas da Educação do Município de Heliópolis), Projeto de Lei
Municipal nº 397/2014 que estabelece as diretrizes e as metas da educação para
2014 a 2016 em associação e como reforço a outros planos educacionais, como o
Plano Nacional de Educação (PNE), Lei aprovada pelo Congresso Nacional que
abrange as ações até 2020 e o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e
com intervenções previstas até 2022.

O município de Heliópolis implantou em Agosto de 2014, o Programa Mais


Educação que mais se apróxima da Educação Integral. As oficinas ofertadas pelas
escolas, são: Canteiros sustentáveis, Campos do Conhecimento, Esporte na
escola, Cultura Arte e Educação Patrimonial, Memória e História das Comunidades,
Foi um período de experiência, serviu como diagnóstico para reflexão e
redirecionamento de novas práticas educacionais, sociais, culturais. As escolas
supracitadas participam do Programa. E encontram uma grande necessidade de
formações para os monitores.

Hoje o município oferta o Programa Mais Educação a aproximadamente


50% das escolas, mas não atendem o 100% do alunado, visto que as condições
físicas e estruturais das escolas precisam se adequar para atender as demandas.
Sem dizer que ainda enfrentamos problemas quanto a organização a aceitação dos
pais e/ou responsáveis em deixar o filho/filha participar.

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Heliópolis

No mais, falar em Educação em Tempo Integral no nosso muncípio, é


repensar valores, trabalhar com conscientização e acima de tudo rever os espaços
para desenvolver as atividades extras. Visto que a experiência que temos
atualmente com o Programa Mais Educação, nos mostra o quão difícil será uma
Educação em Tempo Integral, pois precisamos fazer com que os gestores
escolares consigam planejar de acordo com sua realidade e sejam também abertos
para o novo. Já que, comprovadamente um dos problemas do Programa Mais
Educação com certeza é a falta de planejamento dos gestores escolares e a
ausência de abertura para os pais compreenderem a importância do ensino em
Tempo Integral.

O Programa Mais Educação é oferecido nas escolas municipais: Escola de


Ensino Fundamental e Médio Gov. Waldir Pires, Jorge Amado, escola anexa:
Marcelino Borges dos Santos, Getúlio Vargas, D. Pedro I, escola anexa: José
Benício, Castro Alves, Rui Barbosa, Galdino Barbosa de Andrade, Edézio José da
Gama, laboratório a escola Municipal de Educação Infantil e Fundamental Castro
Alves.

Fazendo-se uma análise quanto à implantação da Educação Integral neste


município percebe-se que apesar dos esforçosa Educação em Tempo Integral do
município de Helópolis, é algo a se pensar a médio e longo prazo. Visto que, as
condições estruturais das escolas e até da própria aceitação dos familiares para
com essa educação ainda estar distante da compreensão real dessa educação,
mas gradativamente acredita-se que o Programa Mais Educação aos poucos
conquiste parcerias e com a participação de todos: educadores, artistas, atletas,
equipes de saúde e da área ambiental, gestores das áreas sociais, enfim, com a
colaboração de todo pessoal que se dedicam à tarefa de assegurar os direitos de
crianças, adolescentes e jovens a educação integral torne-se realidade. Pois, seus
programas e ações se baseiam em torno de um princípio simples: lugar de
crianças, adolescentes e jovens é na escola. Além disso, ela é constituída de
parcerias Inter setoriais e intergovernamentais.

Atualmente a escola pública vive um duplo desafio – educação/proteção –


no contexto de uma “Educação Integral em Tempo Integral”, sabe-se que há
necessidade de ampliam-se as possibilidades de atendimento as crianças,
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adolescentes. Assim, cabe à escola assumir uma abrangência que, para uns, a
desfigura e, para outros, a consolida como um espaço realmente democrático.

Nesse sentido, a escola pública passa a incorporar um conjunto de


responsabilidades que não eram vistas como tipicamente escolares, mas que, se
não estiverem garantidas, podem inviabilizar o trabalho pedagógico.

Partindo-se dessas reflexões o município de Heliópolis abraça


especificamente o ordenamento constitucional-legal que envolve a Educação
Integral e o tempo integral, evidencia-se que, muito embora a Constituição Federal
de 1988 não faça referência literal a essas expressões, ao apresentar a educação:
(1) como o primeiro dos dez direitos sociais (Art.6°) e, conjugado a esta ordenação,
(2) apresentá-la como direito capaz de conduzir ao pleno desenvolvimento da
pessoa, fundante da cidadania, além de possibilitar a preparação para o mundo do
trabalho (Art. 205) – condições para a formação integral do homem e além de
abraçar pretende alcançar os objetivos e as metas educacionais que toda
sociedade livre, política e democrática busca: o desenvolvimento pleno de seus
indivíduos.

De forma subliminar, a conjunção dos artigos, anteriormente citados,


permite que seja deduzido do ordenamento constitucional a concepção do direito à
Educação Integral.

O Art. 205 ainda determina que “a educação, direito de todos e dever do


Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade”. Embora evidencie a precedência do Estado no dever de garantir a
educação, o referido artigo co-responsabiliza família e sociedade no dever de
garantir o direito à educação.

2.3.4 Qualidade da Educação Básica

Falar em qualidade social da educação é falar de uma nova qualidade, onde


se acentua o aspecto social, cultural e ambiental da educação, em que se valoriza
não só o conhecimento simbólico, mas também o sensível e o técnico.

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Heliópolis

O que é qualidade? - Qualidade é a categoria central deste novo paradigma


de educação sustentável, na visão das Nações Unidas. Mas ela não está separada
da quantidade. Até agora, entre nós, só tivemos, de fato, uma educação de
qualidade para poucos. Precisamos construir uma “nova qualidade”, como dizia
Paulo Freire, que consiga acolher a todos e a todas. Qualidade significa melhorar a
vida das pessoas, de todas as pessoas.

Na educação a qualidade está ligada diretamente ao bem viver de todas as


nossas comunidades, a partir da comunidade escolar. A qualidade na educação
não pode ser boa se a qualidade do professor, do aluno, da comunidade é ruim.
Não podemos separar a qualidade da educação da qualidade como um todo, como
se fosse possível ser de qualidade ao entrar na escola e piorar a qualidade ao sair
dela.

O Documento de Referência da Conferência Nacional de Educação (MEC,


2009) refere-se à qualidade da educação no Eixo II, associando este tema ao da
gestão democrática e da avaliação. Não há qualidade na educação sem a
participação da sociedade na escola.

A garantia de espaços de deliberação coletiva está intrinsecamente ligada à


melhoria da qualidade da educação e das políticas educacionais. Só aprende quem
participa ativamente no que está aprendendo. O documento do MEC aponta um 3
“conjunto de variáveis” que interferem na qualidade da educação e que envolvem
questões macroestruturais, como a concentração de renda, a desigualdade social,
a garantia do direito à educação, bem como a “organização e a gestão do trabalho
educativo, que implica condição de trabalho, processos de gestão educacional,
dinâmica curricular, formação e profissionalização.

Nesse contexto, a discussão acerca da qualidade da educação suscita a


definição do que se entende por educação. Numa visão ampla, ela é entendida
como elemento partícipe das relações sociais mais amplas, contribuindo,
contraditoriamente, para a transformação e a manutenção dessas relações.

“É fundamental, portanto, não perder de vista que qualidade é um conceito


histórico, que se altera no tempo e no espaço, vinculando-se às demandas e

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75 - Ano II - Nº 414

exigências sociais de um dado processo” (MEC, 2009:30). O tema da qualidade


não pode escamotear o tema da democratização do ensino. Dentro dessa nova
abordagem a democracia é um componente essencial da qualidade na educação:
“qualidade para poucos não é qualidade, é privilégio” (Gentili, 1995:177).

Tablea 18. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica ( IDEB ) no Ensino


Fundamental 2005/2013

Âmbito de
Ensino
Anos Iniciais do Ensino Fundamental Anos finais do Ensino Fundamental

IDEB observado Metas IDEB observado Metas

2005 2007 2009 2011 2013 2021 200 2007 2009 2011 2013 2021
5

Brasil Total 3,6 4 4,4 4,7 4,9 5,2 3,2 3,5 3,7 3,9 4 4,6

Rede
2,6 2,6 3,2 3,8 4,0 4,9 2,6 2,7 2,8 2,9 3,1 4,7
Estadual

Rede
estadual do - - - - - - -
seu Município - - - - -

Rede
Municipal do 2,4 2,8 3,3 3,9 3,7 5,2 2,3 2,3 2,7 3,7 3,4 4,6
seu Município

Fonte: http://ide.mec.gov.br/2011/municipios/relatorio/coibge/2911857. Acesso em 04 mar. 2015.

Avaliando a tabela 18, verificamos que na Rede Pública Municipal houve um


crescimento nos anos de 2005 a 2011, no entanto em 2013 esse crescimento
diminuiu, ficando desta forma mais distante da meta prevista para 2021, contudo, é
preciso intensificar na melhoria da qualidade ensino/aprendizagem para que seja
possível alcançar essa meta no tempo previsto.

Não podemos falar em qualidade na educação sem que seja levada em


conta a questão da alimentação escolar que tem se mostrado de fundamental

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Heliópolis

importância para o desenvolvimento do aluno e o seu melhor rendimento escolar e


aprendizagem

O reconhecimento do Direito Humano à Alimentação Adequada – DHAA


foi, sem dúvida, um dos maiores avanços das Politicas Públicas Sociais, tratando
todas as pessoas de forma igualitária e garantindo que todos, independentemente
da condição financeira, tenham o direito de se alimentar todos os dias em
quantidade e qualidade adequadas, desde a concepção até a senectude.

Outro grande avanço em relação à alimentação é o Programa Nacional de


Alimentação Escolar – PNAE que reconhece a alimentação escolar como requisito
básico para promoção e proteção da saúde, possibilitando a afirmação plena do
potencial de crescimento e desenvolvimento humano com qualidade de vida e
cidadania, contribuindo para um maior rendimento escolar, menor evasão nas salas
de aula e maior envolvimento da comunidade na escola.

O lançamento do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das


Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022, com o objetivo
de promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas efetivas,
integradas, sustentáveis e baseadas em evidências para a prevenção e o controle
das DCNT e seus fatores de risco e fortalecer os serviços de saúde voltados às
doenças crônicas também faz parte do esforço coletivo para melhoria da qualidade
de vida da população brasileira.

Para garantir a Segurança Alimentar e Nutricional – SAN e apoiar o


enfrentamento das DCNT, o município de Heliópolis-BA contemplou na elaboração
do Plano Municipal de Educação 2015-2025 – PME o tema Saúde e Alimentação
Escolar, tendo em vista esse ser um assunto que perpassa a intersetorialidade,
sem qual não conseguiríamos alcançar todos os objetivos das políticas públicas de
saúde.

Referências Internacionais e Nacionais

O Direito Humano à Alimentação Adequada – DHAA permeia o cenário de


politicas internacionais desde a Declaração Universal dos Direitos Humanos em
1948, a Declaração Universal sobre a Erradicação da Fome e Desnutrição em
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77 - Ano II - Nº 414

1974, a Declaração Mundial sobre Nutrição em 1992, a Declaração de Roma sobre


a Segurança Alimentar e o Plano de Ação da Cúpula Mundial de Alimentação em
1996, a Declaração do Milênio das Nações Unidas em 2000, dentre outras que
também tratam desse tema.

De acordo com a pesquisa do IBGE 2010, no Brasil estima-se que 6,8


milhões de adolescentes e 5,6 milhões de crianças entre 5 e 10 anos apresentam
excesso de peso. Além disso, 72% das causas de morte são ocasionadas pelas
DCNT.

O resultado da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada


com adolescentes do 9° ano de escolas públicas e privadas das capitais brasileiras
no ano de 2009, indica que apenas 1/3 dos escolares da rede privada de ensino
consomem frutas e hortaliças em 5 dias ou mais na semana, na rede pública o
numero ainda é menor, 37% dos alunos consomem refrigerantes nesses mesmos 5
dias e salgados fritos e embutidos são consumidos com frequência pelos
escolares.

Contexto Municipal

Baseado nos dados da Secretaria de Estado da Saúde (conforme figura I


em anexo), o município de Heliópolis, tem uma área de 313 km 2, população de
13.099 habitantes, faz parte da regional de saúde de Ribeira do Pombal, conta com
09 estabelecimentos de saúde, 72 profissionais e 20 leitos no SUS. A população
encontra-se dividida da seguinte forma: 874 pessoas na faixa etária de 0-4 anos;
1.174 pessoas na faixa etária de 5-9 anos; 1.475 pessoas na faixa etária de 10-14
anos; 1.405 pessoas na faixa etária de 15-19 anos; 1.135 pessoas na faixa etária
de 20-24 anos; 1.018 pessoas na faixa etária de 25-29 anos; 881 pessoas na faixa
etária de 30-34 anos; 5.137 pessoas na faixa etária de 35 anos ou mais. Dessa
população, aproximadamente, metade encontra-se em uma faixa etária de
frequentar as escolas, creches e faculdades.

O município, através da Secretaria Municipal de Educação está voltando o


olhar para o serviço de alimentação e nutrição a fim de estimular na população um
olhar diferenciado para a alimentação em prol da saúde e da qualidade de vida. O

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Conselho Municipal de Alimentação Escolar – CAE foi criado em Heliópolis através


do Decreto Municipal N° 22/2002, de 18 de Agosto de 2002, é um órgão colegiado
de caráter paritário, com a finalidade de assessorar, fiscalizar, orientar e
acompanhar todo o processo de alimentação escolar no município. No ano de 2013
foi realizado o concurso público que previa o provimento do cargo de Nutricionista
do quadro efetivo da Prefeitura Municipal de Heliópolis para trabalhar no PNAE.
Atualmente é ofertada alimentação escolar de qualidade em toda a rede publica
municipal de ensino, conforme preconizado pelo PNAE. A nível municipal, ainda,
não existe legislação especifica que regulamente a comercialização de produtos
alimentícios no âmbito escolar. O município fez a adesão ao Programa Saúde na
Escola – PSE como mais uma forma de ampliar o escopo da atenção à saúde para
os escolares. É nesse contexto que o PME entra como uma ferramenta importante
para voltar os olhares da comunidade escolar para a importância da alimentação
saudável, promoção da saúde e prevenção de doenças.

Com base nessas colocações elencaremos abaixo algumas modalidades


da educação básica que buscam melhorar a educação do nosso município.

2.3.5 Educação de Jovens e Adultos (EJA)

A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de Ensino cujo intento é


garantir o Direito de ingresso e permanência na Escola àqueles que não tiveram
acesso na idade Própria. A oferta da referida modalidade é assegurada no Art. 205,
inciso I da Constituição Federal de 1988 bem como no Art. 37 na Lei de diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDB) e, atualmente possui um caráter
compensatório.

No que se refere ao seu itinerário, embora o início da Ação Educativa de


Jovens e Adultos remete ao Brasil colonial, quando missionários religiosos
exerciam essa função (HADDAD, DI PIERRO, 2000), apenas a partir da
implantação do Plano Nacional de Educação (PNE) de 1934, ela passou a ser
concebida como dever do Estado sendo, portanto, obrigatório a oferta dessa
modalidade de ensino (LOPES e SOUZA, 2005). Entretanto, somente no final da
década de 1940 a Educação de Jovens e Adultos firmou-se como um problema de
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Política Pública, sendo pela primeira vez reconhecida oficialmente pelas suas
particularidades (FISCARELLI, 2011).

A partir de 1947 é instalado no Departamento Nacional de Educação do


Ministério da Educação e Saúde, o Serviço de Adultos (SEA) com a finalidade de
reorientar os trabalhos da Educação de Adultos, integrando serviços já existentes
na área e mobilizando a opinião pública (FISCARELLI, 2011).

Um marco significativo para a educação de Jovens e adultos foi à realização


do II Congresso Nacional de Educação de Adultos, em 1958,cujo propósito era
redefinir as características dessa modalidade de ensino. A preocupação central dos
educadores era a problemática acerca das práticas pedagógicas aplicadas com os
adultos não escolarizados, semelhantes às do ensino para crianças.

A consequência principal desse congresso foi o surgimento a partir de 1960,


de um movimento especial no campo da educação de jovens a adultos, cujo
representante foi Paulo Freire. O autor advogava por uma Educação Popular, um
método de educação que valoriza os saberes prévios do povo e suas realidades
culturais na construção de novos saberes. Entretanto, com o golpe militar de 1964
o Programa Nacional de Alfabetização, que Paulo Freire ajudou a desenvolver, foi
interrompido e desmantelado, seus dirigentes, presos e os materiais apreendidos.
(HADDAD; DI PIERRO, 2000, p. 113).

No campo da educação de Jovens e Adultos foi então implementado pelos


militares o MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização). O objetivo desse
programa era proporcionar alfabetização e letramento a pessoas acima da idade
escolar convencional. Entretanto, esse movimento se caracterizou como um
modelo domesticador e de baixa qualidade, por estar arraigada à ideologia e às
práticas do regime autoritário. (HADDAD; DI PIERRO, 2000).

Após a implementação da Nova República, em 1985, O MOBRAL foi extinto


e seus programas foram incorporados à Fundação Nacional para Educação de
Jovens e Adultos (Educar). Essa Fundação tinha a responsabilidade de articular,
em conjunto, o ensino supletivo e a política nacional de educação de jovens e
adultos, cabendo também fomentar as séries iniciais do 1º grau, a formação

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continuada dos docentes, supervisionar, produzir material didático e avaliar as


atividades. A EDUCAR foi extinta no Governo de Fernando Collor de Mello para
“enxugar” a máquina administrativa. (Op, Cit. P.121).

Em 1993, no governo de Itamar Franco foi implementado o Plano Nacional


de Educação para todos, baseado na Conferência Mundial de Educação para
todos. No referido plano nacional foram fixadas metas de crescente progressão no
ensino fundamental para analfabetos jovens e adultos com pouca escolaridade,
metas que, no entanto, não foram atingidas. Fernando Henrique Cardoso, embora
não tenha cumprido às metas estabelecidas no PNE, colocou em pauta a reforma
político-institucional da educação pública, conferindo atenção para o ensino
fundamental de crianças e adolescente. De forma a restringir o financiamento da
educação de jovens e adultos.

Ainda na década de 90 três programas federais para a educação de jovens e


adultos foram criados: Programa de Alfabetização (PAS), Programa Nacional de
Educação na Reforma Agrária (PRONARE) e Plano Nacional de Formação do
trabalhador (PLANFOR). (FISCARELLI, 2011).

Em parecer da Câmara Municipal de Educação Básica datado do ano de


2000, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) assumiu no Brasil uma função
reparadora, equalizadora e permanente/qualificadora. Dando continuidade a essa
política, em 2001 é implantado o Programa Recomeço - Programa de Apoio a
Estados e Municípios para a Educação Fundamental de Jovens e Adultos. O
objetivo desse programa era fomentar a educação na região Norte e Nordeste.

A partir de 2003 o governo de Luiz Ignácio Lula da Silva altera o nome do


projeto para Brasil Alfabetizado. Ainda hoje em vigência, esse programa objetiva
promover a superação do analfabetismo entre jovens com 15 anos ou mais, adultos
e idosos e contribuir para a universalização do ensino fundamental no Brasil. Entre
suas ações destacam-se o apoio técnico e financeiro a projetos de alfabetização de
jovens, adultos e idosos apresentados pelos estados, municípios e Distrito Federal.
Sua concepção reconhece a educação como direito humano e a oferta pública da
alfabetização como porta de entrada para a educação e a escolarização das
pessoas ao longo de toda a vida.

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Tabela 19. Matrícula Inicial na Educação de Jovens e Adultos no município


Heliópolis, por dependência administrativa e localização ( 2011/2014)

Anos Municipal Estadual Total

Urbana Rural Urbana Rural

2011 93 48 - - 141

2012 70 88 - - 158

2013 125 147 - - 272

2014 69 308 - - 377

Fonte: Secretaria Municipal de Educação, 2015.

Observando a tabela 19, nota-se um crescimento quantitativo nas matrículas


na rede municipal em 2013, um aumento significativo e importante, vale observar
as medidas e práticas adotadas neste período para que possa ser aprimorado e
dar continuidade a esse avanço.

Tabela 20 - Nível Educacional da População Jovem, (1991, 2000 e 2010)

Nível Educacional da População Jovem, 1991 e 2000

Taxa de analfabetismo % frequentando a escola

Faixa etária (anos) 1991 2000 2010 1991 2000 2010

15 a17 54,51 12,98 3,43 33,58 72,63 88,06

18 a 24 54,03 25,92 5,80 11,04 33,52 32,08

Fonte: http://ide.mec.gov.br/2011/municipios/relatorio/coibge/2911857. Acesso em 04 mar. 2015.

Tabela 21 - Nível Educacional da População Adulta com mais de 25 anos, 1991,


2000 e 2010

Taxa de analfabetismo 1991 2000 2010

25 a 29 anos 56,35 38,49 14,15

25 anos ou mais 70,46 52,17 41,70

Percentual de Atendimento

% de 25 a 29 anos na escola 1,58 9,09 10,57

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Nas tabelas 20 e 21, pode-se avaliar que a taxa de analfabetismo


apresentou, sendo que na faixa etária de 15 a 17 anos apresentou melhor
desempenho conseguindo reduzir de 54,51% para 3,43%, esse fato pode ter
ocorrido pelo devdo a uma maior frequência dessa faixa étaria na escola.

No que se refere à educação de Jovens e Adultos em Heliópolis, embora o


lugar tenha sido elevado à categoria de município apenas em meados da década
de 1980, existem indícios da presença dessa modalidade de ensino em fase
anterior. Informações obtidas através de entrevistas com idosos relatam que
Heliópolis participou do Movimento Brasileiro de Alfabetização MOBRAL.

No Entanto, somente na década de 1990 o município de Heliópolis firmou


parcerias com Governo do Estado e a UNIVALI (Universidade do Vale do Avaí-SC)
com o intuito de ofertar cursos de alfabetização de Jovens e Adultos. Nesse
período foram implantados no município o AJA Bahia (Programa de Alfabetização
de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado da Educação da Bahia), atual TOPA,
e o programa Alfabetização Solidária, uma parceria do governo Federal, Governo
municipal e a UNIVALI (Universidade do Vale do Itajaí-SC). O programa tinha como
objetivo atender a toda a demanda de jovens e adultos que estavam fora da escola
e que não tinham sidos alfabetizados. Esse programa foi implementado na sede e
nas comunidades rurais. Nas localidades de difícil acesso, o programa
transformava residências em salas de aula, equipando-as e oportunizando assim o
acesso à educação a essa parcela da população.

Em 2005 a Educação de Jovens e Adultos foi oferecida por essa


municipalidade, porém, a oferta dessa modalidade de ensino foi regulamentada
pela Resolução nº 008/2010, do Conselho Municipal de Educação (CME).

No itinerário da EJA em Heliópolis, merece destaque também a


implantação, no ano 2008, do programa TELESOL. Esse programa, fruto de um
convenio firmado entre o município e a Universidade de São Paulo visava
alfabetizar e levar os alunos a concluir o ensino de 1ª a 4ª série do Ensino
Fundamental. Para alcançar tal objetivo, o programa adotava uma metodologia
baseada no uso de novas tecnologias como vídeo aulas, equipando escolas com

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Tvs e Dvds e demais recursos como, por exemplo, livro didático específico do
projeto.

Atualmente a educação de jovens e adultos é ofertada atendendo a 302


alunos. Além disso, para atender a demanda dessa população estudantil, o
município fez a adesão ao programa Brasil Alfabetizado, tendo realizado em 2014
um processo seletivo simplificado para a contratação de professores que,
atualmente, encontra-se em atividade.

2.3.6 Educação Profissional de Nível Médio

A Educação Profissional e Tecnológica - EPT, conforme definição da Lei nº


9394/96 consiste em uma modalidade específica de ensino que integrada às
diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e tecnologia, conduz ao
permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. Tal definição deixa
evidente sua importância para o contexto nacional, bem como sua independência
em relação ao ensino regular.

De acordo com as diretrizes curriculares nacionais, definidas pelo Conselho


Nacional de Educação, a EPT deve ser desenvolvida por meio de cursos e
programas de Formação Inicial e Continuada de Trabalhadores (cursos básicos),
Educação Profissional Técnica de Nível Médio e Educação Profissional
Tecnológica em nível de graduação e pós-graduação.

Evidencia-se no acima exposto, que a EPT estende-se dos níveis mais


elementares aos mais elevados de escolaridade, como os de aperfeiçoamento e
atualização oferecidos a graduados e pós-graduados. Neste sentido a Educação
Profissional contempla o pressuposto de que não deva ser uma situação estanque,
mas um processo permanente que englobe cursos e programas que oportunizam o
desenvolvimento contínuo e articulado de estudos na perspectiva de constante
qualificação e aperfeiçoamento do trabalhador.

No município não há oferta de ensino técnico profissionalizante, isso porque


passou a ser incumbência do estado, contudo nota-se uma demanda ociosa, pois a
única escola da rede estadual oferta ensino médio em formação geral. Assim faz se

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Heliópolis

necessário a sua implementação via PRONATEC e/ou outros programas que


contemplem essa necessidade emergente.

Sendo assim, o município deve incentivar para que as Instituições de


Educação Profissional assumam o compromisso de estimular a pesquisa e o
aperfeiçoamento do ensino, a formação docente, a interdisciplinaridade, as
inovações didático-pedagógicas e uso de novas tecnologias no processo educativo,
atendendo às necessidades e demandas do mercado de trabalho.

Matrículas do Ensino Médio

Quadro 06:

MATRÍCULAS MATRÍCULAS MATRÍCULAS


NÍVEL
2012 2013 2014

Ensino Médio 456 423 415

Gráfico 01: Matrículas do Ensino Médio

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Quadro 07: Reprovação e Evasão do Ensino Médio (2012 a 2014)

Ano 2012 2013 2014

Reprovação 9 174 41

Evasão 91 91 193

Gráfico 02: Reprovação e Evasão do Ensino Médio (2011 a 2014)

Percebe-se que os números são alarmantes, e a sociedade heliopolense


precisa atentar-se para o desafio de reverter o quadro e reduzir o número de
evasão e reprovação dos alunos do ensino médio. A escola juntamente com todos
os órgãos competentes precisam unificar os discursos e partirem para ação efetiva,
em busca de soluções de curto, médio e longo prazo para amenizar a situação
alarmante dos indicies de reprovação e evasão escolar. O grande desafio é
proporcionar um ensino de qualidade para os alunos, uma vez que os mesmos ao
termino deste ciclo da sua vida devem estar inseridos no mercado de trabalho com
mínimo de competências e habilidades necessárias para exercer uma função,
aspirando uma remuneração digna.

Acredita-se que o ensino médio em Heliópolis deve trilhar um caminho


diferente do percorrido hoje. Necessita-se urgentemente de cursos
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profissionalizantes, pois os jovens ao completarem idade mínima para o trabalho


abandonam a cidade em busca de oportunidade nos grandes centros como São
Paulo, entre outros, sem o mínimo de qualificação. Esta é uma realidade de varias
cidades do interior nordestino. Porém esse contexto social pode ser alterado com
implantação de cursos que aproximem o jovem da escola.

2.4 EDUCAÇÃO SUPERIOR

2.4.1 Ensino Superior

Não é difícil verificar que houve inegável aumento nas possibilidades de


acesso ao nível superior. Nosso município há vinte e cinco anos, distanciava-se da
possibilidade de oferecer aos nossos alunos uma gama de opções para frequentar
um curso de nível superior. Hoje, a realidade é outra bem melhor, mas ainda
persistem algumas dificuldades que afastam uma parte significativa dos nossos
estudantes do sonhado diploma universitário.

Se o ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio - é a primeira senha para


construir o caminho do ensino superior, não há no município cursos de reforço e
melhoria da aprendizagem. A única escola estadual de ensino médio – CEJDS –
Colégio Estadual José Dantas de Souza – não possuiu nenhum estímulo para
desenvolver no aluno a visão do ENEM como uma oportunidade. O número de
estudantes que participam da prova vem aumentando, mais por ações individuais
de alguns professores que por incentivos do município ou estado. Não são poucos
os alunos que se deslocam para fazer cursinhos em Aracaju - Se com tal
finalidade.

Heliópolis necessita de profissionais de nível superior. Não temos ainda


médicos formados na cidade. Precisamos de engenheiros, enfermeiros,
professores de Física, Matemática, Química e Biologia. Os poucos que se formam
são disputados e tendem a sair da nossa região. Muitos nem mesmo chegam a
retornar aos seus lares. Na maioria das vezes, os grandes centros absorvem os
profissionais de que carecemos. A maioria dos nossos estudantes de nível superior
usa programas como FIES e PROUNI, mas acabam descompromissados de
retribuir o que recebeu de incentivo trabalhando, pelo menos por um tempo, em
rubricas do município.
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O profissional, uma vez diplomado, tende a procurar melhores salários e


são absorvidos pelos grandes centros urbanos. Municípios pequenos como
Heliópolis vivem a mendigar médicos, enfermeiros e outros profissionais. A
carência é enorme. Por outro lado, os recursos do município são direcionados ao
ensino fundamental e não são vistos como “contribuição” para os profissionais de
nível superior. Também há outras ajudas de custo feitas pelo município que
poderiam ser oficializadas. É o caso da questão do transporte de estudantes para
instituições de nível superior.

Além disso, ainda há estudantes que não frequentam uma faculdade por
falta absoluta de condições financeiras para bancar transporte, moradia e
alimentação. Os programas de auxílio moradia das universidades federais não
conseguem atender a demanda. Os alunos que conseguem FIES, muitas vezes,
não dispõem das outras condições e acabam desistindo. Dessa forma, todos
perdem.

Considerando que a proposição de metas para a Educação Superior


transcende o âmbito da responsabilidade do município, o presente plano versará
sobre o necessário apoio do poder público municipal para que a Instituição de
Ensino Superior - IES instalada em seus limites e proximidade possam
desempenhar sua missão educacional. Sob este prisma, torna-se desejável a
realização de parcerias, através da Secretaria Municipal de Educação, que
atendam simultaneamente as necessidades de formação de novos profissionais no
âmbito do Ensino Superior, mediante abertura de campo para a realização de
estágios supervisionados e programas de formação em serviço para os docentes
da Educação Básica.

Também são desejáveis parcerias que resultem na oferta de cursos de


extensão e atualização visando ao atendimento das demandas do trabalho
pedagógico dos diferentes níveis da Educação Básica, assim como a realização de
cursos específicos de pós-graduação lato e stricto-senso e/ou oferta de
turmas/vagas nos mesmos aos docentes e demais profissionais que atuam na rede
municipal, como estratégia de fortalecimento dos programas de formação
continuada e em serviço, bem como de alcance das metas de titulação legalmente
estipulada para os mesmos.
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Heliópolis

Por fim, cabe ressaltar a relevância da contribuição que pode advir das
Universidades e demais IES da região, para o desenvolvimento de projetos
voltados à melhoria de qualidade da Educação Básica, no tocante às diferentes
modalidades de ensino, à avaliação do desempenho dos alunos, dos distintos
contextos e espaços educativos, bem como à melhoria da qualidade da educação e
aprimoramento dos resultados do sistema educacional.

2.5 VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

É cediço que os professores devem ser tratados e valorizados como


profissionais e não como abnegados que trabalham apenas por vocação. A
diferença salarial entre professores e demais profissionais com mesmo nível de
instrução é inaceitável. Enquanto salário e carreira não forem atraentes, o número
de jovens dispostos a seguir a carreira do magistério continuará sendo baixo.
Elevar os salários do magistério é opção mais política do que técnica. Implica em
mudar prioridades e passar a enxergar a Educação como a principal fonte
sustentável de desenvolvimento econômico e social do país.

Assim, a valorização dos profissionais da educação tem sido apontada como


indispensável para a melhoria da qualidade do processo de ensino e
aprendizagem, porém muitos acreditam que a valorização ocorre somente através
de aumento salarial. É preciso compreender a valorização profissional como um
instrumento que permita a formação inicial e continuada de todos os profissionais
envolvidos no processo educacional, além de condições de trabalho adequadas,
bem como remuneração digna para todos os servidores.

Partindo desse pressuposto, é dever dos gestores públicos garantir a


valorização dessa categoria e erguer a bandeira da educação como sendo
prioridade, pois são os professores e professoras o sustentáculo de nossa nação.

O município de Heliópolis tem priorizado a valorização dos profissionais da


educação, em 2007 sancionou a Lei 279 que versa sobre o plano de carreira e
remuneração do magistério, nesta houve significativos avanços para a carreira,
contudo, necessitam de atualização, ajustes condizentes com as novas premissas
e conquistas da Lei do piso salarial. Ademais, o nosso município foi na região um
dos pioneiros a garantir o piso salarial do professor.

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O art. 67 da LDB determina que os sistemas de ensino promovam a


valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos
dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público o ingresso
exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aperfeiçoamento
profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para
este fim, piso salarial profissional, progressão funcional baseada na titulação ou
habilitação, e na avaliação do desempenho, período reservado a estudos,
planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho e condições adequadas de
trabalho.

Ademais, a Secretaria Municipal vem implementando desde o ano de 2011,


atendendo aos alunos do ao 1º ano do ensino fundamental em parceria com o
Estado da Bahia o programa Pacto com o Município e, a partir de 2013 com o
Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa - PNAIC, em parceria com o
Governo, estendendo para todo o Ciclo de alfabetização, ou seja, do 1º ao 3º ano.
Já em 2015, o município aderiu ao Programa “Educar para Transformar”: Um Pacto
pela Educação que atende ações de formação de coordenadores pedagógicos e de
professores do 4º e 5º anos do ciclo complementar da alfabetização com o objetivo
de favorecer a melhoria do desempenho dos estudantes, inclusive na prova Brasil.
Sendo que ambos visam assegurar a formação continuada e apoio pedagógico
para orientadores de estudo, professores alfabetizadores e estudantes do ensino
fundamental I.

Nesse ínterim, o município fez um levantamento minucioso acerca da


formação profissional de cada docente, inclusive, observando se o mesmo estava
ou não atuando na área a qual ele estava habilitado e informamos via PARFOR –
Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica, a fim de
oportunizar àqueles que desejassem / necessitassem cursar a devida licenciatura
através da Plataforma Freire.

Levando-se em consideração toda a rede pública municipal, nota-se que


48% dos professores são licenciados, enquanto 52% dos mesmos têm apenas o
ensino médio, no caso, o curso de magistério, sendo aproximadamente 70% destes
está cursando uma licenciatura. Atualmente o município possui 14 inscritos no
programa.
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No ano de 2014 o município criou a Lei 397/2014 que institui o Plano de


Ações e Metas da Educação de Heliópolis (PAMEH) a qual estimula os
profissionais da educação participarem de programas de formação inicial em nível
superior, formação por área de atuação e de capacitação continuada para os
dirigentes de instituições de educação infantil.

Tabela 22. Funções docentes por Localização e Formação – Rede Municipal


(2014)
2
Níveis Funções docentes

C/Lic C/Gr C/EM C/NM S/EM Total

Regular – Creche 4 0 0 5 0 9

Regular – Pré – escola 6 0 0 23 0 29

Regular – Anos Iniciais do Ensino


34 0 0 33 0 67
Fundamental

Regular – Anos Finais do Ensino


43 0 0 27 0 70
Fundamental.

Educação de Jovens e Adultos – Anos


Iniciais do Ensino 0 0 0 4 0 4
Fundamental/Presencial.

Educação de Jovens e Adultos – Anos


Iniciais do Ensino 0 0 0 0 0 0
Fundamental/Semipresencial.

Educação de Jovens e Adultos – Anos


Finais do Ensino 4 0 0 7 0 11
Fundamental/Presencial.

TOTAL GERAL 91 0 0 99 0 190

Fonte: Secretaria Municipal de Educaçãode Heliópolis, 2015.

Legenda: C/Lic – Com Licenciatura; C/Gr- Com Graduação / C/EM – Com Ensino Médio; C/NM -
Com Normal Médio; S/EM – Sem Ensino Médio.

Como se pode observar na tabela 22, a maior parte dos professsores da


creche e pré-escola do município possui apenas a formação em nível médio, porém
todos com o curso de magistério. No que tange ao ensino Fundamental II, o

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município tem mais de 50% do professorado atuando com licenciatura, embora


muitos destes estejam lecionando em áreas diferentes da sua formação, isso
devido à logística de distribuição de turmas e horários – uma vez que o número de
alunos varia muito em relação às escolas e/ou polos educacionais, fator que
dificulta a formação das turmas. Ainda há a questão de alguns professores que
atuam em outros municípios e tem dificuldades em conciliar horários – o que leva a
ficarem com disciplinas diferentes da sua formação para completar sua carga
horária. Pois, apesar do número razoável de professores com a licenciatura em
andamento, percebe-se que se faz necessário intensificar ações no sentido de
habilitar mais docentes em suas respectivas áreas.

Com a adesão ao Programa Formação Pela Escola, está sendo possível a


formação continuada dos servidores públicos municipal, através de cursos
semipresenciais, garantindo assim, a construção de novos conhecimentos para
aqueles que constroem a educação do município.

A Secretaria Municipal de Educação tem buscado o desenvolvimento de


cursos constantes para os profissionais da educação, seja por meio do Programa
Formação pela Escola, ou por iniciativa da própria secretaria, porém muitas das
vezes esses cursos só ocorrem na abertura do ano letivo através da jornada
pedagógica. Essa realidade vem mudando a partir da aprovação do PAMEH, com a
realização de cursos de formação continuada que ocorrem com maior frequência.

Tabela 23. Número de professores e coordenadores na rede Municipal, Estadual e


Particular, por nível de formação em 2014.

Prof. do
Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Superior Total
Magistério

Estad Munic Privado Estad Munic. Privado Estad Munic. Privado

Professores - - - 01 99 14 16 91 11 261

Coordenador
- - - - 05 - - 05 - 10
es

Fonte: Secretaria Municipal de Educação de Heliópolis, 2015.

A tabela 23 mostra que a rede de ensino público do município ainda está


longe no que se refere à formação da equipe pedagógica, já que na rede particular
não há coordeandores atuando, com evidente carência de formação de professores
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e coordenadores com nível superior, sendo que quase a metade não possui
formação mínima exigida por lei.

Fica evidenciada a necessidade da atuação de coordenadores


pedagógicos habilitados em nível superior a fim de garantir a formação mínima
exigida, para que possamos melhorar a qualidade da educação em nosso
município.

Quanto à instituição Estadual, exceto 01 (um) professor, todos os demais


são graduados. Já nas instituições escolares privadas, os professores que se
encontram com o Ensino Médio totalizam 14 (quatorze) de um universo de 25 (vinte
e cinco), o que equivale a 56%, enquanto que 11 (onze) têm formação em nível
superior.

No município já foram realizados/implantados os Programas Pro-


letramento de Alfabetização e Matemática e Pró-leigos a fim de diminuir o número
de professores leigos, ou seja, sem a devida formação profissional.

Tabela 24. Profissionais em educação, por nível de escolaridade na Rede


Municipal em 2015.

Cargos Nº Nível de escolaridade

Fundamental Fundametal Médio Outros


Incompleto Completo Completo

Merendeira 45 23 5 16 1

Vigilante 4 3 1 - -

Serviços Gerais 51 14 11 23 3

Secretário escolar 10 - - 10 -

Porteiro - - - - -

Outros 56 16 18 18 4

Fonte: Setor de Recursos Humanos da Prefeitura Municipal de Heliópolis, 2015.

A tabela 24 traduz os dados referentes ao demais servidores que compõe a


educação nas nossas escolas públicas municipais, que se juntam aos demais na
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93 - Ano II - Nº 414

árdua tarefa de educar e cuidar de nossas crianças, também com funções


significativas no processo educacional, revelando que ainda não temos servidores
específicos com formação adequada e capacitação por demanda que atenda às
necessidades educacionais.

É notório o grande número de servidores concursados para o cargo de


serviços gerais que trabalham em áreas diversas nas unidades escolares, haja
vista, por exemplo, que não há nenhum profissional concursado como porteiro, com
treinamento específico no acolhimento dos alunos, pais, professores. O mesmo
acontece com o cargo de secretário escolar, que também não tem nenhum
profissional concursado e, com isso, sempre na mudança de gestão municipal
entram novos secretários, muitas vezes sem conhecimento técnico, prejudicando o
andamento do trabalho das escolas.

Percebem-se também poucos vigilantes para cuidar do patrimônio público


escolar, sendo todos esses servidores possuem baixo nível de escolaridade,
implicando numa menor contribuição para a qualidade da educação.

Por outro lado, é válido frisar que tanto o plano de carreira do magistério
como dos demais servidores preveem o incentivo a qualificação profissional, por
meio de gratificações para que os servidores possam estar em constante formação.

Tabela 25. Profissionais em educação, por situação funcional na Rede Municipal


em 2015.

Cargos Nº Servidor Concurso Contrato Terceirizado Outro


total Público CLT Temporário

Merendeira 46 46 - - - -

Vigilante 4 4 - - - -

Serviços Gerais 51 51 - - - -

Secretáro
10 - - 10 - 10
Escolar

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Porteiro - - - - -

Outros 96 56 - - - 40

Fonte: Setor de Recursos Humanos da Prefeitura Municipal de Heliópolis, 2015.

A tabela 25 revela a situação dos funcionários que trabalham na


infraestrura educacional por vinculaçao funcional, sendo que a grande maioria é
servidor público concursado, contando com um plano de carreira com valorização
por tempo de serviço e formação acadêmica, mostrando que o município se
preocupa com a formação e experiência dos seus profissionais, reconhecendo que
a formação continuada é fundamental para o desenvolvimento da qualidade do
ensino no município, sempre contando com a participação e colaboração de todos
os envolvidos no processo educacional.

É bom lembrar que o município realizou concurso público no ano de 2014,


objetivando cumprir a legislação vigente no tocante a atos de pessoal, bem como
garantir a melhoria da qualidade do processo de ensino e aprendizagem, por meio
da efetivação de servidores altamente capacitados, acabando com os contratos
temporários.

Posto isto, frisamos que com o quadro do serviço público contando com
servidores efetivos, viabiliza o retorno dos investimentos feitos com a formação ao
longo do tempo e a garantia da qualidade dos serviços prestados. Por isso mesmo,
os cursos oferecidos através do Programa Formação Pela Escola conta com a
participação de servidores concursados a fim de garantir a representatividade
acompanhamento e controle social nos diversos conselhos existentes no município
e a formação contínua dos funcionários.

Destarte, mesmo sabendo dos avanços, percebemos que há um longo


caminho a ser percorrido para uma maior valorização dos profissionais da
educação. Entre outras ações citamos aumentos salariais, maior abrangência de
programas de formação inicial e continuada para professores e demais
profissionais da educação, melhoria dos espaços de trabalhos, físico e pedagógico.

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2.6 GESTÃO DEMOCRÁTICA DO ENSINO PÚBLICO

Atualmente no nosso país segue o sistema de democracia representativa.


Existe a obrigatoriedade do voto para os cidadãos que estão na faixa etária entre
18 e 65 anos. Sendo que, com 16 ou 17 anos, o jovem já pode votar, porém nesta
faixa etária o voto é facultativo, assim como para os idosos que possuem mais de
65 anos. Desse modo os princípios que norteiam a gestão democrática são:
Descentralização, participação e a transparência.

Existem várias formas de democracia, porém as mais comuns são: direta e


indireta. Na democracia direta, o povo, através de plebiscito, referendo ou outras
formas de consultas populares, pode decidir diretamente sobre assuntos políticos
ou administrativos de sua cidade, estado ou país. Desse modo, não existem
intermediários.

Na democracia indireta, o povo também participa, porém através do voto,


elegendo seus representantes, que tomam decisões em nome daqueles que os
elegeram. Esta forma também é conhecida como democracia representativa.

Na contemporaneidade busca-se analisar e refletir a respeito dos desafios


e conquistas enfrentadas pela gestão democrática nas esferas Federal, Estadual e
Municipal, bem como no âmbito da instituição escolar, os benefícios da parceria
com a comunidade, a participação efetiva dos envolvidos no processo do ensino, a
gestão descentralizadora, autônima e eficiente.

A elaboração dessa política no Brasil é um princípio que versa na


Constituição Federal desde 1988, no Art. 14º da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, no Art. 2º da Lei Nº 10.172/2001 que versa sobre o Plano
Nacional de Educação, na Lei nº 13.005/2014 meta 19 que reza garantirem leis
específicas aprovadas no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, a efetivação da gestão democrática na educação básica e superior
pública, na Lei Orgânica do Município de Heliópolis de 05/04/1990, no capítulo V,
Art. 30 e Verso IV, onde relata a participação direta ou através de Entidades
representativas na gestão administrativa ou órgãos públicos e na fiscalização dos
serviços e contas municipais.

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Tabela 26 - Número de Escolas por Etapa de Ensino – Rede Estadual

Ano Educação Infantil Ensino Fundamental Ensino Médio

Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total

2011 - - - - - - 1 - 1

2012 - - - - - - 1 - 1

2013 - - - - - - 1 - 1

2014 - - - - - - 1 - 1

Tabela 27 - Número de Escolas por Etapa de Ensino – Rede Municipal

Ano Educação Infantil Ensino Fundamental Ensino Médio

Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total

2010 2 18 20 3 18 21 - - -

2011 1 13 14 4 13 17 - - -

2012 2 6 8 4 7 11 - - -

2013 1 15 16 4 15 19 - - -

2014 1 12 13 5 11 16 - - -

Tabela 28 - Número dos estabelecimentos escolares de Educação Báscia do


Município de Heliópolis, por dependência administrativa e etapas de ensino.

Dependência Administrativa

Níveis de Ensino Estadual Municipal Particular

2012 2013 2012 2013 2012 2013

Ed. Infantil – Creche 0 0 2 2 0 0

Ed. Infantil – Pré-escola 0 0 9 9 02 02

Ensino Fundamental Anos Iniciais 0 0 10 18 2 2

Ensino Fundamental Anos finais 0 0 05 05 01 01

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Ensino Médio 1 1 0 0 0 0

Total 1 1 26 34 5 5

Fonte: Secretaria Municipal de Educação de Heliópolis, 2014.

Analisando as tabelas 26, 27 e 28, as escolas do município de Heliópolis


estão organizadas da seguinte maneira: 01 (uma) escola da rede Estadual, sendo
de Ensino Médio – Colégio Estadual José Dantas de Sousa (CEJDS).

Na rede particular de ensino temos 01 (uma) escola de Educação Infantil e


Ensino Fundamental I – Escolinha Jardim e 01 (uma) de Educação Infantil e
Ensino Fundamental I e II – Escola Passo a Passo.

As escolas que o município administra, são 16 (dezesseis), sendo 05 (cinco)


na zona urbana e 11 (onze) na zona rural. Sendo que destas, temos 04 (quatro)
grandes polos educacionais também na zona rural com algumas escolas anexas.

À priori a tabela 28 apresenta dados quantitativos acerca do total de escolas


do sistema municipal de ensino da sede e zona rural, onde se constata que no ano
de 2010 prevalecia uma quantidade de escolas superior a 2014, e esse decréscimo
de matrículas resultou na decisão de fechamento de escolas da zona rural, mas
vale ressaltar que um ponto positivo foi à exclusão de turmas multisseriadas,
avanço importante na educação municipal.

A tabela 28 revela ainda a adequação pela diminuição do número de alunos


tanto na educação infantil quanto no ensino fundamental e as mudanças de nível
de escolaridade desses alunos em cada ano do ensino, fazendo com que a rede de
ensino mude para se adequar a essa nova realidade, com a diminuição de escolas
em cada nível de acordo com as necessidades dos educandos, com a
aglomeração de escolas em polos, agrupando afinidades de ensino para poder
atender com mais qualidade e eficiência os recursos financeiros e humanos. Neste
intuito, só em 2014 “nucleamos” 03 (três) escolas.

O nosso município também sonha com passos que levam a gestão


democrática, para tanto, possui legislação que culmina na ideia de gestão para o
povo.

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Nesse norte a Lei Nº 214/2002 disciplina e organiza o Sistema Municipal de


Ensino no Capítulo III, Art. 14º incisos I ao IV, Parágrafo Único e os artigos 15º, 16º
e 17º, em consonância com a Lei nº 331/2009 que reorganiza o Sistema Municipal
de Ensino, o art. 40 da citada lei e sinaliza que os sistemas de ensino definirão as
normas da gestão democrática em Lei específica do ensino público da educação
básica obedecendo aos princípios da participação dos profissionais da educação
na elaboração do Projeto Político Pedagógico da escola e a participação das
comunidades escolares e locais em Conselhos Escolares.

Por fim, a Lei ordinária nº 276/2007 que dispõem sobre o Estatuto dos
servidores do Magistério Público desta Municipalidade, no Art. 37º e a Lei nº
279/2007 que versa sobre o Plano de Carreira e Remuneração dos Servidores do
Magistério.

As nossas escolas municipais da rede de ensino foram criadas em 1997


através da Lei nº 163/97, com exceção da Escola Galdino Barbosa, que recebeu o
Decreto 224/2014 e a Creche Maria Lícia Andrade através do Decreto 021/2015.
Nessa mesma data também foi criado o Conselho Municipal de Educação através
da Lei 174/97 e reestruturado pela Lei nº 331/2009, sendo um órgão colegiado da
estrutura da Secretaria Municipal de Educação, com funções e competências
normativas, deliberativas, consultivas, recursais, de supervisão e fiscalização
exercidas no âmbito do Sistema Municipal de Ensino.

Assim, o município possui sistema próprio, pois ao criar ao Conselho


Municipal de Educação em 1997, buscou autonomia jus pedagógica, representado
por 07 (sete) membros, nomeados pelo Chefe do Poder Executivo Municipal,
escolhidos dentre educadores de reputação ilibada e de notório saber e experiência
em matéria de educação e ensino, com prioridade em qualquer outra.

Além do CME, existem outros conselhos ligados à área da educação, como


o Conselho do FUNDEB criado em 1997através da Lei Ordinária nº 275/2007, com
o objetivo de acompanhar e supervisionar toda execução dos recursos financeiros
oriundos do fundo. A Lei que criou o FUNDEB é bem definida, com as diretrizes
necessárias para o bom andamento deste conselho, bem como todo
acompanhamento. Quanto o Regimento está de acordo com as normas vigentes

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estabelecidas pelo Ministério da Educação. Ressalto ainda, que o Conselho do


nosso Município é atuante, porém necessita de capacitação periódica para
melhorias das práticas deliberativas e fiscalizadoras, bem como de autonomia
financeira, para efetivar o seu papel na gestão descentralizadora, participativa,
transparente.

O Conselho de Alimentação escolar (CAE) é outro importante instrumento


na gestão participativa, instituído pelo Decreto Municipal nº 22/2002, em
consonância com a Lei 11.947/2009, bem como da Resolução CD/FNDE nº 38 de
2009 e reorganizado pela Lei Municipal nº 331/2009 de 09 de dezembro de 2009,
atendendo ao disposto no Artigo 6º do Decreto Municipal nº 088/2010, de 16 de
agosto de 2010, cumprindo com as determinações da Resolução CD/FNDE nº 26
de 17 de junho de 2013.O Conselho supracitado tem como objetivo monitorar e
fiscalizar a aplicação dos recursos financeiros do Programa Nacional de
Alimentação Escolar.

Outro conselho participativo é o CMDCA, responsável por tornar efetivos os


direitos, princípios e diretrizes contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente,
criado pela Lei Municipal nº 230/04 de 16/03/2004.

Apesar de existir vários conselhos interligados à educação, faz-se


necessário à implementação desses conselhos, como por exemplo, a efetivação do
Conselho Escolar, com o objetivo de fortalecer o regime de colaboração entre
escola e comunidade de forma efetiva e significativa.

Além disso, como dispõe o Plano de Carreira e Remuneração dos


Servidores do Magistério do Município de Heliópolis, para ocupar o cargo de
gestores escolares deve ser do quadro efetivo e ter a formação mínima exigida por
lei, são escolhidos pelo Gestor Municipal e nomeados através de Decreto do Poder
Executivo.

No que diz respeito ao acompanhamento Pedagógico, no nosso município


existe uma Coordenação Pedagógica Geral e 09 auxiliares que atuam no
acompanhamento pedagógico das unidades escolares do Município. Existem
formações continuadas, oferecida pelo Município, como também encontros

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quinzenais de HTPCs (Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo). Ainda temos dois


encontros bimensais correspondentes a 16 horas com os professores do
fundamental I de formação do PACTO/ PNAIC.

Quanto ao Projeto Pedagógico, a Proposta Curricular e o Regimento


Unificado existentes nas unidades escolares, são pautados na gestão democrática,
contudo necessitam de rigorosa atualização, conforme as demandas de cada ano e
as necessidades peculiares das escolas.

A Lei nº 214/2002 que versa sobre a organicidade do Sistema Municipal de


Ensino de Heliópolis, abrange:

I – as instituições de ensino fundamental, de educação infantil, mantidas


pelo Poder Público Municipal;

II – as instituições de educação infantil, criadas e mantidas pela iniciativa


privada;

III – Secretaria Municipal de Educação e Cultura;

IV – Conselho Municipal de Educação.

Nesse ínterim, a Lei nº 331/2009, no Artigo 6º o Sistema Municipal tem a


seguinte composição:

I – as unidades escolares criadas, incorporadas, mantidas e administradas


Pelo Poder Público Municipal;

II – as unidades escolares criadas, mantidas e administradas pelo Poder


Público Municipal em regime de colaboração com outros sistemas ou com a
iniciativa privada;

III – os órgãos e serviços municipais, administrativos, técnicos e de apoio


integrantes da estrutura da Secretaria Municipal de Ensino, com as funções e
competências detalhadas no regimento próprio previsto no Caput deste artigo;

IV - entidades vinculadas à Secretaria Municipal de Educação.

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É certo que o município deve oferecer educação infantil em creches e pré-


escolas e, com prioridade o ensino fundamental, permitindo a atuação em outros
níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente as
necessidades de sua área de competência, e com os recursos acima dos
percentuais mínimos estabelecidos pela Constituição Federal para a manutenção e
desenvolvimento do ensino.

Mediante esta abordagem, as unidades escolares oficiais, órgãos e


serviços e entidades, integram para todos os efeitos, a estrutura da Secretaria
Municipal de Educação, que representará o Poder Público Municipal em matéria de
Educação, Ensino, Cultura e Desporto.

Conforme documentos comprobatórios existem no âmbito do Sistema


Municipal de Ensino Órgãos Colegiados, Órgãos Executivos, Órgãos de
Administração intermediária ou Setorial; e unidades de ensino, bem como o
Conselho Municipal de Educação, Conselho Municipal de Alimentação Escolar e o
Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do (FUNDEB).

É verdade que já houve alguns avanços na criação de legislação que versa


sobre a gestão democrática. Também de acordo com pesquisas realizadas in loco
existe a constituição de vários Conselhos atuantes.

Todavia, a transparência pública é uma obrigação legal, imposta aos


administradores públicos de cada esfera do poder, que deve tornar público os atos
estatais, obedecendo a um dos princípios constitucionais da Administração Pública,
conhecido por “publicidade” (Constituição Federal, Art. 37).

A princípio, sabemos dos desafios atuais para efetivação da gestão


democrática, isso porque são muitas as interfaces de entendimento sobre a
implementação da gestão, ora, num momento de avanços e possibilidades,
principalmente na elaboração de um documento referencial da educação nacional,
estadual e municipal. Nesse passo, o propósito desse plano municipal é buscar a
efetivação de políticas públicas que contribuam com a superação de desafios e
principalmente na conquista de avanços para a educação de qualidade.

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Tendo em vista a necessidade de atender aos princípios constitucionais,


moralidade, impessoalidade, imparcialidade, transparência, faz-se necessário a
transferência de recursos financeiros destinos a educação, sejam transferidos
diretamente para a Secretaria Municipal de Educação, a fim de contribuir ainda
mais com a gestão democrática do município.

2.7 RECURSOS FINANCEIROS PARA A EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO

Ter consciência da necessidade do aumento de investimento de recursos


no ensino público, que não deve ser encarado, sobretudo pelos gestores como
gastos, deve ser uma meta a ser atingida pelos entes governamentais para que
possamos elevar a qualidade do processo de ensino e, consequentemente a
aprendizagem dos educandos. É necessário, portanto, um investimento que
melhore a estrutura física e pedagógica, bem como que garanta efetivamente a
valorização profissional da educação.

2.7.1 Investimento Público em Educação

O investimento público em educação tem aumentado a cada ano, porém


ainda não é o suficiente para garantir a superação dos desafios existentes em cada
sistema de ensino. É preciso investir imensamente na educação básica, desde a
educação infantil até o ensino médio, como também na educação superior.

Não basta apenas a elevação salarial do professor e da professora, é


preciso investimentos que melhorem a estrutura física escolar, com a construção
de novos espaços e adequação dos espaços escolares existentes, bem como
garantir a valorização de todos os profissionais da educação. Pois só assim,
aprimoraremos ações voltadas ao desenvolvimento do ensino de qualidade.

Destarte, ao projetar os rumos da educação para o próximo decênio, torna-


se necessário uma análise aprofundada da aplicação dos recursos destinados a
educação pela administração municipal ao longo dos últimos anos, para que
possamos elaborar/projetar metas e estratégias condizentes com a realidade local
e financeira do município.

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Tabela 29. Outras receitas com o setor educacional do município de Heliópolis,


administrativa pela prefeitura (2010/2013)

Alimentação Transporte Convênios Outras Total


escolar escolar receitas
Ano

2010 229.740,00 177.959,48 1.117.812,96 232.255,28 1.117.812,96

2011 210.120,00 181.602,32 0,00 262.987,63 654.709,95

2012 313.620,00 180.388,50 1.579.342,44 286.121,95 2.359.472,89

2013 375.364,00 183.068,91 129.067,60 373.623,47 1.061.123,98

Fonte: Secretaria Municipal da Educação / Secretaria de Planejamento, Administração e Finanças/


Prefeitura Municipal, 2014.

Ao analisarmos a Tabela 29 percebemos que nos últimos dois anos houve


um aumento nos recursos destinados a alimentação escolar, sobretudo devido ao
fato da implantação do Programa Mais Educação no município, como primeira
etapa para implementação da Educação Integral no sistema municipal de ensino de
Heliópolis.

Por outro lado, observamos que os recursos oriundos do Programa Nacional


de Transporte Escolar – PNATE, não têm aumentado consideravelmente, de
maneira que o município precisa investir de outras fontes para cobrir as despesas
com transporte escolar, a fim de atender aos alunos residentes na zona rural do
município.

Tabela 30. Recursos aplicados em Educação pelo governo municipal de


Heliópolis, por nível ou modalidade de ensino 2010 a 2013

Ano Educação Ensino Ensino Médio EJA Outros Total


Infantil fundamental

2010 0,00 8.226.877,10 0,00 17.256,02 0,00 8.244.133,12

2011 686.085,41
9.052.845,74 0,00 23.892,10 0,00 9.762.823,25

2012 670.933,48
9.859.383,54 0,00 56.822,48 0,00 10.587.139,50

2013 137.545,17 10.741.236,21 0,00 13.541,20 2.135,83 10.894.458,41

Fonte: Secretaria Municipal da Educação / Secretaria de Planejamento, Administração e


Finanças/ Prefeitura Municipal, 2014.

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Já na tabela 30, podemos perceber que os recursos aplicados na educação


infantil e na educação de jovens e adultos tiveram uma redução no ano de 2013,
enquanto que no ensino fundamental, o município aumentou consideravelmente o
investimento a cada ano. Percebe-se que não houve investimento no ensino médio,
em virtude da não oferta deste nível de ensino por parte do sistema municipal de
ensino.

Sendo assim, fica evidente a necessidade de investimento ainda maior na


área de alimentação e transporte escolar, bem como na educação infantil e no
ensino fundamental para que possamos dotar o sistema municipal de ensino de
mecanismos que possibilitem acesso, permanência e aprendizagem dos alunos
nas unidades escolares do nosso município.

Tabela 31. Despesa com educação do município de Heliópolis por categoria e


elemento de despesa de 2010 a 2013.
Ano Despesas Correntes Despesas de Capital

Pessoal Mat. Subtotal Obra e Equipamentos Subtotal Total

Consumo Instalações

2010 4.772.651,57 640.933,91 5.413.585,48 145.519,26 211.705,70 357.224,96 5.770.810,44

2011 5.904.956,34 543.662,02 6.448.618,36 178.694,63 0,00 178.694,63 6.627.312,99

2012 6.493.751,77 817.847,50 7.311.599,27 778.136,13 233.874,00 1.012.010,13 8.323.609,40

2013 7.973.130,43 709.238,50 8.682.368,93 50.000,00 552.483,75 602.483,75 9.284.852,68

Fonte: Secretaria Municipal da Educação / Secretaria de Planejamento, Administração e Finanças /


Prefeitura Municipal, 2014.

Na Tabela 31 podemos perceber a evolução da aplicação dos recursos da


educação do município com a finalidade de dotar as unidades escolares de
padrões mínimos de funcionamento.

Os dados nos revelam ainda, um aumento progressivo no pagamento de


pessoal, sobretudo, pelo fato do município vim pagando o piso salarial nacional
conforme, disposto na Lei nº 11.738/2008, que institui o piso salarial profissional
nacional para os profissionais do magistério público da educação básica,
objetivando assim, valorizar os profissionais do magistério público municipal.
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Tabela 32. Receita e aplicação dos recursos recebidos do FUNDEB no município


de Heliópolis de 2010 a 2013

Ano Total recebido Aplicação

Salário dos professores Capacitação dos Gastos com MDE


leigos

2010 5.612.674,02 3.564.990,68 0,00 2.047.683,34

2011 6.849.481,33 4.173.388,97 0,00 2.676.070,88

2012 7.501.284,28 4.564.884,50 0,00 2.936.399,78

2013 7.649.239,72 5.400.294,26 0,00 2.295.127,83

Fonte: Secretaria Municipal da Educação / Secretaria de Planejamento, Administração e Finanças/


Prefeitura Municipal, 2014.

Já a Tabela 32 nos mostra que no ano de 2013 o repasse referente ao


Fundeb foi superior em relação ao ano anterior em apenas cerca de cento e
cinquenta mil reais aproximadamente, não sendo compatível com o aumento
salarial definido pela Lei nº 11.738/2008, fato este que causa preocupação, pois
aumenta a cada ano o valor do piso salarial nacional, porém os repasses dos
recursos não têm aumentado na mesma proporção.

Com tal análise, o município deve ter prudência para que possa cumprir
com as obrigações da administração, no tocante ao pagamento de pessoal, bem
como nas demais ações destinadas à manutenção e desenvolvimento do ensino,
conforme disposto na lei de diretrizes e bases da educação nacional.

Tabela 33. Aplicação no Ensino Fundamental – Exercício 2013 (Em R$)

Dos recursos Da aplicação

Receita de imposto e 25% da receita de impostos e Total aplicado em


% aplicado
transferências transferências educação

13.632.816,25 3.408.204,06 4.094.885,93 30,04

Fonte: Tribunal de Contas dos Municípios, 2014.

Observa-se na Tabela 33 que o munícipio de Heliópolis investiu no ano de


2013 muito acima do mínimo exigido pela legislação em vigor que é 25% da receita
de impostos e transferências, aplicando o percentual de 30,04%, em educação. A

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utilização deste percentual se deu sobretudo, pela diminuição dos repasses dos
recursos do Fundeb.

Tabela 34. Recursos da Educação no PPA (2010/2013)

Programa/projetos/atividades
ANOS Previsto em R$ Total utilizado
educacionais

6.810.000,00 CRIANÇA NA ESCOLA É FUNDAMENTAL 8.226.877,10

CAPACITAÇÃO DO PROFISSIONAL DA
2010 59.850,00 42.900,00
EDUCAÇÃO

40.000,00 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 17.256,02

7.111.150,00 CRIANÇA NA ESCOLA É FUNDAMENTAL 9.738.931,15

CAPACITAÇÃO DO PROFISSIONAL DA
2011 62.843,00 42.050,00
EDUCAÇÃO

41.800,00 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 23.892,10

7.343.267,00 CRIANÇA NA ESCOLA É FUNDAMENTAL 10.530.317,02

CAPACITAÇÃO DO PROFISSIONAL DA
2012 65.984,00 0,00
EDUCAÇÃO

43.700,00 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 56.822,48

7.867.268,00 CRIANÇA NA ESCOLA É FUNDAMENTAL 10.815.456,21

CAPACITAÇÃO DO PROFISSIONAL DA
2013 69.283,00 65.461,00
EDUCAÇÃO

46.400,00 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 13.541,20

Fonte: Prefeitura Municipal de Heliópolis, 2014. Lei Nº. 324/2009, de 30 de Outubro de 2009.

Os recursos da Educação previstos na Lei Municipal Nº 324/2009, de 30 de


outubro de 2009 que Dispõe sobre o Plano Plurianual do Município de Heliópolis
para o Quadriênio 2010 a 2013 e dá outras providências, tiveram aplicação
superior nos quatro anos no Programa Criança na escola é fundamental, já no
Programa Capacitação do Profissional da Educação percebe-se que no ano de
2012 não foi aplicado nenhum recurso e que nos demais anos de vigência do PPA
a aplicação dos recursos não superou o previsto. Já no Programa Educação de
Jovens e Adultos foram aplicados recursos nos quatros anos, porém sem superar
os valores previstos na referida lei, mostrando assim, a necessidade de

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investimento ainda maior a fim de melhorarmos a qualidade da educação em nosso


município.

Assim, cabe o município buscar meios de incentivar a participação ainda


maior da comunidade na elaboração, acompanhamento e fiscalização do Plano
Plurianual, conforme disposto na legislação em vigência, a fim de contribuir para o
processo de gestão municipal, utilizando de mecanismos que garanta a
participação popular estabelecido entre outros meios como o disposto na Lei nº
12.527 de 18 de novembro de 2011, que trata e regula o acesso às informações,
sobretudo, para o alcance das metas estabelecidas nas leis municipais.

Neste contexto, o município tem buscado a melhoria da qualidade do


ensino público, por meio da aplicação dos recursos conforme disposto na
legislação vigente. Para isto, tem sido importante a participação dos conselhos
municipais no processo de controle social da aplicação desses recursos.

Por tais razões, a Secretaria Municipal de Educação sabe de suas


responsabilidades e considera que os investimentos ocorrem de acordo com as
matrículas efetivadas nas modalidades educacionais ofertadas pelo sistema
municipal de ensino, sendo necessária a observação da relação professor/aluno
para a ampliação de investimos que garanta melhoria do processo de ensino e
aprendizagem.

Portanto, temos grandes desafios, mas devemos superá-los cada um, com
responsabilidade e transparência, objetivando a implantação e implementação do
Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi) para que possamos superar as dificuldades e
construir uma educação que sirva como instrumento de transformação social.

3 DIRETRIZES, METAS E ESTRATÉGIAS DO PME

3.1 DIRETRIZES, METAS E ESTRATÉGIAS DO PME

Atendendo à orientação nacional e em busca de melhorar e organizar a


educação municipal, para a elaboração deste PME foram levadas em consideração
as diretrizes nacionais para, em consonância com as esferas Federal e Estadual,

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montar estratégias de ações que deverão ser adotadas pelo município em um


período de dez anos de vigência deste PME, em conformidade com o Art. 2º do
PNE, Lei nº 13.005/2014, que trata das diretrizes nacionais.

Foram tratadas como diretrizes para este PME:

I – erradicação do analfabetismo;

II – universalização do atendimento escolar;

III – superação das desigualdades;

IV – melhoria da qualidade da educação;

V – formação para o trabalho e cidadania, com ênfase nos valores morais e


éticos em que se fundamenta a sociedade;

VI – promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;

VII – promoção humanística, científica, cultural tecnológica do Município;

VIII – estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em


educação como proporção do Produto Interno Bruto – PIB, que se assegure
atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;

IX – valorização dos (as) profissionais da educação;

X – promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à


diversidade e à sustentabilidade socioambiental.

META 1: Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças


de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em
creches de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de
até 3 (três) anos até o final da vigência deste PME.

Estratégias:

1.1. Estabelecer parcerias com os governos estadual e federal no sentido da


garantia do atendimento aos alunos da Educação Infantil nas redes públicas
obedecendo aos padrões nacionais de qualidade;
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1.2. Adaptar espaços das escolas polos e/ou espaços educacionais apropriados
para a Educação Infantil, quando não for possível a construção de creches em
comunidades rurais, nos povoados e/ou em bairros afastados do centro da cidade,
visando a ampliação de vagas ofertadas para a Educação Infantil;

1.3. Adquirir brinquedos e jogos pedagógicos para as unidades escolares da rede


municipal de ensino que atendam à Educação Infantil;

1.4. Garantir a implementação de um currículo flexível e dinâmico que contemple a


construção da autonomia das crianças e a construção de valores éticos, que sejam
construídas atitudes de cuidado com o “eu”, com o “outro” e com o meio,
favorecendo o desenvolvimento integral da criança;

1.5. Elaborar e atualizar o Projeto Político Pedagógico – PPP – bem como o


Regimento das Instituições que atendam a educação infantil;

1.6. Declarar no censo escolar as crianças da comunidade Quilombola do povoado


Tijuco;

1.7. Realizar, em regime de colaboração entre a União e o Município, metas de


expansão das respectivas redes públicas de educação infantil segundo padrão
nacional de qualidade, considerando as peculiaridades locais, focando o
atendimento das crianças de 0 a 3 anos, do município, para serem atendidas em
Creches da Zona urbana e rural;

1.8. Estabelecer em parceria com os demais setores do município, levantamento


das crianças de 04 a 05 anos, para serem atendidas na pré-escola, respeitando as
peculiaridades locais;

1.9. Expandir gradativamente, por meio do regime de colaboração entre União e o


Estado, o atendimento da rede pública de educação infantil segundo padrão
nacional de qualidade, considerando as peculiaridades locais;

1.10. Estabelecer normas, procedimentos e prazos para definição de mecanismos


de consulta pública da demanda das famílias por creches;

1.11. Fortalecer o acompanhamento e a permanência das crianças da educação


infantil, em especial dos beneficiários de programas de transferências de renda nas
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escolas municipais, em colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de


assistência social, saúde e proteção à infância;

1.12. Manter e ampliar, em regime de colaboração e respeitadas às normas de


acessibilidade, programa nacional de construção e reestruturação de escolas, bem
como de aquisição de equipamentos, visando à expansão e à melhoria da rede
física de escolas públicas de educação infantil;

1.13. Garantir o acesso e permanência à educação infantil e fomentar a oferta do


atendimento educacional especializado aos alunos e alunas com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,
assegurando também a educação bilíngue para as crianças surdas e a
transversalidade da educação especial na educação básica;

1.14. Atender a educação infantil na organização das redes escolares municipais,


tanto do campo quanto da zona urbana, garantindo o atendimento da criança de 0
a 5 anos em estabelecimentos que atendam a parâmetros nacionais de qualidade,
garantindo assim, a continuidade dos estudos no ensino fundamental;

1.15. Incentivar as escolas a participar das oficinas de criação de jogos infantis


ofertados pelo município para desenvolver com seus alunos, de acordo com sua
realidade atual, e estimulando métodos novos de ensino e aprendizagem, em todas
as escolas que atendem a Educação Infantil do município;

1.16. Promover a formação inicial e continuada dos (as) professores que atuam na
educação infantil;

1.17. Articular a oferta de matrículas gratuitas em creches certificadas como


entidades beneficentes de assistência social na área de educação com a expansão
da oferta na rede escolar pública;

1.18. Fomentar o atendimento das populações do campo e das comunidades


quilombolas na educação infantil nas respectivas comunidades, por meio do
redimensionamento da distribuição territorial da oferta, limitando a nucleação de
escolas e o deslocamento de crianças, de forma a atender às especificidades
dessas comunidades, garantido consulta prévia e informada;

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1.19. Priorizar o acesso à educação infantil e fomentar a oferta do atendimento


educacional especializado complementar e suplementar aos (às) alunos (as) com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, estimulando a educação bilíngue para crianças surdas e a
transversalidade da educação especial nessa etapa da educação básica;

1.20. Implementar, em caráter complementar, programas de orientação e apoio às


famílias, por meio da articulação das áreas de educação, saúde e assistência
social, com foco no desenvolvimento integral das crianças de até 3 (três) anos de
idade;

1.21. Preservar as especificidades da educação infantil na organização das redes


escolares, buscando o atendimento da criança de 0 (zero) a 5 (cinco) anos em
estabelecimentos que atendam a parâmetros nacionais de qualidade, e a
articulação com a etapa escolar seguinte, visando ao ingresso do (a) aluno(a) de 6
(seis) anos de idade no ensino fundamental;

1.22. Promover a busca ativa de crianças em idade correspondente à educação


infantil, em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à
infância, preservando o direito de opção da família em relação às crianças de até 3
(três) anos;

1.23. Estimular o acesso à educação infantil em tempo integral, para todas as


crianças de 0 (zero) a 5 (cinco) anos, conforme estabelecido nas Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.

1.24. Buscar parceria com o MEC/ FNDE para construção de Creches do projeto-
padrão Proinfância TIPO C do Fundo de Desenvolvimento da Educação (FNDE),
na rede pública municipal com capacidade de atendimento a 120 crianças quando
o funcionamento acontecer em dois turnos, ou 60 crianças em período integral.

META 2: Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a


população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95%
(noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade
recomendada, até o último ano de vigência deste PME.
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Estratégias:

2.1 Criar mecanismos para o acompanhamento individual do desempenho escolar


de cada estudante dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em sua respectiva
escola;

2.2 Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência


na escola por parte dos beneficiários de programas de transferência de renda,
identificando motivos de ausência e baixa frequência e garantir, em regime de
colaboração, a frequência e o apoio à aprendizagem;

2.3 Promover a busca ativa de crianças fora da escola, em parceria com as áreas
de assistência social, saúde e comunidade escolar;

2.4 Zelar para que o transporte escolar prime pela qualidade e redução do tempo
máximo dos estudantes em deslocamento, quando possível;

2.5 Incentivar e disponibilizar condições para a integração escola-comunidade,


visando ampliar as oportunidades de conhecimento e reflexão da realidade, bem
como a vivência de experiências que contribuam para a inserção social e
desenvolvimento de cidadania, aos estudantes;

2.6 Ofertar os anos iniciais do ensino fundamental para as populações do campo


nas próprias comunidades rurais, de acordo com os critérios estabelecidos pela
Secretaria Municipal de Educação;

2.7 Zelar para que no âmbito dos sistemas de ensino, a organização do trabalho
pedagógico, incluindo adequação do calendário escolar, respeite a realidade local e
condições climáticas da região;

2.8 Incentivar a realização de atividades extracurriculares complementares ao


trabalho pedagógico conforme estabelecido em Projeto Político Pedagógico das
escolas;

2.9. Declarar no censo escolar a população quilombola existente no povoado


Tijuco;

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2.10. Mobilizar a comunidade quilombola do povoado Tijuco, ao reconhecimento e


certificação junto a Fundação Zumbi dos Palmares;

2.11. Informatizar toda a Rede Municipal de Educação.

META 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população


de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de
vigência deste PME, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%
(oitenta e cinco por cento).

Estratégias:

3.1. Incentivar metodologias pedagógicas com abordagens interdisciplinares


estruturadas pela relação entre teoria e prática, por meio de currículos escolares
que, organizem de maneira flexível e diversificada, conteúdos obrigatórios e
eletivos articulados em dimensões como: ciência, trabalho, linguagens, tecnologia,
cultura e esporte; garantindo-se a aquisição de equipamentos e laboratórios, a
produção de material didático específico, a formação continuada de professores e a
articulação com instituições acadêmicas, esportivas e culturais;
3.2. Apoiar a utilização de bens e espaços culturais, de forma regular, bem como a
ampliação da prática desportiva, integrada ao currículo escolar;
3.3. Incentivar a população de 15 a 17 anos a participar de cursos
profissionalizantes em curto prazo;
3.4. Incentivar e apoiar a participação dos jovens na realização do Exame Nacional
do Ensino Médio-ENEM;

3.5. Buscar parcerias para a oferta de cursos pré-universitários bem como bolsas
para alunos que estão no ensino médio;
3.6. Ampliar e dinamizar o acesso a programas de formação continuada para
profissionais de Educação;
3.7. Realizar, em parceria com o Estado, por meio de censo educacional,
levantamento dos jovens em idade estudantil que estão fora da escola, por bairro
ou distrito de residência e locais de trabalho, visando localizar a demanda e
garantir a oferta de ensino médio;
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3.8. Desenvolver atividades artísticas e culturais, em regime de colaboração com o


Estado e União, buscando recursos que atendem a execução desses projetos;
3.9. Ampliar e desenvolver programas de incentivo a autoestima, combate às
drogas e violência na comunidade escolar;

Meta 4: Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos


com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades
ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional
especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de
sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes,
escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

Estratégias:

4.1. Contabilizar, para fins do repasse do fundo de Manutenção e Desenvolvimento


da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB,
as matrículas dos (as) estudantes da educação regular da rede pública que
recebem atendimento educacional especializado complementar e suplementar,
sem prejuízo do computo dessas matrículas na educação básica regular, e as
matrículas efetivadas, conforme o censo escolar mais atualizado, na educação
especial oferecida em instituições comunitárias ou filantrópicas sem fins lucrativos,
conveniadas com o poder público e com atuação exclusiva na modalidade, nos
termos da Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007;

4.2. Promover a universalização do atendimento escolar a demanda manifestada


pelas famílias de crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, observando o que
dispõe a Lei nº 9. 394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e
base da educação nacional;

4.3. Implantar, em parceria com a União, salas de recursos multifuncionais e


fomentar a formação continuada de professores e professoras para ao atendimento
educacional especializado nas escolas integrantes do sistema municipal de ensino;

4.4. Estimular o atendimento educacional especializado em salas de recursos


multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos e
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conveniados, aos educandos com necessidade educacionais especiais


matriculados na rede pública de educação básica, conforme necessidade
identificada por meio de avaliação, após consulta a família e aluno;

4.5. Estimular a criação de centros multidisciplinares de apoio, pesquisa e


assessoria articulados com instituições acadêmicas e integrados por profissionais
das áreas de saúde, assistência social, pedagógica e psicológica, para apoiar o
trabalho dos (as) professores (as) da educação básica com os (as) alunos (as) com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação;

4.6. Buscar parcerias para oferta de educação bilíngue, em Língua Brasileira de


Sinais - LIBRAS como primeira língua e na modalidade escrita da Língua
Portuguesa como segunda língua, aos alunos(as) surdos (as) e com deficiência
auditiva para educação básica, em escolas e classes bilíngues e em escolas
inclusivas, nos termos do art. 22 do Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005;

4.7. Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola e ao


atendimento educacional especializado, bem como da permanência e do
desenvolvimento escolar dos (as) alunos (as) com deficiência, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação beneficiários (as) de
programas de transferência de renda, juntamente com o combate às situações de
discriminação, preconceito e violência, com vistas ao estabelecimento de
condições adequadas para o sucesso educacional, em colaboração com as
famílias e com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à
infância, à adolescência e à juventude;

4.8. Promover o desenvolvimento de pesquisas interdisciplinares para subsidiar a


formulação de políticas públicas intersetoriais que atendam as especificidades
educacionais de estudantes com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação que requeiram medidas de
atendimento especializado;

4.9. Promover a articulação intersetorial entre órgãos e políticas públicas de saúde,


assistência social e direitos humanos, em parceria com as famílias, a fim de
desenvolver modelos de atendimento voltados à continuidade do atendimento
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escolar, na educação de jovens e adultos, das pessoas com deficiência e


transtornos globais do desenvolvimento com idade superior à faixa etária de
escolarização obrigatória, de forma a assegurar a atenção integral ao longo da
vida;

4.10. Apoiar a ampliação das equipes de profissionais da educação para atender à


demanda do processo de escolarização dos (das) estudantes com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,
garantindo a oferta de professores (as) do atendimento educacional especializado,
profissionais de apoio ou auxiliares, tradutores (as) e intérpretes de Libras, guias-
intérpretes para surdos-cegos, professores de Libras, prioritariamente surdos, e
professores bilíngues;

4.11. Definir indicadores de qualidade e política de avaliação e supervisão para o


funcionamento de instituições públicas e privadas que prestam atendimento a
alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades
ou superdotação;

4.12. Promover, ações através do Ministério da Educação, nos órgãos de pesquisa,


demografia e estatística competentes, a obtenção de informação detalhada sobre o
perfil das pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação de 0 (zero) a 17 (dezessete) anos; bem como a
população de jovens e adultos com idade superior a 17 anos;

4.13. Promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou


filantrópicas, conveniadas com o poder público, visando a ampliar as condições de
apoio ao atendimento escolar integral das pessoas com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação matriculadas nas
redes públicas de ensino;

4.14. Promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou


filantrópicas, conveniadas com o poder público, visando a ampliar a oferta de
formação continuada e a produção de material didático acessível, assim como os
serviços de acessibilidade necessários ao pleno acesso, participação e
aprendizagem dos estudantes com deficiência, transtornos globais do

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desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação matriculados na rede pública


de ensino;

4.15. Promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou


filantrópicas, conveniadas com o poder público, a fim de favorecer a participação
das famílias e da sociedade na construção do sistema educacional inclusivo;

4.16. Promover parcerias com as universidades públicas e privadas para obtenção


de bolsas de estudos com vista a possibilitar o acesso e permanência ao ensino
superior aos jovens e adultos portadores de necessidades especiais.

META 5: Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro)


ano do ensino fundamental.

Estratégias:

5.1. Promover estudos e análise da política educacional pretendida, expressada no


Plano Municipal de Educação, incentivando os educadores a manter uma postura
autêntica, responsável e coerente para desenvolver a proposta pedagógica
elaborada, através da valorização e ressignificação, aperfeiçoamento com
encontros dos profissionais da área;

5.2. Reestruturar a Proposta Curricular adequando aos objetivos do PNAIC;

5.3. Implantar um sistema de avaliação diagnóstica supervisionada, no primeiro


mês do ano letivo, para analisar e adotar medidas suplementares até o término do
primeiro trimestre do ano letivo;

5.4. Oferecer a todos as crianças que apresentarem dificuldades em alfabetização,


reforço escolar em contra turno e reenturmação com acompanhamento pedagógico
supervisionado para garantir a aprendizagem;

5.5. Implantar salas apropriadas com recursos pedagógicos e profissionais com


experiências no ciclo de alfabetização, a fim de promover aos educandos a se
apropriarem do Sistema de Escrita Alfabética e da alfabetização matemática.

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5.6. Priorizar o acompanhamento individual das crianças com dificuldades de


aprendizagem especificamente no 3º ano (final do ciclo de alfabetização) para
garantir que até o final do ano letivo vigente, 100% das crianças sejam
alfabetizadas;

5.7. Selecionar, assegurar a formação continuada e certificar professores e


professoras do quadro municipal de ensino com perfil alfabetizador para assumirem
e acompanharem os três primeiros anos da alfabetização, na vigência desse plano;

5.8. Fortalecer o acompanhamento pedagógico no Ensino Fundamental - anos


iniciais, referente à alfabetização na idade certa;

5.9. Estruturar os processos pedagógicos de alfabetização, nos anos iniciais do


ensino fundamental, articulando-os as estratégias desenvolvidas na pré-escola,
com qualificação e valorização dos (as) professores (as) alfabetizadores e com
apoio pedagógico específico, a fim de garantir a alfabetização plena de todas as
crianças;

5.10. Oferecer condições a todos os docentes que tenham alunos com deficiência
inseridos em salas regulares, ambientes alfabetizadores, respeitando as
especificidades e o número de alunos determinado pela legislação vigente, bem
como recrutar professores auxiliares para atender essa demanda;

5.11. Ampliar o uso de tecnologias educacionais para o ciclo de alfabetização,


assegurada a diversidade de métodos e propostas pedagógicas, bem como o
acompanhamento dos resultados no sistema de ensino;

5.12. Sublimar a utilização do acervo literário destinado às unidades escolares da


rede municipal como ferramenta potente para a práxis docente;

5.13. Garantir a alfabetização de crianças do campo, quilombolas e de população


itinerantes, com materiais didáticos específicos;

5.14. Implantar, em parceria com o FNDE/MEC, laboratórios de informática e


acesso à internet, como instrumento avançado de pesquisa, informação e
conhecimento, bem como, equipamentos multimídia, videotecas, brinquedotecas e
quadras cobertas;

5.15. Promover a capacitação e a qualificação dos professores com profissionais


na área da alfabetização, com sua identidade, afetiva e metodológica, mediante a
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formação inicial e continuada para a alfabetização de crianças, com o


conhecimento de novas tecnologias educacionais e práticas pedagógicas
inovadoras, estimulando a articulação entre programas de pós-graduação stricto
sensu e ações de formação continuada de professores (as) para a alfabetização.

5.16. Prover recursos necessários para manter e equipar pedagogicamente as


escolas municipais, proporcionando aos professores e alunos melhores condições
de ensino-aprendizagem;

5.17. Incluir os diferentes atores sociais no processo de escolarização;

5.18. Promover a integração da Secretaria Municipal de Educação, escola,


comunidade, através de atividades que atendam as reais necessidades e
expectativas dos profissionais da educação da rede municipal, tendo em vista a
realização de um trabalho conjunto e cooperativo;

5.19. Implementar no âmbito da Secretaria da Educação Programa de Formação


Continuada para os professores egressos do PACTO/PNAIC, sobretudo adotando
a metodologia nacional, sendo ministradas por profissionais docentes com
habilidades e competências para o ciclo de alfabetização;

5.20. Garantir a todas as crianças até o final do ciclo de alfabetização o domínio do


Sistema de escrita alfabética, bem com a consolidação dos eixos das áreas de
conhecimento.

META 6: Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50%


(cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos,
25% (vinte e cinco por cento) dos (as) alunos (as) da educação básica.

Estratégias:

6.1. Ampliar a oferta do Programa Mais Educação visando expandir a educação de


tempo integral, que abranja um período de, pelo menos 7 horas diárias, com
previsão de infraestrutura adequada, professores e funcionários em número
suficiente;
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6.2. Instituir, implantar e acompanhar as atividades culturais, e esportivas,


desenvolvidas no período integral;
6.3. Buscar convênios junto ao FNDE para realização da ampliação e
reestruturação das escolas públicas, por meio da instalação de quadras
poliesportivas, laboratórios de informática, espaços para atividades culturais,
bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios, banheiros e outros equipamentos;
6.4. Estimular a oferta de atividades voltadas à ampliação da jornada escolar de
alunos matriculados nas escolas da rede pública de educação básica por parte das
entidades.

META 7: Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e


modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir
as seguintes médias nacionais para o IDEB:

IDEB 2015 2017 2019 2021

Anos iniciais do 5,2 5,5 5,7 6,0


ensino
fundamental

Anos finais do 4,7 5,0 5,2 5,5


ensino
fundamental

Ensino médio 4,3 4,7 5,0 5,2

Estratégias:

7.1. Promover iniciativas visando o desencadeamento de ações articuladas que


promovam e estimulem a adoção de comportamentos e estilos de vida
saudáveis entre os escolares e seus familiares;
7.2. Proporcionar à população das escolas públicas municipais, alternativas à
construção de comportamentos saudáveis ao longo da vida;
7.3. Promover o desenvolvimento e a implementação de ações efetivas,
integradas e sustentáveis para a prevenção e o controle das DCNT e seus
fatores de risco no âmbito das escolas públicas municipais.

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7.4. Estimular a criação do Centro Municipal de Colaboradores da Alimentação


e Nutrição Escolar – grupo de trabalho em prol do desenvolvimento da
alimentação e nutrição escolar em todos os seus aspectos (oferta e ingestão
adequada de nutrientes, boas práticas de produção, educação permanente),
com representantes das escolas públicas municipais e comunidades, além dos
membros do setor de alimentação e nutrição escolar;
7.5. Estabelecer a criação de quadro técnico de trabalho para o setor de
alimentação e nutrição escolar municipal;
7.6. Fortalecer e incentivar a participação do Conselho de Alimentação Escolar
– CAE nas atividades relacionadas à alimentação e nutrição escolar;
7.7. Criar Lei específica que regulamente o comércio de gêneros alimentícios
nas escolas e áreas adjacentes;
7.8. Promover interação entre saúde e educação através do Programa Saúde
na Escola – PSE, trazendo profissionais de saúde para realizar atividades de
prevenção e promoção da saúde no âmbito das escolas públicas municipais;
7.9. Incluir e trabalhar os temas saúde, alimentação e nutrição no Projeto
Pedagógico das escolas integrantes do sistema público municipal de ensino;
7.10. Identificar, no âmbito das escolas públicas municipais, alunos com
necessidades nutricionais especiais;
7.11. Adotar, no contexto público municipal de ensino, os 10 Passos para
Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas;
7.12. Incentivar a participação da comunidade escolar nas práticas da
alimentação saudável e cuidados com a saúde;
7.13. Incentivar a participação das famílias nas atividades de saúde na escola;
7.14. Incentivar o conhecimento e a valorização da cultura alimentar municipal
e dos alimentos regionais;
7.15. Estimular, desenvolver e financiar a criação, armazenamento e a difusão de
recursos educacionais livres que contribuam para a melhoria da qualidade do
processo de ensino-aprendizagem e que permitam a criação de novos
conhecimentos;

7.16. Implementar, valorizar e dar continuidade ao Programa Horta Escolar e


Gastronomia;

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7.17. Trabalhar o gosto pela alimentação saudável através de oficinas e


gincanas culinárias;
7.18. Trabalhar os temas saúde, alimentação e nutrição no contexto
interdisciplinar, pedagógico e transversal;
7.19. Incentivar hábitos de higiene e saúde no âmbito escolar;
7.20. Criar e manter atualizada ficha de controle de saúde dos escolares;
7.21. Adotar regime de formação continuada para docentes, equipes diretivas
escolares e merendeiras da rede pública municipal de ensino;
7.22. Trabalhar materiais de apoio e fixação de conteúdo, relacionados à saúde
e alimentação;
7.23. Fomentar ações de reforço escolar com os temas saúde, alimentação
saudável e nutrição.
7.24. Instituir e estimular Feiras de saúde e dia de saúde na escola, previstas
no calendário escolar municipal;
7.25. Estimular a participação da comunidade escolar em atividades cívicas,
como os desfiles cívicos, que abordem os temas saúde, alimentação saudável
e nutrição;

META 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte


e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no
último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região
de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais
pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados
à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

Estratégias:

8.1. Cooperar para implantação de programas de Educação de Jovens e Adultos


para garantir acesso aos segmentos populacionais que estejam fora da escola e
com defasagem idade/série;

8.2. Promover, em parceria com as áreas de assistência social, saúde e proteção à


juventude, busca ativa de jovens e adultos que estejam fora da escola, para
garantir o direito de acesso e permanência do educando na rede municipal de
ensino;

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8.3. Realizar diagnóstico dos jovens e adultos com ensino fundamental incompleto
para identificar a demanda por vagas na Educação de Jovens e Adultos;

META 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou


mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015
e, até o final da vigência deste PME, erradicar o analfabetismo absoluto e
reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

Estratégias:

9.1. Realizar chamadas públicas regulares para educação de jovens e adultos, por
meio de mobilização, sensibilização, campanhas e palestras, promovendo-se
busca ativa em regime de colaboração entre entes federados e em parceria com
organizações da sociedade civil;

9.2. Colaborar para implementação de ações de alfabetização de jovens e Adultos,


com garantia de continuidade da escolarização básica;

9.3. Cooperar para realização de avaliação, por meio de exames específicos, que
permita aferir o grau de alfabetização de jovens e adultos com mais de 15 (quinze)
anos de idade;

9.4. Executar ações de atendimento ao (à) estudante da educação de jovens e


adultos por meio de programas suplementares de transporte, alimentação e saúde,
inclusive atendimento oftalmológico, em articulação com a área da saúde;

9.5. Implementar o programa de Currículo Único, atendendo as especificidades da


Educação de Jovens e Adultos, para garantir atendimento pleno à demanda por
ensino fundamental nesta faixa etária;

9.6. Realizar processo de avaliação unificada que atenda às especificidades da


educação de jovens e adultos.

9.7. Ofertar Formação Continuada para professores da Educação de Jovens e


Adultos.

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META 10: Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas
de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma
integrada à educação profissional.

Estratégias:

10.1. Apoiar o programa nacional de educação de jovens e adultos voltado à


conclusão do ensino fundamental, de forma a estimular a conclusão da educação
básica;

10.2. Incentivar as matrículas na educação de jovens e adultos, objetivando a


elevação do nível de escolaridade do trabalhador e da trabalhadora;

10.3. Estimular a integração da educação de jovens e adultos com a educação


profissional, em cursos planejados, de acordo com as características do público da
educação de jovens e adultos e considerando as especificidades das populações
itinerantes e do campo e das comunidades quilombolas, inclusive na modalidade
de educação à distância;
10.4. Aderir ao programa nacional de reestruturação e aquisição de equipamentos
voltados à expansão e à melhoria da rede física de escolas públicas que atuam na
educação de jovens e adultos integrada à educação profissional, garantindo
acessibilidade à pessoa com deficiência;
10.5. Estimular a diversificação curricular da educação de jovens e adultos,
articulando a formação básica e a preparação para o mundo do trabalho e
estabelecendo inter-relações entre teoria e prática, nos eixos da ciência, do
trabalho, da tecnologia e da cultura e cidadania, de forma a organizar o tempo e o
espaço pedagógicos adequados às características desses alunos e alunas;
10.6. Incentivar o acesso à produção de material didático, o desenvolvimento de
currículos e metodologias específicas, os instrumentos de avaliação, o acesso a
equipamentos e laboratórios e a formação continuada de docentes das redes
públicas que atuam na educação de jovens e adultos articulada à educação
profissional;
10.7. Aderir ao programa nacional de assistência ao estudante, compreendendo
ações de assistência social, financeira e de apoio psicopedagógico que contribuam
para garantir o acesso, a permanência, a aprendizagem e a conclusão com êxito
da educação de jovens e adultos articulada à educação profissional.

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META 11: Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível


médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por
cento) da expansão no segmento público.

Estratégias:

11.1. Incentivar a matrícula de jovens na educação profissional técnica de nível


médio na Rede Estadual de Educação Profissional, Científica e Tecnológica;

11.2. Colaborar com a divulgação da oferta de educação profissional técnica de


nível médio nas redes públicas estaduais de ensino;

11.3. Estimular a realização de projetos que visem a integração entre a Educação


de Jovens e Adultos e a Educação Profissional e Tecnológica, presencial ou a
distancia.

META 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50%
(cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da
população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade
da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas
matrículas, no segmento público.

Estratégias:

12.1. Buscar meios de ofertar o transporte escolar para que o estudante possa se
deslocar até as unidades de ensino superior das cidades circunvizinhas;
12.2. Implantar Casa de Apoio ao Estudante na cidade onde houver demanda de
estudantes sem condições dignas de moradia;
12.3. Buscar alternativas para ofertar bolsas de estudos para cursos preparatórios
para estudantes carentes que desejarem fazer o ENEM;
12.4. Elaborar Lei municipal que definirá como os estudantes participantes dos
programas propostos pelo município poderão retribuir à municipalidade os
benefícios recebidos;
12.5. Apoiar e oficializar a oferta do transporte escolar universitário.

META 13: Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de


mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do
sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo,
do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.

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Estratégias:

13.1. Apoiar a população do município a cursar a educação superior;

13.2. Estimular os servidores públicos municipais a participar de cursos da


educação superior;

13.3. Firmar parceira com as IES na oferta de bolsas de estudos dos programas
federais.

META 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação


stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil)
mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores.

Estratégias:

14.1. Estimular os servidores públicos municipais a participar de cursos de pós-


graduação;

14.2. Apoiar os cursos de extensão superior universitário para graduação e pós-


graduação na própria cidade;

14.3. Firmar parceria com as IES que provem cursos superior de extensão
universitário.

META 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o


Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste
PME, política nacional de formação dos profissionais da educação de que
tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei no 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da
educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em
curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

Estratégias:

15.1. Realizar plano estratégico que apresente diagnóstico das necessidades de


formação dos profissionais da educação;
15.2. Firmar parcerias com os Governos Estadual e Federal para proporcionar aos
educadores o acesso ao nível superior na área em que atuam;
15.3. Implementar programas específicos para formação de profissionais da
educação para as escolas do campo, quilombolas e para a educação especial;

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127 - Ano II - Nº 414

15.4. Promover políticas públicas que visem captar recursos que permitam
valorização dos profissionais da educação;
15.5. Oferecer cursos de formação inicial e continuada para os profissionais de
serviço e apoio escolar;
15.6. Estimular a elaboração e/ou atualização anual do Projeto Político
Pedagógico das unidades escolares integrantes do sistema municipal de ensino.

META 16: Formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos
professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PME, e
garantir a todos (as) os (as) profissionais da educação básica formação
continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades,
demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.

Estratégias:

16.1. Buscar parcerias para a oferta de bolsas de estudo de pós-graduação para os


profissionais do magistério público municipal e demais profissionais da educação
básica;
16.2. Incentivar os profissionais da educação básica do município de Heliópolis a
participar de cursos de formação continuada em nível de pós-graduação;
16.3. Promover cursos de formação continuada para os servidores públicos
municipais vinculados a Secretaria Municipal de Educação;
16.4. Firmar convênios com as IES para promoção de cursos de formação
profissional para lidar com crianças portadoras de necessidades educacionais
especiais.

META 17: Valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de


educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as)
demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano
de vigência deste PME.

Estratégias:

17.1. Discutir no fórum municipal de educação a atualização progressiva do valor


do piso salarial nacional para os profissionais do magistério público, bem como dos
demais profissionais da educação básica;
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128 - Ano II - Nº 414
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17.2. Constituir como tarefa do fórum permanente o acompanhamento da


evolução salarial dos profissionais da educação;
17.3. Reformular, no âmbito Municipal, o Plano de Carreira dos profissionais do
magistério, observados os critérios estabelecidos na Lei no 11.738, de 16 de julho
de 2008;
17.4. Acompanhar o repasse da assistência financeira da União aos entes
federados para implementação de políticas de valorização dos (as) profissionais do
magistério, em particular o piso salarial nacional profissional.

META 18: Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de


Carreira para os (as) profissionais da educação básica e superior pública de
todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos (as) profissionais
da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional
profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da
Constituição Federal.

Estratégias:

18.1. Estruturar a rede pública de educação básica de modo que 90% (noventa
por cento), no mínimo, dos respectivos profissionais do magistério e 50%
(cinquenta por cento), no mínimo, dos respectivos profissionais da educação não
docentes sejam ocupantes de cargos de provimento efetivo e estejam em exercício
nas redes escolares a que se encontrem vinculados;
18.2. Implantar, na rede pública de educação básica, acompanhamento dos
profissionais iniciantes, supervisionados por equipe de profissionais experientes, a
fim de fundamentar, com base em avaliação documentada, a decisão pela
efetivação após o estágio probatório e oferecer, durante esse período, curso de
aprofundamento e estudos na área de atuação do (a) professor (a), com destaque
para os conteúdos a serem ensinados e as metodologias de ensino de cada
disciplina;
18.3. Realizar, por iniciativa do Ministério da Educação, em regime de
colaboração, o censo dos profissionais da educação básica de outros segmentos
não apenas os do magistério como também os demais servidores;
18.4. Estimular a existência de comissões permanentes de profissionais da
educação de todos os sistemas de ensino, em toda a instância municipal, para

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129 - Ano II - Nº 414

subsidiar os órgãos competentes na elaboração, reestruturação e implementação


dos Planos de Carreira.

META 19: Assegurar condições, no prazo de 2 (dois ) anos, para a efetivação


da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito
e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das
escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.

Estratégias:

19.1. Implementar a Gestão Democrática em conformidade com os critérios


estabelecidos na legislação educacional vigente;

19.2. Implementar a funcionalidade dos conselhos escolares com a participação de


todos os segmentos da comunidade educativa e comunidade local, na rede
Municipal de ensino;

19.3. Fornecer subsídios aos Conselhos Escolares para análise de matérias e


tomada de decisões;

19.4. Incentivar a participação de representantes dos Conselhos Escolares nos


Conselhos Municipais vinculados à educação;

19.5. Aderir aos programas FNDE/MEC, objetivando apoio e formação aos


conselhos do FUNDEB, de Alimentação Escolar e do Conselho Municipal de
Educação, garantindo a esses colegiados, espaço físico adequado, equipamentos
e meios de transporte para visitas à rede escolar, com vistas ao bom desempenho
de suas funções;

19.6. Aprimorar o processo de construção coletiva do Projeto Pedagógico no


âmbito de cada instituição educacional, contemplando a avaliação de trabalho
desenvolvido e o estabelecimento de metas, ações e estratégias para o
aperfeiçoamento do mesmo;

19.7. Estimular, em toda a rede de educação municipal, a constituição e o


fortalecimento de grêmios estudantis e associações de pais, assegurando-lhes,
inclusive, espaços adequados e condições de funcionamento nas escolas e
fomentando a sua articulação orgânica com os conselhos escolares, por meio das
respectivas representações;

19.8. Motivar a participação e a consulta de profissionais de educação, alunos,


alunas e seus familiares na formulação dos projetos pedagógicos, currículos
escolares, planos de gestão escolar e regimento escolar, assegurando a
participação dos pais na avaliação de docentes e gestores escolares;

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130 - Ano II - Nº 414
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19.9. Estimular processo de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão


financeira nos estabelecimento de ensino;

19.10. Criar o Fórum Municipal de Educação, de caráter consultivo e deliberativo


para tomada de decisões a respeito da educação básica, contribuindo
sobremaneira para seu fortalecimento e o controle social, com o intuito de
coordenar as conferências municipais, bem como efetuar o acompanhamento da
execução deste PME;

19.11. Instituir através de Decreto, a criação dos Conselhos Escolares nas


instituições de ensino municipais;

19.12. Garantir a gestão democrática nos Conselhos Escolares, com transparência


dos recursos financeiros administrados para toda a comunidade escolar;

19.13. Garantir a efetiva participação da comunidade escolar na elaboração do


Projeto Pedagógico, Currículos Escolares, Plano de Gestão Democrática, com
aporte técnico e material para sua realização;

19.14. Incentivar a gestão escolar democrática com a participação dos profissionais


da educação, comunidade local e escolar no diagnóstico da escola, plano de
aplicação dos recursos financeiros recebidos e a prestação de contas dos mesmos;

19.15. Garantir formação continuada em serviço na área de administração e/ou


gestão escolar, bem como em Educação Especial e Educação de Jovens e
Adultos, a gestores, coordenadores pedagógicos e demais profissionais técnicos
administrativos da escola;

19.16. Garantir aos conselhos municipais a estrutura física e administrativa


adequada para efetivação da participação democrática, no âmbito da gestão;

19.17. Garantir a efetivação dos princípios da moralidade, impessoalidade,


imparcialidade, contidos no artigo 37 da Constituição Federal de 1988, alterando a
Legislação Municipal que regulamenta os conselhos municipais;

19.18. Transferir gradualmente a gestão dos recursos financeiros destinados a


educação, diretamente para a Secretária Municipal de Educação.

META 20: Ampliar o investimento público em educação pública de forma a


atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto
- PIB do País no 5o (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o
equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.

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131 - Ano II - Nº 414

Estratégias:

20.1. Colaborar com o fortalecimento os mecanismos e os instrumentos que


assegurem, nos termos do parágrafo único do art. 48 da Lei Complementar nº 101,
de 4 de maio de 2000, a transparência e o controle social na utilização dos
recursos públicos aplicados em educação, especialmente a realização de
audiências públicas, a criação de portais eletrônicos de transparência e a
capacitação dos membros de conselhos de acompanhamento e controle social do
FUNDEB, com a colaboração entre o Ministério da Educação, a Secretaria de
Educação do Estado e do Município e o Tribunal de Contas da União, do Estado e
do Município;

20.2. Acompanhar por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas


Educacionais Anísio Teixeira - INEP, estudos e acompanhamento regular dos
investimentos e custos por aluno da educação básica das modalidades ofertadas
pelo município;

20.3. Colaborar com a implantação do Custo Aluno-Qualidade inicial - CAQi,


referenciado no conjunto de padrões mínimos estabelecidos na legislação
educacional e cujo financiamento será calculado com base nos respectivos
insumos indispensáveis ao processo de ensino-aprendizagem e será
progressivamente reajustado até a implementação plena do Custo Aluno Qualidade
- CAQ;

20.4. Colaborar com o Governo Federal na implementação do Custo Aluno


Qualidade - CAQ como parâmetro para o financiamento da educação de todas às
etapas e modalidades da educação básica, a partir do cálculo e do
acompanhamento regular dos indicadores de gastos educacionais com
investimentos em qualificação e remuneração do pessoal docente e dos demais
profissionais da educação pública, em aquisição, manutenção, construção e
conservação de instalações e equipamentos necessários ao ensino e em aquisição
de material didático-escolar, alimentação e transporte escolar;

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132 - Ano II - Nº 414
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20.5. Definir critérios para distribuição dos recursos adicionais dirigidos à


educação ao longo do decênio, que considerem a equalização das oportunidades
educacionais, a vulnerabilidade socioeconômica e o compromisso técnico e de
gestão do sistema de ensino, a serem pactuados na instância prevista no § 5 º do
art. 7º desta Lei;

20.6. Regulamentar as leis existentes após a aprovação da Lei Federal de


Responsabilidade Educacional, visando assegurar padrão de qualidade na
educação básica, no sistema de ensino, atentando-se para o sistema de metas de
qualidade aferidas por institutos oficiais de avaliação educacionais.

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133 - Ano II - Nº 414

4 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PME

O Plano Municipal de Educação é um importante instrumento que norteia


os rumos da educação para os próximos dez anos e é de grande relevância para o
desenvolvimento do município, por isso é mister sua avaliação e revisão em
momentos oportunos, sempre em consonância com os critérios pré estabelecidos
pelo PNE.
A avaliação do Plano Municipal de Educação deverá ser quantitativa e
qualitativa, baseando-se em levantamento de dados junto à Secretaria Municipal de
Educação com base em dados estatísticos oficiais disponibilizados em sites que
retratem a realidade da educação do município.
Destarte, percebendo-se a necessidade da composição do fórum municipal
de educação, o mesmo terá a representação dos seguimentos a seguir: Conselho
Municipal de Educação, Conselho de Acompanhamento e Controle Social do
FUNDEB, Conselho de Alimentação Escolar, Prefeitura Municipal, Câmara de
Vereadores, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de
Planejamento, Administração e Finanças, Departamento Pedagógico, Direção
Escolar, Controladoria Interna e Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de
Heliópoplis, que exercerá papel importantíssimo na tomada de decisões para a
melhoria do PME.
Assim, o Conselho Municipal de Educação e o Fórum Municipal de
Educação, com o apoio da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e
Lazer promoverá no intervalo de até quatro anos entre elas, a Conferência
Municipal de Educação, com o objetivo de fornecer elementos para o Plano
Nacional de Educação, além de refletir a melhoria da qualidade educacional em
nosso município.
A Comissão de Acompanhamento e Avaliação do Plano Municipal de
Educação deverá redigir a cada dois anos de vigência do Plano, um relatório que
deverá ser entregue à Secretaria Municipal de Educação, ao Conselho Municipal
de Educação e a Câmara Municipal de Vereadores, para que as medidas
necessárias para o cumprimento do estabelecido no PME sejam executadas para a
melhoria do sistema educacional.

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134 - Ano II - Nº 414
Heliópolis

REFERÊNCIAS

IBGE. Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar. Instituto Brasileiro de Geografia e


Estatística. Rio de Janeiro: 2009. ISBN 978-85-240-4107-5

Secretaria de Estado da Saúde da Bahia. Regiões de Saúde do Estado da Bahia.


Disponível em:
http://www1.saude.ba.gov.br/mapa_bahia/municipio.asp?CIDADE=291185

FISCARELLI, Marcos Rodolfo. Educação de Jovens e Adultos: dos Jesuítas a


Lula, conhecendo as especificidades das políticas públicas brasileiras e
araraquarenses, Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), UFSCAR, 2011.

HADDAD, Sérgio; DI PIERRO, Maria Clara. Escolarização de jovens e adultos. In:


Revista Brasileira de Educação, São Paulo, n.14, p.108-130, 2000

HADDAD, Fernando. APRESENTAÇÃO. In: BEISIEGEL, C. R. PAULO FREIRE.


Editora Recife: Editora Massangana, 2010. v. 1,

http://www.mec.gov.br, acessado em 12/06/2015

LEI MUNICIPAL Nº 214 DE 21 DE MAIO DE 2002;

Lei 331 de 28 de dezembro de 2009- site: www.heliopolis.ba.io.org.br

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2000/universo.php?tipo=3
1o/tabela13_1.shtm&paginaatual=1&uf=29&letra=H

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135 - Ano II - Nº 414

ANEXOS:

Figura I: Regiões de Saúde do Estado da Bahia – Heliópolis

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde da Bahia. Disponível em:

http://www1.saude.ba.gov.br/mapa_bahia/municipio.asp?CIDADE=291185

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