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CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CURSO Superior em pedagogia ANHANGUERA


licenciatura EDUCACIONAL
Unidade de Apoio Presencial – Polo Cidade/ESTADO

MARIA JOSE NASCIMENTO DOS SANTOS

O PAPEL DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA


PARA A DEMOCRATIZAÇÃO SOCIAL

Araçatuba / SP
2020
MARIA JOSE NASCIMENTO DOS SANTOS

O PAPEL DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA


PARA A DEMOCRATIZAÇÃO SOCIAL.

Trabalho de Produção Textual Individual como


requisito parcial à aprovação no 2º semestre das
disciplinas de Políticas Públicas da Educação Básica.
Ética, Política e Cidadania. Psicologia da Educação e
da Aprendizagem. Práticas Pedagógicas: Gestão da
Aprendizagem. Educação e Diversidade.

Tutor EAD: Ana Lucia Batista

Araçatuba / SP
2020
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................3

2 DESENVOLVIMENTO.......................................................................................4

3 Conclusão..................,....................................................................................09

4 Referências Bibliograficas............................................................................10
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INTRODUÇÃO

Apesar do problema de não poder funcionar eficazmente nas escolas, essas


escolas, por sua vez, estão preparadas para garantir que a história e a cultura afro-
americana, africana e indígena sejam ensinadas e trabalhadas nas salas de aula e
nas apresentações e nos espaços das salas de aula. A cultura relacionada a essas
leis.
Considerando a história da sociedade frente à exploração e à marginalização,
embora essa conquista seja pequena, ela representa muito para essas culturas, uma
história que começou a colonização da escravidão e passou por uma transformação
histórica que permeia nossa realidade.
Quando existem escolas tradicionalistas, "lineares únicas" e europeizadas, a
taxa de marginalização é ainda mais específica. A escola deve e deve priorizar o
ensino multicultural de caráter interdisciplinar. Esse ensino multicultural tem como
foco a unidade e não privilegia o ensino de história a partir de uma cultura. Em
primeiro lugar, porque o Brasil é diverso, inúmeras culturas estão conectadas e
forma vários brasileiros.
O processo democrático dos povos negros e indígenas na Constituição
brasileira historicamente foi excluído do âmbito da educação e atualmente é
regulamentado pelo artigo 26-A e artigo 79-B da LDB. Essa legislação prevê a
obrigação de ensinar história e cultura afro-brasileira e indígena em todo o currículo
escolar, para que não contribuam de forma decisiva para o desenvolvimento social,
econômico, político e cultural do país.
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A IMPORTÂNCIA DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA NA


CONSTRUÇÃO DE UMA ESCOLA DEMOCRÁTICA.

No Brasil, o século XIX teve profundas transformações sociais, políticas e


econômicas. A própria questão racial é um dos determinantes do padrão social e
nacional do Brasil. O país brasileiro há muito é caracterizado pelo
colonialismo/escravidão. As suas regras são determinadas por Portugal e tudo o que
se produz é para a manutenção da metrópole. Dessa forma, os indígenas, que
depois eram negros, foram escravizados e reformados, privados da oportunidade de
obter as riquezas produzidas no país.
Para LUNA 1068:

Para se falar sobre a cultura afro-brasileira não se poderia deixar de


mencionar o período escravo que se constitui numa mancha difícil de
apagar. É impossível se falar sobre a cultura dos negros, sua passagem
pelo Brasil e seus dias atuais se não for escrito sobre a escravidão e suas
consequências. Este estudo pretende abranger, entre outros assuntos, a
escravidão, seus conhecidos males, sua travessia pelo Atlântico, O índio
brasileiro era tão desprezível na avaliação portuguesa que o preço de cada
um não ultrapassava a casa dos quatro mil-réis, enquanto o negro nunca
era vendido por menos de cem mil-réis, isto no início da escravidão. Eram,
pois, os africanos, mercadoria de alto valor na época. Para isso concorria,
de certo, sua fácil adaptação a faina agrícola, uma vez que, acostumados a
outras condições de vida, decorrentes de civilização maias adiantada, seus
hábitos e temperamento muitos diferiam do nomadismo indígena.

Uma das consequências dessa constituição histórica é que o Brasil passou a


ser um dos países com pior distribuição de renda e pior desigualdade racial do
planeta, o mais grave é que essa situação continua até o século XXI. Porém, para
além do “racismo residual” de Florestan Fernandes (denominado Florestan
Fernandes (1978)), o que se verifica é a persistência da exclusão racial e a atitude
de preconceito mais uma vez refletida no quotidiano, portanto. Provou que a vida
miserável da comunidade negra foi mantida.
Por outro lado, devido às suas particularidades, os povos indígenas muitas
vezes enfrentam conflitos ferozes na defesa de sua existência e de suas formas
culturais, o que exige que o Estado brasileiro intervenha nas disputas de terras.
No caso das diferenças raciais, os indicadores comumente usados podem
captar bem a desigualdade entre brancos e negros, cuja renda per capita foi
sistematicamente reduzida. De acordo com informações de 2007, 20% da nossa
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população branca está abaixo da linha da pobreza, enquanto mais do dobro da


população negra (ou seja, 41,7%) está em estado de vulnerabilidade.
No contexto da pobreza, a situação é ainda pior: 6,6% dos brancos ganham
menos de um quarto do salário mínimo per capita por mês, mas esse percentual
saltou para 16,9% da população negra, quase três vezes o dos negros. Isso significa
que há 20 milhões de negros pobres a mais do que brancos e 9,5 milhões a mais de
negros pobres do que brancos.
Como resultado, negros e indígenas no Brasil sofrem preconceito racial e não
têm acesso a bens e serviços como saúde, educação, segurança e emprego. Os
dados do censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
mostram que, em várias cidades do Brasil, grande parte da população indígena
encontra-se em situação de extrema pobreza e não possui renda própria.
Portanto, é compreensível que em todos os setores sociais básicos que
excluem os negros, a educação dê uma contribuição decisiva para a mobilidade
social dos indivíduos. Orientada pelos princípios de promoção da igualdade e
respeito às diferenças, a educação pode influenciar as oportunidades para os
indivíduos, diferentes raças/etnias, sociedades e as condições desiguais em que se
encontram para mudar.
A sociedade brasileira revelou recentemente o surgimento e crescimento de
novas forças sociais nascidas nas décadas de 1960 e 1970. É consenso mundial
que os direitos humanos devem ser o princípio básico de uma sociedade livre,
harmoniosa e justa. Portanto, a Constituição Federal de 1988 é um anseio de
liberdade. Todas as lutas do povo brasileiro pela democracia e os meios legais de
dedicação à justiça com efeito jurídico expressam suas demandas por justiça social
e proteção da dignidade humana.
O processo democrático para negros e povos indígenas estabelecido pela
Constituição brasileira foi historicamente excluído da educação e atualmente é
regulamentado pelo Artigo 26-A e Artigo 79-B da LDB. Esta legislação prevê a
obrigação de ensinar história e cultura afro-brasileira e indígena em todo o currículo
escolar, a fim de salvar sua contribuição decisiva para o desenvolvimento social,
econômico, político e cultural do país.
Ao longo da história do Brasil, devido ao domínio colonial, escravidão e
despotismo, o domínio da hegemonia fez as pessoas sentirem que os brasileiros
negros e a população indígena são impotentes no imaginário social.
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Desde que chegou ao Brasil, os negros brasileiros lutam para resistir à


escravidão e obter educação. São também eles que organizam e criam o movimento
social negro: “Falar em movimento negro significa o tratamento de um sujeito, dada
a diversidade de suas variantes, sua complexidade não permite uma visão unificada.
Afinal, nós negros não somos um pedaço de recursos imutáveis ".
Para tanto, deve-se assegurar que o fato de os povos indígenas e negros não
serem negativos, mas que os fatos de participantes, lutadores e heróis em diferentes
situações sejam incorporados à nossa história.
Portanto, se propõe conceitos básicos sobre o tema das relações raça-raça, o
arcabouço legal comprova que o ensino de história da África, afro-brasileiros e
indígenas deve ser realizado, estatísticas sobre a exclusão dessas populações do
processo educacional brasileiro.
A história das lutas de negros e indígenas na defesa de seus direitos sociais e
políticos; fundamentar referenciais teóricos para a compreensão do processo de
racismo e sua desconstrução na prática docente e no cotidiano escolar; sobre a
incorporação de temas no projeto de educação política (PPP).
Segundo GONZALES 1982:

“O negro brasileiro foi, desde sua chegada ao Brasil, o grande responsável


pelas resistências à escravidão e às lutas pelo acesso à Educação. Foram
eles, também, que se organizaram e criaram os movimentos sociais negros.
Falar de Movimento Negro implica no tratamento de um tema cuja
complexidade, dada a multiplicidade de suas variantes, não permite uma
visão unitária. Afinal, nós, negros, não constituímos um bloco monolítico, de
características rígidas e imutáveis”.

O método subjetivo de perceber o mundo que cobre as necessidades


individuais e / ou coletivas (representando diferentes identidades e símbolos)
mobiliza e legitima os movimentos sociais. À medida que expressões, sentimentos e
atitudes começam a ser expressos, essa visão começa a ter impacto no pensamento
coletivo da sociedade.
Considere o movimento social negro brasileiro para expressar uma série de
ecos e vozes que clamam por ideais comuns, porque ao contrário da visão de
muitas pessoas, os movimentos sociais não são apenas a fonte de conflito e tensão,
mas também a agenda e o reposicionamento. Políticas sociais e públicas para a
mudança social.
Desde o início da história da educação no Brasil, as pessoas consideram o
acesso à educação de forma singular, preconceituosa e racista, pois os interesses
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das etnias europeias têm sido atendidos por meio de ações institucionalizadas. Esse
fato tem levado à persistência do preconceito e do racismo individualizado e
institucionalizado.
Uma série de leis relacionadas à educação no Brasil impede que parte da
população tenha acesso aos bancos escolares. Em 22 de dezembro de 1837, na Lei
Municipal nº 14m de São Leopoldo / RS, escravos e negros (livres ou livres) eram
expressamente proibidos de participar de cursos públicos. Em 1838, o governo do
estado de Sergipe proibiu negros e portadores de doenças infecciosas de frequentar
escolas públicas. Em 17 de fevereiro de 1854, a Lei nº 1331 proibiu a escolarização
de jovens escravos. A Lei nº 7.031-A, de 9 de janeiro de 9.878, estipula que os
negros só podem estudar no período noturno, mas as escolas não têm iluminação.
Na escola, os professores ainda contam e contam histórias de outras raças,
reproduzem a aparência aos próprios olhos, ignoram os saberes culturais, julgam as
práticas e estabelecem e mantêm preconceitos. Quando devem receber o mesmo
acolhimento e tratamento, considerar um ambiente propício ao desenvolvimento
integral de crianças, jovens e adultos é considerar o espaço que o sistema
educacional deve proporcionar.
De acordo com LUCIANO 2006:

“A Educação, em sentido amplo, é “um conjunto dos processos envolvidos


na socialização dos indivíduos, correspondendo, portanto, a uma parte
constitutiva de qualquer sistema cultural de um povo, englobando
mecanismos que visam à sua reprodução, perpetuação e/ou mudança”.

Na perspectiva da educação escolar, a prática quotidiana pode determinar a


manutenção e reprodução do preconceito, bem como a mudança de paradigma e a
construção de novos valores a partir do respeito pelas diferenças e da promoção da
igualdade. A Constituição Federal estipula que todos os cidadãos são iguais perante
a lei. Aqui está um conjunto de documentos legais compostos por documentos legais
para garantir que os brasileiros tenham tratamento igualitário e acesso à educação
sem discriminação.

POSTAGEM FORMATIVA SOBRE A CULTURA AFRO-BRASILEIRA E


INDÍGENA.
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A sugestão de postagem para leitura seria sobre o filme: Cores e Botas (2010),
escrito e dirigido por Juliana Vicente.
O Filme se passa na década de 80 e conta a história de Joana, uma garota negra
que sonha em ser paquita, apesar de sua família ser bem sucedida e apoiar seu
sonho, porém, não existia paquita negra no programa da Xuxa, logo seu sonho se vê
destruído por padrões estéticos estabelecidos pela mídia.
O filme retrata bem a discriminação na mídia e nas escolas, os padrões de beleza
que deveriam ser seguidos. Um mito da democracia racial, apesar do fim da
escravização e da condenação de práticas e de ideologias racistas, ainda não existe
democracia racial, visto que há um abismo imenso que separa populações negras,
indígenas e aborígenes da população branca.
Era muito comum não só em programas como da “Xuxa”, mas em personagens de
desenhos animados, filmes, novelas, livros etc., serem apresentados sempre àquele
personagem branco com olhos azuis, como se o branco fosse superior às outras
raças.
Isso poderia gerar uma discussão em sala de aula. Afinal como se sente uma
criança quando exposta apenas a um tipo de padrão? Será que nos dias atuais
ainda ocorre esse tipo de discriminação? Em até que ponto esses padrões moldam
o comportamento de uma pessoa?
O Brasil é um país de miscigenação, e essa diversidade de raças, culturas e etnias
promoveu ao nosso país uma grande riqueza cultural. Por isso devemos procurar
combater as injustiças eliminar discriminações e promover a inclusão. E nada melhor
do que começar primeiro nas escolas, pois é o lugar onde começa a formação de
um cidadão, e ela deve ser a base para promover a igualdade entre as raças,
transmitir valores, formar um cidadão que não se preocupa somente com suas
prioridades, mas também com o bem comum.
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COMCLUSÃO

Esta pesquisa tem como objetivo conhecer a trajetória dos negros brasileiros
e ao mesmo tempo fornecer conhecimento para quem tem essa oportunidade.
Tentando entender os motivos que levaram a essa aventura não humana no país
durante a contemporaneidade negra e indígena.
Procurou-se retratar o percurso atual dos negros e indígenas desde a captura
até a atual intolerância racial, vivenciando seus momentos felizes diante de festas e
tradições seculares. Procuramos enfatizar que o afro-brasileiro é um artista, um
artesão ou um seguidor de sua cultura, cuja cultura é tão rica, tão forte e duradoura.
Importou mencionar a trajetória educacional diante da cultura negra e
indígena e sua evolução, principalmente quanto a contribuição social destas
culturas. A legislação também se importou com esta questão passando por diversas
fases, no entanto ainda há necessidade de melhoria nas garantias frente a
diversidade racial, uma vez que o racismo e exclusão é ainda presente na
sociedade.
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REFERENCIAS

ARAUJO, Emanoel. Viva Cultura, Viva o Povo Brasileiro. Museu Nacional: São
Paulo, 2007.

BORGES, Antonio José. Compêndio de História do Brasil.. Nacional: São Paulo, 1972.

BRASIL, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações


Étnico-Raciais e para o Ensino de História Cultura Afro-Brasileira e Africana.
Brasília, 2005.

GONZALES Lélia. Em Lugar de Negro. Rio de Janeiro: Editora Marco Zero, 1982.

LUCIANO, Gersem dos Santos (Baniwa). O índio brasileiro: o que você precisa
saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. Brasília; Rio de Janeiro:
MEC/SECAD; LACED/Museu Nacional, 2006. (Coleção Educação Para Todos).
Disponível em: <http://www.trilhasdeconhecimentos.etc.br/livros/index/htm>.

LUNA, Luiz. O Negro na luta contra a escravidão.. Leitura: Rio de Janeiro, 1968.
MACEDO, Sérgio D. T. Crônica do Negro no Brasil. Record: Rio de Janeiro, 1974.

MATTOS, Regiane A. História e cultura afro-brasileira. Contexto: São Paulo, 2007.


MOURA, Glória. Navio Negreiro-Batuque no Quilombo. CNNCT. São Paulo, 1996.

RESENDE, Maria Efigênia L. História Fundamental do Brasil . Álvares: Belo


Horizonte, 1971.

SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil Africano. Ática: São Paulo: 2008. TOLEDO,
Roberto P. À Sombra da Escravidão. Veja. São Paulo. p. 52-64, mai.1996

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