Você está na página 1de 4

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DO

TRABALHO DA ____ª VARA DO TRABALHO DA CIDADE DE


UBERLÂNDIA/MG – TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª
REGIÃO.

ANTÔNIO QUEIROZ, brasileiro, casado, inscrito no


CPF sob o nº 123.456.789-00, residente e domiciliado na Rua Coronel Severiano,
nº 500, bairro Tabajaras, Uberlândia/MG, CEP 31.000-000, por intermédio de
seu advogado abaixo assinado, conforme procuração anexa, de acordo com o art.
651 e seguintes da CLT, vem a nobre presença de VOSSA EXCELÊNCIA
propor, como de fato propõe

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Em face da Empresa - PATRULHA MINEIRA LTDA.
Devidamente inscrita no CNPJ sob nº 25.252.252/0001-25, estabelecida na Av.
das Nações, nº 30, Centro, Uberlândia/MG, CEP 30.000-000, pelos fatos e
fundamentos abaixo aduzidos:

I – DOS FATOS:
Que, o reclamante é empregado da empresa reclamada,
conforme registro constante na CTPS em anexo, onde exerce a função de
segurança no próprio estabelecimento da empregadora.

Assevera, ainda, que é responsável por “tomar conta” da sede


da empresa e dos pertences que lá se encontram.

Em sua CTPS consta também a data de sua admissão na


Empresa Reclamada, em 4 de fevereiro de 2019, e sua remuneração mensal, que
é de R$ 2.000,00 (dois mil reais).

Também neste ato apresenta documentação previdenciária, no


qual consta que ficou afastado de suas atividades laborativas em razão de hérnia
de disco, que não tem relação com o trabalho, desde 9 de outubro de 2020 até 8
de janeiro de 2021, sexta-feira, quando encerrou o seu benefício previdenciário
(“Auxílio por Incapacidade Temporária” – anteriormente denominado “auxílio-
doença”).

Afirma também que, se reapresentou na empresa no dia 11 de


janeiro de 2021, segunda-feira, ocasião em que foi submetido a um exame de
saúde para retorno ao trabalho, tendo sido considerado inapto pelo médico do
trabalho da empregadora.

Importante frisarmos que, por conta disso, desde a alta


previdenciária, não recebe qualquer valor a título de salário, assim como teve seu
plano de saúde suspenso, benefício este que foi instituído por liberalidade da
empregadora.

Desta forma, vem o reclamante pleitear os auspícios do Poder


Judiciário Trabalhista afim de resguardar seus direitos através de suas garantias
constitucionais.

É a síntese.

II – DOS FUNDAMENTOS JURIDICOS:

Vem o reclamante pleitear os auspícios do Poder Judiciário


Trabalhista para sanar a ilegalidade de pagamento dos salários em atraso, bem
como, o retorno do plano de saúde do reclamante, pois o contrato de trabalho está
em vigor e não pode ser realizada nenhuma alteração lesiva enquanto perdurar tal
contrato e, ainda, o pagamento de periculosidade sobre o salário e demais
encargos trabalhistas.
O art. 468 da CLT, neste sentido, assevera que:

“Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das


respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não
resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade
da cláusula infringente desta garantia.”

No que tange ao direito de recebimento do adicional de


periculosidade do vigilante noturno, é de comezinho por todos que, este se
encontra exposto a toda sorte de acontecimentos noturnos, inclusive a chance real
de roubos ou a outras espécies de violência física na atividade de segurança
patrimonial.

O art. 193, inciso II, da CLT, afirma que:

“Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da


regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que,
por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude
de exposição permanente do trabalhador a:                 

II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de


segurança pessoal ou patrimonial.”  (grifei).

Desta feita, o pagamento dos salários em atraso e a


restauração do plano de saúde, bem como, o pagamento do adicional de
periculosidade ao reclamante se impõe como matéria de ordem e de justiça
social, sobre pena do empobrecimento abusivo do empregado e de
enriquecimento sem causa por parte do empregador.

III – DOS PEDIDOS:

FORTE NO EXPOSTO, requer-se:

a)A notificação da parte Reclamada para comparecer em


juízo, para querendo apresentar defesa no prazo legal, sob pena de não o fazendo
sofrer os efeitos da revelia e confissão, conforme determina o art. 844, da CLT;

b)A condenação ao pagamento dos salários do reclamante


desde a alta previdenciária até a sua efetiva reintegração ao trabalho ou até novo
afastamento pelo órgão previdenciário;

c)A condenação na obrigação de fazer, consistente na


imediata reativação do plano de saúde;
d)E por fim, a condenação ao pagamento de adicional de
periculosidade desde o início do contrato de trabalho até a presente data, bem
como incidência de tal verba em outros encargos trabalhistas de responsabilidade
do empregador.

IV – DAS PROVAS:

Requer-se provar o alegado por todos os meios de provas


admitidos em direito, especialmente, pela oitiva de testemunhas, prova pericial e
outros documentos que se fizerem necessários.

V – DO VALOR DA CAUSA:

Dá-se a causa o valor aproximado de R$50.000,00


(cinquenta mil reais), para os devidos efeitos fiscais.
Nestes Termos,

Espera-se Deferimento.

Uberlândia – MG, 11 de março de 2021.

Advogado(a) – OAB/MG (...)

Você também pode gostar