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CURSO DE
BACK OFFICE
Aluno:
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CURSO DE
BACK OFFICE
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SUMÁRIO
MÓDULO I
1 INTRODUÇÃO
2 CONCEITOS DE MERCADO
2.1 TENDÊNCIA E CONCEITOS DO BACK OFFICE NO MERCADO DE
ATENDIMENTO AO CLIENTE
2.2 APLICAÇÕES EM BACK OFFICE
MÓDULO II
3 PAPEL PROFISSIONAL DO BACK OFFICE
3.1 PERFIL DO PROFISSIONAL DO BACK OFFICE
4 A NECESSIDADE E ACOMPANHAMENTO DAS INFORMAÇÕES JUNTO A
OUTRAS ÁREAS
4.1 COMO COSTRUIR, ACOMPANHAR E ADEQUAR AS INFORMAÇÕES E
/OU NOVAS INFORMAÇÕES AOS PROCESSOS
4.2 A IMPORTÂNCIA DA ORGANIZAÇÃO E O PLANEJAMENTO NO BACK OFFICE
4.3 COMO GERIR O WORKFLOW COM OUTRAS ÁREAS
4.4 TRABALHANDO COM RELATÓRIOS E PRAZOS
4.5 CONSTRUINDO OS PROCESSOS DE ATENDIMENTO
MÓDULO III
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7 COMO UTILIZAR UMA ABORDAGEM ADEQUADA AO LIDAR COM UM
CONFLITO
7.1 COMO TRABALHAR CADA CONTATO COMO OPORTUNIDADE DE
CONSTRUIR UM BOM RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
8 AUTO-MOTIVAÇÃO COMO FATOR DETERMINANTE PARA O
CRESCIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL
MÓDULO IV
9 COMUNICAÇÃO
9.1 A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO
9.2 LINGÜÍSTICA – HABILIDADE EM COMUNICAR-SE COM DIFERENTES
PERFIS DE PROFISSIONAIS (CLIENTES INTERNOS E/OU EXTERNOS)
9.3 VOCABULÁRIO – HABILIDADE EM COMUNICAR-SE DE FORMA
ADEQUADA ATRAVÉS DE UM VOCABULÁRIO QUE TRANSMITA
SEGURANÇA E CREDIBILIDADE
9.4 EMOCIONAL – GERENCIAMENTO DAS EMOÇÕES, FOCO NA
NECESSIDADE E EXPECTATIVA DA RESOLUÇÃO DA SITUAÇÃO
10 A MONITORIA DA QUALIDADE NA TRANSFORMAÇÃO DOS
RESULTADOS DA ORGANIZAÇÃO
11 COMO LIDAR COM CONFLITOS DE INTERESSES ENTRE AS ÁREAS
12 COMO RETORNAR AS RESOLUÇÕES PARA LINHA DE FRENTE
13 A IMPORTÂNCIA DO FECHAMENTO E CONCLUSÃO DO PROCESSO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MÓDULO I
1 INTRODUÇÃO
As pessoas são cada vez mais pressionadas pelo tempo, a desenvolver seu
trabalho com agilidade e qualidade. Precisam apresentar resultados de
produtividade , operacionais e desempenho. Tecnologias são desenvolvidas,
implantadas, aperfeiçoadas para alcançar e ajudar nestes desempenhos.
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Com isso há perda de controle, de qualidade, de eficiência e alinhamento tanto
das funções, responsabilidades e atividades a serem executadas. A qualidade
dos produtos e serviços acabam se perdendo.
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Os processos se constroem com uma metodologia através de técnicas que
mapeiam a empresa como um todo e apoiam em seu desafio de construir de
forma eficiente e eficaz suas competências. Alinhada as estratégias propondo a
melhor eficiência dos processos de negócios e finalmente a gestão adequada
dos recursos.
As pessoas envolvidas devem ter uma visão clara, portanto sistêmica e não
operacional, de como as coisas acontecem, como as áreas se relacionam,
quais são os fatores críticos de sucesso, quais atividades e as interfaces dos
processos que agregam valor ao negócio e podem comprometer o resultado
operacional se não forem feitos adequadamente.
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executadas. O foco deve propor a melhoria contínua, permitindo desta forma,
monitoria constantes e controle através de relatório.
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2 CONCEITOS DE MERCADO
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O back office auxilia no progresso da empresa multiplicando seus potenciais,
sendo o canal que procura preservar a unidade da informação e agir em defesa
em caso de identificação de soluções e resoluções de problemas. Atua como
amortecedor de impactos, devendo, portanto apresentar soluções rápidas e
eficientes.
Fonte: http://www.istockphoto.com/iStock_000010739579XSmall
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Com o advento da globalização este cenário mudou, as empresas necessitam
de estratégias de marketing violentas para aumentar sua competitividade e
conseguir maior número de cliente. O cliente que nem aparecia como
importante agora é visto como rei, pois agora ele tem mais opções de escolha
em função da gama de produtos oferecidos. Ele tem a possibilidade de ser
considerado por suas preferências. E hoje contamos com este apoio de
ferramentas que auxiliem a acompanhar essa evolução, segundo PEPPERS
AND ROGERS GROUP. “Em menos de dez anos, uma evolução tecnológica
sem precedentes fez de nossa visão de futuro uma realidade presente. Hoje
temos à nossa disposição mecanismos que permitem um altíssimo nível de
interatividade e conhecimento de nossos clientes.”
Marketing de Relacionamento
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Fonte: Microsoft Media Gallery
Isto tudo fez com que o mercado buscasse um vínculo com os clientes e este
vínculo foi se configurando a partir de soluções encontradas entre pessoas, ou
seja, profissionais contratados para atender, dar suporte aos seus serviços
e/produtos, enfim que o compreendesse melhor para identificar quais as suas
reais necessidades, ou seja, uma relação baseada em empatia e confiança.
Como garantir que esse relacionamento está sendo satisfeito? Pela demanda
do mercado foi necessário criar estratégias que garantisse esse atendimento
alinhando essa comunicação entre empresa x cliente, sendo um instrumento
que essa comunicação acompanhasse as mudanças diárias e uma fonte de
informações de quais são as necessidades desse novo perfil de cliente.
A exigência deste cliente é cada vez maior, busca e sabe o que quer. Segundo
MATOZO, os aspectos emocionais cada vez mais serão priorizados nos
processos de decisão e de compra das pessoas.
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e/ou sabe encontrá-la para exigir seus direitos e punir as empresas que não
fazem.
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2.1 TENDÊNCIA E CONCEITOS DO BACK OFFICE NO MERCADO DE
ATENDIMENTO AO CLIENTE
Não é possível pensar que por possuir a maior fatia do mercado as empresas
tenham a arrogância de achar vão continuar conquistando o mercado. Os
consumidores compartilham rapidamente a sua satisfação e insatisfação de
empresas que não cumprem o que foi prometido.
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As empresas de hoje precisam ser orientadas à inovação em busca de
tendências que os farão repensarem a forma como atuam.
Fonte:
http://www.backoffice.co.pt/index.php?option=com_content&view=section&layo
ut=blog&id=3&Itemid=55
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Principal Objetivo a ser Alcançado
O principal objetivo de uma área back office é o apoio à linha de front office, de
uma empresa e/ou de uma Central de Relacionamento com o cliente interno
e/ou externo para agilizar as informações, orientações, solicitações, dúvidas
e/ou reclamações de diversas áreas: tesouraria, secretaria, logística,
informática, contabilidade, recursos humanos, comercial, estoque, compras,
marketing, ouvidoria, etc.
Enquanto a linha de front office tem contato direto com o cliente, ou seja de
procurar tratar as informações no primeiro contato, o back office irá se ocupar
das questões onde essa diretriz não foi possível, precisará de um tratamento
mais adequado para somente depois devolver ao cliente.
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Por exemplo, uma central de relacionamento, de uma empresa de seguros
saúde, na célula de agendamento de exames, atende um cliente externo e
recebe uma queixa dele reclamando de um atendimento no hospital, sobre
documentos que foram exigidos e onde o contrato não contemplava esta
apresentação.
Desta forma vão adequar essas informações, junto ao hospital, para que todos
tenham a mesma unidade de informação para que se comunique com o cliente
adequadamente. Todas as áreas envolvidas devem ter o mesmo procedimento,
confirmando a informação correta e devolverá para a linha de front office, se for
o caso, para que informe e retorne ao cliente interno a resposta às suas
indagações, dúvidas e /ou reclamações.
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Garantindo desta forma que as operações necessárias para administração da
empresa, dentro dos processos, procedimentos e normas, leis e convenções
estabelecidas e orientadas pelo segmento que a empresa trabalha.
A utilização, bem como o conceito de BPM, vem crescendo ao longo dos anos,
visto que possibilita a agilidade e melhoria dos processos nas empresas. Os
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processos internos são os processos operacionais, rotineiros e repetitivos
desempenhados pela organização no dia a dia e se gasta muito tempo. As
decisões estratégicas ficam reféns dos problemas e às vezes somente são
tomadas quando alguma situação chega a um nível intolerável. O BPM
monitora o andamento dos processos de uma forma rápida e barata, dessa
forma os gestores, podem analisar e alterar processos baseados em dados
reais e não apenas por intuição. A empresa pode enxergar, por exemplo, onde
estão os gárgalos, quem está atrasando determinada tarefa. No livro a Meta,
dos autores, Eliyahu Goldratt M. e Jeff Cox, eles enfatizam como motivar a
evolução do ser na forma de raciocinar, aumentar a habilidade de
desenvolvimento e identificar os problemas, dos processos de uma indústria,
apontando rápidas soluções. Os gárgalos aparecem no livro como sendo um
olhar que os administradores precisam ter, o quanto uma tarefa pode atrasar as
demais e com que freqüência isso ocorrer, bem como percentual de processos
concluídos e em andamento.
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office, elas tem seu trabalho facilitado uma vez que recebe as tarefas e devem
executá-las, sem nem mesmo se preocupar para onde devem ser enviadas,
visto que os fluxos já foram desenhados e todas as possíveis situações de
seguimento deste já foram registradas para o caminho indicado. O back office
pode enxergar qual foi o caminho realizado até sua atividade e em que status
está.
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De uma maneira intuitiva e ágil esses sistemas em plataformas webs permitem
alterar, mudar, diminuir fluxos dos processos que em outra plataforma
demorariam dias e até semanas. Há situações onde se tem que parar uma rotina
de trabalho para atualizar os sistemas, atrasando toda operação, sem contar os
imprevistos e erros que acontecem no caminho.
Balanced Scorecard
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implementados através de indicadores destes.
Com essas informações a empresa poderá tomar decisões com uma visão e
direção estratégica de seus negócios na organização a partir das perspectivas:
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Fonte: http://www.istockphoto.com/iStock_ 10588756XSmall
O back office desta forma possui a importante missão de fazer com que os
procedimentos, normas e consequentemente a cultura da empresa se
mantenha de uma forma organizada. O back office cumpre as tarefas de:
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Serviços de pré e pós-vendas
Essa estrutura de back office foram criadas justamente para suprir o grande
volume de trabalho e as necessidades que as empresas possuem e de uma da
forma mais eficiente possível. Visto que hoje o que as empresas entregam ao
cliente, na linha do front office, deve apontar soluções que vão além do simples
back office e resolução. A empresa precisa estar focada com sua missão,
ações estratégicas, processos alinhados e colocar um plano de ação para
resolução do que fazer com novas informações que aparecerão.
O back office consegue captar esses gaps e corrigi-los e de acordo com seu
negócio a empresa precisa estar atenta a que faz com que seja competitiva e
dinâmica, o que o cliente busca, deseja e como satisfazê-lo.
Indicadores de Perfomance
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Qual papel que o back office desempenha no modelo de negócio da
empresa?
Quais e quantas áreas são envolvidas?
Qual a responsabilidade e autonomia do back office em solucionar?
Quem deve fazer a cumprir os novos processos? (uma vez que na
correção desses poderão ocorrer mudanças de contratos)
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E os profissionais da área de back office avaliar como adequar essa entrega
deste serviço e/ou produto. Explicando melhor é preciso mensurar o nível de
Ações Próativas
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A empresa desta forma deve analisar também os e os resultados disto tudo,
visto que o objetivo precisa ser elevar a performance dos atendimentos.
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2.2 APLICAÇÕES EM BACK OFFICE
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Assim, provou-se que fidelizar um cliente ficava cinco vezes mais barato do
que prospectar novos. É a razão pela qual um grande número de empresas
orienta a sua estratégia ao redor dos serviços propostos aos seus clientes.
Uma das estratégias é adequar o back office visto que pode ter diversas
atuações em diferentes aplicações dependendo do segmento da empresa e
dependendo do negócio ou parte do negócio fim. Pode haver exigências de
atuação na área financeira, crédito e cobrança, seguros saúde, etc.
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Crédito Imobiliário
Gestão da reclamação (PROCON, Juizado Especial Civil, Imprensa,
Anatel e BACEN)
Análise para a concessão de crédito
Capitalização
Prepostos jurídicos
Digitalização de documentos
Higienização, qualificação e enriquecimentos de mailings
Gerenciamento, armazenamento e custódia de documentos
Publicação de documentos
Workflow
Auditoria
Processamento de informações
Gestão de fullfilment
Processamento de informações
FIM DO MÓDULO I
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CURSO DE
BACK OFFICE
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MÓDULO II
Apesar da grande importância e impacto que possui a área de back office junto
a linha de frente o que deve ficar claro é o quanto se depende dela.
Uma área de back office auxilia os seus clientes externos e/ou internos, mas
não pode ficar isenta de compreender o impacto da sua efetiva utilidade no
sucesso de cada negócio com o cliente.
O que é CRM?
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O CRM ((Customer Relationship Management), Gestão de Relacionamenro
com o Cliente, visa gerenciar informações que permitem reforçar a
comunicação entre a empresa e os seus clientes, melhorando este
relacionamento em várias etapas:
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O pós-venda, que consiste em fornecer uma assistência ao cliente, a
partir de centrais de atendimento que podem ser: Call Centers, Help
Desk, Hot-Line, e através da disponibilização em linha de informações
de apoio técnico e/ou esclarecimentos, orientações
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Fonte: Microsoft Media Gallery
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3.1 PERFIL DO PROFISSIONAL DO BACK OFFICE
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mais existe chance de acerto. Há cerca de três anos atrás houve uma palestra
em um Congresso do fabricante de cosméticos, O Boticário, que passou a
monitorar recentemente o que os consumidores escrevem sobre a companhia
em sites, blogs, fóruns de discussão na internet, etc. Num desses endereços
eletrônicos, grupo de consumidores reclamavam a retirada de determinado
perfume do mercado, a queixa foi considerada pertinente pela empresa. A
empresa deu satisfação a sua cliente e estava discutindo a volta dos produtos
às prateleiras.
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expectativas e necessidades. Desta forma terá um público cativo que aponta as
oportunidades que a empresa possui para conquistar o mercado.
Qualificação Técnica
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Apoio à central de relacionamento com o cliente para agilizar as informações,
orientações, solicitações, dúvidas e/ou reclamações nas áreas: tesouraria,
secretaria, diretoria acadêmica e pedagógica, marketing e ouvidoria.
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em relação ao que o cliente
interno e/ou externo diz.
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resolução. A flexibilidade está
atrelada à capacidade de se
adaptar a mudanças de
procedimentos e processos
internos que são constantes
dentro de uma área técnica.
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Técnica em espera.
Atendimento
Perfil
Competências
Adaptabilidade
Assertividade
Dinamismo
Flexibilidade
Iniciativa
Objetividade
Operacional
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Alimentar os sistemas e BPM e/ou Workflows com as áreas,
monitorando os prazos e devolutivas.
Contatos com as áreas da tesouraria, ouvidoria, marketing, secretaria,
diretorias acadêmicas e pedagógicas, sobre processos de
requerimentos pendentes: registros, acompanhamentos e cobrança dos
prazos.
Correção nos fluxos e processos de trabalhos sobre novas informações
e adequação quanto às novas leis, convenções, normas e
procedimentos da instituição.
Construção de relatórios sobre a devolutiva de cada área, contemplando
novo fluxo.
Checar com o financeiro/ tesouraria sobre bloqueio de boleto de clientes
/alunos inadimplentes.
Respeitar os prazos para devolução da resposta, conforme
procedimentos da empresa.
Registrar no sistema todas as informações, relatórios, negociações e
informações realizadas com os clientes/ alunos.
Acompanhar e atualizar-se quanto a lançamento de todas as solicitações
e dar baixa no sistema.
Receber e fazer ligações, e-mails e fax de clientes internos das diversas
áreas.
Alinhar com as áreas: tesouraria, secretaria, diretoria acadêmica e
pedagógica, marketing e ouvidoria, soluções para as negociações
realizadas com os clientes/ alunos.
Consultar diariamente as políticas e procedimentos da empresa também
nos Faqs (Frequentlly Asked Questions), Perguntas Mais Frequentes.
São recursos para o atendimento ao cliente que as empresas
disponibilizam pela internet em forma de perguntas e respostas, para
responder as dúvidas mais freqüentes, bem com a Intranet, CRM e
Intranet que serão alimentadas pela supervisão da Central.
Manter organizado, atualizado e disponível o material de trabalho e
material de apoio recebido dos treinamentos recebidos.
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Utilizar o sistema e Internet e informar ajustes para aperfeiçoamento
constante da ferramenta.
Realizar qualquer outra atividade no atendimento presencial e por
telefone, sempre que a supervisão solicite.
Esclarecer dúvidas dos clientes sobre os reajustes das parcelas,
cálculos de quitação, reparcelamentos, antecipação, etc.
Normas e Procedimento para o Agente de Back Office do CRC.
Aplicar as políticas, normas, procedimentos e regulamentos internos da
empresa.
Participar de todos os treinamentos internos e externos solicitados pela
empresa.
Comunicar a supervisão falta ao trabalho, tendo os benefícios e o dia
descontados quando não houver atestado médico. Quando houver,
apenas os benefícios serão descontados.
Comunicar-se em tom baixo para não provocar ruídos na central.
Conhecer e/ou buscar se informar constantemente dos produtos e
serviços prestados na Instituição.
Conhecer e/ou buscar se informar constantemente sobre a política da
Central de Relacionamento com o Cliente.
Conhecer e/ou buscar se informar constantemente de todos os fluxos
dos processos internos do CRC.
Manter a Supervisão atualizada sobre as informações geradas.
Não atender ligações do celular.
Não comer nem beber nada na PA somente água, utilizando os
squeezes.
Tratar as demais áreas da empresa e colaboradores como cliente
interno.
Utilizar o sistema Intranet e informar ajustes para aperfeiçoamento
constante da ferramenta.
Respeitar as políticas internas e descrições de cargos e atividades da
função.
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Responsabilidade da empresa sobre manutenção da performance
Impacto da Web
Brasil Recordista
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Fonte: http://www.istockphoto.com/iStock_00006929282XSmall
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Wikis sites como Wikipedia que permitem aos visitantes colaborar entre
si, adicionando, criando e removendo informações, normalmente sem
necessidade de cadastramento
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A importância da empregabilidade no papel profissional
Hoje, tem mais perfil profissional aquele que cuida da sua carreira como se ela
fosse seu maior patrimônio, que investe na própria capacidade e que aprimora
seus talentos. Nas palavras dos consultores de empresas, quem se encaixa
nesse perfil tem grau de empregabilidade. Para esse tipo de profissional pode
faltar emprego, mas nunca faltará ocupação nem remuneração adequada.
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O resultado dessa corrida rumo à modernidade foram o desemprego e a crise
no mercado de trabalho. A tradicional segurança do emprego não existe mais.
Hoje, o mercado tem que ser olhado, pelo profissional, como um conjunto de
oportunidades de trabalho. Terá mais chances aquele que tiver coragem de
empreender a si mesmo, de vender sua competência e de investir em cursos
de atualização, se reinventar.
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Este conjunto de crenças versus a realidade que nos encontramos faz com que
possamos ter contato, uns mais outros menos com a realidade a nossa volta. O
profissional que possuir maior clareza de onde está e como está posicionado
no mercado, poderá avaliar e chegar à conclusão que é um diferencial no
mercado e/ou se preparar para alcançar este diferencial.
Atitude Positiva
Formação
Estar preparado tecnicamente
Marketing pessoal
Rede de relacionamento
Saúde física
Saúde mental
Transformador da informação em conhecimento
Visão macro
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4 A NECESSIDADE E ACOMPANHAMENTO DAS INFORMAÇÕES JUNTO A
OUTRAS ÁREAS
Uma área de back office em uma empresa tem como missão disponibilizar a
seu cliente orientações para resolução de suas dificuldades.
Para esta comunicação estar clara é preciso uma estrutura de back office que
contemple em seus processos:
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Atualizar as informações para aprimoramento dos processos e fluxos de
trabalho quando necessário
Fonte: http://www.istockphoto.com/iStock_000010609927XSmall
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atendimento, se o profissional de back office tiver contato com o cliente . Como
por exemplo, qual abordagem adequada para a solução de sua solicitação,
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4.1 COMO COSTRUIR, ACOMPANHAR E ADEQUAR AS INFORMAÇÕES E
/OU NOVAS INFORMAÇÕES AOS PROCESSOS
Qual procedimento
Data de atualização
Responsabilidade pela atualização
Normas, leis e convenções que se baseiam os procedimentos
Órgãos regulamentadores se houver, que validam estes procedimentos
O back office precisa se capaz de analisar o negócio como um todo, visto que
participa da análise do negócio e portanto pode ser capaz de gerar boas
perspectivas a si próprio. Com esta competência, este profissional será cada
vez mais valorizado pela visão de oportunidades que possuirá e que possa
agregar valor ao negócio.
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Fonte: http://www.istockphoto.com/iStock_000010903737XSmall
Controle e Acompanhamento
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O acompanhamento e retorno dessas informações permitirão quantificar ações
para planos de melhorias. Desta forma se adequam os novos processos,
disseminando as novas informações pelos canais mais adequados e acessíveis
a todos envolvidos e interessados. Canais de FAqs (Frequently Asked
Questions) perguntas mais frequentes, intranet e sistemas de gestão de
workflow, são algumas soluções possíveis.
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4.2 A IMPORTÂNCIA DA ORGANIZAÇÃO E O PLANEJAMENTO NO BACK OFFICE
O mesmo procedimento também serve quando o back office for informar e/ou
questionar o terceiro sobre uma nova solicitação. O registro em detalhes é
essencial, é preciso que seu conteúdo seja descrito no momento do contato
com o parceiro, para não perder ou esquecer as informações essenciais.
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Fonte: Microsoft Media Gallery
O conteúdo do registro precisa ser objetivo e estar escrito de uma forma que
permita ao receptor compreender a solicitação e não perder nenhuma
informação essencial para tratamento e resolução.
b) Fechar o registro logo que resolvido, pois uma vez que continua aberto
prejudica o tempo bruto de atendimento comprometendo o SLA.
c) Se tiver que escalar colocar o registro com uma área que deverá ter
mais autonomia.
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e) Ter o hábito de reler o registro para checar se não faltou nenhuma
informação.
f) Deixar uma anotação do registro caso não seja possível fechá-lo ainda.
Desta forma todas as pessoas podem tomar conhecimento que o caso
ainda está em análise.
g) Colocar a linha de front office e/ou a área que dará o retorno ao cliente
interno e/ou externo informada sobre o processo, se possível permitir
que receba os “updates” dessas informações e registros.
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4.3 COMO GERIR O WORKFLOW COM OUTRAS ÁREAS - O BPM BUSINESS
PERFORMANCE MANAGEMENT, GERENCIAMENTO DE PROCESSOS DO
NEGÓCIO
O Workflow
Uma área de back office é estratégica, desta forma seu workflow com as áreas
precisam ser sistematicamente, registrados e mensurados.
Fonte:http://www.istockphoto.com/iStock_ XSmall
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O objetivo de um software de workflow é facilitar e trilhar atividades de
workflow. Posto que diferentes organizações têm diferentes processos de
workflow, o software de workflow deve ser flexível e fácil de customizar
As áreas internas podem ter a regalia de ter maior tolerância uma com a outra
em relação a rapidez das informações, porém quem está na linha, lidando com
a ansiedade de quem aguarda a resposta o nível de exigência é outro. a
cobrança é maior visto que na atual competitividade ganha o jogo além do
diferencial do preço é da entrega e/ou da solução.
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Podendo ser identificados através de níveis de atendimento:
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Responsabilidade de cada etapa
Necessidades específicas
Estudos de viabilidade
Cronograma
O foco deve ser a melhoria dos processos de negócio para que as empresas
possam alcançar os resultados a que se propõe uma organização: lucros,
qualidade e satisfação dos clientes, parceiros, otimização dos recursos,
redução de custos e oportunidades no mercado.
Apesar de simples a implantação pode demandar algum tempo, visto que para
mudança, qualquer que seja precisa de uma aceitação por parte das pessoas
que irão trabalhar com ela. Por isso necessita do envolvimento das pessoas,
envolvendo sua mudança de comportamento e comprometimento em todos os
níveis hierárquicos.
Os processos
Os documentos
O plano de comunicação
A automação
O monitoramento através de indicadores de desempenho
Ciclo de melhoria contínua
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As práticas, além dos aperfeiçoamentos ajudam a maximizar os resultados e o
desempenho dos processos. Esses desempenhos fazem com que as
empresas alcancem:
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A construção dessa metodologia facilita o trabalho das pessoas, a dependência
delas em monitorar. Os ganhos que as pessoas vão possuir são as facilidades
e flexibilidade em gerenciar os processo, visto que permite o acesso e
manipulação de uma forma bem intuitiva e simples.
Coma definição dos usuários que serão responsáveis por cada tarefa,
obedecer as regras estabelecidas de acordo com os objetivos e
responsabilidades. É preciso checar se cada tarefa está sendo cumprida, bem
o percurso correto para cada pessoa.
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possíveis de verificar pelo status, com quem está o processo, quanto tempo e
porque. Esta regra pode ser colocada para que desta forma evitem erros ao
final do processo. Podem ser construídos até gráficos dos processos com
detalhes.
Há busca para melhorias é objetivo prinicipal sem ele o processo não tem
sentido, por isso o processo é dinâmico e pode e deve ser alterado com seu
aperfeiçoamento, apropriando as novas regras do negóciom, do mercado e da
empresa.
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4.4 TRABALHANDO COM RELATÓRIOS E PRAZOS
É percebido que muitas empresas e áreas do back office sempre vão a procura
de soluções, de resolver as dificuldades e problemas, intermediando entre
todos a melhor resposta. Porém o que é estratégico pensar é nas causas que
originam determinadas situações, que se repetem diariamente e não se
trabalham a origem dos problemas.
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O back office passou a detectar é que cada área responsável precisava de
orientações quanto ao atendimento desses clientes, por exemplo:
A maneira mais eficaz de facilitar esta busca é também formar uma cultura
onde o back office, principalmente em caso do negócio contar com vários
parceiros, multiplicar a informação entre os todos os grupo, facilitando assim
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uma unidade de informação, viabilizando soluções mais rápidas e um
atendimento com maior satisfação ao cliente final. É importante formar uma
cultura através de uma metodologia que construa esse compartilhamento,
estimular a equipe a utilizá-la e premiá-la por isso. Além de
construir a comunicação em todos os canais disponíveis de acesso fácil e
intuitivo a todos envolvidos. Isso gera muitos benefícios e vantagens como:
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Quanto mais todos envolvidos contribuem com informações, inserindo
conteúdos com soluções e esclarecimentos, mais valiosos e úteis será à
prestação de serviços. Neste cenário, desta empresa, não só os produtos são
estratégicos, mas era na prestação de serviços que o produto poderia ser
valorizado ou não, dependendo do grau de dificuldade que possuía para usufrui
do produto.
Fonte: http://www.istockphoto.com/iStock_00007411540XSmall
Para o back offfice, tem que estar claros e respondidos a estrutura como um
todo do seu negócio, planejamento, quais fluxos de trabalho para atender a
este cliente final e levar em consideração alguns questionamentos essenciais,
como por exemplo:
42
Como vou conseguir uma comunicação clara e objetiva sobre os
produtos e serviços que este cliente dispõe?
Quem deve acionar quando tiver alguma dificuldade e/ou dúvida?
O back office desta forma pode gerenciar as etapas do fluxos de trabalho como
um todo, procurando:
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4.5 CONSTRUINDO OS PROCESSOS DE ATENDIMENTO
Assim como na comunicação com o cliente interno e/ou externo o back office
precisa ter o espírito de compartilhar novos conhecimentos e de uma maneira
didática e explicar aos seus colegas, que com certeza, também encontrarão
situações semelhantes.
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esta informação, no sistema, já exemplificado, por exemplo, de CRM,
alimentando-a sistematicamente de maneira mais adequada.
Fonte: http://www.istockphoto.com/iStock_00007362955XSmall
Uma equipe que não trabalha com propósito único, a performance será
prejudicada e terão resultados abaixo do esperado. Alguns pontos favoráveis
para trabalhar em equipe:
FIM DO MÓDULO II
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CURSO DE
BACK OFFICE
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MÓDULO III
Fonte: http://www.istockphoto.com/iStock_00005068328XSmall
Os profissionais são valorizados cada vez mais nas organizações que atuam
pelo:
Formação acadêmica
Conhecimento sobre o seu trabalho
Aprender a cada dia sobre seus produtos e serviços
Conhecer os recursos, ferramentas e sistemas que são disponíveis
Aprender a reaprender
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Esses conhecimentos que lhes dá autoridade perante o público que atende,
que se sentem satisfeitos e seguros em lidar com profissionais que sabem o
que fazem e possuem responsabilidade sobre isso.
Há muitas literaturas que trata do tema, na década de 80, o QI, era muito
valorizados, o raciocínio lógico e a inteligência, era o diferencial do mercado,
até que um psiquiatra, Phd Dr. Daniel Goleman, através de suas pesquisas
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científicas, descobriu que somente ter o QI, Quoeficiente de Inteligência não
era garantia de sucesso, os profissionais que alcançavam seus objetivos, não
eram o que tinham as melhores notas e sim os que se destacavam por sua
habilidade de dialogar com o outro e poder auxiliá-lo. Somente a inteligência
não se convence é necessário um empenho maior, que é a preocupação com o
outro e está ligado a empatia.
Para comprovar essa tese em seu livro sobre inteligência emocional ele faz
várias investigações e entre elas ele entrevista um serial killer e questiona a
ele, o que sentia quando ele matava as pessoas e para surpresa dele o serial
killer respondeu: "nada, se sentisse não os mataria" e a partir desta experiência
e outras ele comprovou mais e mais que a capacidade de relacionamento
interpessoal que destaca as pessoas.
Os profissionais, portanto hoje não são mais valorizados somente pelo QI,
Quoeficiente de Inteligência e sim como ele utiliza e comunica esse
conhecimento, ou seja, o QE, Quoeficiente Emocional.
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A inteligência emocional faz com que vejamos as dificuldades e sofrimentos
como um alarme que sinaliza e vejamos o que está ocorrendo e o que
Mantendo o Equilíbrio
Inteligência Emocional
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Reconhecer e controlar melhor suas emoções
Desenvolver sua criatividade
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5.1 COMO DESENVOLVER HABILIDADES PARA UMA BOA NEGOCIAÇÃO E
ARGUMENTAÇÃO: IMPORTÂNCIA DO VOCABULÁRIO E LINGUAGEM NO
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
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chegar à solução da situação. Toda essa condução se inicia para negociar algo
de interesse comum.
Negociação
Sentir-se valorizada
Tranqüilidade, não ser pressionada
“Aparecer” para ser reconhecido pelos coordenadores e pares
Ser visto como honesta, íntegra e justa
Ter poder / domínio sobre as pessoas e situações
Sentir que o que faz é significativo
Evitar insegurança e ansiedade / tensão
Ser ouvida
Ser bem tratada
Ser respeitada
Evitar problemas
Evitar ser encostada na parede
10
Ganhar experiência, aprender
Evitar ir contra sua forma de ser
Terminar logo a negociação
11
Assim, para que haja uma reação ao estímulo, é necessário que haja
atenção, interesse, desejo e ação do negociador, no sentido de satisfazer as
necessidades legítimas da outra parte. As etapas que segue uma
negociação são:
1. Abordagem
2. Sondagem
3. Argumentação
4. Objeções
5. Acordos / Fechamento
6. Pós-contato
1. Abordagem
12
Procure dar a cada argumento, um motivo para ao acordo
Analise o interesse e onde seu argumento atende mais a necessidade
e expectativa da outra parte e vá por este caminho
Evite apresentar apenas uma única solução
Perceba o ponto de vista do outro
Construa sua negociação em cima de acordos, do "sins"
Seja firme, porém sutil, convide o outro a aceitar sua proposta
2. Sondagem
13
Passar para próxima etapa se a outra parte estiver pronta
Conferir se o a outra parte está satisfeita com a resposta
Conclusão e encerramento do contato
Para chegar a esta construção existem algumas sondagens que facilitam onde
o profissional precisa e deve chegar. A sondagem se faz através de perguntas
de esclarecimento, que podem ser perguntas: abertas, fechadas e/ou
alternativas.
Perguntas Abertas
Perguntas Fechadas
As perguntas fechadas têm como intenção fazer com que o a outra parte
responda apenas sim ou não aos seus questionamentos e tem como objetivo:
14
Perguntas Alternativas
Argumentar é convencer e dar a outra parte fortes motivos para seguir suas
orientações. Para argumentar com segurança é preciso conhecer bem o
produto, ouvir com atenção, reformular pontos importantes.
15
Argumentação com base em exemplos
16
Argumentação de autoridade
Argumentação dedutiva
17
4. Objeções
A objeção se define por algo que a outra parte não compreendeu a mensagem
ou a resposta que foi dada não atende sua expectativa. Não tema as objeções,
trate-as adequadamente e com serenidade, dê razão a outra parte quando a
objeção for procedente e prossiga regularmente na sua argumentação,
responda corretamente as objeções estratégicas, escute com atenção, respeite
ou parafraseie com ênfase e, em seguida, confronte-as, concordando primeiro,
para explicar depois, conduzindo a entrevista de negociações
18
Conhecer as ações e acontecimentos envolvidos no processo
Ver se solução está em acordo com o contrato inicial
Desenvolver o relatório dos últimos acordos realizados
Desenvolver novos acordos
Listar as objeções mais freqüentes e responder
Listar todas as perguntas possíveis e responder
Listar todas as perguntas possíveis o funcionamento dos
serviços/produtos, etc
Fazer simulações do Script/ Roteiro para se aperfeiçoar
Fazer simulações de possíveis rejeições e como reagir
Reagir a uma objeção positivamente sem entrar em conflito
4. Acordos / Fechamento
Ter uma atitude positiva que a outra parte fez um bom acordo
Mostre que o acordo será bom para ambos
Ouça bem o que está sendo tratado no fechamento do acordo
Resuma os passos do acordo
Não desista fácil ao primeiro não
5. Pós-contato
19
necessidade de alinhar alguma informação que tenha ficado de fora da
discussão.
20
5.2 HABILIDADES NO RELACIONAMENTO PARA MOTIVAÇÃO E
QUALIDADE NO TRABALHO: ASSERTIVIDADE, FLEXIBILIDADE, PRÓ-
ATIVIDADE E EMPATIA
Assertividade
Pessoas assertivas não têm sentimento de culpa, pois tem consciência do que
podem cumprir e acordam com a outra parte as decisões combinadas.
É a capacidade do ser humano de dizer "não" na hora certa. Saber dizer Não é
a forma mais eficiente para acabar com os desperdiçadores de tempo.
Acontece que na cultura brasileira há um tabu em torno do não. A tendência é
a substituição do não pelo "talvez", "quem sabe", "vamos ver”, "vou ver o que
eu posso fazer", "volte amanhã", etc., gerando desperdício de tempo nosso e
dos outros além de criar falsas expectativas.
21
Desejo de ajudar os outros - Primeiro precisamos ajudar a nós mesmos:
pensar assim é fundamental para desenvolvermos o respeito próprio
àqueles que estão à nossa volta.
Flexibilidade
22
A partir dessa analise é capaz de se orientar para o que precisa fazer para
melhorar, entende que será o melhor para sua carreira.
23
Aprender com o outro coisas diferentes do que você faz
Buscar formas diferentes de trabalhar para melhorar
Adaptar as diferentes situações
Permitir conciliar diversos interesses
Permitir alcançar diferentes soluções para o dia a dia
Compreender a expressão sobre diversas origens culturais e formas
de trabalho
Observar e alinhar seus processos de trabalho
Ouvir e considerar diferentes posicionamentos e pontos de vista
Adaptar a novas relações com o mercado, profissionais, produtos e
serviços
Mudar e adaptar seu comportamento para ajustar-se a diferentes
situações
Paradigmas
A todo esse processo, é preciso olhar e refletir para modificar, visto que mudar
é uma tarefa árdua e difícil, pois a insegurança para caminhar em terreno
desconhecido, pode ser identificada apenas como perigoso, porém necessário
nos dias atuais. Chamamos esse conjunto de regras e conceitos que as
pessoas possuem, de paradigmas.
24
Uma organização que tem em seus valores preservar sua forma de agir, ser
inflexível ou resistente a mudanças, neste momento, pode atravessar grande
perigo e ser engolida pelo mundo, não só mais por sua concorrente.
O que deu certo no passado, não é mais segurança de dar certo hoje. Portanto
os paradigmas que nos auxiliaram como uma ótima fórmula ontem, pode hoje
impedir nossa capacidade de ver novas oportunidades no novo mercado.
25
Pró-atividade
Muito mais do que tomar iniciativa a pró-atividade está atrelada que todas as
pessoas são responsáveis por si próprias e tem influência de seus
comportamentos na vida. Claro que para utilizar a pró-atividade é preciso que
as pessoas, os profissionais se apropriem de seus conhecimentos e queira
exercê-los, ninguém tem o controle da vida de ninguém a não ser que o outro
permita e dê este espaço. Caso contrário não é possível culpar mais os pais, o
chefe, o marido, a esposa, os filhos, a madrasta pelos fracassos, não é mais
possível, terceirizar a culpa.
Fonte: http://www.istockphoto.com/iStock_00008002627XSmall
26
positiva no mundo. São otimistas por natureza e fazem de um obstáculo mais
um degrau para o aperfeiçoamento.
27
Empatia
Querer saber o que uma pessoa sente nem sempre é fácil, mais
temos algumas pistas como gestos, sinais não verbais, tom de voz,
são vitais para se entender com outras pessoas, é a base para
atenção e comparação.
28
6 A VOZ TRANSMITINDO EMOÇÃO DURANTE O CONTATO
Você alguma vez parou para pensar sobre a repercussão de sua voz nas
pessoas?
Uma pessoa liga e uma voz atende. A voz é das relações, mas nesse momento
é com "a voz da empresa que o profissional representa", com quem o cliente
interno e/ou externo ou outra pessoa está falando. E essa voz deve exercer o
papel de representar e assegurar todos os aspectos positivos da empresa.
29
A memória tem a capacidade de armazenar todas as vozes que ouve ao longo
da vida e torna-se parte das lembranças de pessoas que se conhecem ou
convivem. Essas lembranças são armazenadas com o som da voz, juntamente
com as sensações despertadas e as impressões que nos impactaram.
30
6.1 COMO CRIAR IMAGENS ACÚSTICAS POSITIVAS E CONQUISTAR A
CONFIANÇA DO CLIENTE INTERNO E/OU EXTERNO
31
Sua voz, desta forma que apresentamos acima, transmite sua personalidade
ao telefone. Denúncia se você tem interesse e está interessado ou não em
atender seus clientes internos e/ou externos ou outra parte.
Qualidade Vocal
32
Fale claramente evitando repetir palavras
Mantenha a calma
Module a voz para um tom natural e agradável e procure variar a voz
com ritmo, combinando tons graves com agudos
Mantenha a energia em alta
Não coloque objetos na boca (lápis, cigarro, clips, outros)
Perceba a dicção (a maneira correta de pronunciar as palavras)
33
7 COMO UTILIZAR UMA ABORDAGEM ADEQUADA AO LIDAR COM UM
CONFLITO
A abordagem é uma técnica, que tem por finalidade aproximar o cliente interno
e/ou externo do profissional. Trata de uma etapa importante que vai pode abrir
"as portas" do diálogo com o cliente interno e/ou externo ou outra pessoa,
fazendo com que ele esteja mais receptivo em receber as orientações. Portanto
é importante que, em cada abordagem o profissional certifique-se:
Solucionando problemas
34
Sabem que nem sempre poderão dar aquilo que o outro deseja, mas
ainda sim conseguem manter um relacionamento positivo
Sabem como usar o poder e conhecem estratégias de poder para
controlar pessoas estressadas ou em estado agressivo
Entendem a importância da empatia e sabem como responder ao
outro
Conhecem a importância de saber ouvir
São pacientes quando tentam descobrir qual é a real fonte de
insatisfação
Princípios
35
Esclareça as coisas, sem levar em consideração o que não for
essencial
Ouça e permita que o cliente desabafe
Em alguns casos o outro pode não estar com razão. Na verdade o outro pode
estar completamente mal informado. A outra pessoa poderá piorar mais ainda
com esta situação com suas reclamações. Neste caso é preciso orientar o a
outra pessoa, nunca julgar, suas colocações devem ser encaradas
positivamente.
Ouvir: não interrompa. Deixe a outra pessoa falar. Ouça de forma atenta
e procure ser responsivo, mesmo que tenha certeza de que o problema
nada tenha haver com a sua empresa, então explique.
36
Expresse empatia e recoloque o problema: você pode expressar
empatia sem aceitar a responsabilidade. Recolocar o problema mostra
ao outra que você entendeu o que ele disse.
Lide com o problema: isto pode ser conseguido apenas por ouvir
pacientemente. Pode ser que a outra pessoa apenas quisesse se
expressar. Entretanto se a outra pessoa ainda permanece insatisfeita
com a companhia e você puder fazer mais com uma resposta imediata,
faça. Após haver esclarecido a causa, compartilhe seus pensamentos ou
idéias sobre o problema e enumere opções para a solução do mesmo,
bem como as respectivas conseqüências.
Gerenciamento Emocional
37
Servir as pessoas é tomá-las felizes; felizes ao ponto dos mesmos desejarem
continuar fazendo negócios conosco. Precisamos gerenciar nossas próprias
emoções e as emoções das pessoas.
38
Um conceito importante para todos é compreender que é impossível trabalhar
no sentido de gerar satisfação se não soubermos quais são as expectativas
dos nossos clientes, portanto entre suas expectativas são:
Reconhecimento
O cliente quer ser especial, estrela, vip
Confiabilidade
Habilidade de gerar confiança
Resolução
Ser assertivo
A satisfação das pessoas é sempre relativa, você pode fazer a coisa mais
simples e cordial para outra pessoa (como por exemplo, chamá-lo pelo nome) e
literalmente fazer com que ele ou ela “ganhe o dia”. Por outro lado, você pode
resolver o problema mais intrincado do mundo, e ainda assim, ouvir outra
pessoa pedir para falar com o gerente (com desprezo). A chave para satisfazer
os outros é ir de encontro às expectativas deles, e na medida do possível,
superá-las.
Carta de um ex-cliente
Sou uma pessoa legal. Aquela que nunca reclama, não importa o tipo de
serviço que eu receba.
39
Não acredito em grosseria como resposta a isso. Nunca discuto e nunca
critico, e não faço escândalo. Sou uma pessoa legal; sou também o cliente
que nunca mais volta.
Esta é minha maneira de reagir a serviços mal prestados. É por isso que
aceito tudo que me oferecem, porque sei que estarei mais do que vingado ao
não retornar e ao contar para todo mundo que conheço para que não se
dêem ao trabalho de comprar em sua empresa. Isto nem sempre alivia
minhas frustrações, mas é bem mais eficaz do que perder a paciência na
frente de outros clientes.
Há muitos clientes legais como eu. Quando abusam demais de nós, vemos
em outro lugar e gastamos nosso dinheiro onde são suficientemente
inteligentes para empregar pessoas que gostam dos clientes.
40
7.1 COMO TRABALHAR CADA CONTATO COMO OPORTUNIDADE DE
CONSTRUIR UM BOM RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Fonte: http://www.istockphoto.com/iStock_00007065244XSmall
Os recursos da Web, para as áreas de back office pode ser uma excelente
alternativa de interação com seus parceiros e clientes. A utilização de
tecnologias via web, chats, sms, emails, contribui para inovação nos meios de
comunicação com eles.
41
É preciso passar uma boa impressão ao cliente interno e/ou externo na hora de
orientar, esclarecer e/ou sugerir algo, arranhões com a linguagem, falta
concordância verbal, gerundismo, gírias, etc, podem comprometer um
atendimento de qualidade.
Para saber se um cliente interno e/ou externo ficou satisfeito com nosso
contato é preciso que possamos responder:
42
A área de back office pode dispor de aparato tecnológico, porém é fundamental
que conte com uma equipe que tem interesse em ajudar os seus clientes.
43
Respondidas a estas questões é preciso que os profissionais se alinhem com a
estratégia mercadológica da empresa, procure se identificar com o produto
e/ou serviço.
44
8 AUTO-MOTIVAÇÃO COMO FATOR DETERMINANTE PARA O
CRESCIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL
Fonte: http://www.istockphoto.com/iStock_00008460653XSmall
O otimista faz uma prova de matemática e vai mal, o otimista encara com um
acontecimento circunstancial em sua vida e pensa: ”Eu deveria ter estudado
mais!”, “Me esforçado mais!”
45
O pessimista diante desse mesmo revés encara como um defeito, um erro fatal
em si mesmo.
Ser otimista tem haver com sucesso que você pode ter na vida. Tem haver com
que você pode aprender e enxergar os acontecimentos da vida, como lições e
toma atitudes para modificar o que deseja, portanto as pessoas que possuem
automotivação, apresentam algumas características peculiares a esta forma
de agir:
Interesse em ajudar - Saber qual o papel que o profissional de back office tem
com o cliente e/ou interno, qual compromisso e qual filosofia de vida que
possui e com o trabalho que realiza. Passa a ser uma filosofia de vida, um
famoso executivo, já falecido comentou certa vez na mídia que somente
contratava pessoas para seu quadro de atendimento ao cliente, pessoas que
faziam algum tipo de assistência social, dizia ele que pessoas que se
preocupam com outras, possuíam mais empatia para ajudar o cliente em sua
dificuldade.
46
Fonte: Microsoft Media Gallery
Gostar do que faz - Ter escolhido a profissão que executa e/ou exercê-la com
dedicação e respeito. Pessoas sem paixão pelo que faz, muitas vezes encara
como sendo uma obrigação e não possui compromisso com sua vida e nem
com ninguém.
As empresas podem criar uma cultura em seu ambiente que valorize esses
requisitos, porém deve exemplificar em todo escalão, as regras e normas
estabelecidas devem permear todos os níveis hierárquicos, somente assim a
empresa poderá demonstrar ao mercado a "alegria em atender bem" como
pregam algumas empresas do mercado, reflita que o cliente interno e/ou
47
externo é razão de existir da empresa, sem ele nada poderá existir ou resistir
ao tempo.
48
CURSO DE
BACK OFFICE
3
MÓDULO IV
9 COMUNICAÇÃO
4
É necessário saber se o receptor esta entendendo exatamente a idéia que
queremos transmitir. É importante lembrar que a comunicação decorre de uma
percepção seletiva: as pessoas tendem a ouvir e registrar apenas aquilo que
lhes interessa, desprezando o que considera irrelevante. É preciso não
subestimar a capacidade de compreensão do outro, o que parece trivial para
um pode ser de grande importância para outro.
Existe uma grande diferença entre ouvir e escutar, porque ouvir nada mais é do
que a capacidade física de captar sons, enquanto escutar é o entendimento e a
compreensão do que escutamos.
5
Mais do que encantar clientes o que é preciso antes de qualquer coisa, ter uma
boa comunicação com o mesmo. Quando a empresa não tem argumento sobre
as objeções que o cliente interno e/ou externo apresenta, a abordagem que
utilizam pode ficar no:... "é o procedimento Senhor...é a norma...é o
regulamento, etc."
É preciso desta forma saber o quanto que o profissional necessita que o seu
cliente interno e/ou externo saiba e desta forma disseminar, alinhar, trocar, e
compartilhar o conhecimento para que a comunicação se estabeleça. Por
exemplo, é preciso ter mais pro atividade em proporcionar alternativas e
contingências em casos de falta de garantia, renovação do contrato, quebra do
contrato, etc.
6
As pessoas se relacionam com as outras a partir de suas vivências,
experiências e esquemas mentais, acreditam que todos que a rodeiam
percebem e entendem o seu ponto de vista e se comunicam com elas a partir
do seu mundo pessoal.
Função do Atendimento
7
obedece normas, regras e procedimentos e nem sempre é possível modifica
essas normas.
Tratamento
8
Existem recursos para auxiliar a desempenhar a sua função. Trata- se de
estratégias que podem ser utilizadas juntas ou separadas para criar altos níveis
de satisfação ao interlocutor. Mas ainda caberá ao profissional criar
mecanismos próprios, que sejam condizentes com as competências que
possui, para modificar e/ou melhorar os princípios e técnicas aqui
apresentados.
Empatia x Responsabilidade
Movimento x Sintonia
Conhecimento
Não é possível que você crie satisfação para as pessoas se não conhecer o
produto ou serviço que está tratando, para que serve, como funciona e o valor
que pode proporcionar aos envolvidos. Mas, quem tem conhecimento, tem
poder. Quem tem poder é capaz de criar seguidores, pessoas que atendam às
suas recomendações e sugestões de ação.
9
Real x Aparente
Modificando percepções
Nessas horas, em que você está procurando criar uma melhor comunicação ou
tentando mudar um comportamento. Você está procurando orientar as pessoas
algo que ele ainda não sabe.
Flexibilidade Situacional
Lidar com um diálogo entre as pessoas não é uma ciência exata, como
matemática por exemplo. Muitas vezes as empresas que são realmente
orientadas (em termos mercadológicos) para os clientes externos ou internos
acabam por operar de uma forma diferente com cada um deles. Ao invés de
estabelecer normas, regras restritas, elas implantam políticas. A diferença está
no fato das políticas serem mais flexíveis e adaptáveis às múltiplas e variadas
situações que o cotidiano apresenta.
10
ocasiões, procurando saber antes de qualquer coisa o que parece ter sido
prometido, segundo a perspectiva e compreensão do cliente.
É necessário ser realista. Embora não seja o ideal, muitas vezes não é possível
cumprir o que foi prometido pelo simples fato da empresa em questão ser
equivocada. Alguém em algum lugar ao longo da linha de comunicação alguém
falou algo inadequado e agora cabe ao profissional que está lidando com a
situação de desfazer o erro. Não existe uma maneira agradável de dizer algo
que outras pessoas não querem ouvir. A recomendação técnica nesse tipo de
situação é ajustar positivamente a expectativa da outra pessoa e amenizar o
máximo como dar a informação e/ou resposta.
Equipe
Trabalhar com o público pode ser uma tarefa solitária. Nem todos os
colaboradores têm a mesma visão, o mesmo sentimento de compromisso para
com os clientes internos e/ou externos, o que é muito frustrante para os
demais. Sem um forte sentimento de grupo, de equipe, mesmo o melhor
profissional tenderá a desmotivar- se e acabará desistindo com o tempo.
Ferramentas Motivacionais
11
Crie um relacionamento pessoal com todos os colaboradores, parceiros,
clientes externos e terceiros
Seja um elo positivo entre a empresa, o cliente e todos os parceiros
envolvidos
Procure colocar em prática as estratégias para maximizar a satisfação
12
9.1 A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO
13
abaixo e você verá que mesmo tendo problemas de qualquer ordem, ele
poderá ser resolvido ou contornado com a comunicação:
• Um bebê quando quer mamar ou qualquer outra coisa o que faz? Chora,
reclama, esperneia, ou seja, se comunica.
• Você tem um compromisso com alguém às 17:30 h., porém você só vai
conseguir se liberar às 19:00 h. O que fazer? Comunique-se! Faça
contato informando o atraso. Pronto! Tudo resolvido.
14
Seja Profissional em todos os momentos
3 - Fale em tom de voz natural, não grite; não murmure. Não fale, nem alto e
nem tão baixo que crie dificuldades a quem ouça.
4 - Se estiver ao telefone ,quando a ligação não estiver boa e for preciso falar
em voz alta, não é preciso gritar, fale apenas pausada e claramente. Soletre as
palavras que forem passíveis de compreender; utilizando um código fonético do
de nomes próprios.
15
apenas um recado. Volte a chamar e insista, polidamente, até conseguir
contato.
6 - Quando tiver que fazer alguém esperar, não precisa utilizar “Espere um
minuto”. Diga o que você vai fazer nesse minuto. Crie imagens acústicas e dê a
pessoa ou o cliente a opção de aguardar ou retornar caso perceba que irá
demorar.
16
13 - A regra fundamental de cortesia recomenda que seja da pessoa que fez a
ligação a iniciativa da despedida.
1. Não perguntar o que a empresa pode fazer por você, e sim o que você pode
fazer por ela
2. Estar sempre disponível e preparado para esforços extras e encará-los
como oportunidades
3. Ser capaz de se relacionar, captar a confiança das pessoas e transmitir seus
conhecimentos
4. Saber ajudar a sua empresa a lidar com suas reais necessidades
5. Investir mais em sua competência durável do que em conhecimentos
específicos
6. Lembrar que os resultados obtidos no passado não garantem nada para o
aqui e agora
7. Fazer com que seu trabalho adicione valor verdadeiro aos produtos ou
serviços da empresa
8. Interessar-se mais pelos novos desafios do que pela compensação
financeira que eles podem trazer
9. Ter disposição para assumir riscos
10.Não justificar as próprias falhas atribuindo a culpa aos outros
Pesquisa realizada pela Fórum Corporation constata que 70% dos clientes
que deixam a empresa é por falta de atenção
Uma redução de 5% na perda de clientes aumenta o lucro das empresas
entre 25% e 85%
17
Existe basicamente uma não-diferenciação entre os produtos/serviços
Conquistar um cliente novo custa cinco a sete vezes mais do que manter
um antigo
Uma redução de 2% na perda de clientes proporciona uma queda de
10% dos custos
O que chama o consumidor de volta é um vínculo emocional não a mera
“satisfação”
91% dos clientes insatisfeitos jamais voltam a ser clientes, dizendo isso
a mais nove pessoas, três vezes mais do que os satisfeitos
18
através de relatório precisos são inúmeros e fundamentais para tomada de
decisão ou novo posicionamento dentro da estrutura de um back office. Hoje
em dia há uma grande flexibilidade das empresas em administrar suas
chamadas e adequar sua estrutura conforme as suas necessidades.
19
9.2 LINGÜÍSTICA – HABILIDADE EM COMUNICAR-SE COM DIFERENTES
PERFIS DE PROFISSIONAIS (CLIENTE E/OU PARCEIROS INTERNOS E
EXTERNOS)
20
As oportunidades de surpreender as pessoas hoje são inúmeras, basta que
não se menospreze suas solicitações, se pode não dar o que ele quer, pelo
menos agrade-o de alguma maneira, compensado-o pela lealdade, pelo poder
de compra, por pagar em dia, por tê-lo como cliente, por seu aniversário, etc.
Conquistar uma boa imagem necessita que a empresa: promover para os seus
já clientes e/ou parceiros, prêmios, campanhas de fidelização, aproximação
para que continuem utilizando e adquirindo seus produtos e serviços e que
mesmo quando que tiverem problemas com seus produtos e serviços terão
todo seu apoio e não serem rechaçados, ironizados ou chamados de
mentirosos.
21
9.3 VOCABULÁRIO – HABILIDADE EM COMUNICAR-SE DE FORMA
ADEQUADA ATRAVÉS DE UM VOCABULÁRIO QUE TRANSMITA
SEGURANÇA E CREDIBILIDADE
22
palavras que são utilizadas, saiam de maneira inadequada, porém é necessário
ter cuidado, porque uma situação é padronizar o atendimento, tendo cuidado
com as normas e procedimentos e outra situação é tornar seu contato com o
cliente interno e/ou externo robotizado, como se o mesmo estivesse dialogando
com uma máquina.
23
Recentemente um amigo que trabalha em uma empresa Suíça e dá
atendimento para toda Europa, me contou sobre um atendimento que fez a um
Senhor, alemão, idoso, que estava em lua de mel, comemorando o 50º
aniversário de casamento, em um determinado hotel de primeira classe em
Berlim. Ele viu na recepção do hotel que havia internet e nunca tinha tido a
oportunidade até então se deparou com a chance de experimentar, desta forma
comprou um note book e ligou para a área de front office, solicitando ajuda,
como está não pode ajudá-lo, pela grande dificuldade do cliente, foi transferido
ao back office. Porém o senhor nunca tinha tido contato com um computador
antes, e não sabia nem ligar. Passado uma hora, onde houve necessidades de
realizar as configurações mais básicas o profissional conseguiu que o Senhor
acessasse "a tal" da internet. Porém o Senhor quando chegou e falou: "Ah é
isso? E agora? com muita paciência e empatia o profissional questiona ao
Senhor o que ele gostaria de fazer em Berlim, e a resposta foi assistir uma
ópera, o profissional pede então que ele acesse o google.de, quando o Senhor
se deparou com as diversas opções que se apresentou, ficou absolutamente
entusiasmado com o poder da tecnologia e logo avisou..."Ah, tá obrigado, mas
desculpe tá, mas tenho que chamar minha mulher para escolher aqui aonde
vamos!"
24
de uma boa comunicação. Utilizar palavras complexas ou formais demais com
um público simples não ajuda em nada, apenas perde o tempo.
Para que esse contato, seja ainda efetivo e positivo, deve ser evitado alguns
termos, considerados inadequados, que listamos logo abaixo:
Insegurança Eu acho que ... Talvez... Pode ser que... Não sei bem...
25
Didática ao explicar, explicar passo a passo as informações
Entonação natural
Cuidado com termos técnicos
Adaptação da linguagem à realidade sócio-cultural do cliente interno
e/ou externo
Evitar com as expressões depreciativas ou que façam seus clientes
externos e/ou internos se sentirem estúpidos
26
9.4 EMOCIONAL – GERENCIAMENTO DAS EMOÇÕES, FOCO NA
NECESSIDADE E EXPECTATIVA DA RESOLUÇÃO DA SITUAÇÃO
27
Segue algumas regras que é importante utilizar quando estiver em contato com
Um cliente nervoso:
Não fale junto com o cliente interno e/ou externo- Fale pausada e
calmamente; nunca aja de maneira condescendente nem acuse o cliente
interno e/ou externo de ter causado o problema.
28
Não use palavras negativas - Evite dizer não ou é impossível. Se não
puder dar ao cliente interno e/ou externo exatamente o que ele quer,
diga-lhe o que você pode fazer.
29
10 A MONITORIA DA QUALIDADE NA TRANSFORMAÇÃO DOS
RESULTADOS DA ORGANIZAÇÃO
30
Assim como utilizam a tecnologia de telefonia, algumas empresas na área de
back office podem implantar a monitoria de qualidade adequando-a para:
No caso dessa revista e dos vários outros casos para os quais prestamos
consultoria, observamos que são justamente essas experiências que fazem
com que o cliente continue ou não na organização e que seja ou não fidelizado.
31
Fonte: Microsoft Media Gallery
Não adianta a empresa ter um pessoal excelente, cordial e gentil que não
disponha de condições e/ou autonomia para dar soluções, bem como não
adianta criar processos e não ter tecnologia para quantificar e qualificar os
dados.
32
nota ao atendimento prestado, avaliando a cordialidade do profissional e da
solução recebida. O profissional pode receber a nota na hora, checando assim
seu atendimento do ponto de vista do cliente parceiro e se corrigir se
necessário.
A empresa, por sua vez, caso a nota tenha sido insatisfatória, pode entrar em
contato com o cliente e/ou parceiro, em um determinado prazo, e checar o
motivo da insatisfação.
33
Claro que devemos considerar o TMA conforme a complexidade de
atendimento, produto, serviço, especialização e conhecimento necessário,
atividades desempenhadas, skill do atendimento, perfil do cliente e/ou interno,
cultura da empresa, etc. Consideramos um número mínimo de quatro
monitorias por semana por atendente e 16 monitorias mensais, selecionando
pelo menos uma monitoria a ser ouvida com o atendente. Claro que existem
operações em que um monitor pode ouvir até uma ligação por dia de cada
profissional e, em um período de 6 horas, monitorar até 120 ligações por dia.
Quanto mais ligações monitoradas, melhor: é a monitoria da qualidade.
Vale lembrar também que, muitas vezes, a monitoria não é feita, como deve
ser, por um monitor, que entrega ao supervisor as ligações mais estratégicas e
que tenham conteúdos suficiente para proporcionar um bom feedback ao
atendente.
34
11 COMO LIDAR COM CONFLITOS DE INTERESSES ENTRE AS ÁREAS
Para criar uma área de back office aos clientes externos e/ou internos é preciso
construir soluções estratégicas de atendimento, possibilitando criar formas de
prevenir, antes mesmo que aconteçam. A missão de um back office é prevenir
problemas ao invés de apresentar uma postura reativa diante das situações. As
dificuldades muitas vezes ocorrem porque ao invés de agir na origem do
problema, querem consertar as conseqüências e ficam constantemente
apagando incêndios que geralmente são os mesmos.
35
comercial. Quando aparecia uma situação qualquer, por exemplo, com os
despachantes ou cartórios que davam uma informação distinta ao cliente da
empresa (neste caso o proprietário do imóvel) sobre os trâmites de
documentos a primeira reação era brigar, procurar quem deu a informação
incorreta, punir quem pagaria as custas da entrega visto que o prazo mudou ao
invés de criar ações pró-ativas para que recebessem a informação atualizada
para informar ao cliente. Além do pró-atividade há algumas regras para
minimizar as dificuldades do dia a dia:
36
12 COMO RETORNAR AS RESOLUÇÕES AO CLIENTE
Em caso de garantia:
37
O cliente tem direito a substituição do produto ou um serviço alternativo
O que deve ser mensurado e o que tem impacto para o negócio, caso
não haja resolução ao cliente
38
Os profissionais precisam saber quais são os indicadores e participar em
sua definição
A performance precisa ser medida pela satisfação do cliente
Uma área de back office que Tem combinado um prazo com o cliente terá que
cumprir este compromisso e todos os profissionais, por sua vez, terão que
39
contribuir nos prazos combinados, como também o grau de satisfação do
cliente. Uma empresa poderá romper o contrato com um terceiro, se o SLA não
for cumprido.
A falta desta informação, mais cedo ou mais tarde, poderá ser utilizada contra a
empresa. Se as providências foram tomadas, com toda a informação que foi
passada ao cliente foi coerentes, com a ligação gravada o profissional, como
também a empresa, tem meios de se proteger contra Um cliente num caso de
um processo jurídico. Claramente é uma situação que uma empresa quer evitar
com todos os meios que tem a sua disposição. Às vezes até uma empresa
pode decidir de ter prejuízo numa venda ou na prestação de um serviço. Tudo
para não perder sua boa imagem no mercado, bem com os atuais e futuros
cliente.
40
FIM DO MÓDULO IV
41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
42
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Practical Guidelines to Successful Implementations. Editora
Butterworth-Heinemann 2008.
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43
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Desenvolvendo talentos e alcançando resultados no
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2010.
SMITH, Howard e Fingar, Peter. Business Process Management: The
Third Wave. Editora Meghan Kiffer Pr, 2006.
44
DOCÊNCIA EM
OPERADOR DE TELEVENDAS:
SAÚDE“VENDAS E
NEGOCIAÇÃO POR TELEFONE – A ARTE DE
VENDER E MANTER CLIENTE”
Copyright © Portal Educação
105p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-8241-138-1
CDD 658
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................7
2
2 CONCEITOS E TENDÊNCIA DO MERCADO ..........................................................................10
9.8.4 Objetividade...............................................................................................................................41
15.1.4 Planejar ofertas e promoções dos produtos e/ou serviços que irá oferecer ..............................69
15.1.5 Aproximação..............................................................................................................................69
15.1.6 Oferta.........................................................................................................................................70
15.1.7 Sustentação...............................................................................................................................71
15.1.8.1Forma de abordagem..............................................................................................................72
18.1 A MOTIVAÇÃO..........................................................................................................................90
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................104
1 INTRODUÇÃO
Com a globalização, o mercado necessitou ser mais competitivo e ágil e atender aos
clientes em suas necessidades, sem ter de, inclusive, sair de casa para isso.
Para isso, hoje basta um clique ou uma chamada telefônica para ter o produto que
necessita, com algumas condições de pagamento e entrega facilitada.
Todas essas etapas realizadas com conhecimento que uma estrutura de televendas
deve gerenciar, acompanhar e monitorar do começo ao fim, podem garantir próximas e
promissoras vendas. Caso contrário, a venda pode transformar-se em um pesadelo. Onde o
consumidor pode receber o que não contratou, ou parcial ou com danos e até mesmo receber
menos do que solicitou.
Parece até simples, mas adequar toda logística de uma venda é tarefa para a empresa
ter uma área de logística que funcione para esse canal, bem como área de compras e logística
adequadas a esta forma de negócio.
Com essa ação, possibilitou estreitar um relacionamento cômodo ao cliente que não
precisa se deslocar até o estabelecimento e às empresas e lojas que podem manter seu estoque
adequado, atendendo o nicho de mercado que atua, adequando ao mês, semana e dias mais
adequados onde suas vendas podem se alavancar.
Uma operação de televendas é estratégica dentro de uma organização. Ela não
substitui a venda convencional. O televendas incrementa os resultados da equipe comercial.
Por exemplo, uma empresa de varejo tinha uma equipe de 30 gerentes comerciais que
atendiam, pessoalmente, os grandes lojistas e faziam cadastros do pequeno comércio para
entregar a equipe de televendas que os contatava e os atendiam sem ter que se deslocar.
Foi criado também um canal específico à equipe comercial, o CAV, Central de Apoio a
Vendas, que atendiam aos vendedores, cadastrando seus pedidos e enviando a área de estoque
e logística, permitindo assim uma maior agilidade no atendimento do cliente.
Enfim, pelo televendas existem diversas ações que podem ser adotadas, permitindo
um canal para atender aos atuais clientes, bem como prospectar novos clientes diretamente e/ou
agendamento à equipe comercial.
redução de custos;
agilidade nos processos de vendas, permitindo maior competitividade;
melhoria nos processos de negócios;
maior monitoria dos produtos e serviços prestados, permitindo maior qualidade;
auxiliar a base de clientes, adequando os produtos e serviços de acordo com seu
negócio;
aumento na carteira de clientes;
comodidade no processo de transação.
2 CONCEITOS E TENDÊNCIA DO MERCADO
Para Philip Kotler, "Tendência é uma direção ou sequência de eventos que ocorre em
algum momento e promete durabilidade" (Kotler, Philip 1998).
10
Tendência não é modismo, nem modernidade, é um processo contínuo que tem
durabilidade porque possui consistência.
Produtos
EXISTENTE NOVO
EXISTENTE
Penetração Desenvolvimento
de Mercado de Produtos
Tendência
NOVO
Desenvolvimento
de Mercado
Diversificação
12
3 GERANDO NECESSIDADES DE CONSUMO. MARKETING: AS FERRAMENTAS DO
MARKETING E MARKETING DE RELACIONAMENTO
O relacionamento que a empresa tem com seu cliente é o principal diferencial que uma
empresa pode ter em seus negócios. 13
Isso tudo fez com que o mercado buscasse um vínculo com os clientes, e esse vínculo
foi-se configurando a partir de soluções encontradas entre pessoas, ou seja, profissionais
contratados para atender, dar televendas aos seus serviços e/produtos, enfim, que o
compreendesse melhor para identificar quais as suas reais necessidades, ou seja, um processo
de empatia e confiança mais estreito.
Como garantir que esse relacionamento está sendo satisfeito? Pela demanda do
mercado, foi necessário criar estratégias que garantisse esse atendimento, alinhando essa
comunicação entre empresa x cliente.
Sendo um instrumento de que essa comunicação acompanhasse as mudanças diárias
e uma fonte de informações de quais são as necessidades desse novo perfil de cliente.
18
Fora a técnica, a atitude do operador de televendas que vai permitir ou não a
viabilidade de realizar bons negócios e/ou acordos. O televendas tem a possibilidade de estudar
como auxiliar novas formas, viabilizar os negócios, acompanhando os acordos a todo o
momento.
Não é possível pensar que por possuir a maior fatia do mercado, as empresas tenham
a arrogância de achar que vão continuar conquistando-o. Os consumidores compartilham
rapidamente a sua satisfação e insatisfação com relação às empresas que não cumprem o que
foi prometido.
As redes sociais (redes de pessoas na internet, unidos por interesse mútuos), ajudam e
auxiliam na troca e reclamações, queixas são expostas rapidamente na rede e compartilhada por
milhões de clientes em questão de minutos.
Desta forma, fica a critério da empresa processar essas informações de uma forma
estatística, com metodologias que permitam a mensuração de forma qualitativa e quantitativa.
concorrência;
ao mercado;
evolução dos produtos e serviços que a empresa oferece;
melhores práticas o mercado;
inovação tecnológica dos processos.
4.3 TEMPO
O televendas é que define com a empresa de forma clara quais as atividades e qual o
tempo que realmente são necessários para atendimento às expectativas de: prazos, agilidade e
urgência do cliente. O televendas que consegue administrar a satisfação do mesmo, de forma
planejada, consegue retê-los, pois aprende a melhor abordagem e tratamento de problemas do
dia a dia.
4.4 PODER
Com poder, a chance de realizar bons negócios é melhor e o desafio também, visto
que aquele que tem poder deve ter também responsabilidade de continuar e superar as
expectativas de seu público e ainda mais do seu cliente final.
5 COMO NOSSOS CLIENTES (FUTUROS CLIENTES) CHEGAM ATÉ NÓS?
Os clientes são atraídos inicialmente pelo marketing convencional, porém esse tipo de
marketing não funcionará mais se a empresa não tiver em sua cultura o DNA do atendimento ao
cliente. 21
preço;
promoção;
produtos;
agilidade;
inovação;
tecnologia investida;
qualidade do atendimento;
localização;
novidade;
premiações, bônus;
políticas de fidelização.
22
6 O QUE VENDEMOS? SERVIÇOS OU PRODUTOS?
Hoje em dia, os produtos são commodities, o que vai fazer com que um cliente compre
de sua empresa ou da concorrente serão os serviços agregados que a empresa oferece.
Para isso é preciso conhecer o que são vantagens e benefícios para seu cliente, se
sua maior dificuldade é a entrega, disponibilidade de produtos, ofertas, pagamentos etc. São
nesses quesitos que a empresa deverá atender a sua necessidade. Preço e qualidade
continuam sendo grandes diferenciais, mas agregar valor aos produtos é atender aos clientes e
entender seu negócio é o maior trunfo que uma empresa poderá fazer e ter um diferencial
competitivo no mercado.
7 POR QUE O CLIENTE DEVE COMPRAR DE NÓS?
24
Empresas substituíveis facilmente são as que não agregam ao negócio da
organização.
Hoje em dia, os produtos são commodities, o que vai fazer com que um cliente compre
de sua empresa ou da concorrente serão os serviços agregados que a empresa oferece.
As melhores práticas comprovam que clientes satisfeitos são aqueles que ficam nas
organizações porque percebem que as empresas que se relacionam são parceiras. Além da
venda simplesmente, essas elas entendem e procuram auxiliar nas necessidades individuais de
seus clientes, tornando seus negócios mais rentáveis e buscando ao mesmo tempo realizar
oportunidades de negócios.
Dessa forma, negócios que dão certo são pensar estrategicamente como buscar
soluções e inovações aos seus clientes. Esse será um bom motivo além do produto, que faz com
que a empresa compre de sua empresa.
A satisfação do cliente vai além, visto que atrairá novos clientes e uma ótima imagem
para o mercado.
8 O QUE FAZER PARA O CLIENTE VENDER PARA NÓS?
Clientes satisfeitos são aqueles fidelizados, que por atrair novos clientes pelo tempo
que realiza negócios com a empresa, indicam também novos clientes.
25
E sabem que mesmo passando por situações difíceis, muitas vezes a empresa sabe
negociar, pode analisar sua situação e em momentos de crise ajudá-los a se reerguer.
Se uma empresa conhece seu cliente e mantém relacionamento a longo prazo, pode
ajudar e no momento que se reestabelecer vai analisar quem a ajudou.
Atrelado a uma boa venda, que dessa forma torna-se uma consultoria a seu cliente e a
prestação de bons serviços a um bom produto. Sem dúvida é a melhor prática de mercado que
uma empresa pode ter para fazer com que seu cliente não só compre dela, mas venda sua boa
imagem no mercado.
9 ESTRATÉGIAS DO ATENDIMENTO ATIVO E RECEPTIVO EM TELEVENDAS:
CAMPANHAS, MÍDIAS, MALAS DIRETAS
Para isso, o televendas realiza ações receptivas ou inbound (onde receberá ligações) e
ativas ou outbound (onde fará ligações). Há agentes de atendimento que realizam e recebem
contatos, o que chamamos de operações de atendimento misto, híbrido ou blended.
O comprometimento no televendas precisa ir além da lucratividade, dos ganhos com
qualidade e produtividade. E os índices devem ser quantitativos e qualitativos tanto nas ações de
ativo quanto receptivo.
As demandas de ativo são possíveis em diversas ações, onde há oportunidade de
agregar valor ao cliente em seus produtos e/ou serviços já existentes, em períodos de vale da
operação, onde há períodos que a operação está mais ociosa.
No receptivo de televendas, é preciso ter cuidado, pois, na prática, isso significa decidir
quantos toques telefônicos o cliente pode ouvir, quanto tempo ele pode ficar na fila de espera, se
as informações podem ou não ser fornecidas automaticamente (URA - Unidade de Resposta
Audível) e quanto tempo deve durar um diálogo com o agente. É preciso ficar o menor tempo
possível, pois o cliente está 80% motivado a comprar quando entra em contato com uma
operação de televendas. A capacidade de resposta dos agentes em responder com agilidade e
objetividade as expectativas do cliente também são um fator de sucesso para efetivar a venda.
Há casos de campanha na mídia em que o fluxo de vendas pode ser grande e começa
a se formar uma fila de espera. Uma opção é fazer um pré-atendimento automático, mediante o
qual o cliente adquire algumas informações, transferindo-o para um agente, caso haja
necessidade, ou a URA pode atender à chamada se o operador não estiver disponível,
oferecendo entretenimento ou informação na fila de espera. Ou menu de opções para obter
informações sobre o produto e/ou serviços, bem como coletar informações dos clientes. Com
isso, viabiliza-se o sistema com a utilização de uma quantidade menor de agentes. Sempre de
acordo com o Decreto Lei 6.523,é preciso ter cautela no tempo que deverá deixar o cliente
aguardando, visto que este pode desistir da compra. 29
As ações de receptivo envolvem as ações de vendas com propostas ao cliente de:
promoções, marketing de relacionamento, divulgações, renovações, entre outras.
É sempre possível detectar uma oportunidade de vendas casadas e identificar quais
necessidades o cliente possui. Por exemplo: utilizar estratégias de Up-Selling e Cross-Selling
podem ser significativas se no momento da venda for realizada uma abordagem adequada que
ofereça ao cliente uma vantagem, economia de tempo, custo x benefícios, conforto, comodidade,
segurança, enfim, algum fato que o operador de vendas perceba que vai agregar uma solução
ao cliente.
Para ilustrar melhor uma estratégia de vendas Up-Selling podemos exemplificar a
situação quando um operador de vendas ou qualquer outra canal de vendas oferece algo
adicional a um produto. Por exemplo: o cliente está comprando uma determinada impressora, e
se oferece algum modelo ou versão, que seja mais avançado e econômico para o uso de que o
cliente precisa e faz da impressora. A estratégia de Cross Selling nesse mesmo exemplo seria
oferecer os cartuchos como produtos complementares.
Um exemplo de Up-Selling do Mac Donalds ocorre quando a atendente pergunta ao
cliente se ele não gostaria de um pacote de batatas grande por apenas R$ 0,50 a mais; e de
Cross-Selling quando ela questiona se o cliente deseja que um Sunday acompanhe o lanche.
Parecem simples, mas estratégias como essas geram um imenso impacto no
faturamento da empresa.
Empresas de e-commerce, a Dell e a Amazon, possuem essa prática, e é preciso que
o operador de televendas enxergue a oportunidade e tenha percepção para oferecer o produto
e/ou serviços no momento certo. Opções como plano de manutenção, garantia estendida,
desconto se fizer a contratação de um plano por um período maior. Enfim, o operador de vendas
deve agir como consultor, oferecendo serviços, ofertando os benefícios que terá com a compra.
Além de render um aumento das vendas, essas ações fidelizam o cliente, visto que vão
ao encontro de seus interesses por representar uma comodidade e alguma vantagem.
Cada vez mais o tempo dos clientes é menor, por isso procuram empresas que
solucionem suas dificuldades, propondo soluções que agreguem essa economia,sem terem que
se deslocar.
Com essas ações, a empresa precisa investir nas operações em infraestrutura,
treinamentos, processos e tecnologia, bem como analisar a melhor solução e plano para o
Televendas.
30
Um PABX de uma empresa deve cumprir as funções que uma área de televendas
exige: as monitorias, demandas de contatos que chegam, que são perdidos, produtividade e
qualidade de atendimento. Para isso deve seguir algumas diretrizes para a finalidade que deve
cumprir em um televendas:
É necessário que o PABX tenha uma linha exclusiva para o televendas da empresa
e outra linha exclusiva para o administrativo com opção de gravação direcionando
para os ramais. É preciso linhas exclusivas para receptivo e para o ativo da central,
possibilitando o mapeamento, desvios das chamadas, retirada de relatórios,
acompanhamento de volume de chamadas realizadas e efetuadas;
É preciso uma nova fraseologia para que; quem ligar; tenha um agradecimento,
leve música ao fundo e a opção na espera de oferecer o site;
É preciso que o plano de telefonia contemple ligações de celular para celular com
planos reduzidos com a implantação deste sistema no PABX, contribuindo para
redução de contas;
Se o televendas estiver ocupado, que o cliente não fique mais do que 30 segundos
aguardando; e, se ocorrer, ter uma breve mensagem. Depois de 30 segundos, o
cliente tenha a opção para uma secretária eletrônica pedindo que deixem o recado
informando que retornarão o contato e efetivamente retornar em um prazo de até
uma hora. Bem como retorno ao cliente, se este ligar após o horário de expediente
e uma ação para o televendas retornar no dia seguinte, call back.
É preciso que essas chamadas telefônicas sejam contabilizadas e parametrizadas
automaticamente nos relatórios de ligações, dimensionando agentes para atender
de acordo com a demanda. É preciso adequar o atendimento às necessidades dos
clientes;
É preciso que essas chamadas telefônicas encaminhadas a determinadas células 31
sejam contabilizadas e parametrizadas nos relatórios de ligações por intermédio de
relatórios automáticos, inclusive contabilizando chamadas em espera, possíveis
desistências;
É preciso adequar o atendimento à curva de ligações - dimensionar as pessoas de
acordo com os relatórios gerados das demandas. Criar uma estrutura de tráfego
deste relatório (medição de escalas, plantões etc.) que dimensione e monitore a
demanda dos atendimentos ativos e receptivos e acompanhe os picos de ligações
dimensionando a equipe constantemente por intermédio de relatórios por
demandas (medir impactos de faltas, atrasos, licenças etc.) ;
É preciso que o PABX seja adequado para parametrizar as ligações nessa nova
proposta, sendo que assim que o cliente ligar já seja atendido pela sua opção.
32
Existem no mercado máquinas que podem divulgar mensagens gravadas com voz
humana ou com voz sintetizada. A vantagem da voz humana é que a mensagem
pode ser “trabalhada em estúdio”, tornando-se mais atrativa, com fundo musical e
efeitos sonoros;
Podem ser utilizadas para campanhas promocionais específicas e também para ações
de marketing, baseadas nas informações obtidas. Esse sistema possibilita um acompanhamento
diário de toda situação em análise, permitindo maior agilidade e eficácia na tomada de decisões.
9.6.1 O relacionamento entre o cliente e o agente
O relacionamento entre o vendedor e o cliente não deve terminar após a venda, pelo
contrário, deve se intensificar.
37
O operador de televendas tem que ter o perfil do negociador e a formação quase
adequada para o relacionamento interpessoal e empresarial.
Essa nova abordagem, esse novo momento requer do profissional uma perfeita
adequação com os produtos e serviços, além de conhecimento pleno de técnicas de vendas e
acompanhamento de retorno centrado no cliente, além de percepção aguçada das suas
expectativas.
38
As pessoas compram algo não porque se trata de um bom produto, ou porque é bem
fabricado, ou seu preço é menor, mas sim porque elas o desejam. Para despertar no cliente o
desejo de adquirir os produtos, o operador aumentará suas vendas se:
O operador de televendas não pode pôr obstáculo em suas vendas quando os clientes
afirmam que encontram, nos concorrentes, mercadorias iguais ou superiores às deles a preços
até mesmo inferiores, ou ainda quando sabem que os vendedores do concorrente estão com
parcerias junto ao cliente, mesmo oferecendo melhores condições.
Os obstáculos do cliente podem ser mais uma objeção quando ele pode estar
utilizando o concorrente como uma forma de obter vantagens.
Não se deixe levar por essa objeção, que pode ser uma forma de ganhar tempo e
ouvir o que a empresa tem a oferece;
É preciso ponderar as informações;
Considere que uma empresa que tenha a capacidade ou virtude de oferecer os
melhores produtos do mercado a preços mais baixos, com prazos de entrega fora
do tempo justo do mercado, com condições de pagamento mais amplas, produtos
40
sem nenhum defeito, sem problemas de reclamações, não precisa de vendedores
para sua comercialização. Atenderia somente na porta da fábrica, e os clientes a
procurariam espontaneamente;
Na realidade, fidelidade, qualidade de produto, preços, prestação de serviços com
qualidade é algo a ser negociado a cada venda, analisando o custo x benefício do
acordo;
Cabe ao operador pesquisar a concorrência e saber quais são suas práticas
comerciais;
Cuidado para não falar mal do concorrente; ressalte o que a empresa pode
beneficiar o cliente;
Aponte o diferencial competitivo em relação ao concorrente.
Apresentação com foco do cliente para apresentar o produto e/ou serviço que mais se
adapta realidade dele. A venda é necessária, mas sem foco o operador corre o risco de vender
apenas uma vez.
9.8.2 Adequação da voz
Um operador de televendas deve estar motivado e com energia para realizar bons
negócios. Falar de forma clara e aberta. Assim como adequar o tom de voz ao ritmo do cliente. 41
9.8.4 Objetividade
42
9.8.6 Cordialidade
Sempre o operador deve ser cordial e respeitoso, e não deve esquecer essa prática ao
longo dos anos. A proximidade de clientes na carteira um longo período representa que sempre
o operador deve ultrapassar suas expectativas e não ao contrário. O operador deve sempre
agradecer e demonstrar simpatia e gentileza a cada venda, pois além de manter um cliente
como um desafio, praticar boas atitudes sempre agregam na vida profissional e pessoal.
9.9 ACORDOS
Despertando no seu cliente o desejo de adquirir seus produtos, você aumentará suas
vendas. Procure e descubra algo que vai atendê-lo em suas expectativas.
Comente com seu cliente, crie em sua mente um quadro simpático daquilo que ele
necessita e o satisfará, garantindo o que é valor a ele, que pode ser: segurança, conforto,
realização, satisfação, economia de tempo, beleza, status, poder etc. Coloque nesse quadro o
cliente valendo-se dos benefícios e vantagens que são importantes a ele.
44
7. Organização 7. Entusiasmo
8. Autoconfiança 8. Dinamismo
AVALIAÇÃO DESCRIÇÃO
Falar mal (de coisas,de pessoas etc.), criticar, Informar, passar dados necessários /
avaliar, acusar, dar uma de “juiz” de tudo. indispensáveis à continuidade da conversa,
pedir informações de forma genuína.
Fazer jogadas, manipular, tentar distorcer a Ser discreto, objetivo, franco, deixar a
seu favor, enganar. conversa fluir naturalmente.
Ser apático, frio, passivo, sem emoções, Tentar compreender o outro, identificar suas
considerar o outro como objeto e não como necessidades, aceitar que o outro tenha
pessoa. sentimentos, pensamentos e preferências
diferentes dos seus.
SUUPERIORIDADE IGUALDADE
Colocar-se em posição de quem não aceita Manifestar respeito mútuo, confiança, acreditar
ajuda, não precisa de ninguém da relação no crescimento e desenvolvimento.
mútua.
Ser dono da verdade, o expert, tentar ensinar Estar a fim de pesquisar, disposto a descobrir
sempre, não admitir mudança de opinião. alternativas novas, ser criativo, inovador.
10.3 A CONCORRÊNCIA
Muitos vendedores desavisados e principiantes desencorajam-se quando os clientes
afirmam que encontram, nos concorrentes, mercadorias iguais ou superiores às deles a preços
até mesmo inferiores, ou ainda quando sabem que os vendedores do concorrente estão
fortemente firmados junto aos seus clientes e não há meios de tirá-lo dali, mesmo oferecendo
melhores condições.
O que fazer? Como retornar a coragem e partir para superar esses obstáculos? 48
Não se deixe levar por esse “blefe”. Retire 50% dessas afirmações e pondere.
Considere que uma firma que tenha a capacidade ou virtude de oferecer os melhores
produtos do mercado, aos preços mais baixos, com prazos de entrega normais, com condições
de pagamento mais amplas, produtos sem nenhum defeito, sem problemas de reclamações, não
precisa de vendedores para sua comercialização. Atenderia somente na porta da fábrica e os
clientes fariam uma fila quilométrica.
Conheça tudo sobre os concorrentes, procure conhecer mais ainda sobre a empresa
que você trabalha e produtos. Compare mentalmente e enfatize constantemente as qualidades
dela.
A má apresentação pessoal é algo que qualquer pessoa considera, pois causa uma
sensação de mal estar.
Apresentar-se devidamente agrada ao nosso cliente, por mais simples que ele seja. É
sempre uma satisfação estar ao lado de alguém bem arrumado e com bons odores.
Esse hábito é muito comum em pessoas muito inibidas. O saber engloba a clareza, a
ordem e a ênfase, ou seja, falar claro, aberto, pronunciando as palavras ordenadamente, sem se
tornar repetitivo, falar com bastante ênfase, vibrante, demonstrando ser um admirador
incondicional dos nossos produtos.
Muitos vendedores, mesmo no primeiro contato, procuram lidar com o novo cliente
como se já o conhecesse há muitos anos ou com a mesma intimidade amigável que costumam
ter com seus velhos amigos.
Esta é uma atitude negativa, pois ele pode passar por presunçoso e falta de
50
sinceridade.
É terrível encontrarmos com uma pessoa que quando começa a falar não sabe
encontrar o fim da frase. É cansativo e muito aborrecedor. Um bom vendedor deve ouvir tudo o
que o cliente tem a dizer e, em seguida, iniciar seu trabalho.
Aprenda com certeza que: agradecer é ainda um ato sublime, pois abre todas as
portas.
Primeira questão que surge claramente: o que é o consumidor 2.0. O consumo de hoje
em dia mudou bastante sob a influência da mídia de internet. No início, a internet somente era
utilizada por um pequeno público. Publicar na internet era só para grandes especialistas que 52
conheciam linguagem HTML e que tinham ao seu dispor servidores para alojar os seus websites.
O consumidor em geral até mandava um e-mail utilizando a internet. Mas “publicações” um
consumidor não faria.
Hoje a internet passou a ser a WEB 2.0, internet interativa. O cliente da internet pode
agir com as empresas que publicam sites nela. Não é preciso hoje em dia ter grandes
conhecimentos para publicar algo na internet. Qualquer pessoa pode abrir um blog e lançar
conteúdo na rede.
Alguns deles com conteúdo fraco em qualidade, mas também há blogs e sites pessoais
que fazem ótimas contribuições aos internautas. Consequentemente as empresas vão ter de
cuidar ainda mais da sua imagem. Enquanto um consumidor antigamente estava limitado a
comunicar-se dentro do seu próprio ambiente de trabalho e em casa. Atualmente, qualquer
pessoa pode instantaneamente chegar ao mundo inteiro com as suas palavras. Ou seja, o
consumidor 2.0 é aquele internauta que utiliza essa mídia para fazer pesquisa na internet.
Também participa, deixa sua opinião para a comunidade e todas as pessoas curiosas que
procuram o tema colocado em questão. Como pode imaginar, esse consumidor pode ter efeitos
extraordinários para as empresas de forma positiva ou negativa.
O televendas que vai lidar com essa realidade precisa quebrar os paradigmas a todo o
momento, ou seja, desconstruir o que construiu ao longo dos anos de sua carreira. O que pode e
o que não pode nesse mundo de inovações tecnológicas. É possível criar muitas oportunidades
com esses desafios que estão enfrentando.
Fator importante para esse consumidor é lhe dar a palavra. Ele exige ser ouvido.
Quanto mais informações a empresa puder obter, melhor. Enquanto a empresa ouve esse
cliente, mais pode ter a certeza de que conseguirá satisfazer suas necessidades. O cliente que
sinta que está sendo ouvido pela empresa e que a esta consegue “rever” as suas palavras, em
uma sugestão de um produto e/ou serviço, será a melhor publicidade e melhor estratégia de
marketing para um negócio. Mais uma quebra de paradigma para o televendas: o seu cliente
participando, opinando e sugerindo na forma de a empresa trabalhar.
Porque com certeza esse cliente publicará isso em seu blog e/ou qualquer canal de
uma rede social. Publicidade para empresa inteiramente gratuita e muitas vezes muito mais
poderosa do que qualquer campanha de marketing caro. 53
Antes bastava as empresas colocarem no ar seu site com informações sobre seus
produtos e/ou serviços de forma organizada, apresentável, com fotos etc. Hoje quase um bilhão
de pessoas, e contando a cada segundo, exploram essa multidão virtual. O impacto que a 54
internet gera é explosivo e as respostas a quaisquer acontecimentos são instantâneas.
FIGURA 1
55
O Brasil é o país com maior tempo médio de navegação residencial por internauta.
Os brasileiros passam, por mês, 23h30min na rede mundial. A seguir vêm EUA
(19h52min) e Japão (18h41min).
Dos 55 milhões de participantes do Orkut, site de relacionamento que se tornou
uma febre, 54% (29,7 milhões) são brasileiros. Nos Estados Unidos, há apenas 9,9
milhões de clientes.
O Messenger, sistema instantâneo de troca de mensagens e compartilhamento de
arquivos, tem 30 milhões de integrantes brasileiros, o equivalente a 12% do total
mundial. Em números absolutos, ninguém supera os clientes do Brasil.
76% dos internautas brasileiros visitam endereços eletrônicos de relacionamento
mais do que os clientes da Alemanha (73%), dos Estados Unidos (71%) e do Reino
Unido (41%).
11.2 APLICAÇÕES DA TECNOLOGIA 2.0
Blogs: página pessoal que permite ao autor escrever sobre um ou mais assuntos e
dialogar com leitores por meio de comentários; 56
Wikis: sites como Wikipedia que permitem aos visitantes colaborar entre si,
adicionando, criando e removendo informações, normalmente sem necessidade de
cadastramento;
Sites de relacionamento: redes em que os participantes criam perfis, trocam
mensagens e participam de comunidades. O maior é o MySpace, com 126 milhões
de clientes;
Sites de compartilhamento de imagem: o mais célebre deles é o YouTube, onde
são visualizados 100 milhões de vídeos diariamente;
Mundos virtuais: ambientes digitais nos quais os participantes podem interagir por
meio de avatares, como são chamadas as representações virtuais dos clientes. O
Second Life é o mais popular;
Podcasting e Vidcasting: trata-se dos programas virtuais de rádio ou de televisão
que são acessados pelos clientes.
12 DESENVOLVENDO A AUTOESTIMA PARA MAIOR MOTIVAÇÃO PARA OBTER O
RESULTADO EM VENDAS
Além de dinheiro, produtos e serviços, há inúmeros outros fatores por trás de uma
negociação, coisas que são também desejadas pelos negociadores.
1 - Sentir-se valorizada;
8 - Ser ouvida;
10 - Ser respeitada;
11 - Evitar problemas;
Não existe um fator único de motivação para o indivíduo. É claro que existem fatores
preponderantes de motivação. A empresa, a gerência ou a equipe podem ter e trazer motivação
para o profissional. O seu estado de motivação, no entanto, é alcançado e mantido num leque de
fatores que atuam diretamente em sua escala pessoal de valores, que é retratado pelo tema da
hierarquia de necessidades, de Abraham Maslow, recebendo grande dedicação por parte dos
estudiosos do comportamento humano e são abordados em livros especializados.
Buscam resultados;
Gostam do que fazem;
Têm vontade de crescer;
Sabem o que estão fazendo;
Sabem por que estão fazendo;
Tem foco, sabem onde querem chegar;
Demonstram interesse;
Inspiram confiança;
Comunicam-se positivamente;
Colaboram;
São cordiais.
As pessoas precisam saber qual expectativa dos clientes em receber o que a empresa
propõe, um depoimento de um cliente sobre o resultado final de um trabalho. Pode ser bem
estimulante e que o profissional saiba onde e para que sua energia está sendo conduzida, como,
por exemplo, a conquista da compra de um carro, a solução de um contrato de um plano de
saúde etc.
60
Dessa forma, pode estabelecer um plano de ação para onde e como investir seu tempo
para aumentar o desempenho dos que estão abaixo do esperado.
As necessidades dos indivíduos são diferentes, cada um reage de forma diferente para
atender aos seus objetivos.
A emoção está mais presente do que nunca, pois tudo o que o cliente adquire é um
sonho, pois quer de alguma forma alcançar aquilo que ele não tem e deseja ter.
Seguem algumas regras que são importantes utilizar quando estiver em contato com
um cliente sondando com suas necessidades:
Para essa comunicação estar clara, é preciso que o televendas contemple em seus
processos:
Conhecer o cliente;
Saber a dificuldade que o cliente apresenta;
Consultar as transações que são realizadas diariamente;
Conduzir as situações pendentes para solução;
Responder aos questionamentos;
Quantificar as dificuldades;
Juntar as necessidades do cliente para realizar novas vendas do produto e/ou
serviço.
15 A IMPORTÂNCIA DA APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA COM FOCO NA EXPECTATIVA
DO CLIENTE (FUTURO CLIENTE)
Vender exige, hoje em dia, uma vez que os produtos são commodities, devendo
64
oferecer algo além dos produtos e /ou serviços. Efetivamente vender pode significar:
O televendas de vendas deve saber o que seu operador passou a integrar em suas
ações de vendas, um papel mais generalista, um gerente de território que vende, cobra, promove
vendas, pesquisa mercado e, acima de tudo, planeja o seu trabalho, o seu dia.
Há em vendas uma regra que comprova a relação entre visitas e vendas. Quanto mais
visitas o vendedor fizer, maiores serão as chances de fechar vendas e ganhar mais.
Frank Bettger, um excepcional vendedor, coloca isso bem claro em seu livro, ao
afirmar: “Não se pode ganhar comissão enquanto não se fecha a venda; não se pode fechar a
venda enquanto não se tira o pedido; não se pode tirar o pedido enquanto não se fizer uma
entrevista; não se faz uma entrevista enquanto não se faz uma visita.”
E como visitar o cliente em televendas? O televendas pode realizar algumas ações de
vendas direta e outras oportunidades; o operador pode prospectar e repassá-las ao
representante comercial.
Há uma regra em vendas presenciais que comprova a relação entre visitas e vendas.
Quanto mais visitas o vendedor fizer, maiores serão as chances de fechar vendas e ganhar
mais. O mesmo sucede ao operador de televendas que pode realizar até 60 ligações por dia. 65
É preciso que o televendas determine que sua equipe esteja focada em resultados e
mensurar os volumes:
Contatos planejados;
Contatos realizados;
Contratos enviados;
Contatos x vendas;
Vendas segmentado produtos;
Percentual de cobertura de quota por semana;
Horas e dias trabalhados x resultados.
Por meio desses registros, o televendas pode ter uma melhor visão e poderá medir
seus esforços e os resultados conseguidos. Além de medir os resultados favoráveis, é preciso
mensurar os contatos que não foram produtivos e/ou não se converteram em vendas e o porquê.
A maioria dos agentes não produz o que poderia por falta de um método de trabalho,
por não seguir um plano de trabalho que lhes permita aproveitar bem cada gasto.
Reação ao estímulo;
Fórmula A.I.D.A. (atenção/ interesse/ desejo e ação) de vendas;
Satisfação das necessidades.
Assim, para que haja uma reação ao estímulo, é necessário que haja atenção,
interesse, desejo e ação do vendedor, no sentido de satisfazer as necessidades legítimas do
cliente.
Planejamento;
66
Oferta;
Sustentação;
Estratégias.
15.1 PLANEJAMENTO
O uso do follow up e cadastro com registro das necessidades de cada cliente também
deve ser bem gerenciado, permitindo atender aos clientes nos períodos de que ele mais
necessita. O televendas de vendas tendo uma gestão e gerenciando adequadamente sua
equipe, terá lucro garantido de uma forma sistematizada.
67
Verificar qual perfil dos clientes que compõem sua região de vendas:
Para ofertas, é preciso identificar qual atuação de seus clientes. Por exemplo, uma
empresa de distribuição de cosméticos e perfumaria oferece os seus produtos e/ou serviços com 69
um valor agregado. Conhecendo o perfil dos clientes que frequentam o estabelecimento,
conhecendo o espaço do seu cliente e dessa forma auxiliando a gerenciar seus produtos e
serviços. Faz a promoção nos pontos de vendas com promotoras que fazem demonstrações dos
produtos, oferecendo um lay out mais sugestivo e adequado a atrair clientes.
15.1.5 Aproximação
Podemos garantir que a única parte do ato da venda que tem lugar e hora certa para
acontecer é a aproximação, pois não se inicia nenhuma venda sem que antes se apresente e
cumprimente o cliente.
Quando o operador de televendas apresenta-se ao cliente, deve lembrar que ele o faz
em seu nome, apresentando a imagem da empresa.
70
15.1.6 Oferta
Nesta etapa deve-se despertar o interesse do cliente pelos produtos e/ou serviços.
15.1.7 Sustentação
Diariamente, o profissional deve procurar inteirar-se cada vez mais sobre os produtos,
lendo os artigos, literaturas, jornais, blogs, sites e mídias sociais para atualizar-se sobre os
movimentos do mercado, a concorrência etc.
A abordagem é uma técnica que tem por finalidade aproximar o cliente do agente.
Trata de uma etapa importante que vai poder abrir "as portas" do diálogo com o cliente, fazendo 72
com que ele esteja mais receptivo em receber as orientações. Portanto é importante que, em
cada abordagem, o operador verifique se seguiu os passos abaixo:
NEGATIVAS POSITIVAS
Nossa agenda está completa para quarta-
Na quarta-feira não podemos entregar a feira. Para o senhor. é melhor na quinta ou
mercadoria. na sexta?
Quem gostaria? Quem quer falar? Qual o seu nome, por favor?
15.2 DIAGNÓSTICO
74
15.4 ARGUMENTAÇÃO/ CONDUZIR CONTATO
15.5 OBJEÇÃO
Quando o cliente apresenta uma objeção, é preciso que o operador não tenha qualquer
receio ou medo em aceitar que ele apresente objeções. A objeção define-se por algo que o
cliente não compreendeu: a mensagem ou a resposta que foi dada não atende sua expectativa.
Portanto, além de aceitar que a objeção existe, e que o cliente a tenha, é preciso que o operador
trate-a com paciência. Portanto dê razão ao cliente quando a objeção for procedente e prossiga
regularmente na sua argumentação. Procure responder corretamente às objeções estratégicas,
escute com atenção, respeite. No caso de uma objeção sem sentido, respeite ou parafraseie
com ênfase e, em seguida, confronte-as, concordando primeiro.
15.5.1 Como agir durante uma objeção?
Muito caro;
Não preciso;
Vou pensar;
Estou com dificuldades financeiras;
Preciso consultar;
Tenho muito em estoque;
Acabei de adquirir.
Para que chegue ao fechamento, é necessário que o operador garanta que o cliente
ficou satisfeito com as soluções propostas. Confirmando, o operador deve fazer convite à ação,
estabelecendo um acordo e conclusão da venda realizada, resumindo a compra, produtos e/ou
serviços, condições de pagamento, pedido, endereço e prazo de entrega. 77
15.7 ENCERRAMENTO
15.8 PÓS-VENDAS
O trabalho de pós-venda é tão ou mais importante que a própria venda, pois é por meio
dele que se demonstra interesse pelo cliente, a empresa cumprindo os prazos, as entregas,
entregando produtos de qualidade, o vendedor se inteirando dos problemas que o cliente tem
com a empresa, com o cumprimento dos prazos de entrega, da qualidade dos produtos,
prevendo as vendas, expondo, acompanhando o trabalho de assistência técnica.
79
Empresas de sucesso permitem atender às expectativas do cliente de forma
surpreendente e pró-ativa ao invés de oferecer apenas o básico. Esse comportamento o
concorrente já faz, mas superar as expectativas do cliente é mais desafiador.
Empresas com foco do cliente não no cliente conseguem perceber melhor qual sua
necessidade e responder com sensibilidade e rapidez a elas. Hoje em dia, a experiência do
cliente com a empresa é fazer a diferença e criar vínculos duradouros. Para isso, a empresa
precisa estar viva diariamente acompanhando essas experiências e superando-as. Organizações
que tratam os clientes com arrogância por deterem uma grande parcela do mercado correm o
risco de amanhã já não estarem no trono.
As oportunidades de surpreender os clientes hoje são inúmeras. Basta que ela não
menospreze suas solicitações, se não pode proporcionar o que ele quer, pelo menos agrade-o
de alguma maneira, compensando-o pela lealdade, pelo poder de compra, por pagar em dia, por
tê-lo como cliente, por seu aniversário etc.
Algumas empresas, apesar de ter um enorme aparato tecnológico, jamais lhe enviam
um cartão de aniversário e até envia para o cartório, sem qualquer aviso, o cliente que sempre
pagou sua conta religiosamente em dia durante anos.
Conquistar uma boa imagem necessita que a empresa: promova para os seus já
clientes prêmios, campanhas de fidelização, aproximação para que continuem utilizando e
adquirindo seus produtos e serviços, e que mesmo quando tiverem problemas com seus
produtos e serviços, terão todo seu apoio e não serem rechaçados, ironizados ou chamados de
mentirosos.
I – Adiador
Características: prefere adiar a decisão com os pretextos: “preciso consultar meu
marido, vou falar com minha esposa etc.”
II – Antagonista
Características: vive lamentando-se, é sempre “do contra”.
Recomendações: seja paciente. Mostre que você gosta dele e o respeita. Demonstre
como o produto/serviço vai trazer os resultados de que ele necessita.
III – Apático
Características: é indiferente a tudo. Está sempre desconfiado, não acredita em nada.
Fala pouco e com cuidado, falta-lhe energia para agir.
IV – Moderno
Características: não quer saber de cerimônias. Geralmente é moderno, alegre e
descontraído.
Recomendações: seja alegre e descontraído com ele, use sua linguagem e não o
intimide.
V – Calado
Características: é inibido, desconfiado e fala muito pouco. Não demonstra o que
pensa, desarma o operador com seu silêncio.
VI – Curioso
Características: faz mil perguntas, quer saber tudo.
Recomendações: mate sua curiosidade, satisfaça seu desejo, mas guarde um ótimo
argumento final para efetuar o fechamento.
VII – Desatencioso
Características: desvia a atenção para outros assuntos.
82
VIII – Despreocupado
Características: é desligado, está no mundo da lua.
IX – Exagerado
Características: aumenta tudo que diz em todos os assuntos.
Recomendações: acredite nele e valorize o que ele fala com elogios, esclarecendo
sobre como produto/serviço pode ser bom para ele.
X – Executivo
Características: sabe o que quer. É positivo, ponderado, concentrado e sereno.
Dificilmente se deixa influenciar. É bastante objetivo.
XI – Exigente
Características: é extremamente severo no julgamento de qualidade e preço.
Recomendações: entusiasme-o com o perfil do produto/serviço. Atente para os
mínimos detalhes. Se você conseguir satisfazer seus desejos, além de um cliente constante terá
também um amigo.
XII – Prolixo 83
Características: não sabe escutar, fala o tempo todo e muita coisa ao mesmo tempo,
não permite que o operador exponha o produto/serviço.
XIII – Humilde
Características: é sorridente, modesto, fala baixo e pouco.
Recomendações: dê muita atenção ao que ele diz. Faça elogios sinceros e não fale
muito alto.
XIV – Indeciso
XV – Insatisfeito
Características: geralmente sua insatisfação origina-se de algum problema criado pela
empresa.
Recomendações: o operador precisa de discernimento para compreender que o
problema não é com ele e sim com a empresa. Jamais leve para o lado pessoal, saiba escutar.
O mais importante nessa fase é deixar o cliente falar; evite interrompê-lo. Faça anotações
enquanto o cliente for detalhando o problema ou reclamação. Quando falar, fale firme e de forma
objetiva; descreva o que você compreendeu e confirme todos os dados. Adote uma atitude
neutra: não rejeite o cliente, mostre solidariedade ao escutá-lo, respeite-o e peça desculpas em
84
nome da empresa.
XVI – Econômico
Características: sempre indaga pelo preço e acha-o elevado. Cria objeções antes da
argumentação. Quer obter vantagens financeiras.
XVII – Tímido
Características: é inibido, reservado. Tem voz macia e fraca. Precisa de
reconhecimento e ajuda para decidir, pois não confia nos seus próprios motivos.
Recomendações: fale como quem quer ajudar e não vender. Capte sua confiança e
conduza-o à decisão. Dê referências de pessoas que adquiriram o produto/serviço e estão
satisfeitas.
XVIII – Vaidoso
Características: está por cima de todos. Faz objeções para mostrar que entende e
quer dominar o diálogo. Age por prestígio ou aprovação social, gosta de exibir-se, de
impressionar.
Recomendações: mostre-se solícito e agradável. Alimente sua vaidade com elogios,
sem discutir os seus gostos. Ofereça produto/serviço que satisfaça sua necessidade de ser mais
importante. Ele não compra o produto, mas sim o benefício psicológico que este apresenta.
85
17 A IMPORTÂNCIA DA ATITUDE POSITIVA DURANTE O PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO -
VENDER É MAIS DO QUE UM PROCESSO DE BOM ATENDIMENTO: ATENDER À
EXPECTATIVA DO SEU CLIENTE
86
A. Desenvolvendo habilidades comportamentais no relacionamento para
motivação e qualidade na venda
Os profissionais hoje não são mais valorizados somente pelo QI, seu quoeficiente de
inteligência e sim como ele utiliza e comunica esse conhecimento, ou seja, o QE, o quoeficiente
emocional.
87
D. Mantendo o equilíbrio
O homem é um ser emocional e não há nada de errado com isso. As emoções
colaboram no processo de criatividade, criam relacionamentos mais humanos e afetuosos,
proporcionam maior harmonia e equilíbrio entre as pessoas. No mundo dos negócios, as
argumentações e discussões sem dúvida proporcionarão maior valorização às pessoas
emocionalmente inteligentes.
E. Inteligência emocional
Reconhecer e controlar melhor suas emoções;
Desenvolver sua criatividade;
Criar uma atitude mental positiva;
Construir relacionamentos;
Conquistar das pessoas um maior comprometimento.
F. Empatia
Querer saber o que uma pessoa sente nem sempre é fácil, mais temos algumas pistas
como gestos, sinais não verbais, tom de voz, são vitais para se entender com outras pessoas, o
que é a base para atenção e comparação.
Perceber e reagir a você, ouvir é o mais importante, por exemplo, um vendedor tenta
associar de que o cliente precisa; ele conquista a confiança. A falta de empatia destrói a relação
e a confiança.
As raízes da empatia estão na infância Ex.: quando os bebês choram, outras começam
a chorar também, chama-se aflição simpática, reage como a outra pessoa se sente. A primeira
lição de empatia é quando você pega o bebê no colo e faz com que ele se sinta protegido e agir
com respeito a suas emoções.
Crianças americanas estão perdendo sua IE, estão mais decadentes, mais deprimidas
e ansiosas, mais solitárias, pelos episódios cada vez mais jovens estão matando pessoas. O 88
índice de alfabetização emocional é lição necessária para vida, pois pode mudá-las.
Com 14 ou 15 anos, o cérebro vai amoldando, por isso os pais são muitos importantes
enquanto tutores emocionais de seus filhos, nos momentos difíceis, em uma situação de um
pequeno problema social, de ampará-lo e fazer com que se sintam melhor. Ajudá-las nessa
conscientização é lição básica.
Hoje em dia, com tanta tecnologia, com acesso às pessoas, como, por exemplo, as
redes sociais, a impressão é que não possui limites e dificuldades de não disponibilizar meios de
auxiliar os clientes.
Os recursos de Web Call Center para as áreas de atendimento podem ser uma
excelente alternativa de interação com seu cliente. A utilização de tecnologias via web, chats,
blogs, sms, Twitter ou e-mails contribui para inovação nos meios de comunicação com clientes.
É preciso, porém, que os operadores estejam preparados em atributos técnicos e
comportamentais para atender a esses recursos. É preciso também algumas habilidades e
competências na área da comunicação escrita, raciocínio lógico e agilidade, visto que o contato
por escrito serve como um documento e prova, juridicamente falando.
É imprescindível deixar um canal aberto com o cliente que ele possa opinar e dar sua
nota de satisfação na qualidade das vendas realizadas x eficiência e eficácia de seus recursos
oferecidos. Dessa forma, poderão disponibilizar e desenvolver os canais mais efetivos e
produtivos e para atendimento.
O cliente construirá uma imagem que pode ser denominada imagem acústica: o cliente
não vê, mas ouve a comunicação e forma uma imagem mental do conteúdo e a forma que está
transmitindo essa comunicação. Essa imagem acústica representará a imagem que o cliente fará
da empresa e do operador.
Por isso a importância de quando operador for deixar o cliente, na linha, aguardando
enquanto faz uma pesquisa para buscar a solução, é imprescindível antes informar que vai se
ausentar, avisando o que vai fazer; e se for demorar, avisar e pedir o acordo do cliente.
Uma voz agradável, que demonstre simpatia, pode seduzir e convencer os clientes.
Por outro lado, uma voz desagradável, que demonstre irritação, nervosismo, pode fazer com que
o cliente rejeite a pessoa, a informação, ideia e/ou produto ou serviço.
18.1 A MOTIVAÇÃO
91
18.2 PRÓ-ATIVIDADE
Todas as pessoas têm a capacidade de influenciar seu modo de vida e agir sobre ela,
desde que, claro, tenha-se a responsabilidade de se cuidar e procurar caminhos que se deseja e
fazer com que as situações e objetivos aconteçam. Para isso é preciso ter foco e objetivos a
curto, médio e longo prazos.
Pessoas de sucesso não esperam que os fatos aconteçam, uma condição mais
favorável para agirem, elas fazem acontecer, não culpam ninguém pelos acontecimentos e têm o
controle do que querem e procuram alcançar. As dificuldades para elas são desafiadoras e
fazem-nas agir e reagir de forma positiva no mundo. São otimistas por natureza e fazem de um
obstáculo mais um degrau para o aperfeiçoamento.
O operador de televendas precisa muitas vezes traduzir para o senso comum suas
orientações, demandando, além da "tradução", muita paciência e respeito até pela dificuldade do
cliente.
Podemos então enfatizar a necessidade de preparo antes de receber uma ligação.
Uma conclusão evidente é que se torna mais simples quando se está preparado com vantagens
que sobrepujam as possíveis objeções.
Quando o operador não julga, mas procura ser sincero, prestativo e interessado,
certamente vai obter a atenção do cliente com maior facilidade. Essa adaptação sociocultural é
fundamental para o exercício de uma boa comunicação. Utilizar palavras complexas ou formais 94
demais com um público simples não ajuda em nada, apenas perde o tempo.
Existe uma grande diferença entre ouvir e escutar, porque ouvir nada mais é do que a
capacidade física de captar sons, enquanto escutar é o entendimento e a compreensão do que
escutamos.
Mais do que encantar clientes, o que é preciso antes de qualquer coisa é ter uma boa
comunicação com o mesmo. Quando a empresa não tem argumento sobre as objeções que o
cliente apresenta, a abordagem que utiliza pode ficar no:... "é o procedimento Senhor...é a
norma...é o regulamento,etc.".
É preciso dessa forma saber o quanto o profissional necessita que o seu cliente saiba,
e dessa forma disseminar, alinhar, trocar e compartilhar o conhecimento para que a
comunicação se estabeleça. Por exemplo, é preciso ter mais pró-atividade em proporcionar
alternativas e contingências em casos de falta de garantia, renovação do contrato, quebra do
contrato etc.
19.2.3 Tratamento
19.3.2 Conhecimento
Não é possível que você crie satisfação para as pessoas se não conhecer o produto ou
serviço que está tratando, para que serve, como funciona e o valor que pode proporcionar aos
envolvidos. Mas, quem tem conhecimento tem poder. Quem tem poder é capaz de criar
seguidores, pessoas que atendam às suas recomendações e sugestões de ação.
Nessas horas, em que você está procurando criar uma melhor comunicação ou
tentando mudar um comportamento. Você está procurando orientar as pessoas sobre algo que
ele ainda não sabe.
Lidar com um diálogo entre as pessoas não é uma ciência exata, como matemática,
por exemplo. Muitas vezes as empresas que são realmente orientadas (em termos
mercadológicos) para os clientes externos ou internos acabam por operar de uma forma
diferente com cada um deles. Ao invés de estabelecer normas, regras restritas, elas implantam
políticas. A diferença está no fato de as políticas serem mais flexíveis e adaptáveis às múltiplas e
variadas situações que o cotidiano apresenta.
É necessário ser realista. Embora não seja o ideal, muitas vezes não é possível 102
cumprir o que foi prometido pelo simples fato de a empresa em questão ser equivocada. Alguém
em algum lugar ao longo da linha de comunicação falou algo inadequado e agora cabe ao
profissional que está lidando com a situação de desfazer o erro. Não existe uma maneira
agradável de dizer algo que outras pessoas não querem ouvir. A recomendação técnica nesse
tipo de situação é ajustar positivamente a expectativa da outra pessoa e amenizar o máximo
como dar a informação e/ou resposta.
Indique quais são as necessidades específicas expressas pelas partes e satisfaça- as.
103
REFERÊNCIAS
104
INFO Online - Copyright © 2010, Editora Abril S.A. - Todos os direitos reservados. All rights
reserved. 10/2008.
SEGALLA, A.; RIBEIRO, A.; BARIFOUSE, R. O poder do consumidor no mundo digital. São
Paulo: Época negócios,10/2007, Fontes: Ibope/Net Ratings, Google, Microsoft e Booz Allen,
Copyright © 2009 - Editora Globo S.A.
DOCÊNCIA EM
SAÚDE
OPERADOR DE COBRANÇA
Copyright © Portal Educação
79p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-8241-413-2
CDD 658.1552
SUMÁRIO
1 CRÉDITO ...................................................................................................................................5
2 INADIMPLÊNCIA .......................................................................................................................8
3 COBRANÇA ..............................................................................................................................12 2
9.1 TIPOS DE COBRANÇA QUE PODEM SER REALIZADAS POR MEIO DE LIGAÇÃO
TELEFÔNICA ......................................................................................................................................30
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................77
4
ato isolado do indivíduo, pois não dispensa o objeto e o sujeito da crença. O termo crédito pode
ser definido de forma simples e objetiva. É uma troca temporária de recursos a terceiros, que
muitas empresas, com diversas atividades, concedem a seus clientes, mediante ou não a
cobrança de juros pelo seu uso.
Esse tipo de modalidade econômica é comum e necessária em quase todo tipo de
transação comercial. Além disso, o crédito é um instituto econômico. No âmbito da
macroeconomia garante a movimentação e o acúmulo de capitais. No âmbito da microeconomia
é um liame entre o presente e o futuro, ou seja, propicia a aquisição antecipada de algo que só
poderia ser possível no futuro, além de também ter a função de fomentar a justiça e a mobilidade
social pela distribuição de recursos.
O crédito concedido, seja para pessoa física ou jurídica, é uma forma do mercado se
manter aquecido e conseguir um bom posicionamento dentro de uma economia. Apesar de suas
facilidades, é necessário que a empresa que concede o crédito tome algumas precauções com o
objetivo de evitar a inadimplência dos seus consumidores. Desta forma, é importante definir uma
modalidade de crédito que não seja extremamente facilitadora, pois a possibilidade de não
recebimento é extremamente alta.
Atualmente, o mercado trabalha com três tipos específicos de crédito: o que é
concedido por empresas comerciais, nas vendas ao público e a empresas, e o que é concedido
por instituições financeiras a particulares e a empresas. O crédito oferecido ao consumidor é
necessariamente o mais comum, já que para adquiri-lo as exigências não são complicadas. Em
muitas corporações (lojas, magazines, microempresas) o histórico de compras do cliente não é
nem analisado, sendo que toda a transação comercial é feita mediante a “confiança” que a
empresa deposita no consumidor, o que de certa forma nos remete à antiguidade. 6
Dessa forma, o crédito passou a ser “o motor da economia”, já que em tempos de
crises financeiras e poucas vendas essa é a forma encontrada para que o comércio consiga
atingir seus objetivos e ao mesmo tempo torne aquele produto ou serviço acessível ao
consumidor. Já o crédito oferecido a empresas se cerca de uma gama maior de precauções,
uma vez que dispõe de instrumentos eficazes para analisar a idoneidade de quem solicita essa
facilidade. Nesse tipo de negociação, informações como histórico financeiro da empresa, análise
de outros créditos concedidos por instituições e como essa corporação é vista pelo mercado
consumidor e pela concorrência são fundamentais no momento em que este será aprovado.
Por último, os créditos oferecidos por instituições financeiras. Aqui, as complicações
burocráticas para adquirir esse benefício são ainda mais complicadas, tanto para pessoa física
como para pessoa jurídica. No caso de pessoas físicas as linhas de crédito são solicitadas,
geralmente, para a compra de residências, carros, etc. Já para pessoas jurídicas se resumem a
investimentos na empresa ou com o objetivo de terem um capital de giro.
Nos dois modelos, citados anteriormente, a análise do perfil de quem solicita o
beneficio é rigorosa, uma vez que as linhas de crédito dispõem de valores elevados. Segundo
Securato (2002), o empresário deve saber qual o perfil do consumidor que ele irá atender para
que não haja problemas futuros em relação a pagamentos de dívidas. Porém, essa é uma tarefa
extremamente complicada, uma vez que é difícil prever se um cliente irá honrar ou não com suas
obrigações. Por isso, é importante ter uma ficha cadastral atualizada, pesquisar dados do
consumidor, etc., para que o empresário tenha algum tipo de garantia.
Esse argumento é compartilhado por Gitman (2004), no momento em que esse autor
afirma que é necessária a utilização de algumas técnicas para realizar a análise de crédito. Entre
elas podemos destacar:
Análise do perfil: É necessário que o perfil do solicitante seja exaustivamente
pesquisado. Nessa pesquisa devem-se levar em consideração os seguintes aspectos:
idoneidade, capacidade de quitação do crédito, capital, garantias e condições.
Análise de crédito: Ou seja, quem oferece o crédito deve prever, por meio de pesos
estatísticos, o prazo em que o solicitante irá quitar sua dívida. Essa técnica oferece
certa garantia à instituição.
Alteração de padrões de crédito: são as considerações que as empresas tomam, 7
tendo em vista a mudança dos padrões de crédito para alavancar seus ganhos. São
analisados fatores como a contribuição das vendas adicionais ao lucro, o custo do
investimento marginal em contas a receber e o custo de perdas marginais com
clientes.
2 INADIMPLÊNCIA
Desemprego;
Problemas financeiros que dificultam o pagamento de seus compromissos;
Falta de planejamento financeiro;
Excesso de dívidas;
Má-fé.
Mesmo apresentando todos esses fatores listados anteriormente, a lei cerca o
consumidor inadimplente de direitos. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor e o
IBEDEC, Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo, podemos enumerar
os seguintes benefícios destinados a eles:
Dentro das negociações comerciais, a cobrança é uma das partes mais importantes e
requer todo um trabalho específico para que os resultados sejam satisfatórios para as 12
organizações. De acordo com o Dicionário Aurélio, a cobrança pode ser conceituada como “ação
de receber dinheiro de várias pessoas; arrecadação”. Enquanto o verbo “cobrar” significa
“receber dinheiro ou pagamento de dívidas, arrecadar, recuperar”.
Levando em consideração os conceitos sobre cobrança, é importantíssimo que depois
do ato da venda ou concretização de um serviço mediante a concessão de crédito a empresa
monitore o que recebe do consumidor, uma vez que apenas esses recursos não são garantia de
não inadimplência. Portanto, é preciso que as empresas discutam incessantemente como
trabalhar a questão da inadimplência e criem meios que possam diminuir os prejuízos. A
cobrança surge como um instrumento necessário para que recebimento de determinada dívida
seja materializado.
Por isso, as formas de pagamento oferecidas pelas empresas devem ser pensadas
levando em consideração possíveis calotes, ou seja, é preciso encontrar um equilíbrio entre as
vendas feitas com benefícios (parcelamentos, cheques, cartões, etc.) e o lucro que deverá ser
gerado posteriormente. Nota-se que um dos empecilhos que as micro, pequenas e até médias
empresas têm no momento de realizar uma cobrança reside no fato de não existir uma pessoa
com conhecimentos específicos para fazê-la ou não dispõem de recursos financeiros para
contratar uma empresa que atua nesse setor.
Assim, alguns empresários resolvem realizar o trabalho por conta própria, o que
compromete de forma significativa tanto o recebimento da dívida como a perda do cliente.
Segundo especialistas, o sucesso na hora de fazer uma cobrança reside na escolha de um
profissional capacitado para realizá-la e nos argumentos utilizados para manter o cliente
confortável e ao mesmo tempo dispor de instrumentos para recuperar o dinheiro.
É necessário que o empresário leve em consideração que o consumidor possa estar
passando por uma situação complicada naquele momento e não disponha da quantia necessária
para quitar a cobrança. Ao mesmo, o consumidor deve ter a consciência de que realizou um
contrato com aquela empresa é que deve quitá-lo para não ter problemas posteriormente. Ou
seja, é preciso balancear os anseios das duas partes para que cheguem num objetivo comum.
Uma das estratégias mais comuns durante o processo de cobrança é definir a situação
financeira e psicológica desse cliente, usando de uma boa oratória e argumentos sólidos. Por
isso, é importante que a empresa e o operador de cobrança tenham em mente algumas
perguntas:
13
O consumidor deseja pagar determinada dívida junto à empresa?
O consumidor dispõe de condições financeiras para realizar o pagamento?
Quais são os reais motivos para o não pagamento em dia?
Em seguida, é importante definir o perfil do cliente que está em débito com a empresa.
Para isso, podemos utilizar as seguintes caracterizações:
Devedor: aquele que tem como objetivo lesar a empresa ou simplesmente se recusa a
pagar o que deve.
Devedor ocasional: é aquele que por algum motivo pessoal não consegue quitar seus
compromissos. A falta de pagamentos não é intencional, por isso o operador de
cobrança e a empresa devem apresentar alguma facilidade para o recebimento.
Devedor Crônico: Sempre atrasa os pagamentos, porém de alguma forma consegue
quitar seus compromissos. Devem ser monitorados, uma vez que se trata de
consumidores constantes.
No Brasil a indústria da cobrança utiliza três formatos para que o consumidor regularize
suas dívidas junto às empresas. São eles:
15
http://www.revista.inf.br/contabeis02/pages/artigos/cc-
edic02-anoi-art02.pdf
* Consulta CPF/CNPJ
* Atualização Cadastral
* Dívidas Vencidas
* Cheques Sem Fundos
4.2.1 MeProteja
O consumidor pode receber avisos por e-mail sobre inclusões e baixas de anotações.
- FAQ
- Glossário
17
Monitorar Clientes
- Monitorar Pessoa Física
- Monitorar Pessoa Jurídica
Cobrar Devedores
- Inclusão de Devedores na base Serasa Experian
- Pefin
Fraude e Validação
- Alerta em negócios
- Alert Scoring
- Confie
- Valide
de pessoas físicas e jurídicas que possuem alguma pendência financeira com determinada
empresa. Assim, esses dados auxiliam no momento de concessão de crédito. Dessa forma, as
CDLs, Câmara de Dirigentes Lojistas, de qualquer município, têm acesso a esses dados, que
englobam desde pequenos lojistas e grandes empresas do ramo. Porém, a princípio qualquer
cidadão, físico ou jurídico, tem a possibilidade de realizar um registro de dívidas não pagas no
SPC OU SERASA.
5 O OPERADOR DE COBRANÇA 19
Atuar como operador de cobrança não é uma tarefa fácil. A profissão requer
dedicação, conhecimento e serenidade para enfrentar situações desconfortáveis no momento
em que procura o consumidor inadimplente. Então, o sucesso do operador de cobrança reside
na capacidade que esse profissional tem em receber aquilo que está sendo solicitado, por meio
de artifícios que envolvem desde uma boa oratória até planos de renegociação.
É fundamental que o operador de cobrança passe para o consumidor inadimplente a
ideia de urgência em relação aos pagamentos atrasados. Por isso, um tom de voz sério, firmeza,
clareza na exposição dos argumentos e, principalmente, as implicações que o consumidor pode
sofrer caso o nome dele passe a figurar nos Serviços de Proteção ao Crédito.
A forma com que o operador irá abordar o cliente é de extrema importância. Se a
abordagem for ríspida e deselegante, existe uma possibilidade do inadimplente se sentir
ofendido, o que, provavelmente, irá comprometer o objetivo final do cobrador. Porém, a
abordagem não pode ser amigável ou em tom de simpatia, já que esse tipo de comportamento
não demonstra o sentido de urgência da cobrança. Assim, é necessário que o cobrador tenha
uma atitude pautada na neutralidade e objetivo. É preciso que o operador consiga fazer uma
leitura rápida do perfil do cliente para que possa adequar sua oratória àquele momento.
6 TIPOS DE CONSUMIDORES INADIMPLENTES 20
Boa aparência: É necessário que o cobrador esteja trajado de maneira condizente com
as suas funções. É importante passar credibilidade e respeito no momento em que o operador
de cobrança realiza uma abordagem cara a cara com o devedor. Dessa forma, opte sempre por
Escutar o devedor: Ouvir o que o devedor tem a dizer faz parte de todo o processo de
cobrança. Deixe que ele exponha seus argumentos e fique atento à linguagem corporal. É neste
momento que você será capaz de perceber se ele está tentando te ludibriar para o não
pagamento da dívida.
Essas são algumas das características que o profissional de cobrança deve ter para se
destacar no mercado. Porém, é preciso ficar atento para não cometer alguns abusos que
comprometem o trabalho e podem trazer sérias consequências. Abaixo seguem algumas
recomendações do que não deve ser feito pelo operador de cobrança:
Evite transparecer que você é o “senhor da razão”, ou seja, evite uma abordagem em
que apenas o profissional de cobrança tem o direito de argumentar e o consumidor/devedor de
escutar. Ambos devem dialogar de forma madura e objetiva;
Excesso de contato junto ao devedor. Utilize todos os recursos disponíveis para realizar
a cobrança, porém não torne isso algo desgastante para ambas as partes. Lembre-se: todo tipo
de contato deve ser realizado em horário comercial;
Qualquer tipo de ameaça, seja verbal ou por escrito, é extremamente proibido;
Expor o consumidor/devedor a qualquer tipo de constrangimento perante aos vizinhos,
comunidade, amigos, etc. deve ser evitado;
Vamos aprender a identificar qual é a melhor e mais eficaz forma de realizar uma
cobrança, conhecendo técnicas e aplicando princípios de negociação.
Teclado
23
FONTE: Arquivo Particular do Autor, 2010.
A classificação dos pagamentos atrasados dá-se por uma relação de controle gerencial
da cobrança. Conhecida como Tabela de Aging List, é uma tabela de envelhecimento, na qual os
valores em atraso são classificados de acordo com o tempo. Usada inicialmente nos Estados
Unidos, foi consolidada alguns anos após sua criação e de sua utilização em diversos países. A
análise é feita comparando-se a evolução mensal dos números. Assim, os saldos vencidos
devem proporcionar uma clara indicação da eficiência dos resultados das cobranças.
OBSERVAÇÃO: Não deve esquecer-se de rever os resultados da cobrança em curto e
longo prazo. Essas podem ser mensal, no caso de análise em curto prazo, e anual, para as
análises em longo prazo. Exemplo de tabela:
24
carta que crie a resposta eficaz, mas deve-se enfatizar que o tempo gasto nesse projeto eleva o
aumento imediato no fluxo de caixa.
Uma série de até seis cartas pode ser projetada com a mesma mensagem, alterando a
identidade visual desta. Isto significaria seis modelos de primeira carta de cobrança, seis
modelos de segunda e seis modelos de terceira. Alternando, evitará que o cliente em débito
conheça o conteúdo.
Os títulos devem ser chamativos, já que o cliente descobrirá por ele do que se trata.
Alguns exemplos:
Quanto ao tamanho, a carta não precisa ser longa e nem descrever justificativa do
pedido de pagamento. Toda correspondência de cobrança deve ter 4 (quatro) itens, não
podendo ter mais ou menos, e estar dispostos da seguinte forma:
NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL
A empresa (informar o nome), via de seu gerente infra-assinado, vem, por meio desta,
notificar a empresa (ou o cliente) acima qualificada por inadimplência no pagamento referente à
venda (ou serviço) representado pela nota fiscal nº xxxx.
As parcelas em inadimplência são aquelas com vencimento em (indicar todos as
parcelas em débito), que importam em um débito total de R$ xxx,xx.
Favor entrar em contato dentro de 48 horas para regularizar a situação, sob pena da
adoção das medidas judiciais cabíveis.
Localidade, dia, mês e ano.
27
(Local e data)
Vimos pela presente informar a V. S.ª que se encontra em aberto, junto à nossa
empresa, um débito não quitado representado por .........(estabelecer o tipo de título de crédito,
por exemplo cheque n. ..., ou duplicata n.) ........... no valor de R$ ............ (valor por extenso),
referente à...................(informar o tipo de operação que resultou na emissão do título de crédito,
como por exemplo: vendas de mercadorias, prestação de serviços), cujo vencimento se deu em
......../................/..................
Tendo em vista que até o presente momento não acusamos o recebimento de referida
prestação, solicitamos a V. S.ª a quitação desta ou seu comparecimento em nosso
estabelecimento a fim de regularizar tal pendência no prazo máximo de ............ dias.
Informamos ainda que a não regularização de referida pendência no prazo acima
estabelecido ensejará a tomada das seguintes providências legais:
Solicitamos a V. S.ª desconsiderar a presente, caso o referido débito já tenha sido quitado.
Respeitosamente,
28
_________________
NOME DA EMPRESA
(Nome do responsável pela cobrança)
(cargo do responsável pela cobrança)
(Data)
FONTE: SEBRAE.
Prezado Cliente,
Caso o pagamento ainda não tenha sido efetuado, V. S.ª poderá realizá-lo
imediatamente em qualquer banco emissor do seu carnê.
Atenciosamente,
(_____________________)
Departamento de Cobrança
29
Atendente de Headset
FONTE: Arquivo Particular do Autor, – 2010.
9.1 TIPOS DE COBRANÇA QUE PODEM SER REALIZADAS POR MEIO DE LIGAÇÃO
TELEFÔNICA
31
OBSERVAÇÃO: Na cobrança de instituições e órgãos públicos o credor deve repensar a
abordagem. Antes de fazer negócios com esse tipo de cliente devemos avaliar os riscos
envolvidos, como exemplo, o cancelamento de contratos.
Muitas empresas estão trocando o modelo de cartas pelo processo via telefone,
incluindo os custos no pagamento do cliente. Este método é visto como um dos procedimentos
de cobrança mais eficazes e tem uma vantagem básica em relação a escrever uma carta, pois
estabelece contato direto e pessoal com um indivíduo na empresa ou pessoa física devedora e
requer dele uma resposta para uma questão específica.
Cobrar por telefone é um trabalho altamente qualificado; só deve ser realizado por
pessoas que passarem por um treinamento específico. Por isso, saber como fazer a
aproximação com o cliente é muito importante. Algumas dicas importantes:
É da natureza humana se sentir aborrecido pela inadimplência, mas nunca mostre
raiva ou mau humor ao fazer sua ligação. O trabalho do cobrador é escutar o cliente e facilitar as
negociações;
Sempre agradeça a pessoa que comprou/pagou por intermédio do nome e confirme o
acordo que foi feito.
Registre a cobrança, anote o nome da pessoa e, se o pagamento não chegar na data
devida, o cobrador poderá frequentemente alcançar seu objetivo por meio de lembretes feitos
pelo cliente no telefonema anterior. 32
Quando não conseguir falar diretamente com a pessoa responsável, pedir horário e
data em que possa retornar a ligação para dar continuidade à cobrança;
O cobrador nunca poderá ser surpreendido com o débito do cliente. Ele deve estar
preparado para situações adversas durante o contato com o cliente.
Os clientes poderão dar motivos pelo não pagamento da conta. O cliente pode
declarar que a fatura não foi recebida ou que os bens/serviços não eram satisfatórios. Apesar de
incomum, o cobrador deve agir de forma sucinta ao retomar a negociação;
O cobrador e a empresa devem criar metas para as ligações, ou seja, colocar um
número de chamadas a serem realizadas por dia, para que os resultados e metas sejam
alcançados.
Ser entusiasta;
Ser sincero e mostrar estima;
Encontrar a verdadeira razão para a eventual irritação do devedor e, em seguida,
acalmá-lo;
Insinuar parceria;
Ouvir a história dos devedores;
Dissipar a suspeita e desconfiança;
Ajudar o cliente a obter o que ele quer;
Estabelecer um compromisso para a ação.
o As cartas podem ser ignoradas: é provável que o cobrador contate melhor um cliente
relutante por intermédio de telefone do que está de carta. Muitos ignoram o correio, mas
é mais difícil resistir a responder ao telefone.
OBSERVAÇÃO: Nunca se deve deixar recado explícito a qualquer outra pessoa que não seja o
devedor ou seu representante legal. O cobrador também pode recolher informações para facilitar
seu contato em outro horário.
o Quando a sinceridade do cliente for duvidosa: os cobradores podem saber muito mais
falando ao telefone com o cliente do que por meio da troca de cartas, percebendo suas
intenções por intermédio do tom de voz usado.
35
Outra maneira encontrada para realizar a cobrança é a visita pessoal, visando receber
contas antigas ou com alto valor. Para submeter-se a esta, o operador deve estar preparado
para informar o inadimplente sobre sua dívida e, quando abordá-lo, deverá ser cortês e
responder aos questionamentos do cliente. É bom lembrar que o cobrador é o representante da
empresa com o cliente e sua visita pode agregar valor à relação existente entre empresa X
cliente. Se a visita for agradável e correta, bons resultados a empresa pode ter.
Ao lidar com os questionamentos do cliente, o cobrador deve estar pronto para lidar
com os seus questionamentos e/ou reclamações. Uma forma de facilitar esse contato é
padronizar as visitas, para ganhar o respeito do cliente e requerer o crédito para a empresa. Ele
também precisa estar com as condições de pagamento e o valor da dívida em mãos, para que
não levante dúvidas do inadimplente. Um registro da cobrança informatizado pode ser usado
para monitorar o progresso da discussão com o cliente. A informação básica é certamente obtida
da ficha cadastral.
Seja firme e simpático na ocasião em que for cobrar: a prioridade de receber as faturas
é grande e representa valores tangíveis à organização. Quando uma visita porta a porta é
recomendada?
o Para cobrar um pagamento quando não há tempo suficiente de enviá-lo pelo banco;
o Para verificar a localização do cliente;
o Para personalizar o atendimento ao cliente e mostrá-lo que o saldo devedor é um
problema sério; 36
Para uma comunicação eficaz com o cliente, o cobrador deve trabalhar os problemas
da voz e treinar o texto que usará nas visitas, para se sentir confiante e a mensagem não chegar
com ruído. Deve, ainda, falar firme e claramente, mas não gritar, pois na convicção equivocada
de que será mais forte ele pode prejudicar o relacionamento com o cliente e diminuir suas
chances de sucesso com a visita.
Para visitar o cliente, o cobrador deve evitar o uso das seguintes posturas:
Quando for negociar, ele deve apresentar o caso, seguido das informações da dívida e
das obrigações que o devedor deve cumprir. Logo depois, ouvir as objeções do inadimplente e
finalizando com a solicitação de uma atitude a ser tomada: negociar ou quitar a dívida.
OBSERVAÇÕES:
o Devemos sempre estar alerta ao fato de que o crédito é um privilégio do cliente, não um
direito.
o O descumprimento das obrigações do cliente pode, no futuro, colocar em risco as
condições de crédito.
o O profissional deve enfatizar ao cliente que os compromissos de pagamento devem
manter-se em qualquer situação, salvo exceções justificadas, e que a relação cliente X 37
11 COBRANÇA BANCÁRIA
o Denominação do título;
o Nome do credor e do devedor;
o Valor;
o Data de emissão e de vencimento;
o Local de pagamento; 38
o Assinatura do emitente.
o Cobrança caucionada: Caução significa o uso de contas a receber como garantia para
um empréstimo de uma empresa financeira ou banco. Os títulos são utilizados como
garantia em operações de crédito junto ao banco.
Caso não haja quitação, o banco cobra regressivamente de seu cliente, com os
encargos e taxas.
o Baixa: é o termo utilizado para designar a saída de um título da carteira do banco. Este
pode ocorrer por quitação ou prescrição do tempo em que o cliente está em débito.
o
Float ou floating: Quando se recebe o cheque de um cliente tem-se o crédito, mas até
que este não seja creditado pelo banco, o dinheiro ainda não poderá ser utilizado.
Assim, é definido como float, prazo que separa as datas.
o Tarifa direta e reciprocidades: Os bancos cobram pelos seus serviços de dois modos
básicos: tarifas e reciprocidades.
40
12 TERCEIRIZAÇÃO DA COBRANÇA
Quando as contas excederem o ponto de atraso sem ter havido ação apropriada por
parte do cliente e/ou por se esgotarem os recursos e as capacidades da empresa e, também,
quando o valor não justifica o esforço do credor.
41
13 COBRANÇA JUDICIAL
Para que essa seja realizada, um advogado deverá ser acionado para que as decisões
legais sejam tomadas. O trabalho do advogado será proteger os melhores interesses do credor,
porém, é de responsabilidade dos cobradores a verificação dos dados e documentos a serem
registrados. Orienta-se que a documentação seja conferida antes de ser registrada, para não
causar transtornos à empresa nem ao cliente.
Para minimizar a perda, o credor deve buscar medidas para tentar recuperar o crédito.
Esses fatores podem ser:
42
Toda ação judicial de execução tem por base título executivo judicial ou extrajudicial.
Importante! 43
Não depende de homologação pelo Supremo Tribunal Federal, para serem executados,
títulos executivos extrajudiciais de país estrangeiro. O título, para ter eficácia executiva, deve
satisfazer os requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e indicar o
Brasil como o local de cumprimento da obrigação.
45
13.3 FALÊNCIA
o Legitimidade ativa: 46
a. O próprio devedor empresário (autofalência);
b. Qualquer credor, se empresário, tem que provar sua regularidade;
c. O cônjuge sobrevivente;
d. Os herdeiros do devedor;
e. O inventariante;
f. O sócio ou acionista da sociedade;
g. O credor não domiciliado no Brasil, desde que preste caução.
o Rito falimentar – o pedido de falência segue dois ritos diferentes em função de seu autor:
a. Falência requerida pelo credor ou sócio minoritário: o rito segue os preceitos dos
arts. 94 a 96 e 98;
b. Se for autofalência: segue o rito dos arts. 105 a 107, de natureza não contenciosa.
o Postura do devedor:
a. Efetuar o depósito elisivo nos casos de pedido baseado na impontualidade ou na
execução frustrada;
b. Contestar o pedido e depositar nos casos de pedido baseado na impontualidade ou
na execução frustrada;
c. Simplesmente contestar o pedido;
d. Pleitear a recuperação judicial.
47
o Recurso – o recurso cabível é o agravo de instrumento, que pode ser proposto pelo
falido, pelo credor ou pelo representante do Ministério Público.
o Efeitos da Falência:
b. Quanto aos bens do falido – todos os bens atuais do falido, ou que venham a ser
adquiridos no curso da falência, ficam sujeitos ao procedimento falimentar.
49
Para organizar o setor de cobrança na empresa, essa deve ser estruturada de acordo
com o porte e a necessidade que ela apresenta. Na maioria das empresas, treinar um
funcionário é a melhor forma de adequar o setor para a eficácia na cobrança. Desta forma, o 50
funcionário designado responsável pela cobrança terá as seguintes funções:
Passo nº 1 - Após o vencimento da parcela, a empresa envia uma carta ou mantém contato
telefônico para lembrar o cliente do débito em atraso.
Passo nº 2 - Caso ele ainda não quite a dívida, um segundo contato via telefone deve ser
realizado, comunicando que após essa tentativa o órgão de proteção ao crédito será ativado.
Passo nº 3 - A empresa efetua o registro no órgão de proteção ao crédito e faz uma notificação
judicial.
Etapa 3: Negociação
É importante informar o cliente, assim que vencido, o débito em sua conta. Conversar e
negociar o pagamento agendando uma nova data para o pagamento, podendo incluir juros ao
valor. A negociação pode ser realizada por meio de carta, telefonema ou porta a porta (visto no
módulo anterior). Vale à pena ressaltar que a ação judicial só deverá ser utilizada em última
instância.
52
Importante!
Mostre firmeza ao negociar, sem ser ofensivo, e faça o devedor entender que você
adotará todas as medidas necessárias para receber seu crédito.
Com o pagamento do débito ambas as partes saem ganhando!
52
Etapa 4: Flexibilidade
No ato de cobrar, a empresa deve ser flexível, mostrando as alternativas que facilitem
a recuperação do crédito, por meio de acordos e renegociações que interessem ao cliente e à
empresa. Critérios e parâmetros muito rigorosos podem inviabilizar o recebimento.
Etapa 6: Uniformidade
OBSERVAÇÃO: Essa medida deve ser tomada caso as demais ações de cobrança não
surtam efeito.
53
Essa notificação, realizada por um advogado, informa ao cliente que ele deve
regularizar seu débito sob pena de encaminhamento de cobrança judicial, com acréscimo dos
encargos pertinentes, além de honorários do advogado.
Etapa 9: Protesto
mercado de consumo. Além disso, assegura saúde e dignidade ao consumidor nas relações
comerciais.
Defendendo o consumidor, ele garante:
O cliente tem direito à informação correta sobre os produtos e serviços que está
comprando: isso inclui a especificação real da quantidade, as características, a composição,
qualidade, preço e riscos que o seu uso pode apresentar.
Mundo globalizado
56
HSBC adota SAS para acompanhar resultados da carteira da área de empréstimos e cobrança
Até 2005, o HSBC Bank Brasil, parte do grupo britânico HSBC, com mais de 930
agências espalhadas pelo país, não conseguia manipular como gostaria os dados gerados por
sua área de empréstimos e cobrança, bem como avaliar informações antigas e realizar projeções
com base nessas informações. Era necessário criar uma base única de clientes e produtos, o
que só foi possível com a migração para as soluções do SAS naquele ano. “A adoção do SAS
abriu um leque de possibilidades para o banco”, conta Fernando Rigotti, coordenador de
cobrança do HSBC.
Antes o banco só conseguia trabalhar com bases de dados restritas, com poucos
milhões de registros, e o acompanhamento dos empréstimos era realizado por lotes. Era visível
a necessidade de adotar uma avaliação analítica, cliente a cliente. “Essa possibilidade traz um
ganho imprescindível, além de permitir ao banco tomar decisões antes de a inadimplência
acontecer, evitando novos casos. É importante fazer esse acompanhamento para antecipar o 59
comportamento do cliente”, diz Rigotti, acrescentando que a utilização da modelagem ajudou a
definir se o cliente é bom ou mau para a cobrança, suas probabilidades de pagamento;
processos de avaliações de estratégias e novas ofertas de produtos.
Com base nesse conhecimento, o banco pode aumentar as opções de estratégias de
cobrança – como, por exemplo, o número de ligações feitas, o envio de mensagens de texto pelo
celular (SMS) e cartas, recados de voz, entre outras ações. “Além dos atrasos, podemos
acompanhar as variáveis de cada caso, como valor devido, quantas vezes o pagamento foi
atrasado ou mesmo quantas ligações já realizei para determinado cliente”, afirma o coordenador.
“As soluções SAS contribuíram para as mudanças de conceito com relação a todas as ações
tomadas. Se o banco não controlar as provisões dos contratos em atraso, deixa de investir em
novos clientes”, complementou.
A implementação do SAS incluiu a criação de uma base de dados histórica de
operações (que hoje é atualizada diariamente), que gera uma matriz com os valores em atraso
movimentados nos últimos 30 dias. Macros auxiliam na transição das datas, para o cálculo da
média ponderada da rolagem em relação ao dia anterior, nos últimos 30 dias da base – cálculo
esse que é repetido de cinco a 360 dias de atraso.
Com a nova plataforma, só em 2006 o banco conquistou uma redução de 6% na
provisão de devedores duvidosos, que é o montante que deve ser entregue ao Banco Central
como forma de garantir que a instituição terá como saldar suas dívidas. Hoje, também, o HSBC
consegue importar para o sistema arquivos de texto para a emissão de relatórios. “É importante
ressaltar que todo o processo pode ser feito em cima do SAS, sem necessidade de usar
nenhuma outra solução adicional. Temos controle total de carteira, com informações que
permitem ir fundo nos detalhes, conhecer mais o produto e o cliente. Além disso, há o recurso
preditivo, que permite antecipar as oscilações”, diz Rigotti.
Agora, o banco pretende adicionar novas funcionalidades ao sistema, como projetar a
entrada dos novos contratos e melhorar a consistência dos dados antes da inclusão na base.
Visão: Ser o melhor grupo financeiro do Brasil em geração de valor para clientes, acionistas e 60
colaboradores.
Valores:
Histórico
Fundada em 1865 e com sede em Londres, no Reino Unido, a HSBC Holdings PLC é
uma das maiores organizações de serviços financeiros e bancários do mundo. Emprega 312 mil
colaboradores e atende mais de 125 milhões de clientes. Sua rede internacional, interligada por
tecnologia de ponta, é composta por dez mil escritórios em 83 países. Por meio dessa rede, o
HSBC oferece a seus clientes uma ampla gama de serviços financeiros: banco de varejo,
comercial, corporate, investment e private banking; trade services; cash management; serviços
de tesouraria e mercados de capital; seguros e previdência; empréstimos e financiamentos;
fundos de pensão e investimento e muito mais.
Perfil
O HSBC Bank Brasil é uma empresa consciente de seu papel na sociedade. Além de
seguir uma série de Princípios e Valores que garantem um padrão ético, justo e responsável no
tratamento dos negócios, tem uma Política de Qualidade que permite consolidar o
desenvolvimento da empresa em bases sólidas e seguras, sempre com foco no cliente,
considerado seu bem mais valioso.
A carteira atual do HSBC é de aproximadamente 3,9 milhões de clientes Pessoa Física e
338.420 mil clientes Pessoa Jurídica. São mais de 934 agências, 458 postos de atendimento
bancário e 828 postos de atendimento eletrônico em 563 municípios brasileiros. Além disso, os
clientes contam com 5.845 caixas automáticos e 2.000 unidades de autoatendimento.
61
FONTE: Disponível em: <http://www.sas.com/offices/latinamerica/brazil/success/hsbc.html>.
Acesso em: 28/04/2010.
Nobreza da Cobrança/Negociação
Podemos terceirizar a cobrança porque não faz mais parte de nosso negócio, ou
porque o volume é alto e antigo e provavelmente alguém especialista terá mais sucesso. Ocorre
que se simplesmente a terceirizarmos, repassaremos uma criança que acaba de nascer, sem
observar se houve eficácia no acompanhamento de quem cuidou da gestação (período da
concessão e vigência do crédito). Ou seja, esse risco está precificado na taxa e cabe a nós
monitorar muito bem nossos créditos, para que, havendo inadimplência, cobremos internamente
de forma eficaz. IMPORTANTE: É perigoso pasteurizar o tratamento das inadimplências. Há
dezenas de tipos e cada uma delas demanda um tratamento único.
Imaginemos que optamos por cobranças em uma terceirizada. Seria prudente
inicialmente analisar sua eficácia por meio de um pequeno piloto, nas mesmas condições
originais que trabalhavam seus funcionários, pois se ela vier a trabalhar com maiores descontos,
prazos e isenções, realmente há um erro de prerrogativas. Será que você também não faria boas
negociações com esses patamares generosos de descontos?
Outro aspecto importante é criar poucos e simples indicadores de performance para
verificar o nível de trabalho da terceirizada. Esses indicadores nos permitem identificar
tendências, controlar a eficácia das ações de cobrança, retroalimentar o ciclo de crédito,
desenvolver melhorias de processos e corrigir desvios de rotas.
Há 1.200 empresas de cobrança no Brasil e um forte movimento de fusões. Isso
permite a elevação do profissionalismo e uma consequente regulamentação do setor pelo
governo. Elas tendem, em médio prazo, ser uma boa opção de cobrança para grandes carteiras, 67
pois têm reais ganhos de escala, seja em custos de telefonia, compra de eficientes discadores,
além de acumular um know-how sobre as melhores práticas deste segmento.
Entretanto, nem tudo é maravilha, haja vista que seu cliente será tratado por um
modelo massificado, no qual há rígidas e agressivas metas por aqueles “cobradores”, que muitas
vezes se distanciam da qualidade do atendimento da sua empresa. Sem considerar que as
eventuais ações civis por desrespeito à lei do consumidor lhe serão impetradas, e quem sabe até
trabalhistas, mesmo acreditando que o contrato irá lhe resguardar desses riscos.
Quanto se está disposto a pagar pelo serviço da terceirizada e qual eficácia de serviço
exigirá por esse preço? Será pago por taxa de sucesso na cobrança ou pela quantidade de
cobranças entregues? Você repassará pequenas, médias ou grandes dívidas? As novas? As
antigas? Ou ambas?
ATENÇÃO: Caso sua instituição continue a crescer, pode em breve decidir que a
cobrança não é mais o negócio da empresa (core business) e, portanto, seria coerente
terceirizar. Contudo, há experiências de sucesso e de fracasso. Será tão complexo como de
escolher um(a) esposo(a)? Lembre-se que ex-esposo(a) são caros(as), podem macular seu
nome e duram pelo resto da vida. Não se pode errar.
Seria prudente revisar seus contratos de crédito para que fique explícito que haverá
contatos pelos telefones fornecidos pelo cliente para uma eventual cobrança, respeitando a lei
do consumidor, mantendo a cláusula de que é dever do cliente manter seus dados atualizados.
Isso porque já há alguns estados criando uma lista na qual o cidadão se cadastra para não
receber telemarketing ativo de prospecção. A cobrança por telefone difere, pois é a continuação
do relacionamento comercial já existente e que se encerrará quando o cliente cumprir a
totalidade das suas obrigações contratuais.
Cabe aqui algo que oriento em meus treinamentos. O gerente que concede o crédito
deve apenas acionar o devedor no primeiro dia após a inadimplência, informando de sua
predisposição em entendê-lo e ajudá-lo a colocar em dia a parcela em aberto. Contudo, o
alertará que por determinação da instituição, do segundo dia em diante, há um processo formal
de cobrança feito por outra pessoa. Assim, o gerente continua mantendo um bom
relacionamento com o devedor.
Quem irá ser o “mau garoto” é a instituição, por intermédio de um cobrador que o 68
devedor não conhece. Portanto, se a inadimplência é algo esperado, devemos cuidar para que
nosso líder da agência sempre esteja bem posicionado socialmente. Ele pode ajudar de forma
dissimulada, mas nunca cobrar ostensivamente.
ATENÇÃO: Campanhas agressivas podem viciar os consumidores com descontos.
Fique atento ao custo de se negociar com um devedor que prometeu pagar e não o fez, pois se
perdeu tempo e recursos. Quem sabe não seria mais produtivo ter avançado uma fase na
cobrança? Assim, acordos só devem ser considerados se o devedor realmente liquidar uma
parte da dívida, dando um sinal claro que pretende pagar o restante. Seu cliente quer pagar
300,00 de uma dívida de 1.000,00, ou quer pagar a cada 20 dias. Tem que poder pagar. O
sistema trava! Se vire. Tem que permitir.
Quando financiamos carros, acreditamos que nosso valor principal está garantido. Ledo
engano. Os carros usados perderam 40% do seu valor e se tornaram de difícil venda. Retomá-
los pode apenas passar o mico para sua carteira. Devemos abrir negociações para que o
devedor fique com o carro, pagando valores que lhes sejam atrativos. Em especial se a dívida
está no último 1/5 do prazo. Nesse caso o custo de retomá-lo pode ser mais caro que o custo de
contabilizar a perda.
Vale lembrar que produtos como carro e imóveis não trazem nenhuma aderência e são
fechados pela melhor taxa. Quanto mais informado o cliente, pior será fazer negócios com ele.
Cabe a nós transformar a venda do carro ou imóvel em uma solução que nossa instituição vê e
antecipa sua necessidade e sua utilidade. Assim, focando sempre o lado emocional desta
compra, evitando educar nossos clientes a serem frenéticos “cotadores” de taxas.
Eles devem perceber oferta de taxas competitivas (não baratas) por um parceiro que
quer muito mais que lhe vender um dinheiro atrelado a um bem. Nosso objetivo é de sempre
vender soluções, aplaudindo cada conquista. Sobre esse assunto fica a incógnita. Como manter
uma cobrança eficaz (baixo custo e alto retorno) nas carteiras de carro se a inadimplência vem
crescendo e o bem desvalorizando bruscamente?
No entanto, como se pode comprovar, a soma desses três elementos define 90% do
coquetel. Mas não se preocupe, porque não se trata de nenhum erro de cálculo, nem de nenhum
esquecimento por parte do autor deste artigo. Faltam 10% para se chegar a 100%. O que
acontece é que falta um quarto elemento: o fator X. E, com certeza, o leitor está se perguntando
no que esse consiste: resume em ter ou não ter sorte na gestão recuperatória.
Esse fator X pode-se quantificar – com certa discricionariedade, no discurso – em 10%
do sucesso na recobrança de não pagos. Somado aos outros três fatores chegamos a 100% do
segredo do sucesso na recuperação de não pagos. O fator X, ou seja, ter boa sorte em uma
gestão de cobranças justifica o sucesso de alguns profissionais que conseguem rapidamente
recuperar a totalidade do débito, fazendo “aflorar o bolso” com teimosos atrasos que
previamente outros colegas insistiam durante meses sem o menor resultado.
O primeiro diagnóstico para justificar esse resultado costuma ser: “está claro que
anteriormente não houve uma gestão correta da dívida, agora sim foi feita uma boa gerência e,
consequentemente, a cobrança”. Mas tenhamos cuidado antes de estabelecer precipitadamente
conclusões definitivas desta chave: em muitas ocasiões a explicação de uma gestão de sucesso
por parte de um profissional de recobrança não necessariamente tenha sido porque os outros
gestores de recobrança não realizaram corretamente seu trabalho (com segurança são
excelentes profissionais e fizeram todo o possível para cobrar).
Também é perfeitamente possível que o profissional que conseguiu cobrar tenha a boa
sorte de encontrar o devedor em uma situação favorável de liquidez muito recente (como por
exemplo, ter recebido uma herança inesperada, um prêmio da loteria). Desse modo, o gestor de
cobranças – utilizando as técnicas e conhecimentos adequados – pôde recuperar o débito,
enquanto que seus colegas que também gerenciaram em seu momento a dívida não tiveram a
sorte de pegar o devedor no momento oportuno.
Bem, agora podem surgir discussões inúteis de que se na cobrança de não pagos
intervêm fatores esotéricos ou de que tal ou qual gestor de cobranças tem mais sorte que os
demais. Como em todas as situações da vida nas que intervém o azar, sempre existiram uns 72
seres mais afortunados que outros. A respeito disso o autor desse artigo pode dar seu
testemunho de que certos gestores de cobranças têm sido abençoados pela Deusa Fortuna e
conseguem recobrar dívidas classificadas como incobráveis pelo resto dos mortais (talvez
utilizem algum tipo de amuleto de boa sorte).
Apesar de que todo profissional de recobranças sabe que a sorte deve ser buscada e
uma atitude positiva é a melhor arma para gerenciar um expediente; se o técnico em
recuperações trabalha com a ideia de que toda dívida, por mais difícil que pareça, é cobrável, a
sorte lhe favorecerá. Do contrário, se tem a ideia de que é impossível cobrar uma determinada
dívida por ser muito antiga, não conseguirá nunca resultados positivos.
A Psicologia Prática
73
Também se deve levar em conta o fator humano, já que ao negociar com pessoas é
necessário utilizar a psicologia prática e a análise da personalidade do interlocutor. Cada
devedor precisa de um tratamento personalizado, já que não se pode dar o mesmo tratamento:
o Ao devedor profissional e ao distraído que passou despercebido pagar no dia do
vencimento;
o Ao devedor que se nega a reconhecer o débito e para o que assume a dívida e se
desculpa pela falha;
o Ao devedor agressivo e valentão e para o manso e tímido;
o Ao devedor intencional e para o devedor acidental;
o Ao devedor que atua maliciosamente e para o que tem boa-fé;
o Ao cliente preocupado pela situação e para o acomodado;
o Ao que assume a responsabilidade e para o que tenta enganar;
o À pessoa racional e para o sujeito emotivo;
o Ao devedor realista e ao fantasioso;
o Àquela pessoa calada e àquela que não para de falar;
o O técnico em cobrança deve adotar seu discurso a um perfil psicológico e às
características pessoais de cada devedor. Graças a esta diferenciação pode-se detectar
o ponto fraco do devedor e adaptar o discurso a cada devedor para convencê-lo a pagar;
o A atitude do negociador de cobrança para recuperação de não pagamentos.
Para saber qual deve ser a postura do expert em recuperações podemos nos inspirar
na frase favorita de um grande presidente dos EUA, Theodore (Teddy) Roosevelt (1858-1919),
que teve seu mandato presidencial de 1901 a 1909 e obteve o prêmio Nobel da Paz no ano de
1906. Teddy Roosevelt, uma pessoa excepcional no seu tempo, facético, grande diplomático
combativo, tinha uma frase favorita que utilizava para explicar qual era sua filosofia para
convencer as pessoas. Roosevelt sempre dizia: “Speak softly and carry a big stick; you will go
far”, que no português seria: “fala suavemente mas leva na mão uma estaca, assim conseguirá
chegar longe”.
Consequentemente, ao devedor deve-se transmitir a ideia – e se deve fazer entender –
que mais vale negociar amistosamente com o gestor de recuperações, já que a alternativa não
amistosa é muito pior para ele. O negociador de cobranças deve começar as ações de cobrança
com a mentalidade de que vai conseguir cobrar a dívida, insistir sempre na cobrança e não se
dar por vencido, jamais. O gestor de cobranças deve ter sempre confiança em si mesmo e em
sua capacidade de negociar com os devedores, já que a confiança e segurança em si mesmo
são as chaves do sucesso.
Nas negociações tem que saber pressionar o devedor, mas também fazer certas
concessões no momento oportuno, dosando a pressão, com a autorização do devedor de certas
vantagens e, inclusive, de algum tipo de recompensa caso realize o pagamento. O especialista
em recobrança deve saber administrar inteligentemente a velha técnica da pancada e do
estímulo, para motivar os devedores a darem uma resposta positiva.
75
Embora os devedores sejam obrigados a honrar seus compromissos, não podem ser
submetidos a medidas abusivas de cobrança. Os cobradores mais “exagerados” e
ocasionalmente inescrupulosos deram à atividade de cobrança uma imagem negativa, de
profissionais que têm o único objetivo de receber a dívida custe o que custar.
As políticas de cobrança utilizadas dizem muito sobre uma empresa e sobre o respeito
que têm por seus clientes. Portanto, moralizar e manter a credibilidade desse setor depende da
orientação dada pelos empresários e conscientização dos profissionais. Alguns dos abusos mais
comuns são:
o Insistentes contatos telefônicos tarde da noite ou pela manhã, fora do horário comercial,
privando o consumidor do descanso e privacidade;
o Uso de linguagem chula, obscena, violenta ou insultos;
o Ameaça pessoal, material e moral;
o Exposição do devedor a amigos, vizinhos ou empregados;
o Fingir ser um advogado, objetivando coagir o consumidor.
Em resposta a tais abusos, o Código de Defesa do Consumidor, buscando inibir e punir
os maus profissionais de cobrança estabeleceu limites para essa atividade.
Da Cobrança de Dívidas
Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem
será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito,
por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros
legais, salvo hipótese de engano justificável.
Das Infrações Penais
Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, constrangimento físico ou moral,
afirmações falsas, incorretas ou enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha o
consumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer:
Pena - Detenção de três meses a um ano e multa.
A lei garante aos credores meios que não desrespeitam os direitos do consumidor para
efetuar a cobrança de dívidas. Os empresários hoje em dia devem formar e orientar seus
funcionários a respeitarem as leis que protegem o consumidor, objetivando evitar que uma
cobrança mal feita provoque a perda de um cliente, eventualmente inadimplente, mas com
razoável potencial de recuperação, ou em casos extremos que resulte em uma ação judicial por
danos morais.
REFERÊNCIAS
BLATT, Adriano. Avaliação de risco e decisão de crédito: um enfoque prático. São Paulo:
Nobel, 1999.
78
BRASIL. Código de Defesa do Consumidor. Lei n° 8.078, de 11 de setembro de 1990.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm>. Acesso em: 10 ago. 2010.
GITMAM, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 10. Ed. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2004.
.
TEIXEIRA, Adriano Fernandes; SILVA, Alexandre Ricardo da. Créditos de difícil recebimento:
79
crédito, cobrança, inadimplência e os seus tratamentos contábeis. 1 ed. Franca: Facef, 2001.
DOCÊNCIA EM
A VOZ E A FALASAÚDE
NO TELEMARKETING
Copyright © Portal Educação
80p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-8241-333-3
CDD 658.84
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO......................................................................................................................................4
O telemarketing é, atualmente, uma das áreas mais valorizadas das empresas, sendo
o responsável pela conquista e manutenção de clientes e por sua fidelização. Em função disso, o
investimento nessas áreas é grande, pois a concorrência entre empresas de um mesmo ramo de
4
atividade tem se acirrado. Nesse quadro, o cliente assume inegável importância: se mal
atendido, fica insatisfeito com o serviço oferecido e busca outro produto, de outra empresa. Dado
que o discurso - incluindo-se aí a voz - que uma empresa utiliza para ser representada junto a
seus clientes é o de seus funcionários, o trabalho do operador de telemarketing é de
fundamental importância, pois ele é um dos responsáveis maiores pelo estabelecimento de uma
relação positiva entre a empresa e o cliente.
1 HISTÓRIA DO TELEMARKETING
A capacidade de criar instrumentos para mediar sua ação sobre o meio ambiente é um
dos traços característicos do ser humano, o que lhe permitiu diferenciar-se profundamente dos
animais, desenvolvendo funções psíquicas superiores e, ao mesmo tempo, transformando o
meio social e as relações humanas, e criando novos instrumentos a partir dos existentes e novas 5
relações de trabalho.
1.1 No Brasil
6
O uso do telefone para fins comerciais data de 1880, em Berlim, logo após o
aparecimento do primeiro telefone criado por Alexandre Graahm Bell quando um pasteleiro
oferecia seus pastéis ao cadastro de clientes. Na década de 50, embora sem a denominação de
telemarketing, era usado principalmente nos USA, onde diversas publicações destacavam
números de telefones para obter respostas. Aqui no Brasil, também em meados desta década,
as Páginas Amarelas possuíam uma equipe de vendedoras capacitadas para vender anúncios
de classificados por telefone.
Ainda que usado para outras ações de marketing, foi em vendas que o uso do telefone
se destacou. Nos anos 70, a Ford Motor Company lançou a primeira grande campanha de
marketing executada por telefone.
No início, o termo “telemarketing” era conhecido apenas como vendas por telefone,
mais tarde passou a identificar outras ações de marketing, principalmente o atendimento ao
cliente - SAC.
No Brasil, no final dos anos 80, as filiais de multinacionais, cartões de crédito, editoras
e as operadoras de telefonia incentivaram seu uso, estas últimas com a finalidade de aumentar o
tráfego de ligações.
No início dos anos 2000, foi a vez da Internet chegar aos Call Centers, permitindo às
empresas sua comunicação com os clientes por diversos canais - os Contact Center, também
conhecidos como Centrais de Relacionamento com o objetivo de cativar e fidelizar clientes.
"O telefone é direto, pessoal e imediato" - permite em questão de minutos atingir o alvo
desejado. Se por um lado, por telefone, não há aquele aperto de mão, o piscar de olhos e
tampouco aquele sorriso ou abraço, por outro lado, existem técnicas de voz, fala e linguagem,
disponíveis que permitem a uma empresa vender da mesma forma, racionalizando o custo de
cada operação. Não é só vendendo que o telefone pode auxiliar as empresas a sobreviverem
aos desafios de mercado. A dinâmica imposta pelas constantes mutações ocorridas no mercado
vem, cada vez mais, requerendo agilidade no processo decisório por parte das organizações, no
sentido da busca de alternativas para fazer frente aos fatores restritos e sua melhor forma de
8
explorar as oportunidades. Nesse contexto, o papel das telecomunicações é de extrema
importância e o telefone é a peça fundamental de todo e qualquer sistema de comunicação,
interligando não só as diversas peças que compõem a estrutura orgânica da empresa, como
também e, principalmente, mantendo as organizações em perfeita sintonia com o seu
macroambiente.
Outra definição de telemarketing nos é dada por Monteiro (1997), que considera que
este é o diálogo em tempo real a distância, de forma padronizada e sistemática, com o intuito de
estreitar relacionamentos e realizar negócios. O telemarketing envolve a aplicação integrada e
sistemática de tecnologias de telecomunicações e de processamento de dados, com sistemas
administrativos que têm o objetivo de otimizar o conjunto de diversas formas das comunicações
de marketing usado por uma empresa para atingir seus clientes.
Ele se processa de duas formas: ativa e receptiva. Na forma ativa, a empresa faz o
telefonema para seus clientes, ou prováveis clientes, o que requer um script que auxilia o
operador a comandar a ligação. Na forma receptiva, é o cliente quem faz a ligação para a
empresa, devendo obedecer às regras de polidez, fato que nem sempre acontece. Nessa forma
de telemarketing, o roteiro pressupõe que a ligação é comandada pelo cliente. Tanto em um
como em outro caso, pode estar envolvida a aquisição de um produto ou serviço, porém há
outras possibilidades, como a realização de uma pesquisa, uma reclamação ou um
esclarecimento.
O fone de cabeça ajuda a agilizar o trabalho, uma vez que melhora a postura geral e,
principalmente, a cervical, liberando as mãos para a realização de atividade complementar. 10
Atualmente, os fones de cabeça permitem também o controle de intensidade da emissão e da
recepção do som, isto é, favorecem o controle da intensidade de voz utilizada na fala e da
intensidade de som que é ouvida pelo operador.
O computador, por sua vez, reduz o tempo do ciclo de vendas, acelerando a conclusão
da venda em função da automatização, que proporciona acesso rápido a informações sobre o
cliente. O usuário, por outro lado, pode escolher o que quer visualizar na tela do computador
durante a atividade, que pode exibir inclusive os scripts, emitindo cartas e propostas
personalizadas. Além disso, essa tecnologia dá agilidade de controle ao supervisor e à gerência.
Tanto para venda ativa, quando a empresa liga direto para seus clientes, como na
venda passiva, quando o telefone é utilizado como mídia de resposta pelo cliente, as vendas de
11
modo geral constituem o maior campo de aplicação do Telemarketing. O Telemarketing aplicado
para vendas apresenta características que o diferenciam significativamente da venda de campo.
Algumas das principais características do Marketing por telefone serão apresentadas a seguir.
A apresentação por telefone leva de quatro a oito minutos, contra uma hora ou mais
em uma apresentação pessoal, com os mesmos resultados, o que, sem dúvida, reduz
substancialmente o custo. A utilização do telefone apresenta a grande vantagem do transmissor
poder utilizar um "script" para conduzir a apresentação de vendas, bem como ter respostas
preparadas para enfrentar as objeções do cliente.
Como não existe o contato visual, a força da persuasão está no diálogo, ou seja, na
comunicação oral. Por isso, o vendedor é julgado apenas pela voz. Sua aparência e gestos são
desconsiderados. Além do mais, é muito mais fácil supervisionar o vendedor. O seu trabalho é
desenvolvido no interior da empresa, sob condições previsíveis e controladas, permitindo,
portanto, um ritmo adequado de trabalho, ajustado às necessidades da empresa.
4 A RELAÇÃO ENTRE VOZ, LINGUAGEM E FALA
Você já parou para pensar o que você pensa a respeito da sua voz? Gosta dela?
Gosta? Ou não gosta! Fale a verdade!
-...!
Não vá me dizer que você não sabe, de certo modo, que você fabrica sua própria voz!
-...!
- Já sei o que você está pensando: “mas que importância tem isso?”.
Tem muita importância sim, muito mais do que você pensa. E pretendo prová-la a
você.
Antes de tudo, você alguma vez já pensou na diferença que existe entre a sua VOZ, a
FALA e a LINGUAGEM?
É e não é.
A VOZ é o som produzido pelo ar, lançado dos pulmões na laringe e vibra as pregas
vocais. É o som com que se modulam as palavras ou o canto.
É qualquer meio que sirva para exprimir sensações ou ideias. Agregado de palavras e
métodos de combiná-los usados por uma nação, povo ou raça; idioma, língua, dialeto. 14
Se não soubéssemos falar em nenhuma língua, ainda poderíamos nos expressar e nos
comunicar por meio de inúmeros e variados sons vocais, sons esses não-verbais, quer dizer,
que não pertencem à comunicação falada. São eles:
- chorar;
- gemer;
- gritar;
- soluçar;
- suspirar;
- balbuciar;
- rir;
- gargalhar;
- cantarolar;
- tossir;
- bocejar;
- roncar;
- respirar ruidosamente;
- espirrar;
- soprar;
- assobiar.
15
Outras expressões não-verbais são também os sons que imitam vozes de animais,
como:
- grunhir do porco;
- relinchar do cavalo;
- zurrar do burro;
- balir;
- mugir do boi;
- zinir;
- grasnar do pato;
- bufar;
- gorgear;
“Tudo o que o homem é ele é porque fala e na sua fala se revela o homem que é”.
5 A COMUNICAÇÃO HUMANA
A voz humana já existe desde o nascimento e se manifesta por meio do choro, riso e
grito. Assim, desde o início da vida, a voz torna-se um dos meios de interação mais poderosos
do indivíduo e se constitui no modo básico de comunicação entre as pessoas. Presente em
nossos momentos mais decisivos, veículo de nossos sentimentos, emoções, modifica-se
constantemente de acordo com a idade, saúde física, história pessoal de vida, condições
ambientais, situação e contexto de comunicação.
Comunicamo-nos de múltiplas formas: pelo olhar, pelos gestos, pela expressão
corporal, pela expressão facial e pela fala. A voz, porém, é responsável por uma porcentagem
muito grande das informações contidas em uma mensagem que estamos veiculando e revela
muita coisa sobre nós mesmos. "A voz fala mais do que as palavras".
5.1 Linguagem Falada
Existem cinco indícios mais comuns de que uma pessoa está mentindo. Eles não são
infalíveis, mas se detectados indicam que você deve ficar atento durante a entrevista.
Escondendo a boca
Este é um dos gestos que os adultos trazem da infância quando se trata de mentira. A
mão cobre a boca, e o dedão pressiona a bochecha. Podem ser apenas alguns poucos dedos
sobre a boca, ou até mesmo o pulso. Aparentemente o cérebro, subconscientemente está
tentando esconder a mentira. Muitas pessoas tentam disfarçar o ato de esconder a boca numa
tosse. Se a pessoa cobre a boca enquanto você está falando, pode indicar que ela acha que
você está mentindo.
Este gesto tenta bloquear a mentira que a pessoa vê, ou para evitar ter de olhar no
olho da pessoa para quem está mentindo. Homens normalmente esfregam os olhos de maneira
vigorosa ou, se a mentira é grande, eles desviam o olhar. As mulheres geralmente passam o
dedo gentilmente sob a pálpebra (para não borrar a maquilagem). Lembre-se, mentirosos não
olham nos olhos quando mentem. Eles gentilmente desviam o olhar instantes antes de mentir, ou
fixam o foco atrás de você (a pessoa está olhando para você, mas o olhar parece perdido).
Com o dedo indicador da mão com que a pessoa escreve logo abaixo do lóbulo da
orelha. Geralmente serão alguns poucos arranhões rápidos. Este é muito provavelmente um
gesto de dúvida ou incerteza, característico de pessoas que pensam, “eu não estou certo disso”.
Ele geralmente vem acompanhando uma contradição à linguagem verbal, como quando a
21
pessoa diz: “eu entendo o que você está sentindo” enquanto unha o pescoço.
Esfregar a orelha
Esta é a versão adulta do gesto em que a criança tampa os dois ouvidos com as mãos
para não escutar nada. Esse movimento inclui esfregar a parte de trás da orelha, puxar o seu
lóbulo, ou até mesmo dobrá-la. Se o seu interlocutor fizer qualquer destas enquanto fala, é uma
indicação de mentira. O último sinal, se usado enquanto você fala, quer dizer que ele não
apenas acha que você está mentindo, como ele considera ter atingido o limite.
6 VOZ
A voz é produzida pelo trato vocal, a partir de um som básico gerado na laringe. A
laringe localiza-se no pescoço e é um tubo alongado, no interior do qual ficam as pregas vocais.
As pregas vocais são duas dobras, formadas por músculo e mucosa, em posição horizontal
dentro da laringe, ou seja, paralelas ao solo, como se estivessem deitadas. As pregas vocais são 22
conhecidas popularmente como cordas vocais.
Quando respiramos silenciosamente, as pregas vocais ficam abertas, ou seja,
afastadas entre si, para permitir a entrada e saída livres do ar. Assim sendo, na respiração a
interferência das pregas vocais deve ser mínima para garantir a entrada de oxigênio e a saída de
gás carbônico dos pulmões.
Durante a fonação, observe as pregas vocais fechando, para realizarem a vibração do
ar e transformá-lo no som da voz.
Para emitirmos a voz e a fala, nosso cérebro dispara o comando central, que chega
a nossa laringe e nos articuladores dos sons da fala por meio de nervos
específicos.
Inicialmente, precisamos inspirar o ar, ou seja, colocar o ar para dentro dos
pulmões; para tanto, as pregas vocais devem estar afastadas.
Ao emitirmos a voz, as pregas vocais, aproximam-se entre si, com tensão
adequada, controlando e bloqueando a saída de ar dos pulmões.
O ar coloca em vibração as pregas vocais, que realizam ciclos vibratórios que se
repetem rapidamente; quanto mais agudo o som, mais rapidamente esses ciclos se
repetem.
As caixas de ressonância devem estar ajustadas para facilitar e amplificar a saída
do som pela boca.
Dependendo do som da fala a ser emitido, os articuladores, ou seja, os lábios, a
língua, a mandíbula e os dentes, devem se posicionar de modo adequado.
26
28
Todos temos várias vozes, ou seja, usamos diferentes qualidades vocais de acordo
com a situação em que estamos, dependendo do interloculor a quem nos dirigimos e de acordo
com o nosso estado físico e emocional. Assim, nossa voz em casa é diferente da voz no
trabalho; a voz com que nos dirigimos às crianças é diferente da usada quando conversamos
com nosso cônjuge; e, quando estamos tristes ou felizes, nossa voz também demonstra esse
sentimento. Podemos modificar nossa voz e fazê-la mais fina, mais grossa, mais forte, mais
fraca, mais rouca, mais limpa, mais nasal e mais melosa. Essa possibilidade de controle de
todas essas variáveis nos mostra o quanto esse sistema é flexível. Apesar de toda essa
possibilidade de variação vocal, possuímos um padrão básico que nos identifica.
Para modificar a frequência da voz, ou seja, o seu tom, em mais agudo (fino) ou grave
(grosso), podemos lançar mão de uma série de recursos. O principal recurso para agudizar um
som é alongar as pregas vocais, mas também podemos usar maior tensão nos músculos da
laringe, ou fazer as próprias pregas vibrarem mais rapidamente. Na verdade, usamos todos
esses mecanismos, dependendo da situação de fala. Portanto, nos sons agudos as pregas
vocais estão mais longas, mais tensas e fazem um maior número de ciclos vibratórios por
segundo. Já nos sons graves elas estão mais curtas, menos tensas e seus movimentos são mais
29
lentos, realizando um menor número de ciclos vibratórios por segundo.
Quando queremos mudar a intensidade da voz, ou seja, fazê-la mais forte (alta) ou
mais fraca (baixa), também podemos usar recursos diversos. O principal mecanismo para
produzir uma voz mais forte é aumentar a pressão de ar que vai ser sonorizado, controlando sua
saída pela laringe, por meio de maior tensão das pregas vocais. Assim, sons mais intensos são
produzidos com maior pressão de ar, maior tensão e fechamento mais firme das pregas vocais.
Por outro lado, sons mais fracos são emitidos com menor pressão de ar, pregas vocais mais
relaxadas e menos próximas entre si.
Finalmente, quando queremos mudar a qualidade da voz, ou seja, produzir uma voz
mais rouca, mais clara, mais sensual, mais melosa, mais autoritária ou mais afetiva, modificamos
todo o trato vocal, não somente o modo como produzimos a fonação, ao nível das pregas vocais,
mas também como trabalhamos esse som básico nas caixas de ressonância. Todos somos
capazes de produzir vários tipos de vozes, o que é um bom sinal de saúde vocal e psicológica,
pois significa que realizamos diferentes ajustes com nossas estruturas e que estamos
sintonizados com nosso interlocutor.
Nossa voz é uma das projeções mais intensas de nossa personalidade, uma
representação muito forte do que somos; porém, um fato muito curioso é que quase ninguém
gosta de ouvir a própria voz num gravador. Quase sempre achamos nossa voz gravada diferente
e geralmente chata. Algumas pessoas apresentam muita dificuldade de se identificar numa fita
gravada, contudo reconhecem imediatamente o outro, na mesma situação de gravação.
Na verdade, nós nos escutamos de um modo um pouco diferente do que os outros nos
escutam. Em outras palavras, a percepção de nossa voz é diferente da percepção que os outros
têm de nossa voz. Tal fato deve-se a uma série de fatores. Em primeiro lugar, o som de nossa
propria voz chega até nossos ouvidos por dois caminhos: por via externa, quando nossa voz sai
pelos lábios e/ou nariz e as ondas sonoras propagam-se pelo ar, atingindo nossas orelhas,
transmitindo-se para os ossículos, destes para os nervos auditivos e, finalmente, chegando ao
cérebro; e por via interna, quando as ondas sonoras põem em vibração nosso corpo,
principalmente os ossos da cabeça e do pescoço, levando o som diretamente para a orelha.
Assim, ouvimo-nos por via externa e interna, o que deixa nossa voz mais grave (grossa). Os
outros nos ouvem apenas por via externa, não recebendo a informação por via interna e,
30
portanto, percebem nossa voz como mais aguda. Uma outra razão pela qual a percepção da
própria voz é muito diferente da voz gravada é de ordem psicológica. Projetamos em nossa voz
uma série de desejos e mitos sobre o que gostaríamosde ser, sobre o que pretendemos ser, mas
ao ouvir essa voz resta somente a realidade física, que nem sempre corresponde ao nosso
desejo.
Assim sendo, se queremos saber mesmo como é a nossa voz, devemos nos ouvir sem
restrições, numa fita gravada, e analisar o tipo da voz e o impacto que ela causa no ouvinte.
Expressão verbal
O orador ou expositor, a fim de que possa fazer-se ouvido, usa de recursos que lhe
são próprios por meio de gestos e palavras. Os gestos e as palavras lhe permitem que, durante
uma peça oratória, possa anunciar o seu pensamento.
Ao que se refere às palavras, damos o nome de expressão verbal. Estes recursos são
os seguintes:
Por exemplo, num momento de entusiasmo, de alegria e de emoção o tom de voz deve
ser o da peroração, que é o momento em que se apela para esses sentimentos. Assuntos
delicados exigem voz suave clara e agradável. Assuntos solenes exigem um bom timbre de voz,
isto é, volumosa e declamatória.
Expressão corporal
Mas, para que se possa gesticular com eficiência, é preciso saber adequar a
expressão corporal ao ambiente e à mensagem transmitida, e este é um dos pontos que
merecem uma atenção constante, pois, não raramente, mesmo os mais experientes oradores
acabam por cometer deslizes que, muitas vezes, acabam por prejudicar-lhes as imagens, em
razão do uso de uma técnica incorreta. Para evitar tais situações, a melhor (e talvez a única)
maneira consiste em treinar cotidiana e exaustivamente.
A expressão facial deve guardar relação com a mensagem que se deseja transmitir
para o auditório, e isto se dá pelo fato de que o semblante funciona como um indicador da
sinceridade daquilo que é falado. Um gesto involuntário que ocorre com frequência, consiste em
baixar o olhar ou torná-lo vago ou ainda baixar a cabeça quando há uma inconformidade entre
aquilo que está sendo dito e aquilo em que o orador de fato acredita, ato que, consciente ou
inconscientemente, é percebido pelo auditório.
Desta forma, a expressão facial deve atuar como um reforço daquilo que está sendo
dito, e a melhor maneira de se conseguir falar com convicção e segurança consiste em conhecer
tais expressões e saber utilizá-las adequadamente, algo que somente torna-se possível por meio
do exercício, pois, como já dito, a única maneira de absorver este conhecimento consiste em 32
treinar frequentemente.
Postura
Lembramos que existem as leis da Física, que podem ser usadas, dando grande
conforto físico ao ser humano. Uma particularmente, e que recomendamos, é a Lei da
Gravidade, que muito nos auxilia a sustentar o peso.
Posição em pé: distribuindo o peso do nosso corpo entre os dois pés, com os joelhos
levemente flexionados, observamos em seguida um encaixe perfeito do quadril em equilíbrio
com o ombro e mantendo um ângulo de 90º para o queixo, podemos assim aproximar-nos de
uma figura em equilíbrio.
Relaxamento é um termo que vem do latim (relaxo, are, avi, atum) significa:
“desembaraçar, descansar, repousar, soltar”. É uma condição na qual os nervos, os músculos
experimentam uma sensação de soltura plena sem oposição. Não chega a ser uma
permissividade completa, uma sonolência; é estar “atentamente” descontraído, dependendo de 33
esforço muscular que permita uma coordenação, sensitividade e integridade das atividades.
Ocasionalmente, a tensão é normal; não vem de fora; é algo que você produz, porém o
estado de contínua tensão é anormal.
É sabido que uma das regiões mais difíceis de conseguir uma relaxação efetiva, e,
portanto, localizada, PONTO DE TENSÃO, além de dificultar o bom uso dos pulmões para
respiração, é transmitida para as pregas vocais, fazendo com que estas se esforcem muito mais
do que o necessário para o ato da fonação. Alterando a qualidade da voz e possivelmente
originando um quadro preocupante de saúde da voz.
Respiração
Respiração para a vida: a respiração é a primeira e a última relação que existe entre o
homem e o mundo exterior. Normalmente, não damos a devida importância à nossa respiração,
não sabendo, ao menos, como ela ocorre. Esquecemos dessa forma, que além do fornecimento
de energia ao organismo e purificação do sangue, é um dos elementos básicos na expressão
vocal.
A respiração pode ser dividida em dois momentos: a inspiração, ou a entrada de ar no
organismo; e a expiração, ou a expulsão de ar do organismo. O ar inspirado e expirado deve ser
unicamente realizado pelo nariz. É por meio da respiração nasal que o ar entrará no organismo
filtrado, obedecido e aquecido. A maneira correta de respirar é acompanhando a anatomia do
nosso corpo.
Ao inspirarmos devemos encher nossos pulmões de ar na área que ele tem mais 34
espaço – predominantemente inferior, inspirando e expirando lentamente, utilizando a
capacidade pulmonar de acordo com a verdadeira necessidade do indivíduo. Quando a pessoa
respira com predominância da região superior “peito cheio” estará indo contra a natureza e,
sobretudo, contra a fonação.
Cada indivíduo tem diferentemente: capacidade e ritmo, com alterações entre rápida e
lenta, de acordo com a situação.
Não podemos respirar em todos os sinais gráficos. Estes têm uma função sintática que
nem sempre corresponde à realidade da fala. Não existe regra absoluta, mas condições podem
ser rastreadas para efeito de leitura, elas vão depender muito mais de você do que do texto.
Velocidade
36
É considerável velocidade média de fala alta quando passa de 185 palavras por
minuto; ou muito lenta, abaixo de 130 palavras por minuto.
É preciso que a velocidade da elocução não prejudique a clareza, a
compreensibilidade e a intenção da comunicação. O controle da velocidade é
feita por meio do controle da respiração e da articulação das palavras, uma
articulação precisa e bem feita impede um aumento da velocidade.
Sendo assim, pratique uma respiração tranquila e controlada; articulação precisa,
alertando para a velocidade da expressão vocal.
Velocidade para entonação: de acordo com a nossa intenção na comunicação,
podemos cariar a emissão da velocidade de frases ou palavras, fugindo da monotonia de uma
fala uniforme, como artifício de enriquecer e cativar o ouvinte, entonando sua comunicação.
É importante que você controle a velocidade da expressão vocal para ter uma melhor
compreensibilidade e principalmente cativar seu ouvinte.
37
Intensidade
Todos os seres humanos possuem um volume típico de sua voz. Mas devemos
lembrar que esta intensidade de fala é importante variar de acordo com a situação em que se
encontra, por exemplo:
E se ao falarmos dando uma intensidade à palavra grifada e dar uma pausa logo após,
estaremos usando o recurso da palavra de destaque de valor, é aquela que marca a intenção da
pessoa que fala.
É necessário salientar que existem algumas pessoas que possuem uma intensidade de
voz alterada: muito alta indicaria um problema de audição ou desvio comportamental; e muito
baixa sugeriria algum problema estrutural do instrumento vocal. Portanto, o uso da variação de
intensidade na expressão vocal trás dinamismo a sua comunicação.
Entonação
Podemos dizer a frase: “Que horas são”, de diversas formas, de acordo com várias
situações.
As diferenças na emissão são decorrentes das inflexões de nossa voz. Inflexão é um
termo designado à alteração da altura (do grave para o agudo).
39
Quando se diz: oh! Com uma inflexão ascendente em vez de uma descendente, o
significado muda! Outras alterações ocorrem com as mudanças de altura, sendo importante
notar que raramente a altura varia sozinha. Na inflexão descendente, por exemplo, observamos
não só a queda de tom no final da emissão, como também a diminuição da intensidade. Do
mesmo modo, mudanças na duração dos sons, podem acompanhar as variações de altura. Esta,
portanto, tende a variar junto com diversificações na intensidade, ritmo e velocidade, mais do
que sozinha.
Dar entonação a sua expressão vocal significa dar sentimento e emoção, enriquecendo
sua comunicação e com certeza cativando o ouvinte.
Pausa de entonação: a pausa na linguagem oral que ocorre no final da emissão
comunicativa, ou aquela que é apenas uma breve parada para se respirar antes de prosseguir a
emissão. Tipos de pausas que ocorrem na nossa expressão vocal:
Observe logo abaixo como simples pausas podem mudar completamente o objetivo de
nossa comunicação:
Na Inglaterra, certa vez, um oficial foi condenado à morte. Seu pedido de perdão
recebeu a seguinte sentença do Rei:
Antes de a mensagem ser enviada ao verdugo, passou pelas mãos da generosa rainha
que, compadecida da sorte do oficial, tomou da caneta e alterando a posição da VÍRGULA (uma
das indicações de pausa) simplesmente mudou o significado da mensagem:
Sendo assim, vimos como é importante controlarmos nossa respiração, isto é suporte
de ar adequado, controle da expiração e escolher onde é adequado dar pausas respiratórias ou
de entonações.
Ritmo
A palavra ritmo, em seu sentido mais amplo, pode ser definida como a sensação
agradável, causada pelo movimento resultante do fluir de conjuntos de elementos fortes e fracos,
de duração variável, que se ordenam, alterando-se entre si e com pausas (ou silêncios),
associados às variações de altura e de timbre, que se repetem no tempo com certa regularidade
e com maior ou menor velocidade.
41
Por exemplo, podemos observar as diferenças de dialetos existentes no Brasil; as
diferenças de musicalidade da fala do gaúcho, do baiano, do nordestino, do carioca e do mineiro.
Esta diferença é justamente por causa da variabilidade das qualidades vocais da fala, isto é, do
ritmo. Já reparou um estrangeiro falando em português? Ele também não conseguiu captar a
musicalidade da língua brasileira.
O ritmo da fala traduz a habilidade de fazer fluir o pensamento em palavras, pois é ele
que trás a musicalidade de uma língua, que a caracteriza. O ritmo é responsável pela
agradabilidade e musicalidade da expressão vocal, importantíssimo para criar carisma e
convencimento no ouvinte.
Projeção vocal
Imagine você em frente a um público de mais de 30 pessoas; pense como fazer para
que aquela velhinha surda da última cadeira te escute?
42
Antes de iniciar a sua expressão vocal, analise o ambiente, conheça a acústica, veja
onde há áreas de perda de som, posicione-se corretamente no espaço. Use o ambiente a seu
favor, procure em que posição no espaço há mais ressonância, evite falar de frente para uma
janela aberta.
Lembre-se das leis físicas das ondas sonoras, que elas difundem-se ao encontrar
barreiras, como consequência abaixa a intensidade sonora; então posicione sempre sua cabeça,
projete sempre sua expressão vocal acima dos ouvidos do público, fazendo o som cair em seus
ouvidos.
Movimente-se
Lembre-se do megafone, projete sua voz para todos os lados e cantos do ambiente,
encha o ambiente com sua voz.
Aumente o tom da voz se preciso!
A voz mais aguda ressona muito mais do que a grave na expressão vocal, então, se
necessitar, aumente o tom de sua voz, torne-a mais aguda.
43
Ressonadores:
Para prender a atenção do ouvinte e fazer com que todos te escutem no ambiente,
para energizar e dinamizar, o uso da projeção vocal é indicado.
Articulação:
A clareza da expressão vocal é dada pela articulação correta das frases, das palavras,
das sílabas e dos sons que as compõem. Já vimos que o aparelho articulador é formado pelos
órgãos: lábios, língua, palato mole e duro, e dentes. Para que se articule um determinado
fonema, alguns órgãos entram em atividade e outros não, delimitando assim pontos de
articulação. 44
Por exemplo:
Podemos observar que cada fonema possui seu próprio ponto de articulação, agora é
só falar todos os fonemas para sentir como eles são produzidos. E talvez aprimorá-los.
Algumas dicas para uma articulação correta podem ser compreendidas nos seguintes
itens:
45
6.4 Perfil vocal do operador de telemarketing
46
Para quem utiliza a voz profissionalmente, é preciso ter alguns cuidados vocais
essenciais, com isso é possível manter a integridade vocal. Vejamos alguns destes cuidados:
O que mais afeta aqueles que utilizam a voz profissionalmente é a disfonia, que é
48
conhecida popularmente como rouquidão.
8 DISFONIA
São aquelas que não apresentam nenhuma alteração visível nas pregas vocais, elas
são decorrentes do mau uso ou do abuso da voz. Geralmente ocorrem em profissionais da voz
que não tem nenhum tipo de orientação. Existem três fatores que podem vir a desencadear uma
disfonia funcional:
Uso incorreto da voz: ocorre em pessoas, sejam profissionais da voz ou não, que
utilizem a voz abundantemente durante todo dia, sem ter nenhuma noção de como
usá-la corretamente.
Inadaptações vocais: não existe, no corpo humano, um aparelho que tenha por
função específica a fonação, mas o que temos é uma adaptação de várias
estruturas, formando assim o aparelho fonador. Quando não existe uma boa
adaptação destas estruturas, ocorre o que chamamos de Inadaptações vocais.
Alterações psicoemocionais: nossas emoções influenciam e são responsáveis por
mudanças na nossa voz. A voz, como já foi dito anteriormente, faz com que nos
comuniquemos com outras pessoas; se temos alguma emoção muito forte (raiva,
ansiedade, alegria), poderá repercutir em nossa voz, provocando uma disfonia
funcional.
8.2 Disfonias orgânico funcionais
São, em geral, iniciadas com uma disfonia funcional que tem seu diagnóstico tardio,
como a disfonia funcional não foi tratada, ela evolui para uma lesão secundária nas pregas
vocais.
50
São aquelas que apresentam uma alteração anatômica nas pregas vocais. Existem
vários tipos de alterações anatômicas, veremos algumas:
Nódulos: são tumores benignos nas pregas vocais, podem ter sua origem no mau uso
da voz. Apresentam-se como lesões esbranquiçadas, em torno da borda livre na junção do terço
médio de ambas as pregas vocais, que, ao entrarem em contato durante a fonação, assumem a
silhueta de um "beijo". O tratamento é feito por fonoterapia e só em alguns casos tem que haver
uma intervenção cirúrgica;
51
Paralisia das pregas vocais: ocorre em virtude de uma lesão nervosa, pode atingir
uma prega vocal ou ambas. Isso pode acontecer por alterações cerebrais, alterações cardíacas
ou tumores. O tratamento é feito por fonoterapia e, em alguns casos, é necessário realizar
cirurgia com o objetivo de melhorar o posicionamento das pregas vocais.
Câncer: é um tumor maligno que se localiza nas pregas vocais. Ocorre com maior
frequência em fumantes. O tratamento pode ser cirúrgico ou radioterápico.
52
Cisto: é uma patologia benigna que produz uma alteração funcional da voz,
caracterizada por disfonia e fadiga vocal. O indivíduo se queixa de cansaço na voz e que sua voz
está diferente, alterada, rouca ou áspera. O tratamento pode ser clínico e/ou cirúrgico seguido ou
não de tratamento fonoaudiológico. Em outros, será indicada diretamente a Avaliação e Terapia
Fonoaudiológica.
53
As alterações de voz são também problemas de saúde. Se algo em sua voz não vai
bem, se você sente falta de ar, dificuldade para falar, dores de garganta frequentes, pigarro, 54
tosse, a voz não sai ou desaparece de repente, procure o auxílio de um médico
otorrinolaringologista para realizar um exame de suas pregas vocais e a orientação de um
fonoaudiólogo para a realização de um tratamento adequado e seguro. Cuide de sua voz, pois
só nos damos conta de sua importância quando a perdemos.
10 AQUECIMENTO E DESAQUECIMENTO VOCAL
Ele é um fator relevante antes de atividades vocais. Para que a energia produzida no
fígado alcance os músculos vocais, é necessário um aumento do fluxo sanguíneo na área.
Quanto mais bem feito o aquecimento, maior a quantidade de sangue nas pregas vocais.
10.1.1 Exercícios realizados no Aquecimento Vocal
Há grande variação nos exercícios que podem ser feitos para o desaquecimento vocal,
são eles:
Técnica do bocejo;
Rotação de cabeça com vogais /a/, /o/ e /u/;
Sons nasais e/ou vibrantes associados a glissandos descendentes;
Voz salmodiada;
Relaxamento cervical;
Massagens digitais na laringe com movimentos circulares em volta da cartilagem
tireoide;
Movimentos verticais na frente do pescoço (músculo cricotireoideo) e apertos na
região da nuca e nos trapézios. A massagem auxilia a circulação local, levando a
diminuição do edema nas pregas vocais e na musculatura do pescoço causado por
um uso intenso da voz.
11 COMO MANTER UMA BOA COMUNICAÇÃO AO TELEFONE
Aquele que não sabe se comunicar com eficiência comporta-se de maneira retraída ou
inadequada e, num mundo tão competitivo, onde as oportunidades precisam ser constantemente
garimpadas, deixa de aproveitar as chances de se projetar.
Quem tem problemas de comunicação está sempre encontrando uma boa desculpa
para não falar diante das pessoas, geralmente fica irritado e coloca-se numa posição defensiva
para se proteger, não participa espontaneamente das atividades que exijam comunicação e
quando precisa falar, sem chance de se esconder, é comum expressar-se de maneira ríspida e
até com agressividade.
Pelo fato de falar bem, não se comporta com atitudes defensivas, ao contrário, é
participativo integrado nos ambientes onde convive, é normalmente uma pessoa mais feliz,
porque conta com o atributo da boa comunicação para resolver problemas, realizar projetos e
abrir as portas para o seu crescimento e desenvolvimento na vida em sociedade e na sua
profissão.
A maneira como você fala classifica as pessoas. Por isso, cuidado, pois sem que se dê
conta, talvez esteja construindo armadilhas para o sucesso da sua comunicação.
Mesmo sem nenhuma intenção de ofender, pela maneira como se expressa, você
poderá criar resistências e comprometer os objetivos de suas ligações.
A forma como se dirige às pessoas deixa transparecer o valor que você atribui a elas:
valor social, profissional ou afetivo. E elas reagirão à sua mensagem de acordo com a
interpretação que derem a esse tratamento.
“E aí garotão, tudo bem?” Aparentemente, essa frase seria identificada como elogio a
uma pessoa mais velha, pois, normalmente, gostamos de ser vistos como mais jovens. Por
causa do poder classificatório das palavras, entretanto, esse tratamento poderia ter outra
interpretação.
A expressão 'garotão' pode soar também como referência pejorativa, indicando não a
idade, mas a inexperiência ou posição social inferior, especialmente se for utilizada por alguém
que tenha mais ou menos a mesma idade, ou que seja um pouco mais jovem.
O sentido da mensagem não é transmitido apenas pelo sentido das palavras, mas
principalmente pelo tom, pela forma como elas são pronunciadas. A maneira como falamos
classifica as pessoas às quais nos dirigimos.
Quando você fala com uma pessoa de baixa formação intelectual observe como a
tendência é explicar com cuidado todas as informações para facilitar o entendimento. Essa forma
quase didática de falar, semelhante à que usamos quando conversamos com as crianças,
classifica o ouvinte como alguém despreparado.
Ao contrário, quando o ouvinte possui bom preparo, a comunicação perde essa
característica didática e você se expressa sem a preocupação de explicar detalhadamente o que
pretende dizer.
Nessa circunstância, você utiliza de maneira mais acentuada os recursos da ironia e se
vale com frequência da presença de espírito, pois sabe que esse tipo de comunicação é
compreendido com facilidade por pessoas com boa formação.
A importância de você se conscientizar de que a entonação é classificatória está
justificada no risco permanente de que um pequeno deslize na avaliação feita sobre a formação
e as características dos ouvintes pode trazer consequências negativas irreversíveis.
Por exemplo, talvez você angariasse a antipatia e a resistência de um grupo se usasse 60
tom condescendente afirmando que os ouvintes não precisariam se preocupar com o
entendimento da mensagem porque houve um trabalho intenso no sentido de tornar as
informações mais fáceis de serem compreendidas.
Ora, qualquer ouvinte com razoável formação intelectual se sentiria ofendido com esse
tom que o classifica como pessoa despreparada. O problema se agrava pelo fato de essa
avaliação ser feita no instante em que as palavras são proferidas.
Mesmo que você tenha estudado com pormenores e com bastante antecedência quais
as características dos ouvintes, no momento de falar, provavelmente usará a entonação de
acordo com a avaliação que faz das pessoas naquele momento e não apenas a que havia
planejado nos instantes de preparação. Se errar, poderá prejudicar o resultado da sua
comunicação.
Por isso, ao falar, ouvir, escrever e ler a memória social interfere não apenas na
determinação do conteúdo como também na forma como a mensagem é transmitida. Por
exemplo, ao ler, ou ouvir, você interpretará se a pessoa que escreve ou fala está sendo irônica,
contundente, séria, brincalhona, pois ao transmitir a mensagem ela dará pistas do sentido que
pretende comunicar.
Você deverá produzir e comunicar sua mensagem considerando a diversidade de
características dos seus interlocutores. E entender que a sua atuação alcançará êxito se souber
se comunicar levando em conta as expectativas que essas pessoas têm com relação ao seu
desempenho, ao assunto abordado e à maneira como ele está sendo tratado.
11.2 Vícios durante a comunicação
Se você for daqueles que dizem 'né?' com frequência no final das frases, talvez esteja
prejudicando o resultado de suas conversas.
Embora o 'né?' seja o vício de maior destaque, ele é apenas um dos componentes de
um time de chatos familiares como 'tá?', 'ok?', 'percebe?', 'entendeu?', 'tá certo?' e tantos outros. 62
Por isso, ainda que refiramos apenas o 'né?', saiba que as considerações podem ser
aplicadas a todos eles. Veja como esse vício se intromete na comunicação.
O 'né?' vai se infiltrando de forma tão sorrateira que você passa a usá-lo sem perceber.
Algumas pessoas ficam surpresas quando percebem na gravação dos seus exercícios que em
dois minutos usaram mais de uma dezena de 'né?'.
O motivo mais forte para a presença desse vício é a insegurança. Quando uma pessoa
está insegura, de maneira geral, precisa de um retorno positivo dos interlocutores ou da plateia,
e fala como se estivesse perguntando: 'Estou sendo claro, né?', 'estou falando bem, né?', 'vocês
estão entendendo, né?'
Ainda que esteja inseguro, não revele esse fato aos ouvintes. Fale sempre como se
tivesse certeza e estivesse convicto da sua mensagem e se expresse afirmando e não
perguntando.
Fique atento! Se perceber que o tom e inflexão da voz no final das frases são de quem
faz uma pergunta mude a maneira de falar e conclua a informação como se estivesse afirmando.
A não ser, evidentemente, que o seu objetivo seja mesmo o de perguntar.
Trabalhe com afinco para combater esse vício e fique sempre vigilante, pois, se
negligenciar, ele reaparecerá nos momentos em que se sentir mais inseguro e vulnerável. Por
isso, não vacile, fique sempre muito vigilante.
Explicação: 'mim' não pode ser sujeito, apenas complemento verbal ('Ele trouxe a
64
roupa para mim'). Também pode completar o sentido de adjetivos: 'Fica difícil para mim...'
Explicação: muita gente acha que as duas expressões significam a mesma coisa.
Errado. 'Ir ao encontro de...' é o mesmo que estar a favor. 'Ir de encontro a...' significa estar
contra, discordar.
Explicação: 'a nível de' é uma expressão inútil. Pode ser suprimida ou substituída por
outras. Exemplo. Em vez de 'A empresa está fazendo previsões a nível de mercado latino-
americano', use 'A empresa está fazendo previsões para o mercado latino-americano'.
65
'Não tive qualquer intenção de errar'
Explicação: redundâncias enfeiam o discurso. Melhor dizer 'Há dez anos' ou 'Dez
anos atrás'. 'Há dez anos atrás' é o mesmo que 'um plus a mais'.
Explicação: não se usa a preposição 'em' entre o verbo ser e o numeral. O correto é
dizer 'Éramos oito'.
12 COMO MANTER UMA BOA COMUNICAÇÃO AO TELEFONE
Logo abaixo serão apresentadas duas situações hipotéticas extremas para mostrar que
o resultado de uma apresentação irá depender de como você adapta a maneira de falar à
circunstância, ao contexto e, principalmente, às características dos ouvintes. 66
Se você tiver de falar em uma convenção de vendas para uma plateia de 500
vendedores, num hotel à beira da praia, e tentar passar uma mensagem com
conteúdo profundo do princípio ao fim, suas chances de fracasso serão de dez
para dez.
Se, por outro lado, você está em uma ligação com o cliente que possui débitos
com cartão de crédito, se você passar o tempo todo cobrando o valor mais alto,
sem mostrar vantagens em quitar as dívidas, e com voz de impaciência e
arrogância, suas chances de fracasso talvez mudem um pouco. Possivelmente,
serão de onze para dez.
Nas duas hipóteses você deveria ter a preocupação de deixar uma mensagem
importante, só que a maneira de falar precisa ser adequada ao objetivo que deseja alcançar.
A boa comunicação deve ser a conjugação bem dosada de conteúdo e espetáculo.
Você deve 'regar' o conteúdo com a quantidade ideal de espetáculo para que o ouvinte possa se
interessar pela mensagem e para que o resultado da apresentação seja positivo e atinja os
objetivos desejados.
Na primeira hipótese, a convenção de vendas, você deveria transmitir o conteúdo com
uma grande dose de espetáculo. Essa não seria uma situação propícia para mensagens técnicas
que exigissem concentração por tempo muito prolongado.
São eventos em que você deve resumir os pontos mais relevantes das informações
que deseja comunicar e fazer o show para que os ouvintes fiquem interessados.
Já na cobrança a expectativa do ouvinte é a de receber o conteúdo com precisão e
objetividade. Neste caso, você deveria programar a maior quantidade possível de informações
técnicas e o mínimo de espetáculo.
Não se esqueça, entretanto, de que mesmo sendo uma cobrança você irá tratar com
seres humanos, que sempre precisam de um pouco de show para manter o interesse.
Você deve estar pensando que show é esse, já que, talvez, não tenha dons artísticos
que possam atrair a atenção e manter o interesse do ouvinte. Garanto que você possui
condições para dar o espetáculo de que precisa para ter sucesso em suas apresentações.
Pense bem: o que você sabe fazer que agrada as pessoas em suas conversas sociais,
com amigos, colegas de trabalho ou pessoas da família? Você sabe contar histórias, piadas, ou 67
fazer imitações? Você tem presença de espírito e sabe se valer de ironias finas para deixar o
ambiente mais descontraído? Enfim, o que você sabe fazer de interessante?
São essas habilidades que você usa tão naturalmente no dia a dia que servirão de
recurso para que possa dar o espetáculo na medida certa de acordo com as necessidades da
circunstância e do tipo de ouvinte que terá pela frente. Você não precisará fazer nada diferente
do que já sabe fazer, apenas usar um pouco mais ou menos de 'tempero' para se adequar à
situação.
Agora, uma informação interessante: você precisa ver a quantidade de pessoas que já
disseram que eram casos perdidos, pois não possuíam nenhum atributo que os tornassem
estimulantes diante do cliente. Em quase todos os casos foi possível descobrir habilidades que
estavam adormecidas, esperando uma boa oportunidade para serem exploradas.
A maioria não tinha consciência do que poderia produzir de positivo com sua
comunicação. Outros, por comodismo, preferiam dizer que não sabiam fazer nada só para não
se exporem.
Talvez esse também seja o seu caso. Por isso, observe nas conversas que mantém
com as pessoas mais próximas o que dá certo para mantê-las interessadas quando você fala.
Mesmo imaginando a pior das hipóteses, é certo que sempre haverá tempo para aprender.
Comece contando histórias curtas para as pessoas mais próximas, de preferência da
sua família. Vá aperfeiçoando a narrativa até sentir que possui pleno domínio do que irá contar,
com começo, meio e fim.
Não precisa ser nada muito sofisticado, qualquer história curta e interessante poderá
servir nessa fase de aprendizado. Quando já tiver dominado a primeira, parta para a segunda,
para a terceira, até que consiga montar um repertório que o ajude a dar o espetáculo que suas
ligações precisam para ser bem-sucedidas.
Vale a pena investir no aprimoramento desses recursos que poderão garantir
excelentes resultados para sua comunicação.
12.1 Use uma linguagem correta
Uma escorregadinha na gramática aqui, outra ali, talvez não chegue a prejudicar sua
apresentação. Afinal, quem nunca comete erros gramaticais que atire a primeira pedra.
Entretanto, alguns erros grosseiros poderão prejudicar a sua imagem e a da instituição que
estiver representando. 68
Alguns erros comuns cometidos até por aqueles que ocupam posições hierárquicas
importantes são questionados com relação à formação e competência de quem os comete.
Os mais graves como já vimos alguns no ítem anterior são: “fazem tantos anos”,
“menas”, “a nível de”, “somos em seis”, “meia tola”, entre outros.
Mesmo que você tenha uma boa formação intelectual, é sempre importante fazer uma
revisão gramatical, principalmente quanto à conjugação verbal e às concordâncias.
Fale sempre com energia, entusiasmo, emoção. Se nós não demonstrarmos interesse
e envolvimento pelo assunto que estamos abordando, como é que poderemos pretender que os
ouvintes se interessem pela mensagem?
69
Conteúdo: de todos os atributos da comunicação, o aspecto mais importante para que
você possa influenciar os ouvintes é o conteúdo. Os melhores oradores demonstraram preparo e
domínio sobre o tema.
Emoção: não basta apenas conhecer o assunto que irá expor. Para ser bem-sucedido
é preciso que você fale sempre com energia, disposição, entusiasmo - com emoção.
Se você não demonstrar interesse e disposição para falar sobre determinado assunto,
não poderá desejar que os ouvintes se interessem e se envolvam pelo tema que apresenta.
Por isso, esteja consciente de que antes de interessar e envolver as pessoas, você
deverá estar interessado e envolvido pela causa que abraçou e pela mensagem que transmite.
A voz: nem todos os profissionais de telemarketing possuem voz bonita, que possam
servir de exemplo estético, mas todos, sem exceção, demonstram personalidade na maneira de
se expressar.
Independentemente da qualidade estética da sua voz, fale com firmeza e demonstre
personalidade na maneira de se expressar. Sem agredir o ouvinte, lógico, fale com volume um
pouco acima do que seria suficiente para que possam ouvi-lo.
Esse volume adicional poderá demonstrar de forma mais evidente sua disposição,
envolvimento e interesse pelo tema da exposição. Lembre-se também de alternar o volume da
voz e a velocidade da fala para construir um ritmo agradável e interessante.
Os ouvintes: falar não é uma representação teatral. O conteúdo da mensagem e a
forma como você se expressa deve levar em conta sempre o ouvinte. Tudo deve ser feito
pensando nas características e nas aspirações do cliente.
O volume da voz, o tipo de vocabulário, o tamanho e a extensão dos gestos, enfim
todos os aspectos da comunicação precisam atuar em harmonia para conquistar o ouvinte.
Antes de entrar em contato com cliente por telefone, dedique-se a esta reflexão: quem
é o ouvinte e como devo me comportar para que a mensagem possa chegar de maneira 70
interessante até ele.
A naturalidade: o conhecimento, a emoção, a voz e a propriedade como a
comunicação deve considerar que o profissional do telemarketing precisa atuar de forma
harmoniosa e natural. Quanto mais espontânea for a sua maneira de se comunicar, mais
confiança você sentirá e mais respeito e admiração terá do cliente.
Tenha em mente que se sua comunicação apresentar erros técnicos, mas preservando
a naturalidade, poderá conquistar credibilidade. Entretanto, dificilmente acreditarão em suas
palavras se você for artificial. Seja você mesmo. Nenhuma técnica é mais importante que a sua
naturalidade
Recomenda-se que o script para o telemarketing deve permitir, e até mesmo incluir, a
utilização de recursos denominados de “linguísticos”, como o uso de palavras e frases
empáticas, subdivididos em:
CANAL DE COMUNICAÇÃO
a. Por escrito.
b. Verbalmente.
c. Realizando tarefas.
a. Bonito.
b. Sonoro.
c. Útil.
a. A fisionomia.
b. O nome.
c. As atitudes.
a. Lendo.
b. Escutando.
c. Fazendo.
5. Atividades que mais me atraem:
a. Fotografia/pintura.
b. Música/oratória.
c. Escultura/dança.
73
6. Na maioria dos momentos, eu prefiro:
a. Observar.
b. Escutar.
c. Fazer.
a. As cenas.
b. Os sons.
c. As sensações.
a. A aparência.
b. O que elas dizem.
c. O que elas fazem.
a. Dá presentes.
b. Faz elogios.
c. Tem atitudes positivas comigo.
a. Focalizar.
b. Sintonizar. 74
c. Movimentar.
a. O aspecto.
b. O ritmo.
c. A coordenação.
a. Charmoso.
b. Silencioso.
c. Confortável.
a. Olhar bem.
b. Ouvir com atenção.
c. Participar.
a. O que vejo.
b. O que escuto.
c. O que sinto.
16. O que mais me incomoda:
a. Luminosidade forte.
b. Barulho.
c. Coceira.
75
17. A qualidade que mais me agrada é:
a) Colorido.
b) Afinado.
c) Saboroso.
a) Iluminação.
b) Eloquência.
c) Gesticulação.
a) Observar o belo.
b) Ouvir sons harmoniosos.
c) Dançar ou fazer exercícios.
Conte quantas vezes você indicou cada letra e passe os totais a seguir:
a) VISUAL
b) AUDITIVO
c) CINESTÉSICO
A voz transmite muito mais que palavras. Ela exprime nossos sentimentos mais ocultos
e nos caracteriza perfeitamente. A articulação, a entonação e a velocidade da fala também
contribuem para que isso aconteça. Apenas ouvindo a voz de alguém podemos supor seu sexo,
77
idade, nível sócio-econômico-cultural e estado emocional. Às vezes, até imaginamos que o
falante é gordo ou magro, alto ou baixo, bonito ou feio. Mais ainda, formamos conceitos sobre a
personalidade dele: é agressivo, calmo, ansioso, distraído, afetuoso...
161p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-8241-099-8
CDD 658.84
SUMÁRIO
1 HISTÓRICO DO TELEMARKETING..........................................................................................7
3.5 Liderança..................................................................................................................................29
14.4 Intensidade...............................................................................................................................71
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................155
1 HISTÓRICO DO TELEMARKETING
Segundo Adden (1996), essa atividade teria como suas principais características
favoráveis: “a velocidade de acontecimento das vendas, a penetração do telefone, a seletividade
do público, a economia de venda, a facilidade de controle das equipes e o dinamismo”.
Outra definição de telemarketing nos é dada por Monteiro (1997), que considera que
este é o diálogo em tempo real à distância, de forma padronizada e sistemática, com o intuito de
estreitar relacionamentos e realizar negócios”. Stone (2000) afirma que o telemarketing envolve
a aplicação integrada e sistemática de tecnologias de telecomunicações e de processamento de
dados, com sistemas administrativos que têm o objetivo de otimizar o uso conjunto de diversas
formas das comunicações de marketing usado por uma empresa para atingir seus clientes.
Ele se processa de duas formas: ativa e receptiva. Na forma ativa, a empresa faz o
telefonema para seus clientes, ou prováveis clientes, o que requer um script que auxilia o
operador a comandar a ligação. Na forma receptiva, é o cliente quem faz a ligação para a
empresa, devendo obedecer às regras de polidez, fato que nem sempre acontece. Nessa forma
de telemarketing, o roteiro pressupõe que a ligação é comandada pelo cliente. Tanto em um
como em outro caso, pode estar envolvida a aquisição de um produto ou serviço, porém há
outras possibilidades, como a realização de uma pesquisa, uma reclamação ou um
esclarecimento.
1880 Quatro anos depois da invenção do telefone, um pasteleiro mantinha um cadastro de 180
pessoas, para oferecer seu produto por telefone.
1950 Algumas empresas já forneciam o telefone como resposta a anúncios em revistas e jornais.
1970 A primeira campanha de marketing por telefone pela Ford Motor Company. Foram
contratadas e treinadas 15 mil donas-de-casa, que realizaram vinte milhões de ligações dos seus
próprios lares. O objetivo era identificar pessoas com potencial para a compra de um automóvel.
9
1980 Nasce o termo Telemarketing. No Brasil o Telemarketing ganhou impulso com a chegada
de corporações norte-americanas, principalmente administradoras de cartões de crédito e
editoras
2000 Moderno conceito de Call Center, integrando computador, fax, internet e base de dados
sobre produtos e clientes.
2 DEFINIÇÕES: TELEVENDAS, TELEMARKETING, CALL CENTER E CONTACT CENTER
Sendo assim, o telemarketing é uma segmentação do marketing direto que está contido no
universo do marketing.
Outros tipos de
11
Propaganda marketing
Marketing de massa
Marketing de
Marketing de
Relacionamento Marketing Direto
Relacionamento
Marketing Marketing
Institucional Telemarketing Institucional
Criação
Criação Vendas
Propaganda
Vendas
Fatias não percentuais
Conforme Monteiro (1997) e Mancini (2006), listarei abaixo as principais áreas ou ações
realizadas pelo telemarketing:
Inbound (Receptivo)
“in” significa dentro e “bound” quer dizer “salto”, ou seja, salto para dentro,a iniciativa se
dá de fora para dentro da empresa: o cliente liga para a empresa, a empresa recebe a ligação, e
geralmente depende de outras mídias (TV, rádio, mala direta, internet e outdoor).
Receptivo
Outbound (ativo)
Conforme Monteiro (1995), “out” significa “fora”, e “bound” “salto”, ou seja, salto para
fora. A iniciativa da ação de dá de detro para fora da empresa. A empresa liga para o cliente,
toma a iniciativa.
É uma ação muito utilizada para a realização de comercialização e campanhas
promocionais. Esta ferramenta é empregada para:
Ativo
1. Pesquisas
2. Ações de pós vendas
3. Retorno das ligações
4. Processamento de pedidos
5. Atendimento ao consumidor
6. Promoções
7. Vendas
8. Respostas para reclamações
9. Informações diversas
10. Pré-agendamento de compromissos
11. Manutenção e atualização de mailings
12. Cadastro de novos clientes
SAC
É uma estrutura com perfil de call Center, objetivando realizar um elo entre a empresa e
o cliente. No SAC realiza-se reclamações, queixas e encaminhamento de soluções. O
impulsionador para a criação deste sistema de serviço, foi o Código de Defesa do Consumidor
em 1990.
Serviços 0800
16
Pesquisa
Pré-Agendamento
Visa motivar o cliente a conhecer um serviço ou um produto, por meio de convites, por
exemplo.
17
Vendas
Pós-Venda
Atualmente fala-se bastante sobre a fidelização do cliente, significa fazer com o cliente
adquira o seu serviço e / ou produto mais de uma vez. No pós-venda, o operador busca reforçar
a auto-estima do cliente, valorizando o seu negocio e valorizando a escolha. Neste momento é
oportunizado uma pesquisa sobre o grau de satisfação do cliente, sendo verbalizado a este que
a empresa esta a disposição. MANCINI, L. (2006).
Help Desk
Follow Up
Dados demográficos:
1. Sexo
2. Idade
3. Estado civil
4. Núcleo familiar
5. Profissão
6. Formação
7. Escolaridade
8. Classe econômica
9. Endereço residencial
10. Endereço profissional
11. Telefone
12. E-mail
13. Site
14. Entre outros dados conforme segmentação de atuação.
Dados psicossociais:
Estes dados referem-se a hábitos culturais, sociais e demais informações que norteiem a
caracterização da personalidade, gostos, modo de vida e interesses deste cliente.
20
1. Bens
2. Hábitos de consumo
3. Hábitos de lazer
4. Hábitos culturais
5. Hábitos alimentares
6. Hobbies
7. Intenções de compra
8. Posicionamento político e ideológico
Estes são alguns dos serviços mais executados por centrais de relacionamento. Faz-se
pertinente perceber que as estratégias utilizadas para se relacionar com o cliente dependeram
muito do sistema operacional utilizado, das ferramentas disponíveis e organizações das
mesmas.
SAC
COBRANÇAS 0800
FOLLOW UP PESQUISA
ATUALIZAÇÃO DE
PRÉ-
MAILINGS E
AGENDAMENTO
CADASTROS 21
AÇÕES
HELP DESK
PROMOCIONAIS
PÓS-VENDA VENDAS
PROPAGANDA
Deixa apenas de ser uma resposta (ações reativas) ao que a fatia de mercado onde atua exige,
e passa a oferecer vantagens adicionais, buscando a plena satisfação do cliente, e uma
aproximidade permanente com ela.
VENDAS DE PRODUTOS
22
SUGESTÕES E SOLICITAÇÃO DE
INFORMAÇÕES
RECLAMAÇÕES ETC.
Os agentes também podem ligar para os clientes para vender produtos, efetuar
cobranças, resgatar mensalidades e etc. No primeiro caso, os call centers são chamados de
receptivos; no segundo caso, ativos. Call centers em que os operadores ou agentes ( a
denominação é relativa no mercado) atuam tanto em operações receptivas como ativas são
denominados de “blended”, ou seja, mistos. Em qualquer um dos casos, é importante haver uma
supervisão da eficiência (quantidade de chamadas atendidas, rapidez no atendimento, baixa
desistência de clientes em fila) e eficácia (quantidade de vendas fechadas ou problemas
resolvidos). Supervisores e gerentes de call Center controlam a andamento do
serviço.(MANCINI, L. 2006)
Este é o conceito mais recente de relacionamento com o cliente. Neste modelo, todas as
relações das empresas do mundo externo não importando a mídia, o veículo utilizado (telefone,
correio, computador, etc., são administradas e geridas pó um único pólo. Tudo e todos na
empresa, trabalham para que ela ocupe o lugar de sucesso e destaque no mercado. (MANCINI,
L. 2006).
23
3 AS 9 COMPETÊNCIAS DO OPERADOR DE RELACIONAMENTO
Em 1973, McClelland publicou o paper Testing for Competence rather than Intelligence,
que de certa forma iniciou o debate sobre competência entre os psicólogos e os administradores
nos Estados Unidos. A competência, segundo este autor, é uma característica subjacente a uma
pessoa que é casualmente relacionada com desempenho superior na realização de uma tarefa
ou em determinada situação. Diferenciava assim competência de aptidões: talento natural da
pessoa, o qual pode vir a ser aprimorado, de habilidades, demonstração de um talento particular
na prática e conhecimentos: o que as pessoas precisam saber.
Para desempenhar uma tarefa Mcclelland (1990) durante a década de 80, reanalisando
os dados de estudos realizados sobre as competências gerenciais, identificou um conjunto de
características e traços que, em sua opinião, definem um desempenho superior. Os trabalhos
destes autores marcaram significativamente a literatura americana a respeito do tema
competência (SPENCER e SPENCER, 1993; MCCLELLAND, D.C.; SPENCER, L.M., 1990;
FLEURY, A.C.C.; FLEURY, M.T.L, 2000).
Ou seja, tanto na literatura acadêmica, como nos textos que fundamentam a prática
administrativa, a referência que baliza o conceito de competência é a tarefa e o conjunto de
tarefas pertinentes a um cargo. Nesta linha, a gestão por competência é apenas um rótulo mais
moderno para administrar uma realidade organizacional ainda fundada nos princípios do
25
taylorismo-fordismo.
MODELO DO CHA
Indivíduo
Social Econômico
Valor agregado
26
Uma comunicação assertiva significa emitir uma mensagem seguindo um objetivo, com
coerência entre sentimentos, pensamentos e atitudes. A assertividade também se opõe à
agressividade, na qual a pessoa se expressa com uma carga emocional muito grande. O que se
obtém com a assertividade é, principalmente, o equilíbrio das emoções negativas, sem impedir
sua expressão. (LUCENTE, R., 2009).
27
3.3 Criatividade
Para saber se alguém é criativo, precisamos antes ter clareza sobre o que é
criatividade. Veja algumas definições, coletadas (LEME, R. 2005):
A capacidade de produzir coisas novas e valiosas;
29
A competência que chamamos aqui de ‘liderança’ é na verdade uma combinação de
várias competências, mas nos prenderemos somente nas atitudes intrapessoais de comando,
inspiração e valores, ou seja, aquelas que criam um modelo real e exemplar de caráter para os
outros. (LUCENTE, R., 2009).
Ninguém duvida de que estamos vivendo em um mundo que se torna cada vez mais
complexo e incerto. Lidar com essa complexidade e obter resultado positivo representa o maior
desafio para as organizações e para as pessoas neste novo milênio. Os grandes responsáveis
pela efetivação da mudança são as pessoas que possuem uma postura de liderança.
30
3.7 Persuasão
Convencer na maioria das vezes está ligado a fatos racionais e lógicos, mas é
importante também comover as pessoas, despertando a vontade de concordar com suas idéias.
3.8 Relacionamento Interpessoal
Na visão de negócio sabe-se descrever uma estrutura de metas para uma organização,
o sujeito sabe visualizar os problemas que precisam ser solucionados, bem como as estratégias
de ação a serem seguidas para a solução do caso.
Conhece a empresa como um todo
Nos EUA, a profissão de operador de Call Center ou Contact Center, que também pode
ser denominado de operador de relacionamento, é uma realidade, existindo plano de carreira e
uma série de benefícios que atraem profissionais qualificados. Ser um atendente não é somente
realizar um trabalho temporário, e esta mentalidade precisa ser modificada no Brasil. 33
É necessário que este profissional desenvolva habilidades especificas, que nem todos
possuem. Este setor no Brasil ainda é muito recente, e uma geração de profissionais está se
formando praticamente agora> uma das fontes de recrutamento no país, são as universidades,
onde jovens em formação são aproveitados por períodos que veriam de 12 a 36 meses com
excelentes resultados. Muitos acabam ingressando na profissão definitivamente, com
possibilidade de galgar postos a partir do cargo de operador de telemarketing simples (só
contatos telefônicos), chegando até gerentes, após atuação como agente de multimídia,
receptivo, prospectivo, coordenador, supervisor, e etc. Cada uma destas funções exige perfis
diferenciados (MANCINI, L. 2006).
35
Entretanto, o CRM não deve ser considerado puramente tecnológico, como um pacote
de software, por exemplo. O CRM deve ser visto como uma nova maneira de fazer negócios,
com a integração entre estratégias do marketing de relacionamento e tecnologias de informação
e comunicação.
As empresas cada vez mais estão procurando uma maneira de sobressair no mercado e
superar o concorrente, e para isso, tem que haver estratégias para superar a competitividade,
pensando nisso, muitas empresas adotaram uma forma de relacionar com o cliente que é o CRM
(customer relation mangement ), para esta ferramenta é necessário ter um profissional que
entende dela, como é o caso do Gestor de relacionamento com o cliente.
O objetivo do CRM é criar uma visão de 360º do cliente, unificada, mas ao mesmo tempo
envolvendo todos da empresas, ou seja, todos os departamentos das empresa.
Segundo Gilmore & Pine II, (1997), eles referem que a com a crescente demanda das
necessidades dos clientes, as empresas tem buscado customizar seus produtos e serviços com
o objetivo de atender sua demanda. Com o intuito de diminuir os custos e complexidade das
operações, as organizações iniciaram processos de customização em massa, cuja principal meta
é produzir bens e serviços adequados às necessidades de cada cliente em altos volumes de
custos baixos. Os gerentes devem estar atentos a este fato, e examinar com calma cada
procedimento a ser abordado. Os autores desenvolveram quatro abordagens (colaborativa,
adaptativa, cosmética e transparente) que será definido durante o módulo.
1. CRM que tenta reconquistar ou salvar: processo que tenta convencer o cliente a
permanecer na organização.
2. Busca pelo cliente potencial: é um processo que visar buscar informações
através da segmentação, com o objetivo captar clientes potencialmente
lucrativos.
3. Manutenção da carteira de clientes, a empresa necessita avaliar o grau de
fidelidade, conquistar um cliente é cinco vezes mais difícil do que manter;
4. Cros-selling/Up- selling: :capacidade de aumentar o quanto um cliente poderá
gastar com os produtos de uma empresa, o objetivo maior é identificar ofertas
adicionais que o cliente irá gostar.
Gilmore e Pine II, (1997) desenvolveram quatro abordagens para auxiliar os gerentes
customizar os desejos dos clientes e ter custos mais baixos: 38
1. Colaborativa
Esta abordagem está associada à customização em massa.
2. Adaptativa
O produto é padrão e pode ser customizado pelo próprio cliente. Esta
abordagem tem como objetivo atingir produtos que tem diferentes
performances e várias condições de uso. A tecnologia disponível faz com que
seja possível a adaptação do produto.
3. Cosmética
Customizadores cosméticos apresentam um produto padrão, mas podem ser
mostrado de diferentes formas (embalagens, benefícios, status e ou forma de
distribuição), de acordo com o cliente.
4. Transparente
Customizadores transparentes suprem seus clientes individuais com produtos
ou serviços diferenciados, sem que os clientes saibam que houve uma
customização específica para o pedido,. Esta abordagem é apropriada quando
a necessidade dos clientes é facilmente previsível.
É importante escolher a abordagem apropriada, ou a combinação das abordagens e
para isto, saber quais os meios de customização que são essenciais para criar valor de modo
único para o cliente será de grande valia. A combinação entre a interação direta da
customização colaborativa, as capacitações embutidas na customização adaptativa, o direto
reconhecimento da customização cosmética e a observação cuidados da customização
transparente.
39
5.2 Benefícios do CRM
É importante salientar como esse termo marketing é utilizado de maneira errônea entre
os profissionais e até por algumas empresas. A quem pense que marketing é propaganda,
outros, que é vendas, e com isso a palavra marketing vem sendo indevidamente interpretada. Ao
se falar a seguinte frase: “vou colocar um anúncio no jornal, pois preciso fazer o marketing dos
meus serviços”, analisando esta frase, podemos observar que neste caso faltou conhecimento
40
devido sobre a abrangência do marketing, pois se caracterizou apenas como propaganda para
vender melhor seus serviços. Lembrando que vendas e propaganda, fazem parte do marketing,
mas são duas de suas muitas aplicações.
Neste tópico, oferece noções e conceitos gerais do marketing e suas funções. Portanto,
antes de definir o marketing é importante entendermos como houve o surgimento o mesmo.
Conforme Honorato (2004), o produto precisa ser atrativo para que o cliente se
interesse, o conceito de troca está associado ao conceito de valor do produto, o vendedor terá
que superar as expectativas do comprador. A distribuição física é o processo após a troca, pois
os produtos precisam ser transportados e armazenados, já que eles vão ser vendidos ou
comprados. E a facilitação, é a forma como as funções de troca se fechará.
Veja a Figura abaixo: Funções básicas do marketing.
43
7 MARKETING DE RELACIONAMENTO
44
A idéia do marketing de relacionamento vai de encontro ao habitual foco no aumento da
participação de mercado dos produtos.
Cada cliente é tratado de forma individual – marketing 'one-to-one'. Uma definição mais
abrangente de marketing de relacionamento é o marketing baseado em interações dentro de
redes de relacionamento.
Essas redes não se restringem aos clientes, podendo ser formadas também por:
45
46
O relacionamento com o cliente não deve ser um programa de curto prazo ou um
modismo, mas sim fazer parte da cultura da organização.
Ações de marketing de relacionamento levam tempo para trazer resultado, portanto, o retorno
desse investimento se dá no longo prazo.
8.1 Ferramentas
Suporte
Comunicação
Dirigida
Telemarketing
Database
8.1.1 Database Marketing
8.1.2 Telemarketing
Esses sistemas têm o objetivo de otimizar o uso conjunto de diversas formas das
comunicações de marketing por meio de contatos que não ocorrem, diretamente, face a face,
como já falamos anteriormente.
A comunicação dirigida refere-se a toda forma de comunicação que busca uma resposta
direta do cliente. A comunicação dirigida usa mala direta; e-mail; fax; telefone; mídia de massa
com resposta direta e call center.
48
8.1.4 Suporte
2. Geração de ‘leads’ - Consiste em uma série de ações que buscam gerar clientes
qualificados para a força de vendas da organização.
49
9 COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E EMPÁTICA
A partir da primeira metade dos anos 90 o contexto social mercadológico passou por
incríveis mutações, em decorrência das mudanças sociais, políticas e econômicas. A
globalização, essa transformação social maciça na realidade capitalista, acirrou a
competitividade entre as corporações, e também entre as pessoas, à procura de estabilidade
financeira e mercantil.
Neste sentido, a sociedade globalizada atual demanda que o profissional atue cada vez
mais em equipe e transpareça naturalidade, segurança, persuasão, credibilidade e fidedignidade,
levando as empresas a oferecer mais transparência na prestação de serviço (SOUZA, 2006).
Para tanto é preciso investir em atualização, redefinir políticas, estratégias e metas por
52
parte da empresa.
Mas será que atualmente este cuidado com as informações e meios comunicativos de
multimídia de grande massa é realizado? Vejamos, quando você liga na central de atendimento
ao consumidor daquele cartão de crédito que adquiriu. Atende uma gravação, normalmente com
uma voz feminina, que oferece um menu de opções, no entanto, algumas vezes as opções não
correspondem ao seu desejo, então você aguarda até a opção fale com um “dos nossos
atendentes”. (LUCENTE, R. 2009)
Após um tempo, o atendente informa o seu nome, menciona que a gravação está sendo
registrada e você já prestes a explodir por ficar ao telefone com pendências outras a resolver,
verbaliza sua insatisfação por algum serviço prestado, então o atendente diz que não pode
resolver, que a central não é a responsável por aquele tipo de informação e sugere que ligue
novamente e digite a tecla “x”. Neste momento sua paciência foi para o espaço! Você já pagou
por um produto, e sabe que ao invés de resolver seu problema a preocupação do atendente é
cumprir uma meta de ligações que pouco tem haver com sua satisfação. Não adianta nem
explodir com o atendente, que é em última análise, menos que um parafuso nesta máquina de
moer gente.
Segundo Lucente, R. (2009), a comunicação no século XXI deve ser concebida de forma
holística, sendo uma ferramenta estratégica de suporte administrativo para quaisquer setores da
empresa. É esta comunicação a maior aliada à ausência de erros e conflitos empresariais
considerada em extinção. A responsabilidade por oferecer uma boa informação e instrução de
ação deve ser incorporada e homogênea, por todos os funcionários de uma organização,
instituição ou corporação. Afinal de contas ficar horas ao telefone esperando por respostas
medíocres e insatisfatórias não é o que você deseja, não é mesmo?
10 COMUNICAÇÃO BEM SUCEDIDA
Para Adler, R. e Rodman, G. (2003), durante a comunicação entre duas pessoas (A e B),
o processo de comunicação é permeado por uma série de mensagens que seguem as seguintes
premissa:
A maioria dos erros comunicativos ocorre pela falta de conhecimento prévio sobre o outro,
ou interlocutor. É este conhecimento que fará o emissor da mensagem elaborar uma fala com
uma mensagem condizente com a realidade e expectativa do ouvinte ou receptor.
56
Na maioria das vezes, quando o receptor ouve de forma diferente que o emissor informou,
significam algumas possibilidades:
Portanto, tente construir uma comunicação clara, objetiva, envolvente e atente-se para as
seguintes dicas:
Prefixo inter – entre, dentro de, no meio. Pessoal, individual, relativo a pessoas. Relação
entre pessoas (PIMENTA, 2002).
Conforme Adler, R. e Rodman, G. (2003), No âmbito da comunicação interpessoal -
aquela que ocorre entre o receptor e o emissor de forma direta. Há uma relação inter-individual
que exige a presença de duas pessoas (dois interlocutores) em situação de comunicação. 57
A comunicação interpessoal é constituída por pelo menos dois interlocutores frente a
frente ou por telefone. Nela, ocorre a transmissão de informações, idéias, sentimentos e desejos.
O pensamento é posto em ação e o padrão de comunicação assume diferentes formas tendo em
vista o número de indivíduos para os quais se comunica (CARRASCO, 2001).
Além das palavras, existe um mundo infinito de nuances e prismas diferentes que geram
energias ou estímulos que são percebidos e recebidos pelo outro, através dos quais a
comunicação se processa.
Está diretamente ligado aos negócios que uma organização pode ou não realizar, de
acordo com suas normas e regras. O atendimento estabelece dessa forma uma relação de
dependência entre o atendente, a organização e o cliente. (CARVALHO, 1999).
58
11.2 Tratamento
O Operador de Relacionamento deve ser visto de maneira abrangente, como aquele que
se relaciona com diferentes públicos, seja eles os clientes internos, seja eles clientes externos.
Não deve ser tida como veículo fácil, para obtenção de resultados organizacionais
satisfatórios, mas como fazendo parte integrante da cultura empresarial e/ou Institucional. Não
basta implementar as suas técnicas apenas por implementar, ou porque é assim que deve ser.
Tem que haver uma vontade, por parte da organização, e um esforço bem estruturado para a
sua implementação.
Como parte integrante da cultura empresarial / institucional, insere-se num meio onde
tem que se adaptar e readaptar, constantemente, à realidade, tornando-se fundamental a livre
circulação de informação, de modo a serem bem entendidos os objetivos da empresa/instituição.
60
Clientes Internos
São os colegas de trabalho com quem todos os dias falamos e trabalhamos e que
devemos tratar da mesma forma que o público (MATOS, 2004).
A INSTITUIÇÃO
PÚBLICO OPERADOR
Ligação Indireta
Ligação Direta
a) Numa Instituição é o Operador quem primeiro a apresenta ao público.
b) A 1ª imagem com que o público fica da Instituição é aquela que o Operador lhe dá.
c) As primeiras imagens são as que mais perduram na memória das pessoas.
d) Na relação entre a Instituição o público, todos os intervenientes têm objetivos a alcançar.
Ouvir: Não é possível atender sem antes saber o que atender. É necessário ouvir o que
o cliente tem a dizer para estabelecer uma comunicação sem desgastes.
62
13 TEGORIAS COMUNICATIVAS E SUAS IMPRESSÕES
63
Existem seis pares de categorias de comunicação, chamadas de defensiva e receptiva
que indicam o tipo de comportamento gerado em função do tipo de comunicação realizada
quando se fala.
1. Descrição 1. Avaliação
3. Espontaneidade 3. Estratégia
5. Igualdade 5. Superioridade
Defensivos Receptivos
Vejamos, agora, o que significa cada um desses pares de categorias e como eles
influenciam a comunicação humana.
13.1 Avaliação e Descrição
65
Quando não há envolvimento na verbalização, o cliente sente falta de interesse por parte
do Operador de Relacionamento e coloca-se numa atitude defensiva. A verbalização com baixo
nível de afeto, algumas vezes, transmite rejeição. Já a verbalização com afeto, que transmite
empatia pelos sentimentos do cliente e respeito pelo seu valor, é receptiva e redutora de defesa.
66
Quando uma pessoa transmite a outra que ela se sente superior em posição, poder,
riqueza, capacidade intelectual, características físicas, ou de outras maneiras, ela provoca uma
reação de defesa (LUCENTE, R. 2009).
Aqueles que parecem saber todas as respostas, que não necessitam de informações
adicionais e que se consideram instrutores, ao invés de cooperadores, tendem a colocar as
pessoas em estado de guarda.
O Operador aumenta a defesa do cliente quando comunica que ela está querendo pôr à
prova sua própria idéia e argumentação.
A OR que parece estar querendo experimentar e explorar novas situações e
argumentações tende a reduzir a defesa do cliente, pois se uma pessoa estiver realmente
procurando informação e dados, ela não se ofenderá com a ajuda ou companhia durante a
atividade (LUCENTE, R. 2009).
68
O tom de voz – alto, baixo, muito constante ou inconstante, agressivo ou calmo.Ritmo e
pausas.
A forma como projeta a sua voz – se é audível, claro, para o outro, ou se esconde o som
na garganta, como se não quisesse se comunicar. Se demonstra dinamismo, vibração,
disposição para se comunicar e escutar o outro com interesse e entusiasmo.
Não é apenas o conteúdo da mensagem que será avaliado, mas também a forma com a
qual o Operador de Relacionamento transparece suas habilidades e conhecimentos com poder
de decisão. A clareza na articulação, o uso de gírias, a altura da voz e o entusiasmo causarão
grande impacto no cliente, podendo despertar empatia, incompreensões ou desinteresse nas
informações (LUCENTE, R. 2009).
14.1 Voz
A voz também é expressa pela emoção, constituinte de uma das extensões mais
fortes da personalidade, o meio essencial para atingir o outro (BEHLAU, 2004). Nenhuma voz é
igual, caracterizando-se como única para cada indivíduo e, nesse sentido, pode ser comparada
com a impressão digital (COTES; FEIJÓ; KYRILLOS; 2003).
14.2 Ressonância
Está relacionada ao fluxo de ar e ondas sonoras que ao falar passam pelo espaço
ventricular, entre as pregas vocais, que são músculos e se localizam paralelamente dentro do
pescoço.
Quando o operador de relacionamento se comunica, as ondas sonoras são amplificadas
numa região chamada de hipofaringe é a cavidade diretamente acima do esôfago. Este som que
sai durante a expiração, ou seja, quando soltamos o ar pela boca passa pela cavidade bucal e
pelo nariz. Estas estruturas: nasal, bucal e de pescoço servem como amplificadores e caixas de
ressonância da voz. (Boone e MacFarlane,2003).
14.3 Frequência
É um tom que se usa para falar. Pode ser grave (grosso), médio ou agudo (fino); é
determinada pela velocidade dos movimentos das pregas vocais. É adequada de acordo com
sexo e à idade. Homens apresentam voz mais grave, do que as mulheres (COTES; FEIJÓ;
KYRILLOS; 2003).
Uma pessoa que possui uma prega vocal curta, espessa e um tanto frouxa vibra em uma
velocidade muito mais lenta (desse modo, produzindo uma altura grave) do que uma prega vocal
longa, fina e tensa que produzirá um tom mais agudo. O aumento de altura relaciona-se
diretamente com o alongamento das pregas vocais com uma diminuição correspondente de
massa de tecido e um aumento de elasticidade de tecido de prega. Abaixar a altura relaciona-se
diretamanete ao encurtamento das pregas. (BOONE e MACFARLANE, 2003).
Por isso, é tão importante que o operador de relacionamento conheça estas estruturas
anatômicas e fisiológicas para saber adequar o som, a altura que a voz é emitida, evitando
irritabilidade do ouvinte.E conseqüentemente, uma boa impressão.
14.4 Intensidade
71
Também conhecida como volume varia de muito fraco a muito forte, a intensidade
exagerada leva a impressão que a pessoa está gritando (COTES; FEIJÓ; KYRILLOS; 2003).
14.5 Articulação
É o controle dos órgãos fono-articulatórios (lábios, língua, dentes, palato duro – céu da
boa) e faz com que o indivíduo transmita ao ouvinte o desejo de ser compreendido, definindo-a
com sons bem precisos. Uma dificuldade na organização mental e não preocupação em ser
compreendido faz com que a articulação seja mal definida, ocasionando erros na fala
(LUCENTE, R. 2009).
O ritmo ou velocidade de fala normalmente está na faixa de 130 a 180 palavras por
minuto; deve–se procurar uma velocidade média. O ritmo acelerado pode prejudicar a precisão
dos sons emitidos, porque não há tempo para fazer todos os movimentos necessários à perfeita
articulação (COTES; FEIJÓ; KYRILLOS; 2003).
A articulação deve ser clara e precisa, não deve haver troca de sons, nem
distorções ou imprecisões que dificultem a compreensão
14.6 Ênfase
72
É o realce por meio da voz, devendo ser dada à palavra que consideramos mais
expressiva dentro de uma frase e que transmita a essência da mensagem. É quando
ressaltamos uma palavra entre outros elementos do enunciado para valorizar o seu significado.
Quando a ênfase se encontra nas palavras básicas do enunciado, mais claro será o seu
significado. (GONÇALVEZ, 2000)
Funciona como grifo, como reforço nas palavras grifadas. É obtida com reforço da
intensidade, articulação e velocidade mais lenta (COTES; FEIJÓ; KYRILLOS; 2003).
Ênfases devem ser usadas nas palavras de valor. Deverão valorizar o assunto de
maneira eficiente (KYRILLOS, 2003). Ocorrem de acordo com a intenção do discurso
(ANDRADE; COTES; KYRILLOS, 2002).
14.7 Inflexão
14.8 Pausa
73
É o elemento que traduz as idéias. Deve ser o mais vasto possível e o mais rico. No
entanto, o mais importante é usar o vocabulário que o Operador de Relacionamento já possui.
Deve ser adaptado a cada cliente e situação. Quando for utilizar os termos técnicos, é importante
74
descrever, explicar este termo, para evitar ruído na comunicação, ou falta de compreensão. É
importante saber que o vocabulário do Operador de Relacionamento não pode ser engessado,
deve ser bem flexível para atender e falar a “mesma língua” do cliente, de maneira formal com
educação, caso contrario, seu atendimento será prejudicado, inclusive pela dificuldade de
entendimento do discurso e a ausência de empatia que será gerada pelo Operador.
A projeção vocal diz respeito à emissão do som da voz no espaço a qual discursa. Se
Operador não possuir a preocupação em articular bem, abrir a boca quando fala e ter um bom
apoio respiratório, buscando projetar e direcionar a voz, esta voz causará a impressão de
desmotivação.
75
15 O PODER DA ESCUTA
É comum as organizações afirmarem que ouvem seus clientes. De modo geral, isso até
ocorre, porém com ressalvas, por isso é importante oferecer os instrumentos (meios) que
facilitem a comunicação entre clientes e organizações. Além disso, é preciso que exista
adequada preparação para filtrar as informações dos clientes e identificar o que é necessário
responder; isto é: deve-se compreender o que de fato é relevante e o que não é, tanto para o 76
Juran (1992) alerta para o seguinte fato: “Os clientes, comumente, declaram suas
necessidades segundo seus pontos de vista e em sua linguagem. Isso acontece especialmente
com os clientes externos que compram produtos. (...) Os clientes podem declarar suas
necessidades em termos dos bens que desejam comprar. Entretanto, suas necessidades reais
são os serviços que aqueles bens podem pressar.” (JURAN, 1992, p.74)
77
78
16 OS PAPÉIS DO CLIENTE E A PESQUISA SOBRE SEU COMPORTAMENTO
Fonte: Whiteley & Hessan. Crescimento Orientado para o Cliente. 1996, p.7779
Muitos instrumentos, meios e técnicas podem ser utilizados para conhecer os clientes,
especialmente no que tange a ouvi-los e oferecer-lhes respostas satisfatórias. Nesse sentido é
pertinente realizar a seguinte apreciação crítica: de nada adianta possuir eficientes meios para
ouvir os clientes (captar as informações manifestadas por eles, que apresentam seus interesses,
desejos e necessidades), se não houver conhecimento e apuro no ato de utilizar tais
informações no momento da “construção” do relacionamento sustentável entre organizações e
clientes.
Pense, ainda, seguindo o exemplo proposto acima, se tal grupo fosse separado por:
a) indivíduos que residem com os pais e indivíduos que não residem com
os pais;
b) indivíduos que possuem casa própria, indivíduos que estão construindo
a casa própria
c) indivíduos que estão guardando dinheiro para comprar a casa própria;
d) indivíduos noivos ou recém casados
e) indivíduos que não pensam em casar-se;
f) indivíduos heterossexuais, indivíduos bissexuais e indivíduos
homossexuais.
Ao partir dessa condição, percebesse que é possível escolher uma ou mais categorias
de identificação (alocação) acima, como forma de identificar melhor o público-alvo que se deseja
atingir. Com isso, é mais fácil separar os membros do grupo, com o objetivo de ouvir aqueles
que realmente são mais significativos para o negócio, por exemplo, hipotético: “Minha empresa
comercializa produtos de construção civil, seria mais recomendável, portanto, direcionar meus
esforços de comunicação mercadológica para aqueles que estão de fato construindo ou
iniciando a construção de residências (...).”
83
Além disso, é importante destacar que, quanto maior o número de cruzamentos
realizados a partir das características levantadas, mais numerosas e precisas serão as
informações para as organizações, no tocante ao conhecimento de seus clientes.
Ou seja: ouvir os clientes é uma tarefa difícil, mas por meio dela é possível direcionar o
foco da empresa (suas imagens, seus produtos e serviços), em função justamente de quem se
pretende atender (os clientes).
Por fim, mais do que saber qual o melhor instrumento a utilizar para ouvir os clientes, é
importante elencar um ou alguns que consigam realizar essa tarefa, para que a seguinte possa
ocorrer: o uso de tais informações no processo de decisão, para levar respostas positivas aos
clientes e, em igual proporção, à própria empresa.
17 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
84
SERVEM
Pessoal Operacional
Os funcionários trabalham diretamente afetando
a satisfação dos clientes/consumidores
85
APOIAM
Gerentes
Ajudam o pessoal operacional a
executar suas tarefas e resolver problemas
SUPORTAM
Diretores
Estabelecem os propósitos da
organização e a direção geral
86
2. Situação atual
3. Objetivos
4. Metas S.M.A.R.T.
5. Plano de Ação
Todo planejamento deve começar pelo questionamento de o que se espera com ele.
Qual questão principal ele irá responder ou resolver. No nível estratégico essa etapa se chama
“Visão”, que significa aonde a empresa espera estar nos próximos anos. O que ela espera atingir
ou conquistar(LUCENTE, R. e BARROS, R. 2009).
Para promover a criação de idéias nessa fase pode-se usar a técnica do “brainstorming”
(tempestade de idéias), que é feita com a reunião da equipe de operadores e incentivo à geração
de idéias, sem censura prévia. Posteriormente as idéias serão selecionadas e agrupadas criando
um produto rico e consensual.
17.3.2 Situação atual
Significa saber onde a organização está naquele momento. Quais seus pontos fortes e
fracos que podem auxiliar ou dificultar na chegada à nova posição desejada. Essa fase é
importante para que se tenha uma noção clara dos esforços necessários ao novo patamar e para
que se definam objetivos realistas para as suas atividades, inclusive para negociar com
transparência com o cliente (LUCENTE, R. e BARROS, R. 2009). 87
17.3.3 Objetivos
Objetivos são as macro ações necessárias para que a empresa atinja um novo patamar.
Normalmente serão necessários vários objetivos para que um novo estágio seja estabelecido.
Os objetivos podem estar ligados ao desenvolvimento de novos produtos e serviços, a um novo
posicionamento de mercado, a melhoria da qualidade e a revisão de processos, a mudança na
gestão de pessoas, entre outros (LUCENTE, R. e BARROS, R. 2009).
Metas SMART são o detalhamento dos objetivos, que muitas vezes são genéricos e não
quantificáveis. As metas SMART serão entregues aos Operadores de Relacionamento pelos
seus gestores em reunião oportuna.
T (time) tempo definido: devem possuir uma data final para que se concretizem.
88
Essa fase começa com a execução do plano de ação. É comum que as ações
planejadas não ocorram como foram idealizadas. Recursos alocados podem não estar
disponíveis, responsáveis designados podem não conseguir cumprir a tarefa e os custos
previstos podem ser maiores do que se imaginava.
A avaliação dos resultados pode dar origem a um novo plano de ação ou até mesmo a
novas metas, objetivos ou até mesmo à definição de uma nova questão principal. Tudo
dependerá da qualidade do planejamento realizado. A avaliação final estará ligada ao
cumprimento das metas estabelecidas e dos objetivos consolidados e finalmente, deverá
responder a seguinte pergunta: a organização atingiu o novo patamar esperado? Sua Visão se
89
concretizou?
Atualmente uma frase que se tornou um "chavão" em tudo que se relaciona com o
atendimento ao cliente: "não devemos apenas agradar ao nosso cliente. Precisamos mais do
que isso: precisamos encantá-lo".
90
Das habilidades que precisam ser desenvolvidas, a principal é a empatia. Esta é a palavra
chave.
Provavelmente ele não diz ao vendedor, mas o que procura é um carro econômico e
seguro. Poderia ser até esse mesmo que o vendedor estava oferecendo; ele apenas não soube
"ouvir" o cliente para usar os argumentos adequados para aquela situação.
Enquanto as pessoas estiverem apenas interessadas em falar, falar, falar, sem ouvir ou
abrir canais para perceber o que o cliente quer ou precisa, estarão perdendo bons negócios e
bons clientes.
Sugiro considerar passos simples que o Operador de Relacionamento pode adotar para
facilitar uma efetiva comunicação com o seu cliente (atual e futuro):
1. Tenha segurança ao falar. Confie em si mesmo, reforce sua auto-estima para ficar calmo
e tranqüilo em qualquer situação.
2. Fale bem, com boa voz, boa dicção. Administre a velocidade da fala, faça pausas,
adéqüe o volume ao ambiente e ao(s) interlocutor.
3. Seja objetivo, desenvolva as idéias com clareza, com começo, meio e fim, use exemplos
para fortalecer os seus argumentos.
4. Adeque o vocabulário e a linguagem ao tipo de pessoa com quem estiver falando para
falar na mesma "língua" do interlocutor. Isso exige flexibilidade e preparo.
5. Chame o seu cliente pelo nome. Aprenda e use uma técnica de memorização para se
lembrar do nome e informações importantes do seu cliente. Nada há de mais precioso,
no campo das relações, do que chamar a pessoa pelo seu nome, mostrando com isso,
interesse e consideração.
6. Em síntese, muitos outros tópicos poderiam aqui ser sugeridos ou explicitados. O que,
de fato, importa, é o nível de interesse que uma empresa ou você mesmo deve ter em
relação ao seu cliente. Havendo um interesse real, os caminhos para um bom
entendimento serão encontrados e o seu cliente, de fato, ficará encantado e comprará o
seu produto.
Se você acha que o bom atendimento ao cliente resulta na satisfação do mesmo, pense
92
novamente. Hoje em dia, tudo gira em torno de um objetivo principal: "como agradar o cliente",
diz Sheri Bridges, professora de marketing da WakeForest University, Estados Unidos. Para ela,
a satisfação do cliente depende da personalização de suas preferências e necessidades.
Esse comportamento não pode ser "instalado" em um negócio, diz Martha Rogers,
executiva e sócia de Don Peppers no Peppers & Rogers Group e uma guru-líder em CRM. Ele
deve ser "adotado" como parte integral da cultura da empresa. Para explicar melhor, uma
abordagem personalizada no atendimento ao cliente pode ser dividida em três etapas: identificar
o cliente, aprender sobre ele e atendê-lo (PHILIPP H., 2010)
"A essência de um bom atendimento ao cliente é conhecer seu público-alvo" diz Bridges.
A mensagem aqui é simples: você não quer dar atenção excessiva a clientes que não terão
atitude recíproca sendo bons compradores do seu produto ou serviço. "Invista em clientes que
apreciem os benefícios oferecidos e que mostrem satisfação ao desejarem pagar por esses
benefícios" (PHILIPP H., 2010).
93
"Para ganhar um cliente, você precisa conhecê-lo melhor do que qualquer outro
concorrente", diz Rogers. Para então, falar a língua dele e cultivar uma relação harmônica.
Quanto mais você conhece seu cliente, mais fácil fica envolvê-lo em "propostas
amigáveis" que dificultam a procura pelo concorrente. Pense em quem são seus clientes e o que
você precisa fazer para conquistá-los (PHILIPP H., 2010).
Mais difícil do que conquistar um cliente é mantê-lo satisfeito. Quando esta peça-chave
das organizações aproxima-se de uma loja ou departamento, quer toda sua atenção e
compreensão para resolver problemas e apontar soluções.
O bom atendimento garante a satisfação do cliente, fazendo com que ele não só tenha
vontade de procurar seu serviço novamente, mas também divulgue-o para outras pessoas.
Lembre-se de que um cliente mal atendido é uma bomba prestes a explodir a qualquer
momento. O que você falar pode destruir o trabalho de muitos anos. Portanto, saiba contornar
situações difíceis com flexibilidade e até bom humor (PHILIPP H., 2010).
Ao contrário do dito popular 'O CLIENTE TEM SEMPRE RAZÃO', pense o seguinte: O
cliente deve ser tratado como se tivesse razão... Assim ficará mais fácil entendê-lo e até mesmo
esforçar-se para dar o máximo de si, tratando-o com respeito e ajudando-o a solucionar o
problema que o aflige.
Não adianta decorar um texto e repeti-lo mecanicamente. O cliente pode até sentir-se
ridicularizado, ao ouvir um discurso monótono e sem vida. Olhe nos olhos, enxergue-o como
uma pessoa e dedique-lhe a atenção e o carinho que você dispensaria ao seu melhor amigo.
95
Não existe uma receita para personalizar o atendimento. Você atingirá este objetivo se for
uma pessoa autêntica com todo mundo, inclusive seus clientes. Há algumas atitudes que podem
indicar sua disponibilidade em ouvir o cliente:
A menos que já possua alguma intimidade, trate o cliente por senhor ou senhora seguido do
nome dele. O nome, dito pela voz de outra pessoa, soa como uma melodia aos nossos ouvidos.
18.1.6 O Que Evitar Diante do Cliente?
1. Bocejar - Se o serviço ou produto tiver alguma falha, ele terá motivos de sobra para
justificar sua insatisfação.
2. Mau humor – Indiscutivelmente o pior defeito do ser humano e um erro gravíssimo na
96
vida do profissional. O mau humor é notado e percebido não só na cara do(a)
contaminado(a), mas pela atitude negativa e pela indisposição na postura, gestos e
atitude.
3. Poluição verbal - Ocorre quando tratamos os colegas de trabalho por apelidos irônicos
ou pejorativos, como: gordo, barba, bigode, alemão, crioulo, magrela, popozuda... Quem
trata um colega assim, não terá muito respeito pelo cliente. Afinal, colega de trabalho
também é cliente... cliente interno, lembra-se?
4. Nunca fale mal da empresa em que trabalha, do chefe, dos colegas de trabalho ou de
outros clientes. Agindo dessa forma, o cliente poderá pensar que você também poderá
criticá-lo assim que virar as costas.
5. Reclamar de salário, da vida, da família e do mundo.... - Reclamações torram a
paciência do interlocutor e cansam nossa beleza!
6. Comentários maliciosos ou maldosos sobre alguém ou alguma coisa.
7. Excesso de intimidade - Também deve ser abolido. Nada de chamar o cliente de 'fofo',
'meu amor', 'paixão', 'querida', 'lindinha', 'meu bem', 'gato', 'moreno'... (sem
comentários!).
Agora que conhecemos sobre o atendimento ao cliente via telefone, abordaremos com
mais detalhamento as diferenças deste atendimento, com a abordagem realizada via chat e e-
mails (LUCENTE, R. e BARROS, R. 2009).
19 ATENDIMENTO VIA CHAT E E-MAIL
Além de resultar numa significativa redução de custos, o fator que mais influencia a
decisão das empresas em disponibilizar o chat como canal de atendimento e vendas é, sem
dúvida, a tendência mundial crescente da utilização do web call center, aliada à necessidade de
estreitar e consolidar o relacionamento com clientes, transformando as Centrais de Atendimento
em Centrais de Relacionamento, fornecendo atendimento pessoal, por telefone, e-mail e chat,
com qualidade.
Para garantir a qualidade do atendimento por chat, além de uma plataforma de Contact
Center que integre os diferentes canais de atendimento, é preciso definir com precisão o perfil
dos recursos humanos. O profissional ideal é aquele que tem o vocabulário amplo e bem
cuidado, sabe utilizar corretamente as regras gramaticais, utiliza uma linguagem direta e objetiva,
consegue elaborar frases que expressem pensamentos, tem a capacidade de análise, síntese e
interpretação de texto, é ágil, dinâmico, tem concentração e bom senso (Artigo da Revista Cliente
S/A, 2007)..
Porém, não basta ter uma boa plataforma e bons profissionais para transformar o chat
em uma ferramenta eficaz de atendimento, vendas, retenção e fidelização. É preciso atender as
expectativas do cliente e, para tanto, é necessário seguir regras básicas no atendimento por chat.
1. Levar em consideração o perfil do cliente que acessa o chat. Ele é moderno, prático,
objetivo, quer agilidade, não quer falar ao telefone e gosta de novidades.
2. A linguagem do chat é informal, portanto a formalidade do atendimento telefônico não se
aplica ao chat. No chat, é permitido chamar o cliente de você em vez de senhor ou
senhora. Acredite, é possível ser informal e ser profissional ao mesmo tempo.
3. Embora o chat seja escrito, a linguagem utilizada é a linguagem falada. Gírias que já se
incorporaram ao nosso cotidiano, como por exemplo, legal, ok, são permitidas. Gírias de
“tribo”, só com a “galera”.
4. Abreviações - O atendimento por chat é caracterizado pela objetividade, agilidade na
digitação e pela linguagem informal. É permitido utilizar as abreviaturas mais comuns
como por exemplo: vc, qdo, tb, msg, etc. Inventar novos verbetes como naum, vlw, etc e
utilizar emoticons, JAMAIS!
5. A utilização de respostas-padrão torna o contato frio, portanto é importante personalizá- 98
las mencionando, por exemplo, o nome do Cliente no início da frase. Agradecimentos
como obrigado(a) e frases iniciadas com por favor, por gentileza são sempre bem-vindas.
Esse é um dos pontos críticos do atendimento por chat. Nem sempre é possível aliar
quantidade com qualidade. O que vai determinar a quantidade ideal de atendimentos simultâneos
é o tipo de produto ou serviço prestado. Exemplo: Nos esclarecimentos de cobrança por chat,
onde o atendente precisa fazer uma análise de caso, não é recomendável ter quatro
atendimentos simultâneos. Essa é uma atividade que necessita de grande concentração (Artigo
da Revista Cliente S/A, 2007)..
No contato com o cliente via chat predomina o atendimento receptivo, isto é, o Cliente
contata a empresa X com algum tipo de necessidade: informação, solicitação, dúvida, etc.
É importante lembrar sempre que quando você atende um chamado está representando 99
uma empresa. Dependendo da sua atitude, você poderá encantar o Cliente ou levá-lo a ter uma
impressão errada sobre a empresa. Por essa razão, é importante a qualidade que você dá aos
seus atendimentos, não podendo arriscar com atitudes improvisadas e amadoras.
Para atender com qualidade é necessário que você conheça e desenvolva as habilidades
e técnicas apropriadas. É preciso planejar o que será escrito.
Podemos ter um ótimo planejamento do contato, construindo FAQ’s (frequently asks and
questions) que tenham todos os “macetes” e formas de mudar uma situação sem controle para
uma situação controlada, mas... isso tudo não adianta se não tivermos uma atitude
comportamental adequada e nos deixarmos fisgar pela atitude do outro.
Em outras palavras, é preciso não nos deixar levar por certas reações ou palavras do
outro, mas temos que saber como interpreta-las. Por exemplo: o Cliente hesita em fornecer seus
dados cadastrais. Você pode pensar: “acho que não fui convincente” ou “bem, o Cliente ainda
não está seguro para fornecer os dados”. Na primeira situação você foi fisgado pela insegurança
do outro.
Conclusão: Saber interpretar uma solicitação e saber responder de forma clara, direta,
objetiva e concisa, levando ao fechamento da venda são habilidades que todo operador de chat
precisa desenvolver. Durante o treinamento, estaremos aprimorando essas habilidades através
de situações simuladas.
19.1 Diferenças entre atendimento por telefone e chat
LER INTERPRETAR
ATIVIDADE MECÂNICA ATIVIDADE INTELECTUAL
PERCORRER COM A VISTA CONSIDERAR
PRONUNCIAR COM A VOZ ANALISAR
RECONHECER JULGAR
PERCEBER EXPLICAR O SENTIDO
DECIFRAR REPRESENTAR
Para grande parte dos profissionais, tão importante quanto falar bem é saber escrever
corretamente. Redigir um texto com erros de português, um comunicado interno com idéias
102
desarticuladas ou mesmo um simples e-mail com o texto truncado pode comprometer não
apenas a eficiência da comunicação, mas também arranhar a imagem do profissional, por mais
competente que ele seja em sua área (BARROS, R. 2009).
Quando você domina um idioma, ele se torna parte do que você é, ou seja, dos seus
atributos pessoais. Só de pensar que você se tornará mais qualificado, aumentando assim a sua
empregabilidade, já é um incentivo muito grande para querer aprender e dominar a Língua
Portuguesa (BARROS, R. 2009)..
Será que isso é realmente importante? Por que o profissional precisa preocupar-se com
o uso correto da crase? Por que valeria a pena saber que não há vírgula entre sujeito e
predicado, se o seu negócio é produzir ou vender computadores, sorvetes, seguros ou eventos?
Não seria irrelevante essa preocupação com a qualidade dos textos empresariais?
O que tenho a dizer-lhe é que escrever bem gera lucros à empresa, produz dividendos à
carreira e ajuda o profissional a aumentar sua empregabilidade. E você sabe por quê?
Porque quem escreve bem, pensa bem, expressa com clareza suas idéias, consegue se
comunicar melhor com chefes, colaboradores, fornecedores e assinantes. O profissional que
sabe manejar a sua língua pátria é capaz de usar a seu favor a poderosa arma da linguagem
(BARROS, R. 2009).
Exemplo:
No lugar de: “Os novos produtos serão lançados, em dezembro, pela empresa, em todo o Brasil,
através do Departamento de Marketing”.
Poucas vezes nós nos preocupamos com o nível de entendimento que temos de um
texto que estamos lendo. Porém, quando estamos on-line é muito importante prestar atenção no
que está escrito. Precisamos ler nas entrelinhas, interpretar o que estamos lendo. 104
21 SABER LER, O SEGREDO DA VENDA ON-LINE
Quem sabe interpretar o que está escrito, entende melhor as necessidades dos Clientes,
evitando desencontros e os ruídos na comunicação. Interpretação de texto, é uma habilidade
importante para você, que é uma pessoa de atendimento on-line.
Para saber ler e interpretar corretamente uma mensagem escrita, seguem algumas
recomendações:
105
1. Procure verificar a idéia principal do parágrafo e memorize-a para usar na sua
resposta.
2. Evite simplificar o sentido do que está escrito, evite perder-se nas idéias
secundárias, na dúvida pergunte, peça que esclareça algum termo ou frase que ficou
vago.
3. Saiba responder o que foi pedido: consulte as FAQ´s e no momento de preparar a
resposta fique atento ao que o Cliente está solicitando.
4. Comece sua resposta com o que foi solicitado, porém, resumidamente, para não
tornar sua resposta prolixa.
5. Aprenda a ler nas “entrelinhas” pois nem sempre o que o outro escreveu é a
solicitação completa de que necessita.
6. Estimule o assinante a solicitar mais informações mesmo que você achar que já
prestou todas as informações disponíveis.
7. Mantenha-se calmo, não se exalte ou se irrite se o Cliente for impertinente ou não
entender o que você escreveu.
8. Aprenda a não prestar atenção aos erros de grafia ou concordância do Cliente.
22 DICAS PARA ESCREVER BEM
1. Seja claro, preciso, direto, objetivo e conciso. Use frases curtas e evite intercalações
excessivas ou ordens inversas desnecessárias. Não é justo exigir que o Cliente faça
complicados exercícios mentais para compreender o que você quer dizer.
2. Construa períodos com, no máximo, duas ou três linhas.
3. A simplicidade é condição essencial do texto informativo. Lembre-se que você tem
contato com todos os tipos de Clientes e todos devem entender a sua mensagem.
106
4. Adote como norma a ordem direta, pois conduz mais facilmente o leitor à essência
da mensagem. Dispense os detalhes irrelevantes e vá diretamente ao que interessa,
sem rodeios.
5. A simplificação do texto não implica necessariamente na repetição de formas e
frases desgastadas como, por exemplo, o uso exagerado da voz passiva (será
iniciado, será realizado). Com um vocabulário simples é possível escrever de
maneira original, criativa e produzir frases elegantes, variadas, fluentes e bem
alinhavadas. Fuja dos rebuscamentos, dos pedantismos vocabulares, dos termos
técnicos e da erudição.
6. Faça textos imparciais e objetivos. Não exponha opiniões, mas fatos, para que o
assinante tire deles as próprias conclusões.
23 DICAS GRAMATICAIS
Uso da Crase:
Ex.: Vou à escola. Esta bolsa é igual à que você usava. Nunca mais fui àquele cinema.
Por que você foi? Use por que (separado) sempre que puder substituir pela palavra razão.
Uso do “mesmo”:
Concordância verbal
Estudar a concordância verbal é, basicamente, estudar o sujeito, pois é com este que o
verbo concorda:
Então, para saber se o verbo deve ficar no singular ou no plural, deve-se procurar o
sujeito, perguntando ao verbo Que(m) é que pratica ou sofre a ação? Ou Que(m) é que possui a
qualidade? A resposta indicará como o verbo deverá ficar.
Coletivo:
Exemplos:
109
A multidão aplaudiu o novo atendimento da GVT.
Com um milhão, um bilhão, um trilhão, o verbo deverá ficar no singular. Caso surja a
conjunção e, o verbo ficará no plural.
Exemplos:
Quando o sujeito for iniciado por uma dessas expressões, o verbo concordará com o numeral
que vier imediatamente à frente.
Exemplos:
Mal se opõe a bem e mau, a bom. Assim: mau cheiro (bom cheiro), mal-humorado (bem-
humorado). Igualmente: mau humor, mal-intencionado, mau jeito, mal estar.
110
Fazer, quando exprime tempo, é impessoal: Faz cinco anos. / Fazia dois séculos./Fez 15 dias.
Haver, como existir, também é invariável: Houve muitos acidentes./Havia muitas pessoas./Deve
haver muitos casos iguais.
Existir, bastar, faltar, restar e sobrar admitem normalmente o plural: Existem muitas esperanças. /
Bastariam dois dias. / Faltavam poucas peças. / Restaram alguns objetos. / Sobravam idéias.
Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: Para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer.
Depois de preposição, usa-se mim ou ti: Entre mim e você. / Entre eles e ti.
8 “Entrar dentro”.
O certo: entrar em. Veja outras redundâncias: Sair fora ou para fora, elo de ligação, monopólio
exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do falecido.
111
9 “Venda à prazo”.
Não existe crase antes de palavra masculina, a menos que esteja subentendida a palavra moda:
Salto à (moda de) Luís XV. Nos demais casos: A salvo, a bordo, a pé, a esmo, a cavalo, a
caráter.
Sempre que estiver clara ou implícita a palavra razão, use por que separado: Por que (razão)
você foi? / Não sei por que (razão) ele faltou. / Explique por que razão você se atrasou. Porque é
usado nas respostas: Ele se atrasou porque o trânsito estava congestionado.
Assistir como presenciar exige a: Vai assistir ao jogo, à missa, à sessão. Outros verbos com a: A
medida não agradou (desagradou) à população. / Eles obedeceram (desobedeceram) aos avisos.
/ Aspirava ao cargo de diretor. / Pagou ao amigo. / Respondeu à carta. / Sucedeu ao pai. / Visava
aos estudantes.
Prefere-se sempre uma coisa a outra: Preferia ir a ficar. É preferível segue a mesma norma: É
preferível lutar a morrer sem glória.
13 O resultado do jogo, não o abateu.
Não se separa com vírgula o sujeito do predicado. Assim: O resultado do jogo não o abateu.
Outro erro: O prefeito prometeu, novas denúncias. Não existe o sinal entre o predicado e o
complemento: O prefeito prometeu novas denúncias.
Concordância no plural: os óculos, meus óculos. Da mesma forma: Meus parabéns, meus
pêsames, seus ciúmes, nossas férias, felizes núpcias.
Eu, tu, ele, nós, vós e eles não podem ser objeto direto. Assim: Comprei-o para você. Também:
Deixe-os sair, mandou-nos entrar, viu-a, mandou-me.
Lhe substitui a ele, a eles, a você e a vocês e por isso não pode ser usado com objeto direto:
Nunca o vi. / Não o convidei. / A mulher o deixou. / Ela o ama.
18 “Aluga-se” casas.
O verbo concorda com o sujeito: Alugam-se casas. / Fazem-se consertos. / É assim que se
evitam acidentes. / Compram-se terrenos. / Procuram-se empregados.
19 “Tratam-se” de.
O verbo seguido de preposição não varia nesses casos: Trata-se dos melhores profissionais. /
Precisa-se de empregados. / Apela-se para todos. / Conta-se com os amigos.
113
Verbos de movimento exigem a, e não em: Chegou a São Paulo. / Vai amanhã ao cinema. /
Levou os filhos ao circo.
Implicar é direto no sentido de acarretar, pressupor: Atraso implicará punição. / Promoção implica
responsabilidade.
O certo: Vive à custa do pai. Use também em via de, e não “em vias de”: Espécie em via de
extinção. / Trabalho em via de conclusão.
O plural de cidadão é cidadãos. Veja outros: caracteres (de caráter), juniores, seniores,
escrivães, tabeliães, gângsteres.
24 – O ingresso é “_déqüe_d”.
A pronúncia correta é _déqüe_d, assim como _déqüe_d, _déqüe_ e fortúito (o acento não existe
e só indica a letra tônica). Da mesma forma: flúido, _déqüe, _déqüe_, _déqü, _déqü, pólipo.
Seção significa divisão, repartição, e sessão equivale a tempo de uma reunião, função: Seção
Eleitoral, Seção de Esportes, seção de brinquedos; sessão de cinema, sessão de pancadas,
114
sessão do Congresso.
Grama, peso, é palavra masculina: um grama de ouro, vitamina C de dois gramas. Femininas,
por exemplo, são a agravante, a atenuante, a alface, a cal, etc.
27 “Porisso”.
É nenhum, e não “qualquer”, que se emprega depois de negativas: Não viu nenhum risco. /
Ninguém lhe fez nenhum reparo. / Nunca promoveu nenhuma confusão.
O que atrai o pronome: Soube que os homens se feriram. / A festa que se realizou... O mesmo
ocorre com as negativas, as conjunções subordinativas e os advérbios: Não lhe diga nada. /
Nenhum dos presentes se pronunciou. / Quando se falava no assunto... / Como as pessoas lhe
haviam dito... / Aqui se faz, aqui se paga. / Depois o procuro.
Peixe tem espinha. Veja outras confusões desse tipo: O “fuzil” (fusível) queimou. / Casa
“germinada” (geminada), “ciclo” (círculo) vicioso, “cabeçário” (cabeçalho).
115
O certo: Não sabiam onde ele estava. Aonde se usa com verbos de movimento, apenas: Não sei
aonde ele quer chegar. / Aonde vamos?
Obrigado concorda com a pessoa: “Obrigada”, disse a moça. / Obrigado pela atenção. / Muito
obrigados por tudo.
34 O governo “interviu”.
Intervir conjuga-se como vir. Assim: O governo interveio. Da mesma forma: intervinha, intervim,
interviemos, intervieram. Outros verbos derivados: entretinha, mantivesse, reteve,
pressupusesse, predisse, conviesse, perfizera, entrevimos, condisser, etc.
Meio, advérbio, não varia: meio louca, meio esperta, meio amiga.
A questão, na verdade, não tem nada a ver ou nada que ver. Da mesma forma: Tem tudo a ver
com você.
116
Emprestar é ceder, e não tomar por empréstimo: Vou pegar o livro emprestado. Ou: Vou
emprestar o livro (ceder) ao meu irmão. Repare nesta concordância: Pediu emprestadas duas
malas.
Tachar é que significa acusar de: Foi tachado de ladrão. / Foi tachado de leviano.
Um dos que faz a concordância no plural: Ele foi um dos que chegaram antes (dos que chegaram
antes, ele foi um). / Era um dos que sempre vibravam com a vitória.
Cerca de indica arredondamento e não pode aparecer com números exatos: Cerca de 20
pessoas o saudaram.
43 Ministro nega que “é” negligente.
Negar que introduz subjuntivo, assim como embora e talvez: Ministro nega que seja negligente. /
O jogador negou que tivesse cometido a falta. / Ele talvez o convide para a festa. / Embora tente
negar, vai deixar a empresa.
117
44 Tinha “chego” atrasado.
Nome de cor, quando expresso por substantivo, não varia: Tons pastel, blusas rosa, gravatas
cinza, camisas creme. No caso de adjetivo, o plural é o normal: Ternos azuis, canetas pretas,
fitas amarelas.
Meio ambiente não tem hífen, nem hora extra, ponto de vista, mala direta, pronta entrega, etc. O
sinal aparece, porém, em mão-de-obra, matéria-prima, infra-estrutura, primeira-dama, vale-
refeição, meio-de-campo, etc.
Processo dá entrada no STF. Igualmente: O jogador foi contratado do (e não “junto ao”) Guarani.
/ Cresceu muito o prestígio do jornal entre os (e não “junto aos”) leitores. / Era grande a sua
dívida com o (e não “junto ao”) banco. / A reclamação foi apresentada ao (e não “junto ao”)
Procon.
49 As pessoas “esperavam-o”.
Quando o verbo termina em m, _d ou _d, os pronomes o, a, os e as tomam a forma no, na, nos e
nas: As pessoas esperavam-no. / Dão-nos, convidam-na, põe-nos, impõem-nos.
118
Não se usa pronome átono (me, te, se, lhe, nos, vos, lhes) depois de futuro do presente, futuro
do pretérito (antigo condicional) ou particípio. Assim: Vocês lhe fariam (ou far-lhe-iam) um favor? /
Ele se imporá pelos conhecimentos (e nunca “imporá-se”). / Os amigos nos darão (e não “darão-
nos”) um presente. / Tendo-me formado (e nunca tendo “formado-me”).
Há indica passado e equivale a faz, enquanto a exprime distância ou tempo futuro (não pode ser
substituído por faz): Chegou há (faz) duas horas e partirá daqui a (tempo futuro) cinco minutos. /
O atirador estava a (distância) pouco menos de 12 metros. / Ele partiu há (faz) pouco menos de
dez dias.
Usa-se de, e não em, para definir o material de que alguma coisa é feita: Blusa de seda, casa de
alvenaria, medalha de prata, estátua de madeira.
A expressão é dar à luz, apenas: A artista deu à luz quíntuplos. Também é errado dizer: Deu “a
luz a” gêmeos.
54 Estávamos “em” quatro à mesa.
O em não existe: Estávamos quatro à mesa. / Éramos seis. / Ficamos cinco na sala.
Sentar-se (ou sentar) em é sentar-se em cima de. Veja o certo: Sentou-se à mesa para comer. / 119
Embora popular, a locução não existe. Use porque: Ficou contente porque ninguém se feriu.
A preposição é por: O time empatou por 2 a 2. Repare que ele ganha por e perde por. Da mesma
forma: empate por.
O certo é: À medida que a epidemia se espalhava... Existe ainda na medida em que (tendo em
vista que): É preciso cumprir as leis, na medida em que elas existem.
O i não existe: Não queria que receassem a sua companhia. Da mesma forma: passeemos,
enfearam, ceaste, receeis (só existe i quando o acento cai no e que precede a terminação ear:
receiem, passeias, enfeiam).
Haver concorda com estava. Portanto: A moça estava ali havia (fazia) muito tempo. / Ele doara
sangue ao filho havia (fazia) poucos meses. / Estava sem dormir havia (fazia) três meses. (O
120
havia se impõe quando o verbo está no imperfeito e no mais-que-perfeito do indicativo.)
É errado juntar o se com os pronomes o, a, os e as. Assim, nunca use: Fazendo-se-os, não se o
diz (não se diz isso), vê-se-a, etc.
63 Acordos “políticos-partidários”.
64 Fique “_déqüe_di”.
Todo o (ou a) é que significa inteiro: Andou por todo o país (pelo país inteiro). / Toda a tripulação
(a tripulação inteira) foi demitida. Sem o, todo quer dizer cada, qualquer: Todo homem (cada
homem) é mortal. / Toda nação (qualquer nação) tem inimigos.
66 “Todos” amigos o elogiavam.
No plural, todos exige os: Todos os amigos o elogiavam. / Era difícil apontar todas as
contradições do texto.
Favorecer, nesse sentido, rejeita a: Favoreceu o time da casa. / A decisão favoreceu os 121
jogadores.
Mesmo, quanto equivale a próprio, é variável: Ela mesma (própria) arrumou a sala. / As vítimas
mesmas recorreram à polícia.
Não se pode empregar o mesmo no lugar de pronome ou substantivo: Chamei-o e ele não
atendeu. / Os funcionários públicos reuniram-se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão dos
servidores (e não “dos mesmos”).
É este que designa o tempo no qual se está ou objeto próximo: Esta noite, esta semana (a
semana em que se está), este dia, este jornal (o jornal que estou lendo), este século (o séc. 20).
Em vez de indica substituição: Comeu frango em vez de peixe. Ao invés de significa apenas ao
122
contrário: Ao invés de entrar, saiu.
O certo é: Se eu vir, revir, previr. Da mesma forma: Se eu vier (de vir), convier; se eu tiver (de
ter), mantiver; se ele puser (de pôr), impuser; se ele fizer (de fazer), desfizer; se nós dissermos
(de dizer), predissermos.
Mediar e intermediar conjugam-se como odiar: Ele intermedeia (ou medeia) a negociação.
Remediar, ansiar e incendiar também seguem essa norma: Remedeiam, que eles anseiem,
incendeio.
76 Ninguém se “_déqüe”.
Não existem as formas “_déqüe”, “_déqüe”, etc., mas apenas aquelas em que o acento cai no a
ou o: adequaram, adequou, adequasse, etc.
Explodir só tem as pessoas em que depois do d vêm e e i: Explode, explodiram, etc. Portanto,
não escreva nem fale “exploda” ou “expluda”, substituindo essas formas por rebente, por
exemplo. Precaver-se também não se conjuga em todas as pessoas. Assim, não existem as
formas “precavejo”, “precavês”, “precavém”, “precavenho”, “precavenha”, “precaveja”, etc.
Equivalente: Governo recupera confiança. Reaver segue haver, mas apenas nos casos em que
este tem a letra v: Reavemos, reouve, reaverá, reouvesse. Por isso, não existem “reavejo”,
123
“reavê”, etc.
Não existe z, mas apenas s, nas pessoas de querer e pôr: Quis, quisesse, quiseram,
quiséssemos; pôs, pus, pusesse, puseram, puséssemos.
O certo: O homem possui muitos bens. Verbos em uir só têm a terminação ui: Inclui, atribui, polui.
Verbos em uar é que admitem eu: Continue, recue, atue, atenue.
81 A tese “onde”...
Onde só pode ser usado para lugar: A casa onde ele mora. / Veja o jardim onde as crianças
brincam. Nos demais casos, use em que: A tese em que ele defende essa idéia. / O livro em
que... / A faixa em que ele canta... / Na entrevista em que...
Uma decisão é comunicada, mas ninguém “é comunicado” de alguma coisa. Assim: Já foi
informado (cientificado, avisado) da decisão. Forma errada: A diretoria “comunicou” os
empregados da decisão. Forma Correta: A diretoria comunicou a decisão aos empregados. / A
decisão foi comunicada aos empregados.
83 Venha “por” a roupa.
Pôr, verbo, tem acento diferencial: Venha pôr a roupa. O mesmo ocorre com pôde (passado):
Não pôde vir. Veja outros: fôrma, pêlo e pêlos (cabelo, cabelos), pára (verbo parar), péla (bola ou
verbo pelar), pélo (verbo pelar), pólo e pólos. Perderam o sinal, no entanto: Ele, toda, ovo, selo,
almoço, etc.
124
84 “Inflingiu” o regulamento.
Infringir é que significa transgredir: Infringiu o regulamento. Infligir (e não “inflingir”) significa
impor: Infligiu séria punição ao réu.
Modelo posa (de pose). Quem pousa é ave, avião, viajante, etc. Não confunda também iminente
(prestes a acontecer) com eminente (ilustre). Nem tráfico (contrabando) com tráfego (trânsito).
Viagem, com g, é o substantivo: Minha viagem. A forma verbal é viajem (de viajar): Espero que
viajem hoje. Evite também “comprimentar” alguém: de cumprimento (saudação), só pode resultar
cumprimentar. Comprimento é extensão. Igualmente: Comprido (extenso) e cumprido
(concretizado).
Sequer deve ser usado com negativa: O pai nem sequer foi avisado. / Não disse sequer o que
pretendia. / Partiu sem sequer nos avisar.
Cuidado: palavra próxima ao verbo não deve influir na concordância. Por isso : A realidade das
pessoas pode mudar. / A troca de agressões entre os funcionários foi punida (e não “foram
punidas”).
Na verdade, o fato passou despercebido, não foi notado. Desapercebido significa desprevenido.
A expressão é haja vista e não varia: Haja vista seu empenho. / Haja vista seus esforços. / Haja
vista suas críticas.
Como se gosta de, o certo é: A moça de que ele gosta. Igualmente: O dinheiro de que dispõe, o
filme a que assistiu (e não que assistiu), a prova de que participou, o amigo a que se referiu, etc.
95 Vou “consigo”.
Consigo só tem valor reflexivo (pensou consigo mesmo) e não pode substituir com você, com o
126
senhor. Portanto: Vou com você, vou com o senhor. Igualmente: Isto é para o senhor (e não
“para si”).
96 Já “é” 8 horas.
Horas e as demais palavras que definem tempo variam: Já são 8 horas. / Já é (e não “são”) 1
hora, já é meio-dia, já é meia-noite.
As abreviaturas do sistema métrico decimal não têm plural nem ponto. Assim: 8 h, 2 km (e não
“kms.”), 5 m, 10 kg.
Sob é que significa debaixo de: Ficou sob a mira do assaltante. / Escondeu-se sob a cama. Sobre
equivale a em cima de ou a respeito de: Estava sobre o telhado. / Falou sobre a inflação. E
lembre-se: O animal ou o piano têm cauda e o doce, calda. Da mesma forma, alguém traz
alguma coisa e alguém vai para trás.
100 “Ao meu ver”.
Não existe artigo nessas expressões: A meu ver, a seu ver, a nosso ver.
127
25 GESTÃO DO RELACIONAMENTO
Goleman D. (1996) procura demonstrar que não só a razão influencia nos nossos atos,
mas, a emoção também é responsável por nossas respostas e tem grande poder sobre as
pessoas.
Para Goleman, “Cada emoção leva consigo uma disposição distinta para a ação rumo à
direção que deu certo, ao lidar com os recorrentes desafios da vida humana, ficando gravadas
em nosso sistema nervoso como tendências inatas e automáticas do coração humano”.
Algumas habilidades emocionais são consideradas importantes para que uma pessoa
alcance seus objetivos seja feliz e alcance sucesso na vida. Dentre elas são citadas o controle
do temperamento, adaptabilidade, persistência, amizade, respeito, amabilidade e empatia.
25.2 Níveis de Inteligência Emocional
129
3. Auto- motivação - Ter vontade de realizar, otimismo: Pôr as emoções a serviço de uma
meta. A pessoa otimista consegue realizar tudo que planeja, pois tem consciência que todos os
problemas são contornáveis e resolvíveis.
4. Reconhecer emoções nos outros - Empatia: Saber se colocar no lugar do outro. Perceber
o outro. Captar o sentimento do outro. A calma é fundamental para que isso aconteça. Os
problemas devem ser resolvidos através de conversas claras. As explosões devem ser evitadas
para que não prejudique o relacionamento com os outros ou o cliente.
Com base em Goleman, D. (1996) elaborei a seguir uma tabela sobre algumas emoções
básicas:
TIPO CARACTERÍSTICA REAÇÃO
IRA Fúria, revolta, ressentimento, raiva, O sangue flui para as mãos, fica
exasperação, indignação, vexame, mais fácil pegar uma arma ou
animosidade, aborrecimento, golpear um inimigo; os batimentos
irritabilidade, hostilidade e, talvez no cardíacos aceleram-se e uma
extremo, ódio e violência patológicos. onda de hormônios como a
adrenalina gera uma pulsação,
energia suficientemente forte para 130
uma ação vigorosa.
TRISTEZA Sofrimento, mágoa, desânimo, desalento, Confusão e falta de concentração
melancolia, autopiedade, solidão, mental, lapsos de memória,
desamparo, perda de prazer, desespero dificuldades alimentares e com o
e, quando patológica, severa depressão. sono, apatia.
MEDO Ansiedade, apreensão, nervosismo, O sangue vai para os músculos do
preocupação, consternação, cautela, esqueleto, como o das pernas,
escrúpulo, inquietação, pavor, susto, tornando mais fácil fugir, o corpo
terror e, psicopatológico: fobia e pânico. imobiliza-se para fugir ou lutar.
PRAZER Felicidade, alegria, alívio, contentamento, Maior atividade no centro cerebral
deleite, diversão, orgulho, prazer sensual, que inibe sentimentos negativos e
emoção, arrebatamento, gratificação, favorece o aumento de energia
satisfação e bom humor, disposição e existente e silencia os que geram
entusiasmo, euforia, êxtase e, no pensamentos de preocupação; a
extremo, mania. tranqüilidade permite o corpo
refazer-se de emoções
perturbadoras, repouso geral.
AMOR Aceitação, amizade, confiança, afinidade, O parassimpático é um conjunto
dedicação, adoração, paixão. de reações em todo o corpo, gera
um estado geral de calma e
satisfação, facilitando a
cooperação.
25.3 O Papel da Amígdala: Um Centro no Cérebro Límbico
Segundo Goleman, D. (1996) Nos seres humanos, a amígdala vem do grego e significa
amêndoa, é um feixe em forma de amêndoa, de estruturas interligadas situado acima do tronco
cerebral, próximo à parte inferior do anel límbico. Há duas amígdalas, uma de cada lado do
cérebro.
131
Para Goleman, D. (1996) as explosões emocionais são seqüestros neurais. A amígdala,
um centro no sistema límbico, detecta uma emergência e recruta o resto do cérebro para o seu
plano de emergência. E o nosso cérebro pensante, o neocórtex, ainda não percebeu o que está
acontecendo.
Esses seqüestros não são específicos de incidentes graves e horrendos que levam a
crimes brutais, ocorrem também conosco com muita freqüência quando perdemos o “controle” e
explodimos com alguém – com parentes, colegas de trabalho, no trânsito... – e depois ficamos
até perplexos com as nossas próprias atitudes irracionais.
Os sinais que vêm dos sentidos permitem que a amígdala faça uma varredura de toda
experiência, em busca de problemas. Isso a põe num poderoso posto na vida mental, alguma
coisa semelhante a uma sentinela psicológica, desafiando cada situação, cada percepção, com
apenas um tipo de pergunta em mente, a mais primitiva: É alguma coisa que odeio? Isso me
fere? Alguma coisa que temo? Se for esse o caso – um Sim – a amígdala reage
instantaneamente, como um fio de armadilha neural, telegrafando uma mensagem de crise para
todas as partes do cérebro. A memória emocional pode ser um repositório de impressões
emocionais e lembranças que jamais conhecemos em plena consciência.
132
Enquanto a amígdala prepara uma reação ansiosa e impulsiva, e nem sempre a mais
adequada, outra parte do cérebro emocional possibilita uma resposta mais reflexiva e mesmo
corretiva.
Ocorre que a resposta neocortical, embora mais criteriosa e ponderada, é mais lenta em
tempo cerebral quando comparada à resposta emocional direcionada pela amígdala. A tristeza
fundamentada em uma perda ou a alegria decorrente de uma vitória, toda essa reflexão é o
neocórtex agindo. Ainda assim a amígdala não deve ir para o banco dos réus, porque exerce –
entre outras – a importante missão de um disparador de emergência.
A relação entre esses circuitos nem sempre é pacífica, como diz Goleman os circuitos
que vão do cérebro límbico aos lobos pré-frontais significam que os sinais de forte emoção –
ansiedade, ira e afins – podem criar estática neural, sabotando a capacidade do lobo pré-frontal
de manter a memória funcional e é por isso que, quando estamos emocionalmente perturbados
dizemos: “Simplesmente não consigo pensar direito” – e porque a contínua perturbação
emocional cria deficiências nas aptidões intelectuais pode mutilar a capacidade de aprender.
133
26 GESTÃO DE CONFLITOS
Para entender o significado do termo conflito, pelo menos da maneira como a sociedade
é educada para entendê-lo, pode-se buscar o dicionário (Ferreira, 1986) e aí encontra-se: "do
latim conflictu; embate dos que lutam; discussão acompanhada de injúrias e ameaças;
desavença; guerra; luta, combate; colisão, choque; o elemento básico determinante da ação 134
dramática, a qual se desenvolve em função da oposição e luta entre diferentes forças".
Mais ou menos dentro desse conceito aqui colocado, há vários autores que definem e
tratam a questão do conflito, quase sempre o analisando sob um ponto de vista negativo.
Fisher (1985) afirma: “...Nós não devemos ter medo do conflito, porém devemos
reconhecer que existe um modo destrutivo e um modo construtivo de proceder em tais
momentos. Na diferença em se tratar o conflito pode estar o sinal do saudável, uma profecia de
progresso”.
Aqui se identificam claramente duas possibilidades de agir em relação aos conflitos, que
são uma constante no dia-a-dia dos indivíduos, não podendo ser evitados de maneira absoluta.
Assim, existem duas maneiras de encará-los: uma negativista, que encara o conflito
como algo apenas prejudicial, devendo ser evitado a todo custo. Não se podendo evitá-lo, pelo
menos se deveria buscar minimizar os seus efeitos.
Nesse caso, já que existem também aspectos negativos, deve-se buscar minimizar os
seus efeitos, reforçando-se, por outro lado, todos os aspectos positivos que possam advir do
conflito.
Os conflitos, por exemplo, também podem ocorrer com relação aos comportamentos.
Uma pessoa pode, por um lado querer assistir a um programa de televisão, mas por outro lado
pode querer sair para fazer ginástica. Os conflitos também podem ocorrer entre várias
capacidades, como entre a criatividade e o protecionismo.
Uma pessoa pode ter crenças ou valores conflitantes. O indivíduo pode acreditar que,
por um lado é apropriado aprender matemática, mas não acredita que ele possa aprender. Isso
irá conduzi-lo para uma luta com relação ao aprendizado de matemática. Os conflitos no nível da
identidade ocorrem muitas vezes com respeito ao papel que se deve exercer. Uma pessoa pode
experimentar conflitos entre seus deveres como progenitor por um lado e como profissional pelo
outro.
De acordo com Hampton (1991) “conflito é o processo que começa quando uma parte
135
percebe que a outra parte frustrou ou vai frustrar seus interesses”. Embora o termo conflito
denote quase sempre situações desagradáveis, tais como competição, oposição,
incompatibilidade, irreconciliabilidade, desarmonia, discordância, luta e discussão, que
normalmente sugerem que nenhuma solução boa é possível, ou que o conflito necessariamente
prejudicará algumas pessoas e alguns interesses, o conflito não deve ser analisado apenas de
maneira pessimista.
Segundo Hodgson (1996), para que haja conflito basta a existência de grupos. A simples
existência de diferentes grupos já cria um potencial latente de conflitos. Neste contexto, sendo as
organizações um aglomerado de subgrupos e interesses,
Hodgson (1996) pondera que estas deveriam ser representadas por estruturas
cooperativas e harmoniosas, nas quais os conflitos surgissem apenas excepcionalmente, em
função de diferenças de personalidades ou mal entendidos.
Quanto aos resultados positivos do conflito, conforme Hampton (1991), pode-se citar “a
expansão do entendimento dos assuntos, mobilização dos recursos e energia das partes,
esclarecimento das soluções competitivas e busca criativa de alternativas e maior habilidade
para trabalhar em conjunto no futuro”. Assim, é possível provocar as pessoas de modo que uma
136
energia seja gerada, bem como um certo nível de estímulo e tensão que ajudarão a buscar a
melhor alternativa para solução do conflito. Vale ressaltar que grupos nos quais os participantes
têm interesses diversos e expressam idéias diferentes, submetendo-as às críticas dos outros,
criam sempre mais soluções e, normalmente, de melhor qualidade.
Hodgson (1996) distingue três tipos básicos de conflito nas organizações: discussão,
competição e conflito. As duas primeiras formas são consideradas frutíferas e benéficas
potencialmente, enquanto o conflito em si é apresentado como nocivo.
Segundo o autor, no tipo “discussão”, as contribuições das diferentes visões podem levar
a uma melhor solução e sugerem dois pré-requisitos para haver discussões produtivas e
construtivas:
137
Segundo Rojot (1991), a ubiquidade do conflito é percebida com frequência, o que
originou o crescimento de muitas escolas de pensamento que analisam estas diversidades.
Essas categorias ilustram as três atitudes básicas que podem prevalecer entre cientistas
sociais que se defrontam com conflito:
pessoa - a conflitos entre diferentes 'partes’ do nosso próprio sistema mental. Em outras
palavras, essas questões se relacionam a conflitos entre o si mesmo.
Numa situação típica, se nós somos impedidos de atingir uma meta devido a um
obstáculo externo, nós mantemos o nosso foco no resultado, inibimos qualquer "idéia contrária"
e continuamos tentando outras possibilidades ou estratégias a fim de obter a meta.
Porém, se existir um conflito interno, altera a "razão do debate" interno, e uma batalha
começa entre partes do eu da própria pessoa.
É a confrontação das intenções contrárias que está em questão. como as partes não se
entendem, nenhuma alternativa que satisfaça diretamente as duas intenções poderá ser
apresentada.
Além disso, como o conflito interno não está baseado em eventos externos ou
resultados, ele não pode ser resolvido pelo feedback de alguma fonte externa. De fato, em tal
situação, qualquer coisa pode se tornar um estímulo (ou desculpa) para uma briga. Mesmo as
mais simples decisões conduzem para uma luta - a luta que nunca será resolvida porque não é
realmente sobre o teor da decisão mas sobre a estrutura mais profunda abaixo dela (BROWN,
1991).
139
Se nem assim o cliente sair do lugar combine uma arbitragem a ser realizado pelo seu
gestor. Ou localize dados que possam resolver a questão. Ou então experimente testar uma
idéia para impedir que a discórdia anterior prejudique o progresso da negociação.
Os conflitos que são pessoais ou tem raízes em “queda-de-braço” podem ser muito
destrutivos.
O conflito não resolvido irá simplesmente piorar e conseguirá paralisar toda a sua
atividade.
26.2 Descubra a Causa Subjacente do Conflito
Você só poderá lidar com um conflito se souber exatamente em que ponto ele teve
origem.
140
1. Um desacordo estéril?
2. A falta de equanimidade?
3. O desentendimento entre você e o cliente?
4. A falta de valorização?
5. Estilos pessoais diferentes?
6. O comportamento obstinado sua ou do cliente?
7. A incompetência ou a negligência sua ou do cliente?
8. Um objetivo inatingível?
9. Uma falha de compreensão?
10. Medo?
11. Desonestidade?
12. Negligência?
13. Intenção? Motivos ocultos?
14. Apego exagerado às próprias crenças e opiniões?
15. Falhas no posicionamento e estabelecer limites?
141
Negociação pode ser entendida como sendo um processo através do qual as partes
envolvidas se deslocam de suas posições originais, inicialmente divergentes, para um ponto no
qual o acordo possa ser realizado (ROJOT, 1991) .
142
Negociação é um processo de comunicação entre duas partes, que tem por objetivo se
chegar a uma decisão conjunta. Para isso é necessário o uso da informação e do poder, a fim de
se poder tentar influenciar o comportamento dentro de uma rede de tensões. É o meio pelo qual
as pessoas lidam com suas diferenças e tentam fazer um acordo mediante concessões mutuas.
A definição da palavra negociação é Negação ao Ócio, ou seja, para que exista uma
negociação é necessário que exista muito trabalho.O processo de negociação é um excelente
instrumento para se resolver conflitos, mas precisamos tomar muito cuidado, pois se uma
negociação for mal conduzida, ela pode agravar o desacordo.
Uma negociação pode ser considerada positiva quando ela produz como resultado um
acordo sensato, ou seja aquele que atende, na medida do possível, os interesses legítimos de
cada uma das partes negociantes, é duradouro e considera os interesses dos steakholders
envolvidos. Além disso a negociação é positiva quando ela é eficiente e aprimora, ou, no mínimo,
não prejudica o relacionamento entre as partes. Também é fundamental o uso da criatividade em
um processo de negociação.
Quanto mais desenvolvemos nossas alternativas durante o processo negocial, mais forte
torna-se nossa MACNA. É importante que as partes envolvidas em uma negociação avaliem de
antemão o que pode lhes acontecer caso o acordo não seja fechado, ou seja, criem e conheçam
sua MACNA. A consciência correta da existência da MACNA dá tranqüilidade ao negociador,
pois ele sabe que algo lhe resta, caso o acordo não seja fechado.
Sempre que o acordo obtido é melhor que a MACNA, podemos dizer que a negociação
criou valor. Além disso é importante sabermos qual o nosso posicionamento dentro de uma
negociação. Precisamos conhecer :
1. Posição Máxima O que você aspira obter se puder ter tudo o que deseja.
2. Posição alvo O que você pode considerar como um acordo razoável, levando
em conta a posição da outra parte.
3. Posição Mínima O mínimo de suas aspirações atendidas que você está disposto
a aceitar para chegar a um acordo.
4. A área de barganha ou zona de acordo possível é delimitada pelo conhecimento
do nosso posicionamento dentro de um processo de negociação.
Podemos ter o preço alvo de um comprador que é baixo e o preço alvo do vendedor que
é alto. São suas posições máximas e mínimas. Entre esses dois limites, havendo uma área de
coincidência de interesses, existe então espaço para um acordo, chamada de área de barganha
144
ou zona de acordo possível, que está entre o preço máximo aceito pelo comprador e o preço
mínimo aceito pelo vendedor.
146
Um processo de tomada de decisão exige as seguintes etapas, e pressupõem que os
tomadores de decisões sigam todos os passos racionalmente:
Planejamento e Preparação
1. Ganhar tempo.
2. Utilizar o “ rapport” e outras ferramentas da comunicação.
3. Transigir.
149
4. Rever posicionamento.
5. Autoridade limitada.
6. Buscar novos argumentos.
7. Retirada aparente.
8. Manter o clima positivo.
9. Evitar agressividade.
10. Usar o humor.
CLUBE DA HIPERTENSÃO E DO
ESGOTAMENTO NERVOSO
A palavra francesa “Rapport” que significa literalmente relação, tem sido traduzida para o
português pelos vocábulos: entendimento, simpatia, harmonia, sintonia e outros que retratam
apenas alguns aspectos de seu significado global.
2. Atitude: “Encontrar o outro em seu modelo de mundo, validando seus “mapas” – valores,
crenças - realidade individual”
Acompanhamento
152
Elementos não-verbais:
1. Postura corporal
2. Gestos e pequenos movimentos
3. Respiração - A chave mágica do Rapport.
Elementos verbais:
1. Qualidades da voz: volume, altura, velocidade e pausas.
2. Predicados (Visuais / Auditivos / Cinestésicos): usar os mesmos sistemas
3. Representacionais.
4. Palavras chaves ou repetidas com freqüência.
5. Recapitulação/Resumo: Ex.: “Então o que você está me dizendo é que...
Espelhamento Direto: Utiliza-se o mesmo canal de expressão do outro. Por exemplo, numa
ligação, repetir pelo menos 10% das palavras proferidas pelo cliente (LUCENTE, R. 2009).
Espelhamento Cruzado: Utiliza-se um canal diferente do utilizado pelo outro. Por exemplo,
espelhar a respiração com o fluxo e as pausas da fala.
Podemos espelhar, com detalhamento maior ou menor, tudo o que for possível.
Procuraremos fazê-los de forma confortável, discreta e elegante (LUCENTE, R. 2009)..
Potencializadores do “Rapport”
154
ADLER, R.B.; RODMAN, G. Comunicação Humana. 7ª. Edição, Rio de Janeiro: LTC, 2003
Andrada e Silva MA. Saúde Vocal. São Paulo: Editora Roca, 2002.
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consultoria e revisão técnica, Silvana Brescovici. 5 ed. Porto Alegre; Artmed, 1994.
1987
moderna administração das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier. Edição compacta. 3ª ed.
moderna administração das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier. Edição compacta. 3ª ed.
Fronteira, 1986.
FISHER, R. & URY, W. Como Chegar Ao Sim - A Negociação de Acordos sem Concessões,
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DOCÊNCIA EM
OPERADOR DESAÚDE
FIDELIZAÇÃO: “COMO
RETER SEUS CLIENTES E MELHORAR SEUS
RESULTADOS”
Copyright © Portal Educação
106p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-8241-137-7
CDD 658.834
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................6
2
2 CONCEITOS E TENDÊNCIAS DO MERCADO DE RETENÇÃO DE CLIENTE ........................9
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................103
5
1 INTRODUÇÃO
A satisfação dos clientes é influenciada além da qualidade dos produtos e/ou serviços.
Alguns itens também é que vão construir essa fidelidade, como: a facilidade, o custo x benefício,
preço competitivos, melhoria de produtos e/ou serviços, as condições de negociação e
pagamento, a facilidade em adquirir e/ou entrega facilitada, com prazos e compromissos
acordados, atendimento com interesse, relação de confiança na garantia de poder utilizar o
produto e/ou serviço quando há algum problema, descontos preferenciais, prêmios, promoções e
ofertas.
Essa marca deve ser construída a cada dia, pois com o passar do tempo, a expectativa
do consumidor consiste em receber mais do que a empresa oferece pelo assédio que tem da
concorrência. A necessidade de a empresa acompanhar as mudanças e pesquisas e monitorar
de perda às expectativas e necessidades dos seus consumidores, hoje com a redes sociais, que
é o encontro de pessoas pela internet com interesses em comum de negócios e/ou fazer
relacionamentos, apontam para esse poder do cliente em sinalizar se está satisfeito ou não com
determinada empresa.
Para garantir a cada dia essa fidelização, é preciso criar uma relação de confiabilidade,
credibilidade e segurança. Segundo o especialista Philip Kotler, conquistar um novo cliente tem
um custo cinco a sete vezes maior do que manter o atual.
Os consumidores que não são fiéis à marca, simplesmente vão embora da empresa,
nem sequer reclamam e ainda falam mal. Segundo ainda Kotler, 95% dos clientes insatisfeitos
não reclamam, apenas deixam de comprar. Esses geralmente falam mal da empresa para mais
20 pessoas, contra apenas cinco de um cliente que se sente satisfeito.
Pela falta de cultura da fidelização, a empresa deixa de ganhar com a perda desses
clientes e ainda muitas vezes pagam o custo por essa insatisfação com campanhas de 7
marketing milionárias para fortalecer a marca.
A fidelização requer uma reflexão além dos vínculos de ganhar prêmios, bônus e
vantagens da utilização de seus produtos e/ou serviços. Ela requer um tratamento de qualidade,
um atendimento em que o cliente perceba e sinta a importância que tem para a empresa.
Para que as empresas possam planejar suas estratégias, é preciso pensar que elas
dependem de uma base de clientes fiéis aos produtos e/ou serviços. Em tempos de excesso de
oferta e redução de demanda, em que a concorrência é extremamente acirrada em todos os
setores, é preciso conquistar a fidelidade dos clientes.
1. Um preço maior pelo seu produto, pela marca, qualidade e experiência positiva
que proporciona ao consumidor;
2. Novos produtos poderão ser criados em relação à imagem que o produto e/ou
serviços já possui;
3. Quanto mais fiel o consumidor, mais retorno ele dá para empresa pelo consumo e
fidelidade que tem a marca, maior tempo na base de clientes;
4. Um consumidor satisfeito atrai outros;
5. Dependendo da complexidade do produto e/ou serviço e dependendo da
qualidade do atendimento pós-venda e manutenção que este proporciona, o
consumidor poderá sentir-se inibido de migrar para a concorrente quando
seduzido por uma boa oferta;
6. A fidelização vem acompanhada de uma excelência de atendimento. Pressupõe
clientes mais satisfeitos e relações mais duradouras, sem o inconveniente do
consumidor recorrer suas reclamações com terceiros para se defender da 8
empresa;
7. Empresas que se atentam em fidelizar preocupam-se em atender bem e cativar o
cliente com agilidade e credibilidade;
8. A fidelidade do cliente aumenta sua vida útil na empresa, aumentando o valor dos
negócios e obtém vantagens financeiras que seus produtos e/ou serviços
proporcionam;
9. Clientes fiéis tendem a comprar mais dos produtos e/ou serviços da mesma
empresa;
10. Consumidores fiéis são os que reclamam da empresa porque querem usar seu
produto e/ou serviço e não querem ter problema;
11. Não possui o custo de recuperação de clientes perdidos;
12. Empresas com clientes insatisfeitos e/ou infiéis têm maior probabilidade de
inadimplência.
A reclamação do cliente e/ou sua insatisfação é proporcional à expectativa do que ele
espera receber e efetivamente o que ele recebeu. Se for menor, existe a frustração e a imagem
da empresa, que fica comprometida.
As campanhas de mídia para atrair novos clientes e realizar novas vendas é um ciclo 9
que exige cada vez mais dinamismo, criatividade e inovações. A busca do equilíbrio financeiro
para o crescimento da organização deve ter como base um planejamento não só nas conquistas
de novos clientes, mais um olhar sobre a manutenção dos já existentes.
Para esse mercado 2.0, a palavra de orientação é a inovação. Encontrar novas formas
de atender às características do consumidor que deseja alcançar. Compreender as expectativas,
necessidades e desejos que agreguem satisfação e comodidade.
O cliente não compra um produto e/ou serviço, ele adquire a satisfação que o produto
e/ou serviço pode proporcionar.
A evolução para manter um cliente fiel em longo prazo é apostar em produtos e/ou
serviços que atendam à sua individualidade.
Empresas que desejam que o resultado dos seus negócios seja um sucesso e
aumente sua base de clientes precisam investir em algumas ações:
Portanto questionar o que pode fazer para melhorar esse relacionamento e conquistá-
lo é de fundamental importância:
Quais possíveis dificuldades que seus clientes podem ter com a utilização e/ou
compra de seus produtos e /ou serviços?
Se tiverem, quais são as ações para saná-las?
Quem é seu cliente? Qual seu perfil?
Quais expectativas de seu cliente em relação aos seus produtos e/ou serviços?
Quais maiores dificuldades que ele encontra?
Em quais canais que ele possui algum tipo de dificuldade?
Como são sanadas?
Essas questões podem ser respondidas por meio de uma gestão do relacionamento.
Não é somente investimento em tecnologias, mas investimento de interesse e foco nas ações
para o cliente no dia a dia. Não há garantia que um cliente satisfeito recusará as ofertas da
concorrência. Mas um cliente fidelizado hesitará antes de aceitar e “trair” a organização.
FIGURA 1
É o chamado Marketing “One to One”. Isso faz com que as empresas introduziram o
conceito e tecnologias de CRM (Customer Relationshipment Management), ou seja, uma
estratégia de relacionamento de serviços ao cliente, um serviço ou produto personalizado
especialmente adequado a determinado cliente. Segundo PEPPERS AND ROGERS GROUP,
“CRM acrônimo de Customer Relationship Management (Gerência do Relacionamento com o
cliente) é o mesmo que one-to-one marketing.
14
FONTE: Disponível em: <Microsoft Media Gallery> Acesso em: 25 maio 2010.
Isso tudo fez com que o mercado buscasse um vínculo com os clientes, e esse vínculo
foi configurando-se a partir de soluções encontradas entre pessoas, ou seja, profissionais
contratados para atender, dar atendimento aos seus serviços e/ou produtos, enfim, que o
compreendesse melhor para identificar quais as suas reais necessidades, ou seja, um processo
de empatia e confiança mais estreito.
Como garantir que esse relacionamento está sendo satisfeito? E fidelizado? Pela
demanda do mercado, foi necessário criar estratégias que garantisse esse atendimento
alinhando essa comunicação entre empresa x cliente, sendo um instrumento de que essa
comunicação acompanhasse as mudanças diárias e uma fonte de informações de quais são as
necessidades desse novo perfil de cliente.
A exigência desse cliente é cada vez maior, busca e sabe o que quer. Segundo
MATOZO, os aspectos emocionais cada vez mais serão priorizados nos processos de decisão e
de compra das pessoas.
FIGURA 3
FONTE: Disponível em: <Microsoft Media Gallery> Acesso em: 25 maio 2010.
A área de retenção deve ser encarada como um canal de ganhar mais e novos
clientes. Portanto as empresas podem apostar em contratação de profissionais mais preparados,
pois estes buscam constantemente inovações e formas de melhorar seu trabalho. Dessa forma,
ganha a empresa em ser competitiva no mercado e uma oportunidade de recolocação para esse
perfil de profissional. Pesquisas apontam por contratações no mercado cada vez mais
especializadas ou com mais experiência.
16
3 A IMPORTÂNCIA DA ÁREA DE RETENÇÃO DE CLIENTES DENTRO DO PROCESSO DE
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA SUA ORGANIZAÇÃO
O cliente também, nesse cenário de redes sociais, além de gostar da empresa, ele
participa e compartilha suas experiências, dando sugestões e ajudando a empresa a aperfeiçoar-
se. Em algumas mídias sociais, o cliente que é bem atendido monta microblogs, coloca filmes de 18
declaração sobre a empresa, elogia a mesma, bem como seu produto e/ou serviço que ele utiliza
dela.
Os prêmios e bônus podem ser vantajosos, porém para se manter o cliente é preciso
vir com a vantagem da continuidade de utilização do produto e/ou serviço.
20
4 QUAL O PERFIL DOS CLIENTES QUE DESEJAM OU ABANDONAM A EMPRESA
Nenhuma empresa atende a todas as expectativas dos seus clientes. Mas pode
identificar qual o potencial e perfil destes, identificar o que faz com que sejam fiéis e conservá-
los. Como, por exemplo, elaborar políticas de preços, linhas de produtos e níveis de serviços
voltados para o crescimento de sua fidelidade. 22
Medir a satisfação dos clientes deve ser uma constante em empresas que desejam
construir relacionamento a longo prazo.
Clientes fiéis são os que estão na base de dados da empresa há longo tempo. Dão
retorno para empresa, não há reclamações sobre os produtos e/ou serviços, a empresa deve 23
saber o porquê e o que fez de certo com esse perfil de cliente e replicar com os demais para
conquistar essa fidelidade.
Conhecer por quais motivos que o cliente migra da sua empresa para a concorrente,
saber quais são os fatores que o levam a ir embora da sua; além dos pacotes e ofertas
24
imperdíveis.
O termo consumidor 2.0 vem da expressão Web 2.0, que fala a respeito do consumidor
que faz a informação na internet, não somente a utiliza. Ele cria e compartilham as informações.
A expansão desse termo cresceu a partir da expansão da banda larga e da criação de 25
programas para facilitar a produção do conteúdo da rede que surgiram nos sites marcados por
colaboração, formação de comunidades e compartilhamento de informações.
Antes bastava as empresas colocar no ar seu site informações sobre seus produtos
e/ou serviços de forma organizada, apresentável, com fotos etc. Hoje quase um bilhão de
pessoas, e contando a cada segundo, exploram essa multidão virtual. O impacto que a internet
gera é explosivo e as respostas a qualquer acontecimento são instantâneas.
FIGURA 4
Blogs, página pessoal que permite ao autor escrever sobre um ou mais assuntos
e dialogar com leitores por meio de comentários.
Wikis sites, como Wikipedia, que permitem aos visitantes colaborar entre si,
adicionando, criando e removendo informações, normalmente sem necessidade
de cadastramento.
Sites de relacionamento, redes em que os participantes criam perfis, trocam
mensagens e participam de comunidades. O maior é o MySpace, com 126
milhões de clientes.
Sites de compartilhamento de imagem: o mais célebre deles é o YouTube,
onde são visualizados 100 milhões de vídeos diariamente.
Mundos virtuais: ambientes digitais nos quais os participantes podem interagir
por meio de avatares, como são chamadas as representações virtuais dos
clientes. O Second Life é o mais popular.
Podcasting e Vidcasting: trata-se dos programas virtuais de rádio ou de
televisão que são acessados pelos clientes.
28
6 COMO LIDAR COM AS REDES SOCIAIS
Com a troca de informações, foi possível uma maior participação também das relações
dos consumidores com as empresas.
Cada vez mais os consumidores atuam nas mídias sociais que têm uma repercussão
mais imediata e mais aceita por seu público. Geralmente um consumidor vai confiar mais nas
informações que estão postadas em um site de reclamação, um filme colocado no Youtube com
declaração de uma má prestação de serviço do que no marketing que a empresa faz em relação
aos seus produtos e/ou serviços.
Enfim, ele dá oportunidades para empresa rever sua atuação e se aperfeiçoar. Para
isso é preciso que a empresa tenha uma cultura e estratégias voltadas ao cliente.
Dessa forma, vai não só cativar o cliente por meio de uma escuta atenciosa como
cativá-lo e fidelizá-lo.
É preciso nessas estratégias saber como responder e reagir às críticas. Aceitar e ouvir,
mesmo que a reclamação contemple um processo que não possa ser modificado. A ideia é
transmitir uma imagem positiva de uma empresa que se preocupa com as necessidades do seu
cliente. Se a crítica for severa, é preciso saber os motivos, demonstrar importância e averiguar o
que está ocorrendo. Saber se o motivo pode ser de mais de um cliente.
Nas redes sociais, os consumidores podem ter acesso não só às reclamações, mas 30
vídeos comprometedores, fotos acusadoras e mensagens acusando, mostrando com imagens e
documentos como provas de suas frustrações e problemas com as empresas, atitudes que
podem comprometer as empresas e arruinar um negócio de anos.
Responder sem causar polêmica, ser educado, respeitoso e avaliar a situação, tendo
como foco a resolução e, desta forma, não comprometer sua reputação.
Os consumidores têm seus direitos protegidos pelo Decreto Lei 6523 de 31/07/08,
contendo os abusos das empresas com relação ao acesso as resoluções de seus problemas
relacionados aos produtos e serviços das empresas. 32
Apesar de atingir alguns segmentos empresarias, como: financeiro, saúde, utilities
(água, luz, telefone) e TV a cabo, o Decreto Lei serve e auxilia as empresas a organizarem-se
melhor quando se trata de melhores práticas do mercado.
O decreto lei contempla alguns caminhos para que as empresas aprendam como
atender melhor ao seu consumidor; quais as maiores dificuldades encontradas e que impactam
no atendimento ao cliente.
7.1 ACESSIBILIDADE
33
7.2 QUALIDADE DO ATENDIMENTO
7.5 CANCELAMENTO
35
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990,
DECRETA:
Art. 1o Este Decreto regulamenta a Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, e fixa normas
gerais sobre o Serviço de Atendimento ao Consumidor - SAC por telefone, no âmbito dos
fornecedores de serviços regulados pelo Poder Público Federal, com vistas à observância dos
direitos básicos do consumidor de obter informação adequada e clara sobre os serviços que
contratar e de manter-se protegido contra práticas abusivas ou ilegais impostas no fornecimento
desses serviços.
CAPÍTULO I
DO ÂMBITO DA APLICAÇÃO
Art. 2o Para os fins deste Decreto, compreende-se por SAC o serviço de atendimento telefônico
das prestadoras de serviços regulados que tenham como finalidade resolver as demandas dos
consumidores sobre informação, dúvida, reclamação, suspensão ou cancelamento de contratos
e de serviços.
CAPÍTULO II
DA ACESSIBILIDADE DO SERVIÇO
Art. 3o As ligações para o SAC serão gratuitas e o atendimento das solicitações e demandas
previsto neste Decreto não deverá resultar em qualquer ônus para o consumidor.
Art. 4o O SAC garantirá ao consumidor, no primeiro menu eletrônico, as opções de contato com
o atendente, de reclamação e de cancelamento de contratos e serviços.
§2o O consumidor não terá a sua ligação finalizada pelo fornecedor antes da conclusão do
atendimento.
§3o O acesso inicial ao atendente não será condicionado ao prévio fornecimento de dados pelo
consumidor.
§4o Regulamentação específica tratará do tempo máximo necessário para o contato direto com o
atendente, quando essa opção for selecionada.
Art. 5o O SAC estará disponível, ininterruptamente, durante vinte e quatro horas por dia e sete
dias por semana, ressalvado o disposto em normas específicas.
Art. 6o O acesso das pessoas com deficiência auditiva ou de fala será garantido pelo SAC, em
caráter preferencial, facultado à empresa atribuir número telefônico específico para este fim.
37
Parágrafo único. No caso de empresa ou grupo empresarial que oferte serviços conjuntamente,
será garantido ao consumidor o acesso, ainda que por meio de diversos números de telefone, a
canal único que possibilite o atendimento de demanda relativa a qualquer um dos serviços
oferecidos.
CAPÍTULO III
DA QUALIDADE DO ATENDIMENTO
Art. 8o O SAC obedecerá aos princípios da dignidade, boa fé, transparência, eficiência, eficácia,
celeridade e cordialidade.
Art. 9o O atendente, para exercer suas funções no SAC, deve ser capacitado com as habilidades
técnicas e procedimentais necessárias para realizar o adequado atendimento ao consumidor, em
linguagem clara.
§2o Nos casos de reclamação e cancelamento de serviço, não será admitida a transferência da
ligação, devendo todos os atendentes possuir atribuições para executar essas funções.
Art. 12o É vedado solicitar a repetição da demanda do consumidor após seu registro pelo
primeiro atendente.
Art. 13o O sistema informatizado deve ser programado tecnicamente de modo a garantir a
38
agilidade, a segurança das informações e o respeito ao consumidor.
Art. 14o É vedada a veiculação de mensagens publicitárias durante o tempo de espera para o
atendimento, salvo se houver prévio consentimento do consumidor.
CAPÍTULO IV
DO ACOMPANHAMENTO DE DEMANDAS
Art. 15o Será permitido o acompanhamento pelo consumidor de todas as suas demandas por
meio de registro numérico, que lhe será informado no início do atendimento.
§1o Para fins do disposto no caput, será utilizada sequência numérica única para identificar
todos os atendimentos.
§2o O registro numérico, com data, hora e objeto da demanda, será informado ao consumidor e,
se por este solicitado, enviado por correspondência ou por meio eletrônico, a critério do
consumidor.
§3o É obrigatória a manutenção da gravação das chamadas efetuadas para o SAC, pelo prazo
mínimo de noventa dias, durante o qual o consumidor poderá requerer acesso ao seu conteúdo.
Art. 16o O consumidor terá direito de acesso ao conteúdo do histórico de suas demandas, que
lhe será enviado, quando solicitado, no prazo máximo de setenta e duas horas, por
correspondência ou por meio eletrônico, a seu critério.
CAPÍTULO V
Art. 17o As informações solicitadas pelo consumidor serão prestadas imediatamente e suas
reclamações, resolvidas no prazo máximo de cinco dias úteis a contar do registro. 39
§1o O consumidor será informado sobre a resolução de sua demanda e, sempre que solicitar,
ser-lhe-á enviada a comprovação pertinente por correspondência ou por meio eletrônico, a seu
critério.
§2o A resposta do fornecedor será clara e objetiva e deverá abordar todos os pontos da demanda
do consumidor.
§3o Quando a demanda versar sobre serviço não solicitado ou cobrança indevida, a cobrança
será suspensa imediatamente, salvo se o fornecedor indicar o instrumento por meio do qual o
serviço foi contratado e comprovar que o valor é efetivamente devido.
CAPÍTULO VI
Art. 18o O SAC receberá e processará imediatamente o pedido de cancelamento de serviço feito
pelo consumidor.
§1o O pedido de cancelamento será permitido e assegurado ao consumidor por todos os meios
disponíveis para a contratação do serviço.
§2o Os efeitos do cancelamento serão imediatos à solicitação do consumidor, ainda que o seu
processamento técnico necessite de prazo, e independe de seu adimplemento contratual.
§3o O comprovante do pedido de cancelamento será expedido por correspondência ou por meio
eletrônico, a critério do consumidor.
CAPÍTULO VII
Art. 19o A inobservância das condutas descritas neste Decreto ensejará aplicação das sanções
previstas no art. 56 da Lei no 8.078, de 1990, sem prejuízo das constantes dos regulamentos 40
específicos dos órgãos e entidades reguladoras.
Art. 21o Os direitos previstos neste Decreto não excluem outros, decorrentes de
regulamentações expedidas pelos órgãos e entidades reguladores, desde que mais benéficos
para o consumidor.
FIGURA 5
FONTE: Disponível em: <Microsoft Media Gallery> Acesso em:17 fev. 2002
A monitoria vem cumprir o papel de identificar quais são os pontos em que a
organização está perdendo clientes e verificar se houve falha ou mesmo esquecimento de
alguma etapa do procedimento, comprometendo a entrega do produto ou do serviço.
Fala-se muito hoje em dia da qualidade da experiência do cliente. Um importante ícone
do mercado, a revista Consumidor Moderno, publicou por um período de tempo uma matéria que
testava o atendimento ao cliente, escolhendo a cada edição um determinado setor e depois
divulgando as notas dos resultados, satisfatórios ou não, do atendimento prestado. 42
A experiência do “cliente misterioso” era feita em vários canais, como telefone,
presencial e e-mail. Criava-se um cenário com um determinado problema, como, por exemplo, a
troca de um produto ou serviço, e o jornalista “cliente” relatava como era tratada a situação,
fazendo uma avaliação tanto técnica como comportamental. Uma monitoria, se bem utilizada,
pode fazer e divulgar com sucesso os resultados de um trabalho como esse.
No caso dessa revista e dos vários outros casos, observamos que são justamente
essas experiências que fazem com que o cliente continue ou não na organização e que seja ou
não fidelizado.
FIGURA 6
FONTE: Disponível em: <Microsoft Media Gallery> Acesso em: 17 fev. 2002.
Para saber se o operador tem perfil para dar atendimento a um cliente, é preciso que
ele se pergunte:
FUGURA 7
47
FONTE: Disponível em: <Microsoft Media Gallery> Acesso em: 25 maio 2010.
48
FONTE: Disponível em: <Microsoft Media Gallery> Acesso em: 25 maio 2010.
2º grau completo;
Experiência de um a dois anos em atendimento ao cliente/ vendas;
Conhecimento em informática;
Familiaridade com sistemas;
Persistência;
Excelente fluência verbal;
Boa dicção;
Agilidade;
Atenção;
Saber ouvir;
Ótimo relacionamento interpessoal;
Atitude: bom humor, cordialidade, segurança, comprometimento e procurar
sempre aprender.
9.3 EMPREGABILIDADE EM UM MERCADO DE GLOBALIZAÇÃO
Hoje, possui mais perfil profissional aquele que cuida da sua carreira como se ela fosse 49
seu maior patrimônio, que investe na própria capacidade e que aprimora seus talentos. Nas
palavras dos consultores de empresas, quem se encaixa nesse perfil tem alto grau de
empregabilidade. Para esse tipo de profissional pode faltar emprego, mas nunca faltará
ocupação nem remuneração adequada.
Foi-se o tempo em que um bom emprego era garantia de segurança financeira para o
resto da vida. Profissionais competentes relatavam com orgulho a carreira de trinta anos numa
mesma empresa, onde entravam como office-boys e se aposentavam como diretores.
50
Este conjunto de crenças versus a realidade que nos encontramos faz com que
possamos ter contato, uns mais, outros menos, com a realidade à nossa volta, e o profissional
que possuir maior clareza de onde está e como está posicionado no mercado poderá avaliar e
chegar à conclusão que é um diferencial no mercado e/ou preparar-se para alcançar este
diferencial.
1. Adequação profissional
o Investir aptidões e interesses;
o Avaliar as possibilidades de crescer no ramo de atividade que atua ou na
empresa;
o Direcionar sua carreira profissional;
o Avaliar como está sua motivação para o trabalho.
2. Competência profissional
o Oferecer ajuda e aprender com sua ocupação atual;
o Dar sugestões que agreguem em sua empresa como oportunidades de
novos negócios no relacionamento com o cliente;
o Elevar seu nível de informação e de cultura geral;
o Dominar pelo menos um idioma estrangeiro; 51
o Tomar a iniciativa de buscar cursos de treinamento;
o Rever suas atitudes e comportamentos profissionais e pessoais.
3. Conduta e Ética
o Tratar os clientes, colegas e líderes com respeito e cordialidade;
o Fornecer e respeitar informações que estão dentro do procedimento da
organização;
o Manter a disciplina respeitando a liberdade que a empresa fornece quanto
aos horários;
o Utilizar corretamente os recursos de trabalho colocados à sua disposição.
Porém, além disso, é preciso que o foco na resolução de situações, seja questionado
pelos operadores se possui os requisitos abaixo:
FIGURA 10
FONTE: Disponível em: <Microsoft Media Gallery> Acesso em: 25 maio 2010.
Interesse em ajudar - saber qual o papel que o operador de retenção tem com o
cliente, qual compromisso e qual filosofia de vida que possui e com o trabalho que realiza. Passa
a ser uma filosofia de vida, um famoso executivo, já falecido, comentou certa vez na mídia que
somente contratava pessoas para seu quadro de atendimento ao cliente, pessoas que faziam
algum tipo de assistência social, dizia ele que pessoas que se preocupam com outras, possuíam
mais empatia para ajudar o cliente em sua dificuldade.
Gostar do que faz - ter escolhido a profissão que executa e/ou exercê-la com
dedicação e respeito. Pessoas sem paixão pelo que faz muitas vezes encaram como sendo uma
obrigação e não possui compromisso com sua vida e nem com ninguém. 53
Tecnologia a seu favor - somente a tecnologia não vai fazer diferencial na escolha de
um cliente, se a empresa no mercado apresenta um atendimento ao cliente sofrível e nenhuma
política de fidelização.
As empresas podem criar uma cultura em seu ambiente que valorize esses requisitos,
porém deve exemplificar em todo escalão. As regras e normas estabelecidas devem permear
todos os níveis hierárquicos, somente assim a empresa poderá demonstrar ao mercado a
"alegria em atender bem", como pregam algumas empresas do mercado, reflita que o cliente é a
razão de existir da empresa, pois sem ele nada poderá existir ou resistir ao tempo.
11 AS ATITUDES POSITIVAS QUE FAZEM A DIFERENÇA NO PROCESSO DE RETENÇÃO
DE NOSSOS CLIENTES
Quais canais de comunicação a empresa disponibiliza aos seus clientes? Hoje em dia, 54
com tanta tecnologia, com acesso às pessoas, como por exemplo, as redes sociais, a impressão
é que não possui limites e dificuldades de não disponibilizar meios de auxiliar os clientes.
FIGURA 11
É preciso passar uma boa impressão ao cliente na hora de orientar, esclarecer e/ou
sugerir algo, arranhões com a linguagem, falta concordância verbal, gerundismo e gírias, podem
comprometer um atendimento de qualidade.
É imprescindível deixar um canal aberto com o cliente que ele possa opinar e dar sua
nota de satisfação na qualidade dos serviços prestados x eficiência e eficácia de seus recursos
oferecidos. Dessa forma, poderão disponibilizar e desenvolver os canais mais efetivos e
produtivos e para atendimento.
Mudanças envolvem riscos e devem ser listados os prós e contras de toda decisão. A
mudança em questão envolve como o operador vê seu trabalho e como percebe o mundo em
relação a ele.
A partir dessa analise, é capaz de orientar-se para o que precisa fazer para melhorar,
entender o que será o melhor para sua carreira.
Acompanhando algumas operações de atendimento, foi percebido que nas pesquisas
de satisfação ao cliente um quesito bem avaliado é o excelente conhecimento técnico do
operador, porém o quesito mais sofrível é em relação ao relacionamento interpessoal, a
interação, empatia, capacidade de resistência à pressão e itens comportamentais.
56
FIGURA 12
FONTE: Disponível em: <Microsoft Media Gallery> Acesso em: 25 maio 2010.
Nesse quesito, dependerá de sua atitude de como encara seus resultados, o feedback
que recebe do seu cliente.
O operador adequado ao que faz reconhece onde precisa melhorar e esforça-se por
fazê-lo. Aceita as críticas como uma etapa que faz parte de seu aprendizado e crescimento
profissional.
FIGURA 13
FONTE: Disponível em: <Microsoft Media Gallery> Acesso em: 25 maio 2010.
Empresas com foco do cliente, não no cliente, conseguem perceber melhor qual sua
necessidade e responder com sensibilidade e rapidez a elas. Hoje em dia, a experiência do
cliente com a empresa faz a diferença e cria vínculos duradouros.
As oportunidades de surpreender os clientes hoje são inúmeras, basta que ela não
menospreze suas solicitações. Se não pode oferecer o que ele deseja, pelo menos agradá-lo de
alguma maneira, compensando-o pela lealdade, pelo poder de compra, por pagar em dia, por tê-
lo como cliente, por seu aniversário, enfim fidelizá-lo.
Algumas empresas, apesar de ter um enorme aparato tecnológico, jamais lhe enviam
um cartão de aniversário e até envia para o cartório sem qualquer aviso, mesmo sendo um
cliente que sempre pagou sua conta, religiosamente em dia, durante anos.
Essas técnicas têm como objetivo direcionar o atendimento e podem ser definidas
quando o operador recebe o contato do cliente, atendimento receptivo; ou quando entra em
contato com o cliente, atendimento ativo.
Análise da situação
2. Diagnóstico
(checar em sistemas x o que o cliente relata).
Análise da situação
relata).
61
2. Abordagem Identificar Empresa/ Profissional.
A abordagem é uma técnica que tem por finalidade aproximar o cliente do operador.
Trata de uma etapa importante que vai poder abrir "as portas" do diálogo com o cliente, fazendo
com que ele esteja mais receptivo em receber as orientações. Portanto é importante que, em
cada abordagem, o operador verifique se seguiu os passos abaixo:
Qual o problema desta vez? È importante que o operador não agrave a situação, com
expressões que possa denunciar que a empresa lhe traz
problemas, ao invés dessa expressão, utilize:
Qual a situação? ou
O Sr. falou, falou e agora não O operador tem que usar a persuasão e a assertividade para
quer me ouvir? Será que o Sr. convencer e chegar ao um acordo, nunca a agressividade para
pode me ouvir? contornar as objeções. Essa fala muitas vezes ocorre pelo cliente
Deixa eu falar! 63
não se sentir ouvido ou o operador fala junto com ele. A expressão
Quando permitir que eu fale, me mais adequada precisa ser:
avisa!
Eu vou ser sincera com a Sra... Essa expressão pode demonstrar que até agora o operador não
estava sendo sincero ou falando a verdade, e o cliente pode se
sentir enganado e demonstrar resistência para concordar com a
solução. A expressão mais adequada pode ser:
O Senhor entendeu o que eu disse? Esta fala pode demonstrar que o operador está subestimando a
capacidade do cliente. Ao invés dessa fala, utilize:
Tá entendendo?
Fui claro?
Não, infelizmente não podemos! Palavras no negativo são prejudiciais a qualquer perfil de
atendimento. Ela faz com que os clientes fiquem ressentidos e
Senhor, não tem como! podem interpretar que o operador não quer ajudar. Ao invés dessa
abordagem, utilize:
Tá ok, obrigada você, tchau tchau! A finalização deve demonstrar uma unidade de informação assim
64
como o slogan de abertura, que o cliente está conversando com a
Naaaada... Tchau, tchau! mesma empresa. Evite termos informais. O mais adequado nesse
Disponha... caso é:
13.2 DIAGNÓSTICO
A essa condução damos o nome de uma técnica, a sondagem, que para o operador
está uma das etapas mais importante que fará chegar ao resultado da solução de forma mais 65
assertiva e adequada.
A sondagem tem por finalidade descobrir as necessidades do cliente, que possam ser
satisfeitas pelos produtos/serviços e seus benefícios, ou seja, despertar no cliente a necessidade
que ele passe todas as informações necessárias para o diagnóstico do operador. A sondagem
auxilia a comunicação tornar-se mais didática.
FIGURA 14
FONTE: Disponível em: <Microsoft Media Gallery> Acesso em: 17 fev. 2002.
66
13.5 DIFERENTES FORMAS DE ARGUMENTAR
É necessário que os exemplos que aplicamos sejam precisos e ainda assim são
suscetíveis de originar muitos erros;
Devemos usar mais do que um exemplo, principalmente quando generalizamos;
Uma generalização para ser comprovada necessita de diferentes exemplos;
O número de exemplos depende da sua representatividade nesse contexto;
A amostra deve representar a população a partir da qual estamos a generalizar;
Atenção aos contraexemplos;
Se conseguir descobrir um contraexemplo para a generalização que pretende
defender, então reveja a generalização.
Por vezes, tentamos explicar por que acontece determinado fato, argumentando sobre
a sua causa. 68
13.6 OBJEÇÃO
Quando o cliente apresenta uma objeção, é preciso que o operador não tenha qualquer
receio ou medo e aceitar que ele apresente objeções. A objeção define-se por algo que o cliente
não compreendeu. A mensagem ou a resposta que foi dada não atende à sua expectativa.
Portanto, além de aceitar que a objeção existe e que o cliente a tenha, é preciso que o operador
trate-a com paciência. Portanto, dê razão ao cliente quando a objeção for procedente e prossiga
regularmente na sua argumentação. Procure responder corretamente as objeções estratégicas,
69
escute com atenção, respeite. No caso de uma objeção sem sentido, respeite ou parafraseie
com ênfase e, em seguida, confronte-as, concordando primeiro.
13.7 FECHAMENTO/ACORDOS
Para que chegue ao fechamento, é necessário que o operador garanta que o cliente
ficou satisfeito com as soluções propostas. Confirmando, o operador deve fechar o acordo,
fazendo convite à ação para o cliente continuar utilizando os produtos e/ou serviços com os
benefícios e vantagens ofertados.
70
13.8 ENCERRAMENTO
13.9 PÓS-VENDAS
Para quem atua em retenção, deve realizar o pós-vendas, que é crucial. Constrói
relacionamento de uma forma mais ágil com custo x benefício ao cliente que necessita cada vez
mais de rapidez para fechar os negócios.
71
O trabalho de pós-vendas é tão ou mais importante que a própria retenção, pois é por
meio dele que se demonstra interesse pelo cliente. Checar se a empresa está cumprindo os
prazos, as entregas, entregando produtos de qualidade.
O pós-vendas é a garantia do cliente de que pode contar com o agente e sua empresa.
Se o agente faz um bom pós-vendas, com certeza é um verdadeiro profissional de retenção.
14 COMO REALIZAR O DIAGNÓSTICO CORRETO NO ATENDIMENTO TÉCNICO COM
PERGUNTAS ADEQUADAS E ORIENTAÇÕES DE ACORDO COM RÉGUA DE OFERTAS E
BENEFÍCIOS
72
Para realizar um bom diagnóstico, o operador de retenção precisa ter em mente qual
papel desempenha quais instrumentos e/ou recursos dispõe para chegar ao seu objetivo, bem
como ter amplo conhecimento dos produtos e/ou serviços para disponibilizar ao cliente.
O trabalho do operador inicia-se de fato quando o cliente começa a não concordar ou
não entender os esclarecimentos.
É importante, além das técnicas que vamos ilustrar que os operadores tenham em
mente que somente pode sustentar uma dúvida quem conhece o produto e/ou serviços de uma
forma especializada e ter técnicos, se necessário, que tenham um nível mais especializado ainda
dos produtos e/ou serviços que atendem.
73
Para chegar a essa construção, existem algumas sondagens que facilitam onde o
operador precisa e deve chegar. A sondagem se faz por intermédio de perguntas de
esclarecimento, que podem ser: abertas, fechadas e/ou alternativas.
As perguntas abertas iniciam-se com Quem? O quê? Onde? Por quê? Quando?
Como? Quanto? E tem como objetivo:
Para o operador de retenção, esse diagnóstico tem de estar claro e respondido. A partir
inicialmente de planejamento, o que precisa para atender a esse cliente é levar em consideração
alguns questionamentos essenciais, a si e a seu cliente, como por exemplo:
75
Você alguma vez parou para pensar sobre a repercussão de sua voz nos
clientes?
78
O cliente liga para uma empresa e uma voz atende. A voz é do operador de
atendimento, mas nesse momento é com "a voz da empresa" com quem o cliente está falando. E
essa voz deve exercer o papel de representar e assegurar todos os aspectos positivos da
empresa.
FIGURA 16
FONTE: Disponível em: <Microsoft Media Gallery> Acesso em: 25 fev. 2002.
A memória tem a capacidade de armazenar todas as vozes que ouve ao longo da vida
e torna-se parte das lembranças de pessoas que se conhecem ou convivem. Essas lembranças
são armazenadas com o som da voz, juntamente com as sensações despertadas e as
impressões que nos impactaram.
A partir dessa nova voz, acessamos o nosso cérebro e nossos esquemas mentais, da
impressão que essa nova voz nos causa e a comparamos com outras vozes armazenadas. A 79
partir daí, construímos uma impressão e imagem mental do interlocutor, positiva ou negativa,
dependendo de como absorvemos e interpretamos aquela voz.
O cliente construirá uma imagem que pode ser denominada imagem acústica; o cliente
não vê, mas ouve a comunicação e forma uma imagem mental do conteúdo e a forma que está
transmitindo essa comunicação. Essa imagem acústica representará a imagem que o cliente fará
da empresa e do operador.
Por isso a importância de quando operador for deixar o cliente na linha aguardando
enquanto faz uma pesquisa para buscar a solução é imprescindível antes informar que vai se
ausentar, avisando o que vai fazer e se for demorar, avisar e pedir o acordo do cliente.
Sua voz, dessa forma que apresentamos acima, transmite sua personalidade ao
telefone. Denuncia se você tem interesse e está interessado ou não em atender ao seu cliente.
Uma voz agradável, que demonstre simpatia, pode seduzir e convencer os clientes.
Por outro lado, uma voz desagradável, que demonstre irritação, nervosismo, pode fazer com que
o cliente rejeite a pessoa, a informação, ideia e/ou produto ou serviço.
81
FONTE: Disponível em: <Microsoft Media Gallery> Acesso em: 17 fev. 2002.
82
FONTE: Disponível em: <Microsoft Media Gallery> Acesso em: 17 fev. 2002.
83
A motivação em uma área de retenção é uma das tarefas imprescindíveis. A retenção
movimenta-se por metas e indicadores a cada segundo e é necessário que as pessoas
participem e envolvam-se com essas métricas.
As campanhas motivacionais servem para criar incentivos para criar equipes para um
foco comum. Nas metas, devem estar além dos resultados operacionais qualitativos e
quantitativos da operação. É preciso ter a qualidade da satisfação ao cliente.
Os incentivos podem ser premiações, que podem ser individuais e por equipe quando
uma meta foi alcançada.
Dados Qualitativos:
Ideias motivacionais:
FIGURA 19
87
FONTE: Disponível em: <Microsoft Media Gallery> Disponível em: 25 maio 2010.
Mais do que encantar cliente, é preciso antes ter uma boa comunicação com o mesmo
para ter atenção no que ele deseja. Quando a empresa não tem argumento sobre as objeções
que o cliente apresenta, a abordagem que utilizam pode ficar, por exemplo, como: "É o
procedimento, Senhor!”; “É a norma ou é o regulamento!".
É preciso, dessa forma, saber o quanto o operador necessita que o seu cliente saiba.
Dessa forma, informá-lo adequadamente para que a comunicação se estabeleça. Por exemplo, é
preciso ter mais pró-atividade em proporcionar alternativas e contingências em casos de falta de
garantia, equipamento fora de linha etc.
O uso de termos técnicos somente é adequado utilizar quando o cliente conhece. Dar
curso ao cliente ou forçá-lo a compreender o que o operador diz poderá ter consequências
desastrosas e gerar conflito no contato, comprometendo os resultados e o tempo médio de
atendimento.
Além das atitudes, a comunicação com o cliente deve também ser facilitada pelos
canais de telefonia. Uma equipe dimensionada adequadamente gera satisfação ao cliente,
produtividade e lucros para a empresa. Porém, uma estrutura subdimensionada pode gerar
linhas ocupadas, filas, abandonos e, consequentemente, insatisfação do cliente e perda de
receitas. Assim como estruturas superdimensionadas geram ociosidades, desperdícios de
recursos, aumentando os custos e reduzindo lucro operacional.
90
Para criar uma área de atendimento aos clientes, é preciso construir soluções
estratégicas de atendimento, possibilitar a criação de formas de prevenir, antes mesmo que
aconteçam. A missão de uma área de retenção é prevenir problemas ao invés de apresentar
uma postura reativa diante das situações. As dificuldades muitas vezes ocorrem porque, em vez
de agir na origem do problema, querem consertar as consequências e ficam constantemente
apagando incêndios que geralmente são os mesmos.
FIGURA 21
FONTE: Disponível em: <Microsoft Media Gallery> Acesso em: 17 fev. 2002.
Ao invés de gerenciar problemas, o mais importante é desenvolver soluções para
melhorar os produtos e serviços. É preciso uma forma ágil para que os clientes sejam
rapidamente contatados antes de entrarem em contato com o atendimento. Além da pró-
atividade, há algumas regras para minimizar as dificuldades do dia a dia:
O operador não pode se pôr na defensiva porque o cliente informou que o produto
e/ou serviço não funcionava e tomar para si como uma ofensa; 93
É preciso que o operador esteja disponível para esclarecer, mesmo que não seja
com ele a responsabilidade de resolver; encaminhe para qual empresa ele deve
ligar.
FIGURA 22
FONTE: Disponível em: <Microsoft Media Gallery> Acesso em: 17 fev. 2002.
A comunicação é uma habilidade que pode ser aperfeiçoada a cada momento. Os
desafios são maiores quando nossos clientes estão por telefone, situação em que há
necessidade também de desenvolver técnicas para auxiliar a adaptar-se a diferentes perfis de
clientes. A habilidade linguística é uma delas e pode facilitar e aproximar as relações com seu
cliente.
O operador de retenção precisa, muitas vezes, traduzir para o senso comum suas
orientações, demandando, além da "tradução", muita paciência e respeito até pela dificuldade do
cliente.
FIGURA 23
95
FONTE: Disponível em: <Microsoft Media Gallery> Acesso em: 17 fev. 2002.
Quando o operador não julga, mas procura ser sincero, prestativo e interessado,
certamente obterá a atenção do cliente com maior facilidade.
Para que esse contato seja ainda efetivo e positivo, devem ser evitados alguns termos
considerados inadequados, que listamos logo abaixo: 96
Insegurança Eu acho que... Talvez... Pode ser que... Não sei bem...
Expressões
Problemas, nunca, atraso, impossível, dúvidas, é difícil...
negativas
Expressões
O Sr. está entendendo?
depreciativas
FIGURA 24
FONTE: Disponível em: <Microsoft Media Gallery> Acesso em: 25 maio 2010.
As pessoas reagem de forma diferente com relação a algum tipo de agressão, e alguns
operadores tendem a levar o estresse do cliente para o lado pessoal, principalmente quando se
acham injustiçados e o impulso é revidar. Mas enfrente de outra forma: enquanto o cliente liga
para a empresa, por enquanto ele está interessado no seu produto e serviço, porque o cliente
que desiste da empresa simplesmente vai embora.
É preciso encarar a reclamação ou nervosismo como um presente, pois o cliente nos
diz em que podemos melhorar, e isso pode servir de estímulo para não errarmos mais, não
simplesmente ter uma reação emocional de rejeição e revide da agressão. É preciso enxergar
como uma oportunidade, um presente, uma manifestação gratuita da satisfação ou não dos
produtos e serviços que a empresa oferece.
Seguem algumas regras que são importantes para utilizar quando estiver em contato 99
com um cliente nervoso:
Tenha como foco a expectativa do seu cliente - Um cliente fica zangado quando
suas expectativas deixaram de ser cumpridas e a situação não foi resolvida de
maneira eficaz;
Não leve para o lado pessoal - Lembre-se de que um cliente que se encontre em
estado de espírito agressivo não está agredindo você pessoalmente;
Procure manter a calma - Não se ponha na defensiva nem inventa explicações;
procure lidar com o cliente de maneira racional. Peça desculpas quando for o caso.
Não fale junto com o cliente - Fale pausada e calmamente; nunca aja de maneira
condescendente nem acuse o cliente de ter causado o problema;
Seja positivo - Mantenha uma atitude positiva, profissional, educada e respeitosa;
Expresse simpatia e interesse em resolver o problema - Ainda que a crítica
seja completamente inapropriada, você pode tentar colocar-se no
lugar da pessoa. “Senhor Carlos, eu lamento o aborrecimento e pedimos desculpas
pelos transtornos causados, não temos a intenção de causar-lhe qualquer prejuízo
e dessa forma vamos providenciar essa solução o mais rápido possível";
FIGURA 25
O pessimista... diante desse mesmo revés encara como um defeito, um erro fatal em si
mesmo.
102
Ser otimista tem a ver com sucesso que você pode ter na vida. Tem relação com que
você pode aprender e enxergar os acontecimentos da vida como lições e toma atitudes para
modificar o que deseja, portanto as pessoas que possuem automotivação apresentam algumas
características peculiares a essa forma de agir:
DRUCKER, Peter. Administrando para Obter Resultados. 1. ed. São Paulo: Pioneira, 1998.
104
PEPPPERS AND ROGERS GROUP. Call Center 1 to 1. São Paulo: Makron Books, 2001.
SEGALLA, A.; ALINE, R.; RAFAEL, B. O poder do consumidor no mundo digital. Época
negócios,10/2007. Fontes: Ibope/Net Ratings, Google, Microsoft e Booz Allen, Copyright © 2009
- Editora Globo S.A.
VICENTE, A. Plano de Marketing Passo a Passo. 1. ed.. Rio de Janeiro: RA Editores, 1999.
DOCÊNCIA EM
SAÚDE
OPERADOR DE HELPDESK
Copyright © Portal Educação
114p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-8241-138-4
CDD 004
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................6
2
2 CONCEITOS DE MERCADO ....................................................................................................10
3
8 COMO UTILIZAR AS TÉCNICAS ADEQUADAS AO TELEFONE - CONFIRMANDO AS
ORIENTAÇÕES E PASSOS A SEREM SEGUIDOS PELO USUÁRIO ..............................................52
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................112
1INTRODUÇÃO
6
A área de atendimento ao cliente é o diferencial hoje das organizações, além de conter
os custos, as áreas de suporte precisam estar à procura para melhorar cada vez mais o
atendimento e se adequar o nível de exigência dos clientes, principalmente a nova geração y,
um público que tem hoje 17 a 30 anos e que nasceu no meio digital, a tecnologia para eles não
tem mistérios. É também, é individualista, infiel, impaciente, utiliza a mídia digital e está nas
redes sociais, atuando falando de seu trabalho, das empresas é esse também o usuário que
atendemos.
Com essas evoluções, as empresas precisam cada vez mais pensar em iniciativas que
agreguem valor aos negócios e identifiquem novas oportunidades de mercado.
O que a empresa e o profissional entregam ao cliente deve apontar soluções que vão
além do simples suporte e resolução. A empresa precisar estar focada com sua missão, ações
estratégicas, processos alinhados e colocar um plano de ação para resolução do que fazer com
novas informações que aparecerão.
De acordo com seu negócio a empresa precisa estar atenta ao que faz com que seja
competitiva e dinâmica, o que o cliente busca e deseja e como satisfazê-lo.
Focar também as metas propostas para cada perfil de atendimento, como por exemplo,
ter em pauta alguns indicadores: resolução no primeiro contato (firstcallresolution), tempo médio
de atendimento (TMA), complexidade de atendimento: primeiro, segundo nível, etc., também
auxiliam as empresas atenderem com excelência e produtividade, mas esses fatores também
são condições básicas.
Além de esses indicadores avaliar em também as demandas que fizeram aumentar a
carga horária de serviços, destinados ao atendimento ao consumidor, quantidade de turnos x
operadores de suporte, variáveis independentes, contingências de mandas não previstas, etc.
Pesquisas nesta área são percebidas que a qualificação desses operadores tem
deixado a desejar ao consumidor. As empresas contratam pessoas, por exemplo, para dar
suporte a uma rede de telefonia, porém quando o usuário começa o diálogo perguntando que
não recebe os e-mails porque a empresa tem que disponibilizar a porta de acesso, a
insegurança e não entendimento deste profissional é visível.
8
O objetivo dessas informações é a busca de respostas para plano de melhoria.
O suporte é uma área frágil do atendimento ao cliente, visto que é preciso saber não
somente o que se faz, mas como e de que forma se entrega este serviço. Explicando melhor é
preciso mensurar o nível de satisfação desses atendimentos, avaliando a qualidade do
atendimento, a agilidade e o conhecimento desses operadores, indicando não somente as
métricas, mas indícios de como resolver os problemas.
Não é possível ser simpático sem resolver, nem ao contrário resolver sem nenhuma
simpatia ou empatia, que explicaremos mais adiante. As consequências desta falta de prestação
de serviços poderão ter prejuízos de toda ordem a este cliente. Basta olhar para os serviços de
utilities (água, luz, telefone, TV a cabo, saúde e financeiro) que possuem o Decreto Lei 6523 de
31/07/2008, específico que o punem se não atenderem o seu cliente adequadamente, com
várias regras e prazos enxutos para atendê-los, visto que estes tipos de serviços geram
prejuízos de toda ordem e muitas vezes incalculáveis ao cliente e consequentemente para as
empresas.
Motivo do contato;
Complexidade da solução;
Tempo de atendimento;
Reincidência da situação;
Expectativa do cliente;
Disponibilidade da empresa em resolver;
Riscos envolvidos ou não na entrega.
Uma solução que se alinha nestas estratégias também alinhar as questões estruturais,
como implantar um programa interno de melhorias, comparando se for o caso, uma combinação
de serviços compartilhados e com redundância, espalhados pelas diversas áreas onde atua, por
exemplo:
Pois toda e qualquer mudança só toma forma após um processo de análise global, a
qual deverá possuir a unidade desses dados.
Para chegar a este modelo é preciso construir relatórios, mensurar, analisar comum
bom gerenciamento e metodologia e se for o caso contratar serviços de consultoria.
2 CONCEITOS DE MERCADO
Um canal de suporte Helpdesk não pode ser encarado apenas como um centro de tele
10
atendimento ou de telecomunicações. O canal de suporte Helpdesk tem dois papéis principais: é
um investimento em uma ferramenta para o progresso da empresa multiplicando seus
potenciais, sendo simultaneamente a primeira linha de defesa em caso de identificação de
soluções e resoluções de problemas. Atua como amortecedor de impactos, devendo, portanto
apresentar soluções rápidas e eficientes.
FIGURA1
12
Isso tudo fez com que o mercado buscasse um vínculo com os clientes e este vínculo
foi se configurando a partir de soluções encontradas entre pessoas, ou seja, profissionais
contratados para atender, dar suporte aos seus serviços e/produtos, enfim que o compreendesse
melhor para identificar quais as suas reais necessidades, ou seja, um processo de empatia e
confiança mais estreito.
Como garantir que esse relacionamento está sendo satisfeito? Pela demanda do
mercado foi necessário criar estratégias que garantisse esse atendimento alinhando essa
comunicação entre empresa x cliente, sendo um instrumento de que essa comunicação
acompanhasse as mudanças diárias e uma fonte de informações de quais são as necessidades
desse novo perfil de cliente.
A exigência deste cliente é cada vez maior, busca e sabe o que quer. Segundo
MATOZO(2000ano),os aspectos emocionais cada vez mais serão priorizados nos processos de
decisão e de compra das pessoas.
14
A área de suporte deve ser encarada como um canal de ganhar mais e novos clientes.
Portanto, as empresas podem apostar em contratação de jovens que se especializam na área de
tecnologia, pois esses buscam constantemente inovações e formas de melhorar seu trabalho.
Assim, ganha a empresa em ser competitiva no mercado e uma oportunidade de recolocação
para este perfil de profissional. Pesquisas apontam por contratações no mercado cada vez mais
especializadas ou com mais experiência.
FIGURA 4
Outra estimativa da consultoria é que, até 2012, um em cada três dos 20 maiores
provedores de BPO deixarão de existir, devido à maior concorrência de mercado, perda de
16
contratos por causa da crise falta de capacidade de adequar os modelos de negócios à nova
realidade. Além disso, prevê que os fabricantes de PCs reciclarão apenas um computador em
cada cinco vendidos e que 30% dos computadores portáteis vendidos no mercado de consumo
terão preços menores do que U$ 300.
Por fim, a consultoria avalia que no fim de 2013 ocorrerá uma queda de 40% no
número de funcionários que terão telefones fixos em suas mesas e que no fim de 2010 as
operadoras de telefonia móvel não oferecerão mais planos limitados de internet em banda larga
móvel.
FIGURA 5
A área de suporte Helpdesk auxilia os seus clientes internos e externos, mas não pode
ficar isenta de compreender o impacto da sua efetiva utilidade no sucesso de cada negócio.
As tecnologias que o suporte pode utilizar pode ser o e-mail, ou qualquer ferramenta
que permite o acesso remoto a seus clientes, permitindo uma maior agilidade e satisfação do
atendimento. Contando dessa forma uma redução de custos, por exemplo, com deslocamentos,
por informações parcialmente compreendidas, além de garantia de um serviço mais ágil e
eficiente.
FIGURA 6 18
melhor os clientes;
Identificar suas necessidades, expectativas e desejos.
FIGURA 7
20
O termo consumidor 2.0, vem da expressão Web 2.0, que fala a respeito do
consumidor que faz a informação na internet, não somente a utiliza. Ele cria compartilhando as
informações, a expansão deste termo cresceu a partir da expansão da banda larga e da criação
de programas para facilitar a produção do conteúdo da rede que surgiram os sites marcados por
colaboração, formação de comunidades e compartilhamento de informações.
Antes bastava as empresas colocar no ar seu site, com informações sobre seus
produtos e/ou serviços, de forma organizada, apresentável, com fotos, etc. Hoje quase um bilhão
de pessoas e contando a cada segundo, exploram essa multidão virtual. O impacto que a
internet gera é explosivo e as respostas a qualquer acontecimento são instantâneas.
3.1 BRASIL RECORDISTA
FIGURA 8
22
23
3.2 APLICAÇÕES DA TECNOLOGIA 2.0
Blogs página pessoal que permite ao autor escrever sobre um ou mais assuntos
e dialogar com leitores por meio de comentários.
Wikissites como Wikipedia que permitem aos visitantes colaborar entre si,
adicionando, criando e removendo informações, normalmente sem necessidade de
cadastramento.
Uma área de suporte de Help desk em uma empresa tem como missão disponibilizar a
seu usuário orientações para resolução de suas dificuldades. 24
Para esta comunicação estar clara é preciso uma estrutura que contemple em seus
processos:
Conhecer o usuário;
Saber dificuldade que o usuário apresenta;
Consultar as bases de conhecimento se necessário para solução;
Responder aos questionamentos evitando termos técnicos;
Verificar se as dificuldades apresentadas aparecem código de erro;
Fazer a transcrição da chamada/ passos orientados para resolução do problema
técnico;
Fazer uma base de dados de conhecimento para o próprio operador e
compartilhar com a equipe;
Fazer testes com atualizações do produto;
Juntar as informações das necessidades do usuário para fazer uma atualização
do produto e/ou serviço.
A construção dessa estrutura de fluxos de trabalho e de processo exige, além de uma
base técnica de conhecimentos, conseguir atender e responder as dificuldades sem dificultar
ainda mais a situação que o usuário vivencia, compreendo com clareza seus limites de
conhecimento, até aonde pode auxiliar ou passar, escalar para outro nível.
Além disso, é preciso possuir um sistema ágil de registro para a solução de problemas,
mapeando quais os especialistas mais indicados para aquela dificuldade, procura e registro da
solução mais adequada e registro na base de conhecimentos permitindo ações proativas, de
caráter corretivo ou preventivo nos contatos futuros.
É preciso também que os operadores sejam treinados nas ferramentas que vão utilizar,
25
nos produtos e serviços, além dos treinamentos de atendimento por telefone e presencial, com
técnicas de atendimento, como por exemplo, quais abordagens adequadas para o diagnóstico
das dificuldades, qual nível de complexidade que seus usuários estão demandando a cada dia,
bem como treinamentos comportamentais, que abordarão questões de como atender um cliente
em estado agressivo, como manter a postura diante de conflitos, etc.
FIGURA 9
Atrelado às novas informações, o perfil dos operadores também deve estar adequado
26
a alcançar um novo nível de exigências.
5 O ATENDIMENTO TÉCNICO COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA DENTRO DA
ORGANIZAÇÃO
27
5.1 NEGÓCIOS
O atendimento técnico se for capaz de analisar o negócio como um todo gera boas
perspectivas ao profissional, com esta competência, este profissional será cada vez mais
valorizado pela visão de oportunidades que possuirá e que possa agregar valor ao negócio.
"A tendência da informática aplicada a negócios é cada vez maior. Logo, a demanda
pelo operador de negócios (que é quem entende bem das duas coisas) também é grande", diz o
diretor acadêmico do Instituto Brasileiro de Tecnologia Avançada (IBTA), Francisco Borges.
FIGURA 10
Quando a empresa tem uma estrutura pequena e tem somente um ou dois técnicos
para atendimentos de problemas é aconselhável ter somente o sistema de controle para fornecer
informações de controle e estatísticas para a gerência da empresa. Já se a estrutura for maior é
necessário montar uma central de atendimento com operadores e solucionadores.
Para que uma área de suporte seja estratégica é preciso também que todos os seus
contatos sejam sistematicamente, gravados, registrados e mensurados. Devendo apresentar
indicadores de perfil de contato e também indicadores de contato registrados pela telefonia,
como por exemplo:
Quantidade de atendimentos;
Quantidade de solicitações (tickets abertos);
Quantidade de nível de dificuldades;
Tempo médio do atendimento;
Tempo médio de espera;
Tempo médio de abandono pelo usuário. 29
“... o usuário informa que estava sem conexão com a internet. Perguntei se ele tinha
feito alguma atualização ou instalado algum novo programa, em seu computador recentemente.
O usuário informou que tinha instalado ontem uma nova aplicação firewall no seu computador.
Um programa conhecido do mercado. Foi possível verificar que esta aplicação possibilitou à
interferência na ligação à internet. Perguntei ao usuário para desligar o programa por 5 minutos
para checar se a ligação se restabeleceria. O usuário informa que não sabe como fazer isto. Eu
vou à procura na internet do manual de usuário e explico passo ao passo como fazer. A ligação
não se restabelece. Eu vou então verificar as configurações do TCP/IP do computador. Passo ao
passo explico... Carrega em iniciar, painel de controle, Ligações de rede, clique direito a ligação
de rede etc.”
Essa forma de transcrição do ticket é completa, mas tem muita informação o que
ocasiona muito tempo para o operador escrever o ticket. Dessa forma, o operador vai acabar em
não fazer o “hotlogging”, pois o seu foco é no usuário e não no ticket, assim irá escrever o ticket
depois da ligação, correndo o risco de perder informações. Portanto, a maneira mais adequada
de escrever o ticket seria o seguinte:
31
Detailes do usuário:
IP: 192.168.1.11
Subnetmask: 255.255.255.0
DNS 1: 192.168.1.100
DNS 2: 192.168.1.101
http://www.empresa.com/pt/br/empresa/support/productdetail/index.jsp?pvid=nis_2010
PC recebe IP
IP: 192.168.48.50
Gateway: 192.168.48.1
Usuário abre o browser e está ligado a internet. Indica que o usuário poderá ter
problemas em “casa” uma vez as configurações TCP/IP foram alteradas. Poderá voltar a
telefonar para obter ajuda para reconfigurar o IP estático. Usuário demonstra sua satisfação e
agradece o apoio. Forneço ao usuário o nº de ticket e convido para voltar a telefonar, caso haja
novos problemas, mencionando o nº do ticket.
FIGURA 11
b) Fechar o ticket logo que resolvido, pois uma vez que continua aberto prejudica o
tempo bruto de atendimento comprometendo o SLA.
33
c) Se tiver que escalar colocar o ticket para o próximo nível.
e) Ter o hábito de deixar uma anotação do ticket caso não seja possível fechá-lo
ainda. Dessa forma, todas as pessoas podem tomar conhecimento que o caso ainda está em
análise e o usuário receberá um feedback.
34
Os operadores de suporte Help desk podem estar separados em níveis de
atendimento.
FIGURA 12
A equipe de segundo nível é uma equipe que tem um nível de conhecimento que
exige mais especificidade, e que o primeiro nível não conseguiu resolver. Utilizando o exemplo
acima, o operador resolveria uma configuração avançada, mais complexa, do computador do
usuário, com as aplicações da empresa, portanto um atendimento que exige mais especialização
de determinada tecnologia.
Pode haver também este segundo nível de atendimento ainda que proporcione suporte
ao cliente no local, a equipe de campo ou deskside, equipe mais qualificada e especializada, que
se desloca até o usuário para solucionar dificuldades que por telefone seria inviável.
FIGURA 13
Incluso nos sistemas que serão citados abaixo há vários processos que vão permitir o
36
acompanhamento passo a passo das informações que precisam ser analisadas. Por exemplo:
softwares de gerenciamento, de bases de conhecimento, de problemas, etc.
37
FIGURA 14
Há uma grande diferença entre ouvir e escutar o usuário, porque escutar nada mais é
do que a capacidade física de captar sons, enquanto ouvir é o entendimento e a compreensão
do que escutamos.
Para realizar um bom diagnóstico o operador de suporte Help desk precisa ter em
mente qual papel desempenha, quais instrumentos e/ou recursos que dispõe para chegar ao seu
objetivo, bem como ter amplo conhecimento técnico para disponibilizar ao usuário.
Para o operador de suporte Help desk, deve estar claro e respondido este diagnóstico,
a partir inicialmente, de planejamento, de quais sistemas precisa para atender a este usuário e
levar em consideração alguns questionamentos essenciais, a si e a seu usuário, como por
exemplo:
FIGURA 15
O operador deve saber qual sua função, em geral a área de suporte contempla
algumas ações, seguindo as etapas abaixo relacionadas:
Identificar a situação que ocorre com o usuário, necessita que o operador trabalhe
sobre uma base de conhecimento, portanto é importante a construção de uma biblioteca de
soluções das diversas situações que o seu usuário/cliente interno ou externo vive, que
contemple um vasto repertório de situações e dúvidas apresentadas pelos usuários, bem como
as soluções anteriormente utilizadas. É necessário utilizar uma ferramenta de busca ou filtro
dentro desta base, possibilitando aos operadores a agilidade e eficiência no atendimento dos
chamados.
Mesmo sendo frequente a repetição das situações que faz o usuário recorrer a um
Help desk, o operador sempre perde tempo para encontrar a solução mais adequada, pela
complexidade e mudanças que ocorrem do ambiente tecnológico.
A maneira mais eficaz de facilitar esta busca é também formar uma cultura onde o
ambiente de suporte multiplique a informação entre os demais membros do grupo, facilitando
assim um ambiente que motiva a todos viabilizando soluções mais rápidas e um atendimento
com maior satisfação ao usuário.
É importante formar uma cultura por meio de uma metodologia que construa esse
compartilhamento, estimular a equipe a utilizá-la e premiá-la por isso.
Essa estrutura deve ser construída por meio de um software que contenha esta base
de conhecimentos.
FIGURA 16
Muitas empresas permitem que seus usuários possam acessar remotamente ou pela 42
internet, esta base de conhecimento. Com esta ação se ganha tempo e produtividade reduzindo
a quantidade de chamadas ao Help desk.
FIGURA 17
É importante além das técnicas que vamos ilustrar é preciso que os operadores
tenham em mente que somente pode sustentar uma dúvida quem conhece o produto e/ou
serviços, de uma forma especializada e ter técnicos que tenham um nível mais especializado
ainda dos produtos e/ou serviços que atendem.
A essa condução damos o nome de uma técnica, a sondagem, tendo como finalidade
descobrir as necessidades do cliente, que possam ser satisfeitas pelos produtos/serviços e seus
benefícios, ou seja, despertar no cliente a necessidade que ele passe todas as informações
necessárias para o diagnóstico do operador. A sondagem auxilia a comunicação se tornar mais
didática.
Perguntas Abertas 44
As perguntas abertas iniciam-se com Quem? O que? Onde? Por quê? Quando, Como?
Quanto e tem como objetivo:
Perguntas Fechadas
As perguntas fechadas têm como intenção fazer com que o usuário responda apenas
sim ou não aos seus questionamentos e tem como objetivo:
Perguntas Alternativas
45
As perguntas alternativas oferecem alternativas de soluções que o operador está
propondo, ou esclarecimento e deve-se entender que a utilização dessas perguntas não
necessariamente significa que o usuário concorda com o proposto. Tem como objetivo utilizar no
questionamento "ou" na pergunta.
Em caso de garantia:
FIGURA 18
47
O que deve ser mensurado e o que tem impacto para o negócio, caso não haja
resolução ao usuário;
Os operadores precisam saber quais são os indicadores e participar em sua
definição;
A performance precisa ser medida pela satisfação do usuário.
7 A VOZ TRANSMITINDO EMOÇÃO DURANTE O CONTATO
Você alguma vez parou para pensar sobre a repercussão de sua voz nos
usuários?
48
O usuário liga para uma empresa e uma voz atende. A voz é do operador de suporte,
mas nesse momento é com "a voz da empresa", com quem o cliente está falando. E essa voz
deve exercer o papel de representar e assegurar todos os aspectos positivos da empresa.
A memória tem a capacidade de armazenar todas as vozes que ouve ao longo da vida
e torna-se parte das lembranças de pessoas que se conhecem ou convivem. Essas lembranças
são armazenadas com o som da voz, juntamente com as sensações despertadas e as
impressões que nos impactaram.
A partir dessa nova voz, acessamos o nosso cérebro e nossos esquemas mentais, da
impressão que essa nova voz nos causa e a comparamos com outras vozes armazenadas. A
partir daí construímos uma impressão e imagem mental do interlocutor, positiva ou negativa,
dependendo de como absorvemos e interpretamos aquela voz.
O usuário construirá uma imagem que pode ser denominada imagem acústica, o
usuário não vê, mas ouve a comunicação e forma uma imagem mental do conteúdo e a forma
que está transmitindo essa comunicação. Essa imagem acústica representará a imagem que o
usuário fará da empresa e do operador.
Por isso a importância de quando operador for deixar o usuário, na linha, aguardando
enquanto faz uma pesquisa, para buscar a solução, é imprescindível antes informar que vai se
ausentar, avisando o que vai fazer e se for demorar, avisar e pedir o acordo do usuário. Essas
pequenas e aparentemente irrelevantes ações, possibilitam menos conflitos e mais respeito
quanto ao tempo do nosso cliente e tolerância deste enquanto aguarda o analista. Dessa forma,
o usuário forma uma imagem do que o operador está fazendo, visualizando mentalmente, ele
buscará fazer suas pesquisas, ao invés deixar ele no vazio e no escuro com seus pensamentos,
podendo deixá-lo irritado, com a demora e o usuário achar que até é um descaso da parte do
analista.
FIGURA 20
FIGURA 16
FIGURA 16
Uma voz agradável, que demonstre simpatia, pode seduzir e convencer os usuários.
Por outro lado, uma voz desagradável, que demonstre irritação, nervosismo, pode fazer com que
o usuário rejeite a pessoa, a informação, ideia e/ou produto ou serviço.
Qualidade Vocal
Estas técnicas têm como objetivo direcionar o atendimento e podem ser definidas,
quando o operador recebe o contato do usuário, atendimento receptivo ou quando entra em
contato com o usuário, atendimento ativo.
disponível
Etapas das técnicas para um Atendimento Ativo:
relata)
53
2. Abordagem Identificar empresa/ Profissional
A abordagem é uma técnica, que tem por finalidade aproximar o usuário do operador.
Trata de uma etapa importante que pode abrir "as portas" do diálogo com o usuário, fazendo
com que ele esteja mais receptivo em receber as orientações. Portanto é importante que, em
cada abordagem o operador verifique se seguiu os passos abaixo:
54
Listamos abaixo algumas abordagens observadas durante os contatos dos operadores
com usuários. É preciso lembrar que a experiência do usuário durante o contato, se passa de
forma mais emocional e a condução precisa ser sempre segura, respeitosa e assertiva, evitando
qualquer atrito que dificulte o contato que pode comprometer a resolução do suporte.
Qual o problema desta vez? É importante que o operador não agrave a situação, com
expressões que possa denunciar que a empresa lhe traz
problemas, ao invés dessa expressão, utilize:
Qual a situação? ou
O Sr. falou, falou e agora não O operador tem que usar a persuasão e a assertividade para
quer me ouvir? Será que o Sr. convencer e chegar ao um acordo nunca a agressividade para
pode me ouvir? contornar as objeções. Esta fala muitas vezes ocorre pelo
Deixa eu falar! usuário não se sentir ouvido ou o operador fala junto com ele.
Quando permitir que eu fale, me A expressão mais adequada precisa ser:
avisa!
Eu vou ser sincera com a Sra... Está expressão pode demonstrar que até agora o operador
não estava sendo sincero ou falando a verdade e o usuário
pode se sentir enganado e demonstrar resistência para
concordar com a solução. A expressão mais adequada pode
ser:
O Senhor entendeu o que eu disse? Esta fala pode demonstrar que o operador está subestimando
Tá entendendo? a capacidade do usuário ao invés desta fala utilize:
Fui claro?
56
Não infelizmente não podemos! Palavras no negativo são prejudiciais a qualquer perfil de
atendimento, ela faz com que os usuários fiquem ressentidos e
Senhor não tem como! podem interpretar que o operador não quer ajudar. Ao invés
desta abordagem, utilize:
Tá ok, obrigada você, tchau tchau! A finalização deve demonstrar uma unidade de informação,
assim como o slogan de abertura, que o usuário está
Naaaada... Tchau, tchau! conversando com a mesma empresa. Evite termos informais, o
Disponha... mais adequado neste caso é:
8.2 DIAGNÓSTICO
São perguntas abertas e fechadas já explicado no capítulo 3.9, que devem responder
aos questionamentos, como exemplificamos abaixo:
FIGURA 21
t Media Gallery.
8.4 ARGUMENTAÇÃO/ CONDUZIR CONTATO
Argumentar é convencer e dar ao usuário fortes motivos para seguir suas orientações.
58
Para argumentar com segurança é preciso conhecer bem o produto, ouvir com atenção,
reformular pontos importantes.
É necessário que os exemplos que aplicamos sejam precisos e ainda assim são
susceptíveis de originar muitos erros;
Devemos usar mais do que um exemplo, principalmente quando generalizamos;
Uma generalização para ser comprovada necessita de diferentes exemplos;
O número de exemplos depende da sua representatividade nesse contexto;
A amostra deve representar a população a partir da qual estamos a generalizar;
Atenção aos contraexemplos;
Se conseguir descobrir um contraexemplo para a generalização que pretende
defender, então reveja a generalização.
59
8.4.3 Argumentação por analogia
Por vezes tentamos explicar porque acontece determinada coisa, argumentando sobre
60
a sua causa.
Quando o usuário apresenta uma objeção é preciso que o operador não tenha
61
qualquer receio ou medo em aceitar que ele apresente objeções. A objeção se define por algo
que o usuário não compreendeu a mensagem ou a resposta que foi dada não atende sua
expectativa. Portanto, além de aceitar que a objeção existe, e que o usuário a tenha, é preciso
que o operador trate-a com paciência. Assim, dê razão ao cliente quando a objeção for
procedente e prossiga regularmente na sua argumentação. Procure responder corretamente as
objeções estratégicas, escute com atenção, respeite. No caso de uma objeção sem sentido
respeite ou parafraseie com ênfase e, em seguida, confronte-as, concordando primeiro.
Para que chegue ao fechamento é necessário que o operador garanta que o usuário
62
ficou satisfeito com as soluções propostas. Confirmando o operador deve fechar o ticket aberto,
registrando em sua base de conhecimento o encaminhamento que foi orientado, conforme
orientado anteriormente.
8.4.10 Encerramento
63
Para saber se o operador tem perfil para dar suporte a um usuário é preciso que ele se
pergunte:
A área de suporte pode dispor de aparato tecnológico, porém é fundamental que conte
com uma equipe que tem interesse em ajudar os seus usuários.
FIGURA 22
65
66
67
Interesse em ajudar - Saber qual o papel que o operador de suporte tem com o
usuário, qual compromisso e qual filosofia de vida que possui e com o trabalho que realiza.
Passa a ser uma filosofia de vida, um famoso executivo, já falecido comentou certa vez na mídia
que somente contratava pessoas para seu quadro de atendimento ao cliente, pessoas que
faziam algum tipo de assistência social, dizia ele que pessoas que se preocupam com outras,
possuíam mais empatia para ajudar o cliente em sua dificuldade.
Gostar do que faz - Ter escolhido a profissão que executa e/ou exercê-la com
dedicação e respeito. Pessoas sem paixão pelo que fazem, muitas vezes, encaram como sendo
uma obrigação e não possuem compromisso com sua vida e nem com ninguém.
Tecnologia a seu favor - Somente a tecnologia não vai fazer diferencial na escolha de
um cliente, se a empresa no mercado apresenta um atendimento ao cliente sofrível.
68
Quais canais de comunicação que a empresa disponibiliza aos seus usuários? Hoje,
com tanta tecnologia, com acesso com as pessoas, como por exemplo, as redes sociais, a
impressão é que não possui limites e dificuldades de não disponibilizar meios de auxiliar os
clientes.
É preciso que neste mercado extremamente competitivo, ganha o jogo quem atende o
usuário mais rapidamente, propondo soluções e alternativas viáveis e de fácil acesso.
FIGURA 25
É preciso passar uma boa impressão ao usuário na hora de orientar, esclarecer e/ou
sugerir algo, desvio de linguagem, falta de concordância verbal, gerundismo, gírias, etc., podem
comprometer um atendimento de qualidade.
É imprescindível deixar um canal aberto com o usuário, para que ele possa opinar e
dar sua nota de satisfação na qualidade dos serviços prestados x eficiência e eficácia de seus
recursos oferecidos, dessa forma, poderá disponibilizar e desenvolver os canais mais efetivos e
produtivos e para atendimento.
Mudanças envolvem riscos e devem ser listados os prós e contras de toda decisão. A
mudança em questão envolve como o operador vê seu trabalho e como percebe o mundo e em
relação a ele.
A partir dessa análise é capaz de se orientar para o que precisa fazer para melhorar,
entende que será o melhor para sua carreira.
Acompanhando algumas operações de suporte, foi percebido que nas pesquisas de
satisfação ao usuário, um quesito bem avaliado é o excelente conhecimento técnico do
operador, porém o quesito mais sofrível é em relação ao relacionamento interpessoal, a
interação, empatia, capacidade de resistência à pressão, itens comportamentais.
70
FIGURA 26
Nesse quesito dependerá de sua atitude de como encara seus resultados o feedback
que recebe do seu usuário.
O operador adequado ao que faz reconhece onde precisa melhorar e se esforça por
fazê-lo. Aceita as críticas como uma etapa que faz parte de seu aprendizado e crescimento
profissional.
Não vale, por exemplo, fazer um troubleshoot com um usuário se o servidor não está
funcionando. Cada equipe, mais sua supervisão deverá determinar um sistema de interação por
meio de uma ferramenta de "instant messaging", por exemplo, o Office Communicator, Spark,
72
entre outros. Tendo o cuidado apenas de não utilizar este tipo de ferramenta tipo "instant
messaging", cujo servidor não pertence à infraestrutura da rede da empresa, pois não se sabe
quem está "olhando", por meio desses recursos, que não são tão seguros.
Com essas ferramentas de comunicação, será possível tirar dúvidas rapidamente sem
ter que abandonar a ilha, nem interromper a ligação com o usuário.
FIGURA 27
Durante uma ligação podemos verificar que nem sempre um operador consegue
auxiliar um usuário e é possível que algum colega possa auxiliar e se for necessário até transferir
73
a chamada, caso a situação e dificuldade do usuário seja muito específica. Portanto, é
importante ter contato e saber quem são nossos colegas de equipe e que todos tenham
abertura, tanto para passar uma chamada como para recebê-la.
Uma equipe que não trabalha com propósito único, a performance será prejudicada e
terão resultados abaixo do esperado. Alguns pontos favoráveis para trabalhar em equipe:
Hoje, tem mais perfil profissional aquele que cuida da sua carreira como se ela fosse
seu maior patrimônio, que investe na própria capacidade e que aprimora seus talentos. Nas
palavras dos consultores de empresas, quem se encaixa nesse perfil tem grau de
empregabilidade. Para esse tipo de profissional pode faltar emprego, mas nunca faltarão
ocupação nem remuneração adequada.
Foi-se o tempo em que um bom emprego era garantia de segurança financeira para o
resto da vida. Profissionais competentes relatavam com orgulho, a carreira de trinta anos em
74
uma mesma empresa, onde entravam como office-boys e se aposentavam como diretores.
75
Este conjunto de crenças versus a realidade que nos encontramos faz com que
possamos ter contato, uns mais outros menos com a realidade a nossa volta e o profissional que
possuir maior clareza de onde está e como está posicionado no mercado, poderá avaliar e
chegar à conclusão que é um diferencial no mercado e/ou se preparar para alcançar este
diferencial.
Atitude Positiva;
Formação;
Estar preparado tecnicamente;
Marketing pessoal;
Rede de relacionamento;
Saúde física;
Saúde mental;
Transformador da informação em conhecimento;
Visão macro.
76
Uma das mudanças mais significativas é que os usuários tem participação ativa no
desenvolvimento dos sistemas, a própria forma de agir no mercado mudou. Antes as empresas
fechavam a sete chaves o desenvolvimento dos seus produtos e serviços, hoje a própria
Microsoft pede aos seus engenheiros que coloque no blog, o lançamento de seus produtos para
que pessoas do mundo inteiro possam opinar.
FIGURA 29
77
Porém é sempre uma oportunidade para quem já faz parte deste cenário, a questão é
se posicionar de forma diferente mais atraente, ao invés de se deixar amedrontar pelas novas
ondas. A possibilidade é primeiro encarar que é uma realidade cada vez mais presente, ser
detentor do saber está nas mãos de quem quiser aproveitar. O caminho é restabelecer a
confiança, saber que pode se aperfeiçoar e pesquisar constantemente quais caminhos e
alternativas que possui.
No capítulo anterior falamos das mudanças, mas para que elas ocorram o profissional
tem que estar aberto a elas e analisar os conceitos de sua vida e de como trabalha. A
flexibilidade para mudanças é um exercício constante na vida de qualquer profissional no mundo.
A forma como reagimos a elas podem ser salutares para a sobrevivência de qualquer
profissional contemporâneo, permitindo:
Uma organização que tem em seus valores preservar sua forma de agir, ser inflexível
ou resistente a mudanças, neste momento, pode atravessar grande perigo e ser engolida pelo
mundo, não só mais por sua concorrente.
O que deu certo no passado, não é mais segurança de dar certo hoje. Portanto, os
paradigmas que nos auxiliaram como uma ótima fórmula ontem, pode hoje impedir nossa
capacidade de ver novas oportunidades no novo mercado.
FIGURA 30
80
Assim sendo, a quebra de paradigma é salutar para quem deseja crescer e andar por
novos caminhos e construir novas propostas e soluções para seu trabalho e para sua vida
pessoal de uma forma mais segura, sem ter a sensação que está se perdendo na corrida das
evoluções. A quebra de paradigma possibilita:
Os profissionais hoje não são mais valorizados somente pelo QI, seu coeficiente de
inteligência e sim como ele utiliza e comunica esse conhecimento, ou seja, o QE, o coeficiente
emocional.
83
9.9.4 Empatia
Querer saber o que uma pessoa sente nem sempre é fácil, mais temos algumas pistas
como gestos, sinais não verbais, tom de voz, são vitais para se entender com outras pessoas, é
a base para atenção e comparação.
Perceber e reagir a você, ouvir é o mais importante, por exemplo, um vendedor tenta
associar o que o cliente precisa, ele conquista a confiança, a falta de empatia destrói a relação e
a confiança.
As raízes da empatia estão na infância Ex: quando os bebês choram outras começam
a chorar também, se chama aflição simpática, reage a como outra pessoa se sente. A primeira
lição de empatia é quando você pega o bebê no colo e faz com que ele se sinta protegido e agir
com respeito às suas emoções.
Crianças americanas estão perdendo sua IE, estão mais decadentes, mais deprimidas
e ansiosas, mais solitárias, pelos episódios cada vez mais jovens estão matando pessoas, o
índice de alfabetização emocional, são lições necessárias para vida, pois pode mudá-las.
Com 14 ou 15 anos o cérebro vai amoldando, por isso os pais são muito importantes
enquanto tutores emocionais de seus filhos, nos momentos difíceis, em uma situação de um
pequeno problema social de ampará-lo e fazer com que se sintam melhor a ajudar a essa
conscientização, são lições básicas.
FIGURA 31
84
9.9.5 Proatividade
Muito mais do que tomar iniciativa a pro atividade associa-se a todas as pessoas que
são responsáveis por si próprias e têm influência de seus comportamentos na vida. Claro que
para utilizar a pro atividade é preciso que as pessoas, os profissionais se apropriem de seus
conhecimentos e queira exercê-los, ninguém tem o controle da vida de ninguém a não ser que o
outro permita e dê este espaço. Caso contrário não é possível culpar mais os pais, o chefe, o
marido, a esposa, os filhos, a madrasta pelos fracassos, não é mais possível, terceirizar a culpa.
Todas as pessoas têm a capacidade de influenciar seu modo de vida e agir sobre ela, desde
claro, se tenha a responsabilidade de se cuidar e procurar caminhos que se deseja e fazer com
que as situações e objetivos aconteçam. Para isso, é preciso ter foco e objetivos, a curto, médio
e longo prazo.
FIGURA 32
85
Pessoas de sucesso não esperam que as coisas aconteçam, uma condição mais
favorável para agirem, elas fazem acontecer, não culpam ninguém pelos acontecimentos e têm o
controle do que querem e procuram alcançar. As dificuldades para elas são desafiadoras e as
fazem agir e reagir de forma positiva no mundo. São otimistas por natureza e fazem de um
obstáculo mais um degrau para o aperfeiçoamento.
As pessoas proativas não são pegas de surpresa, elas planejam e contabilizam os prós
e contras de suas decisões, não são reféns de nada e de ninguém, não se deixam influenciar por
ondas de pessimismo e opiniões de senso comum. Estão sempre a frente das situações porque
conseguem visualizar suas possibilidades e fazer com que as situações caminhem a seu favor.
86
Antecipa-se aos acontecimentos ou colhem apenas os prejuízos destes;
Procuram ter atitude espontânea para agir no mundo ou precisa que o mundo a
carregue e a direcione;
Pesquisa novas soluções ou aguarda que as pessoas a solicitem;
Cria novas possibilidades ou deixa que as pessoas escolham por elas;
Pensam em caminhar em novas estradas ou caminham pelo mesmo caminho
seguro para não se perder;
Calculam os riscos que estão envolvidos ou são levados por eles.
Existem fatores que levam as pessoas a buscarem sua automotivação, visto que
compreendemos que ninguém motiva ninguém. As pessoas agem no mundo por sua própria
vontade e desejo de mudar, modificar e/ou alterar sua vida e o modo que vivem e encaram os
desafios diários. Por exemplo, uma pessoa otimista e outra pessimista:
FIGURA 33
87
O otimista: ...faz uma prova de matemática e vai mal, o otimista encara como um
acontecimento circunstancial em sua vida e pensa: ”Eu deveria ter estudado mais!”, “Me
esforçado mais!”
O pessimista... diante desse mesmo revés encara como um defeito, um erro fatal em si
mesmo.
Ser otimista tem haver com sucesso que você pode ter na vida. Tem haver com que
você pode aprender e enxergar os acontecimentos da vida, como lições e toma atitudes para
modificar o que deseja, portanto as pessoas que possuem automotivação apresentam algumas
características peculiares a esta forma de agir:
88
10 A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO
FIGURA 34
89
Mais do que encantar ou suário o que é preciso antes de qualquer coisa, ter uma boa
comunicação com o mesmo. Quando a empresa não tem argumento sobre as objeções que o
usuário apresenta, a abordagem que utilizam pode ficar no:... "é o procedimento Senhor...é a
norma...é o regulamento, etc."
Dessa forma, é preciso saber o quanto o operador necessita que o seu usuário saiba e
assim disseminar, alinhar, trocar, e compartilhar o conhecimento para que a comunicação se
estabeleça. Por exemplo, é preciso ter mais pro atividade em proporcionar alternativas e
contingências em casos de falta de garantia, equipamento fora de linha, etc.
Como todo setor, a área de suporte também é recheada de jargões e termos técnicos
que, muitas vezes, dificultam a comunicação com seu cliente. O uso de termos técnicos somente
é adequado utilizar, quando o usuário conhece, dar curso ao cliente ou forçá-lo a compreender o
que o analista diz, poderá ter consequências desastrosas e gerar conflito no contato,
comprometendo os resultados e o tempo médio de atendimento.
Além das atitudes, a comunicação com o usuário deve também ser facilitada pelos
canais de telefonia. Uma equipe dimensionada adequadamente gera satisfação ao usuário,
produtividade e lucros para empresa. Porém, uma estrutura subdimensionada, pode gerar linhas
ocupadas, filas, abandonos e, consequentemente, insatisfação do cliente e perda de receitas.
Assim, como estruturas superdimensionadas geram ociosidades, desperdícios de recursos,
aumentando os custos e reduzindo lucro operacional.
92
Chamada por região: recurso que permite a transferência da chamada de acordo com
a origem e destino da ligação.
FIGURA 36
94
Empresas com foco no cliente conseguem perceber melhor qual sua necessidade e
responder com sensibilidade e rapidez a elas. Hoje, a experiência do cliente com a empresa faz
a diferença e cria vínculos duradouros. Para isso, a empresa precisa estar viva diariamente
acompanhando essas experiências e as superando. Organizações que tratam os clientes com
arrogância por deterem uma grande parcela do mercado, correm o risco de amanhã já não
estarem no trono.
As oportunidades de surpreender os clientes hoje são inúmeras, basta que ela não
menospreze suas solicitações, se pode não dar o que ele quer, pelo menos o agrade de alguma
maneira, o compensando pela lealdade, pelo poder de compra, por pagar em dia, por tê-lo como
cliente, por seu aniversário, etc.
Algumas empresas apesar de ter um enorme aparato tecnológico jamais lhe enviam
um cartão de aniversário e até envia para o cartório, sem qualquer aviso, o cliente que sempre
pagou sua conta, religiosamente, em dia, durante anos.
Conquistar uma boa imagem necessita que a empresa promova para os seus já
clientes, prêmios, campanhas de fidelização, aproximação para que continuem utilizando e
95
adquirindo seus produtos e serviços e que mesmo quando tiverem problemas com seus produtos
e serviços terão todo seu apoio e não serão rechaçados, ironizados ou chamados de mentirosos.
96
97
O operador de suporte precisa muitas vezes traduzir para o senso comum, suas
orientações, demandando além da "tradução", muita paciência e respeito até pela dificuldade do
usuário.
FIGURA 38
Recentemente um amigo que trabalha em uma empresa Suíça e dá suporte para toda
Europa, me contou sobre um atendimento que fez a um Senhor, alemão, idoso, que estava em
lua de mel, comemorando o 50º aniversário de casamento, em um determinado hotel de primeira
classe em Berlim. Ele viu na recepção do hotel que havia internet e nunca teve a oportunidade
de utilizá-la até esse momento. A partir daí, viu a possibilidade de experimentar, imediatamente
comprou um notebook e ligou para o suporte solicitando ajuda. Porém, o senhor nunca havia tido
contato com um computador antes, e nem sabia ligá-lo. Passado uma hora, houve a
necessidade de realizar as configurações mais básicas, o operador conseguiu que o Senhor 98
acessasse "a tal" da internet. Todavia, o Senhor quando chegou e falou: "Ah é isso? E agora?
com muita paciência e empatia o operador questiona ao Senhor o que ele gostaria de fazer em
Berlim, e a resposta foi assistir uma ópera, o operador pede então que ele acesse ao google,
quando o Senhor se deparou com as diversas opções que se apresentou, ficou absolutamente
entusiasmado com o poder da tecnologia e logo avisou..."Ah, tá obrigado, mas desculpe tá, mas
tenho que chamar minha mulher para escolher aqui aonde vamos!"
O exemplo acima demonstra uma alta capacidade do operador, de lidar não só com
uma pessoa que tem dificuldades nessa área, mas nunca teve contato sequer com a tecnologia,
exigiu muita paciência, tolerância, respeito, empatia, além de ser desafiador, fazer uma pessoa
de outra geração, conseguir chegar neste mundo atual e vivenciar as possibilidades que ele traz.
Quando o operador, não julga, mas procura ser sincero, prestativo e interessado
certamente vai obter a atenção do usuário com maior facilidade. Esta adaptação sociocultural é
fundamental para o exercício de uma boa comunicação. Utilizar palavras complexas ou formais
demais com um público simples não ajuda em nada, apenas perde o tempo.
Insegurança Eu acho que ... Talvez... Pode ser que... Não sei bem...
99
Diminutivos Ligadinha, passadinha, minutinho, precinho...
101
As pessoas reagem de forma diferente com relação a algum tipo de agressão, e alguns
operadores tendem a levar o stress do usuário para o lado pessoal, principalmente quando se
acham injustiçados e o impulso é revidar. Mas encare de outra forma enquanto o cliente liga para
empresa, por enquanto ele está interessado no seu produto e serviço, porque o cliente que
desiste da empresa, simplesmente vai embora. É preciso encarar a reclamação ou nervosismo
como um presente, o cliente nos diz onde podemos melhorar e isso pode servir de estímulo para
não errarmos mais, não simplesmente ter uma reação emocional de rejeição e revide da
agressão. É preciso encarar como uma oportunidade, um presente, uma manifestação gratuita,
da satisfação ou não, dos produtos e serviços da empresa.
Seguem algumas regras que são importantes utilizar quando estiver em contato com
um cliente nervoso:
Não fale junto com o usuário - Fale pausada e calmamente; nunca aja de
maneira condescendente nem acuse o cliente de ter causado o problema.
Não use palavras negativas - Evite dizer não ou é impossível. Se não puder
dar ao cliente exatamente o que ele quer, diga-lhe o que você pode fazer.
Evite transferir ligações a menos que seja inevitável. Saibam quais são os
seus limites e explique porque irá transferir a ligação. Ponha a pessoa para quem está
transferindo a par dos detalhes relevantes da situação.
Anote as informações - Faça anotações completas da situação e sempre
discuta as situações difíceis que enfrentou com colegas. E finalmente, quando tiver sucesso ao
lidar com um cliente zangado, sinta-se premiado pelo bom trabalho.
FIGURA 40
FIGURA 41
Para criar uma área de suporte aos usuários é preciso construir soluções estratégicas
de atendimento e possibilitar criar formas de prevenir, antes mesmo que aconteçam. A missão
de um Helpdesk é prevenir problemas ao invés de apresentar uma postura reativa diante das
situações. As dificuldades frequentemente ocorrem porque ao invés de agir na origem do
problema, querem consertar as consequências e ficam constantemente apagando incêndios que
geralmente são os mesmos. Conectividade remota e ferramentas proativas para gerência de
redes são os principais instrumentos de sucesso de um Helpdesk estratégico, ensinando e
reciclando seus operadores.
FIGURA 42
109
Além da pro atividade há algumas regras para minimizar as dificuldades do dia a dia:
É preciso ter cuidado de não acusar os usuários de não saberem certos termos
técnicos (servidores, firewall, webmail, aplicações baseadas na net, camadas de hardware,
software, protocolos de comunicação, links de dados, banco de dados, browser, etc.) nem dar
curso destes ou do funcionamento do sistema, visto que é uma competência que o operador
precisa ter não o usuário;
O operador não pode se pôr na defensiva porque o usuário informou que o
programa dele não funcionava, tomando para si como uma ofensa;
É preciso que o operador esteja disponível para esclarecer mesmo que não seja
com ele a responsabilidade de resolver, encaminhe para qual empresa ele deve ligar;
O papel do operador de suporte é perguntar se algo mudou, não o usuário tentar
adivinhar que ele precisa saber disso, lembre-se o cliente não sabe o que interfere no ambiente
tecnológico;
Explique ao usuário que a correção pode levar um tempo, determine alguns
prazos, nem que sejam dias e semanas, pois a área depende de outras áreas;
Criar sistemas de telefonia, com placa de voz ligada à base de conhecimentos,
automática e continuamente respondendo e roteando chamadas dos usuários. São chamadas
tecnologias de front-end como VRUs e IRVs, algumas formas de utilizar podem ser, por exemplo,
fornecer resultados de pesquisas, rotear chamadas, fornecerem status de sistemas e projetos,
enviar respostas por fax, resetar terminais, dar dicas e instruções para renovar passwords. Os
problemas mais comuns são rapidamente resolvidos sem consumir os recursos de pessoal do
Helpdesk.
13 A IMPORTÂNCIA DO FECHAMENTO E CONCLUSÃO DO PROCESSO DE
ATENDIMENTO TÉCNICO
FIGURA 43
A razão mais óbvia para a satisfação do usuário é fidelizá-lo. Um usuário que recebe
apoio técnico adequado e dentro das suas perspectivas, aceita da empresa até a falha do
produto, mas também irá comunicar aos seus amigos que houve um problema, mas a empresa
fez todo possível para resolvê-lo. Isso ajuda bastante na fidelização, mas também para ganhar
novos clientes que terão confiança no produto e no serviço prestado, pós-venda.
A falta desta informação, mais cedo ou mais tarde, poderá ser utilizada contra a
empresa que presta o serviço de apoio técnico. Se os tickets estão fechados, com toda a
informação que foi passada ao usuário e coerentes, com a ligação gravada o operador, como
também a empresa, tem meios de se proteger contra um usuário num caso de um processo
jurídico. Claramente é uma situação que uma empresa quer evitar com todos os meios que tem
a sua disposição. Às vezes, até uma empresa pode decidir ter prejuízo em uma venda ou na
prestação de um serviço. Tudo para não perder sua boa imagem no mercado, bem como este e
futuros clientes.
REFERÊNCIAS
COHEN, Roberto. Implantação de Helpdesk e servicedesk. 1. ed. São Paulo: Novatec, 2008.
OXFORD, Cliff. Estratégias para Resolver a Crise no Help Desk. Adaptação: Francisco 113
Paladino. Copyright 2004-2010 MAlima Consultoria.
PAVANI, Luana.Vem aí a segunda onda do SLA. Revista Info Corporate - Edição 43 Data da
publicação no Web site da CompanyWeb01/06/2007.
SEVERO, Rosane. Avaliando o papel da tecnologia nos negócios 1997 - 2010 - Todos os
direitos reservados - Tecmedia Internet Design.
DOCÊNCIA EM
OPERADOR DE WEB: CONTACT CENTER E
SAÚDE
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153p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-8241-140-7
CDD 004.69028
SUMÁRIO
5.11 PLURK.......................................................................................................................................96
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................143
3
1 CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA
Seja bem-vindo!
É com grata satisfação que lhes apresentamos um material consistente sobre uma
profissão ainda tão nova no Brasil e no mundo. Esperamos sinceramente que você possa
conhecer estratégias importantes para ajudar a sua organização a crescer junto com você!
FONTE: Free Digital Photos. Disponível em: <www.freedigitalphotos.net>. Acesso em: 10 jun.
2010.
2 ENTENDENDO O FUNCIONAMENTO DOS MEIOS MIDIÁTICOS
FONTE: Free Digital Photos. Disponível em: <www.freedigitalphotos.net>. Acesso em: 10 jun.
2010.
Isso significa dizer que os processos comunicacionais oriundos desse meio, são
processos comunicacionais que ocorrem de forma TRANSMISSIVA. Acontece que um polo 6
privilegiado (EMISSOR) emite/manda/injeta informações para outros polos menos privilegiados
(RECEPTORES). Logo, o que se observa aí é um modelo UM-TODOS, pois UM privilegiado
emite para TODOS, menos privilegiados e dispersos geograficamente.
O que toda essa história faz sentido para os operadores de Web Contact Center e
Redes Sociais? Imagine que num atendimento por telefone – um meio mais convencional, como
o rádio e a TV citados anteriormente – seja possível apenas conversar. Com as vantagens da
web, pode-se muito mais! Como os recursos colaborativos (veremos isso mais detalhadamente
no próximo tópico) possibilitam uma vasta gama de oportunidades, como por exemplo, mandar
imagens, figuras, sons e até construir espaços conjuntamente, o que difere o operador de Web
Contact Center e Redes Sociais do atendente convencional, é justamente esse novo paradigma,
que deixa de ser meramente TRANSMISSIONAL.
É fácil pensar na distinção de oferta e demanda, pois tais conceitos são justamente
aqueles já conhecidos por nós. Enquanto nos meios de comunicação de massa nós precisamos
consumir aquilo que nos é OFERTADO (Faustão, Gugu, Jô Soares, etc.), na lógica da demanda
as informações já estão postas na rede e nós, é quem temos que encontrá-las.
Vale destacar a infinidade de conteúdo virtual e, o operador de Web Contact Center e
Redes Sociais competente, deverá estar disposto a garimpar informações sobre tudo e todos
nesse emaranhado de dados.
Figuras: Free Digital Photos. Disponível em: <www.freedigitalphotos.net>. Acesso em: 10 jun.
2010.
Exercício 1, 2 e 3
3 ENTENDENDO OS MEIOS HIPERMIDIÁTICOS
11
Quando se fala em lógica hipermidiática (ou colaborativa), o que se percebe é a
formatação de uma comunicação que pode ser definida como TODOS-TODOS (lembre-se que
na lógica midiática ocorria a distinção UM-TODOS), ou seja, os diversos atores comunicacionais
podem se relacionar em igualdade de condições. Enquanto na lógica midiática, um polo central
emitia informações para polos menos privilegiados, na Internet a lógica que se percebe é que os
vários polos podem se comunicar, emitindo e recebendo informações de várias maneiras.
Cabe aqui um parênteses importante: autores que pesquisam a web, como Alex Primo
(2003), por exemplo, ressaltam a condição diferenciada que os atores virtuais assumem em
relação ao público das mídias convencionais. Para ele, não se pode chamar os participantes das
redes de USUÁRIO, como tem sido convencionado, pois ele pode fazer muito mais do que mero
uso. Ele indica a utilização do termo INTERAGENTE, pois facilita a distinção de seu caráter
dinâmico. Arlindo Machado (2002) sugere o termo INTERATOR, pois também confere uma ideia
de mais articularidade.
14
Relação comunicacional De um para todos De todos para todos
*Jean-Louis Weissberg:
16
Texto: Paradoxos da teleinformática.
* Rogério da Costa:
*Pierre Musso:
17
Texto: A filosofia da rede
*Henry Jenkins
Como se pode perceber a partir dos trechos citados de Weissberg, Costa, Musso e 18
Jenkins, há uma variabilidade muito grande quando o assunto é web.
Atrelada a uma questão territorial, que muda a noção de espaço (basta pensar no
ensino a distância), as redes informáticas geram novos paradigmas que encurtam distâncias,
aproximam pessoas e tornam relações antes impossíveis e inimagináveis, simplesmente diárias.
Muda também o conceito de comunidade, uma vez que o grupo deixa de se reunir pessoalmente
para discutir a distância e em temporalidades diferentes. É preciso ficar atento, pois a todo o
momento se formam comunidades na web que são contra ou a favor de determinados produtos,
elas, de fato, acabam criando novas possibilidades organizacionais, mas ao mesmo tempo
colocam em risco empresas já fundadas no mercado. Além do direito a voz, o consumidor, com a
web, conquistou o direito de se organizar e criticar de maneira midiatizada para seus iguais.
Essa rede que está em todos os lugares e se forma e transforma a cada minuto, deve
ser observada de maneira minuciosa pelos operadores de Web Contact Center e Redes Sociais.
Vale ressaltar que esse profissional deve estar atento para o fato de que não são apenas os
meios que se convergem num só (pois, na internet tem-se rádio (som), TV (imagem), e jornal
(texto)), mas também as culturas. Há de tudo e pessoas de todo o tipo que se pode imaginar nas
redes. Essa é uma característica central dela.
O profissional que trabalha com a web deve estar disposto a enfrentar novos desafios,
pois apesar de já se ter estudado muito, ainda se sabe muito pouco sobre a Internet. Essa é uma
tecnologia que foi popularizada recentemente. Para se ter uma ideia, os primeiros blogs não
atingiram sequer sua maioridade (os primeiros relatos datam de 1997). Isso significa dizer que
tudo o que for dito nessa e em outras apostilas sobre as redes, pode ser transmutado ao longo
do tempo.
Reconhecer as teorias que permeiam esse ambiente, não há dúvidas, pode ser um
caminho instigante e profícuo para que se tente avançar um pouco mais e evitar cair nos erros
gerais que afetam as compreensões sobre os ambientes virtuais. Você, operador de Web
Contact Center e Redes Sociais pode ajudar a desenvolver esse segmento, propondo
problemáticas a partir dos estudos realizados neste curso.
19
Primo (2003) aponta a existência de duas formas de interação na rede, oriundas das
características assinaladas acima. Esses dois modos são a interação mútua e a interação 20
reativa. A interação mútua ocorre quando os interlocutores negociam suas relações e constroem
o processo comunicacional de forma cooperativa. A interação reativa é aquela que funciona
apenas com base em estímulos e respostas. É importante compreender que não se trata
necessariamente de um processo genuíno, no qual certas redes sociais ou canais de
comunicação na web seriam reativos e outros mútuos. Essa distinção ajuda a compreender a
complexidade desses fenômenos que, dependendo da relação observada, promovem uma
interação mútua ou reativa.
21
Por outro lado, o hipertexto colaborativo pode ser comparado a uma “colagem”. Na
verdade, não há discussões durante o processo criativo, o que existe, apenas, é a inserção de
conteúdo. Observa-se também a interação dos interlocutores nas interfaces, por isso, ela é 22
modificada e editada a partir das intervenções deles. As marcas dos participantes ficam
evidentes nesses espaços, pois “participaram” efetivamente da construção daquele determinado
conteúdo.
Diferente do que ocorre com as outras duas formas, o hipertexto cooperativo depende
diretamente do “debate”. O conteúdo é construído em conjunto, de forma cooperativa, ou seja,
ao fim de um trabalho, dividem-se de forma igualitária os “lucros” e “prejuízos” daquilo que foi
produzido. Nesse caso a relação comunicativa é determinante para a concepção do produto final
que é originado dessa forma de hipertexto.
A mediação desses processos também precisa ser observada, pois são deles que
dependem diretamente as relações estabelecidas em um caráter sociotécnico.
Na ilustração abaixo fazemos um resumo dos tipos de interface e hipertexto que mais
comumente encontramos na web. Vale destacar que reconhecê-los é apenas o primeiro passo
para saber lidar com determinadas situações.
23
Exercício 4 e 5
5 CONHECENDO ALGUMAS REDES SOCIAIS
24
O Blogger, que tem a extensão blogspot.com, é ligado ao Google e, também por isso,
tem crescido muito. Recentemente foi integrado no painel do Blogger o recurso AdSense, que
permite a inserção de anúncios de maneira mais fácil e rápida, iniciando uma profissionalização
econômica nesse universo. O carregamento do blog tende a ser muito mais rápido do que na
maioria das outras plataformas, pois os temas são mais leves e um eficiente sistema de cache
aperfeiçoa o desempenho.
Os temas padrões são passíveis de edição com um conhecimento mínimo de HTML,
mas essa é uma ação arriscada, pois o blog pode ficar mais lento. O Blogger também possibilita
a criação de blogs coletivos, podendo adicionar até 99 autores, e a aquisição de um domínio
pontocom, amenizando o estigma de que o final blogspot significa baixa interação (WinNext,
2009, on-line).
26
e) Gadget Adsense: Gera receita para o blog de acordo com o número de acessos.
Para ganhar uns poucos centavos o Blogger exige milhares de acessos.
27
i) Gadget Enquete: Faça uma pesquisa com seus visitantes adicionando uma enquete
ao blog. Lembre-se que se sua organização resolver colocar uma enquete no blog, ela deve ser
respeitada indiferentemente dos resultados. Do contrário, não utilize esse recurso.
j) Gadget Lista de blogs: Mostra o que você lê usando um blogroll de seus blogs
favoritos. Cuidado, organizações não devem priorizar muitos segmentos distintos, isso pode
“queimar” a imagem de sua empresa.
k) Gadget Lista de links: Adiciona uma coleção de seus sites favoritos, blogs ou
páginas na web. Mesmos riscos do Gadget Lista de blogs.
No geral, tanto o Blogger como o WordPress, apresentam limitações. Tudo vai variar
de acordo com a forma como o blogueiro utilizará a plataforma, pois, também nesses templates
tudo depende de como funcionará o agenciamento sociotécnico. Essas plataformas são
exemplos claros da transformação das mediações em ambientes virtuais. Os recursos oferecidos
interferem diretamente naquilo que Weissberg (2004) chamou de automediação, ou seja, uma
mediação inteligentemente automática, que obedece às lógicas predispostas, mas que
interferem diretamente na difusão do conteúdo. Além disso, são justamente os recursos de
interação que diferenciam uma plataforma da outra e um blog de outro, conforme se assinala
deste ponto em diante.
Entre os principais recursos das plataformas blogueiras, alguns se destacam, são eles:
RSS, IRC, comentário, post, tag, permalink, trackback e blogroll. Vale ressaltar que tais recursos
possuem vertentes variadas, enquanto algumas (IRC, Comentário, post e tag) são organizativos
internos, o trackback é externo. O blogroll, o RSS e o permalink são recursos organizativos
mistos, pois tanto apresentam funcionalidades externas, quanto internas em um blog. O RSS,
que é um recurso misto, por exemplo, privilegia sua capacidade midiatizadora de selecionar
conteúdos e dispará-los para interlocutores predeterminados. Uma análise mais complexa
desses recursos é apresentada a seguir:
RSS, conforme explica o site Interney (2009, on-line), é a sigla de Rich Site Sumary ou
Really Simple Syndication. Esse recurso possibilita a distribuição de conteúdo de um blog de
forma padronizada, fazendo com que ele possa ser lido em diversos tipos de leitores de notícias.
Os endereços que distribuem informações em forma de RSS são conhecidos como feeds, que
são os agregadores de RSS e que facilitam muito o acesso a vários blogs. De acordo com o
portal Infowester (2009, on-line) as duas principais características dos RSS são facilitar a leitura, 29
sendo que uma pessoa pode ter acesso aos vários blogs ao mesmo tempo e manter os círculos
blogueiros sempre informados sobre o que os outros comentam.
Com essa característica de facilitar o acesso dos leitores aos vários blogs em menos
tempo, o fluxo de informações fica muito mais dinâmico. Os participantes de grandes círculos de
discussões conseguem acompanhar um vasto número de blogs ao mesmo tempo. Trata-se de
um típico caso de conjunção em ambientes colaborativos, uma vez que os blogs fazem fusões
imprecisas entre si para compor os feeds. Interessante perceber, também, a “colagem” que há
por meio desse recurso. O RSS funciona a partir do pressuposto da existência de um
ecossistema midiático, pois ele se apropria de outras formas de encaminhamento de mensagem
para publicar o conteúdo dos blogs.
Os jornais on-line também foram reconfigurados na blogosfera por causa do RSS.
Conforme aponta Simão (2008) os jornais têm usado os blogs como fonte de informação, mas
com o uso do RSS o contrário também ficou possível, pois o blogueiro tem a opção de
referenciar seus temas favoritos, os quais serão selecionados no feed. “Assim ao ler um blog
está também a ter acesso aos títulos e superlead dos jornais, funcionando assim o blog como
distribuidor temático dos jornais” (SIMÃO, 2008, p.158).
Um dos problemas de participar de RSS é justamente o fato de não se ter acesso ao
conteúdo original. Isso significa perder em qualidade, uma vez que esse recurso não oferece
acesso a infográficos e imagens, por exemplo. O RSS faz com que os participantes tenham
contato apenas com informações altamente segmentadas, o que não ocorreria, caso ele tivesse
acesso direto ao blog. Como se pode ver, os feeds funcionam como recursos mediadores nos
ambientes colaborativos, pois selecionam o conteúdo por características pré-estipuladas pelo
blogueiro. Vejamos abaixo o print da página desse serviço:
30
A logomarca no print acima indica quando o site é integrado ao sistema de IRC. Para baixar o
mIRC. Disponível em: <www.mirc.com>. Acesso em: 16 jun. 2010.
FONTE: Reprodução – Print Screen.
A tag é um sistema interno de buscas direcionadas. Para que uma tag funcione com
mais eficiência, é preciso que ela esteja sempre atualizada e que o blogueiro conheça quais são
os assuntos que mais interessam aos seus interlocutores. Segundo Interney (2009, on-line) “uma
tag (rótulo/etiqueta) é uma palavra-chave que serve para classificar o assunto ou tema de um
post. São utilizadas para organizar e facilitar a busca de páginas e objetos na internet”.
Primo (2007) destaca que existe a possibilidade de se formar metadados por
intermédio das tags. Para ele, em vez de o participante utilizar termos de um cadastramento
padrão, ele pode identificar um post com as palavras que quiser, ou seja, são dados colocados
em cima de outros dados. Esse “tagueamento” tem sido também chamado de folksonomia; “Ou
seja, em vez de uma categorização por especialistas que segue rígidos padrões taxonômicos, a
folksonomia seria uma classificação social “de baixo para cima”” (PRIMO, 2007, p.05).
Para Guimarães (2008), que explica as tags no viés dos estudos semânticos, o
funcionamento delas se difere dos buscadores convencionais (como Google e Alta Vista, por
exemplo) a partir do momento em que a busca funciona pelo acionamento de palavras-chave
postadas anteriormente pelo blogueiro. Ele exemplifica: se o interlocutor clicar em uma tag com a
expressão “Argentina” em vez de ela direcionar a pesquisa para textos que contenham a palavra,
a tag procurará por textos, vídeos e imagens que foram “tagueadas”, ou seja, tem como
palavras-chave, a expressão “Argentina”, por isso, argumenta que a nuvem de tags opera por
intermédio de um sistema semântico. “É bastante óbvio que, muitas vezes, a palavra-chave
também se encontre no texto em si, entretanto, é importante a compreensão de que a busca
acontece de maneira diversa” (GUIMARÃES, 2008, p. 04).
As tags são recursos que propiciam uma interação amplamente mediada pelo 32
blogueiro. Além disso, funcionam como um importante hipertexto potencial, que promove a
organização dos blogs – ambientes que são frequentemente caracterizados por causa de uma
possível desorganização interna. As tags, como se pode perceber, figuram nessa cultura da
convergência como importantes elementos associativos da mediação tecnológica com a
mediação social.
Talvez uma das ferramentas mais comuns utilizadas por blogs atualmente sejam os
blogrolls - uma lista livre de blogs “favoritos” e que não precisa ser temática. Ela parte de
pressupostos que selecionam e segmentam o público que visita o blog. Máximo (2007, p. 30)
define os blogrolls como sendo “as listas de links para blogs “favoritos” cultivadas pelos
blogueiros”. De fato, o blogroll é pautado pelas preferências do blogueiro.
Geralmente o blogroll apresenta-se em forma alfabética ascendente e representa um
importante recurso de interação, pois enquanto mais listas um blog tiver mais ele se tornará
popular nas redes.
Os blogrolls assinalam uma das características principais dessa lógica hipermidiática: a
colaboração. Ao passo que um blog vai linkando outros, redes peculiares vão se formando e
criando grupos específicos. Os blogrolls são importantes elementos para a constituição da 35
blogosfera. Além disso, apresentam-se como uma interface potencial, uma vez que não podem
ser alteradas de forma alguma pelos interlocutores, apenas pelo blogueiro, que é o responsável
por um determinado blog. Apontam ainda para um exemplo importante da formação das redes
sociais, uma vez que essas listas referenciam a terceiros por causa das relações estabelecidas
nessas ambiências.
Quando os blogrolls extrapolam às simples figurações nos blogs, eles se transformam
no que Recuero (2002) chamou de webrings, ou seja, círculos de blogueiros que promovem
interação por intermédio da ferramenta de comentários e posts. “Os blogs são linkados uns nos
outros e formam um anel de interação diária, por meio da leitura e do comentário dos posts entre
os vários indivíduos, que chegam a comentar os comentários uns dos outros ou mesmo deixar
recados para terceiros nos blogs” (RECUERO, 2002, p. 07). Ela explica que o blog funciona
como uma representação do blogueiro no ciberespaço e por isso, os webrings não são
simplesmente um grupo de links, mas sim, um grupo de pessoas.
36
Alguns blogs como o do Governo Federal do Brasil não permitem a inclusão de comentários.
Isso não é indicado, na pior das hipóteses, deve haver uma moderação, pois o universo das
redes sociais, para funcionar bem, exige esse tipo de mobilidade.
FONTE: Reprodução – Print Screen.
Disponível em: <http://blog.planalto.gov.br/estatuto-da-igualdade-racial-e-uma-das-conquistas-
mais-relevantes-dos-negros-no-brasil/>. Acesso em: 18 jun. 2010.
5.2 MICROBLOGS: O TWITTER E SEU MODELO INTERLIGADO EM OUTRAS REDES
O Twitter (www.twitter.com) é uma rede social que ficou mundialmente conhecida como
um microblog, uma vez que permite que as pessoas interajam apenas por 140 caracteres. São 37
mensagens curtas, com conteúdo limitado, mais que atraiu profundamente a muitos
interlocutores, uma vez que comunicar se tornou muito rápido e resumido a partir da utilização
dessa plataforma. Os participantes dessa rede se identificam a partir da utilização do sinal
arroba, seguida da identificação do twiteiro, assim, por exemplo: @firminojunior ou
@portaleducacao.
38
Abaixo segue uma entrevista interessante com Biz Stone, concedida recentemente à
revista Veja e com conteúdo disponibilizado no site da revista:
Paula Neiva
Dois anos atrás, o americano Christopher Isaac Stone, mais conhecido pelo apelido de infância
Biz Stone, de 35 anos, criou o Twitter em parceria com os amigos Jack Dorsey e Evan Williams.
O Twitter, que permite a publicação, em tempo real, de mensagens curtas, de apenas 140
caracteres, tornou-se um fenômeno da internet, com 50 milhões de pessoas cadastradas. O
modelo, inspirado nas mensagens de texto de telefone celular, inaugurou uma forma
arrebatadora de comunicação via internet. Autor de dois livros sobre as origens e o significado
social dos blogs, Stone está entre as 100 personalidades mais influentes do mundo, segundo a
revista americana Time. Ex-funcionário do Google, ele participou do desenvolvimento de outro
serviço de mídia social de grande repercussão, o Blogger. Stone chega ao Brasil nesta terça-
feira, para participar do Encontro Agenda do Futuro, do Grupo TV1, em São Paulo. De seu
escritório, em São Francisco, Stone concedeu a seguinte entrevista a VEJA.
39
Apenas dois anos depois da fundação do Twitter, a revista Time incluiu seu nome na lista
das 100 pessoas mais influentes do mundo. Não é cedo demais para virar celebridade?
O caminho está só no começo. Por isso, ainda é cedo para ter plena consciência do que está
ocorrendo. A escolha da revista Time foi um prêmio pela dedicação do nosso time, que
realmente criou algo especial.
Nem um nem outro. O que desperta maior interesse são os assuntos relacionados à comunidade
em que o usuário está inserido. Observamos que muita gente busca informações sobre seu
microcosmo. Ou seja, se falta luz no bairro ou se há um barulho incomum, as pessoas buscam
informações no Twitter, sabendo que seus vizinhos estão na mesma situação. É natural esperar
que alguém saiba o que está ocorrendo e coloque isso na internet. Nossa ferramenta se tornou
uma maneira de alguém se conectar imediatamente com pessoas que estão passando ou que
passaram por uma mesma situação. Existe um senso de comunidade, com as pessoas
interligadas e sabendo que vão encontrar informações atualizadas sobre interesses em comum.
Dessa forma, o que mais movimenta o Twitter não é um tipo de post ou um post específico, mas
o conjunto de muitos posts sobre uma enormidade de temas.
Algumas empresas impedem o uso do Twitter por seus funcionários. Não deveria ser o
contrário?
A internet foi criada para dar a todos a possibilidade de obter e publicar informações. Essa troca
livre e desimpedida é muito poderosa. O problema era a barreira técnica. Muita gente deixa de
publicar na internet por desconhecer a linguagem técnica do meio. O Twitter reduziu essa
barreira. O único requisito para publicar é saber digitar. Os políticos precisam estar conectados 40
com seus eleitores. Como o Twitter permite a conexão direta, é natural que tenha se tornado
uma ferramenta presente nas campanhas políticas. Não há nada de errado nisso. Quanto mais
pessoas compartilharem informações, melhor para todos.
A revolta popular contra a fraude eleitoral no Irã foi chamada de "Revolução do Twitter".
Surgiu um novo inimigo das ditaduras?
Acredito que a troca e a circulação de informações podem ter, sim, um impacto positivo em
escala global. A troca aberta de informações é algo desejado há muito tempo. O que criamos, no
fundo, foi uma daquelas raras coisas de que não sabemos que precisamos, até o momento que
passamos a usá-las.
As pessoas agora medem seu sucesso pessoal de acordo com o número de seguidores
que arrebanham no Twitter. Isso é sadio?
Elas certamente estão oferecendo informações relevantes a outras pessoas. A forma mais
eficiente de ter muitos seguidores é "tuitar" informações úteis e de interesse para o maior
número de pessoas que compartilham determinado perfil. Nem sempre é preciso ser algo
inédito. Pode ser uma citação ou um endereço da web interessante. É natural que as pessoas
queiram ter um número cada vez maior de seguidores. Muitas usam o cartão de visita e a
assinatura de e-mail para propagandear que já estão no Twitter.
A primeira que me vem à cabeça é a foto que o ator Ashton Kutcher publicou da própria mulher,
a atriz Demi Moore, de calcinha. Até gostaria de saber se ele teve problemas em casa por causa
disso. Foi um sucesso instantâneo.
O Twitter é a quarta entre as redes sociais mais acessadas no Brasil, com 10 milhões de
41
visitantes por mês. O sucesso no Brasil o surpreendeu?
Há apenas dois anos nem sequer tínhamos certeza de que alguém gostaria da nossa ideia. Mas
não posso dizer que o sucesso no Brasil tenha sido uma surpresa total, porque já sabia da
popularidade das redes sociais no país. Parece que a vontade de se conectar com outras
pessoas é algo intrínseco à cultura do brasileiro.
Qual a principal diferença entre o Twitter e outras redes sociais, como o Orkut e o
Facebook?
Nas redes sociais, a pessoa é obrigada a seguir quem o segue. Ou seja, para ter acesso às
informações de alguém, é preciso que essa pessoa também esteja na sua rede de contatos. No
Twitter, não. Não há necessidade de reciprocidade para seguir alguém. Você pode não seguir
ninguém e ter milhares e até milhões de seguidores.
Como ocorreu com outros sucessos digitais, o destino do Twitter é ser vendido logo?
Não temos nenhum interesse em falar sobre vender a ferramenta. Estamos construindo uma
companhia que é nossa e que ainda estará viva por muito tempo.
Sem publicidade, qual será o modelo de negócio dessa rede que vocês criaram?
Somos uma empresa muito jovem. Temos outras prioridades. Precisamos nos concentrar em
expandir o serviço e ter a certeza de que o Twitter se tornará uma ferramenta indispensável na
vida das pessoas. Estamos abrindo portas, mas a exploração comercial não é nossa maior
preocupação no momento.
Os investidores que deram dinheiro a vocês não pressionam para chegar a algum modelo
que dê lucro?
Queremos inventar uma fórmula que não aborreça o usuário. Estamos trabalhando na criação de
ferramentas desenvolvidas para empresas. Até o fim do ano, vamos ter contas específicas para
empresas. O serviço terá uma fase inicial experimental. É daí que poderá vir o retorno para
quem investiu em nossa ferramenta.
Não. O Twitter continuará sendo gratuito para todos. Mas a empresa que quiser poderá ter
acesso a ferramentas adicionais, que mostrem se uma mensagem específica fez sucesso ou 42
não, que permitam análises ou a ajudem a ser mais atraente para o público que deseja alcançar.
Além disso, haverá uma espécie de certificação de que aquele Twitter realmente pertence
àquela empresa.
Mantido o atual ritmo de crescimento, o que se pode prever sobre o futuro imediato das
redes sociais?
O mundo terá mais mobilidade devido ao acesso móvel à internet. Hoje, 4 bilhões de pessoas
têm celular, mas apenas 1,5 bilhão dispõem de acesso à internet. Daqui a alguns anos, qualquer
pessoa, independentemente da idade e do local onde viva, participará de redes sociais e usará
ferramentas como o Twitter. Acho que haverá uma integração entre as redes sociais, em
decorrência não apenas da evolução da tecnologia, mas da vontade das pessoas.
Qualquer coisa que desagrade a minha mulher. Não quero ficar em apuros em casa. Não que eu
esteja sempre ligado nisso. O que quero dizer é que, de maneira geral, deixo de fora
informações de cunho pessoal, que possam fazer com que eu me arrependa mais tarde.
Como o Twitter é rápido e fácil de usar, muita gente acaba revelando nele justamente
coisas das quais se arrepende depois...
Eu mesmo já passei vergonha uma vez, um ano atrás. Temos um sistema que permite enviar
mensagens sigilosas a um destinatário específico. Escrevi a minha mulher informando a hora de
chegada do trem em que eu viajava e pedindo que me encontrasse na estação. A mensagem
terminava com um "eu te amo". Fiz algo errado e mandei essa mensagem a todos os meus
seguidores. Quando percebi o engano, já tinha recebido comentários com brincadeiras ou
dizendo que me amavam também, mas que não ia dar para me buscarem na estação de trem.
Muita gente expõe de forma excessiva sua intimidade na internet...
As pessoas estão aprendendo que, quando fazem um blog e publicam coisas na rede, não são
apenas os amigos que veem e participam de sua vida. Muitas ficam chocadas quando se dão
conta de que estão realmente expondo sua vida em um ambiente público. Creio que aos poucos
elas vão aprender a selecionar o que realmente querem compartilhar com os outros
43
Vi que Biz Stone segue 288 pessoas pelo Twitter. Dá tempo de ler tudo o que elas
publicam?
Não vejo problema em seguir muitas pessoas, porque as atualizações são mensagens curtas.
Checo minha conta muitas vezes ao dia, mesmo quando estou no supermercado ou no táxi.
Quero estar sempre por dentro do que está acontecendo.
Mas são 288 pessoas mandando mensagens o tempo inteiro. Alguma coisa escapa, certo?
Sinceramente, acho que deixo de ler algumas coisas. Mas tudo bem. Essa é a beleza do Twitter.
Como as atualizações são curtas e simples, não é preciso preocupar-se com a perda de
algumas delas. Outra coisa de que gosto é que, ao contrário do e-mail e das mensagens
instantâneas, no Twitter não há necessidade de resposta. Você responde se quiser, e quem
publica não tem a expectativa de resposta. Se você ficar longe do Twitter por alguns dias,
ninguém vai se zangar com você por isso. Cada dia que passa, eu recebo mais e mais e-mails
em minha caixa postal. O e-mail é um sistema impraticável, pois é simplesmente impossível
responder a toda a demanda que cria. O Twitter permite fugir dessa obrigação.
Tem se notado ainda que muitas organizações, dos mais variados segmentos, têm
utilizado o Twitter para divulgar seu produto. Os seguidores (nome que se dá para quem “segue”
o Twitter de outro interlocutor) da revista Veja ou da Rede Globo, por exemplo, recebem a todo
tempo resumos dos principais acontecimentos do dia. Em Twitters de empresas, como o da
Coca-Cola, por exemplo, profissionais ficam o tempo todo debatendo e discutindo questões de
atendimento, qualidade ou mesmo promoções com os twitteiros. O Gestor de Web Contact
Center, de regra, precisa enxergar o Twitter e as demais redes sociais como uma forma de estar
perto de seus públicos o tempo todo e o operador deve auxiliá-lo nessa árdua e difícil tarefa.
44
O primeiro passo para usar o Twitter é se cadastrar no sistema. Vale ressaltar que os
gerenciadores de redes sociais procuram facilitar ao máximo o cadastramento, pois em muitos
casos, como o do Twitter, só se disponibiliza em alguns idiomas. O gestor de redes sociais deve
ficar atento na hora do cadastro para não complicar demais o nome de usuário e confundir o
interlocutor na hora de localizar o Twitter da sua organização. Por exemplo, se a sua empresa se
chama Castro & Alves Advogados Associados, evite usar siglas como CAAA, ou
CAAAssociados. Evite também o uso de números e o underline (aquele tracinho baixo (_) ), só
em casos extremos. Para esse escritório, o melhor mesmo seria usar o nickname (apelido) da
seguinte forma: @castroealves. Simples assim!
Cada mensagem que é publicada no seu Twitter fica fixada como a sua mensagem atual
e será também enviada para todos os seus seguidores (followers). Quando você segue alguém
você é chamado de following. A troca de mensagens é constante e a todo o momento seu
Twitter recebe atualizações dos outros, portanto, é sempre importante ficar atento ao que está
interessando a você ou a sua organização. É importante ressaltar que o Twitter é uma
ferramenta arriscada, sendo que, operadores e gestores devem a todo tempo estar atentos para
45
não publicarem conteúdo ofensivo ou de cunho pessoal, no Twitter da empresa. Além disso, os
Twitters de cada um não devem se misturar ao da empresa, casos recentes apontam o risco que
isso leva tanto para as organizações, quanto para os próprios profissionais.
No último domingo, durante o jogo entre Corinthians e São Paulo, Glikas, aparentemente
um corintiano roxo, publicou em seu Twitter algumas mensagens contra o São Paulo Futebol
Clube. Quando o goleiro Rogério Ceni falhou e tomou um gol, Glikas escreveu: "Sou fã do
Rogério Ceni. Se ele continuar assim, tá ótimo! Chupa Bambizada!". Em outras mensagens, o
executivo ainda citou a empresa: "Vamo [sic] Locaweb! Chupa Bambizada! Timão eooo!".
O maior agravante é que a Locaweb era uma das patrocinadoras do São Paulo naquele
jogo. A empresa realizou um acordo para patrocinar o grupo sãopaulino no clássico contra o
Corinthians e no jogo de amanhã, contra o Monterrey, no México, pela Taça Libertadores.
A atitude do diretor comercial da Locaweb causou a ira de alguns torcedores que
começaram uma campanha contra a empresa na internet, especialmente no Twitter.
A demissão foi anunciada pela empresa por meio de nota, que diz: “Em razão do recente
incidente envolvendo a companhia e o São Paulo Futebol Clube, o executivo decidiu, em comum
acordo com a diretoria da Locaweb, desligar-se de suas funções“.
Em entrevista à Época NEGÓCIOS, a Locaweb informou que, por ser uma empresa de
internet, jovem e moderna, sempre encorajou seus funcionários a utilizarem as redes sociais, 46
com bom senso e respeito. No entanto, revela que ainda não há uma política interna de uso das
redes sociais. "A empresa pretende colocar em prática a política para uso de mídias sociais para
seus funcionários o quanto antes", disse Guilherme Mazzola, gerente de comunicação da
Locaweb.
Ademais, outros dois cuidados devem ser tomados em relação ao uso indiscriminado do
Twitter:
1º) Ele não permite editar as mensagens, depois de publicadas elas podem ser
apagadas, mas não alteradas. Pense muito bem antes de publicar qualquer coisa, pois em uma
fração de segundos, com o recurso do retweet (que será mais bem explicado a seguir), milhões
de pessoas podem ler seu recado quase que de maneira instantânea.
2º) Verifique periodicamente seu histórico de mensagens e delete tudo aquilo que não
estiver mais atualizado ou contrarie novas posturas organizacionais que a sua organização tem
tomado.
Para adicionar amigos no Twitter basta clicar em Follow, é muito simples, entretanto,
para as empresas se torna mais interessante que as pessoas é que a sigam, pois, não é
interessante e não soa bem um Twitter organizacional sair seguindo os outros
indiscriminadamente. Uma dica interessante é a produção de promoções, inclusive, com sorteio
de brindes, para aqueles que começarem a seguir a sua empresa. Isso custará muito pouco e se
criará um público amplo. Com certeza, será muito mais direcionado e barato do que uma mídia
47
nos meios convencionais, como Rádio, TV e jornal impresso.
Abaixo reproduzimos algumas perguntas e respostas que podem servir para ajudá-lo no
uso diário desse microblog.
Há duas formas. A primeira é digitando antes ou depois da sua mensagem o endereço de quem
você manda o recado, exemplo: “Gostei muito da apostila @portaleducacao” ou
“@portaleducacao Gostei muito da apostila”. A outra maneira é usando o recurso de mensagens
diretas (direct messages) que permitirá que apenas quem receba a mensagem possa ler. Esse
meio não tem sido comum, tendo em vista que um dos fundamentos do Twitter é a justamente a
visibilidade.
Sim. Basta clicar na barra de procura (find people). Lembre-se de digitar as várias variáveis que
uma pessoa pode ter pensado.
48
Uma das formas mais comum de usá-los nos Estados Unidos e que tem ganhado força no Brasil
é via celular (veja imagem explicativa na página XXX). Há também um plug-in do Firefox
chamado Twitterfox e a possibilidade de acesso por e-mail (Twitter Mail) e por meio do MSN,
Google Talk e ICQ, por exemplo. Adiante criamos uma página interessante sobre as formas de
“tunar” o seu Twitter.
49
RT é o ReTweet, ou seja, quando você clica nessa ferramenta, você replicará a mensagem
recebida de forma idêntica, conferindo corretamente os créditos de quem criou originalmente a
mensagem. É um efeito em rede muito interessante, pois é comum uma mesma mensagem ser
Retweetada por milhares de usuários, gerando um efeito natural que as redes sociais
proporcionam.
TwitBin: Apenas para usuários do Firefox, esse plug-in permite que as suas mensagens mais
recentes sejam exibidas em um painel no próprio navegador. É possível escolher o tempo de
atualização e escrever mensagens.
TwitterFox: Cria no canto direito uma janela com as atualizações. É possível também respondê-
las (reply).
URL Shortener, TinyURL e ZeroBR: Condensam o número de caracteres de links, que muitas
vezes ultrapassam os 140 caracteres. O ZeroBR é um sistema desenvolvido no Brasil.
Twitter Tools: Faz o mesmo que o Twitter Update, mas também faz o inverso, ou seja, posta no
blog as twittadas mais recentes.
52
Twitter Update: Exclusivo do WordPress, insere no seu Twitter aqueles posts mais recentes.
Outras ferramentas:
RSS to Twitter: Gera entradas de feeds (RSS) para as mensagens dos interlocutores
Twitterholic: Mostra uma lista com os 100 mais seguidos do Twitter no planeta.
TwitterMap: Funciona junto com o Google Maps e identifica twittadas por meio dele.
TwitterSearch: A partir de palavras-chave que você coloca, ele procura nos posts e usuários do
Twitter.
53
1. Twitpic – Publique suas fotos no Twitter. Não é necessário cadastro, basta logar com
seu login e senha do Twitter.
54
2. Does Follow – Use para checar se uma pessoa está seguindo outra.
3. Twibbon – Crie uma campanha utilizando seu avatar ou apoie campanhas relevantes.
4. Eusigo – Diretório brasileiro de perfis do Twitter divididos em várias categorias.
5. Future Tweets – Agende seus tweets para outro dia, outra hora, deixe tudo programado.
Funciona direitinho.
6. Blablabra – Site que monitora tudo o que está sendo twittado em português.
7. Visible Tweets – Escolha uma palavra chave e faça uma busca. Depois é só escolher
entre as opções de visualizações. Ótimo para ser usado em apresentações e eventos.
8. Twitvite – Ferramenta para criar eventos e enviar convites para seus amigos.
9. Twittas? – Várias ferramentas simples como a que informa seu primeiro tweet e com
quem você mais conversa.
10. Twitual – Uma das melhores ferramentas para saber quem está te seguindo e quem
você está seguindo que não te segue de volta. Prática, rápida e não precisa de cadastro.
11. TweetQuero – Nada demais, serve apenas para compartilhar com seus amigos o que
você, logicamente, quer.
12. TweetStalk – Quer acompanhar alguém sem ela saber? Agora ficou fácil! Hahaha.
13. Twtpoll – Faça enquetes e publique diretamente no seu Twitter.
14. Follow Cost – Saiba o quão chato é acompanhar os seus tweets.
15. MyCleenr – Faça uma limpeza e pare de seguir quem não twitta mais.
16. Mutuality – Ferramenta automática para dar unfollow em quem você segue que não te
segue. Requer login e senha do Twitter, cuidado.
17. Twtrfrnd – Descubra os seguidores que você tem em comum com outro usuário.
18. Crowd Status – Selecione pessoas e faça um grupo seleto para acompanhar.
19. Tweetwasters – Calcule quanto tempo você gasta com Twitter.
20. Tweetstats – Informações úteis sobre sua conta, por meio de gráficos.
21. Tweecious – Extensão do Firefox que publica na sua conta do Delicious
automaticamente todos os links que você twitta.
22. Twibes – Sentiu falta de “comunidades” no Twitter? Você pode usar o Twibes para criar
comunidades e chamar seus amigos.
23. Comoestou – Ferramenta brasileira para se buscar pessoas por meio de emoções.
24. BubbleTweet – Grave vídeos e publique no seu perfil.
25. Monitter – Monitoramente real time de keywords. 55
26. Twply – Ferramenta para enviar seus replies, direto para sua caixa de e-mail.
27. TweetBeep – Configure alertas de keywords que serão enviados para o seu e-mail.
28. TwitterHolic – Confira uma linha do tempo da quantidade de followers e updates que um
perfil teve.
29. Twitmatic – Assista aos vídeos que estão sendo twittados agora mesmo.
30. Tracking Twitter – Acompanhe o que está sendo dito sobre empresas.
31. ExecTweets – O que os executivos internacionais estão dizendo?
32. Top Follow Friday – Ranking de indicações para o FollowFriday.
33. TwitRank – Descubra seu rank no Twitter brasileiro.
34. Tweepme – Configure sua conta para seguir automaticamente usuários desse site. Eu
não usaria, mas use com cuidado.
35. Whofollowswhom – Ferramenta parecida com o Twtrfrnd.
36. Twitblogs – Faça um blog integrado com seu microblog.
37. QuoteURL – Quer publicar uma conversa que aconteceu no Twitter, no seu blog de
forma bacana? Então aproveita.
38. Top Twitter Friends – Uma das opções mais robustas para se obter informações
verdadeiras sobre sua conta.
O sucesso do Twitter pode ser explicado por duas características básicas da Web 2.0:
arquitetura de participação e inteligência coletiva. Apesar das deficiências da interface e da
usabilidade do Twitter, a abertura de seu sistema permitiu que terceiros oferecessem dezenas de
serviços que para a expansão da prática do twittar. Apesar de a lista ser muito grande, quero 57
Todos que se propõem a trabalhar com Web Contact Center e Redes Sociais devem
estar de olho na rede social Facebook (www.facebook.com), lançada originalmente nos Estados
Unidos no ano de 2004 por Mark Zuckerberg, ex-estudante de Harvard. Isso, não só pelo fato de
ela ser a principal rede de relacionamentos do mundo e a mais popular do Brasil, mas
principalmente pelo crescimento vertiginoso que ela vem apresentando. Já não há mais dúvidas
de que o Facebook é uma rede que integra pessoas em escala mundial e por isso, deve ser vista
como uma importante ferramenta para otimizar atendimentos e sobretudo, aproximar as
organizações de seu público.
Uma das grandes vantagens que o Facebook apresenta em relação às outras redes de
relacionamento é o fato de que seu sistema possui um cruzamento de dados muito eficiente.
Com isso, a cada nova informação que você insere em seu Facebook, o sistema as lê e oferece
várias possibilidades. Por exemplo: Quando você adiciona um novo “amigo” o sistema o
identifica e procura amigos que vocês têm em comum, formando uma verdadeira rede de
relacionamentos e acrescentando pessoas conectadas nas redes de todos os envolvidos.
Isso ocorre também quando você adiciona no sistema a faculdade que você estudou, a
cidade que nasceu ou sua banda de rock favorita. A partir dessas informações, o sistema busca
pessoas com perfis parecidos, fortalecendo ainda mais as bordas dessa rede. Esse sistema é
chamado de “Vínculo”.
A primeira delas é procurando por aquelas pessoas as quais você enviou um e-mail
recentemente ou com mais frequência. Basta digitar seu e-mail ou da organização a qual está
vinculado, que o sistema rastreará dentro do próprio e-mail todas as mensagens que você tem
enviado e buscará, a partir dos e-mails, os perfis respectivos no Facebook.
O recurso Procurar por Pessoas também é bastante interessante. Se, por exemplo,
você coloca a sede (bairro, município ou estado em que está localizada) da organização, o
sistema busca por pessoas daquela área, que, normalmente tem alguma relação, pelo menos
geográfica com a empresa. Essa parte seleciona por meio de nichos, ou seja, por interesses
comunitários, que englobam as pessoas e a organização. Muito cuidado para não confundir o
seu Facebook pessoal com o da organização. É claro que em alguns casos, o seu próprio
Facebook pode servir ao da empresa, já que você reconhece os parâmetros éticos que você tem
com seu círculo de amizades – não há problema nenhum nisso – mas os dados recebidos via
Facebook da empresa jamais deve ter outra finalidade que não as organizacionais. Jamais use
uma rede social da empresa, para finalidades pessoais.
65
Lembrando sempre que a busca por e-mail, em vez da busca por nomes, refina o
sistema e otimiza os resultados, como na imagem acima, o recurso Encontrar pessoas com
quem troco mensagens instantâneas, ajuda a encontrar pessoas que você interage por outras
redes, formando um verdadeiro cordel ao redor desses potenciais clientes. Estar em todos os
lugares que seu cliente se encontra, a todo tempo, é fundamental para o sucesso organizacional
e, nessa perspectiva, o Facebook funciona muito bem oferecendo recursos que permitem isso.
Como se pode ver na imagem abaixo é muito fácil adicionar ao seu perfil no Facebook
pessoas que estão conectadas a sua empresa pelo Skype, ICQ, MSN, entre outros.
66
Assim que você já tiver com a conta de sua organização criada no Facebook (e isso vai
exigir apenas um e-mail), o cuidado deve ser redobrado na hora de criar o perfil. Assim como
uma pessoa não deve expor sua intimidade numa rede social, a organização também deve estar
precavida de certas informações. Fotos também são muito perigosas e devem sempre ser bem
analisadas e vistoriadas pelo Gestor de Web Contact Center, setor de Comunicação e claro, os
operadores, que estão sempre em contato com o público. Muito cuidado também na hora de
preencher no perfil o tópico “interesses”, para não segmentar de mais sua organização.
Uma ferramenta importante para quem quer ter mais ou menos visibilidade é a
ferramenta News Feed (ou Feed de Notícias, no Facebook em língua portuguesa). Nela você
tem a oportunidade de controlar os seus níveis de privacidade e acompanhar praticamente todos
os movimentos que as pessoas têm durante a atualização no Facebook. Comentar e Curtir são
algumas dessas opções, nas quais você pode dizer o que achou daquilo que a pessoa fez no
Facebook. É uma forma bastante rápida e muito direta de uma organização se aproximar de um
cliente ou potencial cliente. Há também a possibilidade de o perfil controlar o que quer receber e
o que mais lhe interessa em relação ao que é discutido nessa rede de relacionamentos.
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Interessante perceber como em uma rede social, que ficou conhecida como a rede
mais fofoqueira entre todas, ainda há um cuidado especial com a privacidade. É bem verdade
que em um perfil de uma organização, a preocupação com a privacidade não deve ser tanta,
uma vez que um perfil mais aberto se torna muito mais atrativo e interessante. Ademais,
apresentamos algumas formas de “proteção” no Facebook.
Praticamente todas as ações podem ser divulgadas para todos os interlocutores, mas
clicando em Conta (no alto da página na barra azul) e depois em Configurações de Privacidade,
aparecerá a tela abaixo, que vai te permitir alterar suas opções para serem vistas por Todos,
Amigos de Amigos e Somente Amigos. Quando você opta por Todos, qualquer pessoa que
tenha uma conta no Facebook poderá acessar as informações, quando você marca Amigos de
Amigos, todos os seus Amigos, mais os amigos em comum que vocês têm, podem acessar,
quando a opção, Somente Amigos está marcada, apenas sua rede de contatos terá acesso às
suas informações.
Vale sempre lembrar que se você quer esconder algo, o Facebook não é o lugar certo,
pelo contrário, o Facebook é lugar de ampla visibilidade organizacional.
72
Ontem, VEJA.com destacou novas regras de privacidade que serão aplicadas nos
próximos dias em cada perfil de um internauta cadastrado no Facebook, rede social de maior
popularidade no mundo. Durante o discurso para anunciar as novas medidas, o fundador Mark
Zuckerberg revelou números da ferramenta. E são dados que assustam.
Facebook começa a seguir uma risca jamais vista na web: alcançar 50 milhões de novos
usuários na ferramenta a cada dois meses. O próprio gráfico produzido pelo Mashable acima
exemplifica o crescimento desenfreado da rede social.
Em janeiro deste ano, era 150 milhões de pessoas conectadas a plataforma social. Há
dois meses, 300 milhões. Hoje, se fosse um país, Facebook ultrapassaria os Estados Unidos e
tornaria-se a terceira nação mais populosa do planeta, atrás apenas de Índia e China.
O uso de chats nas empresas tem crescido vertiginosamente não somente por seu baixo
custo, mas principalmente por sua usabilidade, entendida aqui como a forma mais simples, direta
e rápida de se entrar em contato com uma organização. Diferentemente de modelos
convencionais, com o atendimento pelo telefone 0800, que custa bastante caro para as
empresas, o chat, sobretudo o MSN, facilita e não custa praticamente nada.
75
Vale ressaltar que uma das habilidades que o operador mais precisa ter neste tipo de
serviço é a agilidade, em segundo lugar, a atenção pelo fato de conversar com muitas pessoas
ao mesmo tempo. Além disso, o chat deve ser visto sempre como um serviço complementar,
uma vez que, o seu cliente pode estar visitando uma de suas redes sociais e decide entrar em
contato, em vez de perder tempo e gastando com Correios, telefone ou e-mail, ele pode
simplesmente adicionar o MSN da empresa e resolver o problema dele ou fazer um grande
negócio.
Antes de explicar como se usa e principalmente se extrai o máximo possível do MSN,
conheçamos algumas vantagens que o setor de Web Contact Center e Redes Sociais têm
quando usa essa ferramenta:
1º) A TechoBrands recentemente divulgou uma pesquisa que o chat é responsável por
76
um aumento médio nas vendas de até 35%, em comparação com outras formas de atendimento
direto. Só esse fato já demonstra o quão pode ser fundamental um bom atendimento via MSN.
2º) O chat é uma ferramenta multifuncional em muitos segmentos. Por exemplo, pode
ser usado para vender e para dar suporte para o cliente. Em ambos os casos, o custo é próximo
do zero.
3º) No MSN, quando chega um e-mail na sua conta do Hotmail, por exemplo, você é
avisado em uma janela que o e-mail chegou, logo, é uma preocupação a menos para o
operador.
4º) No chat você pode encaminhar para seu cliente, em poucos segundos, um vídeo ou
imagem, o que seria impossível no telefone.
5º) Custo zero: o MSN pode ser baixado inteiramente gratuito para o computador da
empresa.
7º) Enquanto no telefone a relação é de um atendente para cada cliente por vez, no
MSN é bem possível que um mesmo atendente atenda até a três clientes ao mesmo tempo.
8º) Caso você não queira usar o MSN, há empresas que vendem o serviço de chat, tanto
para intranet quanto para internet. Na web há várias possibilidades dessas empresas, que de
alguma forma podem conferir um ar mais profissional para o seu atendimento.
Na imagem abaixo é possível perceber como é simples a interface do MSN, que pode
ser baixado de vários portais (como o www.baixaki.com.br, por exemplo). Basta executar o
arquivo que fizer o download e em seguida instalar. 77
Para adicionar um amigo/cliente é também muito fácil, basta clicar no símbolo indicado
abaixo pela logo do MSN e uma cruz verde, que fica localizado na parte superior do MSN:
78
FONTE: Reprodução – Print Screen. Acesso em: 23 jun. 2010.
Depois de clicar na imagem, basta clicar em Adicionar um Contato, que em seguida vai
aparecer à tela abaixo. Basta então digitar o endereço de MSN da pessoa que quer adicionar no
campo Endereço de mensagens instantâneas, clicar em próximo e assim que ela autorizar já se
pode começar a interagir com ela.
b) No recurso Alterar imagem para exibição, você troca a foto que aparece para o seu
cliente. Indicamos não colocar fotos em que você aparece em situações muito inusitadas, como
na praia em trajes menores, por exemplo. As duas melhores opções são sempre colocar uma
foto sua, estilo 3x4, com o uniforme da empresa, ou então, a logomarca da organização. Quando
você clicar vai aparecer à janela abaixo, aí é só escolher uma das imagens oferecidas ou clicar
em Procurar e buscar uma foto salva em algum lugar do seu computador.
81
82
O Orkut é uma rede social filiada ao Google, criada em 24 de Janeiro de 2004, que
objetiva ajudar seus membros a conhecer pessoas e manter relacionamentos. Seu nome é
originado a partir de seu criador, Orkut Büyükkokten, agora um engenheiro turco do Google.
Inicialmente, o alvo do Orkut era os Estados Unidos, mas atualmente Brasil e Índia
lideram o ranking de participações nessa mídia social. No Brasil é a rede social com maior
participação de brasileiros. Na Índia, ocupa o segundo lugar entre as redes mais queridas e
usadas pelos indianos.
No Brasil, o Orkut tomou uma dimensão tão grande, que o Google anunciou que ele
será operado no Brasil pela Google Brasil, e não na Califórnia, sua sede até agosto de 2008.
83
O Orkut pode ser utilizado em vários idiomas, aproximadamente 40, entre eles,
Português, Francês, Inglês e Espanhol. A versão do Orkut em português só surgiu em 5 de abril
de 2005, mas os brasileiros, nessa época, já davam um jeitinho de participar.
84
A interface do Orkut é leve e fácil de ser manipulada. FONTE: Reprodução – Print Screen.
Acesso em: 25 jun. 2010.
Nessa rede social, cada pessoa possui um profile, que é basicamente o perfil da
pessoa nessa rede social. Nele, podem-se colocar os mais diversos dados, como: idade,
telefone, etnia, se mora sozinho ou não, se possui filhos, o estado civil, foto, entre outros. Além
disso, ele possui o “quem sou eu”, um espaço em que pessoa pode se descrever, ou o mais
comum, que é ser preenchido por músicas e poesias que expressem como a pessoa se
considera.
A equipe de Web Contact Center tem em mãos um arcabouço de informações sobre a
vida das pessoas, podendo, se souber usar tais dados, encaminhar produtos e promoções sob
medida para cada pessoa que participa do Orkut. Imagine só uma pessoa que mora sozinho, é
solteiro e adicionou uma comunidade relacionada a uma dupla sertaneja. A partir disso, já se tem
um perfil traçado, segmentado e fácil de oferecer algo que de fato essa pessoa se interesse, sem
lotar suas redes, caixas de e-mail e de Correios.
O Orkut também conta desde 19 de novembro de 2008 com uma ferramenta de bate-
papo integrada a ele que aparece no pé da página. Dessa maneira, os internautas podem utilizar
as outras ferramentas do Orkut, ao mesmo tempo em bate-papo com os seus amigos. Esse chat
é uma forma de atendimento rápido, tanto para o cliente, quanto para o atendente, pois evita os
trâmites burocráticos de outros formatos.
85
No Orkut, você pode mandar convites para conhecidos, e assim, eles tornam-se seus
amigos. A partir disso, eles poderão ver todas as suas atualizações, fotos, recados, desde que
você disponibilize apenas a eles. Pois, nas configurações do Orkut, você pode bloquear quase
tudo o que você altera. Neste caso, ninguém poderá ver suas atualizações.
Há também, a opção de só seus amigos poderem ver o que você faz. Além disso, o
Orkut ainda avisa sobre todos os aniversários em suas vésperas, uma importante ferramenta
para nunca se “esquecer” de seus clientes.
86
Atualmente, uma das maiores febres são as comunidades. Dificilmente, você pensará
em alguma que ainda não foi criada. Há comunidades sobre tudo e as pessoas se expressam e
se comunicam por meio delas, apesar de uma boa parte delas viver ociosa. Elas são grande
fonte de divulgação de ideias, pois, você só encontrará na comunidade que adicionar pessoas
que concordam com o mesmo assunto que você, e dessa maneira surge à criação dos tópicos
em cada uma delas.
As pessoas interagem, vendem, compram, brincam, discutem, enfim, encontram
pessoas com ideias parecidas para se comunicar das mais variadas formas. É também um
importante instrumento para fortalecimento de imagem, pois pessoas que participam de
comunidades, por exemplo, ligadas a sua empresa, normalmente a validam para as outras, esse
é o sentido produzido.
87
Em 29 de outubro de 2009, o Orkut ganhou uma nova versão, com muito mais
recursos e com um layout totalmente reformulado. Contando ainda, com as antigas ferramentas,
como fãs, mensagens, álbuns, vídeos ele possui também uma frase que cada pessoa coloca que
agora pode ser comentada (uma espécie de Twitter interno). Na versão antiga, ela apenas podia
ser lida pelos demais. Além disso, o novo Orkut, possui papéis de parede das mais variadas
formas, entre eles, de todos os signos do zodíaco. Pode ser alterado para centenas de cores,
inclusive, aquelas que mais lembram a logomarca da sua organização.
O novo Orkut possui ainda diversos aplicativos (Apps), entre eles, o mais comum
atualmente é a Colheita Feliz. Essa espécie de jogo baseia-se em cuidar de uma fazenda, na
qual, todos os amigos, podem roubar as plantações um dos outros. O objetivo central do jogo é
manter a fazenda sempre bem cuidada e vigiar para que os demais jogadores roubem menos.
Entre outras ferramentas parecidas com essa, mas para outra finalidade estão o “biscoito da
sorte” e o “biscoito do azar”, ambos descrevem a sorte diária de quem o possui, no caso do
“biscoito da sorte”, as mensagens trazem sempre coisas favoráveis à pessoa, no do “azar” é
simplesmente o contrário.
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90
91
Essa rede social virtual possui um sistema de busca bem avançado. Por meio dele
podem-se procurar amigos e comunidades. Serão encontrados em questão de segundos
milhares de resultados.
Por meio desse sistema de busca, você pode encontrar amigos que já possui com
mais facilidade. Quando se digita iniciais, o Orkut já seleciona todas as pessoas que a possuem
e as que têm alguma relação. Com as comunidades acontece o mesmo.
Essa rede social possui um máximo de amigos (999 aproximadamente) e um máximo
de comunidades (mesmo número de amigos) que cada pessoa pode possuir, por isso é comum
que quando as pessoas atinjam o total elas criem novas contas. Dessa forma, o Orkut torna-se
cada vez mais divulgado e gera um desafio para a equipe de Web Contact Center encontrar de
forma eficiente os perfis que mais lhe interessam.
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O Orkut, por ser aberto a todos, é considerado por muitos uma invasão de privacidade.
Entretanto, as pessoas já possuem o conhecimento quando interagem nessa rede. Mesmo
sendo criadas com o melhor dos intuitos, muitas pessoas o utilizam de forma maldosa. Há, por
exemplo, os chamados fakes, um perfil, normalmente sem foto, que determinada pessoa cria,
para falar mal, criticar, ofender outra. Muitas vezes, ele é criado com o simples intuito de manter-
se informado sem que as pessoas saibam.
De forma maldosa, muitas pessoas hackean o Orkut uma das outras, para causar
brigas com os amigos da pessoa hackeada. Esse termo é utilizado quando uma pessoa
consegue acessar a conta da outra sem que o/a dono/a do perfil saiba. Fique atento e altere
suas senhas constantemente para evitar causar prejuízos na imagem de sua organização. Aliás,
acesse o Orkut de sua empresa sempre de um mesmo computador e nunca de lan-houses ou 93
centros públicos de internet.
O Orkut tem se tornado uma das redes sociais de mais acesso em todo mundo.
Proporciona muitas utilidades, diversões, e às vezes algumas dores de cabeça. De toda forma,
essa febre conquista cada vez mais pessoas e aqueles que já o utilizam, dificilmente o trocam
por outra rede ou se desligam completamente.
5.8 FOTOLOG
Uma das facilidades apresentadas pelo sistema Fotolog é a interface facilitada e o uso
possibilitado a qualquer interlocutor que tenha um conhecimento mínimo de web. Quando você
cria sua conta, ganha também um endereço privado para publicar suas fotos, que é constituído
da seguinte forma: http://www.fotolog.com/nomedointerlocutor. Como num blog, as fotografias
mais antigas vão sendo substituídas pelas mais recentes, bem como os comentários e as
demais interações oriundas deste espaço virtual.
5.9 FLICKR
É possível enviar vídeos e entrar em comunidades. O sistema foi criado em 2004 pela
Ludicorp e comprado pelo Yahoo! em 2005.
5.10 MYSPACE
No setor de Web Contact Center e Redes Sociais o MySpace pode ser amplamente
utilizado como forma de difusão de produtos, pois essa tem sido uma característica fundante 96
dessa mídia social que, apesar de não ter sido criada para essa finalidade, acabou sendo
tomada por esse tipo de ação por grande parte de seus interlocutores.
5.11 PLURK
O Plurk é muito parecido com o Twitter, ou seja, permite que seus interlocutores
publiquem mensagens de 140 caracteres que se tornam visíveis para seus fãs (seguidores). A
diferença central é que suas funcionalidades são mais bem organizadas e o design facilita mais
as interações. Ainda é pouco utilizado no Brasil, mas tem ganhado interlocutores que se tornam
bastantes fiéis ao longo do tempo.
Entendeu a responsabilidade que você tem para com a sua organização? O sucesso
dela depende diretamente do seu atendimento e da satisfação que você causa nas pessoas com
quem interage.
FONTE: Free Digital Photos. Disponível em: <www.freedigitalphotos.net>. Acesso em: 28 jun.
2010.
No geral, o que mede um bom atendimento é a velocidade com que ele é feito, aliado a
qualidade do serviço prestado. Na web a questão da velocidade se torna ainda muito mais
importante, pois o interlocutor que interage por estes canais, está habituado a coisas rápidas,
praticamente instantâneas e cabe a você, satisfazer as necessidades dele.
FONTE: Free Digital Photos. Disponível em: <www.freedigitalphotos.net>. Acesso em: 28 jun.
2010.
Mas como é possível usar essa “Bola de Cristal” organizacional? Na verdade muitas
coisas realmente não dependem de previsão, mas o operador que sabe que o cliente busca e
encontra, cada vez mais preços melhores, taxas mais baixas e serviços mais completos devem
ter em mãos artifícios e argumentos que o ajudem a se diferenciar dos demais operadores. Isso
normalmente vem a partir de decisões do Setor de Gestão de Web Contact Center e Redes
Sociais, que está na esfera da tomada de decisão da organização.
No fim das contas, um bom atendimento sempre vai se resumir em uma boa
negociação para duas partes, pois se a organização cede muito, vai prejudicar, por exemplo, o
pós-venda (uma vez que como está ganhando pouco, não poderá dar atenção especial ao
cliente, pois, senão, toma prejuízo). Por outro lado o cliente também não pode perder muito,
senão ele não é fidelizado e não continuará sendo cliente da organização.
100
De acordo com Portaluppi, Heinzmann, et. al. (2006) existem pelo menos oito tipos de
demandas, que devem ser conhecidas pelo operador de Web Contact Center e Redes Sociais, 101
antes de ele tomar qualquer decisão, pois, identificar a demanda é um passo importante para
traçar estratégias em qualquer nível do atendimento. Esses tipos de demanda são: “Demanda
Negativa”, “Demanda Inexistente”, “Demanda Latente”, “Demanda em Declínio”, “Demanda
Irregular”, “Demanda Plena”, “Demanda Excessiva” e “Demanda Indesejada”.
FONTE: Free Digital Photos. Disponível em: <www.freedigitalphotos.net>. Acesso em: 28 jun.
2010.
b) Inexistente: é quando os consumidores podem desconhecer ou sequer estar
interessados em determinado produto. Exemplo: essas empresas que anunciam o tempo todo na
televisão, vendendo iogurteiras, máquinas fotográficas e produtos para emagrecimento. Em tese,
as pessoas não identificaram aquela demanda (pois ela é inexistente), mas cabe ao operador de
Web Contact Center e Redes Sociais criar mecanismos que demonstrem que aqueles
determinados produtos serão sim relevantes para o consumidor. Neste caso é preciso quebrar
102
as barreiras do desconhecimento.
FONTE: Free Digital Photos. Disponível em: <www.freedigitalphotos.net>. Acesso em: 28 jun.
2010.
c) Latente: Ocorre quando muitos consumidores têm necessidade por uma mesma
demanda, mas ainda não foi desenvolvido nenhum produto que satisfaça plenamente esses
clientes. Esse tipo de demanda é também chamado recorrentemente de “demanda reprimida”,
pode ser, por exemplo, um curso que nenhuma escola ainda o oferece em determinada área
geográfica e um simples anúncio já vai gerar uma grande expectativa.
103
FONTE: Free Digital Photos. Disponível em: <www.freedigitalphotos.net>. Acesso em: 28 jun.
2010.
FONTE: Free Digital Photos. Disponível em: <www.freedigitalphotos.net>. Acesso em: 28 jun.
2010.
e) Irregular: Acontece em organizações que trabalham com produtos muito sazonais,
ou seja, tem época certa para serem consumidos. Um bom exemplo são aqueles produtos que
tem demanda apenas em época de grandes eventos, como por exemplo, em uma Copa do
Mundo (a famosa Vuvuzela – espécie de corneta muito consumida no período da copa realizada
na África do Sul, mas que, com o tempo, ninguém mais ouviu falar nela).
104
FONTE: Free Digital Photos. Disponível em: <www.freedigitalphotos.net>. Acesso em: 28 jun.
2010.
FONTE: Free Digital Photos. Disponível em: <www.freedigitalphotos.net>. Acesso em: 28 jun.
2010.
g) Excessiva: Não tem sido tão comum, mas ocorre quando a demanda é tanta que as
organizações sequer conseguem suportar. Normalmente ocorre em períodos sazonais, como foi
o caso recente do álbum de figurinhas da Copa do Mundo da África do Sul, que teve tanta
demanda que a editora dos adesivos não conseguia abastecer as bancas brasileiras com o
produto.
Fonte: Free Digital Photos. Disponível em: <www.freedigitalphotos.net>. Acesso em: 28 jun.
2010.
h) Indesejada: “produtos prejudiciais à saúde atraíram esforços organizados para
desestimular seu consumo”, ou seja, fumo, álcool e demais produtos que, se vendem muito, é
porque ainda falta consciência nas pessoas.
106
FONTE: Free Digital Photos. Disponível em: <www.freedigitalphotos.net>. Acesso em: 28 jun.
2010.
O insight do operador de Web Contact Center e Redes Sociais também conta muito
nesses casos, uma vez que na maior parte das vezes não é possível ter muito tempo para
identificar qual é o tipo de demanda em que o cliente se enquadra. Uma observação rápida,
astúcia e inteligência são características fundamentais para garantir um bom negócio, que como
visto no capítulo anterior, nada mais é do que a satisfação do cliente aliada a um bom
atendimento e lucratividade para a organização a qual você trabalha e opera o setor de Web
Contact Center e Redes Sociais.
Exercício 11
107
8 CONHECENDO AS NECESSIDADES INDIVIDUAIS
Há necessidades básicas, outras, menos, mas todas são importantes e por isso estão sendo
consumidas por um determinado público
FONTE: Free Digital Photos. Disponível em: <www.freedigitalphotos.net>. Acesso em: 27 jun.
2010
Um operador de Web Contact Center e Redes Sociais que está antenado com o perfil
organizacional consegue identificar em qual dos níveis o produto ou serviço que comercializa se
enquadra, para então, identificar bem a necessidade real que o consumidor tem daquilo que ele
vende. Não é a toa que o volume de carros vendidos no país e no mundo é menor do que o de
carne bovina. Maslow traduziu essa lógica, aparentemente evidente, em uma teoria piramidal
que elucida bem as necessidades humanas.
109
Não há dúvidas de que o operador de Web Contact Center e Redes Sociais que
desenvolve competências para identificar os níveis de necessidade daquilo que ele oferta para
seu público. Consegue obter melhores resultados, sobretudo, porque a impessoalidade é um
fator marcante nas relações virtuais. No caso de pós-venda conhecer essas necessidades
também é de fundamental importância, pois há certos produtos que os consumidores têm mais
urgência, no caso, por exemplo, de um estrago com necessidade de revisão técnica. Em outros
casos, a urgência é menor, mas sempre será vital.
Esse tipo de necessidade está relacionada, por exemplo, a inserção em clubes sociais,
parques aquáticos, grupos de pessoas beneméritas como Lions, Rotary, Loja Maçônica, etc.,
que de certa forma, envolvem o indivíduo na vida da comunidade. Com o passar dos anos, há
uma tendência natural de o indivíduo se sentir destacado perante os demais e, portanto, ter 111
exigências pessoais maiores que os demais. É também por isso que o operador de Web Contact
Center e Redes Sociais devem conhecer bem o perfil de seu consumidor.
113
9 HUMANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO AO CLIENTE
114
115
FONTE: Free Digital Photos. Disponível em: <www.freedigitalphotos.net>. Acesso em: 27 jun.
2010.
Entretanto, para que o operador de Web Contact Center e Redes Sociais desenvolva
bem o seu trabalho, ele deve exigir de seus superiores algumas condições básicas. Vale
ressaltar que essas exigências são sempre para melhorar o faturamento da empresa e não por
caprichos pessoais. Já há mais de 100 anos que Frederick Taylor demonstrava que boas
condições geram mais lucro.
Gama (2009) ainda aponta que uma empresa que pensa em mudar as atitudes dos
funcionários positivamente, precisa realizar regularmente pesquisas voltadas para a satisfação
dos mesmos para monitorar suas transformações e que a satisfação está ligada aos seguintes
fatores, literalmente segundo GAMA (2009, p. 02):
116
*Condições de infraestrutura: neste caso, podem-se avaliar as condições
prevalecentes no ambiente de trabalho. Este tópico engloba todos os materiais e equipamentos
disponibilizados para o desempenho das tarefas, analisando as condições reais proporcionadas
ao funcionário para a realização de suas atividades.
* Relação chefe funcionário: diversos estudos mostram que há uma relação entre
chefe-funcionário. Apesar de o planejamento e as organizações dos setores serem uma função
primordial das chefias, é necessário possibilitar aos funcionários condições para a
autoexpressão.
118
119
120
FONTE: Free Digital Photos. Disponível em: <www.freedigitalphotos.net>. Acesso em: 27 jun.
2010.
121
Já no fim dos anos 90, no qual o governo da época, do então presidente Fernando
Henrique Cardoso, resolveu privatizar uma série de estatais brasileiras, entre elas, as de
telefonia, o cliente se deu conta de que poderia cobrar mais de seus prestadores de serviços e
claro, exigir cada vez mais qualidade no atendimento.
Essa evolução também causou uma mudança geral, que faz com que o operador de
Web Contact Center e Redes Sociais desenvolva competências que favorecem perceber o seu
cliente como um indivíduo definitivamente único, com necessidades únicas e demandas que
talvez nenhum outro tenha.
Se o cliente tem sempre razão, como dizem por aí, cabe ao operador de Web Contact
Center e Redes Sociais fortalecer esse laço, pois é ele o profissional que representa a
organização a qual trabalha e está condicionalmente “cara a cara” com o seu cliente.
11 USE A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL AO SEU FAVOR
125
Se tiver uma coisa que o operador de Web Contact Center e Redes Sociais precisa ter
e desenvolver constantemente é a sua Inteligência Emocional. Grosso modo, essa expressão
pode ser resumida na capacidade que cada indivíduo tem de demonstrar equilíbrio em situações
adversas. No setor de atendimento, somos testados a todo tempo nesse sentido. Assim que uma
pessoa educada e íntegra nos contata, logo vem um sujeito desajeitado, cheio de razões e com
um monte de pedras nas mãos.
Em todos os dois casos e outros que possam ocorrer, o profissional da área de
operação de Web Contact Center e Redes Sociais deverá ter Inteligência Emocional o suficiente
para não piorar a situação e, sobretudo, solucionar os problemas.
Tente sempre se colocar no lugar das outras pessoas e aí talvez você possa entender
um pouco melhor o motivo de tantas pedras nas mãos de seu contato. Tenha em mente que
aconteça o que acontecer, a responsabilidade no atendimento é só sua! 126
Abaixo sugerimos três tópicos importantes para ajudar a desenvolver ao máximo a sua
Inteligência Emocional que, com certeza, se você ainda não a descobriu, ela está aí em algum
lugar dentro de você. Caso você já a tenha descoberto, tente desenvolvê-la ainda mais com as
dicas abaixo:
1) Não seja nem simpático demais, nem antipático e pior ainda, apático. O
segredo de qualquer bom atendimento está em outra palavra, que a psicologia chamou de
Empatia.
Seja moderado nas suas atitudes, pois o cliente não quer nada mais do que resolver o
seu problema e é só isso. Nem precisa dizer que ser antipático é sempre um péssimo negócio. O
atendente que age de forma antipática, não só não consegue resolver o problema do cliente
como também cria uma péssima imagem para a organização. O atendente apático é aquele que 127
não sai do lugar, fica enrolando. Em curto prazo não gera nem simpatia nem antipatia, mas com
o tempo, o cliente vai perder a paciência e acabar procurando outras formas para solucionar
seus problemas.
A Empatia, por sua vez, é aquilo que todo operador de Web Contact Center e Redes
Sociais precisa ter. Ser empático e se colocar no lugar do outro e sentir o outro. Isso significa
dizer que, quando “somos” a outra pessoa, somos empáticos, ou seja, desenvolvemos nossas
capacidades de atender o outro de maneira mais eficiente.
Fake é aquele personagem da internet que cria um perfil falso. Quando agimos assim,
principalmente na hora dos momentos mais críticos, conseguimos descobrir melhor saídas, pois,
se o operador de Web Contact Center e Redes Sociais for levar para o lado pessoal tudo o que
ouvir, dentro de alguns meses já vai precisar de ajuda psiquiátrica; sem exageros!
Exercícios 14 e 15
12 O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
O operador de Web Contact Center e Redes Sociais deve compreender que uma de
suas atribuições é compreender bem todos os direitos do consumidor. Fazendo isso, ele vai 130
conhecer também os seus deveres e todas as normas que ajudam a regulamentar e aperfeiçoar
a relação operador/cliente. O conteúdo estudado até aqui envolve questões mais subjetivas e
emocionais, como a satisfação do cliente. Neste tópico “O Código de Defesa do Consumidor”,
estamos tratando daquilo que é OBRIGAÇÃO sua, portanto, passível inclusive de punição.
A marca registrada que esse projeto trouxe para o Brasil foi justamente o fato de 131
melhorar significativamente o atendimento ao cliente, oferecendo-lhe canais de reclamação de
produtos e serviços que, inclusive, também melhoraram significativamente ao longo dos anos e
das demandas judiciais oriundas do Código Brasileiro de Defesa do Consumidor.
Isso significa dizer que o operador de Web Contact Center e Redes Sociais deve estar
atento as suas atitudes, pois poderá complicar a organização, caso prejudique um cliente, que,
sendo carente terá advogados pagos pelo estado gratuitamente e, os juízes avaliarão o caso
sempre procurando encontrar as razões do cliente e não as de um operador que, por exemplo,
maltratou via MSN um cliente que o processa por injúria.
133
CAPÍTULO III
III – a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação
correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os
riscos que apresentem;
VII – o acesso aos órgãos judiciários e administrativos, com vistas à prevenção ou reparação de
danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção jurídica,
administrativa e técnica aos necessitados;
VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, ao seu
favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
134
O operador de Web Contact Center e Redes Sociais deve ser um agente facilitador
desses direitos básicos do consumidor, uma vez que quando eles não são infringidos, o cliente
não gera problemas para a organização e nem a organização para ele. No tópico III notamos a
importância do papel do operador, pois muitas vezes será ele o responsável por passar a
descrição do produto ou serviço, que deverá ser sempre o mais fiel possível.
O operador de Web Contact Center e Redes Sociais deve ter em mente também que a
sua organização, mesmo que não seja a fabricante do produto vendido, é corresponsável por
ele. Vejamos o que diz o Artigo 12:
FONTE: Free Digital Photos. Disponível em: <www.freedigitalphotos.net>. Acesso em: 1 jul.
2010.
Isso quer dizer que a desculpa tradicional “não fui eu quem fiz” não funciona nas
práticas comerciais brasileiras. Toda a linha de consumo é responsável pelo que está sendo
comercializado. Os agentes da linha de consumo só não serão responsabilizados quando
conseguirem provar judicialmente que não colocaram o produto no mercado ou, que o defeito
não existe ou, que a culpa é exclusiva do consumidor.
O operador de Web Contact Center e Redes Sociais deve estar muito atento ao que
diz, pois nas redes sociais praticamente tudo pode ser registrado. O artigo 30 do CDC, por
exemplo, reza que:
Ou seja, uma informação prestada não é mera informação, mas sim, cláusula
contratual. Não é incomum ouvirmos operadores dando informações imprecisas e que “não
tenho certeza, mas...”. Isso é muito perigoso, passe para o cliente apenas aquilo que você tem
total segurança, do contrário, sua obrigação é procurar o seu gestor e reportar a ele a dúvida,
que, então, deverá responder. Apesar de não ser o ideal, é ainda melhor pedir para o cliente
esperar um pouco do que informar algo incorretamente, sobretudo, porque além de ser falta de
responsabilidade, é crime, nos termos da lei.
138
Fonte: Free Digital Photos. Disponível em: <www.freedigitalphotos.net>. Acesso em: 1 jul. 2010.
Outra obrigação que o operador não pode se eximir está no artigo 33 do CDC, que
destaca que:
Art. 33 – Em caso de oferta ou venda por telefone ou reembolso postal, deve constar o
nome do fabricante e endereço na embalagem, publicidade e em todos os impressos utilizados
140
na transação comercial.
Ele ainda se torna mais importante quando complementado pelo Artigo 35, do Código
Brasileiro de Defesa do Consumidor:
Art. 35 – Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta,
apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha:
Lembre-se que além de todas as garantias que o CDC oferece para o consumidor, ele
ainda destaca em seu artigo 47 que as cláusulas contratuais serão sempre interpretadas em
favor do consumidor. Ou seja, mesmo na dúvida, o direito será sempre de quem você atendeu,
um motivo ainda maior para você se preocupar com a qualidade dos serviços que você está
oferecendo enquanto operador de Web Contact Center e Redes Sociais.
Muita gente acha que é lenda, mas não é, é Lei. O artigo 71 dispõe sobre a questão
das cobranças, vejamos:
É crime sim atrapalhar as pessoas em alguns momentos do dia para fazer uma
cobrança. Primeiro, por causa dos constrangimentos causados, segundo porque essas são
garantias constitucionais. Quando a legislação diz que é proibido cobrar “em seu trabalho”, por
exemplo, isso não quer dizer que não se possa ir ao local de trabalho da pessoa para efetuar um
recebimento. Isso só não pode ocorrer caso interfira no trabalho dela, mas, com o consentimento
isso é possível sim. No descanso ou lazer é melhor evitar, pois nunca se saberá a reação do
devedor.
Interessante pensar essa lógica também nas redes sociais, sobretudo porque o
operador deverá ficar atento para não mandar, por exemplo, um scrap no Orkut fazendo a 142
cobrança.
Art. 79 – O valor da fiança, nas infrações de que trata este Código, será fixado pelo
juiz, ou pela autoridade que presidir o inquérito, entre cem e duzentas mil vezes o valor do Bônus
do Tesouro Nacional – BTN, ou índice equivalente que venha substituí-lo.
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CONSULTAS NA WEB:
P842c Como ter sucesso numa entrevista de emprego / Portal Educação. - Campo
Grande: Portal Educação, 2012.
41p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-8241-389-0
CDD 658.3112
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................4
3 CLAREZA ..................................................................................................................................7
7 QUALIFICAÇÕES .....................................................................................................................11
9 EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL...............................................................................................13
11 FOTOS ......................................................................................................................................15
16 ENTREVISTAS .........................................................................................................................24
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................40
1 INTRODUÇÃO
1. Se conhecer, pois é a partir daí que poderá fazer seu marketing pessoal;
2. Elaborar um bom currículo, que abrirá as portas para entrevista;
3. Saber se comportar numa entrevista de seleção.
4. Saber trabalhar em equipe.
Estas são algumas exigências básicas que devem ser observadas, mas não se pode
esquecer de que o mercado de trabalho está em constantes mudanças. Portanto, é importante
estar sempre atento e atualizado.
2 SEU CURRÍCULO É VOCÊ
Não importa se você está entrando agora no mercado de trabalho ou se já possui uma
longa caminhada, o certo é que você precisa ter um currículo de acordo com as exigências que o
mercado de trabalho impõe. E também, é fato, que as empresas precisam trabalhar com 5
currículos.
6
3 CLAREZA
O currículo deve ter entre uma a três páginas, mas o ideal é que tenha duas. As
pessoas responsáveis por contratação não leem currículos grandes, pela quantidade de tempo
gasto, e, com isso, várias pessoas que, apesar de possuírem uma ótima experiência, ficam fora 8
do processo de seleção. Para quem está à procura do primeiro emprego, é aceitável uma página
de currículo.
As informações devem ser organizadas em blocos, para facilitar a leitura, ou seja:
As primeiras informações são referentes aos dados pessoais, e devem ser colocadas
na primeira página. Basta o nome completo, endereço completo, inclusive o CEP, telefone de
contato (mesmo que seja de um amigo), idade, estado civil, e-mail. Caso o cargo exija carteira 9
de motorista, poderá mencionar a categoria na qual está habilitado.
Não é necessário enviar número de documentos, como CPF ou CI, somente se a
empresa solicitar.
6 OBJETIVO PROFISSIONAL
Até o ensino médio (antigo 2º grau), este item se chama apenas Formação Escolar e
coloque apenas o seu grau escolar, não há necessidade de citar todos os períodos pelos quais
já passou. Ou seja, se você já terminou o ensino médio, coloque Ensino Médio Completo, e se 12
achar necessário, o nome da escola onde você o realizou.
Se você está cursando o ensino superior, não há necessidade de mencionar o ensino
médio, pois se conclui que, se está no curso superior, é que já realizou o ensino médio.
Caso o seu ensino médio tenha sido um curso técnico, e achar pertinente a informação
para a vaga à qual está se inscrevendo, coloque também esta informação.
Para quem está chegando agora ao mercado e não tem experiência profissional, a
formação escolar pesa muito. Caso ainda esteja estudando, coloque o nome da instituição, a
série, e o turno no qual estuda (manhã, tarde ou noite).
Se você já possui o curso superior, este item será chamado de Formação Acadêmica,
mencione o nome do curso, a faculdade e o ano em que o concluiu.
Neste item também entra a pós-graduação.
9 EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
Ao relatar sua experiência profissional, inicie sempre pela empresa mais recente,
depois as outras.
Muitos profissionais se esquecem de colocar as datas de entrada e saída das 13
empresas. Alguns até as escondem. Mas as datas são necessárias.
Não se esqueça de colocar seu cargo.
Não é preciso colocar o motivo da demissão; estes esclarecimentos serão fornecidos
na entrevista de seleção.
Coloque no máximo as dez últimas empresas nas quais trabalhou. Cuidado com as
datas, para não haver um espaço grande entre o término das atividades de uma empresa e o
início na outra. Procure especificar o que fez neste período (somente superior a um ano); se
você realizou algum trabalho como autônomo, especifique-o no currículo.
10 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO
Somente coloque os cursos que realmente já fez que enriquecerão o seu currículo, os
que se aproximam da sua área de atuação ou são importantes para o cargo que pretende
exercer. O curso de idiomas deve ser mencionado caso realmente tenha feito. 14
11 FOTOS
Não precisa colocar foto em seu currículo, a menos que a empresa peça.
15
12 DOCUMENTOS COMPROBATÓRIOS
Não se usa mais colocar capas ou guardar o currículo dentro de pastas, é puro
desperdício de dinheiro. O que interessa à empresa é apenas o texto.
Não se usa, também, escrever que o documento é um currículo, isso já é óbvio para 17
quem o recebe.
14 COMO ENVIAR O CURRÍCULO
Não envie seu currículo via fax. Só faça isso se a pessoa que o solicitou lhe pedir. A
opção do correio é bem-vinda, contudo, entregar o currículo pessoalmente é a opção mais
correta, pois você terá a chance de se apresentar e terá a garantia de que realmente seu 18
currículo chegou ao seu destino, como havia planejado.
Envie o currículo para a pessoa certa e tome o cuidado de escrever o nome dela
corretamente.
Envio eletrônico
O e-mail é uma forma rápida, simples e atualmente, muito utilizada. Mas devemos ter
alguns cuidados. A maioria dos sistemas de envio confirma automaticamente o recebimento de
mensagens que foram abertas e lidas. Como uma proposta de trabalho constitui um documento
importante, esse recurso é essencial para quem remete a correspondência. Use o e-mail como
carta de apresentação, pois se trata da primeira coisa que o potencial empregador lerá. Seja
objetivo e agradeça ao final. Mas lembre-se: nada de intimidades, como enviar beijos ao
destinatário.
Envie seu currículo anexado ao seu e-mail, lembrando-se de salvá-lo em um arquivo
de programa comum, para que a pessoa que irá abrir e ler possa fazê-lo com facilidade.
19
José da Silva
20
35 anos, casado.
Qualificações
Formação Escolar
Experiência Profissional
Cargo: Vendedor.
Cursos de Aperfeiçoamento
29 anos, solteiro.
Qualificações
Graduado em Administração, com 8 anos de experiência em empresa de grande
porte na área de transporte internacional de valores. Fluência em inglês e francês.
Certificações PMP e LPIC-201.
Formação Acadêmica
Cursos de Aperfeiçoamento
Idiomas
Informações adicionais
A entrevista pessoal e individual é uma das técnicas mais utilizadas nos processos de
seleção. Este tipo de entrevista é aquela na qual o entrevistador irá lhe fazer várias perguntas
sobre sua trajetória profissional, sua postura, família, cursos feitos e todas as informações que 25
achar pertinentes para averiguar se está dentro do perfil estabelecido pela empresa.
transmitindo uma impressão negativa, podendo esta atitude ser interpretada Educação Ltda.
como insegurança
ou excesso de timidez. Mantenha sempre uma posição ereta, alegre e de preferência olhe nos
olhos da pessoa que está conversando com você, isto transmitirá maior segurança.
Nunca cumprimente o entrevistador com um aperto de mãos totalmente frouxo. Por
outro lado, um aperto de estralar os ossos, visando mostrar que você tem força de caráter,
apenas dará a impressão de que você é violento.
Não relaxe na cadeira, coloque as duas mãos sobre a mesa. Não fume.
Cuidado com o vocabulário que irá usar, não use em uma entrevista, gírias, palavrões,
termos que o entrevistador não vai conhecer.
Demonstre entusiasmo ao falar, isso não é gritar, chorar ou rir, é demonstrar energia,
alegria no que faz. Não fique com aspecto de tristeza.
Responda às perguntas objetivamente, não as enrole. Vá direto à questão, isso não
quer dizer que deva responder apenas com um sim ou não, o apropriado é não se demorar muito
ao responder, tentando “florear” a situação.
Não se desvie de perguntas que não tenha entendido, o correto e mais apropriado é
pedir esclarecimentos. Não é adequado falar ou discordar exageradamente, ignorar perguntas,
interromper o entrevistador, contar piada, ser emotivo, e muito menos implorar pelo emprego.
O tom de voz tem que ser claro e calmo. Cuidado para não falar muito alto ou muito
baixo.
Não Minta
O ditado já diz “Mentira tem perna curta”. Forjar qualificações, mentir sobre sua
experiência, ou usar referências falsas, servirá como reforço para sua carta de demissão até 28
mesmo antes de entrar, pois, com certeza, esses dados serão verificados, e, ninguém gosta de
sentir-se enganado, em descobrir que uma ou várias mentiras foram usadas para se conseguir
admissão junto à empresa; esta descoberta causa sentimento de insegurança para o
empregador, e ninguém gosta de trabalhar com alguém que não transmita segurança,
confiabilidade.
Busque a sintonia:
Concentre-se na entrevista. Evite ficar olhando para a janela, para a porta, para o
próprio pé, ou ficar olhando de cima para baixo e de baixo para cima, o seu entrevistador. Este é
o seu momento, sua chance e deve estar inteiro na entrevista, sem aparentar que está com a
cabeça em outro lugar. Mantenha a postura, olhe para o entrevistador de forma natural e
amigável.
Experiência
Negociando o salário
Encerramento
Persistência
A lista não acaba mais. E o que vale, então, é você se preparar para responder de
maneira adequada a todas elas. A entrevista de seleção é a oportunidade para você expor suas
habilidades e conhecimentos. Então, não poderíamos deixar de falar sobre o Marketing Pessoal.
O que é Marketing?
Existem pelo menos cinco razões que impedem as pessoas de realizar Marketing
Pessoal:
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1. Você não foi criado assim: Não recebeu nenhuma lição, quando criança, sobre como
fazer Marketing Pessoal.
4. Falta de tempo: mesmo achando que não tem tempo, precisa-se encontrar um
tempo. Os contatos não vão aparecer de repente.
Você tem que se acostumar com isso e aprender a não levar as rejeições para o lado
pessoal.
A ênfase de marketing pessoal está em você. Então, reflita sobre as estratégias para
que você consiga o que você deseja.
1º Passo: Posicionamento
Conhecer a si mesmo:
Na correria do dia a dia, dificilmente paramos para pensar sobre nós mesmos. Sem
contar que, muitas vezes, não sabemos nem por onde começar.
Sem uma análise profunda, dificilmente saberemos que tipo de “produto” oferecer ao
mercado.
2º Passo: Produto
Levantamento de seus conhecimentos
Aqui destacaremos quais são suas habilidades e competências. Quais seus pontos
fracos e seus pontos fortes a nível profissional. 33
Com esse levantamento você poderá verificar o que pode ser feito para melhorar seus
pontos fracos, o tempo que será necessário e o recurso disponível para isso.
3º Passo: Promoção
Qual a mensagem que pretende veicular e decidir, como e para quem você vai enviá-
la.
Você deverá realizar um planejamento prévio e criar um roteiro que enfatize as suas
melhores características.
4º Passo: Praça
Como você irá marcar a entrevista, ou para quem você realmente vai entregar seu
currículo. É interessante pesquisar, quem é dentro da empresa para a qual está se
candidatando, a pessoa responsável pelo seu setor e a possibilidade de marcar uma entrevista
com ela.
5º Passo: Preço
É necessário atribuir um preço ao seu trabalho. Caso seja muito baixo, o seu
empregador desconfiará que você não é suficientemente bom. Se for muito elevado, pode ser
que ninguém queira pagá-lo.
O indicado é você realizar uma pesquisa, junto a amigos que estão no mesmo cargo,
ou no sindicato, ou na internet, e verificar como está o salário para o cargo que está pleiteando.
Porém, cuidado para não realizar uma pesquisa com valores muito acima da média do mercado 34
onde a empresa está situada, ou ao contrário, muito abaixo da média.
Rede de Relacionamentos
O que você diz sobre si mesmo influencia a sua carreira. Na realidade, a maioria das
pessoas fala muito pouco de si mesmas. Elas têm medo de que a julguem exibidas. Mas é de
fundamental importância aprender a usar as palavras certas e a falar de nós mesmos.
Caso você não demonstre muita confiança ou conhecimento sobre a área em que quer
ingressar, as pessoas não se mostrarão muito dispostas para ajudá-lo. Sua tarefa principal e de
maior desafio é ajudar os outros a perceberem aquilo que você quer fazer, além das habilidades,
da experiência e dos conhecimentos que você possui.
Deve já estar claro para você que em todo o processo de Marketing Pessoal, deverá
ter algumas questões claras e objetivas.
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Apresentação Pessoal
A imagem que você transmite é de enorme influência para as pessoas ao seu redor.
Por isso, lembre-se da aparência pessoal, do cuidado com a roupa, maquiagem, barba
(no caso dos homens). Escolha uma roupa discreta e com a qual se sinta confortável durante a
entrevista.
Pesquisas e estudos demonstram que grande parte dos profissionais bem sucedidos e
em ascensão, tem em comum um projeto pessoal e um plano de ação que norteiam sua carreira.
Um projeto pessoal é ter um objetivo que trace caminhos para realizá-lo, ter em mente
aonde quer chegar.
Esta atitude impulsiona o profissional a crescer, a estar sempre se informando e a não
se acomodar.
17 OS 15 PECADOS DO CANDIDATO
Muitos candidatos põem tudo a perder com uma frase mal colocada, um simples 37
descuido com a aparência ou por falar além do que lhe foi perguntado.
Citaremos os pecados que você jamais deve cometer durante uma entrevista:
1. Para manter a imagem é preciso cumprir os compromissos. Evite chegar
atrasado.
2. Descuidar da aparência. Procure saber qual é o traje mais comum na empresa a
qual você vai se candidatar.
3. Restrinja sua atuação ao território que você domina, para não dar vexame.
4. Sentar-se na cadeira da recepção como se estivesse no sofá de casa. Lembre-
se de que os entrevistadores começam a avaliar o candidato antes mesmo de conversarem com
ele.
5. Propor intimidade com o entrevistador.
1. FALE com as
pessoas. Nada é tão agradável e
animado quanto uma palavra de 39
saudação, particularmente hoje em
dia, quando precisamos mais de
“sorrisos amáveis”.
2. SORRIA para as
pessoas. Lembre-se que acionamos
42 músculos para franzir a testa e
somente 14 para sorrir. FONTE: Arquivo Portal
Educação Ltda.
3. CHAME as pessoas pelo nome. A música mais suave para muitos ainda é ouvir
o seu próprio nome.
4. SEJA amigo e prestativo. Se você quiser ter amigos, seja amigo.
5. SEJA cordial. Fale e aja com toda sinceridade: tudo o que você fizer, faça-o com
todo o prazer.
6. INTERESSE-SE sinceramente pelos outros. Lembre-se de que você sabe o que
sabe, porém você não sabe o que outros sabem. Seja sinceramente interessado pelos outros.
7. SEJA generoso em elogiar, cauteloso em criticar. Os líderes elogiam. Sabem
encorajar, dar confiança, e elevar os outros.
8.SAIBA considerar os sentimentos dos outros. Existem três lados numa controvérsia: o
seu, o do outro, e o lado de quem está certo.
9.PREOCUPE-SE com a opinião dos outros. Três comportamentos de um verdadeiro líder:
ouça, aprenda e saiba elogiar.
10. PROCURE apresentar um excelente serviço. O que realmente vale em nossa
vida é aquilo que fazemos para os outros.
REFERÊNCIAS
BALLBACK, JANE. Marketing Pessoal: como orientar sua carreira para o sucesso. São Paulo:
Futura, 1999.
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BOLLES, Richard M. Qual a Cor de seu Pára Quedas. São Paulo: Salamandra, 1998.
FRITZEN, Silvino José. Exercícios Práticos de Dinâmica de Grupo. São Paulo: Vozes, 1994.